A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a vacinação obrigatória proposta por Oswaldo Cruz como parte do projeto sanitarista para erradicar doenças como varíola. Manifestantes protestaram violentamente contra as restrições para não vacinados, resultando em confrontos com a polícia que deixaram dezenas de mortos ao longo de 10 dias de revolta, até a decretação do estado de sítio.
A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a vacinação obrigatória proposta por Oswaldo Cruz como parte do projeto sanitarista para erradicar doenças como varíola. Manifestantes protestaram violentamente contra as restrições para não vacinados, resultando em confrontos com a polícia que deixaram dezenas de mortos ao longo de 10 dias de revolta, até a decretação do estado de sítio.
A Revolta da Vacina ocorreu no Rio de Janeiro em 1904 contra a vacinação obrigatória proposta por Oswaldo Cruz como parte do projeto sanitarista para erradicar doenças como varíola. Manifestantes protestaram violentamente contra as restrições para não vacinados, resultando em confrontos com a polícia que deixaram dezenas de mortos ao longo de 10 dias de revolta, até a decretação do estado de sítio.
No começo do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, além de capital, era a
maior cidade do Brasil, com uma população em torno de 800 mil habitantes. O crescimento urbano carioca aconteceu de maneira descontrolada no final do século XIX além disso, a cidade era entrada para milhares de imigrantes e tinha um porto importante em que centenas de embarcações atracavam. A concentração de pessoas em seus pequenos bairros e o fluxo de viajantes que passavam pela cidade permitiram que uma série de doenças ganhassem espaço nela. partir da segunda metade do século XIX, doenças como tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a morte de milhares de pessoas. Muitos médicos acreditavam que os males da cidade eram causados pelos miasmas emitidos pelos pântanos nos arredores do Rio de Janeiro. Os miasmas eram basicamente odores pútridos que rondavam os ares do Rio de Janeiro e contaminavam a população, Essa teoria, como sabemos, comprovou-se falsa. REFORMA DO RIO DE JANEIRO
Essas reformas visavam a um embelezamento e modernização da cidade, além de
promoverem sua gentrificação, Rodrigues Alves e Pereira Passos foram duas figuras essenciais.A reforma do Rio de Janeiro foi responsável pela demolição de centenas de edifícios, o que fez com que milhares de pessoas pobres fossem desalojadas de suas casas que tiveram de ir para os subúrbios ou instalou-se nos morros da cidade. afetou também a classe média de comerciantes, que tiveram que adequar seus negócios a novos padrões impostos pelo governo. Com a reforma estava o projeto sanitarista criado pelo Oswaldo Cruz para erradicar as doenças que afetavam a população carioca. PROJETO SANITARISTA o projeto sanitarista focou-se no combate de três doenças que afetavam o Rio de Janeiro: a varíola, a febre amarela e a peste bubônica. Para a febre amarela, criaram-se brigadas de mata-mosquitos, invadindo casas para fazer vistorias, ordenando a realização de reformas, e até propondo a interdição e demolição de edifícios. No caso da peste bubônica, as equipes sanitárias incentivavam a população a caçar os ratos e entregá-los em troca de dinheiro. o caso da varíola, a saída encontrada foi a realização de uma campanha de vacinação obrigatória. O projeto de vacinação foi proposto em junho de 1904, e, em 31 de outubro, a campanha de vacinação obrigatória tornou-se lei no Rio de Janeirooca. REVOLTA DA VACINA
a insatisfação da população do Rio de Janeiro com a vacinação obrigatória foi
muito grande, e um sinal disso foi a criação da Liga Contra a Vacinação Obrigatória. A situação ficou ruim quando vazou pela imprensa, em 9 de novembro de 1904, que uma série de restrições seriam estipuladas em lei para os cidadãos que não se vacinassem. povo foram para as ruas do Rio de Janeiro. O protesto iniciou-se em 10 de novembro, no Largo do São Francisco, e logo se espalhou por outras regiões da cidade. O momento mais tenso da revolta foi no dia 13 de novembro, quando houve confrontos muito violentos dos manifestantes com a polícia. Houve saques a prédios públicos, vandalismo pela cidade, e até troca de tiros entre polícia e manifestantes. até uma tentativa de golpe militar contra o presidente Rodrigues Alves, mas esse golpe fracassou. Rodrigues Alves foi aconselhado a fugir da cidade para proteger-se FIM DA REVOLTA
No dia 16 de novembro, foi decretado estado de sítio, e polícia e o Exército foram
mobilizados para reprimir os manifestantes. A última grande ação policial deu-se no dia 23 de novembro contra trabalhadores operários mobilizados. Ao todo, a Revolta da Vacina deixou 31 mortos, 110 feridos, quase mil presos e quase 500 pessoas degredadas para o Acre.