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Edição 1126/2024

08 DE MOAÇR DE 2024
Secretaria-Geral da Presidência
Aline Rezende Peres Osorio

Gabinete da Presidência
Fernanda Silva de Paula

Diretoria-Geral
Eduardo Silva Toledo

Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação


Patrícia Perrone Campos Mello

Coordenadoria de Difusão da Informação


Renata Helena Souza Batista de Azevedo Rudolf

Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior
Mariana Bontempo Bastos
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira

Capa e projeto gráfico


Flávia Carvalho Coelho Arlant

Diagramação
Aline da Silva Pereira

INFORMAÇÕES
ADICIONAIS

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)

Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual.
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação.
CDDir 340.6

Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.

ISSN: 2675-8210

INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1126/2024.
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 08 de março de 2024.
INFORMATIVO STF 08 de março de 2024 | 1126/2024

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

MINISTRO
LUÍS ROBERTO BARROSO
Presidente [26.06.2013]

MINISTRO
LUIZ EDSON FACHIN
Vice-presidente [16.06.2015]

MINISTRO
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.06.2002]

MINISTRA
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.06.2006]

MINISTRO
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]

MINISTRO
LUIZ FUX
[03.03.2011]

MINISTRO
ALEXANDRE DE MORAES
[22.03.2017]

MINISTRO
KASSIO NUNES MARQUES
[05.11.2020]

MINISTRO
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]

MINISTRO
CRISTIANO ZANIN MARTINS
[04.08.2023]

MINISTRO
FLÁVIO DINO DE CASTRO E COSTA
[22.02.2024]
INFORMATIVO STF 08 de março de 2024 | 1126/2024

SUMÁRIO

1 INFORMATIVO

1.1 PLENÁRIO

DIREITO ADMINISTRATIVO –

» Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista; Demissão de


Empregados Públicos; Motivação

• Demissão de empregados concursados de empresas estatais: necessidade


de ato formal com indicação das razões para a dispensa - RE 688.267/CE
(Tema 1.022 RG)

DIREITO ELEITORAL

» Eleições; Sistema Proporcional; Quociente EleitoraleE Partidário; Cláusula


De Desempenho; Sobras

• Distribuição das “sobras eleitorais” no sistema eleitoral proporcional -


ADI 7.228/DF, ADI 7.263/DF e ADI 7.325/DF

DIREITO PROCESSUAL PENAL

» Habeas Corpus; Flagrante Delito; Incursão Policial; Busca e Apreensão;


Ação Penal

• Tráfico de drogas: flagrante delito e fundadas razões para a incursão


domiciliar sem mandado judicial - HC 169.788/SP

2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA

• Ministério Público estadual: extinção de cargos efetivos - ADI 6.219/BA

• Poder de requisição de membro do Ministério Público e de delegado de


polícia para investigar determinados crimes - ADI 5.642/DF
INFORMATIVO STF 08 de março de 2024 | 1126/2024

• Lei de Diretrizes Orçamentárias estadual: rateio da receita arrecadada


e relação institucional entre os Poderes Executivo e Legislativo no ciclo
orçamentário - ADI 7.593 MC-Ref/PE

• Corpo de Bombeiros Militar: cobrança de taxa pela prestação de serviços


públicos - ADI 7.448/AL

• Criação de procuradorias autárquicas no âmbito estadual - ADI 7.420/RO,


ADI 7.421/RO e ADI 7.422/RO

• Cobrança da “Taxa de Prestação de Serviços” e da “Taxa de Serviço de


Bombeiros” no âmbito municipal - ADPF 1.030/RS

3 INOVAÇÕES NORMATIVAS DO STF


INFORMATIVO STF EDIÇÃO 1126/2024 |

1 INFORMATIVO

1.1 PLENÁRIO

DIREITO ADMINISTRATIVO – EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE


ECONOMIA MISTA; DEMISSÃO DE EMPREGADOS PÚBLICOS; MOTIVAÇÃO

DIREITO CONSTITUCIONAL – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; PRINCÍPIO DA


IMPESSOALIDADE

Demissão de empregados concursados de empresas


estatais: necessidade de ato formal com indicação das
razões para a dispensa - RE 688.267/CE (Tema 1.022 RG)

ÁUDIO AMICUS
DO TEXTO CURIAE

VÍDEO DO VÍDEO DO VÍDEO DO


JULGAMENTO JULGAMENTO JULGAMENTO

Parte 1 Parte 2 Parte 3

TESE FIXADA:

“As empresas públicas e as sociedades de economia mista, sejam elas presta-


doras de serviço público ou exploradoras de atividade econômica, ainda que em
regime concorrencial, têm o dever jurídico de motivar, em ato formal, a demissão
de seus empregados concursados, não se exigindo processo administrativo. Tal
motivação deve consistir em fundamento razoável, não se exigindo, porém, que se
enquadre nas hipóteses de justa causa da legislação trabalhista.”

RESUMO:

A demissão de empregados públicos das empresas estatais, admitidos após pré-


via aprovação em concurso público, independe de processo administrativo, mas
deve ser feita mediante ato formal que contenha a indicação das razões que o
motivaram.

SUMÁRIO
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INFORMATIVO STF EDIÇÃO 1126/2024 |

Assim como ocorre na admissão, a dispensa de empregados públicos deve obediên-


cia ao princípio da impessoalidade (CF/1988, art. 37, caput), de modo que se exige a
exposição de suas razões (1). Nesse contexto, o empregado admitido por concurso e
demitido sem justa causa tem o direito de saber, seja qual for o motivo, as razões de
seu desligamento.

O que se demanda é apenas a indicação por escrito dos motivos da dispensa, isto é,
não há necessidade de prévio processo administrativo ou contraditório. A mera exis-
tência de motivação do ato de dispensa dos empregados não tem o condão de igua-
lar o seu regime jurídico ao dos servidores públicos efetivos, que gozam da garantia
de estabilidade (CF/1988, art. 41, § 1º, II).

Com base nesse e em outros entendimentos, o Plenário, por maioria, ao apreciar o


Tema 1.022 da repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário e fixou,
por maioria, a tese anteriormente citada. Atribuiu-se efeitos prospectivos à decisão, a
fim de que produza seus efeitos apenas partir da publicação da ata deste julgamento.

(1) Precedente citado: RE 589.998 (Tema 131 RG).

RE 688.267/CE, relator Ministro Alexandre de Moraes, redator do acórdão Ministro Luís Roberto
Barroso, julgamento finalizado em 28.02.2024 (quarta-feira)

DIREITO ELEITORAL – ELEIÇÕES; SISTEMA PROPORCIONAL; QUOCIENTE


ELEITORAL E PARTIDÁRIO; CLÁUSULA DE DESEMPENHO; SOBRAS

DIREITO CONSTITUCIONAL – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS; PLURALISMO


POLÍTICO; PARTIDOS POLÍTICOS

Distribuição das “sobras eleitorais” no sistema


eleitoral proporcional - ADI 7.228/DF, ADI 7.263/DF e
ADI 7.325/DF

ÁUDIO AMICUS
DO TEXTO CURIAE

VÍDEO DO VÍDEO DO VÍDEO DO VÍDEO DO


JULGAMENTO JULGAMENTO JULGAMENTO JULGAMENTO

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4

Resumo:

SUMÁRIO
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A fim de viabilizar a ocupação dos lugares por candidatos de partidos peque-


nos com expressiva votação, a 3ª etapa de distribuição das vagas das eleições
proporcionais (“sobras eleitorais”) contará com a participação de todos os parti-
dos políticos, independentemente de terem obtido número de votos equivalente à
determinada porcentagem pré-definida do quociente eleitoral.

Nesta fase de distribuição das vagas remanescentes, a restrição imposta pela cláu-
sula de desempenho (Código Eleitoral/1965, art. 109, § 2º) ofende o pluralismo político
(CF/1988, art. 1º, V) e exclui do Poder Legislativo cidadãos com altíssima densidade elei-
toral em detrimento de candidatos com baixa representatividade, isto é, beneficia os
grandes partidos ao passo que dificulta a efetiva participação de partidos menores.

É inconstitucional — por ofensa ao caráter proporcional das eleições parlamentares


— a regra do Código Eleitoral que prevê que, caso nenhum partido alcance o quo-
ciente eleitoral, as vagas devem ser preenchidas pelos candidatos mais votados.

Essa regra configura um modo dissimulado e flagrantemente inconstitucional de implan-


tar um sistema majoritário, semelhante ao conhecido “distritão”, amplamente rejeitado
nos debates parlamentares nos quais se buscava implementá-lo.

Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, em apreciação conjunta, julgou
parcialmente procedentes as ações para (i) dar interpretação conforme a Constituição
ao § 2° do artigo 109 do Código Eleitoral/1965 (1) a fim de permitir que todas as legen-
das e seus candidatos participem da distribuição das cadeiras remanescentes descrita
no inciso III do artigo 109 do Código Eleitoral/1965 (2), independentemente de terem
alcançado a exigência dos 80% e 20% do quociente eleitoral, respectivamente; e (ii)
declarar a inconstitucionalidade do artigo 111 do Código Eleitoral/1965 (3) e do artigo
13 da Resolução TSE nº 23.677/2021 (4) para que, no caso de nenhum partido alcan-
çar o quociente eleitoral, sejam aplicados, sucessivamente, o inciso I c/c o § 2° e, na
sequência, o inciso III do art. 109 do Código Eleitoral/1965, de maneira que a distri-
buição das cadeiras ocorra, primeiramente, com a aplicação da cláusula de barreira
80/20 e, quando não houver mais partidos e candidatos que atendam tal exigência,
as cadeiras restantes sejam distribuídas por média, com a participação de todos os
partidos, ou seja, nos moldes da 3ª fase, sem exigência da cláusula de desempenho
80%, em estrito respeito ao sistema proporcional. Além disso, o Plenário, por maioria,
atribuiu efeito ex nunc à decisão, para que surta efeitos apenas a partir do pleito de
2024, dada a incidência do artigo 16 da CF/1988 (5).

(1) Código Eleitoral/1965: “Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em
razão da exigência de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com
as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) I - dividir-se-á o número de votos válidos
atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido mais 1 (um), cabendo ao partido que
apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que atenda à exigência
de votação nominal mínima; (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021) II - repetir-se-á a operação para cada
um dos lugares a preencher; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) III - quando não houver mais partidos
com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I deste caput, as cadeiras serão distribuídas aos
partidos que apresentarem as maiores médias. (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)”

(2) Código Eleitoral/1965: “Art. 109 (...) § 2º Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos que
participaram do pleito, desde que tenham obtido pelo menos 80% (oitenta por cento) do quociente eleitoral, e

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os candidatos que tenham obtido votos em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) desse quociente.
(Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)”

(3) Código Eleitoral/1965: “Art. 111. Se nenhum partido alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até
serem preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)”

(4) Resolução TSE nº 23.677/2021: “Art. 13. Se nenhum partido político ou federação de partidos alcançar o
quociente eleitoral, serão eleitos(as), até o preenchimento de todas as vagas, as candidatas ou os candidatos
mais votados (as)” (Código Eleitoral, art. 111; e Lei nº 9.504, art. 6º-A). (Revogado pela Resolução nº 23.734/2024)

(5) CF/1988: “Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.”

ADI 7.228/DF, relator Ministro Ricardo Lewandowski, redatora do acórdão Ministra Cármen Lúcia,
julgamento finalizado em 28.02.2024 (quarta-feira)

ADI 7.263/DF, relator Ministro Ricardo Lewandowski, redatora do acórdão Ministra Cármen Lúcia,
julgamento finalizado em 28.02.2024 (quarta-feira)

ADI 7.325/DF, relator Ministro Ricardo Lewandowski, redatora do acórdão Ministra Cármen Lúcia,
julgamento finalizado em 28.02.2024 (quarta-feira)

DIREITO PROCESSUAL PENAL – HABEAS CORPUS; FLAGRANTE DELITO;


INCURSÃO POLICIAL; BUSCA E APREENSÃO; AÇÃO PENAL

DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS;


INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO

DIREITO PENAL – CRIMES PREVISTOS NA LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE;


TRÁFICO DE DROGAS

Tráfico de drogas: flagrante delito e fundadas razões


para a incursão domiciliar sem mandado judicial - HC
169.788/SP

ÁUDIO AMICUS
DO TEXTO CURIAE

RESUMO:

Não há ilegalidade na ação de policiais militares que — amparada em fundadas


razões sobre a existência de flagrante do crime de tráfico de drogas na modali-
dade “ter em depósito” — ingressam, sem mandado judicial, no domicílio daquele

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que corre, em atitude suspeita, para o interior de sua residência ao notar a apro-
ximação da viatura policial.

Esta Corte, ao definir o alcance interpretativo do art. 5º, XI, da CF/1988 (1), consignou
ser lícita a entrada forçada em domicílio, sem mandado judicial, mesmo em período
noturno, desde que existam fundadas razões, justificadas a posteriori, a indicar a ocor-
rência de flagrante delito (2). Nesses casos, os agentes estatais devem permear suas
ações motivadamente e com base em elementos probatórios mínimos indicativos da
situação de flagrância.

Na espécie, trata-se de delito de natureza permanente, cuja consumação se prolonga no


tempo, de modo que, nesse ínterim, a flagrância permite a busca domiciliar se presentes
fundadas razões (justa causa) de que em seu interior ocorre o cometimento de crime.

Desse modo, a decisão que recebeu a denúncia com base nesse contexto não implica
constrangimento ilegal ao direito de locomoção do paciente. As fundadas razões para
a relativização da inviolabilidade domiciliar foram justificadas no início da persecução
criminal, em correspondência com a compreensão do STF. Qualquer conclusão em
sentido diverso acarretaria indevida supressão de instâncias e demandaria minuciosa
reanálise de questões fáticas suscitadas pela defesa, providência incompatível com
a via processual do habeas corpus. Assim, inexiste teratologia ou excepcionalidade
passíveis de superar óbices ao conhecimento do writ ou de ensejar a concessão da
ordem de ofício.

Com base nesses e em outros entendimentos, o Plenário, por maioria, não conheceu
do habeas corpus e revogou a medida cautelar anteriormente deferida.

(1) CF/1988: “Art. 5º (...) XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial;”

(2) Precedente citado: RE 603.616 (Tema 280 RG).

HC 169.788/SP, relator Ministro Edson Fachin, redator do acórdão Ministro Alexandre de Moraes,
julgamento virtual finalizado em 01.03.2024 (sexta-feira), às 23:59

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2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA

JULGAMENTO VIRTUAL: 08.03 a 15.03.2024


ÁUDIO
DO TEXTO

ADI 6.219/BA
Relator: Ministro EDSON FACHIN

Ministério Público estadual: extinção de cargos efetivos

Questionamento acerca da higidez constitucional da Lei nº 14.044/2018 do Estado


da Bahia que, ao reestruturar o Plano de Carreiras e Vencimentos dos Servidores
do Ministério Público estadual, transformou 100 cargos efetivos em comissionados,
ou seja, em montante desproporcional ao número de cargos públicos de provimento
efetivo, providos ou não.

ADI 5.642/DF
Relator: Ministro EDSON FACHIN

Poder de requisição de membro do Ministério Público e de delegado


de polícia para investigar determinados crimes

Discussão constitucional acerca de dispositivo da Lei nº 13.344/2016 que, com o


objetivo de combater o tráfico nacional e internacional de pessoas, trata do repasse,
por operadoras de celular, de dados cadastrais de vítimas e suspeitos de crimes
específicos a delegados de polícia e membros do Ministério Público, independentemente
de autorização judicial.

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ADI 7.593 MC-Ref/PE


Relator: Ministro ANDRÉ MENDONÇA
  

Lei de Diretrizes Orçamentárias estadual: rateio da receita arrecadada


e relação institucional entre os Poderes Executivo e Legislativo no ciclo
orçamentário

Referendo de decisão que deferiu parcialmente a medida cautelar para suspender,


até ulterior e definitivo julgamento do mérito da ação, a eficácia de dispositivos da Lei
nº 18.297/2023 do Estado de Pernambuco, cuja controvérsia, em síntese, diz respeito
(i) ao rateio da receita arrecadada pelo Estado de Pernambuco entre os Poderes e
órgãos autônomos, notadamente em virtude de eventual excesso de arrecadação
no ano de 2023; e (ii) à influência dos parlamentares no ciclo orçamentário mediante
apresentação de emendas ou projetos de lei que importem ou autorizem redução
de receita ou aumento de despesa.

ADI 7.448/AL
Relator: Ministro FLÁVIO DINO


Corpo de Bombeiros Militar: cobrança de taxa pela prestação de


serviços públicos

Análise da constitucionalidade de disposições constantes do Anexo Único da Lei nº


6.442/2003 do Estado de Alagoas, a qual dispõe sobre a cobrança de taxas pelo
exercício de poder de polícia e por serviços públicos da competência do Corpo de
Bombeiros Militar local. Jurisprudência: ADI 2.908, ADI 6.145 e ADI 3.770.

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ADI 7.420/RO
ADI 7.421/RO
ADI 7.422/RO
Relator: Ministro FLÁVIO DINO  

Criação de procuradorias autárquicas no âmbito estadual

Debate, à luz do princípio da unicidade da consultoria e da representação judicial do


estado (CF/1988, art. 132; e ADCT, art. 69), sobre a constitucionalidade de dispositivos
da Constituição do Estado de Rondônia e da Lei Complementar nº 1.000/2018 do
Estado de Rondônia que preveem (i) a criação da procuradoria estadual autárquica
em paralelo à Procuradoria-Geral do Estado; bem como (ii) a transformação de
assessores jurídicos em procuradores autárquicos, sem concurso público, nos moldes
operados em decorrência da reestruturação das unidades jurídicas integrantes
do Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER/RO), da Junta
Comercial (JUCER/RO), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (IDARON) e
no Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN/RO).

ADPF 1.030/RS
Relator: Ministro FLÁVIO DINO
  

Cobrança da “Taxa de Prestação de Serviços” e da “Taxa de Serviço


de Bombeiros” no âmbito municipal

Controvérsia sobre a constitucionalidade de dispositivos do Código Tributário do


Município de Itaqui/RS, os quais instituíram a cobrança da “Taxa de Prestação de
Serviços”, concernente à “emissão de guias para cobrança de IPTU”, e da “Taxa de
Serviços de Bombeiros”, cujo fato gerador é o serviço de prevenção e de extinção
de incêndio, socorros públicos de emergência, desabamento, busca de salvamentos
e outros riscos. Jurisprudência: ADI 4.411, ADI 2.908 e RE 789.218 (Tema 721 RG).

SUMÁRIO
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3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF


Resolução nº 824, de 29.02.2024 - Torna público o Plano Estratégico da Gestão 2023-
2025 do Supremo Tribunal Federal.

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