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ANATOMIA DO SISTEMA

LINFÁTICO
Profª Joicy Oliveira Castro
Médica Veterinária
Esp. Patologia Animal

joicy.castro@brasiliaeducacional.com.br
SISTEMA LINFÁTICO
(OU SISTEMA IMUNE)
SISTEMA LINFÁTICO
• Também chamado de Sistema imune, proporciona mecanismos de
defesa específicos e inespecíficos para proteger o corpo contra
influências externas.
• É vital para a manutenção da saúde do animal.
• O sistema imune pode ser dividido em componentes celulares e
vasculares/circulatórios.
SISTEMA LINFÁTICO: COMPONENTES
CELULARES
• Incluem o tecido linfático, encontrado como
células isoladas, as quais estão espalhadas de
forma difusa nos tecidos.
• Agregados de células linfáticas (tonsilas);
• Órgãos linfáticos (timo, linfonodos e baço);
SISTEMA LINFÁTICO: COMPONENTES
CIRCULATÓRIOS
• Os componentes circulatórios incluem linfócitos, monócitos e células
plasmáticas, as quais se encontram em órgãos, no sangue, em espaços
de tecidos e na circulação linfática.
SISTEMA LINFÁTICO: COMPONENTES
VASCULARES
• O sistema vascular linfático inclui capilares linfáticos, vasos linfáticos e
ductos coletores de linfa.
TIMO
• A importância do timo é maior no animal jovem.
• Atinge o seu desenvolvimento máximo três semanas após o
nascimento em cães, nove meses após o nascimento no suíno e um
ano após o nascimento no equino.
• Após esse tempo, o timo começa a regredir gradualmente até que
o animal atinja a maturidade sexual.
• A regressão se inicia cranialmente, na parte cervical do órgão, de
forma que a parte torácica permanece durante mais tempo.
• À medida que diminui de tamanho e perde a sua estrutura linfoide,
o timo é substituído por gordura.
• Podem-se observar os seus vestígios na maioria dos animais,
independentemente da idade.
LINFONODOS (lymphonodi, nodi
lymphatici)
• Os linfonodos são firmes, têm uma superfície lisa, de formato
geralmente ovoide ou de feijão, com uma superfície convexa extensa
e uma área côncava menor, o hilo.
LINFONODOS (lymphonodi, nodi
lymphatici)
• Se divide em um córtex e uma medula.
• O córtex contém os centros germinativos, onde os linfócitos são produzidos continuamente.
• A medula consiste em cordões de linfócitos em anastomose.
• Cada linfonodo é envolto por uma cápsula de tecido mole, da qual septos e trabéculas se
projetam para o órgão, formando uma arquitetura interna.
LINFONODOS (lymphonodi, nodi
lymphatici)
• Os vasos linfáticos aferentes se abrem no seio subcapsular ou marginal (sinus marginalis).
• Os ramos do seio subcapsular formam um seio medular, próximo ao hilo, de onde emergem os vasos
linfáticos eferentes.
• No suíno, essa organização apresenta uma ordem invertida: os vasos aferentes penetram o linfonodo
na altura do hilo, e os vasos eferentes deixam o linfonodo pelo seio subcapsular.
• Os linfonodos são bastante vascularizados por vasos sanguíneos que penetram o órgão na altura do
hilo.
LINFONODOS (lymphonodi, nodi
lymphatici)
• Cada linfonodo é responsável pela drenagem de uma região determinada, a sua zona de
tributação. Grupos de linfonodos vizinhos compõem linfocentros (lymphocentrum, lc.).
• Há diferenças entre as espécies quanto aos linfocentros;
• Nos linfonodos, a maioria da matéria particulada, incluindo microrganismos e células
tumorais, é removida e destruída.
• O linfonodo torna-se uma barreira para a disseminação de infecções e tumores.
• O edema de um linfonodo costuma indicar a presença de um processo de doença em
sua zona de tributação.
“ÍNGUA”
LINFONODOS DA CABEÇA
Se agrupam nos seguintes linfocentros:
Linfocentro parotídeo
Base da orelha, próximo à articulação temporomandibular e
cobertos pela glândula parótida ou pelo músculo masseter. Os
linfáticos aferentes drenam a metade dorsal da cabeça, a
órbita e a musculatura da mastigação

Linfocentro mandibular
Próximo à glândula salivar. Podem ser facilmente identificados
por palpação. Os linfáticos aferentes drenam a cavidade oral,
incluindo a língua e os dentes, as glândulas salivares, o espaço
intermandibular e a musculatura da mastigação

Linfocentro retrofaríngeo;
Drenam as partes profundas da cabeça, incluindo a faringe, a
laringe, a parte cranial da traqueia e o esôfago
LINFONODOS DO PESCOÇO
• Os linfonodos do pescoço se organizam
em dois grupos:

Linfocentro cervical superficial;


Zona relativamente extensa, que inclui a pele e as estruturas
subjacentes da região cervical, do tórax e da parte proximal
do membro torácico.
Linfonodos cervicais superficiais dorsal, médio e ventral,
com variações entre as espécies

Linfocentro cervical profundo;


Inclui as estruturas profundas da região cervical, além do
esôfago, da traqueia, do timo e da glândula tireoide.
Linfonodos cervicais profundos craniais, médios e caudais.
LINFONODOS DO MEMBRO
TORÁCICO
• A linfa das partes superficial e proximal do membro
torácico drena para o linfocentro cervical superficial; já a
linfa do restante do membro drena para o linfocentro
axilar.

• O linfocentro axilar situa-se na axila, medial à articulação


do ombro;
Drena as estruturas mais profundas do membro inteiro e as estruturas superficiais
da parte distal do membro, e glândulas mamárias.

• Linfonodo axilar próprio, pode haver um linfonodo axilar


acessório na direção caudal e um linfonodo da primeira
costela na direção cranial.
LINFONODOS DO TORÁX
As paredes torácicas são drenadas por: Os órgãos no interior da cavidade torácica são
• Linfocentro torácico dorsal drenados por:
• Linfocentro torácico ventral • Linfocentro mediastinal
• Linfocentro bronquial
• Linfocentro torácico dorsal
• Linfocentro torácico ventral
LINFONODOS DO ABDOME
Os linfocentros associados à drenagem das
vísceras abdominais:
• Linfocentro Lombar
Linfonodos lombares aórticos e renais.

• Linfocentro celíaco
Linfonodos celíacos, esplênicos, gástricos e pancreaticoduodenais.
ruminais, reticulares, omasais e abomasais.

• Linfocentro mesentérico
Linfonodos mesentérico cranial
cranial, jejunal, cecal e cólico.

• Linfocentro mesentérico
Linfonodos mesentéricos caudal
caudais (colo descendente)

• Os vasos eferentes desses centros convergem


para formar a cisterna do quilo.
LINFONODOS DA CAVIDADE
PÉLVICA E MEMBRO PÉLVICO
• Linfocentro iliossacral

• Linfocentro iliofemoral

• Linfocentro Inguinofemoral

• Linfocentro Isquiático

• Linfocentro Poplíteo
BAÇO
• O baço é um órgão de coloração pardo-
avermelhada a cinzenta, dependendo da espécie, e
se situa caudal ao diafragma dentro da parte cranial
do abdome.

• O baço se fixa ao estômago por meio do ligamento


gastroesplênico, o qual faz parte do omento.
BAÇO
Forma básica do baço varia entre os mamíferos domésticos
• Equino ele é falciforme;
• Suíno se assemelha a uma língua
• Carnívoros, a uma bota;
• Pequenos ruminantes, a uma folha;
• Bovino, a uma faixa larga
BAÇO
• O baço apresenta duas faces: face diafragmática e face visceral,
sendo que esta última é marcada pelo hilo em todos os mamíferos
domésticos, com exceção dos ruminantes.
BAÇO
Função
• Várias funções são atribuídas ao baço: ele armazena e concentra eritrócitos e os
libera quando necessário.
• Filtra o sangue e remove eritrócitos desgastados da circulação.
• Extrai ferro da hemoglobina e o libera novamente para reutilização.
• Produz linfócitos e monócitos e desempenha uma função importante na
produção de anticorpos. Contudo, o baço não é essencial para sobrevivência, já
que, em sua ausência, outros tecidos assumem a maioria de suas funções.
• Cães e gatos podem levar uma vida saudável após esplenectomia, mas animais
criados para funções esportivas não recuperam seus níveis anteriores de
desempenho.
• DÚVIDAS??????

OBRIGADA!

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