Você está na página 1de 104

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL

SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS

DIRETRIZES PEDAGÓGICAS
PARA O ANO ESCOLAR DE 2024

AR
IN
LIM
RE
O P
RSÃ
VE

Campo Grande – MS
2024
Diretrizes Pedagógicas para o Ano Escolar de 2024
Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul - SED-MS

Elaboração e Organização

Coordenadoria de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Ceief)


E-mail: copef@sed.ms.gov.br

Coordenadoria de Ensino Médio e Educação Profissional (Coemep)


E-mail: copemep@edutec.sed.ms.gov.br

Coordenadoria de Modalidades Específicas (Comesp)


E-mail: comespsed@gmail.com

Coordenadoria de Educação Especial (Coesp)


E-mail: copespsed2023@gmail.com

Coordenadoria de Avaliação (Coav)


E-mail: avaliacao.sed@gmail.com

Coordenadoria de Formação Continuada (Cfor)


E-mail: cfor.sedms@gmail.com

Coordenadoria de Psicologia Educacional (Coped)


E-mail: cped.sed@gmail.com

Unidade de Coordenação Pedagógica (Unicop)


E-mail: unicop.sedms@gmail.com

Unidade de Análise de Dados Educacionais (Unade)


E-mail: supedmapeamento@edutec.sed.ms.gov.br
Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

Secretaria de Estado de Educação


Superintendência de Políticas Educacionais - SUPED

Eduardo Riedel
Governador

José Carlos Barbosa


Vice-Governador

Helio Queiroz Daher


Secretário de Estado de Educação

Adriana Aparecida Burato Marques Buytendorp


Superintendente de Políticas Educacionais
APRESENTAÇÃO
O documento "Diretrizes Pedagógicas para o Ano Escolar de 2024" foi elaborado pela
Superintendência de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação de Mato
Grosso do Sul (SUPED/SED-MS), a partir da organização de um Grupo de Trabalho (GT)
próprio, que reuniu e produziu, em encontros contínuos e processuais, um guia essencial
contemplando informações sobre a Rede e ações a serem empreendidas ao longo do
presente período educacional.

Este documento abrange uma série de estratégias e orientações delineadas para


aprimorar a qualidade e a efetividade do sistema educacional durante o ano letivo
vigente e está fundamentado nas legislações e normas educacionais, bem como na
análise de dados educacionais da Rede Estadual de Ensino - REE/MS, obtidos do Sistema
de Gestão de Dados Escolares (SGDE) e do processo de assessoramento pedagógico da
SUPED.

Destaca-se em especial, nestas Diretrizes, a reestruturação do planejamento pedagógico,


que adota um novo formato, com enfoque em uma abordagem coletiva e colaborativa.

Além disso, as Matrizes Curriculares para 2024, readequadas a partir de um grupo de


trabalho intersetorial, são apresentadas com destaque para as modificações e
atualizações implementadas em todas as etapas e modalidades de ensino, visando
adequar o ensino às demandas contemporâneas e promover uma formação mais alinhada
com as necessidades do contexto atual.

O calendário escolar é minuciosamente organizado, especificando as atividades a serem


desenvolvidas ao longo do ano, incluindo a identificação de feriados e ações pedagógicas
planejadas para enriquecer o ambiente educacional.

Ademais, são discutidas ações como a Atividade Pedagógica Complementar, a


continuidade do projeto "Recuperar para Avançar", o Assessoramento Pedagógico e a
Recomposição das Aprendizagens, delineando seus propósitos, ações e potencial impacto
no ambiente escolar.

As avaliações externas, essenciais para avaliar o desempenho e a eficácia do sistema


educacional, também são parte integrante deste documento, a fim de salientar a
importância dessas avaliações e o que está previsto para o ano de 2024.

Dessa maneira, este conjunto de Diretrizes Pedagógicas representa um esforço coletivo


para aprimorar a qualidade do ensino oferecido, orientando gestores, educadores e
demais agentes envolvidos no processo educacional a seguirem um caminho mais eficaz
e alinhado às demandas do contexto educacional atual.
Bons estudos!
SUMÁRIO

06 ORGANIZAÇÃO DA REDE

28 EDUCAÇÃO ESPECIAL

38 PLANEJAMENTO

48 MATRIZ CURRICULAR

60 CALENDÁRIO ESCOLAR 2024

64 ATIVIDADE PEDAGÓGICA COMPLEMENTAR (APC)

66 RECUPERAR PARA AVANÇAR

72 ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO

74 PLANO DE RECOMPOSIÇÃO DAS APRENDIZAGENS PRA-MS

78 AVALIAÇÕES EXTERNAS

84 FORMAÇÃO CONTINUADA

88 DEMANDAS DO COTIDIANO ESCOLAR

98 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

101 REFERÊNCIAS
1. ORGANIZAÇÃO DA
REDE

06
1. ORGANIZAÇÃO DA REDE
ETAPAS E MODALIDADES

Cada etapa ofertada na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul (REE-MS) possui
suas particularidades, como faixa etária de estudantes, componentes curriculares e ações
didáticas específicas. São apresentadas a seguir informações de como se organizam as
etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na REE-MS.

Ensino Fundamental: Anos Inicias e Anos Finais

O Ensino Fundamental é organizado e dividido em dois períodos, o primeiro são os Anos


Iniciais, que compreende o 1º ao 5º ano, atendendo em regra estudantes na faixa etária
de seis a dez anos. E o segundo são os Anos Finais, que abrange desde o 6° ao 9° ano,
atendendo em regra estudantes na faixa etária de onze a quatorze anos.

Cada período possui particularidades em relação ao currículo, objetivos, metodologias de


ensino e equipe docente. Nos Anos Iniciais, temos o professor regente de sala,
enquanto, nos Anos Finais, os professores são distribuídos conforme os componentes
curriculares.

Destaca-se que, tanto para os Anos Inicias quanto para os Anos Finais da REE-MS, há a
oferta de outros componentes curriculares, para além daqueles que compõem a
formação geral básica, compondo o que é denominado “parte diversificada”. Esses
componentes são as Eletivas, que visam ao aprofundamento das aprendizagens
desenvolvidas na formação geral. Ademais, há ainda os componentes Língua Portuguesa
- RA e Matemática - RA, que focam na recomposição das aprendizagens. Na seção sobre
Matriz Curricular, essas questões serão apresentadas com maior detalhamento.

A Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul oferta os Anos Iniciais e os Anos Finais
do Ensino Fundamental em escolas de tempo parcial, de tempo integral e em diferentes
modalidades, como a Educação Escolar Indígena, a Educação Escolar do Campo e
Educação Escolar Quilombola, visando propiciar espaços de aprendizagem que valorizem
as singularidades locais e dos estudantes.

07
Da Organização da Rede

Programa MS Alfabetiza - Todos pela Alfabetização da Criança

O Programa MS Alfabetiza - Todos pela Alfabetização da Criança é desenvolvido pela


Secretaria de Estado de Educação por meio da Lei n. 5.724, de 23 de setembro de 2021.

Trata-se de um programa em regime de colaboração entre o Estado de Mato Grosso do


Sul e os 79 Municípios, com a finalidade de fortalecer a aprendizagem e melhorar os
indicadores educacionais dos estudantes matriculados nas redes públicas de ensino do
território sul-mato-grossense, por meio da aquisição do domínio das competências de
leitura e escrita adequados a sua idade e ao seu nível de escolarização, conforme
previsto na Base Nacional Comum Curricular.

As ações do Programa estão integradas com as diretrizes do Compromisso Nacional


Criança Alfabetizada, instituído pelo Ministério da Educação, pelo Decreto nº 11.556, de
12 de junho de 2023. Tal integração destina-se ao fortalecimento da alfabetização dos
estudantes do 1º e 2º anos e à consolidação da alfabetização e recomposição das
aprendizagens dos estudantes dos 3º, 4º e 5º anos.

A centralidade dos esforços dessa política educacional decorre da importância do


processo de alfabetização inicial adequado na construção de trajetórias escolares bem-
sucedidas.

08
Da Organização da Rede

Ensino Médio

O Ensino Médio, etapa conclusiva da Educação Básica, conforme estabelecido pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei n. 9394/96, atende a estudantes de
15 a 17 anos, ao longo de um período de três anos. Essa etapa educacional visa
consolidar conhecimentos do Ensino Fundamental, preparar os estudantes para desafios
acadêmicos e profissionais futuros, promover o desenvolvimento de habilidades
cognitivas e socioemocionais, além de proporcionar uma formação integral aos
estudantes.

As Matrizes Curriculares dessa etapa de ensino estão organizadas em Formação Geral


Básica (FGB) e Itinerário Formativo, em diferentes arranjos curriculares. A Rede oferta
itinerários formativos propedêuticos, que proporcionam aos estudantes a oportunidade
de aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas, preparando-os para o ingresso
no ensino superior e com o objetivo de fortalecer as aprendizagens, contribuindo para
uma formação mais sólida e abrangente.

A REE-MS também oferta itinerários formativos de qualificação profissional, que têm


como objetivo preparar os estudantes para o mundo do trabalho, proporcionando
habilidades práticas e conhecimentos específicos em diversas áreas. Tais itinerários
visam atender às demandas do mundo contemporâneo, promovendo a inserção
qualificada dos jovens no cenário profissional.

Dessa forma, o Ensino Médio na Rede Estadual de Mato Grosso do Sul destaca-se por
sua abordagem ampliada nas unidades curriculares da FGB, como também pela oferta de
itinerários formativos, proporcionando aos estudantes uma formação versátil e alinhada
às exigências da vida cotidiana.

A oferta do Ensino Médio na REE-MS é realizada de maneira abrangente, abarcando


todos os 79 municípios do Estado. Tanto em áreas urbanas quanto em rurais, há escolas
de tempo parcial e de tempo integral, proporcionando uma educação de qualidade a
estudantes em toda a extensão do território estadual. Essa abordagem inclusiva busca
atender às necessidades específicas dos jovens, oferecendo flexibilidade na jornada
escolar e adaptando-se às realidades locais, assegurando, assim, uma educação
equitativa e acessível.

09
Da Organização da Rede

ATENÇÃO !

REGIME DE
PROGRESSÃO PARCIAL

Para evitar que o estudante da REE-MS fique em atraso escolar, ou ainda,


estacione em um ano em que não obteve êxito em alguns componentes, a
Secretaria de Estado de Educação implementou, em 2017, o Regime de
Progressão Parcial - RPP. O RPP perpassa as etapas do Ensino Fundamental e
Ensino Médio e tem como finalidade propiciar novas oportunidades de
aprendizagem ao estudante retido por aproveitamento.

A normativa faz parte da organização escolar, regida pela Resolução/SED n.


4.113, e, como procedimento pedagógico, permite que estudantes do 7º ano
do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio avancem para o ano
seguinte com retenção em até 3 (três) componentes curriculares.

Dessa forma, o estudante cursará os componentes curriculares nos quais se


encontra em RPP paralelamente ao ano para o qual avançou. Para tanto, a
unidades escolares podem optar por duas formas de promover essa
oportunidade: por meio do plano de estudos e/ou de prova. A direção escolar
deverá concentrar esforços no atendimento desses estudantes, de modo que
alcancem êxito tanto no ano em curso quanto no avanço dos componentes
curriculares nos quais se encontram em RPP.

Nesse cenário, cabe enfatizar que o estudante que se encontra no 3º ano do


Ensino Médio só poderá concluir o processo de escolarização se obtiver
aprovação em todos os componentes curriculares, não cabendo, assim,
inclusão em RPP.

10
Da Organização da Rede

Educação de Jovens e Adultos - EJA

De acordo com a Lei n. 13.632, de 6 de março de 2018, que altera o art. 37 da Lei n.
9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -
LDB), que dispõe sobre educação e aprendizagem ao longo da vida, a Educação de
Jovens e Adultos constitui-se como uma modalidade de ensino destinada àqueles que,
por motivos diversos, não tiveram acesso ou continuidade de estudos em idade própria.

Nota-se, a partir da constituição histórica do processo de formação do Estado de Mato


Grosso do Sul, as pluralidades e trajetórias distintas dos estudantes da EJA, nas quais se
incluem os povos das águas, do campo e da floresta, os oriundos de países fronteiriços,
como Paraguai e Bolívia, bem como privados de liberdade e estudantes da Educação
Especial.

Nos municípios de maior concentração das atividades econômicas, associadas aos


diferentes setores da economia sul-mato-grossense, observa-se que os estudantes
trabalhadores buscam essa modalidade de ensino como uma oportunidade de concluírem
os estudos, muitas vezes por exigência do próprio trabalho. Têm-se, ainda, aqueles que
pretendem dar continuidade aos seus estudos com vistas ao Ensino Superior, sobretudo
quando compreendem o valor significativo da educação no exercício da cidadania e a
necessidade de qualificação para o mundo do trabalho.

De acordo com o Parecer CNE/CEB n. 11/2000, “O importante a se considerar é que os


estudantes da EJA são diferentes dos estudantes presentes nos anos adequados à faixa
etária” (BRASIL, 2000, p. 33). É a partir dessa compreensão, que se fazem necessárias
as ações e as estratégias pedagógicas que atendam às singularidades dos sujeitos da
Educação de Jovens e Adultos, reconhecendo a trajetória de vida dos estudantes jovens,
adultos e idosos, valorizando a diversidade de saberes e vivências culturais,
principalmente nas relações estabelecidas com o mundo do trabalho e o seu projeto de
vida.

11
Da Organização da Rede

Projeto Avanço do Jovem na


Aprendizagem em Mato Grosso do Sul -
Projeto AJA-MS
Considerando que a taxa de estudantes em distorção idade-ano
faz parte de uma problemática que atinge todo país e que carece
de atenção por indicar violações de direitos relacionados à vida,
a SED-MS desenvolve dois projetos como forma de garantia dos preceitos legais
estabelecidos, para que todos tenham acesso à educação gratuita dos 4 aos 17 anos
de idade, incluindo aqueles que não tiveram acesso na idade própria.

Para os adolescentes na faixa etária de 14 a 17 anos que não concluíram o Ensino


Fundamental, a SED-MS oferta o Projeto Avanço do Jovem na Aprendizagem em Mato
Grosso do Sul (Projeto AJA-MS) na etapa do Ensino Fundamental. Esse projeto tem
como objetivo proporcionar atendimento e oportunidades para que jovens em distorção
idade-ano concluam o Ensino Fundamental com seus pares. Nessa perspectiva, o Projeto
Pedagógico do Curso AJA-MS, na etapa do Ensino Fundamental, foi implementado em
2015 e segue em desenvolvimento de acordo com a Resolução/SED n. 3.913, de 17 de
setembro de 2021.

Para jovens na faixa etária de 17 a 21 anos que estão em distorção idade-ano e não
concluíram o Ensino Médio, é ofertado o Projeto Avanço do Jovem na Aprendizagem em
Mato Grosso do Sul – Novos Percursos (Projeto AJA-MS NP), com a oportunidade de
qualificação profissional.

As escolas que ofertam o Projeto AJA-MS e AJA-MS NP contam com uma equipe
multidisciplinar específica, composta por coordenador de projeto, assessor de projeto e
coordenador da qualificação profissional – este último na etapa do Ensino Médio, a fim
de atender os estudantes e às particularidades da faixa etária correspondente. Outro
diferencial é a metodologia utilizada como base que direciona o trabalho pedagógico.
Nesse sentido, a metodologia da problematização e outras metodologias ativas
permeiam todo o Projeto, tendo como foco a aprendizagem do estudante considerando
suas especificidades. Cabe ainda mencionar que os referidos Projetos também atendem
adolescentes e jovens, de 12 a 20 anos de idade, que cumprem medidas socioeducativas
de internação nas Unidades Educacionais de Internação – UNEI.

12
Da Organização da Rede

Curso de Educação de Jovens e Adultos - Conectando Saberes

Os Cursos de Educação de Jovens e Adultos são


destinados a candidatos com idade de 18 (dezoito)
anos, sendo constituídos de uma especificidade
curricular que privilegia a ação interdisciplinar
entre as diferentes áreas do conhecimento,
articulados aos eixos temáticos que consideram as
características próprias dos jovens, adultos e
idosos, seus interesses, suas condições de vida, de
trabalho e suas motivações para a construção de
novos conhecimentos.

A proposta curricular está organizada em módulos: nas etapas do Ensino Fundamental -


Módulos Iniciais e intermediários I, II, III, IV, e do Ensino Médio - Módulos Finais I, II,
III, IV. Cada um dos Módulos é ofertado em um semestre letivo (entre 95 e 100 dias
letivos), com finalização das respectivas etapas de ensino em dois anos.

Além do Curso Conectando Saberes (Urbano), tem-se o Curso de EJA Conectando


Saberes Campo, que atende às demandas da Educação do Campo, incluindo na Matriz
Curricular o componente/unidade curricular “Terra Vida e Trabalho” e o itinerário
formativo de qualificação profissional, na etapa do Ensino Médio.

Na Educação Escolar Indígena, é ofertado o Curso de EJA Conectando Saberes Indígena,


sendo inserida em sua matriz o componente curricular Língua Materna.

Para os Privados de Liberdade são ofertados os Cursos de EJA Conectando Saberes II, na
forma presencial, EJA Conectando Saberes II em formato EaD e EJA Conectando Saberes
III em formato EaD com Qualificação Profissional, na etapa do Ensino Médio.

13
Da Organização da Rede

Curso de Educação de Jovens e Adultos na modalidade educação a distância –


Acesso ao Saber

O Plano Estadual de Educação de Mato Grosso do


Sul - PEE-MS (2014 – 2024) estabelece como uma
de suas metas a erradicação do analfabetismo e
redução em 50% da taxa de analfabetismo
funcional (meta 9). E na Estratégia 9.4 aponta a
importância de assegurar a oferta gratuita da EJA
a todos que não tiveram acesso à educação básica
na idade própria, utilizando-se, também, da
educação a distância.

Compreende-se que a complexidade do mundo contemporâneo exige, cada vez mais, o


acesso ao saber, que possibilita a aquisição das novas competências exigidas pelas
transformações da base econômica e permite a conquista de uma vida cidadã. Logo, é
passível de observação a possibilidade de desenvolver uma educação mais enriquecida
com o uso dos novos recursos, desde que se possam assegurar o papel significativo do
professor no processo de formação do estudante, no sentido de superar a tendência da
fragmentação do conhecimento.

Nesse contexto, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul implementou


o Curso de Educação de Jovens e Adultos para conclusão de etapas dos anos finais do
Ensino Fundamental e etapas do Ensino Médio, na modalidade educação a distância, a
fim de contribuir no processo de escolarização dos cidadãos jovens (com dezoitos anos
completos), adultos e idosos, por meio uso de tecnologias e de estratégias flexíveis de
estudos, com encontros presenciais e a distância, possibilitando ao estudante
trabalhador conciliar a rotina de trabalho com os estudos.

No Atendimento à distância, estão previstos: consulta do material didático, mediação de


professores por componente curricular, atividades de fixação, vídeos e outros recursos
de interação como mensagens e fóruns. O acesso aos conteúdos propostos e o
desenvolvimento das atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA-
Moodle corresponde a 80% da carga horária total prevista para cada unidade de ensino
e/ou componente curricular das etapas do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

14
Da Organização da Rede

Curso de Educação de Jovens e Adultos com Qualificação Profissional - EJA


Qualifica

O Curso de EJA Qualifica visa oportunizar aos jovens,


adultos e idosos a escolarização ou complementação
dos seus estudos no âmbito da educação básica, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, com
qualificação profissional, na etapa do Ensino Médio,
visando à formação do estudante em todas as suas
dimensões e propiciando a concretização do seu
Projeto de Vida.

A proposta curricular do Curso prevê a ofertada da Formação Geral Básica com o


Itinerário Formativo de Qualificação Profissional, incluída no Guia de Cursos Formação
Inicial e Continuada – FIC, para atender a demandas de cada localidade.

O Curso está organizado em 4 (quatro) semestres letivos, com certificações nas


qualificações profissionais que compõem parte de um eixo tecnológico, em cada um dos
módulos.

MODALIDADES ESPECÍFICAS

Educação Escolar Indígena

Os povos indígenas, no Brasil, acumulam anos de luta frente à busca de uma educação
específica e que represente cada vez mais as características de cada povo a qual está
vinculada. No Estado de Mato Grosso do Sul, o Conselho Estadual de Educação
normatizou a oferta da Educação Escolar Indígena por meio da Deliberação CEE/MS n.
10.647/2015 e a SED regulamentou a oferta da educação escolar indígena nos territórios
etno-educacionais Povos do Pantanal e do Cone Sul, por meio da Resolução/SED n.
2.960, de 27 de abril de 2015, e da Resolução/SED n. 2.961, de 27 de abril de 2015,
respectivamente.

Nessa perspectiva, a Secretaria de Educação tem promovido a garantia de uma escola


indígena específica e diferenciada, respeitando a diversidade, as diferenças étnicas, a
língua, a cultura, as tradições e os costumes que constitui cada grupo. No contexto da
Educação de Jovens e Adultos, traz, em seu currículo, componentes próprios - Língua
Materna e Questões Indígenas, que estão diretamente ligados ao ser e fazer indígena.

15
Da Organização da Rede

Os componentes curriculares específicos da Educação Escolar indígena, ofertados nas


matrizes da Educação Escolar Indígena, buscam assegurar o modelo de organização, os
projetos societários, as práticas socioculturais e econômicas e as formas de produção de
conhecimento das comunidades, devendo dialogar diretamente com a base nacional
comum, de modo a estabelecer conexões com a realidade local e a vivência do estudante
e da comunidade indígena.

Educação Escolar do Campo

A Educação Escolar do Campo é pautada pela Constituição Federal (1988), que


consolidou o compromisso do Estado e da sociedade brasileira em promover a educação
para todos, garantindo o direito ao respeito e a adequação da educação às
singularidades culturais e regionais.

No que tange ao Estado de Mato Grosso do Sul, a Deliberação CEE/MS n. 7111, de 16 de


outubro de 2003, que dispõe sobre o funcionamento da Educação Básica nas escolas do
Campo, assegura que a organização curricular das escolas do campo implica participação
e diálogo com a comunidade escolar, pois os conteúdos escolares serão redimensionados
a partir do contexto produtivo e cultural dos sujeitos do campo.

Com fundamento nas premissas que inscrevem a Educação do Campo, a Rede Estadual
de Ensino de Mato Grosso do Sul instituiu, nas matrizes curriculares do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, o componente curricular denominado Eixos Temáticos:
Terra-Vida-Trabalho. Esse componente curricular traz, em sua fundamentação, as
necessidades das comunidades camponesas e seus conteúdos são elaborados de acordo
com a realidade local de cada parte do Estado.

Além disso, faz-se necessária uma proposta curricular que não restrinja o campo em
discussões apenas nos Eixo Terra, Vida e Trabalho. A despeito disso, pretende-se um
trabalho interdisciplinar que vise ampliar a aquisição do conhecimento a partir de
práticas pedagógicas que promovam o pensamento crítico e reflexivo, perpassando todas
as áreas de conhecimento. Na Educação de Jovens e Adultos, propõe-se o
desenvolvimento de habilidades socialmente significativas, como a observação, a
problematização e a pesquisa, que são processos fundamentais na produção do
conhecimento científico.

16
Da Organização da Rede

Educação Escolar Quilombola

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação


Básica definem que a Educação Escolar Quilombola requer pedagogia própria, respeito à
especificidade étnico-racial e cultural de cada comunidade, formação específica de seu
quadro docente, materiais didáticos e paradidáticos específicos. Ainda, devem-se
observar os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que
orientam a Educação Básica Brasileira. Além disso, a Educação Escolar Quilombola deve
ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem esses estudantes
fora de suas comunidades de origem.

Em Mato Grosso do Sul, a maioria das comunidades quilombolas ainda permanecem em


áreas rurais e outras em meio ao crescimento urbano, inclusive da capital. Como
sabemos, os sinais da escravidão em nosso estado iniciaram no sul do estado do Mato
Grosso, trazidos por mineiros ao chegar à região que hoje se denomina Mato Grosso do
Sul. Encontramos comunidades quilombolas em Aquidauana, Bandeirantes, Bataguassu,
Bonito, Campo Grande, Corguinho, Corumbá, Dourados, Figueirão, Maracaju, Miranda,
Jaraguari, Nioaque, Paranaíba, Pedro Gomes, Rio Brilhante.

O Mapa das Comunidades Remanescentes de Quilombo de Mato Grosso do Sul reúne


informações básicas sobre as 22 comunidades quilombolas localizadas no estado que
possuem procedimento administrativo tramitando no Incra (Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária). Sendo que, desse quantitativo, apenas quatro têm o seu
território total ou parcialmente titulados, sendo elas as comunidades quilombolas: Furnas
do Dionísio (Jaraguari), Chácara Buriti (Campo Grande), São Miguel (Maracaju) e Boa
Sorte (Corguinho).

17
Da Organização da Rede

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

O Percurso Profissional está estruturado a partir de diferentes trajetórias profissionais,


organizadas na perspectiva de áreas técnicas, de tal modo que cada trajetória é
composta por três cursos de qualificação profissional, cada um sendo oferecido em cada
ano do Ensino Médio, possibilitando seu aproveitamento para fins de prosseguimento ou
conclusão de estudos da habilitação profissional técnica de nível médio.

É possível que o estudante mude de uma trajetória profissional para outra, desde que
não tenham sido executados 25% (vinte e cinco por cento) do total da carga horária de
cada unidade curricular do curso para o qual pretenda migrar. De acordo com o seu
projeto de vida, o aluno também poderá sair do percurso Profissional e ingressar no
percurso Propedêutico, observados o regramento existente e a disponibilidade de vaga
na turma de aprofundamento em Área de Conhecimento para a qual pretenda migrar.
Nesse último caso, os estudos realizados no itinerário profissional, referentes à
qualificação em curso, serão considerados para fins exclusivos de validação de carga
horária do Ensino Médio, não sendo possível a certificação intermediária.

Ao final do ano letivo, a apuração do rendimento escolar dos estudantes,


independentemente do itinerário formativo cursado, obedecerá aos critérios
estabelecidos na Resolução/SED vigente que dispõe sobre a organização curricular e o
regime escolar do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nas escolas da Rede Estadual
de Ensino.

A lotação de professores nas unidades curriculares do Percurso Profissional será regida


por normatização específica, por meio de edital e seleção própria. Para lecionar nas
unidades curriculares do Percurso Profissional, o docente deve possuir formação
específica em curso de nível superior ou notório saber reconhecido pelo Sistema Estadual
de Ensino de Mato Grosso do Sul, de modo que seja possível ministrar conteúdos de
áreas afins à sua experiência profissional, comprovada pela prática de ensino em
unidades educacionais ou corporações privadas. O Percurso Profissional somente poderá
ser executado pelas unidades escolares autorizadas em ato específico da SED/MS.

18
Da Organização da Rede

Estrutura Curricular do Percurso Profissional

A estrutura curricular dos cursos de qualificação profissional é composta por três


Unidades Curriculares (Unidade Curricular I; Unidade Curricular II; e Unidade Curricular
III), nas quais são desenvolvidas as competências e habilidades básicas requeridas pelo
mundo do trabalho e habilidades específicas demandadas pelas distintas ocupações.

Ao longo do ano letivo, cada uma das Unidades Curriculares operacionalizará duas
temáticas, uma por semestre.

Conforme as estruturas curriculares definidas no Projeto Pedagógico de Itinerário


Formativo Profissional, o Percurso Profissional será oferecido no período diurno ou
noturno, em tempo parcial ou integral, com 10 (dez) aulas semanais, de 50 (cinquenta)
minutos cada, em 200 (duzentos) dias letivos anuais.

Formas e Organização do Currículo

A organização curricular da qualificação profissional no Percurso Profissional observa as


determinações presentes na legislação vigente e nas diretrizes definidas no Projeto
Político-Pedagógico da Unidade Escolar.

A carga horária atende às exigências da legislação e está distribuída entre as Unidades


Curriculares, de forma a buscar a melhor qualidade do curso, conforme a
matriz/estrutura curricular, a demanda existente e a disponibilidade de recursos da
unidade escolar.

A estrutura curricular da qualificação profissional está organizada em uma carga horária


de 333 (trezentos e trinta e três) horas teórico-práticas, conforme as estruturas
curriculares definidas no Catálogo de cada Percurso Profissional.

A operacionalização da carga horária irá considerar o quantitativo de 10 (dez) aulas


semanais, distribuídas em aulas presenciais e aulas não presenciais quando houver,
conforme legislação vigente e as estruturas curriculares definidas no Catálogo de cada
Percurso Profissional.

19
Da Organização da Rede

Funcionamento

O Percurso Profissional será oferecido de segunda a sexta-feira, em tempo parcial ou


integral, podendo, em casos excepcionais, ocorrer aulas aos sábados, em período parcial
ou integral, conforme matriz/estrutura curricular operacionalizada.

Conforme a matriz/estrutura curricular atribuída, as aulas poderão ser operacionalizadas


nos períodos integral, matutino, vespertino e/ou noturno, com aulas semanais
distribuídas da seguinte forma:

a) quando da Estrutura Curricular 1, serão operacionalizadas 10 (dez) aulas


presenciais de 50 (cinquenta) minutos cada, distribuídas em 05 (cinco) dias da
semana;

b) quando da Estrutura Curricular 2, serão operacionalizadas: - 07 (nove) aulas


presenciais de 50 (cinquenta) minutos cada, distribuídas em 05 (cinco) dias da
semana; e, - 03 (uma) aulas não presenciais, equivalentes a 50 (cinquenta) minutos
cada, semanalmente;

c) quando da Estrutura Curricular 3, serão operacionalizadas: - 05 (cinco) aulas


presenciais de 50 (cinquenta) minutos cada, distribuídas em 05 (cinco) dias da
semana; e, - 05 (cinco) aulas não presenciais, equivalentes a 50 (cinquenta) minutos
cada, semanalmente.

O término da qualificação profissional está condicionado ao cumprimento integral da


carga horária estabelecida. O calendário de operacionalização será elaborado antes do
início do curso, apreciado e acompanhado pelo Supervisor de Gestão Escolar da
Secretaria de Estado de Educação.

As turmas para as aulas teórico-práticas serão constituídas respeitando a capacidade de


acomodação dos estudantes em sala de aula.

Todas as atividades referentes ao curso terão início após a aprovação do Projeto


Pedagógico e a publicação do ato concessório autorizativo de funcionamento no Diário
Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul.

20
Da Organização da Rede

ATENÇÃO !

A estrutura e distribuição das unidades curriculares, bem como sua ementa,


carga horária, semestralidade e bibliografia, estão descritas nos Catálogos
de Unidades Curriculares de cada Percurso Profissional.

Para saber mais sobre o


Catálogo de Unidades
Curriculares do Percurso
Profissional, utilize seu celular
e aponte a câmera para o QR
Code ou clique aqui.

Essa é a tela que irá aparecer!

21
Da Organização da Rede

EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

A Educação em Tempo Integral na REE-MS representa um


Clube de Protagonismo
compromisso contínuo com a melhoria do sistema educacional,
que visa oferecer, por meio de carga horária ampliada, um Tem por objetivo fomentar a
atuação protagonista do
currículo integrado e práticas educativas diferenciadas, as quais estudante por meio de práticas e
vivências, voltadas para o
intencionam enriquecer, potencializar e aprimorar habilidades e desenvolvimento de sua
competências, com vistas ao desenvolvimento integral do autonomia.

estudante, fomentando, para além do conhecimento intelectual,


as competências socioemocionais, fortalecendo ainda mais as
relações inter e intra pessoais, nas quais estudante e educador
buscam relevância e sentido no processo de aprendizagem. Tutoria

É o papel exercido por um


A SED/MS instituiu, por meio da Lei Estadual n. 4.973, de 29 de educador (não necessariamente
um professor), por meio da
dezembro de 2016, o Programa de Educação em Tempo Integral Presença Pedagógica, para
para a Educação Básica da Rede Estadual de Ensino. Neste ano mediar o processo de
aprendizagem, compartilhar
de 2024, efetuamos com êxito a implementação de turmas que saberes, acompanhar e orientar o
estudante na sua trajetória
ofertam educação em tempo integral em todos os municípios do
escolar, focando especialmente na
Estado, totalizando 217 unidades escolares, conforme a lista implementação do seu projeto de
vida e em seu percurso
atualizada que consta na Resolução/SED n 4.260 de 11 de acadêmico. Podendo ser em
janeiro de 2024. forma de apadrinhamento de
turmas, individual, em grupos e
através do apoio dos líderes de
turma.
Com relação à carga horária operacionalizada pelas unidades
escolares que ofertam turmas em tempo integral, neste ano
será correspondente a 40 horas aulas semanais, de forma a
Acolhimento
contemplar 8 aulas diárias.
Trata-se de uma prática que se
volta para os estudantes, equipe
No que diz respeito às práticas pedagógicas, que visam ampliar escolar e familiares, de modo a
as possibilidades de experiências dos estudantes oferecidas criar um vínculo afetivo, de
compromisso mútuo. É
nessas unidades escolares, existem algumas que são viabilizadora do fortalecimento da
presença pedagógica, exercício
específicas, como o clube de protagonismo, a prática de intencional e diário de
tutoria, o estudo orientado e metodologias inovadoras. aproximação e estreitamento de
relações entre toda a comunidade
escolar.
O acolhimento é uma premissa de toda a REE/MS, importante
para fortalecer o sentimento de pertencimento do estudante e
as relações entre os atores da comunidade escolar. No tempo
integral, esse acolhimento é enfatizado, como uma ação diária e
contínua, apresentando particularidades em relação à sua
abordagem.

22
Da Organização da Rede

Outra especificidade das escolas que ofertam turmas de tempo


Estudo Orientado (EO)
integral corresponde ao intervalo do almoço, que conta com
Fundamenta-se na presença um professor para atuar no Projeto de Práticas de Convivência
pedagógica, em busca de uma
observação atenta do e Socialização (PSC), a fim de acompanhar os estudantes e
desenvolvimento acadêmico do
estudante, promovida pela equipe
desenvolver atividades pedagógicas interdisciplinares, de
acolhedora. Essa equipe dedica-se socialização, bem como orientação sobre a alimentação e
ao Projeto de Vida do estudante,
uma vez que o EO visa higienização nos espaços de convivência da unidade escolar,
desenvolver competências que atuando também como mediadores no desenvolvimento dos
habilitam o estudante a fazer
escolhas, priorizar e direcionar sua clubes de protagonismo promovido pelos estudantes.
aprendizagem de acordo com
seus interesses e necessidades.
Ainda no contexto das especificidades, é importante citar o
Professor Coordenador de Áreas (PCA), profissional que atua
na unidade auxiliando o coordenador pedagógico no
acompanhamento do trabalho docente, colaborando com o
desenvolvimento de novas estratégias pedagógicas com o
objetivo de qualificar o processo de aprendizagem dos
estudantes.

Essas estratégias visam proporcionar um ambiente que


fortaleça o protagonismo do estudante, promovendo o
desenvolvimento acadêmico, social e emocional. Dessa forma,
a escola se torna um espaço acolhedor, preparando os
estudantes para enfrentar os desafios do século XXI e para o
exercício da cidadania, com base em princípios como o
protagonismo e a autonomia.

Para saber mais sobre a Educação em Tempo Integral,


sugere-se o acesso à Estante Virtual, organizada com
documentos orientativos que versam sobre o tema. Para
acessá-la, utilize seu celular e aponte a câmera para o QR
Code ou clique aqui.

23
Da Organização da Rede

PROFISSIONAIS DA REDE

A Rede Estadual de Ensino REE/MS conta com alguns profissionais para além dos
professores, coordenadores pedagógicos, diretor, diretor adjunto e técnicos
administrativos, a fim de atender a demandas específicas do tipo de etapa/oferta de
ensino, projetos e/ou modalidades. São eles:

COORDENADOR DE PROJETO
O Coordenador de Projeto tem a responsabilidade de
atuar na coordenação do curso AJA-MS, na etapa do
Ensino Fundamental, e AJA-MS Novo Percursos, na
etapa do Ensino Médio. Este profissional é responsável
por acompanhar e orientar o trabalho didático de cada
professor na prática pedagógica e na execução da
metodologia, oferecendo condições para que se
concretizem.

ASSESSOR DE PROJETO
Este profissional é o mediador, direto e indireto, na
formação do indivíduo. O trabalho desenvolvido pelo
Assessor de Projeto no Projeto AJA é orientar e
acompanhar, de forma preventiva e junto à família,
professores e equipe de projeto, bem como o
desempenho do estudante no processo da
aprendizagem, proporcionando-lhe apoio e integração
à dinâmica educativa da escola.

PROFESSOR COORDENADOR DE
PRÁTICAS INOVADORAS (PCPI)

Responsável pela mediação das práticas inovadoras,


de forma a contribuir e aprimorar as ações de
inovação pedagógica e mediadas pelas Tecnologias
da Informação e Comunicação, com potencial para
alavancar as aprendizagens dos estudantes.

24
Da Organização da Rede

PROFESSOR DE PRÁTICA DE
CONVIVÊNCIA E SOCIALIZAÇÃO (PCS)
O Professor de Prática de Convivência e Socialização
atua nas escolas de Tempo Integral e desempenha
um papel vital nas Práticas de Convivência e
Socialização, conforme definido pela Resolução/SED
n. 3.957, de 16 de dezembro de 2021. Selecionado
pelo Banco Reserva de Profissionais para a Função
Docente Temporária, ele atua no intervalo do almoço,
orientando atividades pedagógicas interdisciplinares.
Além de promover atividades de socialização,
orientação sobre alimentação e higienização, ele é
mediador nos clubes de protagonismo, considerando
aspectos sociais, culturais e emocionais.

PROFESSOR COORDENADOR DE ÁREA


(PCA)
O Professor Coordenador de Área (PCA) assume, nas
escolas de Tempo Integral, uma função estratégica no
apoio ao planejamento e à formação contínua dos
professores, visando otimizar a hora atividade na
própria escola. Compreendendo a instituição como um
ambiente propício para a formação contínua, o PCA
colabora com o Coordenador Pedagógico,
desenvolvendo anualmente um plano de trabalho e
cronograma atualizáveis ao longo do ano. Suas
atribuições incluem a organização de um plano de
formação em serviço da área, orientação prática
durante reuniões de fluxo e a promoção de atividades
e projetos interdisciplinares. Participa ativamente de
reuniões com a equipe pedagógica, monitora
resultados de aprendizagem, planeja ações de
desenvolvimento e colabora na execução do Plano de
Ação da escola.

25
Da Organização da Rede

SUPERVISOR DE QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL

O Supervisor de Qualificação Profissional, em


colaboração com o Coordenador de Curso da
Qualificação Profissional, desempenha um papel
essencial na Rede Estadual de Educação,
garantindo a eficácia operacional dos cursos
profissionais. Sua atuação é pautada na
articulação com professores e coordenação,
visando à distribuição adequada da carga horária
do curso em atividades práticas, como simulações.

COORDENADOR DA QUALIFICAÇÃO
PROFISSIONAL
O Coordenador de Curso na Qualificação Profissional
assume um papel estratégico, garantindo a excelência
dos cursos por meio de suas diversas atribuições.
Responsável pela articulação curricular entre unidades
temáticas e a Base Nacional Comum Curricular, orienta
o trabalho dos professores, utilizando análises de
avaliações institucionais para planejar atividades
técnico-pedagógica. Sua atuação se estende à prática,
organizando visitas técnicas a empresas e buscando
parcerias para estágios, proporcionando uma formação
alinhada às demandas do mercado. Versátil e pronto
para atender demandas da direção, este profissional
contribui essencialmente para a eficácia operacional e
a qualidade dos cursos profissionais, assegurando uma
educação relevante e alinhada às necessidades dos
estudantes e do mercado de trabalho.

26
27
2. EDUCAÇÃO
ESPECIAL

28
2. EDUCAÇÃO ESPECIAL
A ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA ESCOLA
INCLUSIVA NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

A Educação Especial, na perspectiva da escola inclusiva, operacionalizada na Rede


Estadual de Ensino tem como pressuposto a inclusão escolar de estudantes público da
educação especial, sendo eles estudantes com deficiência, transtorno global do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Para garantir o acesso, a permanência e a participação desses estudantes, a Secretaria


de Estado de Educação conta com uma equipe que atua como uma rede de apoio ao
processo de inclusão escolar.

São seis Centros Estaduais de atendimento ao público da educação especial e Núcleos de


Educação Especial (NUESP) distribuídos em todas as Coordenadorias Regionais de
Educação (CRE). Somam-se ao NUESP em Dourados mais três núcleos da educação
especial, que são: Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille (NAPPB), Núcleo de
Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) e Núcleo de Inserção e
Acompanhamento da pessoa com deficiência no mundo do trabalho.

Registre-se que há na SED-MS, fazendo parte da composição da Superintendência de


Políticas Educacionais, uma Coordenadoria de Educação Especial que coordena seis
Centros, sendo eles:

Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas


com Surdez - CAS/MS, com atuação em todos os municípios: para atendimento e
assessoramento educacional ao processo de inclusão escolar de estudantes surdos.

Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual - CAP-DV/MS, com atuação em


todos os municípios: para atendimento e assessoramento educacional ao processo de
inclusão escolar de estudantes com deficiência visual - cego ou baixa visão.

Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação - CEADA, com


atuação em todos os municípios: para atendimento e assessoramento educacional ao
processo de inclusão escolar de estudantes com deficiência auditiva e surdocegueira.

29
Da Educação Especial

Centro Estadual de Educação Especial e Inclusiva - CEESPI, com atuação em Campo


Grande e região metropolitana: para atendimento e assessoramento educacional ao
processo de inclusão escolar de estudantes com deficiência intelectual, síndrome de
Down, paralisia cerebral, deficiência física e outras síndromes.

Centro Estadual de Apoio Multidisciplinar Educacional ao Estudante com Transtorno


do Espectro Autista - CEAME/TEA, com atuação em todos os municípios: para
atendimento e assessoramento educacional ao processo de inclusão escolar de
estudantes com transtorno do espectro autista.

Centro Estadual de Atendimento Multidisciplinar para Altas Habilidades/Superdotação


- CEAM/AHS, com atuação em todos os municípios: para atendimento e
assessoramento educacional ao processo de inclusão escolar de estudantes com Altas
Habilidades/Superdotação.

Toda essa equipe tem como função precípua acolher os estudantes público da educação
especial, orientar as famílias/responsáveis e apoiar as escolas no que tange ao processo
de inclusão escolar. A organização setorial desses Centros ocorre conforme organograma
abaixo:

30
Da Educação Especial

Sobre a atuação da equipe da educação especial, cabe destacar que ela acontece sob a
coordenação da COESP, por meio de um trabalho colaborativo entre todos os Centros e
equipes do NUESP nas Coordenadorias Regionais de Educação, com a finalidade de
conhecer todos os estudantes, avaliar suas condições de aprendizagem, traçando as
potencialidades e as especificidades do processo de ensino e aprendizagem, a fim de
organizar institucionalmente os apoios pedagógicos especializados necessários em cada
caso.

ATENÇÃO !

Quando um estudante é matriculado na Rede Estadual de Ensino, a escola deve


informar imediatamente ao Centro Estadual de atendimento ao público da educação
especial correspondente a condição do estudante, bem como ao Núcleo de
Educação Especial da Coordenadoria Regional de Educação ao qual a escola é
jurisdicionada.

A partir da informação da matrícula, a equipe da educação especial seguirá com os


encaminhamentos necessários para a avaliação educacional do estudante, que deve
acontecer no contexto da escola para elegibilidade dos apoios pedagógicos
especializados, conforme Deliberação do CEE/MS nº 11.883 de 05 de dezembro de
2019:

31
Da Educação Especial

Art. 27. O apoio pedagógico especializado é entendido como um conjunto de


estratégias, recursos pedagógicos e de acessibilidade, organizados
institucionalmente, de forma a promover a aprendizagem dos alunos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Art. 28. A oferta de serviços de apoio pedagógico especializado poderá se dar em classes
comuns, salas de recursos, Centros de Atendimento Educacional Especializado (CAEEs),
ambiente hospitalar e ambiente domiciliar, dentre outros, definidos de acordo com a
necessidade educacional do aluno e com anuência do setor competente da respectiva
mantenedora.

§ 1º O encaminhamento para os serviços de apoio pedagógico especializado se dará


mediante avaliação realizada por professor especializado em educação especial, em
articulação com o professor regente e a equipe pedagógica da escola, acompanhado de
relatório individual. (MATO GROSSO DO SUL, 2019)

Soma-se às orientaçõs elencadas a leitura da Deliberação


CEE/MS nº 11.883/2019. Para acessá-la, utilize seu celular e
aponte a câmera para o QR Code ou clique aqui.

32
Da Educação Especial

Depois que a equipe da educação especial conhece e acolhe o estudante junto à escola e
faz as orientações para a família/responsáveis e após a definição dos apoios pedagógicos
especializados necessários, são realizadas as tratativas administrativas para os
encaminhamentos, com a anuência da COESP, pela própria equipe da educação especial
em consonância com a equipe escolar.

Se o estudante requerer o Atendimento Educacional Especializado ofertado na Sala de


Recursos Multifuncionais, a equipe da educação especial fará os encaminhamentos para
tal atendimento; se o estudante requerer o apoio pedagógico especializado por um
tradutor intérprete de Libras, a equipe da educação especial fará os encaminhamentos
para tal atendimento, da mesma forma para definição de outras estratégias e recursos
pedagógicos necessários em cada caso.

Outro ponto muito importante no processo de inclusão escolar é o trabalho colaborativo


desenvolvido nas escolas pelos professores que atuam nos apoios pedagógicos
especializados da educação especial com os professores por áreas do conhecimento e
coordenadores pedagógicos.

33
Da Educação Especial

Somente com um trabalho conjunto é possível verificar as potencialidades educativas dos


estudantes público da educação especial, para a elegibilidade das necessidades que
serão trabalhadas em cada bimestre definidas no Plano Educacional Individualizado
(PEI).

Esse esforço coletivo tem um único


objetivo: promover a inclusão escolar e
social dos estudantes com deficiência,
transtorno global do desenvolvimento e
altas habilidades/superdotação na Rede
Estadual de Ensino, tornando nosso
Estado cada vez mais inclusivo.

34
Da Educação Especial

PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

PROFESSOR DA SALA DE RECURSOS


MULTIFUNCIONAIS
Destina-se ao atendimento dos estudantes público da
educação especial em sala de recursos multidisciplinar e
em contraturno ao da matrícula no ensino comum. Esse
professor tem a atribuição de elaborar, produzir e
organizar serviços, recursos pedagógicos e de
acessibilidade e estratégias para o Atendimento
Educacional Especializado, como também estabelecer
articulação com os professores da educação especial e
do ensino comum.

PROFESSOR TRADUTOR DE LIBRAS


Destina-se ao atendimento dos estudantes surdos.
A designação desse professor é definida após a
avaliação de nível linguístico realizada pela equipe
do NUESP. Esse professor tem a atribuição de
realizar a tradução e a interpretação da Libras e
da Língua Portuguesa na modalidade oral, de
maneira simultânea ou consecutiva, de forma
colaborativa com o professor regente de classe
comum.
PROFESSOR DO ATENDIMENTO
ESPECIALIZADO DOMICILIAR
Este professor tem a atribuição de atender ao
estudante público da educação especial
impossibilitado de frequentar a escola, em razão
das condições de saúde e ou outras limitações. O
atendimento é condicionado à apresentação de
atestado médico, constando data de início e fim do
período de afastamento do aluno, quando for o
caso, e ao encaminhamento e acompanhamento do
serviço de educação especial da respectiva
mantenedora.

35
Da Educação Especial

PROFESSOR DE APOIO ESPECIALIZADO


Destina-se a estudantes com graves deficiências
e/ou condições que exijam apoios intensos e
contínuos, que não são atendidos no contexto geral
dos serviços ofertados aos demais estudantes. A
designação desse professor será definida após a
avaliação educacional realizada pela equipe do
NUESP. Esse professor tem atribuição elaborar
metodologias diferenciadas, adequação de recursos e
ou outras estratégias que oportunizem o acesso ao
currículo, no ambiente escolar, de forma colaborativa
com o professor regente de classe comum.

PROFESSOR DE APOIO EDUCACIONAL


Destina-se a estudantes que necessitam somente
de apoio nos momentos de alimentação, higiene e
locomoção, dentre outras atividades da mesma
natureza, que não são atendidos no contexto
geral dos serviços ofertados aos demais
estudantes. Esse professor tem atribuição de
atender as necessidades de natureza técnica
(alimentação, higiene e locomoção, dentre outras
atividades da mesma natureza), e sua designação
será definida após a realização de avaliação
educacional realizado pela equipe do NUESP.

36
37
3. PLANEJAMENTO

38
3. PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO ON-LINE BIMESTRAL

Para o ano letivo de 2024, a Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul
(SED/MS) implementa algumas mudanças em relação ao planejamento de aulas. O
planejamento on-line passa a ser bimestral e as habilidades estarão agrupadas, sempre
que possível, por área de conhecimento. Essa mudança repercutirá de forma significativa
na maneira pela qual professores e equipe pedagógica organizam, planejam e executam
as ações pedagógicas. Espera-se que maior tempo seja empregado na execução do plano
de aula, nas análises cotidianas de desempenho e rendimento, bem como no (re)planejar
de estratégias, sempre que necessário.

Dessa forma, a SED/MS, baseando-se no Currículo/MS e em outros documentos oficiais


da REE/MS, organizou de maneira sistemática e sequencial os objetos de conhecimento e
habilidades, estruturando-os bimestralmente para cada etapa e ano de ensino. Trata-se
da Organização Curricular Programática, que estará disponível na plataforma de
planejamento on-line, devendo ser acessada pelo professor durante a realização de seu
planejamento bimestral. Essa ação visa promover a universalização das aprendizagens
dos estudantes atendidos pela Rede e, assim, facilitar a implementação de ações
coordenadas para melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Outra mudança importante é que, a partir deste ano, todos os docentes lotados nas
unidades escolares terão acesso, como leitores, aos planejamentos dos colegas que
lecionam nas mesmas turmas, reforçando a importância da prática educacional de
maneira coletiva e colaborativa.

Uma inovação fundamental é a padronização das telas do Planejamento on-line, que


serão as mesmas independentemente da etapa ou modalidade de ensino. Essa
abordagem visa universalizar o trabalho dos profissionais da Rede, facilitando a
colaboração e a compreensão do planejamento por toda a comunidade escolar.

Destaca-se a importância de uma organização pedagógica eficaz para acompanhar e


assessorar a execução do planejamento dos professores de maneira sistemática,
garantindo a aprendizagem dos estudantes, levando em consideração suas necessidades
e conhecimentos prévios.

39
Do Planejamento

Outrossim, é essencial que os tempos de planejamento dos professores que atuam nos
apoios pedagógicos especializados da educação especial sejam organizados de forma que
contemplem momentos de planejamento em conjunto, que priorizem a elaboração e
monitoramento das habilidades, estratégias, recursos e tipos de avaliação do Plano
Educacional Individualizado (PEI) e sua reelaboração bimestral.

Essa abordagem colaborativa envolvendo professores da educação especial e professores


por área de conhecimento é essencial para garantir uma visão integrada e abrangente do
desenvolvimento e aprendizado dos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.

Ao promover uma dinâmica organizada pela escola, o objetivo é criar um ambiente


propício para o diálogo e a troca de experiências entre os profissionais, contribuindo
para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas mais eficazes e alinhadas às
necessidades específicas dos estudantes da educação especial.

Essa abordagem reflexiva e coletiva visa, acima de tudo, à melhoria contínua da


aprendizagem desses estudantes, reforçando o compromisso com a inclusão e a
promoção do sucesso educacional para todos.

Nesse contexto, o planejamento no Sistema de Gestão de Dados Escolares (SGDE) foi


readequado, bem como as orientações da hora-atividade, de forma a potencializar o
trabalho docente, possibilitando a organização de uma sequência didática significativa,
colaborativa, interessante e que envolva os estudantes. Essas mudanças refletem o
compromisso da SED/MS em promover uma educação de qualidade e acessível a todos.

Pergunta

40
Do Planejamento

PLANEJAMENTO ON-LINE BIMESTRAL NA MODALIDADE EDUCAÇÃO DE JOVENS


E ADULTOS - EJA

Os Cursos de Educação de Jovens e Adultos - EJA são constituídos de uma especificidade


curricular que privilegia a ação interdisciplinar entre as diferentes áreas do
conhecimento/componentes curriculares, articulados aos eixos temáticos.

Desse modo, os eixos temáticos devem perpassar por todo o Currículo da EJA,
relacionando-se com as competências, habilidades e objetos de conhecimento, bem
como com a relação dialógica entre teoria e prática que se apresenta nas situações
didáticas, com vistas ao alcance de uma aprendizagem significativa aos estudantes
jovens, adultos e idosos.

A partir dessa compreensão e, ainda, considerando que a oferta dos cursos da Educação
de Jovens e Adultos são organizados de forma modular, compreendendo o período entre
95 a 100 dias letivos, informa-se que a organização curricular não será feita por
agrupamento bimestral, sistematizado e sequencial, de habilidades e objetos de
conhecimento para essa modalidade no Sistema de Gerenciamento de Dados Escolares -
SGDE. Entretanto, a temporalidade dos planejamentos será realizada de acordo com o
cronograma bimestral, proposto para a Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul -
REE/MS.

Logo, a padronização das telas do sistema de planejamento serão as mesmas no


tange à periodização bimestral, que visa universalizar o trabalho dos profissionais da
Rede. Porém, caberá ao profissional docente descrever no sistema a sequência didática
para a abordagem de cada habilidade e objeto de conhecimento, tendo como parâmetro
o documento de referência curricular da EJA nas etapas do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio.

Ainda no que se refere ao sistema de planejamento, nos campos destinado aos critérios
e instrumentos avaliativos e às ações didáticas e estratégias de aprendizagem, o
professor deverá apresentar um repertório de possibilidades para que as habilidades
sejam apreendidas pelo estudante e que estas possam dialogar com os componentes da
mesma área de conhecimento ou com os componentes curriculares de outras áreas.

41
Do Planejamento

Atenção às mudanças no
Planejamento!

Destaca-se a importância crucial de os professores preencherem o Diário de Classe


diariamente, registrando informações essenciais, como a frequência dos estudantes e
os objetos de conhecimento trabalhados na aula. Isso é particularmente relevante devido
à transição para o novo Planejamento on-line bimestral, que não está mais vinculado aos
dias de aula, tornando ainda mais necessária essa prática de registro constante do Diário
de Classe.

HORÁRIO DESTINADO ÀS HORAS-ATIVIDADE, ORGANIZADO POR ÁREA DE


CONHECIMENTO E UNIFICADO PARA TODA A REDE DE ENSINO

A proposta de planejamento coletivo parte do princípio de que a escola, apesar de seus


diversos segmentos, diferentes etapas e modalidades e de dispor de uma estrutura de
ensino organizada por diferentes componentes e unidades curriculares, caminha para um
objetivo comum e maior: consolidar as aprendizagens de cada um dos estudantes. Dessa
forma, pensar e propor coletivamente estratégias de aprendizagem é um caminho
necessário a ser percorrido.

Para que a transição do planejamento individual para o coletivo ocorra de maneira


efetiva, deve-se inicialmente sistematizar o horário de aulas e de horas-atividade dos
professores. Nesse sentido, é oportuno respaldar-se na Resolução n. 2.799, de 8 de
novembro de 2013, que dispõe sobre os quantitativos de horas-aula e de horas-atividade
a serem cumpridas pelos profissionais da Educação Básica, no exercício da docência nas
unidades escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Salienta-se,
ainda, que o cumprimento de jornada presencial das horas-atividade, conforme
estabelece a normativa em vigor, é imprescindível e inegociável.

Busca-se, dessa forma, proporcionar condições aos docentes para planejar ações
conjuntas dentro de suas áreas de conhecimento. O objetivo é priorizar a elaboração de
atividades que promovam a aprendizagem ativa. Isso inclui a definição de estratégias
metodológicas e instrumentos avaliativos alinhados ao contexto escolar, proporcionando
significado aos discentes e fortalecendo o compromisso com uma educação de qualidade.

42
Do Planejamento

O tempo reservado às horas-atividade deve ser, portanto, momento de integração entre


coordenação e professores e entre a escola e a Secretaria de Educação. Para tanto,
também serão propostos momentos de orientação e formação aos professores. Por essa
razão, o horário de planejamento passará a ser organizado por área de conhecimento,
dentro de um cronograma semanal unificado para todas as unidades escolares da
REE/MS e pré-estabelecido pela SED/MS, conforme apresenta-se na sequência:

HORA-ATIVIDADE UNIFICADA PARA A REE/MS - QUADRO 1

Componente/ Ciências da Projeto de Vida /


Linguagens Matemática Ciências Humanas
Área do EF Natureza Ensino Religioso

Ciências da
Unidade/Área Linguagens e suas Matemática e Ciências Humanas
Natureza e suas Projeto de Vida
do EM Tecnologias suas Tecnologias e Sociais Aplicadas
Tecnologias

OPÇÃO 1 Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

HORA-ATIVIDADE UNIFICADA PARA A REE/MS - QUADRO 2

Componente/ Ciências da Projeto de Vida /


Linguagens Matemática Ciências Humanas
Área do EF Natureza Ensino Religioso

Ciências da
Unidade/Área Linguagens e suas Matemática e Ciências Humanas
Natureza e suas Projeto de Vida
do EM Tecnologias suas Tecnologias e Sociais Aplicadas
Tecnologias

OPÇÃO 2 Sexta-feira Quinta-feira Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira

Salienta-se que essa organização tem a finalidade de possibilitar a integração da equipe


pedagógica nas unidades escolares, como também a realização do assessoramento
pedagógico pelas equipes da SED/MS. Dessa forma, a unidade escolar deverá
escolher um dos quadros semanais sugeridos para organizar as suas horas-
atividade, nas quais ocorrerá o planejamento por área.

Atenção às principais mudanças para o ano


de 2024!
Planejamento on-line bimestral
Organização Curricular
Perfil Leitor no Sistema de Planejamento
Padronização das telas do Planejamento para todas as
etapas e modalidades
Horas-atividade por área de conhecimento e unificado
para a Rede

43
Do Planejamento

PLANEJAMENTO POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Para promover uma construção baseada no diálogo, uma das categorias da


interdisciplinaridade, é crucial que os gestores escolares assegurem a implementação dos
horários das horas-atividade, conforme proposto pela Secretaria de Educação. Essa
medida visa viabilizar a realização de encontros semanais entre os professores da mesma
área e a Coordenação Pedagógica.

Ao garantir a disponibilidade de tempo para as horas-atividade, os gestores contribuem


na criação de um ambiente propício à colaboração e à troca de experiências entre os
educadores. Esses encontros regulares possibilitam a construção coletiva de práticas
pedagógicas, promovendo a interdisciplinaridade e enriquecendo o planejamento e a
execução das atividades educacionais.

Dessa forma, destaca-se a importância da organização do trio Pergunta


gestor, no qual o
Coordenador Pedagógico desempenha um papel crucial. Conforme preconiza a Resolução
n° 4256, de 09 de novembro de 2023, ao Coordenador Pedagógico cabe coordenar e
incentivar momentos de estudos coletivos que ampliem o conhecimento e a prática dos
professores. Adicionalmente, é fundamental que o Coordenador Pedagógico esteja atento
aos pontos de atenção dos docentes, buscando promover formação contínua e em
serviço que contemple a realidade da unidade escolar.

Destaca-se que, ao planejar as aulas com os pares, os professores podem analisar juntos
quais estratégias metodológicas e instrumentos avaliativos melhor desenvolvem,
efetivamente, as habilidades trabalhadas, requerendo dos envolvidos comprometimento
consigo mesmos e com o outro. Nessa atividade colaborativa, espera-se que, enquanto
processo reflexivo e coletivo, a partir das experiências pedagógicas de cada profissional,
sejam construídas ações que promovam aprendizagens de forma intencional.

Portanto, é fundamental que os gestores compreendam a importância de reservar e


respeitar o tempo destinado às horas-atividade, reconhecendo esse momento como
estratégico para o desenvolvimento profissional dos professores e para o fortalecimento
das práticas pedagógicas, em consonância com as diretrizes da SED/MS.

44
Do Planejamento

CONSELHO DE CLASSE

Pergunta A Resolução/SED n. 4.113 de 13 de dezembro de 2022, em


Trabalho colaborativo
seu Capítulo XVII, destaca o papel fundamental do Conselho
A colaboração é essencial neste
de Classe, definindo-o como uma instância colegiada de
momento, uma vez que o natureza consultiva e deliberativa integrante da estrutura da
desempenho alcançado será mais
eficaz com uma integração mais unidade escolar. O Conselho de Classe possui funções
robusta entre os participantes. específicas, conforme descritas no art. 228, com destaque
para:

I - Análise do processo de aprendizagem desenvolvido, com a


Pergunta
O que é um Conselho de proposição de ações para a sua melhoria;
Classe ?
II - Avaliação da prática docente, incluindo metodologia,
É um espaço democrático de conteúdos programáticos e totalidade das atividades
Pergunta
avaliação coletiva, a fim de
garantir que esse mesmo espaço pedagógicas realizadas;
promova resultados concretos e III - Definição de novos critérios para a avaliação e sua
garanta a aprendizagem do
estudante. revisão, quando necessário.

Nesse sentido, o Conselho de Classe se torna uma ferramenta


Pergunta
Como o Conselho essencial para fomentar a reflexão dos participantes sobre a
precisa ocorrer? importância de reconhecer as diferenças e singularidades dos
Deve ser um momento reflexivo estudantes e como essas diferenças impactam no processo da
Pergunta
sobre o desenvolvimento da aprendizagem.
escola como um todo. Para que,
assim, coletivamente sejam
propostas estratégias que Ao sair desses encontros, os professores devem sentir-se
melhorem a aprendizagem e o
rendimento dos estudantes. animados e com boas expectativas, pois, mesmo diante das Pergun
complexidades, estão inseridos em uma comunidade escolar
que está unida e comprometida em construir estratégias
eficazes para melhorar a aprendizagem, o rendimento e o
desenvolvimento dos estudantes. Esse espírito colaborativo e
de equipe é fundamental para superar desafios e promover
um ambiente escolar positivo e acolhedor.

45
Do Planejamento

PRÉ-CONSELHO

O Pré-Conselho não apenas desempenha um papel crucial na


O Pré-Conselho é obrigatório?
avaliação das práticas pedagógicas, mas também é uma
ferramenta valiosa para as ações do "Recuperar para Não. Nessa etapa, o objetivo é
discutir a busca por soluções para
Avançar". Ao antecipar e analisar cuidadosamente os questões que já estão pré-
determinadas. A abordagem é
resultados das avaliações, os educadores podem identificar debater o que se pode fazer para
recuperar a aprendizagem do
quais estudantes necessitam de suporte adicional e orientar estudante.
estratégias específicas para o período de recuperação.

É fundamental estabelecer uma estrutura eficiente para coletar Que estratégias posso usar?
e organizar os dados das avaliações. Uma abordagem
Explicitar previamente de que
recomendada é a implementação de um sistema de modo e o que os professores
precisam anotar em suas
monitoramento colaborativo, utilizando planilhas virtuais observações, a fim de inferir as
dificuldades do estudante para, e a
compartilhadas entre os professores. Essa prática permite que partir disso, propor mudanças de
estratégias.
todos os educadores registrem informações relevantes,
facilitando o acesso rápido e integrado aos dados.

Ao preceder a semana do "Recuperar para Avançar", constante


no Calendário Escolar, o Pré-Conselho possibilita que o
Coordenador Pedagógico e a gestão escolar organizem a rotina
pedagógica de maneira eficaz. É crucial envolver todos da
unidade escolar nesse processo, garantindo que os professores
sejam ouvidos e que estratégias adequadas sejam
desenvolvidas para atender às necessidades específicas dos
estudantes.

Essa abordagem integrada promove uma ação mais efetiva e


colaborativa, contribuindo não apenas para a identificação
precoce de dificuldades, mas também para o planejamento e
implementação de medidas corretivas e de apoio, fortalecendo
o compromisso da escola com o sucesso acadêmico de todos
os estudantes.

46
Do Planejamento

PÓS-CONSELHO

O planejamento e a execução das ações pós-conselho são


Qual a importância fundamentais para transformar as deliberações e análises
do Pós-Conselho?
realizadas durante o Conselho de Classe em práticas efetivas que
Este é um espaço de auto promovam melhorias na aprendizagem dos estudantes. A
avaliação, onde os
professores e os gestores elaboração de um plano de ação é uma ferramenta valiosa nesse
analisam quais aspectos da processo, fornecendo diretrizes claras sobre como abordar as
sua prática de trabalho
contribuíram ou não para os questões discutidas durante o encontro.
resultados e de que forma
podem fazer diferente.
É crucial que diretores e coordenadores desempenhem um papel
ativo na implementação dessas ações, demonstrando
Pergunta
Como tratar as comprometimento e apoio às decisões tomadas durante o
informações do Pós- Conselho, mobilizando o contato com os pais/responsáveis,
Conselho?
conversas com alunos com baixo rendimento escolar ou que
Os gestores devem organizar necessitam de orientações específicas e colaboração na
todos os dados coletados em
tabelas, gráficos e ata (por formação de professores. Essa participação efetiva da gestão
turma, ano escolar e etapa escolar não apenas fortalece a implementação das ações, mas
de ensino). Utilizar
ferramentas digitais que também motiva e envolve toda a equipe.
tornem possível uma
visualização dos dados da
escola e observações A ideia de utilizar a hora-atividade coletiva para planejar
realizadas no conselho para
facilitar o acesso ao estratégias diversificadas para os estudantes que requerem mais
documento sempre que atenção no seu processo de aprendizagem é excelente. Além
necessário.
disso, esse momento promove a colaboração entre os
professores e contribui para o desenvolvimento de práticas mais
Pergunta
personalizadas e eficazes.

47
4. MATRIZ
CURRICULAR

48
4. MATRIZ CURRICULAR
Para garantir melhores resultados educacionais, a matriz padrão para as escolas de meio
período será de, preferencialmente, 30 aulas presenciais.

Os estudantes que dependem de transporte escolar misto deverão ser atendidos no


sexto período de forma não presencial, por meio de atividades e trabalhos elaborados
pelos professores de acordo com o que foi trabalhado na aula.

Com o propósito de atender às especificidades das escolas e proporcionar uma


organização mais eficiente para o ensino e aprendizado, as Matrizes Curriculares
operacionalizadas em 2024 foram cuidadosamente planejadas.

Essas Matrizes estão distribuídas nos seguintes formatos: 30 AP; 25 AP + 5 ANP -


exclusiva para escolas que dependentes de transporte escolar misto; 21 AP + 9 ANP; e
40 AP.

A seguir, apresentamos as especificações das Matrizes de acordo com as etapas de


ensino.

Para as escolas em tempo


ENSINO FUNDAMENTAL
integral, quais são as
matrizes disponíveis para o As alterações realizadas para o Ensino Fundamental no
Ensino Fundamental?
ano de 2024 visam a um trabalho de aprofundamento e
Há duas versões de matriz curricular de recomposição das aprendizagens.
para as escolas em tempo integral, A
e B, conforme a Resolução/SED n.
4.252, de 3 de Janeiro de 2024. Há duas versões de matriz curricular para as escolas em
tempo integral, A e B, sendo de escolha da unidade
escolar a matriz a ser operacionalizada.
As Eletivas ainda serão
organizadas semestralmente?
A diferença entre elas diz respeito à oferta do
Não. A partir deste ano, as Eletivas componente Língua Espanhola nos Anos Finais, disponível
serão organizadas bimestralmente,
na Matriz B, o que também gera mudança de carga
havendo, para cada bimestre, um tema
gerador comum para todas as eletivas. horária, com duas horas-aula para Língua Espanhola e
também, Língua Inglesa.

49
Da Matriz Curricular

Os componentes Recomposição da Aprendizagem (RA) em Língua Portuguesa e


Matemática, anteriormente designados como RA - Língua Portuguesa e RA - Matemática,
ganharam novas denominações: “Língua Portuguesa - RA” e “Matemática - RA”. Essa
alteração se baseia tendo em vista o foco nos componentes curriculares específicos de
Língua Portuguesa e Matemática, estando a recomposição da aprendizagem como
processo constituinte dentro desses componentes.

As Eletivas, dispostas na matriz de tempo integral (matrizes A e B), ganharam novas


estruturações:

As Eletivas ganham um novo direcionamento como forma de viabilizar o


aprofundamento nas aprendizagens desenvolvidas nas áreas do conhecimento por
meio de temas geradores, que se alternam entre os bimestres.

Não haverá mais turmas mistas.

A partir deste ano, as Eletivas serão trabalhadas com temáticas bimestrais, ou seja,
para cada bimestre haverá um tema gerador comum para todas as Eletivas.

Novas denominações:

Eletiva 01 passa a ser Eletiva - Ciências Naturais e Tecnologia


Eletiva 02 passa a ser Eletiva - Letramento e Raciocínio Matemático
Eletiva 03 passa a ser Eletiva - Ciências Humanas e Sociedade
Eletiva 04 passa a ser Eletiva - Literatura e Produção Textual

Carga horária:

As Eletivas “Ciências Naturais e Tecnologia”, “Letramento e Raciocínio Matemático” e


“Ciências Humanas e Sociedade” terão uma hora-aula semanal, tanto para os Anos
Iniciais quanto para Anos Finais.

A Eletiva “Literatura e Produção Textual” terá, nos Anos Iniciais, duas horas-aula
semanais e, nos Anos Finais, uma hora-aula semanal.

50
Da Matriz Curricular

Atenção à organização das Eletivas dos


Anos Finais do Ensino Fundamental e
aos professores que irão ministrar cada
uma delas! Pergunta

Apresenta-se a seguir a organização das Eletivas dos Anos Finais do Ensino


Fundamental conforme o componente ou área de conhecimento da qual fazem parte.
Observe também quais são as habilitações/licenciaturas necessárias para compor o
quadro de professores, que contribuirão para uma experiência educacional
enriquecedora e abrangente.

PROFISSIONAL HABILITADO NOME DA ELETIVA

Habilitação em Biologia Eletiva - Ciências Naturais e Tecnologia

Habilitação em Matemática Eletiva - Letramento e Raciocínio Matemático

Habilitação em Geografia ou História Eletiva - Ciências Humanas e Sociedade

Licenciatura em Letras Eletiva - Literatura e Produção Textual

As orientações sobre as Eletivas serão apresentadas em documento próprio. No caso dos


Anos Iniciais, o profissional responsável é o professor de Licenciatura com habilitação para
docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

Veja quais foram as principais alterações na Matriz


Curricular da etapa do Ensino Fundamental!

Há duas versões de matriz curricular para as escolas em tempo integral,


A e B, sendo de escolha da unidade escolar a matriz a ser operacionalizada.

Não haverá mais turmas mistas nas Eletivas.

A partir de 2024, as Eletivas serão organizadas bimestralmente, havendo para cada


bimestre um tema gerador comum para todas as elas.

As Eletivas “Ciências Naturais e Tecnologia”, “Letramento e Raciocínio Matemático” e


“Ciências Humanas e Sociedade” terão uma hora-aula semanal, tanto para os Anos
Iniciais quanto para os Anos Finais.

A Eletiva “Literatura e Produção Textual” terá, nos Anos Iniciais, duas horas-aula
semanais e, nos Anos Finais, uma hora-aula semanal.

51
Da Matriz Curricular

ENSINO MÉDIO

A reestruturação do Ensino Médio na REE/MS ganha Não haverá mais a


destaque no Itinerário Formativo Propedêutico e no inclusão de Linguagens no
Itinerário Formativo
Profissional.
Propedêutico?

O Itinerário Formativo Propedêutico está dividido em A fim de proporcionar uma base


sólida para o aprofundamento, é
duas partes - Parte Comum e Parte Flexível: crucial que o estudante domine
habilidades fundamentais. Nesse
contexto, Língua Portuguesa–RA e
A Parte Comum, operacionalizada em todas as matrizes
Matemática-RA passam a integrar
curriculares do Ensino Médio, é composta pelo “Núcleo de o Itinerário Formativo,
Integração e Recomposição das Aprendizagens”, que assegurando ao estudante os
conhecimentos basilares e
contempla as unidades curriculares “Língua Portuguesa - necessários.
RA”, “Matemática - RA” e “Literatura e Produção Textual”
e, para as escolas de tempo integral, há o acréscimo de
Como serão estabelecidas
“Língua Espanhola”. as novas combinações no
Itinerário Formativo
Propedêutico?
A Parte Flexível, denominada “Percurso de
Aprofundamento e Integração de Estudos”, abrange as ComPergunta
a presença do Núcleo de
unidades curriculares “Projeto de Vida”, “Eletiva”, Integração e Recomposição das
Aprendizagens na Parte Comum e
“Unidade Curricular I”, “Unidade Curricular II”, “Unidade do Percurso de Aprofundamento e
Curricular III” e “Laboratório de Língua Estrangeira”, este Integração de Estudos na Parte
Flexível do Itinerário Formativo,
último, por sua vez, específico para estudantes do 3º ano. teremos as seguintes
Ademais, para as escolas de tempo integral, há o configurações: Parte Comum
(Língua Portuguesa - Redação e
acréscimo de “Estudo Orientado”.
Análise; Matemática - Raciocínio e
Argumentação) + Parte Flexível
A organização curricular das Unidades Curriculares I, II e (CHS ou CNT).

III será definida conforme a escolha do estudante entre


as áreas Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CHS) ou A escola poderá formar
Ciências da Natureza e suas Tecnologias (CNT). turma multisseriada para
o Itinerário Formativo?

Nesse novo contexto do Itinerário Formativo, a composição Os estudantes que escolherem o


do que anteriormente era conhecido como percurso formativo Itinerário Formativo Propedêutico
serão ensalados seguindo o
(LGG + MAT + CNT/CHS) passa por uma reestruturação, mesmo arranjo definido para a
agora contando com Língua Portuguesa - RA e Matemática RA Formação Geral Básica. Assim, a
escola precisará analisar as
(comum a todos os Itinerários Formativos), bem como com
opções feitas durante a matrícula
CNT ou CHS, que se tornam opções para aprofundamento. para agrupar os estudantes
conforme a preferência de curso
(CHS ou CNT).

53
Da Matriz Curricular

O Itinerário Formativo Profissional está dividido em


Como serão as aulas para
o 3º ano? duas partes - Parte Comum e Parte Flexível:

As aulas para o 3º ano também


terão como foco a resolução de A Parte Comum, denominada “Núcleo de Integração e
avaliações externas, Recomposição das Aprendizagens”, é composta pelas
proporcionando aos estudantes
unidades curriculares “Língua Portuguesa - RA” e
uma experiência prática e
simulada de como são as “Matemática - RA”, com o acréscimo de “Literatura e
avaliações desse tipo. As Produção Textual” e “Língua Espanhola” para as escolas
Unidades Curriculares I, II e III;
Língua Portuguesa - RA; de tempo integral.
Matemática - RA; Literatura e
Produção Textual; e Língua
Espanhola (no caso da matriz de
A Parte Flexível, denominada “Percurso Profissional”, é
40 AP) terão como propósito composta pela “Unidade Curricular Profissional I”,
oferecer aos estudantes “Unidade Curricular Profissional II” e “Unidade Curricular
aprofundamento nos
conhecimentos focando na sua Profissional III”. E, nas escolas de tempo integral, há o
preparação para o Exame acréscimo do “Percurso de Aprofundamento e Integração
Nacional do Ensino Médio (ENEM)
e vestibulares, visando ao de Estudos”, composto pelo “Projeto de Vida”, “Unidade
ingresso em Instituições de Curricular I”, “Unidade Curricular II”, “Unidade Curricular
Ensino Superior (IES).
III” e “Laboratório de Língua Estrangeira”, este último, por
sua vez, específico para estudantes do 3º ano.

A escola poderá construir


a Eletiva?
3º ANO - Preparatório para Processos Seletivos de
O curso será padronizado para a Ensino Superior (VESTIBULAR e ENEM)
Rede e será ofertado em parceria
com a Fundação Telefônica Vivo,
como parte do programa Eletivas As Unidades Curriculares I, II e III, Língua Portuguesa -
Pense Grande Tech. Essa
padronização busca assegurar a
RA, Matemática - RA, Literatura e Produção Textual e
Pergunta Laboratório de Língua Estrangeira (no caso da matriz de
equidade educacional nas
unidades escolares dos 79 40h), para o 3º ano do EM, têm como objetivo fornecer
municípios, proporcionando aos
estudantes conhecimentos em aos estudantes conhecimentos mais extensivos nas
ferramentas educacionais, diversas áreas do conhecimento, com foco na preparação
alinhados à BNC Computação, em
conformidade com a Resolução para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e
CNE/CEB nº 1, de 4 de outubro vestibulares, visando ao ingresso em Instituições de
de 2022. A escolha da temática
Ensino Superior (IES).
será feita pela unidade escolar por
meio de um processo de escuta
aos estudantes, dentro das
opções pré-definidas para cada
ano.

54
Da Matriz Curricular

Unidade curricular Eletiva:

A unidade curricular “Eletiva” tem como foco as Tecnologias Digitais, em consonância


com a Resolução CNE/CEB nº 1, de 4 de outubro de 2022, que aborda a inclusão da
Computação na Educação Básica, complementando, assim, a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC).

Sobre as novas unidades curriculares:

Literatura e Produção Textual: a unidade curricular enfatiza a análise de textos


literários e a prática da produção textual, contribuindo significativamente na
preparação dos estudantes para as avaliações externas. Dessa forma, o professor
irá trabalhar habilidades de interpretação, compreensão e expressão textual, que
são indispensáveis aos estudantes.

Laboratório de Língua Estrangeira (Matriz 40 AP): ofertado aos estudantes do 3º


Pergunta
ano, tem como objetivo aprofundar o conhecimento em Língua Inglesa ou Língua
Espanhola, de acordo com a escolha/oferta na unidade escolar. O foco do
laboratório está na preparação do estudante para a realização de avaliações que
abrangem língua estrangeira.

Estudo Orientado (Matriz 40 Ap): o estudo orientado proporcionará ao estudante


do tempo integral um momento, dentro do horário escolar, para realizar atividades
e estudos com orientação e auxílio do seu professor.

Para as Matrizes de 40 AP, o horário de entrada será determinado de acordo com as


especificidades de cada escola, porém o término das aulas ocorrerá até às 16h10. O
horário de 16h10 a 17h será reservado para projetos de práticas esportivas e/ou
culturais, sendo permitido que os estudantes saiam da escola às 17h.

Serão compartilhadas orientações específicas para


proporcionar uma compreensão mais detalhada e facilitar a
implementação das diretrizes mencionadas.

Para saber mais sobre as Matrizes Curriculares que serão


operacionalizadas no ano de 2024, sugere-se a leitura da
Resolução/SED Nº 4.252, de 3 de janeiro de 2024. Para
acessá-la, utilize seu celular e aponte a câmera para o QR
Code ou clique aqui.

55
Da Matriz Curricular

Atenção à organização das UCs do


Ensino Médio e aos professores que irão
ministrar cada uma delas!
Pergunta
Pergunta
Apresenta-se a seguir a organização das Unidades Curriculares que compõem as áreas
de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Ciências Humanas Sociais Aplicadas,
integrantes do Percurso de Aprofundamento e Integração de Estudos - Parte
Flexível da Matriz Curricular do Ensino Médio. Observe quais são as habilitações
necessárias para compor o quadro de professores, que contribuirão para uma
experiência educacional enriquecedora e abrangente.

UNIDADE PROFISSIONAL
NOME DA UNIDADE CURRICULAR - CIÊNCIAS DA NATUREZA
CURRICULAR HABILITADO

1º ANO

Habilitação em
UC I Biologia em Foco: Entendendo a Vida
Biologia

UC II Habilitação em Física Física Aplicada: Uma Visão Expandida

Habilitação em
UC III Ciência Química: Explorando a Matéria e o Ambiente
Química

2º ANO

Habilitação em Integrando Ciências: Exploração Cósmica, Evolução Biológica e


UC I
Biologia Sustentabilidade

UC II Habilitação em Física Física Integrada: Leis Naturais e Tecnologia Emergentes

Habilitação em Estudos em Química: Compreendendo a Estrutura e Dinâmica da


UC III
Química Matéria.

3º ANO

Habilitação em
UC I Biologia em Evidência: Genética, Ambiente e Saúde
Biologia

UC II Habilitação em Física Desvendando a Física: Dos Conceitos Essenciais aos Avançados

Habilitação em
UC III Explorando a Química: Estrutura, Transformações e Aplicações
Química

56
Da Matriz Curricular

UNIDADE PROFISSIONAL NOME DA UNIDADE CURRICULAR - CIÊNCIAS HUMANAS E


CURRICULAR HABILITADO SOCIAIS APLICADAS
Pergunta
1º ANO

Conhecimento Histórico: da Antiguidade ao Mundo


UC I Habilitação em História
Contemporâneo I

Habilitação em
UC II Estudo em Humanidades: Ética
Filosofia/Sociologia

UC III Habilitação em Geografia A Geografia Física e Humana e suas Conexões

2º ANO

Conhecimento Histórico: da Antiguidade ao Mundo


UC I Habilitação em História
Contemporâneo II

Habilitação em
UC II Estudos em Humanidades: Pensamento Social
Filosofia/Sociologia

UC III Habilitação em Geografia A Geografia e as Atualidades do Mundo

3º ANO

UC I Habilitação em História Evolução do Conhecimento ao longo da História

Habilitação em
UC II Indivíduo, Sociedade e Conhecimento
Filosofia/Sociologia

UC III Habilitação em Geografia Da Natureza à Transformação do Espaço Geográfico

Frisa-se que as orientações acerca da organização curricular dessas Unidades Curriculares do


Percurso de Aprofundamento e Integração de Estudos serão apresentadas em documento
próprio

57
Da Matriz Curricular

QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS MUDANÇAS NAS MATRIZES


CURRICULARES DA ETAPA DO ENSINO MÉDIO?

ANTES AGORA

As Matrizes apresentavam As Matrizes estão alinhadas com o


diferença de 1 hora/aula entre quantitativo de hora/aula.
propedêutico e EPT.
Padronização da organização
Catálogo do Itinerário Formativo curricular do Percurso de
Propedêutico apresentava Aprofundamento para oferta
combinações diferentes dentro da padronizada na REE MS.
mesma área.
A unidade curricular Eletiva passa a
A unidade curricular Eletiva ser padronizada na Rede, com foco
apresentava diferentes construções nas Tecnologias Digitais com vistas
dentro da Rede, pois era elaborada a atender à BNC Computação.
pela escola.
Os Itinerários Formativos passam a
Os Itinerários Formativos eram ser seriados, correspondendo ao
multisseriados. mesmo quantitativo de estudantes
alocados na FGB.

58
Da Matriz Curricular

MODALIDADES ESPECÍFICAS O que é uma carga


horária direta?
Matrizes da Educação do Campo e da Educação Escolar A carga horária direta
Indígena ocorrerá sempre com a
Pergunta
presença do professor para
mediação dos
Na Educação do Campo e na Educação Escolar Indígena, a conhecimentos.
estrutura da matriz curricular segue o mesmo padrão das demais
O que é uma carga
matrizes da REE/MS, o que as diferencia são os componentes horária indireta?
específicos. Na Educação do Campo, há o componente curricular
A carga horária indireta
"Eixo Terra, Vida e Trabalho", enquanto, na Educação Escolar
será destinada para a
Indígena, os componentes curriculares são adaptados às execução de Atividades
realidades locais, considerando uma diversidade de contextos Pedagógicas
Complementares
presentes nas comunidades indígenas. Isso reflete uma abordagem elaboradas pelos
mais contextualizada e sensível às características e necessidades professores. O cômputo da
carga horária ocorrerá
desses grupos específicos. mediante a devolução
dessas atividades pelos
estudantes.

Educação de Jovens e Adultos - EJA

Nos Cursos de Educação de Jovens e Adultos - EJA, as Matrizes Curriculares são


aprovadas com os Projetos Pedagógicos dos Cursos, organizados de forma modular, nas
etapas do Ensino fundamental e do Ensino médio.

Para o ano de 2024, traz-se, na Matriz Curricular do Curso de EJA – Conectando Saberes
(urbano), proposta para a etapa do Ensino Fundamental (Módulos Intermediários I, II,
III e IV), a carga direta e indireta, que permitem criar tempos mais democráticos de
aprendizagens.

Nos Módulos supramencionados, a carga horária será estruturada de forma direta e


indireta. Nos componentes curriculares da etapa do Ensino Fundamental (Módulos
Intermediários I, II, III e IV), com carga horária indireta, o professor poderá estar
disponível na unidade escolar para o esclarecimento de dúvidas e aprofundamento dos
conhecimentos, conforme a necessidade do estudante e o cronograma de atendimento
elaborado, previamente, pela Coordenação.

59
63
5. CALENDÁRIO
ESCOLAR 2024

60
5. CALENDÁRIO ESCOLAR
A Resolução SED n. 4.239, de 5 de dezembro de 2023, publicada no Diário Oficial n.
11.342, de 6 de dezembro de 2023, que dispõe sobre a organização do ano escolar do
ano letivo e Calendário Escolar para o exercício do ano 2024 nas unidades escolares da
Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências, alterada pela
Resolução SED n. 4.254, de 3 de janeiro de 2024, publicada pelo DOE n. 11.374, de 4 de
janeiro de 2024, prevê significativas mudanças, das quais seguem abaixo:

O Calendário deverá ser aprovado pela Direção Escolar.

O ano escolar 2024 terá a duração de 225 dias, sendo: 2 dias para apresentação e
lotação dos professores efetivos (1° e 2 de fevereiro); 3 dias para o período
destinado a Diálogos e Planejamento Educacional (5 a 7 de fevereiro); 200 dias
letivos; 15 dias para o recesso escolar (17 a 31 de julho); 4 dias destinados ao
Exame Final (16 a 19 de dezembro) e 1 dia para o Conselho de Classe Final e término
do ano escolar (20 de dezembro).

Quando for o caso, o Conselho de Classe poderá ser organizado por Anos Iniciais e Anos
Finais do Ensino Fundamental, por anos do Ensino Médio ou por turmas, desde que cada
uma delas seja dispensada apenas um dia, prevendo no Calendário da unidade escolar
como será essa organização.

Serão destinados à Família e Escola 5 dias letivos, sendo 4 dias de livre escolha da
unidade escolar - que poderá realizar reunião de pais, festividades, etc - e 1 dia
obrigatoriamente com data específica, dia 23 de novembro, para celebrar o “Dia Nacional
de Zumbi e da Consciência Negra”.

As atividades relativas ao Recuperar para Avançar (RAV) e à aplicação da Avaliação do


Regime de Progressão Parcial estão contempladas em dias letivos estabelecidos em
Calendário Escolar e deverão ser organizadas sem a dispensa dos estudantes.

61
Do Calendário Escolar

Nos dias letivos operacionalizados com Atividades Pedagógicas Complementares - APC,


referentes a emendas de feriado, mas com expediente nas repartições públicas, a Secretaria
Escolar deverá permanecer aberta ao público, para prestar atendimento, nos períodos matutino
e vespertino, excetuando-se nos casos em que houver anteposição de feriado.

A unidade escolar poderá participar de Desfile Cívico em comemoração ao aniversário do


Município ou em outra data comemorativa considerado dia letivo, desde que tenha a
efetiva participação de corpo discente e docente, devendo retirar a APC de uma emenda
de feriado ou ainda tornar não letivo outra data escolhida.

ATENÇÃO !

A seguir, encontram-se os links para acessar o Calendário Escolar de 2024, incluindo o


Calendário Escolar do AJA, EJA Conectando Saberes 2024, EJA – CSII – CSII EAD – CS
III EAD, EJA – Qualificação Profissional e EJA – À Distância.

Para baixar o Calendário Escolar 2024, utilize seu celular e


aponte a câmera para o QR Code ou clique aqui.

Para acessar a página com todos os Calendários Escolares para


o ano de 2024 da REE/MS, utilize seu celular e aponte a
câmera para o QR Code ou clique aqui.

62
63
6. ATIVIDADE
PEDAGÓGICA
COMPLEMENTAR
(APC)
64
6. ATIVIDADE
PEDAGÓGICA
COMPLEMENTAR (APC)
A Atividade Pedagógica Complementar - APC consiste em atividades vinculadas às habilidades e
objetos de conhecimento previstos nos documentos curriculares da REE/MS e deve ser
previamente planejada e elaborada, a fim de ser ofertada ao estudante para realização fora do
ambiente escolar, de modo a cumprir dias letivos aos quais tem direito e que não puderam
ocorrer regurlamente.

Nesse sentido, haverá a aplicação de APC correspondente aos dias letivos 8, 9, 15, 16, 19 e 20
de fevereiro de 2024, os quais os estudantes não estarão na escola devido à realização da
Jornada Formativa da REE/MS. As atividades relativas a esse período serão elaboradas e
encaminhadas pela Secretaria de Estado de Educação.

As APCc que serão encaminhadas pela SED têm cunho


diagnóstico. Dessa forma, irão abranger as
aprendizagens mais essenciais para cada etapa
escolar. No caso de Língua Portuguesa e Matemática,
a referência para a elaboração das atividades são as
habilidades consideradas críticas a partir dos
resultados das avaliações de 2023. Para os
componentes que não possuem uma referência a
partir de resultados coletados das avaliações, serão
consideradas as habilidades basilares de anos
escolares anteriores.

As atividades contemplarão todas as unidades e os


componentes da formação geral básica. Será entregue
uma única APC por ano escolar, na qual estarão
compiladas as questões de todos os componentes.

Ainda que as APCs não contemplem componentes da parte diversificada (a


exemplo das Eletivas), todos os professores deverão se envolver no processo da
correção e tabulação dos resultados das APCs, tendo em vista as questões que
contemplem a sua respectiva área de conhecimento.

65
7. RECUPERAR
PARA AVANÇAR

66
7. RECUPERAR PARA
AVANÇAR
O Recuperar para Avançar terá continuidade no ano de 2024 e suas ações serão
retomadas, haja vista as boas experiências e os resultados positivos já alcançados. As
ações do Recuperar para Avançar proporcionaram reflexões e práticas importantes
acerca dos resultados de aprendizagem. Agora sua retomada visa estender essas
reflexões e implementar estratégias para garantir a todos os estudantes a permanência
na escola e o direito de recuperar e progredir na aprendizagem.

O Recuperar para Avançar deve ser uma ação contínua e integrada entre todos os atores
da comunidade escolar: Gestão Pedagógica, Professores, Estudantes e Responsáveis
legais e Secretaria de Estado de Educação. Todos empenhados em exercer seu papel, a
fim de que se obtenha o sucesso escolar dos estudantes a partir de uma educação com
qualidade e equidade.

Cabe enfatizar que as ações têm como foco dar suporte aos estudantes que não tiveram
um desempenho de aprendizagem esperado. Para tanto, é necessária a realização
contínua da Busca Ativa, cuidando para que a aprendizagem aconteça e, assim, seja
oportunizado ao aluno prosseguir nos seus estudos.

O Recuperar para Avançar já está previsto no Calendário Escolar de 2024, nos meses de
abril, julho, setembro e dezembro, conforme cronograma abaixo:

CRONOGRAMA

ABRIL JULHO SETEMBRO DEZEMBRO

Dias 22 a 26 Dias 08 a 12 Dias 23 a 27 Dias 2 a 6

67
Do Recuperar para Avançar

RECUPERAÇÃO PARALELA: QUESTÕES DE DIREITO - MARCO LEGAL

O marco legal que normatiza sobre a obrigatoriedade da recuperação das aprendizagens


tem sua base na Lei n. 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB), que
define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios
presentes na Constituição, e na Resolução SED n. 4166/23, que institui o Regimento
Interno das Escolas da REE/MS.

De acordo com o art. 12 da LDB, os estabelecimentos de ensino têm a responsabilidade


de prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento, já o art. 13
destaca a incumbência dos docentes em estabelecer estratégias de recuperação para os
alunos com desempenho inferior.

Em consonância com a LDB, o Regimento Interno das Escolas da REE/MS reforça essas
diretrizes, ao determinar que compete à unidade escolar prover meios para a
recuperação paralela do estudante que não desenvolveu as habilidades previstas,
obtendo rendimento escolar insatisfatório. Enfatiza-se, ainda, as atribuições do docente
em estabelecer estratégias de recuperação contínua para esses estudantes.

Ainda conforme o Regimento, o estudante possui o direito à recuperação de


aprendizagem e do seu rendimento escolar, a fim de impulsionar a promoção de
oportunidades para progressão das aprendizagens.

Diante do exposto, fica evidenciada a importância da recuperação das aprendizagens


como um compromisso conjunto entre a instituição de ensino, os docentes e estudantes,
oportunizando, assim, um ambiente educacional de qualidade e equidade, de modo a
evitar o absenteísmo.

ESTRATÉGIAS DO RECUPERAR PARA AVANÇAR

Para a implementação de estratégias condizentes com a realidade escolar, faz-se


necessário lançar um olhar crítico e criterioso para os dados da escola, tais como as
médias bimestrais dos estudantes e o número de faltas, bem como promover
reflexões acerca dos resultados de aprendizagem obtidos no ano em curso. Esse ponto
de partida tem como base permitir discussões colaborativas e integradas, resultando em
possíveis estratégias que direcionem as ações de recuperação para permitir o avanço na
aprendizagem dos estudantes e sua permanência na escola.

68
Do Recuperar para Avançar

Nessa perspectiva, o Conselho de Classe, como órgão colegiado de natureza consultiva e


deliberativa e que deve proporcionar a reflexão, a construção e a intervenção de práticas
pedagógicas, é um momento valioso para refletir e debater o processo de aprendizagem,
garantindo um espaço propício a sugestões de estratégias, com vistas à melhoria na
aprendizagem dos estudantes.

Vale ressaltar que a ação do Recuperar para Avançar deve sempre ponderar o
desempenho escolar do estudante no ano em curso e não somente no bimestre, quando
as notas já foram lançadas e não podem ser alteradas. Assim, para definir as
intervenções necessárias ao longo do Recuperar para Avançar, é necessário levar em
conta o rendimento dos alunos no decorrer de todo o ano letivo.

Estratégias essenciais a serem


implementadas, para que o
Recuperar para Avançar aconteça
de forma fluida e colaborativa:
Agendar reunião com as famílias/responsáveis dos estudantes,
compartilhando os resultados de aprendizagem e as ações que precisam ser
realizadas para recuperação, estabelecendo uma parceria entre escola e
família.

Propor ações que possam explorar projetos que envolvam os alunos em


monitoria para colegas que mais precisam, visando incentivar a empatia e a
cooperação.

Organizar o corpo docente e administrativo para que as ações do Recuperar


para Avançar sejam subsidiadas, intercalando diferentes atividades nas
unidades escolares, com o objetivo de promover a responsabilidade de
educar e cuidar em todos os segmentos da escola e de ressaltar o trabalho
colaborativo e coletivo tão necessário.

69
Do Recuperar para Avançar

BUSCA ATIVA

A recuperação tem como


É preciso promover ações de identificação, localização e foco apenas estudantes
resgate de estudantes em iminência de abandono escolar. com baixo rendimento no
bimestre?

A Metodologia “Busca Ativa Escolar” tem como objetivo Não. Ainda que as ações ocorram
no final de cada bimestre, é
principal mapear as reais dificuldades que o estudante tem
imprescindível considerar a média
encontrado para se manter no processo educativo, nesse anual do estudante, pois mesmo
sentido, visa subsidiar as ações das escolas no atendimento que o seu rendimento esteja
acima da média no bimestre em
às necessidades que limitam e/ou impedem o estudante no que a recuperação acontecerá,
cumprimento das atividades propostas pela escola, a fim de pode ser que em bimestre
anterior o aluno ainda não tenha
proporcionar um momento reflexivo sobre as futuras ações. alcançado um rendimento
satisfatório, havendo a
A Secretaria de Estado de Educação - SED desenvolveu o necessidade de recuperar o baixo
rendimento anterior elevando
Sistema da Busca Ativa Escola - SBAE, com vistas à unificar ainda mais o rendimento escolar
as ações da metodologia da Busca Ativa, por meio de um atual.

sistema onde seja possível identificar os estudantes com


reiteradas faltas, registrar as ações da busca ativa escolar, É suficiente analisar
encaminhar ao Conselho Tutelar, quando for o caso e somente o rendimento
escolar?
acompanhar a situação dos estudantes.
Por mais que a recuperação
tenha como objetivo possibilitar a
melhora do rendimento escolar, é

ATENÇÃO ! de suma importância


acompanhar e analisar também a
frequência dos estudantes, para
que seja possível fazer a Busca
Ativa continuamente e possibilitar
Mais informações sobre a Busca Ativa serão o retorno do aluno à escola, que
também precisará recuperar suas
apresentadas adiante, no tópico Demandas do aprendizagens.
Cotidiano Escolar.

ESFORÇO COLABORATIVO E MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O trabalho colaborativo é um instrumento valioso para a efetividade da recuperação dos


estudantes com ações específicas e coletivas dos atores escolares, sendo necessário para
isso sensibilizar e mobilizar a comunidade escolar para que exista um cuidado para com
todos, com o olhar e ações diferenciadas para aqueles que mais precisam, pensando em
estratégias de sensibilização com todos da escola para que haja comprometimento com a
ação do Recuperar para Avançar

70
71
8. ASSESSORAMENTO
PEDAGÓGICO

72
8. ASSESSORAMENTO
PEDAGÓGICO
O Assessoramento Pedagógico tem como objetivo acompanhar as unidades escolares da
REE/MS, a fim de dar suporte no desenvolvimento das ações pedagógicas, avaliando os
resultados alcançados e trazendo à discussão metodologias de maneira dialogada com a
comunidade escolar, propondo projetos e auxiliando na definição de objetivos, metas e
resultados a serem alcançados.

Esse suporte será oferecido por meio de reuniões remotas e/ou visitas in loco,
preferencialmente conforme o cronograma das horas-atividade dos professores, de forma
a atender às especificidades apresentadas pelas escolas e também àquelas observadas
pela Secretaria de Educação ao longo do acompanhamento sistemático realizado pelos
assessores pedagógicos.

Para que esse acompanhamento ocorra, os assessores pedagógicos irão averiguar e


analisar dados da Rede referentes ao rendimento escolar e à frequência dos estudantes,
por meio do Sistema de Gestão e Dados Escolares - SGDE. Ademais, também serão
considerados, no acompanhamento, os instrumentos de escuta e registro das unidades
escolares. Busca-se, com essas ações, incentivar que as unidades escolares tenham
como foco uma gestão para resultados, que impacte a aprendizagem dos estudantes e,
consequentemente, os índices educacionais da REE/MS.

ATENÇÃO !

Os assessores pedagógicos da SED/MS estarão à disposição das unidades


escolares para realização de reuniões com sua equipe pedagógica, a fim de
esclarecer dúvidas e dar suporte na execução das ações e no acompanhamento
dos resultados. Portanto, a própria escola também poderá agendar os
encontros, para tanto serão encaminhadas orientações específicas acerca da
disponibilidade das equipes da SED.

Esse processo de assessoramento visa fortalecer a qualidade do ensino, proporcionando


uma educação mais efetiva e alinhada às necessidades específicas dos estudantes da
REE/MS. A colaboração estreita entre os assessores da SED e as unidades escolares é
fundamental para promover uma educação de excelência e o contínuo aprimoramento do
sistema educacional estadual.

73
9. PLANO DE
RECOMPOSIÇÃO DAS
APRENDIZAGENS
PRA/MS
74
9. PLANO DE RECOMPOSIÇÃO
DAS APRENDIZAGENS-PRA/MS
Em resposta aos problemas emergentes no contexto de ensino, especialmente advindos
do impacto gerado pela pandemia da Covid-19 que ainda perdura nos dias atuais, a
SED/MS, desde 2022, apresentou o Plano de Recomposição das Aprendizagens –
PRA/MS, proposto a partir de discussões e estudos acerca do panorama educacional
atual, observando-se os dados e as evidências sobre a aprendizagem dos estudantes da
Rede Estadual de Ensino.

Dessa forma, o PRA/MS tem por finalidade implementar estratégias de intervenção no


processo de ensino e de aprendizagem a partir de ações que possibilitem aos estudantes
consolidar as habilidades e os conhecimentos considerados relevantes e
inegociáveis para a vida e trajetória escolar, de modo a reduzir as desigualdades de
aprendizagem entre os alunos.

POR QUE ESTAMOS FALANDO EM RECOMPOSIÇÃO?

Nota-se uma preferência pelo uso do termo recomposição para identificar o movimento
que é necessário hoje, o que não significa que substitui a recuperação ou o reforço
escolar, mas sim que se trata de uma outra abordagem diante das novas demandas da
Educação.

É habitual falarmos em recuperação escolar, e essa ação geralmente se refere a um


processo de retomada de aprendizagens que, em dado momento, foram efetivamente
trabalhadas, mas, por algum motivo, não consolidadas pelo estudante. Entretanto,
sabemos que a demanda que existe hoje, especialmente decorrente da suspensão das
atividades escolares presenciais durante a Pandemia da Covid-19, está relacionada a
uma série de variáveis e circunstâncias, especialmente socioeconômicas, que de alguma
forma impediram que estudantes conseguissem consolidar suas aprendizagens em um
contexto não presencial de ensino. Portanto, nesse momento, o movimento que
buscamos construir, muito além da recuperação, é o de recompor lacunas de
aprendizagem.

75
Do Plano de Recomposição das Aprendizagens

Quando falamos em habilidades essenciais, não estamos


Quais são as habilidades
falando em consolidar todas ou quaisquer habilidades esenciais?
previstas no decorrer da trajetória escolar, mas sim aquelas São as habilidades que se
que são fundamentais para que os estudantes sigam relacionam entre si e com
habilidades previstas para
aprendendo de maneira autônoma. anos letivos anteriores ou
posteriores, pois
Dessa forma, dá-se uma especial atenção às habilidades fundamentam e caracterizam
o componente curricular,
relacionadas às práticas de linguagem e ao raciocínio lógico sendo alicerce para o
matemático, pois, para que os estudantes se apropriem do desenvolvimento de
conhecimentos que facilitam o
conhecimento, a leitura e a interpretação são habilidades progresso dos estudantes.
indispensáveis. E, do mesmo modo, a matemática é base
fundamental para o desenvolvimento intelectual dos A recomposição ocorre
estudantes. apenas nos componentes RA?

Apesar de estarem contidos,


Diante disso, para o ano escolar de 2024, estão contidos, nas nas Matrizes Curriculares,
componentes específicos com
Matrizes Curriculares, conforme já explicitado neste foco na recomposição, isso
documento, os componentes/unidades curriculares Língua não quer dizer que os demais
Portuguesa - RA e Matemática - RA, com o objetivo de professores não devam se
atentar à necessidade de
possibilitar que os estudantes desenvolvam habilidades promover a consolidação das
estruturantes, tais como escrever, ler e interpretar textos habilidades essenciais e
relevantes para as diversas
diversos, realizar as operações básicas de matemática e áreas do conhecimento, pois
desenvolver raciocínio lógico, entre outras. promover a aprendizagem
dos estudantes é um dever
de todos. Dessa forma, é
COMO SERÁ FEITA A ATRIBUIÇÃO DE NOTA EM imprescindível a integração,
LÍNGUA PORTUGUESA-RA E MATEMÁTICA-RA? colaboração e
comprometimento de toda a
equipe docente nesse
Primeiramente, cumpre ressaltar que a avaliação deve ocorrer processo.
várias vezes durante os ciclos de intervenção pedagógica,
O que será avaliado por
pois não é possível acompanhar o progresso dos estudantes e
meio das ACAs?
planejar a recomposição sem identificar como estão indo ao
As Atividades de
longo do processo. Nesse sentido, a avaliação é
Acompanhamento da
essencialmente uma ferramenta diagnóstica e Aprendizagem terão como
processual. foco avaliar o desempenho
dos estudantes quanto à
consolidação das habilidades
Dessa forma, a nota é uma estratégia que deve ser utilizada essenciais elencadas de
língua portuguesa e
como meio de considerar o esforço e o desempenho dos
matemática. Frisa-se que
estudantes nas aulas de recomposição. essas habilidades foram
priorizadas conforme o
resultado das avaliações
diagnósticas do ano letivo
anterior.
76
Do Plano de Recomposição das Aprendizagens

ATENÇÃO !

A composição das notas em Língua Portuguesa - RA e Matemática - RA se dará da


seguinte maneira: 50% da nota bimestral será composta pelo resultado da
Avaliação de Acompanhamento da Aprendizagem (ACA) e 50%, pelos
processos avaliativos realizados pelo docente. Mas atenção! Tanto a nota advinda
da ACA quanto a resultante das avaliações dos docentes devem seguir a seguinte
distribuição:

NOTA DA ACA NOTA DAS AVALIAÇÕES


5 pontos DOS PROFESSORES
5 pontos
2,5 pontos da nota
serão distribuídos A nota de cada
conforme os acertos na atividade avaliativa
Atividade. deverá ser distribuída
igualmente entre o
2,5 pontos da nota critério de acertamento
corresponde à e o critério de NOTA BIMESTRAL
realização e entrega da participação/entrega
Atividade. da atividade.

Para atribuir a nota em cada atividade avaliativa, serão considerados tanto o critério de
acertamento quanto o de participação, de modo que a avaliação não perca o objetivo
de ser processual e formativa. Dessa forma, se uma avaliação, por exemplo, valer 1
ponto, metade da nota (0,5 pts) será dada conforme os acertos dos estudantes e
a outra metade (0,5 pts) corresponderá à realização/entrega da atividade
(independentemente do desempenho). Logo, a nota da avaliação em RA será composta
por critérios de acertamento e de participação, ambos tendo o mesmo peso.

E o que são as Atividades de Acompanhamento da Aprendizagem (ACA)?

As Atividades de Acompanhamento da Aprendizagem são testes avaliativos,


elaborados pela SED, que têm como objetivo acompanhar o progresso dos
estudantes, identificando os saberes adquiridos e as lacunas de aprendizagens
essenciais ainda existentes. Essas Atividades serão encaminhadas pela SED conforme
cronograma a ser divulgado e deverão ser aplicadas como prova bimestral de Língua
Portuguesa - RA e Matemática - RA.

77
10. AVALIAÇÕES
EXTERNAS

78
10. AVALIAÇÕES EXTERNAS
As Avaliações Externas são ferramentas fundamentais na elaboração de políticas
públicas, por isso a análise de seus resultados é tão relevante na discussão e reflexão
sobre as práticas pedagógicas da escola, no sentido de aprimorar o ensino e a
aprendizagem.

Muitas perguntas podem surgir após o diagnóstico de uma avaliação externa como Saeb
e o SAEMS. Onde houve melhora? Quais práticas permitiram isso? Como mudar os
pontos em que não houve avanço? O ponto de partida é, antes de tudo, compreender o
que é a avaliação externa e qual é sua principal finalidade. Por isso, vamos relembrar o
que é o Saeb e o SAEMS.

Saeb
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um processo de avaliação
somativa em larga escala que permite a realização de um diagnóstico da
educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do
estudante. O Saeb possibilita que as escolas e as redes de ensino disponham
de mais dados para avaliar a qualidade da educação oferecida aos estudantes.
O resultado da avaliação oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento
e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.

SAEMS
Desde 2008, foi implementado o Sistema de Avaliação da Educação Básica de
Mato Grosso do Sul (SAEMS), de forma censitária, com o objetivo de avaliar a
qualidade educacional de nossas escolas, sendo instituído como sistema próprio
de avaliação em larga escala do estado de MS, a realizar-se anualmente, pelo
Decreto n. 15.848/2021.

Tanto o Saeb quanto o SAEMS abrangem anos específicos de cada etapa escolar. Isso
quer dizer que os resultados das avaliações só são relevantes para os anos
participantes? De forma alguma! Elas, na verdade, refletem um percurso que se
inicia no começo do processo de escolarização do estudante.

79
Das Avaliações Externas

Isso quer dizer que, para se chegar no resultado referente ao ano escolar no qual o
estudante é avaliado, há um trabalho que foi desenvolvido a cada ano da trajetória
escolar. Por isso, é importante encarar os resultados das avaliações como um reflexo da
aprendizagem dos estudantes como um todo. Se a proficiência de alunos do 9º ano do
EF está abaixo do esperado, por exemplo, isso quer dizer que é preciso analisar as
condições de ensino e aprendizagem ao longo da escolaridade, isto é, desde os anos
iniciais do Ensino Fundamental.

QUAIS SÃO OS LIMITES DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS DE LARGA ESCALA?

Avaliações externas de larga escala como Saeb e SAEMS não acompanham a


aprendizagem do estudante de modo individual. Daí a importância da avaliação interna,
como as que são realizadas pelos professores ou as formativas processuais, a exemplo
das Atividades de Acompanhamento da Aprendizagem (ACA)

Fica claro, portanto, que tanto as avaliações internas quanto as externas devem ocorrer
de maneira contínua e sistematizada, para que seja possível articular informações e
dados de fontes diversas, os quais oferecerão um retrato da realidade escolar, a fim de
que gestores, equipe docente e secretaria de educação melhorem o processo de ensino e
garantam o direito à aprendizagem de cada estudante.

FALANDO EM RESULTADO... E O IDEB?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica


(Ideb) foi criado em 2007 e reúne, a partir de mais de
um indicador, os resultados de dois conceitos
igualmente importantes para a qualidade da educação:
o fluxo escolar e as médias de desempenho nas
avaliações do Saeb.
O índice varia de 0 a 10 e é calculado a partir dos
dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo
Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb).

80
Das Avaliações Externas

CONHEÇA O IDEB DA SUA ESCOLA

É possível consultar o Ideb das redes de ensino e das


escolas na Plataforma QEdu (qedu.org.br). Para acessá-la,
utilize seu celular e aponte a câmera para o QR Code ou
clique aqui.

Utilize as informações disponíveis para fortalecer o planejamento e as ações pedagógicas


da escola. Veja como consultar:

1. Acesse a Plataforma QEdu e digite o nome da sua


rede ou escola no campo de busca.
2. Consulte o Ideb da rede/escola e veja como o
índice foi composto (média de desempenho na
avaliação de língua portuguesa e de matemática
multiplicado pela taxa de aprovação).
3. Verifique o índice de estudantes com aprendizado
considerado adequado.
4.Confira as informações de equidade (nível socioeconômico; raça/cor).
5.Confira qual é a porcentagem de jovens fora da escola e sua faixa etária.
6.Por fim, confira as taxas de reprovação e distorção idade-série.

Com esses dados, já é possível fomentar uma reflexão acerca das ações necessárias para
melhorar a aprendizagem dos alunos. É essencial que todas as informações sejam
socializadas entre equipe gestora e equipe docente. Inclusive os próprios estudantes
podem fazer parte dessa ação, principalmente com o objetivo de mobilizá-los e engajá-
los para a participação nas avaliações externas.

81
Das Avaliações Externas

PREPARAÇÃO PARA AS AVALIAÇÕES EXTERNAS FUTURAS

Estimular a participação de professores e estudantes em avaliações externas envolve


estratégias que promovam o entendimento da importância dessas avaliações e que
demonstrem como os resultados podem contribuir para o aprimoramento da qualidade
do ensino.

Vale salientar que, para que as escolas tenham seus resultados e Ideb divulgados, é
necessário que pelo menos 80% dos estudantes previstos para realizar o Saeb tenham
estado presentes. Assim, é importante adotar estratégias para se preparar para a
aplicação dessas avaliações.

O GESTOR COM SUA EQUIPE O PROFESSOR COM SEUS


PEDAGÓGICA PRECISA: ESTUDANTES PRECISA:

Se informar sobre as avaliações, suas Conscientizar sobre a importância das


características e objetivos avaliações

Realize reuniões pedagógicas para discutir Realize atividades que incluam os


o propósito das avaliações externas. estudantes no debate sobre os resultados
Explique como os resultados podem ser da escola.
usados para melhorar o ensino e Explique como os resultados podem
desenvolvimento profissional. impactar a unidade escolar, provocando o
sentimento de empatia e
Analisar e discutir dados existentes sobre a corresponsabilidade.
Rede e a escola
Preparar os estudantes
Inclua os professores na análise dos
resultados das avaliações. Reforce sobre a importância de responder
Estimule discussões sobre pontos fortes e às questões com seriedade.
áreas de melhoria. Proponha, no cotidiano das avaliações em
sala de aula, provas no mesmo formato,
Repassar orientações a pais/responsáveis com anotação de respostas em gabarito,
para os alunos aprenderem a fazer
Esclareça sobre o que é a avaliação e a exercícios neste formato.
sua importância, e a responsabilidade dos
responsáveis em assegurar a presença do Discutir sobre as metas individuais
aluno, tanto no cotidiano escolar quanto
no dia da aplicação da prova. Ajude os estudantes a estabelecer metas
pessoais para as avaliações.
Reconhecer e valorizar a equipe Mostre como os resultados podem ser
uma ferramenta para o
Reconheça e valorize o esforço dos autoaperfeiçoamento.
professores na preparação dos alunos para
as avaliações.
Destaque exemplos de boas práticas e
resultados positivos.

82
83
11. FORMAÇÃO
CONTINUADA

84
11. FORMAÇÃO CONTINUADA
Política de Formação A Coordenadoria de Formação Continuada (CFOR) atua na
Continuada
materialização da Política de Formação Continuada dos Profissionais
A Lei nº 6.026, de 26 de
dezembro de 2022 instituiu a da Educação Básica da Rede Pública de Ensino de Mato Grosso do Sul,
Política de Formação regida pela Lei nº 6.026/2022, para “o contínuo desenvolvimento e
Continuada dos Profissionais da
Educação Básica da Rede aperfeiçoamento de conhecimentos e habilidades profissionais para
Pública de Ensino de Mato
Grosso do Sul, com vistas a serem aplicados na educação básica” (MS, 2022).
desenvolver ações sistêmicas
de formação continuada que
favoreçam a valorização e o
aperfeiçoamento contínuo do Essa ação acontece por meio do Plano de Trabalho Anual, com a
trabalho desses profissionais, elaboração, oferta e acompanhamento de cursos e processos
de modo a contribuir para a
melhoria da aprendizagem dos formativos que atendam às necessidades evidenciadas pelas escolas
estudantes.
da Rede Estadual de Ensino e demandas formativas dos profissionais
da educação, ou em parceria com outras coordenadorias e instituições
Sobre a CFOR parceiras, a fim de promover a melhoria da qualidade de ensino e
assegurar a elevação dos resultados de desempenho escolar.
A Coordenadoria de Formação
Continuada (Cfor) é organizada
pela Unidade de formação de
professores, Unidade de Neste ano de 2024, as unidades escolares receberão via Comunicação
formação de gestores e
coordenadores pedagógicos, Interna as informações necessárias referentes a cada processo
Unidade de formação de
gestores administrativos, formativo, como: período de inscrição, público destinatário e
Unidade de integração com o modalidade de oferta (presencial, à distância, híbrido). Os percursos
ensino superior e a Unidade de
certificação, gestão de formativos previstos estão destacados na tabela a seguir e
documentos e integração
tecnológica. correspondem à preparação e atualização do exercício profissional
Coordenadoria de

📧 cfor.sedms@gmail.com pedagógico e institucional. Formação Continuada


📞 (67) 3341-0427
Além desses processos, a formação docente por área de
conhecimento e ou componente/unidade curricular, voltadas às
temáticas específicas, poderão ocorrer mediante às necessidades
observadas durante assessoramento escolar.

85
Da Formação Continuada

Processo formativo Período Público

Curso de atualização em Língua Portuguesa (Escolagov) 2º sem.* professores convocados

equipe gestora, professores e


Diálogos e Planejamento Educacional 05 a 07/fev
servidores administrativos

Formação continuada para coordenadores pedagógicos maio* coordenadores pedagógicos

Formação continuada para diretores abr-ago* gestores

Formação inicial em serviço dos profissionais da educação básica


1 e 2º sem. servidores administrativos
dos sistemas de ensino público (Profuncionário)

08, 09, 15, 16, equipe gestora, professores e


Jornada Formativa (1º bimestre)
19 e 20/fev servidores administrativos

Jornada Formativa (2º bimestre) 02 e 03/maio equipe gestora e professores

Jornada Formativa (3º bimestre) 01 e 02/ago equipe gestora e professores

Jornada Formativa (4º bimestre) 01 e 02/out equipe gestora e professores

Jornada Formativa dos Profissionais de Educação Básica (Mód. 3


maio-junho* coordenadores pedagógicos
e 4)
*previsão de oferta

A Jornada Formativa dos profissionais da educação básica, nesta edição, foi inserida
no calendário escolar no início de cada bimestre, excluindo os sábados letivos destinados
à formação. Esses encontros formativos integrados visam reconhecer saberes e
experiências dos diversos segmentos da comunidade escolar, bem como, proporcionar o
aprimoramento e integração de conhecimentos, práticas institucionais e pedagógicas e o
engajamento profissional.
PROGRAMAÇÃO DA JORNADA FORMATIVA
Os dias que iniciam a Jornada Formativa (1º BIM)
no primeiro bimestre letivo foram
Processo
agrupados em dois momentos. Os três formativo Data Temática

primeiros dias (05 a 07 de fevereiro) são


05 Acolhimento escolar
destinados ao desenvolvimento de ações
Diálogos e
sistêmicas denominadas de Diálogos e Planejamento 06 Documentos escolares
Educacional
Planejamento Educacional.
07 Aprendizagem

A partir do dia 08 de fevereiro, tem início 08 Território educacional


a Jornada Formativa com duas frentes
Projeto de vida, etapas e
formativas. A primeira delas com o grupo 09 modalidades educacionais
Jornada
de professores e equipe gestora, com Formativa
15 Indicadores e Plano de ação
momentos formativos que estão expressos
na tabela ao lado e a segunda frente 16, 19 e
20 Planejamento escolar
formativa contempla a formação dos
servidores administrativos.
86
Da Formação Continuada

Neste ano, está previsto a oferta do Curso de atualização em


Língua Portuguesa para os profissionais convocados no Processo
Seletivo Simplificado - SAD/SED/FDT/2023, as informações sobre
esta oferta serão anunciadas via comunicação oficial da SED/MS,
AVA SABER Escolagov e por comunicação interna para as unidades escolares.
O ambiente virtual de A participação dos profissionais pertence aos critérios de
aprendizagem - AVA Saber é a permanência, conforme especificados no edital.
plataforma virtual de ensino oficial
para as formações ofertadas nos
formatos on-line e híbridas pela
Os encontros formativos vinculados à Cfor podem acontecer na
SED/MS. O endereço para acesso
é: modalidade presencial nas unidades de lotação do servidor, no
https://saber.sed.ms.gov.br/
Centro de Formação e Pesquisa Mariluce Bittar, como
também, em outros espaços informados na inscrição. A oferta à
distância, ou no modelo híbrido, considera a realização de
Centro de Formação e
Pesquisa Mariluce Bittar atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA Saber da
O decreto nº 14.449, de 18 de abril
SED/MS. Os critérios de certificação para os processos formativos
de 2016 criou o Centro de compreendem participar, no mínimo, de 75% das atividades
Formação e Pesquisa Profª Drª
Mariluce Bittar, com vistas a propostas nas formações; atender aos requisitos estabelecidos nas
estabeler um espaço de formação atividades desenvolvidas; não realizar plágios, total ou
e pesquisa para os profissionais da
Educação Básica. parcialmente, de qualquer tipo de conteúdo e entregas; justificar a
O centro situa-se no endereço:
não realização das atividades propostas (on-line ou presenciais).
Rua dos Dentistas, 500 B.
Tiradentes
79043-080 - Campo Grande/MS Por fim, a formação continuada é uma prática prevista e
potencializada às diretrizes educacionais da SED/MS. Os
📧 marilucebittarsed@gmail.com
📞 (67) 3341-2693 coordenadores pedagógicos, conforme estabelecido na Resolução
SED n. 4236/23, têm a responsabilidade de divulgar e promover os
momentos formativos pedagógicos comunicados, visando ao
aprimoramento do exercício profissional docente, à melhoria da
qualidade da educação e ao avanço da aprendizagem e
rendimento dos estudantes.

ATENÇÃO !

A equipe gestora é responsável por formalizar a realização de cada encontro formativo, por meio de
uma lista de presença com a assinatura dos participantes. Esta lista é obrigatória para os encontros
formativos sinalizados em calendário escolar e deverão ser arquivadas nas unidades escolares,
podendo ser consultadas em processos de acompanhamento da rotina escolar, como também, para
a validação do processo de certificação.

Ao final do ano, é necessário que o diretor escolar encaminhe as listas de presença assinadas
digitalizadas, juntamente a uma planilha editável de certificação, preenchida com o
acompanhamento e identificação dos profissionais aptos à certificação. As orientações referentes a
esse processo serão encaminhadas via comunicação interna específica.

87
12. DEMANDAS
DO COTIDIANO
ESCOLAR

88
12. DEMANDAS DO
COTIDIANO ESCOLAR
Na perspectiva da formação integral de seus estudantes, o
trabalho pedagógico da escola perpassa também,
Estatuto da Criança e do
cotidianamente, por questões sociais que impactam o
Adolescente - ECA desenvolvimento de crianças e jovens. Entende-se por
O Estatuto da Criança e do
demandas do cotidiano escolar as situações inerentes aos
Adolescente – ECA (BRASIL, estudantes, que se referem às dimensões sociais, éticas,
1990) garante que toda criança econômicas, ambientais, culturais e estruturais advindos da
e adolescente tem direito à vida,
à saúde, à alimentação, à territorialidade e do contexto familiar, por vezes identificados
educação, ao esporte, ao lazer, à na escola.
profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar A partir desse entendimento, abordaremos três aspectos
e comunitária (art. 4º). Para a
principais que cotidianamente impactam a escola e seus
efetivação de tais direitos, o ECA
estabelece que a sujeitos: Violências e Violação de Direitos de Crianças e
responsabilidade é Adolescentes; Problemas de Convivência e Violência entre
compartilhada entre a família, a
sociedade e o Poder Público. Estudantes; e Sistema de Busca Ativa Escolar – SBAE/SNOE.

Violência e violações de direitos de crianças e


adolescentes

Nenhuma criança ou adolescente deverá ser objeto de qualquer


forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais
(art. 5º). No entanto, há muito o que avançar quanto a isso.
Suicídio, autolesão, uso e abuso de álcool e outras drogas,
abuso e importunação sexual, violência doméstica, negligência
e abandono são algumas das violações dos direitos
fundamentais de crianças e adolescentes, as quais a escola se
depara rotineiramente.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado de Educação, por meio


da Coordenadoria de Psicologia Educacional – COPED,
vinculada a Superintendência de Políticas Educacionais –
SUPED, em consonância com a legislação educacional e dos
direitos das crianças e dos adolescentes, estabeleceu fluxos e
protocolos para as unidades escolares da REE/MS, para trato e
articulação de tais situações, visando a proteção de todas as
crianças e adolescentes.
89
Das Demandas do Cotidiano Escolar

Na premissa do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente – SGDCA


(BRASIL, 2017) e, tendo em vista a função social e os objetivos educacionais da política
educacional brasileira, é necessário que em tais situações seja realizado a interlocução
com outras áreas da sociedade, tais como a saúde, assistência social, judiciário e
Pergunta
organizações da Sociedade Civil.

Para auxiliar nessas tratativas, a SED elaborou documentos


norteadores com as informações referente aos procedimentos
administrativo-pedagógicos que devem ser adotados em cada
situação. Neste material, iremos apresentar um resumo geral
sobre como proceder. Para acessá-lo, utilize seu celular e
aponte a câmera para o QR Code ou clique aqui.

Como a escola identifica tais situações?

Por vezes, as denúncias de situações de


violações de direitos podem surgir
espontaneamente - por meio do relato da
própria vítima a uma pessoa de confiança da
escola, sendo ela professor, do administrativo Pergunta
ou da equipe gestora. Também, durante a
realização de alguma atividade pedagógica, que
promova ao estudante um espaço seguro para o
pedido de socorro. Ou mesmo, é possível
observar comportamentos (agressividade,
isolamento, autolesão, entre outros) ou
aspectos do sujeito (como, por exemplo, a
presença de ferimentos e a higiene pessoal) que
revelam indícios de violências.

90
Das Demandas do Cotidiano Escolar

O que fazer primeiro?

Inicialmente, é necessário acolher o estudante. O acolhimento é, nesse caso, a postura


Pergunta
que se adota para escutar e auxiliar o outro. Assim, dispõe-se a ouvir, exprimindo
respeito, compreensão e sem emitir julgamentos, o que o estudante tem a dizer sobre a
situação. Por fim, informá-lo que, diante da gravidade do que foi relatado, é
necessário que a unidade escolar comunique os órgãos competentes para garantir a
proteção dos direitos e da saúde do estudante.

Na maioria das vezes, é necessário informar aos pais para que tomem as medidas
necessárias em cada caso, mas, quando a família é a principal suspeita por violar os
direitos (violência doméstica e intrafamiliar, violência sexual e outros), a comunicação
aos órgãos competentes (Conselho Tutelar), deve ser imediata, sem que haja
comunicação à família.

Na premissa da não revitimização de crianças e adolescentes, conforme prevê o SGDCA,


convém reforçar que o estudante pode comunicar uma situação de violação de direitos a
qualquer pessoa da escola que se sinta seguro para tal. Se o relato ocorrer de forma
espontânea, o servidor da escola deverá posteriormente registrar sua escuta junto à
Coordenação Pedagógica e/ou Direção Escolar, para que sejam feitos os procedimentos
administrativo-pedagógicos pertinentes.

Pergunta
ATENÇÃO ! Pergunta

Caso haja uma suspeita, em que o estudante não relate diretamente a alguém, orienta-
se que a Coordenação Pedagógica e/ou Direção Escolar realize o acolhimento,
preservando a dignidade do estudante, ao garantir o mínimo de pessoas com
conhecimento do fato. Reitera-se que os procedimentos administrativo-pedagógicos
devem ser adotados mesmo diante da suspeita de violação de direitos.

E depois?

Em seguida, faz-se necessário realizar os registros pertinentes em Ata Escolar, para,


então, comunicar os órgãos competentes para a proteção do estudante, dentre eles, o
Conselho Tutelar do município. O registro em ata deve conter, necessariamente, o nome
completo do estudante, a situação relatada e as ações adotadas ou a serem adotadas.

91
Das Demandas do Cotidiano Escolar

Ademais, toda vivência, como vítima ou testemunha, de


Lei Estadual n. 6.157, de
violação de direitos gera, consequentemente, prejuízos ou 11 de dezembro de 2023
dificuldades no processo de aprendizagem. Por vezes, pode ser Destaca-se que a Lei Estadual n.
necessário realizar adequações e adaptações pedagógicas, com 6.157, de 11 de dezembro de
2023, que dispõe sobre
vistas a garantir a permanência do estudante no processo mecanismos e instrumentos para
educativo, de forma satisfatória. detecção e combate à violência
doméstica contra crianças e
adolescentes, estabelece, em
Como comunicar? seus artigos 4 e 5, a
obrigatoriedade de comunicar a
autoridade policial e o Conselho
Após o acolhimento do estudante e o registro em Ata, a Tutelar, no prazo de 24 horas,
Coordenação Pedagógica ou proponente, deverá acessar, por quando detectarem indícios ou
confirmação de maus-tratos e/ou
meio do Portal Sistemas SED, o Sistema de Notificação de
violência contra crianças e
Ocorrências Escolares – SNOE e proceder com o registro da adolescentes.
notificação no sistema.

Após o registro, o sistema gera a Ficha de Notificação, que


deve ser impressa e encaminhada aos órgãos competentes,
com o anexo da ata escolar e os documentos pessoais do
estudante e seu responsável. A forma de encaminhamento
deve ser, via de regra, protocolado presencialmente na sede da
instituição. Poderá, se for o caso, ser encaminhado via e-mail
institucional oficial. No entanto, esse fluxo necessita ser
previamente definido com a instituição correspondente.

ATENÇÃO !

Caso a Coordenação Pedagógica não tenha acesso autorizado para uso do sistema, é
possível solicitar autorização para a Coordenadoria de Tecnologias Educacionais –
CODITEC, por meio do telefone 3318-2385 ou 2312. Para dúvidas e esclarecimentos
quanto à usabilidade do SNOE, podem ser retiradas com a COPED, por meio do telefone
3318-2326

92
Das Demandas do Cotidiano Escolar

O GEPEM desenvolve estudos e pesquisas em duas linhas de


investigação, sendo a primeira “Convivência na escola:
virtudes, bullying e violência”, sob coordenação da Profª Dra.
Luciene Tognetta e a segunda “As Relações Interpessoais na
escola e o desenvolvimento da autonomia moral”, coordenada
pela Profª Dra. Telma Vinha. Para acessar os materiais de
estudo do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral -
GEPEM, utilize seu celular e aponte a câmera para o QR Code
ou clique aqui.

Problemas de convivência na escola e Violência entre estudantes

No espaço escolar, as crianças e adolescentes passam a conviver com a diferença e essa


convivência, por vezes, reflete-se em conflitos, partir disso, surgem os diferentes tipos
de problemas de convivência, dentre eles, a indisciplina, a transgressão, a incivilidade e
a violência entre estudantes.

A indisciplina, a transgressão e a incivilidade coexistem no decurso de uma aula e nos


momentos coletivos, como o intervalo, exigindo da equipe escolar o manejo e a gestão
desses espaços, o que demanda tempo e um esforço considerável, uma vez que podem
não gerar o resultado esperado, ou seja, a diminuição dos conflitos. Por incidirem
diretamente na boa convivência entre os pares, essas manifestações perturbadoras
impactam significativamente o processo de ensino e aprendizagem, gerando pequenos
conflitos interpessoais. A sua frequência e intensidade pode, no entanto, progredir para
situações violentas entre estudantes.

A violência na escola, para além de uma questão disciplinar, revela aspectos históricos e
sociais relacionados a processos de exclusão, discriminação e indiferença nas relações
sociais. Dentre as violências, destaca-se o bullying e as discriminações por raça/cor,
gênero, orientação sexual, religião, dentre outras. O bullying é compreendido como
práticas violentas sistemáticas e intencionais, entre crianças e adolescentes, direcionadas
àqueles considerados indefesos.

O enfrentamento da violência entre estudantes e a intervenção sobre os problemas de


convivência ocorrem em três instâncias interrelacionadas: nas relações interpessoais, no
currículo e no âmbito institucional. Para isso, a formação de professores, a
corresponsabilização dos pais/responsáveis e a garantia de discussões sobre espaços
democráticos são fundamentais.

93
Das Demandas do Cotidiano Escolar

No âmbito curricular, o enfrentamento das situações violentas e a


promoção de uma cultura de paz na escola é previsto na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL, 1996), assim
como na Organização Curricular da REE/MS como tema contemporâneo Indisciplina
relevante, devendo ser desenvolvido de forma transversal e
Conceitualmente, a indisciplina é
transdisciplinar. compreendida como a ruptura no
contrato de aprendizagem, que
ocorre por meio de comportamentos
Da mesma forma/Nesse sentido, para amenizar as indisciplinas, pode que dificultam o bom andamento da
ser essencial que a equipe pedagógica reavalie as práticas pedagógicas aula, como, por exemplo, deixar o
estudante de realizar a atividade
e estratégias de aprendizagem adotadas, as estratégias de gestão da proposta pelo professor. A
sala de aula, a intencionalidade e o significado do planejamento transgressão se refere àqueles
comportamentos que ferem as
educativo e a utilização ou não de recursos que permitam a
regras da escola, previstas no
aprendizagem de todos. Regimento Interno Escolar. Tais
desobediências podem estar
relacionadas à falta de sentido das
regras escolares para os estudantes.

Incivilidades
As incivilidades são comportamentos
que ferem as regras sociais da boa
convivência cidadã, como, por
exemplo, o uso de palavras de baixo
calão, emitir flatulências no espaço
compartilhado e gritar. Na
incivilidade, há falta de polimento nas
relações sociais, além de fatores
intrapessoais. (Dá pra destacar esses
conceitos)

93
Das Demandas do Cotidiano Escolar

No âmbito relacional, é possível, por exemplo, mapear qual a relação estabelecida professor-
estudante e entre estudantes, promover espaços de diálogo sobre os problemas de
convivência, intervir individualmente e coletivamente na iminência do comportamento. No
âmbito institucional, pode-se implementar comissões colegiadas voltadas à questão da
Pergunta
convivência, estabelecer canais de denúncias de situações violentas, construir redes de apoio
internas para acolhimento e manejo de situações relacionadas à convivência, dentre outras
possibilidades.

Considerando o exposto, faz-se necessário a construção coletiva e colaborativa de um


contrato de convivência a partir do início do ano letivo, de forma a amenizar prováveis
problemas de convivência desde os primeiros dias de aula. Para sua efetividade, é
fundamental que o contrato seja construído coletivamente, por meio da escuta dos estudantes
em relação às suas percepções sobre a convivência na sala de aula e demais espaços da
escola, assim como de suas sugestões para a melhoria nas relações entre todos, favorecendo
o protagonismo juvenil. No entanto, esse contrato precisa ser periodicamente
Perguntareavaliado,
revisto e editado por todos.

Como sugestão de atividade pedagógica para a


construção de combinados de convivência, sugere-
se a estratégia da Assembleia Escolar. Para melhor
conhecer a estratégia, recomenda-se o vídeo a
seguir, que apresenta a experiência da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Maria Pavanatti
Fávaro, em Campinas-SP. ., disponível no link:
clique aqui ou clique na imagem ao lado.

Para aprofundar nas questões de convivência,


sugere-se a leitura do Documento Norteador
Violência entre Estudantes, elaborado pela SED.
Para acessá-lo, utilize seu celular e aponte a
câmera para o QR Code ou clique aqui.

94
Das Demandas do Cotidiano Escolar

Sistema de Busca Ativa Escolar - SBAE/SNOE

Em função de unificar, normatizar e assegurar o atendimento às questões de


infrequência escolar, a Secretaria de Estado de Educação desenvolveuPergunta
o Sistema de
Busca Ativa Escolar (BAE-MS), implementado por meio do Termo de Cooperação n.
131/SED/2021, celebrado pelo Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de
Estado de Educação (SED/MS), e o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul
(MPMS), por intermédio da Procuradoria-Geral de Justiça.

O sistema desenvolveu-se como instrumento para o acompanhamento dos estudantes


com reiteradas faltas, possibilitando às unidades escolares atuarem preventivamente nas
questões de infrequência escolar, evitando a evasão e o abandono. Para que o sistema
seja eficiente e cumpra sua função de garantir a permanência do estudante no processo
de escolarização, é necessário o envolvimento de todos os atores escolares na estratégia
Pergunta
da Busca Ativa Escolar, assim como a confirmação junto às famílias, periodicamente, das
informações do cadastro do estudante, como telefone e endereço.

Além disso, por meio da celebração do Termo de Cooperação, foi concedido acesso ao
SBAE aos Conselhos Tutelares dos municípios do Estado, para receberem,
exclusivamente via sistema, as notificações referentes à reiteradas faltas de crianças e
adolescentes. Convém alertar que os Conselhos Tutelares possuem acesso unicamente
ao Sistema da Busca Ativa Escolar – SBAE, devendo as notificações de ocorrências
escolares, registradas via SNOE, serem protocoladas junto aos órgãos competentes,
conforme explicitado anteriormente.
Pergunta
1. É necessário que o Diário de Classe on-line seja preenchido cotidianamente pelo
professor, no Sistema e-SGDE ou aplicativo EDUCA MS, conforme especificado na
Organização Curricular da REE/MS, para a efetivação das ações ordinárias da escola e,
em consequência, a realização da Busca Ativa Escolar, caso haja necessidade;

2. Rotineiramente, a direção escolar ou a quem for delegada a função, deverá acessar


o sistema, por meio do Portal Sistemas SED e acompanhar o relatório dos estudantes
faltosos. O Sistema da Busca Ativa Escolar está hospedado no Sistema de Notificação de
Ocorrências Escolares – SNOE, no menu esquerdo, na opção Busca Ativa;

95
Das Demandas do Cotidiano Escolar

3. Identificando no sistema estudantes com reiteradas faltas, a Coordenação


Pedagógica, ou a quem for delegada a função, deve dar início aos procedimentos da
Busca Ativa Escolar, buscando as diversas formas de contato com o estudante e a sua
família, para o seu retorno às atividades escolares. Todas as medidas adotadas devem
ser registradas no relatório das ações da busca ativa, no próprio sistema;

4. Quando do retorno do estudante à escola, pode ser necessário a efetivação de uma


ação pedagógica para o atendimento das especificidades que geraram o afastamento da
escola, principalmente quando tratar-se de situações de violação de direitos de crianças
e adolescentes;

5. Não sendo possível o contato com o estudante e sua família e, possuindo faltas
escolares superiores a 30% do permitido em lei, é necessário realizar encaminhamento
para o Conselho Tutelar do município, em adequação à Lei FederalPergunta
n. 13.803, de 10 de
janeiro de 2019 (BRASIL, 2019). Para isso, é necessário esgotar todos os recursos
pedagógicos para o retorno do estudante à escola. O encaminhamento, nesse caso, é
realizado por meio do Sistema da Busca Ativa Escolar, sinalizando a opção referente,
durante o registro da Busca Ativa;

As reiteradas faltas dos estudantes é uma problemática pedagógica que revela situações
de vulnerabilidade social, violência e/ou rompimento com a escola. Para garantir a
continuidade na trajetória e formação escolar desses estudantes, é fundamental que a
direção escolar, ou quem ela delegar, realizar o acompanhamento da situação do
estudante que foi encaminhado ao Conselho Tutelar, no Sistema de Busca Ativa Escolar,
Pergunta
de tal forma que seus direitos sejam garantidos, em especial o seu direito à educação.

96
97
13. PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
(PPP)
98
13. PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO (PPP)
Posso realizar a revisãoO Projeto Político Pedagógico - PPP é um documento que orienta todas
e adequação de outros as atividades da escola, bem como reflete a identidade da instituição,
itens além daqueles que
sua construção deve ser feita com a participação e colaboração de
foram observados?
toda a comunidade escolar, seguindo o princípio da gestão
Sim, se a escola achar democrática visando a qualidade social da educação.
pertinente e válido.
Para tanto, faz-se necessário sua contínua revisão e adequação, (ou
A edição pode ser
reestruturação ou revisão) pois se trata de um documento em
feita com a senha do constante construção, sempre um processo inconcluso, uma etapa em
diretor adjunto ou do direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola.
coordenador
pedagógico?
Orienta-se, portanto, que a versão 2022 do PPP seja revisada e
Não, somente com a
adequada, devendo ser considerado o diagnóstico de 2023.
senha do diretor.
Recomenda-se, ainda, que o Plano de ação seja revisado e adequado,
de forma a atender ao cenário de 2024. Destacando que, assim como
foi feito em 2023, esta atualização deverá ser feita exclusivamente
Depois de realizada a
edição, o PPP continua pelo Diretor, em conjunto com o Coordenador(a) Pedagógico
aparecendo com o ano responsável.
de 2022?

Está correto, o ano de Vale ressaltar, que para além dos itens, mencionados a seguir, outras
2022 foi de sua adequações também podem ser realizadas, se pertinentes,
construção, considerando as especificidades de cada unidade escolar.
permanecendo esta data
no sistema, mas as
alterações foram salvas. Destaca-se que a participação de outros segmentos na adequação do
PPP será exclusiva no âmbito do Plano de ação.

ATENÇÃO !

Toda atividade de edição deve ser feita por meio do login e senha do Diretor.

99
Do Projeto Político Pedagógico

As revisões e adequações
deverão ser feitas
considerando os seguintes
itens:

Caracterização e diagnóstico- Indicadores fundamentais para o diagnóstico:


Indicador de acesso: número de matrículas; Indicador de fluxo: aprovação,
reprovação, evasão, distorção idade-série; Indicador de aprendizagem:
avaliações externas, como Saeb e SAEMS.

Oferta e organização do tempo- adequar, se necessário, quanto as mudanças no


tipo de oferta de ensino, nas modalidades que são ofertadas; quantas turmas
possui; como é organizado o tempo na escola - a carga horária prevista por aula;
período de atendimento, bem como horário de entrada e saída dos estudantes.

Metodologias- A unidade escolar deve compartilhar no PPP o seu jeito de


caminhar para avançar nos conhecimentos cognitivos e socioemocionais dos
estudantes, considerando seus indicadores.

Avaliação institucional: interna e externa- Este é o momento de destacar que há


dois tipos de avaliações institucionais realizadas pela escola: interna e externa.
No que diz respeito à avaliação interna, relatar quais são as estratégias
empregadas para envolver todos os segmentos.

Plano de ação- Considerando que o PPP é um documento fundamental que


orienta todas as ações da escola, com base nos marcos legais e de diagnóstico, a
escola deverá, de forma colaborativa, elaborar um Plano de ação, essencial para
que as demandas não fiquem restritas ao campo das ideias.

100
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.Câmara De Educação
Básica . Normas sobre Computação na Educação Básica – Complemento à Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). Resolução CNE/CEB 15/2022. Diário Oficial da
União, Brasília, 3 out. 2022, Seção 1, Pág. 55.

MATO GROSSO DO SUL. Lei n. 4.973 de 29 de dezembro de 2016. Institui o Programa de


Educação e Tempo Integral denominado “Escola da Autoria”, 2016.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.

MATO GROSSO DO SUL. Resolução/SED nº 4.236, de 09 de novembro de 2023.


Regulamenta o exercício da função de Coordenador Pedagógico nas Unidades
Escolares da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. Disponível em:
http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/sed/legased.nsf/db43d98dcb91798304256e6
00057d8ff/1fd4b96129e33ca904258a67004e2112?OpenDocument Acesso em: 05 jan. 2024.

MATO GROSSO DO SUL. Resolução /SED nº 4.239, de 5 de dezembro de 2023. Anexo


Único Calendário Escolar. Disponível em:
https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO11342_06_12_2023 Acesso em:
05 jan. 2024.

MATO GROSSO DO SUL. Decreto nº 15.848, de 29 de dezembro de 2021.


Institui o Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul
(SAEMS), e dá outras providências. Disponível em:
https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO10720_30_12_2021 Acesso em:
08 jan. 2024.

BRASIL. Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020. Dispõe sobre as Diretrizes


Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação
Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de
Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/outubro-2020-pdf/164841-rcp001-20/file Acesso em: 09
jan. 2024.

MATO GROSSO DO SUL. Resolução /SED nº 4.113, de 13 de dezembro de 2022. Dispõe


sobre a organização curricular e o regime escolar das etapas do ensino
fundamental e do ensino médio nas unidades escolares da Rede Estadual de
Ensino de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO11013_14_12_2022 Acesso
em: 09 jan. 2024.

101
109

Você também pode gostar