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Revolta da vacina

Nome: Gabriel Silva, Matheus Bisto e nº: 2, 8 e 10


Ryan Issac

Serie: 9º ano
Prof: Marcos
contexto da revolta da vacina

A grande quantidade de pessoas na cidade reforçou a


habitação nas suas regiões centrais, mas, além disso, a
cidade era entrada para milhares de imigrantes e tinha um
porto importante em que centenas de embarcações
atracavam. A concentração de pessoas em seus pequenos
bairros e o fluxo de viajantes que passavam pela cidade
permitiram que uma série de doenças ganhassem espaço
nela.

A partir da segunda metade do século XIX, doenças como


tuberculose, peste bubônica, febre amarela, cólera, varíola, entre
outras, espalhavam-se frequentemente pela cidade, causando a
morte de milhares de pessoas.
Esses números repetiam-se ao longo dos anos e deixaram o Rio de
Janeiro com fama de ser uma cidade “pestilenta”, o que afastava
estrangeiros e produzia má impressão em relação ao Brasil
internacionalmente.
Reforma do Rio de Janeiro

A ideia de realizar reformas modernizadoras no Rio de Janeiro era


debatida desde o século XIX, mas foi só durante o governo do presidente
Rodrigues Alves que houve possibilidade de levar-se esse projeto em
frente. Durante sua campanha eleitoral, Rodrigues Alves já defendia a
necessidade de reformar o Rio de Janeiro, e quando foi eleito, reforçou
esse desejo.

Rodrigues Alves encaminhou o projeto de reforma da cidade


para Francisco Pereira Passos, arquiteto de formação e prefeito
do Rio de Janeiro. A reforma do Rio de Janeiro foi responsável
pela demolição de centenas de edifícios, o que fez com que
milhares de pessoas pobres fossem desalojadas de suas casas.

O alvo da reforma foi justamente a região central do Rio de


Janeiro, onde havia inúmeros cortiços, residências coletivas que
abrigavam dezenas de pessoas. Esses locais deram espaço para
avenidas largas e para prédios novos e com arquitetura moderna
(para os padrões europeus). Essa população desalojada ou teve de
ir para os subúrbios ou instalou-se nos morros da cidade.
Campanha sanitarista

O projeto sanitarista de Oswaldo Cruz focou-se no


As brigadas de mata-mosquitos agiam de maneira brusca,
combate de três doenças que afetavam o Rio de
invadindo casas para fazer vistorias, ordenando a realização
Janeiro: a varíola, a febre-amarela e a peste
de reformas, e até propondo a interdição e demolição de
bubônica. Para a febre-amarela, criaram-se
edifícios. No caso da peste bubônica, as equipes sanitárias
brigadas de mata-mosquitos, equipes formadas
incentivavam a população a caçar os ratos e entregá-los
para combater os focos de proliferação dos
em troca de dinheiro.
mosquitos.

Por fim, no caso da varíola, a saída encontrada foi a


realização de uma campanha de vacinação obrigatória. O
projeto de vacinação foi proposto em junho de 1904, e, em 31
de outubro, a campanha de vacinação obrigatória tornou-
se lei no Rio de Janeiro. A população demonstrou-se
insatisfeita com essa proposta, e um motim iniciou-se.
inicio da revolta da vacina

A insatisfação da população do Rio de Janeiro com a


Outros levantam a questão da falta de informação da
vacinação obrigatória foi muito grande, e um sinal disso foi a
população, que temia os efeitos da vacina, sobretudo por
criação da Liga Contra a Vacinação Obrigatória. As
uma série de boatos que se espalhavam. A situação ficou
motivações para a insatisfação são explicadas de diferentes
ruim quando vazou pela imprensa, em 9 de novembro de
formas pelos historiadores. Alguns levantam a questão da
1904, que uma série de restrições seriam estipuladas em lei
violência pela qual a reforma e a campanha sanitarista
para os cidadãos que não se vacinassem.
estavam sendo realizadas.

A população revoltou-se e foi para as ruas do Rio de Janeiro. O


protesto iniciou-se em 10 de novembro, no Largo do São Francisco, e
logo se espalhou por outras regiões da cidade. O momento mais
tenso da revolta foi no dia 13 de novembro, quando houve
confrontos muito violentos dos manifestantes com a polícia. Houve
saques a prédios públicos, vandalismo pela cidade, e até troca de
tiros entre polícia e manifestantes.
Fim da Revolta da Vacina

No dia 16 de novembro, foi decretado estado de sítio, e polícia e o Exército foram


mobilizados para reprimir os manifestantes. A última grande ação policial deu-se
no dia 23 de novembro contra trabalhadores operários mobilizados. Ao todo, a
Revolta da Vacina deixou 31 mortos, 110 feridos, quase mil presos e quase 500
pessoas degredadas para o Acre.

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