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SIS – Processamento e faturamento de

5 contas

Giselda Rodrigues Nogueira


Vivian Ribeiro e Oliveira
Introdução

Nos capítulos anteriores nós tratamos sobre os sistemas de informação utilizados


para o cadastro do cidadão e da unidade de saúde (CNS e CNES), dos principais
sistemas relacionados a vigilância epidemiológica (SIM, SINAN, SINASC e SI-PNI),
do sistema de informação utilizado na atenção primária à saúde para registro das
atividades, avaliação e monitoramento das equipes e para acompanhamento das
políticas públicas (SISAB e e-SUS AB) e ainda tratamos do sistema de
gerenciamento da tabela de procedimentos do SUS (SIGTAP).

Pois bem, agora que já temos como premissa que todo cidadão e toda unidade de
saúde deverá ter seu cadastro junto ao Sistema de Saúde, como se fosse um
“espelho” e que todo e qualquer procedimento que, uma vez executado, gera um
atendimento e está descrito em uma tabela única, a Tabela de Procedimentos,
Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais – OPM do SUS. Neste
capítulo vamos tratar dos sistemas de informação relacionados ao processamento e
faturamento de tudo aquilo que é executado, ou seja, de tudo aquilo que é
produzido, informado e processado durante os atendimentos ambulatoriais e
hospitalares, tanto na básica, quanto na média e alta complexidade.

Os sistemas de processamento e faturamento foram criados para operacionalizar o


pagamento das internações e dos procedimentos realizados nos estabelecimentos
SUS. Entretanto, ao longo do tempo, estes sistemas vêm sendo aprimorados para
de fato serem sistemas que gerem informações e que os gestores possam, também
através destes, planejar, programar, regular e avaliar os serviços de saúde e as
políticas públicas.

Vamos, portanto, conhecer o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS


(SIA/SUS), o Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e o Sistema
de Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA).

Objetivos

Espera-se que ao final do estudo deste capítulo o aluno esteja apto a:


• diferenciar os tipos de sistemas de informação para processamento e
faturamento
• reconhecer a importância da inserção da informação correta nos sistemas do
SUS
• reconhecer os sistemas de processamento e faturamento como ferramentas
de gestão.

Esquema

1.1 SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais


1.2 SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares
1.3 CIHA – Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial
1.4 Considerações Finais

1.1 SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais

O SIA/SUS tem como objetivo principal registrar os atendimentos realizados nos


estabelecimentos de saúde não hospitalar, ou seja, no âmbito ambulatorial. Foi
implantado em todo território nacional a partir do ano de 1994. Anteriormente, os
registros dos atendimentos ambulatoriais eram realizados através dos Boletins de
Serviços Produzidos e o pagamento destes por meio de Guias de Autorização de
Pagamentos. A partir do SIA/SUS estes registros passaram a ser padronizados,
gerando informações e não somente dados para ressarcimento.

O SIA/SUS recebe informações de diversos subsistemas:


• BPA – Boletim de Produção Ambulatorial
• APAC – Autorização para Procedimento de Alto Custo
• RAAS - Registro de Ações Ambulatoriais de Saúde
• FPO– Ficha de Programação Orçamentária
• CNES – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde
• SIGTAP – Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos,
Medicamentos e OPM do SUS

Isto quer dizer que o SIA/SUS “cruza” e consolida as informações destes


subsistemas Caso você informe no BPA, sobre qual já vamos falar, um
procedimento realizado para ser faturado em nome de um profissional que não
esteja cadastrado no CNES da unidade, o SIA/SUS vai “glosar” esse procedimento,
ou seja, vai recusar esse procedimento, o que pode representar, inclusive, prejuízos
financeiros à unidade executora, a depender do caso.

O responsável pela operacionalização do SIA/SUS é o gestor local. O Departamento


de Regulação e Auditoria local é quem recebe os dados dos subsistemas e faz a
consolidação e definição de limites quantitativos de apresentação de procedimento
para cada instituição de saúde, considerando o teto financeiro para custeio da
atenção ambulatorial, programado na FPO de cada estabelecimento. Após receber
os dados, consolidar e cruzar as informações localmente, realiza a exportação do
processamento para o DATASUS.

O SIA/SUS também fornece como produto importantes relatórios para o


acompanhamento da programação físico orçamentária, relatórios de produção e
ainda relatórios financeiros e para pagamentos.

BPA – Boletim de Produção Ambulatorial


O BPA é um dos aplicativos de captação/entrada de dados do SIA/SUS. Ele registra
o atendimento ambulatorial dos prestadores de serviços vinculados ao SUS,
públicos e privados.

Os procedimentos registrados no BPA são procedimentos que não exigem


autorização prévia da Secretaria de Saúde para serem realizados, por exemplo,
consultas médicas, consultas de enfermagem, atendimentos em grupo, exames
laboratoriais, etc.

A informação no BPA pode ser consolidada (BPA-C) ou individualizada (BPA-I). Isto


quer dizer, por exemplo, no caso de registro do procedimento 03.01.01.006-4 -
CONSULTA MEDICA EM ATENÇÃO PRIMÁRIA, a informação solicitada no BPA-C
é a quantidade do procedimento por especialidade (exemplo: Médico clínico, Médico
Pediatra, entres outros), e no caso de BPA-I deve-se registrar a informação
detalhada do atendimento. A diferença primordial é que se informado individualizado
poderá ser extraída a informação muito mais detalhada, diferentemente se o dado
informado for consolidado (agregado).

Do ponto de vista da gestão, é ideal que todos os prestadores utilizem como meio de
informação dos atendimentos ambulatoriais, o BPA Individualizado para que a
demanda possa ser estratificada, uma vez que, no BPA-I é necessário informar o
CNS do usuário, data de nascimento, município de residência, CID compatível com
o atendimento realizado, código do procedimento realizado, CBO e nome do
profissional que realizou o atendimento. Assim fica muito mais fácil conhecer o
usuário do sistema. O Ministério da Saúde editou portaria em 2010 tornando
obrigatória a apresentação dos dados ambulatoriais em BPA-I, entretanto, esta
portaria foi suspensa e até o momento não foi republicada.

Ao final do processamento mensal, o setor de faturamento dos


estabelecimentos/unidades de saúde faz a exportação dos dados para o SIA/SUS.
Figura 1 – Boletim de Produção Ambulatorial de uma unidade de CAPS AD

Fonte: print screen da aplicação do sistema BPA Magnético

A figura acima demonstra como o BPA se apresenta e suas funcionalidades,


normalmente operacionalizado por um digitador ou um colaborador administrativo.

Figura 2 – Boletim de Produção Ambulatorial de uma unidade de CAPS AD – Produção Consolidada


e/ou Individualizada

Fonte: Print screen da aplicação do sistema BPA Magnético - Produção

A figura 2 demonstra que a produção pode ser informada Consolidada ou


Individualizada, como falamos. Dependendo do modus operandi escolhido, o
sistema disponibilizará a página equivalente para digitação dos dados. Para escolher
a aplicação desejada, basta clicar em “BPA” e serão abertas as opções: “Produção
Consolidada” e “Produção Individualizada”.

APAC – Autorização para Procedimento de Alto Custo

O instrumento APAC – Autorização para Procedimento de Alto Custo foi instituído


em 1996 para registro dos procedimentos ambulatoriais de alta complexidade, como
oncologia e hemodiálise, por exemplo. As informações são bastante detalhadas e
individualizadas (usuário identificado através do Cartão Nacional de Saúde – CNS) e
os procedimentos registrados em APAC necessitam de autorização prévia da
Secretaria de Saúde para serem realizados, processados e ressarcidos ao prestador
de serviço. A inserção dos dados é realizada no sistema de APAC Magnética.

Ao final do processamento mensal, o setor de faturamento dos


estabelecimentos/unidades de saúde faz a exportação dos dados para o SIA/SUS.

Saiba mais!

Para saber qual instrumento utilizar, BPA ou APAC, consulte o SIGTAP. As


regras foram determinadas pelo Ministério da Saúde e constam da Tabela da
Unificada.

RAAS - Registro de Ações Ambulatoriais de Saúde

O RAAS foi instituído em 2012 e veio para realizar o registro ambulatorial na saúde
incluindo as necessidades relacionados ao monitoramento das ações e serviços
organizados nas redes de atenção à saúde mental e atenção domiciliar, buscando
também analisar os processos de trabalho destes serviços e orientar o modelo de
atenção centrado no usuário.

As informações registradas na RAAS são detalhadas, sendo necessário inserir o


CNS do paciente, que preenche automaticamente os dados cadastrais, pois importa
as informações do CADWEB SUS (opcional), os procedimentos realizados,
diagnóstico, CNS do profissional, entre outros.

Assim como o BPA, ao final do processamento mensal, o setor de faturamento dos


estabelecimentos/unidades de saúde faz a exportação dos dados para o SIA/SUS.

Veja a Figura 3 a seguir.


Figura 3 – Registro das Ações Ambulatoriais de uma unidade de CAPS AD

Fonte: Print screen da aplicação do sistema RAAS Magnético

A figura acima demonstra a página inicial da RAAS, contendo suas funcionalidades,


normalmente operacionalizado por um digitador ou um colaborador administrativo.
Para utilizar o sistema deve-se inicialmente fazer o download dos arquivos de
execução e executar em um desktop local ou servidor.

FPO – Ficha de Programação Orçamentária

Também implantada no início da década de 1990, a Ficha de Programação


Orçamentária - FPO é o instrumento de programação que substituiu o sistema GAP
– Guia de autorização de pagamento. Nela o estabelecimento de saúde relaciona
em uma ficha todos os procedimentos que estão previstos para serem realizados e
as respectivas quantidades e valores, fazendo uma previsão/programação de
quantitativo anual, podendo ser alterada a cada apresentação. Cabe aos gestores
autorizar a produção por estabelecimento.

Relembrando!

Existem cinco diferentes instrumentos de registro, operados por três aplicativos,


que fornecem informações ambulatoriais de saúde para o SIA/SUS:
• BPA Magnético cujo instrumentos de registro são o BPA-C e BPA-I
• APAC Magnético cujo instrumento de registro é a APAC
• RAAS cujos instrumentos de registro RAAS-AD (atenção domiciliar) e
RAAS-PSI (Psicossocial/saúde mental)
O SIA/SUS ainda faz a interface com os sistemas CNES, FPO e SIGTAP.
1.2 SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares

O Sistema de Informação Hospitalares do SUS – SIH/SUS, também conhecido como


Sistema AIH – Autorização de Internação Hospitalar, foi desenvolvido em 1981 e
veio para substituir o sistema de Guia de Internação Hospitalar – GIH. Foi o primeiro
sistema do DATASUS a ter a captação em microcomputadores, através dos antigos
disquetes. Em 2006 o sistema passou a utilizar plataforma web que possibilitou a
descentralização para os gestores.

Segundo Koizumi et al. (2000) e Bittencourt et al. (2006), o SIH é um instrumento


relevante para a avaliação, pesquisa, planejamento e gestão em saúde por tornar
disponível dados sobre a morbimortalidade hospitalar, além de dados demográficos,
epidemiológicos, clínicos e financeiros.

A finalidade desse sistema é registrar todos os atendimentos relacionados a


internações hospitalares financiadas pelo SUS, e a partir daí, gerar relatórios para
que sejam feitos os pagamentos correspondentes aos prestadores de serviço. O
nível federal recebe mensalmente a base de dados de todas internações autorizadas
para que possam ser repassados às Secretarias de Saúde os valores de produção
de média e alta complexidade, além dos valores de CNRAC (Central Nacional de
Regulação da Alta Complexidade), FAEC (Fundo de Ações Estratégicas e
Compensação) e de Hospitais Universitários.

O instrumento de registro das informações é a AIH (Autorização de Internação


Hospitalar), que habilita a internação do paciente e gera valores para pagamento, ou
seja, o sistema solicita o número de autorização como umas das informações
necessárias para se registrar o atendimento do paciente no SIH-SUS.

O SIH/SUS é operacionalizado em cada unidade de saúde hospitalar, sendo o


Gestor (local ou regional) responsável por receber o processamento, consolidar
essas informações e exportar para o DATASUS.

Saiba mais!

A Central Nacional de Regulação de Atenção – CNRAC tem como principal


objetivo registrar as demandas dos estados que se apresentam com ausência
ou insuficiência de oferta de procedimentos de alta complexidade nas
especialidades de cardiologia, neurologia, oncologia, ortopedia e
gastroenterologia, deste que possuam o atributo CNRAC. A partir daí a Central
Nacional realiza o encaminhamento do paciente para os hospitais que estão
aptos a atender a demanda interestadual, assegurando todos os custos com o
deslocamento do paciente e um acompanhante.
1.3 CIHA – Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial

Esse sistema permite o acompanhamento dos serviços de saúde executados por


pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, através da informação dos
atendimentos custeados por planos de saúde, gratuidades, atendimentos
particulares e alguns programas específicos como PRONAS e PRONON. Desta
forma o conhecimento ficou mais abrangente, uma vez que todos os atendimentos
em saúde, SUS ou não SUS passaram a ser informados e, portanto, amplia o
processo de planejamento, controle e avaliação da assistência à saúde.

Na verdade, o sistema surgiu da necessidade de registro dos atendimentos não


SUS, ou seja, não informados no SIA/SUS e SIH/SUS.

Outra aplicabilidade do sistema CIHA é servir como base para verificação do


percentual dos procedimentos não SUS realizados pelas entidades beneficentes de
assistência social e entidades privadas sem fins lucrativos na saúde para emissão
da certificação das entidades como Entidades Beneficentes de Assistência Social na
área da Saúde (CEBAS), nos termos da Lei nº12.101/2009, possibilitando, assim, a
concessão da isenção das contribuições para a seguridade social.

O preenchimento do CIHA usa como base os procedimentos da Tabela de


Procedimentos, medicamento, órteses e próteses do SUS, devendo o
estabelecimento estabelecer código correspondente à tabela utilizada pelo plano de
saúde ou definir procedimento de atendimento particular realizado.

A CIHA é operacionalizada em cada unidade de saúde hospitalar e/ou ambulatorial,


e o Gestor do Sistema (local ou regional) é o responsável por consolidar essas
informações e exportar os dados para o DATASUS.

Os arquivos são enviados em remessas e tais transmissões podem ser


acompanhadas por sítio eletrônico (http://ciha.datasus.gov.br/CIHA/), conforme
Figura 4 a seguir:
Figura 4 – Acesso de informações do CIHA

Fonte: Print screen da aplicação do CIHA – Consulta Remessa Estabelecimento de Saúde

A Figura 4 retrata a consulta do envio de remessa do CIHA de um estabelecimento


de saúde. Para tanto, basta clicar em “Consultas”, depois em “Remessa –
Estabelecimento de Saúde”, responder aos parâmetros solicitados (CNES
Estabelecimento – Mês e Ano da Competência) e em seguida o site retorna com as
informações, comprovando o envio da remessa e o “status processamento”.

Lembrando que o acesso é livre para qualquer cidadão, acesse a página e conheça
as funcionalidades! A prática apoia a construção do conhecimento. Aprofunde seus
estudos!

Para se obter informações estratificadas, como por exemplo, o número de


procedimentos ambulatoriais e hospitalares prestados para pacientes “não sus”, em
um determinado período e de uma determinada região e comparar com os mesmos
atendimentos prestados aos pacientes SUS, é preciso tabular os dados enviados via
CIHA, SIA e SIH, através dos sistemas de tabulação do DATASUS, TABWIN e
TABNET, que veremos no próximo capítulo.

1.4 Considerações Finais

Vocês percebem a importância do registro correto das informações nos sistemas de


processamento e faturamento do SUS? Neste capítulo, destacamos a importância
da utilização dos bancos de dados para análise da situação da rede de assistência,
possibilitando a emissão de inúmeros relatórios gerenciais que refletem na análise
crítica e evidencia possibilidades propostas de melhoria contínua, por parte dos
gestores SUS, além de apoiarem a tomada de decisão baseada em evidências.

Todos os sistemas relacionados neste capítulo, quando bem alimentados, são o


reflexo da assistência prestada. Nesse sentido, é importante reforçar a necessidade
de manutenção dos dados, atenção aos prazos para envio dos arquivos e ainda
salientar que os dados inseridos refletem na demonstração da realização de
procedimentos pactuados na Programação Pactuada Integrada – PPI, que é uma
das bases para a construção do Teto Financeiro de um município e uma região.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, A. G. O Sistema de Informações Ambulatoriais como Instrumento


para a Regionalização em Saúde. Especialização em Saúde Pública. Fundação
Oswaldo Cruz Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães Departamento de Saúde
Coletiva. Recife, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde (ed.). Manual Técnico Operacional SIA/SUS.


Brasília/DF. Disponível em: http://sia.datasus.gov.br/documentos/listar_ftp_sia.php.
Acesso em: 28 de ago. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. CIHA


Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial. Disponível em:
http://ciha.datasus.gov.br/CIHA/index.php?area=01. Acesso em: 28 ago. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. SIA Sistema


de Informações Ambulatoriais do SUS. Disponível em:
http://datasus1.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/ambulatoriais/sia. Acesso em: 28
ago. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. SIH Sistema


de Informações Hospitalares do SUS. Disponível em:
http://datasus1.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos/hospitalares/sihsus. Acesso em:
28 ago. 2020.

BITTENCOURT, S. et al. O Sistema de Informação Hospitalar e sua aplicação na


saúde coletiva. Cad. Saúde Pública. 2006, vol.22, n.1, p. 19-30. Disponível em:
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006000100003.
Acesso em: 28 de agosto de 2020.

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