AUDIÊNCIA PÚBLICA DE APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO TERRITORIAL
DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE NOVA LIMA
ATA
Aos 29 (vinte e nove) dias do mês de novembro de 2022, às 18:30h, realizou-se a
audiência pública para apresentação do diagnóstico territorial de revisão do Plano Diretor da cidade de Nova Lima, no Teatro Municipal Manoel Franzen de Lima. O formato da audiência foi híbrido. Participaram da audiência os seguintes convidados: Prefeito de Nova Lima- João Marcelo Dieguez Pereira; Secretária Municipal de Política Urbana- Débora Freire; Secretária Municipal Adjunta de Política Urbana- Ana Paula Guerra Rezende; Coordenadora Jurídica da Fundação Gorceix- Liana Portilho; Secretária Municipal de Comunicação- Maria do Socorro Costa Almeida; Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico- Abner Henrique Santana Soares; Secretário Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana- Cristiano Gomes; Secretário Municipal de Meio Ambiente- Gabriel Coutinho; Secretário Municipal de Habitação- José Geraldo Sales. O mestre de cerimônia Roger Luiz agradece a todos os secretários e subsecretários municipais, também a todos os presidentes de associações de bairros, moradores e demais presentes, a todos empresários, aos conselheiros e representantes de instituições, agradece também à vereadora da Câmara Municipal Juliana Ellen de Sales e aos vereadores da Câmara Municipal Danubio de Souza Machado e José Doroteo. Para compor a mesa, o mestre de cerimônia convida o Prefeito de Nova Lima- João Marcelo Dieguez Pereira; Secretária Municipal de Política Urbana- Débora Freire; Secretária Municipal Adjunta de Política Urbana- Ana Paula Guerra Rezende; Coordenadora jurídica da Fundação Gorceix- Liana Portilho; Secretária Municipal de Comunicação- Maria do Socorro Costa Almeida; Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico- Abner Henrique Santana Soares; Secretário Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana- Cristiano Gomes; Secretário Municipal de Meio Ambiente- Gabriel Coutinho; Secretário Municipal de Habitação- José Geraldo Sales. Antes de iniciar a audiência, o mestre de cerimônia convida a todos os presentes a ouvir, de pé, o Hino Nacional Brasileiro. Logo após, o mestre de cerimônia continua na sua fala dizendo que “o Plano Diretor é um instrumento central a política de planejamento e expansão urbana, as normas e diretrizes nele contidas, visam ao pleno desenvolvimento da funções sociais da cidade e à garantia do bem estar dos seus habitantes, dada a sua importância, a revisão desse instrumento, deve ser feita de forma democrática e participativa, por meio da atuação conjunta entre poder público e população”. Após sua fala, convida a Coordenadora jurídica da Fundação Gorceix- Liana Portilho. Liana começa sua fala cumprimentando todas as autoridades presentes, agradece também o Diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fundação Gorceix, Wilson José Guerra, que na audiência estava ausente por motivos de participação em um seminário internacional; agradece também a todos os cidadãos novalimenses, pela participação da comunidade. Em continuação, explica sobre as 4 etapas do cronograma do Plano Diretor e enfatiza que a audiência pública é a finalização da Etapa 2 do cronograma. E ainda explica todas as oficinas que foram feitas nas regionais de Nova Lima. Liana expõe que “essa audiência pública de hoje, é uma audiência para explicitar o conteúdo que foi colocado em consulta pública que é o diagnóstico de leitura técnica com uma sobrevoada da leitura comunitária, portanto é uma audiência que traz o retrato que a equipe técnica da Fundação Gorceix, juntamente com a visão dos munícipes, entende como inerente ao território de Nova Lima, separadamente por cada área temática”. A Coordenadora Jurídica termina a fala explicando o restante do cronograma do Plano Diretor e as próximas etapas a se seguir. Em seguida, o mestre de cerimônia passa a palavra para a Secretária Municipal de Política Urbana Débora Freire que inicia agradecendo a todos os participantes e cita que “a revisão do Plano Diretor é uma das principais atribuições que tenho como dever e compromisso pessoal com o prefeito João Marcelo, para que a gente consiga revisar o Plano Diretor com viés não só regulamentador do município mas, com um olhar também, com viés desenvolvimentista, buscando oportunidades tanto nos aspectos econômicos, olhando para todas as pastas e regiões do município de forma integrada”. O mestre de cerimônia agradece as contribuições de fala e passa a palavra de abertura para o prefeito da cidade de Nova Lima, João Marcelo Dieguez Pereira que inicia agradecendo a todos presentes e à Secretária Municipal de Política Urbana- Débora Freire e, através dela, “cumprimentar toda a equipe engajada no processo de revisão do Plano Diretor”, agradece aos servidores públicos e faz um reconhecimento público pela competência e liderança da Débora, nesse período que assumiu o grande desafio junto à cidade, cumprimenta também Ana Paula, Liana, a equipe, secretários, vereadores, o ex-prefeito Carlinhos e toda sociedade participante. Após fala de abertura do prefeito, o mestre de cerimônia convida as autoridades da mesa para se assentarem nos lugares reservados na plateia, para que a equipe da Fundação Gorceix possa iniciar as apresentações da etapa de diagnóstico territorial através de slides. Quem inicia a apresentação da Fundação Gorceix é a Arquiteta e Urbanista Larissa Tredezini, que em nome da equipe agradece a presença de todos. Em linhas gerais, Larissa apresenta as etapas do Plano Diretor através do cronograma e as fases do diagnóstico. Ressalta também a importância da Leitura Comunitária nessa etapa, cujas oficinas obtiveram os seguintes números de participação da comunidade em cada região: São Sebastião das Águas Claras- Macacos- 49 participantes; Jardim Canadá- 63 participantes; Honório Bicalho- 45 participantes; Vila da Serra- 50 participantes; Sede- 75 participantes. Foi informado que o documento de leitura comunitária está disponível no site do Plano Diretor, para consulta pública. O documento de leitura técnica foi feito pela equipe multidisciplinar da Fundação Gorceix. Na apresentação, Larissa cita os pontos trabalhados pela equipe, que foram: 1- Aspectos Socioeconômicos; 2- Meio Ambiente; 3- Mineração; 4- Saneamento; 5- Patrimônio Histórico e Cultural; 6- Habitação; 7- Mobilidade; 8- Turismo, Esporte e Lazer; 9- Ocupação e Uso do Solo; 10- Aspectos Institucionais e Jurídicos. A cada ponto trabalhado no diagnóstico, há subitens de apresentação no slide, o qual apresenta brevemente cada um deles. No 1- Aspectos Socioeconômicos, levanta pontos no diagnóstico sobre a demografia, as ruralidades, finanças públicas, empregos formais etc. No 2- Meio ambiente, Larissa passa a palavra para Marco Pedrosa- Engenheiro Ambiental da Fundação Gorceix. No ponto 2, Marco faz uma breve apresentação, ressaltando o que foi abordado no diagnóstico, como as legislações ambientais, os atores (instituições, organizações públicas e privadas) envolvidas na conservação ambiental de Nova Lima; passivos ambientais, a ZEPAM, áreas verdes, áreas protegidas, áreas com restrições ambientais etc. Após suas considerações, passa a palavra para o Professor Frederico Sobreira, para apresentar sobre o meio físico. Frederico inicia agradecendo pela fala e dando boa noite a todos os participantes. Em sua apresentação, cita que o diagnóstico do meio físico focou principalmente em questões de ordenamento territorial e segurança da população, e enfatizou a resiliência a ser desenvolvida nos municípios em face de processos naturais, geológicos, hidrológicos e riscos tecnológicos representados pelas barragens de rejeitos. O diagnóstico teve dois vieses: o primeiro é descritivo, com base no material existente em relação ao meio físico do município; o segundo é interpretativo, corresponde a outras fontes secundárias, como mapas, cartas etc. Em sequência, Larissa exalta que “o documento é de grande complexidade, por ter 1.700 páginas, pelos seus múltiplos vieses, a ideia é que isso se sobreponha futuramente como uma grande tessitura para que na fase de planejamento de diretrizes e propostas, as decisões sejam embasadas justamente por esse olhar múltiplo e pelas vozes da população”. Em continuação, Larissa apresenta sobre a mineração, em que ressalta sobre a legislação correlata, processos minerários e estruturas de mineração. Perpassa o item 5 sobre saneamento, em que são feitas análises de saneamento básico, áreas de restrição à ocupação, avaliação do impacto do saneamento nas condições de vida da população, legislação municipal. Continua a apresentação com o item 6- Patrimônio Histórico e Cultural, indicando que a equipe percorreu o território tentando entender o contexto histórico de Nova Lima, que possui um rico arcabouço a ser explorado, e foram registrado através de documentos os bens inventariados, bens culturais, materiais, imateriais e naturais. No item 7- na análise da Habitação, pontua contexto institucional e aspectos legais, necessidades habitacionais, regularização fundiária e condições de ocupação, as HIS e ZEIS. Quanto à mobilidade, item 8, aponta sobre a mobilidade metropolitana, componentes da mobilidade de Nova Lima, foi feita essa análise em vários vieses, na mobilidade por bicicleta, transporte público, sistema viário, cargas e logística urbana. No Turismo, Esporte e Lazer, item 9, foram apontados os equipamentos hoteleiros, legislações do Plano de Turismo e Ações, sobre projeto e programas que podem fomentar ainda mais sobre Esporte e Lazer foram feitos levantamentos desses equipamentos no diagnóstico do turismo, outro ponto importante foi apontado através de mapas, o decreto das trilhas tombadas. No ponto 10- Uso e Ocupação do Solo, Larissa explicita também sobre a contextualização histórico-urbanística, evolução da mancha urbana, articulações e barreiras, projetos estruturantes, dinâmica de valores imobiliários etc. E já entrando no item 11- Aspectos Institucionais e Jurídicos, é apontado que foi trabalhado no diagnóstico as considerações gerais dos aspectos institucionais e jurídicos, da estrutura da administração direta municipal, das regionais administrativas, do zoneamento e dos parâmetros urbanísticos, relacionamento da administração pública com a população etc. Ao final, o Marco finaliza a apresentação deixando os telefones e e-mails de contato da Fundação Gorceix e o endereço do site oficial do Plano Diretor para consulta de documentos e dúvidas. O mestre de cerimônia prossegue a audiência dando a palavra para as pessoas que estão presentes, para que possam fazer perguntas aos membros da equipe da Fundação Gorceix e aos secretários municipais, e informando que, após isso, responderão as perguntas feitas no chat da videoconferência da audiência pública, para aqueles que estão de forma online. O mestre de cerimônia convida ao palco Larissa Tredezini para a condução das perguntas de forma presencial, e quem conduzirá de forma online será a arquiteta e urbanista da Fundação Gorceix, Liliana Gomes Rocha Sousa. Quem inicia na primeira pergunta é Alvimar Alvares Maltada, da Associação Lagoa do Miguelão: “inicialmente gostaria de parabenizar a equipe da Fundação Gorceix e registrar que estamos aqui com a finalidade de reunir contribuições e chamar atenção para um ponto que no Plano Diretor, por ser de 2007, está desalinhado com a legislação 13.465/2017, que está com os loteamentos fechados, gostaria de exortar a equipe que prossiga com a trajetória e durante a construção dos desenhos dos parâmetros urbanístico e que seja levado em conta as condições originárias de cada um dos loteamentos”. Em resposta, Larissa coloca um adendo, dizendo que os documentos estarão disponíveis até dia 10 de dezembro em consulta pública. O próximo que o mestre de cerimônia pede para expor sua pergunta é Henrique de Oliveira, da Fazenda Belarmino. Henrique começa expondo uma dúvida sobre o cronograma da revisão e expõe que no dia da oficina na regional nordeste estava trabalhando, por isso enviou suas demandas no formato de formulário e termina sua fala perguntando se antes de finalizar o Plano Diretor, se poderia já ser feito alguma coisa. Em resposta, Larissa responde dizendo sobre o cronograma, que está disponível no site, assim como todas as etapas e plano de trabalho, e sobre as demandas, agradeceu por enviar no formato de formulário pois é, em suas palavras, “de suma importância para formalizar o diagnóstico consolidado, nisso, para começar a ser feito alguma coisa, usará essas demandas dos munícipes para começar a próxima etapa que é de Diretrizes e Propostas”. A próxima pergunta é da Maria da Conceição, do Bairro Santa Rita, ela agradece a oportunidade de estar presente e a sua preocupação é com a região nordeste. Em suas palavras expõe: “sobre os resíduos da região, a comunidade vai só crescendo, tem muitas ocupações e devido essas mudanças de dia a dia, como ficará as demandas que chegarem a partir desse momento? E qual seria a proposta para essa situação?”. Larissa passa a palavra para Liliana, da equipe técnica da Fundação Gorceix, responsável pela temática “Habitação” do diagnóstico do Plano Diretor. Liliana, em resposta, afirma que: “é tratado no diagnóstico essas zonas de ocupações irregulares, trata também no mapa da regional, as novas ocupações estão registradas no diagnóstico. Em primeiro momento estamos apenas identificando como é o território em Nova Lima, na próxima etapa (Diretrizes e Propostas), pensaremos como serão tratadas essas áreas com as equipes técnicas da Fundação Gorceix”. Em complemento, a Secretária Municipal de Política Urbana de Nova Lima expõe que: "na fase de elaboração de diretrizes e propostas, a sala é aberta para ouvir todas as ponderações, a gente também vai conduzir esse trabalho junto com todas as Secretarias, todas as atualizações. Então a ideia é que façamos um trabalho de forma horizontal, com a participação de todos”. Na próxima pergunta, Roberta Gonçalves, do bairro Cabeceiras, começa sua fala exclamando que “acha possível acharmos propostas com relação ao déficit habitacional, com relação também aos equipamentos públicos que vamos precisar, acredito que teremos propostas para a economia da cidade, que as pessoas que aqui moram não precisem se locomover para trabalhar, que elas consigam trabalhar aqui mesmo e, que, a ideia muito desenvolvimentista de cidade, precisa se contrapor com uma contradição, que é uma contradição falsa de que desenvolvimento econômico é antagônico com a questão da preservação e, no caso da cidade de Nova Lima, por ter muitas emergências de barragens, históricos de alagamentos, resíduos, também, as políticas de reparação, até agora não vi propostas para isso e que precisa entrar na pauta de discussão, a gente vive uma emergência climática e precisamos lidar com isso, obrigada”. O próximo participante para as perguntas é André Rolf do Jardim Canadá. André, em sua fala, exclama que a região do Jardim Canadá se identifica por uma área de apoio comercial e, como investidor da região, expõe uma preocupação quanto ao estudo do diagnóstico, acaba acontecendo uma especulação sobre mudança de zoneamento, proporciona valorização dos imóveis, industriais e comerciais, a dúvida é “invisto agora, invisto no futuro, existe uma linha base em termos de construção, tipologia de imóvel, coeficiente de aproveitamento para podermos embasar decisões dos proprietários e dos investidores da região?”. Larissa, em resposta, afirma que a revisão dos parâmetros urbanísticos é uma fase posterior, que a equipe técnica irá começar agora a fase de diretrizes e propostas e, “a ideia que isso seja sobreposto na discussão multidisciplinar e multisetorial, e posteriormente teremos uma proposição de novos parâmetros urbanísticos e, a ideia é que com a ajuda da população e dessa análise técnica a Fundação consiga transformar em instrumentos de planejamento futuro que sejam compatíveis com as aspirações e múltiplos interesses que ocorrem no município". A próxima pergunta é de Alan Junior, do bairro Boa Vista, da Instituição Bonserá. Em sua dúvida, Alan pergunta: "Gostaria de saber se o diagnóstico do Plano Diretor considerou o novo projeto de operação urbana consorciada “Nova Vila”, na antiga área industrial da AngloGold, na Praça do Mineiro, uma área que abrange mais de 220 ha? Eu gostaria de saber se foram e como foram feitas as análises de impactos urbanos, ambientais e nas comunidades do entorno, com as especulações imobiliárias, e a previsão de mais de 2.500 novos moradores na região central da cidade, ao qual a minha comunidade será diretamente impactada”. Para essa questão, quem respondeu Alan foi a Secretária Municipal de Política Urbana, Débora Freire, que aponta que “hoje no diagnóstico, a área industrial da AngloGold, consta como uma área privada, que é o estado atual da área onde era antiga mina da AngloGold, a operação Nova Vila está em estudo de viabilidade e inclusive está em consulta pública, e audiência pública acontecerá no dia 12 de dezembro na Casa do Educador. E lá, vocês poderão fazer todas as perguntas a respeito do projeto Nova Vila, que é uma operação urbana consorciada entre AngloGold, Prefeitura e a construtora Concreto. Todos os estudos feitos na área de entorno estão no site da Prefeitura, por enquanto não consta do diagnóstico, como uma área a fazer parte como uma área pública, porque ela ainda não é de fato, por isso os estudos de viabilidade. Se esse projeto for aprovado, hoje ele já foi apresentado para o CODEMA, para o Conselho da Cultura, para o Conselho da Cidade, e está em fase de consulta pública, caso seja aprovado de fato, seguirá como projeto da prefeitura. Por enquanto ele é uma proposta em fase inicial”. Alan responde novamente dizendo que não foi muito respondido, pois já participou como representante de comunidades de entorno, para dar opinião, na reunião com a AngloGold, juntamente com um representante do bairro Mingu e um representante da prefeitura. Alan afirma que “o projeto já está bem avançado e eu fiz alguns questionamentos, aproximadamente 18, e tinha alguns questionamentos, e na minha opinião o projeto deixa muito a desejar, pois quem projetou não conhece a história de Nova Lima, o legado que a mineração deixou pra gente e como forma de reparação histórica para a comunidade novalimense. Esse projeto está mais como um empreendimento imobiliário do que uma área de lazer, cultura, história e patrimônio, para devolver para a comunidade. Já foi feita uma análise de quantos moradores serão, serão prédios horizontais, verticais e vou te falar 4 pontos principais que listei, o primeiro é o Ribeirão Cardoso, aquela área inunda em época de cheia, será feito um tratamento nesse Ribeirão para se evitar isso?; outra coisa, o impacto para o comerciante do entorno, está projetado um supermercado dentro dessa área, Nova Lima tem que deixar de ser um polo de subempregos, Nova Lima tem que ser um polo tecnológico, dentro deveria ter uma escola do Cefet que foi prometido a Nova Lima, por que não transformar essa parte num polo tecnológico ao invés de colocar um supermercado, que terão caixas, repositores, um gerente, sendo que a cidade já está cheia? Temos uma área na nossa cidade super urbanizada que se chama Osvaldo Barbosa Pena, o crescimento da região chegava em nossa cidade o Walmart Minas, o Supermercado BH, o Supermercado Oba, só nessa região, o que aconteceu com os comerciantes locais? Agora temos a região da Praça do Mineiro, eles consideraram isso? Isso já está bem avançado, eles não consideraram essas observações, o projeto não tem uma quadra de esportes, eu nas 3 consultorias que respondi, eu fui bem incisivo, o projeto está deixando a desejar com esporte e lazer, cultura, turismo. Eu quero deixar claro que é preocupante. Não sou contra a ocupação da área, mas deveria ser feito com mais capricho a análise”. Débora responde dizendo que agradece as ponderações e pede para Alan registrar tudo o que ele disse no material de consulta pública e que, se possível, ele participe da audiência pública. Gabriel Coutinho, Secretário Municipal de Meio Ambiente, fez também considerações após a fala de Débora, ele diz que em complemento às falas de Alan, “todos os elementos que ele expôs estão sendo debatidos no grupo de trabalho, a questão da preservação ambiental, a história, através do CODEMA, do Conselho da Cultura”, agradece pelas colaborações feitas e disse que é de extrema importância para a construção dessa operação urbana, “que é um legado que o governo João Marcelo vai deixar para a cidade de Nova Lima, assim como é o legado da revisão do Plano Diretor”. Na sequência, as perguntas serão lidas por Liliana Sousa, no chat da transmissão da audiência pública. Inicialmente, Carlos César de Lima pergunta: “Em vista do que existe hoje no Jardim Canadá e sua região que hoje sofrem com uma baixa oferta de casas e apartamentos, existe alguma previsão nesse diagnóstico que procure resolver esse problema?” Débora, já havia respondido no chat, mas Liliana trouxe para a audiência em forma de áudio, que é o seguinte: “essa etapa é a apresentação do Diagnóstico, como um retrato da situação atual do município em relação aos temas abordados! As propostas serão construídas e apresentadas na próxima etapa”! Outra dúvida é de Carol Resende de Morais, ela achou que Nova Lima teria apenas um distrito e perguntou qual seria o outro. Liliana responde que “São Sebastião das Águas Claras- Macacos é um distrito e Honório Bicalho também é outro, e tem as três regionais administrativas, temos a região nordeste que abrange Honório Bicalho, noroeste que é a região de Jardim Canadá pegando até Água Limpa, tem a regional norte que abrange Vila da Serra, 6 pistas e a sede do município como uma região também”. Uma outra pergunta, Liliana pediu para que Marco e Bernardo, que fazem parte da temática ambiental e de patrimônio, respondam a pergunta de Luiz Nepomuceno, sobre a Serra do Souza: “O plano diretor irá observar o decreto 5319/13 que tombou o Monumento Natural Serra do Souza e proibir a construção em volta que tape a visada da Serra até que seja aprovado o já existente? Até que seja aprovado o Plano de Manejo da Serra do Souza realizado pela empresa SETE”? Em resposta, Marco Pedrosa, Engenheiro Ambiental da Fundação Gorceix, afirma que “para os levantamentos ambientais nós consideramos o atual estudo do Plano de Manejo, que não foi aprovado, mas o zoneamento atual que foi previsto nesse plano e a zona de amortecimento, os dois estão apresentados como foi colocado no Plano de Manejo e sim faz parte das nossas discussões”. A próxima pergunta do chat, é do Leopoldo Paiva: “Qual o prazo estimado para implantação do Plano Diretor”? Liliana responde que são 4 etapas e que no momento estão concluindo a segunda etapa. A entrega é a partir do mês de abril de 2023. A próxima pergunta é da Erika Vasconcelos, ela expõe que “seria interessante que fosse incluído nesta apresentação o mapa da página 135, da leitura técnica, figura 21. Uma questão muito preocupante e que necessitará de uma tratativa a longo prazo”. Em resposta novamente o Marco fala que “esse mapa consta nas nossas discussões sobre a questão da mineração em Nova Lima, é um mapa dos direitos minerários, que possuem algum pedacinho dele inserido dentro de Nova Lima. Realmente é um mapa muito importante”. Em seguida a pergunta de Walmir Braga, na mesma temática da operação urbana consorciada, que é: “não há conflito entre a Operação Urbana Consorciada em fase de proposição para importante área central e a revisão do Plano Diretor”? Em resposta, Liliana fala que a Secretária Débora já esclareceu sobre questões relacionadas a esse projeto. Na próxima questão, Marilia Cecília Rocha, quer saber sobre qual é o tratamento que vai ser dado à Serra do Curral no Plano Diretor. Larissa respondeu à Marília que “está sendo levado em consideração todas as discussões que incidirão sobre o território novalimense, essa recente discussão a respeito do tombamento da serra no âmbito estadual já está sendo mediada dentro do Plano”. Liliana complementa a fala dizendo que se não der tempo de todas as perguntas serem respondidas, a equipe da Fundação iria colocar o telefone e o e-mail de contato para que essas perguntas possam ser respondidas, também indicando que no site está disponível formulário para ser preenchido com dúvidas. Prosseguindo nas perguntas, Marilia Cecília da Rocha pergunta "Qual a solução que vai ser dada ao risco das barragens sobre o Ribeirão Cardoso”? Para responder, Frederico, Engenheiro Geólogo da Fundação Gorceix, aponta dizendo em sua fala que “quero frisar uma questão das barragens, é um risco tecnológico, sobre os estudos de Dam Breaks, não é uma situação eterna, estática, o caminho no futuro é o descomissionamento dessas barragens, da mineração principalmente. Isso tem que ser contemplado na hora de apresentar as diretrizes para o território, é uma situação que pode mudar. Os estudos de Dam Break tem que ser feito periodicamente como toda análise de risco, pois mudam toda hora”. Em sequência das perguntas, Liliana lê uma pergunta da Idoney Oliveira sobre o patrimônio industrial em Honório Bicalho e Rio de Peixe que está se degradando. Quem responde é Bernardo, que é responsável pela temática de Patrimônio do Plano Diretor, ele expõe dizendo que “está sendo contemplado sim, é um patrimônio rico que está sendo perdido, precisa ser melhor explorado, e nas diretrizes iremos tratar disso, assim como o Complexo do Morro Velho, para preservação desses espaços, já que eles são tombados e inventariados”. Liliana passa a palavra para o auditório finalizando a leitura de perguntas do chat. O mestre de cerimônia prossegue a audiência chamando Felipe Gomes. Em sua fala, Felipe expõe que é Engenheiro Ambiental e tem Mestrado em Sustentabilidade, acrescenta também que é uma das lideranças em defesa da Serra do Curral e está assessor parlamentar da Deputada eleita, Duda Salabert. Como primeiro apontamento, Felipe veio para fazer alguns questionamentos sobre a Serra do Curral, trazer esclarecimentos da fala da Secretária e diz que “Belo Horizonte saiu do processo de negociação e está tendo esse processo de negociação pelo TJ com o cronograma que Belo Horizonte entendeu ser muito demorado, e na última reunião que ocorreu há uns dois meses atrás, Belo Horizonte saiu da mesa de negociação e entrou com uma ação no Supremo, pedindo para mudar o fórum de debate, e infelizmente foi negado pela Rosa Weber, não sei como vai ser, Sabará também faz parte. Como Nova Lima está no processo, gostaria de saber se tem o cronograma, que será debatido na última reunião de conciliação. Em relação ao tombamento da Serra, é bom lembrar que a Vereadora Juliana Sales tem um projeto a nível municipal, esse projeto foi contemplado de alguma forma no processo de tombamento? Em relação especificamente à área da Tamisa, se pegarmos o enquadramento do atual Plano Diretor, são áreas extremamente restritivas, inclusive a área de lavra, em tese, não é permitido a instalação de indústrias de mineração, porém por um dispositivo do Plano Diretor que permite a concessão da Declaração de Conformidade locacional foi se dado, porque um dos direitos de lavra, atendia aos quesitos mas a prefeitura deu a autorização dos quatro direitos de lavra. Eu queria saber se no novo Plano Diretor será mantido esse mesmo dispositivo legal que permite que mesmo em áreas de máxima relevância ambiental se minere, caso haja uma autorização antiga do direito de lavra, queria saber se vai ser mantido isso? E, também, gostaria de saber, se a atual forma de enquadramento do terreno onde está a área da Tamisa, vai ter alguma alteração na forma como está definida, vai deixar de ser área máxima de proteção ambiental para se tornar industrial? E se isso se amplia para fora da área do empreendimento, se isso foi avaliado de alguma forma. É bom lembrar também, um ponto muito relevante, é a área da estação de captação de água de Bela Fama, minha dúvida é como ela está sendo tratada, ela está sob risco de ser eliminada, em função do eventual rompimento da B3 e B4, da Mina de Mar Azul da Vale em Macacos, e com isso foi construída a ECJ- Estrutura de Contenção Jusante. Em Macacos, que no começo deste ano, graças à chuva acima do dimensionamento, inundou a área da ECJ e alagou, deixando a região do distrito de São Sebastião das Águas Claras ilhado, por cerca de 4 ou 5 dias. Nisso, eu gostaria de saber como está sendo tratado isso, o risco, a estação de Bela Fama no distrito de Honório Bicalho e, também, o distrito de São Sebastião das Águas Claras, que inclusive quando teve o alagamento, nós questionamos a Vale se estava tudo certo com a ECJ, e em resposta oficial, a Vale nos disse que a Estrutura funcionava como projeto, porém está sendo construída uma nova comporta, está em obra, ou seja, não estava, pois é bom lembrar que apenas 3 anos, o parâmetro de dimensionamento que é pra chuva com tempo de recorrência de 500 anos e 6 horas de duração foi superado por duas vezes. Em relação à transição econômica, muito se fala da “minério-dependência”, que é um município que tem uma história, e nós temos uma contribuição que é a CFEM, que é justamente a contribuição aplicada para a transição econômica, eu queria entender como que dentro do âmbito da revisão do Plano Diretor está sendo tratado essa questão da transição econômica. Nós temos diversas formas, alternativas e recursos que o município de Nova Lima pode se beneficiar, em comparação com o município de Itabira, que está em processo de exaustão de mina, que foi a primeira mina da Vale, está sendo feito um novo trabalho para um direcionamento econômico, inclusive uma instalação do Campus da UNIFEI, da Federal de Itajubá, dentro de Itabira, que foi uma contrapartida exigida da Vale. Aqui está sendo tratado de alguma forma, foi avaliado essa questão da transição econômica da aplicação da CFEM, está tendo impacto dentro do estudo do Plano Diretor? Obrigado!”. Após conclusão da sua fala, Débora respondeu, agradecendo pelas considerações feitas e pediu que por favor fizesse a formalização das perguntas, através de formulário no site do Plano Diretor, para que a equipe possa responder de forma mais densa os questionamentos. E sobre a questão da Serra do Curral, Débora acrescenta a respeito do município de Belo Horizonte e diz que “no próximo dia 12 terá uma reunião no TJ, onde o município de Belo Horizonte foi convidado para ir e será discutido o cronograma de ações, ele foi paralisado por conta do posicionamento de Belo Horizonte”. Sobre os demais questionamentos que Felipe fez sobre as lavras, aspectos do que será permitido ou não com relação às mineradoras, Débora afirma que está em fase de discussão, tanto pelo município e ainda será abordado pelo plano diretor na etapa de diretrizes e propostas pela Fundação Gorceix. Outra pergunta sobre a estação de tratamento de água, Débora ainda não tem uma resposta concreta para dar a Felipe, pois está realmente aguardando a próxima etapa do Plano Diretor. Sobre a questão da transição econômica do município, Débora afirma que “no próprio diagnóstico aponta sobre essa questão da diversificação econômica e como isso precisa ser avaliado de fato e como precisamos ter propostas e diretrizes voltadas para essa temática. O retrato hoje de Nova Lima demonstra que precisamos ter um olhar para políticas públicas mais desenvolvimentistas”. Em sequência, Débora passa a palavra para Esterlino Luciano Campos Medrado- ConCIDADE, que começa a sua fala em forma de resumo sobre o que está acontecendo na audiência naquele momento. Declara: “a leitura que a comunidade fez, cada um em suas regionais, foram colocadas as dores dos presentes, as oficinas, e sobre isso, ainda tem uma leitura técnica feita pela Fundação Gorceix. As oficinas foram boas, pois manteve a média de 50 pessoas, cobrar propostas será próxima etapa, que virão as propostas e diretrizes. O Conselho da Cidade está acompanhando de perto, nós não queremos um plano diretor convencional, estamos pedindo e deixando claro para a Fundação Gorceix e a Prefeitura Municipal de Nova Lima, que queremos um plano diretor desenvolvimentista, então se fizer um resumo das principais dores, são saneamento, mobilidade, habitação de interesse social. O cerne que estamos pedindo é o desenvolvimento econômico. O que o Conselho da Cidade pede é que seja um plano diretor de desenvolvimento urbano, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, desenvolvimento cultural, desenvolvimento ecológico”. A próxima dúvida é de Pedro Lima- Presidente do Promutuca. Pedro declara que “durante o processo infelizmente o Conselho não conseguiu ter muitas reuniões com a Fundação Gorceix, pois teve um período que o Conselho ficou suspenso e logo que retornou às atividades, já obteve direto a apresentação do diagnóstico. Mas participamos de todas as reuniões comunitárias. Tenho uma dúvida apenas sobre o Vale do Mutuca, foi explanado a relevância da área, que foi constatada com estudos que enviamos, hoje no Plano Diretor atual o Vale do Mutuca é considerado Área de Preservação Integral, juntamente com fechos, e o Parque do Rola Moça. Gostaria de saber se nesse diagnóstico já tem alguma previsão de manter essa qualidade da região de restrição ou se está tendo algum movimento da pressão imobiliária para flexibilizar isso?”. Antes mesmo de Pedro Lima ser respondido, Medrado fez um comentário que havia esquecido de fazer. Medrado deixa registrado que as observações que ele fez na última reunião extraordinária do ConCIDADE, não constam no novo diagnóstico já atualizado e que gostaria que colocassem as observações feitas por ele no diagnóstico consolidado. Em continuação da sequência da audiência, Marco Pedrosa responde a Pedro Lima e declara que fará as observações do Medrado no diagnóstico. Sobre a fala de Pedro, Marco diz que “os estudos da área indicam uma relevância muito importante para Nova Lima, que são estudos muito bem embasados e completos, sobre as espécies endêmicas, a questão do corredor ecológico e o contexto local de outras unidades de conservação, a localização do corredor ecológico, não foi à toa, foi percebido através de estudos de conexões, conversa muito com outros estudos de outras fontes, não há uma diretriz no momento com relação a uma mudança, não é uma questão que iremos deixar de colocar dentro das próximas etapas”. A próxima dúvida é da senhora Mirausa da Silva sobre o aluguel social, em sua fala ela pergunta: “a minha casa, antes de acontecer essa enchente estava correndo risco de desabar pois não tem laje em minha casa, é apenas madeira e telha de amianto, só é necessário um acabamento nela. A defesa civil me tirou de lá, e me deu uma casa de passagem, com o aluguel social, agora queria saber se é possível arrumar a minha casa, pois gostaria de voltar a morar nela.” Quem respondeu a senhora Misaura, foi o Secretário Municipal de Habitação- José Geraldo. José Geraldo acrescenta em sua fala que Misaura já está sendo beneficiada com o aluguel social em que o município já está dando o apoio para que ela consiga passar por essa fase. Sobre a reforma da casa, José Geraldo diz que estão aguardando o relançamento dos programas de interesse social e acredita que a partir de 2 de janeiro de 2023 será revisto e tem esperança, que consiga a partir do ano que vem. Em resumo, ficará em observação do caso da senhora Misaura para que possa oferecer a ajuda necessária até que o programa saia. A próxima pergunta é de Leonardo Tolentino, do ConCIDADE. Leonardo exclama que acompanha a região de Macacos desde 2000, quando rompeu o Córrego Grota Fria- a barragem, acompanha o Plano Diretor desde 2007 e que está com o Conselho da Cidade desde 2009, Leonardo comenta sobre a questão da segurança de barragens, sobre os riscos que elas oferecem; temos sequências de risco da Mina Águas Claras, de Macacos, de Miguelão e Rio do Peixe, barragem em Itabirito, até mesmo por aquelas barragens que não estão dentro do município de Nova Lima. Leonardo se preocupa com as questões das barragens, pois elas têm prazo de validade, e exclama que “a Barragem do Capão da Serra que fica ao lado do Pasárgada que atinge a região de Macacos de uma forma muito perigosa, ela teve um prolongamento de vida útil de mais 80 anos, isso tem que ser considerado sim. Não podemos esquecer das validades das barragens, para a gente poder ver como projetamos vias, de como faremos as soluções de segurança para o município. Conheço o que aconteceu em com Grota Fria em 2000, conheço o que aconteceu com Rio Verde em 2001, com a B3 e B4 em 2019 e agora inundação por causa de muro em Macacos. Continuo insistindo que tem que ser considerada as manchas de riscos, os prazos de validade, até quando vai ser o funcionamento e também as questões futuras”. Em resposta, o Profº. Frederico, da Fundação Gorceix, responde a Leonardo que os estudos de Dam Break, eles mudam o tempo todo com a quantidade de dados que se tem, que o que afeta a população é o que está no dia a dia, e o que é de mais preocupante em Nova Lima, é o risco geológico. Larissa encerra a reunião após a fala do Frederico, e deixa em tela o contato, o e-mail o site, para que possam fazer mais considerações através dessas redes. Larissa pede para que formalizem as perguntas e mandem através de formulário no site. Larissa agradece a todos os participantes. O mestre de cerimônia em nome da Prefeitura de Nova Lima, agradece a todos os presentes. LISTA DE PRESENÇA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DE APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO TERRITORIAL DE REVISÃO DO PLANO DIRETOR DE NOVA LIMA
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