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DESENVOLVIMENTO
Dentre o exposto, faz-se necessário refletir sobre os parâmetros que servem de base
para a constituição da feminilidade no pensamento de Freud. Ao meu ver, o modelo do sexo
único teria enorme influênciado na malha conceitual do autor. Tendo em vista o primeiro,
possuindo como referência o anatomista Galeno, se trata de: “um mundo onde pelo menos
dois gêneros correspondem a apenas um sexo, onde as fronteiras entre masculino e
feminino são de grau e não de espécie, e onde os órgãos reprodutivos são apenas um
sinal entre muitos do lugar do corpo em uma ordem cósmica e cultural que transcende a
biologia.” (LAQUEUR, p.41).
Como bem assinala Judith Butler: “Produção do sexo como pré-discurso deve ser
compreendida como efeito do aparato de construção cultural que designamos por gênero”.
(BUTLER, 2003, p.28) Destaco tal citação no intuito de ressaltar enquanto crítica a
constituição ou manutenção de categorias que asseguram dinâmicas de poder e discursos já
estabelecidos. Freud assegura que não é lícito a equivalência ativo/passivo e
masculino/feminino, todavia, sustenta um preceito de preferência, segundo o qual a própria
noção de metas passivas como uma extensão da função sexual para outros campos da vida,
figura atribuições e concepções culturalmente arraigadas e situadas.
CONCLUSÃO
Termino meu ensaio, atestando tais pontos referentes às limitações do modelo em questão, no
entanto reconhecendo o contexto e a influência dos discursos da época para o autor. Freud
pode avançar muito, mas para que possamos continuar a avançar possam se faz necessário a
crítica.
Nesse mundo, a vagina é vista como um pênis interno, os lábios como o prepúcio,
o útero como o escroto e os ovários como os tescículos. O letrado Galeno
citava as dissecações de Herófilo, o anatomista de Alexandria do século III
a.C., para respaldar sua?firrnação de que_a mulher tem tescículos com canais
seminais muito semelhantes aos do homem, um de cada lacto cto útero, com a
Aiferença que os do homem-são coni:idos no escróto e os da mulher não.
Desenvolvimento
.falar do modelo dos dois sexos, os produtos do masculino diferente do feminino e os
caracteres secundários. Também sobre o modelo do sexo único - órgão atrofiados de um
sexo no outro (LAQUEUR)
.Limitação das categorias binárias e concessões teóricas (homem com feminino e mulher
com masculino - questionamento quanto ao caráter definidor do masculino e do feminino)
.Lembrar da crítica lacaniana - O que quer uma mulher, mas ainda não se limitar a isso
.A referência do masculino para pensar o feminino, inveja do pênis.
. Karen Horne, talvez
A cultura européia dos séculos XVIII e XDC produziu uma quantidade inédita de discursos
cujo sentido geral foi o de promover uma perfeita adequação entre as mulheres e o conjunto
de atributos, funções, predicados e restrições denominado feminilidade-; A idéia de ',. ..·' 48
A constituição da feminilidade no século XIX que as mulheres formariam um conjunto de
sujeitos definidos a partir de sua natureza, ou seja, da anatomia e suas vicissitudes,
aparece nesses discursos em aparente contradição com outra idéia, bastante corrente, de
que a "natureza feminina" precisaria ser domada pela sociedade e pela educação para que
as mulheres pudessem cumprir o destino ao qual estariam naturalmente designadas. A
feminilidade aparece aqu~ como o conjunto de atributos próprios a todas as mulheres, cm
função das particularidades de seus corpos e de sua capacidade procriadora; a partir daí,
atribui-se às mulheres um pendor definido para ocupar um único lugar socia
INTRODUÇÃO
Pasta do drive:
https://drive.google.com/drive/u/0/folders/0B_3iea9RjLT-fnVkdG1xcjJiX0pMei1FdldSWHlNZ3ZxTVIw
dlMxM08wMVJqRTRRVXhMWkE
(AULA 1)
29.01
https://drive.google.com/file/d/1VysR4nZvXrIapCLig4te70wRPdUU_HFB/view?usp=sharing
(AULA 4)
24.02
. Falar do recalcado, pedra angular da teoria, só faz sentido conceber a partir das
referências dos complexos.
. O presente ensaio visa apresentar os fundamentos conceituais do modelo falo- édipo e
questioná-los.