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(3 edição):
“Nesta obra; o Espírito de André Luiz penetra
adentro no complexo problema .do sexo, descrevén-
-«do, em 360-páginas, cenas trágicas, chocantes, de-
- ESPÍRITO DE EMMANUEL
mam quantos conspurcam as sublimes forcas cria-
“ doras na satisfação desregrada-do instinto. ;
De leitura :recomendadaàs pessoas maiores de
18 anos, é livro cujo conteúdo vem “despertando
debates e controvérsias.
E SIMONETTI
TE
1
pírito de Adolfo Bezer-. |
ra de Menezes, que em
sua existência terrena
"| deixou publicado mag-
Vida e Sexo.
+
|
nífico estudo sobre o
mesmo assunto.
O livro é dividido em
duas novelas baseadas
em fatos da vida real:
“Teonel e os Judeus” e
“A Severidade da Lei”.
Ambas, intensamente
trágicas, demons-
tram não haver escapa-
tória à Lei de Causa e
Efeito, ou de Ação e
Reação, lei que burila e
passa
do amor. .
“Com essas duas histó-
e marea, y
emas os
segue prender o leitor
do princípio ao fim, ob-
jetivando, com isso, in-
cutir-lhe na mente os
preciosos ensinamentos Este livro foi composto na ortografia usada
que se destacam a cada y pela Editora, ou seja, a de 1948, com algo-
passo. mas das modificações propostas pela ide 1945.
fé
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PESE
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CAPA DE JO
1º edição
15.000 exemplares
o
á
18 — Pais e filhos
Cuco nano on o a a O 0 1
Cote en e nn O 1
23 — Abstinência e celibato
24 — Carga erótica
25 — Sexo e religião
Vida e Sexo
26 — À Margem do sexo Que os problemas do sexo agitam atualmente
vastos setores da vida humana, é imcontestável.
De que forma, porém, as teses do sexo são
tratadas do Plano Espiritual para o Plano Ter-
restre?
Semelhante indagação, repetidamente endere-
cada a nós outros — pequenos servidores desen-
carnados —, motivou a formação do despretensio-
- 80 volume que oferecemos aqui aos leitores ami-
gos. Com ele, não disputamos qualquer posição
nova, ante os devotados lidadores da psicologia mo-
dera que hoje esquadrinham os meandros da alma
humana,para benefício da saúde mental da comu-
nidade. Com as nossas ligeiras páginas, tão-sômen-
te desenvolvemos conceitos formulados na Codifi-
cação Kardequiana, para demonstrar que as propo-
sições, «o redor do sexo, apaixonadamente focali-
sadas, na atualidade da Terra, foram objeto de cri-
teriosas anotações do Mundo Espiritual, no século
passado, na previsão dos choques de opinião, em
E , apos
aafi ii |
matério afetiva, que a Humanidade de agora en-
frenta.
Nada mais realizamos que reformular o pen-
samento e a definição dos Mensageiros Benevolen-
A N A ! saps.
BO £41
tes e Sábios-que orientaram Allan Kardec, nos pri- Ç.E . C A B
A CHICO
mórdios da Doutrina Espírita, em sua função de BIBLIOTEC
Consolador prometido ao mundo pelo Cristo de
Deus.
E para não nos delongarmos em constdoniogos
desnecessárias, concluiremos que, em torno do sexo,
i
será justo sintetizarmos todas as digressões nas
=normas seguintes:
Não proibição, mas educação .
Em torfib do sexo >
Não abstinência imposta, mas emprego digno,
ES gaveseptbe «Pergunta — O Espírito que animou o corpo
Não indisciplina, mas controle. de um homem pode animar o de uma mulher, numa
Não impulso livre, mas responsabilidade . nova stência, e vice-versa ?»
«Resposta — Sim, pois são os mesmos os Eis-
Fora disso, é teorizar simplesmente, para de- píritos que animam os homens e as mulheres.»
pois aprender ou reaprender com a experiência.
“Item n.º 201, de «O Livro DOS EsPÍRITOS».
Sem isso, será engamar-nos, lutar sem proveito,
iiiimersa pa isa
sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal,
tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos me- Ante os problemas do sexo, é forçoso lembrar
canismos da reencarnação, porque a aplicação do ' que toda criatura traz os seus temas particulares,
sexo, ante à luz do amor e da vida, é assumtq per- com referência ao assunto.
tinente à consciência de cada um. Atendendo à soma das qualidades adquiridas,
na fieira das próprias reencarnações, o Espírito se
EMMamVEL revela, no Plano Físico, pelas tendências queregis-
tra nos recessos do ser, tipificando-se na condição
Uberaba, 5 de Junho de 1970 de homem ou de mulher, conforme as tarefas que
lhe cabe realizar. Além disso, a individualidade,
Ra
si ios
vs
AR
muitas vezes, independentemente dos sinais morfo- recursos, entendendo-se que todos os compromissos
lógicos, encerra em si extensa problemática, em se na vida sexual estão igualmente subordinados à Lei
tratando de vinculações e inclinações de caráter de Causa e Efeito; e, segundo esse exato princí-
múltiplo.. pio, de tudo o que dermos a outrem, no mundo
Cada pessoa se distingue por determinadas pe- afetivo, outrem também nos dará.
culiaridades no mundo emotivo.
O sexo se define, desse modo, por atributo não
apenas respeitável mas profundamente santo da
Natureza, exigindo educação e controle.
Através dele dimanam forças criativas, às quais
devemos, na Terra, o instituto da reencarnação, o
“templo do lar, as bênçãos da família, as alegrias
revitalizadoras do afeto e o tesouro inapreciável dos
estímulos espirituais.
Desarrazoado subtrair-lhe as manifestações aos
seres humanos, a pretexto de elevação compulsó-
ria, de vez que as sugestões da erótica se entra-
nham na estrutura da alma, ao mesmo tempo que
seria absurdo deslocá-lo de sua posição venerável,
a. fim de arremessá-lo ao campo da aventura me-
nos digna, com a desculpa de se lhe garantir a li-
bertação.
Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade
e da harmonia do Universo. Conseguintemente, re-
clama responsabilidade e discernimento, onde e
quando se expresse. Por isso mesmo, nossos im
mãos e nossas irmãs precisam e devem saber o que
fazem com as energias genésicas, observando como,
com quem e para que se utilizam de semelhantes
eis MB
fda;'reencarnação, consoante as LeisDivinas,-possi-
a
« bilitando o trabalho executivo dos mais: elevádos
«programas de ação do Mundo Espiritual.
- Por intermédio da paternidade e da nliterni:
dade, o homem e a mulher ninomaisecii
=»eréditos da. Vida Superior. g
Daí, as fontes de alegria que se ls rebentam
“Mo ser com as tarefas da procriação. a a
2 “is Os. filhos são liames .de amor sondtantidado
que lhes granjeiam proteção mais extensa .do Mun-
Família "do Maior, de vez que todos nós integramos gru-
pos afins.
Na arena terrestre, é justo que determinada
«Há, pois, duas espécies de famílias: as fa-
mílias pelos laços espirituais e as famílias pelos la- criatura se faça assistida por outras que lheres-
gos corporais. Duráveis, as primeiras se fortale- piram a mesma faixa de interesse afetivo. De modo
cem pela purificação e se perpetuam no mundo idêntico, é, natural que as inteligências domicilia-
dos Espíritos, através das várias migrações da alma;
as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem das nas Esferas Superiores se consagrem a res-
com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moral- guardar e guiar aqueles companheiros de experiên-
mente, já na existência atual.» cia, volvidos à reencarnação para fins de progresso
Do item 8, no Cap. XIV, de «O EVANGELHO e burilamento.
SEGUNDO O ESPIRITISMO». A parentela no Planeta “faz-se filtro da famí-
lia espiritual sediada além da existência física, man
De todas as associações existentes na Terra — tendo os laços preexistentes entre aqueles que lhe
excetuando naturalmente a Humanidade — nenhu- comungam o clima.
ma talvez mais importante em sua função educa- Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles
dora e regenerativa: a constituição da, família. que a compõem, a família terrestre é formada,
De semelhante agremiação, na qual dois seres assim, de agentes diversos, porquanto nela se re-
se conjugam, atendendo aos vínculos do afeto, sur- encontram, comumente, afetos e desafetos, amigos
ge o lar, garantindo os alicerces da civilização. Atra- e inimigos, para os ajustes e reajustes indispen-
vés do casal, aí estabelecido, funciona oprincípio sáveis, ante as leis do destino.
— 12 — — dB —
Apesar disso, importa reconhecer que o clã fa-
miliar evolve incessantemente para mais amplos
conceitos de vivência coletiva, sob os ditames do
aperfeiçoamento geral, conquanto se erija sempre
em educandário valioso da alma.
Temos, dessa forma, no instituto domésti
vm
uma organização de origem divina, em cujo seio en-
contramos os instrumentos necessários ao nosso pró-
prio aprimoramento para a edificação do Mundo 3 nici
Melhor.
Namoro
q TÁ us — 15 —:
ceássemos nele as realidades da reencarnação e da n tos que se corporificarão no futuro lar, cuja atua-
afinidade. ção, em muitos casos, pesa no ânimo dos namora-
Inteligências que traçaram entre si a realização: dos, inclinando afeições pacificamente raciocinadas
de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, para casamentos súbitos ou compromissos na pa-
criaturas que já partilharam experiências no campo * ternidade e na idade, namorados esses que
sexual em estâncias passadas, corações que se acum- . então se matriculam na escola de laboriosas respon-
mm
pliciaram em delinquência passional, noutras eras, sabilidades. Isso porque a doação de si mesmos à
ou almas inesperadamente harmonizadas na: com- comunhão sexual, em regime de prazer sem pon-
plementação magnética, diâriamente compartilham deração, não os exonera dos vínculos cármicos para
as emoções de semelhantes encontros, em todos os com os seres que trazem à luz do mundo, em cuja .
lugares da Terra. floração, aliás, se é verdade que recolherão tra-
Positivada a simpatia mútua, é chegado o mo- balho e sacrifício, obterão também valiosa colheita
mento do raciocínio. | de experiência e ensinamento para o futuro, se com-
- “Acontece, porém, que diminuta é, ainda, no Pla- preenderem que a vida paga em amor todos aque-
ni a percentagem de pessoas, em qualquer idade les que lhe recebem com ámor as justas exigên-
física, Habilitadas a pensar em termos de auto-aná- cias para,a execução dos seus objetivos essenciais.
lise, quando o instinto sexual se lhes derrama do.ser.
- Estudiosos do mundo, perquirindo a questão
apérias no “lado físico”, dirão talvez tão-sômente
quea libido entrou em atividade com o seu pode-
rósó domínio &, obviamente, ninguém discordará, em .
tese, da afirmativa, atentos que devemos estar à
imnportância do impulso criativo do sexo, no mundo
psíquico, para --a garantia e perpetuação da vidano
Planeta. e
=" “E' imperioso anotar, entretanto, em muitos:mi
ces da; caminhada evolutiva do Espírito, a influêns
cia exercida pelas inteligências desencarnadas no:
jogo afetivo .: Referimo-nos aos parceiros das êxis-:
tências. passádas, ou, mais claramente, aos Espíri-:
— 16 — Ca — 17 —
das ciências psicológicas de hoje, porém, garantir-
-nos-ão no futuro semelhante evento.
Identifiquemos no lar a escola viva da alma.
“ O Espírito, quando retorna ão Plano Físico, vê
nos pais as primeiras imagens de Deus e da Vida.
am qn! pres
Na tépida estrutura do ninho doméstico, ger-
minam-lhe no ser os primeiros pensamentos e as
primeiras esperanças. Não lhe será, contudo, tão
4 fácil seguir adiante com os ideais da meninice, de,
vez que, habitualmente, a equipe familiar se aglu-
Ambiente doméstico tina segundo os desastres sentimentais das existên-
cias p debitando-se-lhe aos componentes os
distúrbios da afeição possessiva, a se traduzirem
«Frequentemente, o Espírito renasce no mes- por ternura descontrolada e ódio manifesto ou sim-
mo meio em que já viveu, estabelecendo de novo
relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar
patia e aversão simultâneas.
o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas Pais imaturos, do ponto de vista espiritual, co-
as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria
outra vez no íntimo. De todo modo, ele se senti-
mumente se infantilizam, no tempo exato do tra-
ria humilhado em presença daquelas a quem hou- balho mais grave que lhes compete, no setor edu- '
vesse ofendido. » cativo, e, ao invés de guiarem os pequeninos com
Do item 11, no Cap. V, de «O EvANSELHO segurança para o êxito em seu novo desenvolvi-
SEGUNDO O ESPIRITISMO». mento no estágio da reencarnação, embaraçam-lhes
os problemas, ora tratando as crianças como se fôs-
Na comunhão de dois seres para a organiza sem adultos ou tratando os filhos adultos como se
da família, prevalece o compromisso de assistência fôssem crianças. :
não só de um para com o outro, mas também para Estabelecido o desequilíbrio, irrompem os con-
com os filhos que procedem do laço afetivo. flitos de ciúme e rebeldia, narcisismo e crueldade,
dd é a
Não possuímos ainda na Terra institutos des- que asfixiam as plantas da compreensão e da ale-
“
— 18 — sua =
S
qual os enigmas -emociónais, trazidos do Prstáti£o,
adquirem feição quase insolúvel.
- Decorre daí a importância dos conhecimentos
alusivos à reencarnação, nas bases da família, com
Pleno exercício da lei do amor nos recessos do lar,
para que o lar não se converta, de bendita escola
“que é, em pouso neurótico, albergando moléstias
mentais dificilmente reversíveis.
5
Energia sexual
ab == ml ms DÊ mi
eee e cer
go tempo de fixação em existências menos felizes, se põe no encalço do trábalho imprescindível à pró-
nas quais a vida, muito a pouco e pouco, ensina a pria evolução.
cada um que ninguém abusa de alguém sem car- Em nenhum caso, ser-nos-á lícito subestimar a
rear prejuízo a si mesmo. importância da energia sexual que, na essência,
À medida que a individualidade evolui, no en- verte da Criação Divina para a constituição e sus-
tanto, passa a compreender que a energia sexual tentação de todas as criaturas. Com ela e por ela
envolve o impositivo de discernimento e responsabi- é que as civilizações da Terra se levantaram,
lidade em sua aplicação, e que, por isso: mesmo, legandiúlizo homem preciosa herança na viagem para
deve estar controlada por valores morais que lhe a sublimação definitiva, entendendo-se, porém, que
garantam o emprego digno, seja na criação de for- criatura alguma, no plano da razão, se utilizará
dela, nas relações com outra criatura, sem conse-
mes
mas físicas, asseguradora da família, ou na cria-
ção de obras beneméritas da sensibilidade e da cul- quências felizes ou infelizes, construtivas ou destru-
tura para a reprodução e extensão do progresso e tivas, conforme a orientação que se lhe dê.
da experiência, da beleza e do amor, na evolução e
burilamento da vida no Planeta.
Através da poligamia, o espírito assinala a si
próprio longa marcha em existências e mais exis-
tências sucessivas de reparação e aprendizagem, em
cujo transcurso adquire a necessária disciplina do
seu mundo emotivo.
Fatigado de experimentos dolorosos, nos quais
recolhe o fruto amargo da delinquência ou do de-
CNOCAT
sespero que haja estabelecido nos outros, reconhece
na monogamia o caminho certo de suas manifesta-
ções afetivas. Atento a isso, identifica na criatura
que se lhe afina com os propósitos e aspirações o
parceiro ou a parceira ideais para a comunhão
sexual, suscetível de lhe granjear o preciso equilí-
brio e capaz de lhe revitalizar as forças com que
-
tra à comunhão sexual ou aceita de alguém um
TT aeCITEIdDpoememefitrioremao er res
Do item 7, no Cap. XVII, de «O EvaN-
GELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO». apelo neste sentido, em bases de afinidade e con-
fiança, estabelece-se entre ambas um circuito de
”
A guerra efetivamente flagela a Humanidade, forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente
semeando terror e morticínio, entre as nações; en- de energias espirituais, em regime de reciprocidade.
tretanto, a afeição erradamente orientada, através Quando um dos parceiros foge ao compromisso as-
do compromisso escarnecido, cobre o mundo de ví- sumido, sem razão justa, lesa o outro na susten-
timas. tação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo
Quem estude os conflitos do sexo, na atuali- de circunstâncias em que esse compromisso venha
dade da Terra, admitindo a civilização em decadên- a ser efetuado. Criada a rutura no sistema de per-
cia, tão-só examinando as absurdidades que se pra- muta das cargas magnéticas de manutenção, de alma
— MU — =
para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de
conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em
pânico, sem que se lhe possaprever o descontrole.
que, muitas-vezes, raia na delinquência. Tais resul-
tados da imprudência e da invigilância repercutem
no agressor, que partilhará das consequências de-
sencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao ca-
minho a sementeira partilhada de conflitos e frus- 7
trações que carreará para o futuro.
Sabemos que a Justiça Humana comina puni- Casamento
ções para os atos de pilhagem na esfera das reali-
dades objetivas, considerando a respeitabilidade dos
«Pergunta — Será contrário à lei da Natureza -
interesses alheios; no entanto, os legisladores ter- o casamento, isto é, a união permanente de dois
restres perceberão igualmente, um dia, que a Jus- seres ?»
tiça Divina alcança também os contraventores da «Resposta — E' um progresso na marcha da
Humanidade. »
Lei do Amor e determina se lhes instale nas cons-
ciências os reflexos do saque afetivo que perpe- Item n.º 695, de «O Livro DOS EsPÍRITOSD.
tram contra os outros.
O casamento ou a união permanente de dois
Daí procede a clara certeza de que não esca-
seres, como é óbvio, implica o regime de vivência
paremos das equações infelizes dos compromissos
de ordem sentimental, injustamente menosprezados,
pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra,
que resgataremos. em tempo hábil, parcela a par- no campo da assistência mútua.
cela, pela contabilidade . dos princípios de causa e Essa união reflete as Leis Divinas que permi-
efeito. Reencarnados que estaremos sempre, nesse tem seja dado um esposo para uma esposa, um
sentido, até exonerar o próprio espírito das muti- companheiro para: uma companheira, um coração
lações e conflitos hauridos no clima da irreflexão, para outro coração ou vice-versa, na criação e de-
aprenderemos no corpo de nossas próprias mani- senvolvimento de valores para a vida.
E desse
festações ou no ambiente da vivência pessoal, atra- Imperioso, porém, que a ligação se baseie na
vés da penalogia sem cárcere aparente, que nunca responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão
lesaremos a outrem sem lesar a nós. sexual um ser humano se entrega a outro ser hu-
msi o sro
mas cármicos de solução, por vezes, muito difícil, no sofrimento purificador. De qualquer modo, é
porquanto ninguém fere alguém sem ferir a si forçoso reconhecer que não existem no mundo con-
mesmo. jugações afetivas, sejam elas quais forem, sem raí-
Indiscutivelmente, nos Planos Superiores, o lia- zes nos princípios cármicos, nos quais as nossas
me entre dois seres é espontâneo, composto em vín- responsabilidades são esposadas em comum.
culos de afinidade inelutável. Na Terra do futuro,
ao — memo eme
ne sã
pesei ma
1
Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina ja-
mais institui princípios"de violência, e o Espírito,
conquanto em muitas situações agrave os próprios
débitos, dispõe da faculdade . deciriterromper, re-
cusar, modificar, discutir ou adiar, transitória-
mente, o desempenho dos compromissos que abraça. .
8 Em muitos lances da experiência, é a própria
individualidade, na vida do Espírito, antes da re-
Divórcio encarnação, que assinala a si mesma o casamento
difícil que faceará na estância física, chamando a
«O divórcio é lei humana que tem por objeto gi o parceiro ou a parceira de existências pretéri-
separar legalmente o que já, de fato, está separado. tas para os ajustes que lhe pacificarão a consciên-
:
Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas re- cia, à vista de erros perpetrados em outras épocas.
Tetê
forma o que os homens hão feito e só é aplicável
nos casos em que não se levou em conta a lei di- Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida
vina.» a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la
Do item 5, do Cap. XXII, de «O EvAN- desencorajada à face dos empeços que se lhe des-
GELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO».
dobram à: frente. Por vezes, o companheiro ou a
As
Partindo do princípio de que não existem uniões companheira voltam ao exercício da crueldade de
conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve outro tempo, seja através de menosprezo, desres-
ser facilitado entre as criaturas. peito, violência ou deslealdade, e o cônjuge preju-
e
E” aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis dicado nem sempre encontra recursos em si para
do mundo, que se operam burilamentos e reconci- se sobrepor aos processos de dilapidação moral de
liações endereçados à precisa sublimação da alma. que é vítima. :
O casamento será sempre um instituto bene- Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da
mérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria resistência, é natural que o esposo ou a esposa,
e esperança, aqueles que a vida aguarda para o - relegado a sofrimento indébito, se valha do divór-
trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpe- cio por medida extrema contra o suicídio, o homi--
tuação. Com ele, o progresso ganha novos horizon- cídio ou calamidades outras que lhes complicariam
tes e a lei do renascimento atinge os fins para os ainda mais o destino. Nesses lances da experiência,
quais se encaminha. surge a separação à maneira de bênção necessária.
— 30 — ces =
e:ocônjuge prejudicado. encontra no tribtinal da
própria consciência o apoio moral da -auto-aprova-
ção para renovar o caminho que lhe digárespeito,
acolhendo ou não nova companhia para a jornada
humana.
Óbvio que não nos é lícito estimular o divór-
cio em tempo algum, competindo-nos tão-sômente,
nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em 9
lide, nos casamentos de provação, a fim de' que se
sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, União infeliz
vencendo as duras etapas de regeneração ou expia-
ção que rogaram antes do renascimento no Plano
Físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim, é justo «Pergunta — Qual o fim objetivado com a re-
encarnação ?»
reconhecer que a escravidão não vem de Deus e «Resposta — Expiação, melhoramento progres-
ninguém possui o direito de torturar ninguém, à sivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?»
face das leis eternas. Item n.º 167, de «O Livro Dos EspíriTOS».
O divórcio, pois, baseado em razões justas, é
providência humana e claramente compreensível nos Dolorosa, sem dúvida, a união considerada me-
processos de evolução pacífica. nos feliz. E, claro, que não existe obrigatorieda-
- Efetivamente, ensinou Jesus: “não separeis O “de para que alguém suporte, a contragosto, a tru-
que Deus ajuntou”, e não nos cabe interferir na culência ou o peso de alguém, ponderando-se que
vida de cônjuge algum, no intuito de arredá-lo da todo espírito é livre no pensamento para definir-se,
obrigação a que se confiou. Ocorre, porém, que se quanto às próprias resoluções. Que haja, porém,
não nos cabe separar aqueles que as Leis de Deus equilíbrio suficiente nos casais jungidos pelo com-
reuniu para determinados fins, são eles mesmos, os promisso afetivo, para que não percam a oportu-
amigos que se enlaçaram pelos vínculos do casa- nidade de construir a verdadeira libertação. é
mento, que desejam a separação entre si, tocando- Indiscutivelmente,os débitos que abraçamos são
-nos únicamente a obrigação de respeitar-lhes-a li- anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes
vre escolha sem ferir-lhes a decisão. que a vida os registe por fora, grava em nós mes-
sino os ui DÊ
q
mos, em toda a extensão, o montante e os carac- tuações expiatórias surgem na ocasião exata, na
terísticos de nossas faltas. ordem em que se nos recapitulam oportunidades e
A pedra que atiramos no próximo talvez não experiências, qual ocorre à semente que, devida-
volte sobre nós em forma de pedra, mas perma- mente plantada, oferece o fruto em tempo certo.
nece conosco na figura de sofrimento. E, enquanto O matrimônio pode ser precedido de doçura e
não se remove a causa da angústia, os efeitos dela esperança, mas isso não impede que os dias sub-
perduram sempre, tanto quanto não se extingue a sequentes, em sua marcha incessante, tragam aos
moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na cônjuges os resultados das próprias criações que
origem do mal. deixaram para trás.
Nas ligações terrenas, encontramos as grandes A mudança espera todas as criaturas nos ca-.
alegrias; no entanto, é também dentro delas que minhos do Universo, a fim de que a renovação nos
somos habitualmente defrontados pelas mais duras aprimore.
provações. Isso porque, embora não percebamos de A jovem suave que hoje nos fascina, para a li-
imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro gação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã
dtctiaES
ou na companheira da vida íntima, os reflexos de a mulher transformada, capaz de impor-nos difi-
nós próprios. culdades enormes para a consecução da felicidade;
ças DR ss — 85 —
dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe
desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem
vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e re-
educar.
Toda vez que amamos alguém e nos entrega-
mos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por
não nos desligarmos desse alguém, para depois —
10
sômente depois — surpreender nesse alguém defei-
tos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente
Filhos
de criatura anteriormente dilapidada por nós, a fe-
rir-nos justamente nos pontos em que a prejudicá-
mos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento
«Os laços do sangue não criam forçosamente
de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos os liames entre os Espíritos. O corpo procede do
compreensão e assistência, tolerância e misericór- corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, por-
dia, para que se refaça ante as leis do destino. A quanto o Espírito já existia antes da formação do
corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu
união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o in-
cárcere de lágrimas para ser um educandário ben- vólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxi-
liar o desenvolvimento intelectual e moral do filho,
dito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe
para fazê-lo progredir.»
de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível,
Do item 8, do Cap. XIV, de «O EvANcELHO
o companheiro ou a companheira que mereceu ou
SEGUNDO O ESPIRITISMOY.
de que necessita, a fim de quitar-se com os princi-
pios de causa e efeito, liberando-se das sombras
de ontem para elevar-se, emsilenciosa vitória so- - Entre os casais, surge comumente o problema
bre si mesmo, para os domínios da luz. do abandono, pelo qual o parceiro lesado é com-
pelido à carência afetiva.
Criaturas integradas. na comunhão recíproca, o
afastamento uma da outra provoca, naturalmente,
em numerosas circunstâncias, o colapso das forças
“mais íntimas naquela que se viu relegada a escár-
nio ou esquecimento.
pa ADO, es — 97 —
Justo observar que toda criatura prejudicada
usufrui o direito de envidar esforços na própria do próprio comportamentôpara verificar até que
ponto haverá provocado a agressão moral sofrida
recuperação.
e, embora se reconheça culpado ou não, que se ren-
Análogo princípio prevalece nas conjunções do
sentimento, sempre efetuadas com fins determina-
da, antes de tudo, à desculpa incondicional, ante
o ofensor, fundindo no coração os títulos ternos
dos em vista.
que tenha concedido ao companheiro ou à compa-
O companheiro ou a companheira menospreza-
nheira da comunhão sexual no título de irmão ou
da no círculo doméstico detém a faculdade de re-
de irmã, de vez que somos todos espíritos imor-
fazer as condições que julgue necessárias à pró-
tais, interligados perante Deus, através dos laços da
pria euforia, com base na consciência tranquila.
fraternidade real.
Não existem obrigações de cativeiro para nin-
Aprenda o parceiro moralmente danificado que
guém nos fundamentos morais da Criação. Um ser
só pelo esquecimento das faltas uns dos outros é
não dispõe de regalias para abusar impunemente
que nos endereçaremos à definitiva sublimação e
de outro, sem que a vítima se veja espontânea-
que nenhum de nós, os filhos da Terra, está em
mente liberta de qualquer compromisso para com
condições de acusar nos domínios do sentimento,
o agressor. Em matéria afetiva, porém, se a união
porquanto og virtuosos de hoje podem ter sido os
sexual trouxe filhos à paisagem terrestre, é razoá-
caídos de ontem e os caídos de hoje serão possível-
vel que as Leis da Vida reconheçam na criatura
mente os virtuosos de amanhã a quem tenhamos
lesada a permissão de restabelecer a harmonia vi-
- talvez de rogar apoio e bênção, quando a Justiça
bratória em seu mundo emotivo, lôgicamente den-
Eterna nos venha descerrar a imensidão de nossos
tro da ética que sustenta a tranquilidade da vida
débitos, acumulados em existências que deixámos
íntima; entretanto, essas mesmas Leis da Vida ro-
para trás nos arquivos do tempo.
gam, sem impor, às vítimas da deslealdade ou da
Homem ou mulher em abandono, se tem filhos
prepotência que não renunciem ao dever de am-
pequeninos, que se voltem, acima de tudo, para
parar os filhos, notadamente se esses filhos ain-
essas aves ainda tenras do pábulo doméstico, aga-
da não atingiram a puberdade que lhes traçará co-
salhando-as sob as asas do entendimento e da ter-.
meço à compreensão dos problemas sexuais que afli-
nura, por amor a Deus e a si mesmos, até que se
gem a Humanidade.
Em sobrevindo semelhantes crises, haja no par- habilitem aos primeiros contactos conscientes com
a vida terrestre, antes de se aventurarem à adoção
ceiro largado em desprezo uma revisão criteriosa
“de nova companhia; isso porque podem usar a atri-
asas; O css
es ME
1
buição natural que lhes compete, no que se refere
a possíveis renovações, sem se arriscarem a agra-
var os problemas dos filhos necessitados de arrimo
e sem complicarem a própria situação perante o
futuro. :
11
Alterações afetivas
a. A0 & ee
arrefece o calor em que se aquecia o casal nos dias
primeiros da comunhão esponsalícia . j ue mantinhamnos pais jovens, ainda sol-
Urge, porém, salvar a embarcação ameaçada de E pe da atração entusiástica até a con-
sogobro, seja pelo choque contra os rochedos ocultos ão do enlaçamento afetivo.
das dificuldades morais ou pelo naufrágio nas águas a sempre,Hepíritos vinculados ao casal,
mortas do desencanto. ora mais fortemente ao pai, ora mais especialmente
Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, ao campo materno, interessavam-se na Vida Maior
precisam reaprender na escola do amor, reconhe- pela constituição da. família, à face das próprias
cendo que, acima da conjunção corpórea,fácil de necessidades de aprimoramento e resgate, progres-
se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em so e autocorrigenda. Em vista disso, cooperaram,
espírito — sempre mais em espírito —, dia por dia. em ação decisiva, na aproximação dos futuros pais,
Não se inquiete o par, à frente das modificações aportando em casa, pelos processos da gravidez e
ocorridas, de vez que toda afinidade correta, nas do berço, reclamando a a quota de ca-
emoções do plano físico, evolui fatalmente para a tenção que lhes é devida.
ligação ideal, a exprimir-se na ternuraconfiante da au! Lola,asia mais profunda do homem
amizade sem lindes. e da mulher na formação do grupo doméstico, se-
Extinta a fogueira da paixão na retorta da or- guida de filhos a lhes compartilhar a existência, há
ganização doméstica, remanesce da combustão o ouro que contar com a sublimação espontânea, do im-
vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, pulso sexual, cabendo ao companheiro e à compa-
de alma para alma, habilitando o casal para mais nheira que o colocaram em função aderir aos pro-
altos destinos na Vida Superior. Issó acontece, por- pósitos da vida, que tudo renova para engrandecer
que os filhos que surgem são igualmente peças e aperfeiçoar.
do matrimônio, compelindo o lar a recriar-se, de saido bastas vezes sejamos recalcitrantes
maneira incessante, em matéria de instituto ende- na sustentação do amor egoístico, desvairado em
reçado ao trabalho de assistência recíproca. exigências de toda espécie, a pouco e pouco aca
O carinho repartido, em princípio, a dois, passa bamos por entender que apenas o amor que sábia-
a ser dividido por maior número de partícipes do mente se divide, em bênçãos de paz e alegria para
núcleo familiar, e esses mesmos condôminos do es- com os outros, é capaz de multiplicar a verdadeira
tabelecimento caseiro, em muitas circunstâncias,
felicidade.
são os associados da doce hipnose do namoro e do
— 42 —
om AR ms
Wa
cus UM e
Tão-sômente na base-da indulgência e do per-
co-
dão recíprocos, mais fácilmente estruturáveisno
mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do ca-
sal. Para isso, não bastarão providências de su- imbricações
o nhecimento da reencarnação, com as
fa-
perfície. Há que internar o raciocínio em conside-
que se lhe mostram consequentes na equipe da
ira
rações mais profundas para que as raízes do de-
mília, conseguirão o companheiro é à companhe
YE
a!
romis-
sequilíbrio sejam erradicadas da mente. Aceitação,
do lar o triunfo esperado, nas lides e comp
%
!
o problema. Forçoso admitir o companheiro ou a a mos a porta
sos que abraçam, descerrando a si mes
companheira como são ou como se aboletam na
| da paz e a luz da libertação.
embarcação doméstica. E, feito isso, inicie-se a. |
obra da edificação ou da reedificação recíprocas.
Óbvio que conclusões e atitudes não se impõem |
1
no campo mental; entretanto, não se arrependerá
ericteses co Rad,
quem se disponha a estudar os princípios da reen-
camação e da responsabilidade individual no pró-
prio caminho.
Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se q
material de plantio.
- Habitualmente, o homem recebe a mulher, como -
a deixou e no ponto em que a deixou no passado
próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi
para o continuísmo da obra de resgate ou de ele-
vação no tempo de agora, sucedendo o mesmo re-
ferentemente à mulher.
O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é
aquele homem que a parceira, em existências an- iz UUVita petido RA] pc colatdranida act nomrar
ses; DR a — 49 —
Pteitameioergafre
IST
rante o outro, é a morte. da união que sobrevém, Seja qual seja o motivo em que o tédio se
inevitável, com os resultados infelizes de que se fundamente, recorram os companheiros imanizados
fará seguir, indiscutivelmente. em mútua associação no lar ao apoio recíproco mais
Verificada a presença do tédio, é imperioso profundo e mais intensivo. Com: isso, estarão em
ausculte, cada um deles, o próprio íntimo, de modo justa defesa da harmonia íntima, sem castigarem
- a saber se o desequilíbrio estará enraizado nos des- a próprio corpo. E reeducar-se-ão, sem hostilizar |
regramentos poligâmicos, que nos marcaram a indi- os que, porventura, lhes demonstrem afeto, mas
vidualidade em existências pretéritas, a fim de cor- acolhendo-os, não mais na condição de cúmplices das
rigir-se, em salvadora dieta emotiva, a compulsão aventuras deprimentes, a que se renderam outrora,
que, porventura, os arraste ainda para a fome de e sim por irmãos queridos, com quem podémos fun-
prazeres inúteis. dir-nos, em espírito, no mais alto amor espiritual.
A sexualidade no casal existe, sobretudo, em
função de alimento magnético entre os dois cora-
ções que se integram um no outro e daí procede a
necessidade de vigilância para que a harmonia não
se perca, nesse circuito de forças.
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de milhares de reencarnações? e, aceitando os prin-
cípios de causa e efeito que nos lastreiam a expe-
riência, desconheceremos, acaso, que os instintos
sexuais nos orientaram a romagem, por milênios e
milênios, no reino animal, edificando a razão que
hoje nos coroa a inteligência?
Apreciando isso, recordemos o cipoal das re- 15
lações poligâmicas de que somos egressos, quanto
aos evos transcorridos, e entenderemos, com abso- - Desvinculações
luta naturalidade, os complexos da personalidade
infantil.
Assim sucede, porque herdamos espiritualmente «Pergunta — A algumas pessoas a doutrina da
de nós mesmos, pelas raízes do renascimento físico, reencarnação se afigura destruidora dos laços de
- reencontrando, matemâticamente, na posição de fi- família, -com o fazê-los anteriores à existência atual.»
«Resposta — Ela os distende; não os destrói.
lhos e filhas, aqueles mesmos companheiros de ex- Fundando-se o parentesco em afeições anteriores,
periência sentimental, com os quais tenhamos con- * menos precários são os laços existentes entre os
tas por acertar. Atentos a semelhante realidade, so- membros de uma mesma família. Essa doutrina am-
plia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso
mos lógicamente impulsionados a concluir que os vizinho, ou no vosso servo, pode achar-se um Es-
vínculos da criança, de uma forma ou de outra, em pírito a quem tenhais estado presos pelos laços da
“qualquer distrito de progresso e em qualquer clima consanguinidade. »
afetivo, solicitam providências e providências, que Item n.º 205, de «O Livro Dos EsPíRITOSD».
sintetizaremos tão-sômente numa palavra única:
educação.
A desvinculação entre os que se amam com a
necessidade de sanar os enganos e erros do amor
assume habitialmente o aspecto de dolorosa. cirur-
gia psíquica.
Por semelhante razão, a Divina Sabedoria con-
cede às criaturas tempo e condições renovadas na
preparação gradual do acontecimento.
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de milhares de reencarnações? e, aceitando os prin-
cípios de causa e efeito que nos lastreiam a expe-
riência, desconheceremos, acaso, que os instintos
sexuais nos orientaram a romagem, por milênios e
milênios, no reino animal, edificando a razão que
hoje nos coroa a inteligência?
Apreciando isso, recordemos o cipoal das re- 15
lações poligâmicas de que somos egressos, quanto
aos evos transcorridos, e entenderemos, com abso- - Desvinculações
luta naturalidade, os complexos da personalidade
infantil. ,
Assim sucede, porque herdamos espiritualmente «Pergunta — A algumas pessoas a doutrina da
de nós mesmos, pelas raízes do renascimento físico, reencarnação se destruidora dos laços de
- reencontrando, matemâticamente, na posição de fi- família, -com o fazê-los anteriores à existência atual,»
«Resposta — Ela os distende; não os destrói.
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tas por acertar. Atentos a semelhante realidade, so- membros de uma mesma família. Essa doutrina am-
plia os deveres da fraternidade, porquanto, no vosso
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vínculos da criança, de uma forma ou de outra, em pírito a quem tenhais estado presos pelos laços da
qualquer distrito de progresso e em qualquer clima consanguinidade.»
afetivo, solicitam providências e providências, que Item n.º 205, de «O Livro DOS EspíriTOS».
sintetizaremos tão-sômente numa palavra única:
educação.
A. desvinculação entre os que se amam com a
necessidade de sanar os enganos e erros do amor
assume habitualmente -o aspecto de dolorosa cirur-
gia psíquica.
Por semelhante razão, a Divina Sabedoria con-
cede às criaturas tempo e condições renovadas na
preparação gradual do acontecimento.
— 55 —
Ca
Essa desvinculação, via de regra, se verifica teando a natureza das ligações havidas em. exis-
numa constante digna de nota — a posição de pais tências passadas e prenunciando a obra de desvin-.
e filhos, incluindo-se nela os pais e filhos adotivos culação que se executará, inevitável, no futuro. pró-
—, de vez que, no enternecimento do lar, todos os “A
=.
jogos da ternura são colocados na mesa do coti-
diano, revestidos de encantamento construtivo. No
- Óbvio álie mem todos os filhos aparecem no
fundo, porém, da personalidade paterna ou do ma-
lar categorizados à conta da desvinculação afe-
ternal coração, descansam os remanescentes de
tiva, porquanto milhões de Espíritos no corpo da
grandes afeições, às vezes desequilibradas e menos
Humanidade tomam a estrutura física, no desem-
penho de encargos simples ou complexos, valen-
felizes, trazidos de outras estâncias, nos domínios
do-se da colaboração dos pais, à maneira de ami-
da reencarnação. A libido ou o instinto sexual na
forma de energia psíquica, tendente à conservação gos que se entreajudam, nas faixas da confiança
da vida, permanece, em muitos casos, na carícia e da afinidade recíprocas.
dos pais, vestida em veludíneo manto de carinho Referimo-nos, porém, ao lar como pouso de
e beleza, mas o amor é ainda, no ádito do espírito, desligamento, porque, na Terra, as relações entre
qual fogo de vida que se nutre do próprio lenho. pais e filhos e, consequentemente, as relações de
Por sua vez, nos entes queridos.que retornâm à ordem familiar constituem clima ideal para a li-
estação da esperança doméstica, essa mesma, afeti- bertação de quantos se jungiram entre si, de
vidade reponta, insopitável e genuína, conquanto modo inconveniente, nos desregramentos emotivos
metamorfoseada nos brincos da infância. Os pe- em nome do amor. E” assim que a sabedoria da Na-
queninos, porém, recém-vindos da. amnésianatural tureza faculta o reencontro, sob as teias da paren-
que a reencarnação lhes impôs, não conseguem es- tela, de quantos se desvairaram, em outro tempo,
conder as próprias disposições no campo das pre- nos desmandos de ordem sexual, reencontro esse
ferências. E surgem neles, de inopino, quase sem- que persiste em condições mais íntimas e mais pro-
pre, as inclinações descontroladas, nos caprichos fundas, até-que os companheiros do pretérito, reen-
com que se.mostram, exigindo especial. atenção de carnados na posição de filhos, atinjam a juventude,
pai ou mãe, a revelarem, de modo claro, para que na existência nova, elegendo novos parceiros para
rumo se lhes dirigem os laços.mais fortes. Geral- a sua vida afetiva, ante a presença ou a supervi-
mente, com muitas exceções, aliás, as filhas se vol- são dos pais ou de familiares outros, nem sempre
tam para os pais e os filhos paraas mães, paten- satisfeitos ou tranquilos com as escolhas que são
— 56 — pm
obrigados a assistir ou a aprovar pela força das
circunstâncias.
Pais quesofrem-hna ertrega:das jovensrque o
lar lhes confiou; aos companheiros que as requisi-
tam para os misteres do casamento, quase sempre
estão renunciando à companhia de antigas afeições
que eles mesmos, no passado, mal conduziam, ao
passo que as mães experimentam análogo fenômeno
de dilaceração psíquica, em se separando de filhos 16
que lhes recordam, embora inconscientemente, as li-
gações empolgantes ou menos felizes de tempos que Aversões
já se foram.
E, através das lutas e adeuses em família, com
a criação de núcleos diferentes na parentela, pela «Os que encarnam numa família, sobretudo
transferência habitual dos filhos, seja a noras e gen- como parentes próximos, são, as mais das vezes,
Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações,
ros, ou a tarefas e experiências diversas das deles, os que se 'expressam por uma afeição recíproca na
pais, sempre que respeitem as necessidades e reso- vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam
luções dos seus rebentos, alcançam a vitória sobre completamente estranhos uns aos outros esses Es-
piritos, afastados entre si por antipatias igualmente
si mesmos, no rumo da própria emancipação na anteriores, que se traduzem na Terra por um mú-
imortalidade. tuo antagonismo, que aí lhes serve de provação.
Não são os da consanguinidade os verdadeiros la-
gos de família e sim os da simpatia e da comunhão
de ideias, os quais prendem 'os Espíritos, antes,
durante e depois de suas encarnações. »
Do item 8, do-Cap. XIV, de «O EyaNcE-
LHO SEGUNDO O ESPIRITISMO».
Urmtas tous
a ga O
tar
go
Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não sando à cura mental e à sublimação da. persona-
raro, se repelem, desde os primeiros contactos. lidade, é o caminho ideal para semelhantes pacien-
Claramente verificáveis os fenômenos da hos- tes; urge entender, porém, que médicos e analis-
tilidade, entre adultos e crianças, trazidos pelo im- tas humanitários conseguirão efetuar prodígios de:
perativo do berço à intimidade do dia-a-dia. compreensão e de amor, liberandó: enfermos dessa.
Pais existem nutrindo antipatia pelos próprios espécie; mo entanto, o estudo da reencarnação é
rebentos, desde que esses rebentos lhes surgem no igualmente chamado a funcionar, nos alicerces da.
lar, e existem filhos que se inimizam com os pró- obra de salvamento.
prios pais, tão logo senhoreiam o campo rnental, Quantos milhares de existências terminam
nos albores da encarnação. anualmente, no mundo, pelos golpes da criminali-
Arraigado no labirinto de existências menos dade?
felizes, decerto que o problema das reações nega- Claro está que as vítimas não foram arreba-
tivas, culpas, remorsos, inibições, vinganças e tan- ' tadas para céus ou infernos teológicos. Se com-
tos outros está presente no quadro familiar, em penetradas, quanto às leis de amor e perdão que
que o ódio acumulado em estâncias do pretérito se dissipam as algemas do ódio, promovem-se a tra-
exterioriza, por meio de manifestações catalogáveis balho digno na Espiritualidade, às vezes até mes-
na patologia da mente. Nessa base de raciocínio, mo em auxílio aos próprios algozes. Na maioria.
determinada criança terá sofrido essa ou aquela hu- das circunstâncias, todavia, persistem no caminho:
milhação da parte dos pais ou tutores e se desen- daqueles que lhes dilapidaram a vida profunda,
volveu abafando propósitos de desforço, com o que transformando-se em perseguidores magoados ou
intoxicou a si mesma, no cursodo tempo, e certos vingativos, jungidos mentalmente aos antigos ofen-
pais haverão sentido inesperada animosidade por sores, e finalmente reconduzidos, pelos princípios.
esse ou aquele filho recém-nato, alimentando ciú- cármicos, ao renascimento junto: deles, a fim de sa-
me contra ele, embora sufocando tal sentimento, narem, no clima da convivência, os complexos de-
com benéficas atitudes de convenção. Não muito crueldade que ainda se lhes destilem do ser.
raro, os cadastros policiais registam infanticídios | Quando isso aconteça, o apostolado de reajus-
em que pais ou mães aniquilam o corpo daqueles te há-de iniciar-se nos pais, porquanto, despertos.
mesmos Espíritos aos quais favoreceram com a en- para a lógica e para o entendimento, são convoca--
carnação na Terra. e us E dos pela sabedoria da vida ao apaziguamento e à
Indubitâvelmente, o tratamento psicológico, vi- renovação.
a qu — 61 —
Observemos, no entanto, que em semelhantes
domínios da alma o apoio da fé religiosa se er-
guerá em socorro e terapêutica.
E” indispensável amar e desculpar, compreen-
der e servir, tantas vezes quantas se façam neces-
sárias, de modo a que sofrimento e dissensão de-
sapareçam e a fim de que, nas bases da compre-
ensão e da bondade de hoje, as crianças de hoje se
levantem na condição de Espíritos reajustados, pe- 17
rante as Leis do Universo, garantindo. aos adul-
tos, nas trilhas das reencarnações porvindouras, à Aborto
redenção de seus próprios destinos.
«Pergunta — Constitui crime a provocação do
aborto, em qualquer período de gestação?
Resposta — Há crime sempre que transgredis
a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja,
cometerá, crime sempre que tirar a vida a uma
criança antes do seu nascimento, por isso que im-
pede uma alma de passar pelas provas a que ser-
viria-de instrumento o corpo que se estava for-
mando.» “
gaz Di su
”
vã
horror à solidão e que, à vista disso, a comunhão penhando o papel de filhos,- aprendendo, gradati-
sexual reclama segurança e duração para que se vamente, na. carteira do corpo carnal, as lições pro- .
mostre assente nas garantias necessárias. fundas do amor — do amor que nos soerguerá,
Impraticável, sem dúvida, impor a continui- um dia, em definitivo, da Terra para os Céus.
dade da ligação entre duas criaturas, a preço de Com semelhantes notas, objetivamiós tão-só des-
violência; no entanto, à face das contingências e tacar a expressão calamitosa do .aborto criminoso,
contratempos pelos quais o carro da união espon- praticado exclusivamente pela fuga ao dever.
salícia deve passar pelas estradas do mundo, as Habitualmente — nunca sempre — somos “nós
leis da vida, muito sàbiamente, estabelecem nos mesmos quem planifica a formação da família, an-
filhos os elos da comunhão entre os cônjuges, atri- tes do renascimento terrestre, com o amparo e à
buindo-lhes a função de fixadores da organização supervisão de instrutores beneméritos, à maneira
familiar; com a colaboração deles, os deveres do da casa que levantamos no mundo, com o apoio de
companheiro e da companheira, no campo da as- arquitetos e técnicos distintos.
sistência recíproca, se revelam mais claramente Comumente chamamos a nós antigos ' com-
perceptíveis e o lar se alteia por escola de 'aper-. panheiros de aventuras infelizes, programando-lhes
feiçoamento e de evolução, em marcha para a aqui- a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro
sição de mais amplos valores do espírito, no Mun- e oportunidade, em que se lhes reedifique a espe-
do Maior. rança de elevação e resgate, burilamento e me-
De todos os institutos sociais existentes na lhoria.
Terra, a família é o mais importante, do ponto de Criamos projetos, aventamos po tio
vista dos alicerces morais que regem a vida. culamos providências e externamos votos respeitá-
E” pela conjunção sexual entre o homem e a veis, englobando-nos com eles em salutares com-
mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; promissos que, se observados, redundarão em bên-
em virtude disso, entre pais e filhos residem os cãos substanciais para todo o grupo de corações a
mecanismos da sobrevivência humana, quanto à que se nos vincula a existência. Se, porém, quando
forma física, na face do orbe. instalados na Terra, anestesiamos a consciência,
Fácil entender que é assim justamente que expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de
nós, os espíritos eternos, atendendo aos impositi- resguardar o próprio conforto, não lhes podemos
vos do progresso, nos revezamos na arena do mun- prever as reações negativas e, então, muitos dos
do, ora envergando a posição de pais, ora desem- associados de nossos erros de outras épocas, ontem
pm <68=
convertidos, no Plano Espiritual, em amigos po-
tenciais, à custa das nossas promessas de compre-
ensão e de auxílio, fazem-se hoje — e isso ocorre
bastas vezes, em todas as comunidades da Terra
— inimigos recalcâdos que se nos entranham à
vida íntima com tal expressão de desencanto e aze-
dume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento
e aflição que se estivessem conosco em plena expe- 18
riência física, na condição de filhos-problemás, im-
pondo-nos trabalho einquietação. Pais e filhos.
Admitimos seja suficiente breve meditação, em -
—. 68 — à. 0 ES
pais, através de afetuoso constrangimento ou suave
processo obsessivo, para que os trouxessem, de novo,
à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos se
mostravam carecedores, a fim de seguirem rumo cor-
reto, no encalço da própria emancipação.
“19
Amor livre
Referentemente ao assunto, não se trata exclu- ou valores do espírito. Desfeitos os votos articula-
sivamente da ligação em base do matrimônio legal- dos em dúpla, claro que a ruptura corre à conta
mente constituído. Se os parceiros da união sexual daquele ou daquela que a empreendeu, com o aceite
possuem deveres a observar entre si, à face de pre- compulsório das consequências que advenham de
ceitos humanos, voluntâriamente aceitos, no plano semelhante resolução.
das chamadas ligações extralegais acham-se igual- Toda sementeira se acompanha de colheita,
mente submetidos aos princípios das Leis Divinas conforme a espécie. E” razoável nos lembremos dis-
que regem aNatureza. so, porquanto o autor ou autora da defecção ha-
Cada Espírito detém consigo o seu filas san- vida, ante os princípios de causa e efeito, é con-
tuário, erguido ao amor, e Espírito algum menosca- siderado violador de almas, assumindo com as ví-
bará o “lugar sagrado” de outro Espírito, sem lesar timas a obrigação de restaurá-las, até o ponto em
a si mesmo. que as injuriou ou prejudicou, ainda mesmo quando
Conferir pretensa legitimidade às relações sexuais na conceituação incompleta do mundo essas cria-
irresponsáveis seria tratar “consciências” qual se turas tenham sido encontradas supostamente já pre-
fôssem “coisas”, e se as próprias coisas, na condi-. judicadas ou injuriadas por alguém.
cão de objetos, reclamam respeito, que se dirá do O diamante no lodo não deixa de ser diamante,
acatamento devido à consciência de cada um? sem perder o valor que lhe é próprio, diante da vida.
E” óbvio que ninguém se lembrará, em são juí- A criatura em sofrimento não deixa de ser
zo, de recomendar escravidão às criaturas clara- criação de Deus, sem perder a imortalidade que lhe
mente abandonadas ou espezinhadas pelos próprios é própria, à frente do Universo.
companheiros ou companheiras a que se entrega- Que a tentação de retorno aos sistemas poli-
ram, confiantes; isso, no entanto, não autoriza nin- gâmicos pode ocorrer habitualmente com qualquer
guém a estabelecer liberdade indiscriminada para pessoa, na Terra, é mais que natural — é justo.
E
as relações sexuais que resultariam unicamente em Em circunstâncias numerosas, o pretérito pode es-
licença ou devassidão. tar vivo nos mecanismos mais profundos de nos-
Instituído o ajuste afetivo entre duas pessoas, sas inclinações e tendências. Entretanto, os deve-
levanta-se, concomitantemente, entre elas, o impo- res assumidos, no campo do amor, ante a luz do
sitivo do respeito à fidelidade natural, ante os com- . presente, devem prevalecer, acima de quaisquer an-
promissos abraçados, seja para a formação do lar seios inoportunos, de vez que o compromisso cria,
e da família ou seja para a constituição de obras leis no coração e não se danificarão os sentimentos
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* -— 1
qiSs É
minou, estudantes das leis do destino à luz da imor- Urge, desse modo, evitar arrastamentos no ter-
talidade. O primeiro grupo se mantém fixado à po- reno da aventura, em matéria de sexo, para que
ligamia, às vezes desenfreada, e só, muito pouco a desordem nos ajustes propostos ou aceitos não
a pouco, despertará para as noções da responsa- venha a romper a segurança daquele ou daquela
bilidade no plano do sexo, através de experiências que tomamos sob nossa assistência“e cuidado, com
múltiplas na fieira das reencarnações. O segundo reflexos destrutivos sobre todo o grupo, em “que
já se levantou para a visão panorâmica dos deve- nos arraigamos através da afinidade.
res que nos competem, diante de nós mesmos, e Não se trata, em nossas definições, do cha-
procura elevar os próprios impulsos sexuais, edu- * mado “vínculo indissolhível” criado por leis huma-
cando-os pelos mecanismos da contenção. nas, de vez que, em toda parte, encontramos com-
panheiros e companheiras lesados pelo comporta-
Falar de governo e administração, no campo
mento de parceiros escolhidos para a vivência sexual
sexual, aos que ainda se desvairam em manifesta-
ções poligâmicas, seria exigir do silvícola encargos e que, por isso mesmo, adquirem, depois de preju-
tão-sômente atribuíveis ao professor universitário, dicados, o' direito natural de se vincularem à ou-
razão por que será justo deter-se alguém nesse ou tra ligação ou aoutras ligações subsequentes, pro-
naquele estudo alusivo à educação sexual apenas curando companhia ao nível de sua confiança e res-
peitabilidade; reportamo-nos ao impositivo da leal-
com aqueles que se mostrem suscetíveis de enten-
dade que deve ser respondida com lealdade, seja
der as reflexões exatas, nesse particular.
qual for o tipo de união em que os parceiros se
Estabelecida a ressalva, perguntemos a nós comuniquem sexualmente um com o outro, susten-
mesmos se nos seria lícito abandonar, no mundo, os tando o equilíbrio recíproco. -
compromissos de natureza afetiva, assumidos dian- * Considerado o exposto, os participantes da co-
te uns dos outros. , munhão afetiva, conscientes dos deveres que assu-
"Assim nos externamos para considerar que a mem, precisam examinar até que ponto terão ge-
ligação sexual entre dois seres na Terra ertvolve rado as causas da indisciplina ou deserção naquele
a obrigação de proteger a tranquilidade e o equi- ou naquela que desistiu da própria segurança ínti-
Mbrio de alguém que, no caso, é o parceiro ou à ma para se atirar à leviandade. Justo ponderar
parceira da experiência “a dois”, e, muito comu- quanto a isso, porquanto, em muitas ocorrências
mente, os “dois” se transfiguram em outros mais, dessa espécie, não é sômente aquele ou aquela que
na pessoa tica filhos e demais descendentes. se revelam desleais, aos próprios compromissos, o
— 6 — TU —
culpado único da ruptura na ligação afetiva, mas
1 g
igualmente o companheiro ou a companheira que,
por desídia ou frieza, mesquinhez ou irreflexão nos
e
votos abraçados, induz a parceira ou o parceiro a
resvalarem para a insegurança, no campo do afeto,
nt et aee
atraindo perturbações de feição e tamanho impre-
visíveis.
21
Homossexualidade
= AO es
mi ice
ria heterossexual, do que com as verdades simples A face disso, a individualidade em trânsito, da
da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de experiência feminina para a masculina ou: vice-ver-
intensidade e de extensão, com o próprio desenvol- sa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatal-
vimento da Humanidade, e o mundo vê, na atuali- mente os traços da feminilidade em.que terá esta-
dade, em todos os países, extensas comunidades de giado por muitos séculos, em que pese ao corpo de
irmãos em experiência dessa espécie, somando mi- formação masculina que o segregue, verificando-se
lhões de homens e mulheres, solicitando atenção e análogo processo com referência à mulher nas mes-
respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção mas circunstâncias.
devidos às criaturas heterossexuais. Obviamente compreensível, em vista do exposto,
A coletividade humana aprenderá, gradativa- que o Espírito no renascimento, entre os homens,
mente, a compreender que os conceitos de norma- pode tomar um corpo feminino ou masculino, não
lidade e de anormalidade deixam a desejar quando apenas atendendo-se ao imperativo de encargos par-
se trate simplesmente de sinais morfológicos, para ticulares em determinado setor de ação, como tam-
se erguerem como agentes mais elevados de defini- bém no que concerne a obrigações regenerativas.
ção da dignidade humana, de vez que a individua- O homem que abusou das faculdades genésicas,
lidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio arruinando a existência de outras pessoas com a
comportamento na sustentação do bem de todos ou destruição de uniões construtivas e lares diversos,
a deprime pelo mal que causa com a parte que as- em muitos casos é induzido a buscar nova posição,
sume no jogo da delinquência. no renascimento físico, em corpo morfolôgicamente
A vida espiritual pura e simples se rege por feminino, aprendendo, em regime de prisão, a rea- -
afinidades eletivas essenciais; no entanto, através justar os próprios sentimentos, e a mulher que agiu
de milênios e milênios, o Espírito passa por fileira de igual modo é impulsionada à reencarnação em
imensa de reencarnações, ora em posição de femi- - Corpo morfolôgicamente masculino, com idênticos
nilidade, ora em condições de masculinidade, o tque fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos
sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas es-
menos pronunciado, em quase todas as criaturas. pecíficas na elevação de agrupamentos humanos e,
.. O homem e a mulher serão, desse modo, de ma- consequentemente, na elevação de si próprios, ro-
neira respectiva, acentuadamente masculino ou acen: gam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem
tuadamente feminina, sem especificação psicológica a própria internação no campo físico, em vesti-
absoluta. menta carnal oposta à estrutura psicológica pela
a, mais A ms
qual transitôriamente se definem. Escolhem com
isso viver temporâriamente ocultos na armadura
carnal, com o que se garantem contra arrastamen-
tos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a
perseverarem, sem maiores dificuldades, nos obje-
tivos que abraçam.
ph;
Observadas as tendências homossexuais dos
companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou
de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo edu- 22
cativo adequado, tanto quanto se administra ins-
trução à maioria heterossexual. E paraque isso se Adultério e prostituição
verifique em linhas de justiça e compreensão, ca-
minha o mundo de hoje para mais alto entendi-
mento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, «Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver
isento de pecado», disse Jesus. Esta sentença faz
à frente da vida eterna, os erros e acertos dos ir- . da indulgência um dever para nós outros, porque
mãos de qualquer procedência, nos domínios do ninguém há que não necessite, para si próprio, de
sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado indulgêntia. Ela nos ensina que não devemos jul-
gar com mais severidade os outros, do que nos jul-
gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque to- gamos a nós mesmos, nem condenar em outrem
dos os assuntos nessa área daevolução e da vida aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligar-
se especificam na intimidade da consciência de mos a alguém uma falta, vejamos se a mesma cen-
sura não nos pode ser feita.»
cada um.
Do item 13, do Cap. X, de «O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO).
= Bios
corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do
aperfeiçoamento pessoal luzindo na- presença de cada
di
"uma, então os conceitos de adultério e prostitui-
- ção se farão distanciados do cotidiano, de vez que
aurasTuta amassar LR ni
a compreensão apaziguará o coração humano e a
chamada desventura afetiva não terá razão de ser.
23
Abstinência e celibato
sm O ei
= RÁ ES
a vowçees,
wa
nada reencarnação, e a daqueles outros que se vêem licos, como sendo “eunucos por amor 'do Reino de
forçados a adotá-las, por força de inibições diversas. Deus”. Esses eunucos, porém, muito ao contrário
Indubitâvelmente, os que consigam abster-se da do que geralmente se afirma, não são criaturas psi-
comunhão afetiva, embora possuindo em ordem to- colôgicamente assexuadas, respirando em climas de
dos os recursos instrumentais para se aterem ao negação da vida. Conquanto abstêmios da emotivi-
conforto de uma existência a dois, com o fim de se dade sexual, voluntária ou involuntâriamente, são
fazerem mais úteis ao próximo, decerto que traçam almas vibrantes, inflamadas de sonhos e desejos,
a si mesmos escaladas mais rápidas aos cimos do que se omitem, tanto quanto lhes é possível, no ter-
aperfeiçoamento. reno das comunhões afetivas, para satisfazerem as
Agindo assim, por amor, doando o corpo a ser- obrigações de ordem espiritual a que se impõem.
viço dos semelhantes, e, por esse modo, amparando Depreende-se daí a impossibilidade de se doarem a
os irmãos da Humanidade, através de variadas ma- quaisquer tarefas de reparação ou elevação sem
neiras, convertem a existência, sem ligações sexuais, tentações, sofrimentos, angústias e lágrimas e, às
em caminho de acesso à sublimação, ambientando-se vezes, até mesmo escorregões e quedas, nos domí-
em climas diferentes de criatividade, porquanto a nios do sentimento, de vez que os impulsos do amor
energia sexual neles não estancou o próprio fluxo; nelas se mantêm com imensa agudeza, predispon-
essa energia simplesmente se canaliza para outros do-as à sêde incessante de compreensão e de afeto.
objetivos — os de natureza espiritual. E, em con- Eintendendo-se os valores da alma por alimento
comitância com os que elegem conscientemente esse do espírito, impossível esquecer que a produção do
tipo de experiência, impondo-se duros regimes de bem e do aprimoramento se realiza à base de atrito
vivência pessoal, encontramos aqueles outros, os que e desgaste.
já renasceram no corpo físico induzidos ou obri- A semente é segregada no solo para desvenci-
gados à abstinência sexual, atendendo a inibições lhar-se dos empeços que a constringem, de modo a
irreversíveis ou a processos de inversão pelos quais formar o pão, e o pão, a rigor, não se completa em
sanam erros do pretérito ou se recolhem a pesadas forno frio. |
- disciplinas que lhes facilitem a desincumbência de A força no carro não surge sem a queima de
compromissos determinados, em apuros do espí- combustível, e o motor não lhe garante movimento
Tito. sem aquecer-se em nível adequado.
Num e noutro caso,
« identificamos aqueles que
em nremmega Lesrerim penta RS
ond
específicos, não contam indiferença e nem aneste-
TÉNIS pa pda
sia do sentimento.
Celibato e abstinência, em qualquer forma de
expressão, constituem tentames louváveis do ser —
experiências de caráter transitório —, nos quais a 24
fome de alimento afetivo se lhes transforma no imo
do coração em fogo purificador, acrisolando-lhes as Carga erótica
tendências ou transfigurando essas mesmas tendên-
cias em clima de produção do bem comum, atra- «Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas,
passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, hu- carga erótica, de que, em”verdade, não se libertará
milhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes inicamente ao preço de palavras e votos brilhantes,
dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes
a perfeição.» mas à custa de experiência e trabalho, de vez que
instintos e paixões são energias eestados ineren-
Do item 11, do Cap. XVII, de «O Evan- tes à alma de cada um, que as leis da Criação não
GELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO».
destroem e sim auxiliam cada pessoa a transformar
O instinto sexual, exprimindo amor em expan- e elevar, nó rumo da perfeição.
são incessante, nasce nas profundezas da vida, ori- Fácil entender, portanto, que do erotismo, como
entando os processos da evolução. fator de magnetismo sexual humano, na romagem
Toda criatura consciente traz consigo, devida- terrestre, seja em se tratando de Espíritos encarna-
mente estratificada, a herança incomensurável das dos ou desencarnados na Comunidade Planetária,
experiências sexuais, vividas nos reinos inferiores da não partilham tão-sômente as inteligências que já
Natureza. se angelizaram, em minoria absoluta no Plano Fí-
De existência a existência, de lição em ção é sico, e aqueles irmãos da Humanidade provisória-
de passo em passo, por séculos de séculos, na es- mente internados nas celas da idiotia, por força dé
fera animal, a individualidade, erguida à razão, sur- lides expiatórias abraçadas ou requisitadas por eles
preende em si mesma todo um mundo de impulsos próprios, antes do berço terreno.
genésicos por educar e ajustar às leis superiores que Os Espíritos sublimados se atraem uns aos ou-
governam a vida. tros por laços de amor considerado divino, por en-
A princípio, exposto aos lances adversos das quanto inabordáveis a nós outros, seres em la-
aventuras poligâmicas, o homem avança, de ensina- boriosa escalada evolutiva e que compartilhamos
mento a ensinamento, para a sua própria instala- das tendências e aspirações, dificuldades e provas
ção na monogamia, reconhecendo a necessidade de do gênero humano. E os companheiros temporária-
segurança e equilíbrio, em matéria de amor; no *en- mente bloqueados por cérebros deficientes e obtu-
tanto, ainda aí, é impelido naturalmente a carre- sos atravessam períodos mais ou menos longos de
gar o fardo dos estímulos sexuais, muita vez des- silêncio emocional, destinados a reparações e rea-
trambelhados, que lhe enxameiam no sentimento, re- justes, quase sempre solicitados por eles mesmos
clamando educação e sublimação. — repetimos —, já que se sentenciam a entraves e
Depreende-se disso que toda criatura na Ter- inibições, no campo de exteriorização da mente,
ra transporta em si mesma determinada taxa de através dos quais refazem atitudes e recondicionam
amia oi
ESan Sratrt
impulsos afetivos em preciosas tomadas e retoma-
das de consciência.
À vista do exposto, é fácil reconhecer que“toda
criatura humana, sempre nascida ou renascida sob
o patrocínio do.sexo, carreia consigo determinada |
)
carga de impulsos eróticos, que a própria criatura !
aprende, gradativamente, a orientar para o gem e
a valorizar para a vida.
Diante do sexo, não nos achamos, de nenhum 25
modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas,
mas perante a fonte viva das energias em que a Sexo e religião
Sabedoria do Universo situou o laboratório das for-
mas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais «Pergunta — Como pode a alma, que não al-
intensos para a execução das tarefas que esposa- * cançou a perfeição durante a vida corpórea, aca-
mos, em regime de colaboração mútua, visando ao bar de depurar-se?
«Resposta — Sofrendo a prova de uma nova
rendimento do progresso e do aperfeiçoamento en- existência. »
tre os homens. «Pergunta — Como realiza essa nova existên-
Cada homem e cada mulher que ainda não se cia? Será pela sua transformação como Espírito ?»
«Resposta — Depurando-se, a alma indubitã-.
angelizou ou que não se encontre em processo de velmente experimenta uma transformação, mas para
bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou isso necessária lhe é a prova da vida corporal.»
na alma, traz, evidentemente, maior ou menor per- Item n.º 166, de «O Livro DOS EspíRITOS».
centagem de anseios sexuais, a se expressarempor
sêde de apoio afetivo, e é claramente, nas lavras
da experiência, errando e acertando e tornando, a
Dar-se-á o fato de se isentar alguém dos im-
pulsos e inquietações sexuais, simplesmente por ha-
errar para acertar com mais segurança, que cada
de
Amor Universal.
o
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esrasuastalrzid
epicNida
denações e providências de caráter externo não atividades socorristas, nãs quais impulsionam o
transfiguram milagrosamente o mundo íntimo. As progresso dos seus irmãos.
realizações da fé, por isso mesmo, se concretizam - Esses missionários do devotamento vibram em
à base de porfiadas lutas da alma,de si para consigo. faixas de amor sublime, quase sempre - inacessível
Ninguém se burila de um dia para outro. à compreensão dos seus contemporâneos.
De que modo alienar condições inerentes à pró- Não ocorrem análogas circunstâncias entre
pria vida do Espírito, acalentadas, no curso das eras, aqueles outros que renascem sob regime discipli-
tão-sômente em função de afirmativas verbais? E nar, requisitados por eles contra eles mesmos, de
entendendo-se que as Leis do Universo não destroem vez que grande número desses obreiros das ideias
o instinto, mas transformam-no em razão e ange- religiosas, reencarnados em condições de prova, de-
* litude, na passagem dos evos, pelos mecanismos da monstram dificuldades e inibições múltiplas, no-
sublimação, de que forma exigir a extinção dos es- corpo e na mente, quando não sofrem exageradá..
-tímulos genésicos em alguém, tão-só porque esse tendência aos desvarios sexuais — tendência essa
alguém se consagre ao Serviço Divino da Fé, quando que habitualmente os mantém recolhidos ao medo
esses mesmos estímulos são ingredientes da vida e de qualquer expansão afetiva. Temendo as mani-
da evolução, criados pela mesma Providência Di- festações do amor e bastas vezes condenando in-
vina para a sustentação e a elevação de todos os dêbitamente os companheiros da Humanidade, pelo
seres? fato de se acomodarem a uniões respeitáveis e dig-
Compreendida a inalienabilidade dos problemas nas, na generalidade receiam a si próprios e cen-
sexuais nas individualidades representativas das suram os semelhantes, no impulso inconsciente de
ideias religiosas no mundo, é mais que razoável lhes copiar a independência e a conduta. 4
considerar que essas individualidades, em grande Daí surgem os incidentes menos felizes —
maioria, solicitaram para si próprias os controles quantas vezes! — em que vemos expositores ar-
de feição moral a que transitôriamente se vinculam, dentes e apaixonados, dessa ou daquela ideia reli-
no tentame de extraírem deles o proveito máximo, giosa, tombando em experiências emotivas, muito
a favor de si próprias. omite
mais complicadas e deploráveis do que aquelas ou-
Efetivamente, Espíritos superiorese já ergui- tras que eles próprios reprovavam no caminho e
dos a notáveis campos de elevação, únicamente por na vida dos companheiros!... Aliás, registe-se que
amor e sacrifício, tomam assento nasorganizações o fenômeno é mais que justo, porquanto, aceitando
religiosas da Terra, volvendo à reencarnação em og distintivos de determinada seara religiosa, o Es-
—M—
..
pírito impõe a si mesmo um fator de frenagem e
autopoliciamento, sem que as marcas exteriores de
fé signifiquem mais que um convite ou um desa- - E
w
É
fio a que se aperfeiçoe, de acordo com os princí-
pios de acrisolamento que abraça. “E
j
j
improviso, os impulsos do coração, conquanto se
erijam em fortaleza de luz, amparando a criatura 26
que a elas se acolhe para o serviço de autoaprimo-
ramento. A margem do sexo
/
Qualquer professor na Terra há-de se identi-
ficar com os alunos, no campo das experiências na-
turais do cotidiano, a fim de que se estabeleça, «Lembrai-vos daquele que julga em última ins- -
entre eles, o fio da compreensão mútua, unindo van- tância, que vê os movimentos íntimos de cada co-
ração e que, por conseguinte, desculpa muitas ve-
guarda e retaguarda do esforço para a escalada zes as faltas que censurais, ou reprova o que rele-
do grupo ao conhecimento. vais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lem-
brai-vos de que vós, que clamais em altas vozes —
“Um anjo e uma equipe de criaturas humanas anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.»
não entrariam em relacionamento ideal para ren-
dimento ideal do ensino. À vista disso, somos nós Do item 16, do Cap. X, de «O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO».
mesmos, Espíritos endividados ante as Leis do Uni-
verso, que nos enlaçamos uns com os outros, en-
carnados e desencarnados, aperfeiçoando gradati- Companheiros da Terra, à frente de todas as
vamente as qualidades próprias e aprendendo, à complicações e problemas do sexo, abstende-vos de
custa de trabalho e tempo, como alcançar a subli- censura e condenação.
mação que demandamos, em marcha laboriosa para Todos nós — os Espíritos em aperfeiçoamento
a conquista dos Valores Eternos. nos climas do Planeta — estamos emergindo de
passado multimilenar, em que as tramas da alma.
se. entreteciam em labirintos de sombra, para que
as bênçãos do aprendizado se nos fixassem ho es-
asbotiaca fingir sen ir
pírito. Ainda assim, achamo-nos todos muito longe passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são
da meta por alcançar. trilhas para o mal de que nos desvencilharemos,
Se alguém vos parece cair, sob enganos do um dia!.
sentimento, silenciai e esperai! Se alguém se vos Abençosl e amai sempre. o
afigura tombar em delinquência, por desvarios do Diante de toda e qualquer desarmonia do mun-
coração, esperai e silenciai!... do afetivo, seja com quem for e como for, colocai-
Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, “vos, em pensamento, no lugar dos acusados, anali-
porque, por enquanto, nenhum de nós consegue: co- sando as vossas tendências mais íntimas e, após ve-
nhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje rificardes se estais em condições de censurar al-
qual o tamanho da experiência afetiva que nos guém, escutai, no âmago da consciência, o apelo
aguarda amanhã. inolvidável do Cristo:
Calai os vossos possíveis libelos, ante as su- “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”
postas culpas alheias, porquanto nenhum de nós,
por agora, é capaz de medir a parte de responsa-
bilidade que nos compete a cada um nas irreflexões
e desequilíbrios dos outros.
Somos todos peças integrantes de uma só fa-
mília, operando em dois mundos, simultâneamente
— aquele das inteligências corporificadas no plano
físico e aquele outro das inteligências desencarna-
R nto”
das que se domiciliam nas regiões da mesma Terra
que habitais, disputando convosco, tanto quanto FIM
sia
igualmente entre si, a sannsgas de recursos. subs-
[cas
data
tanciais da evolução. '
esaf
Não dispomos de recursos para examinar as
consciências alheias e cada um de nós, ante a Sa-
bedoria Divina, é um caso particular, em matéria
de amor, reclamando compreensão.
À vista disso, muitos de nossos erros imaginá-
rios no mundo são caminhos certos para o bem, ao
po OO mom — 101 —
“
FRANCISCO 0. XAVIER e WALDO VIEIRA FRANOISCO CÂNDIDO XAVIER
NOSSO LAR OS MENSAGEIROS
(11º edição) (7º edição)
E' esta obra a primeira da famosa e inigualável
coletânea transmitida pelo Espírito de André Luiz, Pertence esta obra à famosa «Coleção de André
pseudônimo de um médico patrício desencarnado no Luiz». O estudioso Autor espiritual, ex-médico pa-
Rio dé Janeiro. trício, que configurou nas páginas de «Nosso Lar»
Relata ele o seu reajustamento no Plano espi- surpreendentes panoramas do Além-Mundo, des-
ritual, após a morte do corpo, o estágio numa espé- creve, em 51 capítulos, o contínuo e árduo tra-
cie de zona purgatorial (Umbral), até .se tornar balho de elevados Mensageiros do Bem junto aos
cidadão da admirável colônia — Nosso Lar. encarnados, destacando a figura do generoso ben-
As organizações sociais e culturais, a ádminis- feitor Aniceto, a quem ele acompanhou até o am-
tração, os meios de locomoção, os campos de repou- nemita terráqueo, em excursão de novos aprendi-
so, com jardins, bosques, rios e música, enfim, todo zados.
o «modus vivendi» dessa estância sideral, além de Páginas de profunda emotividade apresentam,
outras coisas mais, são descritos em cores vivas, a cada instante, lições de inestimável valor, obser-
com relevantes ensinamentos morais e altas dedu- vando-se o quanto é importante o fator moral no
ções filosóficas. quadro de serviço dos que se consagram às ativi-
dades nobres da fé.