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NBR 14201 OUT 1998

Acumulador alcalino de níquel-cádmio


estacionário - Especificação
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Origem: Projeto 03:021.02-005:1995


CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:021.02 - Comissão de Estudo de Baterias Estacionárias
NBR 14201 - Stationary nickel cadmium batteries - Specification
Descriptor: Batteries
Copyright © 1998,
Esta Norma foi baseada na IEC 896-1:1987
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.11.1998
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Acumulador 5 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário 2 Referências normativas


Prefácio
1 Objetivo As normas relacionadas a seguir contêm disposições
2 Referências normativas que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
3 Definições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor
4 Requisitos gerais no momento desta publicação. Como toda norma está
5 Requisitos específicos sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
6 Inspeção acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
7 Aceitação e rejeição de se usarem as edições mais recentes das normas ci-
Prefácio tadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas
em vigor em um dado momento.
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e proce-
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês dimentos na inspeção por atributos - Procedimento
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se-
torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo
(CE), formadas por representantes dos setores envol- NBR 5429:1985 - Planos de amostragem e proce-
vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e dimentos na inspeção por variáveis - Procedimento
neutros (universidades, laboratórios e outros).
NBR 14202:1998 - Acumulador alcalino de níquel-
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito cádmio estacionário - Ensaios
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os
associados da ABNT e demais interessados.
NBR 14203:1998 - Acumulador alcalino de níquel-
1 Objetivo cádmio estacionário - Terminologia

Esta Norma fixa as características exigíveis para acumu-


3 Definições
ladores alcalinos de níquel-cádmio estacionários, tipo
bolsa, recarregáveis, utilizados como fonte de energia
elétrica, excluindo os acumuladores regulados por vál- Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da
vula e aqueles para aplicação em sistemas fotovoltaicos. NBR 14203.
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2 NBR 14201:1998

4 Requisitos gerais 4.2.6 A indicação dos níveis máximo e mínimo do eletrólito,


para os vasos transparentes ou translúcidos, deve ser
4.1 Materiais gravada ou fixada de forma indelével. Em vasos de ma-
terial opaco deve ser utilizado um indicador de nível de
4.1.1 Todos os materiais empregados na fabricação dos eletrólito apropriado.
acumuladores devem ter características de qualidade,
nunca inferiores àquelas indicadas nesta Norma, 4.2.7 No fundo do vaso deve haver espaço suficiente para
devendo corresponder àquelas declaradas pelo fabri- a sedimentação do material ativo desprendido, de modo
cante, de modo a garantir seu perfeito funcionamento a evitar o contato entre o sedimento depositado e as pla-
durante sua vida útil. cas.

4.1.2 As matérias-primas adquiridas a serem incorporadas


4.2.8 A camada de sedimentação inicial não deve ser su-
a esses acumuladores, devem ter suas características
perior a 1 mm.
técnicas devidamente verificadas pelo controle da qua-
lidade do fabricante, mediante ensaios ou por intermédio
de certificados emitidos por laboratórios credenciados, 4.2.9 As interligações e componentes de fixação devem
aceitos por ambas as partes (fornecedor/comprador). ser dimensionados de modo a atender o prescrito em
5.2.
4.1.3 Os acumuladores não devem apresentar qualquer
componente constituinte (vasos, placas, etc.) usado 4.3 Identificação
previamente em outros acumuladores.
4.3.1 O acumulador alcalino é classificado em:
4.1.4 Todos os materiais plásticos, borrachas e sepa-
radores utilizados devem ser inertes em relação ao ele- a) tipo L - para descargas de baixa intensidade
trólito, devendo apresentar estabilidade química, inclu- ( ≤ 0,5 C5);
sive frente ao material ativo, e estabilidade dimensional
frente à variação de temperatura.
b) tipo M - para descargas de média intensidade
4.1.5 As tampas devem ser de material com resistência
( > 0,5 C5 e ≤ 3,5 C5 );
suficiente para evitar fraturas ou empenamento e devem
ser fixadas ao vaso, de forma a evitar vazamento do ele- c) tipo H - para descargas de alta intensidade
trólito. ( > 3,5 C5 e ≤ 7,0 C5 );

4.1.6 As válvulas devem ser de material inerte e resistente d) tipo X - para descargas de altíssima intensidade
ao eletrólito, devendo permitir a liberação de gases e im- ( > 7 C5).
pedir a entrada de impurezas no interior do acumulador.
4.3.2 Todos os elementos/monoblocos devem ter indi-
4.1.7 O selante, quando aplicável, para as juntas tampa/ cados, no mínimo, os seguintes dados, gravados de forma
vaso e tampa/pólo, deve ser inerte e ter características indelével:
de resistência ao eletrólito e à temperatura de trabalho,
sem perder suas propriedades adesivas.
a) fabricante/fornecedor;
4.1.8 O eletrólito deve ser uma solução de hidróxido de
potássio e hidróxido de lítio em água deionizada ou des- b) tipo;
tilada.
c) número de série de fabricação;
4.2 Projeto/fabricação
d) mês e ano de fabricação;
4.2.1 Para fabricação das placas positivas devem ser uti-
lizadas fitas de aço baixo carbono, niqueladas, formando
e) capacidade nominal ou capacidade indicada;
bolsas, nas quais são introduzidos os materiais ativos.

4.2.2 A massa ativa da placa positiva deve ser composta f) níveis máximo e mínimo do eletrólito no vaso;
de hidróxido de níquel e a placa negativa de óxido de
cádmio ou óxido de ferro e óxido de cádmio. g) identificação dos pólos (POS e/ou “+”, NEG
e/ou “-”);
4.2.3 As placas positivas devem ser isoladas das placas
negativas. h) tensão nominal (exclusivo para monoblocos).

4.2.4 Os vasos podem ser de material transparente, trans- 4.3.3 Quando da utilização de cores para identificação
lúcido ou opaco. Quando transparente devem permitir a dos pólos, estas devem ser:
total visualização de seu interior.

4.2.5 Os vasos metálicos podem ser de aço inoxidável ou


a) vermelha para positivo;
aço-carbono niquelado interna e externamente, pintados
ou não. b) azul para negativo.
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NBR 14201:1998 3

4.3.4 A placa de identificação da bateria deve ser de ma- 4.6.3 Transporte


terial resistente à corrosão ambiental do local de ins-
talação e conter no mínimo os seguintes dados gravados 4.6.3.1 Os acumuladores devem ser transportados obe-
de forma indelével: decendo às prescrições do fabricante, devendo ser pro-
tegidos contra chuva e incidência de raios solares.
a) tipo;
5 Requisitos específicos
b) capacidade nominal ou capacidade indicada;
5.1 Materiais
c) tensão nominal;
5.1.1 O material do vaso, quando em plástico, deve apre-
d) densidade nominal; sentar resistência mecânica compatível, sem trincas ou
deformações. Quando em plástico transparente, é admi-
e) tensão final de descarga; tida a presença de no máximo quatro bolhas no vaso,
sendo no máximo duas bolhas isoladas entre si, na mes-
f) número do pedido de compra; ma parede. Em nenhum caso o diâmetro da bolha poderá
ultrapassar 20% da espessura da parede onde estiver
localizada.
g) número de série do conjunto;

5.1.2 O material do vaso, quando de aço-carbono, deve


h) número de elementos da bateria;
apresentar tratamento superficial uniforme de níquel com
espessura de camada mínima de 10 µm. Quando pin-
i) data de instalação.
tado, o sistema de pintura deve ser uniforme, resistente
ao eletrólito e com espessura mínima de camada de
4.4 Condições de funcionamento do acumulador 60 µm.

4.4.1 A temperatura de trabalho deve ser de - 20°C a 5.1.3 Eletrólito


+ 55°C.
5.1.3.1 A densidade do eletrólito no nível máximo deve
4.4.2 A umidade relativa do ar no local de instalação do ser de (1,180 ± 0,010) g/cm3 a 25°C, independente do
acumulador não deve ser superior a 95%, sem conden- estado de carga. Outros valores de densidade poderão
sação. ser especificados para aplicações especiais.

4.4.3 Não existem restrições operacionais quanto à alti- 5.1.3.2 O eletrólito deve se apresentar límpido e livre de
tude. elementos estranhos em suspensão.

4.5 Documentação técnica 5.1.3.3 O teor máxino de impurezas permitidas no eletrólito


é o indicado na tabela 1.
4.5.1 A documentação técnica, na forma de manual, deve
conter informações sobre características técnicas e pro- 5.1.4 Água destilada ou deionizada
cedimentos para instalação, operação e manutenção dos
acumuladores, bem como requisitos de segurança. A água destilada ou deionizada deve apresentar as
seguintes características:
4.6 Instruções para embalagem, armazenagem e
transporte a) a água deve ser purificada por destilação ou troca
iônica, apresentando-se límpida e incolor;
4.6.1 Embalagem
b) condutividade máxima: 10 µS/cm a 25°C;
4.6.1.1 Os acumuladores devem ser embalados satis-
fazendo, no mínimo, as seguintes condições: c) faixa de pH admissível: 5 a 7;

a) atender a legislação vigente de segurança; d) impurezas: a concentração máxima permitida está


indicada na tabela 2.
b) possuir resistência mecânica para manuseio e
transporte; 5.2 Interligação

c) possuir identificação de posicionamento e con- 5.2.1 As interligações (barras e cabos) devem ser prote-
teúdo. gidas contra corrosão.

4.6.2 Armazenagem 5.2.2 As interligações entre elementos adjacentes na


mesma fila e entre filas da mesma estante devem ser
4.6.2.1 Os acumuladores devem ser armazenados em lo- dimensionadas para suportar a corrente de descarga para
cal limpo, seco, ventilado e protegidos contra a incidência um regime determinado (conforme a aplicação), e a que-
direta de raios solares. É proibido o empilhamento de da de tensão não deve ultrapassar os valores indicados
acumuladores desembalados. na tabela 3.
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4 NBR 14201:1998

Tabela 1 - Teor máximo de impurezas permitido no eletrólito com densidade 1,180 g/cm3 a 25°C

Máximo admissível

Impurezas Denominação Para enchimento De elementos em


operação (carregado)

g/L g/L

Carbonato K2CO3 7,50 75,00

Cloreto KCl 0,10 0,40

Sulfato K2SO4 0,80 4,00

Nitrato KNO3 0,10 0,30

Sílica SiO2 0,10 2,00

Alumínio Al2O3 0,008 0,05

Cálcio CaO 0,05 0,15

Magnésio MgO 0,05 0,15

Metais pesados - 0,03 0,03

Substâncias orgânicas KMnO4 0,10 0,20

Tabela 2 - Concentração máxima de impurezas permitida na água destilada e/ou deionizada

Impurezas % mg/L

Resíduo de evaporação 0,001 10

Substâncias orgânicas oxidáveis (expresso em KmnO4) 0,002 20

Halogenetos totais, como cloretos 0,0001 1,0

Nitratos 0,0001 1,0

Amônia 0,0005 5,0

Manganês 0,00001 0,10

Cobre 0,0001 1,0

Ferro 0,0001 1,0

Tabela 3 - Queda de tensão da interligação

Queda de tensão da interligação


mV
Regime I para
dimensionamento Entre elementos adjacentes Entre filas
da mesma fila

Maior que 5 h I de C 5 h 6 20

De 5 h a 1 h I de C5 h 3 50

Menor que 1 h I de C15 min 9 50


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NBR 14201:1998 5

6 Inspeção d) determinação da capacidade em ampères-hora


nas condições nominais;
6.1 Procedimento
e) determinação da capacidade em ampères-hora
6.1.1 Fica a critério do comprador definir, por ocasião da em regime diferente do nominal (capacidade in-
aquisição de acumuladores, a realização de inspeção dicada Ci);
em fábrica.
f) durabilidade (ciclos carga/descarga e sobrecarga
6.1 2 A inspeção em fábrica consiste em verificar se os com tensão de flutuação e temperatura elevada),
acumuladores se encontram de acordo com esta Norma exceto para aplicação em sistemas fotovoltaicos;
e com a documentação de aquisição, através da reali-
zação de ensaios. g) aptidão a flutuação e reserva de eletrólito;

6.1.3 Os ensaios devem ser executados em laboratório h) retenção de carga;


aceito por ambas as partes, de acordo com a NBR 14202.
i) determinação da resistência interna e corrente de
6.1.4 Através de acordo entre fornecedor e comprador, curto-circuito;
podem ser realizados ensaios e inspeções em campo no
local da instalação prevista como definitiva. j) análise físico-química do eletrólito;

6.2 Formação da amostra k) análise físico-química dos materiais;


6.2.1 A princípio os ensaios em fábrica podem ser reali-
l) determinação da queda de tensão entre elementos;
zados pelo critério de amostragem. O plano de amos-
tragem, para formação da amostra representativa do lote,
m) aptidão à carga com tensão constante.
deve ser estabelecido e aceito por ambas as partes (com-
prador e fornecedor), devendo ser utilizadas as
6.3.3 Ensaios de rotina
NBR 5426 e NBR 5429 para se determinarem os parâ-
metros dessa amostragem.
6.3.3.1 Os resultados dos ensaios de rotina são conside-
rados imprescindíveis para aceitação ou rejeição de um
6.2.2 Para a realização de ensaios de tipo, em função das
lote de acumuladores, seja em fábrica ou em campo.
características próprias de cada ensaio, o número de ele-
mentos de bateria a ser utilizado deve atender ao disposto
na NBR 14202. 6.3.3.2 Com a amostra definida conforme em 6.2, devem
ser executados os seguintes ensaios de rotina:
6.3 Ensaios
a) inspeção visual;
6.3.1 Execução dos ensaios
b) inspeção dimensional;
6.3.1.1 Os acumuladores devem ser preparados para o
início dos ensaios segundo as indicações do fabricante c) estanqueidade (somente em fábrica);
e de acordo com a NBR 14202.
d) determinação da capacidade nominal ou capaci-
6.3.2 Ensaios de tipo dade indicada em ampères-hora.

6.3.2.1 Os ensaios de tipo são executados para a ava- 6.3.3.3 Para acumuladores secos descarregados, devem
liação do projeto e fabricação, visando a qualificação do ser executados os ensaios de rotina previstos em 6.3.3.2,
produto. com exceção do ensaio de determinação da capacidade
nominal ou indicada, em ampères-hora, o qual poderá
6.3.2.2 Com a amostra definida conforme 6.2, devem ser ser realizado após ativação, mediante prévio acordo en-
executados os seguintes ensaios de tipo: tre fornecedor e comprador.

a) inspeção visual; 7 Aceitação e rejeição

b) inspeção dimensional; O lote de acumuladores deve ser considerado aceito


quando todos os requisitos gerais e específicos previstos
c) estanqueidade; nesta Norma forem atendidos.

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