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Saudável e Patológico meno da ponta da língua”, na qual o falante não consegue res-
gatar temporariamente uma palavra, embora saiba exatamen-
te seu significado e suas características semânticas (Brandão,
2006; Burke, 1997; Mansur; Radanovic, 2004). Em idosos, essa
Marcela Lima Silagi • Maria Isabel d’Ávila Freitas •
dificuldade ocorre mais frequentemente com nomes próprios
Isabel Junqueira de Almeida • Tharsila Moreira Gomes da Costa (Burke; Shafto, 2004; Gollan; Goldrick, 2019). Estudos que uti-
lizaram provas de nomeação de figuras com idosos cognitiva-
mente saudáveis mostram que palavras menos frequentes são
Introdução mais difíceis de serem resgatadas. Essa dificuldade estaria liga-
da a um déficit no acesso à informação fonológica, já que esses
A linguagem, assim como outras funções cognitivas, passa sujeitos se beneficiam da pista fonológica (quando o avaliador
por constantes transformações ao longo da vida. Essas mudan- fornece o fonema ou a sílaba inicial da palavra) e não da pista
ças podem ser observadas tanto na senescência quanto na se- semântica (dicas referentes ao significado da palavra) (Brandão,
nilidade. O conhecimento sobre as mudanças linguísticas que 2006; Diaz et al., 2016).
ocorrem no envelhecimento saudável deve constituir o ponto Na produção discursiva, alguns idosos apresentam uma
de partida para o estudo das alterações decorrentes de proces- característica denominada “verbosidade fora de tópico”, que
sos patológicos no idoso. se manifesta como uma fala excessiva, com mudanças de tó-
Para o pleno entendimento acerca da linguagem nesses dois pico súbitas e repentinas, impactando a coerência do discurso
contextos é importante caracterizar quais habilidades estão (Brandão, 2006; Kemper, 2012). Essa característica ocorre so-
preservadas e quais foram alteradas nas modalidades de com- bretudo quando o tópico do discurso envolve conteúdos auto-
preensão oral, expressão oral, leitura e escrita, considerando os biográficos (Burke, 1997; Kemper, 2012). Em estudos que ana-
diferentes processamentos linguísticos: fonético (produção dos lisaram a narrativa oral baseada em figuras, os idosos tendem a
sons da fala); fonológico (organização dos fonemas na língua); ser menos eficientes, menos coerentes e a realizar mais comen-
morfossintático (formação das palavras e organização das fra- tários repetitivos (Cannizzaro; Coelho, 2012).
ses); léxico-semântico (significados e conceitos das palavras); A compreensão de linguagem se mantém mais preservada
e discursivo-pragmático (uso contextualizado da linguagem ou do que a produção no envelhecimento saudável. No nível da
funcionalidade). palavra, idosos têm desempenho equivalente a adultos jovens,
O objetivo deste capítulo é descrever as manifestações de podendo, inclusive, ter um aumento do vocabulário decorrente
linguagem mais comumente encontradas no envelhecimento da experiência linguística (Obler; Pekkala, 2008). Em tarefas de
saudável e no envelhecimento patológico à luz das diferentes julgamento semântico, por exemplo, a identificação de relações
modalidades e processamentos linguísticos. semânticas entre palavras, adultos jovens e idosos têm desem-
penho similar (Fonseca; Parente, 2006a).
No nível da sentença, quando comparados aos mais jovens,
A linguagem no envelhecimento idosos podem apresentar dificuldades na compreensão de sen-
saudável tenças longas e sintaticamente complexas, um provável reflexo
de déficits de memória operacional (Antonenko et al., 2013;
As alterações de linguagem no envelhecimento saudável são Diaz, Rizio; Zhuang, 2016; Wingfield; Grossman, 2006).
heterogêneas. Algumas habilidades são mais suscetíveis ao de- Quanto à compreensão do discurso, ao serem solicitados a
clínio, enquanto outras permanecem preservadas (Diaz et al., recontar uma história ouvida, idosos lembram de uma quanti-
2016; Shafto; Tyler, 2014). dade menor de informação do que os mais jovens, dificuldade
Em relação ao processamento fonético-fonológico, não que também tem sido correlacionada ao declínio da memória
ocorrem mudanças importantes no envelhecimento saudável operacional decorrente do envelhecimento normal (Fonseca;
(Mansur; Radanovic, 2004). No entanto, alguns estudos mos- Parente, 2006a).
tram que idosos podem realizar um número maior de erros no Em relação ao processamento inferencial, isto é, a capaci-
nível fonológico em relação aos indivíduos mais jovens, os cha- dade de compreender informações implícitas a partir do texto
mados “deslizes”, que geram trocas fonêmicas (slip of the tongue) (escrito ou oral) em conjunto com conhecimentos prévios, al-
(Diaz et al., 2016). A fim de aumentar a taxa de deslizes de fala, guns estudos encontraram declínio no envelhecimento nessa ha-
um estudo comparou idosos e adultos jovens na produção de bilidade comunicativa. Entretanto, não há consenso na literatura
trava-línguas. Quando diminuíram a velocidade de fala, idosos sobre essa questão, já que em outros estudos não houve diferença
e jovens produziam erros em quantidade semelhante. Quando a entre jovens e idosos (Fonseca; Parente, 2006b; Silagi et al., 2014).
velocidade de fala aumentava, os jovens produziam mais erros e Um fator que pode afetar a compreensão de linguagem no
os idosos não conseguiam realizar a tarefa. Entretanto, a condi- idoso é a perda auditiva. A presbiacusia, que se refere à perda au-
ção estudada é bastante específica e não reflete adequadamente ditiva relacionada ao envelhecimento, atinge aproximadamente
a produção de fala em condições naturais, deixando, portanto, 30% da população com mais de 65 anos (Samelli et al., 2016).
em aberto a questão se há ou não declínio no nível fonológico Essa condição pode afetar a porção periférica e/ou central do sis-
em idosos saudáveis (Gollan; Goldrick, 2019). tema auditivo, levando a uma dificuldade na detecção principal-
Quando comparados aos jovens nas habilidades sintáticas, mente de frequências agudas, dificultando a percepção da fala,
alguns trabalhos indicam que idosos utilizam um menor núme- e em habilidades auditivas relacionadas ao processamento au-
ro de estruturas sintáticas complexas na produção discursiva, ditivo central (Samelli et al., 2016; Wingfield; Grossman, 2006).
1a prova Autor: Freitas e Py (21 x 28cm) Edição: 5a Revisor:
Revisão Capítulo 139 Págs.: 5 Operador: Edel Data:14/12/2021
2 PARTE 8 Aspectos Psicológicos do Envelhecimento e da Velhice
Compreender a fala apesar da dificuldade auditiva pode re- Além disso, outras alterações podem ocorrer simultanea-
querer um grande esforço atencional e a utilização de recursos mente com a afasia na população geriátrica, por exemplo, as
cognitivos que deveriam estar disponíveis para a codificação da demências e outras doen ças neurológicas progressivas que
informação na memória e para os processos de compreensão também afetam a linguagem. Por isso, entender os mecanismos
mais elevados. Deste modo, idosos com presbiacusia podem ter alterados na afasia é importante para que seja realizado o diag-
dificuldades na compreensão da fala, mesmo quando as palavras nóstico diferencial, uma vez que cada distúrbio requer inter-
são detectadas corretamente (Wingfield; Grossmann, 2006). venções específicas (Lourenço; Mendes, 2008).
A partir do que foi exposto anteriormente, pode-se concluir As manifestações mais comuns das afasias são: dificuldades
que algumas habilidades de linguagem, sobretudo na produção, na compreensão oral e escrita (para palavras, frases e discurso);
sofrem um declínio leve no envelhecimento saudável, como a anomias (dificuldade de acessar a palavra); parafasias (trocas
produção de estruturas sintáticas complexas e o acesso lexi- de fonemas ou de palavras na fala); paráfrases (substituição da
cal. A compreensão de linguagem se mantém menos impac- palavra por uma frase); circunlóquio (dificuldade em acessar
tada, mas há ainda questões em aberto, sobretudo em relação o tema principal da enunciação); neologismos (emissão de pa-
à compreensão de estruturas sintáticas complexas e à compre- lavras que não existem na língua); agramatismo (omissão de
ensão de inferências. Torna-se evidente, a partir dos estudos palavras nas frases); perseveração (repetição da mesma res-
sobre linguagem no envelhecimento saudável, a interação da posta para diferentes contextos); paralexias (trocas de fonemas
linguagem com outras habilidades cognitivas, como a memó- ou palavras na leitura); paragrafias (trocas de letras, grafemas
ria operacional, a atenção, o controle inibitório, velocidade de ou palavras na escrita); coocorrência de alterações motoras
processamento da informação e as habilidades auditivas. A da fala (apraxia de fala e disartria) (Mansur; Radanovic, 2004;
Tabela 139.1 resume as principais modificações da linguagem Ortiz, 2010).
no envelhecimento saudável nos diferentes tipos de processa- Dependendo das manifestações em um ou mais componen-
mento linguístico. tes da linguagem, podemos classificar as afasias em diferentes
tipos: as afasias não fluentes correspondem às alterações decor-
rentes de lesões anteriores à fissura sylviana, nas quais ocorre
A linguagem no envelhecimento especialmente prejuízo da expressão oral; as afasias fluentes são
patológico decorrentes de lesões posteriores à fissura sylviana, ocorrendo
maior prejuízo da compreensão oral; as lesões que atingem a
As doenças mais comuns que afetam a linguagem no pro- área perisylviana e fascículo arqueado geram afasias com alte-
cesso de envelhecimento são o acidente vascular encefálico, o ração da repetição e as lesões que poupam essas regiões geram
traumatismo cranioencefálico e as demências. A seguir, serão as afasias com preservação da repetição.
descritas as principais manifestações de linguagem decorrentes Estudos mostram que lesões semelhantes podem resultar em
de cada um desses diferentes quadros. tipos de afasia diferentes a depender da idade dos indivíduos.
Em geral, os achados indicam que, em comparação aos indiví
duos mais jovens, os idosos apresentam mais afasias fluentes do
Alterações de linguagem no acidente que afasias não fluentes. Ou seja, há maior comprometimento na
vascular encefálico compreensão oral em idosos com lesão adquirida, aumentando
A alteração de linguagem que ocorre após o acidente a dependência comunicativa e funcional deles (Castro-Caldas;
v ascular encefálico (AVE) é chamada de afasia, quando há lesão Confraria, 1984; Eslinger; Damasio, 1981). Corroborando com
no hemisfério dominante (geralmente hemisfério esquerdo). o achado clínico, as lesões posteriores foram as mais encontra-
A afasia após um AVE ocorre com mais frequência em ido- das em indivíduos idosos afásicos, provavelmente associadas
sos do que em adultos jovens (Ellis; Urban, 2016). Quinze por à trombose dos ramos posteriores da artéria cerebral média
cento dos indivíduos com menos de 65 anos sofrem de afasia (Ellis; Urban, 2016).
após o primeiro AVE isquêmico e essa porcentagem aumen- Em relação ao prognóstico, o aumento da idade pode in-
ta para 43% para indivíduos com 85 anos de idade ou mais fluenciar negativamente a extensão da recuperação neurológica
(Engelter et al., 2006). espontânea em pacientes afásicos (Steele, Aftonomos; Munk,
2003). Pashek e Holland (1988) verificaram que pacientes com
menos de 70 anos têm mais chances de alcançar recuperação
TABELA
139.1 Principais modificações da linguagem no envelhecimento parcial ou completa da fala e da linguagem em comparação
saudável. com pacientes mais velhos. Uma das explicações é que os idosos
apresentam mais alterações atencionais, executivas, sensoriais,
Processamento Manifestações
comportamentais e psicológicas, prejudicando o processo de
Fonológico Relativamente preservado; trocas na fala não são reabilitação. A presença de demência também tem um impacto
comuns na resposta à terapia nesse grupo, o que complica as medidas de
Léxico-semântico Dificuldades de nomeação, inclusive, para nomes recuperação espontânea e a melhora após o tratamento. Até um
próprios, decorrem, principalmente, de falhas no quarto de todos os pacientes geriátricos com afasia global foram
acesso lexical, estando o conhecimento semântico relatados como sendo dementes.
relativamente preservado
Por fim, as lesões que ocorrem no hemisfério cerebral não
Morfossintático Preservado para materiais mais simples, pode estar dominante para a linguagem (geralmente, o hemisfério direito)
prejudicado para a produção de sentenças mais não provocam manifestações afásicas. No entanto, o indivíduo
longas e com maior complexidade sintática
pode apresentar alterações comunicativas. São relatadas difi-
Discursivo Utilização de uma quantidade maior de palavras culdades na compreensão e produção de diferentes padrões de
para exprimir suas ideias, muitas vezes, de maneira prosódia, dificuldades discursivas com desrespeito às regras de
redundante e repetitiva
coerência e troca de turnos, desvio do assunto, confabulações,
Compreensão Dificuldade para sentenças complexas e discurso, redução do conteúdo informativo e dificuldade na compreen-
oral especialmente em ambientes com ruído são de sentidos não literais, como humor, sarcasmo e inferên-
Fonte: adaptada de Mansur e Radanovic (2004). cias (Fonseca et al., 2006).
CAPÍTULO 139 Linguagem no Envelhecimento Saudável e Patológico 3
repetição de palavras e frases; erros fonológicos; agramatismo; apresentam disartria hipocinética, caracterizada por hipofonia,
dificuldade na compreensão oral de palavras e frases; dislexia; imprecisões articulatórias, voz soprosa e alteração da prosódia
e disgrafia. Também podem ser observadas disartria e apraxia (voz monótona) (Duffy, 2013). Quanto à linguagem, são descri-
de fala (Hardy et al., 2016; Harris et al., 2016). As características tas alterações em fluência verbal, sobretudo de verbos, e, prin-
de linguagem relatadas na DLFT variante comportamental, em cipalmente, compreensão de estruturas sintáticas complexas.
particular a desorganização do discurso, ecolalia e persevera- Essas características têm sido associadas a alterações de me-
ção são frequentemente consideradas secundárias à disfunção mória operacional e funções executivas, mais do que a déficits
executiva frontal. puramente linguísticos (Bastiaanse; Leenders, 2009; Lee et al.,
Nas afasias progressivas primárias (APPs), a alteração de 2003; Radanovic, 2017).
linguagem é o sintoma inicial da doença e permanece como dé- Na demência com corpos de Lewy (DCL), embora não cons-
ficit proeminente por pelo menos 2 anos. As APPs podem ser titua um sintoma inicial, a disartria hipocinética pode estar
classificadas em três subtipos, de acordo com os processamen- presente com a progressão da doença. Da mesma forma, alte-
tos linguísticos prejudicados e as áreas cerebrais acometidas rações de linguagem também não têm sido relatadas em fases
(Gorno-Tempini et al., 2011): iniciais. Em fases mais avançadas, porém, os pacientes podem
APP variante não fluente ou agramática: alteração predomi- ter alterações no processamento semântico, que têm sido corre-
nante da fluência da fala, com presença de apraxia de fala e/ou lacionadas a déficits em outras habilidades cognitivas (atenção,
agramatismo. As alterações semânticas não são típicas do qua- memória operacional, habilidades visuoespaciais). Na conver-
dro, porém, nota-se dificuldades na compreensão de sentenças sação, os pacientes apresentam confabulação, incoerência e per-
complexas devido à alteração sintática. Dificuldades de leitura e severações. A fluência verbal semântica e de verbos pode estar
escrita de natureza fonológica e sintática também podem ocor- diminuída (Frattali; Duffy, 2005).
rer. As alterações decorrem de atrofia e/ou hipometabolismo Na paralisia supranuclear progressiva (PSP), a disartria é
predominante na região posterior frontoinsular esquerda bastante comum e, frequentemente, configura-se entre os sin-
APP variante semântica: perda progressiva do conhecimen- tomas iniciais. Inclui características das disartrias hipocinética,
to semântico, com alteração predominante da compreensão de espástica e, em menor frequência, atáxica (Frattali; Duffy, 2005;
palavras e presença de anomias, circunlóquios e parafasias se- Peterson et al., 2019). No âmbito da linguagem, os pacientes
mânticas. A produção motora da fala e os aspectos fonológicos apresentam alteração na fluência verbal fonêmica e semântica e
e sintáticos da linguagem estão preservados. Na leitura e escrita déficit moderado na compreensão de sentenças. Na fala espon-
ocorrem erros na decodificação por rota lexical dependente do tânea, podem apresentar perseverações e diminuição na taxa
conhecimento semântico (dislexia e disgrafia de superfície), por de fala, com preservação da estrutura sintática. As alterações
exemplo, a leitura da palavra “taxi” como “tachi”. Anosognosia de linguagem, aparentemente, estão relacionadas a déficits em
e alterações comportamentais são frequentes e podem impactar funções executivas, mais do que a um comprometimento pura-
as questões pragmáticas da linguagem, como desinibição e des- mente linguístico (Peterson et al., 2019).
respeito à troca de turnos durante a conversação. As alterações Na síndrome corticobasal (SCB), os pacientes frequente-
decorrem de atrofia e/ou hipometabolismo na região temporal mente apresentam quadros de disartria, que afetam aspectos
anterior predominantemente à esquerda temporais e prosódicos, tais como aprosódia, diminuição da
APP variante logopênica: comprometimento na memória taxa de fala e aumento da duração dos fonemas (Ozsancak
fonológica de curta duração que ocasiona fala alentecida, ano- et al., 2006). A apraxia de fala também é frequente (Grijalvo-
mias no discurso (falhas do tipo word finding), pausas, para- Perez; Litvan, 2014; Peterson et al., 2019). Quanto à linguagem,
fasias fonêmicas e dificuldade na repetição e compreensão de são descritas alterações em fluência verbal fonêmica e semânti-
frases extensas. Os pacientes não apresentam agramatismo nem ca, nomeação (relacionada a déficits no acesso lexical mais do
alterações motoras da fala. A APP variante logopênica pode ser que ao conhecimento semântico), compreensão de sentenças e
o sintoma inicial da DA, podendo ocorrer alterações de me- repetição de palavras e sentenças. Na compreensão de palavras,
mória episódica, cálculo e comportamento. As alterações ob- alguns estudos relataram alterações (Di Stefano et al., 2016), en-
servadas decorrem de atrofia e/ou hipometabolismo na região quanto em outros os pacientes tiveram desempenho adequado
posterior perisylviana ou parietal esquerda. (Peterson et al., 2019). Na fala espontânea, podem ser observa-
dos erros sintáticos e fonológicos e diminuição da taxa de fala
(Peterson et al., 2019).
Alterações de linguagem nas demências Na atrofia de múltiplos sistemas (AMS), as alterações de
com parkinsonismo linguagem são pouco relatadas. Já a disartria é bastante fre-
Na doen ça de Parkinson (DP), os déficits motores são quente, configurando um sintoma precoce no curso da doença.
predominantes; porém, alterações cognitivas podem ocorrer Geralmente, observa-se um tipo misto de disartria, com compo-
(Bastiaanse; Leenders, 2009). Em relação à fala, os pacientes nentes hipocinético, atáxico e espástico (Frattali; Duffy, 2005).