A evolução da discussão sobre inclusão e representação das diferenças ao
longo da história reflete transformações nas atitudes sociais e culturais. No século XIX, contos de fadas como "Branca de Neve e os Sete Anões" frequentemente perpetuavam estereótipos prejudiciais em relação às pessoas com diferenças físicas, retratando-as em papéis submissos e reforçando a ideia de dependência de uma figura não deficiente. Isso contribuiu para a estigmatização e segregação dessas pessoas na sociedade da época.
Conforme a sociedade avançou, narrativas como a do "Patinho Feio"
passaram a enfatizar a importância da autoaceitação e da aceitação da diferença. O protagonista enfrentou o isolamento devido à sua aparência, mas encontrou aceitação entre os cisnes, ressaltando a necessidade humana de pertencer a um grupo que valorize a autenticidade. Isso transmitiu a mensagem de que a verdadeira beleza reside na essência das pessoas, não apenas na aparência física, promovendo a tolerância e a celebração da diversidade.
Por outro lado, a história do "Corcunda de Notre-Dame" na sociedade
medieval francesa evidenciou as injustiças e discriminação enfrentadas por personagens como Quasímodo devido à sua aparência física. Ela nos lembra da importância de não julgar com base na aparência e de proporcionar a todos a oportunidade de mostrar quem realmente são. Além disso, abordou questões sociais e políticas da época, destacando a necessidade de combater a discriminação em busca de uma sociedade mais justa e inclusiva. Apesar das mudanças ao longo do tempo, persistem resquícios desses estereótipos e arquétipos em algumas narrativas, sublinhando a importância contínua de analisar e questionar as representações na mídia e na literatura para promover uma sociedade mais inclusiva e justa.