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Anatomia Do Sistema Respiratório
Anatomia Do Sistema Respiratório
PROPÓSITO
Entender aspectos morfofuncionais do sistema respiratório e seus constituintes é fundamental
para sua atuação como profissional de saúde.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
As células do corpo usam continuamente o oxigênio (O2 ) para realizar diversas ações
metabólicas. Ao mesmo tempo, essas reações liberam dióxido de carbono (CO2 ).
Como uma quantidade excessiva de CO2 produz acidez (que pode ser tóxica para as células),
o excesso de CO2 precisa ser eliminado de forma rápida e eficiente. Os sistemas
cardiovascular e respiratório trabalham em conjunto para fornecer O2 e eliminar o CO2 . O
sistema respiratório fornece a troca gasosa (hematose) e o sistema cardiovascular transporta o
sangue contendo os gases para os pulmões e as células do corpo.
A falha de qualquer um dos sistemas interrompe a homeostase, causando a morte rápida das
células por falta de oxigênio e acúmulo de produtos residuais. Além de trabalhar nas trocas
gasosas, o sistema respiratório também participa da regulação do pH sanguíneo, contém
receptores para o olfato, filtra o ar inspirado, produz sons e livra o corpo do calor do ar exalado.
MÓDULO 1
Identificar os conceitos gerais da anatomia do sistema respiratório e as vias aéreas
superiores
As vias aéreas superiores, que incluem o nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe e as
estruturas associadas;
A porção (ou zona) condutora consiste em uma série de cavidades e tubos interconectados
tanto fora quanto dentro dos pulmões. Esses incluem nariz, cavidade nasal, faringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. Sua função é filtrar, aquecer e
umedecer o ar e conduzi-lo aos pulmões.
A porção (ou zona) respiratória consiste em uma tubulação e tecidos dentro dos pulmões onde
ocorre a hematose. Essa porção inclui os bronquíolos respiratórios, os dutos alveolares, os
sacos alveolares e os alvéolos que lembram um cacho de uva.
O sistema respiratório:
Fornece o sentido do olfato, que é importante nas interações sociais, na seleção de alimentos e
detecção de perigos (como vazamento de gás ou comida estragada).
Atua no equilíbrio ácido-base: ao eliminar o CO2 ajuda a controlar o pH dos fluidos corporais.
O excesso de CO2 reage com a água e libera íons de hidrogênio. Portanto, se o sistema
respiratório não acompanhar a taxa de produção de CO2 , o H+ se acumula e os fluidos
corporais apresentam um pH anormalmente baixo (acidose).
Auxilia a regular a pressão arterial, visto que os pulmões realizam uma etapa na síntese de um
vasoconstritor denominado angiotensina II.
Auxilia na circulação: a respiração cria gradientes de pressão entre o tórax e o abdômen que
promovem o fluxo de linfa e sangue venoso.
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Expulsa conteúdo da cavidade abdominal, das vias digestória e urinária: respirar fundo e
prender a respiração enquanto contrai os músculos abdominais (manobra de Valsalva) ajuda a
expelir o conteúdo abdominal durante a micção, defecação e parto.
Por consistir em cartilagem hialina flexível, a estrutura cartilaginosa do nariz externo é um tanto
flexível. Na superfície inferior do nariz, existem duas aberturas chamadas de narinas (ou
aberturas nasais anteriores).
Anatomia do nariz.
O nariz tem várias funções: aquece, limpa e umidifica o ar inalado, detecta odores na
corrente de ar e serve como uma câmara de ressonância que amplifica a voz.
Ressonância nesta situação significa prolongar, amplificar ou modificar um som pela vibração.
A cavidade nasal começa em uma pequena câmara dilatada chamada de vestíbulo nasal, logo
na parte interna de cada narina, limitada pela asa do nariz, e se estende até as aberturas
nasais posteriores (coanas), que comunicam a cavidade nasal com a nasofaringe.
O vestíbulo nasal é revestido por epitélio escamoso estratificado, assim como a pele da face e
por sua vez possui pelos duros, as vibrissas, que bloqueiam partículas grandes transportadas
pelo ar do nariz. A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda (fossas nasais) por
uma parede de osso e cartilagem hialina, o septo nasal.
O septo tem três componentes: o osso vômer, que forma a parte inferior; a lâmina
perpendicular do osso etmoide, que forma a parte superior; e a cartilagem septal nasal,
que forma a parte anterior do septo.
O teto da cavidade nasal é formado pelos ossos etmoide e esfenoide, e o palato duro forma
seu assoalho. O palato separa a cavidade nasal da cavidade oral e permite que um indivíduo
respire enquanto mastiga os alimentos. A cavidade nasal recebe conteúdo dos seios
paranasais e dos dutos nasolacrimais das órbitas.
A maior parte da cavidade nasal é ocupada por três ossos cobertos por membrana mucosa - as
conchas nasais superior, média e inferior, que se projetam das paredes laterais em direção
ao septo. Na verdade, as conchas nasais superior e média são projeções ósseas do osso
etmoide, enquanto a concha nasal inferior é um osso separado. Antigamente eram conhecidas
como ossos turbinados.
Abaixo de cada concha há uma passagem de ar estreita chamada de meato nasal (superior,
médio e inferior). São passagens estreitas, e a turbulência produzida pelas conchas garantem
que a maior parte do ar entre em contato com a membrana mucosa em seu caminho. Ao fazê-
lo, a maior parte da poeira do ar adere ao muco e o ar capta a umidade e o calor da mucosa.
O meato nasal superior situa-se entre a concha nasal superior e a média e recebe conteúdo
das células etmoidais posteriores e o seio esfenoidal. O meato nasal médio está localizado
entre a concha nasal média e a concha nasal inferior e recebe conteúdo das células etmoidais
anteriores e médias, do seio frontal e do seio maxilar. Já o meato nasal inferior, situado entre a
concha nasal inferior e o palato duro, recebe conteúdo do ducto nasolacrimal. Essas
comunicações explicam as mudanças na voz em casos de sinusites e outras afecções que
geram muco por parte das células epiteliais respiratórias. Veja essas estruturas na figura a
seguir.
Cavidade nasal.
O resto da cavidade nasal, exceto o vestíbulo, é revestido por epitélio respiratório (porção
respiratória). Ambos são epitélios colunares pseudoestratificados ciliados. Desse modo, a
cavidade nasal pode ser dividida em três partes:
VESTÍBULO
Revestido por pele e que contém as vibrissas.
REGIÃO RESPIRATÓRIA
Revestida por epitélio respiratório.
PORÇÃO OLFATÓRIA
Revestida por epitélio olfatório.
No epitélio olfatório, os cílios são imóveis e servem para detectar moléculas de odor. No
epitélio respiratório, eles são móveis e servem para mover o muco nasal. O epitélio respiratório
possui células caliciformes que secretam muco e células ciliadas que o impulsionam
posteriormente em direção à faringe. A mucosa também contém glândulas mucosas na lâmina
própria (a camada de tecido conjuntivo abaixo do epitélio), que também auxiliam na produção
de muco.
Poeira inalada, pólen, bactérias e outros materiais estranhos aderem ao muco e são engolidos;
eles são digeridos ou passam pelo trato digestivo em vez de contaminar os pulmões. A lâmina
própria também é povoada por linfócitos que montam defesas imunológicas contra patógenos
inalados.
A irrigação do nariz externo é dada principalmente por ramos da artéria facial e oftálmica. A
inervação cutânea vem dos nervos oftálmico e maxilar, ramos do nervo trigêmeo (quinto par de
nervo craniano).
Artéria esfenopalatina
Com exceção da artéria nasal lateral, as demais formam um verdadeiro plexo vascular no
septo nasal conhecido como plexo de Kiesselbach (ou área de Little). Essa rede vascular é
frequentemente a causa de sangramentos nasais (epistaxes). Veja na figura seguinte:
O plexo de Kiesselbach.
A drenagem venosa do nariz externo segue as artérias. Algumas veias drenam para a veia
facial, plexo pterigoideo e veia oftálmica. Em alguns indivíduos, podemos encontrar uma veia
que sai da cavidade nasal em direção ao seio sagital superior, pelo forame cego no osso
frontal. Trata-se de uma veia emissária que permite a passagem de infecções da cavidade
nasal para a cavidade craniana.
Vimos anteriormente que a cavidade nasal pode ser dividida em três porções: o vestíbulo, a
porção olfatória e a porção respiratória. A porção olfatória recebe ramos do nervo olfatório
(primeiro par de nervo craniano) para a olfação. As três porções recebem ramos do nervo
oftálmico e maxilar que suprem sensitivamente a cavidade nasal.
A inervação secretomotora das glândulas mucosas nas cavidades nasais e seios paranasais é
feita por fibras parassimpáticas do nervo facial, que se juntam a ramos do nervo maxilar na
fossa pterigopalatina.
ATENÇÃO
Um septo desviado é aquele que não corre ao longo da linha média da cavidade nasal. Esse
desvio de septo pode bloquear o fluxo de ar para o lado estreito do nariz, dificultando a
respiração por essa metade da cavidade nasal. O desvio, geralmente, ocorre na junção do
osso vômer com a cartilagem septal. Desvios septais também podem ocorrer devido a
anormalidades de desenvolvimento. Se o desvio for grave, pode bloquear totalmente a
passagem nasal. Se ocorrer inflamação, pode causar congestão nasal, bloqueio das aberturas
dos seios paranasais, sinusite crônica, dor de cabeça e sangramento nasal. A condição
geralmente pode ser corrigida ou melhorada cirurgicamente.
São cavidades encontradas no interior dos ossos maxilares, frontais, esfenoide e etmoide.
A inflamação dos seios paranasais é chamada de sinusite.
Suas paredes estão compostas por osso compacto e são revestidas por um muco periósteo
contínuo com a mucosa respiratória da cavidade nasal, sendo o epitélio similar ao epitélio
pseudoestratificado cilíndrico ciliado (epitélio respiratório). Desse modo, produzem muco que é
drenado para a cavidade nasal. Devido a essa comunicação, resfriados podem se tornar
sinusites e vice-versa, além de permitir a propagação de demais doenças.
VOCÊ SABIA
Próximo dos 15 anos de idade, o seio etmoidal já estará totalmente desenvolvido; o seio
maxilar atinge sua plenitude com a erupção dentária. O seio frontal inicia seu desenvolvimento
aos 2 anos de idade e sua pneumatização a partir da migração de uma célula etmoidal para o
osso frontal, por volta dos 6 anos de idade.
Todos os seios paranasais comunicam-se com a cavidade nasal pelos seus óstios de
drenagem. Apesar do seu desenvolvimento definitivo só ser alcançado depois dos 15 anos de
idade, a sinusite frontal pode aparecer a partir dos 7 ou 8 anos de vida.
SEIO MAXILAR
É o maior dos seios paranasais. Situa-se no corpo dos ossos maxilares. Seu formato lembra
uma pirâmide, cujo ápice é o processo zigomático da maxila. Seu teto é formado pelo assoalho
da órbita e seu assoalho é o processo alveolar da maxila. No seu interior, podem ser
observadas elevações que correspondem aos primeiros e segundos dentes molares. Essa
relação é importante, pois alguns casos de sinusite que afetam esse seio podem refletir em dor
de dente. Como já visto, o seio maxilar drena para o meato nasal médio.
SEIO FRONTAL
É encontrado nos ossos frontais, dividido do seio contralateral por um septo ósseo. O seio
frontal varia bastante e possui frequentemente tamanhos diferentes entre os lados. Pode
invadir a órbita, assim como a fossa anterior do crânio. O seio frontal se abre no meato médio
diretamente ou pelo ducto frontonasal.
SEIO ETMOIDAL
O seio etmoidal, na verdade, compreende pequenas, mas numerosas cavidades no osso
etmoide, entre a órbita e a cavidade nasal. Essas cavidades são chamadas coletivamente de
células etmoidais. Podem ser classificadas em grupos anterior, médio e posterior. As células
posteriores drenam para o meato superior, enquanto as células anteriores e médias drenam
para o meato nasal médio.
SEIO ESFENOIDAL
Está situado no corpo do osso esfenoide e possui tamanho variável. Pode se estender até o
osso occipital. Drena para o recesso esfenoetmoidal no meato nasal superior. Ele é dividido no
centro por um septo ósseo. Sua parede anterior é formada por pequenas lâminas finas e
curvadas. Superiormente ao seio esfenoidal encontram-se o quiasma óptico, os nervos ópticos
e a hipófise, sendo uma via de acesso para a retirada dessa glândula.
Seios paranasais.
FARINGE
A faringe pode ser considerada um túnel musculofascial que liga as cavidades oral e nasal na
cabeça até a laringe e o esôfago no pescoço. A cavidade faríngea é uma via comum para o ar
e os alimentos, portanto, uma porta de comunicação entre os sistemas respiratório e digestório.
Além dessas aberturas, a cavidade faríngea está relacionada anteriormente ao terço posterior
da língua e à face posterior da laringe. As tubas auditivas se abrem nas paredes laterais da
nasofaringe e as tonsilas linguais, faríngeas e palatinas estão situadas na superfície profunda
das paredes faríngeas. Uma relação bastante importante da faringe é com a coluna vertebral:
está separada posteriormente dessa pelo espaço retrofaríngeo, que contém tecido conjuntivo
frouxo.
A parede faríngea é formada por músculos e por fáscia. Os intervalos entre os músculos são
reforçados pelas fáscias. Os músculos da faringe podem ser divididos em dois grupos de
acordo com a orientação das suas fibras: constritores e longitudinais.
Músculos constritores da faringe
Os três músculos constritores de cada lado são os principais contribuintes para a estrutura da
parede faríngea e seus nomes indicam sua posição: músculos constritores superior, médio
e inferior.
Os músculos constritores se sobrepõem, de modo que o constritor médio cobre a parte inferior
do constritor superior e o constritor inferior cobre a parte inferior do constritor médio.
Também são em número de três. São nomeados de acordo com suas origens. Esses músculos
se dirigem à parede da faringe e a elevam. Durante a deglutição, puxam a parede faríngea
para cima e auxiliam na movimentação do bolo alimentar através da faringe para o esôfago.
Músculo estilofaríngeo
Músculo salpingofaríngeo
Músculo palatofaríngeo
Músculos faríngeos.
PORÇÕES DA FARINGE
NASOFARINGE
A nasofaringe fica posterior às coanas e ao palato mole. Recebe as tubas auditivas (de
Eustáquio) do ouvido médio e aloja a tonsila faríngea. O ar inalado gira 90° para baixo ao
passar pela nasofaringe. Partículas relativamente grandes (>10μm) geralmente não
conseguem fazer a curva por causa de sua inércia. Elas colidem com a parede posterior da
nasofaringe e aderem à mucosa próxima à tonsila tubária, que está posicionada para
responder aos patógenos transportados pelo ar.
ATENÇÃO
O aumento da tonsila faríngea, também conhecido como adenoide, pode ocluir a nasofaringe
de forma que a respiração só seja possível pela cavidade oral. Sendo assim, a adenoide é
removida cirurgicamente.
Uma adenoide aumentada.
OROFARINGE
A orofaringe é um espaço posterior à raiz da língua. Ele se estende da ponta inferior do palato
mole até a ponta superior da epiglote. Sua borda anterior é formada pela base da língua e pelo
istmo das fauces, a abertura da cavidade oral na faringe. Na parte faríngea da língua, grandes
coleções de tecido linfoide (as tonsilas linguais) podem ser encontradas.
Ao conter líquido ou sólidos na cavidade oral, o istmo das fauces é fechado pela depressão do
palato mole, elevação da parte posterior da língua, em um movimento em direção à linha média
das pregas palatoglossal e palatofaríngea. Isso permite que uma pessoa respire enquanto
mastiga ou manipula o material na cavidade oral.
Na deglutição, o istmo das fauces é aberto, o palato é elevado, a cavidade laríngea é fechada e
o alimento ou líquido é direcionado para o esôfago. Uma pessoa não pode respirar e engolir ao
mesmo tempo porque as vias aéreas estão fechadas em dois locais, o istmo da faringe e a
laringe.
LARINGOFARINGE
A laringofaringe se estende da margem superior da epiglote até a porção superior do esôfago
na altura da sexta vértebra cervical. A entrada da laringe se abre na parede anterior da
laringofaringe, portanto, a parede anterior da laringofaringe consiste na face posterior da
laringe. Na laringofaringe, há um par de recessos mucosos (fossas piriformes) entre a parte
central da laringe e a porção posterolateral das lâminas da cartilagem tireoide. As fossas
piriformes formam canais que direcionam sólidos e líquidos da cavidade oral ao redor da
abertura laríngea elevada e para o esôfago.
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
A faringe é suprida por inúmeros vasos. A porção superior é suprida por ramos da carótida
externa. Já a porção inferior é suprida por ramos da artéria subclávia.
As veias que drenam a faringe formam um plexo venoso faríngeo ao redor da parede. Esse
plexo drena superiormente para o plexo pterigoideo, na fossa infratemporal e inferiormente
para a veia facial e veia jugular interna.
Os vasos linfáticos da faringe drenam para os linfonodos cervicais profundos, assim como
linfonodos retrofaríngeos, paratraqueais e infra-hióideos.
A inervação motora e sensorial (exceto para a região nasal) da faringe é fornecida por ramos
dos nervos vago e glossofaríngeo, que formam um plexo na fáscia externa da parede faríngea.
Os ramos faríngeos provenientes do vago surgem do gânglio cervical inferior e inervam toda a
musculatura da faringe, com exceção do músculo estilofaríngeo, que recebe um ramo do
glossofaríngeo.
LARINGE
A laringe, além de participar do sistema respiratório ao conduzir ar, é o principal órgão da
fonação. A cavidade da laringe é contínua abaixo com a traqueia e acima se abre na faringe
imediatamente posterior e ligeiramente inferior à língua e à abertura posterior (istmo das
fauces) da cavidade oral.
A estrutura da laringe consiste em nove cartilagens. As três primeiras são ímpares e grandes. A
mais superior, a cartilagem epiglótica, é uma placa cartilaginosa em forma de folha. A maior, a
cartilagem tireoide, tem esse nome devido ao seu formato semelhante a um escudo. Ela cobre
amplamente os aspectos anterior e lateral da laringe.
Anatomia da laringe.
ATENÇÃO
Em emergências, quando a via aérea está bloqueada acima do nível das pregas vocais, o
ligamento cricotireóideo mediano pode ser perfurado (cricotireoidotomia) para estabelecer uma
via aérea. Exceto por pequenos vasos e a presença ocasional de um lobo piramidal da
glândula tireoide, normalmente, existem poucas estruturas entre o ligamento cricotireóideo
mediano e a pele. Este procedimento é chamado de cricotireoidotomia.
Inferiores e paralelos a esses estão os ligamentos vocais, que sustentam as cordas vocais
(pregas vocais). As cordas vocais e a abertura entre elas são chamadas coletivamente de
glote. As cordas vocais são cobertas por epitélio escamoso estratificado, mais adequado para
suportar a vibração e o contato entre as cordas que ocorrem durante a fala.
Nos homens adultos, as cordas vocais são mais longas e grossas, vibram mais lentamente e
produzem sons mais graves do que nas mulheres. A intensidade é determinada pela força do
ar que passa entre as cordas vocais. Embora as cordas vocais produzam a maioria dos sons,
elas não produzem fala inteligível. Os sons grosseiros provenientes da laringe podem ser
comparados ao chamado de um pato. Esses sons são formados em palavras por ações da
faringe, cavidade oral, língua e lábios.
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
A laringe é suprida majoritariamente pelas artérias laríngeas superior e inferior:
Artéria laríngea inferior
A drenagem venosa é dada pelas veias laríngeas superior e inferior. A veia laríngea superior
drena para a jugular interna, enquanto a veia laríngea inferior drena para a veia braquiocefálica
esquerda.
Os vasos linfáticos acima das pregas vocais levam linfa para os linfonodos cervicais profundos.
Já aqueles localizados abaixo das pregas vocais levam linfa para linfonodos situados na frente
do ligamento cricotireóideo e da traqueia.
A inervação sensitiva e motora da laringe é dada por ramos laríngeos do nervo vago. Um
desses nervos, o nervo laríngeo recorrente, devido à sua localização profunda, pode ser
lesionado durante cirurgias no pescoço, principalmente em tireoidectomias. A lesão no nervo
laríngeo recorrente causa paralisia de um dos músculos da laringe, causando dificuldade na
fala, rouquidão na voz ou perda total da voz, assim como dispneia durante atividades físicas,
esse músculo é o cricoaritenoide posterior.
ATENÇÃO
MÓDULO 2
Reconhecer os elementos que compõem as vias aéreas inferiores e a respiração
TRAQUEIA
Os anéis de cartilagem reforçam a traqueia e evitam que ela entre em colapso quando o ar é
inalado. A parte aberta do C fica voltada posteriormente e permite espaço para o esôfago se
expandir conforme o alimento engolido passa. Esse espaço é ocupado por tecido muscular liso
denominado músculo traqueal.
A contração ou relaxamento desse músculo estreita ou alarga a traqueia para ajustar o fluxo de
ar para as condições de repouso ou exercício. A camada mais externa da traqueia, chamada
de adventícia, é um tecido conjuntivo fibroso que se funde com a adventícia de outros órgãos
do mediastino.
O muco aprisiona as partículas inaladas e a batida ascendente dos cílios leva o muco
carregado de detritos em direção à faringe, onde é engolido. Este mecanismo de remoção de
detritos é denominado escada rolante mucociliar. O tecido conjuntivo abaixo do epitélio traqueal
contém nódulos linfáticos, glândulas serosas e mucosas e as cartilagens traqueais.
Ao nível do ângulo esternal (de Louis) e da margem superior da quinta vértebra torácica, a
traqueia bifurca-se nos brônquios direito e esquerdo. A cartilagem traqueal mais inferior possui
uma crista mediana interna chamada carina, que direciona o fluxo de ar para a direita e a
esquerda.
Pulmão e traqueia.
ATENÇÃO
Dois métodos são usados para restabelecer o fluxo de ar após uma obstrução traqueal:
TRAQUEOTOMIA
Se a obstrução estiver acima do nível da laringe, uma traqueotomia pode ser realizada. Nesse
procedimento, uma incisão na pele é seguida por uma curta incisão longitudinal na traqueia
abaixo da cartilagem cricoide. Um tubo traqueal é então inserido para criar uma passagem de
ar de emergência.
INTUBAÇÃO
Um tubo é inserido pela boca ou nariz e passado inferiormente pela laringe e traqueia. A
parede firme do tubo afasta qualquer obstrução flexível e o lúmen do tubo fornece uma
passagem para o ar; qualquer muco que obstrua a traqueia pode ser aspirado pelo tubo.
BRÔNQUIOS
A partir do momento em que a traqueia se bifurca, ao nível da quinta vértebra torácica, ela gera
um brônquio principal direito e um brônquio principal esquerdo.
O brônquio principal direito mede cerca de 2 a 3cm de comprimento e é um pouco mais largo e
vertical do que o esquerdo; consequentemente, os corpos estranhos inalados se alojam mais
frequentemente no brônquio principal direito do que no esquerdo. A intubação seletiva pode
ocorrer devido à anatomia.
Pouco antes de entrar no pulmão, o brônquio principal direito emite um brônquio lobar superior.
Os brônquios principais e lobares entram no hilo pulmonar juntos. O brônquio lobar superior se
projeta no lobo superior do pulmão, e o brônquio principal continua um pouco mais adiante e se
ramifica nos brônquios lobares médio e inferior para os dois lobos inferiores do pulmão.
O brônquio principal esquerdo tem cerca de 5cm de comprimento e é mais estreito e mais
horizontal do que o direito. Ele entra no hilo do pulmão esquerdo antes de se ramificar e, em
seguida, emite os brônquios lobares superior e inferior para os dois lobos desse pulmão. Em
ambos os pulmões, cada brônquio lobar ramifica-se em brônquios segmentares. Cada um
deles ventila uma unidade funcionalmente independente de tecido pulmonar, chamada de
segmento broncopulmonar. Existem dez destes no pulmão direito e oito no esquerdo.
Os brônquios principais são formados, assim como a traqueia, por cartilagens hialinas em
forma de C. Todos os brônquios são revestidos por um epitélio colunar pseudoestratificado
ciliado, mas as células ficam mais curtas e o epitélio mais fino à medida que vai se ramificando.
A lâmina própria abaixo do epitélio possui glândulas mucosas e agregados de tecido linfoide
(tecido linfático associado à mucosa, os MALTs ), que respondem aos potenciais patógenos
inalados.
PULMÃO E PLEURA
Os pulmões são órgãos pareados em forma de cone na cavidade torácica. Eles são separados
um do outro pelo coração e por outras estruturas do mediastino, que dividem a cavidade
torácica em duas câmaras anatomicamente distintas. Como resultado, se o trauma causar o
colapso de um pulmão, o outro pode permanecer expandido.
Cada pulmão é envelopado e protegido por uma membrana serosa de dupla camada chamada
de pleura. A camada superficial, denominada pleura parietal, reveste a parede da cavidade
torácica; a camada profunda, a pleura visceral, cobre o parênquima pulmonar. Entre a pleura
visceral e parietal existe um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém uma pequena
quantidade de fluido lubrificante secretado pelas membranas. A pleura parietal apresenta
algumas reflexões como as partes diafragmática, costal, mediastinal e cervical.
O líquido pleural reduz o atrito entre as membranas, permitindo que deslizem facilmente uma
sobre a outra durante a respiração. O líquido pleural também auxilia na aderência entre as
lâminas. Cavidades pleurais separadas circundam os pulmões direito e esquerdo. Nos estágios
iniciais, a inflamação da membrana pleural, chamada de pleurite, pode causar dor, devido ao
atrito entre as camadas parietal e visceral da pleura. Se a inflamação persistir, o excesso de
líquido se acumula no espaço pleural, uma condição conhecida como derrame pleural. Durante
o derrame pleural, na posição de pé, o recesso costodiafragmático pode acumular líquido
devido à ação da gravidade, o que pode ser observado em exames de imagem como raios X
ou tomografia computadorizada.
ATENÇÃO
A remoção do líquido excessivo na cavidade pleural pode ser realizada sem lesar o tecido
pulmonar, inserindo uma agulha anteriormente no sétimo espaço intercostal, um procedimento
denominado toracocentese. A agulha é passada ao longo da borda superior da costela inferior
para evitar danos aos nervos intercostais e aos vasos sanguíneos. Abaixo do sétimo espaço
intercostal corre-se o risco de penetração no diafragma.
Os pulmões se estendem desde o diafragma até ligeiramente acima das clavículas e repousam
contra as costelas anterior e posterior. A base do pulmão é larga e está situada inferiormente,
além disso, é côncava e se encaixa na superfície convexa do diafragma.
Os pulmões ocupam a maior parte da cavidade torácica. O ápice dos pulmões fica superior ao
terço medial das clavículas e é a única área deles que pode ser palpada. As superfícies
anterior, lateral e posterior dos pulmões encontram-se contra as costelas. A base dos pulmões
se estende desde a sexta cartilagem costal anteriormente até o processo espinhoso da décima
vértebra torácica, posteriormente.
A pleura se estende cerca de 5cm abaixo da base, da sexta cartilagem costal anteriormente à
décima segunda costela posteriormente. Assim, os pulmões não preenchem completamente a
cavidade pleural nessa área.
Ambos os pulmões têm uma fissura oblíqua, que se estende inferior e anteriormente; o pulmão
direito também tem uma fissura horizontal. A fissura oblíqua no pulmão esquerdo separa o lobo
superior do inferior. No pulmão direito, a parte superior da fissura oblíqua separa o lobo
superior do inferior; a parte inferior da fissura oblíqua separa o lobo inferior do lobo médio, que
é limitado superiormente pela fissura horizontal.
Diagrama dos pulmões. Note a presença das fissuras dividindo os lobos pulmonares.
Os pulmões recebem sangue por meio de dois conjuntos de artérias: artérias pulmonares e
artérias brônquicas:
ARTÉRIAS PULMONARES
ARTÉRIAS BRÔNQUICAS
O sangue desoxigenado passa pelo tronco pulmonar, que se divide em uma artéria pulmonar
esquerda que entra no pulmão esquerdo e uma artéria pulmonar direita que entra no pulmão
direito. O retorno de sangue oxigenado para o coração ocorre por meio das quatro veias
pulmonares, que drenam para o átrio esquerdo.
Uma característica única dos vasos sanguíneos pulmonares é sua constrição em resposta à
hipóxia (baixo nível de O2 ). Em todos os outros tecidos do corpo, a hipóxia causa dilatação dos
vasos sanguíneos para aumentar o fluxo sanguíneo. Nos pulmões, entretanto, a
vasoconstrição em resposta à hipóxia desvia o sangue pulmonar de áreas mal ventiladas dos
pulmões para regiões bem ventiladas para uma troca gasosa mais eficiente. Esse fenômeno é
conhecido como relação ventilação-perfusão porque a perfusão (fluxo sanguíneo) para cada
área dos pulmões corresponde à extensão da ventilação (fluxo de ar) para os alvéolos nessa
área.
A inervação dos pulmões é dada pelos plexos pulmonares formado por ramos do nervo vago
(fibras parassimpáticas pré-ganglionares) e ramos dos troncos simpáticos (fibras simpáticas
pós-ganglionares). Essa inervação atua no músculo liso do órgão. O nervo vago é responsável
também pela inervação sensitiva dos pulmões.
Os bronquíolos são continuações das vias aéreas que não possuem cartilagem e têm 1mm ou
menos de diâmetro. A porção do pulmão ventilada por um bronquíolo é chamada de lóbulo
pulmonar.
O epitélio dos bronquíolos começa como colunar pseudoestratificado ciliado nas passagens
maiores e mais proximais. À medida que o bronquíolo se ramifica, ele fica mais fino e se
transforma em epitélio colunar simples e, finalmente, em epitélio cúbico simples. Os
bronquíolos não têm glândulas mucosas e células caliciformes, mas são ciliados.
É importante que os cílios continuem mais profundamente nas vias aéreas do que as glândulas
mucosas e as células caliciformes. Essa conformação garante que o muco drenado distalmente
ainda possa ser capturado pelos cílios em movimento e eliminado das vias aéreas. Além do
epitélio, a mucosa dos bronquíolos consiste principalmente de músculo liso.
Os bronquíolos respiratórios são o início da divisão respiratória. Suas paredes têm músculos
lisos escassos, e os menores deles são não ciliados. Cada bronquíolo respiratório se divide em
duas a dez passagens alongadas de paredes finas chamadas ductos alveolares, que também
possuem alvéolos ao longo de suas paredes.
Os ductos alveolares e divisões menores têm epitélios escamosos simples não ciliados. Os
ductos terminam em sacos alveolares, que são aglomerados de alvéolos dispostos em torno de
um espaço central denominado átrio. Como o ar na divisão condutora do trato respiratório não
pode trocar gases com o sangue, o lúmen da divisão condutora é chamado de espaço morto
anatômico.
Embora isso aumente o espaço morto, também permite que o ar flua mais fácil e rapidamente,
de modo que os alvéolos sejam melhor ventilados em proporção às demandas do exercício. O
aumento do fluxo de ar mais do que compensa o aumento do espaço morto. Os bronquíolos
exercem o maior controle sobre o fluxo de ar por duas razões:
Com seu músculo liso bem desenvolvido e falta de cartilagem restritiva, eles podem alterar o
diâmetro mais do que as passagens de ar maiores.
As células alveolares do tipo II, também chamadas de células septais, são em menor número e
encontram-se entre as células alveolares do tipo I. As células alveolares finas do tipo I são os
principais locais de troca gasosa. As células alveolares do tipo II, células epiteliais
arredondadas ou cuboidais com superfícies livres, contêm microvilosidades que secretam fluido
alveolar, auxiliando a manter a umidade da superfície entre as células e o ar.
Associados à parede alveolar estão macrófagos alveolares, que removem partículas finas de
poeira e outros detritos dos espaços alveolares. Também estão presentes fibroblastos que
produzem fibras reticulares e elásticas.
Subjacente à camada de células alveolares do tipo I está uma membrana basal elástica. Na
superfície externa dos alvéolos, a arteríola e a vênula do lóbulo se dispersam em uma rede de
capilares sanguíneos que consistem em uma única camada de células endoteliais e membrana
basal. A troca de O2 e CO2 entre os espaços aéreos nos pulmões e o sangue ocorre por
difusão através das paredes alveolar e capilar, que juntas formam a membrana respiratória.
MOVIMENTOS DA RESPIRAÇÃO
A função essencial dos pulmões é oxigenar o sangue. Tal função ocorre em três etapas:
ventilação, difusão e fluxo sanguíneo dos capilares pulmonares.
O nome que se dá à quantidade de vezes que um indivíduo respira por minuto é frequência
respiratória e, em condições normais, em média, um indivíduo realiza de 11 a 14 incursões
respiratórias por minuto.
INSPIRAÇÃO
Ocorre quando o ar entra nas vias aéreas e chega ao pulmão. Antes de cada inspiração, a
pressão do ar dentro dos pulmões é igual à pressão atmosférica. Para que o ar flua para os
pulmões, a pressão dentro dos alvéolos deve ser inferior à pressão atmosférica. Essa condição
é alcançada com o aumento do tamanho dos pulmões. A pressão de um gás em um recipiente
fechado é inversamente proporcional ao volume do recipiente.
Para que a inspiração ocorra, os pulmões devem se expandir, o que aumenta o volume do
pulmão e, portanto, diminui a pressão nos pulmões para abaixo da pressão atmosférica. O
primeiro passo para expandir os pulmões durante a inspiração tranquila, normalmente, envolve
a contração do músculo principal da inspiração, o diafragma, com resistência dos intercostais
externos.
A contração do diafragma causa seu achatamento, baixando sua cúpula. Isso aumenta o
diâmetro vertical da cavidade torácica. A contração do diafragma é responsável por cerca de
75% do ar que entra nos pulmões durante a respiração calma. Os próximos músculos de
inspiração mais importantes são os intercostais externos. Quando esses músculos se
contraem, eles elevam as costelas. Como consequência, ocorre um aumento dos diâmetros
anteroposterior e lateral da caixa torácica. A contração dos intercostais externos é responsável
por cerca de 25% do ar que entra nos pulmões durante a respiração normal.
Durante a inspiração calma, a pressão entre as duas camadas pleurais na cavidade pleural,
chamada pressão intrapleural (intratorácica), é sempre subatmosférica (menor que a
pressão atmosférica). À medida que o diafragma e os intercostais externos se contraem e o
tamanho total da cavidade torácica aumenta, o volume da cavidade pleural também aumenta, o
que faz com que a pressão intrapleural diminua, consequentemente, há uma diminuição da
pressão intrapulmonar (alveolar).
Papel do diafragma na respiração. A inspiração pode ser vista ao lado esquerdo, enquanto
a expiração está representada no lado direito.
EXPIRAÇÃO
Ocorre graças a uma diferença de pressão, mas, nesse caso, o gradiente é na direção oposta:
a pressão nos pulmões torna-se maior do que a pressão atmosférica. A expiração normal
durante uma respiração tranquila, ao contrário da inalação, é um processo passivo, porque
apenas o relaxamento das musculaturas está envolvido.
Em vez disso, a expiração resulta do recuo elástico da parede torácica e dos pulmões, ambos
os quais têm uma tendência natural de saltar para trás depois de terem sido alongados. Duas
forças dirigidas para dentro contribuem para o recuo elástico:
A expiração torna-se ativa apenas durante a respiração forçada, como ocorre ao tocar um
instrumento de sopro ou durante o exercício. Durante esses momentos, os músculos da
expiração – os abdominais e os intercostais internos – se contraem, o que aumenta a pressão
na região abdominal e no tórax. A contração dos músculos abdominais move as costelas
inferiores para baixo e comprime as vísceras abdominais, forçando o diafragma superiormente.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema respiratório atua em conjunto com o sistema circulatório. Isto é, enquanto um é
responsável por realizar a hematose, o outro leva o oxigênio e nutrientes para todos os tecidos
do corpo humano. Sendo assim, o sistema respiratório é essencial para a manutenção da vida.
Além disso, observamos que o sistema respiratório tem papel na regulação do pH do sangue,
na manutenção da pressão arterial, no sentido do olfato e na fala.
Vimos que os elementos que compõem o sistema respiratório podem ser divididos em vias
aéreas superiores e inferiores ou, funcionalmente, em parte condutora (que conduz e modifica
algumas características do ar) e parte respiratória, que faz a troca de gases.
Observamos que o sistema respiratório possui uma comunicação importante com o sistema
digestório, graças à faringe e a suas porções. Nesse sentido, é necessário relembrar que a
faringe continua com o esôfago, enquanto a laringe continua pela traqueia, sendo duas vias
separadas e que, graças a mecanismos esfinctéricos, impedem que o bolo alimentar vá para a
via respiratória.
Por fim, descrevemos as vias aéreas inferiores e as divisões microscópicas das estruturas
pulmonares e bronquiais, que são as responsáveis por trocarem gás carbônico por oxigênio no
sangue. Ainda, descrevemos os movimentos realizados durante a respiração, que permitem a
entrada e a saída de ar das vias respiratórias graças a diferenças de pressão.
PODCAST
Agora, a(o) especialista Silvio Rodrigues Marques Neto encerra o conteúdo abordando os
principais assuntos estudados.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Atheneu, 2011. p. 780.
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Churchill Livingstone, 2015.
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4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1978.
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HARTL, D. M.; TRAVAGLI, JP.; LEBOULLEUX, S.; BAUDIN, E.; BRASNU, D. F.;
SCHLUMBERGER, M. Clinical review: Current concepts in the management of unilateral
recurrent laryngeal nerve paralysis after thyroid surgery. J Clin Endocrinol Metab., 2005.
LATARJET, M.; LIARD, A.R. Anatomía Humana. 4. ed. Madrid: Editorial Medica Pan-
Americana, 2011.
MOORE, K.L.; DALLEY II, A.F.; AGUR, A.M.R. Clinically oriented anatomy. 8. ed.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2019.
TESTUT, L.; LATARJET, A. Tratado de Anatomía Humana. 9 ed. Barcelona: Salvat, 1958.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Principles of Anatomy & Physiology. New Jersey: John
Wiley & Sons, 2014.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados:
Leia:
O trabalho publicado por Ayesha Tabassom e Julia J. Cho. (2018) “Epistaxis”, que
disserta a respeito do fenômeno de sangramento nasal (epistaxe) e sua relação com a
rede vascular arterial do septo nasal (plexo de Kiesselbach) (em inglês).
Assista ao vídeo:
“How the Larynx Produces Sound”, na plataforma YouTube (canal Bethea Medical
Media), que tem uma animação detalhando a anatomia da laringe e como este órgão é
capaz de emitir sons, com texto em inglês.
CONTEUDISTA
Marcio Antonio Babinski
CURRÍCULO LATTES