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Prefeitura Municipal de Camaçari - Ano XXI - Nº 2290 - 3º Caderno de 15 de dezembro de 2023 - Página 01 de 51

3º CADERNO

DIÁRIO Nº 2290/2023
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023

MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180 Assinado de forma digital por MUNICIPIO DE CAMACARI:14109763000180


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LEI construção de habitações acessíveis e de qualidade para


todos;
II - Incentivar e promover à adequação do direito de
construir às normas urbanísticas, ambientais e aos
LEI COMPLEMENTAR Nº 1874/2023 interesses sociais, com a criação de orientações objetivas
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2023 e práticas aos munícipes, investidores e servidores
públicos;
Institui o Código Urbanístico do Município de III - Expandir e manter as áreas verdes urbanas, além de
Camaçari. promover e requerer a criação de espaços verdes em
projetos, locais públicos e privados, sejam eles de
O PREFEITO MUNICIPAL DE CAMAÇARI, ESTADO DA natureza residencial e/ou comercial;
BAHIA, no uso de suas atribuições faz saber que a IV - Garantir acessibilidade e mobilidade para todos os
Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: cidadãos;
V - Requalificar os espaços urbanos verdes, integrados,
TÍTULO I seguros, acessíveis e inclusivos;
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES VI - Requalificar e ordenar as habitações irregulares;
VII - Promover o uso da cidade por todas as pessoas,
Art. 1º Este Código estabelece as normas de ordenamento incentivando o sentimento de pertencimento e
do território do Município de Camaçari, visando promover o responsabilidade comunitária;
desenvolvimento sustentável em conformidade com as VIII - Estabelecer normas para a preservação e uso
pautas das Organizações Internacionais, com orientação responsável dos recursos naturais em todo o Município,
baseada na gestão urbanística e ambiental estipulada na inclusive com previsão quando da realização de obras e
Lei do Plano Diretor e na Lei Orgânica Municipal. construções circunvizinhas;
IX - Promover a igualdade de gênero e empoderamento
TÍTULO II das mulheres em todas as áreas do desenvolvimento
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS urbano, com a criação de espaços urbanos seguros,
iluminados e com acessos que inviabilizem práticas
CAPÍTULO I discriminatórias;
DOS PRINCÍPIOS X - Estabelecer normas para a gestão eficiente dos
resíduos sólidos e saneamento básico;
Art. 2º Os princípios do Código Urbanístico do Município XI - Incentivar a cooperação entre o governo local,
de Camaçari orientam a criação de uma cidade inclusiva e organizações não governamentais, movimentos sociais,
acolhedora para todas as pessoas, garantindo o uso empresas privadas e cidadãos para alcançar os objetivos
equitativo dos espaços públicos, a inclusão e à proteção sugeridos pelas Organizações Internacionais;
das vulnerabilidades sociais, são eles: XII - Garantir o uso inclusivo e equitativo dos espaços
I - Direito à Cidade; públicos por todas as pessoas, independentemente de sua
II - Função Social da Propriedade; identidade de gênero, orientação sexual, idade, raça ou
III - Inclusão Social e Integração Territorial; religião;
IV - Preservação ordenada, regulamentada e inclusiva do XIII - Garantir que a cidade seja um lugar seguro e
Meio Ambiente; acolhedor para as crianças crescerem, aprenderem,
V - Alocação equitativa dos efeitos resultantes do processo brincarem e preservarem os espaços públicos;
de urbanização. XIV - Promover a diversidade cultural e religiosa e
combater todas as formas de discriminação;
CAPÍTULO II XV - Incentivar práticas agrícolas, da pecuária, da pesca e
DAS DIRETRIZES da maricultura locais sustentáveis, com orientação e
assistência necessária para implementação e fomento
Art. 3º O Código Urbanístico deve ser observado no que como atividades econômicas com responsabilidade
diz respeito às políticas de desenvolvimento territorial do ambiental;
Município de Camaçari, nas quais se incluem, dentre XVI - Implementar regulamentos para as indústrias para
outras, a mobilidade, habitação, o saneamento básico, o minimizar a poluição, tratamento de dejetos e gestão de
uso e a ocupação do solo, a cidade sustentável, além da resíduos, além de promover a responsabilidade social
proteção e uso ordenado do meio ambiente. corporativa;
§1º O Código Urbanístico deve ser interpretado à luz da XVII - Garantir a participação pública no planejamento e
legislação vigente no ordenamento jurídico brasileiro, no tomada de decisões sobre o desenvolvimento urbano;
âmbito nacional e estadual, nos diversos níveis da sua XVIII - Implementar medidas para mitigar e adaptar-se às
amplitude, considerando os aspectos locais, mudanças climáticas;
metropolitanos e regionais, assim como à luz das XIX - Regulamentar e ordenar o acesso às praias, rios,
discussões e diretrizes dos Organismos e Acordos lagoas, reservas naturais e áreas verdes, inclusive quando
Internacionais dos quais o Estado Brasileiro seja membro da criação de espaços públicos ou instalação de
ou signatário, em conformidade com as orientações das empreendimentos privados;
Organizações Internacionais, em especial os Objetivos do XX - Incentivar e assistir com medidas propositivas o
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para desenvolvimento do comércio e a prestação de serviço no
o Desenvolvimento Sustentável e das Ações para o Município de Camaçari com a criação de Centro Comercial
Enfrentamento das Mudanças Climáticas. Metropolitano;
Art. 4º São diretrizes do Planejamento Urbano do XXI - Regulamentar, de forma objetiva e utilizando de
Município: linguagem acessível, os procedimentos municipais de
I - Promover o desenvolvimento urbano sustentável com licenciamento como forma de atração de investimento na
região:

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XXII - Ordenar e regulamentar medidas que incentivem e pública municipal, direta e indireta, observados os
atraiam a fixação de novos moradores urbanos em regiões princípios e normas gerais estabelecidos nesta Lei e
que possuam capacidade de formação de novas demais legislações pertinentes.
localidades residenciais; §2º O Sistema de Planejamento e Gestão do
XXIII - Garantir o direito a um processo que seja objetivo, Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental será
prático, previamente regulamentado e que incentive organizado e funcionará com base nos princípios do
investimentos no Município, alinhado as pautas das planejamento integrado, da articulação intersetorial e da
Organizações Internacionais; participação social.
XXIV - Pautar as análises técnicas e decisões nas Leis §3º Integra o Sistema de Planejamento e Gestão do
aplicáveis à espécie, inclusive fazendo incidir, diretamente, Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental, o
quando necessário, as normas técnicas editáveis pela sistema informatizado de licenciamentos, plataforma virtual
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na qual tramitarão os processos administrativos relativos
vigentes, bem como as normas dos órgãos e agências às questões urbanísticas, ambientais, fiscalizatórias e
regulatórias de âmbito nacional. sancionatórias – no órgão municipal que detém
competência para questões urbanísticas e ambientais.
CAPÍTULO III §4º Também poderão ser utilizados, no âmbito do Sistema
DOS OBJETIVOS de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Urbano e
da Qualidade Ambiental, outros sistemas eletrônicos
Art. 5º Este Código Urbanístico tem como objetivo garantir criados ou que venham a ser criados pelo Município, ou
o bem-estar dos seus habitantes com a inclusão social, o utilizados por este, e que contenham tramitação de
uso equitativo dos espaços públicos por todas as pessoas, informações, pareceres e decisões administrativas
especialmente, grupos menorizados, além do incentivo ao vinculados às temáticas urbanística e ambiental.
uso de procedimentos e tecnologias sustentáveis.
Art. 6º São objetivos do Planejamento Urbano do CAPÍTULO II
Município: DA COMPOSIÇÃO E DAS ATRIBUIÇÕES
I - Assegurar acessibilidade, de modo a promover a
igualdade, com inclusão de todos aqueles que usam a Art. 8º. O Sistema de Planejamento e Gestão do
cidade; Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental é
II - Eleger as prioridades do Município no processo de composto por:
intervenções urbanísticas; I - Órgãos Colegiados: o Conselho Municipal de Meio
III - Priorizar investimentos pautados em sustentabilidade, Ambiente (COMAM), o Conselho Municipal da Cidade
reciprocidade de incentivo ao Município e munícipes, (CONCIDADE), o Sistema Municipal de Meio Ambiente
inclusivos e que respeitem as orientações técnicas (SISMUMA);
relacionas ao uso racional do meio ambiente; II - Órgão Executor: Órgão a qual é atribuído o conjunto de
IV - Promover o alinhamento espacial da população com competências correlatas ao Planejamento, Urbanismo,
incentivo de implementação das áreas residências Meio Ambiente e Desenvolvimento da Gestão Urbana;
munidas, de forma digna, dos equipamentos, serviços e III - Órgãos Setoriais: os demais órgãos da administração
espaços necessários à moradia, transporte e acesso a pública direta e indireta;
serviços e produtos, com a geração de emprego por meio IV - Órgãos Julgadores: Juntas de primeira e segunda
de mão de obra local; instância, com atribuição para julgamento de penalidades
V - Regulamentar de forma clara, objetiva e com urbanísticas e ambientais.
linguagem acessível os regramentos relativos à expansão §1º Compete aos Órgãos Colegiados propor e aconselhar
urbana, bem como, aqueles relativos à regularização sobre questões urbanas e ambientais, nos termos das leis
fundiária, construção, ampliação de construções nas áreas específicas.
rurais; §2º Compete ao Órgão Executor implementar a política e
VI - Realizar as intervenções necessárias para diretrizes fixadas para o meio ambiente e desenvolvimento
urbanização formal de espaços ocupados de maneira urbano.
clandestina, com regularização do imóvel e do seu §3º Compete aos Órgãos Setoriais contribuir para a
entorno; execução da política de desenvolvimento urbano e
VII - Analisar e avaliar periodicamente a ampliação urbana qualificação ambiental do Município, através de planos,
com a implementação dos recursos públicos necessários à programas, projetos e ações.
moradia digna. §4º Compete à Conferência Municipal da Cidade propor
diretrizes gerais para implementação da política de
TÍTULO III desenvolvimento urbano e acompanhar a implementação
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DO do Plano Diretor.
DESENVOLVIMENTO URBANO §5º Compete à Conferência Municipal do Meio Ambiente
propor diretrizes gerais para implementação da política de
CAPÍTULO I meio ambiente e acompanhar a sua execução.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO III
Art. 7º. Fica criado o Sistema de Planejamento e Gestão DOS SUBSISTEMAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental, em DO DESENVOLVIMENTO URBANO
benefício da qualidade de vida e do pleno exercício da
cidadania. Art. 9º. O Sistema de Planejamento e Gestão do
§1º O Sistema de Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental é
Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental atuará composto dos seguintes Subsistemas Básicos:
com o objetivo de organizar, coordenar e integrar as ações I - Subsistema de Planejamento e Gestão Ambiental;
dos diferentes órgãos e entidades da administração II - Subsistema de Planejamento e Gestão Urbanística;

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III - Subsistema de Informações Municipais. registros e as informações dos órgãos, entidades e


Art. 10. O Subsistema de Planejamento e Gestão empresas atuantes no Município, à disposição dos
Ambiental, operado pelo Órgão Executor, responsável pela diversos órgãos do Poder Público e da sociedade;
gestão dos recursos ambientais e pela garantia da IV - Atuar como instrumento regulador dos registros
qualidade ambiental do Município, tem, dentre outras, as necessários às diversas unidades do Sistema de
seguintes atribuições: Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Urbano e da
I - Encaminhar as ações necessárias para garantir o Qualidade Ambiental; e
cumprimento das diretrizes da política ambiental; V - Estabelecer ação conjunta com as demais secretarias e
II - Estabelecer diretrizes, normas, critérios e padrões órgão com a finalidade de inovação, transformação digital
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio para eficiência, bem como o desenvolvimento de
ambiente; processos de produção e difusão de informação.
III - Avaliar e aconselhar sobre a implantação de Art. 13. O Subsistema de Informações Municipais será
empreendimentos com potencial de impacto ambiental; organizado e administrado pelo Órgão Executor, que
IV - Controlar, fiscalizar e monitorar a qualidade ambiental; proverá os recursos orçamentários, materiais e humanos
V - Promover e coordenar os fóruns de discussão pública e necessários e conterá unidades para:
avaliação da política ambiental, especialmente a I - Registro de entidades com atuação no Município que
Conferência Municipal do Meio Ambiente; incluam, entre seus objetivos, a ação urbanística e
VI - Atualizar e divulgar permanentemente informações ambiental;
sobre a qualidade ambiental no Município, para os Órgãos II - Cadastro de órgãos e pessoas jurídicas, inclusive de
da Administração e para toda a sociedade em todos os caráter privado, com sede no Município ou não, com ação
meios de comunicação institucionais, em portal eletrônico na preservação, conservação, defesa, melhoria,
da Prefeitura Municipal de Camaçari e outros; recuperação e controle do meio ambiente;
VII - Firmar convênios com Órgãos Públicos estaduais, III - Registro de empresas cuja atividade comporte risco
federais e entidades ambientais. efetivo ou potencial para o meio ambiente;
Art. 11. O Subsistema de Planejamento e Gestão IV - Cadastro de pessoas físicas ou jurídicas que se
Urbanística, operado pelo Órgão Executor, meio ambiente dediquem à prestação de serviços de consultoria sobre
e desenvolvimento da gestão, responsável pela gestão da questões ambientais e urbanísticas, bem como a
política urbana do Município tem, dentre outras, as elaboração de projetos na área ambiental e de urbanismo;
seguintes atribuições: V - Cadastro de pessoas físicas ou jurídicas que
I - Acompanhar a implementação das diretrizes, programas cometeram infrações às normas ambientais, incluindo
e projetos previstos no Plano Diretor; penalidades a elas aplicadas;
II - Promover e coordenar os fóruns de discussão pública VI - Organização de dados e informações técnicas,
para a avaliação da política urbana, especialmente a bibliográficas, literárias, jornalísticas e outras de relevância
Conferência Municipal da Cidade; para os objetivos do Sistema de Planejamento e Gestão do
III - Assegurar a participação social na elaboração do Desenvolvimento Urbano e da Qualidade Ambiental;
orçamento e o acompanhamento da sua execução, de VII - Organização metadados técnicos geoespaciais ou
conformidade com as diretrizes do Plano Diretor; e não, conforme os padrões e boas práticas nacionais
IV - Controlar o uso e ocupação do solo, incluindo as internacionais, como as séries ISO 19115 e mais atuais,
atividades de orientação, fiscalização e licenciamento perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil MGB 2.0 e
urbanístico. mais recente, e a ISO/IEC 11179 e mais atuais;
Parágrafo único. O CONCIDADE é um órgão colegiado VIII - Cadastro técnico municipal contendo informações
de aconselhamento na operação do Subsistema de básicas necessárias à avaliação permanente do processo
Planejamento e Gestão Urbanística na gestão participativa de ordenamento do uso e ocupação do solo, bem como da
da cidade que tem por finalidade estudar e propor qualidade ambiental, composto, dentre outros, pelo
diretrizes gerais para a formulação e implementação da seguinte:
política urbana, bem como acompanhar e avaliar a sua a) cadastro técnico multifinalitário georreferenciado;
execução. b) banco de mapas;
Art. 12. O Subsistema de Informações Municipais será c) banco de imagens do Município;
mantido e atualizado pelo Órgão Executor, devendo conter d) banco de projetos para o Município;
dados relativos ao cadastro geral, à cartografia e) cadastro de uso e ocupação do solo, de infraestrutura
geoprocessada e atualizada dos empreendimentos e em rede e equipamentos sociais;
atividades, às fontes potencialmente impactantes, à f) cadastro dos empreendimentos aprovados (edificações,
qualidade dos recursos ambientais, tendo, dentre outras, parcelamentos, intervenções urbanas, entre outros);
as seguintes atribuições: g) cadastro das Áreas Verdes e das Unidades de
I - Coletar, sistematizar e disponibilizar dados e Conservação Ambiental do Município;
informações contínuos, padronizados e inferíveis de h) cadastro de atividades;
interesse ambiental e urbanístico, inclusive através de i) cadastro de logradouros;
termos de cooperação e termo de referência com j) cadastro imobiliário;
universidades, prestadores de serviços públicos, entre k) planta genérica de valores;
outros; l) planos, programas e projetos de obras municipais;
II - Implantar e manter atualizado banco de informações m) cartografias, dados e informações censitárias e outras
municipais georreferenciadas contendo dados sobre informações oriundas de fontes diversas, sobre a realidade
finanças públicas, economia, saúde, educação, socioeconômica, urbanística e ambiental do Município;
saneamento básico, demografia, urbanismo, cultura, meio n) acervo digital de todas as normas legais municipais,
ambiente, fornecidos pelos diversos órgãos da especialmente das leis orçamentárias, urbanísticas e
administração municipal e outros de interesse público para ambientais, bem como das normas estaduais e federais
uso do Poder Público e da sociedade; incidentes sobre o território municipal.
III - Colocar, de forma ordenada, sistêmica e interativa, os §1º As pessoas físicas ou jurídicas, inclusive as empresas

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e entidades públicas da administração direta ou indireta, ambientais, previstas para o tempo de eficácia do Plano
cujas atividades sejam potenciais, ou efetivamente Diretor, conforme o Mapa 01 do referido diploma legal.
poluidoras, ou degradadoras, ficam obrigadas ao cadastro Parágrafo único. Com base no macrozoneamento são
no Subsistema de Informações Municipais. determinadas as macrozonas do território, sendo estas:
§2º É garantido o acesso de qualquer pessoa ao I - Macrozona Urbana;
Subsistema de Informações Municipais, podendo ser II - Macrozona Industrial;
fornecidas certidões e cópias dos documentos, que III - Macrozona Rural.
correrão às expensas do peticionário, observada a Lei Art. 17. Esta Lei adota o seguinte zoneamento urbanístico
Geral de Proteção de Dados. definido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
§3º O Subsistema de Informações Municipais será Sustentável (PDDU-S), com seus subtipos conforme Mapa
alimentado pela Órgão Executor, com os dados obtidos 02:
através de estudos, pesquisas, auditorias, processamento I - ZOUC – Zona Urbana Consolidada: compreende a
das autorizações, licenças, anuências prévias, região central da cidade de Camaçari, bem como outros
monitoramentos e inspeções, relatórios e processamento bairros e localidades consolidadas no que diz respeito ao
das infrações. tempo de ocupação e às infraestruturas e serviços urbanos
§4º As informações disponíveis em outros órgãos disponíveis, sendo áreas passíveis de maior adensamento
municipais, estaduais, federais ou fornecidas por e (re)qualificações urbanas;
Organizações Não Governamentais (ONG’s) e prestadores II - ZE – Zona de Expansão: compreende áreas sob
de serviço deverão constar, também, do Subsistema de influência de processo de urbanização, mas pouco
Informações Municipais, inclusive com exigência em termo adensadas, bem como áreas ainda vazias ou com
de cooperação e termo de referência de disponibilização ocupações rarefeitas próximas às áreas mais urbanizadas,
de dados auditáveis e publicáveis no Subsistema de nas quais deve ser estimulada a ocupação;
Informações Municipais. III - ZDC – Zona de Desenvolvimento da Costa:
compreende bairros e localidades da Costa de Camaçari
TÍTULO IV consolidados ou em consolidação no que diz respeito ao
DOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANÍSTICO tempo de ocupação e às infraestruturas e serviços urbanos
disponíveis, passíveis de maior adensamento e
CAPÍTULO I estruturação urbana;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS IV - ZOC – Zona de Ocupação: compreende bairros e
localidades da Costa de Camaçari em processo de
Art. 14. Os instrumentos de controle urbanístico são crescimento urbano, passíveis de estruturação urbana,
ferramentas complementares ao Plano Diretor para assim como áreas de ocupação de baixa densidade sob
ordenamento do uso e ocupação do solo do Município de influência de processo de urbanização nas quais a
Camaçari, assim como são os instrumentos incentivos e ocupação deve se dar ambientalmente controlada de
fomento ao desenvolvimento e planejamento urbano, forma a não comprometer a qualidade ambiental das áreas
social e territorial, estabelecendo estratégias que devem periurbanas;
ser adotadas para atingir o bem-estar da sociedade, V - ZAICS – Zona de Apoio à Indústria, Comércio e
respeitando as balizas urbanas, sociais e ambientais. Serviços: compreende as áreas consolidadas do Polo de
Apoio, Polo Logístico Via Parafuso, SENAI CIMATEC
CAPÍTULO II PARK e Poloplast, bem como novas áreas destinadas
DO PLANO DIRETOR prioritariamente à instalação de indústrias de
transformação, comércio e serviços, podendo comportar
Art. 15. O Plano Diretor é responsável por orientar as usos incômodos ou de impacto local reduzido;
previsões contidas nesta Lei, conferindo os princípios, as VI - ZUE – Zonas de Usos Especiais: compreende áreas
diretrizes e os instrumentos urbanísticos e ambientais distribuídas ao longo do tecido urbano, da Sede ou da
necessários para ordenar e planejar o desenvolvimento da Costa, que necessitam de tratamento ambiental e
cidade, servindo de baliza normativa para que a urbanístico diferenciados de acordo com suas
Administração Municipal crie e aplique regramentos de características fisiográficas, subtipos e potencialidades de
ordem pública e interesse socioeconômico, com finalidade usos do solo;
de auxiliar as ações de desenvolvimento municipal, VII - ZEIS – Zona Especial de Interesse Social:
ponderando, sempre, os anseios da população, da compreendem as áreas urbanas predominantemente
sustentabilidade, da livre iniciativa e da preservação ocupadas por população de baixa renda destinadas à
ambiental, conforme os Objetivos de Desenvolvimento produção e manutenção de habitação de interesse social,
Sustentável (ODS). visando integrar à cidade legal espaços como
Parágrafo único. Todas as mudanças realizadas nesta Lei assentamentos precários ou em áreas de risco,
devem estar de acordo com as previsões existentes no loteamentos irregulares ou clandestinos e outras formas de
Plano Diretor. moradia precária;
VIII - ZPIC – Zona Polo Industrial de Camaçari:
CAPÍTULO III compreende área consolidada destinada exclusivamente à
DAS NORMAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO instalação de indústrias de transformação, comércio e
serviços, de diferentes tipos e segmentos, em sintonia com
Seção I o perfil definido pelo Governo do Estado da Bahia para o
Zoneamento Polo Industrial de Camaçari - PIC;
Art. 16. O macrozoneamento consiste na organização IX - CeLin – Centralidade Linear: compreende faixas
territorial, determinando as formas de uso e ocupação do contínuas de terrenos, de larguras variáveis, lindeiros a
solo com base nas orientações do Poder Público para rodovias estaduais que possuem acessos por elas
promoção das políticas de valorização dos espaços definidos e que perpassam o tecido urbano da Sede e da
urbanos sob os aspectos sociais, econômicos e Costa de Camaçari, bem como novas vias que objetivem

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Dados: 2023.12.15 17:04:51 -03'00'
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ampliar a conexão interna entre regiões urbanas e rurais acesso, localização, tráfego e de serviços urbanos e aos
do Município, de forma a melhor aproveitar as níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental, de
potencialidades locacionais e econômicas desses eixos localização incompatível com o uso residencial;
estruturantes; VI - Uso Especial: atividades de complexo turístico ou
Parágrafo único. As Zonas de Usos Especiais centro de convenções e conferências, mineração,
compreendem parte do território que necessitam cemitérios e outras atividades especiais ou não
tratamento especial, diante das suas particularidades relacionadas;
urbanísticas, ambientais, culturais. VII - Uso Misto: configura-se pelo exercício concomitante
de duas ou mais atividades de naturezas distintas em um
Seção II mesmo empreendimento.
Dos usos e ocupações do solo
Art. 18. Com base no uso e ocupação do solo, podem ser
atribuídas as divisões a seguir descritas: Seção III
I - Uso residencial, dividido em: Dos parâmetros de uso e ocupação do solo
a) uniresidencial: edificação destinada a uma unidade Art. 19. Os parâmetros de uso e ocupação do solo
residencial por lote; descritos nos incisos deste artigo, estabelecidos com base
b) pluriresidencial: edificação destinada a mais de uma na natureza do uso e nas zonas de localização do
unidade residencial por lote, podendo ser agrupadas Município de Camaçari, encontram-se definidos nos
horizontalmente ou verticalmente. anexos QUADRO 06 A – PARÂMETROS URBANÍSTICOS
II - Uso comercial, podendo ser dividido em: - ZONAS - ZDC - ZOC - ZE - ZOUC - ZAICS - ZUE -
a) tipo A: comercialização de produtos alimentícios e RURAL – ZPIC; QUADRO 06 B – PARÂMETROS
artigos de primeira necessidade de consumo da URBANÍSTICOS - CeLin; QUADRO 06 C –
população, com característica varejista, localização PARÂMETROS URBANÍSTICOS - ZEIS, QUADRO 08 –
compatível com o uso residencial, e outros classificados na VAGAS DE ESTACIONAMENTO e QUADRO 03 –
categoria de bens de conveniência; MODALIDADES DE PARCELAMENTO DO SOLO:
b) tipo B: comercialização de produtos especializados de I - Área e testada - mínimas do lote;
consumo eventual, característica varejista e localização II - Área e testada - máximas do lote;
tolerável para setores residenciais. III - Área e comprimento máximo de quadra;
c) tipo C: comercialização de produtos de abastecimento IV - Taxa de ocupação máxima;
periódico ou eventual, característica atacadista e V - Coeficiente básico, mínimo e máximo;
localização incompatível com o uso residencial. VI - Taxa de permeabilidade mínima;
III - Serviços: VII - Limite de altura (gabarito);
a) tipo A: serviços de âmbito local, prestados à população, VIII - Recuo mínimo frontal, lateral e de fundo;
que podem adequar-se aos mesmos padrões de usos IX - Aplicação de largura mínima prevista para
residenciais; logradouros, canteiro central, passeios, via de pedestres,
b) tipo B: serviços diversificados, prestados à população, ciclovia, ciclofaixas, e demais instrumentos do sistema
que implicam a fixação de padrões específicos de viário do Município;
ocupação, localização, infraestrutura, tráfego e meio X - Requisitos e prerrogativas especiais, quando forem
ambiente; aplicáveis.
c) tipo C: serviços especiais, prestados à população, de §1º Como incentivo ao Empreendimento Turístico, são
localização incompatível com o uso residencial. previstos parâmetros de uso e ocupação do solo
IV - Uso Institucional: atividades de variada natureza, cujo específicos ao seu licenciamento, observados os estudos
objetivo maior é a prestação de serviços públicos de técnicos a serem requeridos, em especial a limitação de
interesse social, voltados à saúde, educação, esporte, sombreamento, o QUADRO 05 – ENQUADRAMENTO
lazer, culto religioso, administração pública, assistência DOS USOS e, quando for o caso, Estudo de Impacto de
social, de infraestrutura urbana, dentre outros; Vizinhança (EIV) e do respectivo Relatório de Impacto de
V - Uso Industrial: Vizinhança (RIV).
a) tipo A: atividades voltadas para extração, ou §2º Os fatores de interesse social e planejamento são
transformação de substâncias, ou produtos em novos bens definidos nos QUADROS 09 A e 09 B desta Lei, conforme
de serviços ou produtos, por métodos mecânicos ou a seguinte organização:
químicos de baixo impacto, não incômoda, compatível com I - QUADRO 09 A – FATORES DE PLANEJAMENTO;
a vizinhança residencial no que diz respeito às II - QUADRO 09 B – FATORES DE INTERESSE SOCIAL.
características de ocupação, acesso, localização, tráfego e §3º A altura da edificação deverá ser medida a partir do
de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e pavimento térreo, assim considerado o pavimento
de poluição ambiental; implantado em cota de até 1,50 m acima ou abaixo da cota
b) tipo B: atividades voltadas para extração, ou do meio-fio no trecho de acesso ao empreendimento.
transformação de substâncias, ou produtos em novos bens §4º Os recuos mínimos de frente - RF, laterais - RL e de
de serviços ou produtos, por métodos mecânicos ou fundo - RF são definidos em função da altura da edificação
químicos de médio impacto, compatível com a vizinhança e da zona de uso, conforme QUADROS 06A, 06B e 06C,
residencial no que diz respeito às características de sendo que os recuos laterais seguirão a seguinte fórmula:
ocupação, acesso, localização, tráfego e de serviços RL = 1,5 m + 0,50 (n-2)
urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição Onde:
ambiental; n = número de pavimentos
c) tipo C: atividades voltadas para extração, ou §5º Independente da sua localização, nos terrenos de
transformação de substâncias, ou produtos em novos bens esquina incidirão apenas os recuos frontais e laterais, não
de serviços ou produtos, por métodos mecânicos ou se aplicando o recuo de fundo.
químicos de alto impacto, que implica a fixação de padrões §6º Para fins de cálculo do gabarito de altura máxima da
específicos referentes às características de ocupação, edificação, considera-se a diferença entre a cota de nível

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do pavimento térreo e a da cobertura da última laje da §4º Para fins de incentivo em edificações, poderá haver o
edificação, incluindo casas de máquinas e reservatórios incremento de até 10% (dez por cento) da taxa de
superiores. ocupação máxima prevista para a zona, no caso de
§7º Em lotes com testada superior a 10,00 m (dez metros) utilização da fruição pública.
será permitido que a edificação encoste em uma das §5º Para fins de incentivo em parcelamentos, até 30%
divisas laterais, desde que o recuo lateral exigido seja (trinta por cento) da área destinada para área verde
dobrado na divisa oposta, exceto para empreendimentos exigida poderá ser atendida por meio de fruição pública.
localizados na Macroárea da Costa para os quais devem §6º Será acrescido gratuitamente ao potencial construtivo
ser observados os requisitos e prerrogativas contidos nos do terreno, desde que respeitado o coeficiente de
QUADROS 06A, 06B e 06C, anexos desta Lei. aproveitamento máximo, 100% (cem por cento) das áreas
§8º Em lotes com testada igual ou inferior a 10,00 m (dez externas destinadas à fruição pública e 70% (setenta por
metros), o recuo lateral zonal será exigido em apenas uma cento) das áreas internas à edificação destinadas à fruição
das divisas laterais, desde que atendido o quanto pública de livre uso e acesso.
estabelecido nos requisitos e prerrogativas especiais §7º No licenciamento de obras novas, ou de ampliação
contidos nos QUADROS 06A, 06B e 06C anexos desta que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área
Lei. construída existente, com área construída total a partir de
Art. 20. Com o objetivo de promover a conexão do uso 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados), deverá ser
entre os espaços públicos e os espaços privados, ficam destinado, no mínimo, 15% (quinze por cento) da área total
definidos os seguintes parâmetros qualificadores para a do lote para fruição pública, exceto quando se tratar de
ocupação do solo: atividades industriais ou de risco.
I - Fruição pública; §8º A mesma obrigação prevista no parágrafo anterior será
II - Fachada ativa; devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m²
III - Limite de vedação do terreno; (dez mil metros quadrados).
IV - Arte urbana; Art. 22. A fachada ativa promove a integração das
V - Utilização de tecnologias sustentáveis; calçadas com as atividades não residenciais no pavimento
VI - Gentilezas urbanísticas; e térreo das edificações, promovendo a utilização por
VII - Via parque. serviços, comércio e outros usos que estimulam a
§1º Na utilização de parâmetros qualificadores, os interação da vida urbana nos espaços públicos e privados,
incentivos previstos nesta lei poderão ser aplicados de devendo atender aos seguintes critérios:
forma cumulativa, desde que respeitados os seguintes a) Acesso livre e de mesmo nível entre a calçada e a
limites: unidade situada no pavimento térreo de fachada ativa;
I – até 20% (vinte por cento) sobre a taxa de ocupação do b) Possuir altura de pé direito mínimo de 4,00m (quatro
solo; e metros);
II – até 30% (trinta por cento) para a destinação de áreas c) Ter permeabilidade visual de, no mínimo, 60% (sessenta
verdes. por cento) da superfície da fachada, a fim de evitar a
formação de planos fechados na interface entre as
§2º Podem ser regulamentadas por Ato do Poder construções e o logradouro;
Executivo Municipal as dimensões, configurações, d) Não poderá ser ocupada ou estar em área de influência
localizações, restrições, critérios de acesso e visibilidade, de estacionamento ou de manobra de veículos, carga e
padrões de conforto e outras determinações que se façam descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir
necessárias aos parâmetros qualificadores para a o livre trânsito de pedestres.
ocupação do solo. §1º Para fins de incentivo, as áreas da fachada ativa
Art. 21. Área de terreno privado com fruição pública tem a poderão estar situadas dentro da faixa de recuo, nos casos
finalidade de criar novos caminhos na cidade e novos de calçadas com largura igual ou superior a 5,00m (cinco
espaços privados de uso público voltados para os metros) e, nos demais casos, poderá estar integrada
pedestres, devendo atender aos seguintes critérios: fisicamente com a calçadas, com livre uso e acesso.
a) Acesso livre e no nível das calçadas; §2º A área utilizada como fachada ativa não será
b) Possuir largura mínima de 4,00m, no caso de passagem computada para fins de cálculo do coeficiente de
de fruição pública; aproveitamento e taxa de ocupação.
c) Possuir no mínimo 100m², no caso de espaço de §3º Para fins de incentivo em edificações, poderá haver o
convívio de fruição pública; incremento de até 10% (dez por cento) da taxa de
d) Não poderá conter fechamento, ser ocupada ou estar ocupação máxima prevista para a zona, no caso de
em área de influência de estacionamento ou de manobra utilização da fachada ativa.
de veículos, carga e descarga, ou embarque de §4º No licenciamento de obras não residenciais novas, ou
passageiros, devendo permitir o livre trânsito de pedestres. de ampliação que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da
§1º As áreas de fruição pública poderão se apresentar área construída existente, será obrigatório destinar no
como alargamento de calçada, rotas de acesso à praia, mínimo 80% (oitenta por cento) da testada do lote para
áreas de apoio de praia, via parque, dentre outras fachada ativa, quando lindeiras às Vias Arteriais e Vias
configurações que atendam aos critérios estabelecidos Coletoras definidas no MAPA 06.1.
nesta Lei, sujeito à aprovação do projeto pelo Poder Art. 23. O limite de vedação do terreno é um requisito de
Executivo Municipal. qualificação à permeabilidade visual e a interação das
§2º As áreas de fruição pública poderão ser equipadas calçadas com os lotes que possuam testada superior a
com gentilezas urbanas como bancos, coberturas, 50m (cinquenta metros), sendo obrigatória a observação
chuveirões, mobiliário urbano, arte urbana, desde que seja dos seguintes critérios no licenciamento de obras novas e
assegurado o seu livre uso e acesso. de ampliação que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da
§3º Para fins de incentivo, as áreas da fruição pública não área construída existente:
serão computadas para fins de coeficiente de a) Ter permeabilidade visual de 40% (quarenta por cento)
aproveitamento e taxa de ocupação. de elemento de fechamento em gradil ou outro elemento

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arquitetônico de transparência, a fim de evitar a formação de gestão de resíduos sólidos, incluindo a coleta seletiva,
de planos fechados na interface entre as construções e o reciclagem e destinação adequada de resíduos,
logradouro; comprovado por relatório de gestão de resíduos;
b) Fechamento com muro na face dos terrenos voltados IV - Conservação da Água: adotar medidas de
para logradouros públicos no limite máximo de 25% (vinte conservação da água, como captação de água da chuva,
e cinco por cento) do alinhamento de gradil. reuso de águas cinzas e adoção de dispositivos
Parágrafo único. As atividades industriais ou de risco, economizadores de água, comprovados por laudo técnico;
uniresidencial, escolares e áreas de segurança excetuam- V - Uso de Materiais Sustentáveis: utilizar materiais de
se ao quanto disposto no caput deste artigo. construção sustentáveis e de baixo impacto ambiental,
Art. 24. Arte urbana é compreendida como os elementos comprovados por meio de certificação ou laudo técnico;
de pintura, grafismo artístico, murais, esculturas, espaços VI - Vala Técnica Multiuso: utilizar galerias de serviços
de anfiteatro, coretos, entre outros elementos artísticos de públicos promovendo o conforto estético e segurança.
livre acesso e circulação de pedestres, devendo atender §1º Em empreendimento que fizer uso de dois ou mais
aos seguintes critérios: requisitos indicados caput, será aplicado o Fator de
a) Ter permeabilidade visual na área voltada aos sustentabilidade = 0,7 ao valor da contrapartida definido
logradouros públicos; pela fórmula constante do Plano Diretor ou o incremento
b) Atender às diretrizes desta Lei, em especial, em de até 5% (cinco por cento) da taxa de ocupação máxima
temáticas que promovam a igualdade racial, de gênero, prevista para a zona, desde que respeitado o coeficiente
etária, religiosa e/ou a proteção às vulnerabilidades sociais de aproveitamento máximo.
e meio ambiente. §2º Para fins de incentivo da adoção de tecnologias
§1º Para fins de incentivo, as áreas de arte urbana não sustentáveis em parcelamentos, será permitida a
serão computadas para fins de coeficiente de conversão, em metro quadrado, de até 30% (trinta por
aproveitamento e taxa de ocupação. cento) da área destinada para área verde por plantio de
§2º Em parcelamentos, até 30% (trinta por cento) da área vegetação de espécie nativa de porte arbóreo que
destinada para área verde exigida poderá ser atendida por garantam a melhoria da qualidade de vida urbana, desde
meio de áreas dotadas de arte urbana. que observada a indicação do órgão licenciador quanto ao
§3º Em empreendimento que fizer uso de arte urbana, espaçamento de cada espécie ou aquele constante do
verificado pelo Órgão municipal responsável pela cultura o Plano Municipal de Arborização Urbana, quando houver.
atendimento às diretrizes e temáticas definidas por esta lei, §3º Poderão se beneficiar também do incentivo previsto no
será acrescido gratuitamente 5% (cinco por cento) do § 1º deste artigo, desde que observadas as diretrizes a
potencial construtivo da área total do terreno, desde que serem estabelecidas pelos Órgãos Colegiados, o
respeitado o coeficiente de aproveitamento máximo e o empreendimento que fizer uso de tecnologias que
incremento de até 10% (dez por cento) da taxa de promovam a melhoria da qualidade de vida urbana por
ocupação máxima prevista para a zona. notório conforto estético das intervenções construtivas,
§4º A arte urbana quando se der por meio de pintura, áreas de convivência e/ou pela preservação e aumento
grafismo artístico, murais ou esculturas deverá adotar das áreas verdes da cidade.
temáticas que promovam a igualdade racial, de gênero, §4º No licenciamento de obras novas, ou de ampliação
etária, religiosa e/ou a proteção às vulnerabilidades que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área
sociais, meio ambiente ou outros temas específicos construída existente, com área construída total a partir de
sugeridos pelos Órgãos Colegiados. 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) será obrigatório o
§5º No licenciamento de obras novas, ou de ampliação uso de ao menos dois requisitos indicados no caput.
que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área §5º A mesma obrigação prevista no parágrafo anterior será
construída existente, com área construída total a partir de devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m²
5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) será obrigatório o (dez mil metros quadrados).
uso de arte urbana, exceto quando se tratar de atividades Art. 26. As gentilezas urbanísticas são compreendidas
industriais ou de risco. como os equipamentos e mobiliário urbano de livre acesso
§6º A mesma obrigação prevista no parágrafo anterior será e uso que promovem o conforto urbano de pedestres,
devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m² como bicicletários, bancos, coberturas, chuveirões e
(dez mil metros quadrados). mobiliário urbano, que estimulem a mobilidade ativa e a
§7º Nas empenas cegas de edificações, será estimulado o sustentabilidade, devendo atender aos seguintes critérios:
uso de artes urbanas que poderão ser incentivados através a) Atender às diretrizes desta Lei, em especial em
de programas municipais específicos. temáticas que promovam a igualdade racial, de gênero,
Art. 25. As tecnologias sustentáveis são compreendidas etária, religiosa, e/ou a proteção às vulnerabilidades
como engenhos, métodos e técnicas que estimulem o sociais e meio ambiente;
desenvolvimento sustentável, e que se apresentem como b) Não poderá ser ocupada ou estar em área de influência
alternativas para o incremento da permeabilidade do solo de estacionamento ou de manobra de veículos, carga e
urbano, conforto urbano, estímulo à cobertura de descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir
vegetação na cidade, entre outras ações e práticas de o livre trânsito de pedestres e passantes.
sustentabilidade que atendam aos seguintes requisitos: §1º Em empreendimento que fizer uso de gentilezas
I - Eficiência Energética: atender ou superar os requisitos urbanas, serão acrescidos, gratuitamente, 5% (cinco por
mínimos de eficiência energética estabelecidos pelas cento) do potencial construtivo da área total do terreno,
normas técnicas aplicáveis, comprovados por meio de desde que respeitado o coeficiente de aproveitamento
certificação energética emitida por órgão competente; máximo, e até 10% (dez por cento) da taxa de ocupação
II - Uso de Energias Renováveis: incorporar o uso de máxima prevista para a zona.
fontes de energia renovável, como energia solar ou eólica, §2º Para fins de incentivo, as áreas dotadas de gentilezas
de forma a atender parte significativa de suas urbanísticas não serão computadas no cálculo do
necessidades energéticas; coeficiente de aproveitamento e da taxa de ocupação.
III - Gestão de Resíduos: implementar um sistema eficiente §3º Em parcelamentos, até 30% (trinta por cento) da área

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destinada para área verde exigida poderá ser atendida por d) Vias Arteriais;
meio de áreas dotadas de gentileza urbanística. e) Vias Coletoras;
§4º No licenciamento de obras novas, ou de ampliação f) Vias Locais;
que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área g) Estradas e vias rurais;
construída existente, com área construída total a partir de h) Anel Viário;
5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) será obrigatório o i) Outros modais (ciclovias, metrô e VLT);
uso de gentilezas urbanística, exceto quando se tratar de j) Ferrovias (existente e previsto).
atividades industriais ou de risco. II - Terminais municipais e intermunicipais (existentes e
§5º A mesma obrigação prevista no parágrafo anterior será previstos /todos os modais);
devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m² III - Praças de pedágios.
(dez mil metros quadrados). Art. 29. Para os efeitos desta Lei, a rede viária do
Art. 27. Via Parque é uma via de pedestres que busca Município será definida por uma hierarquia de vias, cujas
incentivar a mobilidade ativa, o conforto urbano e características apresentam as seguintes categorias
paisagístico, bem como orientar as áreas verdes a serem funcionais:
doadas à Municipalidade ou mantidas por particulares para I - Vias Expressas (VE) – com a função de atender ao
fruição pública, devendo atender aos seguintes critérios: volume de tráfego interurbano, apresentando elevado
a) Acesso livre e no nível das calçadas; padrão de fluidez, assegurado por suas características
b) Possuir largura mínima de 4,00m (quatro metros); físicas e acessos aos lotes lindeiros através de Vias
c) Ser dotada de vegetação; Marginais, com pontos de interligação sujeitos a controles
d) Ter permeabilidade visual nas faces lindeiras a específicos;
logradouros públicos; II - Vias Arteriais (VA) – com a função de atender às
e) Não poderá ser ocupada ou estar em área de influência maiores demandas do tráfego intraurbano, assegurando
de estacionamento ou de manobra de veículos, carga e sua fluidez e adequadas condições de acesso e circulação,
descarga, ou embarque de passageiros, devendo permitir conciliando os tráfegos de passagem e local;
o livre trânsito de pedestres. III - Vias Coletoras (VC) – com a função básica de coletar e
§1º As áreas de Via Parque poderão se apresentar como distribuir o tráfego dos bairros e nucleações, efetuando a
rotas de acesso ou áreas de apoio à praia, dentre outras alimentação das vias arteriais;
configurações que atendam aos critérios estabelecidos IV - Vias Marginais (VM) – com a função básica de auxiliar
nesta Lei. as vias expressas e arteriais, desenvolvendo-se paralelas
§2º As áreas de Via Parque poderão ser equipadas com a estas, de forma a possibilitar-lhes melhor desempenho e
gentilezas urbanísticas como bicicletários, bancos, permitir o acesso aos imóveis lindeiros;
coberturas, chuveirões e mobiliário urbano, desde que seja V - Vias Locais (VL) – com a função básica de permitir o
assegurado o seu livre uso e acesso. acesso às habitações e demais atividades
§3º Para fins de incentivo, as áreas de Via Parque não complementares;
serão computadas para fins de coeficiente de VI - Vias de Pedestres (VP) – destinadas exclusivamente à
aproveitamento. circulação de pedestres;
§4º Em empreendimento que fizer uso de Via Parque, será VII - Ciclovias (CV) – destinadas exclusivamente à
acrescido gratuitamente 5% (cinco por cento) ao potencial circulação de biciclos e/ou equivalentes não motorizados;
construtivo permitido para a zona ou o incremento de até VIII - Via Parque (VPA) – via de circulação de pedestres,
5% (cinco por cento) da taxa de ocupação máxima prevista contendo calçadas amplas, áreas ajardinadas e áreas de
para a zona, desde que respeitado o coeficiente de lazer nas laterais ou canteiros centrais e faixa destinada
aproveitamento máximo. exclusivamente à circulação de biciclos e/ou equivalentes
§5º Em parcelamentos, até 30% (trinta por cento) da área não motorizados.
destinada para área verde exigida poderá ser atendida por Art. 30. Os empreendimentos de grande porte,
meio de Via Parque. potencialmente geradores de impactos urbanísticos,
§6º No licenciamento de obras novas, ou de ampliação enquadrados na subcategoria especial PGT (Polos
que ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área Geradores de Tráfego), nos termos desta lei, terão
construída existente, com área construída total a partir de exigência de apresentação de Relatório de Impacto no
5.000,00m² (cinco mil metros quadrados) deverá ser Trânsito (RIT), para análise do setor competente.
destinado, no mínimo, 15% (quinze por cento) da área total Art. 31. Os empreendimentos ou atividades enquadradas
do lote para Via parque, exceto quando se tratar de como Polos Geradores de Tráfego (PGT) são os que
atividades industriais ou de risco. apresentam, ao menos, uma das seguintes características:
§7º A mesma obrigação prevista no parágrafo anterior será I - Serviços de armazenagem, distribuição e logística com
devida em parcelamentos em terrenos a partir de 10.000m² mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de área
(dez mil metros quadrados). construída;
II - Serviços de diversão, cultura, recreação e lazer com
Seção IV mais de 1.500m² (um mil e quinhentos metros quadrados)
Das normas incidentes sobre o sistema viário e sua de área construída;
relação com o ordenamento do uso e ocupação do III - Supermercado ou Hipermercado com área construída
solo acima de 1.500,00m² (um mil e quinhentos metros
Art. 28. O Sistema de Infraestrutura Urbana do território do quadrados) e/ou com 200 (duzentas) vagas de
Município de Camaçari, no tocante ao sistema viário, é estacionamento de veículos;
identificado nos MAPAS 06.1, 06.2 e 06.3 da seguinte IV - Locais destinados à prática de exercício físico ou
forma: atividades esportivas com mais de 1.000m² (um mil metros
I - Sistema viário principal: quadrados) de área construída;
a) Rodovias; V - Estabelecimentos de ensino com área construída
b) Vias Estruturantes Metropolitanas; superior a 1.500m² (um mil e quinhentos metros
c) Vias Estruturantes Municipais; quadrados);

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VI - Serviços de saúde com área construída superior a III - Shopping Center e Centros Comerciais com mais de
1.500m² (um mil e quinhentos metros quadrados); 50 (cinquenta) lojas;
VII - Locais de reunião ou eventos com capacidade IV - Empreendimentos de hospedagem com área de
superior a 500 (quinhentas) pessoas; terreno superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados);
VIII - Guarda e estacionamento de veículos leves e V - Usos industriais, exceto de empreendimentos inseridos
pesados com mais de 200 (duzentas) vagas; em locais nos quais o zoneamento urbanístico definiu
IX - Cemitérios, crematórios ou espaços para velórios; como ZPIC e ZAICS;
X - Shopping Center e Centros Comerciais com mais de 30 VI - Hospital e maternidade;
(trinta) lojas; VII - Empreendimentos não residenciais constituídos por
XI - Residenciais com 200 (duzentas) vagas de uma ou mais atividades que apresentarem área construída
estacionamento ou mais; total superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados);
XII - Demais empreendimentos não residenciais com 100 VIII - Uso residencial com área construída total superior a
(cem) vagas de estacionamento ou mais. 10.000m² (dez mil metros quadrados) ou que apresentem
§1º O enquadramento dos empreendimentos como PGT mais de 400 (quatrocentas) vagas de estacionamento para
poderá ser revisto através de lei municipal específica. automóvel;
§2º Caberá ao órgão municipal competente a definição de IX - Empreendimentos constituídos por usos residenciais e
medidas de mitigação ou compensação, ficando o não residenciais, cujo somatório das áreas construídas
empreendedor obrigado a cumpri-las, para a aprovação do totais seja superior a 15.000m² (quinze mil metros
empreendimento ou da atividade. quadrados);
§3º O licenciamento de empreendimentos e atividades X - Urbanização integrada a partir de 200 (duzentas)
que, por sua localização, possam gerar impactos negativos unidades habitacionais;
na circulação viária, ou no caso dos loteamentos de XI - Parcelamento e urbanização do solo com área
acesso controlado, estará sujeito à apresentação e superior a 30ha (trinta hectares);
aprovação do Relatório de Impacto no Trânsito (RIT), XII - Empreendimentos sujeitos à apresentação de EIA –
mesmo que o empreendimento não se caracterize como RIMA, nos termos da legislação pertinente.
PGT. Parágrafo único. O enquadramento dos
Art. 32. O Relatório de Impacto no Trânsito (RIT) deverá Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinhança
conter abordagens quanto a: (EGIV), poderá ser revisto através de lei específica.
I - Caracterização do empreendimento, quantificando e Art. 35. O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e o
identificando a distribuição das vagas de estacionamento respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV)
de veículos e tipo de controle de acesso a ser adotado, deverão ser elaborados tecnicamente de forma a
compatível com a demanda e capacidade do espaço para contemplar os efeitos positivos e negativos da atividade ou
acumulação de veículos no acesso; empreendimento quanto aos impactos na qualidade de
II - Caracterização do entorno, com análise das principais vida da população residente no entorno, incluindo, de
intersecções pertencentes à sua área de influência; acordo com o nível de impacto, a análise das seguintes
III - Metodologia de análise; questões:
IV - Estimativa da Geração de Viagens com dados do atual I - Caracterização do empreendimento e sua Área de
movimento do tráfego no sistema viário lindeiro e Influência Direta (AID) de raio, no mínimo, 500m
características da via; (quinhentos metros);
V - Avaliação dos acessos de veículos e pedestres, e da II - Caracterização da vizinhança e seus efeitos sobre o
circulação viária com Identificação dos Impactos no espaço urbano e a população moradora e usuária da
Trânsito na área de influência do empreendimento; região considerando Área de Influência Indireta (AII) de
VI - Sistema de transporte coletivo; raio, no mínimo, 1.000m (mil metros);
VII - Previsão de implantação de via marginal, quando for o III - Caracterização dos impactos - positivos e negativos –
caso; decorrentes da instalação do empreendimento, levando em
VIII - Segurança e Conforto; consideração:
IX - Medidas Mitigadoras ou Compensatórias. a) Meio ambiente urbano;
Parágrafo único. A análise do RIT e emissão do b) Mobilidade, incluindo-se, aqui, questões de transporte e
respectivo parecer técnico final caberá ao órgão municipal tráfego;
responsável pelo planejamento e gestão do trânsito e c) Infraestrutura de saneamento básico;
transporte e fará parte do processo de licenciamento d) Dinâmica socioeconômica;
urbanístico do empreendimento. e) Uso e ocupação do solo;
Art. 33. Aos empreendimentos de grande porte, f) Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
potencialmente geradores de impactos urbanísticos, g) Adensamento populacional;
enquadrados na subcategoria especial EGIV h) Equipamentos urbanos e comunitários;
(Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinhança), i) Valorização imobiliária;
nos termos definidos nesta lei, será exigida a apresentação j) Ventilação e iluminação.
de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e do respectivo IV - Capacidade de atendimento das redes de
Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV), para análise do infraestrutura (esgoto, água, comunicações, energia
setor competente. elétrica e gás canalizado);
Art. 34. Os Empreendimentos Geradores de Impacto de V - Geração de ruído e a emissão de resíduos sólidos e de
Vizinhança (EGIV) são os seguintes: efluentes líquidos e gasosos;
I - Serviços de armazenagem, distribuição e logística com VI - Ampliação ou redução do risco ambiental urbano;
mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de área VII - Alterações na paisagem urbana e nos padrões
construída; urbanísticos e ambientais da vizinhança;
II - Supermercado ou Hipermercado com área construída VIII - Caracterização de medidas mitigadoras: relacionar as
acima de 10.000,00m² (dez mil metros quadrados) de área medidas de prevenção, recuperação, mitigação e
construída; compensação de impactos, que devem ser adotadas para

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minimizá-los. III - Amembramento;


§1º Para emissão de suas respectivas licenças, as IV - Desmembramento;
atividades e os empreendimentos classificados como V - Remembramento;
geradores de impacto de vizinhança ficam sujeitos à VI - Desdobro;
aprovação do EIV/RIV. VII - Urbanização integrada;
§2º A concessão do Alvará de Habite-se e/ou Alvará de a) URB – C - urbanização integrada convencional;
Conclusão de Obras do empreendimento, fica b) URB – IS - urbanização integrada de interesse social;
condicionado ao cumprimento das exigências relacionadas VIII - Reurbanização integrada;
ao EIV/RIV, ainda que para o cumprimento destas seja IX - Condomínio de lotes.
necessário um licenciamento específico.
§3º A análise do EIV/RIV e emissão do respectivo parecer Seção I
caberá ao órgão municipal responsável pelo licenciamento Das Disposições Preliminares
urbanístico e ambiental. Art. 40. A aprovação de projeto de parcelamento e
§4º Todo e qualquer empreendimento, independente da urbanização fica condicionada à celebração de Termo de
necessidade de EIV/RIV, quando localizado na faixa da Acordo e Compromisso (TAC) entre o empreendedor e o
linha de vegetação, definida no Corredor Ecológico Orla Município de Camaçari.
Marítima do MAPA 07.4, até 90,00m (noventa metros) no §1º Excetuam-se da condição de que trata o caput deste
sentido do continente, deverá apresentar estudo solar a fim artigo os desmembramentos, os remembramentos, os
de evitar qualquer sombreamento na faixa de praia no amembramentos e os desdobros, que poderão ocorrer de
período das 9h00 às 15h00. forma autônoma ou incidental no processamento de outras
§5º Todo e qualquer empreendimento, independente da modalidades de parcelamento, urbanização ou edificações.
necessidade de EIV/RIV, uma vez inserido no Parque §2º O Termo de Acordo e Compromisso (TAC) deverá
Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jauá, deverá conter, no mínimo, as responsabilidades do empreendedor
atenção ao seu respectivo Plano de Manejo. previstas no §9º do Art. 41 desta Lei, as do Município e a
Art. 36. Os empreendimentos deverão atender às indicação das áreas afetadas e transferidas ao domínio
exigências quanto aos Padrões de Incomodidade e público, destinação, os prazos, garantias e as penalidades
Exigências do QUADRO 07 – PARÂMETROS DE cabíveis no caso de descumprimento dos compromissos
INCOMODIDADE, inclusive quanto a postos e serviços de assumidos.
abastecimento de combustíveis e derivados (a exemplo de Art. 41. Os parcelamentos e urbanizações nas
GLP, GNV), eletropostos, comércio de fogos de artifícios, modalidades previstas nos incisos I, II, VII, VIII e IX do Art.
atividades de mineração, infraestrutura ERB e outros usos 39 devem ser entregues com infraestrutura urbana
especiais, sem prejuízo da necessidade de atendimento às implantada, constituída pelos equipamentos de drenagem
legislações estaduais e federais específicas, normas e escoamento das águas pluviais, iluminação pública e/ou
técnicas ABNT, resoluções de agências reguladoras e condominial, quando for o caso, das áreas comuns ou de
demais normas e orientações técnicas aplicáveis à parâmetros qualificadores, quando houver, esgotamento
espécie. sanitário, abastecimento de água, energia elétrica pública
Parágrafo único. Nos casos de serviços de abastecimento e/ou condominial, quando for o caso, e sistema viário,
de combustíveis e derivados (a exemplo de GLP, GNV) incluindo ciclovias ou ciclofaixas, áreas de estacionamento
será necessário respeitar a distância mínima de 500 calçadas e passeios, com condições adequadas de
(quinhentos) metros de percurso, no sentido da via, entre acessibilidade.
empreendimentos da mesma natureza, cabendo ao §1º Quando da implantação de novas vias, os respectivos
interessado obedecer aos demais parâmetros regulatórios projetos geométricos deverão estar compatibilizados todos
municipais, estaduais e das agências reguladoras os projetos de infraestrutura das redes de serviços
pertinentes. públicos, de terraplanagem, pavimentação, drenagem.
Art. 37. No licenciamento, o Poder Executivo Municipal §2º As redes de serviços públicos existentes ou a serem
procederá ao enquadramento do sistema viário nas implantadas, bem como os projetos de infraestrutura,
diferentes categorias, segundo suas funções no sistema devem estar em consonância com as exigências dos
viário atual, de acordo com as diretrizes da Lei do Plano órgãos públicos e das concessionárias dos serviços.
Diretor, Plano de Mobilidade Urbana e parâmetros contidos §3º Quando se fizer necessário o remanejamento, a
nesta Lei. implantação, ou a ampliação das redes de serviços
públicos existentes, ou a implantação de novas redes,
CAPÍTULO IV estas serão localizadas em áreas próprias, em um dos
DO PARCELAMENTO DO SOLO lados da via, protegidas contra impactos e esforços
atuantes, observados os critérios técnicos de fornecimento
Art. 38. A disciplina do parcelamento e urbanização do de serviços públicos.
solo regula a divisão ou redivisão do solo, com ou sem §4º As faixas onde se implantarem as redes serão, de
abertura de logradouros públicos, da qual resultam novas preferência, recobertas por vegetação ou aplicada outra
unidades imobiliárias, objetivando o equilíbrio entre áreas solução urbanística, de modo a favorecer a conservação e
públicas e privadas e seu adequado aproveitamento facilitar-lhes a manutenção.
urbanístico. §5º O sistema de escoamento de águas pluviais deve
Art. 39. O parcelamento e a urbanização do solo no comportar equipamentos de retenção ou infiltração e de
Município de Camaçari ocorrem através das seguintes dissipação de energia, de modo a atenuar os picos de
modalidades: cheias, favorecer a recarga das águas subterrâneas e
I - Loteamento: prevenir os processos erosivos.
a) LC – loteamento convencional (residencial, comercial, §6º As redes de serviços públicos devem ser implantadas
industrial ou misto); em galeria técnica multiuso, para a instalação
b) LIS – loteamento de interesse social; compartilhada de dutos e cabos subterrâneos, destinada a
II - Reloteamento; acomodar os serviços de energia, telecomunicações, redes

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de dados e fibra ótica, gás e abastecimento de água, prévio favorável do órgão competente;
exceto para os Loteamentos de Interesse Social (LIS) e VII - Em áreas onde a poluição, em suas diversas formas,
para as Urbanizações Integradas de Interesse Social (URB impeça condições sanitárias suportáveis, até a sua
-IS), observados os critérios técnicos de fornecimento de correção;
serviços públicos. VIII - Em imóveis que não estejam regularmente inscritos
§7º Os projetos de parcelamento e urbanização deverão no cadastro imobiliário municipal.
obediência aos critérios de densidade arbórea, conforme Art. 44. O parcelamento e a urbanização do solo no
regulamentação do Plano Municipal de Arborização Município de Camaçari deverão atender aos critérios, às
Urbana, quando houver. exigências e às restrições desta Lei no que couber, das
§8º A análise e parecer dos projetos de infraestrutura, bem Leis Federais nº 6.766, de 1979, e nº 9.785, de 1999, ou
como a fiscalização dos serviços em execução, deverão legislação superveniente que venha a alterá-las ou
ser objeto de avaliação e parecer técnico do órgão substitui-las, além dos seguintes requisitos:
competente. I - Respeitar as faixas marginais de cursos d’água naturais,
§9º A aprovação do projeto de parcelamento ou perenes e intermitentes, e as áreas no entorno de lagos e
urbanização nas modalidades referidas no caput deste lagoas naturais e de nascentes definidas pela Lei Federal
artigo, após exame e anuência prévia das autoridades nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - ou por legislação que
competentes, fica condicionada à assinatura, pelo venha a alterá-la ou substituí-la, salvo maiores exigências
interessado, de Termo de Acordo e Compromisso (TAC), da legislação específica;
no qual se compromete a realizar, à própria custa, no II - O Município poderá, complementarmente, exigir a
prazo fixado pelo Município de Camaçari, as seguintes reserva de faixa não edificável destinada a:
obras, de acordo com os respectivos projetos aprovados a) abastecimento de água;
para os loteamentos convencionais, reloteamentos, b) serviços de esgotos;
urbanização integrada, convencional, reurbanização c) energia elétrica;
integrada convencional e condomínios de lotes: d) coleta de águas pluviais;
I - Locação de ruas e quadras e, no que couber, locação e) rede telefônica;
dos lotes; f) gás canalizado;
II - Movimento de terra; g) outros serviços de infraestrutura.
III - Assentamento de meios-fios; III - Respeitar as faixas de domínio de ferrovias e rodovias
IV - Rede de abastecimento de água potável; estabelecidas pelos órgãos estaduais e federais e
V - Redes de esgotos e águas pluviais; concessionárias de serviços públicos;
VI - Pavimentação de todas as ruas, calçadas, ciclovias e IV - Respeitar as faixas de domínio de rede de
vias de pedestres; infraestrutura estabelecidas pelos órgãos estaduais,
VII - Muros de sustentação, quando necessários; federais, concessionárias de serviços públicos e de uso de
VIII - Rede de iluminação pública e de energia elétrica; interesse público.
IX - Galeria técnica para as redes de infraestrutura, quando Art. 45. São parâmetros de parcelamento e urbanização
for o caso; do solo, dentre outros, os seguintes:
X - Delimitação física das áreas institucionais; I - Área e testada mínimas do lote;
XI - Tratamento paisagístico, arborização, áreas verdes e II - Área e testada máximas do lote;
de lazer; III - Área máxima de quadra;
XII - Outras obrigações constantes do Termo de Acordo e IV - Comprimento máximo de quadra;
Compromisso. V - Percentual mínimo total de área da gleba a ser
§10º Decreto do Poder Executivo Municipal poderá fixar transferida à Municipalidade, área verde e de lazer, e área
condições mínimas específicas para a infraestrutura institucional;
urbana dos Empreendimentos de interesse social, nos VI - Largura mínima de canteiro central, passeio público,
termos da Lei Federal. via de pedestre, leito carroçável, ciclovia;
Art. 42. Os Parcelamentos do Solo Rurais deverão VII - Declividade e traçado básico das vias;
observar a legislação federal aplicável. VIII - Dimensões e localização das áreas verdes e de lazer;
IX - Dimensões e localização das áreas institucionais;
Seção II X - Áreas condominiais, quando for o caso.
Dos requisitos e impedimentos gerais Art. 46. Os parâmetros de parcelamento do solo são
Art. 43. O parcelamento e a urbanização do solo não são definidos nos QUADROS 03 e 04 desta Lei, conforme a
permitidos nas seguintes situações: seguinte organização:
I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes I - QUADRO 03 – MODALIDADES DE
de tomadas as providências técnicas e geotécnicas para PARCELAMENTOS;
assegurar o escoamento das águas, se compatíveis com II - QUADRO 04 – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
as condições de resiliência da cidade; VIARIO.
II - Em áreas comprovadamente com contaminação Art. 47. A área mínima de lote no território do Município é
ambiental; de 125,00m² (cento e vinte e cinco metros quadrados),
III - Em áreas com potencial ou suspeita de contaminação, testada mínima é de 5,00m (cinco metros) e que permita a
sem que sejam reabilitadas para o uso seguro, atestado inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 5,00m
pelo órgão competente; (cinco metros).
IV - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% §1º As dimensões mínimas do lote poderão ser superiores
(trinta por cento), salvo comprovada viabilidade mediante às estabelecidas no caput deste artigo, de acordo com a
estudos técnicos e geotécnicos aprovados pelo órgão zona de uso em que se situe, conforme os QUADROS 06
licenciador; A, 06 B E 06 C – PARÂMETROS URBANÍSTICOS desta
V - Em terrenos onde a incidência de processos geológico- Lei, conforme a seguinte organização:
geotécnicos não aconselhe edificação; I - QUADRO 06 A – PARÂMETROS URBANÍSTICOS -
VI - Em áreas de preservação ambiental, sem o parecer ZONAS - ZDC - ZOC - ZE - ZOUC - ZAICS - ZUE - RURAL

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– ZPIC; seguintes disposições:


II - QUADRO 06 B – PARÂMETROS URBANÍSTICOS - I - A localização de 30% (trinta por cento) do exigido para
CeLin; áreas verdes será definida preferencialmente por meio de
III - QUADRO 06 C – PARÂMETROS URBANÍSTICOS - Via parque;
ZEIS. II - A localização do restante da área exigida ficará a cargo
§2º Nos casos de Loteamento de Interesse Social (LIS) e do loteante e só será computada como área verde e de
regularização fundiária, admitem-se valores inferiores aos lazer quando no seu perímetro puder ser inscrito um
estabelecidos no caput deste artigo, de acordo com o círculo com raio mínimo de 10,00m (dez metros), e pelo
parâmetro aplicado a ZEIS, quando for o caso. menos 50% (cinquenta por cento) dela esteja localizada
§3º Nos empreendimentos do tipo de interesse social em parcelas de terreno que apresentem declividade igual
admite-se lote mínimo de 125,00m2 (cento e vinte e cinco ou inferior a 20% (vinte por cento);
metros quadrados), independentemente da zona de uso III - Deverão ter acesso por logradouro público ou área de
em que se situem, observado o parâmetro aplicado a fruição.
ZEIS, quando for o caso. Parágrafo único. As verdes e de lazer serão transferidas
Art. 48. A área máxima do lote no território do Município de à Municipalidade, com abertura de matrícula autônoma, no
Camaçari é de 160.000m² (cento e sessenta mil metros prazo máximo de até 180 (cento e oitenta) dias do ato do
quadrados) e a frente máxima é de 400m (quatrocentos registro do empreendimento em Ofício de Registro de
metros). Imóveis.
Parágrafo único. Serão admitidos lotes maiores que Art. 53. Fica admitida, mediante previsão no TAC, a
160.000m² (cento e sessenta mil metros quadrados) redução das áreas verdes e de lazer definidas na forma do
quando se tratar de instalação de indústria, parques, anexo QUADRO 03, desde que atendido aos seguintes
praças, usos enquadrados nos grupos e subcategorias não requisitos:
residenciais. I – Comprovado interesse público a ser manifestado pelo
Art. 49. A área máxima de quadra no território do órgão competente;
Município é de 160.000m² (cento e sessenta mil metros II – Apresentação de estudos técnicos de impacto
quadrados), e o comprimento máximo é de 400m ambiental sobre a redução proposta;
(quatrocentos metros). III – Compensação em investimentos na infraestrutura
Parágrafo único. A critério do Poder Executivo Municipal, municipal, com execução de obras e serviços indicados
os parâmetros de área e comprimento máximo de quadra, pelo Município, ou via pagamento de valor pecuniário
poderão ser alterados em casos especiais, como equivalente ao valor de mercado da área correspondente a
composição obrigatória dos logradouros públicos ser compensada, arcado pelo proprietário do imóvel a ser
existentes, seus prolongamentos e dos terrenos de parcelado, e que deverá ser destinado a uma das
declividade acentuada. seguintes finalidades:
Art. 50. Deverão ser transferidos à Municipalidade as a) Construção ou reforma de equipamentos públicos em
áreas verdes, de lazer, sistema viário e as de usos locais indicados pelo ente municipal competente;
institucionais, variáveis conforme as modalidades de b) Implantação de projetos de reflorestamento ou
parcelamento estabelecidas no QUADRO 03 – recuperação de áreas ambientais degradadas no Município
MODALIDADES DE PARCELAMENTOS desta Lei, salvo de Camaçari;
nos casos de condomínio de lotes, que terão tratamento c) Intervenções urbanísticas em áreas públicas, a exemplo
específico na forma desta Lei. de melhorias de praças e parques, implantação do
§1º Os percentuais de área referidos neste artigo serão urbanismo tático e gentilezas urbanísticas em locais
calculados sobre a área líquida do terreno. indicados pelo ente municipal competente e outras
§2º Às urbanizações integradas aplicam-se os parâmetros intervenções qualificadoras.
estabelecidas para os Loteamentos Convencionais (LC), e d) Construção de habitação de interesse social em local
às urbanizações integradas de interesse social aplicam-se indicado pelo ente municipal competente;
os parâmetros estabelecidos para os Loteamentos de e) Financiamento de projetos de Regularização Fundiária
Interesse Social – LIS, ambas previstas no QUADRO 03 – Urbana em localidades indicadas pelo ente municipal
MODALIDADES DE PARCELAMENTOS desta Lei. competente;
§3º Desde a data de registro do empreendimento no f) Projetos sociais de interesse público de ações não
Cartório de Registros de Imóveis, passam a integrar o governamentais e movimentos sociais.
domínio do Município as áreas de que trata o caput deste §1º Em garantia à execução da contrapartida estabelecida,
artigo, constantes do projeto e do memorial descritivo. o loteante se obriga a:
Art. 51. Implantado o parcelamento, todas as áreas a) Dar, em hipoteca, imóveis com valor não inferior ao da
destinadas à municipalidade deverão ser devidamente contrapartida estabelecida, em percentual mínimo definido
delimitadas e identificadas pelo empreendedor com placa no Art. 67, III, “a”, a qual somente será liberada após a
indicativa, onde deverá explicitar, em letras legíveis e verificação do cumprimento das obrigações assumidas, ou:
destacadas, as seguintes informações: b) efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública
I - Que se trata de “área pertencente ao patrimônio municipal ou fiança bancária, no valor da contrapartida
municipal”; estabelecida, calculado conforme caput deste artigo, a qual
II - O uso previsto fixado na aprovação do parcelamento; somente será liberada após a verificação do cumprimento
III - A área correspondente em metros quadrados. das obrigações assumidas.
Parágrafo único. A placa indicativa, mencionada no caput
deste artigo, deverá seguir o padrão determinado pelo Subseção II
órgão licenciador. Das áreas institucionais
Art. 54. Diferentemente das áreas verdes, as áreas
Subseção I institucionais não poderão ser atravessadas por valas,
Das áreas verdes e de lazer córregos, riachos e similares, e deverão:
Art. 52. As áreas verdes e de lazer deverão atender às I - Ter acesso através de logradouro reconhecido pelo

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Município e estar contidas em um único perímetro; I - As vias projetadas devem possuir articulação com as
II - Ter testada mínima de 30m (trinta metros) para a vias adjacentes oficiais, existentes ou aprovadas,
logradouro público reconhecido pelo Município; integrando-se com o sistema viário do entorno e
III - Atender aos percentuais mínimos estabelecidas no harmonizando-se com a topografia local, atendendo às
QUADRO 03 – MODALIDADES DE PARCELAMENTOS; seguintes disposições:
IV - Ser contíguas aos espaços abertos para o lazer a) as articulações entre as vias projetadas e as vias
público; existentes serão objeto de avaliação do órgão municipal
V - Ter relação de, no máximo, 1/3 (um terço) de uma das competente;
divisas entre a frente e qualquer de suas demais divisas; b) os raios mínimos de concordância dos alinhamentos nas
VI - Estar situadas em área com declividade de até 20% articulações deverão ser de 5m (cinco metros) entre vias
(vinte por cento); locais e de 7,50m (sete metros e cinquenta centímetros)
VII - Ser obrigatoriamente delimitadas fisicamente pelo entre via local e via de categoria imediatamente superior;
loteante. II - Toda via a ser aberta será enquadrada nas diferentes
§1º As áreas institucionais poderão ser divididas em dois categorias de acordo com as diretrizes do Plano Diretor,
ou mais perímetros somente se cada parcela resultante Plano de Mobilidade Urbana e parâmetros contidos nesta
tiver área mínima de 2.200m² (dois mil e duzentos metros Lei, devendo adotar os padrões técnicos, declividades,
quadrados), aplicando-se as exigências desse artigo. dimensões máximas e mínimas estabelecidos no
§2º As áreas institucionais serão transferidas à QUADRO 04 – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
Municipalidade, com abertura de matrícula autônoma, no VIARIO desta Lei.
prazo máximo de até 180 (cento e oitenta) dias do ato do Art. 57. As vias serão destinadas exclusivamente à
registro do empreendimento em Ofício de Registro de circulação, não sendo permitido computá-las como áreas
Imóveis. de estacionamento de uso público ou privado das unidades
Art. 55. Desde que haja interesse público manifestado pelo imobiliárias.
órgão competente, tendo sido verificada existência de Art. 58. As vias de circulação de veículos situadas em
imóveis de propriedade do Município em quantidade regiões acidentadas poderão ter rampas com inclinação de
suficiente para atendimento da demanda do local após a até 12% (doze por cento), admitindo-se 15% (quinze por
implantação do parcelamento do solo licenciado, será cento) em trechos não superiores a 100,00m (cem metros).
admitida, mediante previsão no TAC: Art. 59. As vias sem saída serão admitidas desde que
I - A transferência de área à Municipalidade em outro local possa ser inscrito no leito carroçável do dispositivo de
do Município a título de área institucional. retorno um círculo de raio igual ou superior à largura da
II - A redução de até 50% (cinquenta por cento) das áreas respectiva pista, sendo admitida solução alternativa que
institucionais mediante compensação em investimentos na permita manobra contínua e circular do veículo de serviço
infraestrutura municipal com valor pecuniário não inferior de coleta de resíduos sólidos comprovado por laudo
ao seu valor de mercado, arcado pelo loteante, que técnico.
poderão ser direcionados a um ou mais itens descritos a Parágrafo único. Todo o perímetro do dispositivo de
seguir: retorno será contornado por calçadas com a mesma
a) Construção ou reforma de equipamentos públicos em largura da calçada da via que lhe dá acesso.
locais indicados pelo ente municipal competente; Art. 60. Nas Vias Arteriais e Vias Coletoras, projetadas ou
b) Implantação de projetos de reflorestamento ou existentes, o acesso aos terrenos lindeiros será permitido
recuperação de áreas ambientais degradadas no Município apenas através de pista marginal.
de Camaçari; §1º Para a implantação da pista marginal, deverá ser
c) Intervenções urbanísticas em áreas públicas, a exemplo obedecido ao plano funcional da Via Arterial e Via
de melhorias de praças e parques, implantação do Coletora, nos termos do Plano Diretor, Plano de
urbanismo tático e gentilezas urbanísticas em locais Mobilidade Urbana e parâmetros desta Lei.
indicados pelo ente municipal competente e outras §2º Nos casos em que as condições topográficas não
intervenções qualificadoras; permitam a implantação da pista marginal para as vias
d) Construção de habitação de interesse social em local arteriais existentes, o órgão competente definirá uma
indicado pelo ente municipal competente; condição de acesso, na fase anterior e preliminar à
e) Financiamento de projetos de Regularização Fundiária aprovação do projeto, de acordo com os estudos
Urbana em localidades indicadas pelo ente municipal necessários, segundo a especificidade do
competente; empreendimento.
f) Projetos sociais de interesse público de ações não Art. 61. As vias de transporte não motorizado /VP deverão
governamentais e movimentos sociais. atender às seguintes disposições:
§1º Em garantia à execução da contrapartida estabelecida, I - Deverão funcionar como vias exclusivas para pedestres;
o proprietário do imóvel a ser parcelado se obriga a: II - Admite-se a implantação de ciclovias ou ciclofaixas uni,
a) Dar, em hipoteca, imóveis com valor não inferior ao da ou bidirecionais, conforme dimensões e características
contrapartida estabelecida, em percentual mínimo definido previstas no QUADRO 04 – CARACTERÍSTICAS DO
no Art. 67, III, “a”, a qual somente será liberada após a SISTEMA VIARIO desta Lei;
verificação do cumprimento das obrigações assumidas, ou; III - Deverão garantir condições adequadas de
b) Efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade
municipal ou fiança bancária, no valor da contrapartida reduzida a todas as rotas e vias, com largura mínima de
estabelecida, a qual somente será liberada após a 5m (cinco metros), obedecendo à NBR 9050;
verificação do cumprimento das obrigações assumidas. IV - Deverão ter obstáculos físicos que impeçam o trânsito
normal de veículos, exceto nos casos e/ou horários
Subseção III especiais, autorizados previamente pelo órgão de gestão
Do sistema viário do trânsito, para garantir os acessos locais, abastecimento,
Art. 56. As áreas destinadas ao sistema viário deverão serviços públicos e o atendimento às situações de
atender às seguintes exigências: emergência.

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Art. 62. Nas vias de circulação de veículos, serão municipal ou fiança bancária, no valor da contrapartida
asseguradas calçadas com faixas livres de passeio estabelecida, a qual somente será liberada após a
exclusivas para pedestres, de modo a propiciar segurança verificação do cumprimento das obrigações assumidas;
contra veículos motorizados e mecânicos, com
pavimentação que proporcione caminhada segura e Seção III
confortável, obedecendo às seguintes restrições: Dos Loteamentos Convencional e de Interesse Social
I - Deverão ser instaladas rampas para pessoas com Art. 65. O Loteamento Convencional (LC) deverá atender
deficiência ou mobilidade reduzida em travessias de às seguintes disposições, cumulativamente:
pedestres e em locais onde o Poder Público avalie I - Ao estabelecido nos artigos 45 a 49 e nos QUADRO 03
necessária sua instalação, obedecendo aos parâmetros – MODALIDADES DE PARCELAMENTO desta Lei, com
estabelecidos na NBR 9050 e demais legislações relação ao dimensionamento mínimo e máximo de lotes e
pertinentes, a fim de propiciar condições adequadas de quadras;
acessibilidade; II - Ao estabelecido nas subseções I e II deste capítulo e
II - A largura mínima das calçadas deverá observar os no QUADRO 03 desta Lei, com relação à transferência de
parâmetros estabelecidos no Quadro 04 - áreas à Municipalidade;
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA VIÁRIO; III - Ao estabelecido nas subseções I, II e II deste capítulo,
III - O material de pavimentação deverá ser antiderrapante com relação às exigências para áreas verdes e de lazer,
e possibilitar a redução de absorção do calor, com o áreas institucionais e sistema viário.
objetivo de assegurar o conforto térmico; Art. 66. O LIS – Loteamento de Interesse Social deverá
IV - No mínimo 30% (trinta por cento) da superfície da atender ao estabelecido no QUADRO 03 –
calçada deverá ser constituída por elementos permeáveis; MODALIDADES DE PARCELAMENTO desta Lei e às
V - Deverão dispor de arborização implantada, seguintes disposições:
obedecendo, para o plantio, ao espaçamento mínimo e à I - Pelo menos 70% (setenta por cento) dos lotes devem
especificação das espécies arbóreas, definidos no Plano possuir área de 125,00m² (cento e vinte e cinco metros
Municipal de Arborização Urbana, quando houver; quadrados) e serem destinados ao uso residencial,
VI - Devem ser implantadas concomitantemente às vias de observado os parâmetros da ZEIS, quando for o caso;
circulação. II - Será permitido em qualquer zona de uso que permita
§1º Poderá ser instalado nas calçadas o mobiliário uso residencial;
necessário, tais como bancos, abrigos em pontos de III - Estará sujeito aos percentuais mínimos de áreas,
parada de transportes, locais para caixas de correio, conforme o estabelecido no QUADRO 03 –
pontos destinados a hidrantes, coletores de lixo, postes e MODALIDADES DE PARCELAMENTOS desta Lei;
árvores, quando julgado conveniente pelo órgão IV - Será obrigatória a apresentação de projetos e
competente, instalações sanitárias e a previsão de implantação de infraestrutura, cujas obras de infraestrutura
instalações móveis, preservando sempre a largura mínima deverão ter seu dimensionamento estabelecido pelas
de 2,5m (dois metro e meio), livres para a circulação concessionárias dos respectivos serviços e conter, no
exclusiva dos pedestres. mínimo:
§2º Será assegurada a acessibilidade de pessoas com a) execução da abertura e pavimentação das vias,
deficiência ou mobilidade reduzida a todas as rotas e vias, inclusive das destinadas a pedestres, garantindo
através da legislação pertinente, observando todos os condições adequadas de acessibilidade da pessoa com
parâmetros definidos na NBR 9050 e nas diretrizes da Lei deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e
Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015. vias;
Art. 63. As modificações ou requalificações do sistema b) sistema de drenagem de águas pluviais;
viário atenderão às exigências relativas à abertura de vias, c) sistema de abastecimento de água potável;
respeitadas ainda as seguintes exigências: d) esgotamento sanitário;
I - Nos casos em que forem atingidas áreas anteriormente e) rede de iluminação e de energia elétrica;
parceladas, obriga-se o empreendedor a remembrá-las ou f) locação das ruas e quadras;
reloteá-las, quando necessário, sem qualquer ônus para os g) movimento de terra;
proprietários do loteamento ou dos terrenos atingidos; h) assentamento dos meios-fios e implantação dos
II - Nos empreendimentos de urbanização ou passeios;
reurbanização, sendo atingidas áreas ou edificações i) fechamento das áreas institucionais;
destinadas a uso institucional, o empreendedor se obrigará j) muros de sustentação, quando necessários;
a restituí-las no âmbito ou em áreas próximas ao k) outras obrigações constantes do TAC;
empreendimento. V - Atenderá ao estabelecido nas subseções I, II e II deste
Parágrafo único. O cumprimento das exigências do capítulo, com relação às exigências para áreas verdes e
disposto nos incisos I e II deste artigo deverá ser precedido de lazer, áreas institucionais e sistema viário;
de acordo entre o empreendedor e os adquirentes dos VI - Deverão ser executadas obras de construção de
imóveis atingidos pela alteração, bem como de aprovação passeios de, no mínimo, 2,00m (dois metros) de largura.
do Poder Executivo Municipal, devendo ser depositado no Art. 67. A aprovação de projeto de parcelamento do solo,
Registro de Imóveis, em complemento ao projeto original, nas modalidades Loteamentos LC – Convencional e LIS –
com a devida averbação. de Interesse Social, e reloteamentos, obedecerá ao
Art. 64. Em garantia à execução das obras de seguinte:
infraestrutura do sistema viário, o proprietário do imóvel a I - Atendidas pelo projeto as disposições legais, o
ser parcelado se obriga a: empreendimento poderá, a critério do órgão competente
a) Dar, em hipoteca, imóveis com valor não inferior ao da do Poder Executivo Municipal, ser executado por etapas,
contrapartida estabelecida, em percentual mínimo definido previamente definidas e obedecido ao cronograma de
no Art. 67, III, “a”, a qual somente será liberada após a execução que, necessariamente, integrará o Termo de
verificação do cumprimento das obrigações assumidas, ou: Acordo e Compromisso (TAC), sem prejuízo das demais
b) Efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública disposições contidas nesta Lei;

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II - Qualquer modificação no projeto ou na execução desde que a área e sua infraestrutura correspondente
deverá ser submetida à Prefeitura, a pedido do estejam já executadas, delimitada por barreira física,
interessado, observadas as disposições desta Lei; definidos acessos independentes e devidamente
III - Em garantia da perfeita execução das obras de registradas as áreas públicas;
infraestrutura constantes do projeto, mencionadas nas XII - O loteador se obriga a ajustar o empreendimento ao
subseções I, II e II deste capítulo, desta Lei, o loteante se plano aprovado sempre que a vistoria municipal verificar a
obriga a: inobservância do projeto aprovado e/ou o não
a) caucionar, no mínimo, 30% (trinta por cento) da área cumprimento das condições de acessibilidade constantes
dos lotes, devendo a garantia ser averbada à margem da na NBR 9050 e na Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de
inscrição do plano de loteamento no Cartório de Registro 2015, sem prejuízo das sanções previstas no Termo de
de Imóveis, bem como ser caracterizada em memorial Acordo e Compromisso (TAC);
descritivo e novas vias das plantas respectivas; ou, XIII - O prazo máximo para emissão do Alvará de
alternativamente, Conclusão de Obras é de 20 (vinte) dias úteis após a
b) efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública comunicação da conclusão da obra, podendo ser
municipal ou fiança bancária, no valor a ser estipulado pela prorrogado justificadamente por igual período, observado o
Municipalidade, a qual somente será liberada após a inciso X acima.
conclusão das obras. Art. 68. Será admitida a implantação de controle de
IV - O prazo máximo para o início das obras é de 02 (dois) acessos em loteamentos ou parte de loteamentos quando
anos, a contar da data da expedição do alvará de licença, solicitado por associação legalmente constituída pelos
caracterizando-se o seu início pela abertura e nivelamento titulares dos direitos sobre os lotes integrantes do
das vias de circulação; loteamento, que contenha no seu objeto a representação
V - O prazo máximo para o término das referidas obras é comunitária de seus membros, desde que observadas as
de 04 (quatro) anos, a contar da data da expedição do disposições desta Lei.
Alvará de Licença; §1º Compreende-se como controle de acesso a instalação
VI - Após o decurso dos prazos fixados nos incisos IV e V de portaria, cancela ou outro equipamento que permita
deste artigo, caso as obras não estejam respectivamente exclusivamente a identificação e catalogação das pessoas
iniciadas ou concluídas, o Alvará poderá ser renovado pelo e veículos que ingressem no loteamento, vedado o
prazo de 02 (dois) anos, podendo ser solicitado impedimento de acesso a quem se apresente, desde que
cronograma de execução aprovado pela Municipalidade e devidamente identificados e/ou cadastrados, independente
constante do TAC, obrigando-se o requerente ao da finalidade do acesso.
pagamento das taxas e emolumentos correspondentes às Art. 69. A solicitação de implantação de controle de
obras e aos serviços não executados; acesso em loteamentos deverá ser instruída com:
VII - Será requerido a análise e a anuência de órgãos I - Relatório de Impacto de Trânsito (RIT), ressaltando, nas
específicos federais ou estaduais, quando couber, nos análises e conclusões, a sua viabilidade, indicando os
termos que dispuserem as respectivas legislações, efeitos positivos e negativos do acesso controlado, além
especialmente, quando o empreendimento: de apresentar medidas corretivas e compensatórias para
a) localizar-se em áreas de interesse especial, tais como mitigação efeitos não desejados;
as de proteção aos mananciais, ou ao patrimônio cultural, II - Atos constitutivos da associação dos titulares de
histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por direitos sobre os lotes e ata de assembleia que deliberou
legislação estadual ou federal; sobre a implantação do controle de acesso e de eleição de
b) localizar-se em área limítrofe do Município ou que seus representantes;
ultrapasse seus limites; III - Planta da área que se pretende controlar o acesso;
c) abranger área superior a 1.000.000m² (um milhão de IV - Projeto de sistema de acesso controlado, incluindo
metros quadrados). projeto arquitetônico da portaria/guarita, fechamento do
VIII - Somente serão emitidas as licenças dos loteamento em suas divisas e indicação das ruas a serem
empreendimentos e atividades a serem implantados e fechadas, observando as responsabilidades previstas
realizados em imóveis oriundos destes loteamentos após nesta Lei.
regularmente registrada a conclusão do parcelamento no Art. 70. Não será admitido o controle de acesso em
Registro de Imóveis e inscritos os lotes no Cadastro loteamentos ou partes de loteamentos:
Imobiliário Municipal; I - Que possuam, em seu interior, equipamentos públicos,
IX - Compete ao Executivo Municipal, no exercício da à exceção de logradouros públicos, áreas verdes e de
fiscalização: lazer;
a) efetuar, sempre que lhe aprouver, as vistorias II - Que incluam, na poligonal a ser controlada, vias
necessárias para aferir o cumprimento do plano e/ou expressas, marginal, arteriais ou coletoras, salvo
projeto aprovado; viabilidade técnica indicada no RIT;
b) autuar as infrações verificadas e propor as penalidades III - Cujo fechamento impossibilite ou torne
correspondentes e apontadas na Lei e no Termo de excessivamente oneroso o acesso à área contígua não
Acordo e Compromisso (TAC) de Loteamentos integrante da poligonal pretendida para o controle de
Convencionais (LC) e Loteamentos de Interesse Social acesso;
(LIS); IV - Cuja poligonal seja superior a 75ha;
X - O Alvará de Conclusão de Obras não será concedido V - Cujo fechamento impeça o acesso à praia ou ao mar.
enquanto não integralmente cumpridos o projeto aprovado Art. 71. As áreas edificadas integrantes de loteamento
e as cláusulas do Termo de Acordo e Compromisso (TAC), com acesso controlado estão sujeitas ao controle de usos
bem como as exigências relativas à acessibilidade e dos parâmetros urbanísticos e edilícios estabelecidos
constantes na NBR 9050 e na Lei Federal nº 13.146, de 6 pela legislação urbanística aplicável, além das condições
de julho de 2015; específicas deste artigo, a saber:
XI - Poderá ser concedido Alvará de Conclusão de Obras I - Mesmo que os acessos sejam controlados, uma vez o
parcial em caso de empreendimento executado por etapas, transeunte identificado por mera declaração, não poderá

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ser negado o direito de ir e vir a pé, por veículo motorizado das unidades não edificadas, bem como áreas públicas
ou não, ainda que com a intenção de apenas ultrapassá-lo; internas ao loteamento de acesso controlado são de
II - É vedado obstaculizar ou exercer controle por qualquer responsabilidade exclusiva de seus permissionários.
meio sobre via expressa, marginal, arterial ou coletora, Art. 76. Verificada a viabilidade do controle de acesso a
existente ou projetada, podendo, entretanto, com estas partir dos documentos e estudos apresentados, fica o
manter limites e acesso; Poder Público Municipal autorizado a conceder Permissão
III - Nas vias de circulação interna do loteamento poderão de Uso Especial de espaços públicos destinados ao
ser implantados elementos redutores de velocidade, sistema de logradouros públicos, às áreas verdes e de
inclusive na forma de lombada ou outro elemento lazer internas à área controlada, assim como, quando
acalmador de tráfego, desde que observados os requisitos tecnicamente autorizadas, às áreas protegidas, mediante
estabelecidos pelos órgãos de trânsito; e outorga de permissão de uso à associação solicitante,
IV - É vedado o bloqueio para controle da circulação sobre independentemente de licitação.
a faixa livre de circulação das calçadas ou por qualquer Art. 77. O Termo de Permissão de Uso Especial de
das partes do dispositivo utilizado para controle do acesso Espaços Públicos em Loteamento de Acesso Controlado
aposto à via. será outorgado por prazo de 10 (dez) anos, a título
Art. 72. A permissão de fechamento do Loteamento de precário e tem caráter gratuito e intransferível, permitida a
Acesso Controlado fica condicionada à compatibilização renovação por igual período, devendo ser solicitada
dos interesses públicos e privados e à observância das através de processo administrativo junto ao órgão
disposições de ordem urbanística do Município de municipal competente, a ser disciplinado por decreto pelo
Camaçari. Chefe do Executivo, no qual deverá constar, entre outras
Art. 73. É vedada a cessão a terceiros, a qualquer título, cláusulas e condições:
dos espaços públicos permissionados, assim como sua I - Área e logradouros públicos integrantes;
utilização para fins diversos do estabelecido em lei ou II - Os espaços públicos objeto da permissão de uso
convenção. especial;
Art. 74. Fica assegurado ao Município e aos demais III - A legislação aplicável;
órgãos fiscalizadores da esfera Estadual e Federal o IV - O prazo;
poder/dever de supervisionar e fiscalizar o estrito V - As responsabilidades da permissionária, na forma
cumprimento das obrigações estabelecidas, inclusive de desta Lei;
acesso ao núcleo fechado, para vistorias e outras VI - Condições de devolução das benfeitorias e remoções;
diligências necessárias e/ou convenientes. VII – Taxas e Multas;
Art. 75. A outorga de permissão de uso das vias públicas VIII - Rescisão de pleno direito; e
de circulação interna, praças e das áreas verdes e de lazer IX - Notificações e intimações.
e das áreas categorizadas como de Área de Preservação Parágrafo único. Com o termo final da permissão, não
Permanente (APP), gera à permissionária a obrigação de renovada, deverá a associação responsável demolir e/ou
mantê-las e conservá-las, além de outras obrigações desmontar as estruturas integrantes do sistema de controle
decorrentes do uso comum, devendo neste instrumento de de acesso, em prazo 20 (vinte) dias da determinação da
permissão estarem delimitados os direitos e deveres da autoridade pública, salvo urgência maior definida por
entidade associativa, que se responsabilizará pela interesse público, sob pena de não o fazendo arcar com as
manutenção das coisas públicas no Loteamento de Acesso penalidades previstas em Lei.
Controlado nos termos desta Lei. Art. 78. O não cumprimento das obrigações e das
§1º Será de responsabilidade da permissionária: responsabilidades assumidas no Termo de Permissão e
I - A manutenção do paisagismo da área interna ao núcleo das normas estabelecidas nesta Lei acarretará, além da
de acesso controlado, inclusive da faixa de área verde aplicação de multa pelo órgão municipal competente:
externa, contígua ao elemento de fechamento do I - A perda do caráter de Loteamento de Acesso
Loteamento de Acesso Controlado; Controlado de forma imediata, sendo devida a abertura e
II - Implantação e manutenção da sinalização horizontal e suspensão que qualquer controle sobre o acesso;
vertical de trânsito e de orientação interna ao Loteamento II - A retirada das benfeitorias, incluídos os fechamentos e
de Acesso Controlado; portarias.
III - Coleta dos resíduos sólidos nas vias internas e, se for Art. 79. O Poder Público Municipal poderá intervir nas
o caso, sua adequada segregação em área adequada para áreas de circulação e nos espaços públicos objeto da
transbordo, interna ao loteamento para posterior coleta permissão, bem como não poderá ser restringido o uso
pelo serviço público de limpeza urbana; público às áreas institucionais.
IV - Guarda de acesso e/ou controle digital às áreas Art. 80. A permissão de uso poderá ser rescindida
fechadas do loteamento e vigilância das áreas comuns unilateralmente pelo Município nos seguintes casos:
internas; I - Extinção ou dissolução da entidade permissionária;
V - Manutenção e conservação da rede de iluminação II - Alteração de destinação da área primitivamente
pública; aprovada;
VI - Garantia da ação livre e desimpedida das autoridades, III - Descumprimento das condições estabelecidas nesta
entidades públicas e transeuntes; Lei e na legislação urbanística pertinente;
VII - Manter em local visível e acessível, engenho em IV - Descumprimento das cláusulas constantes no Termo
padrão já definido pelo poder público com a informação: de Permissão de Uso;
“Loteamento de Acesso Controlado”, indicando o V - Inobservância, sem justa causa, de qualquer prazo
respectivo número do Termo de Permissão e do processo fixado; e
administrativo que originou a permissão, com a data de VI - Interesse público no retorno dos bens à
publicação no Diário Oficial do Município, quanto à Municipalidade, incorporando ao Patrimônio Público as
condição de se tratar de loteamento em que há permissão benfeitorias voluptuárias, úteis ou necessárias neles
para o controle de acesso. construídas, sem direito de retenção e independentemente
§2º A manutenção, a guarda, o controle digital e a limpeza de qualquer pagamento ou indenização, seja a que título

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for. fins de imediato remembramento ou amembramento em


Art. 81. O loteamento registrado que, na data de lotes ou glebas vizinhos, devendo ser observado que:
publicação desta Lei, esteja fechado sem a aprovação do I - Não será exigida doação de área em qualquer hipótese
Município, poderá ser objeto de análise para fins de de anexação;
regularização com base nas disposições desta Lei, II - Os lotes ou glebas resultantes do desdobro/
mediante requerimento a ser formalizado perante o Órgão desmembramento e subsequente remembramento/
Competente no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) amembramento deverão atender aos parâmetros das
dias, contados da publicação desta Lei, prorrogável por zonas em que se situem em sua maior porção;
igual período. III - Será admitido sob a forma de empreendimento meio.
§1º A não observância do disposto no caput deste artigo
ou a impossibilidade de regularização implicam a Seção VII
determinação para a imediata abertura da área Das Urbanizações Integrada, Convencional e de
irregularmente controlada. Interesse Social
§2º Se não aberta a área irregular no prazo fixado pelo Art. 89. As urbanizações na modalidade de Urbanização
Município e demolidas e/ou desmontadas as estruturas Integrada (URB) deverão atender às seguintes exigências
correspondentes, este promoverá a abertura, cobrando os e critérios:
custos dos responsáveis, aplicando as multas previstas na I - A aprovação dos pedidos de realização do
legislação pertinente. empreendimento com área de terreno superior a 50.000m²
§3º Deverão buscar regularizar junto ao Município, (5ha) e deverá ser precedida de Consulta Prévia;
mediante procedimento previsto nesta Seção, os II - Os empreendimentos implantados em área de terreno
loteamentos que eventualmente tenham formalizado superior a 50.000,00 m² (5ha) ou 200 unidades
Termos de Ajustamento de Conduta, ou documento imobiliárias, será exigida a transferência de áreas à
equivalente, com outros órgãos, independentemente de Municipalidade, nos termos desta Lei, previstos no
sua natureza, para regular o controle de acesso. QUADRO 3 - MODALIDADES DE PARCELAMENTO.
III - Os empreendimentos de uso misto que envolvam mais
Seção IV de uma categoria de uso atenderão às exigências
Do amembramento específicas de cada categoria;
Art. 82. É admitido o amembramento de glebas localizadas IV - Desobrigam-se das exigências relativas à
em zonas de usos distintos, procedendo o enquadramento transferência de áreas à Municipalidade os
da gleba resultante na zona de uso que contiver a sua empreendimentos a serem implantados em parcelamento
maior porção, devendo atender à seção I e II deste aprovado anteriormente a data de publicação desta Lei;
capítulo ao QUADRO 03 – MODALIDADES DE V - Excetuando-se os estacionamentos sobre pavimentos
PARCELAMENTOS. edificados, as áreas destinadas a estacionamentos
descobertos deverão ser arborizadas, segundo projeto
Seção V paisagístico próprio, e deverão ter, no mínimo, 70%
Do desmembramento (setenta por cento) da superfície constituída por elemento
Art. 83. Os desmembramentos de gleba deverão atender: permeável;
I - Ao estabelecido na seção I e II deste capítulo desta Lei, VI - As áreas transferidas ao Município não serão
com relação ao dimensionamento mínimo e máximo de computadas para fins de coeficiente de aproveitamento e
lotes; índice de ocupação estabelecidos para o local em que o
II - Ao estabelecido no QUADRO 03 – MODALIDADES DE empreendimento se localize;
PARCELAMENTOS desta Lei, com relação à transferência VII - Deverão observar as disposições desta Lei para o uso
de áreas à Municipalidade. misto, fruição pública e fachada ativa;
Art. 84. Serão admitidos desmembramentos em que o lote VIII - Deverão incluir medidas voltadas à sustentabilidade
resultante tenha área máxima de 2.000m² (dois mil metros ambiental e climática, na forma da regulamentação
quadrados), hipótese isenta de transferências de áreas específica, especialmente:
para a Municipalidade, vedado desmembramentos a) medição de consumo de água por unidade habitacional;
sucessivos cujo somatório da testada da gleba não supere b) central de resíduos com compartimento para coleta de
a testada máxima de 250,00m (duzentos e cinquenta lixo seletiva;
metros). c) plantio das áreas verdes comuns, dentro dos limites do
Art. 85. Será considerado divisão, o parcelamento de empreendimento;
gleba que resulte em glebas menores de 10ha, hipótese d) adoção de medidas e soluções para conforto térmico
isenta de transferências de áreas para a Municipalidade. nas edificações;
IX - As edificações que compõem as urbanizações
Seção VI integradas não poderão ser fisicamente individualizadas.
Do remembramento, desdobro de lotes e anexação Art. 90. As transferências de área à Municipalidade, na
Art. 86. É admitido remembramento de lotes localizados modalidade de urbanização integrada, poderão ser feitas
em zonas de usos distintos, procedendo ao da seguinte forma:
enquadramento do lote resultante na zona de uso que I - Da área de terreno a ser destinada para área verde, até
contiver sua maior porção. 50% (cinquenta por cento) poderá ser atendida por meio
Art. 87. É admitido o desdobro de lotes provenientes de de fruição pública, desde que obedecidos todos os
loteamentos ou desmembramentos aprovados, quando os requisitos estabelecidos nesta Lei, em especial a
lotes resultantes atenderem aos parâmetros das zonas em obrigatoriedade de abertura permanente da área de fruição
que se situem, atendendo à seção I e II deste capítulo ao e sem vedação de acesso.
QUADRO 03 – MODALIDADES DE PARCELAMENTOS Art. 91. Aplicam-se à urbanização integrada as condições
desta Lei. e/ou incentivos à ocupação estabelecidos nesta Lei.
Art. 88. Será considerada anexação quando o desdobro Art. 92. A disciplina de urbanização integrada de interesse
ou desmembramento de lotes ou glebas for realizado para social (URB-IS) está subordinada às seguintes exigências:

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I - A aprovação dos pedidos de realização do grande porte;


empreendimento com área de terreno superior a 50.000m² VI - Gerar oportunidades de trabalho e renda à população
(cinquenta mil metros quadrados) (5 ha) e deverá ser local, priorizando a contratação mediante uso dos
precedida de Consulta Prévia; cadastros e programas municipais;
II - O percentual a ser reservado para as áreas VII - incorporar medidas de sustentabilidade ambiental e
institucionais deverá atender ao QUADRO 03 – climática, especialmente aquelas constantes desta Lei;
MODALIDADES DE PARCELAMENTOS. VIII - promover o melhor aproveitamento da infraestrutura
III - O sistema viário da Urbanização deverá obedecer às urbana.
dimensões estabelecidas na subseção III deste capítulo Parágrafo único. Caberá a avaliação do órgão licenciador
desta Lei. quanto ao atendimento das propostas de reurbanizações
IV - O percentual a ser internamente reservado para áreas integradas aos parâmetros estabelecidos nesta Lei.
verdes e de lazer deverá atender a, no mínimo, 10% (dez
por cento) da área total do terreno, dentro do qual devem Seção IX
ser previstas áreas destinadas à recreação e lazer comum, Dos Condomínios de Lotes
nas seguintes proporções: Art. 94. O Condomínio de Lotes, observadas as
a) área coberta de pelo menos de 100,00m² (cem metros disposições da legislação federal, deverá atender às
quadrados) podendo ser fracionada em diversos seguintes disposições, cumulativamente:
equipamentos; I - Os empreendimentos que envolvam mais de uma
b) área descoberta com área de pelo menos 200m² categoria de uso atenderão às exigências específicas de
(duzentos metros quadrados), permitindo a inscrição de cada categoria;
círculo com raio mínimo de 10m (dez metros); II - Desobrigam-se das exigências relativas à transferência
V - O número de vagas de estacionamento deverá de áreas à Municipalidade os empreendimentos a serem
corresponder, no mínimo, uma vaga para cada unidade implantados em lotes, e aqueles implantados em glebas de
imobiliária; até 2ha;
VI - Poderá ser prevista área destinada a usos não III - Todas as áreas internas do condomínio de lotes serão
residenciais para apoio integrado ao uso residencial; privadas, contendo partes designadas de lotes que são
VII - as obras de infraestrutura deverão ter seu propriedade exclusiva e partes que são propriedade
dimensionamento estabelecido pelas concessionárias dos comum dos condôminos, observado o percentual mínimo
respectivos serviços e conter, no mínimo: de área comum de 15% (quinze por cento) da área total do
a) execução da abertura e pavimentação das vias, condomínio;
inclusive das destinadas a pedestres, garantindo IV - A manutenção das áreas privadas será de exclusiva
condições adequadas de acessibilidade da pessoa com responsabilidade dos condôminos;
deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e V - Ao estabelecido na seção IV do capítulo III e nos
vias; QUADRO 03 – MODALIDADES DE PARCELAMENTOS
b) sistema de drenagem de águas pluviais; desta Lei, com relação ao dimensionamento mínimo e
c) sistema de abastecimento de água potável; máximo de lotes e quadras;
d) esgotamento sanitário; VI - Ao estabelecido na subseção III deste capítulo, com
e) rede de iluminação e de energia elétrica; relação às exigências relativas a sistema viário;
f) locação das ruas e quadras; VII - Deverão observar as disposições desta Lei fruição
g) movimento de terra; pública, fachada ativa e limite de vedação;
h) assentamento dos meios-fios e implantação dos VIII - Deverão incluir medidas voltadas à sustentabilidade
passeios; ambiental e climática, na forma da regulamentação
i) fechamento das áreas institucionais; específica, especialmente:
j) muros de sustentação, quando necessários; a) medição de consumo de água por unidade habitacional;
k) outras obrigações constantes do TAC; b) central de resíduos com compartimento para coleta de
VIII - As edificações que compõem as urbanizações lixo seletiva;
integradas de interesse social não poderão ser c) plantio das áreas verdes comuns, dentro dos limites do
individualizadas. empreendimento;
Parágrafo único. A disciplina de urbanização integrada de d) adoção de medidas e soluções para conforto térmico
interesse social poderá ser regulamentada por decreto do nas edificações;
Poder Executivo para adequação aos parâmetros definidos Art. 95. A aprovação de Condomínios de Lotes em imóveis
na legislação federal. com área superior a 2ha é condicionada a transferência de
área ao Município conforme QUADRO 03 –
Seção VIII MODALIDADES DE PARCELAMENTOS desta Lei.
Da reurbanização integrada Parágrafo único. Nas áreas inseridas ou contíguas ao
Art. 93. A reurbanização integrada deverá atender a, pelo Corredor Ecológico da Orla, a área transferida à
menos, 02 (duas) das seguintes finalidades: Municipalidade será necessariamente em área contígua à
I - Estabelecer melhores condições de habitabilidade, faixa de praia, garantido o acesso por via pública ou faixa
salubridade e segurança; de fruição pública, vedado o seu fechamento.
II - Recuperar e manter o acervo arquitetônico antigo ou Art. 96. Desde que haja interesse público manifestado pelo
contemporâneo, desde que significativo; órgão competente, será admitida, mediante previsão no
III - Maximizar a utilização dos equipamentos urbanos TAC:
existentes na área, proporcionando uma maior I - A área transferida ao Município localizada fora da
produtividade social; poligonal do imóvel;
IV - Atender às necessidades da área, no que diz respeito II - A redução de até 50% (cinquenta por cento) da área
aos equipamentos de infraestrutura urbana e aos espaços transferida ao Município mediante compensação, com
e/ou edificações de usos institucionais; base no valor de mercado, em investimentos na
V - Viabilizar a implantação de equipamentos urbanos de infraestrutura municipal, a ser arcado pelo proprietário do

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imóvel no qual será implantado o Condomínio de Lotes, núcleos urbanos informais ocupados predominantemente
que poderão ser direcionados a um ou mais itens descritos por população de baixa renda, cuja renda familiar mensal
a seguir: seja igual ou inferior ao valor correspondente a três
a) construção ou reforma de equipamentos públicos em salários-mínimos vigentes;
locais indicados pelo ente municipal competente; II - REURB-E: destinada à regularização fundiária dos
b) implantação de projetos de reflorestamento ou núcleos urbanos informais ocupados por população não
recuperação de áreas ambientais degradadas no Município qualificada na hipótese de que trata o inciso I.
de Camaçari; §1º Na REURB, o Município priorizará o uso misto de
c) implantação de habitação de interesse social em local atividades como forma de promover a integração social e a
indicado pelo ente municipal competente; geração de emprego e renda no núcleo urbano informal
d) intervenções urbanísticas em áreas públicas, a exemplo regularizado.
de melhorias de praças e parques, implantação do §2º A regularização fundiária de núcleos urbanos informais
urbanismo tático em locais indicados pelo ente municipal constituídos por unidades imobiliárias não residenciais
competente; poderá ser realizada por qualquer uma das modalidades
e) financiamento de projetos de Regularização Fundiária de REURB, admitida a modalidade REURB-S apenas aos
Urbana em localidades indicadas pelo ente municipal usos institucionais sem fins lucrativos ou o
competente; desenvolvimento de atividade econômica organizada para
§1º Em garantia à execução da contrapartida estabelecida, a produção ou a circulação de bens ou de serviços por
o proprietário do imóvel no qual o Condomínio de Lotes ocupante cuja renda mensal de três salários-mínimos
será implantado se obriga a: vigentes.
a) dar, em hipoteca, imóveis com valor não inferior ao da §3º A classificação da modalidade da REURB de unidades
contrapartida estabelecida, a qual somente será liberada imobiliárias residenciais ou não residenciais integrantes de
após a verificação do cumprimento das obrigações núcleos urbanos informais poderá ser feita, de forma
assumidas, ou: integral, por partes, ou de forma isolada por unidade
b) efetuar caução em dinheiro, título da dívida pública imobiliária.
municipal ou fiança bancária, no valor da contrapartida §4º A classificação da modalidade visa exclusivamente à
estabelecida, a qual somente será liberada após a identificação dos responsáveis pela implantação ou
verificação do cumprimento das obrigações assumidas; adequação das obras da infraestrutura essencial e ao
Art. 97. Os Condomínios de Lotes podem ser cercados reconhecimento do direito à gratuidade das custas e dos
com muros ou cercas, observados as disposições emolumentos notariais e registrais em favor daqueles a
previstas nesta Lei. quem for atribuído o domínio das unidades imobiliárias
regularizadas.
CAPÍTULO V §5º No mesmo núcleo urbano informal poderá haver mais
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA de uma modalidade de REURB, desde que a parte
ocupada predominantemente por população de baixa
Art. 98. A Regularização Fundiária Urbana (REURB) é renda seja regularizada por meio de REURB-S, e o
conjunto de medidas jurídicas, urbanísticas, ambientais e restante do núcleo, por meio de REURB-E, conforme o
sociais destinadas à incorporação dos núcleos urbanos caso.
informais ao ordenamento territorial urbano e à titulação de §6º Fica autorizado o Poder Executivo Municipal a realizar
seus ocupantes, segundo as diretrizes gerais da Lei e aprovar os projetos do Programa de Regularização
Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017 e as Fundiária no âmbito do Município, observado o disposto na
regulamentações municipais definidas nesta Lei. Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017, e esta Lei,
Parágrafo único. O Município formulará e desenvolverá podendo ser dispensadas exigências relativas a percentual
no espaço urbano as políticas de sua competência de e a dimensões de áreas destinadas ao uso público, ao
acordo com os princípios de sustentabilidade econômica, tamanho dos lotes regularizados, assim como a outros
social e ambiental e ordenação territorial, buscando a parâmetros urbanísticos de parcelamento e urbanização,
ocupação do solo de maneira eficiente, combinando seu uso, ocupação do solo e edilícios definidos nas legislações
uso de forma funcional. urbanísticas municipais.
Art. 99. Constituem objetivos da REURB aqueles previstos §7º A regularização fundiária das glebas parceladas para
na legislação específica e no Plano Diretor, garantido o fins urbanos anteriormente a 19 de dezembro de 1979, que
direito aos interessados na participação no processo de não possuírem registro, ou glebas parceladas para fins
regularização fundiária. urbanos que, apesar de aprovadas pelo Poder Executivo
Art. 100. Por lei, o Poder Executivo Municipal criará taxa Municipal e/ou registradas nos respectivos Ofícios de
específica para recebimentos referente a REURB nos Registro de Imóveis, não foram executadas na forma da
casos que não atenda os critérios de gratuidade sua aprovação/registro, desde que esteja implantado e
estabelecidos nesta Lei, cujos recursos deverão ser integrado à cidade, poderão se valer de rito sumaríssimo
destinados a Fundo Municipal de Habitação de Interesse consistente na atestação municipal desta condição.
Social. §8º Ficam atestadas, por meio desta lei, como integradas à
Parágrafo único. Para os imóveis de uso filantrópico e cidade e como beneficiárias do rito sumaríssimo aquelas
religioso, devidamente constituído e declarados de áreas com inscrição de contribuinte imobiliário municipal
utilidade pública, é assegurado o direito à gratuidade na datadas anteriormente a 19 de dezembro de 1979,
regularização fundiária em favor da instituição. podendo, para tanto, proceder a sua regularização
diretamente no Ofício de Registro de Imóveis, com os
Seção I documentos técnicos exigidos em lei.
Das modalidades da REURB §9º Nos lotes de parcelamento ou edificações em que
Art. 101. A REURB compreende as seguintes tenha sido atendida a legislação vigente à época de sua
modalidades: implantação, ou já tenha sido realizada a sua
I - REURB-S: destinada à regularização fundiária dos regularização, bem como já possua a infraestrutura

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essencial implantada e para o qual não haja com o art. 53 e seguintes do Decreto Federal nº
compensações urbanísticas ou ambientais ou outras obras 9.310/2018.
e serviços a serem executados, mas que não tenha sido
possível realizar a titulação de seus ocupantes, adotar-se- Seção III
á o rito sumário em que constará da CRF que o núcleo Da Comissão de Regularização Fundiária Urbana do
urbano informal regularizado já possui a infraestrutura Município
essencial, e serão encaminhados ao Ofício de Registro de Art. 105. Será criada a Comissão de Regularização
Imóveis tão somente o instrumento indicativo do direito real Fundiária Urbana do Município, órgão colegiado que será
constituído, a listagem dos ocupantes que serão responsável pela orientação, avaliação, acompanhamento
beneficiados pela REURB e as suas qualificações, com a e validação dos expedientes referentes aos processos
indicação das respectivas unidades. administrativos da REURB no âmbito do Município de
Camaçari, com composição e regimento interno a serem
Subseção I definidos por ato do Poder Executivo Municipal.
REURB-S Art. 106. Competirá à Comissão as seguintes atribuições:
Art. 102. Terão gratuidade na REURB-S os ocupantes de I - Deliberar sobre as impugnações às condições de
imóveis com renda familiar mensal de até 03 (três) salários admissibilidade do requerimento dos legitimados;
-mínimos vigentes, conforme avaliação socioeconômica II - Deliberar sobre as impugnações nas notificações nos
realizada pelo órgão municipal competente, admitida a processos de REURB;
majoração fundamentada pelo Poder Executivo Municipal III - Aprovar as medidas mitigadoras, compensatórias e
do limite de renda até o quíntuplo do salário-mínimo potencializadoras propostas, caso sejam necessárias;
vigente ou outro patamar que venha a ser estabelecido IV - Dirimir dúvidas do responsável legal, responsável
pela legislação federal. técnico ou demais representantes de órgãos públicos,
Art. 103. Para efeito apenas de REURB-S, o requerimento sempre que solicitado;
da regularização fundiária ao oficial do cartório, pelo Poder V - Julgar os recursos apresentados no curso dos
Executivo Municipal, implicará a automática e irrevogável processos de REURB, em especial àqueles relativos à
conversão da CDRU ou CUEM, anteriormente concedida, admissibilidade do requerimento, classificação da
em Legitimação Fundiária. modalidade de REURB ou indeferimento de processos de
REURB.
Seção II §1º Os órgãos ou entidades municipais deverão, sempre
Núcleos Urbanos Informais que necessário e a partir do requerimento da Comissão,
Art. 104. Núcleo urbano informal é aquele clandestino, disponibilizar representantes técnicos para auxiliar na
irregular ou no qual não foi possível realizar, por qualquer análise de documentos e estudos específicos relativos aos
modo, a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a atos de sua competência.
legislação vigente à época de sua implantação ou §2º Para fins do disposto nos incisos deste artigo, a
regularização, sendo que as Zonas Especiais de Interesse Comissão poderá celebrar convênios ou outros
Social (ZEIS), indicadas no Plano Diretor de instrumentos congêneres, requerer estudos técnicos,
Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município de convidar representantes de outros órgãos ou entidades da
Camaçari (PDDU-S), são compreendidas, para efeitos de administração pública estadual e federal, bem como
aplicação de REURB, como núcleos urbanos informais concessionárias de serviço público, membros dos Poderes
consolidados, habitados predominantemente por Legislativo e Judiciário, associações de moradores de
população de baixa renda, comprovadamente existentes a bairros do entorno e proprietários de imóveis localizados
época da sua publicação. no núcleo urbano, associações de classe, entidades sem
§1º A REURB não ficará restrita às ZEIS identificadas no fins lucrativos ou instituições de ensino e pesquisa.
Plano Diretor, ficando o Poder Executivo Municipal Art. 107. Caberá à Procuradoria-Geral do Município o
encarregado da identificação de todas as áreas públicas competente assessoramento jurídico à Comissão de
ou privadas passíveis de serem incluídas no Programa de Regularização Fundiária Urbana do Município de
Regularização Fundiária Urbana que atendam aos Camaçari.
requisitos de caracterização como núcleos urbanos
informais a serem regularizados. Seção IV
I - Terão prioridade, no âmbito do REURB-S, as áreas que, Dos legitimados para requerer a REURB
cumulativamente, contarem com os mais baixos Índices de Art. 108. Poderão requerer a Regularização Fundiária
Desenvolvimento Humano (IDH) e os mais elevados Urbana:
índices de criminalidade, consoante os dados divulgados I - A União, os Estados, o Distrito Federal e o Município de
pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia. Camaçari, diretamente ou por meio de entidades da
§2º Para fins da REURB, ficam dispensadas a desafetação Administração Pública Indireta;
e as seguintes exigências: II - Os seus beneficiários, individual ou coletivamente,
I - Autorização legislativa para alienação de bens da diretamente ou por meio de cooperativas habitacionais,
administração pública direta, autárquica e fundacional, associações de moradores, fundações, organizações
conforme Art. 71 da Lei Federal nº 13.465/2017; sociais, organizações da sociedade civil de interesse
II - Avaliação prévia e licitação na modalidade de público ou outras associações civis que tenham por
concorrência. finalidade atividades nas áreas de desenvolvimento urbano
ou regularização fundiária urbana;
§3º O reconhecimento das edificações no âmbito da III - Os proprietários de imóveis, loteadores,
REURB-S, constantes das ZEIS definidas no Plano Diretor, incorporadores, ou herdeiros e sucessores dos
será feito por cadastro das respectivas edificações, nos proprietários;
termos do procedimento a ser definido por ato do Poder IV - A Defensoria Pública, em nome dos beneficiários
Executivo Municipal, observando-se as isenções previstas hipossuficientes; e
no art. 13, § 1º, da Lei Federal nº 13.465/2017, combinado V - O Ministério Público.

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§1º Os legitimados poderão promover todos os atos Art. 110. A REURB obedecerá às seguintes fases:
necessários à regularização fundiária, inclusive requerer os I - Requerimento dos legitimados;
atos de registro. II - Autuação do processamento administrativo, com
§2º Nos casos de parcelamento do solo por meio de abertura de procedimento autônomo para cada núcleo e
loteamento, desmembramento ou incorporação imobiliária abertura de prazo para manifestação dos titulares de
informal, empreendidos por particular, a conclusão da direitos reais sobre o imóvel e dos confrontantes;
REURB confere direito de regresso àqueles que III - Elaboração do projeto de regularização fundiária;
suportarem os seus custos e obrigações contra os IV - Saneamento do processo administrativo da REURB;
responsáveis pela implantação dos núcleos urbanos V - Decisão da autoridade competente mediante ato
informais. formal, ao qual se dará publicidade;
§3º O requerimento de instauração da REURB por VI - Expedição da Certidão de Regularização Fundiária -
proprietários de terreno, loteadores e incorporadores que CRF pelo Município; e
tenham dado causa à formação de núcleos urbanos VII - Registro da CRF e do Projeto de Regularização
informais, ou os seus sucessores, não os eximirá de Fundiária, aprovado pelo Município perante o Oficial do
responsabilidades administrativa, civil ou criminal. Cartório de Registro de Imóveis da Comarca.
§1º Ato do Poder Executivo Municipal disciplinará ao órgão
Seção V de habitação, o processamento, detalhamento de suas
Dos instrumentos da REURB fases e o procedimento da REURB, obedecidas às
premissas estabelecidas nesta Lei e na Lei Federal nº
Art. 109. Os seguintes institutos jurídicos poderão ser 13.465/2017.
empregados no âmbito da REURB, sem prejuízo de outros §2º No procedimento sumaríssimo o interessado requererá
considerados adequados: ao Oficial do Cartório de Registro de Imóveis a efetivação
I - A legitimação fundiária e a legitimação de posse; do registro do parcelamento, munido dos seguintes
II - A usucapião; documentos:
III - A desapropriação em favor dos possuidores; I - Planta da área em regularização, assinada pelo
IV - A arrecadação de bem vago; interessado responsável pela regularização e por
V - Condomínio urbano simples; profissional legalmente habilitado, acompanhada da
VI - Conjuntos habitacionais; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no
VII - Condomínio de lotes; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) ou
VIII - O consórcio imobiliário; de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) no
IX - A desapropriação por interesse social; Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), contendo o
X - O direito de preferência; perímetro da área a ser regularizada e as subdivisões das
XI - A transferência do direito de construir e, se for o caso, quadras, lotes e áreas públicas, com as dimensões e
outorga onerosa do direito de construir; numeração dos lotes, logradouros, espaços livres e outras
XII - A requisição, em caso de perigo público iminente; áreas com destinação específica, se for o caso,
XIII - A intervenção do Poder Público Municipal em dispensada a ART ou o RRT quando o responsável técnico
parcelamento clandestino ou irregular; for servidor ou empregado público;
XIV - A alienação de imóvel pela administração pública II - Memorial descritivo contendo a descrição técnica do
diretamente para o seu detentor, com dispensa de perímetro da área a ser regularizada, dos lotes, das áreas
licitação; públicas e de outras áreas com destinação específica,
XV - A concessão de uso especial para fins de moradia; quando for o caso;
XVI - A concessão de direito real de uso; III - Documento expedido pelo Poder Executivo Municipal,
XVII - A doação; atestando que o parcelamento foi implantado antes de 19
XVIII - A compra e venda; de dezembro de 1979 e está integrado à cidade, quando
XIX - A permuta com áreas de prioridade do Município de for o caso, ou inscrição de contribuinte imobiliário
Camaçari; municipal datadas anteriormente a 19 de dezembro de
XX - Auxílios financeiros aos ocupantes de boa-fé de 1979;
imóvel identificados e cadastrados em área pública dentro IV - Planta, memorial descritivo e demais documentos
da poligonal de intervenção de regularização fundiária, arquivados no Ofício de Registro de Imóveis e no
optando ou não pela realocação em novas unidades Município nos casos de parcelamento do solo autorizado e/
habitacionais; ou registrado e cuja implantação ocorreu sem observância
XXI - Demarcação urbanística; das determinações do ato administrativo de licença.
XXII - Celebração de convênios ou outros instrumentos §3º Aos concessionários de títulos de Concessão de
congêneres entre Poder Público Municipal e outros órgãos Direito Real de Uso (CDRU) e de Concessão de Uso
ou entidades da administração pública estadual e federal, Especial para Fins de Moradia (CUEM) será exigida a
bem como concessionárias de serviço público, membros apresentação do título correspondente.
dos Poderes Legislativo e Judiciário, associações de
moradores de bairros do entorno dos núcleos urbanos em Art. 111. Instaurada a REURB-S ou REURB-E de
exame, associações de classe, entidades sem fins interesse público, o órgão competente, para processá-la,
lucrativos ou instituições de ensino e pesquisa. deverá proceder às buscas necessárias, com a finalidade
Parágrafo único. Na REURB, poderão ser utilizados mais de determinar a titularidade do domínio dos imóveis onde
de um dos instrumentos previstos neste artigo, e outros está situado o núcleo urbano informal a ser regularizado.
instrumentos supervenientes ou não elencados, desde que §1º Caso algum dos imóveis atingidos ou confinantes não
observados os princípios da legalidade, impessoalidade, esteja matriculado, ou transcrito na serventia, o Município
moralidade, publicidade e eficiência. realizará diligências junto às serventias anteriormente
competentes, por meio da apresentação da planta do
Seção VI perímetro regularizado, a fim de que a sua situação jurídica
Do procedimento administrativo atual seja certificada, caso possível.

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§2º Fica dispensado o disposto neste artigo, caso sejam I - As áreas ocupadas, do sistema viário e das unidades
adotados os procedimentos da demarcação urbanística, imobiliárias, existentes ou projetadas;
prevista na Lei Federal nº 13.465/2017. II - As unidades imobiliárias a serem regularizadas, suas
§3º A regularização de glebas em que se verifique características, área, confrontações, localização, nome do
substancial heterogeneidade quanto à vulnerabilidade logradouro e número de sua designação cadastral, se
social, características ambientais, na origem e extensão houver;
das propriedades, o projeto proposto para a gleba poderá III - Quando for o caso, das quadras e suas subdivisões
ser realizado por etapas. em lotes ou as frações ideais vinculadas à unidade
regularizada;
Subseção I IV - Os logradouros, espaços livres, áreas destinadas a
Do projeto de regularização fundiária edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, quando
houver;
Art. 112. O projeto de regularização fundiária conterá, no V - Eventuais áreas já usucapidas;
mínimo: VI - As medidas de adequação para correção das
I - Levantamento planialtimétrico e cadastral, com desconformidades, quando necessárias;
georreferenciamento, de que trata o inciso I do caput do VII - As medidas de adequação da mobilidade,
art. 35 da Lei Federal nº 13.465, de 2017; acessibilidade, infraestrutura e relocação de edificações,
II - Planta do perímetro do núcleo urbano informal, com quando necessárias;
demonstração das matrículas ou das transcrições VIII - As obras de infraestrutura essencial, quando
atingidas, quando possível; necessárias;
III - Estudo preliminar das desconformidades e das IX - Outros requisitos que sejam definidos por ato do Poder
situações jurídica, urbanística e ambiental; Executivo Municipal, pessoa jurídica integrante da
IV - Projeto urbanístico; administração pública municipal ou órgão competente em
V - Memorial descritivo; processar a REURB.
VI - Proposta de soluções para questões ambientais, §1º Na REURB de parcelamentos do solo, as edificações
urbanísticas e de reassentamento dos ocupantes, quando já existentes nos lotes serão regularizadas de forma
for o caso; coletiva ou individual, desde que preenchidos requisitos
VII - Estudos técnicos especiais, ambientais e para mínimos de habitabilidade e segurança de seus habitantes
situação de risco, quando for o caso; e vizinhos, podendo ser descritas apenas em sua estrutura
VIII - Propostas de melhorias ambientais em relação à externa e área construída total.
situação de ocupação informal anterior, inclusive por meio §2º As áreas e unidades já tituladas constarão do Projeto
de compensações ambientais quando o núcleo urbano Urbanístico de Regularização Fundiária com a descrição
informal estiver localizado, total ou parcialmente, em área constante na matrícula ou na transcrição, devendo ser
de preservação permanente ou em área de unidade de averbada a nova descrição técnica georreferenciada.
conservação de uso sustentável, ou de proteção de §3º Para fins de REURB, considera-se infraestrutura
mananciais definidas pela União, Estados ou Municípios; essencial os seguintes equipamentos:
IX - Cronograma físico de serviços e implantação de obras I - Sistema de abastecimento de água potável, coletivo ou
de infraestrutura essencial, compensações urbanísticas, individual;
ambientais e outras, quando houver, definidas por ocasião II - Sistema de coleta e tratamento do esgotamento
da aprovação do projeto de regularização fundiária; e sanitário, coletivo ou individual;
X - Termo de compromisso, a ser assinado pelos III - Rede de energia elétrica;
responsáveis, públicos ou privados, para cumprimento do IV - Soluções de drenagem; e
cronograma físico, definido no inciso IX. V - Outros equipamentos a serem definidos pelo órgão
§1º A planta e o memorial descritivo serão assinados por competente identificados nos estudos técnicos.
profissional legalmente habilitado, dispensada a §4º A REURB poderá ser implementada por etapas e
apresentação da ART no Conselho Regional de abranger o núcleo urbano informal de forma total ou
Engenharia e Agronomia ou do RRT no Conselho de parcial.
Arquitetura e Urbanismo, quando o responsável técnico for §5º As obras de implantação da infraestrutura essencial,
servidor ou empregado público no exercício de suas de equipamentos comunitários e de melhoria habitacional
funções. e a sua manutenção poderão ser realizadas antes, durante
§2º O Projeto de Regularização Fundiária considerará as ou após a conclusão da REURB, conforme definido em
características da ocupação e da área ocupada para definir Termo de Compromisso.
parâmetros urbanísticos e ambientais específicos, além de §6º Na REURB-S, caberá ao órgão competente definir as
identificar os lotes, as vias de circulação e as áreas compensações urbanísticas ou ambientais, se for o caso, e
destinadas a uso público. a elaboração do cronograma físico e do termo de
§3º Na REURB-S, cabe à concessionária ou à compromisso acerca das obras de infraestrutura
Permissionária de Serviços Públicos, mediante provocação essenciais, equipamentos comunitários e de melhoria
do Município, a elaboração do cronograma físico de habitacional, bem como sua manutenção.
implantação da infraestrutura essencial e a assinatura do §7º O Poder Executivo Municipal poderá definir os
termo de compromisso para cumprimento do cronograma, requisitos e premissas para elaboração do cronograma
sendo certo que o referido cronograma não poderá físico de obras e serviços a serem realizados, sendo que
ultrapassar o prazo de 05 (cinco) anos para sua as obras de implantação de infraestrutura essencial, de
implantação ou início dos respectivos serviços. equipamentos comunitários e de melhoria habitacional,
bem como sua manutenção, poderão ser realizadas antes,
Subseção II durante ou após a conclusão da REURB-S.
Do Projeto Urbanístico §8º Os planos setoriais de infraestrutura elaborados
Art. 113. O Projeto Urbanístico de Regularização Fundiária diretamente ou por meio da administração pública indireta,
(PURF) indicará, no mínimo: ou por meio das concessionárias e permissionárias de

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serviços públicos, poderão ser incorporados para fins de geotécnicos, de inundações ou de outros riscos
cumprimento das obrigações previstas no §6º deste artigo. especificados em Lei, será elaborado estudo técnico
§9º O Poder Executivo Municipal definirá os requisitos para indicando a possibilidade de eliminação, correção ou
elaboração do projeto de regularização fundiária, no que administração de riscos na parcela afetada.
se refere aos desenhos, ao memorial descritivo e ao §1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, a
cronograma físico de obras e serviços a serem realizados, implantação das medidas indicadas no estudo técnico
se for o caso. realizado será condição indispensável à aprovação da
REURB.
Subseção III §2º O estudo técnico de que trata este artigo será
Do memorial descritivo elaborado por profissional legalmente habilitado,
Art. 114. O memorial descritivo do núcleo urbano informal dispensada a apresentação da ART, ou RRT, quando o
conterá, no mínimo: responsável técnico for servidor ou empregado público no
exercício de suas funções.
I - A descrição do perímetro do núcleo urbano, com §3º Os estudos técnicos previstos neste artigo aplicam-se
indicação resumida de suas características gerais; somente às parcelas dos núcleos urbanos informais
II - A descrição técnica das unidades imobiliárias, do situados nas áreas de risco, sendo que a parte do núcleo
sistema viário e das demais áreas públicas que urbano não inserida na área de risco e não afetada pelo
componham o núcleo urbano informal; estudo técnico poderá ter o seu projeto de regularização
III - A enumeração e a descrição dos equipamentos fundiária aprovado e levado a registro separadamente.
urbanos comunitários e dos prédios públicos existentes no
núcleo urbano informal e dos serviços públicos e de TÍTULO V
utilidade pública que integrarão o domínio público com o DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
registro da regularização; e
IV - Quando se tratar de condomínio, as descrições Seção I
técnicas, a especificação do condomínio e os demais Das Disposições Transitórias
elementos técnicos previstos na Lei nº 4.591, de 16 de
dezembro de 1964. Art. 117. Os procedimento e expedientes administrativos
§1º Poderá constar do memorial descritivo tão somente a protocolados anteriormente à data de entrada em vigor
descrição perimetral dos equipamentos urbanos desta Lei, referentes a solicitações de alvarás de
comunitários, dos prédios públicos existentes, das áreas construção para empreendimentos e licenciamento de
destinadas aos serviços públicos e de utilidade pública que atividades, assim como as análises de orientação prévia
integrarão o domínio público com o registro da vigentes e a solicitação de utilização dos instrumentos
regularização no núcleo urbano informal. serão analisados segundo as leis vigentes à época do seu
§2º No memorial descritivo deverá constar apenas lotes, ingresso.
podendo fazer constar a existência de edificações.
§3º Poderá constar do memorial descritivo tão somente os Parágrafo único. A pedido do interessado, os
pavimentos das edificações, sendo admitida, para fins de procedimentos e expedientes podem ser analisados
averbação na matrícula, a mera notícia, a requerimento do conforme as disposições deste Código Urbanístico.
interessado, para descrição dos cômodos de sua unidade Art. 118. As áreas que integrarão o perímetro urbano,
autônoma ou, no caso de condomínio urbano simples, das antes localizadas em áreas rurais, terão prazo de carência
partes comuns da edificação, dispensadas as exigências de 05 (cinco) anos para lançamento de: Imposto Predial
de descrições técnicas, a apresentação de Habite-se e de Territorial Urbano (IPTU), Contribuição para o Custeio do
certidões negativas de tributos e contribuições Serviço de Iluminação Pública (COSIP) e Taxa de Coleta,
previdenciárias. Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares
(TRSD).
Subseção IV §1º Também gozarão da mesma carência, contida no
Dos estudos técnicos especiais caput deste artigo, os imóveis que antes eram localizados
nas áreas contidas nas extintas Zonas de Proteção de
Art. 115. Será obrigatório estudo técnico ambiental para Interesse Paisagístico (ZPIP), conforme legislação
regularização dos núcleos urbanos informais situados nas tributária.
áreas de preservação permanente, nas unidades de §2º Este benefício, de que trata o parágrafo anterior, não
conservação de uso sustentável ou nas áreas de proteção se aplica a débitos tributários já lançados ou que sejam
de mananciais, sendo admitida a previsão de execução por devidos por contribuintes, antes da vigência desta Lei,
etapas. independentemente do motivo.
§1º Os estudos de que trata este artigo deverão ser
elaborados por profissional legalmente habilitado, estar Seção II
compatibilizados com o projeto de regularização fundiária e Das Disposições Finais
conter, conforme o caso, os elementos constantes dos Art.
64 ou Art. 65 da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, Art. 119. A Junta de Julgamento de Primeira Instância da
dispensada a apresentação da ART, ou de documento Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,
equivalente, quando o responsável técnico for servidor ou órgão vinculado ao Gabinete da Secretaria, instituída por
empregado público no exercício de suas funções. ato do Chefe do Poder Executivo, terá seu funcionamento
§2º A parte do núcleo urbano informal não afetada pelo definido em regimento interno.
estudo técnico ambiental poderá ter seu projeto de §1º Em primeira instância é competente para:
regularização fundiária aprovado e levado a registro I - Julgar os processos de fiscalização relativos às
separadamente. infrações de meio ambiente, planejamento urbano e de uso
Art. 116. Na REURB de área ou parcela de núcleos do solo;
urbanos informais situados em áreas de riscos II - Julgar as penalidades;

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III - Sugerir ao Órgão Executor medidas para Art. 122. O Órgão de Julgamento em segunda instância
aperfeiçoamento da fiscalização; terá a seguinte composição:
IV - Elaborar ou modificar o seu regimento interno, I - Presidente de Segunda Instância;
submetendo-o à aprovação do Chefe do Poder Executivo; II - 01 (um) membro da SEDUR especialista na matéria
V - Editar instruções normativas a pedido do Órgão relativa ao meio ambiente;
Executor. III - 01 (um) membro da SEDUR especialista na matéria de
planejamento urbano e uso do solo;
§2° Em instância única é competente para: IV - 01 (um) representante indicado ao Chefe do Poder
I - Opinar, por solicitação do Órgão Executor, sobre Executivo pelo CONCIDADE, para tratar das matérias
questões de fato em matéria de urbanismo e meio relativas a planejamento urbano e uso do solo;
ambiente; V - 01 (um) representante indicado ao Chefe do Poder
II - Analisar e emitir parecer sobre os empreendimentos de Executivo pelo COMAM, para tratar das matérias relativas
parcelamento do solo, bem como os projetos de maior ao meio ambiente.
complexidade, de situação controvertida ou omissa na §1º O Presidente, assim como os 02 (dois) membros
legislação. acima listados, seus respectivos suplentes, indicados pelo
§3º Os membros da Junta de Julgamento e respectivos Órgão Executor do Município e os representantes do
suplentes, escolhidos dentre servidores municipais ativos, CONCIDADE e COMAM, serão nomeados pelo Chefe do
com comprovada experiência em matéria de uso do solo, Poder Executivo através de Decreto Municipal.
planejamento urbano e meio ambiente, farão jus a jeton, §2º Os membros da Junta de Julgamento em segunda
na forma do regimento. instância exercerão mandato de 04 (quatro) anos,
§4º Nos julgamentos em primeira instância, haverá recurso facultada a recondução por igual período, com direito a
de ofício quando a decisão for contra a Administração jeton na seguinte configuração, exceto os representantes
Pública Municipal, nos casos em que a parte infratora seja do COMAM e CONCIDADE:
qualquer entidade que faça parte da estrutura a) Presidente e seu suplente no valor de 115,59 (cento e
administrativa municipal, como outras secretarias, quinze e cinquenta e nove) UFM - Unidade Fiscal
autarquias e órgãos colegiados. Municipal por sessão que comparecer;
b) Demais membros e seus respectivos suplentes no valor
Art. 120. A Junta de Julgamento de Primeira Instância da de 78,81 (setenta e oito e oitenta e um) UFM - Unidade
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Fiscal por sessão que comparecer.
tem a seguinte estrutura orgânica: §3º O pagamento de jeton será sempre proporcional ao
I - Presidência; número de sessões e a presença nestas, limitado a 04
II - Serviço de Administração; (quatro) sessões por mês, ainda que o número de sessões
III - Assessoria técnica. realizadas seja maior.
§1º A Junta de Julgamento em Primeira Instância terá a
composição a seguir, sendo todos os componentes Art. 123. Na edificação não conforme, serão admitidas
nomeados pelo Chefe do Poder Executivo e indicados pela reformas com ampliação de área construída, desde que o
Secretaria que trata do Planejamento Urbano e Ambiental coeficiente de aproveitamento máximo do lote não tenha
do Município, através de Decreto Municipal: sido ultrapassado e a ampliação pretendida não agrave a
a) 01 (um) Presidente; desconformidade da edificação.
b) 01 (um) membro indicado pela PGM (Procuradoria- §1º Nos casos em que a área de intervenção proposta na
Geral do Município); ampliação ultrapasse 50% (cinquenta por cento) da área
c) 06 (seis) membros, todos com seus respectivos construída existente, a intervenção será considerada obra
suplentes; nova, e deverão ser atendidos todos os parâmetros de
d) 02 (dois) Assistentes de apoio administrativo. ocupação previstos nesta Lei.
§2° A Junta de Julgamento será dirigida pelo Presidente, o §2º Nos casos em que a edificação existente não atenda
qual terá direito a voto apenas em caso de empate; aos recuos mínimos obrigatórios, as intervenções poderão
§3° Os membros da Junta de Julgamento exercerão manter o não atendimento a esses recuos desde que a
mandato de 04 (quatro) anos, facultada a recondução por área a ser ampliada se sobreponha às áreas de recuo já
igual período, com direito a jeton na seguinte configuração: ocupadas, de modo a não agravar a desconformidade
a) O Presidente e seu suplente no valor de 115,59 (cento e existente.
quinze e cinquenta e nove) UFM - Unidade Fiscal §3º Nas hipóteses de não conformidade situadas nas
Municipal por sessão que comparecer; áreas non aedificandi nos corredores ecológicos, somente
b) Demais membros e seus respectivos suplentes no valor será permitida a reforma sem qualquer ampliação de área
de 78,81 (setenta e oito e oitenta e um) UFM - Unidade construída.
Fiscal por sessão que comparecer; §4º Nos lotes integrantes de parcelamentos aprovados até
c) Os assistentes de apoio administrativo da Junta de 05 de outubro de 1989, a edificação em área situada em
Julgamento no valor de 15,5 (quinze vírgula cinco) UFM - corredores ecológicos dependerá de análise técnica de
Unidade Fiscal por sessão que comparecer. risco relacionado aos efeitos climáticos.
§4º O pagamento de jeton que trata o §3º deste artigo será
sempre proporcional ao número de sessões e a presença Art. 124. A Comissão Normativa da Legislação Urbanística
nestas, limitado a 10 (dez) sessões por mês, podendo e Ambiental (CONLUA), instituída pelo Plano Diretor, será
ocorrer até 03 (três) sessões extraordinárias. responsável por analisar casos transitórios, não previstos e
dirimir dúvidas na aplicação deste Código Urbanístico.
Art. 121. O Serviço de Administração da Junta de Parágrafo único. Compete à CONLUA emitir parecer
Julgamento é o órgão responsável pelo funcionamento técnico a intepretação de casos não previstos e dirimir
administrativo, dirigido pelo Presidente, com atribuições dúvidas na aplicação do Código Urbanístico, assim como
estabelecidas em regimento interno. das propostas de alteração desta Lei.

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Art. 125. Havendo a revisão do Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano Sustentável (PDDU-S), o
presente Código Urbanístico deverá ser revisado
concomitantemente.
II – ANEXO II (RELAÇÃO DOS QUADROS DO CÓDIGO
Art. 126. Esta Lei entrará em vigor 60 (sessenta) dias após URBANÍSTICO):
a sua publicação, revogadas as disposições em contrário,
especialmente as Leis Complementares Municipais nº a) QUADRO 01 – ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
913/2008, nº 1.687/2021 e Leis Ordinárias Municipais nº b) QUADRO 02 – GLOSSÁRIO
1.092/2010, nº 1.260/2012, nº 1.312/2013 e nº 1.596/2019. c) QUADRO 03 – MODALIDADES DE PARCELAMENTOS
d) QUADRO 04 – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
Art. 127. São Anexos integrantes desta Lei: VIÁRIO
e) QUADRO 05 – ENQUADRAMENTO DOS USOS
I – ANEXO I (RELAÇÃO DOS MAPAS DO CÓDIGO f) QUADRO 06 A – PARÂMETROS URBANÍSTICOS -
URBANÍSTICO): ZONAS - ZDC - ZOC – ZE - ZOUC - ZAICS - ZUE -
RURAL – ZPIC
a) MAPA 01 – MACROZONEAMENTO g) QUADRO 06 B – PARÂMETROS URBANÍSTICOS –
b) MAPA 02 – ZONEAMENTO CeLin
c) MAPA 03 – MACROÁREAS h) QUADRO 06 C – PARÂMETROS URBANÍSTICOS –
d) MAPA 04 – ZEIS ZEIS
e) MAPA 05 – CENTRALIDADE i) QUADRO 07 – PARÂMETROS DE INCOMODIDADE
f) MAPA 06.1 – HIERARQUIA VIÁRIA j) QUADRO 08 – VAGAS DE ESTACIONAMENTO
g) MAPA 06.2 – MOBILIDADE ATIVA k) QUADRO 09 A – FATORES DE PLANEJAMENTO
h) MAPA 06.3 – SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO l) QUADRO 09 B – FATORES DE INTERESSE SOCIAL
i) MAPA 07.1 – SAVAM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
j) MAPA 07.2 – SAVAM APRH - ÁREA DE PROTEÇÃO
DE RECURSOS HÍDRICOS GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
k) MAPA 07.3 – SAVAM ÁREAS DE RELEVANCIA CAMAÇARI, ESTADO DA BAHIA, EM 15 DE
AMBIENTAL E CULTURAL DEZEMBRO DE 2023.
l) MAPA 07.4 – SAVAM ÁREAS ESPECIALMENTE
PROTEGIDAS
m) MAPA 07.5 – SAVAM ÁREAS DE RISCO ANTÔNIO ELINALDO ARAÚJO DA SILVA
PREFEITO

I – ANEXO I (RELAÇÃO DOS MAPAS DO CÓDIGO


URBANÍSTICO)
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ANEXO II
QUADRO 01 - ABREVIATURAS E DESCRIÇÕES Área Non Aedificandi
Área sobre a qual não se admite intervenções e/ou edificações de qualquer natureza
(Ex.: Área de Preservação Permanente - APP, faixas de domínios de vias, dentre
outras).
ABREVIATURA DESCRIÇÃO Áreas que por suas condições fisiográficas, geológicas, hidrológicas, biológicas
Área de Preservação Perma-
e climatológicas formem um ecossistema de importância relevante para o ambien-
ACC Área Construída Computável nente (APP)
te natural, nos termos da legislação federal.
ACT Área Construída Total Categoria de área integrante do Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC), geralmente extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para o
Área de Proteção Ambiental
APA Área de Proteção Ambiental desenvolvimento sustentável e o bem-estar das populações humanas, e que
(APA)
tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o
APP Área de Preservação Permanente processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos
naturais.
CA Coeficiente de Aproveitamento
Área de terreno não edificável, compreendida entre as divisas do terreno e os
CDRU Concessão de Direito Real de Uso Área de Recuo
alinhamentos dos recuos.
CL Condomínio de Lotes Área de terreno suscetível de modificações em sua conformação original quando
Área de Solo Instável
submetida a agentes externos ou esforços diversos.
COMAM Conselho Municipal de Meio Ambiente
Região imediatamente afetada por um empreendimento ou intervenção, onde os
Área de Influência Direta (AID)
CONCIDADE Conselho Municipal da Cidade impactos são diretos, palpáveis e mensuráveis.
Comissão Normativa da Legislação Urbanística e Ambien- Zona mais ampla afetada de forma imediata pelo empreendimento ou intervenção,
CONLUA Área de Influência Indireta (AII)
tal onde os impactos são secundários ou decorrentes dos impactos diretos.
CRF Certidão de Regularização Fundiária Área de Uso Comum Condomi- Espaço da edificação ou do terreno, de natureza privada, destinado a utilização
nial coletiva de seus ocupantes.
CUEM Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia Parcela do terreno de natureza pública ou a transferida à Municipalidade para
Área Institucional
CV Ciclovia edificação de equipamentos públicos de uso comum.
Área de terreno objeto de parcelamento resultante da exclusão das áreas transferi-
EIV Estudo de Impacto de Vizinhança Área Líquida
das à Municipalidade.
ERB Estação Rádio Base
Área Livre Áreas públicas ou privadas sem qualquer tipo de edificação ou utilização.
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
Projeção horizontal da área construída coberta de todas as partes das edificações
IEC International Electrotechnical Commission Área Ocupada
existentes em um lote.
IO Índice de Ocupação Área Ocupada Para Efeito do Projeção horizontal da área construída de todas as partes cobertas das
Índice de Ocupação edificações existentes em um lote e construídas acima do nível do solo.
IP Índice de Permeabilidade
Área do terreno livre de pavimentação ou da projeção da edificação, inclusive do
International Organization for Standardization Área Permeável
ISO avanço do subsolo em relação a ela.
(Organização Internacional de Normalização)
Somatório das áreas de piso de uma edificação, excluídas as áreas correspondentes
MGB Metadados Geoespaciais do Brasil Área Útil
às paredes e pilares.
NBR Norma Técnica Brasileira Área livre, de natureza pública e caráter permanente, com vegetação natural ou
resultante de plantio, destinada a recreação, pratica de esporte e lazer e/ou proteção
ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Área Verde
ambiental, desde a data de registro do loteamento, passam a integrar o domínio do
ONG Organizações Não Governamentais Município nos termos da Lei 6766/79 e posteriores alterações.
Considera-se atividade, para os efeitos desta Lei, toda a ação ou manifestação
REURB Regularização Fundiária Urbana humana, da iniciativa de agentes públicos ou particulares, que estejam voltadas para
a residência, a produção de bens e mercadorias, a comercialização, a prestação de
TAC Termo de Acordo e Compromisso
serviços, a modificação do meio ambiente, a difusão e a consolidação de ideias,
Atividade
VA Via Arterial princípios e culturas, a saúde e o aperfeiçoamento físico-orgânico e que envolvam a
destinação, permanente ou temporária, de áreas de território do Município e das
VC Via Coletora edificações, bem como a associação de imagens e apropriação dessas áreas, de
maneira relacionada com aquelas ações ou manifestações.
VE Via Expressa
Atividades econômicas que têm como função específica a troca de bens ou merca-
VM Via Marginal Atividades Comerciais
dorias de qualquer natureza.
VP Via de Pedestre Aquelas relativas aos serviços urbanos de interesse público, tais como, saneamento
Atividades de Infraestrutura
básico, mobilidade urbana, energia e comunicação.
Atividades econômicas que têm como função específica a prestação de serviços de
Atividades de Serviços
QUADRO 02 - GLOSSÁRIO qualquer natureza.
Atividades voltadas para a extração ou a transformação de substâncias ou produtos
Atividades Industriais
TÍTULO DESCRIÇÃO em novos bens ou produtos, por meio de métodos mecânicos ou químicos.
Aquelas correspondentes às formas de morar, em caráter permanente, de pessoas
Possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autono- Atividades Residenciais
ou de grupo de pessoas.
mia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como Estacionamento de bicicleta de média ou longa duração, com grande número de
Acessibilidade vagas, controle de acesso, com visibilidade e sinalização, com gestão pública ou
de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de Bicicletário
uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou privada, preferencialmente coberto, vigiados e dotado de equipamentos como
com mobilidade reduzida. bombas de ar comprimido, telefone público, e eventualmente sanitários.
Parte da via normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circula-
Acesso Espaço físico utilizado para ingressar no local ou imóvel. Calçada ção de veículos, reservada ao trânsito de pedestre e, quando possível, à implanta-
ção de mobiliário urbano, sinalização e arborização.
Inclinação igual ou superior a 22% (vinte e dois por cento) considerada do alinha-
mento de gradil até a metade da profundidade do lote ou terreno, medida do ponto Espaço compreendido entre os bordos internos das pistas de rolamento, com tráfego
Aclive Canteiro Central
médio da testada. em sentidos opostos.
Espaço compreendido entre os bordos externos das Vias Expressas (VE) ou Via
Acréscimo ou Ampliação Obra que resulta no aumento da área construída total (ACT) da edificação existente. Canteiro Lateral
Arterial I (VA I) e o bordo interno da Via Marginal (VM).
Intensificação populacional e/ou de ocupação do solo numa determinada unidade ou Características Geomorfológi-
Adensamento Características físicas naturais do terreno, abrangendo a topografia e o tipo de solo.
porção de território. cas
Zona de uso que se desenvolve ao longo de uma via com o objetivo de incentivar a
Parte do pavimento de subsolo que, em decorrência da topografia do terreno, não
Afloramento Centralidade linear ocorrência de usos específicos, em especial aqueles voltados ao abastecimento e
fica enterrada e se mostra saliente em relação ao perfil do terreno.
comércio do local.
Linha divisória limite do lote ou terreno com logradouros públicos existentes ou Documento expedido pelo Executivo Municipal ao final do procedimento de desdo-
Alinhamento de Gradil
projetados. Certidão bro, desmembramento, amembramento, remembramento, demolição e demais
Linha delimitada pelo Município dentro do lote ou terreno, paralela a qualquer das serviços que necessitem de certificação formal.
Alinhamento de Recuo
divisas do lote, a partir da qual é permitida a edificação. Documento expedido pelo Executivo Municipal no qual certifica a conclusão de uma
Certidão de Edificação
Documento expedido pela Prefeitura para execução de obras especiais e/ou logra- determinada obra.
Alvará de Autorização
douros. Documento expedido pelo Executivo Municipal ao final do procedimento da REURB,
Alvará ou Termo de Conclusão Documento expedido pela Prefeitura reconhecendo o empreendimento em condi- constituído do projeto de regularização fundiária aprovado, do Termo de Compromis-
Certidão de Regularização
ou "Habite-se" ções de ser habitado. so relativo à sua execução e, no caso da legitimação fundiária e da legitimação de
Fundiária (CRF)
Documento expedido pela Prefeitura, assegurando a concessão do direito de posse, da listagem dos ocupantes do núcleo urbano informal regularizado, sua
Alvará de Licença qualificação destes e dos direitos reais que lhes foram conferidos.
construir.
Via destinada, única e exclusivamente, à circulação de biciclos e/ou de veículos não
É o fator externo do risco, representado pela possibilidade de que ocorra um fenô- Ciclovia (CV)
Ameaça motorizados equivalentes.
meno ou um evento adverso que possa gerar danos às pessoas ou em seu entorno.
Circulação Horizontal Espaço destinado ao deslocamento horizontal.
Amembramento Agrupamento ou junção de glebas não parceladas para constituição de nova gleba.

Quando o desdobro ou desmembramento de lotes ou glebas for realizado para fins Circulação Vertical Espaço destinado ao deslocamento entre diferentes níveis.
Anexação
de imediato remembramento ou amembramento em lotes ou glebas vizinhos.
É a relação entre a área total construída Computável (ACC) e a área total do terreno
Edificação ou conjunto de edificações constituída(s) de apartamentos, dotada(o) de
(AT), definida matematicamente por: CA = ACC/ AT, podendo ser: a) básico (CAB) –
unidade autônoma destinadas à prestação de serviços de hotelaria aos usuários, fator que define o potencial construtivo de um lote ou gleba, adotado como referên-
Apart Hotel/Flat
podendo ser constituídos de: recepção, lavanderia, restaurante, governança, cia básica para cada zona de uso e utilizado gratuitamente; b) máximo (CAM) – fator
vestiário, entre outros. Coeficiente de Aproveitamento
que define o limite máximo acima do potencial construtivo estabelecido pelo CAB, e
Somatório das áreas cobertas de todos os pavimentos de uma edificação, inclusive (CA)
que poderá ser autorizado pelo Poder Público, mediante contrapartida do beneficiá-
Área Construída Computável as ocupadas por paredes e pilares, excluídas as áreas de uso comum condominial rio, utilizando-se dos instrumentos de política urbana definidos no Plano Diretor; c)
(ACC) ou não, como circulações horizontais, verticais, garagens, casa de gás e lixo, mínimo (CAMIN) – Fator que define o limite abaixo do qual o imóvel poderá ser
subestação e serviços em geral. considerado subutilizado.
Somatório das áreas piso de todos os pavimentos de uma edificação, inclusive as Edificação ou conjunto de edificações e/ou instalações diversificadas nas quais se
Área Construída Total (ACT) Complexo Industrial
ocupadas por paredes e pilares. desenvolvem predominantemente atividades industriais.
Área de Carga e Descarga Espaço destinado aos veículos na atividade de carga e descarga. Grupo de instalações e equipamentos que oferecem variedade de serviços de
Complexo Turístico
turismo, gastronomia, hospedagem, atividades físicas e lazer.
Área de Embarque e Desem- Instrumento legal que confere a ocupantes de áreas urbanas informais a posse de
Espaço, coberto ou não, destinado ao embarque e desembarque de pessoas.
barque seus imóveis e reconhece seus direitos, desde que cumpram requisitos específicos e
Concessão de Uso Especial
Área de terreno em cujo perímetro se observam declividades iguais ou superiores a de acordo com as diretrizes estabelecidas em legislação municipal. Lei Federal nº
Área de Encosta 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), artigo 4º, inciso V, alíneas g, h.
45% (quarenta e cinco por cento).
Área de Influência de Estacio- Empreendimento aprovado pelo Município, resultante de parcelamento prévio,
Área utilizada para estacionamento e manobra de veículos formado por partes designadas de lotes, unidades autônomas imobiliárias, que são
namento Condomínio de Lotes (CL)
de propriedade exclusiva, e por partes que são propriedade comum dos condômi-
Área Edificável Área Líquida sob a qual se admite edificar. nos, com suas respectivas frações ideais, áreas comuns e vias de circulação interna.
Documento expedido pela Prefeitura, contendo um conjunto de informações e
Área que será objeto de parcelamento, incluindo a Área Líquida, as áreas de orientações, com a finalidade verificar a viabilidade do uso, definir previamente
Área Efetivamente Loteada Proteção Ambiental eventualmente incluídas na área a ser parcelada e as áreas a Consulta Prévia
diretrizes e parâmetros para a elaboração de projetos de parcelamento do solo e de
serem transferidas à municipalidade. empreendimentos geradores de impactos de tráfego, de vizinhança e ambientais.

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São obras civis construídas com a finalidade de prover estabilidade contra a ruptura
Contenções de maciços e que evitam o escorregamento causado pelo seu peso próprio ou por
carregamentos externos. Faixa compreendida entre os limites definidos para a implantação de
Valor em espécie a ser pago pelo beneficiário pela utilização mais permissiva do Faixa de Domínio de Vias uma via e de seus componentes, tendo como referência o seu eixo-
Contraprestação Financeira
solo, nos termos do Plano Diretor que integra o Fundo Municipal. diretriz.
Porção ecossistêmica utilizada para conectar fragmentos de vegetação ou Unidades
de Conservação inserida em ambientes antropizados ou separada por interferência
Corredor ecológico
humana com o objetivo de permitir a movimentação de fauna e flora possibilitando a Área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da
troca genética entre as espécies e proteção do meio ambiente. faixa subsequente de material detrítico, tal como areias, cascalhos,
Faixa de praia
Cota de Conforto
Relação entre área útil de uma unidade residencial e o número de habitantes dessa seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação natural
unidade. ou, em sua ausência, onde comece um outro ecossistema.
Processo através do qual se estabelece o perímetro de áreas do território para fins
Delimitação
de tributação, planejamento ou imposição de normas.
Procedimento destinado a identificar os imóveis públicos e privados abrangidos pelo
núcleo urbano informal e a obter a anuência dos respectivos titulares de direitos Faixa Lateral de Domínio Área definida a partir do bordo externo da via, destinada à
Demarcação urbanística inscritos na matrícula dos imóveis ocupados, culminando com averbação na matrícu- de Vias implantação de Via Marginal (VM) e outros componentes.
la destes imóveis da viabilidade da regularização fundiária, a ser promovida a critério
do Município.
É toda obra de construção civil que visa a derrubada total ou a retirada de Fração expressa de forma decimal ou ordinária, que representa a
Demolição algum elemento da edificação, podendo ser manual, mecanizada ou com uso de Fração Ideal Privativa parte ideal privativa do terreno e coisas de uso comum atribuídas à
explosivos.
unidade autônoma, sendo parte inseparável desta.
Densidade construtiva ou É o quociente entre a área edificada total de um determinado território e a sua
edificada superfície.
Densidade demográfica ou Corresponde à área livre externa ou interna às edificações,
É o quociente entre a população total de uma determinada região e a sua superfície.
populacional
localizada no pavimento térreo ou nos demais pavimentos de
Parcelamento de lote resultante de loteamento ou desmembramento aprovado, para
Desdobro acesso direto ao logradouro público, com conexão em nível ao
a formação de novo ou novos lotes. Fruição Pública
logradouro e demais espaços públicos sempre que o lote tiver frente
Desmatamento Supressão total ou parcial da vegetação existente de uma área. para mais de um logradouro público, destinada à circulação de pesso-
as, não sendo exclusiva de moradores ou usuários.
Subdivisão de gleba em outras glebas e/ou em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de
Desmembramento
novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplia-
ção dos já existentes. Divisa oposta à frente ou testada do terreno ou lote, exceto quando se
Direito conferido ao Poder Público de adquirir imóveis em determinadas situações, a
Fundo do Terreno ou Lote tratar de terreno ou lote de esquina, que se compõem apenas de
Direito de Preferência ou fim de direcionar o uso do solo de acordo com o interesse público, como a imple- frentes e divisas laterais.
Preempção mentação de projetos urbanos estratégicos. Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da
Cidade), artigo 25. Recurso orçamentário que tem como objetivo principal implementar
Fundo Municipal
Direito real que permite a uma pessoa o uso, gozo e disposição do solo, subsolo ou políticas e programas de urbanização.
espaço aéreo de imóvel alheio, por tempo determinado ou indeterminado, mediante
Direito de Superfície pagamento de um preço ou onerosidade, com a finalidade de edificação, exploração Fundo Municipal de Recurso orçamentário que tem como objetivo principal implementar
econômica, ou outro uso específico. Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da
Cidade), artigo 4º, Inciso V, alínea l.
Habitação de Interesse políticas e programas que promovam o acesso à moradia digna para a
Social população de baixa renda.
Divisa do Lote ou Terreno Linha que demarca os limites de um lote ou terreno.

Divisão de gleba em glebas menores desde que todas as glebas resultantes possu- Altura em metros da edificação, considerando a diferença entre a cota
Divisão de Gleba Gabarito de altura das
am área maior ou igual a 10ha. de nível do pavimento térreo e a da cobertura da última laje da edifica-
edificações
Pequena construção térrea, encostada em uma ou duas divisas, que não coincida ção, incluindo casas de máquinas e reservatórios superiores.
Edícula
com o alinhamento de gradil, para apoio à edificação principal.
Áreas cobertas destinadas à circulação, manobra e estacionamentos
Edificação não conforme Edificação existente que não atende a pelo menos um dos parâmetros urbanísticos. Garagem
de veículos.
Efluentes líquidos são compostos quase que em sua totalidade, cerca de 99%, por
água, mas para serem lançados ou disposto devem passar pelo adequado tratamen-
Efluentes líquidos
to para que assim os impactos sobre o meio ambiente sejam evitados ou minimiza-
Gleba Área de terra que não foi objeto de parcelamento.
dos.
Linha equidistante dos bordos externos da via, com orientação de sentido e definição
Eixo da Via
de início e fim, passando pelo canteiro central em caso de sistema viário binário.
Guarita Edícula destinada ao controle de acesso.
Revestimento ou material que permita permeabilidade de, pelo menos 70%, como
Elemento permeável deck de madeira, piso intertravado, revestimentos que garantam a permeabilidade
de pelo menos 90% conforme especificação técnica do fabricante. Aquela destinada ao atendimento habitacional das famílias de baixa
Toda e qualquer ação, pública ou privada, que importe ou tenha importado renda mensal de acordo com parâmetros definidos pelo Governo
Habitação de Interesse
Empreendimento em modificação, separação, delimitação e aproveitamento de qualquer parte do Federal, promovida pelo Poder Público ou com ele conveniada, tendo
Social (HIS)
território municipal. no máximo um sanitário e uma vaga de garagem, conforme definição
Empreendimento de Habita- Corresponde a uma edificação ou um conjunto de edificações, destinado total ou e índice de correção de valores previstos no PDDU-S
ção de Interesse Social parcialmente à Habitação de Interesse Social e usos complementares, conforme o
(EHIS) disposto em legislação específica.
São parcelamentos tipo desmembramentos, remembramentos e desdobros quando Enquadramento das vias que integram a rede viária municipal em
Hierarquização do siste-
necessários para possibilitar a implantação de empreendimentos de edificação, categorias definidas a partir de critérios funcionais e geométricos, de
Empreendimento Meio
aprovados de forma incidental no processamento de outras modalidades de parcela- ma viário
forma hierarquizada.
mento, urbanização ou edificações
Hotéis assim classificados pelas normas federais, Resorts, Parques Temáticos, Efeito, positivo ou negativo, resultante de uma ação ou conjunto de
Empreendimentos Turísticos Impacto ambiental
Centro de Convenções, Apart Hotel/Flat. ações sobre o ambiente.
Definição da relação de pertinência de áreas, empreendimentos, atividades e usos
Enquadramento nas categorias urbanísticas instituídas nesta Lei com fins exclusivos de aplicação Efeito, positivo ou negativo, resultante de uma ação ou conjunto de
dos controles de uso e ocupação do solo. Impacto de vizinhança
ações numa dada vizinhança.
Instalações públicas destinadas a atender às necessidades do modo de viva de uma
Equipamentos Comunitários
determinada comunidade.
Corresponde à quantidade de habitações existentes, porém carentes
Equipamentos Culturais
Edificações e espaços, públicos ou privados, destinados, ou frequentemente utiliza- Inadequação habitacional
dos, para a realização de atividades relacionadas à cultura. de regularização fundiária, ou seja, urbanística e jurídico-legal.
Instalações públicas ou privadas destinadas à prestação de serviços voltados ao
Equipamentos Sociais atendimento das necessidades básicas da população em saúde, educação, cultura, É a relação entre a área da projeção da edificação e a área total do
esportes, lazer e recreação, abastecimento e segurança. Índice de Ocupação (lO)
lote ou terreno em que está construída.
Instalações destinadas a prestação de serviços voltados ao turismo, lazer e ativida-
Equipamentos Turísticos
des relacionados à cultura. Índice de Permeabilidade É a relação entre a área permeável, que possibilita a absorção natural
Elementos físicos ou instalações públicas ou privadas dos serviços de abastecimen- (IP) de líquidos, e a área total do lote ou terreno.
to de água, de esgotos, energia elétrica, iluminação pública, comunicação, circula-
Equipamentos Urbanos
ção, transporte, gás canalizado, limpeza urbana e outras de apoio às necessidades
da comunidade atendida.
Expressões matemáticas pelas quais se definem e regulam as condi-
São imóveis subutilizados ou não edificados cujo aproveitamento é inferior ao Índices Urbanísticos
Espaços Subutilizados coeficiente de aproveitamento mínimo - CAMIN estabelecidos nesta lei para a zona ções de implantação das edificações no solo urbano.
de uso que estiverem inseridos.
Estudo prévio necessário para avaliar os impactos e interferências na área de Institutos jurídico-urbanísticos passíveis de serem utilizados para
influência de determinados empreendimentos e atividades, onde serão avaliadas as Instrumentos de Política
implementação da Política Urbana de acordo com o Plano Diretor
Estudo de Impacto de Vizi- alterações positivas ou negativas, nos aspectos econômicos, mobilidade, sociais e Urbana
nhança (EIV) ambientais, na área de influência do empreendimento, indicando a viabilidade ou aprovado por lei municipal.
não e medidas mitigadoras para obtenção das licenças ou autorizações, consideran-
do os aspectos relativos a mobilidade, sociais, econômicos e ambientais.
Instrumento tributário que prevê a cobrança gradualmente crescente
Fachada Face externa da edificação. do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) sobre propriedades
IPTU Progressivo no
É a fachada da edificação ocupada por uso não residencial, localizada no nível do subutilizadas ou não utilizadas, como medida para estimular o uso
Tempo
logradouro público, com acesso direto e abertura para o logradouro, a fim de evitar a eficiente do solo urbano. Constituição Federal de 1988, artigo 182, e
Fachada Ativa
formação de planos fechados, sem permeabilidade visual na interface entre as Lei Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), artigo 7º.
construções e o logradouro, de modo a dinamizar o passeio público.

Ato do Executivo Municipal destinado a conferir título, por meio do qual


fica reconhecida a posse de imóvel objeto da REURB, conversível em
Legitimação de posse aquisição de direito real de propriedade na forma desta Lei, com a
identificação de seus ocupantes, do tempo da ocupação e da natureza
da posse;

Mecanismo de reconhecimento da aquisição originária do direito real


Legitimação fundiária
de propriedade sobre unidade imobiliária objeto da REURB;

Limite de vedação do Limite da extensão do fechamento do lote com o logradouro público


terreno por anteparo vertical vedado.
Delimitação espacial do limite do espaço com o logradouro público ou
Lindeiro
outro elemento.

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Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
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Parâmetros de Ocupação São aqueles que tratam da forma como as edificações serão implanta-
Linha de costa traçada sobre o limite de vegetação baseado no Ortofo- do Solo das no lote ou mesmo da restrição a ocupação por construções.
Linha de costa
tomosaico 2022 de propriedade da PMC, acessível no Portal Geomais.

Parâmetros de Parcela- São aqueles que tratam da divisão de glebas e lotes em lotes menores
Espaço livre, de uso público, reconhecido pela municipalidade, desti- mento do Solo ou da junção de lotes em lotes maiores.
Logradouro Público
nado ao trânsito, tráfego, comunicação ou lazer.

Variáveis ou critérios, geralmente definidos mediante instrumento


Área de terra resultante do parcelamento do solo, com frente para legislativo, para a organização e controle do uso e ocupação do solo
logradouro público ou via particular, servido de infraestrutura básica Parâmetros Urbanísticos
Lote em áreas urbanasque regulam a forma, a natureza e a intensidade do
cujas dimensões atendam aos parâmetros desta lei conforme a zona uso e da ocupação do solo urbano.
em que se situe.

Subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura Qualquer divisão do solo, com ou sem abertura de logradouros públi-
Parcelamento do Solo
Loteamento de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamen- cos, de que resultem novas unidades imobiliárias (lotes).
to, modificação ou ampliação das vias existentes.

Loteamento de Interesse Aquele destinado à implantação de programas habitacionais federais É a área pública, dotada de atributos naturais parcialmente preserva-
Social de interesse social. dos, antropizados ou descaracterizados em relação às suas condições
Parque temático originais, parcial ou completamente urbanizada, destinada ao lazer
Porção territorial definida no PDDU-S, na qual incidem os objetivos, ativo e contemplativo, à prática de esportes e atividades recreativas e
diretrizes e estratégias de desenvolvimento urbano e socioeconômico culturais da população.
Macroárea
estabelecida para o período de vigência do plano, sendo a base
espacial para os objetivos e instrumentos da política urbana.
Equipamento privado ou público, dotada de elementos específicos,
Parque urbano destinado ao lazer ativo, à prática de esportes e atividades recreativas
Unidade espacial de estruturação do território definida no PDDU-S e culturais da população.
Macrozona
para fins de planejamento urbano.
Passagem Espaço físico utilizado para ingressar ou circular no local.
Local onde há descarga e concentração natural de água doce origina-
Manancial
da de lençóis subterrâneos e de águas superficiais. Parte do logradouro público destinado exclusivamente ao trânsito de
Passeio ou faixa livre
pedestres.
Pavimento que subdivide parcialmente um pavimento em dois, com
acesso interno entre eles, cuja projeção ocupe no máximo 50% Aquele constituído pelos saberes, vivências, formas de expressão,
Mezanino Patrimônio cultural imate- manifestações e práticas culturais, de natureza intangível, e os instru-
(cinquenta por cento) do pavimento que se situa, sendo aberto para o
ambiente do piso inferior. rial mentos, objetos, artefatos e lugares associados às práticas culturais
de uma comunidade.
Capacidade de locomoção de pessoas ou mercadorias no espaço da
Mobilidade urbana cidade, utilizando um ou mais modos de deslocamento em função de Pavimento Cada um dos planos de piso de uma edificação.
um ou mais motivos de viagem.
Pavimento que se encontra abaixo do nível do pavimento térreo da
Procedimento de reapresentação de peças gráficas, com Alvará em Pavimento de Subsolo
edificação.
vigor, que não implique em aumento de área construída total do
Modificação de projeto projeto aprovado, em percentual superior a 50% e/ou do número de
Aquele definido pelo projeto, cujo piso não fique a uma altura
unidades imobiliárias e/ou mudança do partido arquitetônico e/ou na
Pavimento Térreo maior que 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) em relação à
mudança de uso do empreendimento aprovado.
cota do meio-fio do logradouro no trecho de acesso à edificação.
Alteração de eixos, faixas de domínio e traçado em planta e/ou perfil,
Modificações de Vias envolvendo a modificação física das áreas delimitadas ou demarcadas Pé direito Altura vertical livre entre o piso e o teto de um compartimento.
pelos traçados originais.

Disposição dos elementos naturais que compõem a estrutura física de Peça gráfica Desenho técnico representativo de projeto.
Morfologia do terreno
um assentamento urbano.

Muro divisório Elemento físico que separa duas unidades imobiliárias. Projeto do sistema viário que define as características físicas e opera-
cionais de uma via, envolvendo estudos de tráfego e compreendendo
a concepção gráfica e operacional de interseções, ramos, canalização
Fixação da cota de implantação de uma construção nos seus limites Plano Funcional de fluxos de tráfego e de pedestres, obras de arte (viadutos, pontes e
Nivelamento
com o espaço público. passarelas), apresentando o funcionamento completo do sistema de
Assentamento humano, com uso e características urbanas, constituído circulação viária, indicando o número de faixas, sentidos de tráfego e
por unidades imobiliárias de área inferior à fração mínima de parcela- informações básicas sobre estacionamentos e transportes coletivos.
Núcleo urbano mento prevista na Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, indepen-
dentemente da propriedade do solo, ainda que situado em área qualifi- Faixa horizontal (muro ou grade) que contorna a cobertura ou a parte
cada ou inscrita como rural. Platibanda
superior de uma edificação.
Aquele clandestino, irregular ou no qual não foi possível realizar, por
Núcleo urbano informal qualquer modo, a titulação de seus ocupantes, ainda que atendida a Empreendimento ou atividade que pela sua capacidade de atração de
legislação vigente à época de sua implantação ou regularização. Polo Gerador de Tráfego viagens e seu nível de abrangência gera interferências no tráfego do
(PGT) entorno, demandando projetos de inserção urbana diferenciados para
sua implantação.
Aquele de difícil reversão, considerados o tempo da ocupação, a
Núcleo urbano informal natureza das edificações, a localização das vias de circulação e a
consolidado presença de equipamentos públicos, entre outras circunstâncias a Produto resultante da multiplicação da área do terreno ou lote pelo
serem avaliadas pelo Município. Potencial Construtivo Coeficiente de Aproveitamento Básico ou Máximo permitido na zona
onde se situe.

Conjunto de procedimentos técnicos relativos à execução de empreen-


Obra dimentos e serviços, implantação de equipamentos e instalações Conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção,
definidos em projetos e memoriais descritivos. no longo prazo, das espécies, habitats e ecossistemas, além da
Preservação ambiental
manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos
sistemas naturais.
Obra de caráter urgente, essenciais à garantia das condições de
Obra de emergência
estabilidade, segurança e/ou salubridade do imóvel. Compreende as ações destinadas a eliminar ou reduzir o risco, evitan-
Prevenção dos riscos do a apresentação do evento ou impedindo os danos, por exemplo, ao
evitar ou limitar a exposição do sujeito à ameaça.
Ocupação do Solo Toda e qualquer ação de apropriação do espaço urbano.
É a distância medida entre o alinhamento do lote e uma linha paralela
Profundidade do Lote a este, que passa pelo ponto mais distante do lote em relação ao
Aquele que mantém poder de fato sobre lote ou fração ideal de terras alinhamento.
Ocupante
públicas ou privadas em núcleos urbanos informais.
Porção de terra delimitada total ou parcialmente por vias oficiais de
Quadra circulação ou demais logradouros públicos ou vias privadas, servidões
ou área de fruição pública.
Instrumento de intervenção urbanística que envolve um consórcio
público ou privado com o objetivo de promover a requalificação e
Operação Urbana Con- Parcela do aproveitamento do potencial construtivo em empreendi-
transformação de áreas urbanas, incluindo melhorias infraestruturais,
sorciada Quota de Solidariedade mentos imobiliários destinada à execução de obras e serviços públicos
preservação ambiental e desenvolvimento imobiliário. Lei Federal nº
10.257/2001 (Estatuto da Cidade), artigos 32 a 34. ou ao financiamento de habitação de interesse social.

Área de circulação que interliga vias, ou uma via e uma edificação, ou


Ordenamento do Uso e Intervenção do Poder Público visando orientar e disciplinar a implanta- espaços de uma mesma edificação situados em níveis diferenciados,
da Ocupação do Solo ção de atividades e empreendimentos no território do Município. Rampa para circulação de veículos ou pedestres, observando a inclinação
máxima prevista em NRB para acessibilidade de pedestres e pessoas
com deficiência e de 18% (dezoito por cento) para veículos.

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Dados: 2023.12.15 17:17:24 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
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Obra destinada à recuperação e recomposição de uma edificação, Retirada de parcela de vegetação de um imóvel, devidamente autorizada
Reconstrução motivada pela ocorrência de incêndio ou outro sinistro, mantendo-se pelo órgão de Meio Ambiente competente, para fins de Parcelamento do Solo,
as características anteriores. Supressão de vegetação construção de edificações, execução de obras de infraestrutura, mediante avaliação
do impacto ambiental, com condicionantes e medidas compensatórias, preferencial-
mente na mesma propriedade.
Distância medida em projeção horizontal entre as partes mais avança-
Recuo da Edificação
das da edificação e as divisas do terreno. Terraplenagem ou Terraplana-
É o ato ou efeito de deixar um terreno plano e/ou com platôs bem definidos, através
da escavação de terrenos mais elevados, remoção de quantidade de terra ou
gem
Qualquer obra que altere a configuração interna ou externa da edifica- enchimento de depressões.
Reforma
ção, com ou sem aumento de sua área construída.
Testada ou Frente do Terreno
Divisa do lote ou terreno lindeira ao logradouro que lhe dá acesso.
Processo pelo qual áreas deterioradas ou subutilizadas dotadas de ou do Lote
infraestrutura são afetadas por intervenções nos espaços privados ou
Regeneração Urbana Mecanismo pelo qual o proprietário de um imóvel pode transferir parte do seu
públicos, visando à transformação urbanística com qualidade ambien-
Transferência do Direito de potencial construtivo para outra área, visando incentivar o adensamento em áreas
tal, considerando os aspectos sociais inerentes. Construir específicas ou preservar áreas de interesse cultural e ambiental. Lei Federal nº
10.257/2001 (Estatuto da Cidade), artigo 35.
Programa de Regularização Fundiária Urbana – instituída pela Lei
Regularização Fundiária Unidade individual e de uso exclusivo destinada à utilização pelo hóspede, para seu
Federal 13.465 de 11 de julho de 2017 e regulamentado pelo Decreto Unidade de Hospedagem
Urbana (REURB) bem-estar, higiene e repouso.
9.310/2018 de 15 de março de 2018.
Espaço de uso privativo constituído por compartimento ou conjunto de compartimen-
Unidade Habitacional
Regularização Fundiária Destinada à regularização fundiária dos núcleos urbanos informais tos destinados à moradia.
Urbana Especial (REURB ocupados por população não qualificada na REURB-S. (Lei Comple-
-E) mentar nº 074/2020). Porção do solo ou da edificação individualizada e/ou autônoma quanto às condições
Unidade Imobiliária
de uso e de comercialização.
Destinada à regularização fundiária das glebas parceladas para fins São espaços territoriais com características naturais relevantes, legalmente instituí-
Regularização Fundiária urbanos anteriormente a 19 de dezembro de 1979, que não possuírem dos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob
Unidades de Conservação
regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de
Urbana Inominada registro, podendo ter a sua situação jurídica regularizada mediante o proteção.
(REURB-I) registro do parcelamento, desde que esteja implantado e integrado à
cidade. Processo de incorporação de áreas ao tecido urbano, seja por meio da criação de
Urbanização
unidades imobiliárias ou da implantação de sistemas e instalações de infraestrutura.
Destinada à regularização fundiária dos núcleos urbanos informais Empreendimento de urbanização do qual resulta a criação de unidades
Regularização Fundiária
ocupados predominantemente por população de baixa renda, cuja Urbanização Integrada imobiliárias edificadas, contendo a necessária infraestrutura de equipamentos
Urbana Social (REURB-
renda familiar mensal seja igual ou inferior ao valor correspondente a comunitários e urbanos.
S)
cinco salários-mínimos vigentes. Empreendimento de urbanização do qual resulta a criação de unidades
Urbanização Integrada de imobiliárias edificadas, contendo a necessária infraestrutura de equipamentos
Relatório de Impacto de Interesse Social comunitários e urbanos, e contemplando assentamentos para a população de
Relatório do Estudo de Impacto de Vizinhança.
Vizinhança (RIV) baixa renda.

Estudo específico exigido pelo Poder Público para empreendimentos Toda ação humana que implique em dominação, apropriação ou utilização de um
Uso do Solo
espaço ou terreno.
considerados Polos Geradores de Tráfego, com o objetivo de
conhecer, avaliar, quantificar e delimitar o alcance dos impactos Aquele que se configura pelo exercício concomitante de duas ou mais atividades de
Relatório de Impacto no Uso Misto
da implantação do empreendimento no sistema viário, especialmente naturezas distintas em um mesmo empreendimento ou em um mesmo lote.
Trânsito (RIT)
no que diz respeito ao trânsito de veículos e pedestres, e determinar
as medidas mitigadoras necessárias para garantir a qualidade da Qualquer uso não destinado à moradia, tal como, atividades comerciais, de serviços,
Uso Não Residencial
industriais, institucionais ou de infraestrutura.
circulação urbana no local.

Modificação total ou parcial de loteamento que implique em alterações Uso Residencial Aquele destinado à moradia de um indivíduo ou grupo de indivíduos.
Reloteamento no viário existente e em nova distribuição das áreas resultantes sob a
forma de lotes ou frações ideais. Uso Residencial Pluriresidenci-
Mais de uma unidade imobiliária residencial em um mesmo lote.
al
Reagrupamento de dois ou mais lotes para a formação de novo ou
Remembramento
novos lotes.
Uso Residencial Uniresidencial Uma única unidade imobiliária residencial em um lote.
Obras destinadas, exclusivamente, a conservar a edificação e que não
Reparos Gerais impliquem na alteração das dimensões dos espaços ou na sua confi- Manejo do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos naturais
guração estética. Uso sustentável renováveis, dos processos e demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa
e economicamente viável.
Ação ou conjunto de ações visando conduzir um determinado espaço Modelo de rede de infraestrutura urbana compartilhada, que engloba todos os dutos
Requalificação urbana
a um novo padrão de qualidade urbana. e cabos em uma vala única subterrânea, utilizando conceitos relacionados a ordena-
Vala técnica multiuso mento, cadastro urbano, sustentabilidade e segurança, substituindo a implantação
individualizada de redes de abastecimento de água, energia elétrica, telecomunica-
Limitações quantitativas ou qualitativas impostas à realização dos ções, rede de dados, fibra ótica e gás natural, entre outras.
Restrições de Uso e
empreendimentos ou ao exercício das atividades que configuram o
Ocupação do Solo Via destinada à interligação de diversas regiões do Município, promovendo
uso e a ocupação do solo. ligações intraurbanas de média distância, articulando-se com as vias expressas e
com outras arteriais, contando, obrigatoriamente, com faixas segregadas para o
É o processo de requalificação e revitalização de antigos edifícios, Via Arterial (VA) transporte coletivo, que terão prioridade sobre qualquer outro uso projetado ou
aumentando sua vida útil, usando tecnologias avançadas em siste- existente na área destinada à sua implantação. Classifica-se como Arterial I
Retrofit mas prediais e materiais modernos, observando as restrições (VA I) ou Arterial II (VA II), segundo suas características funcionais e geométri-
cas.
urbanísticas e edilícias, em especial, às referentes à preservação do
patrimônio histórico e arquitetônico.
Via cuja função é coletar e distribuir os volumes de tráfego local e de passagem em
Via Coletora (VC)
REURB Regularização Fundiária Urbana. percursos entre bairros e no seu interior.

Processo pelo qual uma área urbanizada sofre modificações que


Reurbanização substituem, total ou parcialmente, suas primitivas estruturas físicas
Espaço destinado à circulação de veículos e/ou pedestres, sendo que: a) via
e urbanísticas. Via de Circulação particular – é aquela de propriedade privada, mesmo que aberta ao uso público; b)
via oficial (ou pública) – é a via de uso público reconhecida como tal pela Prefeitura.
Processo de reurbanização, intencional e controlado, por meio do
qual as primitivas estruturas físicas e urbanísticas de uma área são
Reurbanização Integrada
substituídas por estruturas novas, preservando-se, porém, os valores
de natureza sociocultural do assentamento. Via de Circulação Interna Via localizada na parte interna do empreendimento.

Tipo de revestimento aplicado sobre o solo que permite a infiltração de


Revestimento Permeável pelo menos das águas com permeabilidade mínima de 90% (noventa Via exclusiva para pedestres, admitindo-se ciclovias, onde não é permitida a circula-
Via de pedestre e/ou de
por cento). transporte não motorizado (VP)
ção de veículos automotores, exceto em casos e/ou horários especiais, pré-
autorizados pelo órgão de gestão do trânsito, para garantir os acessos locais.
Compreende o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drena-
Saneamento básico gem/manejo de águas pluviais, e a limpeza urbana/manejo de resí- Via de ligação entre o sistema rodoviário interurbano e o sistema viário urbano,
duos sólidos. constituindo-se no sistema de penetração urbana no Município e admitindo, em pista
Via Expressa (VE)
marginal segregada ou pistas totalmente segregadas do tráfego geral, a circulação
Sistema de enquadramento e regulamentação em categorias, que do transporte coletivo.
compreende as áreas que contribuem de forma determinante para a
qualidade ambiental urbana. Compreende o conjunto de espaços
públicos ou privados destinados ao cultivo, preservação e manejo de Via utilizada estritamente para o tráfego local, com a função de dar acesso às
Via Local (VL)
vegetação em áreas urbanas ou rurais. As áreas verdes têm um papel moradias e às demais atividades urbanas.
fundamental para o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas,
Sistema de Áreas Ver-
uma vez que oferecem diversos benefícios, como a melhoria do ar, a
des
absorção de água de chuva, a redução da temperatura e a promoção Via Marginal (VM)
Via com função complementar ao sistema de vias expressas e arteriais, que se
da biodiversidade. A gestão desses espaços pode envolver o plantio e desenvolve paralela a estas, possibilitando o acesso às propriedades lindeiras.
a manutenção de árvores, arbustos e outras plantas, a limpeza e a
conservação da área, a instalação de equipamentos e mobiliário
urbano, além de programas de educação ambiental e de lazer para a Vistoria
Diligencia efetuada pela Prefeitura, tendo, por fim, verificar as condições de uma
população. obra ou de uma edificação habitada ou não.
Aquele composto pelas vias coletoras I e II, e vias locais, com a
Sistema Viário Comple-
função a ligação entre o sistema viário estrutural e as demais vias do
mentar Divisões do território estabelecidas e delimitadas por Lei, para as quais são atribuí-
Município.
Zona de Uso das, as permissões e restrições de uso e de ocupação do solo, visando o ordena-
Aquele composto pelas vias expressas e arteriais I e II, e vias margi- mento geral do assentamento do Município.
Sistema Viário Estrutural nais, que proporcionam os deslocamentos de médio e longo percurso,
inter e intraurbanos. Instrumento de planejamento urbano utilizado para delimitar territórios com o objetivo
Solo não construído e sem revestimentos, ou apenas com revesti- de caracterizá-los, definir estratégias e diretrizes de desenvolvimento urbano e
Solo Natural Zoneamento
mento vegetal, que possibilita a infiltração natural das águas. ambiental ou ainda incidir regras diferenciadas para parcelamento, uso e ocupa-
ção do solo.
Pavimento ou pavimentos situados imediatamente abaixo do pavimen-
Subsolo
to térreo.

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Dados: 2023.12.15 17:17:51 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 37 de 51

QUADRO 03 - MODALIDADES DE PARCELAMENTO DO SOLO

PARCELAMENTO DO SOLO

TERMO DE
ÁREA E COMPRI- CONSULTA
TIPO DE DIVISÃO / FRAÇÃO ACORDO E
GLEBA MÍNI- TESTADA MIN/ MENTO MÁXIMO ÁREA TRANSFERIDA PRÉVIA
PARCELAMENTO DO LOTE MÍNIMO IDEAL PRIVA- COMPROMISSO
MA MAX DA QUADRA (lote AO MUNICÍPIO (a) OBRIGATÓ-
SOLO TIVA MÍNIMA (TAC) OBRIGA-
máximo) RIA
TÓRIO
NÃO SE NÃO SE
DIVISÃO DE GLEBA 10ha NÃO SE APLICA NÃO SE APLICA SEM DOAÇÃO NÃO NÃO
APLICA APLICA
NÃO SE CONFORME NÃO SE CONFORME 20% DA ÁREA DES-
DESMEMBRAMENTO (h) 16ha/400m (e) NÃO NÃO
APLICA ZONA APLICA ZONA/400m MEMBRADA (c)
NÃO SE CONFORME NÃO SE
AMEMBRAMENTO (h) CONFORME ZONA NÃO SE APLICA NÃO SE APLICA NÃO NÃO
APLICA ZONA APLICA
NÃO SE CONFORME NÃO SE
DESDOBRO (h) CONFORME ZONA NÃO SE APLICA NÃO SE APLICA NÃO NÃO
APLICA ZONA APLICA
NÃO SE CONFORME NÃO SE
REMEMBRAMENTO (h) CONFORME ZONA 16ha/400m (e) NÃO SE APLICA NÃO NÃO
APLICA ZONA APLICA
LOTEAMENTO CONVEN- NÃO SE CONFORME NÃO SE 35% ÁREA TOTAL
CONFORME ZONA 400m SIM SIM
CIONAL APLICA ZONA APLICA LOTEADA
30% ÁREA TOTAL DO
LOTEAMENTO DE INTE- NÃO SE NÃO SE 5m/NÃO SE APLI- EMPREENDIMENTO
125m² 300m SIM SIM
RESSE SOCIAL APLICA APLICA CA OU CONTRAPARTIDA
SOCIAL(b)
10% ÁREA TOTAL DO
NÃO SE CONFORME CONFORME CONFORME EMPREENDIMENTO
CONDOMÍNIO DE LOTES 400.000m²/500m (f) SIM SIM
APLICA ZONA ZONA ZONA/500m OU CONTRAPARTIDA
SOCIAL (g)
URBANIZAÇÃO INTE- NÃO SE CONFORME NÃO SE 15% ÁREA TOTAL DO
CONFORME ZONA 500m SIM SIM
GRADA CONVENCIONAL APLICA ZONA APLICA EMPREENDIMENTO (i)
URBANIZAÇÃO INTE-
NÃO SE NÃO SE CONFORME 20% AREA TOTAL DO
GRADA DE INTERESSE 125m² 200m SIM SIM
APLICA APLICA ZONA/500m EMPREENDIMENTO
SOCIAL

PERCENTUAIS MÍNIMOS DAS ÁREAS DO LOTE OU GLEBA A SER TRANSFERIDA PARA O MUNICÍPIO E GARANTIAS

GARANTIA PARA
TOTAL DE ÁREA
EXECUÇÃO DAS
TIPO DE PARCELA- Áreas verdes Áreas institu- Sistema TRANSFERIDA
OBRAS DE IN- OBSERVAÇÕES
MENTO DO SOLO e de lazer cionais viário AO MUNICÍPIO
FRAESTRUTURA
(MÍNIMO)
(%)
20% ÁREA TOTAL Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
NÃO SE
DESMEMBRAMENTO 5% 15% (d) DESMEMBRADA NÃO SE APLICA compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão de
APLICA
(c) planejamento.
35% ÁREA TOTAL Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
LOTEAMENTO CON- O QUE
15% 10% (d) DO EMPREENDI- 30% DOS LOTES compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão de
VENCIONAL COUBER
MENTO planejamento.
30% ÁREA TOTAL
DO EMPREENDI- Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
LOTEAMENTO DE O QUE
15% 10% (d) MENTO OU 30% DOS LOTES compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão de
INTERESSE SOCIAL COUBER
CONTRAPARTIDA planejamento.
SOCIAL(b)
10% ÁREA TOTAL
DO EMPREENDI- Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
CONDOMÍNIO DE NÃO SE
5% 5% (d) MENTO OU NÃO SE APLICA compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão de
LOTES APLICA
CONTRAPARTIDA planejamento
SOCIAL (g)

PERCENTUAIS MÍNIMOS DAS ÁREAS DO LOTE OU GLEBA A SER TRANSFERIDA PARA O MUNICÍPIO E GARANTIAS
GARANTIA PARA
TOTAL DE ÁREA
EXECUÇÃO DAS
TIPO DE PARCELA- Áreas verdes Áreas institu- Sistema TRANSFERIDA
OBRAS DE IN- OBSERVAÇÕES
MENTO DO SOLO e de lazer cionais viário AO MUNICÍPIO
FRAESTRUTURA
(MÍNIMO)
(%)
URBANIZAÇÃO INTE- 15% ÁREA TOTAL Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
NÃO SE
GRADA CONVENCIO- 10% 5% (d) DO EMPREENDI- NÃO SE APLICA compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão
APLICA
NAL MENTO (i) de planejamento
URBANIZAÇÃO INTE- 20% ÁREA TOTAL Os percentuais de transferência de área pública poderão ser
NÃO SE
GRADA DE INTERESSE 15% 5% (d) DO EMPREENDI- NÃO SE APLICA compensados entre si, justificadamente, a critério do órgão
APLICA
SOCIAL MENTO de planejamento

NOTAS:

(a) Os Percentuais de Doação serão Aplicados sobre a área total do empreendimento / terreno efetivamente Loteado ou Urbanizado;

(b) Percentual de Doação para Loteamentos de Interesse Social - 30% da área total do empreendimento/ Terreno ou 20% com Contrapartida Social;
(c) Exceto Desmembramento de Gleba Incidentalmente, como Empreendimento Meio, resultando em Lote Menor ou Igual a 2.000m² e Testada Máxima de 250m, limitando-se os casos de
Desmembramentos Sucessivos à Área e Comprimento Máximo de Quadra previsto nesta tabela;

(d) Transferência será dispensada nos caso previstos no Art. 67 do Código Urbanístico;

(e) Exceto em caso de remembramento como empreendimento meio garantida configuração final da quadra conforme exigência desta tabela;

(f) Permitida a implantação de condomínio de lotes em áreas superiores aos limites de área e comprimento máximos de quadra, desde que garantido livre acesso público por meio de logra-
douros, servidões ou área de fruição pública;

(g) Estão dispensadas das transferências de áreas públicas os condomínios de lotes como área total até 20ha (vinte hectares) com destinação preferencialmente residencial;
(h) Podem ser licenciados, de forma incidental, como empreendimento meio, os parcelamentos sob a forma de desmembramento, ame mbramento, remembramento e desdobro, dispensadas
de transferência de área ao Município quando em área igual ou inferior a 10ha (dez hectares);
(i) Empreendimentos de urbanização integrada com área de 50.000m² ou até 200 UH são isentos
de doação.

OBSERVAÇÕES:

1. Até 50% (cinquenta por cento) da Área Verde e de Lazer exigida para ser transferida ao Município, poderá estar inserida na Área de Preservação Permanente - APP.

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Dados: 2023.12.15 17:18:11 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 38 de 51

Obs.: o enquadramento dos logradouros segundo classificação viária deverá


constar no Plano de Mobilidade.
QUADRO 04 - CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA VIÁRIO E HIERARQUIA FUNCIONAL DAS VIAS
*(1) Nos trechos onde não houver via marginal implantada poderá ser permitida a implantação de ciclovia ou
ciclofaixa nas vias Arteriais e Expressas a critério do órgão de Planejamento.

VIAS *(2) Largura mínima de acordo com


VIAS VIA ARTE- VIA MAR- VIAS EX- previsão do Plano de Mobilidade.
COLETO-
LOCAIS RIAL GINAL PRESSAS
RAS
*(3) Nos trechos onde não houver condições de implantação de calçada, será
Atender ao exigida apenas a implantação de passeio.
tráfego
Caminha- local, *(4) Conforme exigência do órgão
da, acesso longitudi- federal ou estadual específico.
Tráfego
de veícu- nal à
Movimen- para vias
los, entre- rodovia e Veículos *(5) Observando os critérios do órgão responsável por
Atividades tos veicu- expressas,
ga de pertinente em movi- trânsito e transporte no Município.
Predominantes lares no operação
mercadori- à área mento
início e de coleti- *(6) Dimensão baia
as, urbanizada rápido,
final das vos, traje- parada de ônibus de
serviços adjacente, trajetos de
viagens, tos de 45m.
aos domi- e permitir o longa
paradas de média/
cílios, disciplina- distância
coletivos curta
veículos mento dos CRUZAMEN-
distância Local Coletora Arterial I Marginal Expressa
lentos em locais de TOS
movimento ingresso e
egresso da Interseções Interseções
rodovia sem com Não deve Não deve
Local
Controle de Sinalização de ocorrer ocorrer
Velocidade k Tráfego Prioridade
Diretriz m 30 40 60 60 80
( mínima) /h
Número
u
mínimo de Coletora Arterial I Arterial II
ni 1 1 2 2 2
faixas por
d.
sentido
Faixa exter- Interseções
Interseções
semaforiza-
na de segu- m - - 0,5 0,5 1 Coletora das
semaforizadas
rança ou redutores
ou redutores
de velocidade
Faixa interna de velocidade
de seguran- m - - 0,5 0,5 1
ça
Arterial II Expressa
Largura
mínima do
m - - 2 - 16
canteiro Interseções Cruzamento
central semaforiza- em desnível
Arterial I das Seções de
Largura da ou redutores entrelaçamen-
faixa lateral m - - 15 - 30 *(4) de velocidade to
de domínio
Largura da
faixa de m 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 Expressa
rolamento
Largura Cruzamento
mínima de m 3,5 3,5 6 6 - em desnível
calçada *(3) Expressa Seções de
entrelaçamen-
Largura to
mínima do m 2 2,5 3 3 -
passeio
Permitido
Parada de Permitido
- Permitido Permitido com baia* Permitido
ônibus com baia
(6) QUADRO 05 - ENQUADRAMENTO DOS USOS

Estaciona- Permitido
- Permitido Permitido Permitido Proibido
mento *(5) com baia ENQUADRAMENTO DOS USOS

Acesso às Uniresidencial: Empreendimento composto de uma única unidade residencial.


propriedades - Direto Direto Proibido Permitido Proibido RESIDENCIAL
adjacentes Pluriresidencial: Empreendimento composto de mais de uma unidade residencial.
Largura
mínima da
- 3 4 - 4 - TIPO A: Comercialização de produtos alimentícios e artigos de primeira necessidade de
faixa de consumo da população, com característica varejista, localização compatível com o uso
pedestres residencial, e outros classificados na categoria de bens de conveniência.
COMERCIAL TIPO B: Comercialização de produtos especializados de consumo eventual, característica
permitido varejista e localização tolerável para setores residenciais.
regulamen-
(função
permitido tação de TIPO C: Comercialização de produtos de abastecimento periódico ou eventual, característi-
Movimento regulamen- regulamen- importante
para entre- atividades ca atacadista e localização incompatível com o uso residencial.
de Veículos - tação por tação por para distri-
gas e de entregas
Pesados percurso percurso buição e
serviços e serviços e TIPO A: Serviços de âmbito local, prestados à população, que podem adequar-se aos
tráfego
de percurso mesmos padrões de usos residenciais.
através)
TIPO B: Serviços diversificados, prestados à população, que implicam a fixação de padrões
SERVIÇOS
específicos de ocupação, localização, infraestrutura, tráfego e meio ambiente.
segregação
protegido e TIPO C: Serviços especiais, prestados à população, de localização incompatível com o uso
livre com controlado controlado total e/ou
Movimento canalizado residencial.
cruzamen- em faixas em faixas sinalização
de Pedes- - (interferênci
tos aleató- de de horizontal e
tres a mínima
rios pedestres pedestres vertical com Uso institucional: atividades de variada natureza, cujo objetivo maior é a prestação de
no tráfego)
radar INSTITUCIONAL serviços públicos, voltados à saúde, educação, esporte, lazer, culto religioso, administração
pública, assistência social e infraestrutura urbana, dentre outros.
múltiplas
via paralela pistas,
pistas pistas à pista separadas TIPO A: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou produtos
pistas em novos bens de serviços ou produtos, por métodos mecânicos ou químicos de baixo
simples ou separadas principal de por cantei- impacto, não incômoda, compatível com a vizinhança residencial no que diz respeito às
simples
separado- com cantei- uma rodo- ros, faixas características de ocupação, acesso, localização, tráfego e de serviços urbanos e aos níveis
sem divi-
res simples, ro largo, via, de um largas (3,6 de ruído, de vibração e de poluição ambiental.
são, com
faixas faixas ou ambos m), acosta- TIPO B: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou produtos em
Característi- faixas de
- comuns largas e os lados, mentos ou novos bens de serviços, por métodos mecânicos ou químicos de médio impacto, compatível
cas da Via rolamento com a vizinhança residencial no que diz respeito às características de ocupação, acesso,
(>3m), baias de pistas baías INDUSTRIAL
estreitas ou localização, tráfego e de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição
estaciona- conversão simples ou laterais, vias
estaciona- ambiental.
mento (função da separado- auxiliares de
mento
permitido (2 maior res simples, transição e TIPO C: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou produtos em
permitido novos bens de serviços, por métodos mecânicos ou químicos de alto impacto, que implica a
m a 2,5m) velocidade) faixas ramais de
comuns acesso/ fixação de padrões específicos referentes às características de ocupação, acesso, localiza-
ção, tráfego e de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambien-
(>3m) egresso tal, de localização incompatível com o uso residencial.
Implantação
de Ciclovia*
(2) ou - Sim Sim Não Sim Não *(1) Uso Especial: atividades de complexo de empreendimentos hoteleiros ou centro de conven-
Ciclofaixa* ESPECIAL ções e conferências, mineração, cemitérios e outras atividades especiais ou não relaciona-
(2) das.

Configura-se pelo exercício concomitante de duas ou mais atividades de naturezas distintas


USO MISTO
em um mesmo empreendimento.

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Dados: 2023.12.15 17:18:44 -03'00'
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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 39 de 51

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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 40 de 51

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Dados: 2023.12.15 17:19:44 -03'00'
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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 41 de 51

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Dados: 2023.12.15 17:20:06 -03'00'
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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 42 de 51

REQUISITOS/ PRERROGATIVAS ESPECIAIS

1. Não é permitido alinhar em divisas, com exceção do disposto no Art. 31 do Código Urbanístico.

2. Permitido no máximo alinhar a edificação em uma divisa lateral, compensando com o dobro do recuo mínimo no lado
oposto, com exceção das ZEIS, que é permitido sem a necessidade de dobrar o recuo nos lados opostos.

3. Permitido no máximo alinhar a edificação em duas divisas contíguas (lateral e fundo, quando não se tratar de testadas),
compensando com o dobro do recuo mínimo nos lados opostos, com exceção das ZEIS, que é permitido sem a necessida-
de de dobrar o recuo nos lados opostos.

4. Adotar as seguintes condições para os recuos das construções em relação as divisas do terreno:

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Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
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5. Quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos nos respectivos zoneamentos das Áreas de Pro-
teção Ambiental Joanes-Ipitanga, do Rio Capivara, Lagoas de Guarajuba e demais unidades de conservação, será dado ciência pelo Município a
respectiva APA através do órgão competente.

6. Parâmetros especiais para lotes que possuam acesso pela Estrada do Coco (BA 099), Via COPEC, Via Parafuso (BA 535), Estrada da Cascalhei-
ra (BA 531), Via Atlântica (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana, Via de Ligação Cascalheira - CETREL e inserida na faixa
da respectiva centralidade.

7. Adotar os parâmetros mais restritivos, quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos no
Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do loteamento / condomínio aprovado, quando for o caso.

8. Ao longo da BA 099 assegurar a visibilidade mínima de 70% da testada para os terrenos que possuam vista para o mar.

9. Permitidos parâmetros especiais nas Macroáreas de Estruturação Metropolitana e de Estruturação Urbana indicadas no Plano Diretor onde a
Operação Urbana Consorciada (OUC) é permitida.

10. Aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo (CAM) mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ou TRANSCON.

11. Não é permitido parcelamento do solo.

12. Licenciamento vinculado à apresentação do projeto de acesso ao empreendimento e sua articulação com a Estrada do Coco (BA 099), Via CO-
PEC, Via Parafuso (BA 535), Estrada da Cascalheira (BA 531), Via Atlântica (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana e Via
de Ligação Cascalheira - CETREL, obedecidas às normas e parâmetros estabelecidos pelos órgãos estaduais com jurisdição sobre as vias, no caso
de terrenos lindeiros ou com acesso por estas.

13. Os usos não residenciais permitidos são os considerados como integrado às atividades do entorno, obedecendo o enquadramento definido no
Código Urbanístico, com exceção das atividades de comércio, serviço e indústria do Tipo C:

COMÉRCIO TIPO C: Comercialização de produtos de abastecimento periódico ou eventual,


característica atacadista e localização incompatível com o uso residencial.
SERVIÇO TIPO C: Serviços especiais, prestados à população, de localização incompatível com
o uso residencial.
INDUSTRIA TIPO C: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou
produtos em novos bens de serviços, por métodos mecânicos ou químicos de alto impacto, que
implica a fixação de padrões específicos referentes às características de ocupação, acesso,
localização, tráfego e de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição am-
biental, de localização incompatível com o uso residencial.
14. Na Zona Rural, para glebas superiores a 10 ha, a área construída máxima permitida é de 50.000,00m².

15. Exige estudo de sombreamento, para construções novas, reformas e ampliações com altura superior a 12,00m a partir do nível da rua, medidos
do ponto médio da(s) testada(s) do imóvel, quando estiver inserida a uma distância de até 90,00m da linha de vegetação, considerando o Corredor
Ecológico Orla Marítima indicado no Mapa 7.4 do Código Urbanístico.

16. Para os loteamentos / condomínios abaixo relacionados somente serão admitidos o uso residencial – uniresidencial: Cond. Residencial Terra
Dourada Parque Camaçari; Cond. Mundo Verde; Cond. Parque de Jauá; Cond. Bosque de Jauá; Cond. Parque Interlagos; Cond. Genipabu Summer
Place; Cond. Paraiso do Mar (Genipabu Summer Square); Lot. Aldeias do Jacuípe; Lot. Arembepe Aquaville; Lot. Barra do Jacuípe; Lot. Canto do
Mar 1ª Etapa; Lot. Canto do Mar –2ª Etapa A; Lot. Canto do Mar – 2ªEtapa B; Lot. Canto do Mar – 2ª Etapa B1; Lot. Canto do Jacuípe; Lot. Coquei-
ral Pedra da Cruz (Praia dos Lagos); Lot. Paraíso dos Lagos; Lot. Parque Residencial Canto das Árvores; Lot. Parque Residencial Canto do Bosque;
Lot. Parque Residencial Canto das Orquídeas; Lot. Parque Residencial Foz do Jacuípe; Lot. Quinta das Lagoas; Lot. Paradiso Laguna; Lot. Vilas do
Jacuípe I; Lot. Vilas do Jacuípe II. Para os loteamentos a seguir relacionados somente serão admitidos o uso residencial – uniresidencial / pluriresi-
denciais: Lot. Costa Smeralda; Lot. Guarajuba (lado leste).

17. Quando a topografia do terreno natural a ser implantado o empreendimento apresentar cota de nível inferior à via principal de acesso, será tole-
rada a extrapolação do gabarito estabelecido para a zona em 01 (um) pavimento a cada 2,00m deste desnível. No caso de terrenos localizados a
leste da BA 099 (Estrada do Coco) a via principal de referência a ser considerada é a própria BA 099, sendo que esta extrapolação de gabarito só
será tolerada quando não resultar em prejuízo à visão do mar.

18. No caso de uso pluriresidencial em condomínio vertical, deverá ser adotada, a taxa de conforto de 1 habitante / 8,00m² de área construída total,
considerando 02 habitantes por dormitório, ou unidade tipo Studio, com exceção das ZEIS.

19. Para as áreas inseridas na poligonal do Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jauá deverão ser seguidas as diretrizes do Plano de
Manejo do parque para ocupação dessas áreas.

20. Nas Zonas de Uso Especial - ZUE não serão aplicadas as diretrizes definidas nas Centralidades Lineares - CeLin.

Nota explicativa: Onde não há indicação de parâmetros (-), estes não serão aplicáveis.

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Dados: 2023.12.15 17:21:31 -03'00'
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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
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REQUISITOS/ PRERROGATIVAS ESPECIAIS

1. Não é permitido alinhar em divisas, com exceção do disposto no Art. 31 do Código Urbanístico.

3. Permitido no máximo alinhar a edificação em duas divisas contíguas (lateral e fundo, quando não se tratar de testadas), compensando com o dobro
do recuo mínimo nos lados opostos, com exceção das ZEIS, que é permitido sem a necessidade de dobrar o recuo nos lados opostos.

4. Adotar as seguintes condições para os recuos das construções em relação as divisas do terreno:

5. Quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos nos respectivos zoneamentos das Áreas de Proteção Ambiental Joanes-
Ipitanga, do Rio Capivara, Lagoas de Guarajuba e demais unidades de conservação, será dado ciência pelo Município a respectiva APA através do órgão competente.
6. Parâmetros especiais para lotes que possuam acesso pela Estrada do Coco (BA 099), Via COPEC, Via Parafuso (BA 535), Estrada da Cascalheira (BA 531), Via Atlânti-
ca (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana, Via de Ligação Cascalheira - CETREL e inserida na faixa da respectiva centralidade.

7. Adotar os parâmetros mais restritivos, quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos no
Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do loteamento / condomínio aprovado, quando for o caso.

8. Ao longo da BA 099 assegurar a visibilidade mínima de 70% da testada para os terrenos que possuam vista para o mar.

9. Permitidos parâmetros especiais nas Macroáreas de Estruturação Metropolitana e de Estruturação Urbana indicadas no Plano Diretor onde a Operação Urbana Consor-
ciada (OUC) é permitida.

10. Aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo (CAM) mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ou TRANS-
CON.

11. Não é permitido parcelamento do solo.

12. Licenciamento vinculado à apresentação do projeto de acesso ao empreendimento e sua articulação com a Estrada do Coco (BA 099), Via COPEC, Via Parafuso (BA
535), Estrada da Cascalheira (BA 531), Via Atlântica (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana e Via de Ligação Cascalheira - CETREL, obedecidas
às normas e parâmetros estabelecidos pelos órgãos estaduais com jurisdição sobre as vias, no caso de terrenos lindeiros ou com acesso por estas.

13. Os usos não residenciais permitidos são os considerados como integrado às atividades do entorno, obedecendo o enquadramento definido no Código Urbanístico, com
exceção das atividades de comércio, serviço e indústria do Tipo C:
COMÉRCIO TIPO C: Comercialização de produtos de abastecimento periódico ou eventual, característica atacadista
e localização incompatível com o uso residencial.
SERVIÇO TIPO C: Serviços especiais, prestados à população, de localização incompatível com o uso residencial.
INDUSTRIA TIPO C: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou produtos em novos bens
de serviços, por métodos mecânicos ou químicos de alto impacto, que implica a fixação de padrões específicos refe-
rentes às características de ocupação, acesso, localização, tráfego e de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de
vibração e de poluição ambiental, de localização incompatível com o uso residencial.
14. Na Zona Rural, para glebas superiores a 10 ha, a área construída máxima permitida é de 50.000,00m².

15. Exige estudo de sombreamento, para construções novas, reformas e ampliações com altura superior a 12,00m a partir do nível da rua, medidos do ponto médio da(s)
testada(s) do imóvel, quando estiver inserida a uma distância de até 90,00m da linha de vegetação, considerando o Corredor Ecológico Orla Marítima indicado no Mapa 7.4
do Código Urbanístico.

16. Para os loteamentos / condomínios abaixo relacionados somente serão admitidos o uso residencial – uniresidencial: Cond. Residencial Terra Dourada Parque Camaça-
ri; Cond. Mundo Verde; Cond. Parque de Jauá; Cond. Bosque de Jauá; Cond. Parque Interlagos; Cond. Genipabu Summer Place; Cond. Paraiso do Mar (Genipabu Sum-
mer Square); Lot. Aldeias do Jacuípe; Lot. Arembepe Aquaville; Lot. Barra do Jacuípe; Lot. Canto do Mar 1ª Etapa; Lot. Canto do Mar –2ª Etapa A; Lot. Canto do Mar –
2ªEtapa B; Lot. Canto do Mar – 2ª Etapa B1; Lot. Canto do Jacuípe; Lot. Coqueiral Pedra da Cruz (Praia dos Lagos); Lot. Paraíso dos Lagos; Lot. Parque Residencial Can-
to das Árvores; Lot. Parque Residencial Canto do Bosque; Lot. Parque Residencial Canto das Orquídeas; Lot. Parque Residencial Foz do Jacuípe; Lot. Quinta das Lagoas;
Lot. Paradiso Laguna; Lot. Vilas do Jacuípe I; Lot. Vilas do Jacuípe II. Para os loteamentos a seguir relacionados somente serão admitidos o uso residencial – uniresidenci-
al / pluriresidenciais: Lot. Costa Smeralda; Lot. Guarajuba (lado leste).

17. Quando a topografia do terreno natural a ser implantado o empreendimento apresentar cota de nível inferior à via principal de acesso, será tolerada a extrapolação do
gabarito estabelecido para a zona em 01 (um) pavimento a cada 2,00m deste desnível. No caso de terrenos localizados a leste da BA 099 (Estrada do Coco) a via principal
de referência a ser considerada é a própria BA 099, sendo que esta extrapolação de gabarito só será tolerada quando não resultar em prejuízo à visão do mar.

18. No caso de uso pluriresidencial em condomínio vertical, deverá ser adotada, a taxa de conforto de 1 habitante / 8,00m² de área construída total, considerando 02 habi-
tantes por dormitório, ou unidade tipo Studio, com exceção das ZEIS.

19. Para as áreas inseridas na poligonal do Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jauá deverão ser seguidas as diretrizes do Plano de Manejo do parque
para ocupação dessas áreas.

20. Nas Zonas de Uso Especial - ZUE não serão aplicadas as diretrizes definidas nas Centralidades Lineares – CeLin.

Nota explicativa: Onde não há indicação de parâmetros (-), estes não


serão aplicáveis.

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Dados: 2023.12.15 17:22:00 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 46 de 51

REQUISITOS/ PRERROGATIVAS ESPECIAIS

1. Não é permitido alinhar em divisas, com exceção do disposto no Art. 31 do Código Urbanístico.

2. Permitido no máximo alinhar a edificação em uma divisa lateral, compensando com o dobro do recuo mínimo no lado oposto, com exceção das ZEIS,
que é permitido sem a necessidade de dobrar o recuo nos lados opostos.

3. Permitido no máximo alinhar a edificação em duas divisas contíguas (lateral e fundo, quando não se tratar de testadas), compensando com o dobro
do recuo mínimo nos lados opostos, com exceção das ZEIS, que é permitido sem a necessidade de dobrar o recuo nos lados opostos.

4. Adotar as seguintes condições para os recuos das construções em relação as divisas do terreno:

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Dados: 2023.12.15 17:22:26 -03'00'
Sexta-feira
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5. Quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos nos respectivos zoneamentos das Áreas de
Proteção Ambiental Joanes-Ipitanga, do Rio Capivara, Lagoas de Guarajuba e demais unidades de conservação, será dado ciência pelo Municí-
pio a respectiva APA através do órgão competente.

6. Parâmetros especiais para lotes que possuam acesso pela Estrada do Coco (BA 099), Via COPEC, Via Parafuso (BA 535), Estrada da Casca-
lheira (BA 531), Via Atlântica (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana, Via de Ligação Cascalheira - CETREL e inserida
na faixa da respectiva centralidade.

7. Adotar os parâmetros mais restritivos, quando houver divergência entre os parâmetros estabelecidos neste Código e os estabelecidos no
Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do loteamento / condomínio aprovado, quando for o caso.

8. Ao longo da BA 099 assegurar a visibilidade mínima de 70% da testada para os terrenos que possuam vista para o mar.

9. Permitidos parâmetros especiais nas Macroáreas de Estruturação Metropolitana e de Estruturação Urbana indicadas no Plano Diretor onde a
Operação Urbana Consorciada (OUC) é permitida.

10. Aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo (CAM) mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ou TRANSCON.

11. Não é permitido parcelamento do solo.

12. Licenciamento vinculado à apresentação do projeto de acesso ao empreendimento e sua articulação com a Estrada do Coco (BA 099), Via
COPEC, Via Parafuso (BA 535), Estrada da Cascalheira (BA 531), Via Atlântica (BA 530), Av. Jorge Amado (antiga Av. Leste), Via Metropolitana
e Via de Ligação Cascalheira - CETREL, obedecidas às normas e parâmetros estabelecidos pelos órgãos estaduais com jurisdição sobre as
vias, no caso de terrenos lindeiros ou com acesso por estas.

13. Os usos não residenciais permitidos são os considerados como integrado às atividades do entorno, obedecendo o enquadramento definido
no Código Urbanístico, com exceção das atividades de comércio, serviço e indústria do Tipo C:

COMÉRCIO TIPO C: Comercialização de produtos de abastecimento periódico ou eventual, característica


atacadista e localização incompatível com o uso residencial.
SERVIÇO TIPO C: Serviços especiais, prestados à população, de localização incompatível com o uso resi-
dencial.
INDUSTRIA TIPO C: Atividades voltadas para extração ou transformação de substâncias ou produtos em
novos bens de serviços, por métodos mecânicos ou químicos de alto impacto, que implica a fixação de
padrões específicos referentes às características de ocupação, acesso, localização, tráfego e de serviços
urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental, de localização incompatível com o uso
residencial.

14. Na Zona Rural, para glebas superiores a 10 ha, a área construída máxima permitida é de 50.000,00m².

15. Exige estudo de sombreamento, para construções novas, reformas e ampliações com altura superior a 12,00m a partir do nível da rua, medi-
dos do ponto médio da(s) testada(s) do imóvel, quando estiver inserida a uma distância de até 90,00m da linha de vegetação, considerando o
Corredor Ecológico Orla Marítima indicado no Mapa 7.4 do Código Urbanístico.

16. Para os loteamentos / condomínios abaixo relacionados somente serão admitidos o uso residencial – uniresidencial: Cond. Residencial Terra
Dourada Parque Camaçari; Cond. Mundo Verde; Cond. Parque de Jauá; Cond. Bosque de Jauá; Cond. Parque Interlagos; Cond. Genipabu
Summer Place; Cond. Paraiso do Mar (Genipabu Summer Square); Lot. Aldeias do Jacuípe; Lot. Arembepe Aquaville; Lot. Barra do Jacuípe; Lot.
Canto do Mar 1ª Etapa; Lot. Canto do Mar –2ª Etapa A; Lot. Canto do Mar – 2ªEtapa B; Lot. Canto do Mar – 2ª Etapa B1; Lot. Canto do Jacuípe;
Lot. Coqueiral Pedra da Cruz (Praia dos Lagos); Lot. Paraíso dos Lagos; Lot. Parque Residencial Canto das Árvores; Lot. Parque Residencial
Canto do Bosque; Lot. Parque Residencial Canto das Orquídeas; Lot. Parque Residencial Foz do Jacuípe; Lot. Quinta das Lagoas; Lot. Paradiso
Laguna; Lot. Vilas do Jacuípe I; Lot. Vilas do Jacuípe II. Para os loteamentos a seguir relacionados somente serão admitidos o uso residencial –
uniresidencial / pluriresidenciais: Lot. Costa Smeralda; Lot. Guarajuba (lado leste).

17. Quando a topografia do terreno natural a ser implantado o empreendimento apresentar cota de nível inferior à via principal de acesso, será
tolerada a extrapolação do gabarito estabelecido para a zona em 01 (um) pavimento a cada 2,00m deste desnível. No caso de terrenos localiza-
dos a leste da BA 099 (Estrada do Coco) a via principal de referência a ser considerada é a própria BA 099, sendo que esta extrapolação de
gabarito só será tolerada quando não resultar em prejuízo à visão do mar.

18. No caso de uso pluriresidencial em condomínio vertical, deverá ser adotada, a taxa de conforto de 1 habitante / 8,00m² de área construída
total, considerando 02 habitantes por dormitório, ou unidade tipo Studio, com exceção das ZEIS.

19. Para as áreas inseridas na poligonal do Parque Natural Municipal das Dunas de Abrantes e Jauá deverão ser seguidas as diretrizes do Pla-
no de Manejo do parque para ocupação dessas áreas.

20. Nas Zonas de Uso Especial - ZUE não serão aplicadas as diretrizes definidas nas Centralidades Lineares – CeLin.

Nota explicativa: Onde não há indicação de parâmetros (-), estes não serão aplicáveis.

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Dados: 2023.12.15 17:23:12 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 48 de 51

QUADRO 07 - PARÂMETROS DE INCOMODIDADE

Emissão de efluen- Emissão de resí- Emissão de gases Emissão de


ZONA DE USO Emissão Sonora
tes líquidos duos sólidos e odores radiação

CeLin - Centralidade Linear 1 2 Restrito (3) 4 5

ZAICS - Zona de Apoio à Indústria, Comércio e


1 2 Restrito (3) 4 5
Serviços

ZDC - Zona de Desenvolvimento da Costa 1 2 Não permitido (3) 4 5

ZE - Zona de Expansão 1 2 Não permitido (3) 4 5

ZEIS - Zona Especial de Interesse Social 1 2 Não permitido (3) 4 5

ZOC - Zona de Ocupação 1 2 Não permitido (3) 4 5

ZOUC - Zona Urbana Consolidada 1 2 Não permitido (3) 4 5

ZPIC - Zona Polo Industrial de Camaçari 1 2 Restrito (3) 4 5

ZUE - Zona de Uso Especial 1 2 Não permitido (3) 4 5

NOTAS:

1. Em todas as zonas, os usos não residenciais não poderão emitir efluentes líquidos em desconformidade com o estabelecido na legislação ambi-
ental específica ou por normas da ABNT, não devendo os efluentes líquidos emitidos oferecer riscos à saúde e ao bem estar da população, bem
como ocasionar danos ao meio ambiente.

2. Os usos não residenciais geradores de resíduos sólidos enquadrados nas classes I, II ou III conforme a NBR 10004, deverão apresentar no ato
do licenciamento, plano de transporte, tratamento e disposição final dos resíduos em unidades devidamente licenciadas pelo órgão de controle am-
biental e compatível com sua classificação, conforme a ABNT, atendida ainda a legislação pertinente Federal, Estadual e Municipal em vigor, além
de estudos geológicos enfocando as questões de riscos de deslizamentos, contaminação do solo, subsolo e recursos hídricos superficiais e subter-
râneos por resíduos sólidos.

3. Os processos ou operações utilizados pelos usos não residenciais não poderão emitir substâncias odoríferas na atmosfera em quantidades que
possam ser perceptíveis fora dos limites da área diretamente afetada.

4. Deverá observar a Resolução ANATEL nº 303, de 02 de julho de 2002, ou outra regulamentação que vier a substituí-la ou sucedê-la quanto à
limitação da exposição a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos não ionizantes.

5. Atender as disposições da Lei Municipal nº 1120/2010, bem como legislação que a substitua.

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Dados: 2023.12.15 17:23:40 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 49 de 51

NOTAS:

* Permitido com execução das medidas mitigadoras.

(1)Vagas para pessoas com deficiência - 2% do total de vagas


necessárias;

(2) Vagas para bicicleta - 1 vaga para cada 10 vagas de veículos, exceto uniresidencial;

(3) Vagas para pessoas idosas - 5% do total de vagas necessárias;

(4) Vagas para gestantes e crianças de colo até 18 meses de idade - 2% do total de
vagas;

(5) Exceto para lotes com área inferior a 125m² ou objeto de


REURB;

(6) Atender às disposições do PLAMOB e STT;

(7) Dimensão mínima de vaga para automóvel deverá ser 2,5mx5,0m, exceto para empreendimentos de interesse social onde 50% das vagas exigidas poderão ter dimen-
são mínima de 2,40mx4,50m;

(8) Caso não haja viabilidade de indicação de vagas no próprio imóvel, poderão ser utilizadas vagas em outro terreno distando no máximo 400m de percurso a partir do
acesso ao empreendimento;

(9) No caso de empreendimentos vinculados à Habitação de Interesse Social-HIS, classificados como Faixa Urbana 1 e 2, adotar 50% de vagas de estacionamento, sendo
25% para carros e 25% para motos, sendo obrigatório apresentar parecer favorável de Relatório de Impacto de Trânsito-RIT e obter a distância de até 1km do empreendi-
mento para um Ponto de Parada de Ônibus, Terminais de ônibus, Terminais de Integração , Metrô, VLT ou BRT.

(10) Em caso de regularização fundiária de unidades habitacionais por meio de REURB, a quantidade exigida de vagas será objeto de avaliação técnica pelo
órgão licenciador.

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Dados: 2023.12.15 17:24:09 -03'00'
Sexta-feira
15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 50 de 51

QUADRO 09 A - FATORES DE PLANEJAMENTO

FATOR DE PLANEJAMENTO

ZOUC - Zona ZPIC - Zona do ZAICS - Zona de ZUE – Zona ZEIS – Zona Especi-
CeLin - Centra- ZDC - Zona de Desen- ZOC - Zona ZE - Zona de
USO Urbana Consoli- Polo Industrial Apoio à Industria, de Uso al de Interesse
lidade Linear volvimento da Costa de Ocupação Expansão
dada de Camaçari Comércio e Serviços Especial Social

RESIDENCIAL

UNIRESIDENCIAL n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

PLURIRESIDENCIAL 0,8 1,0 0,8 1,0 1,0 n.a. 1,0 n.a. 0,8

HIS - HABITAÇÃO DE
1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 n.a. 1,0 n.a. 0,0
INTERESSE SOCIAL

NÃO RESIDENCIAL

HOSPITAL PÚBLICO
OU SEM FINS LUCRA- 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 n.a. 1,0 n.a. n.a.
TIVOS
POSTO DE SAÚDE OU
CLINICA COM OU SEM 1,0 1,0 0,5 0,5 0,5 n.a. 1,0 n.a. 0,0
FINS LUCRATIVOS

ESCOLA / CRECHE 1,0 1,0 0,0 0,5 0,0 n.a. 0,8 n.a. 0,0

UNIVERSIDADE, FA-
0,8 1,0 0,5 0,5 0,8 n.a. 0,8 n.a. n.a.
CULDADE

EQUIPAMENTOS DE
CULTURA, ESPORTE, 0,8 0,5 0,5 0,5 0,5 n.a. 0,5 0,0 0,0
LAZER, EDUCAÇÃO

PARQUE TECNOLÓGI-
0,8 1,0 1,0 1,0 1,0 n.a. 0,5 n.a. n.a.
CO

HOTEIS E EQUIPA-
0,5 0,8 1,0 1,0 0,5 n.a. 1,0 n.a. n.a.
MENTOS DE LAZER

EMPREENDIMENTOS
0,5 0,0 0,8 0,8 0,8 n.a. 0,5 n.a. n.a.
TURÍSTICOS

COMÉRCIO E SERVI-
0,5 1,0 0,8 0,8 0,8 n.a. 0,5 n.a. 0,8
ÇOS

INDÚSTRIA BAIXO
0,8 1,0 0,8 0,8 0,8 0,0 0,5 n.a. 1,0
IMPACTO

INDÚSTRIA MÉDIO E
0,8 n.a. n.a. n.a. n.a. 0,8 n.a. n.a. n.a.
ALTO IMPACTO

n.a - Não se aplica

QUADRO 09 B - FATORES DE INTERESSE SOCIAL

FATOR DE INTERESSE SOCIAL

ZAIC - Zona de
CLM – Corredor ZDC - Zona de ZOUC - Zona ZPIC - Zona do ZUE – Zona
ZOC - Zona de ZE - Zona de Apoio à Indus- ZEIS – Zona Especial de
USO Linear Munici- Desenvolvimento da Urbana Consoli- Polo Industrial de Uso
Ocupação Expansão tria e Comér- Interesse Social
pal Costa dada de Camaçari Especial
cio

RESIDENCIAL

UNIRESIDENCIAL n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

PLURIRESIDENCIAL 1,0 1,0 0,8 0,8 0,8 n.a. n.a. n.a. 0,5

HIS - HABITAÇÃO DE
1,0 1,0 0,8 0,6 0,8 n.a. n.a. n.a. 0,0
INTERESSE SOCIAL

n.a - Não se aplica

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15 de dezembro de 2023 - Ano XXI
Nº 2290 - 3º Caderno - Página 51 de 51

Diário Oficial Publicação da SEGOV

Destinado à publicação dos atos do Poder Executivo do Município de


Camaçari, Estado da Bahia. Antônio Elinaldo Araújo da Silva
Endereço: Rua Francisco Drumond, S/N - Centro Administrativo Prefeito
CEP: 42800-500 Camaçari - Bahia - Brasil
Tel.: (71) 3621-6685 / 6909 Textos - Editoração Eletrônica:
Edições on-line: www.camacari.ba.gov.br/arquivos/diario-oficial/
Assessoria de Atos e Documentação - SEGOV

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