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Sistemática dos seres vivos

Verificação das aprendizagens – pág. 201

1. (A). As classificações fenéticas são classificações horizontais, uma vez que não consideram a
evolução dos seres vivos nem o fator tempo que lhe está associado.

2. (C). As classificações filogenéticas agrupam os seres vivos com base no estabelecimento de


relações de parentesco evolutivo entre eles ao longo do tempo.

3. (D). O reino é a categoria taxonómica com mais amplitude, sendo, por isso, a mais
heterogénea.

4. (B). De acordo com o conceito biológico de espécie, organismos pertencentes à mesma


espécie são capazes de originar entre si descendência fértil, isto é, capazes de também se
reproduzirem.

5. (B). A espécie (taxon natural) é a categoria taxonómica menos abrangente e que inclui os
organismos com maior número de características em comum, isto é, com maior afinidade,
enquanto o reino é a mais abrangente e a mais heterogénea. Entre estas duas categorias,
incluem-se, por ordem crescente de abrangência e decrescente de afinidade entre os seres
vivos incluídos em cada uma delas, o género, a família, a ordem, a classe e o filo.

6. (C). Para a designação de espécie são utilizados dois nomes (nomenclatura binominal),
enquanto para a designação do género, da família, da ordem, da classe, do filo e do reino é
utilizado apenas um nome.

7. (D). De acordo com as regras de nomenclatura binominal, Euphorbia lactea designa o nome
da espécie.

8. (A). Com base nos critérios de classificação utilizados por Whittaker, os animais e os fungos
são constituídos por células eucarióticas. Os fungos são microconsumidores, e os animais são
macroconsumidores. Todos os animais são pluricelulares, mas os fungos podem ser
pluricelulares ou unicelulares.
9. (B). Whittaker incluiu no reino Plantae apenas os seres multicelulares fotoautotróficos com
elevada diferenciação tecidular.

10. (C). A composição química do DNA é igual em todos os seres vivos.

11. (D). Os critérios utilizados por Whittaker no seu sistema de classificação foram: o tipo de
células/nível de organização celular, o tipo de nutrição e a interação nos ecossistemas.

12. (D). I – O sistema de classificação proposto por Whittaker considera a existência de cinco
reinos. II – O domínio é uma categoria hierarquicamente superior ao reino. III – Woese divide
o mundo vivo em três domínios, sendo as bactérias distribuídas pelos domínios Eubacteria e
Archaebacteria.

13. (C). Carl Woese dividiu o mundo vivo em três domínios, com base em dados obtidos da
comparação de sequências de RNA ribossómico em diferentes organismos.

Aplicação das aprendizagens – pág. 202

1.1. (C). De acordo com o texto, a utilização do DNA mitocondrial na investigação deveu-se ao facto
de este possuir uma taxa de mutação mais elevada do que a que se verifica no DNA nuclear,
logo sofre mais alterações por unidade de tempo.

1.2. (B). De acordo com o modelo endossimbiótico, as mitocôndrias tiveram origem em procariontes
aeróbios que foram englobados por procariontes de maiores dimensões com os quais
estabeleceram relações de simbiose intraespecífica. A presença do gene da proteína citocromo
c oxidase I no mtDNA apoia este modelo, uma vez que reforça a ideia de que o DNA
mitocondrial não teve origem no DNA nuclear.

1.3. (A). A análise do diagrama da figura 6 mostra que sequências diferentes deste gene foram
obtidas de indivíduos pertencentes à mesma espécie, por exemplo, L. polyphemus, logo existe
variabilidade intraespecífica para este gene. Também se verificam diferenças nas sequências
deste gene obtidas de indivíduos pertencentes a espécies diferentes, logo existe variabilidade
interespecífica para este gene.
1.4. (D). A análise do diagrama da figura 6 revela que os caranguejos-ferradura da costa asiática,
Tachypleus tridentatus, Tachypleus gigas e Carcinoscorpius rotundicauda, têm entre si um
ancestral comum mais recente do que aquele que partilham com a espécie Limulus
polyphemus (caranguejos-ferradura da costa leste da América do Norte), pelo que é de supor
que haja uma maior semelhança entre as sequências nucleotídicas do gene COI obtidas dos
caranguejos asiáticos.

1.5. (D). O diagrama da figura 6 representa um sistema de classificação vertical que estabelece as
relações filogenéticas entre espécies de diferentes grupos de animais e a sua evolução ao
longo do tempo.

1.6. (C). A figura 6 mostra que os caranguejos-ferradura partilham um ancestral comum mais
recente com o grupo dos insetos do que com os outros grupos, pelo que partilham entre si mais
características, possuindo maior afinidade e estando filogeneticamente mais próximos.

1.7. (D). Tachypleus tridentatus e Tachypleus gigas pertencem ao mesmo género Tachypleus e,
consequentemente, aos grupos hierarquicamente superiores, como a família.

1.8. (A). Tachypleus tridentatus designa o nome da espécie, correspondendo o primeiro termo ao
nome do género a que a espécie pertence, Tachypleus, e o segundo, que identifica dentro do
género a espécie, ao restritivo específico, tridentatus. Esta nomenclatura é binominal, porque
são utilizados dois nomes para designar a espécie.

1.9. A análise das sequências do gene veio mostrar que os caranguejos-ferradura, os insetos e os
caranguejos estão filogeneticamente próximos e descendem todos de um ancestral comum.
Pelo contrário, os escorpiões estão mais afastados filogeneticamente, possuindo um ancestral
comum mais antigo com o grupo anterior.

1.10. O cianeto bloqueia a cadeia respiratória da respiração aeróbia, ao inibir a enzima. Este
bloqueio provoca uma diminuição brusca na produção de ATP, uma vez que é nesta etapa
que ocorre a maior parte da sua produção, e o rendimento energético do processo anaeróbio
é muito inferior. Como as células do coração consomem muito ATP, dada a sua função, a
intoxicação por cianeto irá afetar a circulação.
2.1. (A). Sendo as amebas o grupo mais aparentado com o ancestral comum a todos os eucariontes
com mitocôndrias, assume-se que esse ancestral terá resultado de uma endossimbiose entre
uma célula nucleada e um procarionte aeróbio, ou seja, com uma capacidade metabólica
semelhante à das mitocôndrias.

2.2. (B). O cladograma apresentado foi estabelecido a partir de comparação de genes nucleares,
constituindo um critério de natureza bioquímica.

2.3. (D). Na nomenclatura binominal, o primeiro nome refere-se ao género, uma categoria
taxonómica mais restrita que o filo. Por essa razão, comporta uma menor diversidade de
organismos que o filo.

2.4. As classificações filogenéticas podem ser representadas através de cladogramas, nos quais
são representadas as relações filogenéticas de um determinado grupo de organismos. Essas
classificações pressupõem uma relação evolutiva entre os grupos, pelo que o fator tempo está
sempre subjacente (a) (4) (5) (6). As classificações fenéticas traduzem o grau de afinidade
entre os taxa, independentemente da sua relação evolutiva (b) (1) (7). As classificações
práticas têm um carácter utilitário, baseando-se, muitas vezes, em critérios relacionados com
essa utilidade (c) (2) (3).

2.5. (D). O grupo Apicomplexa faz parte de um ramo que evoluiu a partir de um ancestral que
perdeu os plastídios primários, pelo que não apresenta vestígios de endossimbiose plastidial.
Os grupos Euglenophyceae e Ciliophora possuem um ancestral comum mais recente do que
os grupos Euglenophyceae e Glaucófita, pelo que se assume que a divergência entre os
primeiros é menor. A capacidade fotossintética de alguns grupos atuais, como as
Euglenophyceae, resultou de endossimbiose secundária, depois de ter havido perda de
plastídios primários.

2.6. (C). Estão representados no cladograma os reinos Animal, Plantas, Fungos e Protista.

2.7. Os fotoautotróficos e alguns grupos não fotoautotróficos terão partilhado linhagens ancestrais
resultantes de uma endossimbiose primária com um procarionte fotossintético. Esta
endossimbiose dotou as células eucarióticas de capacidade fotossintética que, no caso dos
grupos não fotossintéticos, foi perdida posteriormente. Esse percurso evolutivo comum
constitui a base da nova perspetiva do agrupamento Plantae. No sistema de classificação de
Whittaker, o grupo das Plantas está claramente separado de qualquer dos reinos em que se
incluem organismos não fotoautotróficos, uma vez que a nutrição autotrófica ou heterotrófica
constitui um critério de separação em diferentes reinos.
3.1. (A). Na árvore filogenética I da figura 8B é possível verificar que os placodermos descendem
de um único ancestral comum, uma vez que provêm de um único ramo evolutivo, enquanto na
árvore filogenética II descendem de dois ancestrais distintos, uma vez que existem dois ramos
evolutivos.

3.2. (C). Este animal fóssil viveu durante o Devónico da Era Paleozoica e, como tal, a sua
classificação em peixe placodermo baseia-se no estudo do registo fóssil, logo em critérios
paleontológicos.

3.3. (B). A ordem é o taxon imediatamente inferior ao taxon classe. Assim, a ordem engloba uma
menor diversidade de géneros do que a classe e, consequentemente, uma maior semelhança
entre eles.

3.4. (D). Os clásperes dos tubarões atuais e os dos peixes placodermos são órgãos análogos,
porque, apesar de desempenharem a mesma função, possuem origem diferente (os dos
tubarões são de origem cartilagínea e os dos placodermos são de origem óssea).

3.5. (B). Os esquemas I e II da figura 8B representam classificações verticais (filogenéticas), porque


evidenciam relações filogenéticas entre os grupos representados e a sua evolução ao longo do
tempo, refletindo processos de evolução divergente.

3.6. (D). Na designação binominal da espécie Microbrachius dicki, o primeiro nome refere-se ao
género a que a espécie pertence, Microbrachius, e o segundo nome, que identifica dentro do
género a espécie, é o restritivo específico, dicki.

3.7. Os placodermos possuíam clásperes, uma característica morfológica análoga à de alguns


peixes cartilagíneos atuais, o que indicia que possuiriam fecundação interna. Considerando
que os placodermos estão filogeneticamente relacionados com peixes com fecundação
externa, mais recentes, pode supor-se que estes peixes atuais surgiram de ancestrais com
fecundação interna.

4.1. (C). O esquema I refere-se a uma classificação fenética ou horizontal baseada apenas em
semelhanças morfológicas, não considerando a evolução dos organismos ao longo do tempo;
os grupos formados não refletem as relações evolutivas entre eles.
4.2. Na classificação I são usadas características como o bipedismo e o desenvolvimento do
cérebro, o que justifica a criação da família Hominidae para englobar o género Homo e da
família Pongidae para englobar os restantes símios. A classificação II, baseada na análise do
DNA, permitiu verificar uma afinidade filogenética que justifica a integração dos animais numa
única família Hominidae. No entanto, o afastamento filogenético dos símios do género Pongo
relativamente aos restantes animais justifica a divisão da família em duas subfamílias
(Ponginae e Hominidae). Esta classificação mostra também que o ser humano compartilha com
os símios do género Pan, um ancestral comum mais recente do que com os restantes animais.

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