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Ministério do Turismo

Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Associação dos Amigos do Teatro Municipal
Funarte
UFRJ
Amadança
Petrobras
apresentam

MACUNAÍMA
ESTREIA MUNDIAL
Ballet em um ato e quatro quadros
Inspirado na obra de Mário de Andrade

Ballet e Orquestra Sinfônica


do Theatro Municipal
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Governador
Cláudio Bomfim de Castro e Silva

Secretaria de Estado de Cultura


e Economia Criativa do Rio de Janeiro
Secretária
Danielle Christian Ribeiro Barros

Fundação Teatro Municipal


do Rio de Janeiro
Presidente
Clara Paulino

Vice-Presidente
Ciro Pereira da Silva

Diretor Artístico
Eric Herrero

Associação dos Amigos do


Teatro Municipal do Rio de Janeiro
Presidente
Gustavo Martins de Almeida
MACUNAÍMA ESTREIA MUNDIAL
Ballet em um ato e quatro quadros
Inspirado na obra de Mário de Andrade
Música Ronaldo Miranda Roteiro e Concepção André Cardoso
Coreografia Carlos Laerte Assistente de Coreografia e Ensaiadora Mônica Barbosa
Direção de Imagem e Fotografia Igor Correa Figurinista Wanderley Gomes
Iluminação Paulo Ornellas Coordenação de Cenografia Coletivo Trouxinhas
Pintura de arte artistas do Museu do Graffiti
Supervisão Artística Hélio Bejani e Jorge Texeira

Solistas
MACUNAÍMA Glayson Mendes, Rodolfo Saraiva, Edifranc Alves,
José Ailton, Rodrigo Hermesmeyer, Raffa Lima
Claudia Mota MÃE Márcia Jaqueline CI Juliana Valadão SOFARÁ
Filipe Moreira JIGUÊ Rodrigo Negri MAANAPE Marcella Borges IRIQUI e SOFARÁ
Priscila Albuquerque COBRA Saulo Finelon PIAIMÃ, O GIGANTE
Priscilla Mota MÃE DE SANTO Gabriela Cidade CEUCI e MÃE DE SANTO
Fernanda Martiny PRINCESA e MÃE Alyson Trindade JIGUÊ
Liana Vasconcelos CI e IRIQUE Carol Fernandes PRINCESA Jessica Lessa COBRA
Tabata Salles CEUCI Jean Pires MAANAPE

Outros Personagens
Alef Albert, Aloani Bastos, Alyson Trindade, Ana Flavia, Diovana Piredda,
Élida Brum, Eugenia Del Grossi, Flávia Carlos, Isa Matos, Júlia Xavier,
Katarina Santos, Luiz Paulo, Manuela Roçado, Marina Tessarin, Mateus Dutra,
Michael William, Olívia Zucarino, Rachel Ribeiro, Wellington Gomes

Estagiários da ESCOLA ESTADUAL DE DANÇAS MARIA OLENEWA


Emerson Mateus, Fernanda Lima, Gabriela Del Pino, Gabriel Araújo, Jean Pires,
João Pedro, Miguel Alves, Moisés Pepe, Tiago Tononi

Ballet e Orquestra Sinfônica


do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Regência Jésus Figueiredo
Diretor Artístico do TMRJ Eric Herrero
22, 23 e 24.09 19h | 25.09 17h
Temporada 2022
A ancestralidade e a riqueza cultural do nosso país será represen-
tada em um espetáculo único e grandioso: Macunaíma. Baseado
no livro homônimo de Mário de Andrade, o balé é executado pelo
Corpo de Baile e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, com
direção artística de Eric Herrero.
Será uma jornada rica em cultura e conhecimento, iniciando na selva
amazônica, na região do Rio Uraricoera, terra natal de Macunaíma,
onde vivem os índios Tapanhumas. A obra clássica ainda incorpora
a contemporaneidade da dança brasileira
Este é mais um espetáculo da temporada de 2022, que reafirma o
papel da "Joia da Coroa" como o equipamento cultural mais impor-
tante do Estado do Rio de Janeiro, mostrando sua vocação enquan-
to instituição histórica, democrática e acessível.
Danielle Barros
Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa

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Temos o prazer de apresentar nesse programa um dos destaques
da Temporada Artística de 2022, com a estreia mundial do ballet
Macunaíma. Produzida especialmente no ano em que se celebra
o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a montagem
inédita é um presente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro à
população.
Inspirado no clássico de Mário de Andrade, a curta temporada de
Macunaíma tem Patrocínio Ouro Petrobras e realização da Associa-
ção dos Amigos do Teatro Municipal. Com o Corpo de Baile e Or-
questra Sinfônica do Theatro, o espetáculo terá a regência de Jésus
Figueiredo e a supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira.
A montagem única e jamais apresentada conta com música espe-
cialmente composta por Ronaldo Miranda, coreografia inédita de
Carlos Laerte e concepção e roteiro de André Cardoso. As apresen-
tações são fruto da parceria entre o TMRJ, a Funarte e a UFRJ, por
meio dos projetos Bossa Criativa – Arte de Toda Gente e Sistema
Nacional de Orquestras Sociais – Sinos, com curadoria de sua Escola
de Música.
Estamos muito felizes com a expectativa de entregar à população
uma obra tão importante para a cultura nacional, feita em um for-
mato inovador, que com certeza vai gerar impacto ao público pre-
sente. Aproveitem!
Clara Paulino
Presidente do Theatro Municipal

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Balé Macunaíma - Estreia Mundial no palco do Theatro Municipal
para a celebração do Centenário da Semana de Arte Moderna
No ano em que celebramos o Centenário da Semana de Arte Moder-
na, marco que consolidou o Modernismo no país, trazemos até você
um balé totalmente inédito, com música especialmente composta
para o Balé do Theatro Municipal pelo grande Ronaldo Miranda, a
ser executada por nossa OSTM, com coreografia de Carlos Laerte.
Tal feito histórico só foi possível graças à importante parceria entre
Theatro Municipal, FUNARTE (SINOS/Bossa Criativa) e UFRJ! Parce-
rias como esta devem ser constantemente perseguidas e constru-
ídas por gestores, de modo a viabilizar grandes projetos e espetá-
culos a todo o público, diminuindo custos e aumentando a oferta,
para democratizar o acesso e dinamizar a difusão da arte! À partir
dela, com um enorme trabalho de todos os profissionais das três
partes envolvidas, e claro, principalmente, o talento e qualidade
inigualáveis do Balé do Theatro Municipal, nasce portanto, o balé
Macunaíma, baseado na personagem de Mário de Andrade - um
marco da literatura brasileira, como se sabe.
Nada mais natural para uma obra de tamanha importância histó-
rica para nossa literatura que, após virar pintura – O Batizado de
Macunaíma, da também modernista Tarsila do Amaral – filme em
1969, sob a direção de Joaquim Pedro de Andrade – considerado
pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema como uma das
cem melhores obras da filmografia nacional – e espetáculo teatral
dirigido por Antunes Filho em 1978, agora, torne-se também balé!
O que vamos assistir neste mês de setembro, motivo de enorme
alegria, é a conjunção de diversas forças e intenções em torno da
arte e da cultura, gerando algo histórico para nosso Theatro e de-
mais instituições envolvidas. Festejamos essa estreia mundial e par-
ceria, desejando que muito mais coisas boas venham por aí, benefi-
ciando, assim, o público fluminense.
Viva a Semana de 22 e salve Macunaíma e o Balé do Theatro Muni-
cipal do Rio de Janeiro, acompanhado magistralmente pela OSTM!
Bom espetáculo!
Eric Herrero
Diretor Artístico do Theatro Municipal

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Celebrando os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 22, nada
mais oportuno do que trazermos para o palco do Theatro Municipal
um trabalho que indique os novos tempos que vivenciamos, atual-
mente, dentro da dança.
O estilo diferenciado do coreógrafo Carlos Laerte vem tirar nossa
companhia de sua zona de conforto - o ballet clássico de repertório,
agregando possibilidades infinitas de crescimento técnico e artísti-
co para nossos bailarinos.
“Macunaíma”, obra inédita criada especialmente para o BTM RJ,
vem consolidar todo um árduo trabalho que realizamos a partir de
nossa retomada pós pandemia. Estamos, acima de tudo, comemo-
rando a vitória da Arte.
Importante destacar que, para vencermos momentos tão adversos
pelos quais passamos, o trabalho em equipe foi determinante.
Nossos agradecimentos aos parceiros: UFRJ, Funarte, Coletivo Trou-
xinhas da EBA, Museu do Graffiti e principalmente a Petrobras por
incentivar a cultura, nos proporcionando a possibilidade de nos utili-
zarmos de nossa arte como ferramentas para transformarmos vidas.
Um excelente espetáculo a todos.
Hélio Bejani
Regente do Ballet do Theatro Municipal

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O ano de 2022 é marcado por duas efemérides da maior importân-
cia: os 200 anos da Independência do Brasil e os 100 anos da Sema-
na de Arte Moderna. Se o primeiro evento representa nossa eman-
cipação política, o segundo marca a nossa emancipação artística.
Foi no ambiente de consolidação de uma arte com características
nacionais que Maria Olenewa fundou, em 1927, no Teatro Municipal
do Rio de Janeiro, a Escola de Danças Clássicas. Compositores e co-
reógrafos passaram então a colaborar para a criação de um repertó-
rio brasileiro para balé. No ano seguinte o escritor paulista Mário de
Andrade lançaria “Macunaíma, o herói sem nenhum caráter”, livro
que assumiu o papel de marco no modernismo literário brasileiro.
Tais fatos históricos nos dão a dimensão da parceria estabelecida
entre a Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), através dos programas Bossa
Criativa e Sistema Nacional das Orquestras Sociais do Brasil, com a
Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro para a criação do balé
Macunaíma na temporada de 2022, um espetáculo único, com mú-
sica original do compositor Ronaldo Miranda e coreografia de Carlos
Laerte.
Investir na diversidade das linguagens artísticas tem sido uma das
ações da Funarte, que na atual produção encontra lugar na junção
da literatura com a música, a dança e o audiovisual. As expressões
urbanas contemporâneas também têm seu espaço no cenário
com os artistas do Museu do Grafite. As novas gerações encontram
apoio através das bolsas destinadas aos alunos da Escola Estadual
de Dança Maria Olenewa e aos integrantes do Coletivo Trouxinha,
formado por alunos da Escola de Belas Artes da UFRJ. É a Funarte
cumprindo o seu papel de fomentar as artes, de apoiar a produção
contemporânea e os novos talentos.
Tamoio Athayde Marcondes
Presidente da FUNARTE

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O programa Arte de Toda Gente surgiu em 2020, por meio de uma
parceria da Fundação Nacional de Artes – Funarte em parceria com
a Universidade federal do Rio de Janeiro – UFRJ, com a curadoria de
sua Escola de Música. Composto por três principais projetos – Bossa
Criativa, Um Novo Olhar e Serviço Nacional de Orquestras Sociais –
Sinos –, esse programa se iniciou tendo de se reinventar, migrando
suas atividades previstas para o ambiente virtual e, de certa forma,
multiplicando o seu alcance para todo o país e até para o exterior,
com mais de mil horas de oficinas, apresentações, aulas, mostras,
congressos e outros conteúdos.
Aos poucos, felizmente, pudemos retomar nossos planos originais
e produzir também atividades presenciais, tanto localizadas, quan-
to itinerantes. E é com grande orgulho e sentimento de realização
que apresentamos aqui o Balé Macunaíma, uma parceria do Arte de
Toda Gente com o Theatro Municipal do Rio, e que é um dos pontos
altos dessa segunda fase de nosso programa. Inédito, ele se integra
às atividades dos projetos Bossa Criativa (pelo viés da dança) e Sinos
(música); foi concebido pelo Coordenador do Sistema Nacional de
Orquestras Sociais, André Cardoso, com música de Ronaldo Miran-
da e coreografia de Carlos Laerte, também como parte das celebra-
ções do centenário da Semana de Arte Moderna.
Marcelo Jardim
Coordenador da parceria Arte de Toda Gente

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Um Macunaíma bem brasileiro?
Entre maio de 1911 e março de 1913, o antropólogo alemão Theodor Koch-Grünberg reali-
zou uma expedição pela região amazônica. Os relatos da viagem ficaram registrados nos
cinco volumes da obra intitulada “De Roraima ao Orinoco”, publicada em Berlim, em 1917.
O segundo volume é onde encontramos os registros sobre as lendas e mitos dos índios
Taulipáng e Arecuná, tribos da etnia dos Caraíbas, que viviam em certa região do estado
de Roraima. Em seu longo trajeto, Koch-Grünberg foi ciceroneado por José Mayutnaipu
e Akúli, os dois indígenas responsáveis por boa parte das histórias que ouviu e registrou:
“Todos os dias, José me ditava textos em taulipang, lendas e fórmulas mágicas. Nós os
traduzíamos juntos, palavra por palavra, para o português. Makunaíma, o herói da tribo, e
seus irmãos são, em todos os mitos indígenas, os criadores de caso”. Mayutnaipu foi tam-
bém quem revelou a Koch-Grünberg o conteúdo simbólico do que via desenhado no céu
amazônico: “Às 5 horas José Mayutnaipu me acorda para me mostrar algumas estrelas e
constelações sobre as quais havia me relatado na véspera”. No diário de viagem ficaram
também registradas as impressões sobre a personalidade de Akúli. No ambiente hostil da
floresta, onde “os dias são sombrios” e “cada nuvem traz chuva espessa ou fina” é Akúli
quem “não permite que a depressão aflore”. Akúli era um contumaz contador de histórias:
“Ele é incansável nisso, nosso bobo da corte, sempre pronto a fazer bobagens”. No diário
de viagem de Koch-Grünberg podemos perceber um amálgama de ficção e realidade,
daquilo que é real e do que é imaginado, um universo onde os personagens assumem as
características de Mayutnaipu, Akúli e vice-versa. São histórias vividas e inventadas.
Cerca de uma década após Koch-Grünberg publicar o relato de sua longa expedição, o
escritor paulista Mário de Andrade lançaria o livro que viria a se tornar o mais emblemático
do modernismo literário brasileiro. Em Macunaíma: o herói sem nenhum caráter, Mário de
Andrade reelaborou o que foi relatado a Koch-Grünberg por Mayutnaipu e Akúli, agregou
novos elementos e criou uma narrativa considerada inovadora à época, diferenciada pelo
uso da linguagem popular e de termos regionais. Em carta a Souza da Silveira, em 26 de
abril de 1935, o próprio escritor revelaria que também em seu Macunaíma estão “o real e o
fantástico fundidos num mesmo plano”.
Macunaíma não é o melhor texto modernista, mas é certamente aquele que melhor re-
presenta a primeira fase de um movimento, mesmo entre contradições e muitos questio-
namentos, que acabou por orientar esteticamente a produção artística brasileira durante
boa parte do século XX, a ponto de seu evento símbolo, a Semana de Arte Moderna, ser
considerado um marco cujo centenário é amplamente comemorado em 2022. Tal foi a
motivação para a criação do balé. Nenhum outro livro do modernismo brasileiro é mais
celebrado que Macunaíma, alçado que foi pela crítica jornalística e acadêmica a tal posi-
ção, menos por suas qualidades literárias que pelo papel assumido por seu autor nos em-
bates travados no ambiente cultural brasileiro na década de 1920.
Adaptar o texto de Macunaíma para sustentar um espetáculo coreográfico de cerca de
50 minutos foi um desafio. Não sempre a literatura é facilmente transposta para outra lin-
guagem artística. Um dos desafios nessa transposição foi resolver o que Mário de Andrade
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chamou de “embrulhada geográfica proposital”. No livro, são inúmeros os cenários onde
o autor insere o protagonista, em poucas páginas, a viajar por vários estados brasileiros.
Incontáveis são também os personagens e suas participações diferenciadas ao longo da
trama. Mário de Andrade promoveu uma embrulhada também nas referências culturais
e na própria caracterização dos personagens. O protagonista, filho de uma índia, nasce
“preto retinto”. De criança feia e mirrada se transforma em “homem troncudo” e vira “bran-
co loiro de olhos azuizinhos”. O “herói”, travestido de francesa, foge do assédio de Piaimã
e depois é morto pelo gigante. Ressuscitado por seu irmão Maanape em uma pajelança,
Macunaíma se vinga em uma “macumba carioca” que, segundo o autor, foi “desgeografi-
cada com cuidado, com elementos dos candomblés baianos e das pajelanças paraenses”.
Assim, elaborar um roteiro para que Ronaldo Miranda criasse uma música original foi uma
tarefa que exigiu decupar e sintetizar o texto original, guardando o que tem de essencial. O
tempo disponível para a composição da música, a elaboração da redução para piano para
dar início aos ensaios coreográficos e a concomitante orquestração e produção da edição
de partitura e partes foram também fatores determinantes. De uma versão inicial em três
atos, chegamos ao formato em quatro quadros que resumem a história; ainda contamos
com projeções que ilustram e alinhavam as cenas.
Mergulhar no universo de Macunaíma me fez também pensar em questões para além do
texto literário. Mário de Andrade qualifica Macunaíma como o “herói sem nenhum cará-
ter”. No prefácio do livro, diz o seguinte: “Ora depois de pelejar muito verifiquei uma coisa
que me parece certa: o brasileiro não tem caráter [...] O brasileiro não tem caráter porque
não possui nem civilização própria nem consciência tradicional”. Ainda conclui: “essa cir-
cunstância do herói do livro não ser absolutamente brasileiro me agrada como o quê”. Em
carta ao poeta Carlos Drummond de Andrade chegaria a afirmar que Macunaíma “não é
o brasileiro, mas é bem brasileiro”.
Tais afirmações me fizeram voltar a outro texto de Mário de Andrade, publicado no mes-
mo ano de Macunaíma, o Ensaio sobre a música brasileira. Nele, o combativo escritor
paulista, apesar de “convencido que o brasileiro é uma raça admirável” afirma que “nossos
defeitos por enquanto são maiores que nossas qualidades”, que “impedem que as nossas
qualidades se manifestem com eficácia”. E conclui: “Por isso que o brasileiro é por enquan-
to um povo de qualidades episódicas e de defeitos permanentes”. Como é, então, esse
Macunaíma sem nenhum caráter e bem brasileiro? Se Macunaíma não é de todo brasi-
leiro, quais seriam as características do brasileiro presentes no personagem? Caráter: aqui
entendido como um conjunto de qualidades, boas ou más, que caracterizam um povo; ao
qualificar Macunaíma como “sem nenhum caráter” o autor teve a pretensão de forjar um
personagem sem um perfil homogêneo nem definido, no qual cabem características de
diferentes procedências, características muitas vezes antagônicas. É, provavelmente, o que
justifica a transformação do personagem ao longo da trama. Macunaíma é índio, negro
e branco, nacional e estrangeiro. Nesse sentido, Piaimã não é um verdadeiro antagonista,
pois Macunaíma é herói, mas é também vilão. Assim como relatado por Koch-Grünberg, o
Macunaíma de Mário de Andrade é um “criador de caso”. É preguiçoso, egoísta, vingativo,
maltrata a mãe, engana o irmão Jiguê, de quem rouba as namoradas e com elas “brinca”,

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termo usado por Mário de Andrade para descrever o que acontece após Macunaíma as
seduzir. A icamiaba Ci é por ele estuprada. Não há outro termo para descrever o que acon-
tece após Macunaíma dominá-la com a ajuda dos irmãos; e em seguida toma posse das
terras de Ci e é aclamado “Imperador do mato virgem”. Ao enfeitiçar um anzol, Macunaíma
provoca a morte de Jiguê, Maanape, da Princesa e ainda a destruição da tribo. No livro, os
traços da personalidade defeituosa são amenizados pela troça, pela brincadeira e pelo hu-
mor que a tudo permite. Na vida real, não deveríamos transigir com os Macunaímas que
andam por aí. Defeitos relativizados não podem se transformar em virtudes. Além de um
espetáculo artístico, o balé Macunaíma nos convida a refletir sobre certo-errado, sem re-
lativismos, sobre nossos defeitos e virtudes enquanto brasileiros. Passados quase 100 anos
do lançamento, Macunaíma ainda nos intriga. Será que Mário de Andrade tinha razão?
Não quero crer.
No ano do centenário da Semana de Arte Moderna o personagem criado por Mário de An-
drade sobe ao palco em um balé inédito, cuja produção se torna ainda mais relevante por
ser decorrente de uma parceria entre três importantes instituições culturais brasileiras, a
Fundação Nacional de Artes – Funarte – e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, através
dos programas Bossa Criativa e Sistema Nacional de Orquestras Sociais, e o Theatro Muni-
cipal, cuja direção abraçou a proposta e inseriu o espetáculo em sua temporada oficial. É
uma enorme satisfação poder contar com a competência dos corpos artísticos do Theatro
Municipal e a participação muito especial dos alunos da Escola Estadual de Dança Maria
Olenewa, que agrega o frescor da nova geração de artistas, o que se coaduna plenamen-
te com os objetivos dos programas desenvolvidos pela Funarte e pela UFRJ. Por fim, fica
meu agradecimento à Funarte, à UFRJ e à Fundação Teatro Municipal pela iniciativa de se
associarem na produção, e a Ronaldo Miranda, Carlos Laerte e demais artistas e técnicos
que participam do espetáculo, que com seu talento e competência dão vida aos persona-
gens em cena.
André Cardoso
Coordenador do SINOS - Sistema Nacional de Orquestras Sociais

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O nacional e o universal na música para “MACUNAÍMA”
O convite para compor a música de um balé sobre o romance Macunaíma, de Mário de
Andrade, me foi feito no início deste ano pelo maestro André Cardoso, autor do argumento,
como porta-voz do Projeto Sinos, em parceria com o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Tarefa difícil de executar, a música para Macunaíma (cerca de 50 minutos) foi concebida
em apenas seis meses. Se a proposta já nasceu difícil, ao mesmo tempo se mostrou de-
safiadora, uma vez que o romance de Mário de Andrade é longo e rapsódico. Não se fixa
num só local e oferece inúmeros personagens.
Coube a André Cardoso a tarefa de sintetizar a história e a mim o desafio de escrever a mú-
sica a partir do argumento, que compactou o conteúdo do romance em quatro quadros.
O próprio personagem de Macunaíma se divide em três biotipos brasileiros : o negro (ou
mulato), o homem branco e o indígena. A família de Macunaíma (sua mãe, os irmãos e as
cunhadas) prima pelo ecletismo, assim como seus amores, em especial a Cy e a princesa
com que ele dança próximo ao final. Macunaíma luta contra o Gigante Piaimã (Pietro) pela
posse da Muiraquitã, a pedra encantada, e vai ao terreiro de Tia Ciata para “torturar” seu
rival através de um ritual de candomblé. Todo um conjunto de arquétipos da cultura po-
pular brasileira aparece na narrativa.
Foi fascinante descrever em música a floresta (seus ruídos, seus pássaros, seus silêncios,
seus encantos e sua dramaticidade), o rio Uraricoera, o nascimento do herói sem caráter,
as danças familiares, a caçada (que resulta na morte da mãe do herói), a dança tribal das

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Icamiabas. O pas- de-deux amoroso de Cy e Macunaíma, a cena da Cobra Preta (que re-
sulta na morte do filho do casal), a transfiguração de Cy. E ainda a chegada fervilhante a
Sâo Paulo, o primeiro enfrentamento do Gigante (num solo irônico da Tuba), o ritual de
macumba no terreiro de Tia Ciata no Rio de Janeiro (com o ponto “Estrela Brilhante”), a
derrota do Gigante após a festa em seu palácio e a recuperação da Muiraquitã. Ao final,
a solidão da volta à floresta, o pas-de-deux com a Princesa encantada e a Sombra que a
todos persegue e devora. Macunaíma fica só, reflete sobre o seu passado (com a relem-
brança dos temas sonoros do primeiro quadro) e finalmente tem uma morte simbólica,
transformando-se em constelação. A música procura ser bastante eloquente nessa con-
clusão metafórica.
Com tantos elementos nacionalistas nesse romance agora transformado em dança,
que são fruto da pródiga imaginação de Mário de Andrade e do criativo libreto de André
Cardoso, a música que criei para o balé Macunaíma equilibra o elemento nacional com a
linguagem universal. Faz conviver arquétipos sonoros brasileiros com recursos extrema-
mente contemporâneos, na textura, na harmonia e na orquestração da partitura criada.
Espero ter contribuído para concepção do coreógrafo Carlos Laerte e para toda a equipe
que criou a parte visual do espetáculo. Que o prazer de interpretar uma obra nova per-
meie corações e mentes dos músicos da orquestra e dos integrantes do corpo de baile do
Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ronaldo Miranda

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Alemães na Amazônia: A marcha para Macunaíma
KARL VON DEIN STEINER (1855-1929), médico, explorador, etnólogo e antropólogo ale-
mão, desceu o rio Xingu até o Pará em 1884 e descobriu um dos afluentes do rio Amazo-
nas, além de doze tribos indígenas até então desconhecidas. Em 1887, voltou para estudar
os afluentes do Xingu. As duas expedições foram patrocinadas pelo império brasileiro e
pelo Instituto Bibliográfico de Leipzig, de propriedade do geógrafo e etnólogo HERMANN
JULIUS MEYER (1871-1932). Meyer, por sua vez, empreendeu ele próprio uma expedição
ao Alto Xingu, que durou de 1895 a 1897, retornando em 1899 para uma segunda expedi-
ção – que não chegou ao fim devido ao seu
naufrágio no rio Januro, com perda total de
seu equipamento. Mesmo assim, conseguiu
mapear rios e tribos da região. Algumas fo-
tografias sobreviveram e hoje fazem parte
do acervo do Instituto Moreira Salles. Desta
segunda expedição, fazia parte o etnólogo
THEODOR KOCH-GRÜNBERG (1872-1924)
que voltou à região amazônica em 1903, lá
permanecendo até 1905. Em 1910 retornou
ao Brasil para nova expedição, desta vez
partindo de Manaus e subindo o rio Branco
até o monte Roraima, no lado venezuelano.
Em 1913, alcançou o rio Orinoco. Voltando à
Alemanha, publicou sua obra mais famosa,
Vom Roraïma zum Orinoco (1924), em cin-
co volumes. Cada um dos cinco volumes
aborda um aspecto diferente da expedição
e das culturas que ele encontrou. O primei-
ro é um diário de viagem. O segundo é uma
coletânea de contos e mitos dos Taulipang,
dos Macuxi e dos Wapishana. O terceiro é o
estudo descritivo da cultura dos Taulipang:
sua língua, raça, hábitos, música e religião,
ou seja, uma etnografia. O quarto volume
é uma análise comparativa de três dúzias
de línguas indígenas distintas, faladas entre
a região que compreende os rios Branco e
Orinoco. Por fim, o último volume é – no di-
zer do próprio autor – uma espécie de atlas
de tipos indígenas, reproduzindo fotogra-
fias de diversos representantes das mais
Acima, Theodor Koch-Grünberg
Abaixo, segundo volume de Vom Roroima zum variadas tribos.
Orinoco

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É o segundo volume, a compilação de lendas e mitos, uma das principais fontes de Ma-
cunaíma. E quem é Macunaíma, ou Makunaima, como aparece nos mitos compilados
por Koch-Grünberg? É aquela figura, presente nos mitos de várias civilizações, conhecido
como trickster. A palavra inglesa trickster deriva de trick, que por sua vez vem do francês
triche (truque, engodo, trapaça). O trickster, portanto, é o trapaceiro, podendo ser um (anti)
herói mítico, um animal encantado, um deus ou entidade. Figuras como o Hermes grego,
o Mercúrio romano, o Loki escandinavo e o Exu ioruba são entidades tricksters, que bur-
lam as regras dos deuses e desafiam a ordem do cosmos, distribuindo tanto o bem como
o mal, sem que se sintam na obrigação de justificar ou dar satisfações de seus atos. Às
vezes, a figura do malandro trapaceiro se confunde com a do herói civilizador. O exemplo
mais comum é o de Prometeu, o titã que, como nos conta Hesíodo, enganou os deuses
gregos por duas vezes. Na primeira, durante um concílio onde seria decidida a divisão dos
sacrifícios de animais entre os deuses e os homens, Prometeu matou um boi e o dividiu
em duas pilhas. Numa pilha colocou a carne e a maior parte da gordura, escondendo-a no
estômago do boi, e na outra pilha, disfarçou os ossos com gordura brilhante. Zeus esco-
lheu a pilha de ossos, pois estava disfarçada com aparência agradável, e rejeitou a carne,
pois estava oculta em algo de aparência desagradável. Por isso, nos rituais de sacrifício aos
deuses, os homens comem a carne do animal e queimam os ossos e a gordura para as
divindades. Zeus, ao ver-se enganado, puniu os homens privando-os do fogo, mas Prome-
teu o roubou de volta, sendo por isso condenado a ser acorrentado em uma rocha, onde
todos os dias e pela eternidade, uma águia devorava o seu fígado. Em algumas versões
do mito, Prometeu, junto com seu irmão Epimeteu, criou a humanidade a partir do barro,
tema que se repetirá em várias mitologias. Este caráter criador/trapaceiro é comum na
maioria dos tricksters, e Makunaima não foge à regra. Como assinala Herbert Baldus em
seu prefácio à tradução dos mitos taulipang coletados por Koch-Grünberg,
“MAKUNAIMA é, como todos os heróis tribais, o grande transformador. Transforma pessoas
e animais, algumas vezes por castigo, na maior parte, porém, pelo prazer da maldade, em
pedras. Também é criador. Ele fez, como já foi dito, todos os animais de caça, bem como os
peixes. Após o incêndio universal, que liquida todos os homens, cria novos homens. Nesta
tarefa, inicialmente, apresenta falta de habilidade. Modela-os em cera, de forma que, ex-
postos ao sol, se derretem. Depois os modela em barro para em seguida transformá-los
em homens.”
Além de transformar os outros, o personagem também transforma a si mesmo. É um
metamorfo. É índio, mas nasce negro “retinto”. De criança de colo, vira homem feito para
“brincar” com a mulher de seu irmão. Posteriormente, ao se banhar numa poça formada
pela pegada da entidade tupi Sumé, vira branco de olhos azuis. Makunaima, como Prome-
teu, também rouba o fogo de alguma entidade, como nos conta Koch-Grünberg no relato
“A Árvore do Mundo e a Grande Seca”:
“Eles ainda não possuíam fogo e por isso comiam tudo cru, peixe, caça, tudo. Procuraram
fogo e acharam o passarinho Mutúg, o qual, segundo se dizia, tinha o fogo. O pássaro esta-
va pescando. Makunaíma amarrou-lhe um barbante ao rabo, sem que ele o notasse. Logo

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o pássaro se assustou, levantou vôo e levou o barbante consigo. Este era muito comprido.
Os irmãos seguiram o barbante e acharam a casa do Mutúg. Da casa eles, então, levaram
o fogo.”
Mario de Andrade leu e anotou o livro de
Koch-Grünberg e, posteriormente, vai dizer
que ficou “desesperado de comoção lírica”
quando percebeu que “Macunaíma era um
herói sem nenhum caráter nem moral nem
psicológico”, e que teria achado isso “enor-
memente comovente” sem nem saber por-
quê. De fato, como nos diz Baldus, “o nome
do supremo herói-tribal, MAKUNAÍMA, pa-
rece conter como parte essencial a palavra
MAKU = mau e o sufixo aumentativo IMA
= grande. Assim, o ·nome significaria o se-
guinte: "O GRANDE MAU", que calha perfei-
tamente com o caráter intrigante e funesto
deste herói.” Seja como for, Mario de An-
drade serviu-se não apenas dos mitos tau-
lipang tais como foram transcritos por Ko-
ch-Grünberg, mas também de material fol-
clórico compilado por Capistrano de Abreu,
Anotações de Mario de Andrade em
Couto de Magalhães, Gustavo Barroso, Ba-
Vom Roraima zum Orinoco
sílio de Magalhães e Sílvio Romero. Por ter
a pretensão de ser uma espécie de antologia ficcional do folclore brasileiro, o romance,
assim como seu herói, é metamorfo. Mario chamou o seu livro de “rapsódia”, palavra que
vem do termo rapsodo, que por sua vez deriva do grego rhapsōidein, que significa "cos-
turar canções". O rapsodo é uma espécie de cantador da Grécia Antiga, um recitante, cujo
repertório era composto de diversos mitos, contos e anedotas que, juntos e “costurados”,
faziam parte de um poema épico. Por absorver caracteres de diversas histórias, como ob-
serva Mário Chamie, Macunaíma “perdeu o seu próprio caráter. Por ter todos os caracte-
res, ficou um herói sem nenhum”. Dada a sua constituição rapsódica, seu cruzamento de
textos e elementos díspares, “Macunaíma” é, segundo Chamie, “uma fábula de fábulas ou
um discurso de discursos”.*
Jayme Chaves

Para quem tiver interesse em ler a compilação de Koch-Grünberg, basta acessar o link
abaixo. Ela foi traduzida para o português por Henrique Roenick e publicada em 1953 no
volume VII da Revista do Museu Paulista.
http://www.etnolinguistica.org/biblio:koch-grunberg-1953-mitos

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 17


Cronologia da vida de
Mario de Andrade
1893 Nasce em São Paulo, segundo filho de
Carlos Augusto de Andrade e Maria Luísa de Mo-
rais Andrade.
1911 Começa a estudar piano no Conservatório
Dramático e Musical de São Paulo.
1917 Estreia na literatura com a publicação do
livro de poemas "Há uma Gota de Sangue em
Cada Poema", usando o pseudônimo Mário So-
bral. Conhece Oswald de Andrade.
1920 Começa a escrever o livro "Paulicéia
Desvairada".
1922 Toma parte, junto com Oswald de Andra-
de, Heitor Villa-Lobos, Menotti del Picchia, Di Ca-
valcanti, Victor Brecheret e Anita Malfatti, entre Retrato de Mario de Andrade,
Lasar Segall, 1927
outros, da Semana de Arte Moderna, no Teatro
Municipal de São Paulo. Lê, nas escadarias do saguão do Teatro Municipal, o seu ensaio "A
Escrava que Não É Isaura", sendo vaiado. Publica o livro de poemas "Paulicéia Desvairada"
e é nomeado catedrático do Conservatório de São Paulo.

Semana de Arte de 22

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 18


1924 Visita Belo Horizonte e as cidades históricas mineiras onde faz um levantamento
dos monumentos históricos da região.
1925 Publica o ensaio "A Escrava que Não É Isaura".
1926 Publica "Primeiro Andar", sua estreia no gênero conto.
1927 Publica o romance "Amar, Verbo Intransitivo". Entre novembro de 1927 e fevereiro de
28, faz uma viagem ao Amazonas e à região nordeste visando um levantamento folclórico
e etnográfico da região. A viagem é relatada no livro "O Turista Aprendiz".

1928 Publica o romance "Macunaíma, O Herói sem


Nenhum Caráter" e "Ensaio sobre a Música Brasileira".
1935 Funda o Departamento Municipal de Cultura
de São Paulo e é nomeado seu primeiro diretor.
1936 Participa da elaboração do projeto de criação
do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacio-
nal e torna-se seu representante em São Paulo.
1937 Funda a Sociedade de Etnografia e Folclore de
São Paulo, da qual vira presidente.
1938 Muda-se para o Rio de Janeiro após ter sido de-
mitido do Departamento de Cultura. No Rio, trabalha
como professor catedrático de filosofia e história da
arte na Universidade do Distrito Federal e também no
Ministério da Educação.
1940 Retorna a São Paulo e volta a trabalhar no Ser-
viço do Patrimônio Histórico.
Página de Rosto de Macunaíma

1941 Faz nova viagem à região norte do Brasil fazendo pesquisas históricas, artísticas e
folclóricas.
1942 Escreve e publica a conferência "O Movimento Modernista", onde faz um balanço
de sua geração e aponta os erros do modernismo.
1944 Recusa a nomeação para a cadeira nº 3 da Academia Paulista de Letras.
1945 Mário de Andrade morre, aos 51 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 19


Roteiro
O cenário inicial é a selva amazônica, na região do rio Uraricoera, a terra natal de
Macunaíma, onde vivem os índios Tapanhumas.

Quadro 1 Uraricoera
O ambiente da floresta. Silêncios, dramaticidade, cantos de pássaros e ruídos diversos.
Se ouve "o murmurejo do Uraricoera", o fluir das águas. Entra uma índia grávida, a mãe
de Macunaíma. Ela brinca com as águas e logo em seguida entra em trabalho de parto.
Nasce Macunaíma, o herói sem caráter. Ele é preguiçoso. Quando a mãe o chama para
trabalhar, ele responde: “Ai, que preguiça”. Entram os índios Tapanhumas, dentre eles
seus irmãos Maanape, o feiticeiro, Jiguê, companheiro de Sofará, e Iriqui, que gosta de
Jiguê. Macunaíma gosta de “brincar” com as cunhatãs. Sofará e Jiguê dançam observados
por Macunaíma, que tenta entrar na dança, mas é afastado por Jiguê. Macunaíma toma
Sofará de Jiguê e ambos a disputam. Como Sofará fica com Macunaíma, Jiguê vai procu-
rar outra companheira e encontra Iriqui. Os casais dançam e trocam. De repente ouve-se
um chamamento para a caçada. Um cervo foi avistado. Os índios pegam seus arcos e se
preparam para a caçada. Macunaíma se precipita e atira, flechando mortalmente a própria
mãe. Macunaíma, Maanape e Jiguê abandonam a aldeia e saem pela floresta.

Quadro 2 Icamiabas
Em outro local da floresta as guerreiras Icamiabas estão reunidas com seus companhei-
ros, os Guacaris. Todos se surpreendem com a chegada de Macunaíma e seus irmãos. Ci,
a Mãe do Mato, defende a tribo e luta contra Macunaíma, que a domina. Macunaíma é
aclamado Imperador do Mato Virgem. Ci e Macunaíma dançam e se apaixonam. Do amor,
nasce um filho. Enquanto todos dormem, entra a Cobra Preta, que envenena o leite de Ci
ao sugar seu seio. Ci acorda e dá de mamar à criança, que morre. Desesperada, entrega a
Muraquitã, um amuleto, para Macunaíma, sobe para o céu em um cipó e se transforma na
estrela Beta do Centauro.

Interlúdio orquestral
Macunaíma decidiu abandonar as Icamiabas. Durante a jornada com seus irmãos, perde a
Muiraquitã na beira de um rio, que é encontrada por um mariscador na barriga de um tra-
cajá [cágado]. A pedra foi vendida a Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, o comedor
de gente, que a levou para São Paulo. Macunaíma decide recuperar a Muraquitã e desce
o Rio Araguaia. Durante a viagem, vira homem branco ao se lavar na água encantada de
um buraco com “a marca do pezão do Sumé”.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 20


Quadro 3 Piaimã, o gigante comedor de gente
Os cenários são a cidade de São Paulo, o tepujar [mocambo] de Piaimã e o terreiro de Tia
Ciata, no Rio de Janeiro.
Macunaíma chega a São Paulo com Jiguê e Maanape e se surpreende com as máqui-
nas e a vida agitada da metrópole. Está à procura de Piaimã para recuperar a Muiraquitã.
Macunaíma chega no tepujar de Piaimã, que vive com Ceiuci, uma caapora velha que gos-
ta de cachimbo. Macunaíma e Maanape, com fome, colhem frutas e matam caça na pro-
priedade de Piaimã. Ao ouvir um barulho, Piaimã pega seu arco, atira e mata Macunaíma
com uma flechada no coração. Maanape faz um ritual, assopra fumo e dá guaraná para
Macunaíma, que renasce. Os irmãos decidem partir para o Rio de Janeiro, para partici-
par de uma macumba no Mangue no zungu da candomblezeira Tia Ciata. No terreiro, as
mães-de-santo cantam um ponto. Macunaíma pede à Tia Ciata para se vingar de Piaimã.
É realizado então um ritual de tortura de Piaimã, que em São Paulo, sofre com os efeitos
da pajelança. Satisfeito com a vingança, Macunaíma dança com Tia Ciata, enquanto as
mães-de-santo retomam o canto. Macunaíma volta para São Paulo. No tepujar de Piaimã,
ferido pela tortura, há uma festa. Ceiuci cozinha uma macarronada em grande caldeirão.
Macunaíma chega e enfrenta Piaimã, que cai dentro do caldeirão com água fervendo e
exclama: “Falta queijo!”. Macunaíma recupera a Muiraquitã.

Quadro 4 Encantamento de Macunaíma


O cenário é novamente a selva amazônica.
Macunaíma e os irmãos voltam para a aldeia, onde são recebidos por Iriqui e os índios.
Após a dança, Macunaíma vê um pé de carambola e o transforma em uma linda princesa.
Iriqui e Jiguê ficam com ciúmes. Enquanto Macunaíma prepara um anzol com um dente
de sucuri enfeitiçado, Jiguê seduz a Princesa e dança com ela. Macunaíma e Jiguê dis-
putam a Princesa. Jiguê pega o anzol e se fere com o dente de sucuri. O veneno faz uma
ferida leprosa que come Jiguê, restando apenas sua sombra. Jiguê sai em perseguição
a Macunaíma e todos correm da sombra, que acaba por devorar Maanape e a Princesa,
sumindo em seguida. Na aldeia abandonada e destruída, Macunaíma relembra fatos pas-
sados. Triste, se encanta e se transforma na constelação de Ursa Maior.
André Cardoso

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 21


Elenco
Mãe Claudia Mota (Fernanda Martiny)
Macunaíma Glayson Mendes ou José Ailton
Macunaíma Rodolfo Saraiva ou Rodrigo Hermesmeyer
Macunaíma Edifranc Alves ou Raffa Lima
Jiguê Filipe Moreira (Alyson Trindade)
Maanape Rodrigo Negri (Jean Pires)
Sofará Juliana Valadão (Marcella Borges)
Iriqui Marcella Borges (Liana Vasconcelos)
Ci Márcia Jaqueline (Liana Vasconcelos)
Cobra Priscila Albuquerque (Jessica Lessa)
Mãe de Santo Priscilla Mota (Gabriela Cidade)
Piaimã, o Gigante Saulo Finelon
Ceuci Gabriela Cidade (Tabata Salles)
Princesa Fernanda Martiny (Carol Fernandes)
Feministas Ana Flávia, Fernanda Martiny, Gabriela Cidade, Katarina Santos, Liana
Vasconcelos, Tabata Salles (Carol Fernandes, Eugenia Del Grossi, Jéssica Lessa, Marina
Tessarin)

Indígenas Ana Flávia, Carol Fernandes, Diovana Piredda, Élida Brum, Eugenia Del Grossi,
Flávia Carlos, Gabriela Cidade, Isa Matos, Jéssica Lessa, Júlia Xavier, Katarina Santos, Liana
Vasconcelos, Manuela Roçado, Marcella Borges, Marina Tessarin, Priscila Albuquerque,
Rachel Ribeiro, Tabata Salles, Alyson Trindade, Gabriel Araújo, Luiz Paulo, Miguel Alves,
Michael William, Raffa Lima, Rodrigo Hermesmeyer, Wellington Gomes (Aloani Bastos,
Fernanda Lima, Gabriela del Pino, Olívia Zucarino, Emerson Mateus, Jean Pires, João Pedro,
Moisés Pepe, Tiago Tononi)

Escolha de Iriqui Gabriela Cidade, Eugenia Del Grossi, Liana Vasconcelos, Marcella
Borges, Priscila Albuquerque, Tabata Salles, Alyson Trindade, Luiz Paulo, Raffa Lima, Rodrigo
Hermesmeyer (Fernanda Lima, Gabriela del Pino, Emerson Mateus, Gabriel Araújo, Jean
Pires, João Pedro, Miguel Alves, Moisés Pepe, Tiago Tononi)

Lixão Alyson Trindade, Jean Pires, João Pedro, Luiz Paulo, Mateus Dutra, Michael William,
Moisés Pepe, Raffa Lima, Tiago Tononi (Emerson Mateus, Rafael Araújo)

Icamiambas Ana Flávia, Gabriela Cidade, Priscila Albuquerque, Tabata Salles, Márcia
Jaqueline, Marcella Borges, Filipe Moreira, Rodrigo Negri (Eugenia Del Grossi, Jessica Lessa,
Liana Vasconcelos, Marina Tessarin, Alyson Trinade, Jean Pires)

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 22


Cidade de São Paulo Aloani Bastos, Ana Flávia, Carol Fernandes, Diovana Piredda,
Eugenia Del Grossi, Fernanda Martiny, Flávia Carlos, Gabriela Cidade, Isa Matos, Jéssica
Lessa, Júlia Xavier, Katarina Santos, Liana Vasconcelos, Manuela Roçado, Marcella Borges,
Marina Tessarin, Olívia Zucarino, Priscila Albuquerque, Rachel Ribeiro, Tabata Salles, Alef
Albert, Alyson Trindade, Emerson Mateus, Gabriel Araújo, Jean Pires, Luiz Paulo, Mateus
Dutra, Michael William, Miguel Alves, Moisés Pepe, Raffa Lima, Rodrigo Hermesmeyer,
(Fernanda Lima, Gabriela Del Pino, Rodolfo Saraiva, Tiago Tononi)

Gigantes Grupo Aloani Bastos, Jéssica Lessa, Júlia Xavier, Marina Tessarin, Olívia
Zucarino, Alef Albert, Mateus Dutra, Michael William, Moisés Pepe (Jean Pires, João Pedro)

Terreiro Ana Flavia, Carol Fernandes, Diovana Piredda, Gabriela Cidade, Isa Matos,
Katarina Santos, Marcella Borges, Manuela Roçado, Rachel Ribeiro, Tabata Salles, Luiz
Paulo, Raffa Lima (Eugenia Del Grossi, Fernanda Lima, Gabriela Del Pino, Emerson Mateus,
Gabriel Araújo, Jean Pires, João Pedro, Miguel Alves, Moisés Pepe, Tiago Tononi)

Festa Ana Flávia, Carol Fernandes, Diovana Piredda, Eugenia Del Grossi, Flávia Carlos,
Gabriela Cidade, Jéssica Lessa, Júlia Xavier, Katarina Santos, Liana Vasconcelos, Marcella
Borges, Marina Tessarin, Priscila Albuquerque, Rachel Ribeiro, Tabata Salles, Alyson
Trindade, José Ailton, Luiz Paulo, Michael William, Raffa Lima, Rodrigo Hermesmeyer
(Fernanda Lima, Gabriela Del Pino, Emerson Mateus, Gabriel Araújo, Glayson Mendes, Jean
Pires, Miguel Alves, Moisés Pepe, Tiago Tononi, Rodolfo Saraiva)

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 23


A visão do coreógrafo
A obra narra em dança, pelo corpo de baile
do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a
história de um menino que nasce órfão de
pai e ainda em sua infância é abandonado
pela mãe. A formação desse ser humano
é atravessada por questões políticas e so-
ciais, inspiradas na diversidade nacional,
contada pelo autor Mario de Andrade em
uma das obras mais intrigantes do cená-
rio literário brasileiro. O subtítulo da obra
- “Um Herói Sem Caráter”, personifica com
cinismo e justifica o modo de ser próprio
de muitos de nós, que nascemos desprovi-
dos de direitos em nossa sociedade, e por
sobrevivência, carência e/ou ignorância,
nos encontramos frequentemente em si-
tuações de conflito, tentando a ascensão
social com visão crítica do sistema. Através
do movimento corpóreo da dança con-
temporânea do coreógrafo Carlos Laerte,
da produção audiovisual do cineasta Igor
Corrêa e da Orquestra do Theatro Muni-
cipal do Rio de Janeiro com composição
inédita do maestro Ronaldo Miranda, essa
história trilha uma perspectiva contempo-
rânea/atemporal e inédita. Ressignifican-
do passagens marcantes do livro, como a
necessidade de Macunaíma de “embran-
quecer” para ser aceito em São Paulo em
busca do seu amuleto perdido, e reciclan-
do de forma inclusiva, futurista, expressio-
nista, surrealista e mítica, através de ações
ilógicas, uma aventura que transcende
nossos povos, tempos, ancestralidades
e valores, o espetáculo aborda questões
que, ainda hoje, retratam o povo brasileiro.
Carlos Laerte e Igor Correa

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André Cardoso
Concepção e roteiro
Violista e regente graduado pela Escola de Música da UFRJ, com Mestrado e Doutorado
em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio, 2001). Es-
tudou regência com os maestros Roberto Duarte e David Machado. Recebeu, durante três
anos, bolsa da Fundação Vitae para curso de aperfeiçoamento na Argentina com o Maes-
tro Guillermo Scarabino, na Universidade de Cuyo (Mendoza) e no Teatro Colón de Buenos
Aires. Em 1994 foi o vencedor do Concurso Nacional de Regência da Orquestra Sinfônica
Nacional, passando a atuar à frente de conjuntos como a Orquestra Sinfônica da Paraíba,
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, Orquestra
Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília, Orquestra Sin-
fônica Brasileira, Orquestra Petrobrás Sinfônica e Orquestra Sinfônica do Theatro Munici-
pal do Rio de Janeiro. Foi maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal
do Rio de Janeiro entre 2000 e 2007. Atua, também, como produtor fonográfico, tendo
recebido o Prêmio Sharp e o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) pela
gravação da ópera Colombo de Carlos Gomes. Como pesquisador dedica-se ao estudo da
música brasileira dos séculos XVIII e XIX, tendo publicado inúmeros artigos e o livro "A mú-
sica na Capela Real e Imperial do Rio de Janeiro", editado pela Academia Brasileira de Mú-
sica em 2005. Em 2008 lançou seu segundo livro, "A música na Corte de D. João VI" pela
Editora Martins de São Paulo. É professor de regência e prática de orquestra da Escola de
Música da UFRJ, instituição da qual foi diretor por dois mandatos consecutivos, entre 2007
e 2015. Foi diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2015-2016). É membro
da Academia Brasileira de Música da qual foi presidente entre 2014 e 2017.

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Ronaldo Miranda
Música
Ronaldo Miranda nasceu em 1948 no Rio de Janeiro, onde estudou Piano com Dulce de
Saules e Composição com Henrique Morelenbaum, na Escola de Música da UFRJ. Come-
çou sua carreira musical como crítico do Jornal do Brasil, intensificando seu trabalho como
compositor a partir de 1977, quando obteve o 1º Prêmio no Concurso para a II Bienal de
Música Brasileira Contemporânea da Sala Cecília Meireles. Entre seus prêmios, destacam-
-se o Troféu Golfinho de Ouro (1981), três Prêmios APCA (1982, 2006 e 2013), o Troféu Carlos
Gomes (2001), o Concurso Internacional de Composição da Budapeste (1986) e a Comen-
da da Ordem das Letras e das Artes da França (1984). Participou de inúmeros festivais de
música contemporânea (Aarhus, Budapeste, Berlim, Salzburgo, Nova Iorque, Baltimore e
Palma de Mallorca) e teve obras comissionadas por importantes instituições no Brasil e no
exterior. Sua produção abrange música vocal e instrumental, num amplo catálogo que
inclui três óperas: Dom Casmurro, A Tempestade e O Menino e a Liberdade. Foi Professor
de Composição da Escola de Música da UFRJ, Vice-Diretor do Instituto Nacional de Música
da Funarte, Diretor da Sala Cecília Meireles e Professor de Composição do Departamento
de Música da ECA-USP. É membro da Academia Brasileira de Música.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 26


Carlos Laerte
Coreografia
Cineasta, diretor e coreógrafo, natural do Rio de Janeiro. Bacharel em Cinema, com es-
pecialização em documentário na AIC e pós-graduando em Artes Cênicas. Concluiu sua
formação em dança em Nova York. Criou a Laso Cia de Dança Contemporânea, onde de-
senvolve um trabalho próprio de pesquisa corporal e dramatúrgica, trazendo o cinema
em suas pesquisas coreográficas ao criar uma intercessão entre os dois universos. Com
mais de 18 obras em seu repertório, a companhia vem recebendo premiações e críticas
importantes no segmento de dança/teatro. Coreografou o espetáculo Relações (2018) para
a Curitiba Cia de Dança no Teatro Guaíra e para o projeto Portas Abertas On-line no Thea-
tro Municipal do Rio de Janeiro (2021). Recebeu uma Moção de Congratulação e Aplausos
pela importância do seu trabalho, aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa.
Leciona, coreografa e ministra oficinas por todo território nacional e internacional, como
o Centre National de La Danse de Paris, Lugar à Dança de Portugal, Festival Move Berlim,
Alemanha e Festival de Dança de Joinville, onde também atua como jurado. Em 2021 es-
treou o projeto Risco do Asfalto no Festival Internacional Dança em Trânsito com a Laso
Cia de Dança em Belo Horizonte, Florianópolis e São Paulo. Em 2022 exibiu o filme IR-Se
em vários festivais de cinema, sendo considerado pela crítica “Best Dance Film” no Expe-
rimental Dance & Music Film Festival – USA.

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Mônica Barbosa
Assistente de coreografia e
ensaiadora
Começou seus estudos de ballet clássico com Jonnhy Franklin, Tatiana Leskova e Eugenia
Feodorova; estudou no Joffrey Ballet School e David Howard Dance Center em New York,
USA; se formou pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa e pelo método da Royal
Academy of Dance de Londres. É graduada em Licenciatura em Dança pela UniverCidade.
Aos 19 anos ingressou no Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de janeiro, onde tra-
balha com grandes nomes da dança nacional e internacional até hoje. Fez parte do Grupo
de Dança DC, como bailarina e coreógrafa. Dançou como convidada da Cia de Ballet de
Niterói. É jurada no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, quesito Mestre-Sala
e Porta-Bandeira. Ministrou aulas de Composição Coreográfica no Curso de Aperfeiço-
amento dos Profissionais da Dança do Rio de Janeiro do Sindicato de Dança. Dançou e
coreografou para a peça teatral Isadora Duncan de Aguinaldo Silva, com direção Geral de
Bibi Ferreira e direção de Paulo Afonso de Lima, para o Cello Encounter e Solos do SESC e
foi assistente de coreografia e ensaiadora das óperas Aida, Lo Schiavo e Jenufa no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro. Ainda no TMRJ, em 2019, coreografou para a ópera Eugène
Onegin, com direção de André Heller-Lopes. Em 2020 com a pandemia, foi convidada para
dançar com a Focus Cia de Dança e coreografou um solo para a Gala do Ballet do Theatro
Municipal do Rio de Janeiro, entre outros projetos online. É professora de Dança Contem-
porânea da Escola Estadual de Danças Maria Olenewa.

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Igor Correa
Direção de imagem e fotografia
Cineasta, Igor Corrêa fundou a VERUS Films ao retornar ao país após 20 anos em NY, onde
trabalhou como ator e bailarino e se formou pela NY Films Academy. Créditos no Brasil
incluem: “Solidão dos Companheiros Mudos” (2022) com Roberto Lima dirigido por Dudu
Gama, indicado na categoria melhor documentário no festival MOVI RIO no CCBB RJ; o
curta “MUROS” (2022) com Roberto Lima dirigido por Ruben Gabira com estreia no festi-
val MOVI Rio no CCBB RJ; o curta “ir-se” (2021) junto ao coreógrafo Carlos Laerte, exibido
no festival Dança em Trânsito no CCBB RJ, no festival ECRÃ na Cinemateca do MAM e no
Experimental Dance & Music Festival em Los Angeles e Toronto; “Cheio” (2020) videodan-
ça selecionado para o Dança em Foco, Film Fest by Rogue Dance e mostra Fresta; “Daily
Dose” (2019) curta com 13 seleções em festivais no exterior com prêmios de “Best First
Time Director” no NY International Film Awards, e Indie Short Fest em LA e “Best Short
Film by a Director” no South Cinematographic Academy Film & Arts no Chile e “OV(O)O”
(2019) teatro/dança ArtRio 2019. Créditos como ator no exterior: “Elysium” de Gail Miller -
Chernuchin Theatre - NYC & Dublin Gay Theatre Festival – IR; “A Chorus Line” de Laurie
Castaldo - New Rochelle e “Penumbra” de Rafael Quiles - The Underground Theatre NYC. E
sapateando com Cia Rítmico de Cintia Chameki e VATÁ de Valéria Pinheiro em NY nos pal-
cos: Lincoln Center Out of Doors, Town Hall, The Duke Theater, Beacon Theatre, La MaMa
Etc, Symphony Space e Jacobs Pillows - MA.

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Wanderley Gomes
Figurinista
Wanderley Gomes é figurinista, cenógrafo e ator com mais de 40 anos de experiência pro-
fissional e diversas indicações e premiações dentre elas o Prêmio Shell e o Prêmio Ubuntu
de 2020 na categoria figurino com a peça “Oboró - Masculinidades Negras". Concebeu a
cenografia e o figurino de musicais, vídeos e peças teatrais incluindo Outras Marias, Vozes
Negras - A Força do Canto Feminino, Luíza Mahin Eu Ainda Continuo Aqui, Joãozinho e
Laila - Ratos e Urubus Larguem a Minha Fantasia.

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Paulo Ornellas
Iluminador
Ingressou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro como operador de luz em 2012. Prestou
assistência de luz para Jorginho de Carvalho, Beto Bruel e Fábio Retti. Assinou a luz de O
Lago dos Cisnes, Giselle, Bodas de Aurora e Sopro para o Ballet do Theatro Municipal e O
Corsário e Don Quixote para a Cia BEMO. Fez a iluminação de exposições no Museu da
República, Cidade das Artes e Casa França Brasil, da ópera “Domitila” de João Guilherme
Ripper e de shows e concertos no Teatro Riachuelo, Imperator, Teatro Municipal de Niteroi,
Espaço Cultural Sergio Porto, Vivo Rio, entre outros. Em 2020 e 2022 iluminou a comissão
de frente da Grande Rio a convite dos coreógrafos Hélio e Elisabeth Bejani. Em 2021 fez o
desenho de luz do Trítico Feminino dirigido por Julianna Santos.

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Coletivo Trouxinhas
Coordenação de Cenografia
Na crista da onda de um mar de dendê - que ainda reverbera - desaguou o Coletivo Trouxi-
nhas, composto por Fael di Roca, Joana D'Arc Prósperi, Jovanna Souza, Nícolas Gonçalves,
Sophia Chueke e Theo Neves. Grupo formado pelo encontro nos preparativos do carna-
val da Acadêmicos do Grande Rio para 2022. Participaram dos protótipos das fantasias
e foram responsáveis por adereçar a última alegoria do desfile - estandarte de ouro na
categoria Fernando Pamplona - e o tripé da comissão de frente (revestido inteiramente
por trouxinhas de tecido). O coletivo de artistas vivencia experimentos dentro das artes
cênicas e visuais, atreladas as formações individuais em figurino, cenografia e história da
arte, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Também estudantes da EBA-UFRJ, Amanda Veiga e Joana Ramos completam o grupo
como assistentes na confecção da saia-lixão coordenada pelo coletivo.

Artistas do Museu do Graffiti


Pintura de arte

Fundado em 2013 pelo ex-pichador André Rongo o Museu do Graffiti é uma instituição
privada sem fins lucrativos que tem como missão registrar acervos e conteúdo artístico
referentes a Arte Urbana. Um espaço que reúne exposições de telas, livros e fotografias,
oferece cursos abertos a população local e desenvolve um trabalho de reciclagem de lixo
de empresas da região utilizando parte desse material na criação de cenários e obras de
arte. A pintura dos painéis do ballet Macunaíma foram feitas por um grupo de 15 artistas
no Museu do Graffiti incluindo André Rongo, Fael Tujaviu, Felipin Carioca, Marcelo Vely,
Marcelo Pão, Maximiliano Boina, Jairo Try, Paulinho Aids, Pedrinho Solo, Fernando Logri,
Magno Suat, Cláudio Bola, Lidiane Japinha, Paulo Touro e Alessandro Alê.

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Jésus Figueiredo
Regência
Jésus Figueiredo é atualmente maestro titular do Coro do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro (TMRJ), onde trabalha ininterruptamente desde 1999, e atua também junto a Or-
questra Sinfônica do TMRJ na preparação de óperas, dirigindo concertos e na regência de
balés. É também regente titular dos coros e diretor musical da Associação Canto Coral (RJ),
instituição fundada em 1941 pela insigne maestrina e musicóloga Cleofe Person de Mattos,
e a qual teve como incentivador e patrono o maestro Heitor Villa-Lobos. Desde 1987 quan-
do iniciou seus estudos de prática coral com a Professora Lydia Podolrowsky, vem atuando
na regência, direção, acompanhamento e criação dos mais variados tipos de formação co-
ral, tanto amadores como profissionais em diferentes instituições, completando em 2019,
trinta e dois anos de carreira. Com o Coro do Theatro Municipal, vem trabalhando em to-
das as montagens operísticas dos últimos anos em conjunto com maestros e cantores de
renome no Brasil e no exterior. Em 2014, participou do concerto do tenor Plácido Domingo
com a Orquestra Sinfônica Brasileira na Arena HSBC no Rio de Janeiro, onde preparou o
Coro Ópera Brasil e a orquestra, escreveu arranjos (inclusive tocado pelo pianista chinês
Lang Lang) e regeu a Bachiana n° 5, acompanhando a soprano costarriquense Ana Maria
Martinez. Neste mesmo ano, foi responsável pela direção musical da Série Ópera do Meio-
-dia no TMRJ, a qual recebeu destaque nas críticas, e ainda apresentou cinco programas
da tradicional Série Ópera Completa da Rádio MEC FM (RJ), o mais antigo programa da
rádio brasileira. Tem conduzido diversos concertos com coro e orquestra como Petit Mes-
se Solennelle de G. Rossini, Messa di Gloria de G. Puccini, Stabat Mater de T. Traetta, Stabat
Mater e Te Deum de G. Verdi, e outras obras de compositores brasileiros como Matinas da
Ressurreição e Matinas do Natal, de José Maurício Nunes Garcia, e Vésperas do Sábado
Santo de Manoel Dias de Oliveira. Como organista, além de fazer parte do Gravidades Trio,
formado por órgão, fagote e contrabaixo, Jésus Figueiredo vem se apresentando frequen-
temente com orquestras. Em 2009 solou junto à Orquestra Sinfônica Brasileira no concer-
to de abertura da temporada, e com a Orquestra Sinfônica do Festival Internacional de
Campos do Jordão com a Sinfonia n° 3, para Órgão e Orquestra de Saint-Saens, repetindo
na Sala São Paulo e transmitido ao vivo pela TV Cultura.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 33


Macunaíma

Glayson Mendes Rodolfo Saraiva Edifranc Alves

José Ailton Rodrigo Hermesmeyer Raffa Lima

Claudia Mota Márcia Jaqueline Juliana Valadão


Mãe Ci Sofará

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 34


Filipe Moreira Rodrigo Negri Marcella Borges
Jiguê Maanape Iriqui e Sofará

Priscila Albuquerque Saulo Finelon Priscilla Mota


Cobra Piaimã, o Gigante Mãe de Santo

Gabriela Cidade Fernanda Martiny


Ceuci e Mãe de Santo Princesa e Mãe

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 35


Alyson Trindade Liana Vasconcelos Carol Fernandes
Jiguê Ci e Iriqui Princesa

Jessica Lessa Tabata Salles Jean Pires


Cobra Ceuci Maanape

Outros personagens

Alef Albert Aloani Bastos Alyson Trindade

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 36


Ana Flavia Carol Fernandes Diovana Piredda

Élida Brum Eugenia Del Grossi Flávia Carlos

Fernanda Martiny Gabriela Cidade Isa Matos

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 37


Jessica Lessa Júlia Xavier Katarina Santos

Liana Vasconcelos Luiz Paulo Manuela Roçado

Marcella Borges Marina Tessarin Mateus Dutra

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 38


Michael William Olívia Zucarino Priscila Albuquerque

Rachel Ribeiro Raffa Lima Rodrigo Hermesmeyer

Tabata Salles Wellington Gomes

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 39


Estagiários da Escola Estadual de Danças Maria Olenewa

Emerson Mateus Fernanda Lima Gabriela Del Pino

Gabriel Araújo Jean Pires João Pedro

Miguel Alves Moisés Pepe Tiago Tononi

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 40


Macedo

Torne-se Amigo
do Theatro Municipal

T 2239 9612, 2259 8726 e 99709 7578

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 41


FUNDAÇÃO
TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

PRESIDENTE Clara Paulino


VICE-PRESIDENTE Ciro Pereira da Silva

CHEFE DE GABINETE Bárbara Ottero | DIRETOR ARTÍSTICO Eric Herrero | REGENTE ASSISTENTE Priscila Bomfim | MAESTRO
TITULAR DO CORO Jésus Figueiredo | REGENTE DO BALLET (interino) Hélio Bejani | ASSESSOR ESPECIAL DE PROGRAMAÇÃO
- DIRETORIA ARTÍSTICA Eduardo Pereira | ASSESSOR ESPECIAL DE ELENCO - DIRETORIA ARTÍSTICA Marcos Menescal | CHEFE
DA DIVISÃO DE ÓPERA Bruno Furlanetto | ASSISTENTE DA DIRETORIA ARTÍSTICA Cirlei de Hollanda | DIRETOR DA ESCOLA
ESTADUAL DE DANÇA MARIA OLENEWA Hélio Bejani | DIRETORA OPERACIONAL Adriana Rio Doce | ASSISTENTE DE PROJETOS
Viviane Barreto | ASSESSORIA DE IMPRENSA Gustavo Durán, Cláudia Tisato, Felippe Chiarelli, Daniel Alexandre Rodrigues,
Allex Lourenço e Anna Júllia Bernardo | ASSESSORIA JURÍDICA Guilherme Alfradique Klausner, Bernardo Tebaldi, Marcela
Guimarães Barbosa da Silva, Isabella Cortes do Nascimento (estagiária) | CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO Laura Ghelman (chefe
de setor), Deborah O. Lins de Barros, Maria Clara do Carmo Cunha, Joice Cristina Amorim de Oliveira, Valentina Szpilman,
Thiago Lucas da Silva (estagiário) | ASSESSORA DA PRESIDÊNCIA Helene Nascimento Velasco | SECRETÁRIA DA PRESIDÊNCIA
Betina Figueiredo | ESTAGIÁRIA DA PRESIDÊNCIA Laura Lyra | ARQUIVO MUSICAL Neder Nassaro (chefe), Ivan Paparguerius e
Kelvin Keco (auxiliares de arquivo) | EDUCATIVO Carlos R. Filho, Caroline Jacob, Diana Magalhães Machado Fagundes, Flavia
Pereira de Menezes, Jordana Menezes, Lidiane Moço, Rayana de Castro. Estagiários Arthur Xavier, Julie Gama, Thamires
Caccavalli DESIGNERS Rodrigo Cordeiro Martins das Chagas, Luisa Pacheco de Matos | PESQUISA E EDIÇÃO DOS PROGRAMAS
Jayme Soares Chaves

DIRETORIA OPERACIONAL / CORPO TÉCNICO

DIRETORA OPERACIONAL Adriana Rio Doce | ASSISTENTE DE PROJETOS Viviane Barreto | COORD. DE PRODUÇÃO Izabel
de Vilhena | PRODUTORES OPERACIONAIS Claudia Marques e Simone Lima | PRODUTOR COMPRADOR Yuri Chiochetta |
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – TÉCNICA André Luiz Santana | COORD. DE PALCO Nilton Farias, Manoel dos Santos, Marcelo
Gomes e Daniel Salgado | CAMAREIRAS Leila Melo (Chefe), Vera Matias, Joice Assis, Cassia de Souza, Amanda Alves e Isabela
Freitas | CONTRARREGRAS Francisco Almeida, Elizangela Gadi e Fernando Fonseca | MAQUINISTAS José de Sant’anna
(encarregado), Antônio Figueiredo, Antônio da Silva, Cesar Cley, Flavio Azevedo, Jorge Antunes, Roberto Celestino, Guaracy
Lima, Ronaldo Goiti, Damião Santana, Cláudio Lucio, Renato Goiti, Elias de Jesus e Caio Anthony | ELETRICISTAS CÊNICOS Noel
Loretti (encarregado), Fabiano Brito, Paulo Ignácio, Ricardo Brito, Vitor Terra, Rosimar Lima, Pablo Souza, Jonas Soares, Jonas
Ávila, Rafael Rego, Diogo Santiago, Renato Lima, Diego Peixoto | OPERADORES DE LUZ Daniel Ramos, Jairo Martins, Paulo
Ornellas e Isabella Castro | OPERADOR DE SISTEMA WB Wilson Junio (encarregado) e Samuel Fernandes | OPERADOR DE SOM
Ricardo Santos, Neemias da Luz e Roney Torres | ADEREÇO DE FIGURINO Manuel Proa (encarregado), Penha Maria de Lima e
Tiago Monteiro | PERUCARIA Divina L. Suarez (encarregada), Renan Garcia e Regina Guimarães | VISAGISTA Ulisses Rabelo |
MODELISTA Igor dos Santos | COSTUREIRAS Ana Paula Ferreira, Iramar Alves, Sueli Borges e Carolina Lima

CENTRAL TÉCNICA DE PRODUÇÕES

GAMBOA ADMINISTRAÇÃO Luis Carlos Santos, Mauro Dunham | INHAÚMA ADMINISTRAÇÃO Diego Antônio Silva | ASSISTENTE
ADMINISTRATIVO Claudenir de Souza e Celso Carvalho | ADEREÇO DE CENA Edson Silvério, Jonas Carvalho | CARPINTARIA
Francisco Gomes (encarregado), Geraldo dos Santos | CONTRARREGRA Elvis da Silva e Francisco Ferreira | CENOGRAFIA
José Medeiros (encarregado), Antônio Pinto, Elias dos Santos e Arorá Alves | CORTINA E ESTOFAMENTO Nilson Guimarães e
Renilson Ribeiro | GUARDA ROUPA Sergio Pereira da Silva, Florisvaldo Evangelista, Elton de Oliveira e José Carlos dos Santos
| SERRALHEIRO Zamir de Oliveira | SERVIÇOS GERAIS Cristiano Felix

DIRETORIA ADMINISTRATIVA FINANCEIRA Aryne Abud, Roberta Rodrigues, Janice Figueiredo | CONTABILIDADE ANALÍTICA
Teresa Cristina Pereira Cata Preta (chefe contábil) | DIVISÃO DE ORÇAMENTO E FINANÇAS Angela Mendes (chefe de Serviço),
Victor Valle, Jorge da Costa Cabral e Hevellyn Gomes | DIVISÃO DE MATERIAL, PATRIMÔNIO E SERVIÇOS Marcelo Cruz Mira
(chefe de divisão), Clayton Azevedo, Crisane Marcia, Marcio Ferreira Angelo, Marcus Vinicius Mendes Azevedo, Maria Augusta

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 42


Henrique Oliveira, Mayara Araujo, Kelvin Cerqueira e Marcia Regina Ferreira | DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS Tânia
Montovani (chefe), Alex Machado e Solange Rocha (chefes de Serviço), Priscila Castelo Branco, Yara Tito e Janaina Anjos |
DIVISÃO DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E MANUTENÇÃO Ednaldo Menezes (encarregado da Brigada de Incêndio), Alex Ribeiro
(encarregado), Ademas Goulart Pacheco Júnior, Aécio de Oliveira, Alan Carvalho, Allan Victor Carvalho, Alberto da Silva, Alberto
Souza, Alexandre Costa, Alexandre Sousa, Antônio de Oliveira, Carlos Eduardo Cartaxo, Claudio Correa Bezerra, Emmanuel
Reis, Flavio Ribeiro, Gessi de Andrade, Glaucio Ribeiro de Oliveira, Jean da Silva, Jefferson da Cruz, Jorge da Cruz, Jordão
Brazil, João Paulo Lourenço, Claudio Correa, Fernanda Zucolotto, Lucio Mauro Rufino, Luis Soares, Luiz Carlos Sardinha, Luiz
Carlos Gonçalves, Luiz Claudio Estevam, Marcos Serafim, Max de Souza, Meire Mescouto, Natalia Ferreira Godinho, Nelson
Neto, Roberto Feliciano, Rodolfo Sousa, Tania Martins, Tiago Dias | DIVISÃO ADMINISTRATIVA Robson Johnny Rocha (chefe),
Paulo Couto, Francisco José Mota, Felipe Lemos, Kelly Krugger e Rayana Castro | SETOR DE INFORMAÇÕES Giliana Sampaio e
Silva, Isaulina Maria Correa | BILHETERIA João Victor da Silva (chefe de serviço), Ana Paula dos Santos (supervisão de bilheteria),
Jaqueline Brandão, Jorge Luiz Braga | SETOR DE RECEPÇÃO Adilson Santos, Andre Gomes, Claudia Ribeiro, Giuliano Coelho,
Halllayne Souza, Leandro Matos, Mario Jorge Torres, Nicolas Rodrigues, Rayane Silva, Robson Ferreira, Ronan Souza, Thiago
da Silva, Zulena Cunha

ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

MAESTRO TITULAR Felipe Prazeres

PRIMEIROS VIOLINOS Ricardo Amado (spalla), Carlos R. Mendes (spalla), Daniel Albuquerque (spalla), Andréa Moniz, Fernando
Matta, Antonella Pareschi, William Doyle, Erasmo Carlos F. Junior, Suray Soren, Maressa Carneiro, Nataly Lopez, Ruda Issa,
Sérgio Neto, Ana Carolina Rebouças, Guilherme Cendretti, Stefanny Doyle* | SEGUNDOS VIOLINOS Marluce Ferreira, Marcio
Sanches, Ricardo Menezes, Camila Bastos Ebendinger, Pedro Mibielli, Tamara Barquette, Thiago Lopes Teixeira, Flávio Gomes,
Pedro Henrique Amaral, José Rogério Rosa, Glauco Fernandes | VIOLAS José Volker Taboada, Luiz Fernando Audi, Denis
Rangel, Carlos Eduardo Santos, Marcos Vieira, Lígia Fernandes, Gabriel Vailant, Diego Paz | VIOLONCELOS Marcelo Salles,
Pablo Uzeda, Marie Bernard, Fábio Coelho, Claudia Grosso Couto, Eduardo J. de Menezes, Lylian Moniz, Nayara Tamarozi,
Matheus Pereira | CONTRABAIXOS José Luiz de Souza, Leonardo de Uzeda, Tony Botelho, Miguel Rojas, Matheus Tabosa,
Breno Augusto | FLAUTAS /FLAUTIM Eugênio Kundert Ranevsky, Sofia Ceccato, Sammy Fuks, Felipe Arcanjo | OBOÉS/CORNE
INGLÊS Janaína Botelho, Juliana Bravim*, Adauto Vilarinho, João Gabriel Sant'Anna | CLARINETES /CLARONE Moisés A. dos
Santos, Marcos Passos, Ricardo Silva Ferreira, Vicente Alexim | FAGOTE /CONTRAFAGOTE Márcio Zen, Ariane Petri, Gabriel
Gonçalves | TROMPAS Daniel Soares, Tiago Carneiro*, Ismael de Oliveira, Francisco de Assis, Eduardo de Almeida Prado,
Jonathan Nicolau | TROMPETES Jailson Varelo de Araújo, Jessé Sadoc do Nascimento, Wellington Moura, Tiago Viana, Bianca
Santos | TROMBONES Adriano Garcia, Gilmar Ferreira, Renan Crepaldi | TROMBONE BAIXO Wesley Ferreira | TUBA Fábio de
Lima Bernardo, Anderson Cruz | HARPAS Alice Emery | TÍMPANOS /XILOFONE /PERCUSSÃO Philipe Galdino Davis, Edmere
Sales, Paraguassú Abrahão, Sérgio Naidin

COORD.DO CORPO ARTÍSTICO Rubem Calazans | AUX. OPERACIONAL João Clóvis Guimarães | ASSIST. DE MONTAGEM TEATRAL
Carlos Tadeu Soares, Leonardo Pinheiro, Olavo John Clemente

* Músico Contratado

CORO DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

MAESTRO TITULAR Jésus Figueiredo

PIANISTA Murilo Emerenciano

PRIMEIROS SOPRANOS Carolina Morel, Celinelena Ietto*, Gabriele de Paula, Gina Martins*, Ivanesca Duarte, Lidiane Macedo,
Loren Vandal, Márcia Brandão, Mariana Gomes, Marianna Lima, Michele Menezes, Mônica Maciel, Regina Coeli*, Rosane
Aranda*, Rose Provenzano-Páscoa | SEGUNDOS SOPRANOS Cíntia Fortunato, Eleonora Reys, Eliane Lavigne, Fernanda Schleder,
Flavia Fernandes, Georgia Szpilman, Gélcia Improta, Helen Heinzle, Kedma Freire, Lucia Bianchini, Magda Belloti | MEZZO
SOPRANOS Ângela Brant, Carla Rizzi*, Clarice Prieto, Denise Souza, Erika Henriques, Helena Lopes, Hebert Augusto Campos,

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 43


Hellen Nascimento, Kamille Távora, Kátya Kazzaz, Lara Cavalcanti, Lourdes Santoro, Luzia Rohr, Noeli Mello, Sarah Salotto,
Simone Chaves | CONTRALTOS Andressa Inácio, Daniela Mesquita, Ester Silveira, Hilma Ribeiro, Lily Driaze, Mirian Silveira,
Neaci Pinheiro, Rejane Ruas, Talita Siqueira, Zelma Zaniboni | PRIMEIROS TENORES Erick Alves, Elizeu Batista, Geilson Santos,
Geraldo Matias, Ilem Vargas, Jacques Rocha, Luiz Ricardo, Manoel Mendes, Marcos Paulo, Ossiandro Brito, Pedro Gattuso,
Weber Duarte, Wladimir Cabanas | SEGUNDOS TENORES Áureo Colpas, Celso Mariano, Gabriel Senra, Guilherme Gonnçalves,
Guilherme Moreira, Ivan Jorgensen, Jessé Bueno, João Alexandre, João Campelo, Kreslin de Icaza, Paulo Mello, Robson
Almeida, Silvio da Hora* | BARÍTONOS Anderson Vieira, Calebe Nascimento, Carlos Silvestre*, Ciro D’Araújo, Dudu Nohra*, Fábio
Belizallo, Fabrízio Claussen, Fernando Lorenzo, Fernando Portugal**, Flávio Mello, Frederico Assis, Leonardo Agnese, Marcus
Vinicius, Rodolpho Páscoa | BAIXOS Anderson Cianni, Cícero Pires, Jorge Costa, Jorge Mathias, Kiko Albuquerque, Leandro da
Costa, Leonardo Thieze, Maurício Luz, Patrick Oliveira, Pedro Olivero, Vandelir Camilo

COORDENADORA ADMINISTRATIVA Vera Lúcia de Araújo | ASSISTENTE DO CORPO ARTÍSTICO Lourdes Santoro | ASSISTENTE DE
MONTAGEM Osmar Evideo dos Santos, Mario Jorge F Palheta

* Licenciados
** Cedidos

BALLET DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

DIREÇÃO DO BTM Hélio Bejani

MAÎTRE DO BTM Jorge Texeira

COORDENAÇÃO DO CORPO ARTÍSTICO Marcella Gil | ASSISTENTE DE CORPO ARTÍSTICO Allan Carvalho, Leomir Franklin |
Ensaiadores Áurea Hämmerli, Cristiane Quintan, Hélio Bejani, Jorge Texeira | PROFESSORES César Lima, Manoel Francisco,
Marcelo Misailidis, Nora Esteves, Ronaldo Martins, Teresa Augusta

BAILARINOS PRINCIPAIS/PRIMEIROS BAILARINOS Ana Botafogo, Áurea Hämmerli, Claudia Mota, Juliana Valadão, Márcia
Jaqueline, Nora Esteves, Cícero Gomes, Filipe Moreira, Francisco Timbó, Paulo Rodrigues** | PRIMEIROS SOLISTAS Fernanda
Martiny, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota, Renata Tubarão, Alef Albert, Edifranc Alves, Joseny Coutinho, Rodrigo Negri |
SEGUNDOS SOLISTAS Carol Fernandes, Melissa Oliveira, Rachel Ribeiro, Vanessa Pedro*, Anderson Dionísio*, Carlos Cabral,
Ivan Franco, Paulo Ricardo, Santiago Júnior, Wellington Gomes

BAILARINOS Aloani Bastos, Ana Flávia Alvim, Ana Paula Siciliano, Bianca Lyne, Celeste Lima, Diovana Piredda, Élida
Brum, Eugênia Del Grossi, Flávia Carlos, Gabriela Cidade, Inês Pedrosa, Isamara Mattos, Jessica Lessa, Julia Xavier, Karin
Schlotterbeck, Katarina Santos, Laura Prochet, Liana Vasconcelos, Lourdes Braga, Manuela Roçado, Marcella Borges,
Margarida Mathews, Margheritta Tostes*, Marina Tessarin, Marjorie Morrison, Mônica Barbosa, Nina Farah, Olivia Zucarino,
Regina Ribeiro, Sueli Fernandes, Tabata Salles, Tereza Cristina Ubirajara, Zélia Iris. Alyson Trindade, Bruno Fernandes, Glayson
Mendes, José Ailton, Luíz Paulo, Mateus Dutra, Mauro Sá Earp, Michael William, Rafael Lima, Roberto Lima, Rodolfo Saraiva,
Rodrigo Hermesmeyer, Saulo Finelon, Sérgio Martins

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Zeni Saramago | ASSISTENTE ARTÍSTICO Gelton Galvão | PIANISTAS Gelton Galvão, Gladys
Rodrigues, Itajara Dias, Valdemar Gonçalves | COREÓLOGA Cristina Cabral | PRODUÇÃO Inês Schlobach, Irene Orazem, Rita
Martins, Shirley Pereira | PESQUISA E DIVULGAÇÃO Elisa Baeta e Flávia Carlos | ASSISTENTE DE CENOGRAFIA Renê Salazar * |
MÉDICO Danny Dalfeor | FISIOTERAPEUTA Roberta Lomenha | BAILARINOS CEDIDOS Barbara Lima, Cristina Costa, Deborah
Ribeiro, João Carvalho, Karina Dias, Márcia Faggioni, Norma Pinna, Paulo Ernani, Renata Gouveia, Rosinha Pulitini, Sabrina
German, Viviane Barreto

CONTRATADOS PARA A TEMPORADA DE MACUNAÍMA Emerson Ferreira, Fernanda Lima, Gabriel Araújo, Gabriela Del Pino,
Jean Pires, João Pedro, Miguel Alves, Moisés Peppe, Tiago Tononi

* Licenciados
** Cedidos

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 44


MACUNAÍMA

EQUIPE DE FILMAGEM

PRODUÇÃO AUDIOVISUAL Verus Films | DIRETOR DE FOTOGRAFIA E EDIÇÃO Igor Corrêa | PRIMEIRO ASSISTENTE Luiz Otávio
Luz | CÂMERA Marina Moulin e Mariana Moraes | ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA Tendo Santos | EFEITOS VISUAIS Flávio Soares

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Carlinhos de Jesus, GRES Acadêmicos do Grande Rio, Museu do Graffiti, Bruno Diaz e Professora Desirée Bastos

FOTOS DE CENA Conrado Krivochein e Denise Mendes | FOTOS DOS BAILARINOS (páginas 33-39) Júlia Rónai, Renan Branco,
Carol Lancelotti | FOTO MÁRCIA JAQUELINE (página 33) Anna Maria Löffenberger

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 45


PRESIDENTE DA REPÚBLICA Jair Messias Bolsonaro
MINISTRO DO TURISMO Gilson Machado Neto
SECRETARIA ESPECIAL DA CULTURA (SECULT) Hélio Ferraz de Oliveira

FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES | FUNARTE

PRESIDENTE Tamoio Athayde Marcondes | DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Nery Costa | DIRETOR DO CENTRO DA MÚSICA Bernardo
Guerra | DIRETOR DO CENTRO DE ARTES VISUAIS Bruno Fernandes | DIRETOR DO CENTRO DE PROGRAMAS INTEGRADOS José
Alex Botelho | DIRETOR DO CENTRO DE ARTES CÊNICAS José Maurício Moreira | PROCURADOR JURÍDICO Diego Franco de
Araújo Jurubeb | COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Gianne Santos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO | UFRJ

REITORA Denise Pires de Carvalho | VICE-REITOR Carlos Frederico Leão Rocha | CENTRO DE LETRAS E ARTES - DECANA Cristina
Grafanassi Tranjan

ESCOLA DE MÚSICA DA UFRJ

DIRETOR Ronal Xavier Silveira | VICE-DIRETOR | DIRETOR ADJUNTO DO SETOR ARTÍSTICO Marcelo Jardim | DIRETOR ADJUNTO
DE ENSINO DE GRADUAÇÃO David Alves | DIRETORA ADJUNTA DOS CURSOS DE EXTENSÃO Maria José Di Cavalcanti |
COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA João Vidal | COORDENADOR DO PROGRAMA DE MESTRADO
PROFISSIONAL EM MÚSICA Aloysio Fagerlande

FUNDAÇÃO JOSÉ BONIFÁCIO | FUJB

PRESIDENTE Kleber Fossati Figueiredo | SECRETÁRIO GERAL Helios Malebranche

PARCERIA ARTE DE TODA GENTE UFRJ-FUNARTE

COORDENAÇÃO GERAL Marcelo Jardim | COORDENAÇÃO SISTEMA NACIONAL DE ORQUESTRAS SOCIAIS - SINOS André Cardoso
| GERÊNCIA DE PRODUÇÃO Vilane Trindade | COORDENAÇÃO BOSSA CRIATIVA Marcelo Jardim | GERÊNCIA DE PRODUÇÃO
Mariana Pietrobon | ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO Gabriel Dellatorre | COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Gustavo Mendicino
| COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE MÍDIAS DIGITAIS (NuMiDi) Katia Augusta Maciel | GESTÃO DE PROJETOS Ana Cláudia Melo
| PROGRAMAS EDUCATIVOS Bruna Leite | ACADEMIA VIRTUAL Júlio Colabardini (Coord.), Marlon Magno | COORDENAÇÃO
PEDAGÓGICA Aloysio Fagerlande, Leandro Soares, Carla Rincon, Simone do Santos | ADMINISTRATIVO Aliciandra Amaral e
Tânia Oliveira | DIREÇÃO DE ARTE Márcio Massiere | PUBLICIDADE E RELAÇÕES PÚBLICAS Fabiana Rosa | IMPRENSA Henrique
Koifman | ASSISTENTE DE IMPRENSA Creuza Gravina | REVISÃO DE TEXTO Maurette Brandt e Daniela Paiva | NuMiDi Rogério
Leão, Ítala Barros e Gustavo Silveira (redes sociais); Alberto Moura e Giuliano Gerbase (audiovisual); André Flauzino, Isabelle
Barreto, Maurício Borges e Malany Dias (design gráfico); Renan Ferreira (webdesign) | BOLSISTAS DE GRADUAÇÃO QUE APOIAM
TODOS OS SETORES Maria Fernanda Delpra, Pedro Fernandes e Marcelo Lavigne | FOTOGRAFIA Walda Marques

Theatro Municipal do Rio de Janeiro 46


A busca pelo conhecimento não para nunca.
É uma dedicação diária, um aperfeiçoamento constante.
É essa energia que move a Petrobras e o Theatro Municipal.
É essa energia que move a cultura. A vida.
petrobras.com.br/cultura
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Praça Floriano, s/nº Cinelândia
Rio de Janeiro

Sala Mário Tavares


Av. Almirante Barroso, 14-16

Bilheteria 10h às 18h


(em dia de espetáculo até o horário da apresentação)
Ingressos disponíveis em Eleven Tickets

Tel. 2332-9191 / 2332-9134

Visita Guiada
O visitante deve se dirigir à bilheteria e adquirir sua
entrada, para o dia em questão, em qualquer um dos
horários disponíveis.
Dias e horários
Terças 11h e 15h para instituições públicas, 14h para
instituições privadas.
Quartas 11h e 15h30 para instituições públicas, 16h para
o público geral.
Quintas 11h e 14h para o público geral, 16h para o
público geral com opção em espanhol.
Sextas 11h e 14h para o público geral, 16h para o público
geral com opção em inglês.
Sábados 11h e 12h30, para o público geral.
Mais informações sobre Visita Guiada

http://theatromunicipal.rj.gov.br

theatromunicipalrj
Apoio

Promoção

Realização Institucional

Secretaria de
Cultura e Economia
Criativa

Patrocínio Ouro

Realização

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