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3.

Zeros de Funções
Localização, refinamento, métodos
iterativos e critério de parada.
F(x0)=0
Encontrar valores de x0 que
satisfaça esta igualdade.

Isto só é possível em polinômios


de grau menor ou igual a quatro
e algumas funções
trigonométricas!

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Zeros de Função e Equações

Equações Algébricas Equações Transcendentais


Equação em que a variável Equação em que a variável
independente pode ser posta independente não pode ser posta em
em evidência ou fatorada. evidência. E uma solução “fechada”
não pode ser encontrada!
Ex.: polinômios Ex.: funções trigonométricas, funções
exponenciais, funções logarítmicas, …

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Motivação

Princípio da conservação:
- Massa
- Energia
- Momento =

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"A quantia de R$ 1200,00 foi aplicada durante t anos em uma instituição
bancária a uma taxa de 1,5% ao mês, no sistema de juros composto”

⬡ C = capital
⬡ M = montante final
⬡ i = taxa unitária
⬡ t = tempo de aplicação

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"A quantia de R$ 1200,00 foi aplicada durante t anos em uma instituição
bancária a uma taxa de 1,5% ao mês, no sistema de juros composto”

M = c(1 + i )t
j = cit j = M −c
M =c+ j M = c  (1 + i )t
M = c(1 + i  t )

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"A quantia de R$ 1200,00 foi aplicada durante t anos em uma instituição
bancária a uma taxa de 1,5% ao mês, no sistema de juros composto”

Quanto tempo deve ficar aplicado


para render um montante de
R$ 1434,74?

M = c(1 + i )t
j = cit j = M −c
M =c+ j M = c  (1 + i )t
M = c(1 + i  t )

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✓ Zeros podem ser números reais ou complexos;
Neste curso vamos tratar somente de zeros reais de
f(x)

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Os Métodos constam de duas fases

Fase I Fase II O sucesso da


Método Fase II depende
Localização da Refinamento
fortemente da
raiz Fase I

A localização ou Consiste em, escolhidas as


isolamento, consiste em aproximações iniciais,
obter um intervalo (o menor melhorá-las sucessivamente
possível) que contenha as até obter uma aproximação
raízes para a raiz, dentro de uma
precisão ɛ pré-estabelecida.

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FASE I: isolar a raiz
Teorema do Valor
Pode ser feita Intermediário.
por análise Seja f uma função contínua no intevalo a, b 
gráfica ou f‘(x)>0 e f (a ).f (b )  0. Então existe, pelo menos um
análise teórica
f(b)
ponto x0  a, b , tal que f ( x0 ) = 0.
da função.

f(a) x0
A análise gráfica está
aparada no Teorema
do Valor Intermediário.
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FASE I: isolar a raiz
Teorema do Valor
Intermediário.
Seja f uma função contínua no intevalo a, b 
e f (a ).f (b )  0. Então existe, pelo menos um
f‘(x)>0
ponto x0  a, b , tal que f ( x0 ) = 0.
f(b)
f‘(x)>0

Corolário.
f‘(x)<0
x1 x2
x0 Se f ( x ) existir e preservar o sinal em ( a, b )
f(a) então o ponto x0 é único.

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FASE I: isolar a raiz
Teorema do Valor
Intermediário.
Seja f uma função contínua no intevalo a, b 
e f (a ).f (b )  0. Então existe, pelo menos um
ponto x0  a, b , tal que f ( x0 ) = 0.

f(b)
Corolário.
f‘(x)<0 f‘(x)>0
x0 x1
Se f ( x ) existir e preservar o sinal em ( a, b )

f(a)
então o ponto x0 é único.

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f(x) = sen(10x) + cos(3x)

Tem dois zeros!

Tem zeros, mas será


que só um na
vizinhança?

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FASE I: isolar a raiz

Exemplo: f(x)=x3 -9x+3

Atribuir valores diversos e quaisquer (Excel).

Observa os intervalos que ela muda de sinal. Como ela é contínua,


então ela tem, pelo menos, um raiz em cada intervalo 14
FASE I: isolar a raiz

Exemplo: f(x)=x3 -9x+3

Como quero encontrar: x3 -9x+3=0, vamos separar da seguinte


forma:
x3 =9x-3

E perguntamos: onde essas duas funções são iguais? Traça-se um


esboço desses gráficos. 15
Primeiro
intervalo obtido

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FASE I: isolar a raiz Análise Teórica
⬡ Teorema do Valor
Intermediário.
f (a ) f (a )
Seja f uma função contínua no intevalo a, b 
( ) ( ) e f (a ).f (b )  0. Então existe, pelo menos um
x0 x2
ponto x0  a, b , tal que f ( x0 ) = 0.
x0 x1 x1
f (b)
f (b)
x0

⬡ Corolário.
f (b)

f (a ) Se f ( x ) existir e preservar o sinal em ( a, b )


então o ponto x0 é único.
x0 x1
( x2
)
a b

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FASE I: isolar a raiz Análise Gráfica
x0 ϵ (1,3) Esboçar o gráfico.
f ( x ) = x log x − 1 Analisando o comportamento, através de
técnicas (domínio, máximo e mínimos,
- Devido a função logx → Dom = (0,+∞) assíntotas,...) ou tabelar valores.

- Tabelar Equação equivalente.


f(x) A partir da equação f(x)=0 , obter uma
x f(x) 190 equação equivalente g(x)=h(x).
1 -1
140
3 0,431364
6 3,668908 90 Gráficos Computacionais.
7 4,915686
40
13 13,48126
58 101,2788 Usar programas que traçam gráficos de
-10
80 151,2472
0 20 40 60 80 funções!
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FASE I: isolar a raiz Análise Gráfica
x0 ϵ (1,3) Esboçar o gráfico.
f ( x ) = x log x − 1 Analisando o comportamento, através de
técnicas (domínio, máximo e mínimos,
- Equação equivalente assíntotas,...) ou tabelar valores.

f (x) = 0 x0 ϵ (2,3) Equação equivalente.


x log x − 1 = 0
A partir da equação f(x)=0 , obter uma
1 equação equivalente g(x)=h(x).
log x =
x
Gráficos Computacionais.

Usar programas que traçam gráficos de


Cuidado com domínio
funções!
da função!! 19
FASE I: isolar a raiz Análise Gráfica
x0 ϵ (1,3) Esboçar o gráfico.
f ( x ) = x log x − 1 Analisando o comportamento, através de
técnicas (domínio, máximo e mínimos,
- Graphmatica assíntotas,...) ou tabelar valores.

x0 ϵ (2,3) Equação equivalente.

A partir da equação f(x)=0 , obter uma


equação equivalente g(x)=h(x).

Gráficos Computacionais.
x0 ϵ (2,3)

Usar programas que traçam gráficos de


funções!
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FASE II
Refinamento Método Iterativo

Um método iterativo consiste em uma


sequência de instruções que são
executadas passo a passo, algumas
das quais são repetidas em ciclos.

ITERAÇÃO
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FASE II: Critério de Parada

▪ Que tipo de teste efetuar para verificar se a raiz aproximada (x0) está
próximo o suficiente da raiz exata (ξ)?

▪ x0 é raiz aproximada com precisão ɛ se:

|x0 - ξ| < ɛ ou |f( x0)| < ɛ


 x0

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FASE II: Critério de Parada

|x0 - ξ| > ɛ |f( x0)| < ɛ

f ( x0 )

 x0

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FASE II: Critério de Parada

|x0 - ξ| > ɛ |f( x0)| < ɛ

f ( x0 )


x0

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FASE II: Critério de Parada
|x0 - ξ| < ɛ |f( x0)| < ɛ

f ( x0 )

 x0

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FASE II: Critério de Parada
|x0 - ξ| < ɛ ou |f( x0)| < ɛ

▪ Como não conhecemos o valor exato da raiz ξ, considera-se que:

Se ξ ϵ [a,b] e |b - a| < ɛ então qualquer x ϵ [a,b] pode


ser considerado como a primeira aproximação x0 .

 x0
▪ E como critério de parada usaremos os erros
Absoluto Relativo

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A. Método da Bissecção

Queremos encontrar uma boa aproximação


para ξ, um zero da função f(x), onde ξ ϵ [a,b].

❑ O objetivo é refinar o intervalo [a,b] até que |b - a| < ɛ;

❑ Para isso serão usadas sucessivas divisões do intervalo [a,b] 27


A. Método da Bissecção

A cada novo

xk =
( ak + bk )
2
b2
a2
a3
Teremos um novo extremo do intervalo (ak ou bk) de
modo a manter o TVI.

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A. Método da Bissecção

⬡ Exemplo: f ( x ) = x log x − 1
❑ Já tínhamos encontrado o intervalo [2,3] onde ξ ϵ [2,3];

❑ Vamos aplicar sucessivas divisões do intervalo [2,3]


f (2) = −0.3979
2+3
2,3  x0 = 2 = 2.5 f (3) = +0.4314    2.5,3
f (2.5) = −0.0051

- - +

f(2) f(2.5) f(3)


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A. Método da Bissecção

⬡ Exemplo: f ( x ) = x log x − 1
❑ Já tínhamos encontrado o intervalo [2,3] onde ξ ϵ [2,3];

❑ Vamos aplicar sucessivas divisões do intervalo [2,3]


f (2.5) = −0.0051
2.5 + 3
2.5,3  x1 = 2 = 2.75 f (2.75) = +0.2082    2.5,2.75
f (3) = +0.4314

- + +

f(2.5) f(2.75) f(3)


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A. Método da Bissecção

⬡ Exemplo: f ( x ) = x log x − 1
❑ Quando parar???

❑ Considere a precisão ɛ < 0.3, então o intervalo [2.5,2.75] já satisfaz!

 2.75 − 2.5 = 0.25   = 0.3


   2.5,2.75  
 f (2.75) = 0.2082   = 0.3

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Número Mínimo de Iterações

Em programas computacionais, além do


teste de parada usado para cada método,
deve-se ter o cuidado de estipular um
número máximo de iterações, para se
evitar que o programa entre em “looping”

log(b− a) − log 
k
log2
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Número Mínimo de Iterações

log(b− a) − log 
k
log2

Seja f ( x ) = x log x − 1, precisão  = 10 −2 e   [2,3]

log(3 − 2) − log(10 −2 )
k  6.64
log2

k =7

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Método da Bissecção

- Método simples;
- Sempre converge;

Porém a convergência é lenta e


precisamos conhecer um intervalo com a
raiz!!

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Método da Bissecção
no Excel
https://www.youtube.com/watch?v=XmfMPyhilaA
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