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FICHAMENTO

Mircéia Terezinha Suffiatti Mesnerovicz Vareiro

ARiÈS, P. O Sentimento de Infância: a descoberta da Infância. In: ___. História Social da


Criança e da Família. Trad. Dora Flaksman. 2 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan,
1981 - [ 1973] . p.49-68.

Idade Medieval, a criança é retratada nas pinturas como adultos miniaturizados (p. 51, § 1).

Isso devido à falta de interesse por esse período da infância, tido simplesmente como uma
transição e que logo desapareceria (p. 52, § 1).

Século XIII, começam a mudar os traços, anjos são apresentados com traços mais graciosos
(p. 52, § 4).

“Segundo tipo de criança seria o modelo e o ancestral de todas as crianças pequenas da


história da arte: o menino Jesus” (p. 53, § 2).

Fase gótica é representada por crianças nuas (p. 53, § 3).

As pinturas de Jesus e sua mãe vão se tornando mais profanas, retratando cenas da vida
cotidiana (p. 54, § 2).

Infância religiosa se estende para a Virgem e infância santas (p. 54, § 3; p. 55, § 1).

Frequência das crianças nas pinturas anedóticas [narrativa sobre um personagem] (p. 55, § 3).

Isso por que, ou as crianças viviam no cotidiano misturadas com os adultos, ou por sua
formosura e por seu pitoresco, esta última representa um sentimento moderno da infância (p.
55, § 4; p. 56, § 1).

Século XVI crianças aparecem nas efígies funerárias (p. 56, § 3).

Crianças morriam em grande número, mas havia um sentimento de indiferença quanto a essa
mortandade, consequência da demografia (p. 57, § 2).

Apesar disso, “o gosto novo pelo retrato indicava que as crianças começavam a sair do
anonimato em que sua pouca possibilidade de sobreviver as mantinha” (p. 58, § 1).

“O aparecimento do retrato da criança morta no século XVI marcou portanto um momento


muito importante na história dos sentimentos” (p. 58, § 22).
Várias representações de crianças nos túmulos dos pais no século XVI, mesmo que elas não
estivessem mortas (p. 58, § 2).

Doadores de quadros e vitrais para a igreja representavam em pinturas toda a família,


inclusive eram incluídas as crianças que já haviam morrido (p. 59, § 3).

Fim do século XVI aparece efígies de crianças isoladas, embora retratos de crianças sozinhas
ainda fossem raros (p. 60, § 3 e 4).

Início século XVII surge inúmeras obras da criança sozinha. A criança se separa da família e é
representada por ela mesma (p. 60, § 4).

As condições demográficas não mudam muito nesse período, a mortalidade entre as crianças
permanece alta, mas o sentimento muda, de que ela possui uma alma imortal e uma
personalidade (p. 61, § 3).

Reduz-se a mortalidade pelas mudanças de hábitos de higiene e vacinação (p. 61, § 4).

Século XVI – XVII: putto, criancinha nua, inclusive na arte religiosa. Isso é tido mais que um
gosto pela nudez, mas é traduzido como um movimento de interesse pela infância (p. 61, § 4;
p. 62 § 3).

Esse putto não é tido como uma criança real, mas mitológica e ornamental. As crianças reais
eram retratadas vestidas (p. 63, § 1).

No século XVII aparecem alguns retratos de nudez de crianças (p. 63, § 2).

“Singular persistência no gosto coletivo, tanto burguês como popular, de um tema que
originalmente foi decorativo” (p. 65, § 1).

Novos termos e expressões das crianças são adicionados ao vocabulário (p. 66, § 1).

“A descoberta da infância começou sem dúvida no século XIII, e sua evolução pode ser
acompanhada na história da arte e na iconografia dos séculos XV e XVI. Mas os sinais de seu
desenvolvimento tornaram-se particularmente numerosos e significativos a partir do fim do
século XVI e durante o século XVII” (p. 65, § 2).

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