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Livro Editora ANAP Saneamento e o Ambiente
Livro Editora ANAP Saneamento e o Ambiente
net/publication/329923638
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1 12,111
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Organizadoras
Sandra Medina Benini
Leonice Seolin Dias
Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro
SANEAMENTO E O AMBIENTE
1ª Edição
ANAP
Tupã/SP
2018
2
EDITORA ANAP
Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003.
Rua Bolívia, nº 88, Jardim América, Cidade de Tupã, São Paulo. CEP 17.605-310.
Contato: (14) 99808-5947 e 99102-2522
www.editoraanap.org.br
www.amigosdanatureza.org.br
editora@amigosdanatureza.org.br
Ficha Catalográfica
ISBN 978-85-68242-85-8
CDD: 910
CDU: 913/49
CONSELHO DE EDITORIAL
ORGANIZADORAS DA OBRA
SUMÁRIO
Capítulo 1 ......................................................................................... 19
Capítulo 2 ........................................................................................ 37
Capítulo 3 ......................................................................................... 63
Capítulo 4 ......................................................................................... 87
Prefácio em Espanhol
Prefácio em Português
Capítulo 1
1
Celso Maran de Oliveira
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo, professor
adjunto da Universidade Federal de São Carlos. E-mail: celmaran@gmail.com
20
2
Processo 2016/14163-7, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
“As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de
responsabilidade do(s) autor(es) e não necessariamente refletem a visão da FAPESP”.
Saneamento e o Ambiente - 21
(artigo 22, inciso IV), não excluindo os Estados que poderão ser autorizados,
por lei complementar (artigo 22, parágrafo único). E os municípios poderão
legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar legislação estadual
ou federal no que couber (artigo 30, incisos I e II).
Quando se investiga o catálogo específico dos direitos e garantias
fundamentais vê-se que não está inscrito constitucionalmente, pelo menos
de forma explícita, a proteção ao direito de acesso à água potável. Sendo
assim, poderia se chegar à conclusão errônea de não aplicabilidade de todos
os tratados e normas internacionais em que o Brasil foi signatário. É
exatamente o contrário, uma vez que a Constituição Federal de 1988, em
seu artigo 5º, § 2º, estabelece que: “Os direitos e garantias expressos nesta
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por
ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa
do Brasil seja parte”.
Então, os fundamentos jurídicos para o reconhecimento pelo Brasil
do acesso à água potável como direito humano fundamento são:
a) porque o Estado brasileiro aderiu aos tratados internacionais
mencionados anteriormente, além de ser Estado integrante das Nações
Unidas, que em atos jurídicos da organização internacional igualmente
estabelecem esse direito como sendo humano fundamental;
b) consoante o princípio da não tipicidade dos direitos fundamentais (PES,
2010) pode-se considerar como direitos humanos fundamentais aqueles
inscritos na Constituição e demais fontes formais do Direito. Com isso,
também devem ser considerados aqueles que transcorrem do regime
democrático, de outros princípios adotados pela Constituição e tratados
internacionais de direitos humanos, reconhecidos pelo Estado brasileiro.
O princípio da não tipicidade dos direitos fundamentais possibilita
não considerar somente os direitos humanos fundamentais enumerados
taxativamente na Constituição, podendo igualmente ser considerados
fundamentais os estampados nas demais fontes do direito, em uma
“perspectiva mais ampla da Constituição material” (CUNHA JUNIOR, 2008, p.
617). Este princípio encontra fundamento na própria Constituição Federal,
no § 2º do artigo 5º, ao considerar o elenco constitucional como meramente
exemplificativo, não afastando os advindos, inclusive, de tratados
28
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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34
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Saneamento e o Ambiente - 35
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36
Saneamento e o Ambiente - 37
Capítulo 2
3
Iván Andrés Sánchez Ortiz
4
Eduardo de Aguiar do Couto
5
Ismarley Lage Horta Morais
4
Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro
1 INTRODUÇÃO
3
Engenheiro civil, D. Sc., professor associado, Departamento de Recursos Hidrobiológicos –
Universidad de Nariño (Colômbia). E-mail: ivansaor@hotmail.com
4
Engenheiro ambiental, D. Sc., professor assistente, Instituto de Ciências Puras e Aplicadas
(ICPA), Universidade Federal de Itajubá – campus Itabira. E-mail: eduardocouto@unifei.edu.br
5
Engenheiro ambiental, D.Sc, professor adjunto, Faculdade de Engenharia Civil – Universidade
Federal de Uberlândia. E-mail: ismarley@ufu.br
4
Doutora em Aquicultura na área de Biologia Aquática, professora titular, pós-graduação em
Ciências Ambientais, Universidade Brasil. E-mail: americo.ju@gmail.com
38
O sucesso dessa separação fez com que muitos dos sistemas, a partir de
então, fossem assim projetados. Dessa forma, existem três tipos de sistemas
de esgoto:
• Sistema de esgotamento unitário – também denominado
sistema combinado, compreende único sistema para a coleta de
águas pluviais, águas de infiltração e águas residuárias
domésticas e industriais.
• Sistema de esgotamento separador parcial – coleta de AR com
uma parcela das águas pluviais (telhados e pátios das
economias).
• Sistema separador absoluto – neste caso existe dois sistemas
totalmente independentes, sendo um responsável pela coleta de
AR e águas de infiltração (sistema de esgoto sanitário) e outro
responsável pela coleta de águas pluviais (sistema de drenagem
pluvial).
Os sistemas de esgoto sanitário são um conjunto de obras e
condutos destinados a coletar, transportar e dispor de maneira adequada as
vazões de esgoto sanitário. De acordo com Nuvolari (2011), seus objetivos
relacionam-se a três aspectos distintos: sanitário, social e econômico.
Os objetivos sanitários incluem eliminar a poluição por meio da
coleta segura das AR, com vistas à redução ou eliminação de doenças de
veiculação hídrica. Os aspectos sociais estão relacionados à melhoria da
qualidade de vida, que possui relação tanto com questões de saúde pública
quanto com o controle da estética do espaço ocupado por determinada
população. Já os objetivos econômicos visam à melhoria da produtividade,
vinculada à redução de enfermidades e preservação de recursos naturais
(NUVOLARI, 2011).
A mistura de águas pluviais às águas residuárias faz com que o
sistema projetado fique mais complexo e oneroso. A necessidade de coleta
da água pluvial em todos os logradouros exige grande extensão de
canalização com diâmetro elevado, além de impossibilitar o lançamento das
águas pluviais no curso d’água mais próximo devido à contaminação pelo
esgoto sanitário. Somado a isso, Azevedo Neto (1998) pontua outras
vantagens do sistema separador absoluto:
40
3 TRATAMENTO DO ESGOTO
Tabela 3 – Índices dos sistemas de abastecimento de água e coleta de esgotos dos municípios
cujos prestadores de serviços são participantes do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS) em 2016, classificados por região geográfica e índices gerais do Brasil
Índice de tratamento
Índice de atendimento com rede (%)
dos esgotos (%)
Esgotos Esgotos
Água Coleta de esgotos
gerados coletados
Região Total Urbano Total Urbano Total Total
Norte 55,4 67,7 10,5 13,4 18,3 81
Nordeste 73,6 89,3 26,8 34,7 36,2 79,7
Sudeste 91,2 96,1 78,6 83,2 48,8 69,0
Sul 89,4 98,4 42,5 49,0 43,9 92,9
Centro-Oeste 89,7 97,7 51,5 56,7 52,6 92,1
Brasil 83,3 93,0 51,9 59,7 44,9 74,9
Fonte: Adaptado de Brasil (2018).
A Secundário + filtração +
A serem consumidas cruas
desinfecção
B Processadas industrialmente, cereais,
Secundário + desinfecção
forragens, pastagens e árvores
C Irrigação localizada de plantas da Pré-tratamento de acordo com
categoria B na ausência de riscos para o método de irrigação, no
os agricultores e público em geral mínimo sedimentação primária
Fonte: Adaptado de Brasil (2018).
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62
Saneamento e o Ambiente - 63
Capítulo 3
6
José Teixeira Filho
2
Aline Regina Piedade
3
Carolina Verbicaro Perdomo
4
Denivaldo Ferreira de Souza
1 INTRODUÇÃO
6
Doutor em Gestão de Recursos Hídricos. Professor livre-docente da Universidade Estadual de
Campinas – Unicamp. Docente no Instituto de Geociência e Faculdade de Engenharia Agrícola.
E-mail: jose@feagri.unicamp.br
2
Doutora em Engenharia Agrícola. Professora adjunta da Universidade Federal do Mato Grosso
– UFMT. E-mail: alinereginapiedade@gmail.com.br
3
Mestre em Geografia. Doutoranda em Geografia na Universidade Estadual de Campinas –
Unicamp. E-mail: caveper@hotmail.com
4
Mestre em Geografia. Doutorando em Geografia na Universidade Estadual de Campinas –
Unicamp. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes.
E-mail: deny1609@gmail.com
64
6 ESTUDO DE CASO
6.5 RESULTADOS
Figura 5 – Valor médio diário Vepm e Vspm dos leitos cultivados (leito Brita, leito Typha 1 e leito
Typha 2), no período escolhido (01 a 22/02/2006)
Figura 6 – Valor total do período monitorado de Vepm e Vspm dos leitos cultivados (leito Brita,
leito Typha 1 e leito Typha 2), no período escolhido (01 a 22/02/2006)
Figura 9 – Valor médio diário de PTepm e PTspm dos leitos cultivados (leito Brita, leito Typha 1 e
leito Typha 2), no período escolhido (01 a 22/02/2006)
Figura 10 – Valor médio diário de KTepm e KTspm dos leitos cultivados (leito Brita, leito Typha 1 e
leito Typha 2), no período escolhido (01 a 22/02/2006)
Figura 11 – Valor total de KTepm e KTspm dos leitos cultivados (leito Brita, leito Typha 1 e leito
Typha 2), no período escolhido (01 a 22/02/2006)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATSUMOTO, T. Comparação entre filtração ascendente e descendente, de água decantada
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Engenharia, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos,
1987.
METCALF & EDDY. Wastewater engineering: treatment and reuse. 4. ed. Nova York: McGraw-
Hill, 2002. 1848 p.
MITSCH, W. J.; GOSSELINK, J. G. Wetlands. Nova York: Van Nostrand Reinhold, 1993.
MOTA, S. B.; VON SPERLING, M. Nutrientes de esgoto sanitário: utilização e remoção. Rio de
Janeiro: ABES, 2009.
NOGUEIRA, S. F. Balanço de nutrientes e avaliação de parâmetros biogeoquímicos em áreas
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Curso de Energia Nuclear Na Agricultura, Departamento de Centro de Energia Nuclear na
Agricultura, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003.
PAGANANI, W. S. Disposição de esgotos no solo. 2. ed. São Paulo: Fundo Editorial da AESABESP,
1997. 232p.
Saneamento e o Ambiente - 85
Capítulo 4
7
Juliana Heloisa Pinê Américo-Pinheiro
8
Gledson Renan Salomão
9
Iván Andrés Sánchez Ortiz
10
Nádia Hortense Torres
11
Luiz Fernando Romanholo Ferreira
1 INTRODUÇÃO
7
Doutora em Aquicultura na área de Biologia Aquática, professora titular, pós-graduação em
Ciências Ambientais, Universidade Brasil. E-mail: americo.ju@gmail.com
8
Engenheiro civil, mestrando em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (UNESP) - campus de Ilha Solteira - SP. E-mail: gledson.salomao@hotmail.com
9
Engenheiro civil, D. Sc., professor associado, Departamento de Recursos Hidrobiológicos -
Universidade de Nariño (Colômbia). E-mail: ivansaor@hotmail.com
10
Doutora em Química na Agricultura e no Ambiente, pós-doutoranda na Universidade
Tiradentes (UNIT). E-mail: nadiahortense@gmail.com
11
Doutor em Microbiologia Agrícola, professor na Universidade Tiradentes (UNIT). E-mail:
romanholobio@gmail.com
88
presente na fase móvel que será bombeado para dentro de uma coluna
contendo material adsorvente (sílica normalmente), e programas
computacionais farão a quantificação do micropoluentes retido na coluna
(COLLINS et al., 2009).
𝐶0 − 𝐶𝐸
𝐸(%) = ∙ 100
𝐶0
Equação 1.
Onde
E = Eficiência de remoção (%)
C0 = Concentração afluente do poluente (mg/L)
CE = Concentração efluente do poluente (mg/L)
Figura 2 – Sistema de fossa séptica seguido de filtro anaeróbio para tratamento de esgoto
3.5 PÓS-TRATAMENTO
4.1 ADSORÇÃO
pode ser classificada como uma ligação fraca, uma vez que estará
relacionada à área superficial (poros) disponível do adsorvente
(NASCIMENTO, 2014).
Um dos métodos de aplicação desta técnica é a remoção por meio de
uma coluna de leito fixo de fluxo ascendente ou fluxo descendente por
gravidade, localizada no final do processo convencional de tratamento do
efluente (end of the pipe), o qual terá o composto adsorvente em seu
interior, correspondendo à fase sólida do processo, e o efluente
corresponderá à fase aquosa. O efluente tratado nos processos já
mencionados chega até a coluna e passa através dela, sendo esta
responsável por reter o fármaco contido no efluente (fase aquosa). A
vantagem de utilizar a coluna por gravidade é a redução do custo para
funcionamento do sistema, visto que não haverá a necessidade do processo
de bombeamento (FRANCO et al., 2018). A maioria dos processos de
separação e purificação, com base na tecnologia de adsorção, envolve
operações de fluxo contínuo (BORBA et al., 2008).
A respeito do material adsorvente, o carvão ativado granular (CAG) é
amplamente utilizado para remover contaminantes orgânicos da água e
águas residuais com boa eficiência (FRANCO et al., 2018). O carvão ativado
tem alta capacidade de adsorção relacionada a uma alta área superficial.
Também é relativamente barato e pode ser facilmente regenerado após
atingir o limite de saturação (DANMALIKI; SALEH, 2017; SALEH et al., 2017).
A sílica também é altamente eficiente na adsorção, porém o seu
custo tem sido, ainda, um empecilho para a sua aplicação. Estudos com
adsorventes de baixo custo estão sendo desenvolvidos cada vez mais, tais
como aluminosilicatos e os resíduos agrícolas a base de cascas de arroz,
trigo, amêndoas, café e coco (NASCIMENTO, 2014).
O que deve ser notar quando se pretende utilizar um adsorvente no
processo de tratamento é a sua eficiência, ou seja, o tempo de reação do
material para que ele possa começar a interagir com o contaminante, e o
intervalo de tempo que conseguirá remover com alta eficiência o fármaco,
até ocorrer a saturação da coluna, momento em que o adsorvente já não é
mais capaz de reter o poluente. Sendo assim, alguns fatores influenciam e
devem ser observados antes de adquirir o material adsorvente, tais como: a
área superficial (porosidade, volume dos poros), as propriedades do
Saneamento e o Ambiente - 101
4.2 FOTODEGRADAÇÃO
Figura 6 – Processos de filtração por membrana e as respectivas espécies que são retidas em
cada etapa
reversa, que utilizam pressão hidráulica como força motriz para separar a
água dos contaminantes (MIERZWA et al., 2008). A Figura 7 classifica cada
fase de filtração com o seu respectivo diâmetro dos poros e pressão aplica
no sistema.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Capítulo 5
12
Rafael Montanhini Soares de Oliveira
13
Angela Di Bernardo Dantas
14
Ana Christina Horner Silveira
15
Sérgio Carlos Bernardo Queiroz
16
Giulliano Guimarães Silva
1 INTRODUÇÃO
12
Engenheiro civil, mestre em Ciências Cartográficas (FCT/UNESP) e doutor em Engenharia
Química, professor da UTFPR. E-mail: rafaeloliveira@utfpr.edu.br
13
Engenheira civil com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Hidráulica e Saneamento
pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Profª da Universidade de Ribeirão Preto
(UNAERP) Ribeirão Preto-SP. Diretora da Hidrosan Engenharia. E-mail: angeladb@terra.com.br
14
Engenheira civil pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), mestre em
Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do TO (UFT). E-mail:
anachristinasilveira@gmail.com
15
Engenheiro ambiental pela Universidade Federal do Tocantins. Mestre em Recursos Hídricos
e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS),
doutorando em Tecnologia Ambiental pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) Ribeirão
Preto-SP, professor do curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Tocantins – UFT. E-
mail: sergiocbq@gmail.com
16
Engenheiro ambiental e mestre em Ciências do Ambiente pela UFT, doutorando em
Tecnologia Ambiental pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) Ribeirão Preto-SP,
professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO). E-mail:
giullianogsilva@gmail.com
110
( SSTaap SSTsobren)
SSTLodo equação (1)
VLodo
114
SSTLodo
TSólidos Lodo
10.000 equação (2)
em que:
Figura 4 – Teor de sólidos no lodo final nos ensaios de clarificação e adensamento por
gravidade
1,00
0,90
0,80
0,70
Teor de Sólidos (%)
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
Não Iônico - A Não Iônico - B Aniônico - A Aniônico - B Catiônico - A Catiônico - B
mg pol/g SST
1 mg pol/g SST 2 mg pol/g SST 4 mg pol/g SST 6 mg pol/g SST 8 mg pol/g SST
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
Capítulo 6
17
Leonice Seolin Dias
18
Ricardo dos Santos
19
Maurício Dias Marques
20
Antonio Cezar Leal
1 INTRODUÇÃO
17
Bióloga, doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, Estado de São Paulo, Brasil. Colaboradora do
Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde (BIOGEOS), Unesp, Presidente Prudente. E-
mail: nseolin@gmail.com
18
Doutorando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, Estado de São Paulo, Brasil. E-mail:
ricasantos2000@yahoo.com.br
19
Professor, mestrado em Agronegócio e Desenvolvimento pela Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Faculdade de Ciências e Engenharia, Tupã, Estado de São Paulo, Brasil. Membro do
Grupo de Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental (PGEA), Unesp, Tupã. E-mail:
mdmarques1985@gmail.com
20
Professor assistente doutor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, Estado de São Paulo, Brasil.
Pesquisador PQ/CNPq. E-mail: cezar@fct.unesp.br
122
Dessa forma, “resíduo então é tudo aquilo que pode ser reutilizado e
reciclado e, para isso, esse material precisa ser separado por tipo, o que
permite a sua destinação para outros fins” (SALVETTI, 2015, p. 27). Podem
ser encontrados nas formas sólida (resíduos sólidos), líquida (efluentes) e
gasosa (gases e vapores).
Resíduo sólido, de acordo com o Dicionário Brasileiro de Ciências
Ambientais, é:
[...] aterros sanitários diferem de lixões (em que o lixo é despejado no solo
a céu aberto) porque têm dispositivos para minimizar efeitos nocivos ao
ambiente, como impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de
efluentes líquidos e gasosos e cobertura dos resíduos. (EIGENHEER;
FERREIRA, 2006, p. 34).
50000000
40000000
30000000
20000000
10000000
0
1991 2000 2010 1991 2000 2010
Área urbana Área rural
Coletado serviço de limpeza/caçamba Queimado na propriedade
Enterrado na propriedade Jogado terreno baldio ou logradouro
Jogado em rio, lago ou mar Outro destino
60
50
40
30
20
10
0
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018
Destinação adequada (%)
Fonte: IBGE (2002), ABRELPE (2007, 2008, 2009, 2010, 2012, 2015, 2016).
Organização: Santos (2018).
100
80
60
40
20
0
1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Fonte: IBGE (2000), ABRELPE (2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2012, 2015, 2016).
Organização: Santos (2018).
120
100
80
60
40
20
00
1996 2001 2006 2011 2016
Brasil (%) Região Sudeste (%)
Fonte: IBGE (2000), ABRELPE (2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2012, 2015, 2016). Organização:
Santos (2018).
Tabela 2 – Evolução no trato com os RSU no Brasil por domicílios segundo o IBGE
Ação Área Domicílios (quantidade) Evolução (%)
1991 2010 Aumento Redução
Coletado (serviço de Urbana 21.739.197 47.926.640 120,46
limpeza/caçamba) e rural
Queimado na propriedade Urbana 2.085.459 777.891 62,70
Rural 2.045.101 4.702.788 129,95
Enterrado na propriedade Urbana 224.296 38.723 82,74
Rural 345.792 293.324 15,17
Jogado em rio, lago ou mar Urbana 305.959 26.245 91,42
Rural 111.709 16.807 84,95
Outro destino Urbana 196.201 56.420 71,24
Rural 1.802.244 171.153 90,50
Fonte: Base nos dados do IBGE/Censos Demográficos de 1991, 2010. Organização: Marques
(2018).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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FABREGAT RODRÍGUEZ, M. G.; LEAL, A. C.; ZANIN, M.; SEOLIN DIAS, L. Resíduos sólidos urbanos:
aproximação ao tema em cidades de Cuba e Brasil. 1 ed. Tupã: ANAP, 2018. Cap. 1, p. 15-28.
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Resíduos Sólidos Urbanos: diagnóstico do gerenciamento na bacia do Rio Ivinhema - MS. 1
ed. ed. Campo Grande: Editora UFMS, 2016. v. 1.
GRACZYK, T. K. et al. The role of non-biting flies in the epidemiology of human infectious
diseases. Microbes and infection / Institut Pasteur, v. 3, n. 3, p. 231–5, 2001.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010a.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD). Rio de janeiro: IBGE, 2010b.
JACOBI, P. R.; BESEN, G. R. Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desafios da
sustentabilidade. In: Revista Estudos Avançados. São Paulo, v. 25, n. 71, p. 135–158, 2011.
LEAL, A. C. et al. A reinserção do lixo na sociedade do capital: uma contribuição ao entendimento
do trabalho na catação e na reciclagem. In: Terra Livre. São Paulo, ano 18, n. 19, p. 177-190,
2002.
LEAL, A. C. et al. Resíduos sólidos no Pontal do Paranapanema. Presidente Prudente: Antonio
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LIMA-E-SILVA, P. P. et al. Dicionário brasileiro de ciências ambientais. Rio de Janeiro: Thex, p.
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NASCIMENTO, M. L. S.; MARQUES, A. L. P.; NASCIMENTO, N. Impactos ambientais: a
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NURITA, A. T.; HASSAN, A. A. Filth flies associated with municipal solid waste and impact of
delay in cover soil application on adult filth fly emergence in a sanitary landfill in Pulau
Pinang, Malaysia. Bulletin of entomological research, v. 103, n. 3, p. 296-302, 10 jun. 2013.
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SALVETTI, T. C. Proposta para implantação de sistema de gestão integrado para unidade de
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Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. IPEN-CNEN/SP. São Paulo, SP, 2015.
SANTOS, R. Meio ambiente e qualidade de vida na Estância Turística de Presidente Epitácio –
São Paulo. 2010. 374 fls. Dissertação (mestrado) – Geografia, Faculdade de Ciências e
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SANTOS, R.; LEAL, A. C. Saneamento e gestão ambiental no município de Presidente Epitácio,
Estado de São Paulo. In: SEOLIN DIAS, L.; GUIMARÃES, R. B. (Org.). Desafios da saúde
ambiental. Tupã/SP: ANAP, 2015. v. 1, p. 51-67. Disponível em:
Saneamento e o Ambiente - 149
Capítulo 7
21
Katia Sakihama Ventura
22
Paulo Vaz Filho
23
Karina Shibasaki
24
Thais Madaschi
1 INTRODUÇÃO
21
Doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento (EESC/USP), professora do Departamento
de Engenharia Civil da UFSCar (DECiv/UFSCar). E-mail: katiaventura@yahoo.com
22
Mestre em Engenharia Urbana (DECiv/UFSCar), professor das Faculdades Integradas de
Araraquara e do UNASP - Engenheiro Coelho. E-mail: paulo@villeengenharia.com.br
23
Engenheira civil, pesquisadora e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Urbana (PPGEU-UFSCar) na época do presente trabalho. E-mail: kashibasaki@gmail.com
24
Engenheira ambiental, pesquisadora e pós-graduanda do curso de MBA Restauração,
Licenciamento e Adequação Ambiental – UFSCar, campus Sorocaba. E-mail:
thais_madaschi@hotmail.com
152
2 METODOLOGIA
3 ESTUDO DE CASOS
Implantado Sim
Dados gerais
Áreas verdes e públicas 4
Lotes residenciais 3
Existência de área externa/lazer Não
B 160 64,0
C 23 9,2
B 1.984 1.587,20
C 2.728 2.182,40
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Capítulo 8
25
Ligia Flávia Antunes Batista
26
Raissa Franco Moda
27
Tatiane Cristina Dal Bosco
1 INTRODUÇÃO
25
Doutora em Ciências Cartográficas, docente da UTFPR. E-mail: ligia@utfpr.edu.br
26
Graduanda em Engenharia Ambiental. E-mail: rfrancomoda@gmail.com
27
Doutora em Engenharia Agrícola, docente da UTFPR. E-mail: tatianebosco@utfpr.edu.br
166
𝑡𝑜𝑛 𝑝𝑜𝑝∗𝑝𝑒𝑟𝑐𝑎𝑝𝑡𝑎∗%𝑑𝑒𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑑𝑖𝑎 ) = 1000
(1)
𝑡𝑜𝑛 𝑡𝑜𝑛
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑎𝑛𝑜) = 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑑𝑖𝑎 ) ∗ 𝑑𝑖𝑎𝑠𝑑𝑜𝑎𝑛𝑜 (2)
𝑡𝑜𝑛
𝑚³ 𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜( )
𝑑𝑖𝑎
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑑𝑖𝑎) = 𝐾𝑔 ∗ 1000 (3)
𝑃𝑒𝑠𝑜𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜( 3 )
𝑚
𝑚³ 𝑚³
𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑎𝑛𝑜) = 𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 (𝑑𝑖𝑎) ∗ 𝑑𝑖𝑎𝑠𝑑𝑜𝑎𝑛𝑜 (4)
𝑔𝑒𝑟𝑎çã𝑜
𝑉= 𝐹.𝑐𝑜𝑚𝑝
∗ 𝐹. 𝑐𝑜𝑏 (5)
𝐶∗ℎ∗(𝐿𝑖+𝐿𝑠)
𝑉𝑡 = 2
(6)
𝑉
𝐶= ℎ∗(𝐿𝑖+𝐿𝑠) (7)
2
Figura 2 – (a) Hidrografia da área de estudo; (b) Mapa de proximidade aos cursos d’água;
(c) Mapa fuzzy da distância aos corpos hídricos
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.896: aterros de resíduos não
perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: resíduos sólidos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2004a.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8.419: Apresentação de projetos
de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos: procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT,
1992. Versão corrigida: 1996.
ABRELPE – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS
ESPECIAIS. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2017. Disponível em:
<http://abrelpe.org.br/pdfs/panorama/panorama_abrelpe_2017.pdf >. Acesso em: 2018.
ANA – AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS. Hidroweb: sistema de informações hidrológicas.
Disponível em: <http://www.snirh.gov.br/hidroweb/publico/apresentacao.jsf>. Acesso em:
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BRASIL. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília: DOU,
2010. Disponível em: <http:// http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
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CONDE, T. T.; STACHIW, R.; FERREIRA, E. Aterro sanitário como alternativa para a preservação
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CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. SIAGAS: Sistema de Informações de Águas
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EASTMAN, J. R. IDRISI 32: Guide to GIS and image processing. Clark University, 1999.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM). Como destinar os resíduos sólidos urbanos.
Belo Horizonte: FEAM, 1995.
IAP – INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Relatório da situação da disposição final de resíduos
sólidos urbanos no estado do Paraná. 2017. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/
arquivos/File/Diagnostico_Disposicao_Final_de_RSU_2017.pdf>. Acesso em: 3 maio 2018.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapas políticos. Disponível em:
<https://mapas.ibge.gov.br/politico-administrativo>. Acesso em: 23 jul. 2018.
INPE. TOPODATA: banco de dados geomorfométricos do Brasil. Disponível em:
<http://www.dsr.inpe.br/topodata/index.php>. Acesso em: 23 jul. 2018.
Saneamento e o Ambiente - 181
Capítulo 9
1 INTRODUÇÃO
28
Este artigo foi apresentado no I SINGEURB 2017 (Simpósio Nacional de Gestão e Engenharia
Urbana) e encontra-se nos anais deste evento. Ressalta-se que para esta publicação, houve revisões.
29
Mestranda em Geografia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
UNESP Rio Claro. E-mail: patricialopesfreire@hotmail.com.
30
Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
Docente da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP Jaboticabal. E-
mail: agiannini@fcav.unesp.br.
184
31
A PNMA não utiliza o termo ‘manejo de resíduos sólidos’, aborda apenas o ‘tratamento e a
destinação’ (PNMA, 1981), sem orientar sobre a gestão de Resíduos Sólidos como um todo.
Porém, esta Lei assume a “[…] vanguarda na regulamentação sistêmica da proteção ambiental
no Brasil” (DERANI; SOUZA, 2013, p. 247).
Saneamento e o Ambiente - 185
32
“[...] instrumento jurídico-econômico é toda norma que gere um movimento de estímulo no agente
econômico para atividades menos impactantes. Essas normas podem ser de cumprimento voluntário,
em vista de um ganho econômico direto, como tradicionalmente se entende as normas indicativas e
premiais, e também podem obedecer a uma construção híbrida, em que a consequência premial
encontra-se numa mais célere compreensão social e administrativa da construção ambientalmente
mais sustentável da opção econômica ambicionada.” (DERANI; SOUZA, 2013, p. 250).
186
[...] O traço marcante que deve diferir taxa de preço público – do qual
a tarifa é espécie – está na inerência ou não da atividade à função do
Estado. Se houver evidente vinculação e nexo do serviço com o
desempenho de função eminentemente estatal, teremos a taxa. De
outra banda, se presenciarmos uma desvinculação deste serviço com
a ação estatal, inexistindo óbice ao desempenho da atividade por
particulares, vislumbrar-se-á a tarifa. (SABBAG, 2016, p. 861).
3 MÉTODO
33
Os Planos Municipais da Microrregião de Jaboticabal devem conter,
mesmo que de forma implícita, o ‘sistema de cálculo de custos’ e ‘formas de
cobrança dos serviços’, com base no art. 19, inciso XIII, da PNRS, bem como
o expresso nos arts. 30, 35 e 39 da Lei de Saneamento (BRASIL, 2007,
2010a), com o intuito da sustentabilidade econômico-financeira dos
34
municípios .
Diante do exposto, e utilizando os critérios do Quadro 1, obteve-se o
resultado apresentado no Quadro 2.
33
As análises estão baseadas nas seguintes referências: Bebedouro (2011), Guariba (2014),
Jaboticabal (2015), Monte Alto (2012), Pitangueiras (2013) e Taquaritinga (2014).
34
De acordo com a abordagem de Sabbag (2016), depreende-se que o sistema de
gerenciamento de limpeza urbana compreende o setor de limpeza pública e o setor de coleta
domiciliar de lixo, porém estes possuem arrecadação distinta. Visto isso, percebe-se a
importância de identificar como é arrecadado e distribuído esses recursos. Porém, por questões
metodológicas, não haverá a possível pesquisa desses dados, ficando isto para pesquisas
futuras.
Saneamento e o Ambiente - 191
Quadro 3 – Síntese do inciso II do art. 30 da Lei de Saneamento, dos Planos de Resíduos Sólidos
da Microrregião de Jaboticabal-SP
Planos
Inciso II artigo 30
Bebedouro Guariba Jaboticabal Monte Alto Pitangueiras Taquaritinga
Conjunto de atividades 0 0 X X X X
Infra-estruturas 0 Y X X X X
Instalação de coleta Y Y X X Y X
Transporte 0 Y X X Y X
Transbordo 0 0 X X Y X
Tratamento X Y X X Y X
Destino Final do lixo doméstico X X X X Y X
Destino final do lixo varrição/poda Y X X X Y X
Destino final do lixo de logradouros e vias
Y X X X Y X
públicas
Fonte: Elaborado a partir dos Planos de Resíduos Sólidos da Microrregião de Jaboticabal-SP.
financeiro” (GUARIBA, 2014). Por fim, deve-se evidenciar que este município
não possui dados concretos sobre os gastos com manejo de resíduos
sólidos.
Com relação ao mesmo inciso, o município de Taquaritinga demonstra
todos os custos atuais do manejo de resíduos sólidos, inclusive quanto à
projeção de custos de melhorias propostas, além de analisar o potencial
econômico em cumprir tais propostas. Os demais municípios apresentam
parcialmente os custos, visto que não abordam todos os elementos
necessários, bem como não realizam a mesma qualidade de análise do Plano
de Taquaritinga. Destaca-se o PMGIRS de Pitangueiras por relatar a dificuldade
em reunir e entender os custos do município, pois os mesmos estão
espalhados em “diversas rubricas do orçamento municipal” (2013, p. 77).
Os planos de Monte Alto, Pitangueiras e Taquaritinga atendem
parcialmente o inciso V do artigo 30, pois demonstram diariamente, no
período de um mês, a demanda de serviço. Porém, subentende-se que há
também a necessidade de demonstrar os dados mensais e anuais, o que
permitiria a análise dos ciclos de demanda de forma completa, considerando
os períodos de sazonalidade, como afirmam Souza et al. (2015) e Monteiro
et al. (2001). Os Planos dos demais municípios não apresentam esses dados.
De acordo com o inciso VI, nenhum dos seis Planos apresentou
informações sobre a ‘capacidade de pagamento dos consumidores’, a qual
poderia advir de uma análise simples das rendas por bairros, inclusive
utilizando dados do censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), dados esses que deveriam ser coletados pelo Poder Público
Municipal.
Já o inciso I do art. 35 da Lei de Saneamento (Quadro 2), o qual
aborda ‘o nível de renda da população da área atendida’, só não foi
cumprido no Plano de Jaboticabal, visto que este é o único a não informa a
renda da população. Todos os outros municípios usaram a metodologia de
análise através do Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
Sobre as ‘características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser
neles edificadas’ do inciso II, subentende-se as características do
zoneamento municipal. Observa-se que todos os municípios atendem
parcialmente este item. Os Planos abordam coletas por bairros, lotes
urbanos com o problema de destinação de resíduos sólidos ilegal ou até
194
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTO
REFERÊNCIAS
Capítulo 10
1 INTRODUÇÃO
35
Bióloga, doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de
Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente. Colaboradora do Laboratório de Biogeografia e Geografia
da Saúde (BIOGEOS), Unesp, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. E-mail: nseolin@gmail.com
36
Professor, mestrado em Agronegócio e Desenvolvimento pela Universidade Estadual Paulista
(UNESP), Tupã. Membro do Grupo de Pesquisa em Gestão e Educação Ambiental (PGEA),
Unesp, Tupã, São Paulo, Brasil. E-mail: mdmarques1985@gmail.com
37
Professor, mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
Paraná. E-mail: lseolin@bol.com.br
38
Professor titular do Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
Faculdade de Ciências eTecnologia, Presidente Prudente, São Paulo. Coordenador do
Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde da Unesp e membro da Comissão de Saúde e
Ambiente da União Geográfica Internacional. E-mail: raul@fct.unesp.br
202
definitiva de 33.845,33 hectares (SÃO PAULO, 1941, 1986, 1988) extensão que
se mantém até hoje.
O PEMD localiza-se no sudoeste do Estado de São Paulo, região
conhecida como Pontal do Paranapanema, constituindo-se na maior área
contínua remanescente de floresta nativa que restou nesse espaço.
Atualmente está sob a responsabilidade do Instituto Florestal do Estado de
São Paulo (IF), encarregado de sua administração e manutenção.
O Parque possui importante área contínua de Floresta Estacional
Semidecidual (Mata Atlântica de Interior), estando presentes Matas Ciliares e
fragmentos de Cerradão e Cerrado, e grande diversidade biológica, o que
propicia a ocorrência de importantes espécies de fauna, além de abrigar a maior
reserva de peroba-rosa (SÃO PAULO, 2006). Biodiversidade ou diversidade
biológica é entendida como sendo “a variabilidade entre organismos vivos de
39
todas as origens” , sendo essencial para a sobrevivência da própria vida no
planeta. Assim, para Alho (2012), a perda da biodiversidade em escala global
representa uma ameaça direta ao bem-estar e à saúde humana. Daí a
importância da existência de unidades de conservação – UC, que visam a
proteger os ecossistemas e sua variedade em diferentes regiões.
40
Como as unidades de conservação possibilitam o uso público em seus
espaços, em 2017, o PEMD recebeu alto número de visitantes do país e do
exterior, cerca de 23.000 mil pessoas (O IMPARCIAL, 2018). Além desses,
considere-se ainda os visitantes residentes das cidades próximas, de pequenas
propriedades e dos assentamentos que circundam o Parque.
A visitação no PEMD, assim como em outros parques protegidos, traz
consigo impactos ambientais, como a presença dos resíduos sólidos (lixo) que
favorecem a proliferação de insetos nocivos à saúde da população,
principalmente as moscas que são consideradas vetores mecânicos de mais de
65 tipos de doenças para o homem (GERBA et al., 2011; SEOLIN DIAS, 2008).
39
Decreto Legislativo 2, 1994 e Decreto 2.519/1998 (Convenção sobre Diversidade Biológica,
Art. 2º, in verbis): “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os
complexos ecológicos de que fazem parte, compreendendo ainda a diversidade dentro de
espécies, entre espécies e de ecossistemas” (BRASIL, 1994; BRASIL, 1998).
40
O termo “uso público” pode ser definido como uma forma de utilização e aproveitamento
das unidades de conservação, por meio da visitação, independentemente da motivação do
visitante (contemplação, recreação, esporte, observação de aves, entre outros) ou do segmento
do turismo em questão (ecoturismo, turismo de aventura, entre outros) (BRASIL, 2011, p. 64).
Saneamento e o Ambiente - 203
41
A Tese foi defendida no dia no dia 9 de abril de 2016, na Universidade Estadual Paulista (UNESP)
de Presidente Prudente – SP, sob a orientação do prof. Dr. Raul Borges Guimarães.
204
42
O “objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei”
(Parágrafo 1º do artigo 7º da Lei).
Saneamento e o Ambiente - 205
43
A Lei Federal 9.985/2000 determina que “as unidades de conservação devem dispor de um
Plano de Manejo e devem abranger a área da unidade de conservação, sua zona de
amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua
integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas” (BRASIL, 2000, artigo 27, § 1°).
206
2009, p. 5). Esses impactos dos usos das UCs podem ser tanto de origem
natural (p. ex.: queda de árvores, fogo, entre outros) como antrópica
(causados pelo homem).
Confirma o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
– ICMBio, que, ao contrário do que alguns setores da sociedade imaginam,
as UCs não constituem espaços protegidos “intocáveis”, apartados de
qualquer atividade humana. Elas fornecem direta e/ou indiretamente bens e
serviços que satisfazem várias necessidades da sociedade brasileira,
inclusive produtivas (MEDEIROS; ARAÚJO, 2011).
Portanto, um dos impactos ambientais em áreas naturais, que pode
ser causado pela ausência de saneamento nas UCs, refere-se à coleta e ao
destino inadequado dos resíduos sólidos gerados nessas áreas protegidas,
principalmente dos orgânicos, que, além de denegrirem a paisagem,
acumulados nas bordas ou deixados nas trilhas, favorecem a proliferação
de insetos vetores.
Assim, a gestão dos resíduos sólidos depositados em áreas de
proteção, torna-se um tema de grande importância a ser considerado
pelo Poder público, pois em algumas áreas não há qualquer tipo de
coleta do lixo. É válido mencionar que, “em 2017, o número de visitantes em
cerca de cem Unidades de Conservação (UCs) federais chegou aos 10,7 milhões.
Um recorde, com 20% de aumento real, em relação a 2016” (BRASIL/ICMbio,
2018, p. 2).
O Ministério do Meio Ambiente escreve que “as unidades de
conservação (UCs) têm um papel central na gestão dos resíduos sólidos nos
municípios em seu entorno” (BRASIL, 2013, p. 1). Ainda, essas UCs “são
espaços fundamentais na articulação institucional envolvendo o poder
público e a sociedade” (BRASIL, 2013, p. 1).
A partir disso, o termo Saneamento é uma expressão que emerge nesse
contexto. Conforme a Organização Mundial da ou de Saúde (OMS/WHO, 2014),
Saneamento é definido como:
44
a) abastecimento de água potável, constituído pelas atividades, pela disponibilização, pela
manutenção, pela infraestrutura e pelas instalações necessárias ao abastecimento público de
água potável, desde a captação até as ligações prediais e os seus instrumentos de medição; b)
esgotamento sanitário, constituído pelas atividades, pela disponibilização e pela manutenção de
infraestrutura e das instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até a sua destinação final para a
produção de água de reuso ou o seu lançamento final no meio ambiente; c) limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e pelas
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final dos
resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbanas; e d) drenagem e manejo das
águas pluviais urbanas, constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e pelas instalações
operacionais de drenagem de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas,
contempladas a limpeza e a fiscalização preventiva das redes (BRASIL, 2007).
Saneamento e o Ambiente - 209
45
Actualmente se considera que salud ambiental es una forma limitada de nombrar un
fenómeno que no debería emitir una idea hacia lo curativo o sea resolviendo el daño o el efecto
sobre el ambiente (en la práctica presente, la palabra "saneamiento" con frecuencia se reserva
solamente para las acciones en el campo del manejo de desechos líquidos y excretas), sino que
su principal rol debe ser preventivo (MARTINEZ ABREU et al., 2014, p. 406).
210
(TCHOBANOUGLOS et al., 1993), como moscas, que são insetos que têm
importância como vetores de várias doenças.
Destaca-se que algumas moscas, vetores mecânicos de patógenos
(vírus, bactérias, etc.), são comumente associadas a interferências
antrópicas e então classificadas como sinantrópicas, pois são capazes de se
adaptar às condições promovidas pelo homem.
46
O Pontal é constituído por 32 municípios , abrangendo uma área
aproximada de 18.441,60 km². Teodoro Sampaio, com população de
aproximadamente 21.386 habitantes, é um dos municípios no qual está
localizado o PEMD, cerca de 18 quilômetros do centro da cidade (IBGE,
2010). A área do Pontal encontra-se na província geomorfológica do
Planalto Ocidental do Estado de São Paulo. Possui características climáticas
diferenciadas, segundo classificação de Koppen, do tipo fundamental Cwa,
clima seco, verão quente e úmido e macrotérmico subtropical. A descrição
46
Constituem o Pontal do Paranapanema os municípios de Alfredo Marcondes, Álvares
Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista,
Iepê, Indiana, João Ramalho, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirante do Paranapanema,
Nantes, Narandiba, Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio,
Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Rancharia, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios,
Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabai e Teodoro Sampaio.
Saneamento e o Ambiente - 213
47
O documento oficial do PEMD tem como objetivos a identificação, a
sistematização, a ordenação e a ampliação de informações e ou
conhecimentos sobre o Parque.
47
O documento tem o propósito de: Estabelecer normas que orientem o cumprimento dos
objetivos que motivaram a criação do Parque; estabelecer a diferenciação e intensidade de uso
mediante zoneamento; orientar a aplicação dos recursos financeiros; assegurar a preservação
integral dos recursos naturais e promover a recuperação das áreas alteradas; dotar o Parque
de diretrizes para o seu desenvolvimento integrado que contribuam para o uso turístico
ordenado regional; estabelecer um programa de pesquisa que possibilite a compreensão do
ecossistema protegido e a definição de técnicas de recuperação ambiental, bem como para o
manejo racional dos recursos naturais (SÃO PAULO, 2006, p. 29).
216
7 RESULTADOS e DISCUSSÃO
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Capítulo 11
48
Lourdes Aparecida Zampieri D’Andrea
49
Patrícia Ferreira da Silva
50
Chelsea Pereira de Souza
4
Raul Borges Guimarães
1 INTRODUÇÃO
1
Doutora, pesquisadora científica do Centro de Laboratório Regional do Instituto Adolfo Lutz de
Presidente Prudente/SP E-mail: lourdes.andrea@ial.sp.gov.br
2
Aprimoranda, Programa de Vigilância Laboratorial em Saúde Pública Centro de Laboratório
Regional do Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente/SP E-mail:
patriciaferreirabiomedica@gmail.com
3
Aprimoranda, Programa de Vigilância Laboratorial em Saúde Pública Centro de Laboratório
Regional do Instituto Adolfo Lutz de Presidente Prudente/SP E-mail:
chelsea_souza@hotmail.com
4
Professor titular do Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista (Unesp),
Faculdade de Ciências eTecnologia, Presidente Prudente, São Paulo. Coordenador do
Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde da Unesp e membro da Comissão de Saúde e
Ambiente da União Geográfica Internacional. E-mail: raul@fct.unesp.br
228
41. São João do Pau d’Alho Totalmente estruturado Transmissão humana e canina
Fonte: Instituto Adolfo Lutz – Núcleo de Ciências Biomédicas de CRL Presidente Prudente .
Figura 2 – Distribuição dos municípios da RRAS 11 Presidente Prudente/SP com seus respectivos
quantitativos de assentamentos de reforma agrária em seus territórios
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1138_23_05_2014.html>. Acesso
em: 4 jul. 2018.
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2014b. Inclui subtipo na Tabela de Tipos de Estabelecimentos de Saúde do SCNES. Brasília:
DOU, 2014. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2014/prt0758_26_ 08_2014.html>. Acesso
em: 4 jul. 2018.
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zoonoses e fatores biológicos de risco. Brasília: Funasa, 2003. 49p.
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<http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/vigilancia-de-zoonoses-svs>. Acesso em: 27
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Cidades, 2013.
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GEOGRAFIA DA SAÚDE E IV FÓRUM INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA DA SAÚDE, 2015.
Anais... Brasília: UnB, 2015. p. 120-130.
242
Capítulo 12
1 INTRODUÇÃO
51
Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp, Faculdade de ciência e
Tecnologia, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil. Pesquisador científico do Instituto de Saúde
e da SUCEN da SES/SP, Brasil. E-mail: umberto@isaude.sp.gov.br
52
Especialista em Gestão em Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), chefe II da
Seção de Operação de Campo (SOC) do CR9. E-mail: sr10.soc@sucen.sp.gov.br
53
Especialista em Saúde Pública pela UNAERP, chefe II da Seção de Avaliação e controle (SAV)
do CR9. E-mail: sr10.sav@sucen.sp.gov.br
54
Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública (USP), engenheiro VI. E-mail:
sr10.soc@sucen.sp.gov.br
55
Especialista em Gestão em Saúde pela Universidade Estadual de Maringá, Diretor Técnico de
Saúde do CR 9. E-mail: dir.sr10@sucen.sp.gov.br
246
56
O DRS11 está dividido em cinco regiões de saúde: Alta Paulista com 12 municípios
(Dracena, Flora Rica, Irapuru, Junqueirópolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga,
Ouro Verde, Panorama, Paulicéia, Santa Mercedes, São João do Pau D’Alho, Tupi
Paulista ) , Alta Sorocabana com 19 municípios (Alfredo Marcondes, Álvares
Machado, Anhumas, Caiabu, Emilianópolis, Estrela do Norte, Indiana, Martinópolis,
Narandiba, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Prudente, Regente Feijó,
Ribeirão dos Índios, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabai),
Alto Capivari com 5 municípios (Iepê, João Ramalho, Nantes, Quatá, Rancharia),
Extremo Oeste com 5 municípios (Caiuá, Marabá Paulista, Piquerobi, Presidente
Epitácio, Presidente Venceslau) e Pontal do Paranapanema com 4 municípios
(Euclides da Cunha Paulista, Mirante do Paranapanema, Rosana, Teodoro Sampaio)
Saneamento e o Ambiente - 251
57
Há dois grupos no DRS 11: o GVE XXI engloba as regiões de saúde da Alta
Sorocabana e do Alto Capivari, o GVEXXII as regiões da Alta Paulista, do Extremo
Oeste e do Pontal do Paranapanema.
252
58
O município a notificar o primeiro caso foi Dracena.
258
800
nº de casos
600
400
200
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
ano
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Único de Saúde. Rev. Saúde Pública, v. 40, n. 1, p. 170-7, 2006.
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<http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2018/Reso588.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2018.
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Disponível em <http://portal.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-
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2018.
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OLIVEIRA C.M.; CRUZ, M. M. Sistema de vigilância em saúde no Brasil: avanços e desafios.
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Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 3, p. 929-936, 2009.
SÃO PAULO (Estado). Superintendência de Controle de Endemias. Decreto 46.063, de 28 de
agosto de 2001 de São Paulo. Disponível em:
<http://www.saude.sp.gov.br/resources/sucen/homepage/downloads/arquivos-
gerais/decretos/decreto_46063_sucen.pdf> Acesso em: 30 ago. 2018.
SÃO PAULO (Estado). Superintendência de Controle de Endemias. Manejo Ambiental para
Controle da Leishmaniose Visceral Americana (LVA). São Paulo: Superintendência de
Controle de Endemias, 2012.
262
Capítulo 13
59
Eloisa Carvalho de Araujo
60
Marina Barcellos de Oliveira Calazães
61
Nayra Helena Gomes dos Santos Moraes
1 INTRODUÇÃO
62
Alguns estudos recentes situam a temática da disponibilidade
hídrica como prioritária nas agendas de países e cidades, ressaltando, na
associação do crescimento urbano ao desenvolvimento das cidades, a
ampliação do consumo de água. Cuidados com a água passam por ações
estruturantes e não estruturantes. Provisão de investimentos em
infraestrutura, formulação de políticas públicas e criação de mecanismos de
governança pouco resolvem se não forem articulados à discussão do tema
com a sociedade.
Maricato (2011) anunciava que a cidade do final do século XX se
assemelhava mais a uma região, espraiada e fragmentada. Segundo a
autora, fenômeno esse que, a partir dos anos 1980, aprofunda as
desigualdades, com a redução significativa da capacidade de investimentos
do Estado e impactos na qualidade dos serviços públicos. Gerando ainda,
59
Arquiteta Urbanista, doutora em urbanismo. Professora do Departamento de Urbanismo e da
Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da EAU/UFF. Vice-líder do Grupo de Pesquisa
Cidade, Processos de Urbanização e Ambiente (CNPq/UFF). E-mail: eloisa.araujo@gmail.com
60
Pesquisadora colaboradora. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF/CNPq, 2016 /2017.
61
Pesquisadora colaboradora. Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/UFF/CNPq, 2017/2018.
62
Estudos alertam quanto ao tema: como de PRATES, M. M.; LOURENCETTI, J.; OLIVEIRA, J. N. O
crescimento urbano e suas implicações na água subterrânea: o exemplo de Mirassol, SP. XVII
CONGRESSO BRASILEIRO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS e XVIII ENCONTRO NACIONAL DE
PERFURADORES DE POÇOS. Disponível em: <file:///C:/Users/Eloisa/Downloads/27756-102128-
1-PB.pdf>. Acesso em: 27 jun. 2018. Assim como o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre
o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (WWDR4), lançado em 2014. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002257/225741E.pdf>. Acesso em: 2 maio 2018.
264
63
Inicialmente as informações apresentadas foram geradas para compor o Relatório de
Pesquisa institucional intitulada “Infraestrutura e Cidade: relação entre espaço e meio ambiente
– reflexões sobre disponibilidade hídrica e crescimento urbano” (PIBIC/EAU/UFF/CNPq,– 2017).
Atualmente a pesquisa segue intitulada como “Águas Urbanas na Cidade Contemporânea:
abordagens, exigências e possibilidades nas cidades de Maricá e Niterói”
(PIBIC/EAU/UFF/CNPq,– 2018).
266
64
Foi aplicado um total de 300 questionários ao longo da área de estudo. Destes, 150 foram
respondidos por moradores e/ou donos de propriedades no Distrito Centro em razão da sua
densidade populacional e importância histórica e econômica. Os outros questionários foram
distribuídos igualmente entre os distritos restantes (Ponta Negra, Inoã e Itaipuaçu), sendo 50
em cada um.
Saneamento e o Ambiente - 267
Fonte: Prefeitura de Maricá, Site v-brazil e adições. Mapa elaborado pelas pesquisadoras, 2017.
Saneamento e o Ambiente - 269
5 Rio Itapeteiu
1 Canal da Costa
65
Ressalta-se que esta delimitação atual está em conformidade com a informada na Lei
Orgânica Municipal, promulgada aos 5 de abril de 1990.
270
66
A população do município, segundo o Censo do IBGE de 2010, era de 127.461 habitantes. Já a
estimativa prevista para 2018, é de 157.789 habitantes.
Saneamento e o Ambiente - 271
67
Durante o primeiro semestre de 2017, vídeos institucionais foram veiculados no site oficial da
Prefeitura apresentando grandes projetos urbanos para a cidade, com interface com outras
esferas públicas.
274
Fonte: Baseado na plataforma Google Earth, CONEN, ANA e adições. Ilustração elaborada pelas
pesquisadoras
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
porque este problema não pode ser resolvido dentro dos limites do
município em razão da sua condição geográfica, fazendo com que o
município fique refém de outras estruturas urbanas, o que demanda gestão
interinstitucional. E em segundo, assim como as demais cidades da Região
68
das Baixadas Litorâneas , Maricá sofre com os períodos de pouca chuva,
impossibilitando ainda mais este abastecimento. Com isso, muitas pessoas
preferem ter poço em sua propriedade a estarem ligadas à rede geral de
abastecimento em razão do custo e irregularidade do serviço prestado pela
concessionária.
A cidade de Maricá e suas esferas social e ambiental são, portanto,
vítimas de um processo de parcelamento de terra e urbanização “a todo
custo” onde o poder municipal cede aos interesses econômicos de
empresários e investidores pensando, produzindo e vendendo uma cidade
que não possui infraestrutura básica para habitação com qualidade de vida.
O mercado imobiliário, hoteleiro e do petróleo lucram com as vantagens
ambientais e locacionais do município e pretendem recompensar suas ações
através de medidas mitigadoras. Tais medidas ficam, geralmente, a cargo de
quem é responsável pelos danos causados e por essa razão é comum que
não compensem de fato os prejuízos que pretendem amenizar. Ainda,
agravando a situação, a esfera estadual, representada pela CEDAE, parece
não cumprir com os seus deveres contratuais para com a cidade de Maricá,
pois alega não ter condição de investir na cidade. Ou será que não há
disponibilidade hídrica?
De modo geral, a situação de Maricá é grave e precisa de maneira
urgente da atenção dos poderes municipal e estadual, mas também da
militância popular e de ambientalistas para que o interesse econômico de
um seleto grupo não sobreponha à necessidade de toda uma população e
continue a degradar o ecossistema em questão. Dessa forma, esperamos
que o presente estudo possa servir de ferramenta para os grupos
supracitados na busca de uma cidade mais sustentável e democrática.
68
A Região das Baixadas Litorâneas é uma das oito regiões de governo do Estado do Rio de
Janeiro.
276
REFERÊNCIAS
69
De acordo com Carlos Tucci, em sua obra intitulada Águas Urbanas (2008), águas urbanas são
integradas por componentes que contribuem para o desenvolvimento ambiental sustentável,
quando supostamente associadas à conceitos da gestão integrada dos recursos hídricos. Para o
autor, tais pressupostos são essenciais às etapas do plano, ação e manutenção das
infraestruturas urbanas.
Saneamento e o Ambiente - 277
GUICHARD, D. Mobilidade espacial e produção do espaço urbano: um estudo sobre Maricá – RJ.
Anais do 1º SEMINÁRIO MARICÁ – DINÂMICA URBANA E AMBIENTAL. 2005. Disponível em:
<http://lemetro.ifcs.ufrj.br/sem_marica_2005.pdf>. Acesso em: 2 maio 2018.
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públicos em Maricá/RJ. In: COSTA, M. L. P. M.; SILVA, M. L. P. (Orgs.). Produção e gestão do
espaço – 10 anos de PPGAU/UFF. Niterói: FAPERJ, 2014.
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impasses e desafios. São Paulo: Claro Enigma, 2016. (Coleção agenda brasileira).
ZMITROWICZ, W.; ANGELIS NETO, G. Infra-estrutura urbana. São Paulo: Escola Politécnica da
USP, 1997.
278
Saneamento e o Ambiente - 279
Capítulo 14
70
Sandra Medina Benini
71
Encarnita Salas Martin
70
Doutora em Geografia pela FCT-UNESP, Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela
Mackenzie, e Pós-Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela FAAC-UNESP, Docente e
Pesquisadora da UNIVAG. E-mail: arquitetura.benini@gmail.com
71
Docente do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente da FCT/UNESP. E-
mail: encarnita@fct.unesp.br
280
que escoa na superfície seja cada vez maior; por fim, a intervenção em APPs,
posicionando lotes em áreas sujeitas à inundação.
O “envelhecimento” das redes de galerias pluviais também é outro
aspecto importante. Como geralmente não se pensa no crescimento e
consequente impermeabilização das áreas urbanas, as galerias são
projetadas e dimensionadas para uma situação da cidade naquele
momento. Com o tempo, as vertentes das bacias urbanas vão sendo
impermeabilizadas e as galerias passam a estar subdimensionadas para
aquela nova quantidade de água a ser captada. O resultado disso são as
enchentes e inundações, pelo transbordamento direto dos cursos d’água,
pelo extravasamento da água das galerias, através de bocas de lobo, dos
ralos das casas e, no limite, a ruptura da tubulação.
Segundo Botelho (2011, p. 82), um dos “maiores problemas
enfrentados pelas cidades brasileiras hoje é a ocorrência de inundações e
enchentes”, visto que esses eventos “têm causado grandes prejuízos
financeiros e até mesmo perdas de vidas humanas, seja por efeitos
imediatos, como afogamentos”, ou, ainda, “indiretos, como doenças
infectocontagiosas decorrentes do contato com águas contaminadas”.
Com a finalidade de complementar a abordagem, dentre os fatores
que contribuem para o comprometimento dos sistemas de drenagem, além
da impermeabilização do solo urbano, destaca-se que o “desmatamento e a
substituição da cobertura vegetal natural, que são fatores modificadores
que em muitas situações”, não apenas alteram como também “resultam
simultaneamente em redução de tempos de concentração e em aumento
do volume de escoamento superficial, causando extravasamento de cursos
d’água” (POMPÊO, 2000, p. 16).
72
No que se refere aos problemas de drenagem urbana , Tucci (1998)
é categórico ao afirmar que os mesmos são oriundos da alta
impermeabilidade do solo urbano, ineficiência do sistema de drenagem, da
72
A Lei Federal 11.445/2007, marco legal do saneamento básico brasileiro, estabelece as
Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico e para a Política Federal de Saneamento Básico,
que introduziu formalmente o termo em seu art. 3º, inciso I, alínea d, considerando “drenagem
e manejo de águas pluviais urbanas o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para
o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e destinação final das águas pluviais
drenadas nas áreas urbanas” (BRASIL, 2007, p. 3).
282
73
“Sistema natural: O sistema natural é formado pelo conjunto de elementos físicos, químicos e
biológicos que caracterizam o sistema natural da bacia hidrográfica e os recursos hídricos
formado pelos rios, lagos e oceanos.” (TUCCI, 2005a, p. 175).
284
74
Segundo Justus et al. (1986) e Kaul (1990), rios encaixados são aqueles que têm sua
nascentes encravadas e acompanham o sistema de falhamento da bacia hidrográfica.
Saneamento e o Ambiente - 285
Figura 3 – Balanço hídrico num espaço Figura 4 – Balanço hídrico num espaço
natural antropizado
Fonte: Schueler (1987 apud TUCCI, 2005, p. 92), adaptado por Benini (2018).
Diante desta problemática, cabe citar Santos (2004), que afirma que
75
a cidade pode ser considerada como a segunda natureza , uma natureza
humanizada ou artificial. Frente a esta afirmação, Francisco (2008, p. 183)
defende que a “segunda natureza é produto e conseqüência da
desconstrução da primeira”. Desta forma, deve-se considerar que a cidade,
enquanto ambiente artificial, é produto e condição da dinâmica
socioespacial.
Swyngedouw (2001, p. 84) afirma que a cidade, a sociedade e a
natureza, são partes “inseparáveis, mutuamente integradas, infinitamente
ligadas e simultâneas, responsáveis pelas contradições, tensões e conflitos”.
Nesse contexto, é importante que as medidas necessárias para o
enfrentamento dos problemas relacionados à drenagem urbana sejam
planejadas/elaboradas, de modo a considerar as características físicas de
cada localidade.
Entretanto, é comum verificar que em muitas cidades do país há
ausência ou deficiência nos processos de planejamento e gestão urbana, em
razão do parcelamento inadequado do solo que não leva em consideração
as particularidades existentes no território; do não respeito à necessidade
de implantação e manutenção de áreas verdes, do emprego de soluções que
envolvem intervenções estruturais que alteram de maneira intensa as
características físicas e os sistemas ambientais existentes. Dentre elas pode-
se citar a retificação, a canalização fechada de cursos d’água, e ainda a
impermeabilização de APPs.
Cabe destacar também o uso de estruturas de concreto que nem
sempre são dimensionadas considerando-se a impermeabilização futura das
áreas a serem drenadas, a impermeabilização cada vez maior, implicando no
prejuízo dos processos de infiltração e contribuindo para o aumento
significativo do escoamento superficial.
75
“[...] há sempre uma primeira natureza prestes a se transformar em segunda; uma depende
da outra, porque a natureza segunda não se realiza sem as condições da natureza primeira e a
natureza primeira é sempre incompleta e não perfaz sem que a natureza segunda se realize.
Este é o princípio da dialética do espaço.” (SANTOS, 2004, p. 214).
288
76
Fonte: Folha de São Paulo: Cotidiano (matéria publicada em 31.08.2012). Disponível em
<http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1146250-dados-do-ibge-apontam-que-populacao-
do-pais-cresce-rumo-ao-interior.shtml>. Acesso em: 17 jul. 2013.
290
Fonte: Schueler (1987 apud TUCCI, 2005, p. 92), adaptado por Benini (2018).
Saneamento e o Ambiente - 291
77
“Na maioria das cidades no Brasil, muitos são os fatores que provocaram a ocorrência de
assentamentos informais em áreas de vulnerabilidade ambiental – as APPs, entre os quais são
evidenciados a carência habitacional, disponibilidade de espaços com restrição ambiental,
desrespeito às normas ambientais e urbanísticas, a ausência de fiscalização dos órgãos
responsáveis, a inescrupulosa especulação imobiliária e, sobretudo o descaso do poder público.
No âmbito da questão, Rolnik (1997) alerta que a cidade ilegal (loteamentos informais,
clandestinos e irregulares) é ‘tolerada para poder ser, posteriormente, negociada pelo Estado’
através da regularização fundiária, como condicionante de um pacto entre Estado e as
lideranças dos bairros, onde o Estado é tido como o ‘provedor’ e os moradores da cidade ilegal
passam a ser os ‘devedores de um favor do Estado’. Neste contexto, a incorporação da cidade
ilegal pela cidade legal (formal e oficial) ocorre como uma forma de anistia, através da
regularização fundiária, favorecendo a implementação de uma política com fins explicitamente
eleitorais. Entretanto, entende-se que o Direito à Cidade só será efetivado quando o Estado
adotar uma política habitacional inclusiva, que não seja sinônima de uma barganha de
escrituras pelos tão disputados votos.” (ROSIN, 2011, p. 30).
294
Fonte: Botelho (2011, p. 94), adaptado por Sandra Medina Benini (2014).
PRINCIPAL PRINCIPAL
MEDIDAS APLICAÇÃO
VANTAGEM DESVANTAGEM
Aumento da cobertura
Impraticável
vegetal Redução do pico Pequenas
para grandes
Extensivas
Medidas
Grandes bacias
canal
Fonte: Simons et al. (1977, apud TUCCI, 2005, p. 41-42), adaptado por Sandra Medina Benini (2014).
Fonte: Tucci (2005, p.85-86), adaptado por Sandra Medina Benini (2014).
306
Fonte: Asce (1992, apud TUCCI, 2007, p. 312), adaptado por Sandra Medina Benini (2014).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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314
Saneamento e o Ambiente - 315
Capítulo 15
78
Fabio Ytoshi Shibao
79
Mario Roberto dos Santos
1 INTRODUÇÃO
78
Doutor em Administração de Empresas, professor e pesquisador do Mestrado Profissional em
Administração: Gestão Ambiental e Sustentabilidade (GeAS) e Mestrado em Cidades
Inteligentes e Sustentáveis (CIS) da Universidade Nove de Julho – UNINOVE. E-mail:
fabio.shibao@gmail.com
79
Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho – UNINOVE. E-mail:
mario.rsantos@terra.com.br
316
1 China 1.907
2 Estados Unidos da América 768
3 Japão 262
4 Alemanha 236
5 Coreia 166
6 Índia 133
7 França 133
8 Brasil 109
9 Irlanda 102
10 Reino Unido 99
11 Suíça 97
12 Itália 87
13 Taiwan 78
Fonte: Abiquim (2017).
Classes Subclasses
Explosivos
1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em massa
1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão
em massa
Classe 1 1.3 Substância ou artigo com risco de fogo e com pequeno risco de explosão
ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa
1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo
1.5 Substâncias muito insensíveis com risco de explosão em massa
1.6 Artigos extremamente insensíveis sem risco de explosão em massa
Gases
2.1 Gases inflamáveis
Classe 2
2.2 Gases não inflamáveis não tóxicos
2.3 Gases tóxicos
Classe 3 Líquidos inflamáveis
Sólidos inflamáveis
4.1 Substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados
Classe 4
4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea
4.3 Substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis
Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 5 5.1 Substâncias oxidantes
5.2 Peróxidos orgânicos
Substâncias tóxicas e infectantes
Classe 6 6.1 Substâncias tóxicas
6.2 Substâncias infectantes
Classe 7 Material radioativo
Classe 8 Substâncias corrosivas
Classe 9 Substâncias e artigos perigosos diversos
Figura 1 – Emergências químicas atendidas pela Cetesb de maio de 2008 a maio de 2018
451 461
410 407 413 385
371 365
313 333
138
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Figura 2 – Principais causas de acidentes (em porcentagem) nas rodovias federais em 2016
Tabela 4 – Registro de acidentes por munícipios – maio de 2008 até maio de 2018
Total 2317
Fonte: Adaptado de Cetesb (2018).
a vazão de produtos líquidos (35,14% dos acidentes) por vastas áreas, como
também acarretam morosidade do trânsito. Além disso, apresentam alguns
perigos inerentes aos produtos frequentemente entregues nessas regiões,
como, por exemplo, amônia e cloro, substâncias reconhecidamente tóxicas;
gás de petróleo liquefeito (GPL) e gasolina, ambos inflamáveis; e oxigênio
(substância oxidante) para milhares de hospitais e clínicas; todos circulando
diuturnamente no mesmo espaço físico onde moram ou trabalham milhões
de pessoas (TEIXEIRA, 2005).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outra abordagem foi sugerida por Van Raemdonck et al. (2013), que
é calcular o risco de um incidente: (1) cálculo da probabilidade geral da
ocorrência de um acidente com base em dados de acidentes internacionais
de transporte de produtos perigosos – base para o mapa de risco global e
(2) cálculo da probabilidade local de ocorrência de um acidente com base
em dados de acidentes e parâmetros de infraestrutura do transporte na
região investigada – base para o mapa de risco local. A relação entre os dois
cálculos resulta em um parâmetro da localidade, que representa as
circunstâncias específicas locais que podem levar a um acidente. O quadro
de avaliação permite estimar os riscos do transporte de produtos perigosos
ao longo de uma rota específica para o transporte por qualquer meio, seja
rodoviário, ferroviário, fluvial e até gasoduto.
Na mesma linha, Cordeiro et al. (2016) propuseram também a
aplicação de ferramentas para a elaboração de um mapa de risco ambiental,
pois é uma ferramenta operacionalmente adequada e capaz de simular de
perto a situação real, tornando-o um instrumento relevante para a tomada
de decisões e gestão de risco.
Maslac et al. (2017) sugeriram que as empresas invistam na formação
preventiva de seus motoristas, melhorando o conhecimento dos
condutores, incluindo a educação dos condutores sobre comportamentos
de risco no tráfego e organizar treinamentos de direção seguros. Tal
abordagem resultaria na diminuição de comportamentos arriscados desse
grupo específico de motoristas.
Portanto, espera-se que este texto estimule o interesse de
pesquisadores para o desenvolvimento de estudos pertinentes ao
transporte de forma que possam cooperar para o diagnóstico,
monitoramento e prevenção de acidentes com produtos perigosos. Dessa
forma contribuirão também na superação dos desafios relativos ao
transporte de produtos perigosos enfrentados na gestão das cidades, cada
vez mais presentes no cotidiano das pessoas.
Os municípios desempenham um papel importante no
desenvolvimento de sociedades sustentáveis, particularmente por meio dos
contratos públicos. Nessa área, os governos municipais podem ter um
impacto significativo no meio ambiente, colocando demandas conscientes
do meio ambiente nos produtos e serviços adquiridos. Ao mesmo tempo, os
334
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