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SAÚDE PÚBLICA
NO BRASIL
PROFESSORA JHORDANA
DO IMPÉRIO À
PRIMEIRA REPÚBLICA:
O SURGIMENTO DA
SAÚDE PÚBLICA
BRASIL COLÔNIA
As condições de saúde da
população eram muito
variadas.
No início a atenção à saúde limitava-se aos
próprios recursos da terra (plantas, ervas) e,
àqueles que, por conhecimentos empíricos
(curandeiros), desenvolviam as suas
habilidades na arte de curar, percebe-se assim
que não existia um complexo mesmo que
rudimentar que visasse à promoção e
prevenção de doenças.
Ser nobre ou plebeu, morador de cidades ou
do campo, comerciante, ou profissional mais
bem remunerado, pertencente ao clero,
tropeiro ou mascate, tudo isso influenciava nas
condições de saúde, determinando as
principais doenças nos diferentes grupos.
As famílias abastadas brasileiras possuíam
condições para obterem inovações no combate
às doenças vindas principalmente da Europa, e
os menos afortunados dependiam do saber
popular.
De forma geral, as condições de vida e saúde
na Colônia não eram fáceis, e em relação às
doenças, as febres eram um dos principais
problemas. Caracterizadas genericamente como
febres intermitentes ou palustres, eram na
verdade diferentes doenças que tinham origem
desconhecida na época.
A malária e a febre tifoide eram algumas das
doenças que surgiam regularmente em
diversas regiões onde a presença de insetos ou
de água contaminada possibilitava a
transmissão.
A tuberculose, a lepra, a sífilis, a febre amarela
e doenças carências eram muito frequentes na
época também.
No período colonial, as autoridades
ordenavam a quarentena aos navios com o
objetivo de impedir que doentes de varíola
entrassem no continente, pois poderiam
provocar novas epidemias.
Como para a maioria das doenças, nem os
médicos e nem os religiosos, mais
acostumados às atividades de cura na época,
tinham formas efetivas de lidar com a varíola.
CHEGADA DA FAMÍLIA REAL
PORTUGUESA AO BRASIL
A chegada da família real
portuguesa ao Brasil em 1808
e a transformação do país em
Reino Unido a Portugal
inauguraram um período de
fortes transformações na
antiga Colônia.
Com o novo status do país, surgiu
a necessidade de abertura
comercial, modernização de
algumas áreas, como a produção
de manufaturas, e o
desenvolvimento dos meios de
comunicação, até então reprimidos
pelo domínio colonial. Essas
mudanças, somadas às urgências
políticas do período, fizeram com
que o contato com outras nações
europeias fosse ampliado,
Até 1850, as atividades de saúde
pública se limitavam à delegação das
atribuições sanitárias às juntas
municipais e a um controle simplório de
navios que atracavam em nossos
portos.
Verifica-se que o interesse
primordial estava limitado ao
estabelecimento de um controle
sanitário mínimo da capital do império,
tendência que se alongou por quase um
século.
A carência de
profissionais médicos no
Brasil Colônia e no Brasil
Império era enorme,
para se ter uma idéia,
no Rio de Janeiro, em
1789, só existia quatro
médicos exercendo a
profissão (SALLES,
1971). Em outros
estados brasileiros eram
mesmo inexistentes.
A inexistência de uma
assistência médica
estruturada, fez com que
proliferassem pelo país os
Boticários (farmacêuticos)
a estes cabiam a
manipulação das fórmulas
prescritas pelos médicos,
mas a verdade é que eles
próprios tomavam a
iniciativa de indicá-los,
fato comum até hoje.
• Só em 1808, Dom João VI fundou na Bahia o
Colégio Médico Cirúrgico no Real Hospital
Militar da Cidade de Salvador. No mês de
novembro do mesmo ano foi criada a Escola
de Cirurgia do Rio de Janeiro, anexa ao real
Hospital Militar.
PROCLAMAÇÃO DA
REPUBLICA
Com a Proclamação da
República, estabeleceu-se uma
forma de organização típica do
estado capitalista. No entanto, essa
nova forma de organização do
aparelho estatal assegurou apenas
as condições formais da
representação burguesa clássica,
especialmente a adoção do voto
direto pelo sufrágio universal.
• Sem grandes mudanças desde o temo do
Império a República permitiu uma enorme
lacuna no modelo sanitário para o país,
deixando as cidades brasileiras a mercê das
epidemias.
Com isso no inicio do
século XIX a cidade do Rio
de Janeiro apresentava um
quadro sanitário caótico
caracterizado pela
presença de diversas
doenças graves que
acometiam à população,
como a varíola, a malária,
a febre amarela e cólera.
CÓLERA