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revoltas e guerras

BRASILEIRAS

Yasmin Dantas Moreira 3ºD


introdução
Na história do Brasil, ocorreram diversas revoltas, isto é, manifestações de grupos
sociais e políticos a favor de seus interesses e contra o autoritarismo do governo e a
marginalização social e política.

REVOLTA DA VACINA

A GUERRA DE CANUDOS

REVOLTA DA CHIBATA
Revolta da vacina
Inicialmente, o Rio de Janeiro, no começo do século XX, er a a capit al e a maior
cidade do Brasil. Nesse período, o Rio de Janeir o t inha por volt a de 800 mil
habitantes e a fama de ser uma cidade onde as pessoas padeciam de
diferentes doenças. A grande circulação de pessoas, somados à falt a de
estrutura, fizeram com que diferentes epidemias se espalhassem por lá t odos
os anos.
A medicina da época mostrou-se incapaz de
solucionar o problema das doenças, os médicos
culpavam os pântanos e também falavam que a
aglomeração de pobres na região central e os
seus "maus hábitos" contribuíam para deixar
aquela região uma das mais castigadas pelas
doenças .

E assim, muitas áreas pantanosas no Rio de


Janeiro foram aterradas e ideias de expulsar os
pobres ganharam força.
Revolta da vacina
E assim, a ideia dessa reforma ganhou força com Rodrigues Alves, presi den te eleito em
1902. A reforma do Rio de Janeiro foi concentrada na região central, local qu e po ssu ía ru as
estreitas e grande concentração populacional por conta dos cortiços, co n stru ç õ es
residenciais que abrigavam milhares de pessoas. Esses locais eram habitado s
exclusivamente por pobres, incluindo ex-escravos e seus descendentes.

Oswaldo Cruz foi nomeado para lidar com os


problemas sanitários do Rio de Janeiro, três
doenças foram eleitas os alvos principais: febre A reforma arquitetônica do Rio de Janeiro
amarela, varíola e peste bubônica. forçou os moradores pobres do centro a se
mudarem para locais mais precários no centro,
mas muitos foram obrigados a se mudar para
ºPara a febre amarela, a DGSP realizou a formação de brigadas de
os morros da cidade.
mata-mosquitos "O saldo da Revolta da Vacina foi:

º31 mortos;
ºPara combater a peste bubônica, foi iniciada uma campanha de º110 feridos;
e x t e r m í n i o d e r a t o s n o R i o d e J a n e i r o ."
º461 degredados para o Acre."

ºNo caso da varíola, a campanha foi bem controversa e desagradou


a população, levando-a a se rebelar. Oswaldo Cruz propôs a
v a c i n a ç ã o o b r i g a t ó r i a c o n t r a a v a r í o l a , e a p o p u l a ç ã o , i n s a t i s f e it a
com isso, foi às ruas.
Guerra dos canudos
A Guerra de Canudos aconteceu nos anos de 1896 a
1897 no sertão da Bahia, em um embate armado
entre o exército brasileiro e os seguidores do beato
Antônio Conselheiro.
ºAs causas da Guerra de Canudos foram: por parte
da Igreja, a perseguição de Antônio Conselheiro, o
beato que fazia com que ela perdesse fiéis; por
parte dos latifundiários, tentar dar um fim à º Em muitas de suas pregações, Antônio Conselheiro
ocupação de terras e lutas pelo fim da miséria no dizia-se contra as desigualdades sociais e afirmava
Nordeste; para o governo baiano, a pressão dos dois ser um enviado de Deus para dar fim às injustiças
últimos setores; e para o governo federal, um contra o povo, organizando-se com ele. Logo, a luta
impedimento de crise à implementação da contra a fome e a seca, que assolavam o Nordeste
República, que estava em curso. brasileiro, foi uma das causas.
Guerra dos canudos
Os participantes da Guerra de Canudos eram: Antônio Conselheiro e
seus seguidores, o exército, a Igreja, os latifundiários, o governo da
Bahia e o governo federal. ºAntônio Conselheiro foi um peregrino que, a princípio, caminhava pelo s
sertões da Bahia e Sergipe, principalmente, pregando de maneira
messiânica contra a fome, a seca e a miséria, tecendo críticas políticas
à forma como estava se dando a transição republicana e dizendo ser
um enviado de Deus para acabar com as desigualdades.
ºA comunidade de Canudos era composta por 25 mil pessoas que
começaram seguindo Conselheiro e depois e se instalaram junto a ele
na fazenda improdutiva chamada Belo Monte depois de ocupá-la.
ºA destruição de Canudos aconteceu depois de quatro tentativas: duas
do governo da Bahia junto à Igreja e aos coronéis; outra pelo exército
brasileiro, que não obteve êxito por não saber lidar com as
peculiaridades da região; e a quarta e última, quando, tendo sido
chamado de fraco na capital, Prudente de Morais decidiu enviar 5 mil
homens altamente munidos, além de canhões para o Nordeste, até
então desassistido.

º As consequências da Guerra de Canudos foram a destruição completa


de tudo o que havia no arraial, milhares de mortes, fome na região,
exposição em praça pública do “troféu” da cabeça de Antônio
Conselheiro, além de diversas outras violências e barbaridades
praticadas pelas forças armadas ao final do confronto. "
Revolta da chibata
º A Revolta da Chibata foi um motim organizado pelos soldados da
M a r i n h a b r a s i l e i r a d e 2 2 a 2 7 d e n o v e m b r o d e 1 9 1 0 . A r e v o l t a o r g a n iz a d a
pelos marinheiros ocorreu em embarcações da Marinha que estavam
a t r a c a d a s n a B a í a d e G u a n a b a r a e f o i m o t i v a d a , p r i n c i p a l m e n t e , p e la
insatisfação dos marinheiros com os castigos físicos.

º O c a s t i g o f í s i c o e m q u e s t ã o e r a a c h i b a t a d a , p r a t i c a d a p e l a M a r in h a
contra todos os marujos que violassem as regras da corporação. Essa
forma de punição era dedicada somente aos postos mais baixos da
Marinha, ocupados, em geral, por negros e mestiços.

º O estopim para o início da revolta ocorreu quando Marcelino


Rodrigues Menezes foi punido com 250 chibatadas sem direito a
tratamento médico.

º Além disso, há de se considerar que os contatos dos marujos com


e s t r a n g e i r o s t a m b é m f o r t a l e c e r a m e s s a i n s a t i s f a ç ã o s e c o n s id e r a r m o s
que Marinhas de outras nações não possuíam a mesma prática (de
castigar fisicamente) com os marujos.
Revolta da chibata
ºSobre a Revolta da Chibata, é importante considerar que ela não foi
f r u t o a p e n a s d a i n s a t i s f a ç ã o d o s m a r u j o s c o m o s c a s t i g o s f í s ic o s . O s
m a r u j o s , e m g e r a l , e r a m o r i g i n á r i o s d e f a m í l i a s p o b r e s , q u e s o f r ia m c o m
a d e s i g u a l d a d e s o c i a l e x i s t e n t e n a P r i m e i r a R e p ú b l i c a . A s s i m , a R e v o lt a
da Chibata é considerada pelos historiadores também como uma
r e v o l t a c o n t r a a d e s i g u a l d a d e s o c i a l e r a c i a l e x i s t e n t e t a n t o n a M a r in h a
como na sociedade como um todo.
º P r e s s i o n a d o t a n t o p e l a s a m e a ç a s d o s m a r u j o s q u a n t o d e p o lít ic o s , o
g o v e r n o d e H e r m e s d a F o n s e c a a c e i t o u o s t e r m o s p r o p o s t o s e p ô s f im
aos castigos físicos na Marinha em 26 de novembro de 1910 e prometeu
a n i s t i a a t o d o s o s e n v o l v i d o s . A p r o m e s s a d o g o v e r n o n ã o f o i c u m p r id a
e, no dia 28 de novembro, um decreto dispensou cerca de mil
marinheiros por indisciplina.
ºApós isso, uma segunda revolta na Marinha iniciou-se, dessa vez, no
B a t a l h ã o N a v a l e s t a c i o n a d o n a I l h a d a s C o b r a s . E s s a s e g u n d a r e v o lt a ,
no entanto, foi massacrada violentamente, e os envolvidos foram
a p r i s i o n a d o s e t o r t u r a d o s n e s s a i l h a . O u t r a s c e n t e n a s d e m a r in h e ir o s
f o r a m e n v i a d o s p a r a t r a b a l h a r e m s e r i n g a i s n a A m a z ô n i a e m u it o s f o r a m
fuzilados durante o trajeto.

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