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Edição 1067/2022

20 DE SETEMBRO DE 2022
Secretaria-Geral da Presidência
Estêvão André Cardoso Waterloo

Gabinete da Presidência
Paula Pessoa Pereira

Diretoria-Geral
Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi

Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação


Manuelita Hermes Rosa Oliveira Filha

Coordenadoria de Difusão da Informação


Thiago Gontijo Vieira

Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior
Mariana Bontempo Bastos
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira

Capa e projeto gráfico


Flávia Carvalho Coelho Arlant

Diagramação
Roberto Hara Watanabe

INFORMAÇÕES
ADICIONAIS

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)

Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual.
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação.
CDDir 340.6

Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.

ISSN: 2675-8210

INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1067/2022.
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 20 de setembro de 2022.
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

MINISTRA
ROSA MARIA PIRES WEBER
Presidente [19.12.2011]

MINISTRO
LUÍS ROBERTO BARROSO
Vice-presidente [26.6.2013]

MINISTRO
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.6.2002]

MINISTRO
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
[16.3.2006]

MINISTRA
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.6.2006]

MINISTRO
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]

MINISTRO
LUIZ FUX
[3.3.2011]

MINISTRO
LUIZ EDSON FACHIN
[16.6.2015]

MINISTRO
ALEXANDRE DE MORAES
[22.3.2017]

MINISTRO
KASSIO NUNES MARQUES
[5.11.2020]

MINISTRO
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]

SUMÁRIO
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SUMÁRIO

1 INFORMATIVO

1.1 PLENÁRIO

DIREITO ADMINISTRATIVO

» Licenças e Afastamentos

• Licença à gestante e à adotante para militares das Forças Armadas


- ADI 6603/DF

DIREITO CONSTITUCIONAL

» Defensoria Pública

• Defensoria pública estadual e poder de requisição - ADI 6860/MT;


ADI 6861/PI e ADI 6863/PE

» Repartição de Competências

• Competência legislativa: instalação de antenas transmissoras de telefonia


celular e ordenamento territorial - ARE 1370232/SP (Tema 1235 RG)

DIREITO PROCESSUAL PENAL

» Competência por prerrogativa de função

• Foro por prerrogativa de função: ampliação do rol de autoridades na esfera


estadual - ADI 6511/RR

DIREITO TRIBUTÁRIO

» Taxas

• Parâmetros para o cálculo das custas judiciais e emolumentos - ADI 2846/TO

SUMÁRIO
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2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA

• Reserva de vagas em escola para irmãos que frequentam a mesma etapa


do ciclo escolar - ADI 7149/RJ

• Porte de armas para atiradores desportivos e vigilantes - ADI 7188/AC e


ADI 7189/AM

• Limites de dedução de IRPF para despesas com educação - ADI 4927/DF

• Reforma da previdência - ADI 6254/DF, ADI 6256/DF, ADI 6279/DF,


ADI 6289/DF, ADI 6367/DF, ADI 6384/DF, ADI 6385/DF, ADI 6916/DF, ADI 6255/
DF, ADI 6258/DF, ADI 6271/DF e ADI 6361/DF

• Porte de armas de fogo para policiais civis aposentados - ADI 7024/PR

• Tempo de serviço como critério de desempate na carreira da magistratura


- ADI 6772/AL

• Limite de execução orçamentária proposto pelo Poder Executivo aos demais


Poderes - ADI 7073/CE

3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF

SUMÁRIO
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1 INFORMATIVO

1.1 PLENÁRIO

DIREITO ADMINISTRATIVO – LICENÇAS E AFASTAMENTOS

DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Licença à gestante e à adotante


para militares das Forças
Armadas - ADI 6603/DF

ÁUDIO
DO TEXTO

RESUMO:

É inconstitucional ato normativo que, ao disciplinar a licença maternidade no âmbito


das Forças Armadas, estabelece prazos distintos de afastamento com fundamento
na diferenciação entre a maternidade biológica e a adotiva, bem como em função
da idade da criança adotada.

A Constituição Federal não permite tratamento desigual à mãe biológica e à mãe ado-
tiva, razão pela qual ambas possuem o direito à licença maternidade nas mesmas
condições, dada a prevalência do princípio do superior interesse da criança.

Esse é o entendimento consolidado pelo Tribunal no julgamento do RE 778889/PE (Tema


782 da sistemática da repercussão geral), reafirmado recentemente no julgamento
da ADI 6.600/TO, oportunidade na qual norma de conteúdo similar ao ora impugnado
foi declarada inconstitucional (1).

Com base nesse entendimento, o Tribunal, por unanimidade, julgou a ação para decla-
rar a inconstitucionalidade do art. 3º, caput, § 1º e § 2º, da Lei 13.109/2015 (2).

(1) Precedentes citados: RE 778889 (Tema 782 RG) e ADI 6600.

SUMÁRIO
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(2) Lei 13.109/2015: “Art. 3º À militar que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança de até 1 (um) ano de
idade serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. § 1º No caso de adoção ou guarda judicial
de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata o caput deste artigo será de 30 (trinta)
dias. § 2º Poderá ser concedida prorrogação de 45 (quarenta e cinco) dias à militar de que trata o caput e
de 15 (quinze) dias à militar de que trata o § 1º deste artigo, nos termos de programa instituído pelo Poder
Executivo federal que garanta a prorrogação.”

ADI 6603/DF, relatora Min. Rosa Weber, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022
(terça-feira), às 23:59

DIREITO CONSTITUCIONAL – DEFENSORIA PÚBLICA;


PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Defensoria pública estadual e poder de requisição


- ADI 6860/MT; ADI 6861/PI e ADI 6863/PE

AMICUS ÁUDIO
CURIAE DO TEXTO

RESUMO:

É constitucional lei complementar estadual que, desde que observados os parâ-


metros de razoabilidade e proporcionalidade, confere à Defensoria Pública a
prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes,
certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, infor-
mações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas
atribuições.

A moldura constitucional referente à Defensoria Pública foi significativamente alterada


com a promulgação das ECs 45/2004, 74/2013 e 80/2014, oportunidade na qual se
expandiu o papel, a autonomia e a missão do órgão, aproximando-a do tratamento
conferido ao Ministério Público (1).

Ausente qualquer vedação constitucional, aplica-se a teoria dos poderes implícitos, de


modo que as normas impugnadas se revelam como opção político-normativa razoável
e proporcional com o objetivo de viabilizar o efetivo exercício da missão constitucional
do órgão.

Além de conferir maior concretude aos princípios constitucionais da isonomia, do acesso


à Justiça e da inafastabilidade da jurisdição, o poder de requisição propicia condições
materiais para o exercício das atribuições das Defensorias Públicas estaduais. Todavia,

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ele não alcança dados cujo acesso dependa de autorização judicial, a exemplo dos
protegidos pelo sigilo.

Com base nesse entendimento — e ratificando solução anteriormente adotada (Informativo
1045) —, o Plenário, por unanimidade, em análise conjunta, julgou improcedentes as
ações.

(1) CF/1988: “Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal. § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal
e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado
do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são
asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União
e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013). § 4º São princípios institucionais
da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no
que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 80, de 2014)”.

(2) Precedentes citados: ADI 6.852; ADI 6.875; ADI 6.865 e ADI 6.864.

ADI 6860/MT, relator Min. Nunes Marques, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022
(terça-feira), às 23:59

ADI 6861/PI, relator Min. Nunes Marques, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022
(terça-feira), às 23:59

ADI 6863/PE, relator Min. Nunes Marques, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022
(terça-feira), às 23:59

SUMÁRIO
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DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS;


TELECOMUNICAÇÕES E RADIOFUSÃO

Competência legislativa: instalação de


antenas transmissoras de telefonia
celular e ordenamento territorial -
ARE 1370232/SP (Tema 1235 RG)

REPERCUSSÃO ÁUDIO
GERAL DO TEXTO

TESE FIXADA:

“É inconstitucional a Lei 13.756/2004 do município de São Paulo, por configurar


invasão à competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações e
radiodifusão (CF/1988, art. 22, IV).”

RESUMO:

É inconstitucional, por violação à competência legislativa privativa da União, lei


municipal que versa sobre a instalação de estação rádio base (ERB) e dá ensejo à
atividade fiscalizatória do município, quanto ao uso e a ocupação do solo urbano
em seu território.

Consoante entendimento pacificado deste Tribunal, a disciplina acerca da instalação


de antenas transmissoras de telefonia celular se insere na competência privativa da
União para legislar sobre telecomunicações e radiodifusão (1).

Nesse contexto, a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante planeja-


mento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano, assim como
a proteção do patrimônio histórico-cultural local, não autoriza os municípios a dispo-
rem sobre matérias nas quais a própria Constituição Federal, mediante o sistema de
repartição de competências, reserva como sendo privativa da União (2).

Ademais, o tema em debate não se confunde com a questão pendente de análise no


RE 776594/SP (Tema 919 da sistemática da repercussão geral), pois não foram ques-
tionados os limites da competência tributária municipal para a instituição de taxas de
fiscalização em atividades inerentes ao setor de telecomunicações.

SUMÁRIO
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Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, reconheceu a existência


da repercussão geral da questão constitucional suscitada (Tema 1235 RG) e, no mérito,
também por unanimidade, reafirmou a jurisprudência dominante sobre a matéria (3)
para conhecer do agravo e negar provimento ao recurso extraordinário, assentando
a inconstitucionalidade da Lei 13.756/2004 do município de São Paulo/SP.

(1) CF/1988: “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) IV - águas, energia, informática,
telecomunicações e radiodifusão;”

(2) Precedente citado: ARE 929738 AgR.

(3) Precedentes citados: ADI 3110; RE 981825 AgR-segundo-ED e ARE 1313346 AgR.

ARE 1370232/SP, relator Min. Luiz Fux, julgamento finalizado no Plenário Virtual
em 8.9.2022

DIREITO PROCESSUAL PENAL – COMPETÊNCIA POR PRERROGATIVA


DE FUNÇÃO

DIREITO CONSTITUCIONAL – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Foro por prerrogativa de função: ampliação do rol


de autoridades na esfera estadual - ADI 6511/RR

ÁUDIO
DO TEXTO

RESUMO:

É inconstitucional, por violação ao princípio da simetria, norma de Constituição


Estadual que confere foro por prerrogativa de função a autoridades que não guar-
dam semelhança com as que o detém na esfera federal.

A jurisprudência desta Corte se firmou em torno de uma compreensão restritiva acerca


da matéria, de modo que os estados-membros devem observância ao modelo ado-
tado na CF/1988. Assim, não pode o ente estadual, de forma discricionária, estender o
foro por prerrogativa de função à cargos diversos daqueles abarcados pelo legislador
federal, sob pena de violação às regras de reprodução automática (1) (2).

Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou procedente a ação
para declarar a inconstitucionalidade material das expressões “Reitores de Universidades

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Públicas” e “Diretores Presidentes das entidades da Administração Estadual Indireta”,


previstas no art. 77, X, a e b, da Constituição do Estado de Roraima (3). Além disso, por
razões de segurança jurídica, o Tribunal modulou a decisão, a fim de conferir efeitos
ex nunc à declaração de inconstitucionalidade.

(1) CF/1988: “Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam
vedadas por esta Constituição. (...) Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios
estabelecidos nesta Constituição. § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado,
sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.”

(2) Precedentes citados: ADI 2587 MC; ADI 2553; ADI 6512; ADI 6513; ADI 3294; ADI 6502; ADI 6504 e ADI 6515.

(3) Constituição do Estado de Roraima: “Art. 77. Compete ao Tribunal de Justiça do Estado: (Artigo com
redação dada pela Emenda Constitucional n° 16/2005). [...] X - processar e julgar originariamente; (Inciso com
redação dada pela Emenda Constitucional n° 26/2010) a) nos crimes comuns, o Vice-Governador do Estado,
os Secretários de Estado e os agentes públicos a eles equiparados, o Reitor da Universidade Estadual, os
Juízes Estaduais, os membros do Ministério Público, os membros do Ministério Público de Contas e os Prefeitos
Municipais e os Vereadores, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. b) nos crimes comuns, os Deputados
Estaduais e os Diretores- Presidentes das entidades da Administração Estadual Indireta; (Alínea com redação
dada pela Emenda Constitucional n° 15/2003).”

ADI 6511/RR, relator Min. Dias Toffoli, julgamento virtual finalizado em 13.9.2022
(terça-feira), às 23:59

DIREITO TRIBUTÁRIO – TAXAS; CUSTAS JUDICIAIS E EMOLUMENTOS

DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Parâmetros para o cálculo das custas


judiciais e emolumentos – ADI 2846/TO

AMICUS ÁUDIO
CURIAE DO TEXTO

RESUMO:

É válida a cobrança das custas judiciais e emolumentos tendo por parâmetro o


valor da causa ou do bem ou negócio objeto dos atos judiciais e extrajudiciais,
desde que definidos limites mínimo e máximo e mantida uma razoável e propor-
cional correlação com o custo da atividade.

Na linha da jurisprudência desta Corte, essa forma de cálculo é plenamente admitida,


visto que os parâmetros fixados não constituem a base de cálculo da taxa respectiva,

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mas apenas um critério para a sua incidência, haja vista ser impossível aferir, em cada
caso, o efetivo custo do serviço (1).

Ademais, inexiste violação à garantia constitucional de prestação jurisdicional e ao


acesso à Justiça, visto que a lei permite ao juiz, em cada caso concreto, verificar a
necessidade da concessão do benefício da justiça gratuita e, consequentemente, isen-
tar a parte do pagamento das custas judiciais.

Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou improcedente a


ação para declarar a constitucionalidade da Lei 1.286/2001 do Estado do Tocantins.

(1) Precedentes citados: ADI 3826; ADI 3887; ADI 1948 e RE 177835.

ADI 2846/TO, relator Min. Ricardo Lewandowski, julgamento virtual finalizado em


13.9.2022 (terça-feira), às 23:59

SUMÁRIO
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2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA

JULGAMENTO VIRTUAL: 16/09/2022 a 23/09/2022

ADI 7149/RJ
Relator(a): RICARDO LEWANDOWSKI

Reserva de vagas em escola para irmãos que frequentam a mesma


etapa do ciclo escolar

Análise sobre a constitucionalidade de lei estadual que garante a reserva de


vagas em escola para irmãos que frequentam a mesma etapa do ciclo escolar.

ADI 7188/AC
ADI 7189/AM
Relator(a): CÁRMEN LÚCIA

Porte de armas para atiradores desportivos e vigilantes

Exame de lei estadual que reconhece o risco das atividades e a efetiva


necessidade do porte de armas de fogo aos atiradores desportivos integrantes
de entidades de desporto legalmente constituídas e aos vigilantes de empresa
de segurança privada. Jurisprudência: ADI 4962, ADI 5010 e ADI 6982.

ADI 4927/DF
Relator(a): ROSA WEBER

Limites de dedução de IRPF para despesas com educação

Discussão a respeito da constitucionalidade de dispositivos da Lei 9.250/1995


(com a redação dada pela Lei 12.469/2011) que estabelecem limites de dedução
no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de despesas com instrução do
contribuinte e seus dependentes.

SUMÁRIO
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ADI 6254/DF
ADI 6256/DF
ADI 6279/DF
ADI 6289/DF
ADI 6367/DF
ADI 6384/DF
LEITURAS
ADI 6385/DF EM PAUTA
ADI 6916/DF
ADI 6255/DF
ADI 6258/DF
ADI 6271/DF
ADI 6361/DF
Relator(a): ROBERTO BARROSO

Reforma da previdência

Controvérsia sobre a constitucionalidade da reforma da previdência promovida


pela EC 103/2019, que aumentou as alíquotas da contribuição previdenciária e
possibilitou a criação de contribuição extraordinária para servidores ativos e
aposentados; modificou a pensão por morte; considerou nula aposentadoria
concedida com contagem de tempo recíproca sem o recolhimento da contribuição
e alterou o regime de aposentadoria por invalidez.

ADI 7024/PR
Relator(a): ROBERTO BARROSO

Porte de armas de fogo para policiais civis aposentados

Análise sobre a constitucionalidade de lei estadual que estabelece condições


para a manutenção do porte de arma de fogo para policiais civis aposentados.

SUMÁRIO
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ADI 6772/AL
Relator(a): EDSON FACHIN

Tempo de serviço como critério de desempate na carreira da magistratura

Controvérsia sobre a constitucionalidade de dispositivo de lei estadual que


confere o “tempo de serviços público” como critério de desempate na aferição
da antiguidade e merecimento para a promoção na carreira da magistratura.

ADI 7073/CE
Relator(a): ANDRÉ MENDONÇA

Limite de execução orçamentária proposto pelo Poder Executivo aos


demais Poderes

Controvérsia a respeito da constitucionalidade de lei estadual de iniciativa do


Poder Executivo que veda, em cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo
— compreendendo o Tribunal de Contas do Estado —, e Judiciário junto com
Ministério Público Estadual e Defensoria Pública), a realização de despesas
mediante inclusão em folha complementar em limite superior a 1% da despesa
anual da folha normal de pagamento de pessoal.

3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF

Resolução 787 de 8.9.2022 - Dispõe sobre a concessão do auxílio-moradia no âmbito


do Supremo Tribunal Federal.

Instrução Normativa 278 de 12.9.2022 - Dispõe sobre a Gestão do Portal de Conteúdo


do Supremo Tribunal Federal.

SUMÁRIO
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