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“ A muito tempo, quando a realidade se mesclava ao outro lado, a existência e a

inexistência se uniam. Longos anos depois, seres surgem e com eles os conceitos,
conceitos que moldam a realidade, conceitos que criam correntes e que erguem a
membrana. Quando o outro lado nasce, atrás do refinado véu, nasce com ele elementos
que se originam do medo, e de cada elemento nasce uma infinidade de criaturas. Dentre
todas, aquelas mais conscientes, pensantes e idealistas se sobressaem. Dessas entidades,
4 formam um grupo que nos conhecemos como As Calamidades. “

- Bertran, Gilderoy. O Profeta.

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14/06/1967 - 03:30 am

- Relato Urgente: Um assassino procurado em todo estado, foi


preso hoje pelas autoridades. O Homem é acusado de matar 7
pessoas, entre elas, 4 integrantes da sua família e 2 ex-colegas de
escola. Acompanhe aqui o seu depoimento

O brilho da televisão marcava uma silhueta pequena e franzina,


de um jovem que ouvia atentamente aquele noticiário, sentado ao
chão frio da sala de estar. Sem vestes, com os cabelos
desgrenhados e o corpo cheio de hematomas, o olho daquele
pequeno ser brilhava a medida que o assassino falava. - “Eu só
queria apagar a dor que eles me fizeram sentir... devolver todos
os machucados que me fizeram ter...” - Eram essas as palavras
que ele repetia constantemente em sua cabeça, a medida que se
levantava, guiado por uma ideia instaurada em seus pensamentos.
A medida que o assassino falava, o ser se aproximava da cozinha,
ele abrira a gaveta de talheres, e segurava o objeto afiado, que
seria a sua libertação.

Nos minutos que se seguiram, o garotinho caminhou ate o quarto


de dois adultos, que dormiam tranquilamente. Ele abriu a porta,
e com cautela e silencio se aproximou ao pé da cama, do lado do
homem que dormia de peito aberto. Ele ergueu a lâmina para
cima, e desferiu em torno de seu corpo ataques contínuos, que
despertavam o homem, que sangrava cada vez mais, ao ter sua
carne e pele rasgada pelo garoto, minutos, apenas minutos
bastaram para o homem deslizar para o chão e o sangue inundar
os pés do garotinho. A mulher assustada, em desespero, sentava
no canto da casa. Ele sentia o medo dela no ar, palpável. O
pequeno caminhou devagar ate a frente dela, soltando a faca ao
chão e puxando de seus pés, os cadarços dos sapatos velhos e
amarrotados, enrolando os fios em ambas as mãos, ele sorri para
ela - Você não me ama mais titia? - Foi tudo o que ela pudera
escutar, antes de sentir o tecido grosso, ao redor de seu pescoço,
e o ar saindo de seus pulmões, junto da vida que esvaia de seu
corpo.

Em meio aos dois corpos, em meio ao riso abafado do pequeno


garoto, uma silhueta se formava do sangue no chão, olhando para
aquele pequeno, com um sórdido interesse. Pouco a pouco, ele
se aproximava, pouco a pouco, sua mão chegava perto do garoto,
pouco a pouco aquele sangue crescia, até...

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14/06/1997 - 03:40 am

Acordo rapidamente em meio a um solavanco, sentindo o suor


escorrer pelo meu corpo, os lençóis ao redor de mim parecem
me aprisionar, e o ar que sai do meu pulmão, arranhava cada
centímetro interno. Meu olho esquerdo doí, como nunca doeu
antes.

- Sonhos ruins Henry?

Fala a voz em minha mente, ecoante e sombria, mas sempre com


aquele teor visceral. Antes que eu possa responde-lo, recupero o
fôlego perdido, e me levanto da cama, caminhando ate a janela,
para abri-la e tomar um ar.

- Aquele bendito dia... sempre aquele dia


- Foi a partir daquele dia não foi? Eu lembro bem do seu
sorriso... e de todo aquele sangue em sua pele. Foi um showzinho
delicioso de se assistir

- Se eu soubesse que você iria estar ali, eu nunca teria feito aquilo.

- Você era uma criança, mesmo se soubesse não faria nada, e


você sabe, ai dentro, que tudo pelo qual você vive é para matar...
Você é como eu Henry, admita. Toda vez que você mata alguém
pelo “bem maior”... você só se importa com o quanto aquela
pessoa vai sofrer.

- Calado.

- Você sabe que eu estou certo Henry... você sabe que eu e você,
somos iguais.

- Calado!!

- Adoro quando você se irrita... seu ódio é fascinante.

- Você ainda está falando?

- Diga-me Henry... o que aconteceu depois daquilo, depois que


você saiu dali ? Você nunca me falou disso.

- E porque você quer saber isso?

- Nós viveremos uma eternidade juntos... é justo que eu conheça


coisas suas... segredos sombrios.

- É uma história longa...

- Eu tenho todo tempo do mundo...

- Ta... se você quer tanto saber... Tudo aconteceu logo após da


morte deles, depois que você apareceu, depois que eu fugi
daquele inferno... Ainda era noite, eu me lembro do meu corpo
fugindo quando você apareceu, e de não ter olhado pra trás. Eu
me lembro do frio soturno da madrugada que castigava minha
pele fraca a medida que eu corria dolorosamente pelas ruas de
Londres... eu nunca vou me esquecer daquela madrugada, nem
do meu cansaço me vencendo quando eu cheguei em frente
aquela casa, e desmaiei.

18/08/1967 - segunda feira, 09:00 am

Acordo com a sensação quente tocando meu corpo, o sol se


esvaindo da janela... já faz 2 meses desde aquele dia, em que eu
desmaiei e essa família me adotou. Eu não lembro seus nomes,
eu não consigo sentir nada além do sol em meu corpo. Eles são
legais, menos quando tentam se aproximar, mas piores que eles,
é aquele garoto, ele me toca, e a pele dele parece me arranhar, eu
não gosto dele...

- Bom dia querido... você esta bem hoje?

Eu ouço a voz da mulher, me levantando sem responde-la,


apenas encarando seu rosto. Ela se aproxima de mim, e tenta por
a mão em minha testa, mas eu seguro antes que seus dedos
pudessem me alcançar

- Não...me...toque

- Certo, desculpe querido.

Ela se afasta com um sorriso amarelo em seus lábios, abrindo o


guarda roupa e separando vestes. E me deixando sozinho para
tomar banho.

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- Que começo fofo de dia


- Teria sido um dia ótimo... se não fosse por ele.

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Sentado na grama baixa do quintal escuro, eu abraço meus
joelhos enquanto observo a lua no céu. Os minutos de silêncio
que se passam, são perturbados pela figura do garoto que chega
ao meu lado.

- Vem brincar comigo?

Eu finjo não o escutar, continuando a observar o infinito noturno.

- Vem! Vem! Vem brincar comigo... por favor

- Não.

- Vem logo, vai ser legal

- Não.

- Você é muito chato sabia, a mamãe deveria ter te deixado


morrer lá fora.

Eu não me lembro bem, o que aconteceu, por que eu fiz o que


fiz. Mas quando aquele garoto falou aquilo, algo me tomou por
dentro e os segundos seguintes, eu só conseguia sentir o liquido
quente que escorria de seu nariz quebrado, e começava a pingar
em seu rosto e em minhas vestes. Eu o soquei até que ele se
afogasse no próprio sangue.

Absorto na sequência visceral, eu mal consegui ouvir o pai do


garoto chegando atrás de mim e me tirando de cima do corpo
desfalecido dele. Eu o encarei enquanto ele chorava pelo filho,
eu senti o ódio dominando aquele homem quando ele se
levantou e andou na minha direção, e eu corri para dentro. Ele
me perseguiu entre os corredores da casa, quebrando e
derrubando as coisas pelo caminho tentando me alcançar,
demorou alguns minutos até que ele encurtasse a distancia entre
nós, mas eu alcancei a faca de cozinha, me virando para o
homem quando ele me segurou, acertando seu olho direito.
Como reflexo, ele lançou a água fervente ao lado do fogão, em
meu rosto, queimando o lado esquerdo do meu rosto, mas a dor
apenas foi mais um impulso para eu correr contra o homem e
acerta-lo no estômago seguidas vezes, ate que ele caísse aos meus
pés. Eu segurava a faca firmemente em minhas mãos, ouvindo o
choro da mulher a minha frente, que encarava a cena horrorizada.
Ela tentou se mover, para alcançar o telefone, mas eu corri para
cima da mesma, acertando um golpe em sua perna que a fez cair,
e logo depois cortei sua garganta, deixando o sangue ser
derramado no piso de madeira, cobrindo a coloração da betúla
com vermelho vivido.

Quando percebi, aonde eu estava, eu larguei a faca e observei no


último degrau da escada uma figura feminina pequena que me
observava. Ela não disse nada, mas eu tenho certeza que ouvi
uma risada infantil, seguida de um sussurro disforme, e então eu
saí dali.

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- Ah eu me lembro bem desse dia... aquela garota, ou melhor o


que estava dentro dela. Tentou tirar você de mim...

- Teria sido melhor?

- Não. Nenhum pouco. Mas diga-me, naquele dia você conheceu


aquele homem não foi?

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Sim... eu estava vagando novamente pelos becos sujos, chorando


ajoelhado próximo a sua última parada. Quando ele apareceu
diante de mim. Os óculos escuros, as roupas elegantes e o sangue
em sua face. Ele me encarou, como se eu fosse um tesouro
perdido em meio ao lixo

- Você passou por uns bocados garoto... Ta perdido é?

- Monstros... chatos...mortos.
- Ah, acho que entendi. Você e eu somos parecidos garoto, o
sangue combina com você.

- Sangue... deles...

- Sim... o sangue deles. Você esta melhor agora que eles


morreram?

Eu ergui o olhar para encara-lo, e assenti levemente que sim.


Observando o sorriso se estender nos lábios dele.

- Eu posso ajudar você... se, você me levar ate o local, e me


mostrar o que aconteceu.

Eu me levantei, e comecei a andar, e Loui me seguia. Ele viu o


mar de sangue na madeira clara, virando-se para mim e
acariciando meus cabelos

- Você tem um talento, seria triste desperdiça-lo nas ruas. Se


quiser eu posso ensina-lo. Seria uma troca justa não? Você
trabalha para mim, e eu ensino você a se livrar dos monstros.

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- Esse homem fez mudanças deliciosas em você Henry... todo


esse auto controle, me incita ainda mais a quebra-lo

- Ele foi um pai pra mim... mesmo tendo todos os problemas que
tinha, ele me fez quem eu sou hoje.

- Quanto sentimentalismo... desse jeito eu vou chorar

- Idiota.

- Mas me diga Henry, seu amigo morreu anos depois não é?

- Sim, ele foi assassinato por não ter feito um trabalho que
deveria. No fim, ele não era tão perfeito assim.
- E anos depois, você me despertou sem querer. Você se lembra?

- Sim...

- Me conte então... refresque a minha memória.

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31/10/1984 - Sexta Feira, 14:00 pm

Eu estava de frente para a tela da televisão, quando ouvi o sonar


da campainha de minha casa. Eu nunca fui u homem de receber
visitas, então estranhei. Mas quando olhei pelo olho mágico, não
havia ninguém lá, apenas uma carta e uma pasta sob meu tapete.

Eu a recolhi e trouxe para dentro, trancando a porta atrás de


mim. Caminhando para a mesa de centro, e afastando o Jornal, e
as facas que estava polindo, eu abro a carta.

” Caro Sr. Olsen

- Nós ouvimos o seu trabalho, e o reverenciamos. Sua boa fama,


e seu ‘serviço de limpeza’ excepcional, chegaram aos nossos
ouvidos. E é de nosso interesse contratar uma pequena limpa, em
um rato que nos incomoda a um bom tempo. As fotos e as
informações necessárias estarão no arquivo que enviamos, junto
da quantia que achamos que pode interessar você. Não se
preocupe em despachar o serviço, quando ele morrer, nós
saberemos. Destrua tudo quando terminar seu serviço. “

Quando termino de ler, eu jogo o papel na lareira deixando o


mesmo queimar. E então abro a pasta, observando o rosto e
guardando as informações necessárias para finalizar meu trabalho.

Mesmo dia - 18:00 pm

Eu estava posicionado acima do prédio abandonado, em frente


aquele orfanato. O horizonte privilegiado da cobertura, me dava
uma visão direta com o salão principal do orfanato, aonde dado
os arquivos, seria o local aonde ocorreria uma cerimonia especial
regida pelo líder do local. Eu havia preparado tudo, e a sniper ja
estava pronta para a ação. So foi questão de horas, ate que eu
pudesse observar a chegada das pessoas ali, carregando 5 crianças,
ensanguentadas. Eu estava absorto, o líder, estava falando
palavras que eu sequer entendia enquanto as crianças eram dadas
como sacrificio aquele ritual, eu não pude me conter, parte de
mim, pensava que era eu ali, a mesma dor que elas sentiam.
Então, sem pensar apenas liberei a trava e desferi um tiro na
cabeça do líder, que caiu em meio aquele circulo estranho, e foi
ai que aconteceu. Uma presença sentida por mim, susurrando
em meu ouvido, eu desferi outro tiro, dessa vez numa mulher
que visitou ali mais cedo, mas esta apenas me encarou e o medo
foi o suficiente para que eu fugisse dali, considerando trabalho
feito.

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- Minha irmã ficou tão brava por você ter atrapalhado seu
ritualzinho... ela ainda deve se lembrar disso.

- Eu agradeço por ela ligar apenas para o Pellegrini

- Ela não chegaria próximo de você... mas foi nesse dia que nós,
nos ligamos Henry... quando aquele sangue caiu sobre o símbolo
e o seu ódio me liberou

- Eu nunca deveria ter aceitado aquele trabalho

- Você ainda teve 1 ano de paz, até que eu conseguisse achar você.
Você se lembra daquele dia?

- Infelizmente sim...

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Você estava concentrado em seu trabalho, e mais uma carta havia


chego... ainda era tão inconsequente, nem pesquisou sobre a
empresa que havia o contratado... cego, por dinheiro e matança,
assim como eu. Só se importou em realizar seu trabalho.

E você foi tão excepcional, sequestrando aquele idiota e o


levando para mim. O seu olhar, o seu sorriso, o medo dele
quando você começou a cortar pouco a pouco sua pele, Foi a
fonte mais deliciosa que eu ja havia provado, e você conseguiu.
Conseguiu quebrar a barreira, e me invocar ali. Seu medo interno,
assustado, mesmo assim ainda tão firme. Eu me lembro das suas
palavras...

- O que diabos é você?

- Eu estava aguardando esse momento... desde aquele dia. Desde


os seus tios, eu estive observando você.

- E o que você quer com isso? Fetichista desgraçado

- Que engraçadinho... o que eu quero? O que você acha que eu


quero Hnery?

- Eu não sei, destruir tudo? Matar todo mundo?

- Sim e não... eu não me importo com a realidade, eu me


importo com você. Se eles morrerem pelas suas mãos, por sua
vontade. Eu estou feliz.

- E então? O que você quer para sair daqui?

- O que eu quero... vejamos. Você, mas... eu não quero que você


fique do meu lado, eu quero que você seja livre. Agora, o que
você quer?

- Eu não sei o que você pode me dar...

- Poder meu caro, poder para você sobreviver, e em troca... Eu


quero que você me de algo, para ficar ao seu lado
- Se eu aceitar, você volta para donde você veio?

- Claro, eu prometo.

- Então eu aceito.

Foi fácil até, você era tão fácil de conversar... Eu ainda tenho sabe,
o seu olho esquerdo, eu guardo ele do meu ladinho. Você deu
algo precioso em troca, e eu lhe dei esse poder... Você lembra da
primeira vez que usou? Quando todo aquele poder dentro de
você fluiu, você quase matou todos ao seu redor... hoje você
consegue se manter são... mas sempre me vem aquele êxtase do
perigo de você se perder denovo...

- Isso não vai acontecer

- Talvez sim... talvez não. Mas você tem um trabalho importante


hoje, não tem? O Líder da sua ordemzinha lhe chamou cedo
hoje, mais uma equipe liderada pelo grande Agente Olsen.

- Espero que você quieto o dia inteiro.

- Não espere muito... há, se você permitir uma dica. Recrute meu
irmão selado... o Anjo vai ser bem importante para aonde vocês
irão.

Finalmente quando escuto o silêncio tomar conta do meu


ambiente, eu sinto o sol tocar minha pele. E me encaminho para
o banheiro, me arrumando para meu trabalho. Horas depois eu
já estava lá, sentado de frente a um dos Líderes, que me passava
o necessário para a missão

- Você entendeu?

- Sim. Mas eu tenho um pedido, eu não quero uma equipe, na


verdade eu tenho minha formação

- Nesse caso... diga, quem você quer?


- Serão 3, O garoto parasitado. A bebada explosiva e A entidade
selada

- Não acha perigoso ter ela fora daqui?

- Ela não se lembra de muito lembra? E além do mais, o


conselho tem poder sobre ela. Acredito que nesse caso em
especifico, a presença e o que ela sabe, será essencial para o
sucesso da missão.

- Que assim seja então. Estarei liberando ela, pode ir a cela e


traze-la para a sala de reuniões. Você passará os detalhes da
missão a eles.

- Entendido. Obrigado senhor.

Me levantando devagar, saindo pela porta dupla de madeira


envelhecida, e em passos lentos caminho seriamente pelos
corredores da ordem. Uma leva de escadas para baixo, eu me
encaminho para a cela de contenção especial daquele ser. Eu me
aproximo das grades, e olho para os guardas ali perto

- Se afastem

Eles batem continência e se afastam, saindo dali. E com cautela,


eu abro a cela do homúnculo

- Pode deixar o teatrinho de lado e acordar

- Ora ora... Logo você é tão burro para vir aqui? Meu irmão não
lhe ensina nada?

- Não é sobre ele que eu vim falar. Nós temos uma missão e eu
lhe requisitei pessoalmente. Adiante e me acompanha.

- Henry Henry... você ainda vai precisar de mim... e em troca, eu


serei libertado.
- Boa sorte com isso

- O que, você não aceitaria um anjo do seu lado?

Eu paro de andar, e me viro para ele antes de abrir a porta do


corredor

- Eu sou ateu. Agora anda

E enquanto o guio para a sala de reuniões, eu indico os guardas


para levarem o Anjo a sala e desvio o caminho para o quarto de
Pellegrini. Que vio, a passos de elefantes abrir a porta

- Está tudo bem ai dentro?

- S-sim...

- Entendi. Posso entrar?

- C-claro...

Ele abre espaço, e eu encaro a zona daquele quarto bagunçado,


respirando fundo e entrando com cautela para não pisar em nada.

- Eu tenho uma missão

- Ah é?.. q-que bom?

- Você muda bastante de equipe não muda Pellegrini?

- S-sim... mas... não é por que eu quero

- Não acha que está na hora de fixar raizes?

- R-raízes?

- Sim... a missão que recebi, eu pedi especialmente por você para


compor a equipe
- P-ediu???

- Sim. E espero que você aceite. Caso sim, me encontre na sala


de reuniões.

Eu me levanto, caminhando até o garoto, e me abaixo em direção


ao seu ouvido

- Eu espero muito que você considere... adoraria te-lo ao meu


lado.

Eu sorrio levemente, e caminho para fora dali. Me


encaminhando na direção de um dos guardas

- Chame a Jéssica e indique a ela para ir na sala de reuniões. Ela


tem uma nova missão

E com o ‘sim senhor’ do guarda, eu me afasto, entrando na sala e


fechando a porta da mesma.

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Notas Extras

- Após Pellegrini e anjo chegarem na sala, as entidades se


reuniram no domínio do sangue, o que estranhamente aconteceu,
já que ate então eles precisavam de um caso especial. Muitas
discussões depois, o Ruído, a criança e o mais novo dentre as
entidades, falou que algo estava afetando equilíbrio aquele nível,
de todos se reunirem ali. E que talvez, eles precisem se reunir
para arrumar o probleminha. Mas eles não podiam agir
diretamente, eles não podiam quebrar as regras, então eles
ajudariam no que pudessem para os 4 ali, organizarem isso, para
que cada um pudesse voltar ao seu ideal e projeto original, e
calro para que eles libertassem o anjo. Pela primeira vez, em
seculos. As entidades iriam trabalhar juntas.

As 4 Calamidades
- Nascidas das guerras, das mortes, do caos e da insanidade e do
conhecimento supracista. 4 entidades, de diferentes elementos, se
originaram. Cada uma, com seu proprio teor e ideal.

O Carniceiro

- A entidade de sangue e o segundo a nascer. O carniceiro, é o


apaziguador dos irmãos, mas também o mais filha da puta entre
eles. Um ser visceral formado de sangue mutável, que escorre
pelo corpo. Ele tem uma rixa antiga com o Anjo, ja que todos os
avatares do carniceiro foram purificados pelo mesmo, mas claro,
todos eram falhos e não eram como ele. Atualmente, o sangue so
tem 1 ideal maior, fazer de Henry Olsen seu novo avatar,
transformar o garoto no Carniceiro, desselar seu irmão anjo e
mata-lo. Ele não usa a manipulação, deixando seus avatares livres,
apenas conversando com eles em momentos de sua vontade. A
voz do Carniceiro é grave, com um teor malicioso, e um tique em
rir ironicamente entre frases. Não costuma ser facilmente
provocado, mas quando faz, ele se irrita e parte para cima
daquele ser.

- Presente do Carniceiro: Olho do Diabo - Um olho dado por ele


a Henry, que quando usado, evolui os atributos do garoto. Força,
Vigor e o Dano de Henry são aumentados, mas isso, caso falhe
numa resistência mental, custa a própria sanidade o garoto.

Espada Amaldiçoada: Um presente dado junto do despertar do


olho, uma lamina feita de sangue, capaz de desmembrar criaturas
facilmente. As maldições da espada, so se ativam quando Henry
a usa junto do olho.

A Baronesa

- Se importando somente com consumi e parasitar, a Baronesa,


odeia os irmãos, desejando apenas consumir e dominar os 3 ao
final de tudo. Ela brinca com sua nova vitima, para desmembrar a
mente do garoto pouco a pouco. Ela geralmente é quieta, e
precisa, sendo uma presença assutadora somente com seu olhar.
Sua voz é calma e firme, congelando a espinha até mesmo dos
irmãos. Nenhum deles, ousa a provocar.

O Ruído

- Uma criança, caótica e impulsiva, descontrolada. O Ruído ama


provocar os irmãos carniceiro e anjo, e ele nunca provoca a
Baronesa, se aproximando dela apenas para carinho. Ele é um
ser, sem limites, que so se importa com o caos e com diversão.
Ele não tem o conhecimento de seus limites, e da extensão de
seus poderes. Por isso, diferente dos irmãos, ele não age
conscientemente, focado nos poderes, ele age de forma
inconstante e aleatoria. Sua forma, é de um garoto Infantil, e
pestinha. Sua voz é ruidosa, estridente e risonha.

- De todos os 4, O verdadeiramente Liberto é o Carniceiro. O


Anjo foi selado a um século, e ainda esta lá ate hoje. O Ruído,
percorre a realidade pelo corpo de suas crianças que hospedam
seu corpo, e a Baronesa, parasita o garoto Pellegrini.

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