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produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, por sua
dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho. Por
serem os silos locais fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros, são conhecidos como
espaços confinados e são objeto da NR33 - Espaços Confinados, da NBR 14.787 da
ABNT e de alguns itens da NR 18 - Construção Civil do MTE. A Revista Proteção (N.181,
janeiro de 2007, p.63) apresenta um excelente artigo de Ary de Sá (Eng.de Seg. e
especialista em ventilação industrial e controle de riscos ambientais com poeiras explosiva)
intitulado Efeito devastador, sobre explosões em locais onde existe muita poeira
acumulada.
O milho é considerado um dos grãos mais voláteis e perigosos, embora toda poeira de
grãos possa ser tida como MUITO PERIGOSA. Na Agricultura, existem ainda os chamados
espaços confinados móveis: os tanques que são levados para o campo, onde são
armazenados os agrotóxicos usados na lavoura; e os caminhões-tanque transportadores
de combustível ou de água (carros-pipa).
1 - explosões;
2 - problemas ergonômicos;
3 - lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular;
4 - riscos físicos (ruído, iluminação, umidade, vibrações, etc.); e
5 - acidentes em geral (quedas, sufocamento, etc.).
Riscos de explosões
As indústrias que processam produtos alimentícios e as unidades
armazenadoras de grãos, apresentam alto potencial de risco de incêndios e explosões, pois o
trabalho nessas unidades consiste basicamente em receber os produtos, armazenar,
transportar e descarregar. O processo inicia com a chegada dos caminhões graneleiros e ao
descarregar seu produto nas moegas, produzem uma enorme núvem de poeira, em
condições e concentrações propícias a uma explosão.
A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar
atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como: trigo,
milho e soja, ricos em óleos inflamáveis.
Problemas ergonômicos
Os problemas ergonômicos, normalmente, estão associados às reduzidas
dimensões do acesso ao espaço confinado (exigindo contorsões do corpo, o uso das mãos e
dificultando o resgate em caso de acidente) e ao transporte de grãos ensacados. São eles:
1. portinhola de acesso;
2. agressões à coluna vertebral;
3. lombalgias;
4. torções; e
5. esmagamento de discos da vértebra.
A soja, por ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira,
leva consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende essa
poeira, que pode provocar uma doença terrivel chamada silicose ou o empedramento dos
pulmões.
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI's recomendados são:
a) máscaras contra poeiras; e
b) óculos de segurança.
Acidentes em geral
Nos casos em que foi constatado previamente (pelo detector de gases mostrado
acima) que a atmosfera no interior do silo está pobre em oxigênio, pode-se utilizar o
equipamento portátil ao lado, fabricado para esse fim.
Equipamentos de Proteção
A Revista Proteção (N.158, fev./05), que trás como reportagem de capa os
ESPAÇOS CONFINADOS, relaciona os equipamentos de proteção individual (EPIs),
equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e instrumentos mais usados no Brasil para
prevenir os acidentes nesses locais. Confira a relação:
EPIs:
1. Capacete com jugular
2. Luvas (PVC ou raspa)
3. Trava-quedas e acessórios
4. Botas de segurança
5. Óculos de segurança
EPCs:
1. Ventilador/insuflador de ar
2. Rádio para comunicação
3. Tripé
4. Detector de gases e/ou poeiras
5. Lanternas apropriadas
6. Sistema autônomo com peça facial
Instrumentação:
1. Detector de gases
2. Cromatógrafo
3. Explosímetro