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. Em meados do século XVII uma profunda crise demográfica
ocorreu no Brasil devido a uma epidemia de sarampo, abalando a incipiente
economia colonial. Após esse fato, as epidemias passaram a receber a atenção
governamental, sobretudo em razão dos prejuízos causados à política
econômica, pois os navios estrangeiros passaram a evitar os nossos portos com
medo do contágio (CAMPINAS, 2004).
Nesse sentido, as primeiras ações de saúde pública no Brasil colônia
foram: proteção e saneamento das cidades, principalmente as portuárias;
controle e observação das doenças e doentes, promovendo uma prática mais
eficaz no controle das moléstias. Essas ações denotavam a preocupação com a
saúde da cidade e dos produtos que eram comercializados, pois a assistência
ao trabalhador se resumia na prática da quarentena, para evitar a propagação
das doenças (BAPTISTA, 2007).
A transferência da família Real para o Brasil, em 1808, ocorreu em um
período em que o mundo científico evoluía, inclusive a medicina.
Nesta área, foram importantes os avanços no estudo da anatomia e a
descoberta do microscópio, que precedeu a revolução pasteuriana (SCLIAR,
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na construção de hospitais públicos para atender doenças consideradas nocivas
à população, como as mentais, a tuberculose e a hanseníase (BAPTISTA, 2007).
1.3. O INÍCIO DAS POLÍTICAS SANITÁRIAS NO BRASIL
No governo de Rodrigues Alves (1902-1906), tendo Oswaldo Cruz à
frente, as iniciativas de saneamento e urbanização foram seguidas de ações
específicas na saúde, sobretudo no combate a algumas doenças epidêmicas.
Nesse contexto, nasceu um Código Sanitário que previa a desinfecção inclusive
domiciliar, o arrasamento de edificações consideradas nocivas à saúde pública,
a notificação permanente dos casos de febre amarela, varíola e peste bubônica,
e a atuação da polícia sanitária (BAPTISTA, 2007). Apesar do fim conflituoso,
Oswaldo Cruz conseguiu êxitos diante dos problemas epidemiológicos e colheu
informações valiosas para seu sucessor, Carlos Chagas, o qual pôde estruturar
uma campanha rotineira de educação e ação sanitária. Em 1923, foi realizada a
reforma sanitária.
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como os ferroviários e os marinheiros, ligados à produção exportadora
(OLIVEIRA & TEIXEIRA, 1985).
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(Pais).
Posteriormente, em 1983, esse programa foi redefinido como Ações
Integradas de Saúde (AIS), que revelou ser a estratégia mais importante para a
universalização do direito à saúde e significou uma proposta de “integração” e
“racionalização” dos serviços públicos de saúde e de articulação destes com a
rede conveniada e contratada, o que comporia um sistema unificado,
regionalizado e hierarquizado para o atendimento.
A segunda metade da década de 80 foi marcada por uma profunda crise
de caráter político, social e econômico, tendo enormes repercussões sobre a
saúde da população, agravando as condições de vida, aumentando o
desemprego, a desnutrição e a mobilidade dos grupos sociais menos protegidos
(OLIVEIRA, 2000).
No governo da Nova República (1985), com o crescimento do movimento
social que defendia a democratização da saúde e difundia a proposta da reforma
sanitária (PAIM, 2003), sendo que alguns dos reformistas passaram a ocupar
cargos de expressão no âmbito político institucional do Estado (Ministério da
Saúde, Inamps, Fiocruz), o Ministério da Saúde convocou
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No entanto, por iniciativa do MPAS/Inamps, foi constituído o Sistema
Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), ocorrido em 1987, o que
representou ponte para a construção do SUS. Avançou na política de
descentralização da saúde e do orçamento, permitindo uma maior autonomia
dos Estados na programação das atividades no setor.
Além disso, prosseguiu-se nas estratégias de hierarquização,
regionalização universalização da rede de saúde, antes centralizadas no Inamps
(BAPTISTA, 2007).
Como este novo processo ocorria no período das discussões da
Assembleia Nacional Constituinte (1987 e 1988), o relatório da VIII Conferência
Nacional de Saúde foi tomado como base para a discussão da reforma do setor.
As proposições mais importantes desse relatório foram assumidas pela
“Constituição cidadã”, de 1988, dando origem ao SUS.
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2.1. OBJETIVOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Lamentavelmente, todas às vezes em que falamos dos objetivos da saúde
pensamos em Tratar das Pessoas Doentes. Isso no público e no privado.
Esquecemos que o maior objetivo da saúde é impedir que as pessoas adoeçam.
Na CF art.196 consta: “saúde é direito de todos e dever do Estado
garantido mediante... o acesso igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”. CF art.198: “atendimento integral com
prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
assistenciais”. CF art.200: “ao SUS compete, além de outras atribuições no
termo da lei... (a listagem de várias ações do SUS)”.
A lei que regulamentou a CF foi a 8.080, que definiu, bem claramente, os
objetivos do SUS: identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da
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do setor saúde a essa área. Costumo dizer que quando temos que tratar de
doentes ou de acidentados, tem uma sensação de fracasso dos serviços de
saúde e da sociedade por não ter nem conseguido evitá-los.
2.2. FUNÇÕES DO SUS: REGULAR, FISCALIZAR, CONTROLAR E
EXECUTAR.
• FUNÇÃO DE REGULAÇÃO: Regular alguma coisa é estabelecer as
regras para que exista, funcione, consiga os resultados etc. As regras da saúde,
na verdade, começam na CF, que estabelece o direito à saúde e as linhas gerais
desse direito. Depois vêm as Leis 8.080 e 8.142 que regulamentam melhor
esse direito. A partir daí, vão surgindo as
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fora, é fiscalização-auditoria. Não é o de fora da instituição é o de fora do cenário
onde acontece da responsabilidade pelo fazer acontecer. Aí dizem: quem faz
deve controlar, e depois nós de fora (de outro departamento, de outro nível, de
fora do setor ou da instituição) vamos fiscalizar-auditar. Outros querem separar
pelo corte que controle é de processo e que fiscalização-auditoria é de sistema.
Aí se misturam e digladiam definidos e definidores. Prefiro ver imensa igualdade
entre uma e outra coisa. Apenas vislumbro uma nuance do controle ligado a
quem tem a incumbência de garantir que as coisas devam acontecer, e
fiscalização-auditoria seja de
alguém mais externo e que pode olhar com outro olhar de quem só vai fiscalizar
e não tem a incumbência de fazer acontecer.
A fiscalização e controle no SUS podem ser dentro do próprio público ou
do privado (contratado-conveniado ou não): da ação de saúde, do serviço, da
instituição, dos profissionais, dos contratos-convênios, dos planos e seguros de
saúde etc.
• FUNÇÃO DE EXECUÇÃO NO SUS: O SUS tem que executar, fazer as
ações de saúde. É a incumbência do SUS precípua, explicitada em outros locais
da CF e da Lei 8.080, Essa execução das ações deve ser feita diretamente ou
através de terceiros e também por pessoa física ou jurídica de direito privado. O
SUS tem que ter serviços próprios para executar diretamente e tem a
possibilidade de contratar terceiros para completar os serviços que não der conta
de executar por si próprio. Além disso, a execução de serviços de saúde é
livremente permitida ao privado, pessoa física ou jurídica.
2.3. DIRETRIZES E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO SUS
As Diretrizes e princípios do Sistema Único de Saúde têm seu fundamento
na CF e na Lei 8.080.
Didaticamente, costumo tomar essas diretrizes e princípios unificados e
separá-los quanto aos aspectos técnico assistenciais e os técnicos gerenciais
que dizem respeito à organização administrativa do sistema.
As diretrizes e princípios técnico assistenciais da CF e Lei 8.080 são:
universalidade, igualdade, equidade, integralidade, intersetorialidade, direito à
informação, autonomia das pessoas, resolutividade e base epidemiológica.
UNIVERSALIDADE: O direito à saúde, bem-estar, felicidade é de todos:
pobres, ricos; empregados, desempregados; quem tem plano e quem não tem
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plano... O SUS não pode discriminar quem tem direito: nem discriminação
positiva, nem negativa. Universalidade significa o Para Todos.
IGUALDADE: Não discriminar a prioridade e a qualidade da atenção.
Todos os cidadãos têm igualdade de acesso às ações e serviços de saúde. Sem
discriminação positivo-negativa, com acesso nem tratamento diferenciados para
problemas iguais. Essa igualdade, ao não ser praticada, pode virar desigualdade
e iniquidade, movida por dois grandes parceiros: o financeiro e o tráfico de
influência. O tráfico de influência é um causador da desigualdade de acesso.
Muitas vezes queremos reduzir o tráfico de influência,
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humano como um todo e não apenas como um somatório de órgãos e aparelhos.
O segundo prisma é o da integralidade horizontal onde se entende que a ação
deva abranger seus três enfoques: promoção, proteção e recuperação da saúde.
Ver como um todo e agir nesse todo, integralmente.
INTERSETORIALIDADE: Não pensar saúde só como área de
recuperação da saúde: consulta, remédio, especialista, exame, internação...
Pensar saúde garantida por políticas econômicas e sociais que diminuam o risco
de as pessoas ficarem doentes ou piorarem. Levar em consideração a
determinação econômica e social da saúde. Os fatores determinantes e
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capacidade de resolver problema.
EPIDEMIOLOGIA COMO BASE: A epidemiologia é uma das ciências da
saúde que têm como objetivo conhecer aquilo que ocorre com a população: as
condições ambientais em que vive a população, as condições gerais de saúde,
a oferta de ações e serviços de saúde. O objetivo mais importante da
epidemiologia é o estudo da morte e de doenças que ocorrem em determinada
população, em determinado lugar. A epidemiologia define o perfil demográfico e
o perfil de morbimortalidade em relação às doenças agudas e crônico
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gestor descentralizador. Uns assumem posição favorável com argumentos como
descentralizar para desresponsabilizar e colocar menos dinheiro para a saúde
deixando para Estados e municípios o ônus. São feitas constantemente
acusações de desvio e mau uso dos recursos descentralizados a Estados e
municípios. Interpretações restritivas de leis criando controle distorcidos pelos
próprios organismos federais, como Tribunal de Contas da União (TCU),
Controlaria Geral da União (GCU), Tribunais de Contas dos Estados (TCE)
e Sistema
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demanda em todos os níveis de atenção. A regionalização é fundamental à
organização do SUS, mas só dará certo quando for uma regionalização
funcional, ascendente, e nunca uma regionalização burocrático-administrativa e
descendente. “A proposta de regionalização, sem investimentos para cobrir os
„vazios regionais de infraestrutura‟, sem redefinir a relação público-privado
(especialmente diante dos planos de saúde) e sem mudança nos modelos de
atenção, seria mais uma proposta tecnocrática que não daria conta dos
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de Medicina de Grupo, o Sistema de Autogestão patrocinado por empresas ou
trabalhadores e as Cooperativas Médicas e Odontológicas.
5. CONCEITOS: SAÚDE, SAÚDE PÚBLICA.
• Saúde: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): Saúde
é um estado de completo bem-estar físico,
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longo prazo (ex.: rastreamento, diagnóstico precoce).
c) Prevenção terciária: é a ação implementada para reduzir em
um indivíduo ou população os prejuízos funcionais consequentes de um
problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação (ex.: prevenir
complicações do diabetes, reabilitar paciente pós-infarto – IAM ou
acidente vascular cerebral).
d) Prevenção quaternária: é a detecção de indivíduos em risco
de intervenções, diagnósticas e/ou terapêuticas, excessivas para protegê-
los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes
alternativas eticamente aceitáveis.
7. ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA: CONCEITO (SEGUNDO A
OMS) EQUIPE DE ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA.
As ações de Enfermagem constituem-se na dinâmica das ações
sistematizadas e inter-relacionadas, seguindo metodologia orientadora do
cuidado e do registro desta prática profissional. A sistematização da assistência
de enfermagem na APS deverá ser realizada tanto na consulta de enfermagem
no âmbito da unidade de saúde quanto nas ações desenvolvidas na comunidade,
durante a visita domiciliar ou em outros espaços do território.
7.1. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM:
O enfermeiro da equipe de atenção primária, que atua ou não nas equipes
de Saúde da Família, desenvolve seu trabalho tanto no âmbito da unidade de
saúde quanto na comunidade.
Entre as suas atribuições estão:
• A realização de assistência integral as pessoas e famílias na
unidade de saúde desde o acolhimento com classificação do risco
para os cuidados primários a consulta de enfermagem, bem como,
e quando necessárias ações no domicílio através da visita domiciliar
e/ou em outros espaços comunitários para promoção da saúde,
prevenção de agravos e vigilância à saúde.
8. CENTRO DE SAÚDE, PRONTO SOCORRO, POSTOS DE SAÚDE,
UNIDADES DE SAÚDE, UNIDADES MISTAS DE SAÚDE, HOSPITAL LOCAL,
ESPECIALIZADO E DE BASE.
8.1. CENTRO DE SAÚDE: São instituições através da qual se presta
uma atenção primária de saúde a indivíduos e famílias, considerando estas como
elementos de uma comunidade com os seus problemas, necessidades e
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comportamentos.
8.2. PRONTO SOCORRO: Lugar específico ou pertencente a um
hospital e destinado aos serviços médicos de urgência.
8.3. POSTO DE SAÚDE: Unidade destinada à prestação de assistência
a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de
nível médio, com a presença intermitente ou não do profissional médico.
8.4. UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS): é a porta de entrada
preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é
atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a
necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e
hospitais.
8.5. UNIDADES MISTAS DE SAÚDE: Unidade de saúde básica
destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de
forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer
assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação,
sob administração única.
8.6. HOSPITAL LOCAL, ESPECIALIZADO E DE BASE: Quanto à
finalidade ou tipo de assistência, as instituições podem ser de ordem: Local: É o
hospital destinado a servir à população de determinada área geográfica,
prestando, no mínimo, assistência nas áreas básicas de clínica médica,
pediátrica, cirúrgica, obstétrica e de emergência. Geral: assiste pacientes de
várias especialidades, tanto clínicas quanto cirúrgicas, podendo ser limitados a
grupos etários (como os infantis ou geriátricos) ou grupos da comunidade
(militar), ou ainda apresentar uma finalidade específica (hospital de ensino); ou
Especializada: assiste predominantemente pacientes com alguma patologia
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vulnerabilidade aos agravos de saúde.
8.8. INDICADORES DE SAÚDE: Parâmetros utilizados com o objetivo de
avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem
como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o
acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de
diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade
em diversos períodos de tempo.
9. EDUCAÇÃO EM SAÚDE:
Um conjunto de atividades que sofrem influência e modificação de
conhecimentos, atitudes, religiões e comportamentos, sempre em prol da
melhoria da qualidade de vida e de saúde do indivíduo.
Com isso, a educação em saúde pode ser entendida como uma forma de
abordagem que, enquanto um processo amplo na educação, proporciona
construir um espaço muito importante na veiculação de novos conhecimentos e
práticas relacionadas.
Existem diversidades nos modelos de educação em saúde, sendo que
todas evidenciam um objetivo em comum, que é a mudança de hábitos, atitudes,
e comportamentos individuais, em grupos e no coletivo. Tal mudança de
comportamento está atrelada a aquisição de novos conhecimentos e adoção de
atitudes favoráveis à saúde.
10. POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência
acumulada por conjunto de atores envolvidos historicamente com o
desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como
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As Unidades Básicas de Saúde instaladas perto de onde as pessoas
moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia
à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar estas
unidades da infraestrutura necessária a este atendimento é um desafio que o
Brasil único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um
sistema de saúde público, universal, integral e gratuita está enfrentando com os
investimentos do Ministério da Saúde. Essa missão faz parte da estratégia
Saúde Mais Perto de Você, que enfrenta os entraves à expansão e ao
desenvolvimento da Atenção Básica no País.
Promover e proteger a saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o
objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde
e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das
coletividades.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o contato preferencial dos usuários,
a principal porta de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de
Atenção à Saúde. É instalada perto de onde as pessoas moram, trabalham,
estudam e vivem e, com isso, desempenha um papel central na garantia de
acesso à população a uma atenção à saúde de qualidade.
Na UBS, é possível receber atendimentos básicos e gratuitos em
Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais
serviços oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções, curativos,
vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico,
encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
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Composto por Gestores das Secretarias de Saúde e de Educação,
Enfermeira, Assistente Social, Psicologa, Nutricionista, Fisioterapeuta,
Eduacadora Física e Professores.
Contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de
promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das
vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e
jovens da rede pública de ensino.
Avaliação antropométrica; - atualização do calendário vacinal; - detecção
precoce de hipertensão arterial sistêmica (has); - detecção precoce de agravos
de saúde negligenciados (prevalentes na região: hanseníase, tuberculose,
malária etc.); avaliação oftalmológica; avaliação auditiva; avaliação nutricional;
avaliação da saúde bucal; avaliação psicossocial.
11.3. PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER,
(PAISM):
Executar ações dirigidas para o atendimento global das necessidades
prioritárias do grupo populacional feminino acima de 10 anos, com vistas à
redução da sua morbimortalidade especialmente por causas evitáveis. Ações
voltadas para atenção clínico-ginecológica; planejamento familiar; atenção
obstétrica e neonatal qualificada e humanizada; atenção em situação de
violência doméstica e sexual; redução do câncer de colo e mama e promoção de
ações voltadas para a mulher no climatério, na terceira idade, negras, indígenas,
do campo e da cidade.
11.4. PROGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA (PASC):
Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-nascido/
triagem neonatal: teste do pezinho/ incentivo ao aleitamento materno/ incentivo
e qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (cd)/
alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil/ combate
à desnutrição e anemias carenciais/ imunização/ atenção às doenças
prevalentes/ atenção à saúde bucal/ atenção à saúde mental/ prevenção de
acidentes, maus-tratos/violência e trabalho infantil/ atenção à criança portadora
de deficiência.
11.5. VIGILÂNCIA SANITÁRIA:
Vigilância Sanitária de Alimentos, o objetivo é garantir a qualidade dos
serviços de alimentos. As ações da divisão são válidas para todos os tipos de
alimentos, matérias-primas, coadjuvantes de tecnologia, processos
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tecnológicos, aditivos, embalagens, equipamentos, utensílios e também aos
aspectos nutricionais. a fiscalização e inspeção dos serviços fica a cargo das
secretarias municipais de saúde e pode ser complementado pela visa estadual.
Vigilância sanitária de produtos: controlar, monitorar, fiscalizar e
regulamentar a produção, distribuição, transporte e comercialização de
medicamentos, correlatos, saneantes domissanitários, cosméticos, produtos de
higiene, perfumes e agrotóxicos, coordenando as ações de vigilância sanitária
e farmacovigilância.
Vigilância Sanitária de Serviços: Uma das principais atividades da
vigilância é a fiscalização de hospitais, laboratórios, bancos de sangue e clínicas
médicas, estéticas e odontológicos, visando a qualidade dos serviços prestados.
Estes lugares devem estar sempre higienizados, pois tem um risco maior de
transmissão de doenças e infecções.
11.6. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
É o conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável
para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das
doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores
condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes,
as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de
determinadas doenças. A Vigilância Epidemiológica é responsável por
acompanhar o comportamento das doenças na sociedade, reunindo informações
com objetivo de conhecer, detectar ou prever qualquer mudança
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públicos, privados e com a comunidade, para que as ações integradas sejam
implementadas de forma eficiente, a fim de assegurar que os setores assumam
suas responsabilidades de atuar sobre os problemas de saúde e de ambiente
em suas respectivas áreas.
11.8. SAMU:
Realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar:
residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro é feito após chamada
gratuita, feita para o telefone 192. A ligação é atendida por técnicos na central
de regulação que identificam a emergência e, imediatamente, transferem o
telefonema para o médico regulador. Esse profissional faz o diagnóstico da
situação e inicia o atendimento no mesmo instante, orientando o paciente, ou a
pessoa que fez a chamada, sobre as primeiras ações.
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contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da
população; intervir sobre os fatores de risco aos quais a população está exposta.
Eleger a família e o seu espaço social como núcleo básico de abordagem no
atendimento à saúde; humanizar as práticas de saúde através do
estabelecimento de um vínculo entre os profissionais de saúde e a população;
proporcionar o estabelecimento de parcerias através do desenvolvimento de
ações intersetoriais;
11.12. PROGRAMA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADULTO E IDOSO:
Coordenar e promover ações de atenção integral à saúde da pessoa
adulta e idosa, com vistas à prevenção e ao controle de agravos crônicos não
transmissíveis, como diabetes mellitus, a hipertensão arterial, o tabagismo e a
obesidade, para uma vida longa, ativa e saudável.
11.13. TFD (TRATAMENTO FORA DE DOMICÍLIO):
Instituído pela portaria nº 55 da secretaria de assistência à saúde
(ministério da saúde), é um instrumento legal que visa garantir, através do sus,
tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município
de origem por falta de condições técnicas. Assim, o TFD consiste em uma ajuda
de custo ao paciente, e em alguns casos, também ao acompanhante,
encaminhados por ordem médica à unidades de saúde de outro município ou
estado da federação,
11.14. LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLINICAS MUNICIPAL:
O Laboratório de análises clínicas possui procedimentos para a coleta,
realização e entrega dos exames laboratoriais. Os exames de rotina serão
entregues em 3 dias úteis. Os exames realizados no laboratório de apoio serão
entregues no período de 20 a 30 dias úteis os exames que necessitam de jejum
obrigatório de 8 a 12 horas são: glicose, colesterol total e frações (hdl, ldl, vldl),
triglicerídeos, curva glicêmica e hemograma. O material é coletado no próprio
laboratório e as solicitações de coletas de emergência no hospital.
11.15. ATENDIMENTO DE FISIOTERAPIA:
Utilização da reabilitação baseada na comunidade (rbc) como ferramenta
participativa de intervenção junto à pessoa com deficiência, de forma articulada
com os sistemas estruturados de saúde, educação e assistência social; -
Orientações domiciliares para pessoas com deficiência, seus familiares e
cuidadores; - Intervenções para promoção de acessibilidade em prédios e
instituições
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11.16. SAÚDE BUCAL:
As ações nesta área visam melhorar a qualidade de vida da população,
discutindo alimentação saudável, manutenção da higiene e autocuidado do
corpo. A boca é um órgão de absorção de nutrientes, expressão de sentimentos,
defesa e comunicação. As unidades básicas de saúde realizam ações em saúde
bucal e, conforme a necessidade do usuário, encaminham para os serviços
adequados.
11.17. PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO:
Esse programa tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes, e a
consequente mortalidade por doenças tabaco relacionadas. O programa utiliza
as seguintes estratégias: prevenção da iniciação ao tabagismo, proteção da
população contra a exposição ambiental à fumaça de tabaco, promoção e apoio
à cessação de fumar e regulação dos produtos de tabaco através de ações
educativas e de mobilização de políticas e iniciativas legislativas e econômicas.
Trata-se de um atendimento psicoterapêutico grupal aos usuários com maior
dificuldade para mudança de seu padrão de consumo do tabaco ou para atingir
a abstinência. Os grupos são abertos, heterogêneos (sexo e idade) e a
frequência dos atendimentos é quinzenal.
12. PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI)
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil é uma referência
internacional de política pública de saúde. A população brasileira tem acesso
gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS).
Desde que foi criado, em 1973, o programa busca a inclusão social,
assistindo todas as pessoas, em todos o país, sem distinção de qualquer
natureza. As vacinas do programa estão à disposição de todos nos postos de
saúde ou com as equipes de vacinação, cujo empenho permite levar a
imunização mesmo aos locais de difícil acesso.
“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de
doença. ”
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