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Além das Estrelas

Eric Romano Maia


alemestrelas@gmail.com

Além das estrelas

Eric Romano Maia


Esta obra está registrada de acordo com as leis de direitos autorais. Qualquer um está livre de lê-la, mas em
caso de outros usos ou alteração o autor deverá ser consultado antes através do email especificado no canto
superior esquerdo de cada página. É ilegal a utilização desta obra sem antes consultar o seu autor.
Além das Estrelas
Eric Romano Maia
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Capítulo 1

Viemos das estrelas

“Viemos das estrelas, mas somos humanos e


descendemos da Terra. Há muito tempo atrás nossos ancestrais
foram levados de sua terra natal e aprenderam a viver em outros
mundos onde criaram descendências e fizeram amizade com uma
nova raça que possuía uma avançada tecnologia, mas por uma
falha a coneção com a Terra foi corrompida e por séculos o nosso
povo foi incapaz voltar à Terra e o povo da Terra nunca soube de
nossa existência. Hoje isso mudará, pois uma grande e inacabável
guerra nos trás devolta ao planeta de onde originamos, a
importância estratégica do planeta trará o fim da guerra e vitória
para um dos lados. Mas o futuro da Terra pode estar em risco.”

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Capítulo 2

O avião

São 23h00min da noite e um avião viaja de São Paulo


para Brasília. Quase todos os passageiros do avião estão calmos
exceto um que está extremamente nervoso e não é por causa do
vôo, ele está na primeira classe e carrega consigo uma maleta
grossa presa ao seu pulso por uma algema, sendo que a maior parte
da algema está escondida dentro da manga de seu terno.
Ele se levanta para ir ao banheiro e, muito preocupado,
presta atenção aos outros passageiros, ao entrar no banheiro ele
abre, com muito cuidado, a maleta com uma chave que ele havia
retirado do bolso e dentro da maleta havia uma esfera azul e
transparente, como se fosse de vidro, com um palmo de diâmetro e
com três buracos com igual distância um do outro. O homem
examina a esfera com muito cuidado e depois a coloca de volta na
maleta.
Saindo do banheiro ele volta para a sua poltrona, mas assim
que ele chega percebe que alguém o está observando, rapidamente
ele puxa de seu cinto um objeto semelhante a uma pistola e a
aponta para a cabeça do observador, segundos depois mais cinco
homens se levantam apontando armas semelhantes ao homem com
a maleta. As outras pessoas dentro do avião começam a ficar
assustadas e então o homem diz:
– Eu juro que vou estourar a cabeça dele!
Logo, um dos cinco homens mira a sua arma bem na cabeça
do observador e, em seguida, uma pequena esfera luminosa é
disparada da arma, acertando a cabeça dele, algumas das outras
pessoas do avião começam a gritar ao ver a cena da vitima sendo
atingida.

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– Nem precisávamos dele mesmo – diz o atirador –. Agora,
entregue a pedra, não queremos gastar munição, então pode
começar colocando a sua arma lentamente no chão.
O homem não obedece e pensa em um jeito de escapar da
situação enquanto ele olha para os lados.
– Abaixe a arma – insiste o atirador.
Então o homem se abaixa lentamente para colocar a arma no
chão e os cinco homens armados acompanham apontando as suas
armas fixamente para a sua cabeça.
Quando a arma está finalmente no chão, o homem, de
repente, se joga para o lado caindo deitado atrás de uma fileira de
poltronas. Os homens armados correm para trás das poltronas
procurando-o e o encontram segurando um aparelho cilíndrico
com um botão vermelho que está sendo pressionado pelo seu
polegar.
– Se eu soltar o botão, o avião todo irá explodir – diz ele
levantando e mostrando os explosivos que estavam escondidos
debaixo de seu terno.
Os passageiros começam a ficar mais assustados ao saber
que havia uma bomba no avião.
O líder dos cinco homens armados analisa a sua situação e
depois, com um leve sorriso no rosto, ele diz:
– Não vai adiantar, se você conseguir sair desse avião vivo
não importa aonde você vá porque nós estaremos lhe seguindo,
você não têm outra escolha nos entregue a esfera agora!
O homem da maleta começa a pensar no que o seu inimigo
acabou de dizer e responde:
– Sabe de uma coisa, você tem certeza, ainda bem que você
me avisou.
Ele solta o botão e a bomba explode destruindo,
completamente, o avião.

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Capítulo 3

O dia seguinte

– Acorde irmão – diz Laura, de 25 anos, para o seu


irmão Dario, de 27 anos –, são dez da manhã e você não acorda
nunca!
– Deixa – diz Dario, se levantando –, eu dormi muito tarde
ontem.
– Mas você não vai ficar dormindo até a hora de me levar ao
aeroporto vai?
– Claro que não, você tem que estar lá de tarde.
– Parece que não vai estar acordado até lá.
Laura vai até a cozinha e logo depois Dario se levanta e
segue até cozinha para tomar o café da manhã e, encontrando com
sua irmã ao chegar lá, pergunta:
– Têm alguma notícia interessante hoje?
– Na verdade sim, pelo que mostrou no jornal parece que um
avião explodiu em algum entre aqui e Brasília.
– O avião ia para Brasília?
– Acho que sim.
– Que semana de azar!
– Porque, o que mais aconteceu?
– Bom, teve o assassinato do médico que me operou.
– Ah, sim, foi tão estranho, não é?
– Foi, até agora ninguém entende porque isso aconteceu.
– Não foi assalto?
– Não, não levaram nada de valor, há quem acredite que ele
estava envolvido em algo ilegal.
– Nossa!
– Foi tão repentino, imagine se fosse antes de ele me operar
do apêndice.
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– Então a operação seria realizada por outro médico e em
outro dia.
– É eu sei, mas ele era um cara legal. Fico pensando quem
poderia ter feito isso com ele e porque fizeram.

Em um apartamento em algum lugar da zona sul da cidade


de São Paulo dois homens estão mexendo com várias armas, a
maioria delas são desconhecidas, semelhantes aos que foram
usadas no avião que explodiu. Os dois homens verificam e
preparam as armas.
De repente, alguém bate na porta de forma a fazer um código
sonoro com as batidas.
– Quem é – pergunta um dos homens.
– Abram logo esta droga desta porta, seus idiotas – responde
a pessoa que bateu na porta.
– É o chefe – comenta um homem, falando com o outro. Ele
se aproxima da porta, olhe pela fresta, para ter certeza de quem
está do outro lado, e com uma das pistolas de formato estranho nas
mãos de cada um, ele abre a porta. Três homens entram
normalmente e logo depois ele olha para fora do apartamento para
verificar se havia alguém no corredor principal daquele andar e
logo depois ele fecha a porta do apartamento.
Um dos três homens que havia entrado no apartamento
estava carregando umas folhas de papel. Reparando nas folhas, um
dos dois que já estava dentro do apartamento, pergunta:
– Está é a lista de todos os pacientes do Dr. Armando, deste
mês, não é mesmo?
– É esta mesma – responde o homem segurando as folhas.
– É uma lista um pouco grande não é?
– Sim, mas nós iremos eliminar alguns nomes.
– E quando começamos?
– Imediatamente!

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Mais tarde, Dario está no aeroporto de Congonhas com


sua irmã e se despede dela.
– Bom – diz Laura –, é melhor eu ir andando, senão o meu
avião sai sem mim.
– Obrigado por ficar e me ajudar – diz Dario.
– O que é isso, Dario, eu sou a sua irmã, eu sempre irei lhe
ajudar. Bom, você vai dar uma passada em Belo Horizonte nas
férias não vai?
– É claro que eu vou lá.
– Bom, é melhor eu ir indo, tchau.
– Tchau.
Laura parte e assim que desaparece de vista Dario volta para
casa.

Dario chega a seu prédio, estaciona o carro e sobe para o


seu apartamento, mas ele não havia notado que no exato momento
em que entrou no prédio um carro pára do outro lado da rua.
Dentro dele estavam os mesmos homens que procuravam os
pacientes do Dr. Armando. O homem que está dirigindo pergunta:
– É aqui mesmo?
– É o que diz aqui – responde o outro com a lista de
endereços na mão.
– Este é o ultimo, é melhor que ele tenha o que procuramos,
senão nós estamos perdidos.
– Vamos sair agora?
– Não, vamos esperar, pode haver alguém nos espiando e não
queremos levantar suspeitas.

Dario acaba de chegar a seu apartamento. Assim que ele


fecha a porta, houve uma batida nela.
– Já vai – diz ele.

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Assim que ele abre a porta alguém o nocauteia acertando um
golpe em sua cabeça.

Dos homens que estavam esperando lá fora o motorista


diz:
– Agora acho que podemos ir.
Os cinco homens saem do carro e entram no prédio. E
chegando ao andar do apartamento de Dario percebem que a porta
do apartamento estava aberta, eles retiram as suas armas entram e
cada um vai para um lado diferente, depois de um tempo eles
voltam para a sala de estar e o chefe pergunta:
– Vocês encontraram alguém?
Os três balançam a cabeça como um sinal negativo.
– O jeito é mandar alguém ficar de guarda no apartamento
caso ele volte – diz um dos guardas.
– Não acho que ele voltará, acho que "eles" o levaram –
responde outro.
– Droga! Nesse caso temos que fazer uma busca e informar a
base. – diz o chefe deles – Tenho certeza de que eles não estão
muito longe.

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Capítulo 4

O povo que veio das estrelas

Dario acaba de acordar abrindo seus olhos depois de


estar inconsciente por um longo tempo. A primeira coisa que ele
repara é que está em uma espécie de cama dentro de um quarto
pequeno. Ao seu redor vê um homem e uma mulher. A mulher tem
um cabelo castanho escuro, longo, liso e que segue até a cintura e
tanto a mulher quanto o homem estão usando um uniforme justo
de cor marrom e com detalhes pretos.
– Ele está acordando – diz o homem.
– Droga – diz a mulher –, ele não deveria acordar agora!
– Podemos fazê-lo dormir mais uma vez.
De repente, empurrando os dois para os lados, Dario
rapidamente se levanta da cama em que está deitado e, muito
irritado e um pouco desequilibrado, diz:
– Espere um momento! O que está acontecendo aqui?
– Dario – diz a mulher, com calma –, não vai ser fácil para
você entender o que eu tenho para lhe contar, mas não queremos
lhe fazer mal.
Percebendo que os seqüestradores não são pessoas ruins e
aparentam não serem perigosos, Dario responde:
– Eu não preciso de explicação nenhuma, eu vou é sair deste
prédio agora mesmo!
Dario resolve sair do quarto em que estava e os dois que
estavam no quarto não o impedem. Um pouco nervoso, ele leva
um tempo para estranhar que a porta por onde acabou de passar se
abriu sozinha, dividindo-se em dois, quando ele se aproximou.
Agora ele está em uma sala retangular, observa que ao lado
esquerdo da porta em que ele saiu havia outra porta, na parede a
sua frente havia mais duas portas, na parede a sua esquerda, no
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final da sala retangular, não havia porta, mas havia uma porta na
parede do outro final da sala. Dario passa pela porta da direita e se
choca quando vê que do outro lado há o que parece ser uma cabina
de piloto com um piloto e um co-piloto. É então que percebe que
ele não está em um prédio, e sim em uma espécie de avião durante
o vôo.
– Não vai ser fácil para você voltar para casa, Dario – diz a
mulher, saindo da sala de onde estava.
– Vocês me colocaram em um avião – diz Dario, espantado.
– Não é avião, você não percebeu que ele não faz barulho
nenhum?
– Então o que é?
– Você não conhece, ninguém de seu planeta conhece.
– Como assim, “planeta” – pergunta Dario, espantado.
– Você está pronto para ouvir a o que tenho a lhe contar?
Entenda que não lhe queremos fazer mal.
– Não sei, ainda estou um pouco confuso. Acho que posso
ouvir.
– É melhor sentarmos, pois o que tenho a contar é longo.
– Tudo bem.
Os três vão para o quarto em que Dario estava dormindo e se
sentam na cama onde Dario estava.
– Vamos nos apresentar primeiro – diz ela –. Eu sou Narlia
esse é Nergto, dos pilotos que estão na cabina, o da direita é
Gorme e o da esquerda é Chorb.
– Nomes estranhos – comenta Dario –. Bom, pode começar.
– Nós quatro somos humanos mas não nascemos aqui na
Terra.
– Ta certo, vocês estão querendo me fazer de otário, não é –
diz Dario, se levantando.
– Não estou brincando, estou falando sério!
– Então me diga como pode haver humanos em outros
planetas.
– Por favor, se sente.
– Eu prefiro ficar em pé mesmo.
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– Bem, tudo começa a mais ou menos quinhentos anos atrás,
um pouco depois de os europeus terem descoberto a América.
Naquela época ninguém tinham a menor noção de que há alguns
séculos antes a Terra havia sido visitada por uma sonda alienígena,
que construiu aqui na Terra parte de um aparelho transportador
que ligaria a Terra ao seu planeta de origem. Esse aparelho é
chamado por nós de “Portal Galáctico”, existem vários deles e são
a única forma de transporte de um planeta para outro em poucos
segundos. O único portal galáctico existente aqui na Terra é
chamado por vocês de “Triângulo das Bermudas”.
– Bom, isto está começando a virar um absurdo!
– Se você me deixar terminar de contá-la, talvez você
acredite.
– Não estou gostando, esta estória é completamente ridícula!
– Estamos no meio de um vôo, você vai tapar os ouvidos o
resto da viagem?
Dario pensa um pouco, olha para os lados e responde:
– Ta bom, ta bom, pode continuar.
– O portal já estava funcionando e, no início, muitos
humanos começaram a ser transportados, acidentalmente, para o
planeta alienígena, eu e todos esses outros que você conheceu aqui
na nave somos descendentes desses humanos que foram
transportados para fora da Terra. Mas havia um problema no
portal, ele só transportava da Terra ao outro planeta, mas não do
outro planeta para Terra. Aqueles que passavam pelo portal, nunca
mais voltavam para a Terra.
– Todos aqueles que sumiram no “Triângulo das Bermudas”
passaram o resto de suas vidas em mundos alienígenas,
convivendo com alienígenas e criaram descendências. – diz Nergto
– Nós somos descendentes daqueles que sumiram no “Triângulo
das Bermudas”.
– Então há uma falha, se ninguém nunca voltou para a Terra
como vocês chegaram aqui?
– Isso já é outra estória – responde Narlia –. Existem vários
paises alienígenas, assim como há na Terra, e um conflito antigo
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entre os dois maiores. Somos espiões de um desses dois paises,
nossa missão era passarmos por nossos inimigos para fazer parte
de uma viagem secreta que eles iam fazer para a Terra. A viagem
levou anos enquanto hibernávamos, sem contar que estávamos
viajando a velocidade da luz.
– Ah sim! Como pude esquecer da velocidade da luz – critica
Dario.
– Você não está acreditando em mim, não é?
– Não, não estou, você ainda não me convenceu, mas pode
continuar.
– Bom, o problema dos portais nunca foi ruim para nós até
agora. O problema é que o nosso maior inimigo, os targonianos,
construíram um portal, no planeta deles, que quando for ativado
será ligado ao da Terra e daqui eles usarão o Triangulo das
Bermudas para chegarem de surpresa ao nosso planeta pois é para
lá que ele leva. Para fazer com que os portais da Terra e do planeta
deles, que se chama Targon, funcionem perfeitamente, eles
precisam da uma chave, com um código especial, que faz com que
os dois portais se conectem. Tendo os dois portais funcionando os
targonianos pretendem invadir a Terra para depois conquistar toda
a Galáxia conhecida. São mais de cinqüenta planetas habitados por
nós e os targonianos pretendem tomar todos eles.
– E onde se encontra essa chave?
– Aqui na Terra, por isso eles fizeram a viagem para cá.
– Mas é claro – brinca ele mais uma vez.
– Assim que eles pegaram a chave, nós conseguimos rouba-
la, e a dividimos em quatro partes, retirando três pequenos
fragmentos da chave. Mas infelizmente eles conseguiram dois
fragmentos e, o mais importante, a parte principal da chave. A
parte principal estava no avião que explodiu ontem e depois a peça
foi achada, pelos targonianos, nos escombros do avião, as outras
duas estavam com alguns de nossos homens que acabaram não
conseguindo protegê-la e a quarta estava com Herbso, que na
Terra era conhecido como Dr. Armando.

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Dario fica espantado, mas Narlia continua contando a
história sem parar:
– O último pedaço quase foi pego, mas felizmente Herbso
teve a brilhante idéia de escondê-la implantando-a em você.
Dario se espanta, e começa a ter uma pequena desconfiança
de que o que ela contou pode ser verdade, mas ainda duvida.
Narlia continua:
– Herbso ia morrer de qualquer forma, mas com o pedaço da
chave dentro de você, ela estaria escondida dos targonianos tempo
suficiente para virmos buscá-la.

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Capítulo 5

Adeus Terra

Após ter contado tudo aquilo para Dario Narlia olha para
ele, esperando alguma reação. Dario pensa por um tempo e
finalmente responde olhando para baixo:
– Não, não consigo acreditar. A sua estória é interessante,
mas para a realidade ela é absurda – termina ele, olhando para os
dois.
– Eu não acredito! – diz Narlia – O que é preciso para você
me acreditar?
– Ele não precisa nos acreditar, Narlia – diz Nergto.
– É mesmo! – diz Narlia, olhando para Dario – Você não
precisa acreditar em nada, com ou sem vontade, você vem
conosco.
– Espera aí, para onde estamos indo – pergunta Dario, com
preocupação.
– Para o “Triângulo das Bermudas”.
– O que?
– E depois seremos transportados para nosso planeta, Gornul.
É o planeta para onde foram todos aqueles que sumiram no
“Triângulo das Bermudas”.
Dario olha, serio, para Narlia, e quando ele ia dizer algo, a
nave treme fortemente acompanhada de um estrondo. Então ele
pergunta:
– O que foi isso?
Sem responderem, Narlia e Nergto correm para a cabina de
piloto, e Narlia pergunta:
– O que foi isso, Gorme?
– Quatro naves targonianas se aproximando, vindas por trás!
Nós estávamos tão perto do portal, droga!
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– Não podemos ir mais rápido? – pergunta Nergto.
– Acho que eles não deixariam – reponde ele apontando para
frente.
De repente, de cima da nave deles surge uma das quatro
naves targonianas e se posiciona em frente da nave gornuliana
mantendo uma certa distância, a mesma velocidade da nave
gornuliana e seguindo na mesma direção.
Dario, espantado ao ver aquela nave estranha, pergunta:
– O que é aquilo?
– Seu imbecil – diz Chorb, nervoso –, você ainda não
entendeu a situação, aquilo é uma nave targoniana!
– O que?
– Eu não acredito, a situação é séria e esse cara não entendeu
nada ainda!
– Vá com calma Chorb – diz Narlia –, isso não é necessário.
De repente, uma voz falando uma língua desconhecida
começa a ser ouvida do radio da nave.
– Eles estão se comunicando – diz Narlia.
– Em que língua? – pergunta Dario.
– Na língua targoniana – responde Nergto.
– E o que ele está dizendo?
– “Atenção tripulantes da nave traidora, sabemos que vocês
têm o último pedaço da chave. Se vocês a entregarem, nós
pouparemos as suas vidas”. A mensagem agora se repete.
– E o que faremos?
– Eles não pouparão as nossas vidas mesmo se entregarmos o
fragmento.
– Entregar o fragmento nem é uma opção nós nunca iremos
entregar o último pedaço – responde Narlia, com firmeza –! Todos
nós aqui, exceto Dario, juramos defender Gornul de qualquer
ameaça, e eu não pretendo quebrar esse juramento!
– Nem eu – diz Nergto.
– Nem eu – diz Gorme.
– Nem eu – diz Chorb.
– O que faremos agora? – pergunta Nergto.
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Na dúvida, todos param para pensar em uma solução. Então
Narlia responde:
– Usamos o plano de emergência, ele pode nos dar mais
tempo e estamos bem perto do final.
– O que é o plano de emergência? – pergunta Dario.
– Será impossível – comenta Chorb.
– Por quê? – pergunta Narlia.
– Aquela nave a nossa frente dificultaria as coisas.
– Iremos fingir uma rendição. Nergto, prepare Dario.
– Sim – diz Nergto.
Nergto leva Dario à uma poltrona e começa a colocar vários
cintos que seguram Dario firmemente à ela, e depois ele e Narlia
fazem o mesmo consigo mesmos. Confuso, Dario pergunta:
– O que está acontecendo?
– Prepare-se que você sentira um forte impacto da aceleração
que esta nave vai dar – responde Nergto.
– Gorme – diz Narlia –, o que você está esperando?
Gorme pega o rádio e responde para a nave targoniana:
– Nave targoniana, aqui é a nave gornuliana. Nós decidimos
escolher a única opção em que sairemos vivos, diga-nos o que
fazer e nós o faremos.
Em uma das naves inimigas, os targonianos que a pilotavam
olham um para o outro, sorrindo, e um deles diz para o outro na
língua targoniana:
– Otários!
Na nave líder, o líder da missão pega o rádio e fala em
targoniano para a nave gornuliana:
– Atenção gornulianos, sigam a nave a sua frente que os
levará para o local onde pousaremos e vocês irão nos entregar o
fragmento. E não se atrevam a tentar fugir, ou iremos atirar e
acharemos o fragmento de qualquer jeito.
Quando a nave targoniana se desloca da frente da nave
gornuliana, Narlia grita:
– Agora, Gorme!

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Gorme pressiona um botão no painel-de-controle a sua frente
e da traseira da nave sai uma cápsula que explode soltando uma
forte luz que atrapalha a visão dos pilotos targonianos. Quando a
luz se apaga, meio desnorteados, os targonianos olham para o local
onde a nave gornuliana estava e o líder diz:
– Onde eles foram parar?
– Lá – responde um dos pilotos apontando para uma direção.
O líder vê um pequeno ponto de luz naquela direção e grita:
– Atirem, atiiirrreeemmm!
As naves targonianas começam a atirar esferas luminosas na
direção da nave gornuliana, mas quando os disparos estão prestes a
acertar, a nave gornuliana desaparece. Espantado com aquilo, o
líder targoniano pergunta:
– O que aconteceu com a nave gornuliana?
– Eles partiram senhor – responde um dos pilotos.
– Droga! Nós falhamos, contate a base.

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Capítulo 6

Chegada em Gornul

A nave gornuliana está viajando a uma alta velocidade


agora, mas Dario não sabe por onde está viajando e para onde vai.
Pelo vidro da cabina ele só vê escuridão exceto pelos pontos de luz
que saem de cima da nave e vão para algum lugar abaixo dela. Não
agüentando o acumulo de perguntas que ele têm a fazer sobre o
que está acontecendo, Dario aponta o dedo para o vidro e
pergunta:
– O que são aquelas...
– São estrelas – responde Nergto –, estamos viajando pelo
espaço em alta velocidade.
– Eu me sinto meio estranho...
– Você está sentindo a falta de gravidade.
De repente, a nave começa a girar para cima até completar
noventa graus. Após o giro, a nave está apontando para o que
parece ser o fim de um túnel sem paredes. As estrelas surgem do
fim do túnel e somem para algum lugar atrás da nave.
Dario fica espantado com as imagens que vê. Em seguida, a
nave gira mais noventa graus para cima e agora a nave está de
cabeça para baixo em relação a sua posição inicial e as estrelas
estão indo de baixo para cima.
– Prepare-se, que é agora – diz Nergto.
– Prepare-se para o que? – pergunta Dario.
De repente, a gravidade volta com um tranco ao mesmo
tempo em que um forte clarão de luz surge do lado de fora
passando pela janela da cabina. A luz é tão forte que Dario
imediatamente fecha os seus olhos dando um gemido.
Após alguns segundos, Nergto diz:
– Pode abrir os olhos agora Dario.
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Quando Dario abre os olhos, ele percebe que a luz só parecia
forte porque surgiu subitamente, pela janela ele só via uma cor
azul clara. Nergto solta as travas que o prendiam a sua poltrona e
depois solta as que prendiam Dario a poltrona dele.
– Pode se levantar – diz Nergto.
Dario se levanta, lentamente, e olha pela janela para observar
melhor o que há em volta da nave e percebe que o clarão azul que
ele via era, na verdade, o céu. Ao olhar para baixo, ele percebe que
a vários metros abaixo da nave, há um oceano. Chegando ao lado
de Dario, Narlia diz:
– Bem vindo a Gornul.

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Além das Estrelas
Eric Romano Maia
alemestrelas@gmail.com
Capítulo 7

Chegando a base Ol Churg

Dario está em uma nave, que está viajando vários metros


acima de um oceano que ele não conhece, em um planeta que ele
nunca viu.
– Essa foi a primeira imagem a ser vista por todos aqueles
que sumiram no Triângulo das Bermudas – diz Narlia se referindo
a paisagem que eles vêem da janela –. Estamos em Alfa Centauri *,
localizado a 4,3 anos luz do sistema solar.
– É impressionante! – exclama Dario – E os seres
alienígenas, vocês mencionaram seres alienígenas, como eles são?
– Além dos seres humanos só existe apenas um ser
inteligente, são chamados de gulns. Os Gulns e Humanos vivem
em harmonia, desde que os primeiros humanos chegaram aqui eles
têm nos aceitado como irmãos. Por causa de uma guerra que
ocorreu há muito tempo atrás a população de gulns diminuiu e
hoje há quase tantos gulns quanto humanos.
– Foram eles que criam a viagem estelar e também criaram
muito mais.
– Mas e os seus inimigos – pergunta Dario.
– Os targonianos?
– É, acho que é isso mesmo, eles são gulns ou humanos?
– O povo targoniano é formado tanto de gulns como de
humanos, o mesmo vale para o nosso povo, os gornulianos. Todos
os países fora do sistema Solar tem os dois seres vivendo juntos.
Não há conflitos entre os dois, quando surge uma guerra há sempre
humanos e gulns lutando juntos, dos dois lados.

*
Alfa Centauri: Sistema estelar mais próximo do sistema Solar, é formado por três estrelas e fica à
aproximadamente 4,3 anos luz dosistema Solar.
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superior esquerdo de cada página. É ilegal a utilização desta obra sem antes consultar o seu autor.
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– E esse triangulo que transporta de um planeta para o outro,
todos ficam assim sobre o mar?
– Não, o Triângulo das Bermudas é um portal muito antigo,
por isso ela é tão grande, os portais-galáticos mais modernos são
menores e ficam em órbita no espaço.
– É estranho – diz Dario, enquanto olha para o horizonte –,
eu sempre tentava imaginar como seriam os mundos, além do
sistema Solar, que eu nunca iria visitar. Agora eu descubro que
tudo que precisava era olhar para o mar para ter uma idéia de
como é.
– A chegada têm que ser no oceano, Dario – diz Nergto.
– Por quê?
– Há várias razões.
– Bom, cite uma.
– A principal razão é que se o portal fosse criado em cima da
terra, muitos iriam passar acidentalmente da Terra para Gornul.
– Entendo!
– Prepare-se, Dario – diz Gorme –. Logo chegaremos à base
Ol Churg, que fica em terra-firme.
– Base Ol Churg?
– É a base mais próxima.

A nave viaja por mais um tempo e logo Chorb avista a


terra e diz:
– Lá está.
– Lá está o que – pergunta Dario.
– Terra a vista, no final do horizonte.
– Eu também o vejo – diz Nergto.
– É – diz Dario –, agora estou vendo!
A nave chega ao continente e pousa em uma enorme
plataforma de pouso da base Ol Churg, que fica localizado na
costa.
A base é completamente isolada, sem nenhuma cidade por
perto. Ao pousar, vários soldados circulam a nave para protegê-la.
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A porta da nave se abre e a primeira pessoa a sair é Narlia e
os outros saem em seguida. Dario fica espantado ao ver aquela
multidão de soldados e entre eles, pela primeira vez, ele vê seres
alienígenas. Os gulns têm um corpo semelhante ao do ser humano,
mas é mais magro, com uma cor meio cinza misturado com azul-
escuro, eles têm olhos pretos com formatos ovais e comprimentos
de cinco centímetros, a cabeça deles é pontuda mais ou menos
meio palmo mais comprida que a dos humanos e com uma
inclinação par trás.
– São os gulns – diz Narlia ao perceber que Dario olhava
espantado para os alienígenas.
Um guln se aproxima de Narlia e diz:
– Agente Narlia, eu sou o general Norb. Então, onde está?
– Ai está, senhor – diz ela apontando para Dario –. O nome
dele é Dario.
– Venha Dario, nós vamos tirar essa coisa de dentro você.
Dario olha para Narlia e para os outros que conheceu na
nave.
– Vá – diz Narlia.
Dario resolve seguir o general Norb e os dois são escoltados
por dois guardas.
Narlia e os outros observam Dario e Norb seguindo reto até
entrarem em um prédio. Parados ao lado da nave e sem o que
fazer, os dois começam a observar o horizonte.
– Finalmente, depois te tanto esforço, conseguimos
completar a nossa missão – diz Nergto.
– Nossa, eu já estava com saudades desse planeta – diz
Narlia.
– Sabe, às vezes eu penso nessa missão. Eu sei que o que fiz
foi certo e tenho muito orgulho de ter participado nela, mas há
certas conseqüências dela que me entristecem um pouco.
– Por quê?
– Veja a nossa situação. Nós dormimos durante vários anos
em uma viajem estelar, vários de nossos amigos morreram nessa
missão e quando finalmente chegamos de volta ao nosso planeta,
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somos mais uma vez simples pessoas de volta a sua vida normal.
Não vamos ser lembrados pelo que fizemos.
– Pense bem Nergto. Se não fossemos nós, então quem o
faria e se ninguém o fizesse, a Galáxia inteira poderia ser tomada
pelos targonianos.
– É, eu sei.
Os dois terminam de falar um instante e ficam olhando para
o horizonte. Gorme e Chorb se aproximam de Narlia e Nergto e
começam a olhar o horizonte também.
– Sabe – diz Gorme –, eu estava com saudades de Gornul.
– Todos nós estávamos – diz Narlia.
– Mal posso esperar para saber as notícias que perdemos esse
têmpo todo.

Uma pessoa chega até os quatro, correndo, e desesperado


fala:
– Por favor, me digam que a sua nave está funcionando!
– Não sei – diz Chorb –, eu vou verificar.
Chorb entra na nave e os outros quatro o seguem. Ao chegar
à cabina de piloto, todos ficam espantados ao ver que todas as
luzes da cabina estavam apagadas.
– O que está acontecendo? – pergunta Nergto.
– A estação toda foi apagada – responde o homem.
– Até as naves?
– Até as armas!
– Como pode – pergunta Chorb.
– Não sabemos ainda, suspeitamos que tenha sido causada
por alguma arma própria para apagar a energia.
– Você se refere à pulsação eletromagnética?
– Isso.
– E a operação de Dario – pergunta Narlia preocupada.
– Com sorte ela ainda não tinha começado, mas Dario esta
dormindo por causa da anestesia. Mas o pior é que eu acho que
isso foi obra dos targonianos!
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– E se realmente foi – diz Gorme –, eles logo irão atacar,
possivelmente enviando caçadores-de-recompensas!
– E nós não temos como nos defender e nem como pedir
ajuda!
– Acho que temos sim – responde Narlia.
– Como?
– Nesta nave nós trouxemos centenas de armas terráqueas.
– E o que isso têm de importante?
– Os objetos que falharam são elétricos, as armas terráqueas
podem funcionar porque elas são mecânicas.
– Vamos tentar – diz Nergto.
Todos vão para a sala onde ficam as armas, mas a porta está
fechada.
– Vamos abri-la ao mesmo têmpo – diz Nergto.
Fazendo um esforço eles conseguem abrir a porta. Na sala,
havia várias caixas. Chorb entra na sala e abre uma delas. Dentro
da caixa havia várias metralhadoras, ele as distribui para os outros
e pega uma para ele.
– Eu vou lá fora testá-las e avisar os outros – diz Narlia.
Narlia sai da nave e dá um disparo com sua metralhadora
para o alto. Várias pessoas na base ficam assustadas com o barulho
do tiro. Depois de um têmpo o general Norb aparece e pergunta:
– Eu ouvi isso, o que foi?
– É a única defesa que temos nesta base – responde Narlia
mostrando a metralhadora para o general Norb.
– Você têm mais dessas armas?
– Há centenas delas na nave.
– Ótimo, eu quero que todas essas armas sejam distribuídas
para os soldados dessa base.
– Sim, senhor.
– Há uma única nave que está vindo para cá e nos iremos
colocar Dario nela.
– Como você sabe que há uma nave vindo para cá?
– Nós nos comunicamos com ela antes de perdemos a
energia.
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Depois de um têmpo um ponto preto surge do horizonte,


o general Norb aponta para o ponto e diz:
– Lá esta! – diz ele.
– Sim – diz Narlia –, eu vejo!
A nave chega e, lentamente, pousa na estação Ol Churg.
Logo aparecem, de dentro da base, vários homens e gulns
empurrando uma maca flutuante onde Dario está dormindo. A
porta principal da nave se abre formando uma rampa de entrada.
Um guln sai de dentro da nave e fala com o general Norb:
– Eu sou Gorbes.
– Eu sou general Norb.
– Nós perdemos o contato com vocês, o que houve?
– Houve um problema, vocês terão que levar esse homem
imediatamente para outra base.
– Mas...
– Ouça, não temos muito têmpo para discutir!
– Tudo bem.
Norb faz um gesto para levarem Dario para dentro da nave,
mas quando Dario ia sendo levado, o general interrompe:
– Esperem! Eu não deveria estar fazendo isso. Eu sei que nós
estamos desesperados para manter este homem em segurança, mas
mesmo assim eu preciso verificar a sua identificação.
– Me desculpe – diz Gorbes – já vou entregar.
Gorbes faz um gesto como se fosse retirar alguma
identificação do bolso, mas o que ele acaba retirando é uma arma
e, rapidamente, acerta um tiro na barriga do general.
– Caçadores-de-recompensa! – grita Narlia.
Gorbes nocauteia Narlia. Vários homens com armas saem da
nave e começam a atirar nos soldados da base, que começam a
revidar com suas metralhadoras terráqueas. Gorbes mata todos os
que estavam empurrando a maca de Dario e manda seus homens
carregarem a maca de Dario para dentro da nave, enquanto ele os
acompanha arrastando Narlia para dentro da nave. Após os
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caçadores-de-recompensa terem entrado na nave, a rampa começa
a se fechar. Nesse momento um dos soldados gornulianos pula na
rampa da nave, mas ele é nocauteado e trazido para dentro da nave. A
rampa se fecha a nave decola seguindo em direção ao horizonte até
desaparecer.
Todos os soldados da base ficam olhando para a nave até ela
sumir. Então, Gorme diz para Nergto:
– Eles não irão se sair bem, assim que voltar a energia, daqui
a poucos minutos, Gornul inteiro vai ficar sabendo do ataque deles
antes de saírem do sistema.
– Eu nem consigo acreditar que eles não pensaram nisso!
De repente, todos começam a escutar um apito forte e
crescente vindo do céu. Todos olham para cima para ver uma
imensa esfera de uma luz de cor verde descendo do céu e indo a
direção da base a uma velocidade incrível. Quando a esfera atinge
a base, uma terrível explosão ocorre, destruindo toda a base Ol
Churg.

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Capítulo 8

Rumo a Targon

Dario abre os olhos e a primeira pessoa que vê é Narlia.


Olhando em volta ele percebe que há um homem sentado no chão
e encostado em uma parede, e ele também percebe que está em
uma pequena sala fechada. O homem sentado é o soldado que
havia pulado dentro da nave antes dela partir.
– O que aconteceu? – pergunta Dario.
– Houve uma sabotagem na base causada por um grupo de
caçadores-de-recompensa, eu acho. – responde Narlia, um pouco
chateada – Com isso eles nos raptaram em seguida.
– E agora? – pergunta Dario, assustado com a notícia.
– Entendo que agora nós estamos sendo levados direto para o
planeta Targon.
– E não há nada que possamos fazer?
– Não, já tentei de tudo.
– Eu não acredito – diz Dario, muito chateado. – E quem é
esse outro?
– Eu sou James – responde o homem.
– E como você veio parar aqui?
– Pulei dentro da nave com a intenção de salvar vocês, mas
acabei falhando.
A porta da sala se abre e dois homens e um guln, armados,
entram e apontam as armas para cada um dos três prisioneiros.
Mais um guln e um homem entram na sala.
– É aquele – diz o guln, apontando para Dario.
O homem se aproxima de Dario encosta um pequeno
aparelho na barriga dele, o aparelho apita, o homem lê o aparelho e
diz ao o guln:
– É tudo o que precisávamos.
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– Ótimo – diz o guln –, acertamos em cheio desta vez, a
recompensa que receberemos irá garantir o nosso futuro.
– Mal posso esperar para recebê-la.
O homem se retira da cela. Então Narlia pergunta ao guln:
– Por que você não nos mata logo?
– A reconpensa é maior se nos mantermos vocês vivos –
responde o guln. – Eu suspeito que seja para que vocês sofram ao
assistir o seu fracasso.
– Vocês não irão muito longe. Vocês acabaram de atacar
uma base gornuliana e dentro do planeta Gornul, eu não acredito
que com esse curto têmpo vocês tenham conseguido ir para outro
sistema, logo Gornul inteira estará de olho em vocês.
– Não exatamente. Nós destruímos a sua base a partior de
outra nave, então não sobrou ninguém para contar o que aconteceu
lá.
Os três prisioneiros ficam espantados ao receber a notícia e
Narlia fica sem palavras para responder.
– Não posso mais gastar têmpo com vocês – diz o guln,
saindo da prisão.
Em seguida os guardas saem e trancam a porta.

O guln chega à ponte de comando para saber se a missão


de chegar ao planeta Targon está indo bem, mas acaba
encontrando um problema. A nave deles acaba de chegar à um
portal galáctico que leva ao planeta Targon, mas o portal está
completamente cercado por naves gornulianas.
Os portais galácticos orbitais são formados por três caixas
com formato de trapézio cujo suas bases são viradas para o centro
de um triângulo em que as caixas formam as pontas. São enormes
e, normalmente, são separadas por um quilômetro umas das outras.
Ao ver que o portal está cercado de naves gornulianas, o guln
diz ao capitão da nave, que é um humano:
– Eu sabia que você ia nos meter em confusão!

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– Não se meta – diz o capitão –, o seu trabalho era achar e
capturar o fragmento!
– Mas é você quem está encarregado de nos levar para
Targon e eu é que estou lhe pagando para isso, eu avisei a você
que deveríamos ter tomado o caminho mais longo quando ainda
estava próxima e nem estava sendo vigiada, agora todos os portais
estão provavelmente bloqueados. Você irá se arrepender se falhar!
O capitão rapidamente retira uma arma e dispara um tiro
laser na barriga do guln, que cai morto no chão e então o capitão
diz:
– Não meu amigo, isso não irá acontecer. Com essa dor de
cabeça fora do caminho, eu poderei pensar melhor.
– Então o que iremos fazer, senhor? – pergunta o piloto.
– Primeiro eu quero saber se todos os portais de Gornul estão
bloqueados.
– Não senhor, há um único portal que não está bloqueado,
mas ele não funciona.
– Você sabe qual é o defeito?
– Sim, senhor, parece que é...
– Não me importa o que seja, você sabe consertar?
– Com certeza os robôs-mecânicos da nossa nave podem.
– Então o que estamos esperando, essa é a nossa única saída
daqui!
– Mas senhor...
– O que foi?
– Esse portal é abandonado, ele têm um motivo para não ter
sido concertado antes.
– E qual é?
– Ele nos leva a um sistema estelar proibido!
– Mas os sistemas proibidos não são impossíveis de se
atravessar, então eu ainda sugiro que usemos nossa única saída
daqui.
– Sim, senhor!
O piloto leva a nave ao portal danificado.

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Na cela onde Dario, Narlia e James estão, Narlia comenta:


– Bom, pelo menos esse pessoal não vai conseguir o que
queria.
– Por que – pergunta Dario.
– Porque nesse tempo todo eu acho que os gornulianos já
devem ter bloqueado todos os portais – responde Narlia. – Então
não há saída para os caçadores-de-recompensa sem que sejamos
descobertos pelo bloqueio.
– Então você acha que estamos a salvos?
– Não tenho certeza, acho que eles não teriam coragem de
falhar tão facilmente, se eles falharem, Guler Do Rárzem faria de
tudo para puni-los e ele não desistiria tão fácil assim – comenta
Narlia, com um pouco de preocupação.
– Me desculpe – interrompe Dario –, mas quem é esse tal de
Guler Do Rárzem?
– É o imperador de Targon. Ele é o pior imperador de todo a
Galáxia.
– Pior mesmo, acredita-se que ele matou o próprio irmão,
temendo que ele tomasse seu lugar – responde James.
– Nossa! – exclama Dario.
– Por isso é tão importante impedirmos que os targonianos
tenham êxito.

Depois de horas viajando, a nave finalmente chega ao


portal danificado.
– Os robôs estão prontos e programados? – pergunta o
capitão ao piloto.
– Sim, senhor – responde o piloto.
– Então os mande.
– Sim, senhor.
Três robôs saem da nave e vão até a parte do portal que está
danificado e começam a concertá-lo.

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Meia hora depois, o portal já está consertado, os robôs
retornam à nave e o piloto informa ao capitão:
– O portal está pronto, senhor.
– Ótimo! – diz o comandante. – E os robôs?
– Já voltaram para a nave.
– Então, o que espera, vamos atravessá-la.
– Sim, senhor.
A nave se dirige ao portal até atravessá-lo completamente e
desaparece ao partir para o sistema proibido.

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Capítulo 9

O sistema proibido

– O que foi esse impulso? – pergunta Narlia.


– Parece que nós estamos viajando para um outro sistema –
responde James.
– Eu pensei que todos os portais estariam fechados –
comenta Dario.
– Eu também pensei que estavam.
– O portal danificado! – exclama Narlia.
– É mesmo!
– O que é o “portal danificado”? – pergunta Dario.
– É um portal que foi danificado por causa de um curto-
circuito e ninguém nunca o concertou por que ele levava para um
sistema proibido.
– O que é um “sistema proibido”?
– Normalmente são sistemas estelares que não nos interessa
colonizar.
– Como assim?
– São sistemas que, às vezes, têm planetas desérticos –
responde Narlia –, planetas em que nem nós e nem os gulns
poderíamos sobreviver ou sistemas que não têm planeta.
– E o que têm de tão perigoso neles?
– Algumas naves que entram lá nunca mais voltam. Ninguém
sabe por que isso acontece.
– Vocês acham que nós iremos conseguir passar por esse
sistema?
– Eu não sei – responde ela após pensar um pouco –, mas eu
prefiro sumir no sistema ao invés que cair nas mãos dos
targonianos.
– Mas aquele guln disse que ia nos deixar viver.
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– Ele disse que ia nos deixar viver para assistir o nosso
fracasso, mas ele não nos disse o que iria acontecer depois.

A nave traidora finalmente chega ao seu destino, o sistema


proibido.
O sistema em que eles chegaram não chega a ser um sistema
estelar, pois é uma nebulosa, a Nebulosa Cabeça de Cavalo *. Tudo
que se vê pela janela é uma iluminação vermelha. Na nebulosa há
vários “portais galácticos” e eles estão todos posicionados de
maneira que formem um anel.
Ao chegar, o piloto pergunta ao comandante:
– Aonde iremos agora, senhor?
– Para o portal que nos levara a Targon – responde o
comandante.
– Sim, senhor.
A nave parte em direção ao tal portal que irá levá-los ao
planeta Targon.

– A
cho que estamos realmente no “sistema proibido” –
diz James.
– Como você sabe? – pergunta Dario.
– Pudemos sentir a aceleração da nave ao passar pelo “portal
galáctico”.
– Ah, sim, eu senti isso quando fui da Terra para Gornul!
De repente, a nave começa a tremer e ouvem-se fortes
barulhos de explosão. Os prisioneiros se seguram as paredes para
não caírem.
– Opa! Isso é a aceleração? – pergunta Dario.
– São explosões no casco da nave – diz Narlia, preocupada –,
mas quem está atirando?

*
Nebulosa Cabeça de Cavalo: Nuvem de poeira de gás interestelar vermelha que tem o formato de uma
cabeça da cavalo em uma parte.
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– Talvez estejamos desaparecendo como os outros – diz
James, preocupado.

Na cabina de piloto, todos estão nervosos pelo fato de


estarem sendo atacados por uma nave que eles não sabem de onde
veio.
– Você já conseguiu uma imagem da nave agressora? –
pergunta o comandante ao piloto.
– Sim, senhor – responde o piloto.
– Então coloque-a na tela!
– Controle a nave – diz o piloto ao co-piloto.
O co-piloto toma o controle da nave enquanto o piloto mexe
nos comandos do painel. Na tela em que o capitão olha aparece a
imagem de uma nave com o formato semelhante ao da parte
frontal de um avião, só que ela é enorme e na parte de trás existem
vários enormes propulsores. A nave é preta, com o seu bico de cor
azul e tem três enormes canhões logo acima do bico.
– Parece até uma aeronave da Terra – exclama o piloto.
– É uma nave pirata – responde o comandante, nervoso.
– O que devemos fazer – pergunta o co-piloto.
– Esperar que eles nos capturem. O QUE VOCÊ ACHA SEU
IMBECIL VAMOS DAR O FORA DAQUI!
– Mas senhor, eles destruíram os nossos propulsores!
– Então use as armas para destruí-los!
– Eles também destruíram as armas!
– Estamos perdidos – diz o piloto.
A nave pirata termina de atirar na nave dos caçadores-de-
recompensa e se posiciona de forma que fique direcionada para
ela.
– Senhor, a nave pirata parou de atirar – diz o co-piloto.
– E o que está fazendo? – pergunta o comandante.
– Está virada para nós!
– O que?

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O bico da nave pirata começa a se abrir como uma flor,
dividindo-se em quatro partes, cada parte se dobrando para trás. Os
caçadores-de-recompensa observam que por trás do bico da nave,
havia uma imensa área oca dentro dela. No meio da parede do
fundo dessa área há um objeto azul e transparente, com o formato
de uma enorme meia-esfera, como se a outra metade dela estivesse
enterrada na parede.
– O que é aquela coisa azul – pergunta o piloto.
– É um canhão de PEM (Pulsação Eletromagnética *) –
responde o capitão assustado.
De repente, do canhão de PEM é disparada uma onda
transparente que não pode ser vista, mas pode-se ver a distorção
que ela causava nas imagens atrás dela. A onda cresse ao seguir
em direção a nave traidora e atinge a ela seguindo sem parar na
mesma direção, mas a nave traidora perdeu toda a sua energia.

– O que aconteceu? – pergunta Dario assustado com a


escuridão que tomou conta da nave.
– Estamos completamente sem energia – responde James.

Na ponte de comando, os caçadores-de-recompensa


também estão assustados com a escuridão. A única iluminação que
eles podiam ver era a luz avermelhada e fraca vinda da nebulosa,
passando pela janela.
– E o que eles irão fazer agora? – pergunta o co-piloto.
– Agora eles podem tomar a nossa nave com a maior
facilidade – responde o piloto.
– Pelo menos temos as nossas armas!
– Elas também não funcionam.
– O que! O que iremos fazer agora?
– Esperar a morte – diz o comandante.

*
Pulsação Eletromagnética: Pulso de alta energia que causa a desabilitação de aparelhos eletrônicos.
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Com a nave dos caçadores-de-recompensa parada no


espaço, a nave pirata aproveita para se posicionar frente a frente
com a nave dos caçadores-de-recompensa. Com sua parte da frente
aberta a nave pirata avança em direção a outra nave encaixando-a
dentro de si mesma. Em seguida a nave pirata se fecha e a porta da
nave é acoplada a sua própria porta, que fica abaixo do canhão de
PEM.
Uma vez acoplados, a porta da nave se abre e saem vários
piratas que começam a invadir a nave, rindo e gritando com muita
alegria. Com máscaras de visão noturna, os piratas entram
preparados para atirar em tudo que se move.
– O que está havendo? – pergunta Dario.
– Acho que a nave está sendo invadida – responde Narlia.
– Mas por quem?
– Eu não sei?
Na ponte de comando, os caçadores-de-recompensa esperam
a morte.
– Como eles conseguiram entrar? – pergunta o piloto,
assustado com o barulho que os piratas fazem.
– Acho que eles podem controlar a nossa nave – responde o
capitão.
Três piratas conseguem entrar na ponte de comando e sem
perguntar nem pensar eles começam a atirar nos caçadores-de-
recompensa, matando-os.

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Além das Estrelas
Eric Romano Maia
alemestrelas@gmail.com
Capítulo 10

Os Piratas

O pirata que lidera a invasão tem uma aparência séria, ele


usa uma roupa preta com detalhes vermelhos e tem um corte de
cabelo estilo moicano. Ele aproxima um comunicador a sua boca e
pergunta:
– A nave está limpa?
– Não, senhor – responde Solgurben, um pirata que estava na
ponte de comando da nave pirata acompanhando tudo que
acontecia na nave capturada.
– O que falta?
– Só falta um quarto, eu acho que seria melhor você ir
verificá-lo.
– Qual é a porta?
– A-6.
– Já estou indo, Solgurben.
– Sim, senhor – responde ele.
– E liguem as luzes.
– Sim, senhor.
As luzes da nave capturada se ascendem, o líder pirata vai
até a porta A-6 e, chegando ao local, ele encontra três piratas
vigiando a porta, que está fechada.
– O que houve? – pergunta o líder a Transgênico, um dos
piratas da nave, careca e sério, que usa um óculos de proteção com
lentes vermelhas e com um aparelho eletrônico em sua garganta.
– A porta está muito bem trancada – responde Transgênico,
com os lábios se movendo, mas uma voz metálica saindo do
aparelho.
– E por que vocês não a abrem?

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– Porque achamos que, para os donos desta nave trancarem
essa porta tão bem, deve haver algo importante do outro lado.
– Concordo. Vou abri-la e se algo sair de dentro, pulando em
cima de nós, atirem.
– Sim, senhor – respondem os piratas.
Mais uma vez, o líder aproxima o seu comunicador a sua
boca e diz:
– Solgurben, abra a porta A-6.
– Sim, senhor – responde Solgurben.
A porta se abre e lá dentro estão Dario, Narlia e James
assustados e com as mãos para cima.
– Quem são vocês? – pergunta o líder.
– Somos prisioneiros desta... – responde Narlia até ser
interrompida pelo líder para se comunicar com a ponte de
comando da nave pirata.
– Cale-se, já chega. Solgurben, temos prisioneiros.
– Espere só um instante – responde Solgurben.
Enquanto o líder espera, Narlia e James reparam que há, nas
costas do líder, um objeto cilíndrico de cor prateada, com 0,57m
de comprimento e 3,5cm de grossura e é semelhante a um cabo de
espada. Quando Solgurben volta a entrar em contato ele responde
para o líder da invasão:
– Gob Zedo, o capitão ouviu o que você disse e resolveu
passar ai. A nave esta limpa?
– Sim, ele pode vir.
– Ele já está a caminho.
Então os três prisioneiros e os piratas resolvem esperar a
chegada do capitão.

O capitão da nave pirata é um sujeito alto e largo, usa


roupas pretas e está com o cabelo e a barba bem curtos como se
tivessem sido raspados há pouco tempo. Quando ele chega à porta
da sala A-6, Gob Zedo se aproxima dele e diz:

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– Senhor, a nave é gornuliana, mas os tripulantes aparentam
serem caçadores-de-recompensa.
– Então é exatamente como havíamos previsto – diz,
lentamente, o capitão, com uma voz grossa. – Bom trabalho, Gob
Zedo, se não fosse a sua habilidade de espionagem, nunca
ficaríamos sabendo do golpe deles. E a carga, a parte mais
importante da missão deles, onde está.
– Não sabemos, não procuramos ainda e não questionamos
os prisioneiros.
– Deixe comigo, vou dialogar com eles pessoalmente.
O capitão entra na sala A-6 e olha bem para os três
prisioneiros. Com os braços cruzados e com muita seriedade no
rosto, ele pergunta aos três:
– Vocês são targonianos?
Ninguém responde, temendo que a resposta possa lhes trazer
problemas.
Então, com paciência, o capitão diz:
– Se vocês não responderem, iremos matá-los. Vocês são
targonianos?
– Não – responde Narlia.
– Então, o que são?
– Gornulianos, mas ele é terráqueo – responde Narlia,
virando-se para Dario.
– Gornulianos presos em uma nave gornuliana?
– Na verdade a nave pertence a caçadores-de-recompensa.
– Então vocês são dois gornulianos e um terráqueo presos em
uma nave de caçadores-de-recompensa que se parece com uma
nave gornuliana. Vocês devem ser muito importantes, não são?
Narlia pensa por um segundo e responde:
– Não, nós não somos importantes.
O capitão percebe que Narlia está mentindo, então ele pensa
em uma iéia:
– Acredito em vocês. Se não têm nada de importante, não
precisamos de vocês. Gob Zedo.
– Sim, senhor – responde Gob Zedo.
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– Eu quero os três, mortos!
– Sim, senhor.
O capitão ia se retirando do quarto quando James diz:
– Esperem!
– O que foi? – pergunta o capitão.
– Um de nós é importante.
– Qual de vocês?
– Não posso lhe responder.
– Eu tenho a impressão de que é o terráqueo – diz Gob Zedo.
– Não iremos arriscar – responde o capitão –. Você pode nos
dizer qual é a importância? – pergunta ele se virando para Narlia.
Nenhum dos três respondem, então o capitão diz:
– Quero que vocês saibam que se eu não souber qual a
importância, irei vendê-los aos targonianos, mas, se eu souber o
que há de importante, poderei mudar de idéia. Pelo que aparenta os
targonianos pagariam um preço alto por vocês.
Depois de pensar muito no que o capitão disse, Narlia
responde:
– É importante para você e para todos na Galáxia que essa
pessoa importante fique longe dos targonianos.
Ao receber essa informação, ele pensa um pouco e diz:
– Gob Zedo, tranque-os nesse quarto e deixe alguem de
guarda.
– Sim, senhor.
Gob Zedo tranca a porta e deixa três piratas de guarda, o
capitão segue até a ponte de comando da nave pirata. Seguindo o
capitão, Gob Zedo pergunta:
– Senhor, aonde iremos agora?
– Para Hergnologun.
– Mas você não pode fazer isso, têmos três prisioneiros!
– Não há lugar mais escondido na galáxia do que
Hergnologun, ninguém conseguirá rastrear os prisioneiros.
– Mas se eles fugirem, o maior segredo dos piratas será
revelado, é por isso que ninguém nunca leva prisioneiros para lá.

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– Não irão fugir, porque eles ficarão sabendo que estarão
protegidos dos targonianos em nosso esconderijo.
– Como você pode ter tanta certeza de que eles falam a
verdade.
O capitão para, olha para Gob Zedo e diz:
– Porque tudo faz sentido, primeiro Guler Do Rárzem têm
um plano secreto para tomar a Galáxia, depois ele contrata
caçadores-de-recompensa para pegar algo importante em Gornul.
O que aquela mulher disse faz sentido.
Gob Zedo resolve ficar quieto e o capitão continua andando
rumo a ponte de comando.

Por horas, os três prisioneiros não fazem nada além de


conversar enquanto esperam. De repente, a porta da sala se abre e
do lado de fora aparecem Gob Zedo e os três piratas que estavam
de guarda, os quatro apontando suas armas para os prisioneiros e
Gob Zedo diz:
– O capitão quer vê-los.
Os três se levantam e seguem Gob Zedo que os leva até a
ponte de comando da nave pirata.

Ao chegar a ponte de comando, os prisioneiros ficam


impressionados com a largura do lugar. A ponte de comando têm
painéis-de-controle em todos as partes das paredes e várias
poltronas viradas para os painéis de controle. Na parte da frente da
ponte existe uma imensa janela em forma de arco mostrando o que
há à frente da nave. Há vários piratas, todos eles trabalhando, e no
meio da ponte há uma poltrona, que está virada para frente. Assim
que os três prisioneiros chegaram a poltrona gira 180° para a
direita e os três prisioneiros vêem que nela está o capitão da nave
pirata.
– Olá! – diz o capitão – sejam bem vindos à minha nave,
Kormon Dego. Me desculpe se eu não me apresentei antes, eu sou
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Gon Morgo, o capitão desta nave magnífica. Agora que vocês são
meus prisioneiros, é importante que saibam quais são as três regras
que terão que cumprir enquanto estiverem nela. A primeira regra é,
não tentêm nenhuma gracinha contra meus homens, caso contrário,
eles matarão aquele que o fizer. A segunda regra é não critiquem a
minha nave. E a terceira regra é não danifiquem a minha nave, ela
é única no Universo e eu não quero nem mesmo um único
arranhão. Vocês entenderam?
– Sim – respondem os três.
– Cheguem mais perto.
Enquanto os três se aproximam, Morgo gira a sua poltrona
até sua posição anterior. Ao chegar a poltrona, Narlia e James
observam, nas costas de Morgo, o mesmo objeto cilíndrico que
eles viram nas costas de Gob Zedo, só que a cor deste é dourada.
Na frente da poltrona há um painel-de-controle, nesse há
uma pequena tela. Morgo mexe em alguns botões até que, na tela,
surja uma imagem da própria nave em que eles estão. Narlia e
James ficam quietos, mas Dario acaba se esquecendo da segunda
regra e comenta:
– Parece uma...
– Dario – interrompe James, falando sério e em voz baixa.
– Desculpe, eu me esqueci.
– Morgo – diz Narlia, se sentindo mais tranqüila para fazer
perguntas.
– O que foi?
– O significado da palavra Kormon Dego é o que estou
pensando?
– Quer dizer “Sombra das Estrelas” em targoniano.
Narlia pensa um pouco e comenta:
– Desde quando estrela têm sombra? – pergunta Narlia.
James e Dario se espantam com o comentário de Narlia,
lembrando que Morgo não quer houvir criticas sobre sua nave.
Irritado, Morgo responde:
– Eu achei que fosse um nome interessante!

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– Eu também concordo que ela têm um significado bem
profundo, mas...
– Por que foi que você nos trouxe aqui – pergunta Dario a
Morgo, com a intenção de interromper os comentários críticos de
Narlia.
– Porque quero que vocês saibam que eu tenho a intenção de
ajudá-los contra os targonianos – responde Morgo.
Os três olham um para o outro, espantados, e então Narlia
comenta:
– Mas vocês tem sotaque de targoniano.
– Bem observado. Somos mesmo de Targon, mas temos ódio
daquele planeta detestável que nos abandonou e não nos deixou
outra escolha senão nos tornarmos piratas. Se seus objetivos forem
prejudicar Targon, será um prazer ajudar.
– Nós agradecemos por sua ajuda, mas infelizmente não
estamos protegidos dos targonianos com vocês.
– Por que não? – pergunta Morgo.
– Não podemos dizer.
Com a resposta de Narlia, Morgo sorri e responde:
– Obrigado, agora que sei que os targonianos podem achá-los
facilmente, eu posso chegar à conclusão de que um de vocês,
provavelmente o terráqueo, está levando dentro de si um
fragmento da chave que ligará o portal de Targon ao portal da
Terra. Tomando a Terra os targonianos podem facilmente tomar
Gornul e depois a Galáxia.
– Como você sabe do fragmento? – pergunta Dario,
espantado.
– Existêm vários computadores microscópicos dentro de
cada chave – responde Morgo.
– E o que isso têm a ver?
– Quando eles recebem um certo sinal, eles mandam outro
sinal respondendo, tornando-as fácil de rastrear. Só essas chaves
têm essa capacidade, então foi assim que cheguei a conclusão de
que vocês têm um fragmento da chave.

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– Mas como você sabe disso tudo – pergunta James –, a
chave, o fragmento e plano de invasão, vocês são só piratas.
– Faz tempo que estamos investigando uns boatos vagos que
houvimos uma vez. O que importa mesmo é que vocês estarão a
salvo em nosso esconderijo.
– Mas...
– Interceptar os sinais não vai ser problema.
– Morgo – diz Narlia.
– O que foi?
– Onde fica esse esconderijo?
– Neste sistêma em que estamos.
– Eu senti várias acelerações enquanto esperávamos na sala,
mas não sei que sistêma é esse.
– Pois não vou dizer qual é.
– Senhor – interrompe um pirata.
– O que foi?
– Estamos chegando.
Morgo olha para os três prisioneiros e diz:
– Observem. Gob Zedo, mande o sinal.
– Sim, senhor.
Narlia olha para frente e percebe que não há nada, além de
estrelas, à frente da nave, então ela resolve perguntar:
– Sinal para que?
– Para abrir o portal de nosso esconderijo.
– Que esconderijo?
De repente, surge à frente da nave um risco luminoso no
espaço, o risco é horizontal em relação à nave, têm mais ou menos
dois quilômetros de comprimento e começa a engrossar lentamente
até que se torne um retângulo com aproximadamente um
quilômetro de altura. Depois de um têmpo, os prisioneiros
começam a perceber que a luz do gigantesco retângulo não é
branca e, sim, amarelada e é nesse momento em que eles percebem
que o retângulo é, de fato, a entrada de um túnel. Quando Narlia
finalmente entende, ela comenta:
– Camuflagem!
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– Isso mesmo – responde Morgo.
– É uma base totalmente camuflada!
– É uma base que gera a camuflagem, mas não é só uma base
que está camuflada.
– Então, o que é?
– Você verá.
Narlia não diz mais nada e resolve esperar para saber o que
ele quis dizer com isso.
– Como vocês podem ter a tecnologia de camuflagem se nós
nem a descobrimos ainda? – pergunta James a Morgo.
– Não sabemos quem a inventou, mas sabemos que não
foram os gulns e muito menos os humanos.
– Como vocês sabem disso?
– Porque as coisas que os inventores deixaram não é nada
parecido com o que conhecemos. Quem trouxe a tecnologia de
camuflagem para cá, veio de longe, talvez de outra Galáxia, e
partiu a muito têmpo atrás.

A nave começa a entrar no túnel.


– Muito interessante – comenta Dario, impressionado.
Narlia olha com bastante atenção para o final do túnel e é
nesse momento que ela percebe, apesar da iluminação muito forte,
que, além do túnel, há o que parece ser parte da superfície de um
planeta.
– Vocês estão vendo isso? – diz Narlia a James e Dario.
– Sim – diz James.
– O que? – pergunta Dario.
– Há um planeta além do final do túnel.
– É mesmo, é um planeta secreto!
– Nós o chamamos de Hergnologun – diz Morgo.

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Capítulo 11

A superfície de Hergnologun

A nave pirata voa sobre a superfície do planeta


Hergonologun. Os prisioneiros começam a perceber que tudo o
que eles vêem no planeta são desertos secos e rochosos, desertos
de areia e um céu azul como o da Terra. Observando aquele
deserto, com admiração, Narlia resolve perguntar:
– Morgo!
– O que foi? – pergunta ele.
– Quem mais mora neste planeta além de piratas?
– Só piratas.
– Mas porque ninguém mais descobriu este planeta?
– Porque nós instalamos defesas que não permitêm que
ninguém chegue e saia deste sistêma, somente nós, os piratas,
podemos entrar e sair.
– Então quer dizer que todos aqueles que descobrem esse
planeta são destruídos e então este deve ser um sistema proibido.
– Isso.
– Mas eu ainda não entendi como é que vocês acharam o
planeta e colocaram as defesas tão rápido ao ponto de que
ninguém saiba que ela exista!
– É porque quando chegou aqui, a sonda que instalou o
primeiro portal galáctico nesse sistêma, os gornulianos, que
mandaram a sonda, já estavam muito ocupados se divertindo com
a “II Guerra Galáctica”. O período da guerra foi suficiente para
fazermos o que fizemos nesse planeta.
– Incríve! – exclama Narlia.
– Senhor – diz um dos piratas.
– O que foi? – pergunta Morgo.
– Estamos chegando a base.
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– Ótimo.
– Que base – pergunta Narlia.
– A famosa base Sorg Don, a maior base do planeta e é para
onde nós sempre levamos as naves que roubamos.
– E o que vocês fazem com elas?
– Vendemos para comerciantes, depois eles vendem para
outros que as queiram comprar. As vezes os compradores nem
suspeitam de que elas sejam roubadas.

A nave finalmente chega a Sorg Don. Dario, James e


Narlia ficam impressionados com o tamanho gigantesco da base.
Alguns piratas chegam a acreditar que Sorg Don já foi uma cidade
para aqueles que habitaram o planeta muitos anos antes dela ser
descoberta pelos piratas.
A nave entra em um gigantesco hangar, onde ela pousa e se
acopla a um túnel que liga a porta da nave com uma porta situada
na parede do hangar. Após terminado o pouso e a acoplagem, o
capitão manda seus homens desligarem a nave.
– Gob Zedo – diz Morgo.
– Sim, senhor – responde ele.
– Tragam os três prisioneiros, vamos levá-los a uma prisão
mais adequada.
– Sim, senhor!
O capitão se levanta da poltrona e sai da nave enquanto Gob
Zedo o segue com os prisioneiros.
Quando Gon Morgo sai da nave, ele encontra com um
homem acompanhado de um homem armado, que o esperava na
base. O homem que o esperava era um pouco gordo e tinha os
cabelos e a barba ruivos, o cabelo curto e a barba um pouco
comprida e ele está sempre bem arrumado.
– Meu grande amigo Morgo – diz o homem, todo sorridente
e com os braços abertos.
– Não precisa puxar o meu saco, Fengor, eu vou lhe vender a
nave – diz Morgo, ainda andando.
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Acompanhando Morgo, Fengor continua a conversa:
– Bem, o que que você me trouxe desta vez?
– Uma nave Tengof gornuliana.
– Nossa, uma nave Tengof gornuliana! Os targonianos vão
nos pagar uma nota por ela!
– Eu também acho.
Observando aquela conversa, Narlia pergunta à Gob Zedo:
– Quem é aquele homem.
– Ele é um comerciante – responde Gob Zedo.
– E por que ele quer tanto que Morgo venda uma nave para
ele?
– É porque as naves que Morgo trás são mais intactas
comparadas com as outras naves que são trazidas por outros
piratas.
Depois de terminada a conversa entre os dois, Fengor repara
nos prisioneiros de Morgo e pergunta a ele:
– Morgo, quem são aqueles três?
– São três novos membros da tripulação.
– Morgo, você não parece os estar tratando como tripulantes,
e sim prisioneiros! Não podemos ter prisioneiros aqui!
– Eles são importantes.
– Se nós mantivermos esse três vivos, o nosso planeta não
será mais secreto!
– Eles são meus prisioneiros, e eu faço o que quiser – diz
Morgo, parando de andar e já impaciente.
– Não...
– Sim e você não irá contar a ninguém, entendido?
– Tudo bem – responde Fengor.
Morgo faz um gesto com sua mão para Gob Zedo continuar o
seguindo com os prisioneiros e, retomando seu caminho, é
interrompido novamente por Fengor:
– Você ainda vai me vender a nave, não vai?
– Se você ficar quieto – responde Morgo.
Ainda andando Morgo diz para si mesmo e em voz alta:
– Eu odeio esse cara.
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– Então por que você vai vender a nave para ele – pergunta
Narlia, que ouviu o que Morgo disse.
– Ele é o comerciante que eu menos odeio.
– É, faz sentido. Morgo, eu queria comentar uma coisa.
– O que foi?
– Eu acredito que o fato de você saber tanto sobre a invasão a
Terra deve estar relacionado com essa jing que você carrega nas
costas.
– Não seja ridícula – diz James.
– Por que?
– Ele é só um pirata!
– Você é muito esperta – diz Morgo, parando e retirando o
objeto cilíndrico de suas costas e mostrando a eles.
– Como!?
– É uma jing.
– Mas como!?
Morgo aperta um botão que se localiza no meio do cilindro e,
de repente, surgem rapidamente duas lâminas saindo de cada ponta
do cilindro, as lâminas têm uma cor dourada igual a do cilindro,
0,57m de comprimento e formato semelhante a uma espada
japonesa reta. Morgo aperta o mesmo botão mais uma vez e as
lâminas retornam, rapidamente, para dentro do cilindro.
– Eu lhes conto depois.
Morgo continua andando até chegar à uma sala abandonada,
onde deixa os prisioneiros e tranca a porta.

– SUA MALUCA – grita James.


– O que foi? – pergunta Narlia com bastante calma.
– Uma das três regras que Morgo pediu para não
quebrarmos, foi para não criticarmos a sua nave e você criticou!
– Ele não vai nos fazer nada.
– E como é que você sabe?
– Pude perceber que ele não é o tipo de gente que se diverte
matando, ele podia ter nos matado quando nos conheceu. Eu acho
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que, mesmo que ele saiba qual de nós está com o cristal, ele não
irá matar o resto.
– Mas, pelo menos, evite quebrar as regras. Agora vou tentar
descobrir se há alguma forma de sairmos deste lugar – James se
vira de frente à uma parede e começa a analiza-la.
– E o que têm de importante nessa espada dupla que ele
carrega – pergunta Dario.
– Você se refere a jing? – pergunta James, enquanto ele
analiza a parede.
– Isso mesmo.
– Eu respondo essa. – diz Narlia – Há muitos anos atrás, no
planeta Gelbolun, planeta natal dos gulns, muito antes deles
descobrirem a eletricidade, havia uma civilização muito
importante. Nessa civilização existiam guerreiros sábios e passivos
chamados de beldons, a função deles sempre foi proteger o
império, o símbolo dos beldos era essa arma chamada de jing. Mas
por recusarem acompanharem os avanços da tecnologia eles foram
esquecidos, se tornaram rebeldes e, por isso, foram exterminados
pelo imperio que, outrora, eles haviam protegido. Eu acredito que
eles ainda existam secretamente. Agora todas as famílias imperiais
têm uma jing para lembrarem dos beldons, que foram injustamente
exterminados. E ela é feita de um metal muito raro e também foi
alterada para ser uma arma que não ocupe muito espaço.
– Então as lâminas não se escondiam daquela forma, quando
as jings eram muito usada? – pergunta Dario.
– Isso mesmo.
– E estes guerreiros que você mencionou, como se chamam?
– Beldons.
– Sim, você acha que Morgo é um deles?
– Não sei, a jing de Morgo é mais parecida com as que são
usadas pelas famílias imperiais. Não entendo como ele teria a
conseguido uma.
– E o que você acha de Gob Zedo? – pergunta James.
– Diria que ele é um beldon, mas ele poderia ter achado
aquela arma em qualquer lugar.
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– E por que você suspeita que os Beldons ainda existam? –
pergunta Dario.
– Alguns acreditam que beldons ainda existam em segredo e
que existem beldons tanto humanos quanto gulns. Muitos
acreditam que alguns dos grandes líderes da Galaxia sejam
beldons e que eles sejam protegidos por beldons secretos,
principalmente os imperadores e os outros membros das famílias
imperiais.
– Eu acho que isso tudo é uma grande mentira – comenta
James.
– Pois eu acredito – responde Narlia.

No hangar da base, Morgo está na ponte de comando da


nave Kormon Dego se comunicando com os piratas que estão na
nave roubada para coordenar a sua retirada de Kormon Dego,
quando ele é interrompido por Gob Zedo:
– Senhor.
– O que foi, Gob Zedo? – pergunta Morgo.
– A respeito dos prisioneiros...
– De novo – reclama Morgo!
– É que eu concordo com você, mas eu também concordo
com Fengor, que pensa como todos nesse planeta.
– E onde você quer chegar com isso?
– É que esses três são realmente perigosos para o planeta
todo, e eu queria saber se você realmente pretende manter esse
perigo no nosso planeta?
– Não precisa se preocupar com isso. Eu pretendo, assim que
terminar aqui, injetar nano-robôs na corrente sangüínea deles. Os
nano-robôs nos dirão a sua localização e se quisermos, podemos
mandar as nano-robôs matarem os dois, mas isso só irá acontecer
se eles fugirem.
– Bom, assim está melhor.
– Eu lhe chamarei assim que eu terminar o trabalho aqui.
– Sim, senhor, me desculpe por tê-lo interrompido.
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Gob Zedo se retira da ponte de comando e Morgo continua
com o seu trabalho.

Na prisão, os prisioneiros aguardam impacientêmente


esperando o momento em que, pelo menos, a porta se abra.
– Narlia – chama Dario.
– Sim – responde ela.
– Há outras maneiras em que os targonianos possam tomar a
Galáxia?
– Não, enquanto o fragmento estiver aqui, eu acho que a
Galáxia estará a salvo, por isso infelizmente, eu acho que
ficaremos presos aqui para sempre.
– Mas e os tais computadores?
– Ele está certo – interrompe James, que ainda estava
analizando os cantos da sala, procurando uma forma de sair.
– Como – pergunta Narlia.
– A pedra dentro de Dario pode ser facilmente localizada
pelos targonianos, por causa dos micro-computadores que têm
nela.
– Acho que não.
– Por que não?
– Porque eu acho que o escudo que torna o planeta invisível
também evita que a pedra seja achada.
– Entendi, mas não entendi outra coisa – diz Dario.
– E o que é?
– Como esses piratas conseguiram se adaptar a essa
tecnologia se ela era desconhecida?
– Ninguém precisa, têmos máquinas que são tão inteligentes,
que elas podem fazer quase tudo.
A conversa é interrompida quando a porta da prisão é aberta.
Morgo, Gob Zedo e mais três piratas, com armas, entram na
prisão.
– Está na hora de tomar o remédio – diz Morgo.
– Que remédio – pergunta Narlia.
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Eric Romano Maia
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– O antídoto contra a doença mortal que circula no ar deste
planeta.
– Eu não estava sabendo de doença nenhuma – disse James.
– É porque eu não disse.
– E como iremos saber se essa doença realmente existe e
como saberemos se o seu antídoto não é apenas um veneno ou uma
água com nano-robôs.
– Você é experto, mas eu tenho uma prova.
– E qual é?
– Quantos gulns você viu neste planeta?
Dario, Narlia e James tentam se lembrar de quantos gulns
eles viram no planeta Hergnologun, mas ficam impressionados ao
lembrar que, desde que entraram na nave de Morgo, eles não
viram nenhum guln. Observando a expressão de interrogação no
rosto dos três prisioneiros Morgo percebe que eles já sabem a
resposta de sua pergunta. Antes que qualquer um dos três
responda, Morgo já começa a explicar:
– É porque o nosso antídoto não funciona com gulns.
– Agora vocês querem o antídoto, ou vocês preferem sentir
uma terrível febre que durará vinte e quatro horas?
– O que acontece depois de vinte e quatro horas? – pergunta
Dario.
– Desmaiam e depois de várias horas de terríveis pesadelos,
vocês morrem – responde Morgo começando a perder a paciência
por causa do bombardeio de perguntas que tomam o seu têmpo.
– Quanto têmpo leva do desmaio até a morte?
– QUEREM DEIXAR EU INJETAR A DROGA DO
ANTIDOTO!?
Os três olham, espantados, um para o outro e logo em
seguida, ainda espantados, olham para Morgo e respondem ao
mesmo têmpo:
– Sim.
– Gob Zedo – diz Morgo, ainda irritado.
– Sim, senhor – responde Gog Zedo.
– Injete logo a porcaria do antídoto!
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– Sim, senhor.
Gob Zedo encosta um aparelho semelhante a uma pistola,
que têm o tamanho de sua mão, no braço de Narlia. Ao puxar o
gatilho, o aparelho injeta um liquido no braço de Narlia. Logo em
seguida ele faz o mesmo com Dario e James. Ao terminar, Gob
Zedo olha para Morgo. Morgo olha para Gob Zedo e diz:
– Pode contar, Gob Zedo.
– Contar o que? – pergunta Narlia.
– Que vocês são muito otários – diz Gob Zedo.
– Por que?
– O liquido estava cheio de nano-robôs – responde Gob
Zedo.
– Isso não nos faz de otários.
– Porque não? – pergunta Morgo.
– Porque você não nos convenceu, você nos ameaçou.
– Eu não ameacei, eu só gritei porque vocês estavam
esgotando a minha paciência!
– Você é um pirata, o seu grito é uma ameaça.
– Eu não sou um monstro – protesta Morgo, irritadamente.
– Pelo seu grito, você parecia um monstro.
– JÁ CHEGA!
Todos se calam, mas poucos segundos depois, percebendo
que Morgo não é uma pessoa ruim, Dario volta a falar:
– Denovo.
– Vocês são os meus primeiros prisioneiros e graças a vocês,
serão meus últimos – diz Morgo, se recuperando da perda de
paciência que acabou de ter. – Bom, eu tenho que sair.
– Você não ia nos contar sobre a sua jing – pergunta Dario.
Morgo pensa um pouco e resolve responder:
– Tudo bem, vou contar, mas fiquem quietos.
– Tudo bem – responde Dario, olhando sério para James e
Narlia. – Pode contar a sua stória.
– É, vai, estamos interessados – responde Narlia.
Morgo respira fundo e começa:

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– Faz mais de dez anos que eu não conto essa história para
ninguém. Há dez anos gelbonianos, e treze anos terrestres, Gob
Zedo e eu éramos guardas do palácio imperial de Targon. Um dia
nosso horário de serviço tinha terminado e estávamos indo embora
passando por um caminho ao lado do palácio. Esse caminho
chegava a ser desértico no horário em que estávamos passando, de
repente, uma passagem secreta se abriu em uma das paredes do
lado de fora e dessa passagem saiu um homem que não pudemos
identificar devido a distância que estávamos dele e também ao fato
de que seu rosto não estava de frente para nós. Após alguns passos,
o homem caiu no chão e quando fomos ajuda-lo descobrimos que
o homem não só estava muito ferido, como era nada mais e nada
menos que Guler Dan Zergo.
– Quem é esse cara? – pergunta Dario.
– Ele era o irmão do imperador Guler Do Rárzem – responde
James.
– Terminou de tirar as suas dúvidas? – pergunta Morgo para
Dario.
– Sim, pode continuar.
– Nós fomos ajudar Dan Zergo, mas ele não queria a nossa
ajuda naquela situação, disse que se nos tentássemos salvá-lo
iríamos morrer também. Pediu que avisássemos para o seu primo,
Nilor Dan Geror...
– Será que sou só eu, ou essa família têm sempre um “Do”
ou “Dan” em seus nomes? – sussurra Dario perguntando a James.
– Mas que droga – reclama Morgo, olhando para Dario,
irritado com a sua interrupção.
– Me desculpe, eu não vou mais interromper.
– Eu espero que não. Bom, como eu ia dizendo, Dan Zergo
nos explicou tudo sobre o plano de Do Rárzem de dominar a
Galáxia. Dan Zergo pediu para que avisássemos ao seu primo
sobre o plano de Do Rárzem. Para provar a Dan Geror o que eu
iria contar a ele, Dan Zergo me deu a sua jing e nos ordenou que o
deixássemos lá. Nós o obedecemos, e fomos nos esconder, depois

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de algum tempo, cinco homens saíram do palácio e mataram Dan
Zergo.
– Depois de ter passado algum tempo, Gob Zedo e eu
decidimos montar um grupo de pessoas para nos ajudarem com a
missão e conseguimos juntar umas seis pessoas. Fizemos isso
porque não tínhamos dinheiro suficiente para pagar uma viagem
de Targon ao planeta de Dan Geror. Também não podíamos
comprar uma nave, então resolvemos roubar uma. O nosso
trabalho nos dava acesso a entrar na base em que estavam sendo
guardados protótipos de naves de guerra que não haviam sido
aprovadas. Roubamos a nave Neror Gun, que mais tarde nos a
nomeamos de Kormon Dego.
Sem Morgo falar mais nada, Narlia pergunta:
– Então você luta para salvar a Galáxia?
– Sim – responde Morgo.
– Mas e o primo de Rárzem – pergunta Dario.
– Ele morreu antes de chegarmos a ele. Sem ter para onde ir
e sem ter o que fazer, eu e minha equipe resolvemos vagar pela
Galáxia. Íamos de planeta em planeta, parando em vilas e bases de
refugiados. Até o dia em que conseguimos capturar uma nave
pirata que havia tentado nos capturar. Em uma luta, eu consegui
matar o líder dos piratas e acabei virando o líder deles. Eles nos
revelaram a localização do planeta Hergnologun, e desde então, eu
só tenho sido um pirata.
– E como foi que o primo de Do Rárzem morreu.
– Ele estava em uma nave quando ela explodiu.
– Eu acho que era...
– Sabotagem de Do Rárzem, todos pensam isso, mas
infelizmente ninguém nunca conseguiu provar.
– E por que a família imperial têm sempre um “Do” ou
“Dan” no nome?
– É porque todos das famílias imperiais têm que ter a palavra
“Dan” no nome. Exceto o imperador, que têm que receber a
palavra “Do” no nome quando ele assume o trono.
– Agora entendi!
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– Bom, eu tenho que ir indo agora, não tenho mais o que
fazer aqui.
Morgo, Gob Zedo e os outros piratas se retiram da prisão e
trancam a porta, deixando lá, somente os três prisioneiros e um
pirata do lado de fora, vigiando a porta.

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Capítulo 12

Os boatos

Em algum lugar da base Sorg Don, um homem corre pelos


corredores para chegar até a nave de Singor Skedar. Singor Skedar
é conhecido por ser o pior pirata de Hergnologun. Ele é tão ruim,
que chega a até matar aqueles que se meterem em seu caminho ou
tomarem seu tempo sem uma boa razão.
O homem finalmente chega à porta da nave de Singor
Skedar, que está sendo vigiada por dois piratas armados. Tentando
recuperar o fôlego, o homem olha para os piratas, que olham
seriamente para ele, e um deles pergunta:
– O que você quer, homem patético?
– Eu quero falar Singor Skedar – responde ele, ainda
tentando recuperar o fôlego.
– Singor Skedar não têm tempo para gastar com porcaria.
– Não, o assunto que eu tenho a falar não é porcaria.
– Quando eu falei em porcaria, eu me referia a você!
– Bom, eu acho melhor ir embora – diz o homem percebendo
que não conseguirá entrar na nave. Quando ele ia voltando, o
pirata pensa um pouco e diz:
– Espere, pode entrar.
– O que o fez mudar de idéia? – pergunta o homem.
– Se a sua notícia não for boa Skedar irá, felizmente, matá-lo.
– Obrigado – responde ele sarcasticamente.
Após o homem entrar na nave, os dois piratas olham um para
o outro e sorriem. Então, um deles pega o seu comunicador e entra
em conato com Singor Skedar.

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O homem anda devagar, assustado e atento pelos


corredores da nave de Singor Skedar. Olhando para todos os lados
do corredor em que está, ele ouve uma voz vinda de um alto-
falante, que ele procura, mas não consegue achar:
– Siga até o final do corredor.
O homem obedece e ao chegar lá encontra uma porta
trancada. A porta se abre sozinha e, ao atravessá-la, ele percebe
que está, agora, na ponte de comando da nave. Ele vê, no meio da
ponte, uma poltrona virada de costas para ele. O homem continua
andando para ver quem está por trás da poltrona quando houve
uma voz vinda de trás dela:
– Pare. Eu ativei o sistema de segurança, se você atravessar o
limite ou retirar uma arma, eu nunca irei saber o que você quer
comigo.
O homem olha ao redor e vê várias armas e câmeras
apontando para ele. A poltrona gira até ficar de frente para o
homem, deixando-o ver o rosto Skedar.
A aparência de Singor Skedar é muito assustadora, é um
homem magro, têm a cabeça sempre raspada, está sempre usando
uma roupa preta feito de borracha e está sempre sério.
Então Skedar diz, calmamente, ao homem:
– Eu estava falando com um pirata comerciante, ele estava
me oferecendo um bom dinheiro pela nave que acabei de capturar,
mas tive que interromper a transmissão por que um de meus
homens me chamou pelo radio para dizer que um homem patético
entrou na minha nave para falar, urgentemente, comigo. Já que não
sei se sua notícia é importante ou não resolvi deixar a oferta de
dinheiro esperando e espero que seja importante. Comece dizendo
o seu nome.
– Meu nome é Esgnor Golor. Há boatos correndo pela base
toda de que Gon Morgo está mantendo prisioneiros aqui em
Hergnologun.
– Boatos, você vem aqui para me contar um boatos!

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Skedar rapidamente retira uma arma para atirar, quando
Esgnor desesperadamente grita:
– Espere!
Skedar desiste de atirar, mas ele continua apontando a arma
para Esgnor.
– Não acredito que eu interrompi meu acordo com um pirata
comerciante para ouvir boatos.
– Mas foi Fengor que espalhou essa notícia.
– E o que têm de tão importante nisso?
– É que Fengor sempre conta tudo o que ele descobre sobre
os piratas. E sempre que nós conferimos o que conta, descobrimos
que é verdade.
Após pensar um pouco, Skedar diz, guardando sua arma:
– Bem, nenhum pirata seria tão burro a ponto de trazer, a
esse planeta, alguém que não fosse pirata, mas Gon Morgo é, de
fato, um pirata um pouco esquisito, comparando-o com os outros
nesse planeta. Irei conferir se a sua notícia é verdadeira, caso não
seja, você morrerá. É só isso que você têm para me dizer?
– Sim.
– Então vá embora.
– Tudo bem.
Esgnor ia se retirando, quando Skedar o chama:
– Espere.
– Sim?
– Fengor nunca contou nada sobre mim, contou?
– Bem, não – responde Esgnor com medo de que Skedar
descubra que ele está mentindo.
– Vá embora – diz Skedar.
– Tudo bem, eu já estou indo.
Após Esgnor se retirar da sala, Skedar gira a sua poltrona
para a posição anterior e começa a mexer nos controles do painel
para se comunicar com Fengor, a imagem de Fengor aparece em
uma tela, que se localiza no painel, Fengor olha bem para o rosto
de Skedar e, com um pouco de dúvida, ele pergunta:
– Quem é?
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– Como “quem é”, não me conhece? – pergunta Skedar,
irritado.
– É que eu achei estranho que você me ligasse. Bem, o que
você quer comigo, deve ser algo muito importante, não é?
– Eu quero que você me conte tudo sobre os prisioneiros de
Morgo.

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Capítulo 13

A captura

Morgo está em sua nave, sozinho na ponte de comando


quando a porta se abre de repente, Morgo leva um susto e olha
para trás para saber quem abriu a porta, era Gob Zedo.
– Que susto, Gob Zedo – diz Morgo.
– Se não queria que ninguém entrasse, deveria trancar a
porta, Morgo – responde Gob Zedo.
– Não acho que isso seria tão necessário.
– Como você pode ter tanta certeza disso?
– Porque você é o único maluco, na nave, que entra sem
avisar, nos lugares em que eu estou.
De repente, a porta da ponte de comando se abre novamente
e o pirata engenheiro da nave, chamado Maestro, entra correndo na
ponte de comando. Maestro se parece com um punk,
principalmente por causa de seu cabelo espetado para cima, mas
ele ganhou esse apelido por gostar de musica clássica.
Irritado com a entrada súbita de Maestro, Morgo diz para o
pirata:
– Mas que droga, Maestro! Será que todos nessa nave irão
começar a tomar esta atitude imbecil de entrar sem avisar de agora
em diante.
– Mas é que eu tenho uma notícia muito importante, senhor –
diz Maestro.
– O que foi? – pergunta Morgo, irritado.
– É que acabo de saber que nós não somos os únicos da base
que sabemos sobre os prisioneiros!
– E como você sabe disso?
– Um homem me contou no bar. Ele não sabia que eu era da
sua nave...
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– E qual o nome dele – interrompe Morgo, nervoso e
preocupado.
– Esgnor Golor...
– Precisamos matá-lo!
– Não sei se isso adiantará em alguma coisa.
Morgo pensa um pouco e responde:
– Bom, se Esgnor sabe disso, várias outras pessoas, da base
inteira, devem saber também.
– E o que deveremos fazer a respeito disso? – pergunta Gob
Zedo.
– Antes de qualquer outra coisa, precisamos trazer os
prisioneiros para cá imediatamente. E depois de tudo pronto,
sairemos deste planeta o mais cedo possível.
– Mais cedo quando?
– Eu pretendo sair ainda hoje.
– Mas a nave só vai estar pronta amanhã – comenta Maestro.
– Ele está certo senhor – diz Gob Zedo.
– Então acelere a preparação – diz Morgo.
Ele mexe no painel-de-controle de sua poltrona, para se
comunicar com Nierg Zelen e Kerg Nelog, os piratas que estão
vigiando a porta da prisão em que Dario, Narlia e James estão
presos.
– Kerg e Zelen – chama Morgo pelo comunicador de Kerg.
– Sim, senhor – responde Kerg.
– Fiquem atentos, alguém pode tentar pegar os prisioneiros.
– Sim, senhor, nós iremos ficar atentos.
– Aguarde um pouco e estaremos aí em segundos.
– Sim, senhor.
De repente, antes de terminar a comunicação, cinco homens
armados surgem em uma das pontas do corredor em que Kerg e
Zelen estão, quando Zelen vê aqueles homens atrás de Kerg e se
preparando para atirar nos dois, ele grita:
– CUIDADO!

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Antes que possam fazer qualquer coisa para se defenderem,
os cinco piratas começam a atirar em Kerg e Zelen, morgo houve o
grito de Zelen e o tiroteio e logo depois a transmissão é encerrada.
– NÃO – grita Morgo.
Morgo fica quieto por um instante, de tão espantado que ele
está.
– Temos que fazer algo, senhor – diz Gob Zedo,
desesperado.
– MAS É CLARO QUE TÊMOS QUE FAZER ALGO –
grita Morgo, também desesperado.
– Então nos diga o que fazer!
Morgo se levanta, rapidamente, da poltrona e diz:
– Gob Zedo, eu quero que você reúna seis homens para nos
encontrar na porta da nave.
– Sim, senhor – responde Gob Zedo.
Morgo anda rapidamente em direção a porta e continua
falando:
– Maestro, fique aqui e aguarde instruções. Gob Zedo, siga-
me.
– Sim, senhor – respondem Maestro e Gob Zedo, que está se
comunicando com os seis piratas que Morgo pediu.
Morgo e Gob Zedo seguem rapidamente para a porta de
saída da nave e ao saírem da nave, os dois se encontram com os
seis piratas que Gob Zedo chamou e mais dois piratas que estavam
vigiando a porta. Morgo para, olha pára os seis piratas e diz:
– Me escoltem até a prisão.
– Sim, senhor – respondem os seis piratas ao mesmo tempo.
Morgo anda rapidamente, seguindo para a prisão, mas desta
vez, ele têm três piratas indo à sua frente e três atrás dele, com a
intenção de protegê-lo.

Ao chegarem à porta da prisão, a primeira coisa que


Morgo, Gob Zedo e os outros seis piratas vêem são os corpos
queimados de Nierg Zelen e Kerg Nelog.
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– Droga! – reclama Morgo.
– Que armas eles devem ter usado? – pergunta Gob Zedo.
– Isso não importa agora, temos coisas mais importantes para
resolver. Abra a porta, Gob Zedo.
– Sim, senhor.
Ao mesmo tempo em que Gob Zedo se prepara para abrir
porta, os seis piratas apontam suas armas para ela, se preparando
para o que possa sair da cela de prisão.
A porta se abre e, logo em seguida, Gob Zedo entra na cela,
mas ele não encontra os três prisioneiros. Ele sai, olha para Morgo
e diz:
– Não estão aqui.
– Droga – reclama Morgo.
– O que deveremos fazer agora, senhor?
– Descobriremos quem os levou.
– E como faremos isso?
– Começaremos pela raiz.
– Mas quem é a raiz?
– Fengor.

Fengor está na ponte de comando da nave do pirata


Zinor Kerguen, discutindo sobre o preço de uma nave que ele
pretende comprar de Zinor.
– Então, Zinor, qual é o preço que você pede pela sua nave?
– pergunta Fengor.
– Três mil quatrocentos e cinqüenta e sete – responde Zinor.
Espantado com o preço, Fengor pergunta:
– E em qual dinheiro?
– Você ficou maluco, é claro que é em auros!
– As naves de Morgo são bem mais intactas que as suas e
elas não custam mais do que dois mil auros.
– As sucatas que Morgo trás não são nada comparadas com
as naves que eu trago.
– Mil e seiscentos ou nada de trato.
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– Dê o fora daqui. Arranjarei um comerciante que seja mais
honesto.
Enquanto Fengor ia em direção à porta de saída, ele diz:
– Você não irá encontrar preço melhor que esse, quando
mudar de idéia, sabe como me chamar.
Quando Fengor abre a porta ele encontra Morgo, que o
estava esperando do outro lado. Sem saber o que dizer, Fengor diz
normalmente:
– Morgo! Que surpresa, estávamos falando de...
Em um piscar de olhos, Morgo rapidamente segura, com
força, o pescoço de Fengor com sua mão direita. Começando a
enforcar Fengor, Morgo pergunta, com bastante seriedade:
– Quem pegou os prisioneiros?
– Como eu vou saber – pergunta Fengor, fazendo grande
esforço para falar.
Morgo lentamente pega uma arma e a aponta encostando-a
na testa de Fengor. Assustado com a arma, Fengor se esforça para
responder:
– Skeeedaaarrrrrr!
– Singor Skedar?
– Os piiiraatas deeelleee!
Morgo guarda a sua arma e solta Fengor.
– Morgo, como ousa a invadir a minha nave – pergunta
Zinor, irritado.
– Não se meta, Zinor – responde Morgo.
– Saia da minha nave, ou eu mandarei meus homens
cortarem a sua cabeça!
Morgo, novamente, pega a sua arma e a aponta para Zinor e
diz:
– Não me ameace ou eu mesmo cortarei sua cabeça!
Zinor resolve ficar quieto e Morgo novamente guarda a sua
arma e volta a falar com Fengor:
– Eu espero que você não esteja tentando me enganar,
Fengor.
– Porque você acha que eu o enganaria?
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– Porque a nave de Singor Skedar acabou de chegar de uma
viagem, eu não acho que ele teria tempo suficiente para preparar a
nave dele.
– Não, ele comprou uma nave que eu havia acabado de
reformar.
Morgo pensa um pouco e pergunta para Gob Zedo:
– Gob Zedo, quanto tempo leva para a nossa nave estar
preparada?
– A preparação está indo o mais rápido possível, senhor, mas
só estará pronta a noite.
– É tempo demais. Fengor, eu quero a sua melhor nave e eu
não estarei nela, portanto, se meus homens não conseguirem os
prisioneiros de volta por causa de falhas na nave, eu acabo com
você.
– Tudo bem, mas vai lhe custar.
– O QUE! – grita Morgo.
– Tudo bem, pode levar – responde Fengor, assustado.
– Onde ela está?
– É uma nave Derlob, e está na doca 18.
Sem falar nada, Morgo se retira da ponte de comando da
nave de Zinor Kerguen.

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Capítulo 14

O resgate

Morgo, Gob Zedo e os outros seis piratas estão a


caminho da nave que Fengor acabara de dar a Morgo.
– Gob Zedo – chama Morgo.
– Sim, senhor – responde ele.
– Eu quero que você comande a nave que irá resgatar os dois
gornuliandos e o terráqueo.
– Sim, senhor.
– E você irá levar cinco homens com você.
– Sim, senhor.
– Noturno – diz Morgo, virando-se para Noturno que era um
dos seis piratas.
– Sim, senhor – responde Noturno.
– Você irá me escoltar até a Kormon Dego.
– Sim, senhor.
Noturno é um pirata com cabelos e barba de cor castanho
escuro, ele é o melhor atirador da nave Kormon Dego,
principalmente por seu olho direito ser biônico. Em volta de seu
olho biônico há um aparelho em forma de anel, que é ligado por
um cabo ligado diretamente a um enorme aparelho implantado na
parte de traz de sua cabeça. O anel está implantado em seu rosto e
é diretamente ligado ao seu olho biônico. Ele recebe este apelido
porque entre as várias visões que o olho lhe oferece, a visão
noturna é a mais útil para ele.

Os oito piratas chegam a nave que Fengor havia dado a


Morgo.
– É isso aí pessoal, podem ir entrando – diz Morgo.
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Os cinco piratas escolhidos entram e quando Gob Zedo ia
entrando Morgo diz:
– Gob Zedo, eu acredito em você, você irá conseguir.
– Não se preocupe, senhor, não irei falhar nesta missão.
Gob Zedo fecha a porta da nave e após alguns minutos,
Morgo e Noturno vão para uma janela onde eles assistêm a partida.
Após a nave ter sumido de vista, Morgo diz para Noturno:
– Vamos para a Kormon Dego.
– Sim, senhor – responde Noturno.

Já se afastando do planeta, a nave comandada por Gob


Zedo atravessa o escudo de camuflagem. Sem saber para aonde ir,
o piloto da nave pergunta a Gob Zedo:
– Senhor, aonde devemos ir?
– Eu não sei...
De repente, o painel-de-controle, à frente de Gob Zedo,
começa a apitar. O apito é um sinal de que alguém está tentando se
comunicar com ele, Gob Zedo aceita a chamada, apertando um
botão no painel, e em uma tela do mesmo, aparece a imagem de
Morgo.
– Gob Zedo – chama Morgo, falando da ponte de comando
da nave Kormon Dego.
– Ainda bem que você ligou, eu não sabia aonde ir – diz Gob
Zedo.
– Foi para isso que eu liguei, eu estou lhe mandando as
coordenadas.
As coordenadas começam a ser transmitidas e assim que
termina, Gob Zedo avisa para Morgo:
– Pronto, senhor. Estamos prontos para resgatar os nossos
amigos.
– Então, o que esperam? – pergunta Morgo.
Pilotada por Gob Zedo, a nave segue em direção ao portal
que leva ao sistêma em que está a nave de Singor Skedar.

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caso de outros usos ou alteração o autor deverá ser consultado antes através do email especificado no canto
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Eric Romano Maia
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Capítulo 15

A abordagem

Dario acorda em um quarto vazio da nave que Singor


Skedar havia comprado de Fengor. A primeira pessoa que vê é
Narlia, que o esperava acordar, segurando um pedaço de pano
molhado em uma ferida na testa dele. Ao olhar atrás de Narlia, ele
vê James, acordado e sentado com as costas encostadas na parede.
– O que aconteceu, quem me nocauteou – pergunta Dario.
– Fomos capturados – responde Narlia, molhando o pano em
uma bacia de água e passando-o na testa de Dario.
– Por quem?
– Eu não sei. Eu não conheço nada sobre os piratas.
– E o que vai acontecer agora?
– Eles vão nos vender – responde James, olhando para baixo.
– Para quem?
– Para quem oferecer mais.
– E seremos vendidos vivos ou mortos?
– Eu não acho que eles iriam deixar-nos vivos para que
contássemos sobre o esconderijo deles.
A conversa dos dois é interrompida quando a porta do quarto
se abre. Um pirata, escoltado por outro, armado, entra no quarto.
Ele olha para os três prisioneiros e pergunta, brincando:
– Como vão as minhas mercadorias?
– Quem vai nos comprar? – pergunta James ao pirata.
– Os gornulianos nos ofereceram uma quantia maior que a
dos targonianos. Mas para a manter palavra “maior”, teríamos que
manter vocês vivos.
– Os gornulianos não sabem que os targonianos estão
oferecendo mais – responde Narlia –. Eu tenho certeza de que eles
pagariam mais se soubessem.
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– Não quero ficar discutindo, pois quanto mais nós o
fizermos, mais têmpo eles terão para preparar uma armadilha.
– Por que ainda nos mantém vivos – pergunta James.
– Porque há uma curiosidade de que eu preciso me livrar. O
que vocês têm de tão importante para que Morgo chegasse a ponto
de mantê-los prisioneiros?
Após pensar um pouco, Narlia responde:
– Nada.
O pirata rapidamente saca uma arma e atira em James. O
disparo não o mata, mas o fere gravemente e ele acaba
desmaiando.
– NÃO – grita Narlia.
O pirata aponta a arma para Dario e diz a Narlia:
– O seu amigo é o próximo se você não me disser o que têm
de tão importante em vocês.
Narlia pensa de novo e resolve responder desta vez:
– Bem...
– Não responda, Narlia – interrompe Dario.
– Não se meta, seu idiota – diz o pirata, zangado.
– Não ligue para este palhaço, Narlia, ele vai atirar em nós
dois de qualquer jeito.
Neste momento o pirata ia atirar em Dario quando Narlia
pula no caminho, recebendo o tiro e impedindo que Dario seja
atingido. Logo depois, ela cai no chão.
– NÃO – grita Dario.
– Mas que droga – diz o pirata, com raiva.
Dario chega perto de Narlia, que está deitada no chão, quase
morrendo. Ele olha para a ferida queimada de Narlia e depois olha
para ela e pergunta:
– Narlia, sua burra, por que você fez isso?
Narlia olha para Dario, mas não consegue dizer nada e acaba
desmaiando. Dario fica terrivelmente enfurecido, acaba se
descontrolando e avança para cima do pirata, mas o pirata desvia
para o lado e acerta um murro no rosto de Dario, que acaba caindo
do chão. Ele olha para o pirata e pergunta:
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– Porque não acaba logo comigo?
– Porque você ainda não respondeu a minha pergunta –
responde o pirata.
– Pode ir esquecendo a sua preciosa resposta.
– É melhor responder, pois não irei ser piedoso na próxima
vez.
De repente, uma explosão do lado de fora estremece a nave
toda.
– Mas que droga, o que é agora? – reclama o pirata.
Os dois piratas saem da prisão e trancam a porta.

Ao chegar à ponte de comando, o pirata pergunta ao


piloto:
– O que está acontecendo?
– Há uma nave nos atacando, senhor – responde o piloto da
nave.
– Então por que vocês não revidam?
– Por que a nossa nave não têm armas.
A nave continua tremendo com barulhos de explosões no
casco. No desespero, o pirata diz ao piloto:
– Então o que vocês estão esperando, vamos embora!
– Mas senhor, eles já acertaram os nossos propulsores!
– E o que poderemos fazer?
– Sem armas, nada.
– Quem foi o idiota que escolheu esta nave?
– Bem, eu acho que foi você, senhor.
Irritado com a resposta, o pirata acerta um tiro na cabeça do
piloto. Guardando a arma, diz:
– Não precisamos mais de um piloto se não têmos
propulsores.
Um dos piratas na ponte de comando pergunta:
– Como iremos nos defender, senhor?
– Eu não sei. Eu não entendi, por que eles ainda não usaram
o canhão de PEM para apagar a nossa energia.
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– É porque a nave agressora é apenas uma nave Derlob,
senhor – responde um dos piratas.
– Então nós ainda podemos nos defender com as nossas
armas!
– Sim, podemos.
– Então o que estamos esperando, vamos nos preparar para a
invasão.
Cada pirata pega a sua arma vai até a porta de entrada da
nave e se prepara para quando os piratas da nave agressora forem
invadir a nave de Skedar.

A nave de Gob Zedo se acopla com a dos homens de


Singor Skedar. Os piratas de Morgo se preparam para se proteger
dos piratas de Skedar quando eles arrombarem a porta.
– Tragam a máquina láser – ordena Gob Zedo.
– Sim, senhor – responde um dos piratas.
Os piratas trazem um enorme robô, com o tamanho de uma
pessoa, que têm varios braços com aparelhos láser. Após
encostado o aparelho na porta ele é ligado. Enquanto o robô corta
a porta com o láser, Gob Zedo diz aos outros piratas:
– Lembre-se pessoal, estamos abordando uma nave à moda
antiga, portanto, tomem mais cuidado, eles têm armas.
– Sim, senhor – respondem os piratas.
O robô corta um pedaço retangular da porta com dois metros
de altura e um metro de largura. Quando o pedaço cai o robô sai
do caminho e começa um terrível tiroteio a láser. Dois dos piratas
de Morgo são fatalmente atingidos e um deles é ferido. Mas eles
conseguem ganhar a batalha matando todos os piratas de Singor
Skedar.
– Cessar fogo – grita Gob Zedo ao perceber que eles
ganharam.
Gob Zedo verifica os pulsos dos três piratas atingidos e diz
aos dois piratas que sobreviveram:

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– Zigner e Orlen estão mortos, mas Erguilen ainda têm
chances de viver se fizermos alguma coisa logo. Lergonzer, eu
quero que você me ajude a levar Erguilen para a sala médica.
– Sim, senhor – responde Lergonzer.
– E, Evermog, fique de guarda aqui no corredor.
– Sim, senhor – responde Evermog.

Erguilen está deitado, inconsciente, em uma mesa de


operação da sala médica, com Lergonzer sentado ao lado e um
robô medico, usando seus braços mecânicos equipados com
aparelhos de cirurgia, concerta as feridas de Erguilen.
Gob Zedo entra na sala e pergunta:
– Como está indo, Lergonzer?
– Ótimo, acho que o robô não precisa mais de nossa ajuda –
responde Lergonzer.
– Então nós podemos inspecionar a nave de Skedar agora?
– Acho que sim.
– “Acha” ou “sim”?
Lergonzer observa a ferida de Erguilen e responde:
– “Sim”.
– Então vamos lá.
– Sim, senhor.
Os dois saem da sala médica e vão diretamente para o
corredor em que Evermog está. Ao chegar ao corredor, Gob Zedo
dá as ordens:
– Lergonzer, é sua vez de ficar de guarda. Evermog, você
vem comigo.
– Sim, senhor – respondem os dois.
Gob Zedo e Evermog entram na nave de Skedar para
inspecioná-la.

Após uma hora, Gob Zedo e Evermog terminam a


inspeção e os dois resolvem abrir a única porta que eles
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encontraram trancada. Suspeitam de que os três prisioneiros
estejam logo atrás daquela porta, mas mesmo assim os dois se
preparam para se defender do que possa sair de lá.
Quando abrem a porta, ficam espantados ao ver James e
Narlia caídos no chão com uma ferida causada por um láser, e
Dario tentando várias maneiras de salvar Narlia.
– O que aconteceu aqui? – pergunta Gob Zedo para Dario.
– Aqueles piratas atiraram nos dois – responde Dario,
desesperado.
– Droga!
Gob Zedo verifica os ferimentos e diz:
– Evermog...
– Sim, senhor!
– Têmos espaço para mais dois na sala médica?
– Têmos sim, senhor.
– Então vamos levá-los para lá.
– Sim, senhor.

Na sala médica, Lergonzer e Dario acompanham James e


Narlia enquanto eles estão sendo operados pelos robôs e Ergulien
descansa com a sua ferida já tratada. Gob Zedo entra na sala e
pergunta para Lergonzer:
– Os robôs estão trabalhando bem?
– Estão. James será o primeiro a se recuperar, mas Narlia
ainda levará algum têmpo.
– Eu quero que você venha comigo e Evermog vá para a
ponte de comando.
– Sim, senhor.
– Se quiser, pode ficar aqui, Dario.
– Eu fico – responde Dario.

Ao chegar a ponte de comando, Gob Zedo diz aos outros


dois piratas:
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– Eu quero que vocês me ajudem a levar a nave até
Hergnologun. Evermog, você irá pilotar.
– Sim, senhor – respondem Evermog e Lergonzer.
Evermog senta na poltrona do piloto e começa a mexer no
painel-de-controle. Passado alguns segundos ele percebe algo
errado e diz:
– Droga!
– O que foi? – pergunta Gob Zedo.
– O idiota do Fengor nos deu uma nave com um defeito.
– Qual é o defeito?
– O computador diz que há vários, mas o único que nos
atrapalha é um no propulsor.
– E podemos concertá-lo?
– Infelizmente, não.
– Droga! Eu vou matar aquele desgraçado.
– O que faremos agora, senhor?
– Iremos contactar Morgo. Ele irá pedir outra nave para
Fengor.

Morgo está na ponte de comando de sua nave, quando


recebe a mensagem de Gob Zedo através do painel:
– Kormon Dego, aqui é Gob Zedo falando da nave Derlob.
Responda, Kormon Dego.
– Gob Zedo, aqui é Morgo.
– Que alívio!
– O que aconteceu?
– A droga da nave do Fengor têm um defeito.
– Eu sabia, vou matar aquele desgraçado!
– Faca isso depois de nos resgatar.
– Agüente ai, que nós iremos tentar te resgatar de alguma
forma.
– Tudo bem. Eu estou encerrando a transmissão.
– Certo.

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A transmissão é encerrada e Gob Zedo, que não têm mais
nada que fazer, resolve tomar uma atitude:
– Pessoal, eu vou ver se é possível concertar o defeito
manualmente.
Gob Zedo se retira da ponte de comando e vai ao local da
nave onde se localiza o propulor.

Narlia acorda e a primeira coisa que vê é o rosto de


Dario. Quando tenta abrir a boca para falar alguma coisa, Dario
interrompe:
– Não tente se esforçar muito, poisos os robôs ainda não
terminaram de trabalhar.
Narlia não se preocupa com isso e pergunta:
– O que foi que aconteceu?
– Eu disse para não falar – reclama Dario –! Bom, nós fomos
resgatados por Gob Zedo, um dos piratas de Morgo, e agora
estamos a salvos.
De repente, olhando para trás de Dario, Narlia se espanta e
fala bem baixo tentando gritar:
– CUIDADO!
Quando Dario olha para trás ele é nocauteado por alguém
que estava atrás dele.

Na ponte de comando, Lergonzer e Evermog não fazem


nada além de ficarem sentados, olhando para o espaço e
conversando. No momento, eles estão em uma nebulosa azul
chamada “Nebulosa Bola de Neve Azul *”. O que eles mais vêem é
uma luminosidade azul entrando pela janela da nave.
– O espaço é tão chato – comenta Lergonzer.
– Concordo, é uma droga – responde Evermog.
– Quando é que o resgate vai chegar?
– Mais ou menos umas doze horas.
*
Nebulosa Bola de Neve Azul: Nebulosa azulada localizada na consletação de Andrômeda.
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– Que droga!
De repente as luzes da ponte de comando se apagam e
Evermog e Lergonzer se espantam e levantam.
– O que foi isso? – pergunta Lergonzer.
– Parece que a energia caiu – responde Evermog.
Os dois escutam o barulho da porta se abrindo. Sem enxergar
quem foi que abriu a porta, Lergonzer grita:
– Dario, é você?
Ao invés de responder, a pessoa que abriu a porta dispara
vários tiros de raio láser. Os tiros acertam, fatalmente, Evermog e
Lergonzer.
Ainda no escuro, sem sair do lugar, o atirador mexe em um
painel que estava na parede ao seu lado e a iluminação volta. Com
a luz de volta, o rosto do atirador aparece claramente, é James,
segurando, em suas mãos, uma mascara de visão noturna, que ele
acabara de tirar e que ele havia achado na nave de Skedar, pois os
piratas sempre carregam um desses com eles.
Ele entra na ponte de comando, tranca as portas, examina
Evermog e Lergonzer e conclui que os dois estão mortos.
Aproxima-se do painel-de-controle para examinar o estado
da nave, quando descobre que há um defeito, resolve usar o
comunicador, ele mexe no painel e começa a falar em targoniano:
– Base Neigarta, aqui é o agente AST-1164, responda. Eu
repito, aqui é o agente AST-1164, responda.
Após alguns segundos James recebe uma resposta:
– Agente AST-1164, aqui é a base Neigarta, o que você
deseja?
– Estou em uma nave danificada que está flutuando em um
sistêma desértico, preciso que venham me resgatar urgentêmente.
– Tudo bem.
– E sejam rapidos, tenho comigo uma coisa muito
importante.

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Capítulo 16

Nas mãos de Targon

Quando Dario acorda, Narlia Pergunta:


– Você esta bem?
– Já estou cansado de ficar acordando de um desmaio. O que
aconteceu desta vez? – pergunta Dario.
– James o nocauteou.
– E por que ele fez isso?
– Tenho pensado nisso até agora e cheguei a uma conclusão.
– E o que é?
– Acho que o nosso amigo é um espião targoniano.
Depois de um tempo chocado dom a notícia, Dario diz:
– Não acredito!
– É, infelizmente acho que é isso.

Enquanto Dario e Narlia estão presos sem saber o que


está acontecendo do lado de fora, uma nave targoniana chega ao
sistêma em que eles estão. Ela tenta se comunicar, na língua
targoniana, com a nave Derlob:
– Aqui é a nave targoniana Dezergnob S-28. Responda
agente AST-1164.
– Dezergnob S-28, aqui é AST-1164, vocês podem se
aproximar da porta de acoplagem da nave Derlob – responde
James.
– Tudo bem, nós iremos começar o processo de acoplagem
agora.
– Eu estarei esperando na porta.

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A nave Dezergnob se aproxima e se acopla à nave Derlob.


Dario e Narlia escutam o barulho e sentêm o tremor causado
pela acoplagem.
– O que foi isso? – pergunta Dario.
– Acho pouco provável que tenha sido a nave de Morgo –
responde Narlia.
– Targonianos?
– Pode ser.

James abre a porta da nave Derlob para permitir a


entrada dos soldados targonianos que esperavam do outro lado.
James ergue a mão esquerda com a palma para cima. Um dos
soldados encosta um pequeno aparelho na palma da mão e logo em
seguida aparece uma identificação na tela do aparelho que diz
“Agente AST-1164, Nome – Guilzer Nelorma Degodob”.
– O nome dele é Guilzer – Diz o soldado, em targoniano para
o capitão.
– Eu sou o capitão Nalmor, bom trabalho Guilzer, – diz o
capitão.
– Obrigado senhor – agradece ele.
– Onde está a carga valiosa?
– Siga-me, senhor.
Guilzer leva o capitão até a porta da sala onde Dario e Narlia
estão presos.
– Fiquem preparados – alerta Guilzer aos soldados.
Os soldados apontam as suas armas para a porta e quando
Guilzer a abre, eles vêem Dario e Narlia encostados na parede ao
fundo da sala, então Nalmor diz a um de seus soldados:
– Guelbond, use o analisador.
– Sim, senhor – responde Guelbond.
Guelbond retira um aparelho de seu bolso e se aproxima de
Dario e Narlia. Dario tenta reagir, mas Narlia segura seu braço
com força para impedi-lo. Ao chegar perto dos dois, ele encosta o
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aparelho na altura da barriga de Dario e o aparelho acende uma luz
azul, Guelbond olha, sorrindo, para os outros soldados e responde:
– Está aqui.
Todos os targonianos comemoram gritando e rindo de
alegria. Guilzer é o único a ficar quieto, ele olha para Dario e
Narlia e dá um sorriso para eles enquanto os dois o olham com
muita raiva. Quando todos os targonianos silenciam, Guelbond
diz:
– Pessoal, vamos voltar ao trabalho, eu quero todos vocês na
ponte de comando.
– Em qual delas – pergunta Guilzer.
– Na da nave Derlob.
Todos os targonianos saem da sala e vão para a ponte de
comando da nave Derlob. O último a sair da sala é Guilzer e, antes
de fechar a porta, ele olha para os dois prisioneiros e sorri mais
uma vez e depois fecha a porta. Com os dois sozinhos na sala
Dario comenta:
– Como fomos confiar nele?
– Eu é que estou mais chocada, fui treinada para perceber
isso, mas com tanta confusão nem achei que isso iria acontecer –
responde Narlia.
– É o fim da Galáxia, não é?
Narlia pensa um pouco e diz:
– Pode ser que haja há uma chance.

Na ponte de comando da nave Derlob, os targonianos


discutêm sobre a volta a Targon enquanto Guelbond mexe no
painel-de-controle.
– Não podemos simplesmente sair deste lugar sem proteção
nenhuma – argumenta Guilzer.
– E por que não? – Pergunta Nalmor.
– Estamos esperando uma nave pirata que está vindo resgatar
a nave Derlob.
– Então seria bom se nós saíssemos logo, não acha?.
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– Mas eu nem sei por que portal eles virão, se eles chegarem
antes de sairmos irão, facilmente, destruir a nossa nave. Não seria
assim se vocês estivessem escolhido uma nave mais preparada
para isso.
– Teríamos escolhido se você tivesse sido mais competente
em nos informar qual era a gravidade da situação – responde
Nalmor, irritado.
– Não precisava, qualquer idiota sabe que é preciso levar
armas se tiver que entrar em um sistêma proibido.
– O que foi que você disse – pergunta Nalmor, irritado.
– E além de idiota é surdo.
Nalmor rapidamente saca uma arma, a aponta para a cabeça
de Guilzer e diz:
– Ninguém me chama de idiota!
Com um rápido golpe, Guilzer retira a arma da mão de
Nalmor, aponta para a cabeça dele e dispara um tiro, matando
Nalmor. Guilzer guarda a arma e diz:
– Ninguém aponta uma arma em minha cabeça e vive.
Em seguida ele olha para os outros targonianos, que
olhavam, espantados, para ele, e diz:
– Se perguntarem diremos que um dos piratas estava vivo e
desmaiado e quando ele acordou nos atacou e acabou conseguindo
matar Nalmor antes de nós impedirmos. Eu espero que vocês
entendam que esta será a verdade.
Os soldados fazem um sinal positivo com a cabeça e
continuam olhando para ele. Reparando que eles não estavam
fazendo nada, Guilzer reclama:
– O que vocês, retardados, estão olhando? Têmos que
arranjar um jeito de sair daqui logo!
– Eu acho que arranjei um jeito, senhor – diz Guelbond.
– E o que é?
– As armas da nave Derlob estão funcionando perfeitamente,
senhor apesar dela não se mover. Vocês podem simplesmente usar
a Dezergnob para levar o fragmento para Targon enquanto alguém
fica aqui na nave Derlob atento para proteger a nave Dezergnob.
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– Muito bem pensado Guelbond. Eu só tenho uma pergunta
como vocês irão sair daqui?
– É simples, na nave Dezergnob têmos o equipamento para
concertar a nave Derlob.
– Então assim será, eu quero todos trabalhando. Guelbond,
eu quero que você fique aqui e escolha mais dois soldados para
ficarem com você.
– Sim, senhor.

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Capítulo 17

A esperança

Na base pirata Sorg Don, Maestro chega à ponte de


comando da nave Kormon Dego e encontra Morgo sentado em sua
poltrona mexendo no painel-de-controle. Quando Maestro ia dizer
algo, Morgo interrompe:
– O que você quer Maestro?
– É que houve um problema, senhor – responde Maestro.
– Não me diga que teremos que atrasar o resgate.
– Infelizmente sim. É porque...
– Não me diga porque, eu quero saber quanto têmpo vai nos
levar.
– Talvez um pouco antes, mas com certeza ela estará pronta
amanhã de manhã, quando o sol nascer.
– “Amanhã de manhã, quando o sol nascer”, isso são quase
dezoito horas!
– É o têmpo mais curto em que podemos fazer isso, senhor.
– Então continuem.
– Sim, senhor.
– Saia daqui.
– Sim, senhor.
Maestro se retira da ponte de comando e Morgo volta a
mexer nos controles.

Depois de atravessar alguns portais galácticos, a nave


targoniana, Dezergnob S-28, que leva os prisioneiros Dario e
Narlia, finalmente chega do sistêma proibido ao planeta Targon.
O planeta Targon é tão bonito quanto a Terra, mas é muito
conhecido por ser extremamente quente. Localizado na órbita da
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estrela Sirius, Targon têm as cores verde da vejetação, o amarelo
dos desertos, e o azul, dos oceanos, mas por ser tão quente ele não
têm a cor branca, da neve.

A nave Targoniana ainda não está na superfície de Targon.


Guilzer, que está comandando a nave, dá as suas ordens para
Yolonzur, um guln que é o co-piloto da nave:
– Yolonzur, eu quero que você informe a base Neigarta que
estamos chegando.
– Sim, senhor – responde Yolonzur.
Yolonzur manda um sinal para a base Neigarta e quando ele
termina, o sinal é respondido, aparecendo uma imagem de outro
guln em uma tela a sua frente:
– O que foi? – pergunta o guln.
– Aqui é a nave targoniana Dezergnob S-28, pedimos
permissão para pousar.
– Esperem um instante.
O guln mexe no painel-de-controle a sua frente para verificar
se a nave Desergnob pode pousar e em seguida, responde:
– Vocês podem pousar na plataforma 7.
– Muito obrigado – responde Yolonzur.
A transmissão é encerrada e Guilzer dá a ordem:
– Vamos nessa.
– Sim, senhor – responde o piloto.
O piloto da nave leva-a diretamente para a base Neigarta.

Devolta a ponte de comando da nave Derlob, que ainda


está no sistema proibido, Guelbond mexe no painel-de-controle
enquanto os outros dois soldados gulns, Nevogond e Yiler esperam
as suas ordens. Finalmente Guelbond termina de mexer nos
controles e diz:
– Pronto, eu fiz a conexão, agora podemos nos comunicar.

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– Podemos concertar a nave pirata agora – pergunta
Nevogond.
– Sim, podem ir.
Os dois soldados saem da ponte de comando da nave Derlob
para concertarem o defeito.

A nave Desergnob finalmente chega e pousa na plataforma


7 da base Neigarta. No local onde se localiza a base Neigarta é
noite no momento. A plataforma têm formato de disco e várias
lâmpadas, localizadas nas bordas da plataforma, estão emitindo
uma forte luz azul. Na plataforma há vários soldados esperando a
chegada da nave com os prisioneiros e entre eles, há um
importante general humano targoniano.
A porta da nave se abre e os soldados se preparam para o que
pode sair de lá. O primeiro a sair da nave é Guilzer, ele olha para
os soldados, sorri e diz, em targoniano:
– Vitória!
Os soldados começam a comemorar com risos e gritos. O
general chega perto de Guilzer e diz:
– Eu sou o general Engnor, onde estão os prisioneiros?
– Lá dentro, pode mandar os seus soldados irem buscá-los.
Engnor faz um gesto com suas mão para que seus soldados
entrem na nave e quatro deles entram para buscar os prisioneiros.
– Eu ainda não sei quem é você – pergunta Engnor.
– Eu sou o agente-espião AST-1164 – responde Guilzer.
– Você têm certeza de que conseguiram o último fragmento
da chave.
– Absoluta. A menos que vocês tenham nos entregado o
analisador errado – brinca ele.
– Devo informar-lhe que o próprio senhor Guler Do Rárzem
virá para cá.
– Nossa, isso é impressionante!
Os soldados saem da nave com os dois prisioneiros, Engnor
fica contente em ve-los e pergunta para um dos soldados:
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caso de outros usos ou alteração o autor deverá ser consultado antes através do email especificado no canto
superior esquerdo de cada página. É ilegal a utilização desta obra sem antes consultar o seu autor.
Além das Estrelas
Eric Romano Maia
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– Vocês verificaram mesmo?
– Sim, senhor, é o fragmento – responde um dos soldados.
Engnor sorri de alegria e diz para Guilzer:
– Bom trabalho, Guilzer.
– Obrigado, senhor – agradece ele.
Em seguida ele diz para os soldados:
– Levem-nos para a cela.
– Sim, senhor – responde um dos soldados.
Guilzer faz uma observação e resolve perguntar a Engnor:
– Não deveriam ser levados direto para a sala de operação?
– O senhor Guler Do Rárzem quer assistir a operação
pessoalmente assim que ele chegar – responde Engnor.
– Entendi.

Dentro da nave Derlob, Guelbond começa a ficar


impaciente pelo fato de que os soldados que ele enviou, para
concertar a nave, não entraram em contato até o momento. Depois
de um têmpo já irritado ele resolve se comunicar com eles:
– Pessoal, a idéia é vocês me comunicarem quando vocês
chegarem!
Os soldados não respondem a ele, então Guelbond tenta mais
uma vez:
– Pessoal!!!
– Eles estão mortos – responde Gob Zedo, logo antes de
encostar uma arma nuca de Guelbond.
– Quem é você – pergunta Gelbond, assustado.
– Fique quieto!
Com a arma ainda apontada na nuca de Guelbond, Gob Zedo
mexe, com a outra mão, no painel-de-controle a frente de
Guelbond para descobrir o que ele pode, a respeito de Dario e
Narlia, e depois de um tempo ele descobre que não há dados sobre
os prisioneiros no computador da nave. Então ele pergunta, com
raiva, para Guelbond:
– Para onde eles foram levados!?
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– Para Targon – responde Guelbond, suando de nervoso.
– Qual a droga da base!?
– Base Neigarta!
– Então me leve até lá!
– Mas a nave têm um defeito!
– Eu já concertei, agora faça o que eu mandei!
– Sim, senhor!
Com as mãos trêmulas, Guelbond tenta controlar a nave e
levá-la para Targon.

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Capítulo 18

A base Neigarta

No planeta Targon, Guilzer, Engnor, o general e centenas


de soldados estão esperando, na plataforma 20, a chegada do
Imperador de Targon, Guler Do Rárzem.
A nave imperial é finalmente avistada como um ponto
luminoso vindo do horizonte. Todos que o esperavam, observam
sua chegada. A nave tem uma cor marrom e alguns detalhes
dourados.
Em poucos minutos a nave imperial pousa na plataforma 20,
a rampa principal desce e a porta, que está ao final da rampa, se
abre. De dentro da nave saem seis soldados, marchando, formando
duas filas paralelas. Os soldados param de marchar assim que
todos saem de cima da rampa. Logo após Guler Do Rárzem
aparece, usando uma roupa de militar targoniano, saindo da nave,
sendo escoltado por mais dois soldados, um a sua frente e um
atrás.
Guler Do Rárzem é um homem sério, a sua cabeça raspada e
a expressão de seriedade em seu rosto fazem com que as pessoas
pensem dele exatamente o que ele é: um homem de coração
extremamente frio. Assim como Morgo, Guler Do Rárzem
também carrega em suas costas uma jing dourada, mas a razão
disso é que ele é o imperador de Targon.
Junto com os dois soldados, Guler Do Rárzem desce da nave
e segue em direção ao general Engnor. Contente, ele diz a Do
Rárzem:
– Vossa Majestade, eu quero que saiba que é uma honra tê-lo
aqui na base...
– Onde está? – pergunta Do Rárzem, com uma voz grossa.
– Venha comigo.
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O general Engnor leva Guler Do Rarzer, e os oito soldados
que o escoltavam, para onde estão os prisioneiros.

A nave Derlob finalmente chega a órbita do planeta


Targon. Gob Zedo continua apontando a arma na nuca de
Guelbond. Ainda nervoso, Guelbond avisa a Gob Zedo:
– Você nunca escapará dessa situação vivo, mesmo que
consiga entrar em Targon, nunca irá conseguir sair de lá vivo!
– Eu te perguntei alguma coisa? Quero que você mande uma
mensagem para a base Neigarta agora e tome cuidado, eu fui um
soldado targoniano, portanto, eu conheço todos os seus truques e
códigos. Compreendido?
– Sim – responde Guelbond.
Guelbond entra em contato com a base Neigarta. Antes disso
ser feito, Gob Zedo se esconde de forma que a câmera do painel-
de-controle não o enchergue. Uma vez que a conexão é feita, uma
imagem de um guln aparece em uma tela no painel-de-controle.
– Aqui é a base Neigarta, identifique-se e explique o motivo
de seu contato – diz o guln.
– Aqui é AP-0047 e peço permissão para pousar – responde
Guelbond.
– Vocês têm permissão para pousar na plataforma 12.
– Obrigado.
A transmissão é encerrada e Gob Zedo, que estava escondido
da câmera, diz para Guelbond:
– O que espera?
– Eu ia fazê-lo – responde Guelbond.
Controlando a nave, Guelbond leva-a para a base Neigarta e,
enquanto isso, resolve fazer um comentário para Gob Zedo:
– Você vai se arrepender disso, pois não será penalizado por
ser um intruso, mas sim por ser um traidor!
– Cale a boca – responde Gob Zedo, nervoso.

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– Mesmo que você tenha tirado o seu chip de identificação,
há outras formas de identificá-lo e é aí que saberão que você já foi
um soldado targoniano.
Gob Zedo afasta-se um pouco e puxa o gatilho acertando um
tiro fatal em Guelbond, que cai morto no cão. Gob Zedo,
guardando a arma, diz:
– Você não era mais útil mesmo.
Gob Zedo se senta na poltrona, a pouco ocupada por
Guelbon, e toma controle da nave, levando-a para a base Neigarta.

Guler Do Rárzem e os outros que o acompanhavam


finalmente chegam até a cela onde estão Dario e Narlia. Dois
soldados estão vigiando a porta da cela enquanto ela está trancada.
– Abram a porta – diz o general Engnor, aos soldados que a
vigiavam.
Um dos soldados encosta a palma de sua mão em um painel
lateral e diz:
– Abra a porta.
A porta se abre e Dario e Narlia estão sentados encostados na
parede. Guler Do Rárzem olha para os dois e diz para o general
Engnor:
– Analise-o.
Engnor resolve lembrar a Do Rárzem que a análise já foi
feita várias vezes:
– Senhor, nós já...
– Eu disse para fazer a análise – repete Do Rárzem, com
seriedade.
– Sim, senhor – responde Engnor.
Engnor repete o processo de análise para saber se Dario
realmente têm o fragmento. Uma vez que o aparelho analizador
sinaliza que o fragmento realmente está lá, Engnor mostra o sinal
para Do Rárzem. Do Rárzem não sorri, ele apenas diz:
– Preparem-no para a cirurgia.
– Sim, senhor – responde Engnor.
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Escoltado pelos seus soldados e seguido por outros, Guler
Do Rárzem parte sem dizer nada e Engnor diz aos soldados que
vigiavm a porta:
– Levem os dois para a sala de cirurgia.
– Sim, senhor – respondem os guardas, que, em seguida,
entram na cela para levar Dario e Narlia para a sala de cirurgia.

Guilzer anda perdido pelos corredores da base Neigarta


a procura da sala de cirurgia em que Dario será operado. Ele a
procura desesperadamente porque foi chamado pelo próprio Guler
Do Rárzem para que o encontrasse na sala. Quando finalmente a
encontra, fica aliviado e entra.
Em uma parte da sala é efetuada a cirurgia e na outra, o
auditório onde ficam as pessoas que querem apenas assistir. As
duas partes são divididas por uma parede com uma janela para que
os do outro lado possam assistir a cirurgia. Guilzer ficou de
encontrar Guler Do Rárzem no auditório e quando ele entra, Guler
Do Rárzem, Engnor e vários targonianos importantes, que estavam
presentes no auditório, notam a sua entrada. Guilzer
imediatamente se ajoelha.
– Há, você deve ser o grande Guilzer Nelorma Degobod –
diz Guler Do Rárzem.
– Sim, senhor – responde Guilzer.
– A razão pela qual eu chamei você foi para lhe agradecer
pelo magnífico trabalho.
– Obrigado, senhor.
– Você irá ser condecorado, mas antes, terá que completar
uma missão que somente você poderá fazer.
– Que tipo de missão é essa?
– Bem, que eu entenda, você relatou que esteve em um
planeta com uma desconhecida tecnologia que permitia camuflar
um planeta inteiro, não é isso mesmo?
Guilzer dá um leve sorriso com o lado direito de sua boca e
responde:
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– Sim, senhor os piratas a chamam de Hergnologun.

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Capítulo 19

A chegada de Gob Zedo

A nave de Gob Zedo finalmente chega plataforma 12 da


base Neigarta e apenas um soldado espera a chegada da nave
Derlob.
Alguns minutos após o pouso, a rampa da nave se abre e Gob
Zedo desce por ela, chegando perto do soldado que o aguardava e
diz, fingindo estar com preça:
– Eu preciso ir para o setor médico, onde fica?
– Antes terei que analisar o seu chipe de identificação –
responde o soldado.
Gob Zedo fica espantado com o que o soldado pede e
pergunta:
– Desde quando se precisa mostrar o chipe de identificação
nestas situações?
– Desde quando Guler Do Rárzem chegou aqui – responde o
soldado.
– Ele está aqui?
– Sim, me mostre seu chipe.
– Me desculpe, eu tinha esquecido.
Gob Zedo mostra a sua mão direita, que estava escondida
atrás dele, e ela está toda enfaixada com um esparadrapo sujo de
sangue.
O soldado usa o seu analisador para verificar o chipe de Gob
Zedo e aparece na tela do analisador a identificação AP-0047 e o
nome Guelbond Urgambo Zobner. Sem saber de nada, o soldado
diz:
– Pode ir, Guelbond. Mas eu só queria saber uma coisa.
– E o que é? – pergunta Gob Zedo.

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– Eu percebi que você ficou espantado quando eu pedi para
você me mostrar o seu chipe de identificação, por que o espanto?
Gob Zedo fica quieto por um tempo, porque ele não sabe o
que responder, mas logo lhe vem uma resposta cômica na cabeça.
– É que eu quase não pude trazer o meu.
Os dois começam a gargalhar com umas risadas bem altas,
depois, ainda rindo, o soldado aponta para uma direção e diz:
– O setor médico fica naquela direção.
– Obrigado – responde Gob Zedo.
Ele corre para poder chegar até Dario antes de começarem a
cirurgia.

Na sala de cirurgia, cinco médicos estão presentes para


operar Dario, que está conciente mas com o corpo anestesiado e,
em um dos cantos da sala de cirurgia está Narlia acordada com os
braços e as pernas algemados à cadeira em que ela está sentada. A
única coisa que impede os cirurgiões de começarem a cirurgia, é a
permissão de Guler Do Rárzem.
Observando a espera dos cirurgiões, ele diz:
– Podem começar.
O cirurgião chefe liga o bisturi-láser para fazer a incisão a
barriga de Dario, mas quando estava a ponto de começar o corte, a
porta da sala de cirurgia se abre, Gob Zedo entra na sala e, sem
pensar, retira a sua jing das costas, ejetando as duas lâminas, e
golpeia, fatalmente, todos os médicos, um por um, com uma
velocidade imprecionante. Depois ele retira a sua pistola e tenta
atirar em Guler Do Rárzem, mas o vidro, que é a prova de disparos
de qualquer tipo de arma, impede que qualquer um do outro lado
seja ferido pelos tiros de Go Zedo. Espantado com aquilo, Guler
Do Rárzem grita:
– Detenham aquele homem!
Gob Zedo fecha a porta da sala de cirurgia e atira no painel-
de-controle da porta para evitar que qualquer um do lado de fora

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da sala possa entrar. Contente com a aparição surpresa de Gob
Zedo, Narlia diz:
– Gob Zedo, você é um milagre!
Gob Zedo recolhe as duas lâminas da jing, apertando o botão
do meio mais uma vez, e a guarda colocando-a nas costas.
Enquanto tenta libertar Dario, ele responde:
– Não têmos têmpo para conversar, deve haver centenas de
soldados tentando entrar aqui agora.
Uma vez que Gob Zedo consegue libertar Dario, ele tenta
soltar Narlia. Tentando se levantar, com dificuldade por causa da
anestesia, Dario pergunta:
– Por onde você pretende fugir?
– Dario, isso não é hora de fazer perguntas – responde Gob
Zedo, nervoso enquanto solta Narlia.
Guler Do Rárzem e os outros targonianos observam Gob
Zedo soltando Dario e Narlia. Desesperado, Guler Do Rárzem
grita:
– O que os incopetentes dos nossos soldados estão fazendo!?
– É que aquele homem danificou a porta – responde Engnor.
– Então façam algo a respeito!
– Eles estão tentando, senhor.
Uma vez que Gob Zedo solta Narlia, ele olha para todos os
cantos da sala de cirurgia até que ele vê um buraco quadrado na
parede, ele corre até o buraco e o examina, o buraco é a entrada de
um túnel largo o suficiente para passar uma pessoa e segue
inclinadamente para baixo.
Um barulho alto e repentino assusta os três, eram os soldados
do lado de fora, cortando a porta com um láser para abrir um
buraco e invadir a sala de cirurgia. Desesperado, Gob Zedo aponta
para o buraco na parede e diz para Dario e Narlia
– Pulem!
– Mas o que têm lá em baixo? – pergunta Dario.
– PULEM!!!
Sem pensar, Dario se aproxima do buraco, com bastante
moleza por causa da anestesia e pula escorregando túnel abaixo e
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logo em seguida Narlia faz o mesmo. Gob Zedo olha para a porta e
depois para a Guler Do Rárzem e em seguida, pula no túnel,
seguindo Dario e Narlia.
Os soldados terminam de cortar a porta e entram na sala, mas
os três já haviam saido de lá.

Enfurecido com o que acabou de acontecer, Guler Do


Rárzem pergunta para Engnor, com muita raiva, mas tentando se
acalmar:
– Como aquele homem passou pela segurança?
– Eu acho que...
– Agora não é hora de ficar “achando”, eu quero aquela
pedra! – diz ele, com muita seriedade.
– Sim, senhor, eu irei avisar aos soldados – responde Egnor
um pouco assustado.
– Então vá!
Engnor sai rapidamente para informar aos soldados onde os
fugitivos estão.

Gob Zedo, Dario e Narlia estão em cima de um monte


de roupas usadas em uma sala escura. O túnel que eles usaram os
jogou lá.
– Poderíamos ter nos machucado feio se não fosse esse
monte de roupas velhas – comenta Narlia.
– Afinal, aonde nós estamos? – pergunta Dario.
– É incinerador, usado para queimar roupas de hospital –
responde Gob Zedo.
– Então isso quer dizer que eles podem nos queimar a
qualquer momento, não é!?
– Acho que não, está muito fácil para eles nos capturarem
vivos, como sempre fazem.
– Como é que tem tantas roupoas médicas aqui, isso não é
uma base – pergunta Narlia.
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– Isso é só um disfarce, o incinerador foi criado para queimar
qualquer tipo de evidencias. Mas isso não é importante agora.
– Pessoal, podemos sair por ali – diz Narlia, apontando para
a única porta da sala.

Engnor volta ao lugar onde Guler Do Rárzem esperava,


e diz:
– Senhor, não precisa se preocupa, pois os soldados já estão
chegando ao incinerador.
– E se eles saírem do incinerador? – pergunta Guler Do
Rárzem com muita seriedade.
– Não se preocupe, senhor, não existe painel-de-controle de
porta no lado de dentro do incinerador.
– Quem deve se preocupar aqui é você, se permitir que dois
homens e uma mulher e os três com apenas uma arma, consigam
fugir da mais segura base de Targon.
– Sim, senhor – responde Engnor, muito assustado.

Os soldados targonianos finalmente chegam a porta do


incinerador. Um soldado fica encarregado de abrir a porta
enquanto os outros se preparam, apontando as suas armas, para o
que pode sair de lá. Uma vez que o soldado abre a porta, eles
ficam surpresos de notar que não há ninguém os esperando no
incinerador. O encarregado da missão diz para os soldados:
– O que esperam? Eles podem estar escondidos entre as
pilhas de roupas!
Os soldados entram no incinerador para procurar os três
fugitivos, mas depois de muito procurarem não encontram nada
além de roupas velhas. O chefe da missão resolve entrar em
contato com Engnor, através de seu comunicador-de-pulso, para
explicar-lhe que não foi encontrado nenhum dos três procurados:
– Senhor, não conseguimos encontrar os fugitivos.

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– Como ousa me passar tal informação tão cedo – pergunta
Engnor, furioso.
– Senhor, já vasculhamos tudo.
– Eu quero que vocês examinem todas as possíveis formas de
saídas.
– Há vários túneis que chegam a essa sala pelo teto, senhor, e
o único que vem de uma parede, têm grades e é muito alto para
que uma pessoa possa alcançar.
– São três fugitivos, seu imbecil, não um, três! – responde
Engnor, irritado.
– Sim, senhor, meus homens já estão entrando lá.
O chefe da missão termina a transmissão, ele aponta para o
túnel e pergunta para um dos soldados:
– Para que serve aquele túnel.
O soldado olha para o túnel e responde:
– É a chaminé, senhor, todo o fogo e fumaça que saem daqui,
são mandados...
O chefe da missão interrompe a explicação do soldado para
manda os soldados entrarem naquele túnel. Os soldados,
examinam a grade e percebem que ela está frouxa.
– Senhor – diz, para o chefe da missão, o soldado que
examinou a grade.
– O que foi, soldado? – pergunta o chefe da missão.
– A grade está solta, parece que alguém a soltou com força e
a colocou de qualquer jeito.
– Eu não quero conclusões, eu quero os três fugitivos.
– Sim, senhor.
Os soldados retiram a grade e começam a entrar no túnel.
Enquanto o chefe observa os soldados entrando no túnel, Engnor o
chama pelo comunicador:
– Então, qual é o seu resultado?
O chefe responde para Engnor:
– Os meus soldados estão entrando na chaminé, senhor.
– Por que?

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– Descobrimos que a grade estava frouxa, então só podem ter
sido eles.
Engnor olha para Guler Do Rárzem, que estava logo ao seu
lado ouvindo a conversa. Guler Do Rárzem pensa um pouco e diz:
– Faça.
Com uma expressão de preocupacão em seu rosto, Engnor
diz para o chefe:
– Faça o seguinte, eu quero que você retire o máximo
possível de pessoas daí em menos de trinta segundos.
– Mas, senhor – reclama o chefe, quando Engnor o
enterrompe.
– Vinte e sete segundos.
– Sim, senhor – responde o chefe da missão ao perceber que
não havia mais o que fazer. Então ele, imediatamente, começa a
gritar com todos os soldados que estão presentes, avisando-os a
sair do incinerador imediatamente, mas um dos soldados pergunta
a ele:
– Mas senhor, e os soldados no túnel, não conseguiremos
avisá-los.
– Pode se juntar a eles se quiser – responde o chefe da
missão.
O soldado resolve não comentar mais nada e decide sair do
incinerador.
Passado trinta segundos, Guler Do Rárzem olha para Engnor
e diz:
– Contacte o centro de comando da base, eu quero me livrar
de algumas roupas.
– Sim, senhor – responde Engnor.
Engnor entra em contato com o centro de comando da base e
manda lacrar todos os túneis que acessem o incinerador, exceto a
chaminé.
Uma vez que a porta do incinerador e todos os túneis de
acesso ao incinerado são trancados, Engnor é avisado e transmite a
informação para Guler Do Rárzem:

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– Senhor, todas as saídas do incinerador, exceto a chaminé,
foram trancadas. Agora teremos de esperar um tempo para que a
máquina se aqueca, pois ela está desativada a muito tempo.
– Então, que esperemos – responde Guler Do Rárzem.

Enquanto isso, os três fugitivos estão chegando ao final


da chaminé. O final da chaminé é localizado em uma das paredes
externas da base e é visto como um buraco na parede da base.
Depois da base, há nada mais do que uma região seca e desértica.
Somente no horizonte, se enxerga as luzes de uma pequena cidade.
Ao chegar ao final da chaminé, Gob Zedo olha para baixo,
para ter uma iéia de quão alto eles estão do chão e infelizmente
eles estão muito altos para que possam sobreviver a uma queda
daquela altura, mas ele percebe que a parede externa da base não é
reta e sim cheia de detalhes e ranhuras, portanto, pode ser
escalada. Ele olha para Narlia e Dario e diz:
– O jeito é escalar a parede, pessoal.
– Não há outra escolha – pergunta Narlia.
– Não.
– Mas nem têmos corda – comenta Dario.
– E talvez não tenhamos as nossas vidas se não escalarmos a
parede.
– Então vamos logo.
Gob Zedo segue na frente saindo do túnel, começando a se
mover, pendurado na parede, para a esquerda da boca do túnel. De
repente, eles escutam uma pessoa gritando, em targoniano:
– PAREM AÍ!!!
Dario e Narlia olham para trás para saber quem foi que
gritou, eram os três soldados targonianos que foram procurar-los.
Narlia e Dario levantam os braços bem devagar. Com as suas
armas apontadas para Dario e Narlia, os soldados notam que eles
só acharam dois fugitivos, pois não enchergam Gob Zedo da

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posição em que eles estão. Então, um dos soldados pergunta, em
targoniani, para Dario e Narlia.
– Aonde está o outro?
Narlia entende o que o soldado pergunta, mas ela fica quieta,
pois ela está assustada e não sabe o que deve responder.

Enquanto isso, Engnor recebe a informação do centro


de comando de que o incinerador já pode ser usado. Lembrando
que Guler Do Rárzem quer a máquina já funcionando, ele
responde para o centro de comando:
– Acione-a.

De repente, no incinerador, começa a sair um fogo rápido


e forte de todos os cantos do chão gradeado, queimando todas as
roupas velhas e saindo pela chaminé.

Enquanto isso, no final do túnel, o fogo ainda não


chegou e os soldados, sem saber do funcionamento do incinerador,
continuam perguntando aos dois fugitivos:
– ONDE ESTÁ O OUTRO!!!
Gob Zedo que estava pendurado na parede, já pensava em
puxar a sua arma para atirar nos soldados quando, de repente,
todos houvem um ruído vindo do fundo do túnel.
– O que é isso – pergunta um dos soldados, em targoniano.
Todos, exceto Gob Zedo, olham para o fundo do túnel para
saber o que era aquele ruído. De repente surge, do fundo do túnel
uma leve iluminação laranja que vai aumentando cada vez mais.
Narlia não pensa duas vêzes e grita:
– DARIO, SAIA DO TÚNEL!!!
Tentando escalar a parede da base, fugindo do túnel, Narlia
sai pelo lado em que Gob Zedo está e Dario sai pelo outro.

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Os soldados só não correram porque não acreditaram que
eles seriam mórtos pelo seu próprio povo. Quando eles finalmente
percebem que é fogo que vem do fundo do túnel, eles começam a
correr rapidamente. O soldado que estava mais próximo da saída
do túnel, enxerga a perna de Dario, que estava escalando a parede
da base, e resolve se segurar nela, mas essa atitude não pode salva-
lo, pois mesmo que saindo do caminho, quando o fogo chega,
consegue atingir metade do corpo dele enquanto atinge os outros
dois soldados. Um súbito estrondo é escutado com a chegada do
fogo e um dos soldados que foi atingido, se joga para longe da
boca do túnel caindo diretamente ao chão, gritando enquanto ele
pega fogo.
O calor do fogo que sai do túnel é quase insuportável pára
Dario, Narlia e Gob Zedo.
Depois de dez segundos, o fogo para de sair da chaminé. A
primeira coisa que todos houvem são os gritos de dor do soldado
que esta pendurado na perna de Dario, enquanto ele pegava fogo.
Vendo que Dario estava com dificuldade de se segurar por causa
do soldado targoniano, Gob Zedo rapidamente saca a sua arma e
acerta um tiro fatal no soldado, fazendo com que ele caia, morto e
ainda queimando.
Depois que o soldado caiu, com muita calma, Gob Zedo diz
para Dario e Narlia:
– Vamos indo, não têmos têmpo a perder.
Dario e Narlia olham um para o outro, espantados com a
calma de Gob Zedo, enquanto ele começa a escalar a parede. Logo
depois, resolvem seguir-lo.

Engnor é informado pelo centro de controle que o


incinerador já terminou de queimar. Ele olha para Guler Do
Rárzem, que estava logo ao seu lado esperando para saber o que
aconteceu com os fugitivos, e informa:
– O incinerador parou de queimar, senhor.

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– Mas foram menos do que vinte segundos – reclama Guler
Do Rárzem.
– É que o incinerador mal foi acionado, era a única forma de
conseguir acioná-lo mais rápido...
– O que você esta esperando, vá buscar os corpos! Me avise
quando terminar, estarei em minha nave.
– Sim, senhor – responde Engnor.
Engnor usa o seu comunicador para ordenar os soldados a
irem procurar os corpos.

Uma vez que Gob Zedo, Narlia e Dario alcançam o final


de sua escalada, eles percebem que eles chegaram a uma
plataforma de pouso, nessa plataforma há uma nave de carga
targoniana e não há ningem por perto para notar a presença deles.
Narlia olha para a nave e pergunta para Gob Zedo:
– Podemos usar essa nave para sair daqui?
Gob Zedo olha para a nave, pensa um pouco e responde:
– Não acho que seria uma boa idéia.
– Por que não?
– É muito arriscado.
– E por que é arriscado?
– Por que todas as naves targonianas só funcionam com
pilotos que tiverem um chipe de identificação targoniano, sem
mencionar que essa nave é uma de carga, deve ser muito lenta e
muito mais lenta se ela estiver carregada. E não se esqueça de que
pode haver alguém lá dentro.
– Mas por que não tentamos?
Gob Zedo fica um pouco impaciente e responde:
– Vou tentar ser mais simples. É impossível sairmos vivos
dessa!
– E você têm uma idéia melhor?
Gob Zedo olha em volta, para outras partes da base, para ver
se há algum outro jeito deles saírem da base vivos e acaba notando

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que, não muito longe de onde eles estão, há uma estrutura que se
parece com um hangar. Vendo aquilo, ele responde para os dois:
– Tenho, sigam-me.
Gob Zedo dirige-se ao hangar e Dario e Narlia o seguem.

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Capítulo 20

Fuga da base Neigarta

Uma vez chegando à parte de dentro do hangar, os três se


escondem atrás de uma pilha de pedaços de naves, que estava
encostada na parede. Eles encontram muitas naves depositadas que
não são targonianas, aparentando terem sido adquiridas
ilegalmente de diversos planetas.
Gob Zedo olha bem para várias das naves que estão lá e diz:
– Era o que eu pensava.
– E o que é? – pergunta Dario.
– Esse lugar é um imenso depósito de naves roubadas pelos
targonianos ou vendidas a eles pelos piratas.
– E o que você pretende fazer? – pergunta Narlia.
Gob Zedo olha bem para todas as naves gornulianas que
estão lá e escolhe a que parece ser a melhor delas. Ele aponta para
a nave, que está virada de frente para o fundo do depósito, com a
rampa abaixada, e diz para Narlia:
– Vamos entrar naquela nave assim que eu mandar.
Gob Zedo olha bem para todos os lados para saber se há
alguém por perto, vigiando. Terminada a inspeção, ele diz para os
dois:
– Há apenas um vigia. Ele está do outro lado do depósito e
provavelmente não deve ter nos visto entrando.
– Podemos entrar sem que ele nos perceba? – pergunta Dario.
– Infelizmente não, é por isso que terei que atirar nele antes
de entrarmos na nave.
– Mas outros não irão escutar o tiro – pergunta Narlia.
– Irão, eu tenho certeza de que deve haver mais deles por
perto, para isso teremos que ser rápidos. Narlia, você vai ter que

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ajudar Dario a colocar os aparelho de segurança da poltrona da
nave.
– Pode deixar.
Gob Zedo olha mais uma vez para os lados para ter certeza se
há apenas um soldado e pergunta para os dois:
– Vocês estão prontos para correr?
– Sim – respondem os dois ao mesmo têmpo.
Olhando com bastante atenção para o vigia, Gob Zedo retira
a sua arma, aponta para ele e, com apenas um disparo, consegue
acertar um tiro no vigia, que cai morto. O barulho e a iluminação
provocados pela arma foram fortes o suficiente para chamar a
atenção de qualquer um que estivesse por perto.
Evitando gritar, Gob Zedo diz para os dois, com desespero:
– Corram!
Os três correm em direção à nave que Gob Zedo havia
escolhido e, uma vez entrado na nela, eles correm até a cabina de
piloto. Chegando lá eles notam que a cabina está completamente
desligada, Gob Zedo olha bem para o painel-de-controle para
encontrar o painel de identificação e, uma vez encontrado, ele
aponta para o painel e diz para Narlia:
– Chegou a hora de saber se essa nave serve para alguma
coisa. Coloque a sua mão lá e reze para que o computador da nave
não tenha sido modificado.
Narlia coloca a sua mão direita, que contém o chipe de
identificação, sobre o painel para saber se o computador da nave
irá aceitar o chipe dela. De tão nervosos que estavam, Dario, Gob
Zedo e Narlia suam. De repente, todas as luzes da cabina de piloto
da nave começam a acender e uma voz de mulher, produzida pelo
próprio computador da nave, diz:
– Bem vinda, Narlia.
– Deu certo – grita Gob Zedo.
Os três começam a gritar de emoção, mas enquanto eles
gritam, um soldado targoniano chega ao depósito, atraído pelo som
produzido pela arma que Gob Zedo usou, o soldado vê o corpo do

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vigia que Gob Zedo havia matado e, assustado, volta para alertar
aos outros.
Após de ter dado apenas um grito de alegria, Gob Zedo senta
na poltrona principal da nave e se prepara para pilotá-la, mas ele
percebe que Dario e Narlia continuam festejando. Irritado, ele grita
com os dois:
– Seus idiotas, parem de ficar comemorando, nós ainda
temos que sair daqui!
Asusstada com a atitude de Gob Zedo, Narlia manda Dario
se sentar em uma poltrona à direita de Gob Zedo e o ajuda a
colocar os aparelhos de segurança da poltrona. Em seguida, faz o
mesmo com ela mesma só que desta vez na poltrona à direita de
Gob Zedo.
– Pronto, Gob Zedo – diz Narlia.
Gob Zedo se prepara para pilotar a nave, mas antes diz para o
computador da nave:
– Computador, feche todas as entradas da nave.
– A sua voz não está sendo identificada, tente se identificar
com o seu chipe de identificação – diz o computador da nave.
– Mas que droga! Narlia me ajude aqui!
– Computador, feche todas as entradas da nave e obedeça as
ordens do homem que está sentado na poltrona principal – diz
Narlia.
– Compreendido, Narlia – responde o computador da nave.
– Obrigado, Narlia – responde Gob Zedo.
Gob Zedo prepara a decolagem, todas as entradas da nave
são fechadas, principalmente a rampa e quando a nave começa a
flutuar, vários soldados targonianos chegam ao depósito e vêem a
nave gornuliana, sem permissão para decolar, flutuando no ar.
– Atirem – grita, em targoniano e apontando para a nave, um
dos soldados.
Gob Zedo faz uma manobra, virando à direita, para que a
nave fique de frente para a saída do depósito. Uma vez que a nave
está posicionada para sair, Gob Zedo se prepara para fazer um
movimento muito súbito e perigoso.
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– Se segurem – avisa Gob Zedo para Dario e Narlia.
Quando os soldados targonianos começam a atirar, os dois
propulsores da nave se acendem fazendo com que a nave se
dispare, de repente, na direção em que ela estava direcionada. Em
uma alta velocidade, a nave de Gob Zedo voa por cima da base
Neigarta, o alto barulho produzido pelos propulsores chama a
atenção de todos targonianos que estavam na base. Aqueles que a
viram partindo, acompanharam a nave observando-a enquanto
voava por cima da base. De repente, Gob Zedo percebe que bem
no caminho da nave há uma torre de comando e se ele não fizer
nada a nave irá se chocar contra essa torre. Com muito esforço,
Gob Zedo puxa o controle da nave, fazendo com que se desvie
para a direita. Felizmente a nave não se choca com a torre de
comando, mas ela passa quase raspando uma parte da esquerda
dela.
Uma vez que a nave se afastou da base, Gob Zedo a leva para
fora do planeta.

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Capítulo 21

Em segurança

A nave de Gob Zedo está no espaço, se afastando do


planeta Targon e se dirigindo ao portal galactico mais proximo. A
nave atravessa o portal e parte para outro sistema estelar e
enquanto ela viaja pelo túnel de estrelas, Gob Zedo relaxa e diz a
Dario e Narlia:
– Estamos seguros agora, os targonianos terão dificuldade de
nos encontrar.
Dario e Narlia ficam aliviados com a notícia e começam a se
soltar das barra de segurança que os seguram as porltronas.
– Para onde esse portal leva? – pergunta Narlia.
– Não tenho certeza. – responde Gob Zedo, enquanto mexe
no painel-de-controle – Mas qualquer sistema é melhor que o
sistema Targon. Assim que sairmos desse túnel de estrelas, iremos
direto ao planeta Hergnologun.
Olhando desconfiado para Gob Zedo, Dario pergunta para
ele:
– Onde você aprendeu a lutar daquele jeito, se não fosse
aquilo, nunca escapariamos daquela base.
– Foi apenas sorte – responde Gob Zedo, ainda mexendo no
painel-de-controle.
– Só os beldons sabiam lutar daquele jeito, você é um
beldon, não é? – pergunta Narlia, olhando para ele.
Gob Zedo fica um pouco surpreso com o que Narlia
perguntou, ele para de mexer no painel, fica pensativo por um
tempo e depois responde:
– Os beldons estão extintos a muitos anos.
– Tudo bem – responde Narlia, não acreditando nele.
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– É bom se prepararem, já estamos chegando ao sistema.

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Capítulo 22

A notícia

Informado que os fugitivos escaparam, Engnor têm a


obrigação de comunicar a Guler Do Rárzem sobre a fuga. Ao
chegar a nave de Guler Do Rárzem ele encontra dois soldados
vigiando a rampa de entrada.
– Eu trago uma informação para Guler Do Rárzem – diz
Engnor para um dos soldados.
– Você é Engnor? – pergunta o soldado.
– Sim.
– Então pode entrar, Guler Do Rárzem espera por você. É a
porta no final do corredor.
Engnor sobe a rampa, entrando na nave. Lá dentro, ele se vê
no meio de um corredor todo enfeitado e colorido principalmente
com as cores vermelho, preto, amarelo e marrom, que são as cores
da bandeira que representa o império targoniano.
Engnor continua andado até o final do corredor, onde
encontra uma porta dourada. Quando ele ia abrindo-a, ela se abre
de repente dando-lhe um susto. A sala que ficava atrás da porta é
ainda mais interessante do que o corredor, pois nela havia mais
enfeites, com as mesmas cores que tinham no corredor. A sala
tinha algumas poltronas confortáveis, uma mesa e duas janelas
bem compridas com as bordas dourados. As janelas ficavam uma
em cada lado da nave. Perto da janela da direita, estava Guler Do
Rárzem, observando o lado de fora. Com muita seriedade, o
imperador de Targon respira bem fundo e diz:
– Eu notei uma nave Gornuliana saindo de nossa base a
pouco têmpo atrás, logo depois de eu ter dado a ordem de que
nenhuma nave deveria sair da base. Eu espero que você não venha

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me dizer que teve a incopetencia de deixar aqueles prisioneiros
fugirem!
Com muito preocupação, Engnor simplesmente não diz nada
e olha para o chão. Guler Do Rárzem olha para Engnor e vê que
ele está com a cabeça baixa, entendendo que Engnor concorda que
ele falhou em sua missão, Guler Do Rárzem continua, com calma:
– Uma mulher gornuliana, um homem desconhecido e um
terráqueo conseguiram fugir da mais importante base targoniana.
Se eu soubesse que eu tinha entregue a missão nas mãos de um
incopetente, não a teria entregu em suas mãos.
Engnor continua quieto e imóvel. Guler Do Rárzem olha
mais uma vez para a janela e diz:
– Essa será sua última falha, não terá a oportunidade de
falhar novamente. Jeremias e Jebedias, matem-no.
Antes que Engnor possa fazer qualquer coisa, ele houve o
som de uma jing sendo aberta e é golpeado pelas costas por um
homem e, assim que ele cai de joelhos no chão, um segundo
homem, idêntico ao primeiro, retira a sua jing, liberta as duas
lâminas e corta a cabeça de Engnor. Os dois recolhem as lâminas
de suas jings, as guardam e se retiram do local.
Os dois homens que mataram Engnor são irmãos gêmeos e
são protetores secretos de Guler Do Rárzem. Os dois usam roupas
pretas e óculos de proteção com lentes escuras e tem cabelos
arrumados de forma a parecerem espinhos, como de porcos-
espinho. Os dois protetores tem 23 anos de idade.

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Capítulo 23

De volta ao planeta dos piratas

No planeta Hergnologun, na base Sorg Don, ainda é de


madrugada, mas o sol está para a nascer.
Gon Morgo dorme em sua poltrona na ponte de comando
quando um alarme começa a tocar do painel-de-controle. Morgo
acorda assustado com o som do alarme e, sabendo que o alarme é
do comunicador da nave ele atende a chamada dizendo:
– Fale.
– Senhor, sou eu, Noturno.
– E o que você quer?
– Bem, eu estou aqui na porta da nave...
– Eu sei que você está na porta da nave, eu o mandei vigia-
la! O que você quer!
– Têm um homem querendo falar com você.
– Ele está aí?
– Sim, senhor.
Noturno entrega o comunicador ao homem que queria falar
com Morgo. O homem pega-o e pergunta:
– Então é você que é o grande Morgo?
– Identifique-se e diga o que você quer – diz Morgo.
– O nome é Hirguem, sou um dos homens de Gyzor, você o
conhece?
– Sim, eu o conheço. E o que ele quer?
– Ele quer falar com você.
– Aonde?
– No salão do domo.
– Qual?
– A deste setor.
– É só isso?
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– Sim.
– Então diga a ele que estou indo.
– Ótimo.
Hirguem entrega o comunicador para Noturno e parte para
dar a resposta para o seu chefe. Com o comunicador na mão,
Noturno pergunta para Morgo:
– Algo mais, senhor?
– Sim, Noturno, eu quero cinco homens incluindo você para
me escoltarem até o salão do domo – responde Morgo.
– Sim, senhor, irei providenciar. Algo mais?
– Não, é só isso. Pode encerrar.

Escoltado pelos cinco homens, Morgo chega ao salão


do domo, que é uma sala redonda com 10 metros de raio e um
domo como teto. O chão do salão é colorido com marrom, amarelo
e dourado, as paredes são de cor marrom e amarelo e o domo é
dourado.
Ninguém sabe ao certo para que serve esse salão, a principal
teoria dos piratas é de que fora usado pelos antigos habitantes
daquele planeta parar praticar rituais religiosos. Más como o
planeta é só habitado por piratas, atualmente, ninguém pode
estudá-los melhor.
Na hora em que Morgo chegou, normalment o salão do domo
está completamente vazio, uma hora perfeita para Morgo e Gyzor
conversarem sem terem interrupções.
No salão, Morgo se encontra com Gyzor e mais quatro
homens o protegendo. Gyzor pergunta para Morgo:
– Para que tanta proteção, meu amigo? Acha que eu iria fazer
algum mal a você?
– Como vai, Gyzor? – pergunta Morgo, comprimentando-o.
– Bem como sempre, meu amigo.
– Me diga o que o fez me chamar aqui?
– Traga-o – diz Gyzor se dirigindo a Heirguem, que era um
de seus piratas.
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– Sim, senhor – responde Heirguem.
Heirguem sai do salão do domo entrando por um corredor e
logo depois volta com Guilzer, que Morgo ainda conhecia como
James, e um soldado que o vigiava. Morgo se espanta ao ver James
de volta.
– James – diz Morgo, espantado.
– Você têm sorte de ser eu quem o achou, Morgo – Diz
Gyzor.
– Como assim?
– Muitos desta base estão sabendo dos seus três prisioneiros.
Ainda contando com o fato de que ele disse que conhecia você.
– Onde você o achou?
– Perto do gerador de energia, eu não sei...
– Perto do gerador, o que ele fazia lá?
– Eu não sei, pergunte isso a ele.
Morgo olha, sério, para Guilzer e pergunta para ele:
– O que você fazia lá, gornulaino?
Guilzer fica quieto e abaixa a sua cabeça por não conseguir
uma resposta e isso só provoca Morgo, que acaba perguntando
mais uma vez, só que com mais raiva:
– O que você fazia próximo ao gerador, James!
Depois de Morgo ter perguntado mais uma vez, Guilzer
consegue pensar em uma resposta e resolve responder:
– Eu não consigo me lembrar de nada.
– Mas eu me lembro – interrompe Gob Zedo que acaba de
chegar ao salão do domo com Dario e Narlia.
Todos se distraem e olham para os três que acabaram de
chegar. Não entendendo nada, Morgo pergunta para Gob Zedo:
– O que está acontecendo?
– Acontece que James é um espião targoniano, ele nos
entregou a Targon.
Morgo olha para Guilzer, aponta uma arma em sua testa e
diz:
– Eu devia saber!

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– Espere, eu tenho algo importante para mostrar a vocês – diz
Guilzer, no desespero.
Morgo, que já quase atirava na testa de Guilzer, resolve
esperar para saber o que ele têm de tão importante para mostrar.
Guilzer, lentamente, coloca a sua mão dentro de um de seus
bolsos. Todos a sua volta apontam as suas armas para Guilzer,
preparados para o que ele possa tirar do bolso. O que eles não
sabem é que o que Guilzer têm em seu bolso é um pequeno
controle para detonar uma bomba.
Guilzer olha para os lados e analisa as possíveis formas para
sair do salão e, em seguida, aperta o botão de detonação. De
repente, todas as luzes do salão se apagam e ninguém consegue
enxergar quase nada:
– O que aconteceu? – pergunta Morgo, desesperado.
– Alguém deve ter prejudicado o gerador – responde Gyzor,
olhando para os lados tentando enxergar alguma coisa.
Mas, logo após alguns segundos, as luzes de emergência se
ascendem e é só nesse momento que Morgo percebe que Guilzer
sumiu.
– Droga, o espião sumiu! – grita Morgo.
– Ele saiu por ali! – diz Noturno, que conseguiu enxergar na
escuridão com o seu olho biônico.
Ouvindo o que Noturno disse, Morgo prefere não pensar e
grita para todos correndo em direção a saída:
– Vamos lá!
Todos os outros seguem Morgo.
A saída que eles escolheram era o início de um corredor.
Chegando ao final do corredor, que levava para o lado de fora da
base, Morgo e os outros encontram várias plataformas de pouso e a
maioria delas com uma nave pousada.
Parados sem saber para onde ir, todos começam a olhar para
os lados tentando achar Guilzer. A primeira a acha-lo é Narlia, que
o vê na cabina de piloto de uma das naves.
– Lá está ele – grita Narlia, apontando para a nave.

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Mas o aviso dela veio muito tarde, pois a nave já estava se
preparando para decolar. Os piratas tentam atirar na nave, mas os
disparos não conseguem penetrar o casco da nave que acaba
conseguindo decolar e ir embora.

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Capítulo 24

O ataque

Logo após a partida da nave de Guilzer, Morgo não pensa


duas vezes e diz para os seus homens:
– Vamos lá, ainda podemos capturar aquela nave.
Morgo corre, voltando para a sua nave, pelo mesmo corredor
de onde eles vieram e os seus homens, Dario e Narlia resolveram
segui-lo.
Enquanto corriam, Narlia tenta perguntar para Morgo:
– Morgo, é possível alcançar James antes que ele chegue em
território targoniano?
– Têm que ser – responde Morgo, com muita firmeza.
Quando eles finalmente chegam ao salão do domo, Morgo
para de repente e diz:
– Esperem!
Todos param e Morgo se mantem completamente parado
olhando para frente, mas ele não parece estar preocupado com algo
que vê, mas algo que ele está sentindo ou ouvindo.
– O que foi? – pergunta Gob Zedo, para Morgo.
– Fique quieto – responde Morgo, parecendo muito
preocupao.
Morgo continua parado na mesma posição até que ele diz:
– Vocês não estão ouvindo?
Os outros tentam ouvir, mas não conseguem ouvir nada.
– Ouvir o que? – pergunta Narlia.
Morgo volta correndo para o lugar de onde Guilzer fugiu.
Sem entender nada, Dario comenta:
– Acho que ele está ficando maluco.
Gob Zedo olha para os outros piratas de Morgo e diz:

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– Vou atrás dele, acho melhor vocês ficarem ai, tenho a
impressão de que ele vai voltar.
Gob Zedo segue Morgo, Narlia fica um pouco em dúvida
sobre o que deve fazer, mas acaba decidindo e ela olha para Dario
e diz:
– Vamos lá.
Sem saber o que é mais certo, Dario acaba seguindo Narlia.
Uma vez que eles chegam ao lado de fora da base, Morgo
olha para cima, para confirmar o que ele pensava. Várias esferas
de uma luz de cor verde estavam descendo verticalmente na
direção da base Sorg Don. As esferas de luz eram do mesmo tipo
das que haviam sido usadas para destruir a base Ol Churg, mas a
diferença é que essas eram bem menores e eram várias.

As esferas de luz começam a acertar várias partes


diferentes da base causando grandes explosões. Os estragos,
causados por essas esferas, são enormes, mas não são quase nada
comparados com o estrago causado a base Ol Churg. Quem quer
que esteja fazendo aquilo, não queria destruir a base
completamente.
Com a destruição causada pelas esferas todos começam a
ficar desesperados e correrem para todos os lados tentando
encontrar um lugar seguro para ficarem.
Desesperado com aquela situação, Morgo diz para Gob Zedo,
Dario e Narlia:
– Alguém está disparando “sferions” em nós, têmos que sair
da base imediatamente!!!
Ele volta correndo pelo túnel de onde ele veio e mais uma
vez Gob Zedo, Dario e Narlia têm que correr atrás de Morgo.
De repente, enquanto corriam, uma explosão causada por um
sferion faz com que parte do teto despenque, deixando várias
barras e estruturas de metal cair entre eles e Morgo. Ao houvir
aquele barulho Morgo olha para trás e volta para tentar ajudar os
três a passarem por aquele caminho. Infelizmente, o monte de
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entulho torna impossível a passagem. Morgo e Gob Zedo tentam
com muito esforço tirar parte dos destroços para que eles possam
passar, mas o esforço é inútil, Gob Zedo acaba desistindo e diz
para Morgo:
– Morgo, salve-se. Eu irei sair daqui com esses dois e o
fragmento.
Morgo pensa bastante e ele acaba aceitando a idéia de Gob
Zedo:
– Os Targonianos não podem se apossar do fragmento. Se for
necessário, sacrifique a sua vida para que eles não o consigam.
– Sim, senhor – responde Gob Zedo.
Morgo parte em direção a nave Kormon Dego e enquanto
isso, Gob Zedo pensa em uma forma para que eles possam sair da
base. A seguir, Gob Zedo diz para Dario e Narlia:
– Já sei como sair daqui. Venham comigo.
Gob Zedo volta, correndo, para o lugar de onde eles vieram
enquanto Dario e Narlia o seguem.

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Eric Romano Maia
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Capítulo 25

O ataque vindo do céu

Muito distante da base Sorg Don, fora da esfera de


camuflagem do planeta Ergnologun, estão localizados cerca de
vinte gigantescas naves targonianas, de guerra, orbitando o
planeta, todas equipadas com canhões disparadores de sferions.
As naves disparam, sem parar, em direção a base Sorg Don,
mas, como existe a esfera de camuflagem, a única coisa que se vê
da posição das naves são os sferions sumindo ao passar pela esfera
de camuflagem.
É nesse momento que o sistêma de defesa da base orbital de
Ergnologun começa a reagir aos ataques dos targonianos. A base
orbital começa disparar sferions contra as naves targonianas, os
disparos conseguem acertar cinco das naves, destruindo-as
completamente.
Mais ou menos três minutos após o início da reação aos
ataques aos targonianos, as naves targonianas recomeçam o ataque
disparando sferions na direção da base orbital, que, mesmo
atingida, continua reagindo e destrói mais três naves targonianas.
Embora a base orbital tenha destruído oito naves targonianas,
o poder de ataque deles ainda é muito forte e eles acabam
conseguindo destruir todas as armas da base orbital, sem enxergá-
la, mas sem saber que conseguiram destruir as armas, os
targonianos continuam atacando a base até que os sferions
finalmente atingem o gerador de esfera de camuflagem da base,
que não só camuflava a base, mas também camuflava o planeta
inteiro.
Uma vez que o gerador de esfera foi destruído, a camuflagem
começa a falhar desaparecendo e reaparecendo revelando o planeta
todo. Quando o escudo finalmente para de piscar, termina ainda
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camuflando o planeta e a base, mas do outro lado do planeta, o
escudo começa a desaparecer com uma pequena falha na
camuflagem que vai aumentando cada vez mais, como se estivesse
sendo dissolvida ou devorada, com uma velocidade imensa.
Da superfície do planeta Ergnologun, vários piratas
observam, muito assustados, o escudo de camuflagem
desaparecendo rapidamente.
O escudo finalmente desaparece totalmente chegando a base
orbital, que era a responsável pelo seu funcionamento.
Com o escudo de camuflagem totalmente apagado, os
targonianos decidem invadir o planeta. Das naves de guerra
targonianas, começam a sair centenas de naves menores, algumas
pequenas e outras grandes, descendo em direção a base Sorg Don.
As naves menores eram naves de ataque e desciam para proteger
as naves maiores, que levavam várias tropas para a base Sog Don.
As naves menores são as primeiras a chegarem e a primeira
coisa que elas fazem é circularem em volta da base Sorg Don para
inspecionar a segurança e destruir qualquer coisa que possa
resistir.
Uma vez que a inspeção é terminada as naves começam a se
transformarem em enormes robôs sem cabeça, com 10 m de altura
e armas laser e canhões no lugar das mãos. As naves-robôs são
usadas como tanques, são chamadas de sentinelas e são
controladas, de dentro delas, por um piloto, embora aparentam
terem mente própria. As sentinelas continuam voando, com
propulsores nos pés, nos braços, nos ombros e nas costas, e uma
vez que elas pousam na base elas ascnedem faróis nos ombros, no
peito e nos pulsos e começam a marchar em torno de áreas para
pouso das outras naves. Quando elas se movem pode-se houvir
barulos de motores elétricos e a cada passo ouve-se o forte barulho
dos pés atingindo o chão.
Uma vez certos de que a base está completamente segura, é
dada a ordem para que as naves maiores pousem e comecem a
desembarcar os soldados, humanos e gulns, na região protegida

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pelos sentinelas. A base Sorg Don começa a ser invadida pelos
targonianos.

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Capítulo 26

A invasão

Enquanto Sorg Don está sendo invadida pelos


targonianos, Gob Zedo, Narlia e Dario correm pela base, se
desviando dos piratas desesperados que se movimentam
desorientadamente tentando arranjar uma forma de fugir.
Dario e Narlia não sabem para onde estão indo, o único que
sabe o que faz é Gob Zedo. Sentindo-se um pouco insegura a
respeito do lugar para onde está indo ela pergunta para Gob Zedo,
ainda correndo:
– Gob Zedo, para onde nós estamos indo?
Sem parar, Gob Zedo responde:
– Para um hangar de naves pequenas, lá é o único lugar onde
nós podemos encontrar naves que podemos usar para sair daqui.
De repente, enquanto corriam pelos corredores da base, são
cercados por vários soldados targonianos.

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Capítulo 27

Novamente, nas mãos de Targon

Algumas horas após a invasão da base Sorg Don, o Sol


daquele sistêma já nasceu e os targonianos começam a apreciar a
sua primeira manhã no planeta Ergonlogun.
Com a base já completamente segura, os targonianos
esperam a chegada do general Gardol. Vários soldados esperam
sua chegada em uma das plataformas de pouso da base.
Finalmente a nave pousa e, quando a porta principal da nave
se abre, os primeiros a aparecerem são dois soldados targonianos.
Eles olham para os lados para examinar a segurança da base e em
seguida saem da nave e deixam passagem para o general Gardol
sair da nave. Assim que sai da nave, se sentindo um pouco
inseguro o general, que é um guln, olha para os lados para analisar
a sua segurança e depois sai da nave.

Dario, Narlia, Gob Zedo e mais dois piratas que foram


capturados pelos targonianos estão presos em uma sala da base
Sorg Don. Enquanto Dario, Narlia e os dois piratas estão sentados
em um canto, Gob Zedo fica em pé olhando para todos os lados,
analisando para saber se há alguma forma deles escaparem do
local, com vida.
De repente, enquanto Gob Zedo examinava a sala, a porta se
abre, do outro lado da porta estava o general Gardol e mais alguns
soldados armados logo atrás dele. Gardol olha para Gob Zedo e,
percebendo que ele procurava uma forma de escapar, ele diz:
– Não será tão fácil para vocês fugirem deste planeta, mesmo
que consigam sair desta sala, nunca irão conseguir sair sozinhos e
vivos. Depois da pequena demonstração de vocês na base
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Neigarta, passamos a ter uma idéia de o que vocês três são
capazes.
Os cinco não dizem nada, só ficam parados olhando para
Gardol. Então Gardol olha para os soldados e diz:
– Tragam o terráquio.
Dois soldados entram na sala para levar Dario. Narlia quase
se levanta para evitar que os soldados levem Dario, quando Gob
Zedo segura o seu braço e diz bem baixo:
– Ainda não, Narlia.
Os soldados pegam Dario e o levam para fora da sala.
Com os soldados e Dario fora da sala, Gardol diz para Narlia,
Gob Zedo e os outros piratas:
– Bem, eu já terminei o que eu vim fazer aqui, vou indo.
Antes de ir embora, Gardol escolhe um dos soldados gulns
para ficar dentro da sala vigiando os prisioneiros. O soldado entra,
mas antes de fecharem a porta, Gob Zedo presta atenção em quem
irá tomar conta da porta do lado de fora. São dois soldados
humanos. Era exatamente o que Gob Zedo queria, humanos do
lado de fora e gulns do lado de dentro, independente do número.

Depois de mais ou menos uma hora, as coisas continuam


quase do mesmo jeito. Gob Zedo, Narlia e os dois piratas
continuam na sala, sendo vigiados por um soldado guln e dois
soldados humanos do lado de fora, vigiando a porta.
De repente, algo de estranho começa a acontecer, o soldado
guln, que os vigiava, começa a sentir um pouco de tontura, a
tontura do soldado guln vai aumentando a cada segundo e ele
começa a sentir calor e falta de ar. Enquanto o guln passa mal, os
quatro prisioneiros só observam. Narlia olha, espantada, para Gob
Zedo, sem entender o que está acontecendo com o soldado
enquanto Gob Zedo e os dois piratas sabem exatamente o que está
acontecendo.

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Não conseguindo nem ficar em pé, o guln senta no chão. A
falta de ar, a tontura e o sentimento de calor vão aumentando cada
vez mais até um ponto em que o guln acaba caindo desmaiado.
Gob Zedo e os dois piratas, lentamente, se levantam e
chegam perto do soldado guln para verificar se ele está vivo.
Depois dos três terem analisado o guln, Gob Zedo pega a arma
dele e começa a verificar o que têm nos bolsos da roupa do
soldado guln e pega tudo que poderá ser útil.
Sem entender nada do que está acontecendo, Narlia, que só
estava observando o que Gob Zedo fazia, pergunta para ele:
– O que foi que aconteceu, Gob Zedo?
Gob Zedo demora um pouco para responder, pois está
ocupado mexendo nos bolsos do soldado guln. Ainda ocupado, ele
responde a pergunta de Narlia:
– O guln desmaiou e estou aproveitando essa oportunidade
para fugirmos daqui.
Um pouco desapontada com a resposta de Gob Zedo, Narlia
resolve fazer uma pergunta um pouco mais especifica:
– Mas por que ele desmaiou?
– Vocês não se lembram quando Morgo disse que nesse
planeta há um gás na atmosfera que é fatal para os gulns.
Narlia se lembra perfeitamente de que não foi exatamente
isso que Morgo disse e resolve corrigir Gob Zedo:
– Não foi isso que ele disse. Ele disse que era uma doença
que também afetava os humanos e logo depois disse que não havia
doença nenhuma.
– Ta bom, mentimos, não é uma doença é um gás que só
afeta os gulns e ele existe, mas essa conversa é totalmente inútil
nesse momento – responde Gob Zedo, impacientemente e em voz
alta.
– Tudo bem, desculpe, pode continuar fazendo o que você
estava fazendo, mas só têm uma coisa que eu queria saber.
– E o que é? – pergunta Gob Zedo, irritado.

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– Como você pretende fugir sabendo que a porta está
trancada do lado de fora e os que vigiam a sala do lado de fora são
dois humanos? Não acho que eles tenham desmaiado também.
Gob Zedo não responde a pergunta de Narlia, apenas olha
para o soldado guln e continua retirando instrumentos úteis dos
bolsos dele.

Não muito longe da sala onde Gob Zedo, Narlia e os dois


piratas estavam, havia uma outra sala onde estava sendo efetuada a
operação para retirar o fragmento de dentro de Dario. Gardol está
logo ao lado da mesa de cirurgia em que Dario estava deitado e
anestesiado, enquanto os médicos targonianos procuram o
fragmento. Os médicos conseguem encontrar o fragmento da
chave e começam a retirá-la. Eles e todos os outros targonianos
que estavam na sala vão ficando cada vez mais emocionados.
Quando o fragmento é totalmente retirado, todos os
targonianos que estavam na sala começam a comemorar, pois
finalmente conseguiram ter em suas mãos o último elemento
necessário para poderem dominar o Universo Conhecido.
Um dos médicos limpa o fragmento e entrega para Gardol.
Gardol fica muito emocionado por segurá-lo em suas mãos, pois
não vê um pedaço de pedra em suas mão e sim o início de uma
nova era.
– Irei eu mesmo levar o fragmento para Targon – comenta
Gardol.
– E quanto ao terráquio, senhor? – pergunta um dos médicos.
– Ele pode ter informações sobre a base assim como todos os
outros capturados nela, portanto comecem a fechar a abertura.
– Sim, senhor.
Um dos médicos percebeu algo muito estranho em Gardol,
ele notou que Gardol parecia ter dificuldades para respirar
enquanto ele falava. A dificuldade de respirar era o efeito do gás,
presente na atmosfera daquele planeta. Achando aquilo um pouco
sério, o médico pergunta a Gardol:
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– Você está bem, senhor?
– Estou bem sim, porque? – pergunta Gardol, respirando com
mais intensidade.
– É que eu notei que você está tendo um pouco de
dificuldade para respirar.
– Não deve ser nada, já senti isso antes.
Com o fragmento em sua mão, Gardol se retira da sala sendo
escoltado.

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Capítulo 28

Atrás do fragmento

Os dois soldados humanos targonianos que vigiavam a


porta da sala, em que estavam Gob Zedo, Narlia e os dois piratas,
não sabem de nada que acontece dentro da sala. Eles apenas
continuam em pé em frente a porta, completamente quietos,
olhando para os lados de vez em quando.
De repente, os dois soldados escutam um barulho de algo
metálico batendo na porta do lado de dentro da sala. Sem saber o
que aconteceu dentro da sala, os dois soldados pensam que quem
está batendo é o soldado guln que estava do lado de dentro. Sem
pensar, um dos soldados abre a porta enquanto o outro vigiava a
região ao redor.
Quando a porta se abre, a primeira coisa que o soldado vê é
Gob Zedo apontando uma arma para ele. Antes que o soldado
pudesse entender o que estava acontecendo, Gob Zedo acerta um
tiro, matando-o, e logo depois acerta um tiro no outro soldado, que
nem havia tido têmpo para se virar.
Gob Zedo toma as armas dos dois soldados mortos e as
distribui para Narlia e os dois piratas.
– O que faremos com Dario – pergunta Narlia.
– Iremos salvar Dario e espero que o fragmento ainda esteja
com ele – responde Gob Zedo.
– E você têm idéia de onde ele possa estar?
– Acho que sei onde ele está. Sigam-me.
Gob Zedo segue em uma direção e Narlia e os dois piratas
vão logo atrás.

Gob Zedo, Narlia e os dois piratas finalmente chegam


ao lado de fora da sala onde Dario foi operado. Escondidos atrás
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de uma parede, Gob Zedo faz uma análise da região em sua volta
para saber se a sala está bem guardada.
Depois de ter dado uma boa analisada, Gob Zedo chega a
conclusão de que só há um soldado na região e ele está vigiando a
porta da sala. Isso não é bom, pois pode significar que o que têm
do outro lado da porta não é muito importante.
– Será que devemos arriscar? – pergunta Narlia.
– Como assim? – pergunta Gob Zedo.
– Será que Dario está lá atrás?
– Você quer dizer “o fragmento”?
– Não vou deixar Dario para trás!
– Tudo bem, tentaremos ver se ele está lá.
– Mas não será arriscado?
– Qual é, Narlia, é apenas um cara.
– E se ele for um soldado tão bem treinado quanto você ou
até melhor.
Gob Zedo pensa um pouco em uma resposta e depois ele
responde:
– Espere um pouco, vou verificar.
Curiosa, Narlia presta bastante atenção em Gob Zedo para
ver o que ele vai fazer. Gob Zedo se inclina um pouco para fora da
posição onde ele estava, para poder enxergar o soldado targoniano,
mirar a sua arma nele e dispara um trio matando-o. Depois que o
soldado cai morto no chão, Gob Zedo olha para Narlia e diz:
– Não, parece que ele não é tão treinado.
– Você percebeu, é – pergunta Narlia, sarcasticamente.
– Teremos de ser rápidos, então o negócio é entrar, matar
todos os targonianos exceto um deles e, depois, sair de lá com o
fragmento.
– E Dario, caso ele esteja sem o fragmento.
– Faça o que você quiser, eu quero o fragmento.
– Você é doente.

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Do lado de dentro da sala onde Dario foi operado, estão


três médicos e um soldado, todos descansando e conversando
quando Dario começa a acordar aos poucos. Observando Dario,
um dos médicos comenta, em targoniano, para os outros:
– Ei, o terráquio está acordando.
– Devemos apagá-lo – pergunta um dos médicos.
– Não, ele não é perigoso – responde o soldado.
De repente, a porta da sala se abre sozinha. Eram Gob Zedo,
Narlia e os dois piratas. Antes dos targonianos conseguirem
entender o que estava acontecendo, os três piratas e Narlia matam,
a tiros, o soldado e dois dos médicos.
Os dois piratas ficam na porta da sala vigiando para ter
certeza de que ninguém chege perto. Enquanto vigiam, Narlia vai
diretamente até Dario e tenta acordá-lo. Gob Zedo corre até o
médico sobrevivente, o segura pelo pescoço e apontando uma
arma na cabeça dele, pergunta, em targoniano:
– Onde está!
– Onde está o que?
Gob Zedo acerta um golpe no nariz do médico, causando
muito sangramento na região em volta da boca e logo depois tenta
mais uma vez.
– Não se faça de burro, você sabe muito bem do que estou
falando!
– Com sorte, já deve estar fora do planeta – responde o
médico, sorrindo com a boca cheia de sangue.
– ONDE ESTÁ!!!
– Está na plataforma dezessete – responde o médico.
– Precisamos correr para a plataforma dezessete – grita Gob
Zedo para Narlia e os dois piratas.
– Não adianta, seus burros, nunca irão conseguir salvar a
Galáxia, ela é dos targonianos – responde o médico, sorrindo mais
uma vez.
Irritado com o sorriso cínico do médico, Gob Zedo acerta-lhe
um golpe, fazendo-o desmaiar.
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– Patriota idiota – resmunga Gob Zedo, olhando para o
médico desmaiado.
Gob Zedo começa a andar em direção a porta da sala e
enquanto sai, diz para os três que o seguem:
– Vamos andando, têmos que chegar à plataforma dezessete,
imediatamente.
Narlia, que tentava levantar Dario, olha para Gob Zedo e
reclama:
– Não podemos deixar Dario aqui, Gob Zedo.
Sem paciência para discutir, Gob Zedo reponde:
– Não me preocupo com esse terráquio inútil! Se quiser, você
pode ficar ai com ele, eu tenho coisa mais importante para
resolver.
Gob Zedo se retira da sala e assim que ele passa pelos dois
piratas, ele diz:
– Vamos logo.
Um pouco confusa, Narlia resolve levantar Dario, com
pressa para poder alcançar Gob Zedo e os dois piratas. Com um
pouco de tontura, por causa da anestesia que os targonianos o
aplicaram, Dario consegue se levantar da mesa em que estava
deitado.
Uma vêz em pé, ele e Narlia tentam seguir Gob Zedo e os
dois piratas, que já estavam bem longe.

Gob Zedo e os dois piratas finalmente chegam a


plataforma dezessete, onde está a nave que levará o fragmento
para fora do planeta Ergnologun. Eles conseguem achar cinco
sentinelas protegendo uma nave que está pousada na plataforma
dezessete e Gardol já está subindo, escoltado, a rampa da nave e
logo atrás dele está um soldado carregando, com as suas duas
mãos, uma caixa que aparenta ser leve.
Sabendo que o fragmento estava dentro da caixa, Gob Zedo
tenta mirar a sua arma na cabeça do soldado, mas por estar muito
longe e estar em movimento, Gob Zedo não consegue mirar
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fixamente nele. Dando um tiro com a intenção de acertá-lo, Gob
Zedo acaba errando e acerta em uma das paredes da nave. Uma
vez notado que alguém tentava matar o soldado, todos os
targonianos que estavam em volta tentam proteger Gardol e o
soldado enquanto os dois corriam para dentro da nave. Descoberto
de onde veio o tiro disparado por Gob Zedo, os soldados e as
sentinelas começam a atirar sem parar naquela direção, mas, com
sorte, Gob Zedo e os dois piratas conseguem se esconder atrás de
uma parede que estava próxima a eles.
Narlia e Dario chegam bem na hora em que Gob Zedo e os
dois piratas se escondem atrás da parede, a primeira coisa que
perceberam foi o tiroteio que estava acontecendo. Por já estarem
atrás da parede que protegia os três piratas, Narlia e Dario não
precisam correr atrás de proteção contra os tiros que estavam
sendo disparados.
– O que está acontecendo? – pergunta Narlia, tendo que falar
alto, por causa do barulho dos tiros.
Preocupado com o tiroteio, Gob Zedo nem escutou direito o
que Narlia perguntou, na verdade, ele nem percebeu que ela e
Dario estavam lá. Ele esperava o momento em que os tiros
parariam por, pelo menos, alguns segundos, mas isso não precia
que iria acontecer.
Enquanto Gob Zedo esperava um momento em que ele
pudesse atirar na nave em que Gardol e o fragmento estavam, a
nave começa a decolar junto com três sentinelas. As sentinelas
decolam com um estrondo e um clarão saindo dos pés e após
atingidas uma certa altitude elas se transformam novamente em
caças.
– Droga! – reclama Gob Zedo ao perceber que a nave havia
partido.
– O que foi? – pergunta Narlia, espantada.
Gob Zedo olha para os quatro outros que estavam com ele,
percebendo que Dario e Narlia estavam lá. Ainda tendo que falar
alto por causa do barulho dos disparos, Gob Zedo responde para
Narlia:
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- Falhei, teremos que sair da base.
De repente os disparos cessam e eles escutam o som
aterrorizante dos passos das duas sentinlas restantes enquanto elas
se aproximam.
– Droga, as sentinelas estão vindo – diz Gob Zedo. Logo em
seguida ele começa a correr na direção de onde ele tinha vindo e
Dario, Narlia e os dois piratas o seguem.

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Capítulo 29

Fuga da base Sorg Don

Gob Zedo, Dario, Narlia e os dois piratas finalmente


chegam ao hangar-depósito de naves onde Gob Zedo queria chegar
quando ia fugir da base Sorg Don antes de serem rendidos pelos
targonianos.
Os cinco chegam a uma das portas de entrada do depósito,
mas, antes de entrar, a primeira coisa que fazem é se esconderem
ao lado da porta, de forma que ninguém do lado de dentro do
depósito os enxerguem.
Gob Zedo, que está encostado na parede ao lado da porta, dá
uma rápida olhada para dentro e depois volta para a sua posição e
diz para Dario, Narlia e os dois piratas:
– Tem um soldado guln lá dentro, mas ele está passando mal,
acho que ele vai desmaiar daqui a pouco e assim que isso
acontecer, teremos que correr até a nave. Será o mesmo esquema
de nossa fuga de Targon só que agora acho que não teremos que
matar ninguém.
– Qual é a nave? – pergunta Dario.
– É só me seguirem. Assim que eu der o sinal, vocês entrem
correndo me seguindo, entendido?
– Sim.
– Entendido – responde Narlia logo depois.
– Prefiro que entremos em naves diferentes – diz um dos
piratas, para Gob Zedo.
– Por que? – pergunta Gob Zedo.
– Por que se uma nave for destruída, só um de nós irá morrer
– responde o outro pirata.
– Acho melhor eu e Dario irmos com você – diz Narlia, para
Gob Zedo.
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– Tudo bem, façam como quiserem.
Gob Zedo dá mais uma olhada para dentro e vê o gul
desmaiando e imediatamente ele da o sinal:
– Agora!
Gob Zedo entra correndo no depósito, seguindo em direção a
uma nave, que está com a rampa de acesso aberta, e Dario e Narlia
o seguem correndo enquanto os dois piratas entram cada um em
uma nave diferente.
Já dentro da nave, Dario e Narlia correm até a cabina de
piloto da nave enquanto Gob Zedo aperta um botão que controlava
a rampa de acesso e estava em um painel-de-controle. Enquanto a
rampa de acesso da nave fecha lentamente, Gob Zedo corre em
direção a cabina de piloto. Chegando lá, ele rapidamente se senta
na poltrona principal enquanto Dario e Narlia preparam os
aparelhos de segurança de suas poltronas, que ficam um de cada
lado da poltrona de Gob Zedo.
Como a nave em que eles estavam pertencia à base Sorg
Don, ela tinha sido modificada para facilitar o seu uso pelos
piratas, portanto, ela não exigia chip de identificação para
funcionar.
Tudo que Gob Zedo necessitou fazer, foi ligar a nave. Uma
vez que ela está funcionando e já a flutuando no ar, Gob Zedo não
perde têmpo e dispara a nave para fora da base Sorg Don. Logo
depois, as naves dos outros dois piratas fazem o mesmo que Gob
Zedo.
As três naves voam por cima da base por alguns minutos e
depois, se afastam completamente da base seguindo para o
horizonte.
Enquanto se afastam de Sorg Don, Gob Zedo olha para uma
das telas do painel-de-controle, que mostrava o que tinha atrás da
nave, como um retrovisor. O que ele vê na tela é a base Sorg Don,
com uma fumaça preta saindo de vários pontos dela e que vai
diminuindo conforme a nave se afastam da base. Depois Gob Zedo
olha para frente, onde ele só vê o amarelo de um deserto seco e
pedregoso e o azul do céu, e diz para os outros dois:
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– Era a maior e mais importante base do planeta Ergnologun.
Por muitos anos eu visitei essa base, não consigo imaginar como
vai ser agora que nunca mais poderei voltar lá, é difícil acreditar
que ela e todo esse planeta passarão a pertencer aos targonianos.

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Capítulo 30

Sucesso na fuga, porém, não a


salvos ainda

Sobrevoando o deserto de Kardak, as três naves


seguem na mesma direção seguindo para um destino que Dario e
Narlia ainda não conhecem.
Estranhando o fato de que as naves não parecem estar saindo
do planeta, Narlia resolve perguntar para Gob Zedo:
– Onde vocês estão indo, Gob Zedo. Eu achava que a idéia
era sair do planeta.
Gob Zedo olha para Narlia e depois olha novamente para
frente e responde:
– Estamos indo para outra base onde podemos encontrar
nossos amigos e depois iremos sair do planeta Ergnologun.
– Mas eu percebi que você não fez nenhum contato com essa
tal base, por que não? – pergunta Narlia.
– Por que não há contato.
– E por que não?
– Há duas possibilidades. Primeira possibilidade, eles estão
evitando qualquer tipo de contato para evitar que sejam
localizados pelo targonianos e a segunda possibilidade é que a
base pode ter sido tomada pelos targonianos.
Narlia fica espantada com a segunda possibilidade e pergunta
para Gob Zedo:
– Mas se a base pode ter sido tomada, por que estamos indo
para lá?
Gob Zedo dá um leve sorriso e responde:
– Não se preocupe, Narlia, se a base foi tomada pelos
targonianos, não será difícil fugirmos deles uma vez que
chegarmos lá.
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Eric Romano Maia
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– Como você têm tanta certeza de que iremos conseguir fugir
deles?
– Para começar, as nossas naves estão voando bem baixo, ou
seja, será mais difícil para os sensores nos detectarem e...
Gob Zedo é interrompido por um som de bip acompanhado
de uma luz vinda de um botão que pisca, junto com o bip, no
painel-de-controle.
O sinal é uma chamada e Gob Zedo resolve aceitar a
chamada apertando o botão e perguntando:
– O que foi?
– Aqui quem fala é Rerz – responde o emissor.
– E eu sei lá quem é Rerz – reclama Gob Zedo.
– Sou quem está pilotando a nave que está a sua esquerda.
– Ah sim, o que você quer?
– Eu preciso saber se as armas de sua nave estão funcionando
perfeitamente.
– Não, eu já verifiquei isso, não estão funcionando. Por que
você quer saber?
– Você não sabe! O que aconteceu com o seu radar?
Gob Zedo olha rapidamente para o radar de sua nave e
percebe que o radar não parece estar funcionando. Um pouco
assustado com isso, ele responde para Rerz:
– Não, por que!?
– Há três naves targonianas vindo em nossa direção, e eles
são mais rápido do que nós.
Gob Zedo, Dario e Narlia ficam extremamente assustados
com a informação. Tentando se acalmar, Gob Zedo pergunta para
Rerz:
– Rerz, você têm certeza de que são targonianos?
– E você acha que sou retardado, eu estou usando uma nave
ex-targoniana e o computador dela está dizendo que as naves, são
targonianas – reponde Rerz, um pouco irritado.
– E quem está pilotando a outra nave, qual é o nome dele?

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– Estou aqui, meu nome é Nerm, e não, as minhas armas não
estão funcionando perfeitamente – responde Nerm, que estava
escutando a conversa dos dois.
Muito preocupado, Gob Zedo pensa em uma foram de se
salvar. Em seguida, pergunta para Rerz:
– Rerz, o computador de sua nave consegue calcular quanto
têmpo levará para as naves targonianas chegarem até nós?
– Sim – responde Rerz.
– E qual é?
– Espere um instante.
Rerz leva um têmpo para fazer o cálculo e assim que ele tem
a resposta ele responde para Gob Zedo:
– Mais ou menos dez minutos.
– Dez? – pergunta Gob Zedo um pouco espantado.
– Isso mesmo.
– E quanto têmpo levará até chegarmos ao desfiladeiro
Guerne.
– Mesma coisa, mais ou menos uns dez minutos.
Gob Zedo pensa um pouco, e pergunta:
– Rerz, você sabe se existe algum outro desfiladeiro, alguma
montanha ou qualquer estrutura que possamos usar contra os
targonianos?
Rerz demora um têmpo para conseguir essa resposta de seu
computador e quando finalmente consegue, responde a Gob Zedo:
– Infelizmente, Gob Zedo, a coisa mais próxima é o
desfiladeiro Guerne.
– Droga – reclama Gob Zedo, esmurrando o painel-de-
controle.
Gob Zedo pensa mais um pouco e conta para todos a sua
única solução:
– Pessoal, só têm um jeito de nos livrarmos deles.
– E qual é? – pergunta Nerm.
– Teremos que despistar esse pessoal usando o desfiladeiro
Guerne.

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– Mas eles podem nos alcançar antes de chegarmos ao
desfiladeiro Guerne.
– É nossa única escolha, se você têm alguma idéia melhor,
me conte logo.

Passados mais ou menos nove minutos, os piratas


continuam observando a aproximação das naves targonianas, com
muita atenção. Quando chegam a distância das naves piratas,
dentro do alcance das armas targonianas, Gob Zedo diz para os
pilotos das outras duas naves:
– Muito bem pessoal, acho que o momento é esse, comecem
a balançar.
Ainda seguindo a mesma direção, as três naves piratas
começam a se deslocar para os lados, indo para uma posição e
voltando para a anterior, com a intenção de atrapalhar a mira dos
targonianos.
As naves targonianas começam a disparar contra as naves
piratas, mas a estratégia dos piratas funciona e os targonianos não
conseguem acertar as naves piratas.
As naves continuam a se deslocar de um lado para o outro
até que se aproximam do desfiladeiro Guerne.
Quando Gob Zedo avista o desfiladeiro de longe, ele informa
a Herz e Nerm:
– Pessoal, eu estou enxergando o desfiladeiro Guerne, daqui
a pouco, nós precisaremos parar de balançar para podermos entrar
no desfiladeiro.
De repente, muito nervoso, Nerm perde um pouco da noção
do que está acontecendo em volta dele e, por descuido, começa a
estabilizar a posição de sua nave muito cedo. Gob Zedo, que
observava de longe o erro que Nerm está fazendo, resolve avisá-lo:
– Nerm, seu idiota, o que você está fazendo, volte a balançar
imediatamente!?
Só quando Gob Zedo avisa, é que Nerm percebe o erro que
está cometendo. Ele tenta fazer com que a nave dele volte a
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balançar, mas, infelizmente, ele agiu tarde demais e a nave é
atingida por um tiro de de uma das naves targonianas.
A nave é atingida e danificada, e começa a perder altitude
lentamente enquanto Nerm puxa o controle com força, tentando,
desesperadamente, fazer com que a nave volte para cima.
– DROGA, LEVAAANTEEEEE – grita Nerm, desesperado
por não conseguir fazer com que a nave suba voltando a sua
posição anterior.
Gob Zedo, Dario, Narlia e Herz observam, a nave de Nerm
descendo lentamente. Nerm se esforça muito para manter a mesma
altura, mas, infelizmente, a nave acaba se chocando contra o chão,
causando uma enorme explosão e silenciando os gritos de Nerm.
Gob Zedo, Dario, Narlia e Herz ficam muito decepcionados
por Nerm não ter conseguido sobreviver.
– Droga, agora são três contra dois – reclama Herz.
– Herz – chama, Gob Zedo.
– O que foi.
– Quando chegarmos ao desfiladeiro, eu quero que você vá
para a esquerda que eu irei para a direita. Entendido?
– Entendido.

Quando as duas naves piratas chegam mais próximo ao


desfiladeiro Guerne, que é visto como uma largo canal no cão,
Gob Zedo e Herz repetêm a mesma manobra que Nerm efetuou
antes de ser atingido, só que desta vez não será tão perigoso
quanto antes, pois uma vez que as duas naves estão estabilizadas
elas, rapidamente, mergulham para dentro do desfiladeiro. Assim
como o combinado, a nave de Herz segue a esquerda e a nave de
Gob Zedo segue a direita. O que os dois piratas não esperavam era
que os targonianos fariam o mesmo que eles, entrando no
desfiladeiro. Duas das três naves targonianas tentam seguir a nave
de Gob Zedo enquanto a terceira nave segue a de Herz. Um
pequeno descuido e uma das duas naves que seguiam Gob Zedo
bate levemente em uma das paredes do desfiladeiro fazendo com
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que ela se descontrole e se choque contra a parede do outro lado,
causando uma forte explosão.
Voar dentro do desfiladeiro Guerne é extremamente
perigoso, ainda mais em uma alta velocidade. Apesar disso, Gob
Zedo consegue desviar a nave perfeitamente sem cometer nenhum
erro, pois é um piloto exelente e conhece bem o desfiladeiro.
Enquanto Gob Zedo tenta se livrar da nave targoniana que o
segue, disparando alguns tiros de vez em quando, ele percebe a
agilidade do piloto targoniano.
– Esse cara é muito bom – comenta Gob Zedo.
– Eles foram muito bem treinados – responde Narlia.
– Herz, como está a situação aí?
– Não está muito boa, esse desgraçado está quase me
acertando – responde Herz, extremamente nervoso.
Desviar dos obstáculos é quase impossível para Herz, que
nunca fez um treinamento próprio para a situação que enfrenta
naquele momento. As coisas ficam ainda mais difíceis com uma
nave, sendo pilotada por um piloto bem treinado, caçando-o sem
desistir. Infelizmente, Herz não consegue se livrar da nave
targoniana e seu piloto acaba conseguindo acertar um tiro na nave
de Hrez, explodindo-a logo após Herz ter dado um grito de
desespero.

Gob Zedo, que escutou o grito de Herz, logo antes da


conexão ser encerrada, fica quieto por um têmpo e depois reclama:
– Droga de piloto targoniano desgraçado!
Gob Zedo começa a pensar em uma forma de se livrar da
nave targoniana e enquanto pensa, diz para si mesmo:
– Pense Gob Zedo, pense!
É difícil para Gob Zedo pensar enquanto está pilotando a sua
nave, dentro de um desfiladeiro e em alta velocidade. Enquanto ele
pilota e pensa ao mesmo têmpo, ele se lembra de um detalhe muito
importante que poderia usar no momento:
– Mas é claro, imagine-se na posição dele.
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Dario e Narlia não entendem o que Gob Zedo quer dizer,
mas a única coisa a fazer é observar.
Logo após uma curva fechada a direita, a nave de Gob Zedo
e a nave targoniana que o segue chegam em um corredor largo e
reto por alguns quilômetros. Gob Zedo olha para o final desse
corredor e vê uma torre de pedra no canto esquerdo, que não é
muito alta, mas a sua altura é maior do que a profundidade do
desfiladeiro. É nesse momento em que Gob Zedo têm uma ótima
idéia.
Ele começa a estabilizar a posição de sua nave, voando em
direção a torre de pedra, mas ele não a estabiliza completamente.
Com a nave quase voando em linha reta, o piloto da nave
targoniana começa a mirar a nave de Gob Zedo. Muito ocupado,
tentando acertar a nave de Gob Zedo, o piloto targoniano não
percebe que há uma torre de pedra logo em frente e segundos antes
de atingir a torre de pedra, Gob Zedo se desvia rapidamente da
torre e, sem ter visto a torre e sem tempo para desviar, o piloto da
nave targoniana choca a sua nave contra a torre de pedra, causando
uma forte e barulhenta explosão.

Aliviado por ter se livrado de mais uma nave targoniana,


Gob Zedo, ainda pilotando dentro do desfiladeiro, diz:
– UHA!!! Finalmente, agora só falta um que, infelizmente,
eu não sei onde está, graças a essa droga de radar que não
funciona.
– Será que ele pode nos achar? – pergunta Dario.
– Com o radar dele e a fumaceira causada pela explosão, não
vai ser muito difícil nos achar.
– E você têm algum plano para se livrar dele?
– Não.
– Não, e o que você fará?!
– Pensarei na hora.
– Isso é ridículo – reclama Narlia.

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– Não se preocupe, há a possibilidade de chegarmos a base
antes que ele nos...
Gob Zedo é interrompido por uma explosão causada por um
tiro atingindo uma parte do desfiladeiro, logo à direita da sua nave.
– O que foi isso? – pergunta Narlia.
– É ele, ele nos achou – responde Gob Zedo, nervoso.
– O que você vai fazer? – pergunta Dario.
Gob Zedo presta baste atenção para o final do corredor em
que estava, para ter uma idéia melhor de sua localização, depois
ele responde à pergunta de Dario:
– Falta pouco, muito pouco.
Sem entender o que Gob Zedo quis dizer com isso, Dario
resolve ficar quieto e observar o que ele ia fazer.
Uma vez chegado ao final do corredor, Gob Zedo têm que
fazer uma curva não muito fechada para a direita, que é o único
lado para onde ele pode ir horizontalmente, para poder entrar em
outra parte do desfiladeiro. O que Gob Zedo esperava que
acontecesse era que a nave targoniana se atrapalhasse ao fazer a
mesma curva e depois se chocasse contra uma parede. Uma vez
que ele conseguiu fazer a curva à direita, ele entrou em outro
corredor e, infelizmente, a nave targoniana também conseguiu
fazer a curva.
Desta vez Gob Zedo têm um novo plano para se livrar da
nave tar goniana, pois quando olha para o final do corredor em que
se encontra, vê que o final do corredor é a entrada para uma
enorme cratera. Era nessa cratera que Gob Zedo planejava chegar
e ele começa a balançar a nave para atrapalhar a mira do piloto da
nave targoniana. Quando a nave de Gob Zedo vai chegando mais
perto do final do corredor, ele começa a estabilizar a sua posição e
com ela estabilizada, o piloto targoniano começa a se preparar para
atirar na nave de Gob Zedo.
Quando as duas naves finalmente entram na cratera, o piloto
targoniana consegue mirar a nave de Gob Zedo, agora tudo que o
piloto precisa para derruba-la é puxar o gatilho, mas antes que o
targoniano pudesse fazer qualquer coisa contra Gob Zedo, a nave
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dele é destruída por um tiro vindo de um dos cantos da enorme
cratera.

Gob Zedo fica muito aliviado por ter conseguido se


livrar da última nave targoniana e puxa a sua nave para cima,
levando-a para fora da cratera. Depois que termina de subir, faz
uma curva de cento e oitenta graus e enquanto faz a curva, a voz
de Morgo aparece vindo do comunicador da nave:
– É você, Gob Zedo?
Gob Zedo sorri e responde:
– Sim, Morgo, sou eu.
– Reconheci pelas manobras, da próxima vez me avise se for
trazer algum amigo.
Gob Zedo ri e depois pergunta:
– Onde posso pousar?
– Na plataforma sete – responde Morgo.
– Tudo bem, eu estou indo.
A base em que Morgo está fica dentro de uma caverna ao
lado do final do corredor de onde Gob Zedo havia saído e é para
essa base que Gob Zedo ía.

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Capítulo 31

A base Han Siermon

A base Han Siermon é a base mais proxima de Sorg Don.


Muitos dos piratas que fugiram de Sorg Don estavam em Han
Siermon e, por conta disso, ela está cheia de gente no momento.
Tanto a base quanto a caverna em que ela ficava haviam sido
construídos pelos mesmos seres desconhecidos que construíram
Sorg Don, a base orbital e a tecnologia que camuflava o planeta
todo.
Gob Zedo finalmente chega à plataforma sete. Uma vez que
ele pousa a sua nave na plataforma, olha para Narlia, que estava
aliviada por estarem a salvos, e diz para Dario e Narlia:
– Estamos a salvos por enquanto, mas pode haver mais pela
frente.
Gob Zedo se solta dos aparelhos de proteção de sua poltrona
e depois se retira da cabina de piloto. Logo em seguida, Dario e
Narlia fazem o mesmo.
Quando os três saem da nave, a primeira coisa que percebem
é a quantidade de gente que há na base. Do meio daquela multidão
aparece Morgo, acompanhado de três de seus piratas, armados.
Morgo vê Gob Zedo, Dario e Narlia, se aproxima dos três e
fala com Gob Zedo:
– Eu sabia que vocês conseguiriam.
– Não foi tão fácil, pois os pilotos targonianos estão
melhores do que antigamente – responde Gob Zedo.
Morgo olha para Dario e pergunta para Gob Zedo:
– E o fragmento?
Sem coragem de responder a pergunta de Morgo, Gob Zedo
abaixa a sua cabeça pensando em uma forma fácil de responder.

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– Droga – reclama Morgo, ao perceber que Gob Zedo não
conseguiu salvar o fragmento.
– Eles foram muito cautelosos – responde Gob Zedo.
Morgo olha para o lado e depois de pensar um pouco ele
comenta com Gob Zedo:
– Ainda podemos resgatá-lo, não é?
– Acredito que exista essa possibilidade, senhor.
– Então não podemos perder têmpo. Venham comigo, vocês
chegaram quase na hora do encontro.
– Que encontro? – pergunta Narlia.
– Emor está tentando reunir todos os piratas para informar a
sua idéia de como sair desse planeta.
– Como assim, não dá para sair do planeta? – pergunta
Narlia, assustada.
– Não será muito fácil.
Gob Zedo se vira para Narlia e comenta:
– Com eu disse, pode haver mais pela frente.
Narlia resolve não falar mais nada e decide aceitar os fatos já
que não há nada que possa ser feito.
– Venham comigo, o encontro já está para começar – diz
Morgo.
Morgo segue para o local do encontro, Gob Zedo, Dario e
Narlia o seguem.

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Capítulo 32

Como sair de Ergnologun

Os piratas mais importantes de Hergnologun estão


presentes no auditório onde ocorrerá, em poucos minutos, uma
reunião. O local é uma espécie de auditório redondo, onde o palco
é o centro. O auditório têm mais ou menos 250 metros de diâmetro
e o palco têm seis metros de diâmetro. No teto, logo acima do
palco, existêm três gigantescos monitores, cada um apontando para
um lado diferente e os três mostrando a mesma imagem. O
objetivo dos monitores é mostrar imagens para a platéia.

Antes de começar a reunião, quase todos presentes no


auditório conversam.
Morgo, Gob Zedo, Dario, Narlia e os piratas que escoltavam
Morgo chegam bem no momento de iniciar a reunião e se sentam
bem próximo ao palco.
Enquanto conversam ao esperar que a reunião comece,
poucos percebem que Emor, o organizador da reunião, havia
acabado de chegar ao palco. Com um microfone preso em sua
roupa, Emor fala para todos os piratas presentes no auditório:
– Fiquem quietos, todos vocês.
Leva apenas alguns segundos para o silêncio tomar conta do
auditório e uma vez que todos os piratas se calaram, Emor começa
a explicar:
– Todos vocês aqui presentes já devem estar sabendo que
uma coisa terrível aconteceu. O que nós, os habitantes de
Ergnologun, mais temíamos, desde os primeiros piratas que
pisaram nesse planeta, começou a acontecer a poucas horas atrás.
O nosso planeta foi descoberto e está sendo invadido.
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– O culpado deve ser queimado vivo? – grita um dos piratas
que está na platéia.
Os piratas que ouviram o grito começam a ficar agitados,
concordando com o comentário.
Um pouco preocupado, mas sabendo que ele não corre
nenhum perigo, Morgo comenta cilenciosamente para Dario e
Narlia:
– Já começou mal.
Uma vez que os piratas se acalmaram, Emor continua
falando:
– Eu e muitos outros, que usavam Ergnologun como
esconderijo, sempre soubemos que esse dia viria, o que não
esperávamos era que estaríamos vivos quando isso acontecesse.
Concordo que o culpado deve se punido, mas eu não acho que isso
deva ser feito agora, principalmente porque ainda não sabemos
quem é. Este é um momento em que deveremos nos unir para nos
salvar, pois fugir deste planeta agora é um trabalho impossível de
se fazer sozinho.
– Devemos ficar aqui e lutar – grita outro que está entre a
platéia.
– Acho que isso não seria uma boa idéia.
Com um controle remoto em sua mão, Emor liga as três telas
que estão logo acima dele.
As telas mostram uma imagem de um dos portais galácticos
que orbitam o planeta Ergnologun. O portal não está sozinho, ele
está cercado de seis enormes naves targonianas de guerra.
Com todos os piratas do auditório prestando atenção nas
telas, Emor continua explicando:
– Esse é o único portal galáctico, desse sistêma, que
poderemos usar agora e como vocês podem observar, não será
fácil passar por ele. Eu chamei os mais importantes lideres para
unirmos forças para sairmos daqui.
Emor aperta um botão do controle remoto e as imagens das
telas mudam. A próxima imagem a aparecer é uma animação de
uma nave viajando pelo espaço. A nave que aparece é comprida
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com um formato semelhante à de um lápis, exceto pela parte de
trás que é um pouco larga por ter sete propulsores e a parte do
meio que é formada por uma enorme bolha.
Com a imagem da nave aparecendo nas telas, Emor continua
a sua explicação:
– Está é Zirma, uma nave cujo seu modelo já foi considerado
o mais rápido da Galáxia. Concordo com vocês que esse tipo de
nave não é muito boa para lutas, mas ela foi muito adequada para
podermos fazer algo que nunca foi feito antes. Nós instalamos um
gerador de esfera de camuflagem.
A maioria dos piratas que estão no auditório ficam
espantados ao saber da existência de uma nave que tenha um
gerador de escudo de camuflagem, pois Zirma seria a primeira
nave que pode se camuflar. Os piratas começam a conversar um
com o outro a respeito da nave; essa conversa impede que Emor
continue explicando.
– Eu ainda não terminei – reclama Emor.
Os piratas resolvem se calar e em poucos segundos, o
auditório silencia e Emor continua a sua explicação:
– Com essa minha nave não será possível passarmos pelo
bloqueio criado pelos targonianos, mas o escudo de camuflagem
dela têm um raio grande o suficiente para esconder um número de
naves necessárias para destruir o bloqueio. Várias naves fortes já
se uniram a mim para lutar contra o bloqueio, mas não tenho o
suficiente e ainda sobra espaço dentro do escudo de camuflagem
para colocar mais naves. É isso que vim fazer aqui, procurar
voluntários. E então, quem se voluntária?
O auditório fica completamente silêncioso enquanto Emor
espera para saber quem mais vai ser voluntário. Nos primeiros
segundos ninguém demonstra nenhum sinal de que irá se juntar a
Emor para fugir do planeta.
– Você não vai entrar, Morgo – pergunta Narlia.
– Eu já estou dentro – responde Morgo.

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Alguns segundos se passam e Emor começa a ficar
desapontado por nenhum dos piratas do auditório demonstrarem
que irão se unir a ele.
– Levante-se, Morgo – insiste Narlia.
– Eu não quero me levantar, mas que droga – reclama
Morgo, irritado.
– Será que você não entende que se você se levantar, talvez
outros piratas irão querer segui-lo.
Morgo pensa um pouco a respeito da idéia de Narlia e
responde:
– A idéia até que é boa. Vou me levantar, mas fique você
sabendo que se eu for o único a ter essa idéia ridícula e ficar em pé
feito bobo na frente de todos, irei te pendurar pela língua.
– Como se você fosse tão cruel – provoca Narlia.
– Sou sim – responde Morg, um pouco irritado, enquanto se
levanta.
Com Morgo em pé, todos do auditório percebem que um dos
mais importantes piratas da Galáxia irá se unir a Emor na batalha
contra o bloqueio.
No começo, Emor não entende por que Morgo se levantou,
mas outros piratas, que já tinham se unido à Emor, entendem a
idéia de Morgo e resolvem fazer o mesmo.
A idéia de Narlia deu certo, pois, quando mais piratas se
levantaram, outros tomaram coragem para se levantar. A cada
segundo mais piratas se juntam a Emor até o momento em que
todos do auditório estavam em pé.
Contente por todos os piratas presentes no auditório se
unirem a ele, Emor sorri e comenta:
– Acho que enfrentar o bloqueio vai ser mais fácil do que eu
pensava. Obrigado a todos vocês.

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Capítulo 33

O Bloqueio

Doze horas depois da reunião dos piratas, o bloqueio que


os targonianos formaram em volta do único portal galáctico que
leva para fora daquele sistêma continua na mesma posição que
estava antes, mas o que os targonianos não sabem é que eles não
estão sozinhos.
Não muito distante do bloqueio, está a aliança formada por
Emor. Mais ou menos oitenta naves, de tamanhos diferentes,
aglomeradas de forma a quase se encostarem uma na outra para
evitar que qualquer uma delas saíssem da esfera de camuflagem
que esconde a aliança. Existe uma rede de comunicação que
permite com que todas as naves se comuniquem.

Dentro da nave Kormon Dego, Dario, Narlia e Gob


Zedo estão próximos a Gon Morgo, que, sentado em sua poltrona,
troca idéias diretamente com Emor e outros dez piratas, através do
radio, enquanto o resto da aliança escuta a conversa ao se
aproximar do bloqueio.
– Tenho a terrível impressão de que eles devem ter nos visto
– comenta Emor, com muita preocupação.
– Não se preocupe, Emor, tenho certeza de que eles não nos
notaram – responde Morgo, com muita calma e com uma mão
encostada no seu queixo.
– Como você sabe disso, Morgo?
– Sei como eles pensam, eu já fui um deles.
– Eu já sei disso, mas você realmente acredita que eles ainda
pensam da mesma forma que antigamente.
– Sim.
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Depois de algum têmpo, a aliança continua se


aproximando lentamente do bloqueio, mas ainda não está próxima
o suficiente para iniciar um ataque quando Emor, muito
preocupado, dá uma notícia assustadora para o resto da aliança:
– Pessoal, acho que deveremos cancelar a nossa missão!
Os outros piratas começam a reclamar através do radio.
– Que idéia ridícula é essa, Emor – reclama Morgo.
– É que o gerador da esfera está falhando – responde Emor.
– Como pode estar falhando?
– Está falhando, não havia como evitar isso.
– Eu achei que você tinha dito que já havia testado essa sua
máquina antes.
– Então só “achou”, porque eu não disse isso.
– E a sua melhor sugestão é desistir?!
– É!
– Essa conversa é ridícula, eu sugiro que nós continuemos.
– Parece que você não entendeu, a esfera irá se apagar antes
de chegarmos a uma distância razoável para atacá-los.
– Talvez possamos diminuir o tamanho da esfera, eu reparei
que há muito espaço para isso.
– Mas isso é muito arriscado, eles podem ver!
– Mas é melhor do que desistirmos e esperar que eles
venham nos destruir.
Emor se cala por um têmpo, pensando no que Morgo disse e
acaba concordando com a idéia:
– Vou tentar diminuir o tamanho da esfera, espero que eles
não notêm isso.
Sentindo-se um pouco inseguro, Emor mexe nos controles da
camuflagem com a intenção de diminuir o tamanho da esfera. A
esfera de camuflagem diminui o suficiente para continuar
mantendo todas as naves da aliança escondidas dentro dela.
Logo após a esfera ter diminuído de tamanho, Emor verifica
o mostrador de energia da esfera para saber se a aliança ainda pode
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se aproximar o suficiente para atacar o bloqueio. A técnica de
Morgo deu certo, pois a energia, utilizada para gerar a esfera, é
poupada, dando para a aliança a oportunidade de chegar mais
próximo ao bloqueio.
– Deu certo! – diz Emor, com muito alívio, para o resto da
aliança.
Os outros piratas começam a comemorar, mas Morgo ainda
não está satisfeito e pergunta para Emor:
– Você sabe se eles viram a esfera mudando de tamanho?
– Acho pouco provável – responde Emor.
– Posso saber por que?
– Porque mesmo que eles tivessem nos visto, eles só teriam
visto uma rápida distorção da imagem do que estiver atrás de nós,
que neste caso é o planeta Ergnologun.
– Como você pode ser tão burro, targonianos não deixam
esse tipo de coisa passar com tanta facilidade – reclama Morgo.
– Escute aqui, eu tenho certeza de que não seremos atacados
– responde Emor, bastante irritado.
De repente um disparo de um sferion sai de uma das naves
targonianas e segue diretamente em direção a aliança, entrando na
esfera de camuflagem e atingindo uma das naves, causando uma
violenta explosão.
– Minha nossa! – exclama Emor ao ver a nave sendo
completamente destruída pelo sferion.
– O que aconteceu? – pergunta um dos piratas.
– Fomos descobertos, iremos morrer se não fizermos nada –
responde outro pirata.
– Isso é ridículo – reclama Emor.
– Não existe outra escolha, o jeito é ficar e lutar – Responde
Morgo.
– Será que você não entende, Morgo, não estamos pertos o
suficiente para atacá-los!
– Essa sua idéia ridícula era só uma maneira mais fácil de
atacá-los. Nós podemos atacá-los e é isso que iremos fazer!

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– Mas... – Emor é interrompido quando mais três tiros de
sferions foram disparados pelo bloqueio, acertando mais cinco
naves da aliança.
– Já cansei dessa conversa idiota, está na hora de reagirmos –
grita Morgo, ao ver mais cinco naves piratas serem destruídas.
Os outros piratas começam a ficar agitados e demonstram
concordar com o comentário de Morgo.
– Eu proíbo essa atitude suicida – avisa Emor, irritado.
– Atenção, piratas, atirem a vontade em quem vocês
quiserem e usem suas melhores armas. Quero reduzir esse
targonianos a cinzas – grita Morgo.
Os piratas ficam mais agitados ainda e iniciam um forte
ataque às naves targonianas. Todas as naves da aliança pirata,
exceto a de Emor, começam a atirar em direção as naves
targonianas. As naves targonianas ficam atrapalhadas ao ver
aquele monte de disparos vindo do nada, pois a aliança está
escondida dentro da esfera de camuflagem. Mesmo confusos, os
targonianos continuam a atacar os piratas.
Ao ver que todos os piratas da aliança estão obedecendo
Morgo, Emor começou a ficar furioso:
– Gon Morgo, isso é suicídio!
– Emor, isso não é hora para reclamar, seria muito sábio de
sua parte se você se juntasse a nós – comenta Morgo, irritado.
Meio confuso com tudo que está acontecendo, Emor resolve
se juntar ao resto da aliança na atitude de atacar os targonianos.
A batalha dura menos do que dez minutos e ela termina com
a total destruição de todas as naves Targonianas. Metade da
aliança é destruída, mas mesmo assim, os piratas comemoram a
sua vitória.

Depois de uma curta comemoração a aliança pirata


aproveita para atravessar o portal galáctico. As naves piratas
formam uma espécie de fila para atravessar o portal, mas eles
ainda tentam se manter dentro da esfera de camuflagem. Cada
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nave que atravessa o portal galáctico desaparece ao ser lançada
para outro sistêma. Mesmo sabendo que o lugar em que eles
estavam é seguro, os piratas continuam preparados para se
defender de um ataque targoniano, pois eles não sabem o que pode
haver do outro lado.
Depois de terem chegado ao outro sistêma, os piratas ficam
aliviados ao perceber que não há nenhum sinal dos targonianos.
– Ainda bem que não há nenhum targoniano – comenta um
dos piratas, sentindo um grande alívio.
– Bom, pessoal, eu acho que é aqui que nos separaremos.
Vocês vão para onde quiserem, não acho que vocês irão querer ir
para onde irei – comenta Morgo.
– E para onde você vai, Morgo? – pergunta outro pirata.
– Para Kergom, a capital de Targon.
– Você está doido, Morgo, justo agora que queremos evitar
os targonianos – exclama o mesmo pirata, assustado.
– É assunto meu, se quiserem não precisam vir.
– Que assunto tão importante é esse? – pergunta Emor,
suspeitando da idéia de Morgo.
Morgo demora um têmpo para responder, pois não quer
contar aos piratas a respeito do plano de Targon de tomar Galáxia,
então tenta pensar em outra resposta.
– Eu só quero matar alguns targonianos – responde Morgo,
depois de ter pensado.
– Compreendemos a sua fúria, Morgo. Boa sorte, espero que
você mate bastante targonianos – responde um dos piratas.
Ninguém comenta mais nada, a nave Kormon Dego parte se
afastando das outras naves piratas, enquanto elas vão todas para
outro lado. Depois de ter saído da esfera de camuflagem, a nave
Kormon Dego se dirige rumo ao portal galáctico que leva ao
planeta Targon.

No caminho para o portal galáctico, Narlia, que estava


pensando a respeito do plano de Morgo, não consegue desistir das
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perguntas que têm a fazer para Morgo e acaba perguntando
enquanto ele observa, de sua poltrona, o movimento das estrelas
conforme a nave se locomove:
– Morgo, onde exatamente você pretende ir quando chegar a
Kergom?
– Chegaremos em um prédio que é na verdade a máquina que
irá ativar o portal galáctico que ligará a Terra à Tragon.
– E onde, em Kergom, se localiza essa tal máquina?
– Mais ou menos uns três quilômetros do centro da cidade.
– Você ficou maluco – reclama Narlia, espantada.
– Porque, o que têm de tão ruim nisso?
Impressionada com a calma de Morgo ao fazer essa
pergunta, Narlia resolve responder de uma forma a criticar a calma
de Morgo:
– Nada, é que eu havia esquecido completamente como é
fácil penetrar no coração do coração do segundo mais importante
império da Galáxia!
– Acalme-se, Narlia, eu conheço um sistêma de túneis
subterrâneos que nos levará até lá – responde Morgo, muito calmo.
– Sistêma de túneis?
– Foi construído em épocas de conflito, para esconder naves
que poderiam ser usadas para a defesa da cidade, e esquecido em
épocas de paz. Alguns desses túneis são largos o suficiente para
que a nossa nave possa passar
– Nunca houvi falar nesses túneis! – responde Narlia,
duvidando do que Morgo disse.
– Os únicos que sabiam dos túneis os mantiveram em
segredo, achando que poderia ser útil um dia.
Narlia fica olha para Morgo, espantada com o que ela acaba
de saber. Morgo olha para o rosto de Narlia e, ao ver a expressão
de espanto no rosto dela, comenta enquanto volta a olhar para
frente:
– Nós targonianos somos bons para guardar segredo.
Depois de pensar um pouco, Narlia resolve fazer uma última
pergunta:
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– Esse sistêma de túneis têm parte localizada em um local em
que talvez não possamos ser descobertos?
– Sim, fora da cidade e é onde nos entraremos – responde
Morgo.
– Obrigada – responde Narlia, aliviada.

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Capítulo 34

A entrada para o sistêma de túneis

Uma vez chegado em Targon, Morgo voa com a nave bem


próximo a superfície, sobrevoando uma região plana e verde de
floresta. Dario observa, impressionado, aquela floresta, muito
semelhante à Floresta Amazônica, quando uma pergunta lhe vem a
cabeça:
– Esse verde da floresta são as arvores?
– Não são arvores, e você não as conhece, pois em seu
planeta elas não existêm – responde Gob Zedo.
– Mas são iguais as nossas árvores?
– Não, são bem diferentes, mas, mesmo assim, têm as
mesmas cores.
– Você pode me descrever o formato que essa coisa...
Dario é interrompido por Morgo quando ele aponta para o
horizonte e avisa:
– Ali está Kalarot.
Bem no horizonte, começa a surgir uma enorme montanha
solitária. O formato da montanha ia ficando cada vez mais claro,
para Dario e Narlia, conforme a nave ia se aproximando da
montanha.
– Já ouvi falar nessa montanha! – comenta Narlia.
– Todos aqui já ouviram falar na montanha Kalarot, menos o
terráqueo aí – comenta Morgo, apontando para Dario com o seu
polegar direito.
– Mas o que têm de tão importante nela?
– Você verá.

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Quando a nave Kormon Dego chega à montanha


Kalarot, Morgo a leva diretamente para uma região escondida,
onde fica a entrada de uma caverna, que é mais larga do que a
própria nave. Uma coisa que Dario e Narlia acharam muito
estranho foi que a entrada e o resto que eles podiam ver dela, antes
de aprofundar na escuridão, pareciam terem sido criadas por
alguém.
– Você já ouvido falar nessa caverna, não é? – pergunta
Morgo, para Narlia.
– Não, por que? – pergunta ela.
Enquanto penetram na caverna e depois de ter acendido os
faróis da nave, Morgo conta a história da caverna para Narlia:
– Esta caverna foi criada, à muitos anos atrás, por
mineradores que procuravam pedras preciosas. A exploração desta
montanha deu origem a atual capital de Targon. Já faz séculos que
esta mina está abandonada, quando a desativaram, o imperador de
Targon, daquela época, teve a idéia de usar a entrada para
construir uma conexão com o sistêma de túneis subterrâneos de
Kergom.
– É imprecionante – comenta Narlia.

Depois de alguns minutos de viagem, a nave Kormon


Dego, sempre se mantendo paralela ao chão, finalmente chega a
um ponto, no fundo da caverna, em que eles encontram o que
parece ser uma pequena parte de uma imensa pedra que está
enterrada no chão.
– Ai está a entrada! – comenta Morgo.
– Que entrada? – pergunta Dario.
– A entrada que liga a caverna ao sistêma de túneis.
– Eu acho que ele quis saber onde está a entrada – comenta
Narlia.
– É aquela ali – responde Morgo, apontando para a pedra.

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Narlia e Dario não entendem que Morgo se referia a pedra e
enquanto ele mexe no painel-de-controle a sua frente, os dois
tentam achar algo que se pareça com uma entrada. Depois de um
tempo, Morgo fala para todos:
– Pronto, mandei o sinal.
– Que sinal? – pergunta Dario, um pouco confuso.
– Para abrir a entrada – responde Morgo, como se estivesse
falando de uma coisa muito óbvia.
– Mas que entrada? – reclama Narlia.
– Por acaso vocês são idiotas ou algo parecido? Aquele
pedaço de pedra é a droga da entrada! – responde Morgo, irritado e
apontando para a pedra mais uma vez.
– Agora entendi. Mas também, você não explica.
– Eu estava apontando para a pedra, isso quer dizer que a
pedra está bloqueando a entrada! Somente gornulianos e
terráqueos conseguem ser tão burros!
– Não somos burros, você é que não sabe explicar as coisas
direito!
– Fique quieta ou eu te amarro nos propulsores de minha
nave e deixo você queimar lá!
– Que medo! – provoca Narlia.
– Farei isso mesmo!
Quando os dois param de discutir, Morgo percebe que os
outros piratas, com exceção de alguns poucos e Gob Zedo, estão
tentando segurar os seus risos.
– Estão rindo do que? Posso fazer o mesmo com vocês! –
reclama Morgo, em voz alta.
Enquanto os piratas se esforçam mais para esconder os risos,
a pedra que ficava no chão da caverna começa a afundar até que
desaparece deixando um imenso e sombrio buraco no chão.
– Só agora é que essa droga de pedra vai sair da frente! –
reclama Morgo, em voz alta.
Controlando a nave, Morgo a mergulha no buraco. Lá dentro,
ninguém consegue enxergar quase nada. Com o pouco que os
faróis conseguem iluminar, pode-se perceber que a nave está
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dentro de um imenso túnel escuro, cilindrico e largo. Fazendo um
esforço para enxergar direito, Narlia começa a prestar atenção nas
paredes do túnel, e percebe que há centenas de pequenos objetos
redondos nas paredes.
– Aquilo são gilizias? – pergunta Narlia, apontando para
onde ela vê os objetos.
– Com certeza e parece que há muito mais do que havia na
época em que eu visitava este lugar– responde Morgo.
– Elas se espalham muito rápido, o túnel pode estar cheio
delas. Podemos usá-las?
– Claro! Gob Zedo, eu quero que você desça lá e as ative.
– Sim, senhor – responde Gob Zedo, que se retira da ponte
de comando logo depois.
– Preste atenção naquela escuridão, Dario – diz Morgo,
virando-se para Dario.
Dario e todos os outros presentes na ponte de comando
começam a prestar atenção para o escuro que estava ao lado de
fora da nave.
Gob Zedo chega a uma das portas de saída da nave e quando
ele a abre uma ventania entra na nave, tudo que ele vê, além da
porta, é uma escuridão imensa. Ele prepara uma de suas armas
láser e sem pensar, aponta para o escuro e atira sem mirar. Quando
o láser atinge a parede do túnel ele acerta várias gilizias com uma
explosão. As gilizias são do tamanho de uma bola de futebol, elas
têm um formato redondo, várias antenas gordas e curtas e raízes
que as mantém fixas na parede. Um fogo, causado pela explosão
do raio láser, começa a se espalhar pelas gilizias sem ir muito
longe. O fogo e o raio láser irritaram as gilizias fazendo com que
as antenas começassem a emitir uma luz azul e essa iluminação faz
com que as gilizias que estavam apagadas começassem reagir,
assim fazendo com que todas as gilizias iluminassem o túnel todo.
Dario fica impressionado com a beleza daquela iluminação
azul tomando conta do túnel inteiro, permitindo-lhes enxergar até
o seu final, pois ele estava todo tomado por gilizias.

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Vendo que Dario estava impressionado, Morgo resolve
explicar:
– Sempre que as gilizias são irritadas, elas começam a emitir
uma luz azul e sempre que uma gilizia apagada percebe que a sua
vizinha está emitindo essa luz, ela faz o mesmo.
– É realmente impressionante – comenta Dario, ainda
impressionado com a beleza da iluminação causada pelas gilizias.
Gob Zedo chega a ponte de comando e diz a Morgo:
– Já fechei a porta, podemos ir em frente, senhor.
– Preparem-se, vamos partir – avisa Morgo, para todos que
estão na ponte de comando.
A nave Kormon Dego parte seguindo pelo túnel em direção à
cidade de Kergom. Mas, todos que estavam na nave se esqueceram
de um detalhe, a entrada por onde eles vieram, foi esquecida
aberta.

Enquanto avançam em direção ao fim do túnel, Morgo,


que estava pilotando a nave, olha para Dario e Narlia e logo
depois, diz:
– Pelo amor de deus! Gob Zedo, dê logo uma arma para esse
dois! Vendo eles totalmente desarmados chega a me dar aflição!
– Sim, senhor – responde Gob Zedo.
Gob Zedo chama Dario e Narlia e os três se retiram da ponte
de comando.
Dario e Narlia vão seguindo Gob Zedo pelos corredores da
nave até que chegam a uma sala cheia de equipamentos,
principalmente armas. Gob Zedo começa a fazer uma rápida
apresentação das armas, pegando primeiro, uma arma, que mais se
parecia como uma pistola, e explica rapidamente para Dario:
– Esta é mirich-Z7, pode parecer uma pouco patética, mas ela
é muito boa. É sempre recomendada para aqueles que forem a uma
batalha.

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Logo depois ele pega uma arma um pouco maior, com o
formato semelhante a uma metralhadora, para apresenta-la
também:
– Essa é archtof-P, é muito mais potente que a mirich-Z7. Eu
recomendo que você use essa.
Logo depois, pega uma arma que é maior ainda do que a
archtof-P e é o último dos três tipos de armas que existêm na nave
Kormon Dego:
– E esta arma aqui é a cardom-K20, a melhor que têmos na
nave, mas também a mais complicada de se usar. Ela é um dos
poucos tipos de armas que dão ao usuário a capacidade regular a
potencia do tiro, desde leves queimadas até perfuração de paredes
de aço com dois palmos de grossura. Esta é minha preferida.
Para terminar a apresentação, Gob Zedo pega, com uma de
suas mãos, um cinto com várias caixas pequenas penduradas e
com a outra mão, uma jaqueta preta e grossa:
– E por último, apresento-lhe o cinturão energético e a
jaqueta condutora. O cinturão energético é um cinturão carregando
várias baterias potentes e a jaqueta condutora têm, escondido
dentro dela, um cabo grosso que vai da cintura até os pulsos
ligando o cinturão à arma que vocês estiverem usando.
– Não há nada que eu não conheça – comenta Narlia.
– Quais, dos três tipos de armas, vocês querem?
– Levarei duas mirichs e uma archtof – responde Narlia.
– E você, terráqueo, o que levará? – pergunta Gob Zedo
olhando para Dario.
– Vou levar os mesmos que Narlia – responde Dario.
Enquanto Gob Zedo entrega as armas, a jaqueta e o cinturão
para Dario e Narlia, ele comenta, brincando:
– Vocês são muito moles. Deveriam fazer como eu, vou
levar todas!
Enquanto Gob Zedo prepara o material que ele irá usar, surge
uma dúvida na cabeça de Dario:
– Como eu uso estas armas?

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– É só puxar o gatilho – responde Gob Zedo enquanto ele se
arruma.
– É mesmo! – pergunta Dario, sarcasticamente.
– Pode deixar, eu lhe mostrarei – responde Narlia, que já
havia terminado de se arrumar.
Enquanto ela o mostra como usar as armas, ele pergunta:
– Eu conheço o laser, usamos maquinas com laser na Terra,
mas o que é que as outras armas disparam?
– Chamamos de fogo elétrico, existe na Terra, mas lá vocês a
chamam de raio globular * e os terráqueos ainda não aprenderam a
reproduzir, só a natureza é que produz. Os maiores nós chamamos
de sferions e também são produzidos pela natureza, na Terra
alguns os chamam de bola-de-fogo-verde **.
Uma vez que os três já estão prontos para uma batalha, saem
da sala das armas e seguem para a ponte de comando da nave.

*
Raio Globular: Descarga elétrica em forma circular e ocorre raramente em tempestades.
**
Bola-de-Fogo-Verde: Fenômeno raro ainda não compreendido que ocorre durante tempestades e pode
causar estragos se atingir algo.
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Capítulo 35

O novo portal galatico

Dentro do prédio em que Morgo pretende chegar, em


uma das salas, vários homens e gulns usando roupas brancas,
estavam trabalhando em unir o fragmento, que eles retiraram de
Dario, à esfera de vidro. Juntando os dois pedaços, eles terão
completado a chave do portal galáctico. Logo ao lado estava Guler
Do Rárzem, observando o processo de unificação da esfera com o
seu fragmento.
Com os dois pedaços unidos, a esfera estava completa e um
dos gulns a pega e, lentamente, entrega-a a Guler Do Rárzem.
Com a esfera em suas mãos, Guler Do Rárzem dá um leve sorriso
e comenta para todos, em targoniano:
– Ela é muito bela. É a chave que irá nos permitir o domínio
total do Universo Conhecido.
Um homem se aproxima de Guler Do Rárzem e avisa:
– Senhor, está na hora, eles estão esperando.
– E como eles estão agindo? – pergunta Guler Do Rárzem.
– Estão muito ansiosos, senhor.
– Então vamos dar-lhes as boas notícias – responde Guler Do
Rárzem, enquanto coloca a esfera dentro de uma caixa aberta que
está nas mãos de um guln. Depois de fechar a caixa ele sai da sala
enquanto o guln que está segurando a caixa e vários outros o
seguem.

A nave Kormon Dego finalmente chega logo abaixo do


prédio onde Guler Do Rárzem está. Morgo pára a nave levemente
assim que ela vai se aproximando a uma plataforma que se localiza

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na parede do túnel em que a nave estava. A plataforma têm o
formato de um meio círculo saindo da parede.
Uma vez que uma das portas da nave fica posicionada
próxima a plataforma, Morgo pára a nave completamente e
começa a falar com todos os presentes na ponte de comando.
– Eu quero todos lá embaixo imediatamente. Gob Zedo, eu
quero que você abra a porta e acione a ponte. Eu também quero
que Regulus, Arcturus e Maestro fiquem aqui tomando conta da
nave enquanto estivermos fora.
Regulus, Arcturus e Maestro, concordam com suas as ordens
e ficam na ponte de comando enquanto o resto dos piratas saem da
nave.
Regulus é um dos piratas da nave, e ele recebeu esse apelido
por ter vindo do sistema estelar Regulus. Ele alto e tem um cabelo
comprido no estilo dread je e usa roupas escuras, com um casaco
longo e marrom e está sempre com enfeites naturais no corpo, que
se parecem com enfeites indigenas. Arcturus é piloto da nave
Kormon Dego e assim como Regulus, ele foi apelidado com o
nome do sistema de que veio. Ele usa uniformes militares, óculos
de proteção, com lente escura, e tem um cabelo comprido que
surge de uma bandana preta que ele usa.
A porta da nave, que estava próxima a plataforma, se abre ao
mesmo têmpo em que uma ponte metálica surge debaixo dela e se
estica até a plataforma. Com a porta totalmente aberta e a ponte
esticada até a plataforma, os piratas começam a sair, um por um,
olhando para os lados, atentos a qualquer perigo que possa surgir.
Conforme Dario e Narlia atravessavam a plataforma juntos com os
piratas, os dois percebiam que estava lotada de gilizias, mas entre
elas havia espaço o suficiente para que todos passassem.
Chegando ao final da plataforma, eles encontram uma porta
de elevador e uma porta que leva a uma escada. Um dos piratas
aperta o botão do elevador com a intenção de chamá-lo, mas logo
percebe que não á energia e diz a todos:
– O elevador está sem energia.

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– É claro que está sem energia, a muitos anos este lugar não
é utilizado – responde Morgo.
– E mesmo que estivesse com energia, não estaria em
condições de ser usada – comenta Gob Zedo.
– Iremos usar a escada – comenta Morgo, apontando para a
porta da escada.

Muito acima de onde os piratas estão, há um imenso


salão com um teto em formato de domo. O salão está lotado de
soldados targonianos e todos estão em volta de uma imensa
máquina, localizada no centro do salão que têm, saindo dela, uma
ponte fina e baixa ligando a máquina a uma porta localizada em
uma das paredes do salão. A máquina é cheia de detalhes têm um
formato que é largo em sua base e vai encurtando em direção ao
topo.
Os soldados targonianos estão agitados gritando, juntos e
repetidamente, “Rárzem, Rárzem, Rárzem...” até que a porta que
se localiza no final da ponte se abre e atrás dela estava Guler Do
Rárzem parado como uma pedra olhando diretamente para a
máquina e, como sempre, com uma expressão séria em seu rosto.
Quando os soldados targonianos viram que Guler Do Rárzem
havia chegado, começaram a ficar mais agitados ainda e cada um
começou a gritar uma coisa diferente.
Guler Do Rárzem começa a caminhar, lentamente, pela ponte
seguindo até a enorme máquina.

Enquanto isso, no mesmo prédio, dentro de uma sala


escura, mal cuidada e cheia de máquinas grandes, sujas e
funcionando, uma tampa semelhante a uma tampa de esgoto,
localizada no chão, começa a se mexer até que ela sai do lugar
deixando um largo buraco no chão e desse buraco sai Gob Zedo,
sempre atento a qualquer perigo. Depois que sai completamente do
buraco, ele examina a sala e depois, se aproxima do buraco e diz:
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– Está livre, pessoal!
Depois desse aviso, os outros piratas que o seguiam
começaram a sair do buraco e após todos terem saído, Morgo,
Dario e Narlia saem do buraco. Morgo dá uma boa olhada em
volta da sala e diz:
– Que lugar nojento. Estes são supostos ser reguladores te
têmperatura.
– Para o inverno? – pergunta Dario.
– Já estamos no inverno, elas são para esfriar no verão!
– Mas não parecia inverno lá fora.
– Você não faz idéia de como este planeta é quente, Kergom
ainda fica localiazada perto do pólo norte de Targon.
– Estou escutando um chiado e não são as máquinas que o
estão produzindo – comenta Narlia, olhando para cima.
Todos começam a prestar atenção no som para tentar ouvir o
chiado.
– Também estou escutando – comenta um pirata.
– Ela têm razão – comenta Gob Zedo –. Não são as
máquinas.
– São gritos – completa Morgo –. E eu sei exatamente de
onde elas vem. Sigam me.

Na sala em que os targonianos estão, os soldados ficam


cada vez mais agitados conforme Gule Dor Rárzem se aproximava
da máquina e assim que ele chega, pára e, olhando para ela,
lentamente estende as suas duas mãos fazendo um gesto indicando
que ele quer silêncio. Em poucos segundos o silêncio toma conta
do salão todo e todos ficam atentos para ouvir o que Guler Do
Rárzem têm a dizer:
– Há muitos anos atrás, o nosso povo foi humilhado quando
tentamos tomar o controle da Galáxia. Até hoje o nosso povo têm
carregado essa vergonha.
– Hoje, trago a vocês um plano que irá reduzir a cinzas,
aqueles que nos humilharam e nos permitirá controle total de todo
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superior esquerdo de cada página. É ilegal a utilização desta obra sem antes consultar o seu autor.
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o Universo Conhecido. Os gornulianos passarão a ser apenas uma
simples lembrança.
A agitação dos targonianos começa mais uma vez. Enquanto
gritam, Guler Do Rárzem se vira para a porta de onde veio ergue a
sua mão direita fazendo um gesto como se estivesse chamando
alguém. Logo em seguida, passa, pela porta de onde ele veio, um
homem, seguindo pela ponte, segurando uma enorme caixa verde
em suas mãos. Quando o homem se aproxima de Guler Do
Rárzem, ele abre a caixa e de lá de dentro retira a esfera. Guler Do
Rárzem ergue-a até acima de sua cabeça ao mesmo têmpo em que
o silêncio total volta a tomar conta do salão inteiro. Guler Do
Rárzem espera por alguns segundos e começa a falar mais uma
vez:
– Aqui está a chave que nos permitirá o que, por séculos, nós
tenhamos sonhado.
Os targonianos voltam a ficar agitados e, enquanto isso,
Guler Do Rárzem coloca a esfera dentro de um buraco da máquina
e afasta as suas mãos, o buraco se fecha sozinho e, logo depois,
surgem de dentro da máquina dois globos diferentes, um da Terra
e outro de Targon. Lentamente, Guler Do Rárzem encosta uma
mão em cada globo, os dois globos começam a brilhar ao mesmo
têmpo e a máquina começa a funcionar, fazendo com que todos
que estavam no salão ficassem, novamente, em silêncio.
No mesmo instante, Morgo, Gob Zedo, Dario, Narlia e os
piratas de Morgo chegam em um corredor, localizado bem ao lado
do salão. Através de uma fresta horizontal na parede, conseguem
espiar tudo que acontece no salão. Depois de perceber o que está
acontecendo, Morgo olha seriamente para os outros e diz para eles:
– Chegamos tarde demais!
– Como assim – pergunta Dario.
– O portal foi ligado – responde Morgo, com muita
preocupação.

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Depois de alguns segundos de funcionamento da


máquina, Guler Do Rárzem olha para uma tela gigantesca
pendurada no teto, logo atrás da máquina. Uma imagem de um
guln aparece na tela e Guler Do Rárzem pergunta para ele:
– E então, está funcionando?
O guln leva um têmpo para responder e com um leve sorriso
no rosto ele responde:
– Sim, senhor, o portal galáctico está funcionando
perfeitamente.
Guler Do Rárzem sorri e diz para todos:
– Meus caros targonianos, como vocês podem notar,
conseguimos unir Targon ao planeta Terra, que é o berço da
humanidade e que também é o caminho para a nossa vitória, o
dominio da Galaxia.
Os targonianos ficam agitados mais uma vez e logo depois
ficam quietos quando percebem que Guler Do Rárzem quer falar
com o guln que está na tela:
– Iniciem o grande bloqueio.
– Sim, senhor – responde o guln.
– Hoje mesmo iniciaremos a invasão da Terra – diz Guler Do
Rárzem, para todos.
Os soldados targonianos voltam a ficar agitados e Guler Do
Rárzem começa a se retira do salão.
Dario olha, espantado, para os outros e pergunta:
– Isso quer dizer que eles...
– Ainda não! – interrompe Morgo –. Eles estão muito
próximos, mas ainda não estão lá.
– Como você pode ter tanta certeza?
– Porque nós estamos aqui.
– Mas vocês são apenas uns poucos piratas!
– Mas nós sabemos muitos detalhes sobre eles, inclusive
alguns pontos fracos.
– Vocês não podem avisar aos gornulianos?

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– Não sei se você percebeu, mas Guler Do Rárzem ordenou o
grande bloqueio, isso quer dizer que eles desligarão todos os
portais galácticos ligados a Targon e só dois continuarão
funcionando, o que leva a Terra e um outro que eles criaram, em
segredo, por vários motivos relacionados ao plano deles. Desta
forma ninguém saberá o que estará acontecendo em Targon,
somente aqueles que estão aqui saberão. O resto da Galaxia só
saberá o que Targon planeja, quando for tarde demais.
– Acho que não deveríamos ficar conversando agora –
reclama Narlia.
– Eu sei exatamente onde Guler Do Rárzem está indo agora,
é só vocês me seguirem.
Morgo conduz todos por uma direção do corredor e tenta
levá-los com a maior pressa possível.

Sendo escoltado, Guler Do Rárzem anda pelos


corredores do prédio até que chega em uma esquina, virando a
esquerda, ele chega a um corredor curto que termina em uma porta
aberta de uma nave.
Quando Guler Do Rárzem está entrando na nave, Morgo e os
outros que o seguiam chegam bem na hora, surgindo do corredor
que estava do outro lado da esquina.
– ATIREM! – grita Morgo, assim que ele nota que Guler Do
Rárzem está entrando na nave.
Os piratas, Narlia e até Dario começam a atirar nos
targonianos assim que Morgo dá o sinal, mas Guler Do Rárzem
rapidamente entra na nave e seus soldados fecham a porta,
enquanto eles se defendem dos tiros dos piratas, e logo em seguida
começam a atirar, respondendo ao ataque.
O tiroteio termina quando todos os soldados targonianos
morrem e três dos piratas de Morgo também morrem. Logo em
seguida, Gob Zedo corre até a esquina e lentamente, examina os
outros corredores para saber se não há ninguém chegando, ele se
vira para os demais e faz um gesto com as mãos, pedindo para que
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atravessem a esquina. Morgo e os outros começam a atravessar a
esquina e quando todos atravessaram, menos Dario, Narlia e um
dos piratas, eles escutam um grito pronunciando uma palavra em
targoniano:
– KERLIOF!!!
A palavra significava “atirem”, em targoniano e vinha do
corredor que atravessava o corredor em que estavam os piratas,
Dario e Narlia. Tiros, vindo do corredor à direita deles,
começaram a passar pela esquina, acertando a perna de Zeleorb,
um dos piratas de Morgo, logo antes dele pular para frente,
protegendo-se dos tiros.
Dois dos piratas ficam bem próximos à esquina, preparando-
se para atirar em qualquer soldado targoniano que se aproximar.
Enquanto isso, Gob Zedo corre até a porta da nave em que Guler
Do Rárzem havia entrado. Chegando lá ele examina a porta e
depois se vira para os outros e diz:
– Está trancada!
– Claro que está e mesmo que pudéssemos entrar, está cheio
de soldados lá dentro! – responde Morgo, tendo que falar alto por
causa dos tiros.
Gob Zedo dá uma rápida olhada em volta do corredor até que
ele percebe que há uma tampa no chão, semelhante a uma tampa
de esgoto.
– Vamos fugir por baixo – comenta Gob Zedo, apontando
para a tampa.
De repente, os targonianos param de atirar. Quando Morgo
percebe isso, ele se vira para os piratas que estão mais perto da
esquina e reclama:
– Eu não gosto desse silêncio!
Imediatamente, os dois começam a atirar na direção de onde
vinham os tiros e os targonianos respondem voltando a atirar.
Morgo se vira para Gob Zedo e comenta:
– Ótima idéia, Gob Zedo, mas o que faremos com o
terráqueo e a gornuliana.

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– Teriam que tentar outro caminho, eles não podem passar
por ali – responde Gob Zedo, apontando para a esquina.
Morgo pensa enquanto Gob Zedo começa a retirar tampa.
Quando Morgo tem uma idéia, ele tenta gritar para falar com
Narlia enquanto os targonianos atiram:
– Narlia!
– O que foi? – pergunta Narlia, que ainda estava do outro
lado da esquina, com Dario.
– Você não pode vir conosco, e terá de sair do prédio por
outro caminho! Mas eu tive uma idéia, você pode, antes, tentar
subir até o teto e interceptar a nave de Guler Do Rárzem.
– É uma boa idéia, vou tentar isso!
– Então vá antes que ele parta.
Narlia parte imediatamente, com a intenção de chegar ao
teto, levando Dario junto.
Quando Dario e Narlia somem de vista dos piratas, Gob
Zedo consegue terminar de retirar a tampa do chão, deixando no
lugar um buraco largo o suficiente para um ser humano passar.
– Entrem – grita Gob Zedo.
Os piratas começam a entrar, menos Gob Zedo, Morgo, os
dois que estavam próximos à esquina e Zeleorb, que estava com a
perna ferida.
Morgo tentava ajudar Zeleorb, que estava deitado e muito
cansado, quando, com um movimento brusco, ele empurra Morgo
para trás:
– O que deu em você? – pergunta Morgo, espantado.
– Não quero ser carregado – responde Zeleorb, zangado.
– Mas que droga, você pode morrer se ninguém lhe ajudar!
– Todos vocês podem morrer se insistirem em me levar
junto.
Enquanto Morgo olha espantado para Zeleorb, Zeleorb
inclina a sua cabeça para baixo, com uma expressão de tristeza em
seu rosto e responde:
– Acho que o meu momento chegou!

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– Você não sabe do que eles são capazes de fazer com você
se eles o pegarem – comenta Morgo.
– Não deixarei isso acontecer. De me uma granada e dêem o
fora imediatamente!
Morgo pensa um pouco, mas logo ele entrega a granada para
Zeleorb e manda Gob Zedo e os outros piratas entrarem no buraco.
Logo depois, Morgo entra no buraco e recoloca a tampa.

Zeleorb fica sozinho com uma granada em suas mãos


enquanto escuta o som e sente o impacto dos tiros atingondo as
paredes. Logo os tiros param e em poucos minutos, Zeleorb vê os
soldados targonianos chegando no corredor em que ele estava. Os
targonianos observam, com bastante atenção, aquele pirata
deitado, cansado e ferido, quando Zelerob ergue a granada em sua
mão direita, mostrando a eles que ele havia acabado de ativá-la, e
diz:
– Vou adorar que vocês venham comigo!
Os soldados ficam espantados, mas antes que possam fazer
qualquer coisa a granada explode causando um grande impacto e
matando Zelerob e todos os soldados que estavam próximos a ele.

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Capítulo 36

A Nave-apocalipse

Dario e Narlia estão correndo, subindo uma escada em


espiral dentro do prédio, quando escutam um barulho de explosão
e sentêm um tremor no chão. Assustados, os dois param por um
têmpo.
– O que foi isso? – pergunta Dario.
– Parecia uma explosão – responde Narlia.
– E de onde veio?
– Acho que foi de onde saímos. Só espero que tenha matado
vários targonianos.
Os dois se acalmam e voltam a subir a escada, correndo.

Chegando ao telhado do prédio e Narlia olha para o céu


em direção ao oeste. Ainda tentando recuperar o fôlego e sem
saber o que Narlia está fazendo, Dario pergunta:
– Você está procurando a nave?
– Sim, mas parece que ela já sumiu – responde Narlia, ainda
sem fôlego e um pouco desapontada.
– E eu achei que ela ainda estava no mesmo lugar que estava
antes.
Narlia olha para Dario, pensando no que ele disse, e depois
corre até ate a borda oeste do prédio e olha para baixo, Dario faz o
mesmo. Quando olha para baixo, ela não vê nada além do chão,
distante deles, e um buraco enorme localizado logo abaixo deles,
na parede do prédio em que eles estão. Sem entender nada, ele
pergunta para Narlia:
– O que você está procurando?
– Estou analisando – responde ela.
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– Analisando o quê?
– Aquele buraco é o fim de um túnel e é nesse túnel em que
está a nave. Quando a nave sair, ela sairá por esse buraco. O que
eu estou tentando descobrir é se a nave já passou.
– E qual foi a sua conclusão?
– Não passou, ela ainda está lá dentro, pode-se houvir um
som de leve saindo do tunel.
– E o que faremos quando a nave sair de lá?
– Atiraremos nela.
– Certo.
– Não será fácil, pois eles já sabem de nós e tentarão se
misturar com as outras nav...
Narlia se cala de repente e começa pensar com a cabeça
baixa, depois ela olha para o oeste e comenta:
– Têm duas coisas muito erradas aqui!
– E o que é? – pergunta Dario.
– Por que eles estão demorando tanto para sair e por que não
há uma única nave no céu?
Dario olha para o oeste e percebe que realmente não há uma
nave no céu. Olhando do prédio para o horizonte, ele vê centenas
de prédios e, de um certo ponto até o horizonte, vê um oceano cujo
nome é Olamag.
– Deveria haver naves? – pergunta Dario.
– Várias! – responde Narlia. – São tantas que chegamos a ver
só um a nuvem quando se observa de lon...
– Você está sentindo isso? – pergunta Dario, espantado e
olhando para o chão.
– Sentindo o que?
– Uma espécie de vibração! No começo ela estava fraca e
achei que não fosse nada, mas agora está ficando cada vez mais
forte!
Narlia tenta sentir a vibração, que vinha do chão, e ela acaba
percebendo:
– Sim, estou sentindo! Mas não sei o que é!

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Ela olha para os lados e é nesse momento que ela olha para o
leste e vê algo que ela nunca viu antes, uma gigantesca nave com
um formato redondo e achatado, tão grande que poderia cobrir a
cidade inteira. A nave se deslocava do leste para o oeste e, por
onde ela passa, fica uma imensa escuridão abaixo, causado por sua
enorme sombra.
Dario e Narlia ficam impressionados com o tamanho da
gigantesca nave, a medida que ela se aproximava deles.
Os dois observam até que a nave começa a passar por cima
deles, transformando o dia em noite.
– É uma Nave-Apocalipse – comenta Narlia, enquanto ela
olha para cima.
– Nave-Apocalipse? – exclama Dario.
– Elas têm a capacidade de devastar a civilização de um
planeta inteiro. Nunca achei que viveria para ver uma dessas de
verdade!
– Então é isso que eles pretendem fazer com a Terra,
devasta-la para conquista-la?
Narlia olha, lentamente e ainda assustada, para Dario e
responde:
– Exatamente.
De repente, em quanto os dois estavam distraídos, a nave de
Guler Do Rárzem parte rapidamente. Quando os dois percebem, já
era tarde demais, pois a nave foi muito rápida.
– Atire! – grita Narlia.
Ainda acreditando que eles poderiam acertar a nave, os dois
tentam mirar nela e atiram. Os tiros não acertam e a nave acaba
conseguindo escapar, entrando por uma abertura luminosa na
Nave-apocalipse.
– O que faremos agora? – pergunta Dario.
De repente, enquanto Narlia pensa no que irão fazer,
centenas de soldados targonianos surgem no telhado, apontando
suas armas e obrigando-os a largar as suas, os dois não têm
escolha e acabam tendo que fazer o que soldados targonianos
pedem.
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Através de um sistêma de túneis do prédio, Morgo e os


seus piratas chegam a sala das máquinas reguladoras de
têmperatura, que é mesmo lugar em que eles chegaram quando
eles entraram no prédio. Gob Zedo começa a retirar a tampa, que
tapava o buraco no chão, quando Noturno interrompe, perguntando
enquanto olha para o chão:
– Que tremedeira é essa?
Os outros tentam sentir o mesmo. Gob Zedo sente o tremor e
diz:
– Também sinto! Não vem do prédio!
– Só pode ser uma coisa para causar essa tremor. Do Rárzem
ativou Erzelom – comenta Morgo, com muita calma e olhando
para o teto.
– É mesmo, não imaginei que fosse assim! Isso quer dizer
que Dario e Narlia não conseguiram destruir a nave de Guler Do
Rárzem.
Morgo volta a olhar para os outros piratas e diz:
– Vamos continuar a fazer o que fazíamos, ainda precisamos
sair vivos daqui. E ninguém faça barulho nenhum.
De repente, o comunicador de Morgo, que fica no pulso dele,
começa a tocar. Morgo, rapidamente, atende a chamada para evitar
que algum targoniano escute.
– O que foi? – pergunta Morgo, nervoso, para a pessoa que o
chamou.
– Senhor, aqui é Regulus...
– Pois eu vou arrancar-lhe as tripas! Você não têm idéia do
risco que você nos fez correr com essa chamada!
– Me desculpe, senhor, mas é que algo interessante
aconteceu.
– E que tipo de “algo” é esse?
– Você não vai acreditar se eu disser, senhor, terá que vir
aqui para ver.

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– E era exatamente isso que nós estávamos fazendo quando
você nos chamou!
Sem dizer mais nada, Morgo desliga o comunicador e volta a
fazer o que estava fazendo.

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Capítulo 37

De volta a Terra

A nave Erzelom sai da cidade de Kergom e se afasta,


começando a sobrevoar o oceano Olamag. Uma pequena nave de
transporte de passageiros targoniana sai do prédio e segue em
direção à Erzelom, que a esse ponto já estava longe da cidade
avançando para o oceano. A pequena nave levava Dario e Narlia
direto para o imperador Guler Do Rárzem.
A nave entra por um buraco largo, localizado em uma das
paredes da Erzelom, que é o início de um imenso túnel que segue
até o centro dessa nave.
Enquanto estão sendo vigiados por soldados targonianos,
Dario e Narlia ficam impressionados ao ver por dentro a estrutura
da gigantesca nave e as luzes que vinham das janelas localizadas
nas paredes do túnel.

A pequena nave segue pelo túnel da nave Erzelom até


chegar ao seu centro.
O centro é oco como uma imensa bolha e no meio dela há
uma torre larga que vai do chão até o teto e quatro pontes, em
formato de túneis retangulares, estão ligando a torre as paredes da
bolha. De todos os cantos, vinham algumas luzes de janelas.
A nave se acopla em uma das partes da torre e os soldados
targonianos que estavam dentro da nave começam a sair dela,
levando Dario e Narlia para Guler Do Rárzem.

Guler Do Rárzem está em uma sala especial onde há


várias poltronas de viagem, com aparelhos para segurarem as
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pessoas durante a viagem. Na sala também há várias telas,
mostrando imagens de dentro e de locais em volta de Erzelom.
Junto com Guler Do Razen estão cinco soldados, que estão ali para
protegê-lo de qualquer tipo de ameaça.
Guler Do Rárzem observa imagens ao vivo de locais dentro
da nave e do oceano, que no momento está passando bem embaixo
deles, quando três soldados chegam a sala onde ele estava,
trazendo Dario e Narlia.
Percebendo que eles haviam chegado, Guler Do Razren diz:
– Finalmente vocês chegaram. Achei que iríamos partir de
Targon sem esses dois.
Ele chega perto dos dois e fica quieto por um têpo olhando
para Narlia bem de perto e diz:
– Você até que causa bastante desgraça para uma garota tão
bonita. Começou como uma espiã gornuliana e a partir daí,
causou, para nós, uma desgraça atrás da outra. Chegou bem
próxima de arruinar o que, por vários anos, eu tenho planejado.
Mas nós também têmos nossas surpresas.
Depois ele se vira para Dario e diz:
– Você. Causou bastante problema para um simples
terráqueo, não é?
– Somos inúteis para você, o que quer de nós? – pergunta
Narlia, com raiva.
Virando-se para Narlia, ele responde para os dois:
– Que vocês sintam o que sentimos. Quando toda a Galáxia
for nossa, iremos libertá-los em um lugar isolado. Vocês poderão
morrer, mas isso acontecerá se quiserem se matar por causa
vergonha que sentirão por terem falhado.
– Vocês nunca conseguirão dominar a Galáxia. Em algum
momento, vocês falharão – comenta Narlia.
– Têmos planejado isso há vários ano. Não acredito que
falharemos.
Narlia fica quieta e, por um instante, todos na sala ficam
quietos. Enquanto isso, Guler Do Rárzem se afasta dos dois e se
aproxima das telas da sala. Virando-se para a tela maior, vê
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imagens de Erzelom, que vão se mudando a cada cinco segundos.
Fixando o olhar na tela maior, ele diz:
– Erzelom é uma nave magnífica. Somente uma parecida foi
construída em toda história, o nome dela era Gorzben. Foi
construída por nós e conseguiu destruir Morboren, que na época
era o maior império de toda a Galáxia e hoje é lembrada somente
por seu planeta capital ter virado o único planeta prisão que existe.
Depois dessa vitória, ficamos tão confiantes que acabamos
abaixando as nossas defesas. Foi aí que os gornulianos vieram, foi
ai que Gorzben foi destruído e foi ai que perdemos – as últimas
palavras são ditas com um tom de tristeza em sua voz ao mesmo
têmpo em que ele abaixa a cabeça.
Guler Do Rárzem levanta a sua cabeça e volta a falar com
Dario e Narlia:
– Planeta Gornul têm o melhor sistêma de defesa de toda a
Galaxia. Isso é uma das coisas que os torna invencíveis. Para
podermos derrotá-los, precisaríamos de cinco naves apocalipse.
Mas com o nosso plano, precisaremos de apenas uma para poder
tomar Gornul.
– Iremos tomar a Terra e a partir daí, usaremos o Triângulo
das Bermudas para atacar Gornul de dentro, onde as defesas são
fracas, e quando Gornul cair nem a união de todos os países
poderá nos enfrentar e finalmente poderemos conquistar a Galáxia
– ele termina explicando o final com muito orgulho.
Um sinal sonoro, bem leve, começa a tocar. Guler Do
Rárzem encosta a mão na tela maior e logo depois o sinal pára e a
imagem de um humano aparece na tela maior:
– O que é, Ildior? – pergunta Guler Do Rárzem, em
targoniano, para o homem que apareceu na tela.
– Falta, exatamente, uma hora para o início da viagem –
responde o Ildior.
– Ótimo!
Ao mesmo têmpo em que a imagem de Ildior desaparece,
Guler Do Rárzem vira para os soldados que vigiavam Dario e
Narlia e diz, em targoniano:
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– Acho que está na hora de prepará-los. Quero que sejam
colocados nas poltronas desta sala.
– Sim, senhor – responde um dos soldados.
Os soldados começam a preparar Dario e Narlia em duas
poltronas que estavam próximas.

Passada quase uma hora, a nave Erzelom ainda está


sobrevoando o oceano Olamag.
Guler Do Rárzem prepara, com a ajuda de seus homens, a
poltrona em que ele está sentado. Uma vez preso a sua poltrona, os
seus homens fazem o mesmo consigo. Durante esse têmpo todo, a
maior tela da sala mostrava a imagem de ildior. Uma vez que
todos estão preparados, Ildior informa:
– Senhor, agora faltam vinte segundos para o início da
viagem.
– Ótimo – comenta Guler Do Rárzem.
Passado dez segundos, Ildior inicia a contagem regressiva
para a partida:
– Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um.
Imediatamente, todos na sala sentêm um tranco, que também
é sentido em toda a Erzelom. Era a nave iniciando a viagem para a
Terra. Através das telas, os que estavam na sala podiam ver
imagens do lado de fora. As imagens eram as mesmas que Dario
havia visto na sua viagem para Gornul. Não se via mais a luz do
dia vindo do lado de fora. A única coisa que se via era a cor preta
do espaço com várias estrelas saindo de um mesmo ponto e todos
indo para um outro. As telas mostravam vários pontos do túnel de
estrelas, inclusive o início e o fim.
Então, a nave começa a girar, lentamente, até que fique de
cabeça para baixo em relação a sua posição anterior. Depois de
passado algum têmpo a nave dá mais um tranco e uma forte
iluminação azul começa a ser mostrada nas telas. A iluminação
azul vinha do céu e do mar.

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Ao ver estas imagens, Guler Do Rárzem olha pára Dario e
Narlia e diz:
– Bem-vindos de volta a Terra.

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Capítulo 38

O inicio dofim

Chegado a Terra, a nave Erzelom se localiza


exatamente no meio do Triângulo das Bermudas e começa a se
deslocar seguindo em direção aos Estados Unidos.

Com a ajuda de seus homens, Guler Do Rárzem se solta


de sua poltrona e, logo em seguida, os homens de Do Razen
soltam Dario e Narlia de suas poltronas e enquanto os dois se
levantam Guler Do Razen se aproxima das telas e, olhando para
elas, começa a falar:
– É uma sensação muito interessante estar visitando o planeta
onde nasceu a raça humana.
– Então por que vocês vão a destrui-la – pergunta Dario, com
raiva.
– Ora, terráqueo, não vou destruir o seu planeta, só irei tomá-
lo de quem ele pertence. Farei isso acabando com as nações mais
importantes.
– Você usa uma técnica exagerada para fazer isso, sem
contar com o fato de estar fazendo um ataque surpresa! Isso é
covardia!
Guler Do Rárzem fica quieto e pensativo por um têmpo e
responde:
– Sim, “covardia”, nós, os targonianos, aprendemos muito
com a covardia. Provavelmente você nunca houviu falar no planeta
Gelbolun. É o planeta onde nasceu a raça guln e também onde
nasceu a nação targoniana. No início Targon era apenas um país e
assim que começamos a explorar o planeta Ergodem, que hoje
chamamos de Tragon, uma outra nação agiu covardemente
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conseguindo tomar o nosso pedaço de terra no planeta Gelbolun.
Só conseguimos nos salvar porque nós imigramos para o planeta
Ergodem. Se não fosse por covardia, o nosso povo nunca teria
passado por essa desgraça que passou.
Dario não diz mais nada e Guler Do Rárzem se volta para as
telas e observa as imagens. Depois de um têmpo ele se vira para os
dois e volta a falar:
– Vocês querem saber quais são os planos para o início da
invasão?
Nem Dario nem Narlia respondem, então, Guler Do Rrazen
diz:
– Bom, vou contar mesmo assim. Iremos atacar a Europa,
iniciando com um ataque em Londres e Paris ao mesmo tempo e,
enquanto isso, a Erzelom segue para a América-do-Norte. Em
Londres jogaremos uma bomba nuclear, para transformar a cidade
em cinzas e Paris será destruída por uma frota de nossas naves e,
em seguida, elas se encontrarão com a Erzelom na América-do-
Norte, onde iniciaremos a devastação do continente. A nave que
levará a bomba será a Adamastor, que é a nossa mais recente
criação, fizemos questão de nomeá-la com um nome terráqueo já
que estrearemos a nave aqui e hoje. Isso é apenas o começo da
invasão da Terra, há muito mais.
Guler Do Razen volta a prestar atenção nas imagens das telas
enquanto Dario e Narlia ficam quietos, sendo vigiados por
soldados targonianos.

Dentro da nave Erzelom, em vários lugares da nave,


soldados targonianos se juntam em salas enormes com telas
gigantescas, que não mostram nenhuma imagem. De repente, a
imagem de Guler Do Rárzem aparece nas telas de todas as salas e
todos começam a prestar atenção ao que ele vai dizer:
– Meus caros targonianos, bem-vindos ao planeta Terra, terra
onde a raça humana nasceu e também é a terra que nos permitirá o
domínio da Galáxia.
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Parando por alguns segundos, Guler Do Rárzem abaixa
cabeça, pensa e logo depois, ele levanta a cabeça e diz:
– Por muitos anos, eu pensei neste dia, pensei como seria e
pensei se viria. Lembro-me ainda hoje o dia em que eu disse a
mim mesmo, “Irei fazer isso, irei repetir os passos de meu
ancestral, Guler Do Erzelom, e desta vez, acertarei onde ele
falhou”. Foi neste dia, que, com uma simples decisão, chegamos
aqui, hoje.
Após dar uma leve pausa ele volta a falar, mas desta vez,
com mais raiva e firmeza:
– Hoje, chega o dia em que realizo o meu maior sonho. Hoje
é um momento histórico, pois presenciamos o início do fim de
tanta espera, o início do fim de tanto sofrimento e o início do fim
de todos aqueles que ousaram e ousarão a nos desafiar!
Os soldados em toda a nave se agitam com as ultimas
palavras de Guler Do Rárzem.
Enquanto todos ainda gritam agitadamente, Guler Do
Rárzem encerra odiscurso gritando:
– QUE SEJA INICIADA O FIM DA III GERRA
GALÁCTICA!!!
Todos os pilotos, chamados para o ataque correm
diretamente para as suas naves e caças, que estavam acopladas as
paredes do lado de dentro da nave, e começam a desacoplá-las.
Com as naves, os pilotos seguem pelos imensos túneis de Erzelom
até chegarem do lado de fora onde eles se encontram com a
Adamastor, que já havia saído da nave Erzelom e estava esperando
a chegada das naves.
A nave Adamastor é gigantesca, é a maior de todas, têm um
formato retangular e é de cor preta.
Uma vez reunidas, as naves começam a seguir em direção a
Europa.

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Capítulo 39

Uma última chance

Ainda dentro do Triângulo das Bermudas, as naves


targonianas lideradas pela nave Adamastor continuam seguindo
para a Europa. Muito longe desse grupo, está a nave Erzelom
seguindo para os Estados Unidos em uma velocidade muito menor.

Na sala onde estava, Guler Do Rárzem continuava


olhando para as telas, mas, desta vez, observava as imagens
filmadas pelas naves que iam para a Europa. Enquanto ele
observava as imagens, Dario e Narlia estavam em pé, sendo
vigiados por soldados targonianos.
– Esta frota é a que chamamos de “A Foice” – comenta
Guler Do Rárzem se virando para Dario e Narlia. – Por onde ela
passa, acaba com tudo. Chegará um ponto em que a Adamastor irá
se afastar do resto, levando a bomba para Londres enquanto o resto
ira devastar Paris.
Guler Do Rárzem é interrompido quando o sinal sonoro
começa a chamá-lo mais uma vez. Guler Do Rárzem se vira para a
tela e encosta a sua mão direita nela, a imagem de Ildior aparece
na tela maior.
– O que foi agora? – reclama ele.
– É porque a nave Adamastor está relatando uma coisa muito
estranha, senhor – responde Ildior.
– E eu com isso?
– Só estou informando, senhor.
– Sim, que tipo de coisa é essa?
– É uma nave no caminho da frota, senhor.

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– Naves terráqueas não podem machuca-los, elas não podem
nem sair da água.
– Não, senhor, ela está no ar.
– Só pode ser um avião – reclama ele.
– Embora ela tenha o formato de um avião, não pode ser,
pois é muito maior e está parada no ar.
Ao ficar sabendo disso, Dario e Narlia ficam chocados,
olham um para o outro e depois voltam a olhar para os monitores
enquanto Guler Do Rárzem conversa:
– O que essa nave está fazendo? – pergunta ele, com um
pouco de preocupação.
– Bem, senhor, por enquanto, só esta parado, virado para,
nós. Eu diria que está desafiando a Foice.
– Mostre-me esta nave – diz Guler Do Rárzem, com muita
seriedade.
Imediatamente, surge a imagem da frente da nave Kormon
Dego, sozinha, parada no ar e virada para a Foice. Ao vê-la, Guler
Do Rárzem diz:
– Já vi isso antes, ela vai tentar destruir o maior número
possível de naves antes de ser destruída. Ela só pode ter vindo de
Targon.
– E o que devemos fazer? – pergunta Ildior.
Guler Do Rárzem respira fundo e responde com bastante
firmeza:
– Destruam-na!
– Sim, senhor!
Imediatamente, a ordem chega até a Foice e vinte caças
partêm, aumentando a velocidade e seguindo em direção a nave
Kormon Dego.
Dario e Narlia começam a ficar preocupados com o que pode
acontecer quando as naves chegarem até Kormon Dego.

Dentro da Kormon Dego, Morgo e os outros piratas


estão em pé enquanto, muito calmos, observam as naves que se
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aproximam rapidamente. Gob Zedo, que estava logo ao lado de
Morgo, comenta, com muita seriedade:
– Vinte contra uma? É um movimento um pouco exagerado.
– Bastante exagerado – corrige Morgo.

As naves se aproximam cada vez mais e chegam a metade


do caminho. A medida que as naves vão se aproximando, Dario e
Narlia ficam cada vez mais preocupados e Guler Do Rárzem fica
cada vez mais ansioso.

As naves continuam se aproximando e os piratas


continuam calmos e muito sérios ao observarem as naves. Quando
chegam bem próximas, preparam as suas armas para atirar na
Kormon Dego e quando estão a ponto de atirar, Morgo Grita:
– AGORA!!!
Então, vários tiros láser e sferions surgem do nada, vindos de
trás da nave Kormon Dego. Os tiros acabam com todas as vinte
naves targonianas.

– O QUE?! – grita Guler Do Rárzem –. De onde vieram


estes tiros desgraçados?!

Em Kormon Dego, logo após a destruição das naves,


Morgo ordena:
– Acho que está na hora, pessoal! ATACAR!!!
A nave dispara, de repente, indo em direção a Foice e, ao
mesmo têmpo, o céu atrás dela começa a desaparecer, revelando
várias naves piratas. Era o escudo de camuflagem da nave Zirma,
que estava escondendo elas. Logo depois que o escudo de
camuflagem desaparece, as naves piratas começam a avançar em
direção a Foice.
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A frota targoniana se prepara para lutar, mas o número de
naves piratas é muito maior que o número de naves que há na
Foice.
Os dois blocos de naves avançam um contra o outro em alta
velocidade e então os grupos se chocam, causando uma grande
confusão, com cada nave indo a uma direção diferente, e o início
de um terrível e barulhento tiroteio a láser.

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Capítulo 40

A arma secreta

Guler Do Rárzem acompanha a batalha, entre


targonianos e piratas, através das telas. Ele começa a ficar irritado
quando percebe que as naves dele estão sendo destruídas e
pergunta:
– O que está acontecendo?
– Parece que está um pouco difícil derrotar os piratas, senhor
– responde Ildior.
– E por que? – pergunta Guler Do Rárzem, irritado.
– Eles são mais númerosos e têm mais armas, senhor.
– Então mandem mais naves, seus idiotas!
– Sim, senhor.
Imediatamente várias outras naves, cujo número é maior do
que o total de naves que há na batalha, começam a partir de
Erzelom seguindo, em alta velocidade, para o local da batalha.
Com a partida, Ildior informa a Guler Do Rárzem:
– As naves estão a caminho, senhor. Mas eu tenho que avisar
que pode ser que a Adamastor não agüente até que o reforço...
– Use o “Globo” – interrompe Guler Do Rárzem.
– Como? – pergunta Ildior, tendo dificuldade de acreditar no
que Guler Do Rárzen disse.
– Você me entendeu, use o Globo!
– Mas senhor, o Globo ainda não está pronto!
– Eu achava que estava operacional!
– Sim, mas se ele for atingido, poderá destruir a nave toda!
– Eles não sabem disso. Agora mande-os usar a droga do
Globo!
– Senhor, isso é muito arris...
– USE A DROGA DO GLOBO!!!
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– Sim, senhor – responde o Ildior, assustado.

Na ponte de comando da nave Kormon Dego, Morgo e


seus piratas estão todos tensos por causa da batalha. Enquanto
Morgo procura por fraquezas nos targonianos, Gob Zedo, que
controlava uma das armas da nave com a ajuda de uma tela que
mostrava imagens do lado de fora, o chama:
– Senhor.
– Isso têm que ser muito importante, Gob Zedo – responde
Morgo, prestando muita atenção nas naves targonianas.
– E é, senhor. Há algo se abrindo na nave maior.
Morgo fica um pouco confuso com isso e diz:
– Passe a imagem para a minha tela.
Gob Zedo mexe nos controles do painel a sua frente e logo
depois, a imagem que ele via é vista na tela do painel-de-controle a
frente de Morgo. Ele presta bastante atenção e percebe que na
parte frontal da Adamastor há uma pequena parte se abrindo
deixando um imenso buraco na frente da nave. Ao prestar mais
atenção ele percebe que do fundo do buraco surge uma enorme
metade de uma esfera feita de uma matéria azul e transparente.
Morgo começa a reconhecer o globo e então olha ao redor
para ver qual é a posição das naves piratas e targonianas. É nesse
momento que percebe que as naves targonianas parecem ter se
afastado da frente da Adamastor, fazendo com que as naves piratas
ficassem concentradas na frente dela. Espantado, ele diz:
– Minha nossa! É um globo devastador!
– Droga, foi o que pensei – comenta Gob Zedo.
– Têmos que sair da frente da nave grande!
– Não têmos aonde ir, os targonianos nos cercaram –
comenta Noturno.
– Podemos nos afastar dela, os targonianos não estão na
frente. Gob Zedo, você têm outra idéia?
– Não, senhor. Eu concordo com você.
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– Então vamos fazer isso e avisem as outras naves.

Na nave Erzelom, Ildior avisa para Guler Do Rárzem:


– Senhor, o globo está pronto.
– Então atire – responde Guler Do Rárzem.
– Sim, senhor.

Segundos após a ordem de Guler Do Rárzem, o globo


devastador dispara uma onda de cor azul. A onda é feita de uma
luz fraca e em sua superfície são produzidos vários relâmpagos
pequenos e rápidos. Todas as naves que estiverem no caminho de
uma onda dessas, será destruída.
No momento em que a onda é disparada, as naves piratas já
começaram a fugir dela. A onda é muito rápida e quanto mais
caminha maior e mais fraca ela fica. Muitas das naves piratas são
destruídas por não conseguirem ir mais rápido do que a onda. Mas,
por sorte, algumas das naves, incluindo a Kormon Dego e Zirma,
conseguem escapar da onda devastadora.

Guler Do Rárzem assiste a onda perseguindo as


naves e reclama:
– Era para a onda destruir todas as naves – enquanto diz isso
ele dá um murro na tela maior.
Nesse momento, Narlia percebe que os soldados que os
vigiavam haviam distraído e estavam prestando atenção em Guler
Do Rárzem.
Ela presta bastante atenção no soldado mais próximo, que
estava em sua esquerda e percebe que em suas mãos ele têm uma
arma semelhante a uma metralhadora e também têm duas pistolas
láser guardadas. Depois ela olha para a direita e percebe que ao
lado de Dario estava uma porta que levava direto para um corredor
vazio.
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Narlia aproxima-se, lentamente, de Dario e sussurra:
– Prepare-se para correr para aquela porta a sua direita!
Dario olha para a porta e depois olha para Narlia, faz um
sinal positivo com sua cabeça e espera. Com um movimento bem
rápido, Narlia retira as duas pistolas láser que estavam guardadas e
começa a atirar nos soldados mais próximos e depois corre com
Dario para o corredor e, após passar pela porta, ela imediatamente
a fecha e danifica o painel de controle, dando um tiro, para que a
porta fique trancada. Ela poderia ter tentado atirar em Guler Do
Rárzem, mas fazer isso seria muito arriscado.
Com a porta trancada, Dario e Narlia relaxam um pouco.
Narlia entrega uma das pistolas para Dario e explica:
– Estas armas têm um pouco de energia para que possam ser
usadas sem serem alimentadas pelo cinturão energético. A energia
não é suficiente, portanto, não gaste muito. Os targonianos
tomaram nossos cinturões e não poderemos recarega-las.
– Tudo bem! – responde Dario.
Narlia olha para os lados e diz:
– Agora precisamos sair desta nave maldita e o primeiro
passo é sair desta torre. Vi umas pontes antes de chegarmos aqui,
pontes que levam para fora da torre.
– Acho que também vi.
– Tudo bem. Vamos lá! Fique vigiando a parte da trás que eu
vigio a parte de frente.
– Tudo bem.
Narlia caminha rápido pelo corredor, sempre olhando para
frente, e Dario a segue andando de costas e olhando para frente de
vez em quando. Os dois estão sempre atentos a qualquer surpresa
que possa vir.

Em sua sala, Guler Do Rárzem ainda estava chocado com


o que tinha acabado de acontecer e diz para os soldados que estão
mais próximos dele:
– Como isso pôde acontecer!?
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– Foi uma pequena falha – responde o soldado responsável
pela segurança da sala.
– Eu estou impressionado com a incompetência de vocês –
grita Guler Do Rárzem.
O soldado fica sem o que dizer então Guler Do Rárzem,
reparando que o soldado está meio confuso, grita:
– Achem logo esses dois!
Guler Do Rárzem olha para a tela em que Ildior aparece e
diz:
– Quero que todas as saídas da torre e da minha sala sejam
trancadas. Eu quero que eles tenham acesso para as pontes mas
que não consigam sair pelo outro lado. Será uma ótima armadilha.

Depois de ter passado algum têmpo, Guler Do Rárzem


recebe uma mensagem de Ildior:
– Senhor, só estou lhe informando que não há escapatória
para os dois fugitivos e nossos homens já estão vasculhando a
torre.
– Ótimo – responde Guler Do Rárzem. – Então já que está
tudo sobre controle, vou voltar a acompanhar a batalha.
Guler Do Rárzem volta a acompanhar as imagens da batalha
através das telas.

Enquanto a torre está sendo vasculhada, o que os


soldados targonianos não sabem é que Dario e Narlia não estão
mais na torre.
Embora não tenham conseguido sair da torre antes dela ser
fechada, os dois estavam fora da torre e, no momento, andavam
agachados por cima de uma das pontes, se afastando da torre.
– O que faremos depois? – pergunta Dario.
– Têmos que chegar bem longe da torre – responde Narlia –.
Depois iremos pegar uma nave para fugir.
– Por que teremos que nos afastar da torre?
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– Por que se eles descobrirem que saímos dela, não
imaginarão que fomos tão longe.
Os dois continuam andando, agachados, seguindo em direção
a uma das paredes do centro da nave.

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Capítulo 41

O contra ataque

Na batalha entre piratas e targonianos, as naves piratas,


que estavam fugindo da onda devastadora, disparada pela
Adamastor, param de fugir quando os piratas percebem que a onda
enfraqueceu até um ponto em que não pode destrui-los. Assim que
eles param, os piratas viram as suas naves para ficar de frente para
as naves targonianas. Quando as naves piratas pararam de fugir
das naves targonianas, os dois grupos de naves já estavam muito
longe um do outro.
– O que foi aquil? – pergunta Emor, através da rede de
comunicação das naves piratas.
– Foi uma onda devastadora – responde Morgo.
– E eles usarão outra vez?
– Sim.
– Então o que faremos?
– Devemos atingir o globo.
– E podemos fazer isso?
– É arriscado, pois precisamos chegar perto e quando o
fizermos, eles podem estar prontos para atacar.
– Então vamos atacar.
A nave de Emor avança em direção a frota e junto com ela
foram as outras naves, inclusive Kormon Dego.

Escondidos em um sistêma de largos túneis,


localizados entre algumas das paredes da nave Erzelom, estão
Dario e Narlia. Quando os dois saem desse sistema de tuneis,
percebem que chegaram em uma pequena estação de metrô. A
estação está vazia e não há nenhum vagão parado, mas logo
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percebem o som de um veiculo se aproximando, os dois se
escondem e em poucos segundos um pequeno carro, não mais
comprido que um ônibus mas largo como um, para na estação. As
portas se abrem e, percebendo que não havia ninguém dentro dele,
Narlia diz para Dario:
– Vamos aproveitar. Não sei aonde ele vai, mas sei que irá se
afastar da torre e é isso que queremos.
– Têm certeza? – pergunta Dario, com um pouco de dúvida
sobre a idéia de Narlia.
– Tenho sim. Agora vamos logo antes que o metrô parta.
Dario confia na idéia e os dois entram. As portas do vagão se
fecham e ele parte para a próxima estação.

Na batalha, as naves piratas estão se aproximando,


rapidamente, da frota para acertar um tiro no globo devastador.
Enquanto isso, Guler Do Rárzem acompanha tudo através das
telas. Com um pouco de preocupação, ele pergunta para Ildior:
– O que eles estão fazendo?
– Parece que estão se preparando para atacar, senhor –
responde Ildior.
– E você acha que eu não percebi isso! Eu quis dizer que
estou impressionado com a atitude deles!
– Sim, senhor!
– Eu quero que a Adamastor dispare outra onda láser assim
que puderem!
– Senhor, pode ser que demore um...
– APENAS FAÇA – grita Guler Do Rárzem.
– Sim, senhor – responde Ildior, assustado.

As naves piratas vão se aproximando cada vez mais.


Todos se preparam para atirar no globo, mas quando as naves
estão bem próximas, faltando poucos segundos para conseguirem

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acertar um tiro no globo, Morgo percebe que o globo está
brilhando e imediatamente ele avisa, gritando:
– O globo vai atirar outra vez! Vamos voltar!
Kormon Dego e várias outras naves, incluindo Zirma, fazem
a volta para fugir do disparo, mas algumas das naves não
receberam a mensagem ou a ignoraram e continuaram seguindo.
Neste exato momento, o globo dispara mais uma onda devastadora
que vai destruindo todas as naves mais próximas. Kormon Dego,
Zirma e outras naves conseguem escapar da onda e seguem
fugindo dela.

De volta a nave Erzelom, Dario e Narlia ainda estão


dentro do metrô. O metrô pára e as portas se abrem e a primeira
coisa que perceberam foi que a estação estava competamente
vazia. Através de caixas de som, instaladas no trem, uma voz de
mulher começa a falar na língua targoniana e depois que termina,
Narlia diz:
– Ela disse que é o fim da linha. Têmos que sair agora, pois o
vagão vai fazer o caminho oposto.
– Tudo bem – concorda Dario.
Os dois saem do metrô e caminham para a entrada de um
túnel, localizado em uma parede, que leva para mais um sistêma
de túneis.

Na batalha, quando a onda láser enfraquece mais uma vez,


as naves piratas param e se viram para a Foice, que ainda estava
parada na mesma posição.
– É impossível derrotar aquela arma – comenta Emor,
desesperado.
– Só precisamos acertar o globo – responde Morgo.
– Você fala como se fosse simples! Cada vez que chegamos
perto, eles atiram!

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– O que nós precisamos é chegar lá antes que a arma esteja
carregada.
– Acontece que até chegarmos lá, a arma já está carregada! A
única forma de fazermos isso é, chegando até lá sem sermos
atingidos pela onda.
Morgo não responde mais e começa a pensar em uma forma
de passar pela onda láser.
– Morgo, você está acordado? – pergunta Emor.
Morgo fica mais um têmpo quieto até que ele responde:
– Já tenho uma idéia!
– E qual é? – pergunta Emor.
– Apenas me sigam.
– Eu espero que isso dê certo.
– Vai dar. Tudo que vocês têm que fazer é seguir, em fila,
logo atrás de mim.
A nave Kormon Dego começa a seguir em direção a frota e
logo atrás dela, segem as outras naves piratas. Quando as naves
piratas já estão na metade do caminho, Morgo, que controlava a
Kormon Dego, aperta um botão no painel-de-controle a sua frente
e, em seguida, a frente da nave se abre como uma flor.
Os targonianos começam a ficar impressionados com a
insistência dos piratas, mas como não sabiam do plano de Morgo,
eles acreditaram que podem repetir o golpe.
Os piratas não conseguem chegar mais perto do que antes,
quando a nave Adamastor atira mais uma onda devastadora.
– Continuem me seguindo – diz Morgo, desesperadamente,
para todos os outros piratas.
Observando aquela onda vindo na direção deles, vários
piratas acabam voltando para trás, mas Zirma e outras naves
continuam seguindo Kormon Dego.
A onda e as naves piratas vão se aproximando cada vez mais
até que, quando chegam a um quilômetro de distância, Morgo
aperta um enorme botão azul, localizado no painel-de-controle e a
nave Kormon Dego dispara uma onda de PE. A onda de PE é
muito rápida e assim que atinge a onda devastadora, a parte
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atingida desaparece não sobrando mais nada além de um enorme
buraco na onda devastadora. O buraco é grande o suficiente para
que as naves piratas possam passar e, assim que passam, Kormon
Dego atira, acertando o globo devastador, que explode e a
explosão afeta quase toda a Adamastor.
A frente da Kormon Dego se fecha logo após atirar e as
naves piratas chegam até a Foice iniciando mais uma terrível e
barulhenta batalha.
Enquanto as naves lutam, fogo começa a sair pelos lados da
nave Adamastor ao mesmo têmpo em que ela começa a perder
altitude, lentamente. Mas uma coisa inesperada acontece, uma das
partes de cima da Adamastor é desacoplada do resto da nave e
enquanto a parte maior da nave perde altitude, a parte menor
continua no ar. A nova parte da nave Adamastor começa a lutar
junto com as outras naves targonianas.
– Que desgraça é essa? – pergunta Emor, irritado com o
truque da Adamastor.
– É um mecanismo de segurança – responde Morgo. – A
parte mais importante da nave se separa quando o resto está sendo
destruído.
– E o que vamos fazer agora?
– Continuar lutando. Podemos vencê-los, pois ainda somos
mais númerosos do que eles.

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Eric Romano Maia
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Capítulo 42

O Túnel

Enquanto a batalha continua, Guler Do Rárzem


começa a ficar irritado com o fato dos piratas terem destruído
grande parte da nave Adamastor e tambem com o fato da frota
estar perdendo.
– Onde estão os reforços que mandamos? – pergunta ele,
socando a tela.

Gob Zedo, que observava a tela de radar ao mesmo


têmpo em que controlava uma das armas da nave, percebe, no
radar, uma nuvem de naves targonianas. O número de naves, era
muito maior do que o número de naves piratas que havia na
batalha.
– Morgo! – diz Gob Zedo, com muita preocupação.
– O que foi, Gob Zedo – responde Morgo, muito ocupado
pilotando a nave.
– Há várias naves targonianas novas se aproximando!
– Quantas?
– Muitas! Não acho que poderemos vencê-las!
Morgo começa a ficar preocupado. Como a nave estava
virada para a direção de onde vinham as novas naves targonianas,
ele pode vê-las, claramente, se aproximando com rapidez.
A naves chegam cada vez mais perto até que ela se misturam
na batalha entre as naves targonianas e as naves piratas. O combate
fica pior do que já estava.

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Depois de um têmpo caminhando pelo sistêma de túneis


da nave Erzelom, Dario e Narlia finalmente saem do túnel onde
eles estavam. O túnel terminava numa saída, a altura do chão em
uma parede.
O lugar em que eles chegaram era um corredor tão comprido
que não se via o fim não importa para que lado se olhassem. De
um lado, por onde eles haviam saído, só havia o parede com
algumas entradas para pequenos corredores e na frente dessa
parede havia outra, de vidro com um formato côncavo. Do outro
lado da parede de vidro, via-se, um dos quatro gigantescos túneis
da nave Erzelom.
– Acho que foi por este túnel que os targonianos nos
levaram até a torre – comenta Dario.
O corredor estava vazio na parte em que Dario e Narlia
estavam. Os dois se aproximam da parede de vidro e observam o
gigantesco túnel. Ao ver muitas naves acopladas à parede no andar
logo abaixo e no andar acima deles, Narlia comenta:
– Era o que eu esperava.
– O que é que você esperava? – pergunta Dario, olhando para
as naves.
– Eu esperava encontrar aquelas naves. Podemos usá-las para
sair daqui. Venha comigo.
Com Dario a seguindo, Narlia entra em dos pequenos
corredores e, logo na entrada a sua esquerda, ela encontra uma
escada. Eles optam por subir as escadas e chegando lá em cima
notam que o andar de cima era igual ao andar anterior e que
também estava bem vazio. Os dois seguem até o corredor
principal, que é semelhante ao anterior, exeto pelo fato de que ao
invés de uma parede de vidro, havia uma parede comum com
portas com quinze metros de distãncia entre uma e outra.
– Estas portas estão ligadas a aquelas naves que vimos –
comenta Narlia a Dario, apontando para uma das portas.
– Têm certeza que é seguro usar uma dessas naves? –
pergunta Dario.
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– Espero que seja, é nossa única saída daqui.
Dario fica assustado com a resposta de Narlia, mas percebe
que o melhor é aceitar a idéia.
Narlia se aproxima da porta mais próxima, abre-a e os dois
rapidamente passam por ela e chegam dentro de uma pequena nave
de batalha targoniana. Narlia se aproxima do painel principal e,
enquanto analisa os controles, ela diz:
– Espero que eu consiga ligar esta nave.
– E se o computador da nave reconhecer aquele computador
que têm dentro de sua mão? – pergunta Dario, assim que ele se
lembra desse detalhe que havia nas naves.
– Não precisa? – responde Narlia, pensando.
– Por que não?
– Eu pretendia fazer umas alterações para que o computador
não pedisse a identificação, mas parece que não será preciso isso.
– Como assim?
– Por que esta nave parece não possuir nenhum tipo de
analisador.
– Quer dizer que é só ligar e ir embora?
– É, isso é muito estranho.
– Quem se importa, vamos logo sair daqui.
– É, concordo.
Narlia se senta na poltrona principal e tenta ativar a nave.
Assim que propulsores começam a funcionar, um alarme toca ao
mesmo têmpo em que uma luz vermelha começa a brilhar e a porta
da nave se fecha. Dario corre até a porta e tenta abri-la, mas ela já
estava trancada e ninguém poderia abri-la por dentro.
– Está trancada! – diz Dario, assustado.
– Droga! – reclama Narlia. – Como fui burra, estas naves só
podem sair se estiverem autorizadas!
– E o que ela esta fazendo agora?!
– Informando a torre de que estamos aqui!
– Então, virão soldados para cá?!
– Infelizmente sim!
Desapontado, Dario pensa um pouco e, logo têm uma idéia:
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– A nave está ligada, você já pensou em entrar em contato
com a nave de Morgo?
– É uma boa idéia, Dario, mas não sei se pode funcionar,
pois eles podem não conseguir nos ajudar.
– Pelo menos tente!
– Vou tentar.
Narlia começa a mexer no painel-de-controle com a intenção
de entrar em contato com Kormon Dego.

A batalha entre naves piratas e naves targonianas está


terrível e os piratas estão perdendo a batalha. Enquanto isso Morgo
pilota a nave Kormon Dego ao mesmo têmpo em que discute, com
Gob Zedo e mais dois outros piratas, uma forma de derrotar os
targonianos.
– A nave que se separou da antiga líder assumiu a liderança –
comenta um pirata próximo a eles.
– E o que têm isso? – pergunta Gob Zedo.
– Se a destruirmos, poderemos estar causando uma desordem
entre as naves targonianas.
– Não podemos destrui-la.
– E por que não?
– Porque ela pode estar carregando uma bomba nuclear –
responde Morgo.
– E isso é ruim?
– Sim, porque, normalmente, os targonianos fazem armas
que começam a funcionar assim que elas se separam da nave.
– Se a destruição da nave afetar o computador – completa
Gob Zedo –, o computador da bomba poderá pensar que a bomba
se separou da nave e poderá ativá-la automaticamente.
– E seriamos todos destruídos? – pergunta o outro pirata.
– Não seria imediatamente, ainda têm a contagem regressiva,
mas com essa confusão toda, muitos seriam destruídos, entre
piratas e targonianos.

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– Acho que esta é nossa única opção – comenta Morgo –. Se
formos destruídos, então vamos levar targonianos conosco!
– Senhor – interrompe Regulus, que estava encarregado da
comunicação no momento.
– O que foi?
– Há uma chamada para você.
– Diga que estou muito ocupado.
– É de Dario e Narlia, senhor.
– E eu com isso?
– É que eles estão dentro da nave Erzelom, senhor.
– Como é?!
– Eles estão...
– Não quero que repita isso, seu idiota! Eu quero falar com
eles!
– Sim, senhor.
Regulus transfere a ligação para o painel-de-controle a frente
de Morgo e o avisa quando termina a transferência.
– Fale – diz Morgo, em voz alta, para Dario e Narlia
ouvirem.
– Morgo! Sou eu, Narlia.
– Já estava me perguntando o que havia acontecido com
vocês.
– Quem são estes outros que estão lhe ajudando?
– Alguns são os mesmos piratas que nos ajudaram a fugir de
Ergnologun outros são piratas que eles reuniram. Eles nos
seguiram até o sistêma de túneis de Kergom.
– É um milagre que tenhamos conseguido entrar em contato
com você!
– Deixe de amolação e me diga o que vocês querem.
– Bom, estamos presos dentro de uma pequena nave de
batalha e logo os soldados targonianos virão nos pegar.
– E daí.
– Queríamos saber se vocês podem vir nos ajudar.
– Não sei se você está sabendo, mas tenho um probleminha
aqui!
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– Morgo, você não percebeu que esta batalha, contra os
targonianos, é inútil, ela só vai atrasar os targonianos e mesmo
assim atrasará muito pouco.
– Nós não têmos escolha, estamos cercados, o que você quer
que eu faça.
– Se você puder explodir a nave Erzelom toda, ficarei muito
grata – responde ela, sarcasticamente.
Embora Narlia estivesse apenas criticando o comentário dela
deu uma idéia para Morgo. Muito distraído com a idéia, Morgo
responde, sem perceber o que fala:
– Virem-se – logo depois, ele desliga a comunicação com
Narlia e continua pensando.
Percebendo que Morgo estava muito distraído, Gob Zedo
pergunta:
– Você está bem, senhor?
Morgo, lentamente se vira para Gob Zedo e responde:
– Tive uma idéia que pode dar certo.
– E qual é?
– Terão que ver, pois não permitirão que eu faça se eu disser
– sem dizer mais nada, Morgo pega o controle da nave e começa a
pilotá-la.
Morgo pilota a nave Kormon Dego, no meio da batalha, até
que ela se encontra de frente com a Adamastor II, com uma
distância de um quilômetro, ele aperta um botão no painel-de-
controle e a parte frontal da nave Kormon Dego se abre
novamente. Ao ver aquilo, Gob Zedo começa a ficar assustado e
pergunta:
– Morgo você não está pensando em fazer isso, está?
– Não – responde Morgo, rápido e com muita calma.
– Morgo, isso é ridículo!
– Não, não é isso que você está pensando – responde ele,
com calma mais uma vez.
Assim que a frente da nave está totalmente aberta, Morgo
avança, seguindo em direção a Adamastor II.
– Morgo – diz Gob Zedo, desesperado.
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– O que foi? – pergunta Morgo, prestando atenção na
Adamastor II.
– É que este seu plano está parecendo com o que eu estava
pensando e eu não gosto dele!
Morgo não diz nada e continua pilotando, a nave começa a
ganhar mais velocidade conforme se aproxima da Adamastor II,
até que, com um impacto violento, a Adamastor II penetra na
entrada de Kormon Dego. O impacto entre as naves foi muito forte
e várias pessoas, nas duas naves, caíram por causa do
desequilíbrio.
Morgo, que estava caído sobre o painel-de-controle, por
causa do impacto, se afasta do painel e rapidamente aperta o botão
grande e azul.
A onda de PE produzida pelo globo, localizado no fundo da
entrada da nave, apaga toda a energia da Adamastor II, que estava
de frente para o globo.
A Adamastor II tinha dois terços dela dentro da entrada da
Kormon Dego e quando a energia acabou, ela passou a ser
carregada pela nave pirata.
Havia um detalhe muito importante relacionado com o fato
da Adamastor II ter perdido a energia. Uma vez sem energia, a
bomba nuclear foi ativada e começou a contagem regressiva.
– Você fez exatamente o que eu pensava que você iria fazer
– comenta Gob Zedo, enquanto se levanta.
– Não podemos gastar nem um segundo – diz Morgo.
– E o que você pretende fazer?
– Primeira coisa a fazer é sair desta batalha.

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Capítulo 43

O choque

Dario e Narlia, que estavam presos na pequena nave de


batalha targoniana estão sentados esperando a chegada da sorte ou
do azar:
– Será que Morgo virá? – pergunta Dario.
– Acho que não – responde Narlia. – Depois do que ele disse,
acho que não virá.
– Também achei isso, mas ele me pareceu meio distraído.
– Mesmo que ele pudesse, têmos que considerar o fato de
que depende da vontade dele e não parece que ele iria querer nos
ajudar.
De repente, a porta da nave se abre e vários soldados
targonianos armados aparecem do outro lado.
– Venham! – diz um dos soldados gulns.
Sem escolha, Dario e Narlia se levantam, com as mãos para
cima, e seguem os soldados targonianos.

A batalha entre piratas e targonianos continua terrível e os


piratas estão perdendo muito mais naves do que os targonianos.
– Esta batalha não nos levará lugar nenhum, senhor –
comenta Elegor, o braço direito de Emor, ao perceber que eles
estão ficando em desvantagem.
– Concordo com você! – responde Emor.
– E o que faremos, senhor?
– Teremos que recuar imediatamente. E onde está a nave de
Morgo?
– Ela não está aqui, senhor – diz Nercob, o pirata
encarregado do radar da nave Zirma.
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– Como assim, não está aqui?
– Ele sumiu da área da batalha, senhor!
– Foi destruído?
– Não, senhor. Ela ainda está bem, mas está bem longe daqui
e se afastando.
– Aquele covarde! – reclama Emor, batendo no painel-de-
controle a sua frente.
– Não, senhor. Eu diria que ele é maluco, pois parece que
está se dirigindo para a nave maior.
Emor tenta entender o plano de Morgo, mas resolve parar de
pensar e diz para todos a sua volta:
– Seja lá o que esse maluco planeja fazer, não acho que
devamos ficar tentando adivinhar e, sim, tentar sair desta batalha
desgraçada. Quero que todas as outras naves façam o mesmo se
puderem.
– Não é possível, senhor – responde Elegor.
– E por que não?
– Porque estamos bloqueados, não há como sair.
– E como foi que Morgo conseguiu sair?
– Parece que ele levava algo na boca de Kormon Dego –
responde um outro pirata, que escutava a conversa.
– Era importante?
– Deveria ser, pois várias naves targonianas o seguiram, mas
não atacaram.
– Não vamos mudar de assunto. Vamos fazer o seguinte
iremos lutar e tentar fugir ao mesmo têmpo e quero que as outras
naves façam o mesmo.
Os outros piratas concordam com a idéia de Emor e
começam a trabalhar.

Dario e Narlia estavam sendo levados por vários


soldados targonianos, para a estação de metrô. Eles andavam pelos
corredores quando ouviram um estrondo acompanhado de um
tremor. Os targonianos começam a se pergunta o que houve,
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olhando para os cantos. Então o líder deles ordena que três deles
fiquem tomando conta dos dois prisioneiros enquanto o resto volta
para o local onde haviam encontrado os prisioneiros.
Passado algum têmpo depois que o líder e os outros soldados
somem de vista, Dario, Narlia e os três soldados ouvem o barulho
de tiros e gritos. Os três soldados se preparam para qualquer
surpresa que possa vir.
Narlia se abaixa e avisa, com gestos, para que Dario faça o
mesmo.
Os barulhos de tiros e gritos vão se aproximando. Os três
soldados começam a ficar nervosos e a tremer. De repente, tiros a
láser vem da direção onde sumiram os outros soldados. Os tiros
são vários e, ao mesmo têmpo, os três soldados acabam sendo
atingidos fatalmente.
Dario e Narlia ficam assustados ao ver os corpos dos três
solados, caídos no chão. Logo depois, aparecem, no final do
corredor, Gob Zedo e mais cinco piratas de Morgo, prestando
atenção em todos os lados. Um dos piratas vê os três corpos, Dario
e Narlia no chão e diz, apontando para eles:
– Eles estão ali.
Gob Zedo presta bastante atenção nos dois e percebe que eles
realmente são Dario e Narlia.
– Opa, isso não é hora de descançar – goza ele ao pensar que
Dario e Narlia se abaixaram de medo.
Ao ouvir a voz de Gob Zedo, os dois levantam a cabeça e
olham para ele.
– Estávamos nos defendendo dos tiros – responde Narlia
enquanto ela e Dario se levantam. – Não sei se você percebeu, mas
vocês atiraram que nem uns lunáticos, se não tivéssemos nos
abaixado poderíamos ter sido...
– Olha, não têmos têmpo a perder, portanto, eu acho que
vocês deviam nos sigam.
Os piratas começam a fazer o caminho voltando para o lugar
de onde vieram, andando rápido e Dario e Narlia vão junto.

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Ao andarem, todos percebem que os corredores estão mais
vazios do que antes. Enquanto os sete seguem o caminho por onde
vieram, Narlia resolve aproveitar a calma para perguntar para Gob
Zedo:
– Gob Zedo, vocês vieram somente para nos salvar?
– Sim, – responde Gob Zedo.
– Mas por que vocês arriscaram tanto para nos salvar dos
targonianos?
– É porque Morgo não quis deixar vocês aqui.
Narlia não faz mais perguntas e os sete continuam seguindo
o mesmo caminho até que voltam ao gigantesco túnel, só que,
desta vez, uma grande parte da parede de vidro tinha sido destruída
e a Kormon Dego estava do outro lado da parede destruída, bem
próxima a parede do túnel e com uma pequena ponte saindo
debaixo de uma de suas portas, que estava aberta e com um pirata
a vigiando.
– Entrem logo – diz o pirata ao notar que eles já estavam
próximos à ponte.
Um por um, Dario, Narlia e os piratas vão passando
rapidamente pela ponte e entram na nave. Quando todos tinham
entrado, o pirata que vigiava a porta fechou-a e recolheu a ponte,
mexendo em um painel-de-controle, e depois pega o seu
comunicador e diz:
– Podemos ir!
De repente, a nave parte causando desequilíbrio em alguns
dos que tinham acabado de entrar.
Dario, Narlia e Gob Zedo chegam até ponte de comando,
onde eles encontram Gon Morgo pilotando através do gigantesco
túnel da nave Erzelom.
– O que estão fazendo em pé? – diz Morgo, ao perceber que
os três não haviam sentado – Deveriam estar se preparand para o
impacto que vou causar agora! Eu quero que todos se preparem.
– Que impacto? – pergunta Dario.
– Apenas se prepare.

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Dario e Narlia arrumam as suas poltronas enquanto Gob
Zedo se encarrega de avisar ao resto da nave para ficarem prontos
para o plano de Morgo.

Guler Do Rárzem continua assistindo as imagens da


batalha, mas desta vez, está mais contente por estarem em
vantagem, quando Ildior o interrompe:
– Senhor.
– O que foi? – pergunta Guler Do Rárzem, já cansado de
ouvir aquela palavra, vinda daquela voz.
– Acho que você deveria abandonar a torre.
– O que, por quê!?
– É que houve uma pequena falha – responde o Ildior, com
um pouco de preocupação.
– FALHA! Que tipo de falha!? Eu quero saber!
– É que uma nave não autorizada conseguiu entrar aqui e...
– Então destrua a droga da nave!
– Não vai ser possível!
– Por quê!?
– É que ela está carregando a bomba nuclear!
– Que bomba, nossa bomba!?
– Sim, senhor!
– Me mostre as imagens desta nave!
As imagens da Kormon Dego aparecem na tela maior e
Guler Do Rárzem vê, perfeitamente, a Adamastor II na boca de
Kormon Dego. Quando vê as imagens da nave pirata, já é tarde
demais para fugir e a nave está bem próxima da torre, ganhando
velocidade, e finalmente se choca contra a torre. O choque entre a
nave a torre foi tão grande que até as pessoas que estavam na torre
sentiram um forte tremor. Com o impacto, a nave Adamastor II
penetra na torre.
Embora a sua poltrona o estivesse segurando, Morgo fica
completamente desnorteado por causa do impacto. Tentando se

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recuperar, pega os controles da nave e começa a controla-la
afastando da torre.
– Esta é a última vez que vou fazer isso! – diz ele enquanto
controla a nave.
Kormon Dego foi se afastando da torre, mas a Adamastor II
ficou lá, enterrada. Logo depois de se afastar, a nave pirata dá da
uma volta na torre e segue pelo túnel que há logo atrás dela.
Guler Do Rárzem, que estava se segurando em sua poltrona
desde antes do choque, se afasta de seu lugar, olha para as imagens
da Kormon Dego na tela e diz, com bastante raiva, para Ildior:
– Descubram se a bomba foi ativada e preparem o meu
transporte de emergência! E eu também quero que destruam
aquela nave!

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Capítulo 44

A bomba

Morgo aumenta a velocidade da nave Kormon Dego e,


conforme ela ia seguindo pelo túnel, vários disparos a láser
começam a vir das paredes do túnel. Muitos dos tiros erram o alvo
e alguns acertam a nave pirata, mas os tiros não causam muitos
danos, pois são muito fracos.
– Droga, estão nos acertando – reclama Morgo enquanto se
concentra no caminho que a nave segue.
– São muito fracas, devem ser tiros de armas de mão –
comenta Narlia.
– Mas não é isso que eles planejavam para nós – comenta
Gob Zedo, que olhava a tela do radar.
– Como assim! –pergunta Narlia.
– Cinco pequenas naves de batalha estão vindo bem atrás de
nós.
– Nada pode ser feito a respeito disto – comenta Morgo,
enquanto pilota. – Elas estão longe?
– Ainda estão na bolha, senhor – responde Gob Zedo.
– Então ainda podemos fugir deles.
Morgo continua pilotando, mas começa a aumentar a
velocidade mesmo sabendo que é perigoso fazer isso no lugar onde
a nave está.
Kormon Dego continua viajando pelo túnel, com sua
velocidade aumentando a cada segundo até que finalmente chega
ao final, saindo de Erzelom. Mesmo depois de ter saído a nave
pirata continua seguindo na mesma direção e aumentando a
velocidade.
Percebendo que a nave estava seguindo em linha reta, Narlia
acha estranho e comenta:
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– Vocês não acham que deveríamos ir para onde os outros
piratas estão, ou seja, dar a volta.
– A nave grande têm armas que podem nos derrubar, há
cinco naves nos seguindo, os nossos amigos estão numa terrível
batalha lá atrás e tem uma bomba nuclear prestes a explodir dentro
da nave Erzelom – responde Morgo, irritado. – Eu não acho que
seria sábio de nossa parte “dar a volta”.
Quando a nave pirata já está a dois quilometros, as cinco
naves saem de Erzelom, indo atrás da nave pirata.

Guler Do Rárzem assistia a perseguissão da nave


pirata quando ele é, mais uma vez, interrompido por Ildior:
– Senhor.
– Mas que droga! – reclama Guler Do Rárzem – O que foi
agora?
– É que mandamos sondas para inspecionar Adamastor II e
verificar se a bomba está ativada. Elas estão chegando lá e eu
queria saber se você já quer ver as imagens.
– Mas é claro que sim!
As imagens mostradas pelas sondas aparecem,
imediatamente, na tela maior. Guler Do Rárzem presta bastante
atenção a medida ela vai flutuando pelos corredores da nave.
Quando a sonda finalmente chega até a bomba, a primeira coisa
que mostra é o contador, que ficava em um dos lados da bomba.
Pelo marcador, só faltavam trinta segundos para a bomba explodir.
Chocado com o têmpo que falta, Guler Do Rárzem abaixa a
cabeça e, quase chorando, ele diz:
– Era o meu maior sonho.
– Senhor, é importante que deixemos a nave agora – diz um
soldado que etava logo ao lado dele. – O transporte de emergência
já está pronto.
Guler Do Rárzem pensa um pouco e, aos vinte segundos, diz:
– Muito bem, irei sobreviver para lutar outro dia – Ele segue
para onde havia, o que parecia ser, um pequeno portal galáctico.
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Faltando dez segundos ele atravessa o portal e desaparece e os
soldados fazem o mesmo.
A contagem vai passando e quando os dez segundos se
passam a bomba explode, com um imenso clarão, devastando toda
a nave Erzelom.
Enquanto a nave Kormon Dego fugia das cinco naves
targonianas, o imenso clarão vindo da explosão era visto por quem
estava dentro das naves. Segundos após o surgimento do clarão,
vindo da explosão, uma onda de choque, acompanhado de um
estrondo da explosão, chega causando um forte impacto nas seis
naves.

No local da batalha, segundos após a explosão, o que os


piratas mais precisavam, aconteceu. Junto com a chegada da
grande luminosidade vinda da explosão, as naves targonianas
começaram a se apagar e logo depois começaram a cair no oceano.
– O que está acontecendo? – pergunta Elegor, espantado com
o que ele observa.
– Não sei – responde Emor, sorrindo de alegria. – Seja lá o
que for, espero que seja bom.
– Senhor! – diz Nercob – Há alguma coisa muito estranha
acontecendo aqui!
– Eu sei, Nercob.
– Não, senhor, é no radar!
– Como assim?
– Parece que a nave principal explodiu ou está explodindo.
– Isso explica a luminosidade – Comenta Elegor.
– Eu diria que foi Morgo que fez isso – comenta Emor.
Depois de um têmpo, quando a luminosidade começou a
passar, Emor diz:
– Nercob, eu quero que você tente descubrir se Kormon
Dego está intacta.
– Sim, senhor – responde Nercob.

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superior esquerdo de cada página. É ilegal a utilização desta obra sem antes consultar o seu autor.
Além das Estrelas
Eric Romano Maia
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Nercob começa a mexer no painel de control em sua frente
com a intenção de entrar em contato com Kormon Dego.
– Nave Kormon Dego, aqui é Zirma, você está me ouvindo?
– diz Nercob.
Ninguém responde a chamada, então Nercob tenta mais
vezes, mas mesmo assim ele não consegue resposta. Ele se vira
para Emor e diz:
– Acho que eles não conseguiram, senhor!
– Continue tentando – diz Emor.
Com a ordem, Nercob tenta mais uma vez:
– Nave Kormon Dego, aqui é Zirma vocês estão me
ouvindo?
– Aqui é a nave Kormon Dego. Sim, estamos ouvindo –
responde Morgo.
Os piratas da nave Zirma sorriem de alegria por saberem que
Kormon Dego ainda está em pé.
– Eu sabia que iriam conseguir se salvar – diz Nercob.
– Ei, claro que nos salvaríamos, sou eu Morgo – responde
Morgo, brincando. – Nossa nave está danificada, precisaremos de
ajuda.
Nercob olha para Emor, que faz um sinal positivo com a
cabeça e com este gesto, Nercob responde para Morgo:
– Já estamos mandando naves.
– Ótimo – comenta Morgo. – Estou encerrando a
comunicação.
– Compreendido.

Na nave Kormon Dego, haviam vários piratas verificando


o funcionamento de aparelhos. Logo após Morgo ter fechado a
comunicação com a nave Zirma, Gob Zedo se aproxima e
pergunta:
– Então, como ficou?
– Eles virão nos ajudar – responde Morgo.

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Dario e Narlia estavam bem próximos dos dois piratas e
Narlia resolve dizer:
– Morgo, não acredito que tenha arriscado a sua vida e a dos
seus homens, só para nos salvar!
– Não foi idéia minha – responde Morgo. – Gob Zedo
insistiu em salvá-los.
– Mas Gob Zedo nos disse que foi você quem mandou nos
salvar.
– Não discutam comigo, foi idéia de Gob Zedo – diz Morgo,
irritado não querendo que eles acreditêm na verdade, a versão de
Gob Zedo.
A nave Kormon Dego não funcionava, quase toda a tintura
externa havia sido desbotada e estava com sua metade de baixo
afundada, só conseguia se manter flutuando graças a imensas bóias
amarelas que saiam dos lados da nave. Essas eram as bóias de
emergência, usadas para estas situações.
Sem ter o que fazer Dario, Narlia e os piratas só esperam a
chegada do resgate.

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Capítulo 45

A cerimonia

Três mêses depois do que aconteceu na Terra, todos já


estavam sabendo da tentativa secreta dos targonianos de tomar a
Galaxia.
Dario e Narlia estão na cidade de Iligom, capita do planeta
Gornul, participando da cerimônia de comemoração do que
aconteceu na Terra. Eles estão em frente ao palácio imperial Elrej,
virados de costas para o palácio e logo ao lado do imperador,
humano, de Gornul, Guler Do Erdel enquanto ele faz um discurso
para a multidão que ocupa um imenso gramado localizado a frente
do palácio. Entre a multidão e eles, há uma escadaria que sobe do
gramado até o palácio. Os dois heróis, o imperador e mais alguns
homens e gulns importantes estão no topo da escadaria enquanto a
multidão está na parte de baixo a uns cinco metros.
Depois de um longo discurso, o imperador já está no final,
elogiando os dois herois:
-... e em que situação estaríamos agora se não fosse a ajuda
desses dois bravos heróis e um grupo de piratas, que nos ajudaram
por razões que talvez nunca entenderemos, mas estou muito grato
que tenham nos ajudado?
O povo começa a ficar agitado de alegria. Guler Do Erdel
faz um gesto pedindo Silêncio, então o povo se acalma e o ouve
continuar. O imperador faz um gesto para um homem e um guln,
que estavam próximos a ele, ambos carregando, com as duas
mãos, jings prateadas. Pegando uma das jings e erguendo-a, o
imperador diz para todos:
– E hoje estarei homenageando estes dois heróis por terem
salvo a Galaxia.

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Entregando a jing, em suas mão, para Narlia ele diz para
todos ouvirem:
– Narlia, graças a sua coragem e sua força de vontade, a
Galaxia está a salvo de uma grande desgraça e é por isso que, com
muito orgulho, entrego-lhe esta jing, que é um símbolo de
coragem.
Narlia recebe a jing, agradece ao imperador e, logo depois,
ele pega a outra jing, se aproxima de Dario, e diz:
– Dario, além da coragem que você teve, mesmo nunca antes
tendo conhecimento sobre nossa existência você acreditou em nós
e resolveu nos ajudar quando poderia simplesmente ter nos
ignorado ou, até pior, poderia ter se aliado com o nosso inimigo. A
sua escolha foi sábia e de muita importância para a Galaxia. É por
isso que, com muito orgulho, eu estou lhe entregando esta jing,
que é um símbolo de heroísmo para nós.
Recebendo a jing, Dario agradece ao imperador, que logo
depois, se vira para o povo e diz:
– Estes são os únicos heróis que têmos presentes aqui hoje.
Sei que há várias outras pessoas que participaram dessa ação,
alguns preferiram desaparecer e alguns morreram lutando pela
Galaxia. Agradecemos muito a estes heróis que, para sempre,
serão lembrados em toda a galáxia.
O povo começa a comemorar agitadamente e com bastante
alegria.

Muito distante dali, em um sistêma proibido, estava a


nave Kormon Dego parada em frente a um portal galático. Morgo
estava na ponte de comando, assistindo através da tela do painel-
de-controle a sua frente, a cerimônia que estava sendo realizada
em Gornul.
Gob Zedo, logo ao lado de Morgo, também assistia a
cerimônia. Reparando que ela estava chegando ao final, ele
comenta para Morgo:
– Até que a festa estava interessante.
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– Estou achando sem-graça, estes gornulianos não sabem
festeijar, são todos uns retardados – comenta Morgo.
– Fico contente que tenham mencionado a nossa
participação.
– Há alguns que não ficarão, pois muitos dos que nos
ajudaram fizeram isso para se vingarem.
Gob Zedo pensa um pouco enquanto observa as imagens da
cerimônia, logo depois uma duvida surge em sua cabeça, ele se
vira para Morgo e diz:
– Sempre acreditei que você voltaria a sua vida normal assim
que Guler Do Rárzem morresse.
– No começo também acreditei nisso, mas hoje não vejo
motivo para voltar para a minha vida anterior, eu gosto desta vida
que estou seguindo. Mas há um outro detalhe, você realmente
acredita que Guler Do Rárzem está morto?
– Não – responde Gob Zedo depois de um tempo quieto –,
também acho que ele ainda esteja vivo.
– Ele sempre foi muito cauteloso. Agora só o que podemos
fazer é esperar a próxima jogada dele.
– Concordo – responde Gob Zedo.
Regulus se aproxima de Morgo e diz:
– Senhor, acabo de detectar uma nave solitária navegando no
outro sistêma, é só atravesarmos esse portal galático em frente que
chegaremos lá.
Morgo desliga a tela, pensa um pouco, se vira para Gob Zedo
e diz:
– Acho que estou nessa!
– Também estou! – comenta Gob Zedo.
Morgo se vira para Regulus e diz:
– Diga para todos se prepararem.
– Sim, senhor – responde Regulus e, logo depois, se retira
para avisar aos outros.
Morgo pega os controles da nave e, começando a pilotá-la,
diz, com emoção para si mesmo:
– Adoro esta vida!
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A nave Kormon Dego parte indo em direção ao portal
galático e assim que ela o atravessa, desaparece partindo para o
outro sistêma e para outra aventura.

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