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p. 147 - 152, jan./jun. 2017. ISSN - 2238-921-0
Introdução
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Graduando do curso de Licenciatura em Geografia - UFMT. E-mail: izaiasdesouzasilva@outlook.com.
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se a população ativa na área urbana, àquela parcela a qual mais especificamente Max (1984) a
chamou por Exército Industrial de Reserva. Dessa subordinação, implica falar do crescimento
de um mercado interno pautado no trabalho assalariado, onde os sujeitos ficam encurralados
de um lado pelo capitalista industrial na cidade e pelo capitalista latifundiário do campo.
Como apontou Silva (1998), ao estudar a dinâmica da população entre o rural-urbano,
o processo de urbanização reflete também as transformações das atividades agrícolas, pois é
desse enquadramento que a luta pela terra ressurge como elemento fundante dos direitos
humanos, movimento contrário a exclusão social e a hegemonia do sistema capitalista de
produção.
Diante de todos esses aspectos, o filme Terra para Rose vem como um registro da
trajetória histórica de alguns conflitos pelo acesso à terra na região Sul do país, em um
momento específico da nossa história. Trata-se da história de Rose, agricultora sem-terra que
com outras 1.500 famílias participou da primeira grande ocupação de uma terra improdutiva,
a Fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul.
O filme aborda a sensível questão da reforma agrária no Brasil no período de transição
pós-regime militar, dando ênfase ao início de um importante movimento social, o MST
(Movimento Sem Terra/Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Somando-se a isso,
o filme levanta críticas ao Estado brasileiro quanto as condições de vida desses sujeitos que se
organizam nos movimentos sociais de lutas pela terra, sobretudo quando estão na fase de
acampamento.
As questões levantadas pelo filme, são no geral àquelas que dizem respeito ao Estado
brasileiro e o seu posicionamento político, enquanto conjunto de instituições, normas e
funcionários que exercem uma autoridade e um controle direto sobre o território. Assim,
questiona-se como ao longo dos anos, sobretudo no momento atual, o Estado brasileiro tem
assumido um posicionamento contrário aos interesses coletivos, o que em partes o coloca na
condição de cúmplice na concentração da propriedade fundiária da terra nas mãos de alguns
poucos sujeitos, que fazem dela objeto de produção de Mais-Valia, portanto acumulação de
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Considerações finais
Apesar de toda sua demasia em riqueza territorial, fica claro que a segregação e a
exclusão social é um dado marcante no que se refere a propriedade da terra no Brasil.
Paralelamente à sua valorização sem precedentes nas últimas décadas, os movimentos sociais
tem se esforçado em acompanhar as mudanças (políticas-econômicas), de maneira tal que
nunca se altere os objetivos: a conquista da terra.
Isto posto, a questão agrária prossegue como “incógnita”, prossegue como uma
possibilidade de mudança de organização social, em que pese dizer, que seja ignorada aos
olhos do “desenvolvimento”, do “progresso” e até mesmo das representatividades políticas
nas tomadas de decisões e nas política públicas.
Referências
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Site:
https://nacoesunidas.org/onu-populacao-mundial-vivera-em-cidades-ate-2050
https://www.youtube.com/watch?v=1ZlqjK4K1-0
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