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COVID-19 e medidas de confinamento

O mundo inteiro enfrenta uma crise de saúde pública sem precedentes – a pandemia
do COVID-19, este é o nome atribuído à doença provocada pelo novo coronavírus, que
pode causar uma infeção respiratória grave, semelhante a uma pneumonia. Este vírus foi
identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na China, contudo, tem
causado um enorme impacto a nível mundial.
Em todo o mundo, há mais de 3,5 milhões de casos confirmados e contam-se no total
250 mil morte associadas ao novo coronavírus, sendo que 45% dos casos são europeus,
42% são americanos e os restantes 13% são no resto do mundo, por outro lado, no que
diz respeito às mortes 93% correspondem à europa e américa. (Dados relativos a 5 de
maio de 2020)
Desta forma, em grande parte dos países, o governo foi forçado a implementar
medidas drásticas, com o objetivo de prevenir a doença e conter a proliferação de casos
de contágio de COVID-19. Consequentemente, existiu o abrandamento da produção,
das deslocações e do consumo, através da queda do tráfego aéreo mundial, da quebra no
consumo de petróleo, da diminuição do uso de transportes particulares e coletivos e do
fecho de grande parte das indústrias, de escolas e de atividades relacionadas com o
turismo e lazer. Assim, esta crise tem potenciais impactos no ambiente e no clima.
Melhorias
Efetivamente, há uns meses existiam grandes incêndios florestais na Austrália,
extinção de colónias de animais e de plantas raras, a Sibéria tinha temperaturas de
primavera, Nova Deli fechou devido à poluição atmosférica e o gelo estava mais fino do
que nunca. Com o novo coronavírus, o mundo parou, os seres humanos limitam-se a
sobreviver e quais são as consequências? Para o planeta que nos acolhe, o vírus
significa um momento de alívio e um suspiro de alívio.
De facto, uma das consequências imediatas das medidas de contingência é a redução
temporária dos níveis de poluição atmosférica, essencialmente de dióxido de azoto. Nas
seguintes imagens de satélite da NASA podemos verificar que ocorreram reduções
significativas da concentração de dióxido de azoto na China.
Em Itália é possível confirmar a redução gradual das concentrações de dióxido de
azoto segundo uma tendência de redução de 10% por semana ao lonho de 4 a 5 semanas
e, consequentemente, a melhoria da qualidade do ar.
Para além dos valores de dióxido de azoto, também se verificam melhorias nas
concentrações de dióxido de carbono . A emissão de CO2 diminuiu, essencialmente,
devido ao declínio substancial de combustíveis fósseis. De acordo com alguns analistas,
as emissões de CO2 , a nível mundial, podem chegar a uma redução de 7% no ano de
2020.
Assim, confirmam-se reduções significativas nas concentrações de vários poluentes
atmosféricos, em diversos locais na Europa. Em suma, esta diminuição da poluição
atmosférica poderá evitar a morte de 77 mil pessoas, devido à menor concentração de
micropartículas no ar, que são responsáveis pela morte de 4,2 milhões de pessoas
anualmente.
Além da atmosfera, a hidrosfera também sofreu melhorias. Nos canais de Veneza,
conhecidos como poluídos e fedorentos, verifica-se uma limpeza total bem como se
podem ver alguns cardumes de pequenos peixes, cisnes e golfinhos, algo que já não
acontecia há décadas.
Aspetos negativos
É importante, ainda, realçar que os ambientalistas analisam com cautela os dados
anteriormente referidos, visto que pensam que se trata de algo temporário e que a
paragem que advem das medidas de contenção não é uma solução aceitável para
enfrentar os desafios de sustentabilidade.
Da mesma forma, este vírus poderá levar ao desinteresse por medidas ambientais.
Algumas empresas, devido a quebras nas receitas, admitem adiar as suas políticas
ambientais e, para diminuir o impacto económico, estas poderão chegar a bater recordes
de emissões na ânsia de recuperar o tempo perdido durante o período anteriormente
referido.
Se tivermos em consideração o caso da China, verifica-se que quando a situação do
COVID-19 começou a ficar mais controlada no país, os níveis de gases poluentes
começaram a aumentar.
Outros aspetos importantes de realçar são o facto da aquisição em exagero de diversos
bens, contribuir para o aumento da produção de lixo proveniente do desperdício
alimentar, e o aumento do uso de máscaras de proteção e luvas.
Conclusão
Assim, é unânime que esta pandemia servirá para repensar comportamentos e o ponto
até o qual se consegue mudar alguns hábitos, além de contribuir, ainda, para promover a
discussão das políticas ambientais e governamentais adotadas por cada um dos países
em matéria ambiental.
Para concluir, o balanço ambiental desta pandemia tem sido positivo, basta que se
continue de forma sustentável e equilibrada.

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