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DISTRITO FEDERAL – ASPECTOS POLÍTICOS E JURÍDICOS

1) Membro da Federação (art. 1º, da Constituição Federal de 1988)


Constituições Anteriores

2) Dados Geográficos e Sociais, Evolução Histórica e Monumentos

3) Poderes: Executivo e Legislativo (apenas)


3.1) Executivo (Palácio do Buriti, Governador, Vice-Governador, Secretários,
servidores)
Na sucessão do Governador do Distrito Federal, o Presidente do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios é excluído da linha
sucessória, pelo fato de que o Tribunal de Justiça local é órgão do Poder
Judiciário da União, o que pode caracterizar ofensa à forma federativa, com
desrespeito à autonomia do Distrito Federal.
A linha sucessória é restrita. O Governador é sucedido pelo Vice-
Governador. Caso haja impedimento fático ou jurídico para a posse e exercício
do cargo, este será ocupado pelo Presidente da Câmara Legislativa do Distrito
Federal. Na falta deste, não há previsão legal de substituto.
O Governador é o comandante superior da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal (art. 100, inciso V, LODF). Compete ao
Governador nomear os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal, bem como o Direto da Polícia Civil
(art. 100, VIII, LODF).
O Governador nomeia, também, os Conselheiros do Tribunal de Contas
do Distrito Federal (dois: art. 100, inciso XII, LODF), o Procurador-Geral do
Distrito Federal (arts. 60, inciso XX, e 100, XIII, LODF), os Presidentes de
Instituições Financeiras distritais (arts. 60, XXXV, e 100, XV, LODF) e os
Diretores de Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações
Públicas (art. 100, XIX, LODF).
Além destes, o Governador nomeia, exonera, dispensa, demite e destitui
os servidores da Administração Pública direta distrital. Na Administração
Pública indireta, cabe aos Presidentes e Diretores da autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.
O Governador do Distrito Federal depende de prévia autorização da
Câmara Legislativa para subscrever e dispor ações das empresas públicas e
sociedades de economia mista. Ao Governador cabe decretar situação de
emergência e estado de calamidade pública no Distrito Federal.
O Governador, nos crimes de responsabilidade, é processado e julgado
pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (impeachment). Nos crimes
comuns (incluindo-se os eleitorais), o Governador é processado e julgado pelo
Superior Tribunal de Justiça. O afastamento do Governador ocorre quando o
Superior Tribunal de Justiça recebe a denúncia (art. 101, § 1º, inciso I, da
LODF) ou quando é instaurado o processo pela Câmara Legislativa do Distrito
Federal (art. 101, § 1º, inciso II, LODF). O impeachment deve estar concluído
no prazo de 180 dias (art. 101, § 2º, LODF).

3.2) Legislativo (Câmara Legislativa, Deputados Distritais, servidores)


Situada no final da Asa Norte,

3.1) Poder Judiciário:


a) Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: Câmara Criminal,
1ª e 2ª Câmara Cível, 1ª e 2ª Turma Criminal, 1ª a 5ª Turma Cível, Turma
Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, composição,
Desembargadores, Juízes, servidores, Cartórios extrajudiciais, etc.;
b) Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região: composição (Tribunal Pleno,
Primeira, Segunda e Terceira Turmas), Juízes, Juntas de Conciliação e
Julgamento (20 em Brasília e 2 em Taguatinga) Classistas, servidores,
Delegacia Regional do Trabalho, fiscais do trabalho;
c) Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal: composição, Juízes,
servidores, Zonas Eleitorais (14 Zonas Eleitorais: 1ª - Brasília, 2ª - Paranoá, 3ª
- Taguatinga, 4ª - Gama, 5ª - Sobradinho, 6ª - Planaltina, 7ª - Brazlândia, 8ª -
Ceilândia, 9ª - Guará, 10ª - Núcleo Bandeirante, 11ª - Cruzeiro, 12ª -
Ceilândia, 13ª - Samambaia, 14ª Brasília), Cartórios Eleitorais (abrange a
respectiva Zonas Eleitoral e situa-se na respectiva circunscrição judiciária),
partidos políticos: Diretórios Regionais e Diretórios Zonais (abrange os
limites territoriais das respectivas Zonas Eleitorais);
d) Tribunal Regional Federal da 1ª Região: composição (Plenário, Conselho
de Administração, Primeira e Segunda Seções, Primeira, Segunda, Terceira e
Quarta Turmas - 18 juízes federais, incluindo o Presidente e o Vice-
Presidente), Jurisdição sobre o Distrito Federal e Estados de Minas Gerais,
Bahia, Maranhão, Piauí, Pará, Amapá, Acre, Amazonas, Tocantins, Roraima,
Rondônia, Mato Grosso e Goiás, que isoladamente compõem a respectiva
Seção Judiciária; Varas Federais (nos termos do art. 1º, da Resolução nº 05, de
13 de abril de 19991: duas varas nos Estados do Amapá, Roraima e Tocantins,
três varas nos Estados do Acre e Rondônia, cinco varas nos Estados do
1
Publicada no Diário da Justiça, Seção 2, dia 16 de abril de 1999, ps. 02 e 03.
Amazonas, do Mato Grosso e do Piauí, sete varas no Estado do Maranhão,
nove varas no Estado do Pará, doze varas em Goiás, vinte e uma varas no
Estado da Bahia, trinta e sete no Estado de Minas Gerais e vinte e duas varas
no Distrito Federal), competências (art. 109, da Constituição Federal), varas
especializadas (cíveis, criminais, previdenciárias, agrárias e de execuções
fiscais, nos termos do art. 3º, da Resolução nº 05, de 13 de abril de 1999),
servidores (vinculados à União, RJU – Lei nº 8.112/90; cargos de natureza
permanente são providos pelo Presidente do TRF: art. 10, da Resolução
05/1999; mandado de segurança, ação civil pública, ação popular, habeas data,
habeas corpus, mandado de injunção e ações de responsabilidade civil
decorrentes de seus atos são processados e julgados pela Justiça Federal; nos
crimes comuns, são processados perante a Justiça Comum local; os crimes
praticados contra os servidores públicos federais, inclusive os da Justiça
Federal, são julgados pela Justiça Federal).
e) Auditoria Militar (processa e julga os membros da Polícia Militar e Corpo
de Bombeiros do Distrito Federal, funciona junto a Justiça do Distrito Federal,
no Fórum de Brasília) e Junta Militar de Brasília (processa e julga os membros
das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica –, funciona dentro do
Superior Tribunal Militar).
e) Tribunais Superiores (TST, TSE, STM, STJ e STF): composição, ministros,
competências (originária e recursal restrita, consagrada no Texto
Constitucional Federal) e principais súmulas relativas ao Distrito Federal,
servidores (vinculados à União, RJU – Lei nº 8.112/90; aplica-se o mesmo
entendimento já exposto quanto aos servidores da Justiça Federal);
f) Conselho da Justiça Federal (funciona junto ao STJ, todavia está situado na
Avenida W3 Norte, Quadra 510; exerce a supervisão administrativa e
orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus: TRF’s e Varas
Federais. Ver Lei nº 8.472/92).

4) Lei Orgânica do Distrito Federal e emendas:


A Lei Orgânica foi promulgada em 08 de junho de 1993, possui 420 artigos:
365 artidos no Texto principal e 55 no Ato das Disposições Transitórias.
Foi confeccionada por 24 deputados distritais, eleitos pelo povo do Distrito
Federal em 03 de outubro de 1992. Dentre os deputados, 10 do PP e 5 do PT.
O Distrito Federal atualmente tem autonomia política, administrativa e
financeira (art. 1º).
São objetivos prioritários do Distrito Federal garantir e promover os direitos
humanos assegurados na Constituição Federal e na Declaração Universal dos
Direitos Humanos (art. 3º, inciso I).
Análise das 32 (trinta e dois) emendas já efetuadas:
Nº 01 –
Nº 02 –
Nº 03 –
Nº 04, de 15 de março de 1996 – Acrescentou § 3º ao art. 19, dispondo sobre
a obrigatoriedade de declaração anual de bens pelo Governador, Vice-
Governador, Secretários de Governo, Diretores de empresa pública,
sociedades de economia mista e fundações, Administradores Regionais,
Procurador-Geral do Distrito Federal, Conselheiros do TCDF e Deputados
Distritais;
Nº 05, de 31 de maio de 1996 – Deu nova redação ao § 2º, do art. 336, que
dispõe sobre a isenção ou redução do pagamento do transporte coletivo para
estudantes, estendendo o benefício aos estudantes de teologia, cursos técnicos
e profissionalizantes;
Nº 06, de 14 de outubro de 1996 – Acrescentou inciso X ao art. 3º,
assegurando a proteção das vítimas e testemunhas de infrações penais e seus
respectivos familiares;
Nº 07, de 14 de outubro de 1996 – Deu nova redação ao § 1º, do art. 233, que
dispõe sobre as disciplinas escolares curriculares obrigatórias de educação
física e educação artística;
Nº 08, de 03 de dezembro de 1996 – Deu nova redação ao parágrafo único do
art. 365, vedando a remuneração pela participação nos colegiados distritais;
Nº 09, de 12 de dezembro de 1996 – Deu nova redação aos arts. 57, 110, 111,
caput, e 113, dispondo sobre a Procuradoria Geral da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, suas funções institucionais, e a Procuradoria Geral do Distrito
Federal. Esta emenda foi modificada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de
1997.
Nº 10, de 12 de dezembro de 1996 – Deu nova redação ao inciso XIV, do art.
60, que regula a convocação de Secretários de Governo, dirigente e servidores
do Distrito Federal a prestar pessoalmente informações;
Nº 11, de 12 de dezembro de 1996 – Deu nova redação ao § 2º, do art. 247,
que dispõe sobre a proteção de Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade,
conforme definição da UNESCO;
Nº 12, de 12 de dezembro de 1996 – Acrescentou inciso XI, do art. 3º,
dispondo sobre a proteção do conjunto urbanístico de Brasília;
Nº 13, de 12 de dezembro de 1996 – Deu nova redação ao inciso III do art.
329, reduzindo o prazo, para concessão do título de domínio, de dez anos para
trinta meses, após a concessão, permissão ou autorização de uso;
Nº 14, de 24 de março de 1997 – Revogou o inciso V do § 1º do art. 57, com
redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 09, de 1996; alterou o § 3º, do
art. 57, com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 09, 1996,
acrescentando § 4º; e acrescentou §§ 1º e 2º ao art. 111, dispondo sobre a
cobrança judicial da dívida do Distrito Federal e atribuindo à Procurador Geral
do Distrito Federal a representação judicial e extrajudicial do TCDF;
Nº 15, de 28 de abril de 1997 – Restabeleceu a redação original do parágrafo
único do art. 365, vedando a remuneração pela participação em mais de um
conselho;
Nº 16, de 30 de maio de 1997 – Alterou o Capítulo X do Título VI,
denominando-o de “DA MULHER, DO NEGRO E DAS MINORIAS”, e deu
nova redação ao art. 276, que dispõe sobre a prevenção e combate à violência
e à discriminação contra a mulher, o negro e as minorias;
Nº 17, de 30 de maio de 1997 – Deu nova redação ao art. 347, que estabelece
vedação da destinação de terras rurais públicas do Distrito Federal, quando se
tratar de interesse social para assentamentos agrários de trabalhadores rurais;
Nº 18, de 28 de agosto de 1997 – Acrescentou §§ 1º e 2º ao artigo 216,
dispondo sobre o ressarcimento do erário distrital das despesas decorrentes do
atendimento, em unidades de saúde pertencentes ao Distrito Federal, dos
segurados de serviços de assistência médica e administradoras de planos de
saúde, destinando a estas empresas a responsabilidade pelo pagamento das
despesas realizadas;
Nº 19, de 04 de setembro de 1997 – Deu nova redação ao inciso III, do art. 22,
restringindo a gratuidade da expedição da cédula de identidade pessoal apeans
à primeira via;
Nº 20, de 24 de novembro de 1997 – Deu nova redação ao inciso I, do art. 64,
referente à licença de Deputado Distrital investido na função de Ministro de
Estado, Secretário de Governo, Administrador Regional ou chefe de missão
diplomática temporária;
Nº 21, de 18 de dezembro de 1997 – Acrescentou inciso XXIII ao art. 19,
exigindo nível superior de escolaridade para ingresso na carreira de
fiscalização e inspeção do Distrito Federal;
Nº 22, de 18 de dezembro de 1997 – Acrescentou § 6º ao art. 289, dispondo
sobre a apresentação do estudo de impacto ambiental e o relatório, para
aprovação de projetos de parcelamento do solo para fins urbanos ou rural;
Nº 23, de 18 de dezembro de 1997 – Deu nova redação ao art. 14 do Ato das
Disposições Transitórias, ampliando o prazo, de dois para três anos, para
extinção dos fundos existentes na data da promulgação da Lei Orgânica, caso
não sejam ratificados pela Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Nº 24, de 29 de maio de 1998 – Deu nova redação ao § 2º do art. 12, do Ato
das Disposições Transitórias, ampliando, de dois para seis anos, o prazo de
revogação das isenções, benefícios e incentivos fiscais que não forem
confirmados por lei, contados da promulgação da Lei Orgânica;
Nº 25, de 09 de dezembro de 1998 – Acrescentou inciso XLII ao art. 60,
dispondo sobre a autorização de referendo e a convocação de plebiscito;
Nº 26, de 09 de dezembro de 1998 – Deu nova redação ao inciso V, do art. 19,
estabelecendo percentual mínimo de 50% (cinqüenta por cento) dos cargos em
comissão e das funções de confiança que serão exercidos por ocupantes de
cargo de carreira técnica ou profissional;
Nº 27, de fevereiro de 1999 – Deu nova redação ao art. 160, parágrafo único;
Nº 28, de fevereiro de 1999 – Deu nova redação ao art. 244, que dispõe sobre
o Conselho de Educação do Distrito Federal, e suprime o inciso XI, do art. 60;
Nº 29, de fevereiro de 1999 – Deu nova redação ao art. 19, inciso V, que trata
dos cargos em comissão e as funções de confiança;
Nº 30, de fevereiro de 1999 – Acrescentou o inciso III ao art. 131, vedando a
concessão de benefício às empresas que utilizem em seu processo produtivo
mão-de-obra baseada no trabalho de crianças e de adolescentes;
Nº 31, de fevereiro de 1999 – Acrescentou § 4º ao art. 63, regulando a
renúncia de Deputado distrital submetido a processo que vise ou possa levar a
perda do mandato;
Nº 32, de 25 de março de 1999 – Deu nova redação ao art. 124, que dispõe
sobre os estabelecimentos prisionais e o exercício do trabalho e proteção
social do recluso e de sua família.

5) Competência Legislativa do Distrito Federal:


Câmara Legislativa do Distrito Federal (art. 32, CF/88 e arts. 14 e 54,
LODF)
Autonomia Legislativa (promulgar e emendar a Lei Orgânica do
Distrito Federal, atos normativos próprios, etc.)
Competência legislativa dos Estados e dos Municípios (art. 32, § 1º,
CF/88), inclusive tributária (art. 147 e 155, CF/88)
Membros: Deputados Distritais - eleitos, com mandato de 4 anos:
imunidades, inviolabilidades, remuneração (A Lei Distrital nº 2.289, de 13 de
janeiro de 1999, dispõe sobre o sistema de remuneração dos Deputados
Distritais, constituído exclusivamente de subsídio correspondente a setenta e
cinco por cento do estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais),
licença e impedimentos (arts. 27, §§ 1º e 2º; 32, § 3º, CF/88; e art. 61, LODF).
Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal: polícia,
serviços e provimento de cargos, bem como processo legislativo, etc.
Aplica-se ao processo legislativo distrital as normas sobre o processo
legislativo federal (CF/88: art. 32, e ADCT, art. 11).
Independência e harmonia com o Poder Executivo
Atualmente, após a Emenda Constitucional nº 19, o Poder Legislativo,
inclusive a Câmara Legislativa do Distrito Federal, para aumento da
remuneração de seus servidores, depende de lei, com possibilidade de veto
(total ou parcial) do Governador.
No exercício de sua competência, a CLDF edita Decretos Legislativos
(produzem efeitos externos: art. 49, CF/88) e Resoluções (produzem efeitos
internos: arts. 51 e 52, CF/88). O art. 60, inciso IV, VI, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XXVII, XXVII, XXXIV e XXXV, são matérias
veiculadas através de Decretos Legislativos. As demais hipóteses, são de
Resoluções.

Principais leis, normas estaduais e municipais, competência


administrativa, tributária, etc.;

Através da Lei Distrital nº 2.289, de 13 de janeiro de 1999, a Câmara


Legislativa do Distrito Federal estabeleceu o novo sistema de remuneração
dos Deputados Distritais (setenta e cinco por cento dos subsídios dos
Deputados Federais), do Governador (subsídio do deputado distrital acrescido
de trinta pontos percentuais), do Vice Governador (subsídio do deputado
distrital acrescido de quinze por cento) e do Secretário de Governo (igual ao
subsídio do deputado distrital).

Em consonância com a Lei Federal nº 9.313, de 13 de novembro de


1996 (dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos, pelo Sistema
Único de Saúde, aos portadores do HIV e doentes de AIDS), o Distrito Federal
promulgou a Lei Distrital nº 1.898, de 02 de maio de 1998, que dispõe sobre
os direitos básicos dos portadores do vírus imunodeficiência humana –HIV – e
dos portadores da síndome de imunodeficiência adquirida – AIDS. Esta lei
assegura a gratuidade do exame, do atendimento e do tratamento da AIDS.
Ademais, a Lei Distrital nº 1.427, de 14 de maio de 1997, que instituiu, em
caráter permanente, o Programa de Prevenção à AIDS, destinado ao
desenvolvimento de campanhas educativas e de conscientização para o
controle da transmissão da doença.

Em consonância com a Lei Federal nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994


(dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso
e dá outras providências) e com o Decreto Federal nº 1.948, de 03 de julho de
1996 (regulamenta a Lei do Idoso – Lei nº 8.842/1994), o Distrito Federal
promulgou a Lei Distrital nº 1.547, de 11 de julho de 1997, que instituiu o
Estatuto do Idoso no Distrito Federal. A Lei Distrital nº 1.445, de 27 de maio
de 1997, criou a Subsecretaria para Assuntos do Idoso na estrutura da
Secretaria de Governo do Distrito Federal. A Lei Distrital nº 1.479, de 17 de
junho de 1997, instituiu o Dia do Idoso no Distrito Federal, comemorado no
dia 27 de setembro de cada ano. A Lei Distrital nº 1.548, de 15 de julho de
1997, dispõe sobre o atendimento prioritário aos idosos, com mais de sessenta
anos, nos centros de saúde do Distrito Federal. A Lei Complementar Distrital
nº 21, de 23 de julho de 1997, instituiu o Fundo de Apoio e Assistência ao
Idoso do Distrito Federal. Já a Lei Distrital nº 1.675, de 23 de setembro de
1997, instituiu o Programa de Valorização do Aposentado. Por fim, a Lei
Distrital nº 1.759, de 05 de novembro de 1997, criou o Programa de Abrigo
Familiar do Idoso para as famílias de baixa renda no Distrito Federal.

5.1) Competência para processar e julgar os crimes:


I) de responsabilidade: a) Governador e Procurador-Geral do Distrito Federal:
Câmara Legislativa do Distrito Federal; b) Vice-Governador e Secretários de
Governo: Tribunal de Justiça local;
II) comuns (inclusive os eleitorais) praticados pelo: a) Governador: Superior
Tribunal de Justiça; b) Vice-Governador, Secretários de Governo, Procurador-
Geral do Distrito Federal: Tribunal de Justiça local
III) comuns (inclusive as contravenções) praticados por Deputado Distrital:
Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios:
(Inquérito Penal nº 1998.01.00.054838-8/DF, Tribunal Regional Federal da 1ª
Região, Relator Juiz Catão Alves. Publicado no Diário da Justiça, Seção 2, dia
07 de abril de 1999, p. 01).

6) Representação Política do Distrito Federal no Congresso Nacional e


eleição dos seus representantes;

7) Administração Pública Distrital: Autonomia Administrativa;


Estrutura da Administração do Distrito Federal:
Lei Distrital nº 49, de 25 de outubro de 1989; Lei Distrital nº 236, de 20 de
janeiro de 1992; e Lei nº 408, de 13 de janeiro de 1993.
Secretarias: a) de Administração, b) de Agricultura, c) de Comunicação Social,
d) de Cultura, Esporte e Turismo, e) de Desenvolvimento Social e Ação
Comunitária, f) de Educação, g) de Fazenda e Planejamento, h) de Governo, i)
de Indústria, Comércio e Desenvolvimento Regional, j) de Meio Ambiente,
Ciência e Tecnologia, l) de Obras, m) de Saúde, n) de Segurança Pública, o)
de Trabalho e p) de Transportes.
Integram, também, a estrutura básica da Administração Direta do Distrito
Federal: a) o Gabinete do Governador (Consultoria Jurídica, Casa Militar,
Secretaria Particular, Assessoria para Assuntos Parlamentares e Cermonial), b)
a Procuradoria-Geral, c) o Gabinete do Vice-Governador, d) a Polícia Militar,
o Corpo de Bombeiros Militar, e f) a Polícia Civil.
Os órgãos, inclusive os de deliberação coletiva, os relativamente autônomos,
autarquias e entidades da Administração Indireta, são subordinados ao
Governador ou às Secretarias, observadas a correlação de competência e de
matérias.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Civil, subordinam-
se, para fins administrativos e operacionais, diretamente ao Governador do
Distrito Federal.
Conselhos: a) Conselho de Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente, b)
Conselho de Desenvolvimento Industrial, c) Conselho de Política de Pessoal
d) Conselho de Saúde, e) Conselho de Educação, f) Conselho de Cultura, g)
Conselho de Transporte Público Coletivo, h) Conselho dos Direitos da
Mulher, i) Conselho Penitenciário, j) Conselho de Entorpecentes, l) Conselho
Regional de Desportos, m) Conselho Rodoviário, n) Conselho de Trânsito, o)
Conselho de Desenvolvimento Social;
Comissões: a) Comissão de Coordenação do Tratamento da Informação, b)
Comissão de Licitação, c) Comissão de Campanha de Incentivo à Arrecadação
e d) Comissão de Encargos Educacionais;
Juntas: a) Junta de Recursos Fiscais, b) Junta de Controle do DER-DF, c)
Junta de Controle do DETRAN-DF, e d) Juntas Administrativas de Recursos
de Infrações.
A Lei Distrital nº 2.290, de 21 de janeiro de 1999, alterou a estrutura
organizacional do Gabinete do Governador do Distrito Federal. A referida lei
criou a Ouvidoria Geral do Distrito Federal (o Ouvidor Geral distrital tem as
honras, prerrogativas e garantias conferidas aos Secretários de Governo), bem
como o Conselho Técnico de Preservação de Brasília como Patrimônio
Cultura da Humanidade.

7.1) Órgãos públicos (Governo do Distrito Federal, Secretarias,


Administrações Regionais, Procuradoria do Distrito Federal, Prefeituras,
Educação – Escolas, Bibliotecas, Universidades, Faculdades, etc. - e Saúde –
Hospitais, Sara, etc.)
Nos termos da Lei Distrital nº 49, de 25 de outubro de 1989, o Distrito Federal
é dividido em doze Regiões Administrativas: Plano Piloto, Cruzeiro, Guará,
Núcleo Bandeirante, Gama, Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Brazlândia,
Sobradinho, Planaltina e Paranoá.

7.2) Administração descentralizada:


Autarquias: Departamento de Estradas e Rodagem do Distrito Federal (DER-
DF) e o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF);
Empresas Públicas: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
(EMATER-DF), Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
(NOVACAP), Companhia Imobiliária de Brasília (TERRACAP), Sociedade
de Habitações de Interesse Social Ltda. (SHIS, que foi transformada em
IDHAB – Instituto de Desenvolvimento Habitabicional e Assentamento de
Brasília), Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda. (TCB),
Companhia de Água e Esgotos de Brasília (CAESB), Sociedade de
Abastecimento de Brasília S/A (SAB) e Companhia do Desenvolvimento do
Planalto Central (CODEPLAN);
Sociedades de Economia Mista: Banco Regional de Brasília S/A (BRB),
Companhia de Eletricidade de Brasília (CEB, atualmente denominada
Companhia Energética de Brasília) e Centrais de Abastecimento do Distrito
Federal (CEASA);
Fundações: Fundação Educacional do Distrito Federal (FEDF), Fundação
Hospitalar do Distrito Federal (FHDF), Fundação Zoobotânica do Distrito
Federal (FZDF), Fundação do Serviço Social do Distrito Federal (FSSDF),
Fundação Cultural do Distrito Federal (FCDF), Fundação de Amparo ao
Trabalhador Preso do Distrito Federal (FUNAP).
PROFLORA S/A – Florestamento e Reflorestamento: o art. 19, da Lei
Distrital nº 49, de 1989, autorizou a extinção desta empresa distrital.
A Lei Distrital nº 347, de 04 de novembro de 1992, autorizou a constituição da
Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF, vinculada à
Secretaria do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia.
A Lei Distrital nº 2.294, de 21 de janeiro de 1999, autorizou o Governador do
Distrito Federal a extinguir as Fundações Cultural, Educacional, Hospitalar, de
Serviço Social e Zoobotânica do Distrito Federal. Os bens e direitos que
compõem o acervo patrimonial das fundações passarão a integrar o patrimônio
do Distrito Federal na data de suas extinções (art. 4º). Os servidores ocupantes
de cargos efetivos das fundações integrarão o Quadro de Pessoal do Distrito
Federal, permanecendo nos respectivos cargos e carreiras (art. 5º). O Distrito
Federal assumirá todos os direitos, deveres e obrigações que lhes são inerentes
(art. 6º).
A Lei Distrital nº 1.413, de 24 de março de 1997, autorizou a criação do
Instituto de Saúde da Criança do Distrito Federal, vinculado à Secretaria de
Saúde.
Telecomunicações de Brasília S.A (TELEBRASÍLIA) era uma empresa
federal, foi privatizada em 1998.
7.3) Servidores públicos: Civis (Polícia Civil do Distrito Federal) e Militares
(Polícia Militar do Distrito Federal, Corpo de Bombeiro Militar do Distrito
Federal): legislação aplicável
Aplicam-se aos servidores públicos do Distrito Federal os dispositivos
do Estatuto dos servidores públicos civis da União – RJU, Lei 8.112/90.
Apenas os dispositivos e princípios vigentes, à época da publicação da lei
distrital, foram prontamente recepcionados pelo Distrito Federal. As alterações
ocorridas posteriormente à publicação da lei local não se aplicam de imediato.
Inexistindo lei distrital recepcionando a aplicação dessas alterações, o Distrito
Federal não é obrigado a cumpri-las, nem mesmo são aplicadas aos seus
servidores públicos. Para aplicação das alterações posteriores, é necessário a
edição de leis distritais recepcionadoras das respectivas alterações, face ao
princípio federativo, a autonomia do Distrito Federal e a competência
legislativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que é inderrogável. Este
entendimento já está pacificado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios e no Supremo Tribunal Federal. Para o STF, o Distrito Federal
(e os Estados e os Municípios) não pode dispensar, dispor ou declinar de suas
competências legislativas pró-futuro, salvo quanto às normas já estabelecidas
pelo Legislativo Federal. Cada membro da Federação deve exercer a sua
competência legislativa de acordo com as normas e os princípios estabelecidos
na Constituição Federal.
A Lei Distrital nº 119, de 16 de agosto de 1990, dispõe sobre o regime
jurídico dos servidores civis das fundações públicas do Distrito Federal. O art.
1º dispõe que “até que seja aprovado o Estatuto dos Servidores Civis da
Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal, os atuais
servidores das fundações públicas do Distrito Federal, regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, são automaticamente submetidos
ao regime da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952”.
O art. 4º, da Lei Distrital 119/1990, previa: “até que a lei regulamente a
contribuição devida para o custeio da seguridade social, será de seis por cento
o desconto para este fim, a favor do Distrito Federal, calculado sobre a
remuneração mensal de cada servidor.” O Decreto Distrital nº 20.002, de 12 de
janeiro de 1999, dispõe sobre a uniformização do desconto previdenciário no
âmbito do Distrito Federal. Levando em consideração das reiteradas decisões
judiciais, fixando o percentual do desconto previdenciário incidente na
remuneração dos servidores do Distrito Federal em 6% (seis por cento) , bem
como a necessidade de uniformizar o desconto previdenciário efetuado pela
Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal, o
Governador fixou em 6% (seis por cento) o desconto previdenciário.
Atualmente, aplicam-se aos servidores públicos do Distrito Federal as mesmas
diretrizes e os mesmos percentuais aplicados pela União no cálculo do
desconto previdenciário incidente sobre a remuneração de todos os servidores
do Distrito Federal, ou seja, as alíquotas distritais são as mesmas estabelecidas
pelo custeio do Plano de Seguridade Social da União (art. 1º da Lei
Complementar Distrital nº 196, de 26 de janeiro de 1999). Os percentuais
(alíquotas) aplicáveis aos servidores da Administração Pública distrital são os
estabelecidos pela Lei Federal nº 9.630, de 23 de abril de 1998 (lei federal
vigente à época da recepção) e não os da 9.783, de 28 de janeiro de 1999 (lei
federal posterior, que não foi recepcionada pelo Distrito Federal), mesmo
porque esta passou a ter suas alíquotas exigidas a partir de 1º de maio de 1999
(art. 6º, da Lei nº 9.783/1999).
Visando regulamentar o assunto, o Governador do Distrito Federal
expediu o Decreto nº 20.280, de 31 de maio de 1999, verbis:
“Considerando que a Lei Complementar nº 196, publicada no
Diário Oficial do Distrito Federal de 27 de janeiro de 1999, determinou
ao Distrito Federal as adoção das mesmas diretrizes e percentuais
aplicados pela União no cálculo do desconto previdenciário incidente
sobre a remuneração de seus servidores;
Considerando que referida lei entrou em vigor na data de sua
publicação e que a sistemática vigente na União, na mesma data,
referente ao aludido desconto era o estabelecido pela Lei nº 9.630, de 23
de abril de 1.998;
Considerando que a Lei Complementar retrocitada dispõe sobre
desconto previdenciário apenas sobre remuneração, não cogitando de
proventos de aposentadoria e pensões;
DECRETA:
Art. 1º - A contribuição mensal do servidor da Administração
Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal para o Plano de
Seguridade Social será no percentual de 11% (onze por cento) de sua
remuneração.
Art. 2º - Continuam isentos da aludida contribuição os
pensionistas e servidores inativos da Administração Direta, Autárquica e
Fundacional do Distrito Federal.”

Os empregados da empresas públicas e sociedades de economia mista,


aplicam-se os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho e da
legislação previdenciária pública (INSS) e, caso a entidade já tenha plano de
previdência complementar, os dispositivos da Leis das Entidades de
Previdência Privada.
Aos servidores com cargos de livre nomeação e exoneração, bem como
aos contratados para prestação temporária de serviços, aplicam-se a legislação
previdenciária, conforme estabelecido na Emenda Constitucional nº 20/98.
Esta emenda consagra que os titulares de mandatos eletivos (Governador,
Vice-Governador, Deputados Distritais, etc.) serão abrangidos pelo INSS.
Os estagiários não contribuem para o sistema previdenciário, não são
nem celetistas, nem estatutários. Aplica-se a lei federal específica
A Lei Distrital nº 418, de 11 de março de 1993, dispõe sobre a
contratação temporária de excepcional interesse público no âmbito das
empresas públicas e sociedades de economia mista do Distrito Federal. É
efetuado mediante contrato de locação de serviços, nos termos do art. 1.216 a
1.236, do Código Civil.
A Lei Distrital nº 988, de 18 de dezembro de 1995, instituiu critérios
para autorização da conversão de 1/3 (um terço) das férias em abono
pecuniário, para servidores da Administração Direta, Autárquica e
Fundacional do Distrito Federal. Nos termos do parágrafo único, do art. 1º,
“somente será concedida a conversão por ato do Poder Executivo, observado o
interesse, a necessidade da Administração Pública e o princípio da isonomia.”
A Lei Distrital nº 160, de 02 de setembro de 1991, disciplina a reserva
de percentual de 20% (vinte por cento) cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência.
A Lei Distrital nº 1.886, de 27 de janeiro de 1998, autoriza o Poder
Executivo a restabelecer ou manter o provimento de cargo público por
determinação judicial, efetuado em razão de concurso público realizado nos
termos legais, quando o servidor nomeado tiver permanecido no exercício do
cargo por mais de doze meses, configurando situação consolidada pelo
decorrer do tempo.

7.4) Responsabilidade civil do Distrito Federal: servidores civis e militares


O Distrito Federal é responsável civilmente pelos danos causados a
terceiros pelos seus agentes (civis e militares), quando no exercício de suas
funções (art. 37, § 6º, da Constituição Federal). Os policiais militares e os
bombeiros militares são servidores públicos distritais, nos termos do art. 42,
da Constituição Federal de 1988 (redação original e redação dada pela
Emenda Constitucional nº 18, de 06 de fevereiro de 1998).

7.5) Vencimentos dos servidores distritais (civis, militares e polícia civil)


A Lei Distrial nº 237, de 20 de janeiro de 1992, fixa o teto da
remuneração para os servidores da Administração Direta e Indireta do Distrito
Federal. O art. 1º estabelece que nenhum servidor da Administração Direta,
Autárquica ou Fundacional poderá perceber, mensalmente, a título de
remuneração, proventos ou pensão, importância superior à soma dos valores
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título por Secretário de
Estado. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos incisos
II a VII do artigo 61 da Lei Federal nº 8.112, de dezembro de 1990, bem assim
as vantagens de caráter pessoal de qualquer natureza. O teto é extensivo à
remuneração dos dirigentes e empregados das empresas públicas e sociedades
de economia mista controladas direta ou indiretamente pelo Distrito Federal.
Servidores públicos civis, exceto os integrantes da polícia civil:
estabelecidos pelo Distrito Federal (Câmara Legislativa do Distrito Federal,
com a sanção do Governador, a quem compete a iniciativa legislativa).
Servidores integrantes da polícia civil, polícia militar e corpo de
bombeiros militar do Distrito Federal: estabelecidos pela União, conforme art.
21, inciso XIV, da Constituição Federal, pois são organizados e mantidos pela
União. Aos da polícia militar e do corpo de bombeiros militar é assegurada
isonomia com os membros das Forças Armadas (Lei Federal nº ).

7.6) Receitas Tributárias (Fundos,

Nos termos do art. 145, da Constituição Federal de 1988, o Distrito Federal


pode instituir os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuição de
melhoria. A título de exemplo, o Distrito Federal instituiu a Taxa de Limpeza
Pública – TLP.
O art. 149, parágrafo único, permite ao Distrito Federal instituir contribuição,
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistemas de
previdência e assistência social. A Lei Distrital nº 119, art. 4º, regulava o
assunto. Atualmente, a Lei Distrital nº, de 1999, trata da matéria,
estabelecendo os mesmos percentuais cobrados pela União.
De acordo com o art. 147, da Constituição Federal de 1988, ao Distrito
Federal cabem os impostos municipais (IPTU, ITBI e ISS). O art. 155, da
Constituição Federal de 1988, destina ao Distrito Federal os impostos
estaduais (ITCD, ICMS e IPVA).

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA DISTRITAL:


ICMS: Lei Distrital nº 07, de 29 de dezembro de 1988 – institui, no Distrito
Federal, o Imposto sobre Operação Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação. O art. 35, estabelece as alíquotas do imposto (13%, 25%, 17%
e 12%). A Lei Distrital nº 406, de 30 de dezembro de 1992, alterou alguns
artigos da Lei Distrital nº 07/1988.
IVVC: Lei Distrital nº 08, de 29 de dezembro de 1988 – institui, no Distrito
Federal, o Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e
Gasosos. Este imposto foi eliminado pela Emenda Constitucional nº 03, de
1993.
ITCD: Lei Distrital nº 10, de 29 de dezembro de 1988 – institui, no Distrito
Federal, o Imposto sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação de
quaisquer Bens ou Direitos. Nos termos do art. 6º, a alíquota deste imposto é
de 4% (quatro por cento).
ITBI: Lei Distrital nº 11, de 29 de dezembro de 1988 – institui, no Distrito
Federal, o Imposto sobre Transmissão de Bens "Inter Vivos" de Bens Imóveis
e de Direitos a eles relativos. As isenções estão previstas no art. 4º (fundações
distritais, o Estado estrangeiro e as transmissões de habitações populares). A
alíquota do ITBI é de 2% (dois por cento).
A Lei Distrital nº 1.676, de 23 de setembro de 1997, fixou em meio por cento
a alíquota do Imposto sobre Serviços – ISS – incidente sobre o serviço de
administração de cartões de crédito.
O art. 2º do Decreto Distrital nº 18.771, de 30 de setembro de 1997, que
acrescentou os §§ 3º e 4º ao art. 1º, do Decreto Distrital nº 16.114, de 02 de
dezembro de 1994 (Regulamento do ITBI), teve seus efeitos sustados pelo
Decreto Legislativo nº 376, de 29 de dezembro de 1998.
O Decreto Distrital nº 20.008, de 14 de janeiro de 1999, fixou os valores de
multiplicação da Taxa de Limpeza Pública relativos ao exercício de 1999 das
Regiões Administrativas de Sobradinho (II), Gama (Setor Central e SAI
Sudoeste), Planaltina (Vila Buritis) e Ceilândia (Setor de Desenvolvimento
Econômico).

PARCELAMENTO DE DÉBITOS:
A Lei Distrital nº 860, de 13 de abril de 1995, dispõe sobre o parcelamento dos
créditos de natureza tributária e não tributária da Fazenda Pública do Distrito
Federal. Os arts. 1º e 2º, permitem o parcelamento em até 36 (trinta e seis)
meses. Os débitos referentes ao IPTU, IPVA, ITBI, ITCD e TLP (Taxa de
Limpeza Pública) podem ser parcelados em até 10 (dez) meses (art. 1º, § 1º).
O parcelamento pode ser concedido pela Procuradoria-Geral do Distrito
Federal, relativamente aos créditos ajuizados e aos referentes a ressarcimento
e indenizações à Fazenda Pública do Distrito Federal, e pela Secretaria de
Fazenda e Planejamento, nos demais casos, conforme art. 3º, da referida lei.
A Lei Complementar Distrital nº 191, de 21 de janeiro de 1999,
estabeleceu que os tributos devidos e vencidos até 30 de novembro de 1998,
atualizados monetariamente, poderão ser pagos à vista ou parceladamente,
com redução de multa e de juros moratórios, desde que requerido o pagamento
até sessenta dias contados da publicação desta Lei Complementar. A referida
norma alcança todos os créditos tributários de competência do Distrito
Federal, inclusive os ajuizados, parcelados, declarados espontaneamente e
inscritos em dívida ativa.

ISENÇÕES:
A Lei Distrital nº 227, de 09 de janeiro de 1992 (alterada pela Lei Distrital nº
464, de 22 de julho de 1993), isenta do IPTU, e das taxas e tarifas, pelo
fornecimento de água e energia elétrica, entidades assistenciais e beneficentes,
declaradas de utilidade pública do Distrito Federal.
A Lei Distrital nº 345, de 03 de novembro de 1995, isenta do pagamento da
TLP as entidades assistenciais e beneficientes declaradas de utilidade pública
do Distrito Federal.
A Lei Distrital nº 465, de 22 de junho de 1993, isenta do pagamento de tarifas
de serviços de esgotos sanitários as entidades assistenciais e beneficentes
declaradas de Utilidade Pública do Distrito Federal.
A Lei Distrital nº 924, de 20 de setembro de 1995, dispõe sobre a isenção para
Entidades Filantrópicas da tributação do ITBI, por motivo de aquisição de
imóveis ou construção de bens que se destinem ao uso exclusivo de suas
atividades assistenciais.
A Lei Distrital nº 261, de 06 de maio de 1992, autoriza o Poder Executivo do
Distrito Federal a conceder isenção do ICMS, na aquisição de veículos de até
127 HP de potência bruta, adaptados ao uso de pessoas paraplégicas ou
portadoras de deficiência física, impossibilitadas de utilizar veículos comuns.
O § 1º, do art. 1º, permite o uso da isenção a cada período de três anos.
A Lei Distrital nº 1.343, de 27 de dezembro de 1996, concede isenção do
ITCD incidente sobre a transmissão “causa mortis” da propriedade, do
domínio útil e de direitos relativos a bens, desde que o “de cujus” proprietário
de um único bem imóvel que lhe servisse de moradia e o valor venal do bem a
partilhar seja igual ou inferior a 600 UPDF (Unidade Padrão do Distrito
Federal) ou outro índice venha ou tenha substituída.

7.7) Bens do Distrito Federal


A Lei Orgânica do Distrito Federal de 1993 dispõe sobre os bens do
Distrito Federal: arts. 46 a 52.
Para a venda de bem público distrital de uso especial, o Distrito Federal
deve declará-lo inservível, em processo administrativo regular (art. 47, da Lei
Orgânica). A alienação depende de lei (art. 47, § 1º, da Lei Orgânica). Deve
ser requerida a autorização prévia da Câmara Legislativa do Distrito Federal
(art. 49, da Lei Orgânica). O bem deve ser previamente avaliado (art. 49, da
Lei Orgânica). Após estes procedimentos administrativo e legislativo, o bem
pode ser alienado, mediante regular e necessário procedimento licitatório (arts.
47 e 49, da Lei Orgânica). A autoridade deverá comprovar a existência de
interesse público para a venda do bem público, após ampla audiência da
população interessada (art. 49, c/c art. 51, § 2º, da Lei Orgânica).

A Lei Distrital nº 47, de 02 de outubro de 1989, dispõe sobre o


Tombamento, pelo Distrito Federal, de bens de valor cultural.
A Lei Distrital nº 208, de 18 de dezembro de 1991, dispõe sobre as
premissas para elaboração do Plano Diretor do Distrito Federal – PDOT/DF.
A Lei Complementar Distrital nº 17, de 28 de janeiro de 1997, aprovou
o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT/DF.
A Lei Distrital nº 209, de 18 de dezembro de 1991, autoriza a instalação
de templos religiosos em áreas residenciais do Distrito Federal, salvo as áreas
residenciais do Plano Piloto. Os templos religiosos terão alvará de
funcionamento.
A Lei Distrital nº 268, de 26 de maio de 1992, faculta, para fins
comerciais, a utilização dos lotes localizados nas avenidas comerciais das
quadras residenciais das cidades satélites do Distrito Federal.
A Lei Distrital nº 865, de 23 de maio de 1995, regulamenta a utilização
de áreas públicas do Distrito Federal por traillers, quiosques e similares. Esta
lei foi revogada, implicitamente, pela Lei Distrital nº 901, de 22 de agosto de
1995, que também regulamenta a utilização de áreas públicas do Distrito
Federal por traillers, quiosques e similares. A lei exige a outorga de
autorização de uso fornecida pela Administração Regional, pelo prazo de 5
(cinco) anos, passível de revogação, mediante processo seletivo, com
prioridade para as pessoas idosas e deficientes físicos. O Decreto Distrital nº
16.983, de 05 de dezembro de 1995, regulamentou a Lei nº 865, de 1995.
A Lei Distrital nº 448, de 17 de maio de 1993, dispõe sobre a adoção de
praças, jardins públicos e balões rodoviários, por entidades e empresas.
A Lei Distrital nº 258, de 05 de maio de 1992, determina a inclusão em
edifícios e logradouros de uso público de medidas para assegurar o acesso de
pessoas portadoras de deficiências físicas.
A Lei Distrital nº 1.920, de 27 de maio de 1998, dispõe sobre a forma de
alienação de unidades imobiliárias, exigindo licitação pública e instrumento de
concessão de direito real de uso ou de concessão de uso.

7.8) Permissões e Concessões: Transporte Coletivo Urbano, Metrô, Táxis,


I) Transporte Alternativo: é complementar aos serviços de transporte público,
coletivo e individual (Lei Distrital nº 194, de 04 de dezembro de 1991 –
institui o Transporte Público Alternativo do Distrito Federal; Lei Distrital nº
407, de 1993 – regula o Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito
Federal – STPC/DF); Lei Distrital nº 1.949, de 26 de maio de 1998 – dispõe
sobre o transporte gratuito às pessoas notoriamente necessitadas quando
citadas, intimadas ou convidadas a comparecer em juízo, em repartição
policial, na Defensoria Pública e no Ministério Público.
Serviços Funerários, etc.

7.9) Publicidade Oficial:


Lei Orgânica do Distrito Federal, arts.
Os atos do Governo do Distrito Federal (Poder Executivo) e da Câmara
Legislativa do Distrito Federal (Poder Executivo), bem como das autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas do
Distrito Federal são publicados no Diário Oficial do Distrito Federal. É
comum, também, a publicação de editais nos jornais locais, tais como no
Correio Braziliense e no Jornal de Brasília.
Já os atos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, do
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (Distrito Federal e Estado do
Tocantins) e do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal são publicados
no Diário da Justiça, Seção 3.
O Distrito Federal tem regulado o uso de carros de som (Lei Distrital nº
380, de 11 de dezembro de 1992), o uso de música mecânica ou ao vivo em
bares, restaurantes, boates e casas de diversões em geral (Lei Distrital nº 607,
de 02 de dezembro de 1993) e o uso de engenhos publicitários para veiculação
de publicidade e de propaganda visual ao ar livre (Lei Distrital nº 1.918, de 27
de março de 1998).

8) Organização Judiciária:
Competência legislativa (organização e manutenção) privativa da União
(art. 22, inciso XVII, da Constituição Federal). O Distrito Federal não possui
Poder Judiciário. A Lei Orgânica do Distrito Federal dispõe apenas sobre o
Poder Executivo e o Poder Legislativo. O art. 22, parágrafo único, da CF/88,
dispõe que a Lei Complementar pode autorizar o Distrito Federal a legislar
sobre o assunto.

8.1) Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e suas alterações;


A Lei Federal nº 6.750, de 10 de dezembro de 1979, tratava do assunto.
Foi alterada pela Lei Federal nº 7.086, de 22 de dezembro de 1982.
Atualmente está em vigor a Lei Federal nº 8.185, de 10 de maio de 1991, com
as alterações efetuadas pela Lei nº 8.407, de 10 de janeiro de 1992 (Auditoria
Militar), pela Lei nº 9.248, de 26 de dezembro de 1995 (Registros Públicos) e
pela Lei nº 9.699, de 08 de setembro de 1998 (Juizados Especiais Cíveis e
Criminais)
Estabelece a competência originária e recursal; genérica, especializada e
residual dos órgãos de primeira (Varas e Juízes) e de Segunda (TJDFT)
instância. Delimita a competência territorial das Varas das Circunscrições
Judiciárias.
Questões de Competência:
Competência Residual: Varas Criminais (art. 22) e Cíveis (art. 26,
LOJDFT)
Competência Geral (todo o território do Distrito Federal) e
Especializada: Varas de Fazenda Pública (8), Execução Penal (1), Auditoria
Militar (1), Registros Públicos (1), Precatórias (2), Entorpecentes e
Contravenções Penais (4), Falências e Concordatas (1), Infância e Juventude
(1), Acidente de Trabalho (1), conforme alterações da Lei nº 9.699/98. Juizado
Especial Cível Itinerante (Conforme Portaria Conjunta nº 010, de 09 de abril
de 1999, publicada no DJ, Seção 3, dia 15.0.1999, p. 27).
Competência Especializada (restrita à respectiva Circunscrição
Judiciária): Famílias, Órfãos e Sucessões, Tribunal do Júri, Delitos de
Trânsito. E ainda, as Varas dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais.
Juizados e Turmas Recursais: Cível e Criminal. Composto(a)(s) por
juízes de direito, atuantes no TJDFT (art. 33, letras A a F)

Peculiaridades de competência na LODFT:


Crimes falimentares: Varas de Falências e Concordatas
Habeas Corpus envolvendo crimes de competência do Tribunal do Júri:
respectiva Vara do Tribunal do Júri
Menores em situação irregular (abandono): Vara da Infância e da
Juventude
Menores em situação regular (com familiares, tutor, etc.): Varas de
Família ou de Órfãos e Sucessões ou Cíveis, conforme o caso concreto.
Mandado de Segurança: há jurisprudência do TJDFT no sentido de que
compete às Varas de Fazenda Pública do Distrito Federal processar e julgar
todos os casos, indistintamente. Compreendo que a competência das Varas de
Fazenda Pública do Distrito Federal restringe aos mandados de segurança
impetrados contra autoridade coatora vinculada a administração direta ou
indireta do Distrito Federal (Governo do Distrito Federal), ou que atuam com
delegação de poder da administração distrital (art. 27, inciso I, letra ‘c”). Neste
sentido é o entendimento do Juiz de Direito ARNOLDO CAMANHO DE
ASSIS - “A competência das varas da Fazenda Pública para mandados de
segurança”, in Direito & Justiça, Correio Braziliense, dia 15 de março de
1999, página 07. Assim, os mandados de segurança contra reitor de
universidade particular, diretor de faculdade particular, promotor de justiça,
servidores do MPDFT e do TJDFT, são da competência residual das Varas
Cíveis, visto que tais autoridades não integram a administração do Distrito
Federal, pois este tem apenas Poderes Executivo e Legislativo.
A ação popular, a ação civil pública, o mandado de injunção, o habeas
data e demais ações de interesse do Distrito Federal e sua administração
descentralizada, deve(m) ser proposta(o)(s) perante as Varas de Fazenda
Pública. Inexistindo interesse do Governo do Distrito Federal, a(s) ação(ões)
deve(m) ser proposta(s) perante as Varas Cíveis, da respectiva Circunscrição
Judiciária. Assim, as ações populares e as ações civis públicas devem ser
propostas na primeira instância. A única exceção plausível ocorre na hipótese
do art. 102, inciso I, letra “n”, da Constituição Federal, ou seja, quando todos
os magistrados (juízes e desembargadores) do TJDFT sejam direta ou
indiretamente interessados, bem como se mais de metade dos
desembargadores forem impedidos ou direta ou indiretamente interessados na
ação. Neste caso, a competência originária para processar e julgar o mandado
de segurança, o mandado de injunção, o habeas data, a ação popular ou ação
civil pública é do Supremo Tribunal Federal. A título de exemplo, isto pode
ocorrer no caso da ação civil pública ou ação popular que vise o ressarcimento
dos danos causados ao erário distrital por isenção de tributos ou concessão de
benefício, exclusivo ou não, aos magistrados locais.
O Habeas Corpus impetrado contra ato de Desembargador do TJDFT é
da competência originária do Superior Tribunal de Justiça (art. 105, inciso I,
letras “a” e “c”, CF/88).
O Habeas Corpus impetrado contra ato do TJDFT ou de seus órgãos
fracionários (Conselho Especial, Turma Criminal ou Seção Criminal) é da
competência do STJ, conforme Emenda Constitucional nº 22/1999. O Habeas
Corpús impetrado contra ato da Turma Recursal Criminal é da competência
originária do Supremo Tribunal Federal (art. 102, inciso I, letra “i”, CF/88),
mesmo com o advento da Emenda Constitucional nº 22/1999.
Mandado de Segurança contra ato de Desembargador (judiciais ou
administrativos): competência do Conselho Especial do TJDFT (art. 8º, inciso
I, letra “c”: da LOJDFT e RITJDFT). Apesar destas normas (LOJDFT e
RITJDFT) não consagrarem expressamente os casos de Habeas Data e
Mandado de Injunção, a competência para estas ações deve, também, ser
destinada ao Conselho Especial, dada a semelhança do rito e da matéria.

8.2) Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos


Territórios
Competência originária e recursal dos órgãos do tribunal: Conselho
Especial, Turmas e Seções (Cíveis e Criminais), Tribunal Administrativo e
Tribunal Pleno (atribuição restrita: sessões solenes, especiais e
administrativas), Conselho da Magistratura, Comissões Permanente
(Jurisprudência, Revista e ) Transitórias (Concursos). Ações, recursos e
incidentes processuais e procedimentos de índole administrativa.

8.3) Provimento-Geral da Corregedoria de Justiça do TJDFT


Cartórios (serventias) judiciais e extrajudiciais;
Atos burocráticos e administrativos
Cartórios de Registro de Imóveis:
1º Ofício: Brasília-DF
2º Ofício: Brasília-DF
3º Ofício: Taguatinga-DF (CND 06, Lote 14, Praça do Bicalho, CEP 72.120-
065, Telefones: 061-354-4140/5353)
4º Ofício: Guará-DF
5º Ofício: Gama-DF
6º Ofício: Ceilândia-DF (CNM 1, Bloco H, 1º andar, CEP 72.215-500, Fones:
061-371-5050/5800)
NOTA: No Distrito Federal, o registro de imóveis, caso inexista registro
anterior em cartório situado no Distrito Federal, requer, além das exigências
comuns, o implemento da cadeia dominial até o Registro Paroquial, regulado
em 1850, conforme Decreto-Lei federal nº 602/65.

9) Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios


Lei Complementar nº 75, de 1993
Integra o Ministério Público da União (art. 128, inciso I, letra “d”, da
CF/88)
Organizado e mantido pela União (CF/88, art. 22, inciso XVII, e LC nº
75/93)
Mandado de Segurança contra o Procurador-Geral de Justiça:
competência do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
dos Territórios, nos termos do art. 8º, inciso I, letra “c”: da Lei de Organização
Judiciária do Distrito Federal e do Regimento Interno do TJDFT.
Mandado de Segurança (individual ou coletivo), Ação Popular,
Mandado de Injunção, Habeas Data e Ação Civil Pública contra o Procurador
de Justiça do Distrito Federal: competência da Justiça do Distrito Federal –
Varas Cíveis de Brasília, que têm competência residual (a competência das
Varas de Fazenda Pública restringe-se às autoridades distritais, ligadas à
administração do Distrito Federal. A competência das Varas de Fazenda
Pública é especializada, apenas quanto aos agentes públicos distritais, da
administração direta, indireta e com poderes delegados, conforme estabelecido
no art. 27, inciso I, letras “b” e “c”). Caso haja interesse do Distrito Federal
(administração direta ou indireta), a ação deve ser proposta ou ter sua
competência prorrogada para as Varas de Fazenda Pública (art. 24, inciso I,
letra “a”, da LOJDFT). Caso haja interesse da União (ação popular e ação
civil pública), a ação deve ser proposta na Justiça Federal.
Mandado de Segurança (individual ou coletivo), Ação Popular,
Mandado de Injunção, Habeas Data e Ação Civil Pública contra Promotor de
Justiça ou servidor do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios,
inclusive o Diretor-Geral, o Chefe de Gabinete do Procurador-Geral de
Justiça, a Comissão de Licitação, Chefe do Departamento de Recursos
Humanos, etc.: competência das Varas Cíveis da respectiva circunscrição
judiciária. Aplica-se o mesmo entendimento exposto quanto aos Procuradores
de Justiça.
Habeas Corpus em favor ou contra o Procurador-Geral de Justiça ou
Procurador de Justiça; competência originária do Superior Tribunal de Justiça
(art. 105, inciso I, letra “c”, CF/88).
Habeas Corpus contra Promotor de Justiça: competência de umas das
Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
Trata-se de competência residual, visto que não está consagrada na
competência do Conselho Especial. Este entendimento tem suporte na
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal.
O Superior Tribunal de Justiça é o juízo competente para processar e
julgar os crimes comuns e de responsabilidade praticados pelo Procurador-
Geral de Justiça e pelos Procuradores de Justiça (art. 105, inciso I, letra “a”, da
CF/88).
Quanto aos crimes comuns (e contravenções), praticados por Promotor
de Justiça do MPDFT, há divergências. O TJDFT, com base no art. 96, inciso
III, do Constituição Federal de 1988, e no art. 8º, inciso I, letra “b”, do
Regimento Interno do TJDFT, tem exercido essa competência. O ex-
Procurador-Geral da República, Aristides Junqueira, em artigo publicado na
Revista da Escola Superior do MPDFT – nº 01, posiciona-se favoravelmente à
competência do TJDFT, entendendo que a regra do art. 96, inciso III, da
CF/88, é regra especial em relação ao disposto no art. 108, inciso I, letra “a”,
CF/88. Esta interpretação, todavia, não está correta, visto que o art. 96, inciso
III, CF/88, é norma geral, estando incluída nas Disposições Gerais do Poder
Judiciário. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região também tem exercido
essa competência, sob o argumento de que o MPDFT é parte do Ministério
Público da União (art. 128, inciso I), sendo incluídos na competência do do
art. 108, inciso I, letra “a”, da CF/88, que é norma especial em relação ao art.
96, inciso III. O Superior Tribunal de Justiça ainda não julgou nenhum
conflito de competência sobre o assunto, mas demonstra ser favorável à
competência do TJDFT, visto que este é um ramo do Judiciário Federal.
Talvez o Supremo Tribunal Federal decida esta matéria, visto que tem
fundamento constitucional. Compreendo que a regra do art. 108, inciso I, letra
“a”, do Lei Maior, é norma especial em relação à regra (geral) do art. 96,
inciso III, do mesmo diploma constitucional. A Lei de Organização Judiciária
do Distrito Federal não consagra a competência do TJDFT. Todavia, o
Regimento Interno do TJDFT consagra tal competência. Por fim, entendo que
a competência para processar e julgar crimes comuns (e contravenções)
praticados por Promotor de Justiça do MPDFT deve ser assegurada ao TJDFT,
por ser funcionalmente recomendável, visto que caso seja estabelecida a
competência do Tribunal Regional Federal, o Procurador-Geral de Justiça do
MPDFT terá que se deslocar pelos diversos tribunais existentes, em caso de
delitos praticados no território dos respectivos Tribunais Regionais Federais,
para propositura da respectiva ação penal, acompanhamento e julgamento
regular do processo, onerando e dificultando as atividades do Chefe do
Parquet do Distrito Federal e Territórios.
Cabe ressaltar a divergência de competência existente em relação aos
Habeas Corpus impetrados contra atos do Procurador-Geral de Justiça e dos
Procuradores de Justiça. A Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal
(art. 8º, inciso I, letra “d”) e o Regimento Interno do TJDFT (art. 8º, inciso I,
letra “d”) consagra a competência do Conselho Especial do TJDFT para tais
ações. Já o art. 105, inciso I, letras “a” e “c”, da Constituição Federal de 1988,
estabelecem que o Superior Tribunal de Justiça será o juízo competente, pois o
Procurador-Geral de Justiça e os Procuradores de Justiça oficiam perante
Tribunais, no caso, perante o TJDFT.
Outro ponto importante, é que o Procurador-Geral de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios é nomeado pelo Presidente da República (art. 128, §
2º, CF/88), permitida apenas uma recondução, e só pode ser destituído do
cargo por decisão da maioria absoluta do Congresso Nacional, que é o Poder
Legislativo Federal (art. 128, § 3º). Já o Procurador-Geral da República,
também nomeado pelo Presidente da República (art. 128, § 1º, CF/88),
permitida a recondução, pode ser destituído do cargo mediante decisão do
Senado Federal (art. 128, § 2º, CF/88). Aparentemente, é mais fácil destituir o
Procurador-Geral da República que o Procurador-Geral de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios.

10) Defensoria Pública do Distrito Federal: competência da União


Lei Complementar nº 80, de 1994: arts. 52 e seguintes (organização
legislativa e manutenção
Constituição Federal de 1988: art. 134
Até o advento da Constituição Federal de 1988, os Promotores de
Justiça, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, durante o
estágio probatório, executavam as atividades do Defensor Público.
Realidade atual: funciona sem estrutura necessária.
Responsabilidade Civil do Distrito Federal: os defensores são servidores
do Distrito Federal (concursados): art. 37, § 6º, Constituição Federal.
Mandado de Segurança contra Defensor Distrital: competência da Vara
de Fazenda Pública do Distrito Federal (LOJDF, art. 27, inciso I, letra “c”,
pois são autoridades distritais). Sem precedentes conhecidos.
Habeas Corpus relativo ao Defensor distrital (autoridade coatora): Juiz
Criminal da respectiva circunscrição judiciária

10.1) Assistência Judiciária


Lei Orgânica do Distrito Federal: art. 114 a 116, CF/88, art. 134 e Lei
Complementar nº 80/95.
A Assistência Judiciária no Distrito Federal é vinculada à Procuradoria-
Geral do Distrito Federal.

10.2) Procuradoria-Geral do Distrito Federal


Art. 132, CF/88, com redação dada pela Emenda Constitucional nº
19/98. Arts. 110 a 113, LODF, e Emendas à LODF, n. 09 e 14.
O Procurador-Geral do Distrito Federal tem hierarquia e prerrogativas
equivalentes às de Secretário de Estado do Distrito Federal (art. 6º, da Lei nº
19, de 02 de junho de 1989 e art. 6º, § 1º, da Lei Distrital nº 236, de 1992). O
ocupante do cargo de Procurador-Geral é de livre escolha e nomeação do
Governador do Distrito Federal.
Compete à Procuradoria-Geral: a) representação judicial do Distrito
Federal; b) assistência e consultoria jurídica dos órgãos da administração do
Distrito Federal; c) supervisão e orientação jurídica das entidades da
administração do Distrito Federal; e d) assistência jurídica aos carentes de
recursos financeiros (art. 2º, inciso XXI, da Lei Distrital nº 408, de 1993).
A Lei Distrital nº 19, de 02 de junho de 1989, dispõe sobre os
vencimentos dos membros da Carreira de Procurador do Distrito Federal. O
art. 7º, desta lei, assegura a isonomia de vencimentos dos Procuradores do
Distrito Federal com os membros da carreira do Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios.
A Lei Distrital nº 335, de 15 de outubro de 1992, reestrutura as carreiras
integrantes do Sistema Jurídico do Distrito Federal, que compreende os
Procuradores das Fundações e das Autarquias do Distrito Federal.
O Decreto Distrital nº 20.009, de 14 de janeiro de 1999, revogou o
Decreto Distrital nº 18.863, de 28 de novembro de 1997, que regulava a
estrutura administrativa da Procuradoria Geral do Distrito Federal, e revigorou
as disposições do Decreto Distrital nº 15.478, de 02 de março de 1994.

11) Tribunal de Contas do Distrito Federal


O Tribunal de Contas do Distrito Federal é vinculado à Câmara
Legislativa do Distrito Federal.
Eficácia das decisões do Tribunal de Contas do Distrito Federal (art. 78,
XI e § 5º, LODF)
Dos conselheiros do TCDF, 2 (dois) são indicados pelo Governador e
aprovados pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. Os demais (cinco), são
escolhidos pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. O STF está analisando
a inconstitucionalidade do art. 82, § 2º, da Lei Orgânica do Distrito Federal,
que trata da escolha dos Conselheiros do TCDF (ADIn nº 1.632-6). Apesar do
STF ter indeferido a liminar, tudo indica que no mérito, esta ação será julgada
procedente, pois na ADIn nº 1.566-4, referente a disposições semelhantes da
Constituição Estadual de Santa Catarina. Precedentes do Supremo: ADIn’s
219 e 419.

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 1.566-4


RELATOR MINISTRO MOREIRA ALVES
Decisão: O Tribunal, por votação unânime, julgou procedente a ação
direta e declarou a inconstitucionalidade dos incisos I e II do § 2º, e do §
3º, do art. 61 da Constituição do Estado de Santa Catarina. (...) Plenário,
18.3.99.
EMENTA:
- Ação direta de inconstitucionalidade. Tribunal de Contas. Incisos I e II
do § 2º, e 3º, do artigo 61 da Constituição do Estado de Santa Catarina.
- Já se firmou nesta Corte o entendimento – assim, a título
exemplificativo, nas ADINs 219 e 419 – de que, em virtude da
expressão ‘no que couber’ contida no artigo 75 da Constituição Federal,
nos Estados em que o Tribunal de Contas for composto por este
Conselheiros, e, portanto, não for possível aritmeticamente a adoção do
modelo federal da terça parte, ao Governador caberá escolher três deles
um dentre auditores e outro dentre membros do Ministério Público,
alternadamentente, e um terceiro a seu critério.
Ação direta julgada procedente, para declarar a inconstitucionalidade
dos incisos I e II do § 2º, e do § 3º, do artigo 61 da Constituição do
Estado de Santa Catarina.”

Os conselheiros do TCDF, nos crimes comuns e de responsabilidade,


são processados e julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (CF/88, art. 105,
inciso I, letra “a”; e Lei Orgânica do Distrito Federal, art. 82, § 8º). O STJ
também é o foro competente para processar e julgar os Habeas Corpus em que
o conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal seja paciente ou
coator (art. 105, inciso I, letra “c”, CF/88)
O Mandado de Segurança e o Habeas Data, contra ato de conselheiro do
Tribunal de Contas do Distrito Federal é processado e julgado pelo Conselho
Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (art. 8º,
inciso I, letra “c”, CF/88)
Os conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal possuem
garantias e vedações semelhantes às dos Desembargadores do TJDFT (art. 82,
§ 4º, da Lei Orgânica do Distrito Federal)
As consultas do Tribunal de Contas do Distrito Federal têm caráter
normativo.
Além dos conselheiros, o Tribunal de Contas do Distrito Federal possui
auditores, com garantias e vedações. Quando estão substituindo os
conselheiros, são asseguradas as mesmas dos desembargadores. Quando estão
no exercício normal, são asseguradas as mesmas garantias e vedações dos
juízes locais.
Possibilidade de controle prévio (consultas) e de ofício (art. 78, inciso
V, LODF)
Decisões que imputam débitos e multa tem eficácia de título executivo
extrajudicial. A Procuradoria do Distrito Federal promove a cobrança.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal não efetua controle (difuso ou
concentrado) de constitucionalidade. Não é órgão do Poder Judiciário. O
Brasil adota o judicial control. O art. 97, da CF/88 não se aplica aos Tribunais
de Contas.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal tem autonomia para organizar
sua administração interna, assegurando-lhe os princípios expostos no art. 96,
da Constituição Federal.
Instrumentos de atuação: inspeções, auditorias, consultas, apreciação de
contas com emissão de parecer prévio ou conclusivo. Em sua atuação, o
Tribunal de Contas do Distrito Federal aplica normas de direito financeiro,
administrativo, constitucional, civil, tributário, previdenciário (direito público,
lato sensu).
Todos os entes públicos distritais, que manuseiam verbas e bens
públicos distritais, inclusive os particulares (pessoa física ou jurídica) devem
prestar contas ao Tribunal de Contas do Distrito Federal.
O Tribunal fiscaliza a legalidade dos atos: a) de admissão de pessoal, da
administração direta, indireta, fundacional instituída e mantida pelo Distrito
Federal; b) concessão de aposentadoria; c) reformas e pensões; d) licitações e
contratos públicos; e) concursos públicos; etc.
O Tribunal de Contas do Distrito Federal é representado judicial e
extrajudicialmente pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (art. 111, § 2º,
acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de 1997).

“RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 9.618


RELATOR: MINISTRO GARCIA VIEIRA
EMENTA:
TRIBUNAL DE CONTAS – MEMBROS – ESCOLHA –
PRECEDÊNCIA DO PODER EXECUTIVO.
O legislador constitucional, federal e estadual estabeleceu a precedência
da escolha dos membros dos Tribunais de Contas ao Poder Executivo.
A submissão à arguição pública é essencial para a aprovação do futuro
componente do Tribunal de Contas.
Recurso improvido.”
(STJ, Primeira Turma, unânime. Julgado em 02.02.1999. Publicado no
Diário da Justiça, Seção 1-e, dia 29.03.1999, p. 76).

11.1) Ministério Público junto ao TCDF:


Seus membros não estão vinculados ao Ministério Público do Distrito
Federal e dos Territórios. Possuem carreira própria e Procurador-Geral eleito
dentre seus membros (art. 85, LODF).
Está instalado e em funcionamento no Edifício-Sede do TCDF, na Praça
do Buriti.

12) Controle de Constitucionalidade dos atos distritais

13) Segurança Pública


Visa resguardar a ordem, a incolumidade das pessoas e do patrimônio
Os órgãos são relativamente autônomos e subordinados diretamente ao
Governador do Distrito Federal (art. 117, LODF): I - Polícia Civil; II - Polícia
Militar, III - Corpo de Bombeiros Militares e IV - Departamento de Trânsito
(Ver ADIn 1.182, que suspendeu o inciso IV). São condições de ingresso (art.
117, § 1º): provas e títulos; exames psicológicos e curso de formaçõ
profissional (para a polícia civil – ADIn 1.045)
A Lei Federal nº 4.878, de 03 de dezembro de 1965, dispõe sobre o
regime jurídico peculiar aos funcionários policiais civis da União e do Distrito
Federal. A Lei Federal nº 5.619, de 03 de novembro de 1970, aprovada pelo
Senado Federal e sancionada pelo Presidente da República, dispõe sobre os
vencimentos, as indenizações, os proventos e outros direitos da Polícia Militar
do Distrito Federal.. A Lei Federal nº 7.702, de 21 de dezembro de 1988,
dispõe sobre a remuneração dos integrantes da Carreira de Policial civil do
Distrito Federal. A Lei Federal nº 9.264, de 07 de fevereiro de 1996, dispõe
sobre o desmembramento e a reorganização da Carreira Policial Civil do
Distrito Federal (Carreira de Delegado de Polícia e Carreira de Polícia Civil) e
fixa remuneração de seus cargos/
A Lei Distrital nº 851, de 09 de março de 1995, dispõe sobre a
remuneração dos cargos da Carreira Policial Civil do Distrito Federal. A Lei
Distrital nº 837, de 28 de dezembro de 1994, dispõe sobre a autonomia
administrativa e financeira da Polícia Civil do Distrito Federal

14) Distrito Federal e o Entorno:


Lei do Entorno/RIDE – Lei Complementar Federal nº 94, de 19 de fevereiro
de 1998: autoriza o Poder Executivo da União a criar a Região Integrada de
Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE e instituir o Programa
Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal, verbis:
“Art. 1º - É o Poder Executivo autorizado a criar, para efeitos de
articulação da ação administrativa da União, dos Estados de Goiás e Minas
Gerais e do Distrito Federal, conforme previsto nos arts. 21, inciso IX, 43 e
48, inciso IV, da Constituição Federal, a Região Integrada de
Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE.
§ 1º - A Região Administrativa de que trata este artigo é constituída pelo
Distrito Federal, pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas
Lindas, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás,
Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo
Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto,
Valparaíso e Vila Boa, no Estado de Goiás, e de Unaí e Buritis, no Estado de
Minas Gerais.
§ 2º - Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de
desmembramento de território de Município citado no § 1º deste artigo
passarão a compor, automaticamente, a Região Integrada de Desenvolvimento
do Distrito Federal e Entorno.”

A Lei Distrital nº 2.297, de 21 de janeiro de 1999, extinguiu, na


estrutura organizacional da Secretaria de Governo, a Subsecretaria de
Articulação para o Desenvolvimento do Entorno e criou, na estrutura
administrativa do Distrito Federal, a Secretaria de Articulação para o
Desenvolvimento do Entorno, vinculada ao Governador. Nos termos do
parágrafo único do art. 3º desta lei, são atribuições da referida secretaria a
elaboração, a implementação e a manutenção de políticas, programas e ações
públicas voltados para a promoção do desenvolvimento do entorno do Distrito
Federal.

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