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FICHAMENTO

Mircéia Terezinha Suffiatti Mesnerovicz Vareiro

ARiÈS, P. O Sentimento de Infância: Idades da Vida. In: ___. História Social da Criança e
da Família. Trad. Dora Flaksman. 2 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 1981 -
[ 1973] . p.29-49.

A idade biológica, a identidade civil é vista de forma diferente em cada cultura / grupo étnico
(p. 29, § 1).

Evolução da identidade civil: ao nome (fantasia) foi preciso acrescentar um sobrenome


(tradição), mais tarde foi necessário acrescentar data de nascimento e número de documento
(identificação diferenciada para a sociedade) (p. 30, § 1).

Crianças começam a aparecer em quadros, e nesses quadros indicações de quando essas


pessoas nasceram. Marca e situa no tempo. Noção de família e desenvolvimento (p. 30, § 2; p.
32, § 2).

Móveis trazem marcas de família, através de brasões em baús, por exemplo. Os diários
fornecem precisão cronológica e um sentimento familiar, a preocupação em registrar a família
na história marcando o tempo (p. 32, § 1).

Natureza determinista, idades da vida também regidas por leis da natureza, são determinadas,
tem um ciclo (p. 35, § 1).

“Hoje em dia [...] dizemos ‘é a vida’ para exprimir ao mesmo tempo nossa resignação e nossa
convicção de que existe, fora do biológico e do sociológico, alguma coisa que não tem nome,
mas que nos comove” (p. 38, § 3; p. 40, § 1).

Século XIV – XVIII: idades sendo retratadas conforme funções sociais, crianças brincando,
indo à escola, posteriormente a “idade do amor”, “idade da guerra”, os “homens da lei” e o
“velho sábio” (p. 40, § 3; p. 41, § 1).

As idades acima se encontram retratadas em gravuras onde mostra as pessoas do nascimento


até a morte, em uma ordem cíclica (determinismo) (p. 40, § 2).

Século XVI – XVII: no francês até os 24 anos de idade, observa-se o uso do termo “criança”
devido à inexistência de termos como pueri e adolescentes. (p. 41, § 2; p. 42, § 2 e 3).
Durante século XVII: “nas classes sociais mais dependentes [...] só se saía da infância ao se
sair da dependência” [enquanto a pessoa não exercesse um trabalho ela não saía da infância]
(p. 42, § 4).

“Mas nas famílias nobres em que a dependência não era senão uma consequência da invalidez
física, o vocabulário da infância tendia quase sempre a designar a primeira idade” [sentido
moderno] (p. 43, § 3).

Século XVIII, Romantismo: aumento de expressões na língua francesa para infância:


pequenos, médios, grandes, pequenas almas, pequenos anjos (p. 44, § 1).

Século XIX: palavra bébé para designar a criança nos seus primeiros meses (p. 45, § 3).

Século XVIII – o conceito de adolescência começa a aparecer em personagens literários e


depois “seria prefigurado [...] pelo conscrito” [aquele que se alistou no exército] (p. 45, § 4; p.
46, § 2).

Século XX – O que a “juventude” (adolescência) pensa? (p. 46, § 3).

A velhice, que na França antiga era sinal de caduquice evolui para “ancião respeitável” e mais
tarde para “homem de uma certa idade” e “senhores ou senhoras muito bem conservados”
[noções burguesas que se popularizam] (p. 48, § 1 e 2).

“Cada época corresponderiam uma idade privilegiada e uma periodização particular da vida
humana: a ‘juventude’ é a idade privilegiada do século XVII, a ‘infância’, do século XIX, e a
‘adolescência’, do século XX (p. 48, § 4).

“A ausência da adolescência ou o desprezo pela velhice, de um lado, ou, de outro, o


desaparecimento da velhice, ao menos como degradação, e a introdução da adolescência,
exprimem a reação da sociedade diante da duração da vida” (p. 48, § 5; p. 49, § 1).

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