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Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos

ELEMENTOS DE HIDROLOGIA
Aula 06

Mauro Naghettini
(mauro.naghettini@gmail.com)
Programação Preliminar:
Aula 01: Programação. Critérios de avaliação. Bibliografia. Material didático.
Introdução à Hidrologia. O Ciclo Hidrológico. Desenvolvimento Histórico da
Hidrologia. Processos Hidrológicos. Equações de Conservação da Massa,
Quantidade de Movimento e Energia nos Processos Hidrológicos
Aula 02: Caracterização de Bacias Hidrográficas. Água na Atmosfera (1/3).
Aula 03: Água na Atmosfera (2/3).
Aula 04: Água na Atmosfera (3/3). Água no Solo (1/2).
Aula 05: Água no Solo (2/2). Água Superficial (1/2).
Aula 06: Água Superficial (2/2).
PROVA PARCIAL
Aula 07: Hidrograma Unitário.
Aula 08: Propagação de Vazões em Modo Concentrado.
Aula 09: Propagação de Vazões em Modo Distribuído.
Aula 10: Hidrologia Estatística 1/2.
Aula 11: Hidrologia Estatística 2/2. Bases Conceituais para o Projeto Hidrológico.
Aula 12: Tormentas de Projeto. Vazões de Projeto.
Aula 13: Caracterização de Secas. Vazões Ecológicas.
PROVA FINAL
Água Superficial 2/2
Separação do Escoamento de Base

N = 0,827A0,2 dias com A em km2

Q t = Q 0 e− t−t0 k
Chuva Efetiva e Escoamento Superficial Direto

Chuva Efetiva=chuva que nem ficou retida na superfície da bacia e nem se


infiltrou. Transformou-se em escoamento superficial direto no exutório, sob a
hipótese de escoamento hortoniano. O gráfico da chuva efetiva versus tempo
é chamado de hietograma de chuva efetiva. A diferença entre os hietogramas
da chuva total observada e da chuva efetiva são as perdas ou abstrações.

Se o hietograma de chuva e o hidrograma de cheia estiverem disponíveis:


• faz-se a separação do escoamento de base por uma das técnicas
• transforma-se o volume de escoamento superficial direto em chuva
efetiva rd
• calcula-se o índice , pela resolução de rd = σM
m=1 R m − ∅∆t onde Rm é
a chuva observada no intervalo de tempo m
• calcula-se o coeficiente de escoamento superficial C dado por
rd
C = σM onde 0<C1
m=1 Rm
Exemplo 5.3.1
Determine o hidrograma do escoamento superficial direto, o índice , o
hietograma de chuva efetiva e o coeficiente de escoamento superficial a
partir dos dados de chuva e vazão da tabela, para uma bacia de 7,03 mi2.
Cálculos:
• Escoamento de base
constante=400 cfs
• Volume do escoamento
direto Vd = σ11
n=1 Q n ∆t
ou Vd = 7,839 × 107 ft 3
Vd
• Chuva efetiva rd =
A
7,839×107
ou rd = = 4,8 in
7,03×52802
• Calcula-se o índice :solução
de rd = σMm=1 R m − ∅∆t
M=1: =-5,2 in/h M=2: =-0,52 in/h M=3: =0,54 in/h ou =0,27 in/0,5h
rd
• Calcula-se o coeficiente de escoamento superficial C == σM ou
m=1 Rm
4,8
C= = 0,81
5,9
Ilustração da Seleção do Número de Pulsos M para Cálculo de 
Cálculo das Abstrações por meio de Equações de Infiltração
Intercepção (Interceptação) estimativas pela natureza
Abstrações Armazenamento em Depressões da vegetação e do solo
Infiltração (modelos de Horton, Philip e Green-Ampt)
Se apenas o hietograma de chuva estiver disponível, as abstrações (devidas
somente à infiltração) podem ser calculadas pelos modelos de infiltração.
Infiltração antes e depois do tempo de encharcamento 1/2

t0 = tempo equivalente para que as curvas F(t) e f(t),


começando em t0, tenham os mesmos valores do volume
infiltrado (itp) e da intensidade i, com o início da chuva em t=0.
Infiltração antes e depois do tempo de encharcamento 2/2
Cálculo das Abstrações pelo Método de Green-Ampt 1/5
• Tempo: de t a t+t
• Em t: it, ft e Ft (conhecidos)
• 3 situações:
1. saturação no intervalo t
2. não houve saturação em t
3. saturação durante t
• Equações:
ψ∆θ
1. ft = K Ft
+1
2. Ft+∆t − Ft − ψ∆tlnZ = K∆t
𝐹𝑡+∆𝑡 +𝜓∆𝜃
onde 𝑍 =
𝐹𝑡 +𝜓∆𝜃
• Valor Tentativa:

Ft+∆t = Ft + it ∆t
Ponding time t+t’
Cálculo das Abstrações pelo Método de Green-Ampt 2/5
Exemplo 5.4.1 – O hietograma de um evento chuvoso é dado nas colunas 1 e
2. Se a chuva se abateu sobre solo franco-arenoso com saturação efetiva
inicial de 40%, determine o hietograma de chuva efetiva.
Cálculo das Abstrações pelo Método de Green-Ampt 3/5

Solo de textura franco-arenosa: K=1,09 cm/h, =11,01 cm e e=0,412


Cálculos auxiliares: =(1-se )e=0,247 e =2,72 cm
Tempo t=0: F=0 e f=
Tempo t=10 minutos (0,167 h):

Como em t=0 i0<f0, F0+0,167 = F0 + i0 ∆t = 0 + 1,08 × 0,167 = 0,18
ψ∆θ
e ft+∆t = K + 1 = 17,57 cmΤh > it+∆t = 1,26 cmΤh
Ft+∆t
… Tempo t=60 minutos:
ψ∆θ
F60 =1,77 ⇒ ft=60 = K + 1 = 2,77 cmΤh < i60 = 3,84 cmΤh ⇒
Ft
A saturação (encharcamento) começou em t=60 minutos.
Tempo t=70 a 140 minutos:
Ft+∆t − Ft − ψ∆tlnZ = K∆t (aproximações sucessivas) para Ft+∆t
e assim por diante.
Cálculo das Abstrações pelo Método de Green-Ampt 4/5
Cálculo das Abstrações pelo Método de Green-Ampt 5/5
Em t=0, F=0
Algoritmo alternativo:
No tempo t, Ft é
conhecido

Não
Último t?

Sim

Planilha Excel para Exemplo 5.4.1 Fim


Cálculo das Abstrações pela Equação de Horton
Em t=0, F=0

Algoritmo:
No tempo t, Ft é
conhecido

Não
Último t?

Sim
Planilha Excel para Exemplo 5.4.1
Fim
Cálculo das Abstrações pela Equação de Philip
Em t=0, F=0
Algoritmo:

No tempo t, Ft é
conhecido

Não
Último t?

Sim

Planilha Excel para Exemplo 5.4.1 Fim


Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 1/10

P=precipitação total para toda a duração da chuva


Pe=precipitação efetiva para toda a duração da chuva (Pe<P)
S=retenção máxima potencial na bacia
Fa=altura de água adicional retida na bacia, após o início da chuva efetiva
Ia=abstração inicial (antes de ocorrer a saturação da superfície)
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 2/10

Hipótese principal: mesma proporcionalidade entre as alturas real e potencial


Fa Pe
= (I)
S P−Ia
Equação da continuidade: P = Pe + Ia + Fa (II)

Combinando as equações (I) e (II),


P−Ia 2
Pe = (III)
P−Ia +S
Resultados experimentais: Ia = 0,2S

𝐏−𝟎,𝟐𝐒 𝟐
Em (III): 𝐏𝐞 =
𝐏+𝟎,𝟖𝐒
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 3/10

Resultados experimentais para diversas bacias:

Em polegadas: Em milímetros:
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 4/10

Para parametrizar as curvas PPe, o SCS criou uma grandeza adimensional


denominada CN (curve number), que possui as seguintes propriedades:
áreas totalmente impermeáveis CN=100
0<CN100
outras superfícies CN<100

𝟏𝟎𝟎𝟎
Relação empírica entre S e CN: 𝐒 = 𝟐𝟓, 𝟒 − 𝟏𝟎
𝐂𝐍

dos tipos de solos (“grupos de solos”)


dos usos dos solos da bacia
CN depende
do tratamento dos solos
das condições de umidade dos solos
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 5/10

Grupos Hidrológicos de Solos

Grupo A: solos arenosos, com baixo teor de argila total (inferior a 8%), sem rochas, sem camada argilosa
e nem mesmo densificada até a profundidade de 1,5m. O teor de húmus é muito baixo, não atingindo
1%. Capacidade de infiltração mínima entre 0,8 e 1,2 cm/h.

Grupo B: solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com maior teor de argila total, porém
ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20% graças à maior porosidade. Os
teores de húmus podem estar entre 1,2% e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até
1,5m, mas é quase sempre presente uma camada mais densificada que a camada superficial. Cap. de
infiltração mínima entre 0,4 e 0,8 cm/h.

Grupo C: solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas argilosas impermeáveis ou
contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras roxas, estes dois limites máximos
podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60cm de profundidade, camada mais densificada que no
Grupo B, mas ainda longe das condições de impermeabilidade. Capacidade de infiltração mínima entre
0,1 e 0,4 cm/h.

Grupo D: solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada densificada a uns 50cm de
profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase impermeável ou horizonte de
seixos rolados. Capacidade de infiltração mínima menor do que 0,1 cm/h.
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 6/10
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 7/10

Condições de Unidade do Solo


Condição I: solos secos: as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassaram 15mm.
Condição II: situação média na época das cheias: as chuvas nos últimos 5 dias
totalizaram entre 15 e 40mm. As tabelas de CN, em geral, são para esta condição.
Condição III: solo úmido (próximo da saturação): as chuvas nos últimos 5 dias foram
superiores a 40mm e as taxas de evaporação não foram elevadas.

Para converter o valor de CN(II) para as condições I e III usar as seguintes expressões:

𝟒, 𝟐𝐂𝐍(𝐈𝐈)
𝐂𝐍(𝐈) =
𝟏𝟎 − 𝟎, 𝟎𝟓𝟖𝐂𝐍(𝐈𝐈)

𝟐𝟑𝐂𝐍(𝐈𝐈)
𝐂𝐍(𝐈𝐈𝐈) =
𝟏𝟎 + 𝟎, 𝟏𝟑𝐂𝐍(𝐈𝐈)
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 8/10
Exemplo 5.5.1 (unidades Sistema Métrico)– Calcule o deflúvio superficial de
127 mm de chuva sobre uma área de 0,4047 ha. O grupo hidrológico de solo é
50% do grupo B e 50% do grupo C. O uso do solo da bacia é:
40% residencial com 30% de área impermeável
12% residencial com 65 % de área impermeável
18% estradas pavimentadas com meio-fio e bocas de lobo
16% espaços abertos com 50% de grama em condição média, 50% boa
14% estacionamento pavimentado, praças e escolas.

Solução: Cálculo do CN ponderado


4038 + 4340
CN = = 83,8
100

1000
S = 25,4 − 10 = 49,1 mm
CN

P − 0,2S 2 127 − 0,2 × 49,1 2


Pe = =
P + 0,8S 127 + 0,8 × 49,1
𝐏𝐞 = 𝟖𝟐, 𝟔 𝐦𝐦
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 9/10

Distribuição Temporal das Abstrações pelo Método do SCS


A distribuição temporal das abstrações Fa faz-se do seguinte modo:

Fa Pe
A partir de = e P = Pe + Ia + Fa , e resolvendo para Fa ⇒
S P−Ia
S P − Ia
Fa = para P ≥ Ia
P − Ia + S

Derivando em relação a t, considerando que Ia e S são constantes:

𝐝𝐅𝐚 𝐒 𝟐 𝐝𝐏Τ𝐝𝐭
= (variação temporal da retenção na bacia)
𝐝𝐭 𝐏−𝐈𝐚 +𝐒 𝟐

Quando P→, dF/dt→0 (OK)


Mas, quando a intensidade da chuva dP/dt aumenta, dFa/dt aumenta (????)
Cálculo das Abstrações pelo Método do SCS (1972) 10/10

Exemplo 5.5.4 – Determine o hietograma da chuva efetiva a partir dos dados


da tabela. O valor de CN é 80 para condição II.
Solução:
Para CN=80 → S=2,50 in e Ia=0,5 in
As abstrações iniciais consomem
todo o volume de chuva até 0,5 in.

Para alturas acumuladas P>0,5 in:


S P−Ia 2,50 P−0,5
Fa = =
P−Ia +S P−0,5+2,50
Por exemplo: 2 horas de chuva
2,50 P − 0,5 2,50 0,90 − 0,5
Fa = = = 0,34 in
P − 0,5 + 2,50 0,90 − 0,5 + 2,50
Chuva efetiva acumulada até t=2 horas:
Pe = P − Ia − Fa = 0,9 − 0,5 − 0,34 = 0,06 in
Profundidades e Velocidades do Escoamento Superficial 1/5
Lâmina (distâncias curtas  30 m) (difuso)
Escoamento Superficial (processo complexo, variável em 3D e no tempo)
Canal (maiores profundidades) (concentrado)

Governado pelos princípios de conservação da massa e da quantidade de movimento

Escoamento Superficial em Lâmina (Overland Flow)


Continuidade (regime permanente):
‫ = 𝐀𝐝𝐕 𝒔𝒄׭‬0 (I)
Influxo: iL0 cosθ (chuva na largura unitária)
Efluxo: fL0 cosθ + Vy (infiltração+escoamento)
Em (I), segue-se que
q0 = Vy = (i − f)L0 cosθ
(descarga por largura unitária)
Profundidades e Velocidades do Escoamento Superficial 2/5

Escoamento Superficial em Lâmina (Overland Flow)


Quantidade de Movimento:
Prova-se para escoamento uniforme e
gS0 y2
laminar (Re=4VR/<2000) que V =

hf
Escoamento uniforme: S0 = Sf =
L
Combinando as duas equações:
24ν L V2 𝐋 𝐕𝟐
hf = ou, na forma de Darcy-Weisbach, 𝐡𝐟 = 𝐟 (I)
Vy 4y 2g 𝟒𝐑 𝟐𝐠
96 4VR CL 96+108i0,4
onde f = , Re = e R = y. Experimentos: f = = i em in/h
Re ν Re Re

fV2 𝟑 𝐟𝐪𝟐𝟎
Resolvendo (I) para y: y = ou 𝐲 = com q0 = Vy.
8gS0 𝟖𝐠𝐒𝟎
Profundidades e Velocidades do Escoamento Superficial 3/5

Exemplo 5.6.1 - Uma chuva de intensidade 1 in/h cai sobre um plano


uniforme, impermeável e liso de 100 ft de comprimento e declividade de 5%.
Calcule a descarga por largura unitária, a profundidade e a velocidade no final
do plano. A viscosidade cinemática da água é =1,210-5 ft2/s. Solução:

Descarga: f=0 (plano impermeável), 1 in/h=1/(12*3600)=2,3210-5ft/s. À


declividade de 5% corresponde =arctan(0,05)=2,86o e cos=0,999.
q0 = i − f L0 cosθ = 2,32 × 10−5 × 100 × 0,999 = 2,31 × 10−3 ft 2 Τs.

4V𝑦 4𝑞0 CL 96+108i0,4 204


Profundidade: Re = = = 470 (laminar). f = = = 470 = 0,265.
ν ν Re Re
3 fq20
y= = 0,0048 ft (0,06 in)
8gS0

q0
Velocidade: V = = 0,48 ftΤs
y
Profundidades e Velocidades do Escoamento Superficial 4/5

Escoamento Superficial em Canal

A passagem do escoamento
superficial em lâmina para o
canal é um escoamento lateral.

Escoamento permanente em
lâmina po largura unitária=q0

Descarga no canal: Q = q0 Lc

Profundidade e velocidade: solução iterativa para a equação de Manning


S0 S0
Q= AR2Τ3 (SI) ou Q = 1,49 AR2Τ3 (Sistema Inglês)
n n
Profundidades e Velocidades do Escoamento Superficial 5/5

Exemplo 5.6.5 – Calcular a velocidade e a profundidade do escoamento, em


incrementos de 200 ft, ao longo de um canal retangular de 1000 ft de
comprimento, com largura Bw de 2 ft, número de Manning n=0,015 e
declividade de fundo S0=0,025. O canal é alimentado por escoamento lateral
q0=0,00926 cfs/ft por unidade de largura do plano de alimentação. Solução:
S0 2Τ3 31,41𝑦 5Τ3
Q = q0 L Q = 1,49 AR = (Solver)
n 1+𝑦 2Τ3

𝑄 𝑄
V= =
𝐵𝑤 𝑦 2𝑦
Planilha Excel “Equação de Manning Canal com Solver” para Exemplo 5.6.5
Tempo de Trajeto e Tempo de Concentração 1/3

O tempo de trajeto de um ponto a outro de uma bacia pode ser deduzido


pelas grandezas distância e velocidade do escoamento (difuso+concentrado):
t L I
dl ∆li
dl = v l dt ⇒ න dt = t = න ⇒t≈෍ i = 1, 2, … , I
0 0 v(l) vi
i=1
As velocidades nos trechos podem ser determinadas pelos métodos descritos
anteriormente ou a partir de tabelas de velocidades médias (ft/s).
Tempo de Trajeto e Tempo de Concentração 2/3

Em decorrência do tempo de trajeto até o exutório, em um dado tempo t,


apenas uma parte da bacia pode estar contribuindo para as vazões. A
variação das áreas contribuintes pode ser visualizada pelas isócronas.

Para uma chuva de duração


suficientemente grande, o
tempo de concentração (Tc) é
aquele gasto pelo escoamento
superficial desde o ponto mais
distante da bacia até o exutório.

Existem várias fórmulas empíricas para se estimar o tempo de concentração.


L 0,77
Fórmula de Kirpich: Tc = 0,0195 em min, com L m e S(mΤm)
S
Tempo de Trajeto e Tempo de Concentração 3/3

Exemplo 5.7.1 – Calcular o tempo de concentração de uma bacia, na qual o


percurso mais longo compreende 100 ft de pasto de declividade 5%, seguido
de 1000 ft de canal retangular de largura 2 ft, com n=0,015 e declividade de
2,5%, recebendo um escoamento difuso lateral de 0,00926 cfs/ft. Solução:

Da tabela de velocidades médias: pasto a 5% → 2,5<v<3.5 ft/s → v=3 ft/s.


Para transitar 100 ft desse pasto: t=100/3=33 s.
Para o canal retangular, veja resultados do Exemplo 5.6.5. Tempos:

Tempo de concentração=T = 33+209=242 s=4 minutos.


Tarefas extra-classe:
• Ler o capítulo 5 da página 127 à página 165
• Resolver os exercícios 5.2.2, 5.3.2, 5.4.2, 5.4.3, 5.4.4,
5.5.1, 5.6.1, e 5.6.3. Entregar TP 2 na próxima aula.

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