Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GreenPeace
Abril de 1996
1
ESTE MATERIAL NA FORMA DE CARTILHA FOI IMPRESSO EM
PAPEL TOTALMENTE ISENTO DE CLORO
Tradução:
Marijane Lisboa
Revisão Técnica:
Joya Emilie de Menezes Correia e Nádia Haiama
Edição:
Paulo Adário
Programação Visual:
Andréa Continentino e Paulo Felício
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4
1.1. Proibição Internacional: a única alternativa ............................................ 5
1.2. O equilíbrio da natureza ..................................................................... 6
1.3. Os efeitos tóxicos dos organoclorados ................................................... 6
1.4. Uso do cloro no mundo ...................................................................... 7
1.5. Contaminantes no útero ..................................................................... 8
1.6. Efeitos na vida selvagem .................................................................... 9
1.7. Exposição Humana a Organoclorados .................................................. 10
1.8. Síntese: A Química do Cloro e a Formação de Organoclorados................. 12
2. OS EFEITOS NA REPRODUÇÃO ................................................................ 14
2.1. Efeitos na Reprodução Masculina ....................................................... 14
2.1.1. Doenças no Homem Adulto ......................................................... 14
2.2. Efeitos na Reprodução Feminina ........................................................ 15
2.2.1. Menstruação: cada vez mais cedo ................................................ 16
2.2.2. Endometriose ........................................................................... 16
2.3. Síntese: Alteração da Função Endócrina .............................................. 16
3. EFEITOS EM FETOS E CRIANÇAS ............................................................. 18
3.1. Óbito Fetal ..................................................................................... 18
3.2. Baixo Peso no Nascimento ................................................................ 18
3.3. Alterações de Comportamento e Rebaixamento da Inteligência ............... 19
3.4. Danos no Sistema Imunológico .......................................................... 19
4. ORGANOCLORADOS E CÂNCER ................................................................ 21
4.1. Seveso: a Evidência ........................................................................ 21
4.2. O Câncer de Mama .......................................................................... 21
5. PROIBIÇÃO TOTAL DE ORGANOCLORADOS................................................ 23
5.1. Precaução em Primeiro Lugar ............................................................ 23
5.2. Taxas para o Cloro e Fundos de Transição ........................................... 24
5.3. Acordos Internacionais ..................................................................... 24
ANEXO 1 – LISTA DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ............................................. 26
ANEXO 2 – MAIORES PRODUTORES E USUÁRIOS MUNDIAIS DO CLORO ............ 27
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 29
TABELAS
3
1. INTRODUÇÃO
4
Este relatório é mais do que um alerta: pretende contribuir para o debate sobre o
assunto no Brasil e funcionar como instrumento de apoio à luta do Greenpeace e
outras instituições pela proibição total, em escala mundial, da produção de
organoclorados. Se permitirmos que se continue a produzir poluentes químicos
capazes de interferir em funções tão básicas da vida humana, estaremos pondo em
risco os alicerces biológicos da nossa própria espécie.
5
A única forma de obter uma proteção efetiva é através de uma medida preventiva
global: um acordo internacional, com a força de lei, para banir a produção dos
organoclorados.
6
Muitos desses efeitos ocorrem porque certos organoclorados são capazes de
mimetizar ou bloquear determinados hormônios, particularmente hormônios sexuais.
Além disso, alguns organoclorados afetam enzimas que controlam as reações
bioquímicas no organismo. Há organoclorados que também afetam os
neurotransmissores, substâncias químicas do sistema nervoso, assim como as
células do sistema imunológico.
7
Tabela 1 – Organoclorados
SETOR % TOTAL
Gás cloro 15
Celulose e papel 10
Esgotos 4
Água potável 1
Plásticos 50
PVC 34
Poliuretano 11
Resinas epoxi 2
Neoprene 1
Outros plásticos 2
Compostos orgânicos 20
Solventes 9
Refrigerantes 2
Pesticidas 2
Detergentes 0,5
Outros químicos 6
Compostos inorgânicos 15
Ácido clorídrico 6
Hipocloritos 4
Dióxido de titânio 2
Outros inorgânicos 3
8
Os fetos em desenvolvimento carecem de gordura corporal para armazenar os
organoclorados que, circulam diretamente nos órgãos em desenvolvimento. E como
o sistema imunológico dos fetos ainda não se formou inteiramente, sua defesa contra
essas substâncias tóxicas é bastante limitada.
9
investigaram todos os poluentes organoclorados presentes, também é possível que
o fenômeno seja causado por uma complexa mistura de organoclorados persistentes.
Defeitos reprodutivos de
desenvolvimento, baixo número e
anomalia de espermatozoides, crescente
Pantera Flórida
incidência de criptorquidia (não
descimento dos testículos em crias
machos)
Fonte: M. Allsopp
10
Organoclorados também têm sido identificados na água e nos esgotos tratados com
cloro, dióxido de cloro ou outros agentes oxidantes clorados. Quase todas as pessoas
ingerem água clorada (o cloro é um meio barato na desinfecção desse líquido). Os
compostos orgânicos encontrados em fontes de água natural, particularmente na
superfície da água, reagem com o cloro. São então produzidos alguns organoclorados
tóxicos e provavelmente carcinogênicos. O pesquisador C. Rappe detectou a presença
de dibenzofuranos, um organoclorado extremamente tóxico, na água tratada com
compostos clorados4.
1,78 Austrália
Dieldrin .0,05
1,00 Iraque
Heptacloro e seu 2,50 Espanha
0,05
epóxido 0,48 Itália
Gama-HCH
0,05 0,89 Itália
(lindano)
Canadá (Baia de
PCB total 1,00 3,60
Hudson)
11
Esse é o caso do povo inuit (também conhecido como esquimó), na região ártica de
Quebec, no Canadá, que têm nos peixes e nos mamíferos marinhos itens importantes
de sua dieta alimentar. Os níveis de dioxina e PCBs no leite materno das mulheres
inuit são 3,5 vezes maiores do que os encontrados entre as demais mulheres que
vivem em Quebec.
A química do cloro começa com o sal comum, o cloreto de sódio, uma substância
estável e natural que circula constantemente pelos ecossistemas e em nossos
organismos. A indústria química cria o gás cloro ao passar a eletricidade através da
água salgada, rompendo o sal e, através disso, alterando fundamentalmente a
característica do cloro.
A maior parte do gás cloro se combina com produtos petroquímicos para formar
organoclorados tais como plásticos (especialmente o cloreto de polivinila – PVC),
12
pesticidas, solventes e outros produtos químicos. Cerca de 15% do gás cloro são
utilizados fora da indústria química, principalmente como branqueador de papel. Na
desinfecção da água potável se utiliza apenas um por cento do gás cloro produzido.
13
2. OS EFEITOS NA REPRODUÇÃO
Nos últimos 30 a 50 anos, as alterações nos órgãos reprodutivos masculinos têm sido
mais frequentes e a infertilidade masculina parece estar aumentando.5
14
o número de espermatozoides em adultos, têm diminuído como consequência da
exposição a organoclorados persistentes.
15
2.2.1. Menstruação: cada vez mais cedo
Por outro lado, sabe-se que os períodos em que a idade da instalação da menarca
declinou foram acompanhados por uma diminuição de gravidez múltipla (gêmeos)
nos mesmos grupos de mulheres sob observação. Enquanto essa diminuição costuma
indicar queda na fecundidade e provável exposição tóxica, o declínio da idade da
instalação da menarca normalmente sinaliza melhoria na nutrição e na saúde pública.
Portanto, ambos os efeitos – gravidez múltipla e declínio da idade da instalação da
menarca – não poderiam ser explicados por uma melhoria na alimentação. Por isso
uma hipótese é a de que esses fenômenos sejam causados por um aumento da
exposição ao estrógeno. Esse aumento se deveria ao contato crescente dos seres
humanos com estrógenos químicos no meio ambiente.14
2.2.2. Endometriose
16
esteroides que controlam o crescimento e o sexo, em particular o estrógeno
(hormônio sexual feminino) e a testosterona (hormônio sexual masculino).
Para que o estrógeno produza seus efeitos no organismo, da mesma forma que
outros hormônios, necessita se ligar a determinadas proteínas celulares, chamadas
"receptores". O encaixe do receptor e do hormônio é intrincado e extremamente
preciso.
Essa ligação entre a célula receptora e o hormônio provoca uma resposta fisiológica
no organismo. Alguns organoclorados se ligam a receptores celulares de estrógeno,
provocando processos inadequados ou bloqueando os processos normais no
organismo.
17
3. EFEITOS EM FETOS E CRIANÇAS
Homens que trabalharam com alguns organoclorados, como pesticidas, podem ter
anomalias nos espermatozoides, que resultem em abortos espontâneos.9
Foi o que ocorreu, por exemplo, com os recém-nascidos de mulheres que haviam
ingerido quantidades moderadas de peixe contaminado do Lago de Michigan: eles
18
apresentaram baixo peso ao nascimento, diâmetro craniano menor e nasceram mais
prematuramente do que os bebês de mulheres não expostas. As crianças de mãe
expostas aos PCBs também apresentaram, aos quatro anos, estatura menor do que
a média.19,20
Muitos organoclorados são tóxicos para o sistema imunológico. Como se sabe, danos
no sistema imunológico podem resultar no aumento de doenças infecciosas, alguns
tipos de câncer e doenças autoimunes.
19
Em Times Beach, Missouri (EUA), constatou-se que as crianças entre 9 e 14 anos de
idade, cujas mães foram expostas a dioxinas durante a gravidez, tinham anomalias
nas células do sistema imunológico. Resultados semelhantes foram encontrados em
estudos com animais.27
20
4. ORGANOCLORADOS E CÂNCER
Segundo o artigo, pessoas que viviam na segunda área mais contaminada da região
(a chamada "zona B") tinham uma probabilidade três vezes maior de contrair câncer
de fígado do que a população em geral. No mesmo grupo, uma forma de mieloma
ocorreu 5,3 vezes mais frequentemente entre as mulheres, enquanto que entre os
homens alguns cânceres de sangue foram 5,7 vezes mais frequentes.
O câncer de mama é um dos problemas de saúde mais sérios em todo o mundo. Ele
é responsável por mais de 5% dos óbitos em alguns países e está aumentando em
21
escala mundial. Nos Estados Unidos, a mortalidade por câncer de mama tem
aumentado a uma proporção de 1% ao ano, desde a II Guerra Mundial.15
Os fatores de risco identificados para o câncer de mama, como idade, história familiar
de câncer de mama, idades de início da puberdade, primeira gravidez e menopausa,
obesidade e consumo de álcool, fornecem explicação para apenas cerca de um terço
do total de casos.
Fígado PCBs
Pâncreas DDT
Mama DDE
Fonte: M. Allsopp
22
5. PROIBIÇÃO TOTAL DE ORGANOCLORADOS
23
A adoção desse princípio evita o problema de tentar estabelecer níveis de tolerância
"aceitáveis" para substâncias cuja toxidade ainda não seja bem conhecida. Ao adotar-
se o Princípio Precautório, as indústrias seriam forçadas a reduzir a zero suas
emissões tóxicas, em vez de apenas restringi-las a determinados níveis.
A produção de cloro e soda deve ser taxada com um imposto por tonelada produzida.
Esse imposto permitiria constituir fundos financeiro para auxiliar a transição para
uma "sociedade industrial sem cloro".
Nos últimos anos, uma série de órgãos internacionais têm se manifestado a respeito
da contaminação com organoclorados:
24
Esses acordos regionais, no entanto, ainda não seriam suficientes para resolver o
problema da contaminação planetária. Devido à circulação global de poluentes
persistentes, mesmo quando uma região proíbe determinado organoclorado, a
substância proibida seguirá se acumulando ali enquanto continuar a ser produzida e
usada em qualquer parte do mundo. A única solução é uma proibição internacional,
com força de lei, banindo todos os organoclorados, como um grupo. Esse acordo
deve incluir um cronograma para a eliminação progressiva de compostos clorados
nos setores mais importantes, para os quais já existam alternativas economicamente
viáveis e comprovadas: indústria de celulose e papel, solventes, PVC e pesticidas.
Numa segunda etapa, deve ser eliminado o uso de cloro na desinfecção da água e de
intermediários do cloro em processos industriais.
25
ANEXO 1 – LISTA DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
• CFC clorofluorcarbono
• DDT diclorofenil tricloroetano
• DBCP dibromocloropropano
• DDE diclorodifenil dicloroetano
• HCB hexaclorobenzeno
• HCH hexaclorohexano
• PVC cloreto de polivinila
• PCP pentaclorofenol
• PCB policloreto de bifenila
26
ANEXO 2 – MAIORES PRODUTORES E USUÁRIOS MUNDIAIS DO CLORO
• Akso Nobel
• Asahi Glass
• Associated Octel
• Atochem
• BASF
• Bayer
• Borregaard Industries
• Buna
• Caffaro
• Ciba Geigy
• Dow Chemical
• Dow Europe
• Electroquimicia
• Elf Atochem
• Enichem
• Erkimia
• Finnish Chemicals
• General Eletric Plastics
• Hays Chemicals
• Hoechst
• ICI
• Metaux Speciaux
• Norsk Hydro
• Occidental Petroleum
• Olin
• PPG Industries
• Produits Chemiques
• Quimica Del Cinca
• Rhône-Poulenc Chemie
• Roche Products
• Schweizerhall
• Solvay
• Tessenderlo Chemie
• Tosoh
• Uniteca
• Veitsiluoto
27
• Vulcan Materials
• Wacker – Chemie
28
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Bertazzi A., Pesatori A.C., Consonni D., Tironi A., Landi M.T. and Zocchetti C.
(1993). Cancer incidence in a population accidentally exposed to 2,3,7,8-
Tetrachlorodidenzo-para-dioxin. Epidemiology, 4 (5): 398-406.
3 – Hall R.H. (1992). A new threat to public health: Organochlorines and food.
Nutrition and Health, 8: 33-43
6 – Sharpe R.M. and Skakkebaek N.E. (1993). Are estrogens involved in failling
sperm counts and disorders of the male reproductive tract? Lancet, 341: 1392-1395.
7 – Carlsen E., Giwercman A., Keiding N. and Skakkebaek N.E. (1992). Evidence for
decreasing quality of semen during the past 50 year. BMJ, 305: 609-613
8 – Giwercman A. and Skakkebaek N.E. (1992). The human testis – an organ at risk?
Int. J. Androl., 15: 373-375.
9 – Rupa D.S., Reddy P.P. and Reddi O.S. (1991). Reproductive performance in
population exposed to pesticides in cotton fields in India. Environmental Research,
55: 123-128.
11 – Wole W.H., Michalek J.E. and Miner J.C. (1992). The Air Force Human Health
Study: an epidemiologic investigation of health effects in Air Force personnel
29
following exposure to herbicides. Reproductive outcomes. Brooks Air Force Base, TX:
US Air Force School of Aerospace Medicine. (NTIS no. ADA-255262). (Citado in
Egeland et al. 1994).
12 – Pines A., Cucos S., Ever-Hadani P. and Ron M. (1987). Some organochlorine
insecticide and polychlorinated biphenyl blood residues in infertile males in the
general Israeli population of the middle 1980's. Arch. Environ. Contam. Toxicol., 16:
587-597.
13 – Eaton S.B., Pike M.C., Short R.V., Lee N.C., Trussell J., Hatcher R.A., Wood
J.W., Worthman C.M., Blurton Jones N.G., Konner M.J., Hill K.R., Bailey R. and
Hurtado A.M. (1994). Women's reproductive cancers in evolutionary context. The
Quaterly Review of Biology, 69 (3): 353-367.
15 – Harris J.R., Lippman M.E., Veronesi U. and Willett W. (1992). Breast cancer
(First of three parts). The New England Journal of Medicine, 327 (5): 319-328.
16 – Rier S.E., Martin D.C., Bowman R.E., Dmowski W.P. and Becker J.L. (1993).
Endometriosis in rhesus monkeys (Macaca mulatta) following chronic exposure to
2,3,7,8-tetrachlordibenzo-p-dioxin. Fundamental and applied toxicology, 21: 433-
441.
17 – Campbel J.S., Wong J., Wong L., Tryphonas D., Arnold D., Nera E., Cross B. and
LaBossiere (1985). Is simian endometriosis an effect immunotoxicity? Presented at
the Ontario Association of Pathologists 48th Annual Meeting, London, Ontario. (Citado
in Rier et al. 1993).
18 – Kyyronen P., Tasknen H., Lindbohm M. L., Hemminki K. & Heinonen O. (1989).
Spontaneous abortions and congenital malformations among women exposed to
tetrachloroethylene in dry cleaning. J. Epidemiology & Community Health, 43: 346-
351.
30
19 – Fein G.G., Jacobson J.L, Jacobson S.W., Schartz P.M. and Dowler J.K. (1984).
Prenatal exposure to polychlorinated biphenyls: effects on birth size and gestational
age. The Journal of Pediatrics, 105: 315-320.
20 – Jacobson J.L, Jacobson S.W. (1990). Effects of exposure to PCBs and related
compounds on growth and activity in children. Neurotoxicology and Teratology, 12:
319-326.
21 – World Health Organisation (WHO) (1989). Levels of PCBs, PCDFs in breast milk:
results of WHO-coordinated interlaboratory quality control studies and analytical field
studies. FADL, Copenhagen. Environmental Health Series, 34. (Citado in Koopmann-
Esseboom et al. 1994).
22 – Brouwer A., Ahlborg U.G., van den Berg M., Birnbaum L.S., Rund-Boersma E.,
Bosveld B., Denison, M.S.,Gray L.E., Hagmar L., Holene E., Huisman M., Jacobson
S.W., Jacobson J.L., Koopman-Esseboom C., Koppe J.G., Kulig B.M., Morse D.C.,
Muckle G., Peterson R.E., Sauer j. P.J.J., Seegal R.F., Smits-van Prooije A.E., Touwen
B.C.L., Weisglas-Kupertis N. and Winneke (1995). Functional aspects of
developmental toxicity of polyhalogenated aromatic hydrocarbons in experimental
animals and human infants. (Outcome of a meeting held from May 9-11, 1994 in
Wageningen, Netherlands under auspices of the EERO Foundation Trainig and
Assessment, Wageningen, Netherlands, Eur, J. Pharmacol. Environ. Toxicol.&
Pharmacol. (in press).
23 – Chen J., Guo Y.L., Hsu C.C. and Rogan W.J. (1992). Cognitive development of
Yu-Cheng ("oil disease") children prenatally exposed to heat degrated PCBs. JAMA,
268 (22): 3213-3218.
24 – Guo Y.L., Chen Y.C., Yu M.L. and Chen C.H. (1994). Early development of Yu-
Cheng children born seven to twelve years after the Taiwan PCB outbreak.
Chemosphere, 29 (9-11): 2395-2404.
25 – Lai T.J., Guo Y.L., Yu M.L., Ko H.C. and Hsu C.C. (1994). Cognitive Development
in Yu-Cheng children. Chemosphere, 29 (9-11): 2405-2411.
31
Environmental Risks, Volume 1: Malnitrition and Hazard Assessment, edited by R.L.
Isaacson ande K.F. Jensen, Plenum Press, New York 13126.
27 – Smoger G.H. Kahn P.C., Rodgers G.C. and Suffin S. (1993). In-utero and
postnatal exposure to 2,3,7,8-TCDD in Times Beach, Missouri: 1. Immunological
effects: Lymphocyte phenotype frequencies. In: Dioxin'93, 13th International
Symposium on Chlorinated Dioxins and Related Compounds, Vienna. Organohalogen
Compounds, 13: 345-348.
28 – Dewailly E., Dodin., Verreault R., Ayotte P., Sauve L. and Morin J. (1993). High
organochlorine body burden in breast cancer women oestrogen receptors. In:
Dioxin'93, 13th International Symposium on Chlorinated Dioxins and Related
Compounds. Vienna, September 1993. Organohalogen Compounds, 13: 385-388.
30 – Falch F., Ricci A., Wolff M.S., Godbold J. and Deckers P. (1992). Pesticides and
polychlorinated biphenyl residues in human breast lipids and their relation to breast
cancer. Archives of Environmental Health, 47 (2): 143-146
31 – Wolff M.S., Toniolo P.G., Lee E.W., Rivera M. and Dubin N. (1993). Blood levels
of organochlorine residues and risk of breast cancer. Journal of the National Cancer
Institute, 85 (8): 648-652.
32 – Krieger N., Wolff M.S., Hiatt R.A., Rivera M., Vogelman J., and Orentreich N.
(1994). Breast cancer and serum organochlorines: a prospective study among white,
black, and Asian women. Journal of the National Cancer Institut, 86 (8): 589-599.
33 – Unger M., Kiaer H., Blichert-Tolf M., Olsen J. and Clausen J. (1994).
Organochlorine compounds in human breast fat from deceased with and without
breast cancer and in biopsy material from newly diagnosed patients undergoing
breast surgery. Environ. Research, 34: 24-28. (Citado in Krieger et al. 1994).
32