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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro Publicação: sexta-feira, 07 de outubro

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três Poderes


Brasília - DF
CEP: 70175-900
Telefone: (61) 3217-3000
www.stf.jus.br

Ministra Rosa Weber


Presidente

Ministro Roberto Barroso


Vice-Presidente

Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi


Diretor-Geral

©2022

PRESIDÊNCIA

PORTARIA Nº 308, DE 28 DE SETEMBRO DE 2022.

Atualiza a composição do Comitê Gestor do Programa de Combate à Desinformação no âmbito do


Supremo Tribunal Federal.

A PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso de suas atribuições legais e regimentais, e tendo em vista o disposto no art. 2º da
Resolução 742, de 27 de agosto de 2021,

RESOLVE:

Art. 1º Designar, para compor o Comitê Gestor do Programa de Combate à Desinformação, os representantes das seguintes unidades:
I - Estêvão André Cardoso Waterloo, Secretário-Geral da Presidência, coordenador;
II - Paula Pereira Pessoa, Chefe de Gabinete da Presidência, coordenadora-substituta;
III - Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi, Diretor-Geral da Secretaria;
IV - Rogério Augusto Viana Galloro, Assessor Especial da Presidência;
V – Aline Rezende Peres Osorio, Assessora Especial da Vice-Presidência;
VI - Natacha Moraes de Oliveira, Secretária de Tecnologia da Informação;
VII - Mariana Araujo de Oliveira, Secretária de Comunicação Social;
VIII - Ana Gabriela Guerreiro Viola da Silveira Leite, Coordenadora de Imprensa da Secretaria de Comunicação Social.
Art. 2° Fica revogada a Portaria n. 200, de 27 de agosto de 2021.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ministra ROSA WEBER


Presidente

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Ducentésima Quarta Distribuição realizada em 3 de outubro de 2022.


Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.245 (1)


ORIGEM : 7245 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
REQTE.(S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS SERVIDORES DO MINISTÉRIO PÚBLICO - ANSEMP
ADV.(A/S) : MARCIO AUGUSTO RIBEIRO CAVALCANTE (12359/CE)
INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO
INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO

AÇÃO RESCISÓRIA 2.938 (2)


ORIGEM : 2938 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
REVISOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AUTOR(A/S)(ES) : ODILO JAMES PEREIRA SENA
ADV.(A/S) : WILHIAM ANTONIO DE MELO (10691/DF)
RÉU(É)(S) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ

AÇÃO RESCISÓRIA 2.939 (3)


ORIGEM : 2939 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
REVISORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AUTOR(A/S)(ES) : JOSE ROBERTO CORREIA SERRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DEANA DA CONCEICAO (13317/DF)
RÉU(É)(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

HABEAS CORPUS 220.694 (4)


ORIGEM : 220694 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : A.P.S.
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.698 (5)


ORIGEM : 220698 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
PACTE.(S) : JANPIERRY DE QUEIROZ DA SILVA
IMPTE.(S) : JANOR TOME DE CASTRO (62070/DF, 3867/GO) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.699 (6)


ORIGEM : 01283374920221000000 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
PACTE.(S) : CELSO APARECIDO LUCIANO PEREIRA
IMPTE.(S) : LUIZ ANGELO CERRI NETO (286223/SP)
IMPTE.(S) : ROBERTO BARTOLOMEI PARENTONI (107187/SP)
IMPTE.(S) : BRUNO CAVALCANTE BARTOLOMEI PARENTONI (454673/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.700 (7)


ORIGEM : 220700 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : ELTON FAGNER PINHEIRO DE ANDRADE
IMPTE.(S) : FERNANDO FARIA JUNIOR (258717/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.701 (8)


ORIGEM : 01283435620221000000 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : PEDRO HENRIQUE DE FREITAS RAMOS
IMPTE.(S) : ANTONIO DIAS DE ANDRADE (60893/MG)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 734.870 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.702 (9)


ORIGEM : 220702 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
PACTE.(S) : THIAGO CARMONA JACOB
IMPTE.(S) : MARCOS APARECIDO DONA (399834/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.703 (10)


ORIGEM : 220703 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : ARMANDERSON DOS ANJOS ROCHA
IMPTE.(S) : JHOAN HUSSANE DE FRANCA GOMES (13432/RN)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RHC Nº 171.234 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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HABEAS CORPUS 220.704 (11)


ORIGEM : 220704 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : VINICIUS DE SOUZA RUFINO
IMPTE.(S) : HENRIQUE MARTINS DE LUCCA (388500/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.705 (12)


ORIGEM : 220705 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : VICTOR HUGO DE SOUZA CRUZ
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.706 (13)


ORIGEM : 220706 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : PEDRO HENRIQUE ROCHA RIPPA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 773.975 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.707 (14)


ORIGEM : 220707 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : CLAUDIO NOGUEIRA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1.864.914 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.708 (15)


ORIGEM : 220708 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
PACTE.(S) : ROGERIO BARBOSA DE LIMA
IMPTE.(S) : DAIANA DEISE PINHO CARNEIRO (294772/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 771.816 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.709 (16)


ORIGEM : 220709 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
PACTE.(S) : TIAGO RAFAEL GOMES BATISTA
IMPTE.(S) : YURI PIFFER (211567/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 737.978 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.710 (17)


ORIGEM : 220710 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : SAMUEL JOSE DE SOUZA
PACTE.(S) : LUCAS EDUARDO FRANCA
IMPTE.(S) : HEBER CARVALHO PRESSUTO (22455-A/MS, 75386/PR)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 730.106 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.711 (18)


ORIGEM : 220711 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : SAMUEL JOSE DE SOUZA
PACTE.(S) : LUCAS EDUARDO FRANCA
IMPTE.(S) : HEBER CARVALHO PRESSUTO (22455-A/MS, 75386/PR)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 730.106 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.712 (19)


ORIGEM : 220712 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : K.E.A.S.
IMPTE.(S) : RONALDO CAMILO (26216/PR) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 771.719 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.713 (20)


ORIGEM : 220713 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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PACTE.(S) : LUIZ HENRIQUE PEREIRA GALVAO


IMPTE.(S) : RONALDO CAMILO (26216/PR) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 757.141 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.714 (21)


ORIGEM : 220714 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : ANDRANIK PERESADIAN NETO
IMPTE.(S) : JEFFERSON GARCIA (320163/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 759.263 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR EXCLUSÃO DE MINISTRO

HABEAS CORPUS 220.715 (22)


ORIGEM : 220715 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : ANIZIO GRIMARDI MORETTE
IMPTE.(S) : RONALDO CAMILO (26216/PR) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.716 (23)


ORIGEM : 220716 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : ORLANDO DA SILVA SOUZA
IMPTE.(S) : HELIO GOMES DA SILVA (70454/DF)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.717 (24)


ORIGEM : 220717 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
PACTE.(S) : CLEYTON ABREU LEME
IMPTE.(S) : RONALDO CAMILO (26216/PR) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 753.777 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.718 (25)


ORIGEM : 220718 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : RODRIGO PARRA JANUÁRIO DA SILVA
IMPTE.(S) : BRUNO FELIX DE PAULA (375946/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.719 (26)


ORIGEM : 220719 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : CARLOS GENILDO DE SOUZA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.729 (27)


ORIGEM : 220729 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : EGLAISON ALBANO CAMILO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.731 (28)


ORIGEM : 220731 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : VICENTE FACIO TAPIA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.732 (29)


ORIGEM : 220732 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
PACTE.(S) : ROMERIO FERREIRA BARBOSA
IMPTE.(S) : LARISSA KRETZER LEONEL (53157/SC)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 773.086 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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HABEAS CORPUS 220.736 (30)


ORIGEM : 220736 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : ANDRÉ RICARDO ELEUTERIO BISPO
IMPTE.(S) : FERNANDO BONATTO SCAQUETTI (255325/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 771.864 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.737 (31)


ORIGEM : 220737 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
PACTE.(S) : LUCAS BARBOSA DE OLIVEIRA
IMPTE.(S) : AGEU MOTTA (328503/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RESP Nº 1.208.386 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.739 (32)


ORIGEM : 220739 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : RODRIGO ÂNGELO DE SOUZA
IMPTE.(S) : THIERS RIBEIRO DA CRUZ (384031/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 759.748 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.740 (33)


ORIGEM : 220740 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : M.A.T.
IMPTE.(S) : RUDNEI DE SOUZA (438846/SP)
COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.742 (34)


ORIGEM : 220742 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : EDSON RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR
IMPTE.(S) : DOUGLAS CRISTIANO ALVES LOPES (15616/O/MT) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.743 (35)


ORIGEM : 220743 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : EDSON RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR
IMPTE.(S) : DOUGLAS CRISTIANO ALVES LOPES (15616/O/MT) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.744 (36)


ORIGEM : 220744 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : U.M.V.
IMPTE.(S) : GUILHERME RODRIGUES ABRAO (65754/RS) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.745 (37)


ORIGEM : 770178 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : DENIS RENE VIVIANI
IMPTE.(S) : ARAI DE MENDONCA BRAZAO (197602/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.746 (38)


ORIGEM : 220746 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : FABIO DA ROSA ACOSTA
IMPTE.(S) : KAMILA HAZIME BITENCOURT DE ARAUJO (18366/MS, 463150/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 770.552 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.747 (39)


ORIGEM : 220747 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA


PACTE.(S) : MAICON DE OLIVEIRA
IMPTE.(S) : ARAI DE MENDONCA BRAZAO (197602/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.748 (40)


ORIGEM : 220748 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : FELIPE DOUGLAS FERNANDES
IMPTE.(S) : VICTOR MATHEUS CAMPOS DE SOUZA (210921/MG)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.749 (41)


ORIGEM : 220749 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : DANIELA ALVES DA CUNHA
IMPTE.(S) : ALEX SANDRO CHEIDDI (107144/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC N° 772.371 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.750 (42)


ORIGEM : 220750 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : JOAB RODRIGUES DE CASTRO
IMPTE.(S) : SERGIO SILVA DOS SANTOS (29621/CE) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RHC Nº 168.248 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.751 (43)


ORIGEM : 220751 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : G.R.
IMPTE.(S) : ADILSON ALESSANDRO EZARQUI (212867/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.752 (44)


ORIGEM : 220752 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : MAICON AUGUSTO DA SILVEIRA
IMPTE.(S) : CARLOS AUGUSTO RIBEIRO DA SILVA (41623/SC) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.753 (45)


ORIGEM : 220753 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : FERNANDO FERREIRA ROSA FILHO
IMPTE.(S) : OMAR ADAMIL COSTA SARE (013052/PA)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.754 (46)


ORIGEM : 220754 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
PACTE.(S) : LEONARDO RODRIGUES NASCIMENTO
IMPTE.(S) : RODRIGO SOARES DE CARVALHO (213431/RJ, 245891/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO ARESP Nº 1.996.239 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.755 (47)


ORIGEM : 220755 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : GIOVANE LIMA DE OLIVEIRA
IMPTE.(S) : RENATO DE CAMPOS MARTINI PAULA (288414/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 733.345 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 220.756 (48)


ORIGEM : 220756 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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PACTE.(S) : WELLIGTON SANTOS NEVES


IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO AMAZONAS
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.757 (49)


ORIGEM : 220757 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : GUILHERME CECCON DE MATOS
IMPTE.(S) : MARCOS CESAR DE MELO (416837/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 220.758 (50)


ORIGEM : 220758 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : A.B.N.
IMPTE.(S) : WEDNER COSTODIO LIMA (84271/RS)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PETIÇÃO 10.615 (51)


ORIGEM : 10615 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
REQTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

PETIÇÃO 10.616 (52)


ORIGEM : 10616 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
REQTE.(S) : ABRAPOST-SP ASSOCIACAO DE FRANQUIAS POSTAIS DO ESTADO DE SAO PAULO
ADV.(A/S) : PEDRO GUILHERME ACCORSI LUNARDELLI (A1226/AM, 67661/BA, 187753/MG, 43620/PE, 147069/RJ, 106769/SP)
REQDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 55.855 (53)


ORIGEM : 55855 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : ADRIANI HASS
ADV.(A/S) : GLAYDSON CAMPELO DE ALMEIDA RODRIGUES (11627/MA)
RECLDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

REDISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.171 (54)


ORIGEM : 56171 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO BERNARDO DO CAMPO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MARCOS JACINTO DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : GOCIL SERVICOS DE VIGILANCIA E SEGURANCA LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.174 (55)


ORIGEM : 56174 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : SONIA BEATRIZ MARTINEZ
ADV.(A/S) : TADEU RODRIGO SANCHIS (26314/A/MT, 188624/SP) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SUZANO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SUZANO
BENEF.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
BENEF.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SUZANO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

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RECLAMAÇÃO 56.175 (56)


ORIGEM : 56175 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : MARCOS EMANUEL DA SILVA MELO
ADV.(A/S) : WILSON GONDIM CAVALCANTI FILHO (3965/PI)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO TITULAR DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE TIMON
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : FRANCISCO EINSTEIN SEPULVEDA DE HOLANDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.176 (57)


ORIGEM : 56176 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : SELLER CONSULTORIA IMOBILIARIA E REPRESENTACOES LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA (55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ROBERTO VILARINS ZIMMER
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.177 (58)


ORIGEM : 56177 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE CATANDUVA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA
RECLDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DE CATANDUVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NEREIDE BRAGA DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 56.178 (59)


ORIGEM : 56178 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO JOSE DOS CAMPOS
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : TANIA CRISTINA CUNHA SOUZA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : COMUNIDADE CRISTA DE ACAO SOCIAL
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.183 (60)


ORIGEM : 56183 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECLTE.(S) : VITAL ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADV.(A/S) : PATRICIA SALGADO SETTE MATTANA (97398/MG, 396919/SP) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 56.184 (61)


ORIGEM : 56184 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : SELLER CONSULTORIA IMOBILIARIA E REPRESENTACOES LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA (55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : VALERIA DA SILVA MUNHOZ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.185 (62)


ORIGEM : 56185 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECLTE.(S) : MARIETA MOREIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : ROGERIO MARQUES DA SILVA (90291/MG)
RECLDO.(A/S) : TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

RECLAMAÇÃO 56.186 (63)


ORIGEM : 56186 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI


RECLTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : EVERTHON FABRICIO FRAGNAN DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.187 (64)


ORIGEM : 56187 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECLTE.(S) : CAMILA DE SOUZA SILVA
ADV.(A/S) : THIAGO DOMINGOS DE BRAGANCA (138552/MG)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ALMAVIVA PATICIPACOES E SERVICOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.188 (65)


ORIGEM : 56188 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : MAILON HENRIQUE CANDIDO PRESUNTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONAL DE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE EXECUÇÃO CRIMINAL - DEECRIM
6ª RAJ DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 56.189 (66)


ORIGEM : 56189 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECLTE.(S) : RENAN OLIVEIRA COSTA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONAL DE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE EXECUÇÃO CRIMINAL - DEECRIM
6ª RAJ DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 56.190 (67)


ORIGEM : 56190 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : RONALDO DA SILVA SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA UNIDADE REGIONAL DE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE EXECUÇÃO CRIMINAL - DEECRIM
6ª RAJ DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 56.191 (68)


ORIGEM : 56191 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : BARBARA FERNANDES DE LIMA
ADV.(A/S) : THIAGO DOMINGOS DE BRAGANCA (138552/MG)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ALMAVIVA PATICIPACOES E SERVICOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.192 (69)


ORIGEM : 56192 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : FABRICIO MANOEL DOS REIS
ADV.(A/S) : THIAGO DOMINGOS DE BRAGANCA (138552/MG)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ALMAVIVA PATICIPACOES E SERVICOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.193 (70)


ORIGEM : 56193 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : ESPÍRITO SANTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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RELATOR : MIN. LUIZ FUX


RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE VIANA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VIANA
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : CREMILDA MARIA DOS SANTOS GOMES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.194 (71)


ORIGEM : 56194 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECLTE.(S) : ASSOCIACAO DOS PROFISSIONAIS CONCURSADOS NAS CARREIRAS UNIVERSITARIAS E TECNOLOGICAS NO
SERVICO PUBLICO MUNICIPAL DE GUARULHOS
ADV.(A/S) : LEANDRO CAETANO DOS SANTOS (302308/SP)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MUNICIPIO DE GUARULHOS
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS

RECLAMAÇÃO 56.195 (72)


ORIGEM : 56195 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAPUCAIA DO SUL
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : BEATRIZ APARECIDA DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.196 (73)


ORIGEM : 56196 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : MARCIO BUENO DA ROSA
ADV.(A/S) : JORGE BAPTISTA DA SILVA (170627/SP)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ATIBAIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.197 (74)


ORIGEM : 56197 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAPUCAIA DO SUL
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MARIELI BRAGA DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.198 (75)


ORIGEM : 56198 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECLTE.(S) : BANCO PAN S.A.
ADV.(A/S) : GUSTAVO DADALT (79517/RS)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : PRISCILA CARVALHO FREITAS RAQUELE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : REDEBRASIL GESTAO DE ATIVOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : BANCO BTG PACTUAL S.A.
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.199 (76)


ORIGEM : 56199 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE SAO JOSE DOS CAMPOS
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ILSE APARECIDA CAMPOS PORTO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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RECLAMAÇÃO 56.200 (77)


ORIGEM : 56200 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECLTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE PETROLINA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : GERALDO MONTEIRO DE ARAUJO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.201 (78)


ORIGEM : 56201 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : PATRICIA SILVA TEOFILO FLORENTINO
ADV.(A/S) : GRIMALDO BRUNO FERNANDES BOTELHO (120920/MG) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : FUNDACAO SAO FRANCISCO XAVIER
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.202 (79)


ORIGEM : 56202 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE ARUJA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARUJÁ
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ONEIDE DOS SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.203 (80)


ORIGEM : 56203 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PASSO FUNDO
ADV.(A/S) : RAFAEL TAUFER DA SILVA (77335/RS)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NEVERTON MAXIMILIANO FONTANA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.204 (81)


ORIGEM : 56204 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE ALEGRETE DO PIAUI
ADV.(A/S) : JOSE KENEY PAES DE ARRUDA FILHO (34626/PE, 17587/PI)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE PICOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : ANTONIA FILHA DA SILVA ALENCAR
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.205 (82)


ORIGEM : 56205 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PORTO FRANCO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : FERNANDA PEREIRA DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.206 (83)


ORIGEM : 56206 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PORTO FRANCO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MARLYSON DAVID FRANCA DE MORAIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.207 (84)


ORIGEM : 56207 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PORTO FRANCO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MARCELO DA CUNHA BARROS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.208 (85)


ORIGEM : 56208 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE JUNDIAI
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : DAIANE DE SOUZA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : CATIA CRISTINA GONCALEZ ESTEVES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.209 (86)


ORIGEM : 56209 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RECLDO.(A/S) : RELATOR DO AIRR Nº 21647-36.2020.5.04.0512 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : TAISE DE SOUZA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : CCS SERVICOS TERCEIRIZADOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.210 (87)


ORIGEM : 56210 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PASSO FUNDO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : DENISE FERNANDA DA ROSA GONCALVES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : CCS SERVICOS TERCEIRIZADOS LTDA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.211 (88)


ORIGEM : 56211 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : BRUNO MIRANDA MADUREIRA
ADV.(A/S) : WALLISON VIEIRA ROSSE (193923/MG)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DA COMARCA DE FORMIGA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

RECLAMAÇÃO 56.212 (89)


ORIGEM : 56212 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) : MAURO MAGGI
ADV.(A/S) : LEONARDO CORTEZ ABBONDANZA (69524/PR)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

RECLAMAÇÃO 56.213 (90)


ORIGEM : 56213 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) : MAURO MAGGI
ADV.(A/S) : LEONARDO CORTEZ ABBONDANZA (69524/PR)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ


ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.214 (91)


ORIGEM : 56214 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) : MAURO MAGGI
ADV.(A/S) : LEONARDO CORTEZ ABBONDANZA (69524/PR)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 56.215 (92)


ORIGEM : 56215 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PASSO FUNDO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : JUSSARA CLOTILDE VISENTIN GROSS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.216 (93)


ORIGEM : 56216 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) : MIDWAY S.A.- CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
ADV.(A/S) : RAISSA BRESSANIM TOKUNAGA (64778/BA, 27098-A/PB, 95431/PR, 1431 - A/RN, 114548A/RS, 53657/SC,
198286/SP)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : VANUZA FERNANDES DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.217 (94)


ORIGEM : 56217 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) : VANIA COELHO BARBOSA
ADV.(A/S) : MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (23360/DF, 4846/RN) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTICA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

RECLAMAÇÃO 56.218 (95)


ORIGEM : 56218 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
RECLTE.(S) : SILTRAN RODOVIARIO EIRELI
ADV.(A/S) : LUCIANA PAMPLONA BARCELOS NAHID (133688/RJ) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 87ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : WALDIR ALVES DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECLAMAÇÃO 56.219 (96)


ORIGEM : 56219 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECLTE.(S) : DANILO DANTAS DE SENA
ADV.(A/S) : VICTOR GONCALVES OLIVEIRA (409459/SP)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA DIPO 3 - SEÇÃO 3.2.1 DA COMARCA DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : TANIA DA SILVA AMORIM FIUZA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.397.221 (97)


ORIGEM : 00062798120148160004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : JOSE RIDEO SAMPAIO
ADV.(A/S) : LEONTAMAR VALVERDE PEREIRA (18793/PR)
RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.400.971 (98)


ORIGEM : 50089321420218210027 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : CAMILA FIGHERA
ADV.(A/S) : BRUNO LUIZ PIVETTA (98549/RS)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SANTA MARIA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTA MARIA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.534 (99)


ORIGEM : 00583329420098260114 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO PEREIRA
ADV.(A/S) : JEFFERSON DANILO REINALDO DA SILVA (364508/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.738 (100)


ORIGEM : 02177141820198217000 - TJRS - 1ª TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : LUIS CARLOS DA SILVA JUNIOR
ADV.(A/S) : GABRIEL HENRIQUE DA SILVA (103622/RS)
RECDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.741 (101)


ORIGEM : 00014636520138260084 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S) : MARIA APARECIDA DA SILVA
ADV.(A/S) : MARIA CLAUDIA DA SILVA (334638/SP)
RECDO.(A/S) : ASSOCIACAO DOS PROPRIETARIOS DO CONDOMINIO CHACARAS BOM JESUS DE PIRAPORA
ADV.(A/S) : PAULO EDUARDO TARGON (216648/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.194 (102)


ORIGEM : 00283458620108240064 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : FANY WOJCIKIEWICZ
ADV.(A/S) : MARCIO ROBERTO PAULO (14112/SC)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE SAO JOSE E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SAO JOSE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.284 (103)


ORIGEM : 10131120520218260577 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL - 46ª CJ - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : NEMESIO DA CUNHA LOURENCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ALEXANDRE MORAES COSTA DE CERQUEIRA (382528/SP)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.727 (104)


ORIGEM : 21790167920208260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MOGI DAS CRUZES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DANIELE MAEKAWA SILVA (359718/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.758 (105)


ORIGEM : 00182965620158260451 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : IVAN ALEXANDRE OLIVEIRA BRITO
ADV.(A/S) : WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP)
ADV.(A/S) : HEITOR ALVES (206101/SP)
ADV.(A/S) : LETICIA PITOLI (391651/SP)
ADV.(A/S) : FERNANDO MICHELIN ZANGELMI (386864/SP)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.382 (106)


ORIGEM : 00168415620014013400 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO, GAS NATURAL E BIOCOMBUSTIVEIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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RECDO.(A/S) : CASCOL COMBUSTIVEIS PARA VEICULOS LTDA


ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (12330/DF, 1565A/MG, 474139/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.429 (107)


ORIGEM : 00325011320158070001 - TJDFT - 3ª TURMA RECURSAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : BANCO DO BRASIL SA
ADV.(A/S) : LUCIANE BISPO (20853/DF)
RECDO.(A/S) : EURICO CESAR DOS SANTOS TAVARES
ADV.(A/S) : LEONARDO GUEDES DA FONSECA PASSOS (36129/DF)
INTDO.(A/S) : CAIXA DE PREVIDENCIA DOS FUNCIONARIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : MARCOS VINICIUS BARROS OTTONI (16785/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.489 (108)


ORIGEM : 00005843520134025104 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DE ANDRADE
ADV.(A/S) : ENDERSON BELLOTE MACHADO (44397/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.706 (109)


ORIGEM : 50121624020184025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : FLAVIO OLIMPIO MODESTO
ADV.(A/S) : TATIANA BATISTA DE SOUZA (103912/RJ)
RECDO.(A/S) : EMPRESA BRASILEIRA DE SERVICOS HOSPITALARES - EBSERH
ADV.(A/S) : BRUNA LETICIA TEIXEIRA IBIAPINA CHAVES (47067/DF, 7964/PI)
ADV.(A/S) : ALESSANDRO MARIUS OLIVEIRA MARTINS (12854/DF)
ADV.(A/S) : PAULA CECILIA RODRIGUES DE SOUZA (205663/MG)
INTDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.770 (110)


ORIGEM : 01031194620164025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : FERNANDO WANDO SANTANA
ADV.(A/S) : CLAUDIO VALE OLIVEIRA FREIRE (106034/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.957 (111)


ORIGEM : 50334363020218240018 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RECDO.(A/S) : IVANDRO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.094 (112)


ORIGEM : 00472910320138130713 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECDO.(A/S) : LUIS OTAVIO PACHECO
ADV.(A/S) : KRISLEY FERREIRA DA SILVA (113612/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.177 (113)


ORIGEM : 50339517220154047000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RECDO.(A/S) : GÜNTHER TIMM
ADV.(A/S) : EDUARDO CARLIN KILIAN (13890/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.197 (114)


ORIGEM : 00121197020088240033 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : DISTRIBUIDORA RC LTDA
ADV.(A/S) : EMERSON DE MORAIS GRANADO (15145/SC)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.211 (115)


ORIGEM : 00107060520058240008 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROCED. : SANTA CATARINA


RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : HOTEL BLUMENHOF LTDA - EPP
ADV.(A/S) : FABIO ANDREI DE NOVAIS (17597/SC)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RECDO.(A/S) : CELESC DISTRIBUICAO S.A
ADV.(A/S) : MILENE ELISA GOEDERT DE BARROS (16326/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.305 (116)


ORIGEM : 37637631720138130024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE MINAS GERAIS - DER/MG
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECDO.(A/S) : COOP - MG CENTRO OPERACIONAL DE MOTORISTAS PROFISSIONAIS LTDA
ADV.(A/S) : MARA FROIS (58487/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.402 (117)


ORIGEM : 50127562220154047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.640 (118)


ORIGEM : 50022877720214047205 - TRF4 - SC - 2ª TURMA RECURSAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : MARLOS AUGUSTO BONAMENTE
ADV.(A/S) : SANDRO LUIZ FERNANDES (53345/PR, 25930/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.646 (119)


ORIGEM : 10074694120178260566 - TJSP - COLÉGIO RECURSAL - 12ª CJ - SÃO CARLOS
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : JOSE DOMINGOS DA SILVA
ADV.(A/S) : HELIO FERREIRA DE MELO (284168/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.323.528 (120)


ORIGEM : 50446943020184047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : MARIA DA GRACA ZELATA
ADV.(A/S) : LUISA GOMES ROSA (113896/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.336.082 (121)


ORIGEM : 22640153320188260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : MATE MOISES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUCAS PEREIRA ARAUJO (201552/MG, 347021/SP)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.392.770 (122)


ORIGEM : 21951309320208260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : MUNICIPIO DE MOCOCA
ADV.(A/S) : KATIA SAKAE HIGASHI PASSOTTI (119391/SP)
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOCOCA
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.690 (123)


ORIGEM : 00194935420174025050 - TRF2 - ES - TURMA RECURSAL ÚNICA
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : PAULO SÉRGIO CORSINI
ADV.(A/S) : EDILAMARA RANGEL GOMES ALVES FRANCISCO (9916/ES)
RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.242 (124)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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ORIGEM : 00239119320164036100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : ESPN DO BRASIL EVENTOS ESPORTIVOS LTDA.
ADV.(A/S) : ANDRE RICARDO LEMES DA SILVA (33288/ES, 21221-A/MS, 22623/A/MT, 25454-A/PB, 104164/PR, 156817/SP, 8063-
A/TO)
ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO (33766/ES, 23073/A/MT, 104356/PR, 146997/SP)
ADV.(A/S) : HELENA VICENTINI DE ASSIS (276685/SP)
RECDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.321 (125)


ORIGEM : 10146622720188260161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : MUNICIPIO DE DIADEMA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.417 (126)


ORIGEM : 50062601520204020000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : MUNICIPIO DE VILA VELHA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE VILA VELHA
INTDO.(A/S) : NEIDE MARIA DA SILVA LOPES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : VALDECI DE AMORIM TARDEM (10919/ES)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.428 (127)


ORIGEM : 50099872720198130145 - TJMG - TURMA RECURSAL DO GRUPO JURISDICIONAL DE JUIZ DE FORA
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : GLOBO COMUNICACAO E PARTICIPACOES S/A
ADV.(A/S) : MAURO MARCOS DE CASTRO (9338/MG)
ADV.(A/S) : JOSE PERDIZ DE JESUS (10011/DF)
RECDO.(A/S) : LUCIANO VIDAL RIBEIRO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : JOAO VICTOR FERREIRA BITTENCOURT (177131/MG)
ADV.(A/S) : LIVERSON AGUIAR SENRA DELGADO (119834/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.642 (128)


ORIGEM : 10012771420208260655 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : JULIANA POLLI
ADV.(A/S) : ALESSANDRO DONIZETE PERINI (272572/SP)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE VARZEA PAULISTA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA PAULISTA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.666 (129)


ORIGEM : 22844034920218260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : WALDOMIRO MIGUEL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUIS RENATO PERES ALVES FERREIRA AVEZUM (329796/SP)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.771 (130)


ORIGEM : 10017104820218260666 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : LEANDRO MARCOS NUNES
ADV.(A/S) : VANESSA ARBOLEYA AMARAL JORGE (415196/SP)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ARTUR NOGUEIRA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARTUR NOGUEIRA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.038 (131)


ORIGEM : 10208579020208260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : APEOESP - SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO LEITE GOMES (359121/SP)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.064 (132)


ORIGEM : 00845027220154025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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RELATOR : MIN. GILMAR MENDES


RECTE.(S) : PATRICIA LOPES DE SOUZA
ADV.(A/S) : RENATA SERPA RODRIGUES NAZARIO (116664/RJ)
RECDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.266 (133)


ORIGEM : 02495234920158090000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
RECTE.(S) : BANCO DO BRASIL SA
ADV.(A/S) : OTAVIO PEREIRA DE SOUSA (33704/GO)
RECDO.(A/S) : AGROPECUARIA IPUA LTDA
ADV.(A/S) : LEONARDO GONCALVES NASCIMENTO (31637/GO)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.305 (134)


ORIGEM : 10454678820218260053 - TJSP - 1º COLÉGIO RECURSAL - CENTRAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : POLIMENTTI IMPORTACAO E COMERCIO DE MARMORES E GRANITOS LTDA
ADV.(A/S) : MOACIL GARCIA (100335/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.348 (135)


ORIGEM : 54339252320208090125 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECTE.(S) : NEUSA APARECIDA PORTO FERREIRA
ADV.(A/S) : RUBENS FERNANDO MENDES DE CAMPOS (8198/GO)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.434 (136)


ORIGEM : 00134611020188190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
RECDO.(A/S) : IZABEL VILELA SOARES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FLAVIA MARTINS MORETH (140598/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.912 (137)


ORIGEM : 02645756420198190001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RECDO.(A/S) : ECIA IRMAOS ARAUJO ENGENHARIA COMERCIO SA
ADV.(A/S) : FABIO JOSE DE FARIA PROCACI (103420/RJ)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.959 (138)


ORIGEM : 50029047820194025001 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : DERALDO FRANCISCO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
RECDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.964 (139)


ORIGEM : 50002343220214047009 - TRF4 - RS - 2ª TURMA RECURSAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANA
ADV.(A/S) : BARBARA FERREIRA DAVET (51683/PR, 48805/SC)
RECDO.(A/S) : BRF S.A.
ADV.(A/S) : FELIPE HASSON (18161-A/MS, 17727/A/MT, 42682/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.249 (140)


ORIGEM : 00716119420208160000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
RECDO.(A/S) : EDNEA BUCHI BATISTA
ADV.(A/S) : THIAGO BUCHI BATISTA (59930/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.449 (141)


ORIGEM : 50193100320208130701 - TJMG - TURMA RECURSAL DE UBERABA
PROCED. : MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA


RECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECDO.(A/S) : MARIA CONCEICAO MIRANDA
ADV.(A/S) : RIVANIA RIBEIRO DOS REIS (113658/MG)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.566 (142)


ORIGEM : 00018263620184036103 - TRF3 - SP - TURMAS RECURSAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : EMILIO JOSE ALONSO
ADV.(A/S) : ANA MARIA DE JESUS DE SOUZA (108765/SP)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.698 (143)


ORIGEM : 55037828720208090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : CLEISSON PAIVA DE ARAUJO
ADV.(A/S) : GILMAR DIAS DA SILVA (49912/GO)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.772 (144)


ORIGEM : 10225272820198260562 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : MUNICIPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
RECDO.(A/S) : CLARO S.A.
ADV.(A/S) : RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.868 (145)


ORIGEM : 00152812020228217000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : MUNICIPIO DE HUMAITA
ADV.(A/S) : GLADIMIR CHIELE (41290/RS)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.997 (146)


ORIGEM : 00301287720128110041 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
RECDO.(A/S) : SINDICATO DOS DEFENSORES PUBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO - SINDEP/MT
ADV.(A/S) : ERIKA FIGUEIREDO KUMUCHIAN ARAUJO (7946/O/MT)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.019 (147)


ORIGEM : 08036214220208200000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL
ADV.(A/S) : PEDRO DE ALCANTARA FARIAS SEGUNDO (5912/RN)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.036 (148)


ORIGEM : 10136036620208260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : TERMOTECNICA LTDA
ADV.(A/S) : GIOVANI HOBOLD (15088/SC)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.052 (149)


ORIGEM : 08142002520208100001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
RECTE.(S) : VALKIR FERREIRA DE SOUSA
ADV.(A/S) : EDILSON MAXIMO ARAUJO DA SILVA (8657/MA)
RECDO.(A/S) : ESTADO DO MARANHAO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.169 (150)


ORIGEM : 08351302020148120001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL


RECTE.(S) : SKY SERVIÇOS DE BANDA LARGA LTDA.
ADV.(A/S) : MARCELO REINECKEN DE ARAUJO (14874/DF)
RECDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
RECDO.(A/S) : SKY SERVIÇOS DE BANDA LARGA LTDA.
ADV.(A/S) : MARCELO REINECKEN DE ARAUJO (14874/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.179 (151)


ORIGEM : 50026432720204047102 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : MILANESI INDUSTRIAL LTDA.
ADV.(A/S) : RAFAEL HOHER (33313/RS)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.180 (152)


ORIGEM : 50292682820194030000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE SAO VICENTE
ADV.(A/S) : AMANDA SERRA CARVALHO AFONSO BARBOSA (242727/SP)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.271 (153)


ORIGEM : 03864071320128130701 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S) : FABIO MARTINELLI CHERIN
RECTE.(S) : FERNANDO MARTINELLI CHERIN
ADV.(A/S) : LEUCES TEIXEIRA DE ARAUJO (62346/MG)
ADV.(A/S) : ANTONIO RICARDO DA CUNHA (96544/MG)
ADV.(A/S) : JULIANA ALVES CASTEJON (133260/MG)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.310 (154)


ORIGEM : 00106661320188140051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : FABRICIO PEREIRA
ADV.(A/S) : EWERTON CARNEIRO DA SILVA (11062/AM)
ADV.(A/S) : ANA BARBARA MARTINS BACELAR (11404/AM)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.386 (155)


ORIGEM : 00007704420034036183 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : RAIMUNDO NEVES DE ANDRADES
ADV.(A/S) : BRENO BORGES DE CAMARGO (231498/SP)
RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.466 (156)


ORIGEM : 00293626620188060101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S) : MUNICIPIO DE ITAPIPOCA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPIPOCA
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.623 (157)


ORIGEM : 00095220920098160004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
RECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES DO MUNICIPIO DE CURITIBA E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA
RECDO.(A/S) : ELAINE MARIA COLLINI DA CRUZ
ADV.(A/S) : LUDIMAR RAFANHIM (33324/PR)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.405.037 (158)


ORIGEM : 50427923620174040000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECTE.(S) : UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : ADERINA DE QUADROS MADEIRA
ADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 207621/MG, 23510/PR)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 21

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.405.476 (159)


ORIGEM : 00013530520174036000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
RECDO.(A/S) : MARCOS ALVES DE OLIVEIRA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.741 (160)


ORIGEM : 220741 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
RECTE.(S) : ALAN SANTOS DE CARVALHO
ADV.(A/S) : MARCIO FIRMINO DE MORAIS (142539/RJ)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MINISTRO DISTR REDIST TOT


MIN. GILMAR MENDES 12 0 12
MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 15 1 16
MIN. CÁRMEN LÚCIA 18 0 18
MIN. DIAS TOFFOLI 15 0 15
MIN. LUIZ FUX 20 0 20
MIN. ROBERTO BARROSO 17 0 17
MIN. EDSON FACHIN 16 0 16
MIN. ALEXANDRE DE MORAES 10 0 10
MIN. NUNES MARQUES 20 0 20
MIN. ANDRÉ MENDONÇA 16 0 16
TOTAL 159 1 160

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. ANTONIO JULIANO DE SOUZA, Coordenador de Processamento Inicial, ADAUTO
CIDREIRA NETO, Secretário(a) Judiciário(a).
Brasília, 3 de outubro de 2022.

PLENÁRIO

Decisões

Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade


(PUBLICAÇÃO DETERMINADA PELA LEI Nº 9.868, DE 10.11.1999)

ACÓRDÃOS

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.114 (161)


ORIGEM : 7114 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
REQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA
ADV.(A/S) : PROCURADOR - GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA
INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido formulado na ação direta, para declarar a inconstitucionalidade do art. 11, V e VI, da Lei
6.379/1996 do Estado da Paraíba, com redação dada pelas Leis 7.598/2004 e 11.247/2018, e modulou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, a fim de
que esta decisão tenha eficácia a partir do exercício financeiro de 2024, ressalvando-se as ações ajuizadas até 5/2/2021, nos termos do voto do Relator, vencido
parcialmente o Ministro Dias Toffoli. Plenário, Sessão Virtual de 26.8.2022 a 2.9.2022.
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ART. 11, V,
VI, DA LEI 6.379/1996, DO ESTADO DA PARAÍBA. ALÍQUOTA DO ICMS. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
SELETIVIDADE. ESSENCIALIDADE. HIPÓTESES DO ART. 155, §2°, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TESE FIXADA NO TEMA 745 DA REPERCUSSÃO
GERAL NO RE 714.139-RG/SC. PERCENTUAL SUPERIOR À ALÍQUOTA GERAL. INCONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. ADI CONHECIDA
E JULGADA PROCEDENTE.
I - O Plenário do STF consolidou o entendimento de que são inconstitucionais leis estaduais e distritais, considerada a essencialidade dos bens e serviços,
que instituam alíquotas do ICMS incidentes sobre as operações de energia elétrica e serviços de telecomunicação em patamar superior ao das operações em geral
(RE 714.139-RG/SC, Redator Min. Dias Toffoli, Tema 745 da Repercussão Geral).
II – Modulação dos efeitos da declaração a fim de que esta decisão tenha eficácia a partir do exercício financeiro de 2024, ressalvando-se as ações

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 22

ajuizadas até 5/2/2021.


III - Ação conhecida e pedido julgado procedente, com declaração de inconstitucionalidade do art. 11, V e VI, da Lei 6.379/1996, do Estado da Paraíba, com
redação dada pelas Leis 7.598/2004 e 11.247/2018.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.124 (162)


ORIGEM : 7124 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
REQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ
INTDO.(A/S) : ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ

Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido formulado na ação direta, para declarar a inconstitucionalidade do art. 44, I, a, e II, a, da Lei
12.670/1996 do Estado do Ceará, e modulou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, a fim de que esta decisão tenha eficácia a partir do exercício
financeiro de 2024, ressalvando-se as ações ajuizadas até 5/2/2021, nos termos do voto do Relator, vencido parcialmente o Ministro Dias Toffoli. Plenário, Sessão
Virtual de 26.8.2022 a 2.9.2022.
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ART. 44, I,
A, E II, A, DA LEI 12.670/1996, DO ESTADO DO CEARÁ. ALÍQUOTA DO ICMS. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.
SELETIVIDADE. ESSENCIALIDADE. HIPÓTESES DO ART. 155, §2°, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TESE FIXADA NO TEMA 745 DA REPERCUSSÃO
GERAL NO RE 714.139-RG/SC. PERCENTUAL SUPERIOR À ALÍQUOTA GERAL. INCONSTITUCIONALIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. ADI CONHECIDA
E JULGADA PROCEDENTE.
I - O Plenário do STF consolidou o entendimento de que são inconstitucionais leis estaduais e distritais, considerada a essencialidade dos bens e serviços,
que instituam alíquotas do ICMS incidentes sobre as operações de energia elétrica e serviços de telecomunicação em patamar superior ao das operações em geral
(RE 714.139-RG/SC, Redator Min. Dias Toffoli, Tema 745 da Repercussão Geral).
II – Modulação dos efeitos da declaração a fim de que esta decisão tenha eficácia a partir do exercício financeiro de 2024, ressalvando-se as ações
ajuizadas até 5/2/2021.
III - Ação conhecida e pedido julgado procedente, com declaração de inconstitucionalidade do art. 44, I, a, e II, a, da Lei 12.670/1996, do Estado do Ceará.

SECRETARIA JUDICIÁRIA
ADAUTO CIDREIRA NETO
SECRETÁRIO

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 137/2022 - Elaborada nos termos do art. 935 do Código de Processo Civil e do art. 83 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, para
julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.582 (163)


ORIGEM : ADI - 4582 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
REQTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AM. CURIAE. : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Matéria:
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO
Servidor Público Civil
Regime Estatutário
Regime Previdenciário

SEGUNDO AG.REG. NA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 427 (164)


ORIGEM : ADPF - 427 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
AGTE.(S) : GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANA
AGDO.(A/S) : PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AM. CURIAE. : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AM. CURIAE. : ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
AM. CURIAE. : ESTADO DE ALAGOAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS
AM. CURIAE. : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AM. CURIAE. : ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
AM. CURIAE. : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
AM. CURIAE. : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
AM. CURIAE. : ESTADO DO MARANHAO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO

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AM. CURIAE. : ESTADO DE MATO GROSSO


PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
AM. CURIAE. : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
AM. CURIAE. : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AM. CURIAE. : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AM. CURIAE. : ESTADO DA PARAIBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AM. CURIAE. : ESTADO DO PARANA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANA
AM. CURIAE. : ESTADO DE PERNAMBUCO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
AM. CURIAE. : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
AM. CURIAE. : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AM. CURIAE. : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AM. CURIAE. : ESTADO DE RORAIMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA
AM. CURIAE. : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
AM. CURIAE. : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AM. CURIAE. : ESTADO DE SERGIPE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE
AM. CURIAE. : ESTADO DO TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS
AM. CURIAE. : SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE TELEFONIA E DE SERVICO MOVEL CELULAR E PESSOAL -
SINDITELEBRASIL
ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO PEROBA BARBOSA (00130824/SP)
ADV.(A/S) : SAUL TOURINHO LEAL (22941/DF)

Matéria:
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO
Controle de Constitucionalidade

AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.334.462 (165)
ORIGEM : 00006721520068110002 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : PAULO GONCALO DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RODRIGO GUIMARAES DE SOUZA (19554/O/MT)
ADV.(A/S) : FELIPE AUGUSTO FAVERO ZERWES (21534/O/MT)
ADV.(A/S) : CARLOS MAGNO KNEIP ROSA (6960/O/MT)
ADV.(A/S) : GISELLA CRISTINA KNEIP ROSA (9587/O/MT)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Matéria:
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO
Atos Administrativos

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 763 (166)


ORIGEM : 763 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
REQTE.(S) : PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO - PSB
ADV.(A/S) : RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (68951/BA, 25120/DF, 409584/SP) E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:
DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO
Controle de Constitucionalidade

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Carmen Lilian Oliveira de Souza
Assessora-Chefe do Plenário

PRIMEIRA TURMA

ACÓRDÃOS

Centésima Septuagésima Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 47.836 (167)


ORIGEM : 47836 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL


PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : SILVANA RAMOS DOS SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
INTDO.(A/S) : TERCEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DO DISTRITO FEDERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: Após os votos dos Ministros Alexandre de Moraes, Relator, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Dias Toffoli, que negavam provimento ao recurso de
agravo, pediu vista dos autos o Ministro Luís Roberto Barroso. Primeira Turma, Sessão Virtual de 13.8.2021 a 20.8.2021.
Decisão: A Turma, por unanimidade, deu provimento ao agravo regimental e julgou procedente a Reclamação para cassar a decisão reclamada,
determinando a inclusão da União no polo passivo da ação e o deslocamento da competência para a Justiça Federal. O fornecimento dos medicamentos, caso ainda
se faça necessário, não poderá ser interrompido até nova determinação pelo Juízo da origem que venha a reapreciar a demanda (art. 64, § 4º, do CPC), nos termos
do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 29.4.2022 a 6.5.2022.
Ementa: CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO. INDEVIDA APLICAÇÃO DO TEMA 793 DA REPERCUSSÃO
GERAL PELO JUÍZO DA ORIGEM. ÔNUS OBRIGACIONAL A SER SUPORTADO PELA UNIÃO. NECESSIDADE DE SUA INCLUSÃO NO POLO PASSIVO.
AGRAVO INTERNO A QUE SE DÁ PROVIMENTO.
1. O objeto do Agravo é a correta interpretação e aplicação da tese fixada no Tema 793 da Repercussão Geral, cujo teor é o seguinte: “os entes da
federação, em decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais na área da saúde, e diante dos critérios
constitucionais de descentralização e hierarquização, compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de competências e
determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro”.
2. A solidariedade atribuída a todos os entes (art. 23, II, da CF) não pode significar possibilidade absoluta de atropelo, por ordens judiciais, da estrutura
fixada essencialmente a partir da lógica hierarquizada e sistematizada das ações e serviços públicos de saúde (art. 198, caput e I, da CF), materializada pela divisão
de atribuição feita pela Lei 8.080/1990, que instituiu o Sistema Único de Saúde.
3. A interpretação do Tema 793-RG deve considerar a existência de solidariedade entre todos os entes em caso de competência comum, mas deve observar
o direcionamento necessário da demanda judicial ao ente responsável pela prestação específica pretendida, permitindo-se que o cumprimento seja direto e, eventual
ressarcimento, eficaz. Nesses casos, quando identifica-se a responsabilidade direta da União pelo fornecimento do medicamento ou pelo tratamento pretendido, nos
termos da Lei 8.080/1990, sua inclusão no polo passivo da demanda é medida necessária, a ser providenciada pelo juiz da causa, evitando-se o descompasso entre
a previsão orçamentária e a concretização da despesas na área da saúde.
4. Da mesma forma, quando se objetivar a “incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem
como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica”, as quais são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, nos termos do art. 19-Q da Lei 8.080/1990, a inclusão da União também se fará necessária.
5. No caso concreto, entendeu-se pela desnecessidade da inclusão da União no polo passivo, sob o argumento de tratar-se de obrigação solidária de todos
os Entes Políticos. Entretanto, cuida-se de pedido de fornecimento de medicamento não incluído nas políticas públicas do SUS, o que obriga a inclusão no polo
passivo da demanda.
6. Agravo Interno a que se dá provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.329.296 (168)


ORIGEM : 00033278420198190000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA
AGDO.(A/S) : MESA DIRETORA DA CÂMARA MUNICIPAL DE VOLTA REDONDA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE FARIA THULER (148179/RJ)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a
30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 5.499/2018 DO MUNICÍPIO DE
VOLTA REDONDA. LEI DE INICIATIVA PARLAMENTAR. AUSÊNCIA DE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO. TEMA 917 DA
REPERCUSSÃO GERAL.
1. Cuida-se, na origem, de Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada pelo PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA em face da Lei Municipal
5.499, de 5 de julho de 2018, de origem parlamentar, que dispõe sobre a divulgação das listagens dos pacientes que aguardam por consultas com especialistas,
exames e cirurgias na rede pública do Município de Volta Redonda e da outras providências.
2. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro julgou procedente o pedido, declarando a inconstitucionalidade da norma, com
efeitos ex tunc, aos fundamentos de que (a) a norma incorre em inconstitucionalidade formal, pois cria nova rotina e atribuições à Administração Pública Municipal; e
(b) a norma padece também de inconstitucionalidade material, já que “importa em evidente e indevida interferência do Poder Legislativo na organização do Poder
Executivo” (Vol. 1, fl. 6).
3. A respeito da matéria, o Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no julgamento do ARE 878.911-RG, Tema 917 da Repercussão Geral, firmou tese
no sentido de que: “Não usurpa competência privativa do Chefe do Poder Executivo lei que, embora crie despesa para a Administração, não trata da sua estrutura
ou da atribuição de seus órgãos nem do regime jurídico de servidores públicos (art. 61, § 1º, II,"a", "c" e "e", da Constituição Federal)”.
4. A Lei Municipal 5.499/2018, do Município de Volta Redonda, não prevê a criação de qualquer estrutura dentro da Administração Municipal, tampouco
interfere no regime jurídico de servidores públicos municipais. A norma em nada altera a organização e o funcionamento dos órgãos da Administração municipal já
existentes, de modo que não há que se falar em desrespeito à iniciativa exclusiva do Chefe do Poder Executivo.
5. Precedentes do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL no mesmo sentido, em casos nos quais eram questionadas leis de iniciativa parlamentar que impunham
à Administração a formação e divulgação de cadastros/listagens (RE 1.298.077-AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe de 15/3/2021; RE
613.481, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJe de 9/4/2014).
6. Agravo Interno a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.386.118 (169)


ORIGEM : 08025412420174058302 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : JOAO BARBOSA CAMELO NETO
ADV.(A/S) : CARLOS ANTONIO GONCALVES DE CARVALHO (46997/PE)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015,
condenou a parte agravante a pagar à parte agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a
interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final), nos termos do
voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
Ementa : AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO GERAL. INSUFICIÊNCIA.
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, LIV e LV, DA CF/1988. TEMA 660 DA REPERCUSSÃO GERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL REFLEXA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA SUPREMA CORTE. REAPRECIAÇÃO DE PROVAS. INADMISSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF.
1. Os Recursos Extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas,
sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral, que demonstre, perante o
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a
defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
2. A obrigação do recorrente em apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal
(art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o
tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não interessa única e
simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de que a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à
causa debatida, entre outras de igual patamar argumentativo.
3. O STF, no julgamento do ARE 748.371-RG/MT (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 660), rejeitou a repercussão geral da violação ao direito adquirido, ao
ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, quando se mostrar imprescindível
o exame de normas de natureza infraconstitucional.
4. Quanto à alegação de que o Tribunal de origem quedou-se inerte acerca da necessidade de suspensão do processo em razão da revogação de mandato
outorgado a advogado da parte, o Tribunal de origem decidiu a controvérsia com base na legislação aplicável à espécie (CPC), de forma que as alegadas ofensas à
Constituição seriam meramente indiretas (ou mediatas), o que inviabiliza o conhecimento do referido apelo.
5. O Tribunal de origem decidiu que “a Justiça Federal é absolutamente competente quando estão em discussão recursos federais sujeitos à prestação de
contas perante órgão federal, como no caso dos autos”. No ponto, o acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência desta CORTE
6. Quanto à alegação de que não ficou comprovado o desvio de verbas do FUNDEF, a argumentação recursal traz versão dos fatos diversa da exposta no
acórdão, de modo que o acolhimento do recurso passa necessariamente pela revisão das provas. Incide, portanto, o óbice da Súmula 279 desta CORTE: Para
simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
7. Agravo Interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica
condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final).

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.387.728 (170)


ORIGEM : 50014445620208090001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE ABADIANIA
ADV.(A/S) : RODRIGO MOTA NOBREGA (22176/GO)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ABADIÂNIA
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a
30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RETENÇÃO DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS DO ICMS REPASSADAS A MAIOR PELO
ESTADO AO MUNICÍPIO. DESNECESSIDADE DE PRÉVIO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO.
1. Na origem, cuida-se de Ação Ordinária proposta pelo MUNICÍPIO DE ABADIÂNIA/GO em face do ESTADO DE GOIÁS, na qual requer o repasse do ICMS
sem qualquer retenção pelo Estado.
2. Da análise dos autos, tem-se que, em 6/1/2015, em conformidade com o Ofício 868/2014, foi determinado o bloqueio do valor de R$ 29.742.124,00 no
repasse da parcela do ICMS pertencente aos municípios goianos, sob o fundamento de que, no ano de 2012, foi efetivado em valor maior que o devido.
3. O Tribunal de origem acolheu a pretensão do Município de Abadiânia, sustentando que o referido bloqueio, na forma como ocorreu, violou os princípios do
contraditório e da ampla defesa, uma vez que não foi instaurado, previamente, procedimento administrativo oportunizando a defesa do ente municipal.
4. A retenção (ou compensação) de valores repassados a maior aos municípios prescinde da abertura de procedimento administrativo, em que se garanta o
contraditório e a ampla defesa. Desse modo, verificando o Tribunal de Contas Estadual que houve repasse a maior, o Estado tem a obrigação de recuperar esse
valor, considerando-se presumidamente correta a quantia apurada pela Corte de Contas - nada impedindo, todavia, que o Município discuta, pela via administrativa
ou judicial, a correção do cálculo.
5. Agravo Interno a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.390.064 (171)


ORIGEM : 50060025820144040000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : DIEGO CAMPOS MARQUES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : GLENIO LUIS OHLWEILER FERREIRA (23021/RS, 328901/SP)
ADV.(A/S) : LUANA MARQUES DE ALBUQUERQUE (46620/DF)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015,
condenou a parte agravante a pagar à parte agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a
interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final), nos termos do
voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXCLUSÃO DOS JUROS MORATÓRIOS SOBRE AS PARCELAS ADIMPLIDAS A TEMPO
E CORRIGIDAS MONETARIAMENTE. TEMAS 132 E 1037 DA REPERCUSSÃO GERAL.
1. No julgamento do Tema 132 (RE 590.751, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI), a seguinte tese de repercussão geral foi consolidada por este
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: “O art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias possui a mesma mens legis que o art. 33 desse Ato, razão pela
qual, uma vez calculado o precatório pelo valor real do débito, acrescido de juros legais, não há mais falar em incidência desses nas parcelas anuais, iguais e
sucessivas em que é fracionado, desde que adimplidas a tempo e corrigidas monetariamente.”
2. Esta CORTE, no julgamento do RE 1.169.289-RG (Tema 1037, Relator Min. MARCO AURÉLIO, Redator do Acórdão Min. ALEXANDRE DE MORAES,
DJe de 1º/7/2020), fixou a seguinte tese: “O enunciado da Súmula Vinculante 17 não foi afetado pela superveniência da Emenda Constitucional 62/2009, de modo
que não incidem juros de mora no período de que trata o § 5º do art. 100 da Constituição. Havendo o inadimplemento pelo ente público devedor, a fluência dos juros
inicia-se após o ‘período de graça’.”
3. Além disso, esta CORTE já decidiu que a imposição de juros moratórios firmada na sentença com trânsito em julgado não impede a incidência da
jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, que afastou a caracterização da mora no prazo constitucional para pagamento de precatórios.
4. O acórdão recorrido divergiu desse entendimento, devendo, portanto, ser reformado, para excluir os juros moratórios sobre as parcelas adimplidas a
tempo e corrigidas monetariamente, nos termos das teses de repercussão geral fixadas nos Temas 132 e 1037.
5. Agravo interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica
condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.392.563 (172)


ORIGEM : 50002251020188210109 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : AMERICAN AIRLINES INC
ADV.(A/S) : CARLA CHRISTINA SCHNAPP (49513/BA, 44022-A/CE, 38667/DF, 24451/ES, 61617/GO, 161854/MG, 29169A/PB,
53637/PE, 76350/PR, 178101/RJ, 1527 - A/RN, 99164A/RS, 42868/SC, 1109A/SE, 139242/SP)
AGDO.(A/S) : JOSCELITA TIZIANI
ADV.(A/S) : ERIC SIMON CASTAGNA MACHADO (72698/RS)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015,
condenou a parte agravante a pagar à parte agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a
interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final), nos termos do
voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRANSPORTE AÉREO. EXTRAVIO DE BAGAGEM. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PRESCRIÇÃO. CONVENÇÃO DE MONTREAL, QUE PREVÊ PRAZO BIENAL DE PRESCRIÇÃO REFERENTE AOS
DANOS MATERIAIS. TEMA 210. INAPLICABILIDADE. INCIDÊNCIA DO PRAZO QUINQUENAL PREVISTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
1. O acórdão recorrido assentou que, quanto à pretensão da indenização por danos morais, quando a relação de consumo decorrer de contrato de
transporte aéreo internacional, não se aplica a prescrição bienal prevista nos acordos internacionais, devendo prevalecer as regras do Código de Defesa do
Consumidor.
2. O TRIBUNAL PLENO, em recentes julgados, abordou a controvérsia, assentando que o Tema 210 da repercussão geral não cuidou da temática relativa
ao prazo de prescrição referente a danos morais, razão pela qual deve ser observado nesses casos o lustro prescricional previsto no Código de Defesa do
Consumidor.
3. Agravo Interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica
condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final).

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.393.329 (173)


ORIGEM : 50776361820184047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : JOAO ADOLAR BERVIAN
ADV.(A/S) : GLADIMIR CHIELE (41290/RS)
AGDO.(A/S) : FUNDACAO NACIONAL DE SAUDE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015,
condenou a parte agravante a pagar à parte agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a
interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final), nos termos do
voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ORIUNDO DE DECISÃO DO TCU PROFERIDA
EM SEDE DE TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. PRESCRITIBILIDADE. TEMA 899 DA REPERCUSSÃO GERAL. INCIDÊNCIA. OCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO.
ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DE FATOS E PROVAS. PROVIDÊNCIAS VEDADAS NA VIA EXTRAORDINÁRIA.
1. Na origem, cuida-se de ação ordinária ajuizada em face da UNIÃO e da FUNASA, visando à declaração de nulidade de acórdão do TCU proferido no
processo de Tomada de Contas Especial n. 023.648/2007-5, o qual deu origem à CDA n. 20129444304655-34, em decorrência da ausência de comprovação da
regular aplicação dos recursos oriundos de Convênio firmado entre a FUNASA e o Município de Cândido Godói/RS no quadriênio 1997/2000, período em que o autor
foi prefeito daquela cidade.
2. O Tribunal de origem, inicialmente, afastou a aplicação ao caso do Tema 899 da repercussão geral, ao entendimento de que a Corte de Contas
determinou que o demandante devolvesse os valores recebidos em função do convênio firmado com o Ministério da Saúde, de tal sorte que não existirá uma ação
autônoma de ressarcimento embasada em acórdão do Tribunal de Contas, já que esse ressarcimento é buscado através da execução de tais créditos (Vol. 146, fl. 2).
Aduziu que no caso concreto não ocorreu a prescrição, mas sim a decadência do direito do autor, cujo prazo começou “ a contar a partir do trânsito em julgado
administrativo da decisão por meio da qual o Tribunal de Contas "condena" o agente público, imputando-lhe débito de alguma natureza”.
3. No julgamento do RE 636.886-RG, Tema 899, de minha relatoria, DJe de 24/6/2020, o Plenário desta SUPREMA CORTE fixou tese no sentido de que É
prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em decisão de Tribunal de Contas.
4. O referido precedente paradigma tratava da prescritibilidade (ou não) da execução de título executivo extrajudicial oriundo de acórdão do TCU firmado em
Tomada de Contas Especial em que se imputou débito ao particular. No presente processo, de forma idêntica, a execução baseia-se em título executivo extrajudicial
oriundo de decisão do TCU proferida nos autos da Tomada de Contas Especial n. TC 023.648/2007-5, que transitou em julgado em 30/11/2010. Logo, o presente
caso amolda-se ao Tema 899 da repercussão geral.
5. O art. 1º-A, da Lei 9.873/1999, que regulamenta o prazo prescricional para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e
indireta, dispõe que: Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a
ação de execução da administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em vigor. Na hipótese dos autos, a
Execução Fiscal n. 5003038-58.2012.4.04.7115 foi ajuizada em face do recorrente em 30/10/2012 (Vol. 85, fl. 2) - dentro, portanto, do prazo prescricional.
6. Para se chegar à conclusão diversa do entendimento formulado pelo acórdão recorrido acerca do prazo prescricional para ajuizamento da ação anulatória
em face do acórdão do TCU, seria necessário analisar a questão à luz da legislação infraconstitucional de regência (Decreto 20.910/1932), bem como dos fatos e
provas constantes dos autos, providências vedadas nesta sede recursal.
7. Agravo Interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica
condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final).

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.388.549 (174)


ORIGEM : 08192783220158205001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
AGDO.(A/S) : LEONARDO FREITAS DE MOURA
ADV.(A/S) : MARIO MATOS JUNIOR (7292/RN)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a
30.9.2022.
Ementa : AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO GERAL.
INSUFICIÊNCIA. EXAME DE DIREITO LOCAL. INVIABILIDADE. SÚMULA 280/STF.

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1. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo
imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral, que demonstre, perante o
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a
defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
2. A obrigação do recorrente em apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal
(art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o
tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não interessa única e
simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de que a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à
causa debatida, entre outras de igual patamar argumentativo.1. Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as
questões constitucionais a serem analisadas, sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da
repercussão geral, que demonstre, perante o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais
discutidas no processo, que transcenda a defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
3. Esta SUPREMA CORTE, no julgamento da ADI 305, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, DJ. 13/12/2002, declarou a inconstitucionalidade do §
2º do artigo 90 da Constituição do Estado do Rio Grande do Norte apenas no que se referia à vinculação da remuneração do delegado de polícia à carreira distinta.
4. A solução da controvérsia depende da análise da legislação local que rege a matéria em tela (Constituição do Estado do Rio Grande do Norte e Lei
Complementar Estadual 417/2010), o que é incabível em recurso extraordinário, conforme consubstanciado na Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe
recurso extraordinário.
5. Agravo interno a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.707 (175)


ORIGEM : 10146138320188260161 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE DIADEMA
ADV.(A/S) : DIOGO BASILIO VAILATTI (344432/SP)
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a
30.9.2022.
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. EXAME DA LEGALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS PELO PODER
JUDICIÁRIO. VIOLAÇÃO À SEPARAÇÃO DOS PODERES. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA
SUPREMA CORTE. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INVIABILIDADE. SÚMULA 279/STF.
1. O Tribunal de origem asseverou que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros constitui condição indispensável para assegurar aos alunos de escola
municipal o mínimo de segurança para frequentar as aulas, de modo que a falta desse documento por inércia do ente público configura situação de emergência, apta
a condená-lo a providenciar o alvará no prazo estipulado.
2. O acórdão recorrido encontra-se em conformidade com a orientação jurisprudencial desta CORTE, de que o exame da legalidade dos atos administrativos
pelo Poder Judiciário não viola o princípio da separação de Poderes.
3. A argumentação recursal demanda a incursão no conteúdo probatório dos autos, medida igualmente inviável nesta sede recursal em face do óbice da
Súmula 279 desta CORTE: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
4. Agravo Interno a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.394.268 (176)


ORIGEM : 00521732220128260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : FUNDACAO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDACAO CASA - SP
ADV.(A/S) : BRUNA BERNARDETE DOMINE (235967/SP)
ADV.(A/S) : NILTON DE BRITO GOMES (144683/SP)
ADV.(A/S) : OSCAR DE OLIVEIRA BARBOSA (293608/SP)
ADV.(A/S) : LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRA (196299/SP)
AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE COMERCIAL KARIMA LTDA
ADV.(A/S) : JORGE TOSHIHIKO UWADA (59453/SP)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a
30.9.2022.
Ementa : AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FUNDAMENTAÇÃO A RESPEITO DA REPERCUSSÃO GERAL.
INSUFICIÊNCIA. APELO EXTREMO QUE NÃO IMPUGNOU TODOS OS ARGUMENTOS DO JULGADO RECORIDO. SÚMULA 283 DO STF.
1. Os Recursos Extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas,
sendo imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral, que demonstre, perante o
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a
defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
2. A obrigação do recorrente em apresentar formal e motivadamente a preliminar de repercussão geral, que demonstre sob o ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional e legal
(art. 102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do CPC/2015), não se confunde com meras invocações desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o
tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não interessa única e
simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de que a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à
causa debatida, entre outras de igual patamar argumentativo.
3. As razões do extraordinário não impugnaram todos os fundamentos do acórdão recorrido, o que faz incidir, no caso, o óbice da Súmula 283 (É
inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles) do STF.
4. Agravo Interno a que se nega provimento.

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.423 (177)


ORIGEM : 00024310920094036002 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : ROQUE RUARO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CICERO ALVES DA COSTA (5106/MS)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno e, na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 28

condenou a parte agravante a pagar à parte agravada multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a
interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final), nos termos do
voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
Ementa: AGRAVO INTERNO. AGRAVO DO ART. 1.042 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA A TODOS OS
FUNDAMENTOS APTOS, POR SI SÓS, PARA SUSTENTAR A DECISÃO AGRAVADA. HIPÓTESE DE NÃO CONHECIMENTO.
1. Não pode ser conhecido o agravo do art. 1.042 do CPC, quando não impugna especificamente a decisão que inadmitira o recurso extraordinário na
instância de origem.
2. Agravo Interno a que se nega provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica
condenado o agravante a pagar ao agravado multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de
qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final).

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 216.355 (178)


ORIGEM : 216355 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : G.B.S.
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Primeira Turma, Sessão Virtual de 2.9.2022 a
13.9.2022.
EMENTA
Agravo regimental em recurso ordinário em habeas corpus. Homicídio qualificado. Nulidade da decisão de pronúncia. Alegada violação do art. 155
do CPP. Preclusão. Matéria não apontada no momento processual oportuno. Tese não apreciada pelo tribunal local e pelo Superior Tribunal de Justiça.
Supressão de instância. Inadmissibilidade. Writ utilizado como sucedâneo de revisão criminal. Não cabimento. Pretensão de submissão a novo júri.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade na via eleita. Decisão agravada em harmonia com entendimento consolidado pela Suprema Corte. Reiteração
dos argumentos expostos na inicial, os quais não infirmam os fundamentos da decisão agravada. Manutenção da decisão por seus próprios
fundamentos. Agravo ao qual se nega provimento.
I - A decisão ora atacada não merece reforma, uma vez que seus fundamentos se harmonizam estritamente com o entendimento consolidado pela Suprema
Corte.
II - O presente recurso se mostra inviável, na medida em que contém apenas a reiteração dos argumentos de defesa anteriormente expostos, sem, no
entanto, revelar quaisquer elementos capazes de afastar as razões expressas na decisão agravada, a qual deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
III - Agravo ao qual se nega provimento.

EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.356.883 (179)


ORIGEM : 01179399320208217000 - TJRS - RS - 1ª TURMA RECURSAL PROVISÓRIA DA FAZENDA PÚBLICA
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
REDATORA DO ACÓRDÃO : MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
INTDO.(A/S) : JEFERSON LUIS SEHNEM
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
LIT.PAS. : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Decisão: A Turma, por maioria, acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para anular as decisões do Supremo Tribunal Federal
proferidas e determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para observar-se o disposto no art. 1.036 do Código de Processo Civil, mantido o fornecimento
do medicamento ao paciente até o julgamento de mérito do presente caso ou enquanto perdurar a necessidade do interessado, nos termos do voto da Ministra
Cármen Lúcia, Redatora para o acórdão, vencidos os Ministros Alexandre de Moraes, Relator, e Luiz Fux. Primeira Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 1.234.
DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO NÃO PADRONIZADO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. INCLUSÃO DA UNIÃO NO POLO
PASSIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS PARA, ATRIBUINDO-SE-LHES EFEITOS INFRINGENTES, ANULAR AS DECISÕES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL E DETERMINAR A DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM, PARA OBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 1.036 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. BAIXA IMEDIATA.

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Fabiano de Azevedo Moreira
Coordenador de Processamento Final

SEGUNDA TURMA

NOTAS E AVISOS DIVERSOS

CONVOCAÇÃO DE SESSÃO VIRTUAL EXTRAORDINÁRIA DA SEGUNDA TURMA


De ordem do Excelentíssimo Senhor Ministro André Mendonça, Presidente da Segunda Turma, fica convocada, nos termos do art. 21-B, § 4º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, e do art. 5º-B da Resolução nº 642, de 14 de junho de 2019, sessão virtual extraordinária da Segunda Turma
para julgamento do mérito do HC 216.917, de relatoria do Ministro André Mendonça. A sessão terá início no dia 7.10.2022 (à 00h00), com término previsto para o
mesmo dia 7.10.2022 (às 23h59), podendo os advogados e procuradores apresentar sustentações orais até as 23h59 do dia 6.10.2022.

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Hannah Gevartosky
Secretária da Segunda Turma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 29

ACÓRDÃOS

Centésima Septuagésima Sexta Ata de Publicação de Acórdãos, realizada nos termos do art. 95 do RISTF.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 35.872 (180)


ORIGEM : 35872 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
AGTE.(S) : UPS DO BRASIL REMESSAS EXPRESSAS LTDA.
ADV.(A/S) : CAROLINA NEVES DO PATROCINIO NUNES (51062/BA, 32884/ES, 148188/RJ, 249937/SP)
ADV.(A/S) : ABRAO JORGE MIGUEL NETO (172355/SP)
AGDO.(A/S) : CHUBB DO BRASIL COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 16.9.2022 a
23.9.2022.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ALEGAÇÃO DE EQUÍVOCO NA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL NA
ORIGEM: NÃO CABIMENTO. USO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE.
1. O Supremo Tribunal Federal decidiu, reiteradamente, pelo não cabimento da reclamação ajuizada com o escopo de corrigir eventuais equívocos na
aplicação do instituto da repercussão geral, à exceção de evidente teratologia, o que não se vislumbra no caso.
2. Revela-se imprópria a formalização de reclamação com intuito de servir como sucedâneo recursal.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 37.427 (181)


ORIGEM : 37427 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
AGTE.(S) : ORLANDO DE SOUZA E SILVA
ADV.(A/S) : LEONARDO ALEXANDRE DE SOUZA E SILVA (201751/MG, 376742/SP, 8589-A/TO)
ADV.(A/S) : CAROLINE TAUANY DE SOUZA E SILVA (401592/SP)
AGDO.(A/S) : SMILES FIDELIDADE S/A
ADV.(A/S) : GUSTAVO ANTÔNIO FERES PAIXÃO (OAB 095502/RJ)
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO COLÉGIO RECURSAL DE OSASCO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 16.9.2022 a
23.9.2022.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE EQUÍVOCO NA APLICAÇÃO DO INSTITUTO DA
REPERCUSSÃO GERAL NA ORIGEM: NÃO CABIMENTO NO CASO. USO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE.
1. O Supremo Tribunal Federal decidiu, reiteradamente, pelo não cabimento da reclamação ajuizada com o escopo de corrigir eventuais equívocos na
aplicação do instituto da repercussão geral, à exceção de evidente teratologia, o que não se vislumbra no caso.
2. Revela-se imprópria a formalização de reclamação com intuito de servir como sucedâneo recursal.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 42.496 (182)


ORIGEM : 42496 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE TABOAO DA SERRA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA
AGDO.(A/S) : SANDRA CRISTINA FERREIRA DE SOUZA
AGDO.(A/S) : MARLY CRISTINA CARVALHO
AGDO.(A/S) : JANICE DOS SANTOS ARAÚJO
AGDO.(A/S) : FABIANA FRANÇA BARBOSA
AGDO.(A/S) : ELISABETH AMÁLIA DA CRUZ
AGDO.(A/S) : ELAINE TAVÁRES DE ALMEIDA VERDADEIRO
AGDO.(A/S) : ANATÓLIO RODRIGUES
AGDO.(A/S) : LUZIA RITA DOS SANTOS SOUZA GONÇALVES
AGDO.(A/S) : YARA REGINA GRASSO
AGDO.(A/S) : MARCIA CLEMENTE
AGDO.(A/S) : ANA PAULA DE ALMEIDA
AGDO.(A/S) : GILDETE MEIRELES DOS SANTOS LEITE
AGDO.(A/S) : LEITE, GUIOMAR DOS SANTOS SOUZA
AGDO.(A/S) : SIMONE DE ABREU MALTA
AGDO.(A/S) : RUTE DA PENHA COTA
AGDO.(A/S) : ANA CÉLIA SOUZA CASTILHANO
AGDO.(A/S) : NOEMI FERREIRA CARDOSO
AGDO.(A/S) : ONÉLIA ALVES DOS SANTOS
AGDO.(A/S) : RICARDO DE OLIVEIRA QUEIROZ
AGDO.(A/S) : ROSÂNGELA CLARO DE SOUZA
AGDO.(A/S) : MÔNICA DE LOURDES ABREU MARTINEZ
AGDO.(A/S) : ROSANA SANTOS MISHIMOTO
AGDO.(A/S) : MERI RUI RIVEROS
AGDO.(A/S) : TANIA MARIA BESSI
AGDO.(A/S) : SUÊNIA ALVES DE SOUZA COSTA
AGDO.(A/S) : MARIA JOSÉ MARQUES DOS REIS
AGDO.(A/S) : MARCIA FILOMENA APARECIDA CORREA CARVALHO
AGDO.(A/S) : LILIAN GUEDES SAMPAIO
AGDO.(A/S) : JULIO CEZAR RIBEIRO
AGDO.(A/S) : VERA LÚCIA NASCIMENTO ARAUJO
AGDO.(A/S) : ANERIS APARECIDA GRACIANO
AGDO.(A/S) : LULIMAR APARECIDA DE OLIVEIRA RAMOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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AGDO.(A/S) : VALÉRIA DA SILVA SENS


AGDO.(A/S) : MARIO AUGUSTO CARDOSO JUSTO
AGDO.(A/S) : RONALDA FELIX BEZERRA MATOS
AGDO.(A/S) : VALDELICE MERCANTE LUIZ
AGDO.(A/S) : VERA CRISTINA PEREIRA DOS SANTOS
AGDO.(A/S) : CLAUDETE MATTAR ZANFORLIN
AGDO.(A/S) : SIMONE DOS SANTOS GONÇALVES
AGDO.(A/S) : MARA LÚCIA LEONARDO COSTA
AGDO.(A/S) : ANDRÉIA MOREIRA DE SOUSA
AGDO.(A/S) : ROSEMEIRE CRISTINA DIAS COSTA SANTOS
AGDO.(A/S) : ELAINE NASCIMENTO THEODORO RODRIGUES
ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO RODRIGUES CERDEIRA (182245/SP)
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 2.9.2022 a
13.9.2022.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. ADERÊNCIA ESTRITA: AUSÊNCIA. USO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL: IMPOSSIBILIDADE.
1. Esta Suprema Corte tem jurisprudência consolidada quanto à exigência, para o cabimento da reclamação constitucional, da aderência estrita entre o
objeto do ato reclamado e o conteúdo do paradigma tido como violado (enunciado nº 37 da Súmula Vinculante do STF).
2. No caso, não se discute aumento, pelo Poder Judiciário, sem respaldo em lei, de vencimentos de servidores, com fundamento na isonomia. O Tribunal de
origem declarou, em controle difuso, a inconstitucionalidade de dispositivo legal, respeitada a cláusula de reserva de plenário, ante contrariedade à isonomia, no que
restabelecida previsão legal anterior, adotando-se, portanto, entendimento em consonância com o que firmado pelo Supremo Tribunal Federal.
3. Revela-se imprópria a formalização de reclamação com intuito de servir como sucedâneo recursal.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 54.417 (183)


ORIGEM : 54417 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : C.B.C.T.L.
ADV.(A/S) : EUSTELIA MARIA TOMA (86757/SP) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : M.S.S.M.
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Falou, pela agravante, o Dr. Thiago Vasques
Buso. Segunda Turma, Sessão Virtual de 23.9.2022 a 30.9.2022.
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL PROPOSTA PARA GARANTIR A OBSERVÂNCIA DE DECISÃO DESTA
SUPREMA CORTE PROFERIDA SOB A SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA 339 DA REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA.
RECLAMAÇÃO COMO SUCEDÂNEO RECURSAL. INVIABILIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – O Supremo Tribunal Federal não admite a reclamação ajuizada com o específico propósito de corrigir eventuais equívocos na aplicação, pelos Tribunais,
do instituto da repercussão geral, salvo evidente teratologia.
II - Nesta reclamação, a demonstração de equívoco na aplicação da sistemática da repercussão geral obrigatoriamente precisaria incluir a demonstração da
inaplicabilidade do Tema 339/RG.
III - A reclamação não pode ser utilizada como sucedâneo recursal.
IV- Agravo regimental a que se nega provimento.

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Fabiano de Azevedo Moreira
Coordenador de Processamento Final

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 632 (184)


ORIGEM : PROC - 136727 - JUIZ FEDERAL
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AUTOR(A/S)(ES) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RÉU(É)(S) : PEDRO MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : SUCESSÃO DE SIMIÃO MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : RAIMUNDO MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : CARLOS REIS ROCHA DE OLIVEIRA
RÉU(É)(S) : DEUSDETE MARTINS PAIXÃO
RÉU(É)(S) : FRANCISCA PAIXÃO MACHADO
RÉU(É)(S) : ALZIRA HERÊNCIO MEDLIG
RÉU(É)(S) : AURELIANO MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : JOANA MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : LUZIA MARTINS PAIXÃO SANTOS
RÉU(É)(S) : FLORIANO MARTINS HERÊNCIO
RÉU(É)(S) : FABRICIANO MOURÃO
RÉU(É)(S) : DOMINGAS MACHADO BATISTA
RÉU(É)(S) : MARTINHO MARTINS JORGE
RÉU(É)(S) : PEDRO NOGUEIRA SALDANHA PINTO
RÉU(É)(S) : JOSÉ RIBAMAR MARTINS JORGE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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RÉU(É)(S) : ANTONIO RAIMUNDO MARTINS JORGE


RÉU(É)(S) : DOMINGOS MARTINS PAIXÃO
RÉU(É)(S) : CONSTÂNCIA PAIXÃO MACHADO
RÉU(É)(S) : CLEDINA MACHADO CARDOSO
RÉU(É)(S) : MARIA SALOMÉ PAIXÃO MACHADO
RÉU(É)(S) : OTAMIRES DE SOUZA PEREIRA
RÉU(É)(S) : MARIA MARTINS SANTOS
RÉU(É)(S) : ANTÔNIO DA COSTA E SILVA
RÉU(É)(S) : ESPÓLIO DE GERALDO MARTINS JORGE
ADV.(A/S) : MILTON DE PAULA (20487/SP)
RÉU(É)(S) : JORGE LASKANI
ADV.(A/S) : JOSÉ ALVARO DE MORAES (8178/SP)
RÉU(É)(S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
RÉU(É)(S) : CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ S/A
ADV.(A/S) : JOSÉ MAURÍCIO BALBI SOLLERO (30851/MG)
LIT.PAS.(A/S) : INSTITUTO DE TERRAS DO PARÁ-ITERPA
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO LAMARÃO CORRÊA (1723/PA)

DESPACHO
1. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) propôs, contra o Estado do Pará, o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), a Andrade Gutierrez
S.A. e 31 ocupantes, ação discriminatória de terras devolutas localizadas em área correspondente à faixa de 100 (cem) quilômetros de ambos os lados da BR-158,
no trecho entre os Municípios de São Félix do Xingu e Altamira, no Estado do Pará. Busca ver reconhecido o domínio da União (eDocs 3 e 4, p. 1-3 e 31-33).
A Construtora Andrade Gutierrez S.A., em 22 de abril de 1999, informando ocorrida, no ano de 1994, a devolução do imóvel ao ente central, requereu a
própria exclusão do polo passivo (eDoc 10, fl. 47).
O Juízo Federal da Subseção Judiciária de Marabá, em 14 de fevereiro de 2002, reconheceu sua incompetência, ante apontado conflito federativo, e
remeteu o processo ao Supremo (eDoc 10, fls. 145-146).
É o relatório.
2. Manifeste-se a parte autora sobre o articulado pela Construtora Andrade Gutierrez S.A.
3. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.294 (185)


ORIGEM : 3294 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AUTOR(A/S)(ES) : VIBRA ENERGIA S.A.
ADV.(A/S) : URSULA TAUFNER ACIOLI AGUILAR (165727/RJ) E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LEONARDO MENDES CRUZ (25711/BA, 401518/SP)
RÉU(É)(S) : COMPANHIA DE INTEGRACAO PORTUARIA DO CEARA CEARAPORTOS
ADV.(A/S) : DEBORA DE BORBA PONTES MEMORIA (14801/CE)
RÉU(É)(S) : ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ
RÉU(É)(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS. : SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE DO CEARÁ (SEMACE)
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO
1. Petrobras Distribuidora S.A. propôs ação pelo procedimento comum, com pedido de tutela de urgência, contra a Companhia de Desenvolvimento do
Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S.A.), o Estado do Ceará, a União e a Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace). Pretende que o ente
estadual seja impedido de criar embaraços às atividades realizadas no Porto de Mucuripe e que o edital de chamada pública n. 0001/2017 da CIPP S.A. seja
declarado nulo.
A União, no dia 31 de outubro de 2018, manifestou interesse em participar como assistente litisconsorcial da parte autora e pugnou pela intimação da
Companhia Docas do Ceará (CDC) para atuar na mesma condição (eDoc 6, p. 65-68).
Em 2 de setembro de 2022, determinei a notificação da autora quanto ao pedido de ingresso do ente central, bem assim a intimação da CDC para,
querendo, formalizar requerimento de participação no processo.
A Petrobras Distribuidora S.A., mediante a petição/STF n. 73.591/2022, diz não se opor à assistência litisconsorcial pleiteada pela União e comunica a
alteração de sua denominação social para Vibra Energia S.A. Com a petição/STF n. 76.740/202, junta ata da assembleia geral extraordinária em que a nova
denominação social foi aprovada, além de procuração para habilitar advogados.
A CDC postula dilação de prazo por 15 (quinze) dias. Busca, após nova manifestação, a inclusão no polo ativo (petição/STF n. 73.251/2022).
É o relatório.
2. Retifique-se a autuação, de modo que dela passem a constar a nova denominação social da parte autora e o nome dos advogados indicados no
instrumento anexo à petição/STF n. 76.740/2022.
Ante a ausência de oposição da autora à intervenção da União como assistente litisconsorcial e, ainda, a exclusão dessa última do polo passivo, diga a parte
ré (CPC, art. 120).
Defiro o pedido de prorrogação formulado pela Companhia Docas do Ceará (CDC). Com a manifestação, dê-se vista às partes.
Em seguida, voltem os autos conclusos, para exame e providências voltadas à intimação da parte ré para oferecimento de contestação.
3. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.586 (186)


ORIGEM : 3586 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO MARANHAO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
RÉU(É)(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RÉU(É)(S) : BANCO DO BRASIL SA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 32

ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS


RÉU(É)(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : EDERSON LEITE BRAGA (7862/PI)
RÉU(É)(S) : BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL - BNDES
ADV.(A/S) : MORENA CORREA SANTOS (149924/RJ)
ADV.(A/S) : JULIANA CRISTINA DUARTE DA SILVEIRA (256216/SP)
RÉU(É)(S) : BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO
ADV.(A/S) : KARLA VANESSA MELO MONTENEGRO DE ARAUJO (15087/DF)
RÉU(É)(S) : BANK OF AMERICA, N. A.
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RÉU(É)(S) : BRAZIL LOAN TRUST 1
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DESPACHO: Intimado para se pronunciar sobre pedido de desistência formulado pelo Estado do Maranhão, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID
manifestou-se no “sentido de que entende necessário que o Estado formule pedido de renúncia ao direito em que se funda a ação”, nos termos da Petição
7.6954/2022.
Assim, manifeste-se o Estado do Maranhão, no prazo de 5 (cinco) dias.
Publique-se.
Brasília, 06 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.590 (187)


ORIGEM : 3590 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RÉU(É)(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
Manifeste-se o autor, em réplica, sobre a contestação apresentada pela União.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.591 (188)


ORIGEM : 3591 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AUTOR(A/S)(ES) : ESTADO DO PIAUÍ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
RÉU(É)(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RÉU(É)(S) : BANCO DO BRASIL SA
ADV.(A/S) : LUIS NEI GONCALVES DA SILVA JUNIOR (69917/DF) E OUTRO(A/S)
RÉU(É)(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : MAURICIO DE OLIVEIRA RAMOS (22441/DF) E OUTRO(A/S)
RÉU(É)(S) : ITAÚ UNIBANCO S/A
ADV.(A/S) : WAMBIER, YAMASAKI, BEVERVANÇO & LOBO ADVOGADOS (OAB/PR N. 2.049)
ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER (38828/DF, 15265-A/MA, 14469/A/MT, 43605/PE, 07295/PR, 181232/RJ, 11433/RO,
66123A/RS, 23516/SC, 291479/SP)
ADV.(A/S) : MAURI MARCELO BEVERVANCO JUNIOR (30709/ES, 190794/MG, 22495-A/MS, 24197/A/MT, 42277/PR, 219091/RJ,
115852A/RS, 46689/SC, 360037/SP, 9939-A/TO)
RÉU(É)(S) : BANCO DO NORDESTE DO BRASIL SA
ADV.(A/S) : DANIEL SOUZA VOLPE (30967/DF, 214490/SP)
RÉU(É)(S) : BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL - BNDES
ADV.(A/S) : MORENA CORREA SANTOS (149924/RJ) E OUTRO(A/S)
RÉU(É)(S) : BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO
ADV.(A/S) : KARLA VANESSA MELO MONTENEGRO DE ARAUJO (15087/DF) E OUTRO(A/S)
RÉU(É)(S) : FIDA - FUNDO INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RÉU(É)(S) : BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E O DESENVOLVIMENTO (BIRD
ADV.(A/S) : MARCELO REINECKEN DE ARAUJO (14874/DF) E OUTRO(A/S)

DESPACHO: Manifeste-se o autor, em réplica, sobre as contestações apresentadas pela União, pelo Banco do Brasil, pela Caixa Econômica Federal, pelo Itaú
Unibanco S/A, pelo Banco do Nordeste do Brasil SA, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
– BNDES e pelo Banco Internacional para Reconstrução e o Desenvolvimento.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

AÇÃO PENAL 470 (189)


ORIGEM : INQ - 200538000249294 - JUIZ FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
REVISOR : MIN. EDSON FACHIN
AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 33

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA


RÉU(É)(S) : JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA
ADV.(A/S) : JOSE LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (63185/DF, 225737/RJ, 107106/SP)
RÉU(É)(S) : JOSÉ GENOÍNO NETO
ADV.(A/S) : SANDRA MARIA GONÇALVES PIRES (174382/SP)
RÉU(É)(S) : DELÚBIO SOARES DE CASTRO
ADV.(A/S) : CELSO SANCHEZ VILARDI (120797/SP)
RÉU(É)(S) : SÍLVIO JOSÉ PEREIRA
ADV.(A/S) : GUSTAVO HENRIQUE RIGHI IVAHY BADARÓ
RÉU(É)(S) : MARCOS VALÉRIO FERNANDES DE SOUZA
ADV.(A/S) : MARCELO LEONARDO (25328/MG)
RÉU(É)(S) : RAMON HOLLERBACH CARDOSO
ADV.(A/S) : HERMES VILCHEZ GUERRERO
RÉU(É)(S) : CRISTIANO DE MELLO PAZ
ADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHO
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO (0007736/MG)
ADV.(A/S) : CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃES (00084254/MG)
ADV.(A/S) : CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETO (0102370/MG)
ADV.(A/S) : IZABELLA ARTUR COSTA (116299/MG)
RÉU(É)(S) : ROGÉRIO LANZA TOLENTINO
ADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO ABREU E SILVA
RÉU(É)(S) : SIMONE REIS LOBO DE VASCONCELOS
ADV.(A/S) : LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY
ADV.(A/S) : DANIELA VILLANI BONACCORSI
RÉU(É)(S) : GEIZA DIAS DOS SANTOS
ADV.(A/S) : PAULO SÉRGIO ABREU E SILVA
RÉU(É)(S) : KÁTIA RABELLO
ADV.(A/S) : THEODOMIRO DIAS NETO
RÉU(É)(S) : JOSE ROBERTO SALGADO
ADV.(A/S) : MÁRCIO THOMAZ BASTOS (11273/SP)
RÉU(É)(S) : VINÍCIUS SAMARANE
ADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS DIAS
ADV.(A/S) : MAURÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS JÚNIOR (49369/MG)
RÉU(É)(S) : AYANNA TENÓRIO TÔRRES DE JESUS
ADV.(A/S) : ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (23183/SP)
RÉU(É)(S) : JOÃO PAULO CUNHA
ADV.(A/S) : ALBERTO ZACHARIAS TORON (40063/DF, 65371/SP)
RÉU(É)(S) : LUIZ GUSHIKEN
ADV.(A/S) : JOSÉ ROBERTO LEAL DE CARVALHO (26291/SP)
RÉU(É)(S) : HENRIQUE PIZZOLATO
ADV.(A/S) : MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO (122733/SP)
RÉU(É)(S) : PEDRO DA SILVA CORRÊA DE OLIVEIRA ANDRADE NETO
ADV.(A/S) : EDUARDO ANTONIO LUCHO FERRAO (09378/DF, 150062/RJ)
RÉU(É)(S) : JOSE MOHAMED JANENE
ADV.(A/S) : MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA (21932/DF, 19847/PR)
RÉU(É)(S) : PEDRO HENRY NETO
ADV.(A/S) : RICARDO GOMES DE ALMEIDA (5985/MT)
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DUARTE ALVARES
RÉU(É)(S) : JOÃO CLÁUDIO DE CARVALHO GENU
ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO MENEGHETTI (03373/DF, 387459/SP)
RÉU(É)(S) : ENIVALDO QUADRADO
ADV.(A/S) : PRISCILA CORRÊA GIOIA
RÉU(É)(S) : BRENO FISCHBERG
ADV.(A/S) : LEONARDO MAGALHÃES AVELAR (221410/SP)
RÉU(É)(S) : CARLOS ALBERTO QUAGLIA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
RÉU(É)(S) : VALDEMAR COSTA NETO
ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (12330/DF)
RÉU(É)(S) : JACINTO DE SOUZA LAMAS
ADV.(A/S) : DÉLIO LINS E SILVA
RÉU(É)(S) : ANTÔNIO DE PÁDUA DE SOUZA LAMAS
ADV.(A/S) : DÉLIO LINS E SILVA
RÉU(É)(S) : CARLOS ALBERTO RODRIGUES PINTO (BISPO RODRIGUES)
ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (12330/DF)
RÉU(É)(S) : ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO
ADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO PEREIRA DA CUNHA (28328/DF)
ADV.(A/S) : MARCOS PEDREIRA PINHEIRO DE LEMOS (RJ066298/)
RÉU(É)(S) : EMERSON ELOY PALMIERI
ADV.(A/S) : ITAPUÃ PRESTES DE MESSIAS (35580/GO)
ADV.(A/S) : HENRIQUE DE SOUZA VIEIRA
RÉU(É)(S) : ROMEU FERREIRA QUEIROZ
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO
ADV.(A/S) : LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (47898/MG)
ADV.(A/S) : FLÁVIA GONÇALVEZ DE QUEIROZ (79686/MG)
ADV.(A/S) : DALMIR DE JESUS (96842/MG)
RÉU(É)(S) : JOSÉ RODRIGUES BORBA
ADV.(A/S) : ROBERTO BERTHOLDO (13316/PR)
ADV.(A/S) : MICHEL SALIBA OLIVEIRA (24694/DF)
RÉU(É)(S) : PAULO ROBERTO GALVÃO DA ROCHA
ADV.(A/S) : MÁRCIO LUIZ DA SILVA
ADV.(A/S) : DESIRÈE LOBO MUNIZ SANTOS GOMES (15959/PR)
ADV.(A/S) : JOÃO DOS SANTOS GOMES FILHO
RÉU(É)(S) : ANITA LEOCÁDIA PEREIRA DA COSTA
ADV.(A/S) : LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA (14848/DF)

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RÉU(É)(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA (PROFESSOR LUIZINHO)


ADV.(A/S) : MÁRCIO LUIZ DA SILVA
RÉU(É)(S) : JOÃO MAGNO DE MOURA
ADV.(A/S) : OLINTO CAMPOS VIEIRA (9614-B/PA)
ADV.(A/S) : WELLINGTON ALVES VALENTE (9617B/PA)
ADV.(A/S) : SEBASTIÃO TADEU FERREIRA REIS
RÉU(É)(S) : ANDERSON ADAUTO PEREIRA
ADV.(A/S) : ROBERTO GARCIA LOPES PAGLIUSO
RÉU(É)(S) : JOSÉ LUIZ ALVES
ADV.(A/S) : ROBERTO GARCIA LOPES PAGLIUSO
RÉU(É)(S) : JOSÉ EDUARDO CAVALCANTI DE MENDONÇA (DUDA MENDONÇA)
ADV.(A/S) : LUCIANO FELDENS (75825/RS)
RÉU(É)(S) : ZILMAR FERNANDES SILVEIRA
ADV.(A/S) : LUCIANO FELDENS (75825/RS)

DECISÃO: Petições nº 55.431/2022 e 6.137/2020


Ementa: DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. MEDIDA CAUTELAR DE APREENSÃO DE PASSAPORTE. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
1.Trata-se de pedido de restituição de passaporte formulado nos autos da AP 470.
2.Extinta a punibilidade do sentenciado, no que diz respeito à pena privativa de liberdade, não mais subsiste fundamento para a restrição de saída do país,
relativamente a este feito. Pelas mesmas razões, o pedido de devolução do passaporte deve ser deferido.
3.Deferimento do pedido.
1. Trata-se de pedido de restituição de passaporte formulado por Enivaldo Quadrado.
2. O sentenciado afirma que seu passaporte brasileiro, de identificação CY001370, foi apreendido na presente ação penal em razão de medida cautelar
deferida pelo então relator do feito, Ministro Joaquim Barbosa. Aduz que cumpriu integralmente a pena imposta, razão pela qual pugna pela devolução do
documento.
3. Após a manifestação da parte, foi dado vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, que emitiu parecer com o seguinte teor, na parte que interessa
(fls. 72.459 e 72.460):
De fato, nas hipóteses de cumprimento integral da pena privativa de liberdade, impõe-se a devolução do documento apreendido.
No caso dos autos, porém, considerando a existência das ações penais oriundas da 13ª Vara Federal de Curitiba, necessário consultar aquele Juízo acerca
da existência de eventual determinação cautelar de recolhimento do passaporte do sentenciado.
Ante o exposto, a Procuradoria-Geral da República requer a expedição de ofício ao Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, para que informe sobre eventual
determinação cautelar de recolhimento do passaporte de Enivaldo Quadrado em decorrência das ações penais 5022182- 33.2016.4.04. 7000 e
5083401-18.2014.4.04. 700.
4. Em 9 de março de 2020, determinei a expedição de ofício à 13ª Vara Federal de Curitiba, a fim de que o magistrado responsável esclarecesse se existia
algum óbice por parte daquele juízo à liberação do passaporte.
5. O juízo comunicou o que se segue:
Em atenção ao Ofício eletrônico nº 2451/2020, expedido nos autos da Ação Penal nº 470/MG, Juízo, comunico a Vossa Excelência que não há nenhuma
medida cautelar decretada por este juízo que impeça a devolução do passaporte de ENIVALDO QUADRADO - CPF 021.761.688-79.
6. É, no essencial, o relatório. Passo à decisão.
7. Extinta a punibilidade do sentenciado, no que diz respeito à pena privativa de liberdade, relativamente à Ação Penal 470, não mais subsiste fundamento
para a restrição de saída do país, em razão deste feito. Pelas mesmas razões, o pedido de devolução do passaporte deve ser deferido.
8. Ademais, em comunicação com o juízo no qual perduram ações penais em desfavor do sentenciado, foi informado que não há nenhuma medida cautelar
decretada que impeça a devolução do passaporte, o que foi confirmado por servidora da 13ª Vara Federal de Curitiba, em agosto de 2022.
9. Diante do exposto, defiro a devolução do passaporte do apenado.
10. Comunique-se ao Departamento de Polícia Federal que não mais persiste a medida de impedimento de saída do país em nome de Enivaldo Quadrado,
enquanto consequência de sua condenação nos autos da Ação Penal nº 470.
11. À Secretaria para as providências cabíveis.
12. Encaminhe-se cópia desta decisão ao Juízo delegatário da presente execução penal.
Publique-se.
Brasília, 6 de setembro de 2022.
Ministro LUÍS ROBERTO BARROSO
Relator

AÇÃO RESCISÓRIA 2.927 (190)


ORIGEM : 2927 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
REVISOR : MIN. ANDRÉ MENDONÇA
AUTOR(A/S)(ES) : MILVIO MANOEL CRUZ BRAGA
ADV.(A/S) : HUMBERTO TOMMASI (37541/PR) E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MILVIO MANOEL CRUZ BRAGA (44044/PR)
RÉU(É)(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

DECISÃO
1. Mílvio Manoel Cruz Braga propôs, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ação rescisória em que
busca desconstituir, ao argumento de manifesta violação a norma jurídica (CPC, art. 966, V e § 5º), pronunciamento formalizado no RE 858.551. Postulando
gratuidade de justiça, juntou declaração de hipossuficiência.
Em 15 de março de 2022, o então Relator, desembargador federal Roger Raupp Rios, implementou o benefício da gratuidade (eDoc 13).
O INSS ofereceu contestação, arguindo preliminares. Ante a profissão do autor, que é advogado, disse afastada a presunção de miserabilidade. Requereu a
intimação da parte para comprovar a renda a fim de obter a gratuidade (eDoc 23).
O autor apresentou réplica. Indicou, quanto à gratuidade de justiça, não ter condições de arcar com as despesas processuais (eDoc 27).
Em 7 de junho de 2022, o então Relator, juiz federal convocado Rodrigo Koehler Ribeiro, reconheceu a própria incompetência e remeteu o processo ao
Supremo, com fundamento no art. 102, I, “j”, da Constituição Federal, tornando sem efeito a decisão mediante a qual concedido o benefício da gratuidade (eDoc 34).
Em 9 de setembro seguinte, determinei a intimação da parte autora para que comprovasse a necessidade do implemento da gratuidade de justiça ou
promovesse a juntada do comprovante de recolhimento das custas pertinentes.
O autor manifestou desistência (petição/STF n. 72.711/2022).
É o relatório. Decido.
2. Ausente demonstração da necessidade da gratuidade de justiça, é forçoso o recolhimento das custas.
Após apresentada a contestação, a desistência da ação depende da anuência da parte contrária, nos termos do art. 485, § 4º, do Código de Processo Civil.
3. Indefiro o pedido de implemento de gratuidade de justiça. Venha aos autos o comprovante do recolhimento das custas.
Quanto à desistência pretendida, diga a parte ré (CPC, art. 485, § 4º).
4. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 35

Ministro NUNES MARQUES


Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.350 (191)


ORIGEM : 219350 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : V.C.S.
ADV.(A/S) : GLAUBER TEIXEIRA COSTA (176551/MG)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 761.093 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.557 (192)


ORIGEM : 219557 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : JOAO VITOR SILVA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : FERNANDA RIBEIRO DE OLIVEIRA (162193/MG)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 766.715 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.565 (193)


ORIGEM : 219565 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : A.N.B.
ADV.(A/S) : ERIC ANTONIO RIBEIRO (415160/SP)
ADV.(A/S) : RICARDO FATORE DE ARRUDA (363806/SP)
ADV.(A/S) : APARECIDO BERNARDO RIBEIRO JUNIOR (453109/SP)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.607 (194)


ORIGEM : 219607 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : DIEGO HENRIQUE FAGUNDES DE LIMA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.883 (195)


ORIGEM : 219883 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : NATÁLIA BELANGA JULIANI
ADV.(A/S) : LEANDRO LOURENCO DE CAMARGO (213736/SP)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO RHC Nº 164.957 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.028 (196)


ORIGEM : 220028 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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AGTE.(S) : LEONARDO BARBOZA DE SOUZA


ADV.(A/S) : NERY CALDEIRA (323999/SP)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.049 (197)


ORIGEM : 220049 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : MARCOS DIEGO DA SILVA
ADV.(A/S) : FABIO HENRIQUE DOS SANTOS (406771/SP)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.208 (198)


ORIGEM : 220208 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : MARCOS ALBERTO MARIANO
AGTE.(S) : REGINA LUCIA PINTO MARIANO
AGTE.(S) : DAVID ALBERTO MARIANO
ADV.(A/S) : WESLEY CESAR SABINO BRAGA (310086/SP)
AGDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº 751.529 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.297 (199)


ORIGEM : 220297 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : JAINEI DUTRA GUIMARÃES
ADV.(A/S) : PAULO CESAR BARBOSA PIMENTEL (9165/CE)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 707.312 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.299 (200)


ORIGEM : 220299 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : LEANDRO FURLAN
ADV.(A/S) : ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RELATOR DO HC Nº 769.982 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.483 (201)


ORIGEM : 220483 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : EDSON ANTÔNIO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : PETER RODRIGUES FERNANDES (55526/DF) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de agravo regimental interposto contra a decisão por mim proferida nestes autos (doc. eletrônico 97).
Neste recurso, a defesa alega que, apesar de o “[...] mérito do habeas corpus impetrado tenha sido julgado apenas em parte, por se tratar de matéria de

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 37

ordem pública, assim como a prescrição, a decadência do único crime de estelionato poderia/deveria ter sido reconhecida de ofício, independente de ter sido ou não
apreciada pelo Juízo a quo”. (pág. 6 do doc. eletrônico 98).
Aduz, nesse contexto, que “[...] os autos de origem comprovam que o Paciente foi acusado de ter cometido a suposta prática de um único crime de
estelionato. Este, por sua vez, teria ocorrido em meados de 2017; porém, não consta a manifestação do ofendido, ficando assim inequívoco o reconhecimento da
decadência e a consequente extinção da punibilidade”. (pág. 7 do doc. eletrônico 98).
No mais, reitera os argumentos veiculados na petição inicial, formulando, ao fim, os seguintes requerimentos:
“[...]
a) Realizado o juízo de retratação, seja reconhecida a decadência do crime de estelionato imputado ao paciente;
b) Seja julgado o recurso pelo colegiado, a fim de que seja reconhecida a existência de constrangimento ilegal na manutenção da custódia cautelar do
Paciente em razão da fundamentação genérica utilizada pelo Juízo de piso nas renovações dos decretos de prisão preventiva.” (pág. 15 do doc. eletrônico 98).
É o relatório. Decido.
A decisão agravada possui o seguinte teor:
“[...]
É o relatório. Decido.
Inicialmente, registro que os temas relativos (i) aos fundamentos da custódia preventiva (autoria e materialidade); (ii) à contemporaneidade da prisão
cautelar; (iii) à retroatividade da Lei 13.964/19, na parte em que transformou o estelionato em crime de ação penal pública condicionada à representação da vítima; e
(iv) ao alegado excesso de prazo da prisão preventiva não podem ser conhecidos.
Isso porque essas questões não foram analisadas no acórdão atacado, o que impede, igualmente, a análise delas por esta Suprema Corte, sob pena de
supressão de instância, com evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. Nesse sentido, vejam-se os
seguintes precedentes em casos análogos:
‘AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. DECISÃO MONOCRÁTICA. INEXISTÊNCIA DE ARGUMENTAÇÃO APTA A
MODIFICÁ-LA. MANUTENÇÃO DA NEGATIVA DE SEGUIMENTO. INOVAÇÃO ARGUMENTATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME. AGRAVO REGIMENTAL
DESPROVIDO. 1. A inexistência de argumentação apta a infirmar o julgamento monocrático conduz à manutenção da decisão recorrida. 2. Caracteriza-se indevida
supressão de instância o enfrentamento de argumento não analisado pela instância a quo. 3. Agravo regimental desprovido.’ (HC 135.001 AgR/MS, rel. Min. Edson
Fachin).
‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. CRIMES DE CONCUSSÃO E CORRUPÇÃO PASSIVA. NULIDADE.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. […] 2. Inviável o exame das teses defensivas não analisadas pelo Superior Tribunal de Justiça, sob pena de indevida supressão de
instância. 3. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.” (HC 136.452 ED/DF, rel. Min. Rosa Weber).
‘PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONDENAÇÃO TRANSITADA
EM JULGADO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. DOSIMETRIA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. […] 3. A alegação de ausência de fundamentação idônea para a
fixação da pena-base em patamar acima do mínimo legal não foi submetida a exame do Superior Tribunal de Justiça, o que impede a imediata análise da matéria,
sob pena de indevida supressão de instância. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (RHC 131.539 AgR/SP, rel. Min. Roberto Barroso).
‘PENAL. CONSTITUCIONAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. QUESTÕES NÃO ANALISADAS PELO TRIBUNAL A QUO. DUPLA
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRESCRIÇÃO DE INFRAÇÃO DISCIPLINAR DE NATUREZA GRAVE. NÃO OCORRÊNCIA. RECURSO DESPROVIDO. I – As
alegações constantes neste recurso ordinário em habeas corpus não foram objeto de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Tribunal de Justiça local,
circunstância que impede o exame da matéria por esta Suprema Corte, sob pena de incorrer-se em indevida dupla supressão de instância, com evidente
extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal. Precedentes. […]. III - Recurso a que se nega provimento.’ (RHC 136.311/
RJ, de minha relatoria).
No que se refere à necessidade de reavaliação da prisão preventiva a cada 90 dias, em observância ao parágrafo único do art. 316 do Código de Processo
Penal – CPP, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça destacou os seguintes aspectos de fato e de direito:
‘[...]
Conforme ficou consignado nos autos, o Magistrado de origem vem regularmente reavaliando a prisão preventiva do ora agravante (fl. 50 - grifo nosso):
‘[…]
No mais, em 18/06/2021, nos termos do art. 316, parágrafo único, do CPP, a prisão foi reavaliada e mantida por decisão fundamentada, tendo o d.
Magistrado consignado que:
‘conforme indicam as provas indiciárias carreadas aos autos, o mencionado réu exercia função de comando na organização ora investigada. Era, na
verdade, o principal articulador entre motoristas e receptadores de cargas, pois, em diversos momentos, tratava com os demais sobre os bens desviados, fazia
contato com os receptadores e recebia suas demandas. Além disso, também interagia com outras pessoas a fim de conseguir documentos falsos e viabilizar golpes’.
Com efeito, o paciente está sendo acusado de conduta que apresenta gravidade in concreto, consistente em comandar e integrar complexa organização
criminosa voltada à prática de variados crimes patrimoniais com profissionalismo e divisão de tarefas, com outros 25 corréus, não se olvidando, ainda, que ele
ostenta condenação anterior.
Assim, não se vislumbra constrangimento ilegal na custódia para a garantia da ordem pública e da instrução processual.
[...]’.
Não foi outra a opinião do o Subprocurador-Geral da República Nívio de Freitas Silva Filho, o qual ressaltou que se constata pela atenta análise das
informações prestadas pela autoridade coatora que o Juízo de origem está cumprindo rigorosamente o prazo estipulado no referenciado artigo de 90 dias, até
mesmo porque a combativa defesa está regularmente renovando o pedido de revogação da prisão preventiva (fl. 6.395 - grifo nosso).
Ademais, o prazo do art. 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal não é peremptório, sendo que, conforme consta do autos, a prisão foi revisada
em 18/6/2021, não havendo assim qualquer ilegalidade a ser sanada.
[…].’ (págs. 3-4 do doc. eletrônico 94).
Entendo que, realmente, o acusado preso tem direito à revisão da necessidade de sua prisão preventiva a cada 90 dias. Porém, na sua ausência, penso que
o Poder Judiciário poderá determinar sua pronta revisão, afim de evitar-se prisões processuais alongadas, sem qualquer necessidade, e, sobretudo, garantir que
presos hipossuficientes, desprovidos de qualquer assistência judiciária, não permaneçam encarcerados desnecessariamente, ‘porquanto os afortunados requerem,
com certa frequência, a revogação da prisão preventiva ou a concessão da liberdade provisória’, tal como destacado pelo Ministro Gilmar Mendes em diversas
decisões monocráticas que proferiu sobre o assunto (vide HCs 184.769/SP, 187.293/CE, 189.948/MG e 191.187-ED/SP).
Cumpre salientar, por oportuno, que a consequência prevista, no caso de não observância daquele dispositivo, é a possibilidade de tornar a prisão ilegal.
Isso não significa, porém, que a custódia deva ser automaticamente revogada, sob pena de total desvirtuamento do plexo normativo que trata das medidas
cautelares previsto no Código de Processo Penal.
Daí porque entendo pela necessidade de fazer-se uma interpretação sistemática da norma para, ao mesmo tempo, dar a ela a sua plena eficácia e garantir
ao acusado que a sua custódia processual não seja mantida indefinidamente, sem qualquer revisitação dos seus fundamentos.
Cumpre anotar, por outro lado, que esta Suprema Corte firmou entendimento no sentido de que a avaliação periódica a que se refere o parágrafo único do
art. 316 do CPP, sob análise, deve ser feita até o julgamento da ação penal em segundo grau de jurisdição, e não apenas durante a instrução criminal em primeira
instância.
Esse pronunciamento ocorreu no julgamento conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade 6.581/DF e 6.582/DF, ocasião em que o Tribunal Pleno,
por maioria, na linha do voto proferido pelo Ministro Alexandre de Moraes, julgou parcialmente procedentes as ações, dando àquele dispositivo interpretação
conforme à constituição, no seguinte sentido:
‘i) a inobservância da reavaliação prevista no parágrafo único do artigo 316 do Código de Processo Penal (CPP), com a redação dada pela Lei 13.964/2019,
após o prazo legal de 90 (noventa) dias, não implica a revogação automática da prisão preventiva, devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a legalidade e
a atualidade de seus fundamentos;
(ii) o art. 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal aplica-se até o final dos processos de conhecimento, onde há o encerramento da
cognição plena pelo Tribunal de segundo grau, não se aplicando às prisões cautelares decorrentes de sentença condenatória de segunda instância ainda
não transitada em julgado;
(iii) o artigo 316, parágrafo único, do Código de Processo Penal aplica-se, igualmente, nos processos onde houver previsão de prerrogativa de foro.’ (grifei)
De resto, conforme destacou o STJ, ‘o Juízo de origem está cumprindo rigorosamente o prazo estipulado no referenciado artigo de 90 dias, até
mesmo porque a combativa defesa está regularmente renovando o pedido de revogação da prisão preventiva‘.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 38

Isso posto, nos termos do art. 192 do Regimento Interno do STF, conheço parcialmente deste habeas corpus e, na parte conhecida, denego a ordem.”
Assim, tenho que a decisão ora atacada não merece reforma ou qualquer correção, pois os seus fundamentos harmonizam-se estritamente com a
jurisprudência desta Suprema Corte.
Todavia, entendo que a ordem pode ser concedida, de ofício, relativamente à retroatividade da Lei 13.964/2019, na parte em que transformou o estelionato
em crime de ação penal pública condicionada à representação da vítima.
Anteriormente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orientava-se no sentido de que é “[i]naplicável a retroatividade do § 5º do artigo 171 do Código
Penal, às hipóteses onde o Ministério Público tiver oferecido a denúncia antes da entrada em vigor da Lei 13.964/2019; uma vez que, naquele momento a norma
processual em vigor definia a ação para o delito de estelionato como pública incondicionada, não exigindo qualquer condição de procedibilidade para a instauração
da persecução penal em juízo”. (HC 187.341/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes).
No mesmo sentido, registro as seguintes decisões monocráticas proferidas por integrantes desta Segunda Turma em casos semelhantes: HC 195.384/SP,
de minha relatoria; RHC 189.807/SC, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes; e RHC 196.789/SP, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia.
Todavia, a partir do julgamento do HC 180.421/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin, ocorrido em 22/6/2021, a Segunda Turma, à unanimidade, decidiu
pela retroatividade da necessidade de representação da vítima nas acusações em andamento por estelionato, crime em relação ao qual a Lei 13.964/2019 alterou a
natureza da ação penal para condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do Código Penal).
Assim, afirmou-se a aplicação da nova norma aos processos em andamento, mesmo após o oferecimento da denúncia, desde que antes do trânsito em
julgado.
Essa necessidade de intimação da vítima, aliás, foi reafirmada no julgamento ARE 1.249.156 AgR-ED/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin, ocasião em
que o mesmo Órgão Colegiado decidiu que a representação não pode ser tácita, sendo indispensável declaração expressa do ofendido quanto ao seu desejo na
instauração da persecução penal.
No mesmo sentido:
“SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. APELO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. DECISÃO
AGRAVADA EM HARMONIA COM A ATUAL JURISPRUDÊNCIA DA SEGUNDA TURMA DESTA SUPREMA CORTE. CRIME DE ESTELIONATO SIMPLES.
POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO RETROATIVA DO § 5º DO ART. 171 DO CÓDIGO PENAL (INCLUÍDO PELA LEI 13.964/2019), DESDE QUE ANTES DO
TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. PRECEDENTE. NECESSIDADE DE BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM PARA POSSIBILITAR A REPRESENTAÇÃO DA
VÍTIMA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A Segunda Turma desta Suprema, à unanimidade, decidiu pela retroatividade da necessidade de representação da vítima nas acusações em andamento
por estelionato, crime em relação ao qual a Lei 13.964/2019 alterou a natureza da ação penal para condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do
Código Penal). Assim, afirmou-se a aplicação da nova norma aos processos em andamento, mesmo após o oferecimento da denúncia, desde que antes do trânsito
em julgado (vide julgamento do HC 180.421/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin).
II – Mantida a decisão agravada que decidiu pela retroatividade da norma em questão, com a necessidade de baixa dos autos à origem para possibilitar a
representação da vítima, por ausência de manifestação inequívoca nesse sentido (vide ARE 1.249.156-AgR-ED/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin).
III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RHC 203.558 AgR-segundo/SP, de minha relatoria).
Isso posto, nego provimento a este agravo regimental, mas concedo a ordem, de ofício, tão somente para determinar ao Juízo da 3ª Vara da Comarca de
São Bernardo do Campo/SP (processo 0014384-32.2017.8.26.0564) que a intime as vítimas para, relativamente aos crimes de estelionato, manifestarem interesse
em representar contra o acusado, no prazo de 30 dias, sob pena de decadência, nos moldes do previsto no art. 91 da Lei 9.099/1995 e art. 3º do Código de Processo
Penal – CPP.
Comunique-se.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.802 (202)


ORIGEM : MS - 28802 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
AGTE.(S) : JUANITA CRUZ DA SILVA CLAIT DUARTE
ADV.(A/S) : MIRIAN RIBEIRO RODRIGUES DE MELLO GONCALVES (17956/DF, 8798/A/MT)
AGDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
1. Ante a devolução do MS 28.801 ao Ministro Vistor para continuidade do julgamento, determino, por cautela e razoabilidade, a remessa deste processo ao
gabinete do ministro Gilmar Mendes.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 54.218 (203)


ORIGEM : 54218 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : MARCOS KELLER
ADV.(A/S) : JUVENAL EVARISTO CORREIA JUNIOR (229554/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 55.097 (204)


ORIGEM : 55097 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : SILVANETE BARBOSA DA SILVA
ADV.(A/S) : MARIZA AMORIM FONSECA (18201/MA)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO/MA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO

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DECISÃO
Trata-se de Agravo Interno, interposto por Silvanete Barbosa da Silva, contra decisão que julgou PROCEDENTE a Reclamação ajuizada pelo Município de
Porto Franco/MA, sob o argumento de violação ao que decidido na ADI 3.395.
Neste Recurso de Agravo, a parte alega que a decisão monocrática merece reforma, tendo em conta que a presente reclamação foi ajuizada após o
TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO. Informa que o Tribunal Superior do Trabalho certificou que houve o trânsito em julgado do processo no dia 10 de agosto
de 2022, e a presente reclamação foi protocolada em 11 de agosto de 2022, portanto, após o trânsito (eDoc. 12, fls. 2/3).
Requer, ao final, a reconsideração da r. decisão ora agravada, para que seja julgada improcedente a reclamação constitucional. Caso mantida a decisão,
requer seja o presente agravo interno submetido a julgamento pelo C. Órgão Colegiado, na forma do art. 317, §2º do RISTF, pugnando-se pelo acolhimento da
pretensão ora formulada (eDoc. 12, fls. 4/5).
O Município de Porto Franco apresentou contrarrazões sustentando, em síntese, que “a parte beneficiária do ato reclamado, ajuizou agravo regimental,
comunicando que a Rcl foi ajuizada após o trânsito em julgado da decisão atacada. Isso porque, a Rcl foi ajuizada no dia 11 de agosto e o trânsito em julgado
ocorreu 10 de agosto. Contudo, consta nos autos certidão constando que a decisão transitou em julgado no dia 11/08/2022. A certidão está inserida em sede de 1º
grau, no Id bc67cf4 (doc. Anexo). Por isso, a presente Reclamação deve prosseguir seu trâmite normal.”. (eDoc. 19, fl. 1).
É o relatório. Decido.
Tratando-se de Agravo Interno, admissível a reconsideração pelo Juízo monocrático, nos termos do art. 1.021, § 2º, do CPC e do art. 317, § 2º, do RISTF.
Reanalisando o caso sob o prisma das informações trazidas pela parte agravante, não constantes dos documentos que instruíram a inicial, reconsidero a
decisão anteriormente proferida, reconhecendo a incidência da vedação do art. 988, § 5º, I, do Código de Processo Civil e da Súmula 734-STF ao caso.
De fato, a decisão monocrática agravada baseou-se em informação obtida no sítio eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho, pela qual constatava-se, na
data de ajuizamento da reclamação (11/8/2022), a inexistência da certificação do trânsito em julgado do processo originário. Posteriormente ao ajuizamento desta
reclamação, em 2/9/2022, o andamento processual dos autos no TST considerou ocorrido o trânsito em julgado no dia 10/8/2022, portanto, em data anterior ao
ajuizamento da presente reclamação.
Observe-se que eventual erro na certificação do trânsito em julgado na origem não é objeto da reclamação, não cabendo sua modificação nesta sede. Neste
sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA RECLAMAÇÃO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 734 DO STF. TRÂNSITO EM JULGADO DA
DECISÃO RECLAMADA. PRECEDENTES. AGRAVO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MULTA PREVISTA PELO ARTIGO 1.021, § 4º, DO CPC/2015.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Nos termos da Súmula nº 734 do STF, “Não cae reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado
decisão do Supremo Tribunal Federal”.
2. In casu, o Tribunal a quo certificou o trânsito em julgado da decisão reclamada em momento anterior ao ajuizamento da presente reclamação.
3. Impossibilidade de se utilizar a reclamação com o fim de se apurar a correção da contagem de prazo processual pelo Tribunal de origem.
4. A reclamação ‘não se qualifica como sucedâneo recursal nem configura instrumento viabilizador do reexame do conteúdo do ato reclamado, eis que tal
finalidade revela-se estranha à destinação constitucional subjacente à instituição dessa medida processual’ (Rcl 4.381-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno,
DJE de 05.08.2011).
5. A interposição de agravo manifestamente improcedente autoriza a imposição de multa, com fundamento no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015.
6. Agravo regimental desprovido.
(Rcl 23.446-ED-AgR/SE, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 20.4.2017)”.
A partir destas novas balizas, reconsidero a decisão agravada, uma vez que, na presente hipótese, é aplicável, ao caso sob exame, o art. 988, § 5º, inciso I,
do CPC, assimilação, pelo novo código processual, de antigo entendimento do STF, enunciado na Súmula 734 (Não cabe reclamação quando já houver transitado
em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal), razão pela qual a presente reclamação é manifestamente
incabível.
Diante do exposto, RECONSIDERO a decisão monocrática e, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO
SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO.
Nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, dispenso a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da
República.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 206.304 (205)


ORIGEM : 206304 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : FELIPE MERKLE SILVA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão por mim proferida nestes autos (doc. eletrônico 61).
Neste recurso, a defesa alega que, “ao contrário do lançado na decisão monocrática, ora recorrida, houve enfrentamento do tema de fundo pelo STJ que, na
análise do mérito, entendeu por indeferir o pleito defensivo, sendo irrelevante se usou expressões como ‘negar seguimento’ ou ’não conhecer’”. (págs. 3-4 do doc.
eletrônico 67).
Argumenta, em seguida, que, “em recente decisão, proferida em 22 de fevereiro de 2022, ao apreciar agravo regimental habeas corpus 199.180/SC, a
Colenda Segunda Turma do STF entendeu pela possibilidade de aplicação do ANPP, ainda que em momento posterior ao trânsito em julgado”. (pág. 6 do doc.
eletrônico 67).
No mais, reitera os argumentos veiculados na inicial do RHC, requerendo, ao final, a reconsideração da decisão agravada ou que “[...] seja o presente
agravo levado à Turma em destaque para que esta dê provimento ao recurso e conceda a ordem”. (pág. 12 do doc. eletrônico 67).
A vista à Procuradoria-Geral da República foi dispensada, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
É o relatório. Decido.
Na decisão agravada, mencionei que, por voltar-se contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça – STJ que negou provimento ao Agravo
Regimental, mantendo a decisão do Ministro relator que não conheceu do HC 641.684/SC, o RHC era inviável.
Isso porque, nos termos do art. 102, II, a, da Constituição Federal, é cabível recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal quando o habeas corpus for
decidido em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão, o que não ocorre na espécie (vide RHC 165.320 AgR/GO e RHC 203.025
AgR/SP, ambos de minha relatoria).
Porém, em que pese o referido óbice processual, entendo que as matérias podem ser examinadas, de ofício.
Na decisão agravada, apontei que a condenação do recorrente transitou em julgado em 2/2/2022, depois de a Quinta Turma daquela Corte negar provimento
ao Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial 1.901.149/SC, superando, portanto, as teses relativas à aplicação do Acordo de Não Persecução Penal
(ANPP) e à retroatividade da Lei 13.964/2019, que alterou a natureza da ação penal para condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do Código Penal).
Contudo, reexaminando os autos mais verticalidade, verifiquei que o HC 641.684/SC, objeto deste recurso ordinário, foi impetrado no STJ em 28/1/2021
(pág. 1 do doc. eletrônico 1), antes de a condenação tornar-se definitiva.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Por ser prejudicial à demais, analiso, primeiro, a questão atinente à retroatividade da Lei 13.964/2019, que alterou a natureza da ação penal para
condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do Código Penal).
Anteriormente, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orientava-se no sentido de que é “[i]naplicável a retroatividade do § 5º do artigo 171 do Código
Penal, às hipóteses onde o Ministério Público tiver oferecido a denúncia antes da entrada em vigor da Lei 13.964/2019; uma vez que, naquele momento a norma
processual em vigor definia a ação para o delito de estelionato como pública incondicionada, não exigindo qualquer condição de procedibilidade para a instauração
da persecução penal em juízo”. (HC 187.341/SP, rel. Min. Alexandre de Moraes).
No mesmo sentido, registro as seguintes decisões monocráticas proferidas por integrantes desta Segunda Turma em casos semelhantes: HC 195.384/SP,
de minha relatoria; RHC 189.807/SC, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes; e RHC 196.789/SP, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia.
Todavia, a partir do julgamento do HC 180.421/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin, ocorrido em 22/6/2021, a Segunda Turma, à unanimidade, decidiu
pela retroatividade da necessidade de representação da vítima nas acusações em andamento por estelionato, crime em relação ao qual a Lei 13.964/2019 alterou a
natureza da ação penal para condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do Código Penal).
Assim, afirmou-se a aplicação da nova norma aos processos em andamento, mesmo após o oferecimento da denúncia, desde que antes do trânsito em
julgado.
Essa necessidade de intimação da vítima, aliás, foi reafirmada no julgamento ARE 1.249.156 AgR-ED/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin, ocasião em
que o mesmo Órgão Colegiado decidiu que a representação não pode ser tácita, sendo indispensável declaração expressa do ofendido quanto ao seu desejo na
instauração da persecução penal.
No mesmo sentido:
“SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. APELO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. DECISÃO
AGRAVADA EM HARMONIA COM A ATUAL JURISPRUDÊNCIA DA SEGUNDA TURMA DESTA SUPREMA CORTE. CRIME DE ESTELIONATO SIMPLES.
POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO RETROATIVA DO § 5º DO ART. 171 DO CÓDIGO PENAL (INCLUÍDO PELA LEI 13.964/2019), DESDE QUE ANTES DO
TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. PRECEDENTE. NECESSIDADE DE BAIXA DOS AUTOS À ORIGEM PARA POSSIBILITAR A REPRESENTAÇÃO DA
VÍTIMA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
I – A Segunda Turma desta Suprema, à unanimidade, decidiu pela retroatividade da necessidade de representação da vítima nas acusações em andamento
por estelionato, crime em relação ao qual a Lei 13.964/2019 alterou a natureza da ação penal para condicionada à representação da vítima (§ 5º do art. 171 do
Código Penal). Assim, afirmou-se a aplicação da nova norma aos processos em andamento, mesmo após o oferecimento da denúncia, desde que antes do trânsito
em julgado (vide julgamento do HC 180.421/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin).
II – Mantida a decisão agravada que decidiu pela retroatividade da norma em questão, com a necessidade de baixa dos autos à origem para possibilitar a
representação da vítima, por ausência de manifestação inequívoca nesse sentido (vide ARE 1.249.156-AgR-ED/SP, de relatoria do Ministro Edson Fachin).
III – Agravo regimental a que se nega provimento.” (RHC 203.558 AgR-segundo/SP, de minha relatoria).
Assim, entendo ser hipótese de intimação das vítimas para manifestarem interesse em representar contra o acusado, no prazo de 30 dias, sob pena de
decadência, nos moldes do previsto no art. 91 da Lei 9.099/1995 e art. 3º do Código de Processo Penal - CPP.
Discute-se, nestes autos, ainda, a retroatividade do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), constante do art. 28-A do Código de Processo Penal – CPP,
também inserido pela Lei 13.964/2019.
Quanto ao tema, destaco que o Ministro Gilmar Mendes afetou ao Plenário, nos termos do art. 22, parágrafo único, b, do Regimento Interno do STF – RISTF,
o julgamento do HC 185.913/DF, fundado na “[...] potencial ocorrência de tal debate em número expressivo de processos e a potencial divergência jurisprudencial, o
que destaca a necessidade de resguardar a segurança jurídica e a previsibilidade das situações processuais, sempre em respeito aos direitos fundamentais e em
conformidade com a Constituição Federal”.
O relator delimitou, naqueles autos, as seguintes “questões-problemas”:
“a) O ANPP pode ser oferecido em processos já em curso quando do surgimento da Lei 13.964/19? Qual é a natureza da norma inserida no art. 28-A do
CPP? É possível a sua aplicação retroativa em benefício do imputado?
b) É potencialmente cabível o oferecimento do ANPP mesmo em casos nos quais o imputado não tenha confessado anteriormente, durante a investigação
ou do processo?”
Aquele writ, desde então, aguarda o julgamento pelo Colegiado maior.
Como é de conhecimento geral, a Lei 13.964/2019, cunhada de “Pacote Anticrime” e em vigência desde 23/1/2020, introduziu fecundas mudanças na
legislação processual, dentre elas a inclusão do art. 28-A no Código de Processo Penal, que trata do referido Acordo de Não Persecução Penal.
Cuida-se, a toda evidência, de instrumento consensual híbrido, qualificado como negócio jurídico extrajudicial singular firmado entre o investigado, assistido
por seu defensor, e o órgão do Ministério Público. Sim, porque as partes ajustam cláusulas negociais a serem cumpridas pelo contratante, de modo que, em
contrapartida, ficará esvaziada a pretensão estatal, por meio da decretação da extinção da punibilidade (art. 28-A, § 13º, do CPP), após o cumprimento daquelas
condições.
Ademais, a legislação processual vigente discriminou, de forma exaustiva, as hipóteses em que a justiça penal negociada não poderá ocorrer, ou seja,
indicou expressamente as situações de impedimento ao ANPP, conforme previsão tipificada no art. 28-A, § 2°, do CPP.
Quanto à possibilidade de retroação do ANPP, reconhecidamente norma processual penal mais benéfica, lembro que, ao julgar o HC 180.421/SP, já
mencionado no tópico anterior, a Segunda Turma desta Suprema Corte decidiu que “[a] expressão ‘lei penal’ contida no art. 5º, inciso XL, da Constituição Federal é
de ser interpretada como gênero, de maneira a abranger tanto leis penais em sentido estrito quanto leis penais processuais que disciplinam o exercício da pretensão
punitiva do Estado ou que interferem diretamente no status libertatis do indivíduo”. Concluindo que “[o] § 5º do art. 171 do Código Penal, acrescido pela Lei
13.964/2019, ao alterar a natureza da ação penal do crime de estelionato de pública incondicionada para pública condicionada à representação como regra, é norma
de conteúdo processual-penal ou híbrido, porque, ao mesmo tempo em que cria condição de procedibilidade para ação penal, modifica o exercício do direito de punir
do Estado ao introduzir hipótese de extinção de punibilidade, a saber, a decadência (art. 107, inciso IV, do CP)”.
Assim, “[essa] inovação legislativa, ao obstar a aplicação da sanção penal, é norma penal de caráter mais favorável ao réu e, nos termos do art. 5º, inciso
XL, da Constituição Federal, deve ser aplicada de forma retroativa a atingir tanto investigações criminais quanto ações penais em curso até o trânsito em julgado”.
Assentou-se, ademais, que, “[diferentemente] das normas processuais puras, que são orientadas pela regra do tempus regit actum (art. 2º do CPP), as
normas de conteúdo misto, quando favoráveis ao réu, devem ser aplicadas de maneira retroativa em relação a fatos pretéritos enquanto a ação penal estiver em
curso, nos termos do que dispõe o art. 5º, inciso XL, CF (‘a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu’)”.
Nessa esteira, Gustavo Badaró leciona que,
“[no] direito penal, o problema da sucessão de leis no tempo é resolvido segundo a garantia constitucional de que a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu (CR, art. 5º, caput, XL).
Já no campo processual penal, a norma geral de direito intertemporal encontra-se prevista no art. 2.º do CPP: ‘A lei processual penal aplicar-se-á desde
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior’. Trata-se do princípio tempus regit actum, que não se confunde com a ideia de
retroatividade da lei processual.
[…]
Inegavelmente, há normas de caráter exclusivamente penal e normas processuais puras. Todavia, a doutrina também reconhece a existência das chamadas
normas mistas ou normas processuais materiais. Embora não se discuta a existência de tais normas, há discrepância quanto ao conteúdo mais restrito ou mais
ampliado que se deve dar a tais conceitos.
A corrente restritiva considera que são normas processuais mistas, ou de conteúdo material, aquelas que, embora disciplinadas em diplomas processuais
penais, disponham sobre o conteúdo da pretensão punitiva. Assim, são normas formalmente processuais, mas substancialmente materiais, aquelas relativas: ao
direito de queixa ou de representação, à prescrição e decadência, ao perdão, à perempção, entre outras.
Mesmo que se adote a corrente restritiva, inegavelmente devem ser consideradas normas processuais materiais, ou normas mistas, com aplicação
retroativa, por serem mais benéficas, os seguintes dispositivos da Lei 13.964/2019: a exigência de representação para o crime de estelionato (CP, art. 171, § 5º), a
possibilidade de celebração de acordo de não persecução penal (CPP, art. 28-A).
[…]
De outro lado, no que diz respeito ao acordo de não persecução (CPP, art. 28-A), igualmente é válido o paralelo com a situação trazida pela Lei 9.099/1995,
com a criação de outro instituto consensual, no caso, a transação penal. Reconheceu-se, sem qualquer vacilação, o conteúdo misto de tal instituto que, por evitar a
condenação do acusado era mais benéfico e, assim, passível de ser aplicado aos processos em curso. Para quem esteja sendo processado, por crime que passou a
admitir o acordo de não persecução penal, tal instituto é mais benéfico e deve ser aplicado retroativamente.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 41

Com relação ao acordo de não persecução penal, a jurisprudência se encaminhou no sentido de que no caso de investigações em curso, poderia ter
aplicação imediata a nova lei e ser formulada a proposta de acordo de não persecução penal mas, por outro lado, no caso de processo com denúncias já oferecidas
quando entrou em vigor a lei, não seria possível a formulação de tal proposta. A 1ª Turma do STF, no julgamento do HC 191.464/SC AgR, fixou a seguinte tese: ‘o
acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia’. A matéria foi afetada ao Plenário
do STF, pelo Min. Gilmar Mendes, no HC nº 185.913/DF, que ainda não se pronunciou sobre o tema.
Há, contudo, entendimento contrário, no sentido de que o acordo de não persecução penal também se aplica aos processos em curso, desde que não tenha
havido o trânsito em julgado. É a posição à qual nos filiamos.
Não se disputa a premissa de que o acordo de não persecução penal é um instituto de natureza mista, de direito penal e processual penal. O caráter
benéfico, no plano do direito material é inegável: aceito e cumprido o acordo de não persecução penal, o imputado não será denunciado, processado nem
condenado. Não sofrerá as consequências penais nem civis de uma sentença condenatória. Trata-se, pois, no plano material de norma evidentemente benéfica e,
como tal, deve ser aplicada a fatos ocorridos antes do início de sua vigência.
Não se pode esquecer, contudo, da face processual do acordo de não persecução penal. O instituto visa evitar os males de um processo penal que, ao final,
ainda que redunde em condenação, não levará o réu ao cumprimento de pena privativa de liberdade. O processo em si mesmo já é um mal para o acusado,
independentemente do seu desfecho. Por outro lado, movimentar a máquina judiciária, levando até o fim a persecução penal, para que, após a condenação, o
acusado simplesmente pague uma multa ou, tenha que cumprir pena restritiva de direitos ou, ainda, no máximo, obtenha o sursis, não deixa de ser algo ineficiente e
que representa desperdício de tempo e dinheiro.
Assim, por esse aspecto de ‘desprocessualização’ do acordo de não persecução penal, poder-se-ia supor que, se quando o art. 28-A do CPP entrou em
vigor, houvesse processo instado, ou mesmo sentença proferida e estando pendente somente o julgamento do recurso, não haveria qualquer benefício em utilizar tal
instituto, visto que a finalidade de sua aplicação não poderia ser atingida. O acordo de não persecução penal evita a própria instauração do processo. Mas no caso,
já haveria um processo instaurado ou, até mesmo, em grau de recurso. Essas razões poderiam levar a uma resposta negativa sobre a possibilidade de aplicação do
acordo de não persecução penal, após transposto o momento procedimental do oferecimento da denúncia.
A reposta positiva, contudo, parece mais correta. O acordo de não persecução penal, indiscutivelmente, é mais benéfico do que a condenação penal. Por
essa razão, sempre que não houver óbice à aplicação de tal instituto, será necessário buscar a solução consensual. Não se pode objetar com a irracionalidade de
não se processar quem já está sendo processado ou mesmo quem já se submeteu a todo rito em primeiro grau, ou mesmo parte da fase recursal. As repercussões e
vantagens do acordo de não persecução penal, no plano material, principalmente em relação à não caracterização da reincidência, autorizam sua aplicação aos
processos em curso quando da entrada em vigor da Lei 13.964/2019, mesmo se houver denúncia oferecida e, até mesmo, se o processo já se encontre em fase
bastante desenvolvida.
O único óbice temporal é quando já houver a coisa jugada. Não se desconhece que o art. 2º, caput, do Código Penal, prevê a aplicação da lei penal mais
benéfica, mesmo após o trânsito em julgado da condenação penal. Mas essa regra se aplica aos casos de novatio legis in mellius, referente a institutos
exclusivamente de direito penal. No caso de normas mistas, com conteúdo material e processual, a existência de um processo em curso é um limite que não pode
ser transposto.
Voltando ao tema das normas processuais mistas, ou de conteúdo material, a corrente ampliativa define-as como aquelas que estabeleçam condições de
procedibilidade, ou que disciplinem constituição e competência dos tribunais, que tratem dos meios de prova e sua eficácia probatória, dos graus de recurso, da
liberdade condicional, da prisão preventiva, da fiança, das modalidades de execução da pena e todas as demais normas que tenham por conteúdo matéria que seja
direito ou garantia constitucional do cidadão.
Preferível a corrente extensiva. Todas as normas que disciplinam e regulam, ampliando ou limitando, direitos e garantias pessoais constitucionalmente
assegurados, mesmo sob a forma de leis processuais, não perdem o seu conteúdo material. Com base nessa premissa, são normas processuais de conteúdo
material as regras que estabelecem: as hipóteses de cabimento de prisões e medidas cautelares alternativas à prisão, os casos em que tais medidas podem ser
revogadas, o tempo de duração de tais prisões, a possibilidade de concessão de liberdade provisória com ou sem fiança, entre outras. Assim, quanto ao direito
processual intertemporal, o intérprete deve, antes de mais nada, verificar se a norma, ainda que de natureza processual, exprime garantia ou direito
constitucionalmente assegurado ao suposto infrator da lei penal. Para tais institutos, a regra de direito intertemporal deverá ser a mesma aplicada a todas as normas
penais de conteúdo material, qual seja a da anterioridade da lei, vedada a retroatividade da lex gravior.” (in BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal [livro
eletrônico]. 9. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021, RB-2.1).
Portanto, com base no referido precedente da Segunda Turma desta Suprema Corte, que, em caso análogo, reconheceu a retroação de norma processual
penal mais benéfica em ações penais em curso até o trânsito em julgado, e na mais atual doutrina do processo penal, entendo que o acordo de não persecução
penal é aplicável também aos processos iniciados em data anterior à vigência da Lei 13.964/2019, desde que ainda não transitados em julgados e mesmo que
ausente a confissão do réu até o momento de sua proposição.
Isso posto, nego provimento a este agravo regimental, mas concedo a ordem, de ofício, para, afastando o trânsito em julgado da condenação proferida nos
autos da Ação Penal 0806682-87.2014.8.24.0038, determinar ao juízo de primeiro grau competente que intime as vítimas para manifestarem interesse em
representar contra o acusado, no prazo de 30 dias, sob pena de decadência, nos moldes do previsto no art. 91 da Lei 9.099/1995 e art. 3º do Código de Processo
Penal - CPP.
Em seguida, havendo interesse das vítimas na persecução penal, deverá aquela mesma autoridade judiciária remeter os autos ao Ministério Público para
que verifique a possibilidade de celebração do acordo de não persecução penal ao caso sob exame (art. 192 do RISTF).
Comunique-se.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 216.334 (206)


ORIGEM : 216334 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : ADELIR TIBES DOS SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de agosto de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 219.976 (207)


ORIGEM : 219976 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : GUILHERME SILVA COMITO
ADV.(A/S) : LUCAS FERREIRA VAZ LIONAKIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 42

DESPACHO
1. Dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.283 (208)


ORIGEM : 220283 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : UDSON MARCHETTI
ADV.(A/S) : JOAO PAULO DE OLIVEIRA BOAVENTURA (31680/DF, 202448/MG) E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DESPACHO
Por meio da Petição 77309/2022, a parte agravante requer o julgamento presencial do processo.
Não há motivos que justifiquem o pedido de destaque.
O julgamento em ambiente virtual não prejudica a discussão sobre a matéria, prevalecendo, portanto, a faculdade regimental conferida ao Relator pelo art.
21-B do RISTF, com redação da Emenda Regimental 53/2020, de submissão dos processos de competência do Tribunal a julgamento por meio eletrônico.
Por fim, ressalto que, tendo em vista as disposições regimentais, eventual interesse da parte em fazer sustentação oral poderia ser encaminhada por meio
eletrônico, na forma dos arts. 21-B, § 2º, com a redação da Emenda Regimental 53/2020.
Diante do exposto, INDEFIRO o pedido.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

MEDIDA CAUTELAR NA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 959 (209)


ORIGEM : 959 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
REQTE.(S) : UNIÃO BRASIL - UNIÃO
ADV.(A/S) : RICARDO MARTINS JUNIOR (54071/DF) E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS LEAL GONCALVES (26271/BA)
AM. CURIAE. : PARTIDO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (MDB)
ADV.(A/S) : MURILO ALEXANDRE LACERDA (53730/DF)

DECISÃO
1. O partido político União Brasil ajuizou esta arguição de descumprimento de preceito fundamental, com pedido de medida cautelar, contra o art. 35, § 2º, da
Lei Orgânica do Município de Salvador/BA, na redação dada pela Emenda de n. 39, de 29 de março de 2022, e o art. 6º, caput, do Regimento Interno da Câmara
Municipal, com o texto conferido pela Resolução n. 3.095, de 29 de março de 2022, mediante os quais permitida a recondução de membro da Mesa Diretora na
mesma ou em diferente legislatura. Eis o teor dos dispositivos:
Lei Orgânica do Município de Salvador/BA
Art.35. A Legislatura terá duração de 04 (quatro) anos, devendo a Câmara reunir-se em Sessão Legislativa, anualmente, em dois períodos, em cada Sessão
Legislativa Ordinária, de 02 (dois) de fevereiro a 30 (trinta) de junho e de 1º (primeiro) de agosto a 22 (vinte de dois) de dezembro.
[...]
§ 2º A Câmara elegerá, a 02 de janeiro do primeiro ano da Legislatura, a Mesa Executiva, constituída de 01 (um) Presidente, 03 (três) Vice-Presidentes, 04
(quatro) Secretários, 01 (um) Corregedor, 01 (um) Ouvidor, 01 (um) Ouvidor Substituto e 04 (quatro) Suplentes da Mesa, para um mandato de 02 (dois) anos,
permitida a recondução, na mesma ou em diferentes legislaturas.
Regimento Interno da Câmara Municipal de Salvador/BA:
Art.6º A Câmara elegerá, a 02 de janeiro do primeiro ano da Legislatura, a Mesa Executiva, constituída de 01 (um) Presidente, 03 (três) Vice-Presidentes, 04
(quatro) Secretários, 01 (um) Corregedor, 01 (um) Ouvidor, 01 (um) Ouvidor Substituto e 04 (quatro) Suplentes da Mesa, para um mandato de 02 (dois) anos,
permitida a recondução, na mesma ou em diferentes legislaturas.
Diz ter legitimidade por ser agremiação partidária com representação no Congresso Nacional. Afirma o cabimento de arguição voltada a impugnar norma
municipal que prevê a possibilidade de reeleição para a Mesa Diretora de câmara de vereadores. Evoca o precedente firmado na ADPF 871, ministra Cármen Lúcia,
DJe de 3 de dezembro de 2021.
Sustenta inobservados os princípios democrático, republicano e do pluralismo político (CF, art. 1º, caput e V).
Aludindo ao disposto no art. 57, § 4º, da Constituição Federal, assevera a inviabilidade de recondução na mesma legislatura para idêntico cargo da Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (ADI 6.524, ministro Gilmar Mendes, DJe de 6 de abril de 2021). Aduz que, no âmbito dos Estados e do
Distrito Federal, a despeito de o referido preceito constitucional não ser norma de reprodução obrigatória, a jurisprudência do Supremo consagrou entendimento
segundo o qual reeleição de membro da Mesa Diretora deve compatibilizar-se com os princípios republicano e democrático, ficando limitada a uma única vez
sucessiva, dentro da mesma legislatura ou não. Cita precedentes.
Defende a extensão dessa ótica para o contexto das câmaras municipais, com vedação a reeleições consecutivas ilimitadas.
Realça aprovada, em 29 de março de 2022, a Resolução n. 3.095, por meio da qual incluído o § 3º no art. 6º do Regimento Interno da Câmara Municipal de
Salvador, em que prevista exceção à regra contida no § 2º, atinente à realização, na última reunião ordinária de dezembro, do pleito para compor a Mesa Diretora,
possibilitando-se a eleição em data anterior mediante requerimento apresentado por qualquer parlamentar e aprovado pela maioria absoluta dos membros da Casa.
Alega publicado, na mesma data, o Ato n. 5 do Presidente da Câmara Municipal, que versa sobre a convocação dos vereadores a fim de elegerem os
integrantes da Mesa Diretora para o biênio 2023-2024. Sublinha haver sido o vereador Geraldo Júnior reconduzido, pela terceira vez subsequente, ao cargo de
Presidente. Observa que a eleição ocorreu em momento posterior ao julgamento e à publicação do acórdão da ADI 6.524, ministro Gilmar Mendes, DJe de 6 de abril
de 2021.
Quanto ao risco, menciona os efeitos políticos da antecipação da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Requer, em sede cautelar, a anulação do pleito realizado em 29 de março de 2022, quando escolhidos os membros da Mesa Diretora da Câmara de
Vereadores de Salvador para o biênio 2023-2024, determinando-se novo escrutínio.
Pede, ao fim, seja atribuída interpretação conforme à Constituição Federal ao art. 35, § 2º, da Lei Orgânica do Município de Salvador, na redação dada pela
Emenda de n. 39/2022, e ao art. 6º, caput, do Regimento Interno da Câmara Municipal, com o texto conferido pela Resolução n. 3.095/2022, de modo a permitir-se
uma única recondução sucessiva para o mesmo cargo na Mesa Diretora do órgão e a anular-se a eleição realizada em 29 de março de 2022.
Em 18 de abril de 2022, acionei o disposto no art. 5º, § 2º, da Lei n. 9.882/1999, visando à apreciação da medida cautelar.
O Presidente da Câmara Municipal de Salvador, mediante a petição/STF n. 35.936/2022, sustenta incabível a arguição, por inobservância ao princípio da
subsidiariedade. Diz existirem outros meios eficazes para a solução da controvérsia, a exemplo da instauração do controle concentrado no âmbito do Estado. Aduz
não ser a ADPF instrumento adequado para impugnar ato concreto. Apontando a distinção da controvérsia em tela na ADPF 871, ministra Cármen Lúcia, considerado

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o objeto de controle, sublinha que, naquela ação, a norma atacada, contida na Constituição de Mato Grosso do Sul, permitia a recondução na eleição subsequente.
Quanto ao mérito, alude à autonomia federativa, afirmando cuidar-se normas de interesse local. Ressalta que o art. 57, § 4º, da Carta da República não é de
reprodução obrigatória. Explica que o Presidente da Câmara Municipal eleito para o biênio 2019-2020 – o segundo da legislatura 2017-2020 – era filiado ao partido
Solidariedade, mas, na nova legislatura – 2021-2024 –, elegeu-se Vereador pelo Movimento Democrático Brasileiro e veio a ser escolhido, pelos Pares, Presidente
da Mesa Diretora para o biênio 2021-2022. Logo, segundo argumenta, não seria hipótese de reeleição, mas de nova eleição, em virtude das mudanças de legislatura
e de partido. Acentua que o mandato pertence à agremiação política, de sorte que, tendo ocorrido a troca, não incidiria a regra proibitiva da reeleição. Atribui à
irresignação fundo político. Argumenta que tornar nula a eleição de todos os membros da Mesa Diretora vai de encontro aos princípios da separação dos poderes e
da proporcionalidade, sobretudo se a votação ocorreu, como no caso, de forma individualizada, voltada à ocupação de cada cargo. Postula a improcedência do
pedido e, subsidiariamente, a atribuição de interpretação conforme à Constituição, a fim de reconhecer-se a impossibilidade de reeleição ao mesmo cargo da Mesa
Diretora pela terceira vez consecutiva, cabendo à Câmara de Vereadores decidir, com base no Regimento Interno, acerca das substituições.
O Advogado-Geral da União, mencionando o disposto no art. 3º da Lei n. 9.882/1999, destaca a ausência de cópia do documento referente à eleição da
Mesa da Câmara Municipal para o biênio 2023-2024 apto a comprovar a recondução de integrante. Defende o não conhecimento da ação quanto ao pedido de
anulação do citado pleito eleitoral. No mérito, invoca os princípios federalista e republicano e, remetendo à jurisprudência do Supremo, alega ser restrita a uma única
vez a reeleição sucessiva de membro da Mesa Diretora de casa legislativa. Pede seja atribuída interpretação conforme à Constituição aos arts. 35, § 2º, da Lei
Orgânica do Município de Salvador, na redação dada pela Emenda de n. 39/2022, e ao art. 6º, caput, do Regimento Interno da Câmara Municipal, com o texto
conferido pela Resolução n. 3.095/2022, permitindo-se apenas uma recondução dos integrantes da Mesa Diretora.
O Procurador-Geral da República aduz a incidência da regra proibitiva do art. 57, § 4º, da Constituição Federal aos Legislativos dos Estados, Distrito Federal
e Municípios. Pontua ser norma de preordenação de um Poder da República e de reprodução obrigatória, intimamente ligada aos princípios republicano e
democrático. Disserta sobre a limitação à autonomia dos entes federados, dizendo-a voltada a impedir a perpetuação de parlamentares e certos grupos em vagas de
cúpula do Legislativo e vocacionada, assim, a assegurar o pluralismo político (CF, art. 1º, V). Reportando-se à Emenda Constitucional n. 16/1997, argumenta pela
possibilidade de reeleição consecutiva do Chefe do Executivo uma única vez. Colaciona doutrina e precedentes desta Corte. Realça que a reeleição de membros da
Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Salvador ocorrida em 29 de março de 2022 se deu após o marco temporal estabelecido pelo Supremo para a
observância do entendimento consolidado no tema da restrição à recondução subsequente, autorizada apenas uma vez independentemente da legislatura, ou seja, a
data da publicação do acórdão da ADI 6.524 – 6 de abril de 2021. Preconiza seja dada interpretação conforme à Constituição ao art. 35, § 2º, da Lei Orgânica do
Município de Salvador, na redação da Emenda de n. 39/2022, e ao art. 6º, caput, do Regimento Interno da Câmara Municipal, com o texto conferido pela Resolução
n. 3.095/2022, a fim de autorizar-se apenas uma única recondução de integrante da Mesa Diretora ao mesmo cargo. Postula, ainda, que se determine a realização
de nova eleição, em prazo razoável, anterior ao término do biênio 2021/2022, e com a devida observância da jurisprudência deste Tribunal.
A agremiação partidária requerente, com a petição/STF n. 35.904/2022, junta cópia do Diário Oficial da Câmara Municipal de Salvador, Ano XXXI – n. 6.182,
referente aos dias 9, 10 e 11 de abril de 2022, o qual contém a ata da eleição da Mesa Diretora, datada de 29 de março de 2022, para o biênio 2023-2024. Elucida
haver a publicação ocorrido depois do ajuizamento desta arguição. Reitera o pedido de tutela de urgência, cujo objeto é tornar nula a eleição.
2. Nos termos da jurisprudência desta Corte, a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é o instrumento de controle concentrado
adequado para questionar, em caráter principal, de forma direta e imediata, a compatibilidade, com a Carta da República, de ato normativo municipal que versa sobre
a possibilidade de reeleição de integrante da Mesa Diretora da Casa Legislativa para o mesmo cargo em mandatos consecutivos.
A doutrina do ministro Roberto Barroso reforça a ideia segundo a qual o direito municipal, até a edição da Lei n. 9.882/1999, comportava apenas o controle
de constitucionalidade difuso, salvo hipótese de representação de inconstitucionalidade direcionada a Tribunal de Justiça em face da Constituição de Estado-
Membro. No atual contexto de regência, se norma de Município envolver ameaça ou lesão a preceito fundamental ou controvérsia de envergadura constitucional
relevante quanto à aplicação, estará sujeita ao controle concentrado do Supremo mediante ADPF.
Todos os atos impugnados, caracterizados pelo mesmo domínio temático, consubstanciam uma única controvérsia constitucional de relevo a ensejar
ameaça ou lesão a preceito fundamental (ADPF 912, ministro Alexandre de Moraes, DJe de 4 de abril de 2022). Com isso, vislumbra-se confronto direto entre eles e
os preceitos fundamentais da Lei Maior, de sorte que surge campo processual para a atuação desta Corte pela via eleita.
Quanto ao parâmetro de controle, os princípios republicano e democrático sem dúvida são preceitos fundamentais que justificam a arguição (Lei n.
9882/1999, art. 3º, I).
No que concerne ao requisito da subsidiariedade previsto no art. 4º, § 1º, da Lei 9.882/1999, reputo-o devidamente atendido.
O Supremo cristalizou ótica segundo a qual a ADPF constitui instrumento nobre de fiscalização abstrata de normas, dotado de eficácia erga omnes e
vocacionado a evitar ou reparar lesão a preceito fundamental decorrente de ato do poder público. Integra o sistema de controle de constitucionalidade, no qual
alcança as controvérsias até então não apreciadas na jurisdição concentrada (ADPFs 368 e 764, ministro Gilmar Mendes, DJe de 15 e 27 de setembro de 2021), a
exemplo de lesão a preceito fundamental acarretada por ato normativo municipal.
Nada obstante a norma inserta na Carta do Estado da Bahia, na redação da Emenda de n. 24/2017, vede a recondução de membro da Mesa Diretora da
Assembleia Legislativa ao mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura, a irresignação veiculada na inicial está juridicamente
fundamentada em preceitos expressos e nucleares da Constituição Federal e na jurisprudência do Supremo consolidada a partir do julgamento da ADI 6.524, ministro
Gilmar Mendes, DJe de 6 de abril de 2021.
Da probabilidade do direito e do risco na demora
A Carta de 1988 consagrou como princípios fundamentais da República a independência e a harmonia dos poderes (art. 2º), assegurando a estes autonomia
institucional mediante a escolha de seus órgãos dirigentes. Ao organizá-los, estabeleceu, quanto à eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal no primeiro ano da legislatura, vedação à recondução para o mesmo cargo no pleito imediato (art. 57, § 4º).
Inexistindo, no Texto Constitucional, proibição semelhante relativamente às Casas Legislativas das unidades federadas, o entendimento desta Corte firmou-
se, historicamente, no sentido de tal preceito constitucional não revelar norma de observância obrigatória pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, em
vista da autonomia desses entes para a organização político-administrativa (CF, art. 18, caput).
Com efeito, ao julgar a ADI 6.524, ministro Gilmar Mendes, DJe de 6 de abril de 2021, o Tribunal assentou, à luz dos princípios democrático e republicano
(CF, art. 2º), a necessidade de estabelecer-se limitação às reeleições sucessivas, inclusive na esfera dos Estados e do Distrito Federal.
Conforme ressaltei na ocasião, a Emenda de n. 16/1997 rompeu com a tradição histórica do sistema político-constitucional brasileiro que não admitia a
reeleição e, ao fixar limite de uma única recondução dos Chefes do Poder Executivo de todos os níveis da Federação (art. 14, § 5º), conferiu concretude à alternância
de poder e à temporariedade dos mandatos, modificando o equilíbrio dos Poderes.
Pois bem. Existe parâmetro constitucional objetivo para apenas uma reeleição consecutiva (CF, art. 14, § 5º, na redação dada pela EC n. 16/1997). Ora, se o
Presidente da República pode ser reeleito uma única vez – corolário do princípio democrático e republicano –, por simetria e dever de integridade esse mesmo
limite deve ser aplicado em relação aos órgãos diretivos das Casas Legislativas.
Admitir o contrário implica olvidar valores e postulados caros ao Estado Democrático de Direito – os quais impõem a alternância de poder –, quebrar a
coerência que dá integridade ao Direito e fazer tábula rasa da jurisprudência construída pelo Supremo.
O tema da reeleição das Mesas não deve ser tido como questão menor, passível de receber tratamento diverso pelos entes subnacionais.
Os princípios constitucionais referentes à democracia e à República são normas nucleares, medula do Estado de Direito, e, desse modo, de observância
obrigatória por Estados, Distrito Federal e Municípios, impondo-se como condicionantes à auto-organização dos entes políticos. É, pois, de todo incompatível com o
regime constitucional de 1988 que as Casas Legislativas dos Municípios admitam reeleições ilimitadas de parlamentares para os mesmos cargos nas respectivas
Mesas Diretoras.
Insere-se na esfera de autonomia e competência dos entes federados a opção político-normativa direcionada a vedar, ou não, a reeleição dos membros da
Mesa Diretora para o mesmo cargo em eleição consecutiva. Contudo, a adoção da regra permissiva condiciona-se a uma única recondução, na mesma legislatura
ou na subsequente.
Cuida-se de compreensão que está em consonância, de um lado, com o princípio da impessoalidade, em oposição à personificação das instituições
públicas, e, de outro, com a imperatividade do interesse coletivo nos espaços públicos.
Ante o quadro, cumpre ratificar a solução reiteradamente adotada por este Colegiado (ADIs 6.684, 6.707, 6.709 e 6.710, redator do acórdão o Ministro
Gilmar Mendes; 6.685 e 6.699, Relator o Ministro Alexandre de Moraes; 6.700, 6.708 e 6.712, da minha relatoria; 6.704, ministra Rosa Weber; ADIs 6.713, 6.716 e
6.719, ministro Edson Fachin; 6.720, 6.721 e 6.722, Relator o Ministro Roberto Barroso), inclusive no tocante à esfera municipal (ADPF 871, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia), pela constitucionalidade da reeleição sucessiva uma única vez para o mesmo cargo das Mesas Diretoras das Casas Legislativas, respeitando-se
os atos praticados e a composição dos órgãos diretivos eleitos e constituídos antes da decisão do Supremo na ADI 6.524.
Eis as diretrizes fixadas na jurisprudência por ocasião do exame da ADI 6.684, cujo acórdão foi lavrado pelo Ministro Gilmar Mendes:

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Por tudo isso, em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, no matiz conferido pela aplicação analógica do art. 16 da
Constituição Federal, premente convir que o novo entendimento jurisprudencial aqui fixado somente pode ser exigido de modo temperado, nos termos das seguintes
balizas:
(i) a eleição dos membros das Mesas das Assembleias Legislativas estaduais deve observar o limite de uma única reeleição ou recondução, limite cuja
observância independe de os mandatos consecutivos referirem-se à mesma legislatura;
(ii) a vedação à reeleição ou recondução aplica-se somente para o mesmo cargo da mesa diretora, não impedindo que membro da mesa anterior se
mantenha no órgão de direção, desde que em cargo distinto;
(iii) o limite de uma única reeleição ou recondução, acima veiculado, deve orientar a formação das Mesas das Assembleias Legislativas que foram eleitas
após a publicação do acórdão da ADI 6.524, mantendo-se inalterados os atos anteriores.
(Grifei)
Na espécie, da leitura conjunta do art. 35, § 2º, da Lei Orgânica do Município de Salvador, na redação conferida pela Emenda de n. 39, de 29 de março de
2022, com o art. 6º, caput, do Regimento Interno da respectiva Câmara de Vereadores, no texto atribuído pela Resolução n. 3.095, de 29 de março de 2022,
depreende-se autorização direcionada à reeleição para a Mesa Diretora independentemente da legislatura, sem, entretanto, haver distinção expressa quanto ao
cargo e limitação no que tange aos mandatos consecutivos.
A redação dos dispositivos não restringe a reeleição sucessiva, quando ocorrida visando à ocupação do mesmo cargo.
Considerando o firme entendimento desta Corte, o limite da reeleição subsequente nas Casas Legislativas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
independentemente da legislatura, diz respeito ao mesmo cargo ocupado nos dois biênios anteriores. Nesse sentido, faz-se necessário conferir interpretação
conforme à Constituição às normas ora impugnadas, para afastar-se qualquer exegese incompatível com a orientação jurisprudencial, de modo que a reeleição
nelas prevista, se para o mesmo cargo, seja limitada a uma única vez, na mesma legislatura ou na seguinte.
O esforço em dar aplicabilidade à sistemática da ADPF, em vista da maior amplitude de seu objeto, comparado ao das ações diretas, e de sua natureza
subsidiária na jurisdição constitucional, revela não se tratar de instrumento meramente voltado à redução da carga de processos, mas à concretização de prestação
jurisdicional célere, efetiva e isonômica apta a reafirmar o papel da Corte na interpretação constitucional.
A independência e a harmonia dos Poderes da República pressupõem a atuação de cada qual nos limites preconizados pela Lei Maior (art. 2º). Cabe
analisar, portanto, se a eleição que foi realizada se compatibiliza com a interpretação dada às normas municipais.
Fixada a compreensão, não se deve estimular, tampouco validar ou permitir, que se prolongue a prática – declarada inconstitucional pelo Supremo – da
reeleição para o mesmo cargo por mais de uma vez consecutiva nas situações em que parlamentar que já exerça segundo mandato sucessivo seja investido no
terceiro em momento posterior à decisão da ADI 6.524, a exemplo das eleições antecipadas realizadas muito antes do término do biênio.
Nesses casos – como o revelado nesta arguição –, não verifico razões de segurança jurídica ou interesse social a justificarem a preservação de efeitos que
ainda não se produziram.
Na espécie, a antecipação do pleito referente ao biênio 2023-2024 – decorrente de Emenda à Lei Orgânica de Salvador e alteração do Regimento Interno da
Câmara Municipal – sinaliza burla à aplicação do entendimento desta Corte.
A realização antecipada, em 29 de março de 2022, do pleito para a escolha dos integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Salvador, considerado
o biênio 2023-2024, conquanto, por si só, não viole preceitos fundamentais, deu-se em contexto de conhecimento notório das balizas estabelecidas pelo
Supremo, mais de um ano depois do julgamento da ADI 6.524, cuja decisão é considerada marco temporal para a observância da matéria pelos demais
entes federados.
Consoante documentação juntada pelo requerente (eDoc 21), o Presidente da Câmara Municipal – vereador Geraldo Júnior – foi reeleito para o terceiro
mandato consecutivo no mesmo cargo, tendo em conta os biênios 2019-2020, 2021-2022 e 2023-2024.
Sendo públicas as eleições para a Mesa Diretora das Casas Legislativas de todo o País, constata-se, a partir do portal eletrônico da Câmara Municipal de
Salvador, a recondução do 3º Secretário – vereador Téo Senna – para o terceiro mandato subsequente no mesmo cargo e considerados os mesmos biênios
(2019-2020, 2021-2022 e 2023-2024).1
Não se mostra legítimo que a Casa Legislativa municipal, por mais elevadas que sejam suas competências, ao praticar ato procedimental de feição
administrativa – eleição do órgão de cúpula –, desafie ou neutralize a autoridade das decisões deste Tribunal.
Ademais, ainda que o mandato seja do partido político, o membro do Poder Legislativo é o agente público, de quem se espera observância aos preceitos
fundamentais e às balizas constitucionais aplicáveis à eleição e à reeleição, bem assim à moralidade administrativa.
Na espécie, embora legítima a opção do Município de Salvador – decorrente de emenda à Lei Orgânica e de alteração do Regimento Interno da Câmara –
no sentido de permitir a reeleição consecutiva, independentemente da legislatura, e de antecipar a realização do pleito referente ao biênio 2023-2024 – possibilitada
em função das referidas alterações normativas promulgadas na mesma sessão –, a ausência de restrição imposta à perpetuação no poder sinaliza manifesta burla à
observância do entendimento desta Corte.
A nível de cognição sumária, cuida-se, no meu sentir, de comportamento estratégico voltado a contornar a orientação jurisprudencial consagrada pelo
Supremo, de sorte que subsistam, com a passagem do tempo, situações constituídas que possam vir a ser, eventualmente, endossadas no campo da modulação dos
efeitos de decisão de inconstitucionalidade.
Reconduções sucessivas e ilimitadas dos dirigentes de Poder aos mesmos cargos abrem campo ao monopólio do acesso aos mandatos legislativos e à
patrimonialização do poder governamental, o que compromete a legitimidade do processo eleitoral (RE 158.314, ministro Celso de Mello). Em que pese haver
prerrogativa constitucional deferida aos entes federados para que, a título de autogoverno, disciplinem a vedação ou a permissão da recondução consecutiva e
disponham sobre o processo eleitoral, essa autonomia não é irrestrita e encontra parâmetro no Texto Constitucional.
Legitimar a eleição antecipada ora em exame equivaleria a autorizar situação de controle monopolístico do poder e de descompromisso com as decisões do
Supremo.
Muito embora a votação no pleito eleitoral para formar a Mesa Diretora tenha se dado de modo individualizado, considerado cada cargo, não se mostra
recomendável a determinação de nova eleição apenas quanto aos postos de Presidente e 3º Secretário, porquanto maculado todo o procedimento da eleição,
realizada em chapa única.
O processo eleitoral justo e legítimo é pressuposto do Estado Democrático de Direito. Deve-se ter, como direito público subjetivo e irrevogável, a participação
dos vereadores em pleito eleitoral que se pretende ocorra com a igualização das condições dos candidatos. A democracia há de ser compreendida como o conjunto
de instituições e mecanismos capazes de garantir, na medida do possível, igual participação dos candidatos, de modo que os rumos do Estado acompanhem as
manifestações da soberania popular.
Portanto, a candidatura, em chapa única, de vereador buscando a ocupação do mesmo cargo diretivo em terceiro mandato consecutivo configura vício que
macula a eleição da Mesa Diretora inteira, na medida em que impossibilita a concorrência de qualquer outro vereador às posições de Presidente e 3º Secretário.
Na hipótese de suspender-se somente a eleição atinente a esses cargos, retira-se dos eleitos e empossados nos demais postos da Mesa Diretora para o
biênio 2023-2024 a pretensão legítima àquelas duas funções. Os parlamentares que concorreram aos outros cargos da Mesa estariam aptos a candidatar-se
inclusive aos de Presidente e de 3º Secretário, o que poderia alterar a composição de toda a Mesa eleita e comprometer o resultado do pleito.
As Mesas Diretoras do Legislativo em todo o País são eleitas de uma só vez, e frequentemente em chapa única. A legalidade e a normalidade dessas
eleições pressupõem sejam compostas em um único ato. Havendo tempo hábil para a realização de novo pleito, observado o início do novo biênio 2023-2024, não
verifico recomendação em sentido contrário.
Cabem ao Tribunal a ponderação das consequências e o devido ajuste do resultado, mediante a adoção de técnica de decisão que melhor traduza a
hermenêutica abraçada.
Reitere-se: não se trata de invalidar a escolha político-normativa do Poder Legislativo municipal. As modificações textuais implementadas nos dispositivos
questionados da Lei Orgânica do Município e do Regimento Interno da Câmara de Vereadores local revelam opção pela possibilidade da recondução para a Mesa
Diretora independentemente da legislatura, deixando-se para trás a regra proibitória até então vigente.
O que se propõe é a preservação da vontade do legislador, a par da efetividade da Carta Federal, por meio de técnica que harmoniza a manifestação

1 Conforme Diários Oficias do Poder Legislativo do Município de Salvador: (i) Ano XXVII – n. 5.353, de 6 de novembro de
2018, referente ao biênio 2019/2020; (ii) Ano XXX – n. 5.870, de 3 e 4 de fevereiro de 2021, alusivo ao biênio 2021/2022; (iii)
Ano XXXI – n. 6.182, de 9, 10 e 11 de abril de 2022, relativamente ao biênio 2023/2024.

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legislativa com o Texto Constitucional.


Assim, conferida interpretação conforme à Constituição às alterações promovidas na redação dos preceitos em tela, não há violação ao princípio da
separação de poderes (CF, art. 1º) na determinação para que a Câmara Municipal de Salvador observe, ao praticar ato concreto, a hermenêutica
constitucional das normas de regência fixada em jurisprudência consolidada do Supremo.
Em circunstâncias como a revelada nesta arguição, não vejo razões de segurança jurídica ou interesse social hábeis a justificar a preservação de efeitos que
ainda não se produziram, considerado o biênio 2023-2024 não iniciado.
3. Com fundamento no art. 5º, § 1º, da Lei n. 9.882/1999 e no art. 21, V, do Regimento Interno, defiro a medida cautelar, ad referendum do Plenário, para (i)
atribuir interpretação conforme à Constituição ao art. 35, § 2º, da Lei Orgânica do Município de Salvador/BA, na redação conferida pela Emenda de n. 39/2022, e ao
art. 6º, caput, do Regimento Interno da Câmara Municipal, com o texto dado pela Resolução n. 3.095/2022, de modo que seja permitida uma única recondução
sucessiva para o mesmo cargo na respectiva Mesa Diretora; (ii) suspender, até o julgamento definitivo desta arguição, os efeitos da eleição realizada em 29 de
março de 2022, relativa ao biênio 2023-2024; e (iii) determinar a efetivação de novo pleito.
4. Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.674 (210)


ORIGEM : 2674 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
REQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
REQDO.(A/S) : ELZIRA DE ANGIOLIS SILVA
ADV.(A/S) : JOAO ANTONIO DA SILVA TOLENTINO (2300/AM)
INTDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO
Trata-se de execução de sentença, transitada em julgado em 25/05/2022, pela qual se condenou a parte requerida ao pagamento de honorários
advocatícios.
O Estado do Amazonas, por meio da Petição 76.278/2022, requer a penhora on line sobre os ativos financeiros da parte requerida, no valor correspondente
a R$ 77.149,33 (setenta e sete mil, cento e quarenta e nove reais e trinta e três centavos).
É o relatório. Decido.
Com efeito, a certidão de 26/09/2022 atesta a ausência de manifestação da parte requerida quanto ao cumprimento voluntário da obrigação, o que enseja o
acréscimo previsto no art. 523, §1º, do Código de Processo Civil. Além disso, restou ultrapassado o prazo de quinze dias para apresentação de impugnação (art. 525
do CPC).
Ante o exposto, considerando a implementação efetiva do acesso ao SISBAJUD aos Gabinetes dos Ministros desta Corte, determino o bloqueio on line das
contas eventualmente existentes em nome da requerida, Elzira de Angiolis Silva, CPF 234.144.642-68, na quantia de R$ 77.149,33 (setenta e sete mil, cento e
quarenta e nove reais e trinta e três centavos).
Efetivado o bloqueio, intime-se a requerida para que se manifeste, no prazo de cinco dias, sobre eventual impenhorabilidade das quantias bloqueadas ou
sobre possível excesso de indisponibilidade de ativos financeiros, nos termos do artigo 854, §§ 2º e 3º, do CPC.
Na ausência de bloqueio, intime-se o requerente para se manifestar no prazo de 10 (dez) dias.
Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 215.539 (211)


ORIGEM : 215539 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : MARCO ANTONIO SARTI
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar impetrado pela Defensoria Pública da União – DPU, em favor de Marco Antonio Sarti, contra decisão da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento ao Agravo Regimental no REsp 1.989.070/SP (documento eletrônico 14).
A impetrante alega, em síntese, que
“[o] novel instituto inserido no art. 28-A, do CPP, pela Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019, Acordo de Não Persecução Penal, surgiu como medida
despenalizadora, que permite afastar a incidência de sanção penal se preenchidos os requisitos previstos mediante o cumprimento de determinadas medidas.
Para que seja ofertado pelo parquet, a lei exige que: a) não seja caso de arquivamento; b) o agente confesse o crime; c) a pena em abstrato seja inferior a 4
anos; d) não seja praticado crime doloso mediante violência ou grave ameaça; e) não seja crime de violência doméstica; f) não seja reincidente; g) não seja cabível a
transação penal; h) o agente não possua antecedentes que denotem conduta criminosa habitual; e i) não ter sido beneficiado nos últimos 5 anos com o acordo de
não persecução penal, transação penal ou sursis processual.
Sendo que deve comportar, isolada ou cumulativamente, as seguintes condições: reparação do dano, salvo impossibilidade; renúncia a determinados bens
relacionados ao delito; prestação de serviços à comunidade; e/ou prestação pecuniária.
Pois bem, inicialmente destacamos que a [sic] paciente preenche os presentes requisitos objetivos, o que possibilita o oferecimento do acordo, pois trata-se
de crime cuja pena mínima é inferior a 4 anos; não há reincidência; não há elementos que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou habitual; tampouco há
notícias de que tenha sido beneficiada [sic] por transação penal ou suspensão condicional do processo.
[…]
Cumpre, ainda, registrar que a questão da aplicação retroativa do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) encontra-se afetada ao Plenário desse
Supremo Tribunal Federal, nos autos do HC 185.913/DF, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, oportunidade em que essa Corte examinará as seguintes questões:
“a) O ANPP pode ser oferecido em processos já em curso quando do surgimento da Lei 13.964/19? Qual é a natureza da norma inserida no art. 28-A do CPP? É
possível a sua aplicação retroativa em benefício do imputado? b) É potencialmente cabível o oferecimento do ANPP mesmo em casos nos quais o imputado não
tenha confessado anteriormente, durante a investigação ou o processo?”, existindo, inclusive, decisões já deferindo liminar para suspender a execução da pena
imposta a réus, bem como o respectivo prazo prescricional, até o julgamento de mérito do referido habeas corpus, a exemplo do Habeas Corpus 211360, Rel.
Ministro Ricardo Lewandowski, julgado em 20 de janeiro de 2022” (págs. 4-10 do documento eletrônico 1).
Ao final, requer
“seja concedido o pedido liminar, a fim de suspender o andamento processual até o julgamento final do presente pedido de habeas corpus.
No mérito, requer a defesa a concessão da ordem do habeas corpus em favor de MARCO ANTONIO SARTI para determinar a remessa dos autos ao juízo
de origem para a verificação de eventual possibilidade de oferecimento de proposta de Acordo de Não Persecução Penal pelo MPF em seu benefício.
Pugna ainda pela intimação pessoal do Defensor Público-Geral da União da sessão de julgamento da presente ordem” (pág. 11 do documento eletrônico 1).

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É o relatório necessário. Decido.


Registre-se, inicialmente, que, embora o presente writ tenha sido impetrado em substituição a recurso extraordinário, não oponho óbice ao seu
conhecimento, na linha do que tem decidido a Segunda Turma deste Supremo Tribunal. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes: HC 126.791-ED/RJ, HC
126.614/SP e HC 126.808-AgR/PA, todos da relatoria do Ministro Dias Toffoli.
Anote-se, também, que o art. 192 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao relator denegar ou conceder a ordem de habeas corpus,
ainda que de ofício, quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada neste Supremo Tribunal.
Por esses motivos, passo ao exame desta impetração.
Discute-se, nos presentes autos, a retroatividade do Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), constante do art. 28-A do Código de Processo Penal – CPP,
inserido pela Lei 13.964/2019.
Quanto ao tema, destaco que o Ministro Gilmar Mendes afetou ao Plenário, nos termos do art. 22, parágrafo único, b, do Regimento Interno do STF – RISTF,
o julgamento do HC 185.913/DF, fundado na “[...] potencial ocorrência de tal debate em número expressivo de processos e a potencial divergência jurisprudencial, o
que destaca a necessidade de resguardar a segurança jurídica e a previsibilidade das situações processuais, sempre em respeito aos direitos fundamentais e em
conformidade com a Constituição Federal”.
O relator delimitou, naqueles autos, as seguintes “questões-problemas”:
“a) O ANPP pode ser oferecido em processos já em curso quando do surgimento da Lei 13.964/19? Qual é a natureza da norma inserida no art. 28-A do
CPP? É possível a sua aplicação retroativa em benefício do imputado?
b) É potencialmente cabível o oferecimento do ANPP mesmo em casos nos quais o imputado não tenha confessado anteriormente, durante a investigação
ou do processo?”
Aquele writ, desde então, aguarda o julgamento pelo Colegiado maior.
Ressalto, contudo, que a Primeira Turma desta Suprema Corte tem se orientado no sentido de que “[...] o acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se
a fatos ocorridos antes da Lei nº 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia” (HC 191.464-AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma).
Como é de conhecimento geral, a Lei 13.964/2019, cunhada de “Pacote Anticrime” e em vigência desde 23/1/2020, introduziu fecundas mudanças na
legislação processual, dentre elas a inclusão do art. 28-A no Código de Processo Penal, que trata do referido Acordo de Não Persecução Penal.
Cuida-se, a toda evidência, de instrumento consensual híbrido, qualificado como negócio jurídico extrajudicial singular firmado entre o investigado, assistido
por seu defensor, e o órgão do Ministério Público. Sim, porque as partes ajustam cláusulas negociais a serem cumpridas pelo contratante, de modo que, em
contrapartida, ficará esvaziada a pretensão estatal, por meio da decretação da extinção da punibilidade (art. 28-A, § 13º, do CPP), após o cumprimento daquelas
condições.
Ademais, a legislação processual vigente discriminou, de forma exaustiva, as hipóteses em que a justiça penal negociada não poderá ocorrer, ou seja,
indicou expressamente as situações de impedimento ao ANPP, conforme previsão tipificada no art. 28-A, § 2°, do CPP.
Quanto à possibilidade de retroação do ANPP, reconhecidamente norma processual penal mais benéfica, lembro que ao julgar o HC 180.421/SP, a Segunda
Turma desta Suprema Corte decidiu que “[a] expressão ‘lei penal’ contida no art. 5º, inciso XL, da Constituição Federal é de ser interpretada como gênero, de
maneira a abranger tanto leis penais em sentido estrito quanto leis penais processuais que disciplinam o exercício da pretensão punitiva do Estado ou que interferem
diretamente no status libertatis do indivíduo”. Concluindo que “[o] § 5º do art. 171 do Código Penal, acrescido pela Lei 13.964/2019, ao alterar a natureza da ação
penal do crime de estelionato de pública incondicionada para pública condicionada à representação como regra, é norma de conteúdo processual-penal ou híbrido,
porque, ao mesmo tempo em que cria condição de procedibilidade para ação penal, modifica o exercício do direito de punir do Estado ao introduzir hipótese de
extinção de punibilidade, a saber, a decadência (art. 107, inciso IV, do CP)”.
Assim, “[essa] inovação legislativa, ao obstar a aplicação da sanção penal, é norma penal de caráter mais favorável ao réu e, nos termos do art. 5º, inciso
XL, da Constituição Federal, deve ser aplicada de forma retroativa a atingir tanto investigações criminais quanto ações penais em curso até o trânsito em julgado”.
Assentou-se, ademais, que, “[diferentemente] das normas processuais puras, que são orientadas pela regra do tempus regit actum (art. 2º do CPP), as
normas de conteúdo misto, quando favoráveis ao réu, devem ser aplicadas de maneira retroativa em relação a fatos pretéritos enquanto a ação penal estiver em
curso, nos termos do que dispõe o art. 5º, inciso XL, CF (‘a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu’)” .
Nessa esteira, Gustavo Badaró leciona que,
“[no] direito penal, o problema da sucessão de leis no tempo é resolvido segundo a garantia constitucional de que a lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu (CR, art. 5º, caput, XL).
Já no campo processual penal, a norma geral de direito intertemporal encontra-se prevista no art. 2.º do CPP: ‘A lei processual penal aplicar-se-á desde
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior’. Trata-se do princípio tempus regit actum, que não se confunde com a ideia de
retroatividade da lei processual.
[…]
Inegavelmente, há normas de caráter exclusivamente penal e normas processuais puras. Todavia, a doutrina também reconhece a existência das chamadas
normas mistas ou normas processuais materiais. Embora não se discuta a existência de tais normas, há discrepância quanto ao conteúdo mais restrito ou mais
ampliado que se deve dar a tais conceitos.
A corrente restritiva considera que são normas processuais mistas, ou de conteúdo material, aquelas que, embora disciplinadas em diplomas processuais
penais, disponham sobre o conteúdo da pretensão punitiva. Assim, são normas formalmente processuais, mas substancialmente materiais, aquelas relativas: ao
direito de queixa ou de representação, à prescrição e decadência, ao perdão, à perempção, entre outras.
Mesmo que se adote a corrente restritiva, inegavelmente devem ser consideradas normas processuais materiais, ou normas mistas, com aplicação
retroativa, por serem mais benéficas, os seguintes dispositivos da Lei 13.964/2019: a exigência de representação para o crime de estelionato (CP, art. 171, § 5º), a
possibilidade de celebração de acordo de não persecução penal (CPP, art. 28-A).
[…]
De outro lado, no que diz respeito ao acordo de não persecução (CPP, art. 28-A), igualmente é válido o paralelo com a situação trazida pela Lei 9.099/1995,
com a criação de outro instituto consensual, no caso, a transação penal. Reconheceu-se, sem qualquer vacilação, o conteúdo misto de tal instituto que, por evitar a
condenação do acusado era mais benéfico e, assim, passível de ser aplicado aos processos em curso. Para quem esteja sendo processado, por crime que passou a
admitir o acordo de não persecução penal, tal instituto é mais benéfico e deve ser aplicado retroativamente.
Com relação ao acordo de não persecução penal, a jurisprudência se encaminhou no sentido de que no caso de investigações em curso, poderia ter
aplicação imediata a nova lei e ser formulada a proposta de acordo de não persecução penal mas, por outro lado, no caso de processo com denúncias já oferecidas
quando entrou em vigor a lei, não seria possível a formulação de tal proposta. A 1ª Turma do STF, no julgamento do HC 191.464/SC AgR, fixou a seguinte tese: ‘o
acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes da Lei 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia’. A matéria foi afetada ao Plenário
do STF, pelo Min. Gilmar Mendes, no HC nº 185.913/DF, que ainda não se pronunciou sobre o tema.
Há, contudo, entendimento contrário, no sentido de que o acordo de não persecução penal também se aplica aos processos em curso, desde que não tenha
havido o trânsito em julgado. É a posição à qual nos filiamos.
Não se disputa a premissa de que o acordo de não persecução penal é um instituto de natureza mista, de direito penal e processual penal. O caráter
benéfico, no plano do direito material é inegável: aceito e cumprido o acordo de não persecução penal, o imputado não será denunciado, processado nem
condenado. Não sofrerá as consequências penais nem civis de uma sentença condenatória. Trata-se, pois, no plano material de norma evidentemente benéfica e,
como tal, deve ser aplicada a fatos ocorridos antes do início de sua vigência.
Não se pode esquecer, contudo, da face processual do acordo de não persecução penal. O instituto visa evitar os males de um processo penal que, ao final,
ainda que redunde em condenação, não levará o réu ao cumprimento de pena privativa de liberdade. O processo em si mesmo já é um mal para o acusado,
independentemente do seu desfecho. Por outro lado, movimentar a máquina judiciária, levando até o fim a persecução penal, para que, após a condenação, o
acusado simplesmente pague uma multa ou, tenha que cumprir pena restritiva de direitos ou, ainda, no máximo, obtenha o sursis, não deixa de ser algo ineficiente e
que representa desperdício de tempo e dinheiro.
Assim, por esse aspecto de ‘desprocessualização’ do acordo de não persecução penal, poder-se-ia supor que, se quando o art. 28-A do CPP entrou em
vigor, houvesse processo instado, ou mesmo sentença proferida e estando pendente somente o julgamento do recurso, não haveria qualquer benefício em utilizar tal
instituto, visto que a finalidade de sua aplicação não poderia ser atingida. O acordo de não persecução penal evita a própria instauração do processo. Mas no caso,
já haveria um processo instaurado ou, até mesmo, em grau de recurso. Essas razões poderiam levar a uma resposta negativa sobre a possibilidade de aplicação do
acordo de não persecução penal, após transposto o momento procedimental do oferecimento da denúncia.
A reposta positiva, contudo, parece mais correta. O acordo de não persecução penal, indiscutivelmente, é mais benéfico do que a condenação penal. Por

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essa razão, sempre que não houver óbice à aplicação de tal instituto, será necessário buscar a solução consensual. Não se pode objetar com a irracionalidade de
não se processar quem já está sendo processado ou mesmo quem já se submeteu a todo rito em primeiro grau, ou mesmo parte da fase recursal. As repercussões e
vantagens do acordo de não persecução penal, no plano material, principalmente em relação à não caracterização da reincidência, autorizam sua aplicação aos
processos em curso quando da entrada em vigor da Lei 13.964/2019, mesmo se houver denúncia oferecida e, até mesmo, se o processo já se encontre em fase
bastante desenvolvida.
O único óbice temporal é quando já houver a coisa jugada. Não se desconhece que o art. 2º, caput, do Código Penal, prevê a aplicação da lei penal mais
benéfica, mesmo após o trânsito em julgado da condenação penal. Mas essa regra se aplica aos casos de novatio legis in mellius, referente a institutos
exclusivamente de direito penal. No caso de normas mistas, com conteúdo material e processual, a existência de um processo em curso é um limite que não pode
ser transposto.
Voltando ao tema das normas processuais mistas, ou de conteúdo material, a corrente ampliativa define-as como aquelas que estabeleçam condições de
procedibilidade, ou que disciplinem constituição e competência dos tribunais, que tratem dos meios de prova e sua eficácia probatória, dos graus de recurso, da
liberdade condicional, da prisão preventiva, da fiança, das modalidades de execução da pena e todas as demais normas que tenham por conteúdo matéria que seja
direito ou garantia constitucional do cidadão.
Preferível a corrente extensiva. Todas as normas que disciplinam e regulam, ampliando ou limitando, direitos e garantias pessoais constitucionalmente
assegurados, mesmo sob a forma de leis processuais, não perdem o seu conteúdo material. Com base nessa premissa, são normas processuais de conteúdo
material as regras que estabelecem: as hipóteses de cabimento de prisões e medidas cautelares alternativas à prisão, os casos em que tais medidas podem ser
revogadas, o tempo de duração de tais prisões, a possibilidade de concessão de liberdade provisória com ou sem fiança, entre outras. Assim, quanto ao direito
processual intertemporal, o intérprete deve, antes de mais nada, verificar se a norma, ainda que de natureza processual, exprime garantia ou direito
constitucionalmente assegurado ao suposto infrator da lei penal. Para tais institutos, a regra de direito intertemporal deverá ser a mesma aplicada a todas as normas
penais de conteúdo material, qual seja a da anterioridade da lei, vedada a retroatividade da lex gravior” (in BADARÓ, Gustavo Henrique. Processo Penal [livro
eletrônico]. 9. ed. São Paulo: Thomson Reuters Brasil, 2021, RB-2.1).
Portanto, com base no referido precedente da Segunda Turma desta Suprema Corte, que, em caso análogo, reconheceu a retroação de norma processual
penal mais benéfica em ações penais em curso até o trânsito em julgado, e na mais atual doutrina do processo penal, entendo que o acordo de não persecução
penal é aplicável também aos processos iniciados em data anterior à vigência da Lei 13.964/2019, desde que ainda não transitados em julgados e mesmo que
ausente a confissão do réu até o momento de sua proposição.
Traslado, por oportuno, a ementa que sintetiza o teor da decisão ora combatida e trecho significativo do voto condutor, respectivamente:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL. ART. 28-A, DO CPP. PRECLUSÃO. DENÚNCIA
RECEBIDA. SENTENÇA PROFERIDA. ACÓRDÃO QUE JULGA O RECURSO DE APELAÇÃO CRIMINAL PUBLICADO. MARCHA PROCESSUAL AVANÇADA.
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. DECISÃO MONOCRÁTICA MANTIDA. VIOLAÇÃO A DISPOSITIVOS E A PRINCÍPIOS DE EXTRAÇÃO CONSTITUCIONAL.
VIA INADEQUADA. COMPETÊNCIA DO PRETÓRIO EXCELSO.
I - Deve ser mantido o decisum reprochado, pois, nos termos da moderna jurisprudência desta eg. Corte Superior ‘[...] reproduzida por ambas as Turmas
criminais - entendimento igualmente adotado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal -, a possibilidade de oferecimento do acordo de não persecução penal,
previsto no art. 28-A do Código de Processo Penal, inserido pela Lei n. 13.964/2019, é restrita aos processos em curso até o recebimento da denúncia’ (AgRg no
AgRg no AREsp n. 2.034.536/SP, Quinta Turma, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe de 18/03/2022).
II - Não compete a este eg. Superior Tribunal se manifestar sobre violação a princípios ou a dispositivos de extração constitucional, ainda que para fins de
prequestionamento, sob pena de usurpação da competência do Pretório STF. (Precedentes).
Agravo regimental desprovido” (pág. 7 do documento eletrônico 14).
“[...]
Deve ser mantido o decisum monocrático reprochado.
O eg. Tribunal a quo, ao se manifestar sobre a quaestio, no que importa ao caso, consignou, in verbis (fl. 839-859, grifei):
‘No caso concreto, a parte ora embargante aduziu que o v. acórdão foi omisso quanto à possibilidade de celebração do Acordo de Não Persecução Penal
(ANPP), nos termos do artigo 28-A do Código de Processo Penal, introduzido pela Lei Federal n. 13.964, de 24 de dezembro de 2019.
Contudo, não se verifica dos autos qualquer ambiguidade, contradição, obscuridade e/ou omissão, forte na constatação de que o colegiado não deveria ter
se manifestado sobre o assunto à luz de que simplesmente ele não foi agitado em oportunidade pretérita a estes Embargos de Declaração. Nessa toada, como a
temática não foi suscitada em sede de razões recursais ou em peticionamento posterior a elas (porém anterior à sessão de julgamento), não caberia a exaração de
qualquer manifestação judicial acerca de algo sequer aventado, motivo pelo qual os Declaratórios também devem ser refutados no ponto.
De toda forma, ainda que fosse crível suplantar a observação pretérita, seria defeso fazer incidir nesta relação processual penal o instituto trazido a lume
pelo art. 28- A do Código de Processo Penal (incluído por força da edição da Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019), uma vez que, possuindo natureza negocial
entre as partes, o sistema processual penal não contempla obrigação legal a impor que o magistrado provoque acusação e/ou defesa para que se manifestem sobre
o assunto.
Ademais, cumpre destacar que o Ministério Público Federal entendeu por bem não ofertar o Acordo ante o não implemento dos requisitos estampados na
legislação de regência (cfr. contrarrazões aos Embargos de Declaração), o que obsta qualquer possibilidade de incidência da benesse nesta persecução penal,
devendo ser aplicada à hipótese entendimento que acabou sendo consagrado pelo C. Superior Tribunal de Justiça, ainda que firmado em sede de Suspensão
Condicional do Processo, no sentido de que tais benefícios não podem ser encarados como direito subjetivo do réu, mas, sim, um poder-dever conferido ao titular da
Ação Penal Pública – nesse sentido:
[...]
Em complemento, sublinhe-se que o ANPP é cabível quanto a fatos anteriores ao início da vigência da Lei n. 13.964/2019, até o recebimento da denúncia,
conforme o entendimento do E. Supremo Tribunal Federal e do C. Superior Tribunal de Justiça:
[...]
Portanto, não faz jus o Embargante ao ANPP, tendo em vista que o feito já se encontra sentenciado (págs. 8-9 do documento eletrônico 14, grifei).
Conforme se verifica, a decisão da Quinta Turma do STJ destoa da conclusão a que cheguei na análise do caso concreto.
Isso posto, concedo a ordem de habeas corpus (art. 192, caput, do RISTF), nos termos em que requerida.
Comunique-se com urgência.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.016 (212)


ORIGEM : 220016 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : ADRIANO DA SILVA MACHADO
IMPTE.(S) : EURO BENTO MACIEL FILHO (153714/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Adriano da Silva Machado impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está
assim ementado:
PENAL E PROCESSO PENAL. SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO HABEAS CORPUS. 1. CARÁTER INFRINGENTE. ACLARATÓRIOS
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. 2. COMPLEMENTAÇÃO DAS RAZÕES. ART. 1.024, § 3º, DO CPC. DESNECESSIDADE. FUNDAMENTOS
IMPUGNADOS. PRECEDENTES. 3. EXTORSÃO E ROUBO EM CONTINUIDADE DELITIVA. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA. TERMO INICIAL.
ART. 112, I, DO CP. TRÂNSITO EM JULGADO PARA A ACUSAÇÃO. MOMENTOS DISTINTOS. ANÁLISE INDIVIDUALIZADA. 4. CONDENAÇÃO PELA EXTORSÃO.
SENTENÇA CONDENATÓRIA. CONDENAÇÃO PELO ROUBO. ACÓRDÃO DE APELAÇÃO. PRESCRIÇÃO RECONHECIDA COM RELAÇÃO À EXTORSÃO.

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MANUTENÇÃO DO CRIME DE ROUBO. 5. CRIME REMANESCENTE. ALEGADA AUSÊNCIA DE DOSIMETRIA. NÃO VERIFICAÇÃO. RECONHECIMENTO DA
CONTINUIDADE DELITIVA. FIXAÇÃO DE PENAS IDÊNTICAS. UTILIZAÇÃO DOS MESMOS CRITÉRIOS. FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM. LEGALIDADE.
6. DOSIMETRIA ANALISADA NO ARESP 228.004/SP. REDIMENSIONAMENTO DA PENA DA EXTORSÃO. AUSÊNCIA DE MENÇÃO AO CRIME DE ROUBO.
IRRELEVÂNCIA. MESMOS CRITÉRIOS. MESMA PENA. COERÊNCIA SISTÊMICA. 7. ARESP 228.004/SP. EQUÍVOCO NA PENA FINAL. CONTINUIDADE
DELITIVA. AUSÊNCIA DE EXASPERAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CORREÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO NA HIPÓTESE. MANUTENÇÃO APENAS DA
PENA DE ROUBO. 8. EMBARGOS CONHECIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
[...]
5. Quanto à alegação da defesa no sentido de que "jamais foi fixada qualquer pena" para o crime de roubo, observo que o Tribunal de origem, de forma
expressa, realizou a dosimetria com fundamentação per relationem, a qual, como é de conhecimento, é amplamente admitida na jurisprudência pátria. De fato,
consta do acórdão que julgou o recurso de apelação que, "consubstanciada a continuidade delitiva e majorada a carcerária de um só dos crimes em 1/6, já que
idênticas as penas, inalterados os critérios utilizados na r. sentença, obtém-se a carcerária de 08 anos e 09 meses de reclusão, além dos 36 dias-multa, pelos dois
delitos" (e-STJ fl. 194).
[…]
8. Embargos conhecidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.
(HC 678.556 EDcl AgRg, ministro Reynaldo Soares da Fonseca)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, “ANULAR o v. aresto proferido pelo eg. TJSP (doc. 05), com a consequente desconstituição da
coisa julgada, tendo em vista a manifesta violação ao princípio da individualização da pena, com a consequente baixa dos autos à Corte de Origem, para que outro
julgamento seja realizado”.
É o relatório.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Inicialmente, em consulta ao sitio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, constatei que a condenação já transitou em julgado (Processo nº
0062129-18.2005.8.26.0050).
Dessa forma, esta Excelsa Corte consagrou sua Jurisprudência no sentido da inviabilidade da ação de habeas corpus como sucedâneo de revisão
criminal. Ilustram esse entendimento os seguintes acórdãos: (HC 144.323 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 149.653 AgR, ministro Dias Toffoli; HC 163.627,
ministro Alexandre de Moraes; HC 177.098, ministro Luiz Fux; HC 186.333 AgR, ministra Rosa Weber; HC 193.043 AgR, ministra Cármen Lúcia; RHC 181.896 AgR,
ministro Edson Fachin:
’HABEAS CORPUS’. PENAL E PROCESSUAL PENAL. IMPOSSIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO DO ‘HABEAS CORPUS’ COMO SUCEDÂNEO DE
RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. REDISCUSSÃO DE CRITÉRIOS DE DOSIMETRIA DA PENA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. ORDEM DENEGADA.
(HC 144.742, redator para o acórdão o ministro Luiz Fux – grifei)
Ainda que superado o referido óbice, melhor sorte não socorre a parte impetrante.
Destaco, quanto à alegação de “violação ao princípio da individualização da pena”por ausência de dosimetria da pena em relação ao crime de roubo, que
assim se manifestou o Superior Tribunal de Justiça:
Quanto à alegação da defesa no sentido de que "jamais foi fixada qualquer pena" para o crime de roubo, observo, conforme inclusive transcrito na petição de
embargos de declaração, que o Tribunal de origem, de forma expressa, realizou a dosimetria com fundamentação per relationem, a qual, como é de
conhecimento, é amplamente admitida na jurisprudência pátria.
[…]
De fato, consta do acórdão que julgou o recurso de apelação que, "consubstanciada a continuidade delitiva e majorada a carcerária de um só dos crimes em
1/6, já que idênticas as penas, inalterados os critérios utilizados na r. sentença, obtém-se a carcerária de 08 anos e 09 meses de reclusão, além dos 36 dias-
multa, pelos dois delitos" (e-STJ fl. 194).
A dosimetria da pena, portanto, encontra-se devidamente identificada às e-STJ fls. 60/61, tendo as penas-bases do paciente sido elevadas em ¼,
em virtude da "gravidade do delito e suas consequências e o modus operandi dos agentes, demonstrando exacerbada audácia e periculosidade".
Ademais, a causa de aumento foi fixada em 1/2.
Constata-se, portanto, sem dificuldades, que houve efetiva individualização também da pena de roubo, valendo-se o Tribunal de origem dos
mesmos critérios utilizados na sentença, o que se revela adequado, na hipótese, haja vista o reconhecimento, inclusive, da continuidade delitiva, o que
reforça a possibilidade de ser valorados os mesmos elementos.
[…]
Tem-se, portanto, efetivamente individualizada e fixada a pena para o crime de roubo no acórdão proferido pelo Tribunal de origem, o que, de
pronto, esvazia a irresignação da defesa, quanto ao tema, inviabilizando, igualmente, o pedido subsidiário de nulidade do acórdão para que outro fosse
proferido com a efetiva individualização da pena.
Relevante registrar, outrossim, que no julgamento do Agravo em Recurso Especial n. 228.004/SP, foi efetivamente analisada a dosimetria das penas,
registrando-se, com relação à pena-base que:
É certo que o julgador deve, ao individualizar a pena, examinar com acuidade os elementos que dizem respeito ao fato, obedecidos e sopesados todos os
critérios estabelecidos no art. 59 do Código Penal, para aplicar, de forma justa e fundamentada, a reprimenda que seja, proporcionalmente, necessária e suficiente
para reprovação do crime, além das próprias elementares comuns ao tipo. E, quando considerar desfavoráveis as circunstâncias judiciais, deve o magistrado
declinar, motivadamente, as suas razões, pois a inobservância dessa regra implica ofensa ao preceito contido no art. 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Na espécie, conforme se observa da transcrição realizada, a fixação da pena-base acima do mínimo legal restou suficientemente fundamentada no acórdão,
em razão do reconhecimento de circunstâncias judiciais desfavoráveis, que, de fato, emprestaram à conduta do Recorrente especial reprovabilidade e que não se
afiguram inerentes aos tipos penais.
Observo, desse modo, que a justificativa adotada no ato dito coator não diverge da orientação deste Supremo Tribunal Federal, no sentido de que “O uso da
fundamentação per relationem não se confunde com ausência ou deficiência de fundamentação da decisão judicial, sendo admitida pela jurisprudência desta
Suprema Corte” (HC 159.603 AgR, ministra Rosa Weber - grifei), valendo destacar, em casos fronteiriços, os seguintes acórdãos:
AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. CRIME DE CORRUPÇÃO PASSIVA. WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL.
DOSIMETRIA. INCIDÊNCIA DE CAUSA DE AUMENTO. FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM. VALIDADE. INEXISTÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE OU
TERATOLOGIA.
1. Inadmissível o emprego do habeas corpus como sucedâneo de recurso ou revisão criminal. Precedentes.
2. Da leitura dos fundamentos do acórdão objurgado, constato explicitados os motivos de decidir, circunstância que afasta o vício da nulidade por negativa
de prestação jurisdicional arguido (art. 93, IX, da Lei Maior). A disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do
texto republicano.
3. O Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência consolidada quanto à regularidade da fundamentação per relationem como técnica de
motivação das decisões judiciais. Precedentes.
4. Agravo regimental conhecido e não provido.
(HC 211.740 AgR, ministra Rosa Weber - grifei)
II O Supremo Tribunal Federal admite como motivação per relationem ou por remissão a simples referência aos fundamentos de fato ou de direito constantes
de manifestação ou ato decisório anteriores. Precedentes.
(ARE 1.260.103 AgR-ED-segundos, ministro Ricardo Lewandowski)
1.A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) é no sentido de que não viola a Constituição Federal o uso da técnica da motivação per relationem
(ARE 757.522 AgR, Rel. Min. Celso de Mello). Precedentes.
(ARE 1.339.222 AgR, ministro Roberto Barroso)
3. Em face do exposto, não conheço do presente habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES

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Relator

HABEAS CORPUS 220.152 (213)


ORIGEM : 220152 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : CLAUDINE OLIVEIRA CARVALHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Claudine Oliveira Carvalho impetrou habeas corpus contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está assim ementado:
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. TRÁFICO DE DROGAS E DIREÇÃO DE VEÍCULO SEM HABILITAÇÃO. ART. 33,
CAPUT, DA LEI N. 11.343/2006, C/C O ART. 309 DA LEI N. 9.503/1997, NA FORMA DO ART. 69 DO CP. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE
LAUDOS PERICIAIS VÁLIDOS. QUEBRA DA CADEIA DE CUSTÓDIA. INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADE. ALEGAÇÃO DESPROVIDA DE SUSTENTAÇÃO
PROBATÓRIA. VALIDADE DOS ATOS PRATICADOS. CONDENAÇÃO COM BASE EM OUTRAS PROVAS. APLICAÇÃO DA SÚMULA 7/STJ. DOSIMETRIA DA
PENA. PRETENSÃO DE COMPENSAÇÃO INTEGRAL ENTRE A ATENUANTE DA CONFISSÃO E A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. DESCABIMENTO. RÉU
MULTIRREINCIDENTE.
1. Na hipótese dos autos, o Tribunal de origem expressamente afirmou não ter vislumbrado nenhuma evidência concreta de mácula às provas dos autos,
inexistindo qualquer sustentação probatória na alegação da defesa; ressaltou a validade dos atos praticados, tendo-se evidenciado apenas um mero erro material, o
qual não se revelou apto a tornar nula a prova produzida, tendo ainda destacado que a defesa, no momento oportuno, sequer impugnou a perícia realizada, sendo
certo haver nos autos outras provas da prática delitiva. Dessa maneira, não há como acolher o pleito defensivo, nos moldes postulados, sem o necessário
revolvimento fático-probatório, vedado nos termos da Súmula n. 7/STJ.
2. A reincidência, ainda que específica, deve ser compensada integralmente com a atenuante da confissão, demonstrando, assim, que não deve ser ofertado
maior desvalor à conduta do réu que ostente outra condenação pelo mesmo delito. Apenas nos casos de multirreincidência deve ser reconhecida a preponderância
da agravante prevista no art. 61, I, do Código Penal, sendo admissível a sua compensação proporcional com a atenuante da confissão espontânea, em estrito
atendimento aos princípios da individualização da pena e da proporcionalidade. Precedentes.
3. No caso em exame, não se mostra possível proceder à compensação integral entre a reincidência e a confissão espontânea, tendo em vista que o
recorrente possui múltiplas condenações definitivas, o que, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior de Justiça, permite a preponderância da circunstância
agravante.
4. Recurso especial desprovido. Acolhida a readequação da Tese n. 585/STJ, nos seguintes termos: “É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a
compensação integral da atenuante da confissão espontânea com a agravante da reincidência, seja ela específica ou não. Todavia, nos casos de multirreincidência,
deve ser reconhecida a preponderância da agravante prevista no art. 61, I, do Código Penal, sendo admissível a sua compensação proporcional com a atenuante da
confissão espontânea, em estrito atendimento aos princípios da individualização da pena e da proporcionalidade”.
(REsp 1931145, ministro Sebastião Reis Júnior)
Em suas razões, a parte impetrante sustenta que “a condenação utilizada na segunda fase deve ser compensada integralmente com a atenuante de
confissão, sob pena de bis in idem”. Pretende, desse modo, a redução da pena definitiva do paciente.
O Ministério Público Federal emitiu parecer onde opina pela denegação da ordem de habeas corpus, em parecer assim ementado:
Processo penal. Habeas corpus. Pleito de redução de pena. Crime de tráfico de drogas.
1. Tendo em vista que o paciente possui múltiplas condenações definitivas (4) e que apenas uma delas foi utilizada para configurar os maus antecedentes,
tem-se que as demais condenações (3) preponderam sobre a atenuante da confissão espontânea em estrito atendimento aos princípios da individualização da pena
e da proporcionalidade, sem que isso caracterize bis in idem.
2. Pela denegação da ordem.
É o relatório. Decido.
2. Sendo esse o contexto, entendo não assistir razão a parte impetrante.
Com efeito, quanto ao pleito de reconhecimento de bis in idem na dosimetria da pena, cabe referir que este Supremo Tribunal Federal consagrou sua
jurisprudência no sentido de que a dosimetria da pena possui certo grau de discricionariedade judicial, vinculada às particularidades fáticas do caso concreto,
cabendo aos Tribunais Superiores tão somente o controle de legalidade e constitucionalidade dos critérios e da motivação utilizados na fixação da pena (HC 178.716
AgR/MG, ministro Edson Fachin; HC 187.002 AgR/SP, ministro Roberto Barroso; HC 193.243 AgR/SP, ministra Rosa Weber).
Destaco, nesse sentido, que o magistrado sentenciante utilizou uma das condenações para caracterizar os maus antecedentes na primeira fase da
dosimetria, outra para compensar com a atenuante da confissão espontânea e as demais (duas) para elevar a pena na segunda fase da aplicação da pena
(agravante da reincidência). Destaco, no ponto, trecho da sentença condenatória imposta (com meus grifos):
Para o delito previsto no artigo 33, caput, da Lei n.° 11.343/06: Na primeira fase, nos termos do artigo 59 do Código Penal e artigo 42 da Lei n.°
11.343/06, verifico que o réu é portador de maus antecedentes (fls. 107/110), razão pela qual elevo a pena em 1/6. Ainda nesta fase, entendo que a grande
quantidade e variedade de entorpecentes apreendidos levam grande risco concreto ao bem jurídico protegido, razão pela qual elevo a pena em mais 1/6, totalizando
o aumento de 1/3 nesta fase. Assim sendo, fixo a pena-base em 06 (seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão, além de 666 (seiscentos e sessenta e seis) dias-multa.
Na segunda fase, presente a agravante da multirreincidência, bem como a atenuante da confissão. Assim, compenso uma reincidência com a confissão e
utilizo as demais para elevar a pena em 1/5. Destarte, agravo a pena em 1/5, perfazendo 08 (oito) anos de reclusão, além de 799 dias-multa. Na terceira fase, não
há causas de aumento ou diminuição de pena. Tendo em vista tratar - se de réu portador de maus antecedentes e multirreincidente, compreendo que não estão
preenchidos os requisitos do § 4.° do artigo 33 da Lei n° 11.343/06. Sendo assim, torno definitiva a pena de 08 (oito) anos de reclusão, além de 799 dias-multa. Para
o crime previsto no artigo 309 da Lei n.° 9.503/97: Na primeira fase, nos termos do artigo 59 do Código Penal, verifico que o réu é portador de maus
antecedentes, razão pela qual elevo a pena em 1/6. Assim sendo, fixo a pena-base em 07 (sete) meses de detenção. Na segunda fase, presente a atenuante da
confissão, bem como a agravante da multirreincidência. Assim, compenso uma reincidência com a confissão e utilizo as demais para elevar a pena em
1/5, perfazendo 08 (oito) meses e 12 dias de detenção. Na terceira fase inexistem causas de aumento ou de diminuição da pena. Assim sendo, fixo a pena final para
este delito em 08 (oito) meses e 12 dias de detenção.
Este também foi o entendimento manifestado pelo Ministério Público Federal no parecer emitido, valendo ressaltar, para fins de complementação o seguinte
trecho (com meus grifos):
(…) tendo em vista que o paciente possui múltiplas condenações definitivas (4) e que apenas uma delas foi utilizada para configurar os maus
antecedentes, tem-se que as demais condenações (3) preponderam sobre a atenuante da confissão espontânea em estrito atendimento aos princípios da
individualização da pena e da proporcionalidade, sem que isso caracterize bis in idem.
Desse modo, não observo ilegalidade passível de correção na presente via.
3. Em face do exposto, indefiro o presente pedido de habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.173 (214)


ORIGEM : 220173 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : KELLY CRISTINA DA SILVA
IMPTE.(S) : THAINA BEATRIZ SANTOS DE SOUZA (408801/SP) E OUTRO(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 50

COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 769.117 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Kelly Cristina da Silva impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática de ministro do Superior Tribunal de
Justiça.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
Destaque-se, que esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão
monocrática de Ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC
158.755 AgR, ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de
Moraes.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.274 (215)


ORIGEM : 220274 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : WALDEMAR MONTEIRO DE OLIVEIRA FILHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Waldemar Monteiro de Oliveira Filho impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça
que está assim ementado:
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL. APLICAÇÃO RETROATIVA DO ART.
28-A DO CPP. IMPOSSIBILIDADE. DENÚNCIA JÁ RECEBIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. A jurisprudência dominante nesta Corte Superior e no Supremo Tribunal Federal - STF é no sentido de que a Lei n. 13.964/2019, no que tange ao Acordo
de Não Persecução Penal, somente retroage aos processos cuja denuncia ainda não havia sido recebida quando de sua entrada em vigor (ut, AgRg no HC n.
688.022/MS, Relator Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, Quinta Turma, DJe 26/11/2021).
2. Recurso não provido.
(REsp 2.007.210 AgRg, ministro Reynaldo Soares da Fonseca)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, liminarmente, suspender a execução da pena até o julgamento do mérito deste writ, em virtude da recusa da
aplicação retroativa do art. 28-A do Código de Processo Penal, introduzido pela Lei nº 13.964/2019.
2. Abstendo-me de qualquer pronunciamento acerca do mérito do pedido, a mim me parecem ausentes os requisitos necessários à concessão da medida
liminar pleiteada.
Em casos fronteiriços, Ministros desta Suprema Corte têm indeferido medidas liminares requeridas em habeas corpus com fundamento na carência de
demonstração de probabilidade do direito invocado e de perigo da demora. Ilustram essa orientação as seguintes decisões: HC 190.587 MC, ministro Celso de
Mello; HC 190.943 MC, ministro Edson Fachin; HC 191.847 MC, ministra Cármen Lúcia.
3. Ante o quadro, indefiro o pedido de medida liminar.
4. Dê-se vista ao Ministério Público Federal.
5. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.471 (216)


ORIGEM : 220471 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : TIAGO CAMARGO DE LIMA
IMPTE.(S) : CESAR EUGENIO DA SILVA (466027/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Tiago Camargo de Lima impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está
assim ementado:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. ASSOCIAÇÃO PARA O
TRÁFICO. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA CONDENATÓRIA. ALEGAÇÕES SUPERADAS. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DESSE
FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 182/STJ. PRISÃO PREVENTIVA. DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA. GRAVIDADE CONCRETA. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA. CONDIÇÕES FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA IN CASU. MEDIDAS
CAUTELARES DIVERSAS. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. O agravante deixou de impugnar o fundamento da decisão agravada de que estariam superadas, pela superveniência de sentença condenatória, "as
nulidades processuais aqui arguidas, assim como a alegada ausência de materialidade delitiva quanto ao tráfico de entorpecentes e de comprovação da estabilidade
e permanência em relação ao crime de associação para o mesmo fim, [as quais] foram lá analisadas pela Juíza de primeiro grau, tanto em preliminar quanto no
mérito, o que torna superada a análise dos temas por esta Corte Superior, nesta via estreita do habeas corpus, haja vista haver novo título executivo proferido pela
magistrada de origem em juízo amplo de conhecimento dos fatos apurados na mencionada ação penal", atraindo, em tal ponto, a aplicação do óbice previsto na
Súmula n. 182 desta Corte. Precedentes.
2. A validade da segregação cautelar está condicionada à observância, em decisão devidamente fundamentada, aos requisitos insertos no art. 312 do
Código de Processo Penal, revelando-se indispensável a demonstração de em que consiste o periculum libertatis.
3. Segundo o disposto no art. 387, § 1º, do Código de Processo Penal, "o juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a
imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta".
4. "É válida a utilização da técnica da fundamentação per relationem, em que o magistrado se utiliza de trechos de decisão anterior ou de parecer ministerial
como razão de decidir, desde que a matéria haja sido abordada pelo órgão julgador, com a menção a argumentos próprios, como na espécie, uma vez que a
instância antecedente, além de fazer remissão a razões elencadas pelo Juízo natural da causa, indicou os motivos pelos quais considerava necessária a manutenção
da prisão preventiva do réu e a insuficiência de sua substituição por medidas cautelares diversas" (RHC n. 94.488/PA, relator Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ,
SEXTA TURMA, julgado em 19/4/2018, DJe 2/5/2018).
5. No caso, a manutenção da prisão preventiva está justificada, pois a sentença condenatória que a manteve fez menção às circunstâncias dos delitos
praticados, quais sejam, a apreensão de quantidade significativa de drogas – aproximadamente 935g (novecentos e trinta e cinco gramas) de cocaína – e mais de R$
30.000,00 (trinta mil reais) em espécie. Assim, demonstrada a necessidade da prisão provisória como forma de assegurar a aplicação da lei penal.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 51

6. Condições subjetivas favoráveis do agravante, por si sós, não impedem a prisão cautelar, caso se verifiquem presentes os requisitos legais para a
decretação da segregação provisória (precedentes).
7. Mostra-se indevida a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, quando a segregação encontra-se fundada na gravidade efetiva do delito,
indicando que as providências menos gravosas seriam insuficientes para acautelar a ordem pública e evitar a prática de novos crimes.
8. Agravo regimental do qual se conhece em parte e ao qual se nega provimento.
(HC 165.846 AgRg, ministro Antonio Saldanha Palheiro)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, “seja concedida a liberdade provisória do ora paciente até o julgamento do mérito do presente
“writ””.
2. Abstendo-me de qualquer pronunciamento acerca do mérito do pedido, a mim me parecem ausentes os requisitos necessários à concessão da medida
liminar pleiteada.
Em casos fronteiriços, Ministros desta Suprema Corte têm indeferido medidas liminares requeridas em habeas corpus com fundamento na carência de
demonstração de probabilidade do direito invocado e de perigo da demora. Ilustram essa orientação as seguintes decisões: HC 190.587 MC, ministro Celso de
Mello; HC 190.943 MC, ministro Edson Fachin; HC 191.847 MC, ministra Cármen Lúcia.
3. Ante o quadro, indefiro o pedido de medida liminar.
4. Dê-se vista ao Ministério Público Federal.
5. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.475 (217)


ORIGEM : 220475 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : JOSE REINALDO FLOR
IMPTE.(S) : ANTÔNIO DE NEZ MARTINS (25168-A/MS, 31788-A/PA, 56478/SC)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Jose Reinaldo Flor impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado:
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. LICITUDE DA PROVA. ALEGADA VIOLAÇÃO DE
DOMICÍLIO. INOCORRÊNCIA. FUNDADAS RAZÕES. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Na esteira do decidido em repercussão geral pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n. 603.616, para a adoção da medida de
busca e apreensão domiciliar sem mandado judicial, faz-se necessária a caracterização de justa causa, consubstanciada em fundadas razões as quais indiquem a
situação de flagrante delito no imóvel.
2. No caso, o Tribunal de origem reconheceu a busca domiciliar como válida, porque precedida de justa causa, constando dos autos que os policiais estavam
em patrulhamento quando avistaram dois indivíduos em atitude semelhante à venda de drogas, que, ao perceberem a presença da guarnição, se evadiram, um
deles, o corréu, para dentro do imóvel, tendo sido perseguido e abordado pelos policias na cozinha. Em seu bolso foi localizada uma porção de maconha. O
agravante, pai do corréu e proprietário do imóvel, estava no referido cômodo, tendo os militares verificado que possuía um mandado de prisão em aberto pela prática
de outros crimes. Ao prosseguirem com as buscas, logrou-se em apreender na residência 817 gramas de cocaína, 221 gramas de maconha, R$ 1.556,70 em espécie
e 4 celulares.
3. Observa-se, portanto, que tais circunstâncias não deixam dúvida quanto a presença de fundadas razões de que naquela localidade estaria ocorrendo o
delito de tráfico, o que autoriza o ingresso forçado dos policiais na residência do réu.
4. Agravo regimental não provido.
(HC 747.376 AgRg, ministro Ribeiro Dantas)
Pretende, em síntese, seja reconhecida a “nulidade da prova decorrente do INGRESSO IRREGULAR DO DOMICÍLIO”.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Tal o contexto, entendo não assistir razão à parte impetrante.
Destaco, inicialmente, o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, no ponto em que rebate a alegada violação de domicílio (grifei):
No caso, observa-se que os policiais estavam em patrulhamento quando avistaram dois indivíduos em atitude semelhante à venda de drogas. Ao
perceberem a presença da guarnição, ambos se evadiram, um deles, o corréu Jose Reinaldo Flor Junior, para dentro do imóvel, tendo sido perseguido e
abordado pelos policias na cozinha. Em seu bolso foi localizada uma porção de maconha. O paciente, pai do corréu e proprietário do imóvel, estava no
referido cômodo, tendo os militares verificado que possuía um mandado de prisão em aberto pela prática de outros crimes. Ao prosseguirem com as
buscas, logrou-se em apreender na residência 817 gramas de cocaína, 221 gramas de maconha, R$ 1.556,70 em espécie e 4 celulares.
Tais circunstâncias não deixam dúvida quanto a presença de fundadas razões de que naquela localidade estaria ocorrendo o delito de tráfico, o
que autoriza o ingresso forçado dos policiais na residência do paciente. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:
O Plenário do Supremo, em sede de repercussão geral (RE 603.616, ministro Gilmar Mendes – Tema n. 280), concluiu que nos crimes de natureza
permanente – tráfico ilícito de entorpecentes, no caso –, cuja situação de flagrância se protrai no tempo, é dispensável a apresentação de mandado judicial para o
ingresso forçado na residência do acusado, desde que amparado em fundadas razões justificadas a posteriori. Confira-se:
Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca e apreensão domiciliar
sem mandado judicial em caso de crime permanente. Possibilidade. A Constituição dispensa o mandado judicial para ingresso forçado em residência em
caso de flagrante delito. No crime permanente, a situação de flagrância se protrai no tempo. 3. Período noturno. A cláusula que limita o ingresso ao período do
dia é aplicável apenas aos casos em que a busca é determinada por ordem judicial. Nos demais casos – flagrante delito, desastre ou para prestar socorro – a
Constituição não faz exigência quanto ao período do dia. 4. Controle judicial ‘a posteriori’. Necessidade de preservação da inviolabilidade domiciliar. Interpretação da
Constituição. Proteção contra ingerências arbitrárias no domicílio. Muito embora o flagrante delito legitime o ingresso forçado em casa sem determinação judicial, a
medida deve ser controlada judicialmente. A inexistência de controle judicial, ainda que posterior à execução da medida, esvaziaria o núcleo fundamental da garantia
contra a inviolabilidade da casa (art. 5, XI, da CF) e deixaria de proteger contra ingerências arbitrárias no domicílio (Pacto de São José da Costa Rica, artigo 11, 2, e
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, artigo 17, 1). O controle judicial ‘a posteriori’ decorre tanto da interpretação da Constituição, quanto da aplicação
da proteção consagrada em tratados internacionais sobre direitos humanos incorporados ao ordenamento jurídico. Normas internacionais de caráter judicial que se
incorporam à cláusula do devido processo legal. 5. Justa causa. A entrada forçada em domicílio, sem uma justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária. Não será
a constatação de situação de flagrância, posterior ao ingresso, que justificará a medida. Os agentes estatais devem demonstrar que havia elementos mínimos a
caracterizar fundadas razões (justa causa) para a medida. 6. Fixada a interpretação de que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita,
mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas ‘a posteriori’, que indiquem que dentro da casa, ocorre
situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto.
Existência de fundadas razões para suspeitar de flagrante de tráfico de drogas. Negativa de provimento ao recurso. (grifei)
Não vislumbro, desse modo, a ocorrência de ilegalidade na apreensão das drogas realizada no domicílio do ora paciente, eis que fundamentada na
presença do requisito da justa causa, bem como tratar-se de crime permanente.
Nesse viés, o acórdão recorrido ajusta-se ao entendimento firmado por essa Suprema Corte no julgamento proferido em sede de repercussão geral
anteriormente referido. Nesse mesmo sentido:
Agravo regimental em habeas corpus. 2. Direito Processual Penal. 3. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006). 4. Flagrante delito. Inviolabilidade de
domicílio não configurada. Crime permanente. Repercussão geral reconhecida. Por ocasião do exame do RE nº 603.616/RO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, o
Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que, nos casos de flagrante em crimes permanentes, há a possibilidade de busca e apreensão
domiciliar sem o mandado judicial. 5. Inexistência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental desprovido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 52

(HC 180.288 AgR, ministro Gilmar Mendes - grifei)


AGRAVO REGIMENTAL EM ‘HABEAS CORPUS’. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO. ARTIGO 5°, XI, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FLAGRANTE DELITO. TEMA 280. RE 603.616- -AgR/RO. POSSIBILIDADE. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI
11.343/2006. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
[...]
II – Nos termos da Constituição Federal, a inviolabilidade de domicílio não é um direito absoluto, comportando exceção em caso de, por exemplo, flagrante
delito.
III – Ao julgar o RE 603.616-AgR/RO, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, esta Suprema Corte decidiu, sob o regime de repercussão geral, que
a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem
que dentro da casa há situação de flagrante delito. É o que enuncia o Tema 280.
[...]
VI – Agravo regimental a que se nega provimento.
(HC 168.038 AgRg, ministro Ricardo Lewandowski – grifei)
3. Em face do exposto, indefiro o pedido de habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.477 (218)


ORIGEM : 220477 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : JULIO LUCA ZANESCO
IMPTE.(S) : THIERS RIBEIRO DA CRUZ (384031/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 759.683 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Julio Luca Zanesco impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática de ministro do Superior Tribunal de
Justiça.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática
de Ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755
AgR, ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes;
HC 184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes; RHC 114.737, ministra Cármen Lúcia.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.482 (219)


ORIGEM : 220482 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : DANIELA BARROZO BELL
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Daniela Barrozo Bell impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está assim
ementado:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL PENAL. CORREIÇÃO PARCIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 28-A DO CPP. PLEITO DE
ABERTURA DE VISTA DOS AUTOS AO PARQUET PARA POSSIBILIDADE DE OFERECIMENTO RETROATIVO DE PROPOSTA DE ACORDO DE NÃO
PERSECUÇÃO PENAL (ANPP). DENÚNCIA QUE JÁ HAVIA SIDO RECEBIDA. IMPOSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DE AMBAS AS TURMAS DA TERCEIRA
SEÇÃO.
1. Nos termos da decisão ora agravada, no julgamento do AgRg no HC n. 628.647/SC (Relatora p/ acórdão Ministra Laurita Vaz), encerrado em 9/3/2021, a
Sexta Turma desta Corte modificou a orientação estabelecida em precedente anterior acerca da possibilidade de aplicação retroativa do art. 28-A do Código de
Processo Penal, aderindo ao mesmo entendimento da Quinta Turma, no sentido de que o acordo de não persecução penal (ANPP) aplica-se a fatos ocorridos antes
da Lei n. 13.964/2019, desde que não recebida a denúncia (AgRg no AREsp n. 1.787.498/SC, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, DJe 1º/3/2021 –
grifo nosso).
2. A respeito da aplicação do acordo de não persecução penal (ANPP), entende esta Corte que a retroatividade do art. 28-A do CPP, introduzido pela Lei nº
13.964/2019, revela-se incompatível com o propósito do instituto quando já recebida a denúncia e encerrada a prestação jurisdicional nas instâncias ordinárias, como
ocorreu no presente feito (AgRg no AREsp n. 1.983.450/DF, Ministro Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, DJe de
24/6/2022).
3. O acordo de não persecução penal não constitui direito subjetivo do investigado, podendo ser proposto pelo Ministério Público conforme as peculiaridades
do caso concreto e quando considerado necessário e suficiente para a reprovação e a prevenção da infração penal. [...] A jurisprudência deste Tribunal Superior
consolidou-se no sentido de que o acordo de não persecução penal é cabível durante a fase inquisitiva da persecução penal, sendo limitada até o recebimento da
denúncia, o que inviabiliza a retroação pretendida pela defesa, porquanto a denúncia foi oferecida em 28/8/2019 e recebida em 11/9/2019 , antes da vigência da Lei
n. 13.964/2019 (AgRg no REsp n. 2.002.178/SP, Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, DJe de 24/6/2022).
4. Agravo regimental desprovido.
(REsp 1.928.101 AgRg, ministro Sebastião Reis Júnior)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, liminarmente, “suspender o andamento processual até julgamento do mérito“, em virtude da recusa em
aplicação retroativa do art. 28-A do CPP, introduzido pela Lei nº 13.964/2019.
2. Abstendo-me de qualquer pronunciamento acerca do mérito do pedido, a mim me parecem ausentes os requisitos necessários à concessão da medida
liminar pleiteada.
Em casos fronteiriços, Ministros desta Suprema Corte têm indeferido medidas liminares requeridas em habeas corpus com fundamento na carência de
demonstração de probabilidade do direito invocado e de perigo da demora. Ilustram essa orientação as seguintes decisões: HC 190.587 MC, ministro Celso de
Mello; HC 190.943 MC, ministro Edson Fachin; HC 191.847 MC, ministra Cármen Lúcia.
3. Ante o quadro, indefiro o pedido de medida liminar.
4. Dê-se vista ao Ministério Público Federal.

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5. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.486 (220)


ORIGEM : 220486 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : BRUNO HENRIQUE DA SILVA
IMPTE.(S) : RAVELLY ALVES MENEZES (51921/GO)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 771.634 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Bruno Henrique da Silva impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática que, proferida por ministro do
Superior Tribunal de Justiça, indeferiu pleito cautelar requerido em favor do paciente.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus, nos termos da conhecida dicção do enunciado 691 da Súmula do Supremo Tribunal
Federal:
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal
superior, indefere a liminar.
Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática de
Ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 154.958 AgR,
ministro Gilmar Mendes; HC 160.358 AgR, ministro Dias Toffoli; HC 186.240 AgR, ministra Rosa Weber; HC 187.298 AgR, ministra Cármen Lúcia; HC 190.780 AgR,
ministro Edson Fachin.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
Registro, ademais, que o ilustre ministro Relator do habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça, já solicitou, ao juízo de origem, informações
atualizadas sobre o estado de saúde do paciente para que melhor possa avaliar e decidir sobre o pedido de prisão domiciliar ora formulado.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.487 (221)


ORIGEM : 220487 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : VAGNER ADRIANO DOS SANTOS
IMPTE.(S) : PEDRO HENRIQUE PINTO SARAIVA (111247/MG)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 668.441 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Vagner Adriano dos Santos impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática proferida por ministro do
Superior Tribunal de Justiça.
2.Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
É que Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática
de ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755 AgR,
ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes; HC
184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.511 (222)


ORIGEM : 220511 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : FRANCISCO EDSON PEREIRA LIMA
IMPTE.(S) : EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/CE) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Francisco Edson Pereira Lima impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que
está assim ementado:
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E CRIMES CORRELATOS. PRISÃO PREVENTIVA. PARTICIPAÇÃO EM
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA COMPLEXA E BEM ESTRUTURADA. POSIÇÃO DE DESTAQUE. DECRETO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO.
1. O decreto prisional apresenta fundamentação que se considera idônea, destacando-se que o agravante ostenta posição de destaque na facção criminosa
Comando Vermelho, estando ligado ao cometimento de vários crimes, entre eles tráfico de drogas.
2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que justifica a prisão preventiva o fato de o acusado integrar organização criminosa, em razão da
garantia da ordem pública, quanto mais diante da complexidade dessa organização, evidenciada no número de integrantes e contatos no exterior.
3. Havendo, ainda, a indicação de fundamentos concretos para justificar a custódia cautelar, não se revela cabível a aplicação de medidas cautelares
alternativas à prisão, visto que insuficientes para resguardar a ordem pública.
4. Agravo regimental improvido.
(HC 748.653, ministro Olindo Menezes – desembargador convocado do TRF 1ª Região)
Em suas razões, a parte impetrante requer, em síntese, a revogação da prisão preventiva em razão da ausência de fundamentos aptos a justificá-la.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Tal o contexto, verifico que razão não assiste à parte agravante.
Não se desconhece que a decretação da prisão preventiva é medida excepcional, sendo regra que o réu possa responder ao processo em liberdade (HC
90.753, ministro Celso de Mello).
Assim, para a restrição da liberdade de alguém antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, impõe-se a presença, no momento da

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decretação dessa medida cautelar, dos pressupostos (materialidade, indícios de autoria e perigo gerado com o estado de liberdade) e dos requisitos e/ou
fundamentos previstos nos arts. 312 e 313 do Código de Processo Penal.
Uma vez demonstradas pelo magistrado a real necessidade dessa medida cautelar e a presença dos pressupostos e requisitos que venho de referir, a
decretação da prisão preventiva estará devidamente fundamentada, sem que se possa alegar que essa prisão processual violaria o princípio da presunção de
inocência.
Fixadas tais premissas, observo que, no caso em exame, a decisão que decretou a prisão preventiva, após constatar a existência de seus pressupostos,
deixou evidenciada a periculosidade do paciente, a gravidade concreta da conduta alegadamente por ele praticada e o risco de reiteração delitiva, valendo destacar,
no ponto, o seguinte trecho de referido ato decisório:
In casu, o fumus comissi delicti encontra-se sobejamente demonstrado através das investigações realizadas. A autoridade policial logrou êxito
demonstrando, prima facie, que o representado nesta medida de prisão preventiva ocupava posição de destaque dentro da organização criminosa Comando
Vermelho e atuava no tráfico de entorpecentes.
Da mesma forma, vislumbra-se a presença do periculum in libertatis, eis que os fatos atribuídos a ele se revelam especialmente graves, praticados no
âmbito de organização criminosa complexa, bem estruturada, com divisão de tarefas e atuante no tráfico de drogas e crimes correlatos.
Desse modo, o Poder Judiciário deve agir de forma enérgica, sobretudo, contra aqueles que são tidos como os principais agentes como é o caso que narra
este tópico -, visando desestruturar o aludido grupo, evitando, assim, a prática de novos ilícitos penais, até mesmo porque tudo indica que os representados
retiram do crime uma forma de subsistência, o que demonstra a gravidade concreta de sua conduta perante a sociedade e autoriza a decretação da prisão
preventiva, como forma de garantir a ordem pública.
[...]
Foi identificada a periculosidade do réu, o qual se associou de maneira perene, cometendo diversos crimes , razão pela qual não podemos fechar os
olhos para a conduta delitiva praticada, devendo o Estado, de igual modo, aplicar uma medida deveras vigorosa, capaz de conter o cometimento de novos delitos.
Além disso, a decretação da prisão cautelar se mostra adequada e devidamente justificada, a bem da ordem pública e com vistas a desestruturar a
aludida organização criminosa.
[...]
Vale ressaltar que ainda não foram identificados todos os integrantes da organização criminosa, sendo que os elementos colhidos indicam a participação de
outros agentes, de modo que a presente decretação de prisão preventiva também visa evitar que os denunciados promovam a ocultação e destruição de
provas que permitam alcançar os outros membros da quadrilha.
Ressalte-se, ainda, que o representado responde a diversos processos criminais por crimes graves, sendo que constam, ainda, condenações
transitadas em julgado, de forma a demonstrar que o representado faz do crime um modo de vida. (grifei)
Destaque-se, que este Supremo Tribunal Federal, em precedentes de ambas as Turmas, também tem reconhecido a idoneidade da segregação cautelar
fundada na garantia da ordem pública, quando demonstrado o envolvimento do agente em organização criminosa e a necessidade de se interromper a sua atuação
em face do risco concreto de reiteração delitiva. Confira-se (com meus grifos):
AGRAVO INTERNO EM HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO. INADMISSÍVEL SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PARTICIPAÇÃO EM ASSOCIAÇÃO
CRIMINOSA E RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA. RAZÕES IDÔNEAS PARA A MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. HABEAS CORPUS INDEFERIDO.
[...] 2. Para a negativa do direito de apelar em liberdade, foi considerada a participação do agravante em associação criminosa voltada à prática de furtos
de carga.
3. Não há ilegalidade na prisão preventiva fundada no risco concreto de reiteração delitiva.
4. Agravo interno desprovido.
(HC 206.241 AgR, de minha relatoria)
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO.
ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA DA DECISÃO QUE DECRETOU A PRISÃO PREVENTIVA. IMPROCEDÊNCIA. PARTICIPAÇÃO EM
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E POSSIBILIDADE DE REITERAÇÃO DELITUOSA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. RISCO DE FUGA DO PACIENTE.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL. ORDEM DENEGADA
1. Decreto de prisão preventiva devidamente fundamentado na garantia da ordem pública, considerada a participação do Paciente em organização
criminosa, notadamente o exercício de chefia, e a possibilidade objetiva de reiteração delituosa, que não é desmentida pelos elementos constantes dos autos.
[...] 3. Ordem denegada.
(HC 102.164, ministra Cármen Lúcia)
Acrescente-se, por fim, que a alegação de que a prisão cautelar já teria sido reconhecida como ilegal por decisão anteriormente proferida pelo juízo de
origem, não foi apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Ressalte-se, que esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus quando as razões apresentadas pela
parte impetrante não houverem sido apreciadas pelo Tribunal apontado como coator, por caracterizar-se inadmissível supressão de instância (HC 192.077
AgR/SP, ministra Cármen Lúcia; HC 157.575 AgR/SP, ministro Dias Toffoli; HC 164.611 AgR/ES, ministro Edson Fachin; HC 190.387/RN, ministro Gilmar Mendes; HC
189.201 AgR/SC, ministro Luiz Fux; HC 190.319 AgR/RJ, ministro Ricardo Lewandowski).
3. Em face do exposto, indefiro o presente habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.514 (223)


ORIGEM : 220514 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : DIEGO OTAVIO BAIO
IMPTE.(S) : DALISON RICARDO PAZELLO DOS SANTOS (422103/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Diego Otavio Baio impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está assim
ementado:
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS . TRÁFICO DE DROGAS. NULIDADE. BUSCA E APREENSÃO PESSOAL E
DOMICILIAR. FUNDADAS RAZÕES. EXISTÊNCIA. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO E EXCESSO DE PRAZO. REITERAÇÃO DO PEDIDO
FORMULADO NO HC N. 646.677/SP. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. MANUTENÇÃO DA MONOCRÁTICA QUE SE IMPÕE.
1. Hipótese em que as alegações de falta de fundamentação e excesso de prazo já foram objeto de exame no Habeas Corpus n. 646.677/SP, mostrando-se
como reiteração de pedidos.
2. Inviável o acolhimento da alegação de nulidade da busca e apreensão domiciliar quando evidenciado que a medida foi realizada mediante fundadas
razões de que naquele local ocorria o tráfico, não apenas pelas denúncias recebidas pela autoridade policial, mas pelo fato de os policiais terem flagrado um menor
saindo da residência com a droga, o qual fugiu em uma moto em alta velocidade, abandonou o veículo, mas foi apreendido com o entorpecente, tendo afirmado que
o adquiriu do morador da residência.
3. Agravo regimental improvido.
(HC 761.444 AgRg, ministro Sebastião Reis Júnior)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, a declaração de nulidade das provas obtidas em razão de suposta violação de domicílio.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Tal o contexto, entendo não assistir razão à parte impetrante.

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Destaco, inicialmente, o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, no ponto em que rebate a alegada violação de domicílio (com meus grifos):
Em relação à pretensão de reconhecimento da nulidade, o agravante limitou-se a reiterar os argumentos da impetração, sem refutar os argumento central
que ensejou o indeferimento liminar da inicial, consistente no fato de que existiriam fundadas razões a denotar a necessidade de busca e apreensão domiciliar,
em especial pelo depoimento extrajudicial, que dá conta do seguinte [...]:
Indagada, às perguntas respondeu: que recebeu denuncia de que o morador da casa na rua Dobrada, 506 estava traficando, motivo que se dirigiu ao
local, verificando quando um motoqueiro saiu de dentro da casa e com aproximação da viatura montou em uma moto percorrendo várias ruas em alta velocidade,
até que chocou em uma placa de sinalização na rotatória da Guido Girol x Cesar Gussi.
O motoqueiro abandonou a moto correndo a pé sendo abordado distante, 500 metros do local, sendo identificado o adolescente [...]
Em revista pessoal apreendeu sob a cueca 66 invólucros de maconha em duas buchas.
O adolescente confirmou que havia recebido a droga do morador da rua Dobrada, 506, para vendê-la durante a noite.
[...]
Retornando na rua Dobrada, 506, abordou o morador Diego Otavio Baio no quintal, sendo necessário uso de força física moderada para algemá-lo, visto que
ele ofereceu resistência, sendo que caíram ao chão, motivo que Diego sofreu escoriações no joelho.
Diego admitiu que estava traficando indicando que no quarto do fundo havia maconha ali depositado, onde apreenderam 100 invólucros de
maconha e a quantia de R$4.150,00. Em uma proteção de um cabo de vassoura apreenderam escondidos 33 invólucros de cocaína. Diego não disse a origem da
droga. Diante dos fatos foi dada voz de prisão e apreensão para Diego e o adolescente [...]
Ressalte-se, que o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, após reconhecer a existência de repercussão geral da questão constitucional igualmente
debatida na causa em apreciação, julgou o RE 603.616/RO, ministro Gilmar Mendes, nele proferindo acórdão assim ementado:
Recurso extraordinário representativo da controvérsia. Repercussão geral. 2. Inviolabilidade de domicílio – art. 5º, XI, da CF. Busca e apreensão
domiciliar sem mandado judicial em caso de crime permanente. Possibilidade. A Constituição dispensa o mandado judicial para ingresso forçado em
residência em caso de flagrante delito. No crime permanente, a situação de flagrância se protrai no tempo. [...]. 5. Justa causa. A entrada forçada em
domicílio, sem uma justificativa prévia conforme o direito, é arbitrária. Não será a constatação de situação de flagrância, posterior ao ingresso, que justificará a
medida. Os agentes estatais devem demonstrar que havia elementos mínimos a caracterizar fundadas razões (justa causa) para a medida. 6. Fixada a
interpretação de que a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões,
devidamente justificadas ‘a posteriori’, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar,
civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. 7. Caso concreto. Existência de fundadas razões para suspeitar de flagrante de
tráfico de drogas. Negativa de provimento ao recurso. (grifei)
Não vislumbro, desse modo, a ocorrência de ilegalidade na apreensão das drogas realizada no domicílio do ora paciente, eis que fundamentada na presença
do requisito da justa causa, bem como tratar-se de crime permanente.
Nesse viés, o acórdão ora impugnado ajusta-se ao entendimento firmado por essa Suprema Corte em sede de repercussão geral. Cito, no mesmo sentido,
os seguintes precedentes:
Agravo regimental em habeas corpus. 2. Direito Processual Penal. 3. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006). 4. Flagrante delito. Inviolabilidade de
domicílio não configurada. Crime permanente. Repercussão geral reconhecida. Por ocasião do exame do RE nº 603.616/RO, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que, nos casos de flagrante em crimes permanentes, há a possibilidade de busca e
apreensão domiciliar sem o mandado judicial. 5. Inexistência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental desprovido.
(HC 182.568 AgR, ministro Gilmar Mendes – grifei)
AGRAVO REGIMENTAL EM ‘HABEAS CORPUS’. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO. ARTIGO 5°, XI, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FLAGRANTE DELITO. TEMA 280. RE 603.616- -AgR/RO. POSSIBILIDADE. CAUSA DE DIMINUIÇÃO DO ART. 33, § 4º, DA LEI
11.343/2006. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVA. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADA. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.
[...]
III – Ao julgar o RE 603.616-AgR/RO, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, esta Suprema Corte decidiu, sob o regime de repercussão geral, que a
entrada forçada em domicílio sem mandado judicial é lícita quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem
que dentro da casa há situação de flagrante delito. É o que enuncia o Tema 280.
[...]
VI – Agravo regimental a que se nega provimento.
(HC 168.038 AgR, ministro Ricardo Lewandowski – grifei)
Registro, por fim, que para se acolher a tese defensiva – inexistência de fundadas razões para o ingresso no domicílio do paciente – e divergir das
conclusões do acórdão atacado, seria indispensável o reexame de todo o conjunto fático-probatório produzido pelas instâncias ordinárias, o que é inviável para a via
estreita do habeas corpus, que não admite dilação probatória, nos termos da jurisprudência de ambas as Turmas desta Suprema Corte (HC 101.806 AgR, ministro
Luiz Fux; HC 146.291 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; RHC 119.887, ministro Dias Toffoli).
3. Em face do exposto, indefiro o presente habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.517 (224)


ORIGEM : 220517 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : GABRIELE VEIGA FIDALGO
IMPTE.(S) : CLEBER DIAS MARTINS (302451/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Gabriele Veiga Fidalgo impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim
ementado:
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. DOSIMETRIA DA PENA. NATUREZA E QUANTIDADE DA DROGA
APREENDIDA (94 PORÇÕES DE COCAÍNA, CRACK E MACONHA). UTILIZAÇÃO PARA MODULAR O REDUTOR E FIXAR REGIME INICIAL MAIS RIGOROSO.
POSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AUSÊNCIA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE INDEFERIU LIMINARMENTE A INICIAL QUE SE IMPÕE.
1. Deve ser mantida a decisão monocrática na qual se indefere liminarmente a inicial, substitutiva do recurso adequado e com a pretensão de utilizar o writ
como uma espécie de "apelação", quando não evidenciado constrangimento ilegal à liberdade de locomoção.
2. Hipótese em que o Magistrado singular se utilizou de sua discricionariedade regrada para escolher o percentual da minorante, até porque este Superior
Tribunal admite que apesar de a natureza e quantidade da droga aprendida, por si sós, não serem suficientes para afastar o redutor, podem ser utilizadas para
modulá-lo. Precedente.
3. Também se tem decidido que o Juiz pode fixar regime inicial mais gravoso do que aquele relacionado unicamente com o quantum da pena ao considerar a
natureza ou a quantidade da droga ou outros elementos que evidenciem a maior gravidade da prática delitiva, desde que fundamente sua decisão. Precedente.
4. Agravo regimental improvido.
(HC 762.243 AgRg, ministro Sebastião Reis Júnior)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, revisar a fração aplicada na diminuição da pena relativa à aplicação do tráfico privilegiado, bem
como a alteração do regime inicial de cumprimento da pena.
É o relatório.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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Federal.
Tal o contexto, entendo não assistir razão à parte impetrante.
Consta dos autos que o apontado ato coator manteve a dosimetria da pena para o crime previsto no art. 33, caput, da Lei 11.343/06, na terceira fase, ao
aplicar o redutor de pena referente ao tráfico privilegiado (Lei 11.343/2006, art. 33, §4º) na fração de um terço, com fundamento na natureza e quantidade dos
entorpecentes em poder da ora paciente (“94 PORÇÕES DE COCAÍNA, CRACK E MACONHA”) e das circunstâncias da apreensão (“valor em espécie”).
Nesse contexto, esta Suprema Corte consagrou sua jurisprudência no sentido de que a dosimetria da pena possui certo grau de discricionariedade, que
não afasta o controle de legalidade e constitucionalidade dos critérios e da motivação utilizados (HC 178.716 AgR, ministro Edson Fachin; HC 187.002 AgR, ministro
Roberto Barroso).
Observo, desse modo, que a revisão da fração aplicada na terceira fase da dosimetria da pena é inviável na via estreita do habeas corpus, que não
admite dilação probatória, nos termos da jurisprudência pacífica desta Excelsa Corte:
1. A dosimetria da pena, bem como os critérios subjetivos considerados pelos órgãos inferiores para a sua realização, não são passíveis de
aferição na via estreita do ‘habeas corpus’, por demandar minucioso exame fático e probatório inerente a meio processual diverso. Precedentes: HC 97058,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 29.03.11; HC 94073, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 24.11.10.
(RHC 118.991, ministro Luiz Fux – grifei)
Ademais, o caso concreto não diverge da jurisprudência de ambas as Turmas desta Suprema Corte: RHC 138.117 AgRg, ministra Rosa Weber; RHC
179.949 AgRg, ministro Alexandre de Moraes; RHC 152.037 AgRg, ministro Dias Toffoli.
Por conseguinte, não vislumbro evidentes teratologias ou arbitrariedades aptas a justificar o afastamento da fundamentação da dosimetria da pena
realizada pelas instâncias ordinárias dentro do seu seu livre convencimento motivado.
De outro lado, também não assiste razão à parte impetrante no que toca ao abrandamento do regime inicial de cumprimento da pena.
Destaco, no ponto, a dicção do Enunciado nº 719 da Súmula do Supremo Tribunal Federal:
“A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada exige motivação idônea.”
Dessa forma, considerada a quantidade da pena aplicada e não sendo a paciente reincidente, é exigível do magistrado sentenciante fundamentação idônea
para fixar regime inicial mais gravoso do que o indicado no art. 33, § 2º, ‘c’, do Código Penal (aberto).
Como bem ressaltado na sentença condenatória, a paciente foi condenada a pena privativa de liberdade inferior a oito anos, tendo sido determinado o
regime inicial fechado em razão da considerável quantidade e natureza da droga apreendida (“94 PORÇÕES DE COCAÍNA, CRACK E MACONHA”), o que configura
fundamento idôneo e suficiente para justificar a fixação do regime fechado.
Destaco, nesse ponto, a jurisprudência desta Suprema Corte no sentido de que a natureza e a quantidade de substância entorpecente apreendida são
fundamentos idôneos para a imposição de regime mais gravoso. Exemplificam esse entendimento os seguintes acórdãos: HC 132.904, ministro Dias Toffoli; HC
136.818, ministro Teori Zavascki; HC 156.674 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 185.448 AgR, ministra Rosa Weber.
3. Em face do exposto, indefiro o pedido de habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.521 (225)


ORIGEM : 220521 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : ALESSANDRO MARTINS DE ALMEIDA
IMPTE.(S) : THIAGO RAMOS FRANCISCHETTI (320758/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DOS HCS Nº 713.866 E 744.390 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Alessandro Martins de Almeida impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática proferida por ministro do
Superior Tribunal de Justiça.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
É que Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática
de ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755 AgR,
ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes; HC
184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.538 (226)


ORIGEM : 220538 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : LUAN DA SILVA PEREIRA
IMPTE.(S) : FABIANO RICARDO DE CARVALHO MANICARDI (194390/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 771.663 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Luan da Silva Pereira impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática proferida por ministro do Superior
Tribunal de Justiça.
2.Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
É que Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática
de ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755 AgR,
ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes; HC
184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.567 (227)


ORIGEM : 220567 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SANTA CATARINA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 57

RELATOR : MIN. NUNES MARQUES


PACTE.(S) : DIOGO ROBERTO NECKEL
PACTE.(S) : BRUNO GONCALVES DA COSTA
IMPTE.(S) : OSVALDO JOSÉ DUNCKE (34143/SC)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA

DECISÃO
1. A defesa de Diogo Roberto Neckel e Bruno Gonçalves da Costa impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior
Tribunal de Justiça que está assim ementado:
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, DOSIMETRIA. PENA-BASE. CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO.
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA COM BASE EM ELEMENTOS QUE EXTRAPOLAM O TIPO PENAL BÁSICO. DESPROPORCIONALIDADE NO AUMENTO DA
REPRIMENDA. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE CRITÉRIO MATEMÁTICO. DISCRICIONARIEDADE VINCULADA. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA QUE
JUSTIFICA O VALOR FRACIONÁRIO UTILIZADO. AGRAVANTES PREVISTAS NO ART. 2º, §§ 2º E 4º, INCISOS I E IV, DA LEI N. 12.850/2003. CIRCUNSTÂNCIAS
DO DELITO. VARIEDADE DE ARMAMENTOS BÉLICOS DE ALTO POTENCIAL LESIVO, COOPTAÇÃO DE ADOLESCENTES PARA COMETIMENTO DE CRIMES -
POR SEREM PENALMENTE INIMPUTÁVEIS - E ALIANÇA COM GRUPOS CRIMINOSOS INDEPENDENTES E HIERARQUICAMENTE ORGANIZADOS.
AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO DESPROVIDO.
1. O Tribunal de origem ratificou os fundamentos adotados pelo Juízo sentenciante, destacando fundamentação concreta e idônea para a valoração negativa
das circunstâncias do crime, ressaltando a altíssima periculosidade da organização criminosa, que é responsável por ordenar ataques a prédios públicos, orquestrar
massacres contra integrantes de facções rivais e estabelecer a qualquer custo domínio de pontos de drogas, circunstâncias que, de fato, extrapolam o tipo penal
básico e justificam a valoração negativa da vetorial.
2. O art. 59 do Código Penal não atribui pesos absolutos a cada uma das circunstâncias judiciais a ponto de ensejar uma operação aritmética dentro das
penas máximas e mínimas cominadas ao delito, não havendo impedimento a que o magistrado fixe a pena-base no máximo legal, ainda que tenha valorado tão
somente uma circunstância judicial, desde que haja fundamentação idônea e bastante para justificar o valor fracionário utilizado, conforme é o caso dos autos, em
que destacada a altíssima periculosidade da organização criminosa, que é responsável por ordenar ataques a prédios públicos, orquestrar massacres contra
integrantes de facções rivais e estabelecer a qualquer custo domínio de pontos de drogas.
3. O aumento da pena pela incidência das causas especiais de aumento previstas no art. 2º, §§ 2º e 4º, incisos I e IV, da Lei n. 12.850/2013, foi devidamente
justificado nas circunstâncias do delito, sobretudo considerando a grande variedade de armamentos bélicos de alto potencial lesivo, a cooptação de adolescentes
para cometimento de delitos – por serem penalmente inimputáveis – e o fato de a facção criminosa manter alianças com outros grupos criminosos independentes,
também hierarquicamente organizados.
4. Agravo regimental desprovido
(HC 687.259 AgRg, ministro Joel Ilan Paciornik)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, “(1) na primeira fase seja reformado e excluído o aumento de pena perpetrado com relação à
valoração negativa das circunstâncias do crime, porquanto embasados em argumentos frágeis e genéricos, conforme exposto em tópico próprio; (2) na terceira fase
sejam excluídas as causas de aumento de pena dispostas nos incisos I e IV, do § 4º, do artigo 2º, e no § 2º, do artigo 2º, ambos da Lei nº 12.850/2013, por ausentes
a materialidade, assim como qualquer outro meio de prova plausível, tendente à comprovação do “emprego de arma de fogo” pela suposta organização criminosa ora
processada (§ 2º); e por ausentes as provas de possível conexão com outra organização criminosa independente (inciso IV, do § 4º); (3) subsidiariamente, seja
fixado o fracionário de 1/6 para o aumento da pena, posto que inexistente fundamentação idônea para o afastamento do mínimo legal!”.
É o relatório.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Inicialmente, cabe referir que esta Suprema Corte consagrou sua jurisprudência no sentido de que a dosimetria da pena possui certo grau de
discricionariedade, que não afasta o controle de legalidade e constitucionalidade dos critérios e da motivação utilizados (HC 178.716 AgR/MG, ministro Edson
Fachin; HC 187.002 AgR, ministro Roberto Barroso).
Pois bem. Destaco o acórdão dito coator, no ponto em que ressalta os fundamentos que justificaram a dosimetria aplicada (grifei):
Sobre a revisão da pena aplicada aos pacientes o ordenamento jurídico não estabelece um critério objetivo ou matemático para a dosimetria da
pena, sendo admissível certa discricionariedade do órgão julgador, desde que baseado em circunstâncias concretas do fato criminoso, de modo que a
motivação do édito condenatório ofereça garantia contra os excessos e eventuais erros na aplicação da resposta penal.
No caso dos autos, o Tribunal de origem, ratificando os fundamentos adotados pelo Juízo sentenciante, destacou a altíssima periculosidade da
organização criminosa, responsável por ordenar ataques a prédios públicos, orquestrar massacres contra integrantes de facções rivais e estabelecer, a
qualquer custo, domínio de pontos de drogas. Pontuou-se que não se está diante de qualquer organização criminosa, asseverando que integrar o PGC
extrapola, e muito, as circunstâncias elementares do tipo penal.
[…]
Com relação à alegada desproporcionalidade em relação ao aumento da pena-base, [...] no silêncio do legislador, a doutrina e a jurisprudência
estabeleceram dois critérios de incremento da pena-base, por cada circunstância judicial valorada negativamente, sendo o primeiro de 1/6 (um sexto) da mínima
estipulada e outro de 1/8 (um oitavo), a incidir sobre o intervalo de apenamento previsto no preceito secundário do tipo penal incriminador, ressalvadas as hipóteses
em que haja fundamentação idônea e bastante que justifique aumento superior às frações acima mencionadas.
Isso porque, considerando que o art. 59 do Código Penal não atribui pesos absolutos a cada uma das circunstâncias judiciais a ponto de ensejar uma
operação aritmética dentro das penas máximas e mínimas cominadas ao delito, não há impedimento a que o magistrado fixe a pena-base no máximo legal, ainda
que tenha valorado tão somente uma circunstância judicial, desde que houve fundamentação idônea e bastante para justificar o valor fracionário utilizado,
devidamente fundamentado pelo Magistrado sentenciante e necessário a repreender a gravidade do delito.
[…]
No que diz respeito às causas especiais de aumento previstas no art. 2º, §§ 2º e 4º, incisos I e IV, da Lei n. 12.850/03 [...] Da análise dos trechos
acima transcritos, constata-se que ao contrário do sustentado pela Defesa, o aumento da pena pela incidência das causas de aumento foi devidamente justificado
nas circunstâncias do delito, sobretudo considerando a grande variedade de armamentos bélicos de alto potencial lesivo, a cooptação de adolescentes
para cometimento de delitos – por serem penalmente inimputáveis – e o fato de a facção criminosa manter alianças com outros grupos criminosos
independentes, também hierarquicamente organizados.
Dessa forma, assim como afirmado pelo ato dito coator, não vislumbro qualquer ilegalidade na realização da dosimetria, tendo em vista que o aumento da
pena-base foi fundamentado nas circunstâncias do crime.
Observo ainda que, para acolher as pretensões das partes impetrantes – inclusive quanto ao pleito de exclusão das “causas de aumento de pena dispostas
nos incisos I e IV, do § 4º, do artigo 2º, e no § 2º, do artigo 2º, ambos da Lei nº 12.850/2013” por ausência de provas e materialidade - seria indispensável o
reexame de todo conjunto fático-probatório que levaram as instâncias inferiores a concluírem pela valoração negativa das circunstâncias do crime e pela
incidência das causas de aumento de pena referidas, fato esse inviável para a via estreita do habeas corpus, que não admite dilação probatória, nos termos da
jurisprudência de ambas as Turmas desta Suprema Corte: HC 175.924 AgR, ministro Gilmar Mendes; HC 182.710 AgR, ministro Alexandre de Moraes; HC 190.845
AgR, ministro Ricardo Lewandowski; RHC 143.055 AgR, ministro Edson Fachin:
1. A dosimetria da pena, bem como os critérios subjetivos considerados pelos órgãos inferiores para a sua realização, não são passíveis de
aferição na via estreita do ‘habeas corpus’, por demandar minucioso exame fático e probatório inerente a meio processual diverso. Precedentes: HC 97058,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 29.03.11; HC 94073, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 24.11.10.
(RHC 118.991, ministro Luiz Fux – grifei)
3. É inadmissível, na via estreita do habeas corpus, a qual não comporta dilação probatória, o reexame, com vistas ao acolhimento da tese defensiva
fixação da pena-base no mínimo legal, do conjunto fático-probatório produzido nas instâncias ordinárias, que as levou a concluir pela valoração negativa das
circunstâncias e consequências do crime.
(HC 204.889 AgR, de minha relatoria)
3. Em face do exposto, não conheço do presente habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.

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Brasília, 4 de outubro de 2022.


Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.568 (228)


ORIGEM : 220568 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : DOUGLAS CRESPO DE CARVALHO EVARISTO
IMPTE.(S) : ALVARO DOS SANTOS FERNANDES (230704/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 664.898 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO
1. Solicitem-se informações ao Ministro Relator do HC 664.898 em trâmite no Superior Tribunal de Justiça, especialmente no que se refere ao alegado
excesso de prazo para o julgamento de referido habeas corpus.
2. Publique-se
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.604 (229)


ORIGEM : 220604 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : DOUGLAS HENRIQUE DE SOUZA AMARO
IMPTE.(S) : JOSE EDUARDO BARREIROS (312634/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Douglas Henrique de Souza Amaro impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, em que aponta como autoridade coatora o “C.
Superior Tribunal de Justiça”.
Sustenta, em síntese, que a autoridade coatora “certificou, prematuramente, o Transito em Julgado do Agravo em Recurso Especial nº 2019525”. Requer,
assim, “seja anulada a certidão de transito e julgado e determinado o retorno dos autos ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento do Recurso Interno interposto
tempestivamente”.
É o relatório. Decido
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Inicialmente, cabe ressaltar que a jurisprudência desta Suprema Corte entende que discussões referentes a pressupostos de recursos interpostos no
Superior Tribunal de Justiça não podem ser objeto de exame neste Supremo Tribunal pela via do habeas corpus (HC 181.705, ministra Cármen Lúcia; HC
106.468/RJ, ministro Celso de Mello).
Ademais, o Supremo Tribunal Federal possui orientação de que não se revela admissível a utilização da ação de habeas corpus quando se pretende
alegar irregularidade em determinação de certificação de trânsito em julgado de recurso interposto no Superior Tribunal de Justiça:
Agravo regimental em habeas corpus. 2. Alegação de errônea certificação de trânsito em julgado. 3. Pretende-se discutir pressupostos de
admissibilidade de recurso extraordinário interposto no Superior Tribunal de Justiça por meio de habeas corpus. Inadmissibilidade. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento.
(HC 150.819 AgR, ministro Gilmar Mendes)
3. Em face do exposto, não conheço do presente habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.622 (230)


ORIGEM : 220622 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : MULLER DE LIMA DOMINGUES
IMPTE.(S) : DOUGLAS EDUARDO CAMPOS MARQUES (286102/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 681.308 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CRAVINHOS

DECISÃO
1. A defesa de Muller de Lima Domingues impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, em que se aponta como autoridades coatoras a “1ª Vara
Criminal da Comarca de Cravinhos – SP e a 15ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo – SP e a Quinta Turma do Superior Tribunal de
Justiça ”.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus, eis que não se insere no âmbito da competência originária do Supremo Tribunal Federal
prevista no art. 102, I, “d” e “i”, da Constituição da República julgar habeas corpus impetrado contra ato emanado de juiz de primeira instância ou Tribunal de Justiça
estadual (HC 165.369 AgR, ministro Celso de Mello; HC 180.399 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 102.575, ministra Cármen Lúcia; HC 154.828 AgR, ministro
Luiz Fux).
Ademais, ainda que se considere como ato coator a decisão monocrática proferida por Ministro do Superior Tribunal de Justiça (HC 681.308), permaneceria
inadmissível o presente habeas corpus.
Isso porque esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão
monocrática de Ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos:
HC 158.755 AgR, ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de
Moraes; HC 184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes; RHC 114.737, ministra Cármen Lúcia.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.643 (231)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 59

ORIGEM : 220643 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : ANA CAROLINA DE FREITAS NECKEL
IMPTE.(S) : ROSIMEIRE DA SILVA MEIRA (26835/SC) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 774.493 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Ana Carolina de Freitas Neckel impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática que, proferida por
ministro do Superior Tribunal de Justiça, indeferiu pleito cautelar requerido em favor da paciente.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus, nos termos da conhecida dicção do enunciado 691 da Súmula do Supremo Tribunal
Federal:
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal
superior, indefere a liminar.
Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática de
ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 154.958 AgR,
ministro Gilmar Mendes; HC 160.358 AgR, ministro Dias Toffoli; HC 186.240 AgR, ministra Rosa Weber; HC 187.298 AgR, ministra Cármen Lúcia; HC 190.780 AgR,
ministro Edson Fachin.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.650 (232)


ORIGEM : 220650 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : WANDERLENE DUARTE MARTINS
IMPTE.(S) : RAMON RIBEIRO DE MACEDO (54746/GO, 126084/MG) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Wanderlene Duarte Martins impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está
assim ementado:
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO, FALSIDADE IDEOLÓGICA E USO DE
DOCUMENTO FALSO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. INOCORRÊNCIA DE EXAURIMENTO DA POTENCIALIDADE LESIVA DO DOCUMENTO FALSO.
NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIABILIDADE.
1. Conforme dispõe a Súmula 17 desta Corte Superior, "Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido".
2. Tendo a Corte local, mediante valoração do acervo fático-probatório, concluído que os delitos de falsificação de documento público, falsidade ideológica e
uso de documento falso não comportam absorção pelo delito de estelionato, a inversão do julgado demandaria reexame das provas, o que é inviável em sede de
habeas corpus.
3. Agravo regimental improvido.
(HC 739.011AgRg, ministro Olindo Menezes – desembargador convocado do TRF 1ª Região)
Em suas razões, a parte impetrante pretende, em síntese, a aplicação do princípio da consunção. Sustenta, para tanto, que tal como decidiu o magistrado de
primeiro grau, “a falsificação do documento público constituiu o meio para a consecução do delito de estelionato (art. 171 do CP)”.
2. Abstendo-me de qualquer pronunciamento acerca do mérito do pedido, a mim me parecem ausentes os requisitos necessários à concessão da medida
liminar pleiteada.
Em casos fronteiriços, Ministros desta Suprema Corte têm indeferido medidas liminares requeridas em habeas corpus com fundamento na carência de
demonstração de probabilidade do direito invocado e de perigo da demora. Ilustram essa orientação as seguintes decisões: HC 190.587 MC, ministro Celso de
Mello; HC 190.943 MC, ministro Edson Fachin; HC 191.847 MC, ministra Cármen Lúcia.
3. Ante o quadro, indefiro o pedido de medida liminar.
4. Dê-se vista ao Ministério Público Federal.
5. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.669 (233)


ORIGEM : 220669 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : MARCOS RODRIGUES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
COATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Marcos Rodrigues da Silva impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática de Ministro do Superior
Tribunal de Justiça.
2. Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática de
Ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755 AgR,
ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes; HC
184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes; RHC 114.737, ministra Cármen Lúcia.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.755 (234)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 60

ORIGEM : 220755 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
PACTE.(S) : GIOVANE LIMA DE OLIVEIRA
IMPTE.(S) : RENATO DE CAMPOS MARTINI PAULA (288414/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 733.345 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
1. A defesa de Giovane Lima de Oliveira impetrou habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra decisão monocrática proferida por ministra do
Superior Tribunal de Justiça.
2.Tal o contexto, reputo inadmissível o presente habeas corpus.
É que Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido de não se conhecer de habeas corpus, quando impetrado contra decisão monocrática
de ministro de Tribunal Superior, em razão de caracterizar-se inadmissível supressão de instância. Ilustram essa orientação os seguintes acórdãos: HC 158.755 AgR,
ministro Dias Toffoli; HC 162.214 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; HC 176.297 AgR, ministro Edson Fachin; HC 181.999, ministro Alexandre de Moraes; HC
184.614 AgR, ministro Gilmar Mendes.
No caso em espécie, não vislumbro a presença de ilegalidade evidente apta a autorizar a superação desse consagrado entendimento jurisprudencial.
3. Em face do exposto, não conheço deste habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

HABEAS CORPUS 220.836 (235)


ORIGEM : 220836 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : ANDRE NASCIMENTO PIRES
IMPTE.(S) : HENRIQUE MARTINS DE LUCCA (388500/SP)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
Trata-se de Habeas Corpus impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, proferido no julgamento do Agravo Regimental no
HC 725.874SP, submetido à relatoria do Ministro RIBEIRO DANTAS.
Pelo que se depreende, o paciente requereu o reconhecimento da remição da pena ao Juízo das Execuções Penais, que indeferiu o pedido em virtude da
ausência dos comprovantes (Doc. 2, fl. 14).
Inconformada, a defesa interpôs Agravo em Execução direcionado ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que lhe negou provimento, em acórdão
assim ementado (Doc. 3):
Agravo em execução. Pleito almejando reforma da decisão que indeferiu pedido de remição da pena. Inviabilidade. Recurso instruído de forma deficitária,
distante de mínima comprovação do quanto sustentado, sequer acompanhado de quaisquer documentos que comprovem ter o recorrente efetivamente solicitado a
inserção em vaga de trabalho perante a unidade prisional e a eventual ausência da respectiva disponibilização, os quais se mostram imprescindíveis à análise do
pedido formulado. Inclusive, pleito já indeferido pelo juízo a quo por total carência de instrução. Ademais inexistência de prévia decisão meritória emanada pelo juízo
de primeiro grau, acerca da remição almejada, que impede a análise por este E. Tribunal, sob pena de ensejar supressão de instância. Inviabilidade de apreciação.
Improvido.
Impetrou-se, então, Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça, indeferido liminarmente, em decisão confirmada pelo colegiado no julgamento do
subsequente Agravo Regimental. O acórdão ficou assim ementado (Doc. 5):
PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO. REMIÇÃO FICTA. MATÉRIA NÃO DEBATIDA NA CORTE DE ORIGEM.
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A pretensão de remição ficta não foi objeto de debate na Corte de origem. Portanto, é inviável o exame do tema diretamente por este Tribunal Superior,
sob pena de indevida supressão de instância.
2. Agravo regimental não provido.
Nesta ação, o impetrante reitera o argumento de que não teve oportunidade de continuar no trabalho por culpa exclusiva do Estado. Destaca que o Juízo de
piso determinou a juntada de planilha de trabalho e atestado de conduta carcerária, mas, por se tratar de remição ficta, não há que se falar, por exemplo, em
atestado de trabalho, já que a unidade prisional não poderia supervisionar um trabalho que não ocorreu.
Requer, assim, a concessão da ordem, para que se reconheça a remição da pena do paciente pelo período em que o Estado o impossibilitou de trabalhar.
É o relatório. Decido.
Conforme se depreende da ementa acima transcrita, a matéria suscitada nesta impetração não foi enfrentada pelo Superior Tribunal de Justiça. Desse
modo, torna-se inviável a esta SUPREMA CORTE conhecer dela originariamente, sob pena de indevida supressão de instância e violação das regras constitucionais
de repartição de competências. Nesse sentido:
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. MATÉRIA SUSCITADA NÃO ENFRENTADA NO ACÓRDÃO IMPUGNADO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
1. O acórdão impugnado não examinou a matéria suscitada neste recurso. Desse modo, torna-se inviável a esta SUPREMA CORTE conhecer do tema
originariamente, sob pena de indevida supressão de instância e violação das regras constitucionais de repartição de competências. Precedentes.
2. Recurso ordinário a que se nega provimento.
(RHC 176.629, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe 24/2/2021)
E ainda: HC 215.139-AgR, Rel. Min. NUNES MARQUES, Segunda Turma, Dje de 22/9/2022; HC 208.035, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, Dje
de 21/9/2022; HC 216.323-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, Dje de 31/8/2022; HC 217.095, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, Dje
31/8/2022.
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, INDEFIRO a ordem de HABEAS CORPUS.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

HABEAS CORPUS 220.837 (236)


ORIGEM : 220837 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : VICTOR GABRIEL DA SILVA COSTA
IMPTE.(S) : MERHEJ NAJM NETO (175970/SP) E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus com pedido de liminar impetrado em favor de Victor Gabriel da Silva Costa contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça que negou provimento ao AgRg no HC 763.101/SP (documentos eletrônicos 6 e 7).
Os impetrantes sintetizaram os seus argumentos na seguinte ementa:

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 61

“1. Paciente, jovem de apenas 20 (vinte) anos de idade, primário, servente de pedreiro, família estruturada e residência fixa, fora preso em flagrante pela
suposta prática do delito tipificado no artigo 33, caput, da Lei 11.343/06;
2. Liberdade provisória denegada com base em fundamentação abstrata, genérica e inidônea;
3. Mantença da preventiva baseada de forma genérica e abstrata na ‘garantia da ordem pública’;
4. Jurisprudência do eg. STF é categórica: ‘em matéria de prisão provisória, a garantia da fundamentação consiste na demonstração da necessidade da
custódia cautelar, a teor do inciso LXI do art. 5º da Carta Magna e do art. 312 do CPP. A falta de fundamentação do decreto de prisão inverte a lógica elementar da
Constituição, que presume a não culpabilidade do indivíduo até o momento do trânsito em julgado de sentença penal condenatória’ (STF. 1ª Turma. HC 93.712. Rel.
Min. AYRES BRITTO. DJe: 17 out 2008); 5. No mesmo sentido, o col. STJ: ‘Sem a demonstração concreta da necessidade da medida, que é excepcional e só pode
ser imposta mediante a indicação explícita da presença dos requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, não há como determinar a segregação
cautelar’ (STJ. 6ª Turma. HC 322981/SP. Rel. Min. NEFI CORDEIRO. Rel p/ Acórdão Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA. DJe: 15 set 2015); 6. Ausência do
Periculum Libertatis;
7. Nítido constrangimento ilegal” (pág. 4 do documento eletrônico 1).
É o relatório necessário. Decido.
Registro, inicialmente, que embora o presente habeas corpus tenha sido impetrado em substituição a recurso ordinário, não oponho óbice ao seu
conhecimento, na linha do que decidiu o Plenário deste Supremo Tribunal no julgamento do HC 152.752/SP, Rel. Min. Edson Fachin.
Anote-se, também, que o art. 192, caput, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao Relator denegar ou conceder a ordem de habeas
corpus, ainda que de ofício, quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada neste Supremo Tribunal.
Por esses motivos, passo ao exame desta impetração.
Esta Suprema Corte consolidou entendimento no sentido de que
“[...] revela-se legítima a prisão cautelar se a decisão que a decreta encontra suporte idôneo em elementos concretos e reais que – além de ajustarem-se
aos fundamentos abstratos definidos em sede legal - demonstram que a permanência em liberdade do suposto autor do delito comprometerá a garantia da ordem
pública e frustrará a aplicação da lei penal” (RHC 128.727-ED/SP, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 18/2/2016).
Ademais, a orientação jurisprudencial desta Suprema Corte é no sentido de que “[é] idônea a prisão preventiva para resguardar a ordem pública quando
demonstrado o risco de reiteração delitiva” (HC 191.068-AgR/MG, Rel. Min. Gilmar Mendes, redator para o acórdão o Min. Nunes Marques, Segunda Turma).
Frise-se, além disso, que a primariedade, os bons antecedentes, a residência fixa e a ocupação lícita, por si sós, não afastam a possibilidade da decretação
da prisão preventiva. Nesse sentido:
“Habeas corpus. 2. Tentativa de homicídio qualificado e falsa comunicação de crime. 3. Alegação de ausência dos requisitos autorizadores da custódia
cautelar (art. 312 do CPP). 4. Paciente que se evadiu do distrito de culpa. Posterior apresentação espontânea. 5. Demonstrada a necessidade da prisão para
garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal. 6. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sedimentada em que
primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, por si sós, não afastam a possibilidade da preventiva. 7. Ordem denegada” (HC 131.442/SP, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ 21/9/2016).
Transcrevo agora, por oportuno, a súmula do acórdão que sintetiza o teor da decisão recorrida:
“AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PRISÃO PREVENTIVA. REVOGAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS. MAUS ANTECEDENTES. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA. DESPROPORCIONALIADE DA
MEDIDA. INVIABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
1. A prisão preventiva é cabível mediante decisão fundamentada em dados concretos, quando evidenciada a existência de circunstâncias que demonstrem a
necessidade da medida extrema, nos termos dos arts. 312, 313 e 315 do Código de Processo Penal.
2. São fundamentos idôneos para a decretação da segregação cautelar no caso de tráfico ilícito de entorpecentes a quantidade, a variedade ou a natureza
das drogas apreendidas.
3. Os maus antecedentes e a reincidência evidenciam o maior envolvimento do agente com a prática delitiva, podendo ser utilizados para justificar a
manutenção da segregação cautelar para garantia da ordem pública, com o objetivo de conter a reiteração delitiva.
4. Não se pode dizer que a prisão preventiva é desproporcional em relação a eventual condenação que o agente poderá sofrer ao final do processo, pois não
há como, em habeas corpus, concluir que ele fará jus à pena mínima do delito cometido, especialmente se consideradas as circunstâncias do caso.
5. Agravo regimental desprovido” (documento eletrônico 6).
Vê-se, pois, que a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça julgou o habeas corpus em consonância com as referidas orientações jurisprudenciais deste
Supremo Tribunal, que regem as matérias em análise.
Com efeito, analisou-se de modo pormenorizado os fundamentos do decreto de prisão preventiva do ora paciente, mantidos pelo Tribunal de Justiça, e
concluiu-se que o magistrado de primeiro grau, ao decretá-la, utilizou-se de fundamentação idônea para demonstrar a periculosidade do acusado e a gravidade
concreta do delito por ele praticado, circunstâncias que, como visto, justificam a necessidade do cárcere para garantia da ordem pública.
Isso posto, denego a ordem (art. 192, caput, do RISTF. Prejudicado o pleito cautelar.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

HABEAS CORPUS 220.847 (237)


ORIGEM : 220847 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
PACTE.(S) : EMERSON DA SILVA TEIXEIRA
IMPTE.(S) : FLORISVALDO DE JESUS SILVA (59066/BA)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO
Trata-se de Habeas Corpus, com pedido liminar, impetrado contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (AgRg no RHC 168.946/BA, Rel.
Min. RIBEIRO DANTAS).
Consta dos autos, em síntese, que o paciente foi preso em flagrante, convertido em preventiva, e denunciado pela prática dos crimes de homicídio
qualificado (art. 121, §2º, IV e V, do Código Penal) e corrupção de menores (art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente). Sobreveio decisão de pronúncia.
Buscando a revogação da custódia, a defesa impetrou Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que denegou a ordem. Na sequência,
interpôs Recurso Ordinário dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, cujo Ministro relator negou-lhe provimento, com recomendação, entretanto, ao Juízo de origem
para reexaminar a necessidade da segregação cautelar. Essa decisão foi mantida pela Quinta Turma, nos termos da seguinte ementa:
[…]
1. No que se refere à alegação de ausência de contemporaneidade na manutenção da prisão preventiva do réu, verifica-se que o Tribunal de origem, no
julgamento do writ originário, efetivamente não examinou a tese. Dessa forma, sua apreciação direta por esta Corte Superior fica obstada, sob pena de se incorrer
em indevida supressão de instância.
2. Havendo prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado, a prisão preventiva, nos
termos do art. 312 do Código de Processo Penal, poderá ser decretada para garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal
ou para assegurar a aplicação da lei penal.
3. No caso, a custódia preventiva está adequadamente motivada em elementos concretos extraídos dos autos, que indicam a necessidade de se resguardar
a ordem pública, pois a periculosidade social do recorrente está evidenciada no modus operandi do ato criminoso. Segundo delineado pelas instâncias, na data dos
fatos, um adolescente integrante da facção criminosa rival efetuou disparos de arma de fogo contra um menor que integraria a organização a que pertence o
acusado, ceifando-lhe a vida. Em presumível desejo de vingança, o recorrente, mediante prévio acordo com outros indivíduos, acertou que atraíssem a vítima para o
interior de um imóvel, local em que o ofendido foi executado também por disparos de arma de fogo.
4. No que tange à arguição de ilegalidade da motivação per relationem, razão não assiste ao recorrente, na medida em que é permitida a utilização da

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técnica. Nesse sentido, destaca-se que "a chamada técnica da fundamentação per relationem (também denominada motivação por referência ou por remissão) é
reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal como legítima e compatível com o disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal" (AgRg no AREsp n. 529.569/PR,
relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe de 18/4/2016). Para a revisão periódica da segregação cautelar, prevista no art. 316, parágrafo único, do
Código de Processo Penal, permanecendo os fundamentos justificadores da custódia cautelar, não se faz necessária fundamentação exaustiva baseada em fatos
novos. Precedentes.
5. No pertinente à alegação de excesso de prazo, segundo orientação pacificada nos Tribunais Superiores, sua análise na instrução criminal será feita à luz
do princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, devendo ser consideradas as particularidades do caso concreto, a atuação das partes e a forma de condução
do feito pelo Estado-juiz. Dessa forma, a mera extrapolação dos prazos processuais legalmente previstos não acarreta automaticamente o relaxamento da
segregação cautelar do acusado.
6. In casu, o feito vem tramitando regularmente, diante de sua complexidade, visto que se trata de ação penal na qual se perquire a suposta prática do crime
de homicídio qualificado consumado em provável contexto de disputa de facções criminosas, no bojo da qual foi necessária a ouvida de várias testemunhas -
inclusive mediante a expedição de carta precatória -, além de ter ocorrido o abandono da causa por parte do patrono do recorrente, tendo sido necessário designar
defensora dativa. Além disso, houve a necessidade de migração dos autos físicos ao sistema processual eletrônico, tendo sido promovida a digitalização do caderno
processual e a sessão de julgamento já foi designada. Incide, ainda, a Súmula 21 desta Corte Superior.
7. Consigne-se, por fim, que, em decorrência de medidas preventivas decorrentes da situação excepcional da pandemia da covid-19, houve a suspensão
dos prazos processuais e o cancelamento da realização de sessões e audiências presenciais, por motivo de força maior. Precedentes.
8. Agravo regimental não provido.
Nesta ação, alega-se, em suma: Da simples leitura da decisão de primeiro grau e do acórdão do TJBA que denegou a ordem, deixa claro e inequívoca a
falta de preenchimento dos requisitos para manter o paciente preso, preventivamente, por mais de 5 (cinco) anos. A delineação fática feita pelas instâncias inferiores,
destacada na decisão ora impugnada seriam bem-vistas se em sede de sentença penal condenatória em que se reprova a conduta do agente e lhe impõe pena,
todavia, pelo decurso do tempo, não há como se falar mais em cautelaridade e sim antecipação de pena de alguém que sequer já foi julgado. O que está em jogo é a
presença ou não dos requisitos da prisão passados 5 cinco anos da concreção do fato dito criminoso.
Requer, assim, a concessão da ordem, para revogar a prisão impugnada por manifestamente ilegal, mandando que se expeça em seu favor o competente
alvará de soltura.
É o relatório. Decido.
De acordo com o art. 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva poderá ser decretada quando houver prova da existência do crime
(materialidade) e indício suficiente da autoria. Além disso, é preciso demonstrar, concretamente, a existência de um dos fundamentos que a autorizam: garantia da
ordem pública; garantia da ordem econômica; conveniência da instrução criminal; ou, ainda, segurança na aplicação da lei penal.
As razões apresentadas pelo Superior Tribunal de Justiça revelam que a decisão que decretou a segregação cautelar está lastreada em fundamentação
jurídica idônea, chancelada pela jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Sobressaem, no decreto prisional, as circunstâncias concretas do caso em tela, bem como a gravidade diferenciada das práticas ilícitas em questão, do que
decorre a necessidade da garantia da ordem pública. A esse propósito, registrou o STJ:
No caso, a custódia preventiva está adequadamente motivada em elementos concretos extraídos dos autos, que indicam a necessidade de se resguardar a
ordem pública, pois a periculosidade social do recorrente está evidenciada no modus operandi do ato criminoso.
Segundo delineado pelas instâncias ordinárias, em tese, o recorrente Emerson e o corréu Jeovane integrariam a facção criminosa denominada "D3",
responsável pela distribuição e venda de substâncias entorpecentes, homicídios e corrupção de menores, supostamente liderada pelo ora acusado. Na
data dos fatos, um adolescente denominado Daniel, integrante da facção criminosa rival - D2 -, ao tomar ciência da ascensão do também adolescente Jonas (D3) na
hierarquia da associação criminosa chamada "Tudo 3", efetuou disparos de arma de fogo contra o Jonas, ceifando-lhe a vida.
Em presumível desejo de vingança, Emerson, mediante prévio acordo com outros indivíduos - um deles, Fernando, já falecido -, acertou o local e
forma para execução do autor do homicídio contra o adolescente. Para tanto, solicitou a Jeovane, o corréu, que lhe enviasse armas e munição. A vítima
foi atraída para o interior de um imóvel por outra menor integrante da facção e, sem que houvesse qualquer possibilidade de defesa, Emerson e Fernando
efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra Daniel, causa eficiente de sua morte.
Na linha de precedentes desta CORTE, esses fatores evidenciam a periculosidade social do agente e a imprescindibilidade da sua prisão cautelar: HC
138.574-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, Dje de 16/3/2017; HC 154071 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma,
DJe de 17/5/2018; HC 135.393, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, Dje de 16/12/2016 ; HC 127.109-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma,
Dje de 16/9/2016; HC 124.035, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, DJe de 11/3/2015; HC 123.643 AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma,
DJe de 2/10/2014; HC 123.024, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ Acórdão: Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, DJe de 6/5/2016.
Ainda, esta SUPREMA CORTE já assinalou que a necessidade de interromper a atuação de grupo criminoso e o risco concreto de reiteração delitiva
justificam a decretação da custódia para a garantia da ordem pública (HC 138.552-AgR/DF, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 19/6/2017).
Nessa mesma linha de entendimento: HC 137.515/MG, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Redator p/ Acórdão: Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe de
19/12/2017; HC 148.218 AgR/AM, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 7/12/2017; RHC 138.937/PI, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe de
3/3/2017.
Em relação ao excesso de prazo, também não assiste razão à defesa.
Habeas Corpus poderá ser utilizado como meio processual adequado para cessar constrangimento ilegal à liberdade de locomoção do acusado preso,
decorrente de abusivo excesso de prazo para o encerramento da instrução criminal. Nesse exame, porém, é imprescindível investigar se a demora é resultado ou
não da desídia ou inércia do Poder Judiciário.
Daí a convergência de entendimento, na jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, de que a razoável duração do processo deve ser aferida à luz
das particularidades do caso concreto, levando-se em consideração, por exemplo, o número de réus, a quantidade de testemunhas a serem inquiridas, a
necessidade de expedição de cartas precatórias, a natureza e a complexidade dos delitos imputados, assim como a atuação das partes (HC 154.651 AgR/GO, Rel.
Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe 27/06/2018; HC 158.054/RS, Rel. Min. ROSA WEBER, DJe 20/06/2018; HC 131.855/SP, Rel. Min. ROBERTO
BARROSO, Primeira Turma, DJe 12/06/2018; HC 146.343 AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe 15/05/2018 e HC 151.912 AgR/BA, Rel. Min.
LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 10/05/2018).
A respeito da matéria, colhe-se do acórdão impugnado:
O Tribunal de Justiça assim concluiu pela inexistência de exacerbada demora por parte do Juízo de primeiro grau:
"[...] Quanto ao suscitado excesso de prazo para a formação da culpa, diante do teor das informações prestadas, conclui-se que a ação penal possui trâmite
regular, levando em consideração suas peculiaridades, sendo possível observar que a Magistrado da causa vem empreendendo esforços para a pronta solução
do caso, conforme relatado nos informes judiciais.
Constata-se que, após a decisão de pronúncia, o Juízo a quo, designou a data de 08/06/2022 para realização da sessão de julgamento, sendo
necessário o adiamento da referida sessão plenária [...].
Cabe observar que, ao contrário do que alegou a Defesa, o trâmite processual encontra-se dentro dos limites da razoabilidade, não configurando
constrangimento ilegal uma vez que não se verificou desídia ou inércia por parte do Juízo ou do órgão Ministerial no trâmite processual.
Sabe-se que os prazos indicados para a consecução da instrução criminal não são resultados de mera soma aritmética, variando de acordo com as
peculiaridades de cada caso, agindo diligentemente o Magistrado da causa, já tendo tomado providências no sentido de determinar a designação de nova data para
a sessão plenária do Júri.
Deve-se levar em consideração que a ação penal inicialmente tramitava de modo físico por meio do sistema SAIPRO, permanecendo suspensos os
prazos de tais processos durante o período de pandemia, nos termos do Ato Conjunto nº 05 de 23/03/2020 e posteriores decretos que prorrogaram tal
suspensão.
Conforme consta do processo, os autos físicos foram remetidos para o UNIJUD a fim de que fossem digitalizados, concluindo-se tal procedimento
em 20/01/2021, quando passou a estar acessível por meio do sistema PJE 1º grau.
Urge salientar também que desde o ano de 2020, em virtude das restrições sanitárias decorrentes da pandemia mundial do coronavírus, os atos presenciais
foram suspensos, dentre os quais se inclui a realização de sessões de julgamento pelo Júri, sendo tais atos retomados apenas a partir de 02/08/2021, conforme
determinado no Ato Conjunto nº 23, datado de 22 de julho de 2021, gerando uma grande demanda represada.
A ocorrência de tais percalços e atrasos não pode e não deve ser imputada ao Poder Judiciário ou ao Ministério Público, mas sim a fatores
externos, estranhos à atuação do Magistrado da causa. […]

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 63

Isso porque a concessão de habeas corpus em razão da configuração de excesso de prazo é medida excepcional, somente admitida nos casos em que a
dilação excessiva seja decorrência exclusiva de diligências suscitadas pela acusação resulte da inércia do próprio aparato judicial, em obediência ao princípio da
razoável duração do processo, previsto no art. 5º, LXXVIII da Constituição Federal ou implique ofensa ao princípio da razoabilidade. No caso sub judice, nenhuma
dessas hipóteses fizeram-se presentes.
Sendo assim, não há que se falar no relaxamento da prisão do requerente por constrangimento ilegal em virtude de excesso de prazo, mormente quando o
feito seguiu os seus regulares termos sem maiores atrasos, bem como quando presentes os requisitos, fundamentos e condição de admissibilidade de sua
segregação cautelar" (e-STJ, fls. 102-128, grifou-se, grifou-se).
[…]
Desse modo, não se revela, até o presente momento, ilegalidade apta a ser sanada por esta Corte Superior, pois a ação penal originária dos processos do
Tribunal do Júri demanda, inevitavelmente, uma maior delonga dos atos processuais.
[…]
Nesse contexto, não há negar que incide ao caso o disposto na Súmula 21 desta Corte Superior, segundo a qual "pronunciado o réu, fica superada a
alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução".
[…]
Ademais, consigne-se que, em decorrência de medidas preventivas decorrentes da situação excepcional da pandemia da covid-19, houve a suspensão dos
prazos processuais e o cancelamento da realização de sessões e audiências presenciais, por motivo de força maior.
Além de ter havido sentença de pronúncia, circunstância que, consoante jurisprudência desta CORTE, enfraquece o argumento de excesso de prazo (HC
152.714/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 18/5/2018; HC 155.238/MG, Rel. Min. ROSA WEBER, DJe de 18/4/2018; RHC 154.794/DF, Rel. Min.
DIAS TOFFOLI, DJe de 5/4/2018 e HC 154.451/SP, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, DJe 2/4/2018), há justificativa, pelo que se depreende, plausível e não atribuível
ao Judiciário para o alongamento da marcha processual.
Este SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL tem entendido inexistir excesso de prazo em caso de demora no julgamento do seu processo-crime, quando a
demora é devidamente justificada pelas peculiaridades do caso concreto, consoante os seguintes julgados: HC 141.423/MS, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe de 03/10/2017; HC 134.383/MT, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 13/12/2016; HC 120.235/SP, Rel. p/ Acórdão Min.
EDSON FACHIN, Primeira Turma, DJe de 01/08/2016 e RHC 132.322/MS, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 07/04/2016.
Nesse juízo, aliás, não se pode ignorar, conforme bem destacado pelo STJ, que se trata de ação penal na qual se perquire a suposta prática do crime de
homicídio qualificado consumado em provável contexto de disputa de facções criminosas, no bojo da qual foi necessária a ouvida de várias testemunhas - inclusive
mediante a expedição de carta precatória -, além de ter ocorrido o abandono da causa por parte do patrono do agravante, tendo sido necessário designar defensora
dativa. Além disso, foi designada a sessão de Plenária de Tribunal do Júri para o dia 26 de outubro de 2022, às 09:00 horas.
Diante do exposto, com fundamento no art. 21, §1º, do Regimento Interno do STF, INDEFIRO a ordem de HABEAS CORPUS.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

MANDADO DE SEGURANÇA 28.801 (238)


ORIGEM : MS - 28801 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
IMPTE.(S) : ANTONIO HORÁCIO DA SILVA NETO
ADV.(A/S) : MIRIAN RIBEIRO RODRIGUES DE MELLO GONCALVES (17956/DF, 8798/A/MT)
IMPDO.(A/S) : RELATOR DO PAD Nº 200910000019225 DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
1. Uma vez apreciado o pedido veiculado na petição/STF n. 11.816/2021, remetam-se os autos ao Ministro Vistor.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MANDADO DE SEGURANÇA 38.711 (239)


ORIGEM : 38711 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
IMPTE.(S) : ANA MARIA GOMES PEREIRA
ADV.(A/S) : HELENA MARIA MOURA DE ALMEIDA SILVA (24721/DF, 7380/MA) E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S) : CORREGEDOR NACIONAL DE JUSTICA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS. : ILKERSON MAXWELL FRANCO SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO
1. Ana Maria Gomes Pereira impetrou mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), consubstanciado
no acórdão proferido no PP n. 0005027-56.2021.2.00.0000, no qual deferido “o pedido formulado, cassando o acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado
do Maranhão (Recurso Administrativo n. 11925/2020), reestabelecendo a Decisão-GCGJ-1627/2019 (ID 4405585) que considerou ilegal a delegação exercida por
Ana Maria Gomes Pereira junto à serventia extrajudicial do 1º Ofício da Comarca de Balsas/MA, por decorrer de remoção irregular, dado que não poderia participar
do concurso público de remoção, porque não detinha a titularidade, mas mera interinidade, da serventia extrajudicial do 3º Ofício da Comarca de Bacabal/MA, pelo
qual era responsável anteriormente”.
Em 29 de setembro de 2022, a impetrante manifestou desistência desta ação mandamental.
É o relatório. Decido.
2. O Supremo consolidou, em sede de repercussão geral (RE 669.367 – Tema n. 530), o entendimento de que é lícito ao impetrante desistir da ação de
mandado de segurança independentemente da aquiescência da autoridade apontada como coatora, da entidade estatal interessada, ou, ainda, quando for o caso,
dos litisconsortes passivos necessários. A desistência pode ocorrer a qualquer momento antes da conclusão do julgamento, mesmo após eventual pronunciamento
concessivo do writ constitucional.
3. Ante o exposto, homologo a desistência pretendida.
4. Arquive-se.
5. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MANDADO DE SEGURANÇA 38.791 (240)


ORIGEM : 38791 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 64

PROCED. : SÃO PAULO


RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
IMPTE.(S) : DANIEL GUSTAVO DE BARROS TREVISAN
ADV.(A/S) : ROSEMEIRE DE JESUS FERRAREZI BECARI (363087/SP)
IMPDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
IMPDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE LOUVEIRA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO
Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, proferido no julgamento do
Agravo Regimental no Recurso Ordinário em Habeas Corpus 167.167/SP, submetido à relatoria do Ministro JORGE MUSSI. Eis a ementa do julgado:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. PLEITO DE RESTITUIÇÃO DE BEM APREENDIDO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. O pedido de restituição de bem apreendido foge do alcance do habeas corpus, cujo escopo é a proteção do direito de locomoção diante de ameaça ou de
lesão decorrente de ato ilegal ou praticado com abuso de poder, sendo incabível sua impetração visando direito de natureza diversa da liberdade ambulatorial.
Precedentes.
2. Agravo regimental desprovido.
Na petição inicial, alega-se, em suma: (a) O impetrante foi condenado por violação, em tese, do art. 33 da Lei de 11.346/06, à pena de 6 anos, 9 meses e
680 dias multa, em regime inicial fechado. Condenado por crime sem violência ou grave ameaça. Réu preso há mais de 4 anos. O Juiz Singular decretou o
perdimento do veículo sem ter constado pedido na inicial de denúncia do M.P. O que é extra petita e viola o Código Processo Penal e a jurisprudência; e (b) Não há
provas nos autos que corroborem nem para a ilicitude do veículo e/ou para a autoria do Réu impetrante. Ao contrário, demonstrou que a origem é lícita e não era
usado para praticar o delito. Em razão disso, requer a anulação da decisão do perdimento do bem.
É o relatório. Decido.
Segundo o art. 102, I, d, da Constituição Federal, compete ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL processar e julgar originariamente o mandado de segurança contra
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio STF.
No caso, o presente mandado de segurança não instaura a competência desta CORTE, tendo em vista que a autoridade apontada como coatora – Superior
Tribunal de Justiça – não está incluída no rol exaustivo do art. 102, I, d, da Constituição Federal. É o que prescreve a Súmula 624 do STF, segundo a qual:
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer originariamente de mandado de segurança contra atos de outros tribunais.
Ante o exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF, evidenciada a incompetência desta CORTE, NÃO CONHEÇO DO PEDIDO.
Nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, dispenso a remessa dos autos à Procuradoria-Geral da
República.
Retifique-se a autuação para fazer constar o nome do impetrante por extenso.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 9.352 (241)


ORIGEM : 9352 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
REQTE.(S) : SONIA BONE DE SOUSA SILVA SANTOS
REQTE.(S) : ARTICULAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL - APIB
ADV.(A/S) : LUIZ HENRIQUE ELOY AMADO (15440/MS) E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) : AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO:
Trata-se de queixa-crime ajuizada por Sonia Bone de Sousa Silva Santos, indígena, também conhecida como Sonia Guajajara, e pela Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil – APIB, organização nacional sem personalidade jurídica, em desfavor do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Ministro de Estado, Chefe do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, pela alegada prática do crime de difamação majorada, previsto no art. 139 c/c art. 141, III, ambos
do Código Penal.
As Querelantes alegam que o Querelado veiculou em seu perfil na rede social Twitter, no dia 18 de setembro de 2020, três publicações difamatórias.
Aduzem que devido a tais declarações, o querelado foi convocado para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados, não compareceu, e, no dia 23
de setembro de 2020, reiterou suas afirmações em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Sustentam ainda que o Ministro de Estado tem utilizado sua posição “para fragilizar as liberdades individuais consagradas na Constituição de 1988”.
Em síntese, consideram que
“No caso em tela, as declarações do querelado, dada a sua condição de Ministro do Estado possui uma repercussão exponencial. É possível verificar, um
impacto imensurável na reputação e honra das querelantes, feitos através de discursos de ódio disseminado nas redes sociais entre aqueles que apoiam o governo.
Ressalte-se também a reiteração de argumentação que reforça a 7 tentativa de criminalizar partidos políticos de esquerda e movimentos sociais, liturgia essa
incompatível com o Estado de Direito.”
Em face disso, requer seja julgada procedente a queixa-crime, com a condenação do querelado nas penas dispostas nos arts. 139, duas vezes, majorando-
as em seu patamar máximo, com aplicação da causa de aumento prevista no art. 141, III, todos do Código Penal.
Determinei, inicialmente, a notificação do Querelado, para manifestação sobre os fatos narrados (art. 4º da Lei 8.038/90).
Devidamente notificado, manifestou-se pelo arquivamento da queixa-crime por não haver demonstração de intento positivo e deliberado de ofender a honra
alheia.
Determinei ainda a abertura de vista à douta Procuradoria-Geral da República, nos termos do art. 257, II, do CPP.
A Procuradoria-Geral da República, em parecer, manifestou-se pela rejeição da queixa-crime seja em face da extinção da punibilidade por decadência, seja
em razão da atipicidade das condutas.
É o relatório. Decido.
O Código de Processo Penal, no que tange às formalidades necessárias para o oferecimento de ação penal privada, dispõe, in verbis:
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do
fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Portanto, nos crimes de ação penal privada, a lei processual exige a menção ao fato criminoso no instrumento do mandato outorgado ao advogado, o que
constitui condição para o prosseguimento da ação penal. O não cumprimento deste requisito configura vício de representação formal.
Tal equívoco pode ser corrigido, mediante regularização do instrumento procuratório, desde que não transcorrido o prazo prazo decadencial para o
oferecimento de queixa-crime, previsto no art. 38 do CPP, cujo inteiro teor consiste em:
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da
denúncia.
Na lição de Eugênio Pacelli de Oliveira e Douglas Fischer:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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“E porque se trata, então, da manifestação de vontade do particular, haveria que se fixar prazo para a respectiva oficialização, sob pena de deixar-se a
persecução penal e, via de consequência, aquele a quem se atribuísse a posição de réu na dependência eterna e ilimitada do interesse do legitimado ad causam. Do
mesmo modo que se institui prazo prescricional para a atuação dos Poderes Públicos nas ações penais públicas, institui-se, assim, prazo decadencial para o
exercício do direito de ação (queixa, na ação privada) e da prerrogativa de autorização (representação, nas ações públicas incondicionadas)” (Oliveira, Eugênio
Pacelli de. Fischer, Douglas. Comentários ao Código de Processo Penal e sua Jurisprudência. 2ª tiragem. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 94).
In casu, o Ministério Público (eDoc. 21) ofereceu parecer no sentido de que as procurações apresentadas pelas querelantes (eDocs. 2 e 3) outorgam
poderes específicos para atuação do outorgado nesta queixa-crime sem mencionar, no entanto, os fatos criminosos a que se refere.
Deveras, a jurisprudência desta Suprema Corte firmou-se no sentido da imprescindibilidade da especificação dos fatos criminosos, de forma individualizada.
Nesse sentido, cito os seguintes julgados:
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM "HABEAS CORPUS" CRIME CONTRA A HONRA QUEIXA-CRIME INSTRUMENTO DE MANDATO JUDICIAL QUE
NÃO PREENCHE OS REQUISITOS DO ART. 44 DO CPP OMISSÃO SOBRE A NECESSÁRIA REFERÊNCIA INDIVIDUALIZADORA DO FATO CRIMINOSO
IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO CONSUMAÇÃO DO PRAZO DECADENCIAL (CPP, ART. 38) RECONHECIMENTO DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
DO ORA RECORRENTE E CONSEQUENTE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL RECURSO PROVIDO. (RHC n. 105920, Rel. Celso de Mello, Segunda Turma, line
de 08.05.14)
Queixa-crime. - Não-ocorrência da prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato. -A procuração outorgada ao advogado do querelante, ao se
limitar a dar o "nomen iuris" dos crimes que a queixa atribui ao querelado, não atende à finalidade a que visa o artigo 44 do Código de Processo Penal , e
que é a da fixação da responsabilidade por denunciação caluniosa no exercício do direito :personalíssimo de queixa. Precedentes do S.T.F. - Ademais, essa omissão
não foi suprida com a subscrição, pelo querelante, da queixa conjuntamente com seu patrono, nem é ela mais sanável no curso da ação penal por já se encontrar
esgotado o prazo de decadência previsto no artigo 3 8 do Código de Processo Penal. Queixa-crime rejeitada. (Inq n. 1696, Rel, Min. Moreira Alves, Tribunal Pleno,
Dje de 07.03.03)
QUEIXA-CRIME — REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL — VICIO. A falta de identificação, no instrumento de mandato — procuração —, dos fatos
criminosos e a circunstância de a peça acusatória ser subscrita por profissional da advocacia, ausente aposição da assinatura de querelante, configuram
vício na representação processual — inteligência do artigo 44 do Código de Processo Penal. DENÚNCIA — IMUNIDADE PARLAMENTAR. A imunidade
parlamentar pressupõe nexo de causalidade com o exercício do mandato. Declarações proferidas em razão do cargo de Deputado Federal encontram-se cobertas
pela imunidade material — artigo 53 da Constituição Federal. (destaque nosso) (Pet n. 7872/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 12.03.21)
Assim, observa-se vício processual na procuração referida, como expõe o Procurador-Geral da República. Considerando que as condutas ocorreram em
setembro de 2020 e até a presente data não houve a substituição de instrumento procuratório apto, transcorreu o prazo decadencial de 6 (seis) meses para a queixa-
crime.
E consoante a jurisprudência desta Corte, não é possível o saneamento quando já consumado o prazo decadencial para o oferecimento da queixa-crime.
Nesse sentido e por todos:
EMENTA : CRIME CONTRA A HONRA. QUEIXA-CRIME: EXPRESSÃO INSTRUMENTAL DA AÇÃO PENAL CONDENATÓRIA DE INICIATIVA PRIVADA .
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES EM JUÍZO (CP , ART. 144) : VERDADEIRA AÇÃO PENAL CAUTELAR. PROCESSOS IMPREGNADOS DE AUTONOMIA , COM
FUNÇÕES JURÍDICAS PRÓPRIAS E PRESSUPOSTOS LEGAIS ESPECÍFICOS. INSTRUMENTO DE MANDATO JUDICIAL UNICAMENTE PRODUZIDO NOS
AUTOS DA INTERPELAÇÃO JUDICIAL. AUSÊNCIA, CONTUDO, NOS AUTOS DO PROCESSO PENAL CONDENATÓRIO, DA NECESSÁRIA PROCURAÇÃO
QUE DEVERIA TER SIDO OUTORGADA, PELO QUERELANTE, COM OBSERVÂNCIA DO ART. 44 DO CPP. IMPOSSIBILIDADE, NO CASO, DE SUPRIR-SE
REFERIDA OMISSÃO, PORQUE JÁ CONSUMADO O PRAZO DECADENCIAL A QUE ALUDE O ART. 103 DO CÓDIGO PENAL. DECLARAÇÃO DE EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE (CP , ART. 107, IV) E CONSEQUENTE EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO PENAL (CPP , ART. 38).
- O pedido de explicações, formulado com suporte no Código Penal (art. 144), possui natureza cautelar ( RTJ 142/816), não dispõe de eficácia interruptiva ou
suspensiva da prescrição penal ou do prazo decadencial ( RTJ 83/662 RTJ 150/474-475 RTJ 153/78-79) e traduz faculdade processual sujeita à discrição do
ofendido ( RTJ 142/816 RT 752/611), que poderá, por isso mesmo, ajuizar, desde logo, a pertinente ação penal condenatória. Doutrina. Jurisprudência .
- A ação penal privada, para ser validamente ajuizada, depende, dentre outros requisitos essenciais, da estrita observância, por parte do querelante, da
formalidade imposta pelo art. 44 do CPP, que exige a produção, nos autos do processo principal, de procuração , com poderes específicos, de que constem a
indicação do nome do querelado e a menção expressa ao fato criminoso, bastando, quanto a este, que o instrumento de mandato judicial contenha, ao menos,
referência individualizadora concernente ao evento delituoso, mostrando-se dispensável, para tal efeito, a descrição minuciosa ou pormenorizada do fato.
Precedentes.
- Embora suprível a omissão da exigência a que alude o art. 44 do CPP, a produção do instrumento de mandato judicial somente poderá ocorrer se ainda
não consumada a decadência do direito de queixa ( RT 609/444), pois, decorrido, in albis, o prazo decadencial, sem a correção do vício apontado, impor-se-á o
reconhecimento da extinção da punibilidade do querelado. Precedentes.
- Inexistência, no caso, de procuração nos autos da ação penal principal (queixa-crime) que autorize a válida instauração do processo penal
condenatório. (Inquérito 3209/DF, relator Celso de Mello, DJe 06.08.2012).
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL PRIVADA. AUSÊNCIA DE MENÇÃO AO FATO CRIMINOSO NA PROCURAÇÃO. DECADÊNCIA.
FALTA DE ANIMUS INJURIANDI. CARÊNCIA DE JUSTA CAUSA. 1. O instrumento de mandato que se refere somente a "crime de injúria'', sem
especificar minimamente as circunstâncias do fato criminoso, não preenche os requisitos do art. 44 do CPP. 2. Diante da ausência de regularização do defeito do
mandato dentro do prazo de seis meses, ocorreu a consumação do prazo decadencial, nos termos do art. 38 do CPP. 3. De todo modo, no caso concreto, em
que as declarações foram proferidas por membro do Ministério Público como resposta a críticas institucionais feitas pelo querelante, não restou caracterizado o
animus injuriandi. 4. Declarada a extinção da punibilidade pela decadência (CP, art. 107, IV). Alternativamente, rejeitada a queixa-crime por ausência de justa causa
(CPP, art. 395, III). (negrito nosso) (AO n. 2483, Rel. Min. Roberto Barroso, Primeira Turma, DJe de 30.03.21)
Ademais, mesmo que superado o não preenchimento deste requisito, dos fatos narrados não é possível visualizar a tipicidade da conduta supostamente
praticada em face da APIB e da querelante Sonia Bone de Sousa Silva Santos (Sônia Guajajara).
Isso porque, de acordo com a jurisprudência tradicional desse e. Supremo Tribunal Federal, “os crimes de calúnia e difamação exigem afirmativa específica
acerca de fato determinado” (INQ 1937, Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 27.2.2004). Também já foi assentado, na mesma linha de raciocínio, que “o delito
de difamação considera-se perpetrado por quem, afirmando fato certo e definido, ofende a honra de outrem” (INQ 2915, Pleno, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 31.5.2013).
Na espécie, as publicações sob foco não se enquadram como fato preciso, concreto e detalhado; não contêm a necessária especificidade, concretude e
relevância penal. É que o querelado não descreveu fato concreto, ocorrido em data e lugar precisos, nem praticado de forma determinada: fez comentário sobre o
perfil político da primeira querelante e a correlacionou com a APIB.
A autoridade querelada, ao se referir à primeira querelante, mencionou somente os fatos de que ela seria filiada a partido “de esquerda”, ligada ao PSOL e
ao ator Leonardo DiCaprio, bem como que presidiria a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Tais revelações, por si, não dizem respeito a fatos concretos, nem
se revestem de caráter desonroso ou depreciativo. Logo, são incapazes de macular a honra objetiva da querelante.
Outrossim, como expôs a PGR, em seu parecer “também não se vislumbra, no presente caso, o dolo próprio do crime de difamação, qual seja, a especial
intenção de ofender, de denegrir a honra da vítima. Os comentários do querelado, Ministro de Estado, foram feitos num contexto de crítica e polarização político-
partidária. Esse cenário exclui a possibilidade de ter havido intento de desabonar a querelante“.
Da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, colho o seguinte julgado, a propósito e por todos:
“AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A QUEIXA CRIME. CRIMES CONTRA A HONRA. OFENSAS
PROFERIDAS EM ENTREVISTA RADIOFÔNICA POR PARLAMENTAR FEDERAL. CALÚNIA. AUSÊNCIA DE NARRATIVA FATÍCA ESPECÍFICA. DIFAMAÇÃO.
INJÚRIA. OFENSAS GENÉRICAS. ATIPICIDADE. CRIMES NÃO CARACTERIZADOS. REJEIÇÃO DE QUEIXA CRIME POR DECISÃO MONOCRÁTICA.
POSSIBILIDADE.
1. O crime de calúnia exige narrativa de fato determinado direcionada a pessoa determinada.
2. Opiniões ou conceitos genéricos, ainda que ofensivos, expressos por narrador não caracterizam difamação ou injúria puníveis criminalmente quando
não revelado a quem dirigidos.
3. Admite-se a rejeição de queixa-crime por decisão monocrática inclusive por atipicidade ou ausência de justa causa. RI/STF, art. 21, § 1º. Precedentes.
4. Agravo regimental conhecido e não provido. (Pet 7168 – AgR - Primeira Turma – decisão por maioria – Relatora: Ministra Rosa Weber – DJe 19.12.2018)
Ex positis, verificada a decadência do direito de queixa, ex vi legis - transcurso do lapso decadencial previsto no artigo 38 do Código de Processo Penal, que
acarreta a extinção da punibilidade (artigo 107, inciso IV, do Código Penal,) bem como a atipicidade das condutas narradas da inicial, determino o arquivamento
do presente feito.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 66

Publique-se. Intime-se. Arquive-se.


Brasília, 29 de setembro de 2022.
Ministro DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente

PETIÇÃO 10.617 (242)


ORIGEM : 10617 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
REQTE.(S) : ARTHUR HERMOGENES SAMPAIO JUNIOR
ADV.(A/S) : ARTHUR HERMOGENES SAMPAIO JUNIOR (123927/SP)
REQDO.(A/S) : ALEXANDRE DE MORAES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Trata-se de representação proposta por Arthur Hermógenes Sampaio Junior, a qual, ancorada em informações divulgadas por intermédio de veículos de
comunicação, atribuiu ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, Ministro Alexandre de Moraes, incompetência administrativa para a condução do certame
eleitoral em andamento, in verbis:
“[...] AS diversas noticias [sic passim] e postagens em mídias sociais, bem como as noticiais que veicularam em instrumentos de procura e de noticias em
rede de internet apontam claramente para a incompetência do noticiado na condução do pleito eleitoral de primeiro turno, no Brasil, o que naturalmente produziu
consequências graves as eleições brasileiras, considerando também pela falta de informação ao eleitor, cidadão brasileiro, tanto em território nacional como em
países estrangeiros, com a espera durante horas em filas que se formaram nas seções eleitorais, ao contrária das afirmações do noticiado quanto a normalidade nas
eleições, pois a espera de mais de duas horas em fila, como também o encerramento da votação em algumas seções após as 21:00 horas do dia 02.10.2022, o que
aponta para a total incompetência em relação aos procedimentos eleitorais ou seja, o Tribunal Superior Eleitoral que aglutina todas as informações e impõem normas
em relação ao pleito eleitoral promoveu um verdadeiro caos em diversas zonas e seções eleitorais, com a implantação de biometria sem o conhecimento dos
eleitores.
Diante da inegável falta de organização do pleito eleitoral, em primeiro turno, em todo o território nacional bem como no estrangeiro, pela utilização de
biometria sem o aviso prévio aos eleitores do sistema, além de diversos problemas em urnas eletrônicas, como veiculado em mídia nacional, o que ocasionou com
certeza e de forma notória enormes prejuízos ao pleito eleitoral, inclusive com eleitores desistindo do voto, pela imensa espera em filas nas zonas eleitorais,
caracterizando a incompetência do noticiado na administração das eleições.” (e-doc. 1)
Ao final, pede o seguinte:
“[...] Diante do exposto, vem requerer:
O imediato afastamento da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, do ora noticiado, pelas razões já expostas, nessa peça, em caráter de urgência,
considerando o importantíssimo objeto da presente noticia de fato, até final decisão e apuração dos fatos pelos órgãos competentes em requerendo a imediata
remessa a Procuradoria Geral Da União para ciência e parecer da noticia de fato ora ofertada.” (e-doc. 1)
É o relatório. Decido.
Registro, inicialmente, que o art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal atribui ao relator o poder de negar seguimento a pedido
contrário à jurisprudência dominante ou manifestamente improcedente. Pode, inclusive, dispensar a manifestação da Procuradoria- Geral da República - PGR, nos
termos do art. 52, parágrafo único, daquele ato normativo.
Examinados os autos, constato, de plano, que o representante não se desincumbiu da obrigação de especificar a conduta ilícita incorrida pelo representado,
nem indicou qual o dispositivo penal violado, deixando, ademais, de indicar o nexo de causalidade entre as condutas deste e as alegadas intercorrências ocorridas
no primeiro turno do certame eleitoral de 2022.
Ora, não é possível deduzir a prática de qualquer ilícito pelo simples fato ser o referido Ministro o Presidente do TSE, afigurando-se impossível concluir que
ele teria, por qualquer forma, contribuído para os atrasos pontuais identificados nas reportagens transcritas na representação.
O representante, na exordial, veicula alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica e, mais, desprovidas de qualquer demonstração que
indique o descumprimento de algum dever jurídico por parte do representado.
As ilações e conjecturas desfiadas na inicial estão ancoradas exclusivamente na reprodução de reportagens estampadas em veículos de comunicação – as
quais, de resto, nem foram juntadas aos autos -, sendo certo que, de tal modo amealhadas, não constituem material idôneo para desencadear uma investigação
contra o representado.
A representação, a toda a evidência, revela-se desenganadamente inepta, segundo remansosa jurisprudência desta Suprema Corte, da qual transcrevo o
seguinte exemplo:
“[...] Representação não acompanhada de documento ou qualquer indício ou meio de prova minimamente aceitável que noticie ou demonstre
eventual ocorrência das práticas ilícitas apontadas pelo agravante. Afirmações que partem de simples matérias jornalísticas anexadas aos autos. Ausência
de base empírica mínima. A parte se limitou a fazer interpretações de ordem conjectural a respeito das reportagens. Investigação de magistrado que só pode ser feita
pela própria magistratura. Inteligência do art. 33, parágrafo único, da LOMAN. Prerrogativa que não objetiva favorecer aqueles que exercem a magistratura, mas
garantir a independência do exercício de suas funções, além de evitar manipulações políticas de investigações e a subversão da hierarquia. Doutrina e precedentes.
Argumentos insuficientes para infirmar a decisão agravada. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (Agravo Regimental na Petição 9.018/DF, de relatoria do
Ministro Presidente, julgado pelo Plenário Virtual na sessão de 21 a 28/8/2020 - grifei)
Isso posto, por entender que não existe justa causa para a deflagração da persecução penal, e considerando, ainda, que o representante, ao que tudo
indica, agiu com mero espírito de emulação, quiçá com o intuito de atingir a honra pessoal e reputação funcional do representado, nego seguimento ao pedido, com
lastro no art. 21, §1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.574 (243)


ORIGEM : 55574 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : JUCEMAR PEREIRA DOS SANTOS
ADV.(A/S) : ROBERTA CARDOSO MARTINS (73057/RS, 36686/SC)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CAXIAS DO SUL
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DESPACHO
1. Solicitem-se, com urgência, informações ao Juízo reclamado, sobretudo quanto ao alegado desrespeito ao teor do enunciado n. 14 da Súmula Vinculante.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.634 (244)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 67

ORIGEM : 55634 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : MONIKA MANFRINI FERRAZ NOGUEIRA
ADV.(A/S) : RENATO ANDRE DE SOUZA (108792/SP)
ADV.(A/S) : ANA BEATRIZ CARRAMASCHI DE SOUZA (148494/SP)
RECLDO.(A/S) : COLÉGIO RECURSAL CENTRAL DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : BANCO BRADESCO SA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Despacho: Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada por Monika Manfrini Ferraz Nogueira contra decisão do Presidente do Colégio Recursal
Central da Capital SP e acórdão da Oitava Turma Cível do Juizado Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferidos nos autos do processo n.º
0327402-62.2009.8.26.0100.
Narra haver promovido, na origem, ação ordinária com pedido de pagamentos dos expurgos inflacionários provocados pelo Plano Collor I. Após provimento
de seu pedido em 2010, houve recurso pe da outra parte e suspensão do feito em face do RE 591.797 (TEMA 265 da repercussão geral). Após julgamento da ADPF
165 solicitou a retomada do andamento do feito e teve seu pedido indeferido pelo Presidente do Colégio Recursal. Daí seguiram-se agravo interno, cujo provimento
também foi negado; recurso extraordinário então inadmitido e agravo interno, que fora rejeitado.
Alega ofensa ao decidido na ADPF 165, na qual teria sido “expressamente indeferido o pedido de suspensão nacional das ações individuais e coletivas cujo
objeto é expurgo inflacionário provocado em depósito de caderneta de poupança pelos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e II”, bem como o decidido no RE
591.797 (TEMA 265).
Requer o deferimento da Assistência Judiciária Gratuita; a concessão de liminar para cassar a decisão reclamada e determinar o “pronto andamento do
processo”e, no mérito, a confirmação da liminar e o prosseguimento do feito por ter o autor já consignado que não pretende aderir ao acordo.
É o relatório.
Não obstante as razões trazidas pela inicial, julgo indispensável a coleta atualizada das informações, antes do exame do pedido de liminar, cuja análise
postergo e opto por instruir os autos a fim de trazer mais informações para o julgamento da controvérsia.
Solicitem-se informações no prazo legal (art. 989, I, do CPC) e cite-se a parte beneficiária da decisão reclamada para, querendo, no prazo de 15 (quinze)
dias apresentar contestação (art. 989, III, do CPC).
Publique-se. Intime-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro Edson Fachin
Relator
Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 55.640 (245)


ORIGEM : 55640 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : EDILBERTO DE SOUSA CARVALHO
ADV.(A/S) : EDSON PEREIRA DE SA (4288/PI) E OUTRO(A/S)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 22ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : CANTU ENERGETICA S/A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO: Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada em face de decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, nos autos
do Processo nº 0001698-64.2015.5.22.0103, que teria aplicado critérios de juros e correção monetária em conflito com o entendimento do Supremo Tribunal Federal
exarado nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade nº 58 e nº 59 e nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade nº 5.867 e nº 6.021, e TEMA 1191.
Alega que “No julgamento, o Tribunal Regional do Trabalho não verificou que na sentença de primeiro grau já havia a expressa fixação dos índices de
correção monetária e de juros, logo, deveria ter sido aplicado o item I da modulação dos efeitos fixado no tema de Repercussão Geral 11912 , mantendo, portanto, a
decisão de primeiro grau quanto aos índices.”(eDoc1, p. 7)
Requer a suspensão da Reclamação Trabalhista nº 0001698- 64.2015.5.22.0103 até julgamento final desta reclamação, e, no mérito, “seja julgada
procedente a reclamação, cassando a decisão reclamada, conforme disposto no art. 161, III, do Regimento Interno do STF c/c art. 992 do CPC, a fim de que,
anulados os atos decisórios em virtude da flagrante inobservância da tese fixada, principalmente da modulação estabelecida, mantendo os termos da decisão de 1°
grau quanto aos índices de juros e correção monetária; ” (eDoc 1,p. 14)
É o relatório.
Em consulta ao andamento processual do feito no qual proferido o ato reclamado verifico a existência de recurso de revista pendente de apreciação e cuja
apreciação pode interferir no presente pedido.
Desse modo, não obstante as razões trazidas pela inicial, julgo indispensável a coleta atualizada das informações, antes do exame do pedido de liminar, cuja
análise postergo e opto por instruir os autos a fim de trazer mais informações para o julgamento da controvérsia.
Solicitem-se informações no prazo legal (art. 989, I, do CPC) e cite-se a parte beneficiária da decisão reclamada para, querendo, no prazo de 15 (quinze)
dias apresentar contestação (art. 989, III, do CPC).
Brasília, 4 de outbro de 2022
Ministro EDSON FACHIN
Relator
Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 55.657 (246)


ORIGEM : 55657 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECLTE.(S) : CONDOMINIO EDIFICIO VIVENDA DOS TREVOS
ADV.(A/S) : MICHEL SOARES (85574/RS)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 6ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MORGANA PINTO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Despacho: Trata-se de reclamação, com pedido liminar, ajuizada por Condomínio Edifício Vivenda dos Trevos contra ato judicial exarado pelo juízo da 6ª
Vara do Trabalho da Comarca de Porto Alegre/RS, nos autos do processo nº 0020527-50.2022.5.04.0006.
Eis o teor do ato reclamado: (eDoc 10)
“Vistos, etc. Proceda-se à consulta SRFHOD acerca do endereço da primeira reclamada, assim como do seu responsável, reiterando-lhe a notificação
defensiva, caso os endereços ainda não tenham sido diligenciados (ID. b5a39d8).
Concomitantemente, em atenção ao Princípio da Celeridade, reitere-se a aludida notificação pela via editalícia. Após, prossiga-se na forma do despacho de

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28/06/2022.”
Alega que Douta Juíza, ao determinar a citação editalícia em procedimento de rito sumaríssimo na Justiça do Trabalho teria ofendido o decidido na ADI
2160.
Requer a concessão de liminar para desconstituir, desde já, a decisão de citação por edital, no mérito, a confirmação da liminar.
É o relatório.
No andamento processual do feito no Tribunal de origem verifica-se haver, logo após a decisão ora reclamada, em 08 de setembro de 2022, indicação de
que o mandato foi devolvido pelo Oficial de Justiça, cumprido e com a finalidade atingida.
Desse modo, intime-se a parte Reclamante para que informe, no prazo de (10) dez dias, sobre seu interesse no prosseguimento do feito, sob pena de
extinção da causa sem julgamento de mérito, nos termos do art. 485, VI, do CPC.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de de 2022.
Ministro Edson Fachin
Relator
Documento assinado digitalmente

RECLAMAÇÃO 55.712 (247)


ORIGEM : 55712 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : SUPERPESA CIA DE TRANSPORTES ESPECIAIS E INTERMODAIS EM RECUPERACAO JUDICIAL
ADV.(A/S) : LUCIANA PAMPLONA BARCELOS NAHID (133688/RJ)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 80º VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MARCELO PARNAIBA ROCHA
ADV.(A/S) : THASSYA ANDRESSA PRADO DA SILVA (72751/DF, 411032/SP)

DECISÃO
(Petições STF ns. 72.553/2022 e 77.415/2022)
RECLAMAÇÃO. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DA DECISÃO PROFERIDA NA PRESENTE RECLAMAÇÃO. DETERMINAÇÃO DE SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
Relatório
1. Em 14.9.2022, a presente reclamação, ajuizada por Superpesa Cia. de Transportes Especiais e Intermodais, foi julgada procedente para cassar a decisão
prolatada pela Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região no Processo n. 0100331-62.2018.5.01.0080 e determinar outra fosse proferida,
apreciando-se o mérito recursal com observância do decidido por este Supremo Tribunal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 324/DF e no
Recurso Extraordinário n. 958.252-RG, Tema 725 da repercussão geral.
Essa decisão foi publicada no DJe de 15.9.2022.
2. Em 20.9.2022, Superpesa Cia. de Transportes Especiais e Intermodais protocolizou a Petição STF n. 72.553/2022 (e-doc. 12). Afirma que, ao ser
informada sobre a decisão de procedência da presente reclamação e ser provocada pela empresa reclamante a suspender o curso dos atos de execução, o juízo da
Octogésima Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ proferiu o seguinte despacho:
“Mantenho o despacho exarado no Id d9e9b69.
Note-se que a despeito da decisão anexada aos autos, não há a ocorrência do trânsito em julgado, ainda que se tenha determinação de baixa.
Não só.
Verifica-se que o acórdão anexado foi omisso quanto à medida liminar pretendida pela parte a fim de ‘suspender de imediato o andamento da ATOrd nº
0100331-62.2018.5.01.0080, e seus incidentes Execução Provisória 0100331-62.2018.5.01.0080, e cumprimento de sentença sob o nº 0100098- 26.2022.5.01.0080,
todos em trâmite perante a 80ª Vara do Trabalho da Comarca do Rio de Janeiro/RJ’ (fl. 20).’, conforme abaixo reproduzido:
‘… julgo procedente a presente reclamação para cassar a decisão proferida pela Terceira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região e
determinar outra seja proferida, apreciando-se o mérito recursal, com observância do decidido por este Supremo Tribunal na Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental n. 324/DF e no Recurso Extraordinário n. 958.252-RG, Tema 725 da repercussão geral.’
Assim, nada a modificar quanto ao já decidido nos autos.
No que se refere ao excesso de bloqueio, verifique a secretaria o quantum bloqueado nos autos, devolvendo-se ré o saldo remanescente, se houver.
Quanto ao Mandado de Segurança anexado no Id-3e9ebf9, nada a considerando, uma vez que denegada a segurança pelo indeferimento da petição inicial.
No mais, igualmente presentes os requisitos de admissibilidade, recebo o agravo de petição das 1ª, 4ª e 5 rés, e, face as inúmeras decisões já deferidas nos
autos, indefiro efeito suspensivo. Intime-se o autor para contraminutar, bem como a terceira ré para ciência do despacho.
Decorrido, remetam-se ao E TRT para julgamento” (fls. 7-8,
e-doc. 13)
3. A reclamante esclarece que, no processo da origem, foram “bloqueados os valores totais de R$ 741.511,88 em sede de cumprimento provisório de
sentença (processo nº 0100098-26.2022.5.01.0080), bloqueio total datado de 15/09/2022” (fl. 1, e-doc. 12).
Informa ter buscado a “liberação dos valores bloqueados, já que, por sua vultuosa monta, estavam impedindo o adimplemento regular de suas contas,
inclusive no que tange às obrigações junto aos seus empregados. No entanto, (…) o r. Juízo da 80ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro despachou no sentido de
manter o bloqueio judicial, descumprindo frontalmente a decisão exarada pelo Supremo Tribunal Federal, sob o fundamento de restar a mesma omissa” (fl. 2,
e-doc. 12).
Assevera que a presente reclamação foi distribuída com pedido de “suspen[são] de imediato [d]o andamento da ATOrd n. 0100331-62.2018.5.01.0080, e
seus incidentes Execução Provisória 0100331-62.2018.5.01.0080, e cumprimento de sentença sob o nº 0100098-26.2022.5.01.0080, todos em trâmite perante a 80ª
Vara do Trabalho da Comarca do Rio de Janeiro/RJ, até ulterior decisão desta Colenda Suprema Corte Federal, haja vista o descumprimento da decisão” (fl. 3, e-
doc. 12).
Argumenta que, “seja pela presunção lógica de que restou cassada a própria sentença sobre a qual repousa o cumprimento provisório de nº 0100098-
26.2022.5.01.0080 (o acessório segue o principal), seja pelo julgamento totalmente procedente da reclamação, nele incluído expressamente a alínea A do rol de
pedidos (suspensão imediata do referido cumprimento provisório de sentença), não há lógica na r. decisão do Juízo da 80ª VT/RJ, a não ser pela clara intenção de
descumprir ordem judicial” (fl. 3, e-doc. 12).
Requer “que [se] determine o imediato cumprimento da decisão prolatada pela Corte Superior na presente reclamatória pela 80ª VT do Rio de Janeiro,
fazendo cessar a desobediência perpetrada” (fl. 4, e-doc. 12).
Em 4.10.2022, Superpesa Cia. de Transportes Especiais e Intermodais protocolizou a Petição STF n. 77.415/2022 (e-doc. 23), na qual reitera todos os
termos da Petição STF n. 72.553/2022.
Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO.
4. A presente reclamação foi julgada procedente para cassar o acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, por estar em
descompasso com o decidido por este Supremo Tribunal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 324/DF e no Recurso Extraordinário n.
958.252-RG, Tema 725 da repercussão geral.
Pelo acórdão cassado, a autoridade reclamada tinha mantido sentença proferida pelo juízo da Octogésima Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ (fls.
393-399, e-doc. 4), que assentou a invalidade da contratação da mão de obra por empresa interposta e reconheceu vínculo empregatício entre o beneficiário e a
reclamante.
Embora a sentença não tenha sido apontada como ato questionado, o que sequer seria admissível, pois substituída pelo acórdão do Tribunal Regional (art.
1.008 do CPC), a confirmação de seus fundamentos pelo acórdão que resultou cassado na presente reclamação indica tisnar-se a sentença do mesmo vício.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 69

Dispõe o Regimento Interno deste Supremo Tribunal:


“Art. 161. Julgando procedente a reclamação, o Plenário ou a Turma poderá: (…)
III – cassar decisão exorbitante de seu julgado, ou determinar medida adequada à observância de sua jurisdição” (grifos nossos).
A compreensão externada pelo magistrado de primeiro grau de jurisdição sobre a possibilidade de dar continuidade ao atos de execução provisória da
sentença, se admitida, levaria ao completo esvaziamento da decisão proferida por este Supremo Tribunal nesta reclamação, pondo em risco o resultado útil do
processo, em detrimento da autoridade das decisões invocadas como paradigmas de descumprimento.
A suspensão da execução provisória da sentença até que o Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região proceda a novo julgamento do recurso
ordinário interposto pela reclamante é medida processual adequada para assegurar a observância da autoridade dos atos emanados deste Supremo Tribunal.
Acrescente-se, ainda, que a circunstância de a decisão de mérito proferida na presente reclamação não ter transitado em julgado, por estar pendente de
conclusão o julgamento do agravo regimental interposto por Marcelo Parnaíba Rocha, beneficiário da decisão impugnada, não subtrai a eficácia imediata do ato
prolatado nesta reclamação, especialmente por não dispor o agravo regimental de efeito suspensivo.
5. Pelo exposto, determino a suspensão da execução provisória da sentença, com a consequente liberação dos valores bloqueados, até que
sobrevenha novo acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, nos termos da decisão proferida na presente reclamação.
Publique-se
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.993 (248)


ORIGEM : 55993 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : MARIO SINHORELLI DA SILVA
ADV.(A/S) : VERONICA DIAS LINS (28051/DF, 36524/GO)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DESPACHO
1. Solicitem-se, com urgência, informações ao Tribunal reclamado, sobretudo quanto ao alegado desrespeito ao teor do enunciado n. 14 da Súmula
Vinculante.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECLAMAÇÃO 55.995 (249)


ORIGEM : 55995 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : ALMAVIVA PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA
ADV.(A/S) : ALINE DE FATIMA RIOS MELO (105466/MG)
ADV.(A/S) : NAYARA ALVES BATISTA DE ASSUNCAO (119894/MG)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 14ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : GUILHERME HENRIQUE ROCHA DE SOUSA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : TIM CELULAR S.A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO
RECLAMAÇÃO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DE MATÉRIA TRANSITADA EM JULGADO EM
RECLAMAÇÃO: SÚMULA N. 734 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
Relatório
1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada por Almaviva Participações e Serviços Ltda., em 23.9.2022, contra a seguinte sentença
proferida, em 14.8.2014, pelo juízo da Décima Quarta Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG no Processo n. 0000932- 49.2014.5.03.0014, pela qual teriam sido
contrariadas as decisões prolatadas pelo Supremo Tribunal Federal nos Recursos Extraordinários ns. 611.503 e 958.252, paradigmas dos Temas 360 e 725 da
repercussão geral, e na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 324/DF:
“DO MÉRITO
DA ILICITUDE DA TERCEIRIZAÇÃO, DA ISONOMIA SALARIAL E DA RESPONSABILIDADE DAS RECLAMADAS
(...)
Como cediço, no ordenamento jurídico pátrio a terceirização é exceção, sendo admitida nas restritas hipóteses expressas na Súmula 331 do C. TST, de
forma que, salvo no caso de trabalho temporário (Lei 6.019/74), o fornecimento de mão de obra para atuar na atividade-fim do tomador é ilícito.
Apenas quando a terceirização estiver relacionada com a atividade-meio do tomador dos serviços e não houver pessoalidade e subordinação direta do
empregado àquele, ela é lícita, hipótese em que o tomador dos serviços responde de forma subsidiária pelos créditos devidos ao empregado. Resta saber se esse é
o caso dos autos.
É incontroverso que o reclamante exercia a função de atendente de call center/operador de telemarketing, incumbindo-lhe atender exclusivamente clientes
da segunda reclamada, conforme afirmou o preposto da primeira reclamada em depoimento pessoal (fl.443).
É fato público e notório que a segunda reclamada tem por objeto a exploração de serviços de telecomunicações e atividades necessárias ou úteis à
execução desses serviços, na conformidade das concessões, autorizações e permissões que lhe foram outorgadas.
De acordo com o artigo 60 da Lei nº 9.472/97, por serviços de telecomunicações, entende-se o conjunto de atividades que possibilita a oferta de
telecomunicação, desde a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, até a
venda de produtos e serviços que operacionalizem referidas atividades, assim como a captação de novos clientes.
Os serviços de call center transferidos à primeira reclamada estão inseridos nas atividades-fim da segunda ré, sendo certo que as atividades prestadas pelo
reclamante como atendente de telemarketing estavam inseridas nos fins normais do empreendimento da segunda reclamada. A atividade de atendente de call
center/operador de telemarketing está intrinsecamente ligada à prestação de serviços de telecomunicações, não se tratando de atividade acessória ou
complementar, tendo em vista que, sem a presença desta atividade, a segunda reclamada deixaria de cumprir o seu objetivo social que é prestar serviços de
telefonia fixa e móvel, respectivamente. Portanto, trata-se de atividade essencial que promove o contato da segunda reclamada com o público consumidor, o que é
indispensável para garantia do proveito econômico daquela empresa.
No que tange ao artigo 94 da Lei 9472/97 deve ser guardada uma coerência sistêmica com o ordenamento jurídico, prevalecendo as diretrizes, as normas e
os valores constitucionais.
Em uma interpretação conforme da legislação ordinária supratranscrita, a palavra inerente, utilizada no artigo 94, deve ser entendida de forma estrita, não
abrangendo a possibilidade de terceirização da atividade-fim da concessionária.
Inerente, portanto, equivaleria à atividade meio, pois a CF determina (artigo 175) que os serviços públicos sejam prestados diretamente pelo Poder Público

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ou por meio de concessão/permissão, mediante processo licitatório, situação na qual não se enquadra a primeira reclamada. Não se questiona a constitucionalidade
do art. 94 da Lei nº 9.472/97, delimitando-se simplesmente o seu âmbito de aplicação, tarefa afeta ao Juízo.
Neste diapasão, a terceirização realizada pela segunda reclamada, além de ferir a norma constitucional, representou precarização do trabalho humano, com
subtração de direitos trabalhistas, malferindo o princípio da dignidade da pessoa humana e, por conseguinte, a função social da empresa, em benefício exclusivo do
capital e do lucro, sendo, por isso, nula de pleno direito (art. 9º da CLT).
Não se pode admitir a terceirização de serviços que integram a rotina da tomadora (venda de produtos, atendimento ao cliente etc) e que poderiam
facilmente ser prestados por ela.
Patente a fraude na contratação do reclamante, sendo ilícita a terceirização operada entre as reclamadas, o que leva à nulidade do contrato de trabalho
celebrado entre o reclamante e a primeira reclamada e à formação de vínculo de emprego diretamente entre o autor e a segunda reclamada a no período de
19.07.2012 a 03.04.2013, conforme Súmula nº 331 do TST.
Por consequência, com fundamento na Súmula acima citada e no artigo 942, parágrafo único, do Código Civil, reconheço a responsabilidade solidária das
reclamadas por todos os créditos que porventura forem deferidos ao reclamante nesta sentença, por estar comprovada a prática de ato ilícito (terceirização
fraudulenta)”
(fls. 3-5, e-doc. 13).
Contra essa decisão Guilherme Henrique Sousa interpôs recurso ordinário, parcialmente provido (e-doc. 27).
Consta do sítio eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região que essa decisão transitou em julgado em 26.7.2019.
2. A reclamante assevera que “o parâmetro invocado é o decidido no julgamento da ADPF 324 (Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Pleno, julgado em
30/8/2018), combinado o Tema 360 da Repercussão Geral (RE 611.503, Rel. Min. TEORI ZAVASCKI, Redator p/ acórdão Min. EDSON FACHIN, julgado em
20/9/2018)” (fl. 2. e-doc. 1).
Noticia que, “na ação trabalhista nº 0000932-49.2014.5.03.0014, ajuizada por Guilherme Henrique Rocha de Sousa (...), em face de Almaviva do Brasil
Telemarketing e Informática S.A. e Tim Celular S.A., foi postulado pedido de reconhecimento de vínculo empregatício com a empresa tomadora de serviços (TIM
CELULAR S.A), em virtude da suposta terceirização ilícita. Julgada procedente em 01ª instancia, a Reclamada interpôs Recurso Ordinário, no qual, foi negado
provimento, mantendo desta forma, a ilicitude da terceirização. Irresignados com a decisão, fora apresentados Recurso de Revista e Agravo de Instrumento, os
quais, foram denegados seguimentos” (fl. 4, e-doc. 1).
Afirma que, “na época do ajuizamento de ambas as demandas julgadas pelo STF[,] não existia norma legal que impedisse a terceirização na atividade-fim,
sendo que o objeto dos julgamentos era justamente a interpretação adotada pelo TST (súmula 331, III) no tocante à restrição da terceirização para atividade-fim” (fl.
6, e-doc. 1).
Ressalta que “a decisão do STF – Supremo Tribunal Federal é anterior ao trânsito em julgado dessa decisão” (fl. 8, e-doc. 1).
Alega que “o fundamento (...) [adotado para] julg[ar] procedentes os pedidos da reclamação trabalhista que originou a presente execução é nulo, desde
sempre, estando o presente título executivo corrompido pela inconstitucionalidade” (fl. 9, e-doc. 1).
Requer medida liminar “para que seja reconhecida a transcendência política do presente caso, e regular processamento do feito” (fl. 14, e-doc. 1).
Pede a “suspen[são] a eficácia da decisão reclamada, devendo-se observar o reconhecimento da transcendência política do tema e o seu regular
processamento” (fl. 16, e-doc. 1).
Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.
3. No parágrafo único do art. 161 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, dispõe-se que “o Relator poderá julgar a reclamação quando a matéria
for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal”, como ocorre na espécie em exame.
4. Põe-se em foco na reclamação se, ao concluir pela ilicitude da terceirização de mão de obra da atividade-fim e declarar a existência de vínculo
empregatício do beneficiário com a reclamante Almaviva Participações e Serviços Ltda., a autoridade reclamada teria desrespeitado o decidido por este Supremo
Tribunal nos Recursos Extraordinários
ns. 611.503 e 958.252, paradigmas dos Temas 360 e 725 da repercussão geral, e na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
n. 324/DF.
5. Consta do andamento processual do sítio eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região que a fase de conhecimento da Reclamação
Trabalhista n. 0000932-49.2014.5.03.0014 transitou em julgado em 26.7.2019, tendo sido ajuizada a presente reclamação apenas em 23.9.2022.
A pretexto de contrariedade à autoridade deste Supremo Tribunal, que reconheceu a licitude da terceirização de atividade-fim, a reclamante pretende valer-
se de reclamação como instrumento processual para desconstituir decisão judicial transitada em julgado.
É incabível reclamação para rediscutir matéria objeto de decisão transitada em julgado. Incide na espécie a Súmula n. 734 do Supremo Tribunal Federal.
Assim, por exemplo:
“Não cabe reclamação contra decisão com trânsito em julgado anterior ao seu ajuizamento (Súmula n. 734 do Supremo Tribunal Federal” (Rcl n. 12.397-ED,
de minha relatoria, Plenário, DJe 6.3.2012).
“RECLAMAÇÃO. EXECUÇÃO. INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO. TEMA 360. ART. 988, § 5º, I E II, DO CPC. AUSÊNCIA DE ESGOTAMENTO
DAS VIAS ORDINÁRIAS. RECLAMAÇÃO COMO SUBSTITUTIVO RECURSAL. INVIABILIDADE. TRÂNSITO EM JULGADO. OCORRÊNCIA. AGRAVO
REGIMENTAL. PROVIMENTO. RECLAMAÇÃO. EXTINÇÃO. 1. Uma vez encerrada a discussão quanto à exigibilidade do título ainda no âmbito do Tribunal Regional
do Trabalho da 3ª Região, por ocasião do julgamento de agravo de petição, inadmissível se mostra a reclamação ajuizada com vistas a garantir a observância de
acórdão de recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, ante o não esgotamento das instâncias ordinárias e a inviabilidade do uso da reclamação
constitucional como substitutivo recursal. 2. O manejo da ação reclamatória após o trânsito em julgado do ato judicial que se alega tenha desrespeitado a decisão do
Supremo Tribunal Federal é inadmissível, conforme dicção do art. 988, § 5º, I, do CPC. 3. Agravo regimental na reclamação a que se dá provimento” (Rcl n. 45.808-
AgR, Redator para o acórdão o Ministro Edson Fachin, Segunda Turma, DJe 24.2.2022).
“Não cabimento de reclamação como instrumento de resolução de incidentes no processo de execução. 6. Impossibilidade de utilizar-se a reclamação para
renovar debate sobre questões típicas do processo de execução, as quais receberam soluções desfavoráveis quando submetidas ao juízo natural da execução. 7.
Agravo não provido”
(Rcl n. 2.680-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJ 4.8.2006).
“Não há, desse modo, como dar trânsito à presente reclamação, eis que a parte reclamante, ora recorrente, na realidade, desconsiderando a autoridade da
própria ‘res judicata’, buscava rediscutir o julgado tornado irrecorrível, pretendendo, de maneira absolutamente imprópria, o reexame do fundo da controvérsia, que já
constituiu objeto de decisão proferida no processo de conhecimento.
Não custa enfatizar, por necessário, que, em sede de execução, não mais se justifica a renovação do litígio que foi objeto de resolução no processo de
conhecimento, especialmente, como ocorre no caso, quando a decisão que apreciou a controvérsia apresenta-se revestida da autoridade da coisa julgada, hipótese
em que, nos termos do art. 474 do CPC, ‘reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas que a parte poderia opor (…) à rejeição do pedido.
Cabe ter presente, neste ponto, a advertência da doutrina (NELSON NERY JUNIOR/ROSA MARIA ANDRADE NERY, ‘Código de Processo Civil Comentado’,
p. 928, 4ª ed., 1999, RT), cujo magistério – em lição plenamente aplicável ao caso ora em exame – assim analisa o princípio do ‘ tantum judicatum quantum
disputatum vel disputari debebat’:
‘Transitada em julgado a sentença de mérito, as partes ficam impossibilitadas de alegar qualquer outra questão relacionada com a lide sobre a qual pesa a
autoridade da coisa julgada. A norma reputa repelidas todas as alegações que as partes poderiam ter feito na petição inicial e contestação a respeito da lide e não o
fizeram. Isto quer significar que não se admite a propositura de nova demanda para rediscutir a lide, com base em novas alegações’.
Esse entendimento – que sustenta a extensão da autoridade da coisa julgada em sentido material tanto ao que foi efetivamente arguido quanto ao que
poderia ter sido alegado, mas não o foi, desde que tais alegações e defesas se contenham no objeto do processo – também encontra apoio no magistério doutrinário
de outros eminentes autores, tais como HUMBERTO THEODORO JÚNIOR (‘Curso de Direito Processual Civil’, vol. I/537-538, item n. 516, 25ª ed., 1998, Forense),
VICENTE GRECO FILHO (‘Direito Processual Civil Brasileiro’, vol. 2/239, item n. 57.2, 4ª ed., 1989, Saraiva), MOACYR AMARAL SANTOS (‘Primeiras Linhas de
Direito Processual Civil’, vol. 3/58-59, item n. 744, 10ª ed., 1989, Saraiva), EGAS MONIZ DE ARAGÃO (‘Sentença e Coisa Julgada’, p. 324/328, itens ns. 224-227,
1992, Aide) e JOSÉ FREDERICO MARQUES (‘Manual de Direito Processual Civil’, vol. III/332, item n. 689, 2ª ed., 1998, Millennium Editora).
Lapidar, sob tal aspecto, a autorizadíssima lição de ENRICO TULLIO LIEBMAN (‘Eficácia e Autoridade da Sentença’, p. 52/53, item n. 16, nota de rodapé,
tradução de Alfredo Buzaid/Benvindo Aires, 1945, Forense), que, ao referir-se ao tema dos limites objetivos da coisa julgada, acentua que esta abrange ‘tanto as
questões que foram discutidas como as que o poderiam ser’:
‘(...) se uma questão pudesse ser discutida no processo, mas de fato não o foi, também a ela se estende, não obstante, a coisa julgada, no sentido de que
aquela questão não poderia ser utilizada para negar ou contestar o resultado a que se chegou naquele processo. Por exemplo, o réu não opôs uma série de

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deduções defensivas que teria podido opor, e foi condenado. Não poderá ele valer-se daquelas deduções para contestar a coisa julgada. A finalidade prática do
instituto exige que a coisa julgada permaneça firme, embora a discussão das questões relevantes tenha sido eventualmente incompleta; absorve ela, desse modo,
necessariamente, tanto as questões que foram discutidas como as que o poderiam ser’.
Sendo assim, pelas razões expostas, com apoio no parecer emanado da douta Procuradoria-Geral da República, e considerando, notadamente, a Súmula
734/STF (‘Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal’),
nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, por seus próprios fundamentos, a decisão de fls. 21/23” (Rcl n. 8.716-AgR, Relator o Ministro Celso de
Mello, Plenário, DJe 26.5.2011).
No mesmo sentido, em processos análogos, as seguintes reclamações em decisões monocráticas por mim proferidas: Rcl n. 48.513, DJe 28.7.2021; Rcl n.
47.272, DJe 25.5.2021; Rcl n. 45.394, DJe 9.2.2021; Rcl n. 42.796, DJe 10.9.2020; Rcl n. 55.599, DJe 14.9.2022; Rcl n. 55.782, DJe 20.9.2022; e Rcl n. 55.890, DJe
22.9.2022.
Ausentes os requisitos processuais viabilizadores do regular trâmite desta reclamação.
6. Pelo exposto, nego seguimento à presente reclamação (§ 1º do art. 21 e parágrafo único do art. 161 do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal), prejudicado o requerimento de liminar.
Ressalte-se que eventual recurso manifestamente inadmissível contra esta decisão demonstraria apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional, o que sujeitaria a parte à aplicação da multa processual do § 4º do
art. 1.021 do Código de Processo Civil.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 56.131 (250)


ORIGEM : 56131 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECLTE.(S) : OSVALDO RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR
ADV.(A/S) : MARIANA FLEMING SOARES ORTIZ (363965/SP)
ADV.(A/S) : STEPHANIE SOLE BARABANI (4869-A/AP, 27943/ES, 409586/SP)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE PARAOPEBA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DESPACHO
1. Solicitem-se, com urgência, informações ao Juízo reclamado, sobretudo quanto ao alegado desrespeito ao teor do enunciado n. 14 da Súmula Vinculante.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECLAMAÇÃO 56.196 (251)


ORIGEM : 56196 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : MARCIO BUENO DA ROSA
ADV.(A/S) : JORGE BAPTISTA DA SILVA (170627/SP)
RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ATIBAIA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de reclamação com pedido de liminar proposta por Márcio Bueno da Rosa para garantir a autoridade da decisão proferida no RHC 203.558/SP pelo
Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Atibaia/SP.
A defesa técnica afirma que, no RHC 203.558/SP, aplicando retroativamente o § 5º do art. 171 do Código Penal – CP, esta Suprema Corte determinou a
intimação da vítima para, querendo, oferecer representação no prazo de 30 dias.
Aduz que a Ação Penal 0002059-89.2015.8.26.0048 deveria ter sido arquivada diante da decadência, mas que o juízo reclamado, após o trânsito em
julgado, assim decidiu:
“Vistos.
1. Atualize histórico de partes.
2. Expeça-se guia de recolhimento definitiva ao réu Márcio Bueno da Rosa, a ser remetida à VEC competente.
3. Cumpra-se p. 358, remetendo o V. Acórdão e a certidão de trânsito em julgado à 11ª Vara Cível do Foro Cível Central da Capital. Por fim, considerando o
reduzido número de serventuários lotados neste Cartório Criminal, bem como considerando o invencível volume de serviço, e ainda, buscando celeridade, a presente
decisão servirá como OFÍCIO (item 2).” (pág. 3 do documento eletrônico 1).
Diante disso, requer, liminarmente,
“[...] a concessão da medida liminar com o fim de suspender o Despacho de Primeira Instância, e/ou s.m.j., de ofício a determinação para se cumprir a R.
Decisão desta Suprema Corte, eis que contrária à ordem posta pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, ao que tange a decadência, havendo in casu, a
extinção da punibilidade.” (pág. 4 do documento eletrônico 1).
Ao final, “demostrado e provado, requer que seja conhecido e provido a Presente Ação Constitucional Reclamatória”. (pág. 5 do documento eletrônico 1).
É o relatório. Decido.
Bem examinados os autos, tenho que a reclamação perdeu seu objeto, uma vez que, em seus esclarecimentos, prestados de forma espontânea em
4/10/2022, a autoridade reclamada comunicou que reviu a decisão anteriormente proferida e encaminhou documentos que comprovam ter sido a vítima intimada para
representar contra o reclamante, tal como determinado no RHC paradigma.
Transcrevo o inteiro teor dessas informações:
“Vistos.
Revejo a decisão de p. 1.342.
Remetam-se cópias de p. 1.256 e 1.258 ao E. Supremo Tribunal Federal, para instruir o Ag. Reg. no Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 203.558 São
Paulo e a Reclamação nº 56196, com urgência.
Int.” (pág. 4 do documento eletrônico 10).
Isso posto, julgo prejudicada esta reclamação (art. 21, IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal – RISTF).
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

RECLAMAÇÃO 56.203 (252)

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ORIGEM : 56203 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL


PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE PASSO FUNDO
ADV.(A/S) : RAFAEL TAUFER DA SILVA (77335/RS)
RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NEVERTON MAXIMILIANO FONTANA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

DECISÃO
RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ALEGADO DESRESPEITO À SÚMULA VINCULANTE N. 10. DESCUMPRIMENTO DAS DECISÕES PROFERIDAS
NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE N. 16 E NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 760.931, TEMA 246. INSUBSISTÊNCIA DO ATO
RECLAMADO. SUBSTITUIÇÃO. ART. 1.008 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. RECLAMAÇÃO À QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
Relatório
1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada pelo Município de Passo Fundo/RS, em 3.10.2022, contra acórdão prolatado pela Quarta
Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região, no Processo n. 0020867-34.2020.5.04.0662, pelo qual teria sido desrespeitada a Súmula Vinculante n. 10
e descumpridas as decisões proferidas por este Supremo Tribunal na Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 16 e no Recurso Extraordinário n. 760.931, Tema
246 da repercussão geral.
O caso
2. Em 15.6.2021, o juízo da Quarta Vara do Trabalho de Passo Fundo/RS julgou parcialmente procedentes os pedidos formulados por Neverton Maximiliano
Fontana contra o Município de Passo Fundo/RS na Reclamação Trabalhista n. 0020867-34.2020.5.04.0662, segundo consta do sítio eletrônico do Tribunal Regional
do Trabalho da Quarta Região.
Em 17.11.2021, a Quarta Turma do Tribunal Regional deu parcial provimento ao recurso ordinário interposto pelo beneficiário e negou provimento ao recurso
do Município de Porto Franco/MA. Tem-se na ementa do julgado:
“RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. CONDUTA CULPOSA DO ENTE PÚBLICO TOMADOR DE
SERVIÇOS. SÚMULA 331, V, DO TST. Evidenciada a conduta culposa da Administração Pública pela ausência de fiscalização do cumprimento das obrigações
trabalhistas do prestador de serviços resultantes da execução do contrato de prestação de serviços mantido com o ente público, impõe-se a declaração de sua
responsabilidade subsidiária sobre a condenação ditada, na forma da súmula 331, V, do TST e da súmula 11 deste Tribunal” (e-doc. 4).
Contra esse acórdão o Município de Passo Fundo/RS interpôs recurso de revista, inadmitido, e agravo de instrumento.
Consta do sítio eletrônico do Tribunal Superior do Trabalho que, em 14.9.2022, o Agravo de Instrumento no Recurso de Revista n. TST-AIRR –
20867-34.2020.5.04.0662 teve seguimento negado monocraticamente pelo Ministro Relator.
A publicação dessa decisão, em 20.9.2022, é o último andamento no sítio do Tribunal Superior do Trabalho até a presente data.
3. Nesta ação, o reclamante volta-se contra “o v. acórdão proferido pelo E. TRT4 nos autos processo 0020867-34.2020.5.04.0662” (fl. 1, e-doc. 1).
Noticia que “o E. Tribunal da 4ª Região negou provimento ao Recurso Ordinário do Município ora Reclamante, com fundamento na Súmula 331, do C.
Tribunal Superior do Trabalho e na inaplicabilidade do artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, violando, pois, a autoridade do julgado na ADC nº 16, bem como a decisão
proferida em Repercussão Geral pelo STF no Re 760.931, e Súmula Vinculante nº 10 deste E. STF, condenando a ora reclamante subsidiariamente nas parcelas
deferidas a empregados da empresa CCS Terceirizados, contratada mediante regular procedimento licitatório” (fl. 2).
Sustenta que, “apesar da ausência de prova de conduta culposa, o E. TRT fundamentou sua decisão na presunção de culpa, já que utilizou como
fundamento o próprio inadimplemento como elemento caracterizador, bem como a teoria da aptidão do ônus da prova” (fl. 10).
Assevera que “a condenação subsidiária foi automática e amparada na presunção de ineficácia da fiscalização gerada pelo inadimplemento” (fl. 11).
Requer “medida liminar para suspender o v. acórdão da 8ª Turma do
E. TRT da 4ª Região, proferido nos autos da reclamação trabalhista n. 0020450- 84.2020.5.04.0661” (fl. 12).
Pede “seja julgada procedente a presente reclamação constitucional para cassar o v. acórdão da 8ª Turma do E. TRT da 4ª Região” (fl. 13).
Examinados os elementos havidos nos autos, DECIDO.
4. No parágrafo único do art. 161 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, dispõe-se que “o Relator poderá julgar a reclamação quando a matéria
for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal”, como ocorre na espécie em exame.
5. Põe-se em foco nesta reclamação se, ao responsabilizar subsidiariamente a Administração Pública pelos encargos trabalhistas não pagos pela empresa
contratada, a autoridade reclamada teria desrespeitado a Súmula Vinculante n. 10 e descumprido as decisões proferidas por este Supremo Tribunal na Ação
Declaratória de Constitucionalidade n. 16 e no Recurso Extraordinário n. 760.931, Tema 246 da repercussão geral.
6. O Ministro Relator do processo de origem no Tribunal Superior do Trabalho analisou o mérito da demanda e negou provimento ao agravo de instrumento
no recurso de revista interposto pelo Município de Passo Fundo/RS contra o acórdão prolatado pelo Tribunal Regional.
O título judicial contra o qual se volta o reclamante – o acórdão prolatado pela Quarta Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região no
julgamento da Reclamação Trabalhista n. 20867-34.2020.5.04.0662 – não mais subsiste. Foi substituído pela decisão proferida pelo Relator do Agravo de
Instrumento no Recurso de Revista n. TST-AIRR – 20867-34.2020.5.04.0662, tornando-se o único ato judicial processualmente questionável, se fosse o caso, nos
termos da legislação vigente. Assim, por exemplo:
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. ALEGADA AFRONTA À AUTORIDADE DO DECIDIDO NA ADI Nº 3.395. SEGUIMENTO NEGADO À
RECLAMAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO DA DECISÃO RECLAMADA EM MOMENTO ANTERIOR À PRÓPRIA PROPOSITURA DA RECLAMAÇÃO. PERDA DE OBJETO.
1. O instituto da reclamação não se destina ao atropelamento da marcha processual, a substituir ou complementar os meios de defesa previstos na legislação
processual, haja vista a fundamentação vinculada desta ação constitucional. 2. Ato judicial reclamado substituído por ato decisório proferido em julgamento de
recurso. Incidência do efeito substitutivo dos recursos. Art. 512 do CPC/73. Mérito da reclamação constitucional não analisado, em razão da inviabilidade de
seguimento desta, por perda de objeto. 3. Agravo regimental conhecido e não provido” (Rcl n. 18.537-AgR, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe
13.3.2017).
“AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO. SUBSTITUIÇÃO DO ATO RECLAMADO POR NOVO TÍTULO JUDICIAL: ART. 512 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (Rcl n. 17.600-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 1º.8.2018).
A decisão pela qual substituído o acórdão reclamado é anterior ao ajuizamento da presente reclamação, pelo que descabe cogitar-se da possibilidade de
deferimento de prazo para eventual emenda à inicial.
7. No art. 1.008 do Código de Processo Civil, dispõe-se que “o julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de
recurso”.
Ao tratar dos efeitos da decisão judicial pela qual se substitui outra de instância hierarquicamente inferior, Nelson Nery Júnior leciona:
“Ainda que o Acórdão confirme a sentença recorrida, haverá a substituição integral desta por aquele.
Substituição: Somente haverá substituição se o recurso for conhecido. O julgamento do mérito do recurso substitui a decisão recorrida. Verifica-se a
substituição quando: a) em qualquer hipótese (erro in judicando ou in procedendo), for negado provimento ao recurso; b) em caso de erro in judicando, for dado
provimento ao recurso. Ainda que a decisão recursal negue provimento ao recurso, ou, na linguagem inexata mas corrente, ‘confirme’ a decisão recorrida, existe o
efeito substitutivo, de sorte que o que passa a valer e ter eficácia é a decisão substituída e não a decisão ‘confirmada’. Com muito maior razão a substituição se dá
quando a decisão recursal dá provimento ao recurso” (Código de processo civil comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003, p. 879).
Na mesma linha, Theotonio Negrão assinala:
“Para que a substituição se opere é necessário que se trate de recurso fundado em erro in judicando e ele seja conhecido. Não interessa para fins de
substituição o provimento do recurso nessas circunstâncias: mesmo quando o tribunal rejeita a pretensão recursal, seu pronunciamento substitui a decisão recorrida”
(Código de processo civil. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 694).
8. Pelo exposto, nego seguimento à presente reclamação (§ 1º do art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), prejudicado o
requerimento de medida liminar.
Ressalte-se que eventual recurso manifestamente inadmissível contra esta decisão demonstraria apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional, o que sujeitaria a parte à aplicação da multa processual do § 4º do

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art. 1.021 do Código de Processo Civil.


Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

RECLAMAÇÃO 56.234 (253)


ORIGEM : 56234 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : MUNICIPIO DE DOMINGOS MOURAO
ADV.(A/S) : GENEYLSON CALASSA DE CARVALHO (20927/PI)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE PIRIPIRI
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : IRACI DOMINGOS ALVES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Antes de decidir o pleito cautelar ou o mérito desta reclamação, entendo necessária a vinda de prévias informações.
Publique-se
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

RECLAMAÇÃO 56.236 (254)


ORIGEM : 56236 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECLTE.(S) : DANIEL SANTOS BENITEZ LOPEZ
ADV.(A/S) : ALINE DA MOTTA LOUREIRO (145048/RJ)
RECLDO.(A/S) : SECRETARIA DE ESTADO DA POLICIA MILITAR
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

Antes de decidir o mérito desta reclamação, entendo necessária a vinda de prévias informações do Diretor da Unidade Prisional da Polícia Militar do Estado
do Rio de Janeiro – UP/PMERJ quanto ao alegado pelo reclamante na petição inicial.
Oficie-se com urgência.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 56.252 (255)


ORIGEM : 56252 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : PARANÁ
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
RECLTE.(S) : NILTO CEZAR CHOIGUEL
ADV.(A/S) : SAULO ALVES DE MOURA (76881/PR)
RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS E CORREGEDORIA DOS PRESÍDIOS DA COMARCA DE
CASCAVEL/PR
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
BENEF.(A/S) : NÃO INDICADO

DESPACHO
RECLAMAÇÃO. CONSTITUCIONAL. ALEGADA CONTRARIEDADE À DECISÃO PROFERIDA NO JULGAMENTO DO HABEAS CORPUS COLETIVO N.
143.641 E DO HABEAS CORPUS N. 165.704. NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DOS PEDIDOS DA INICIAL.
Relatório
1. Reclamação, com requerimento de medida liminar, ajuizada em 4.10.2022 por Nilton Cezar Choiguel contra ato do juízo da Vara de Execuções Penais e
Corregedoria dos Presídios da comarca de Cascavel/PR. Alega-se contrariedade à decisão proferida pela Segunda Turma deste Supremo Tribunal no julgamento do
Habeas Corpus coletivo n. 143.641, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, e do Habeas Corpus n. 165.704, Relator o Ministro Gilmar Mendes, em razão do
indeferimento do pedido de prisão domiciliar no Processo n. 4001034-93.2021.8.16.0030.
2. O reclamante alega ter sido “preso na data de 15/12/2020, tendo sido condenado a pena de 08 (oito) anos, 05 (cinco) meses e 15 (quinze) dias de
reclusão. Sendo que teve deferido pedido de prisão domiciliar com uso de tornozeleira, a partir data de 08/02/2021, mesmo estando preso provisoriamente, visto ter
sido condenado com o transito em julgado em data de 09/12/2021, mantendo-se em prisão domiciliar até a data da revogação em 24/08/2022, já na fase de
execução da pena.
(…) é pai de uma criança de apenas 08 anos de idade, a qual possui deficiência física e cognitiva, que estava sob seus cuidados e zelo; gerando a prisão
ora existente, gravíssimos transtornos para a formação psicológica e tratamento da infante.
É de ser revelado, que a referida criança, desde seu nascimento necessita de acompanhamento (médico, fisioterapeuta, oftalmologista), tudo devido as
complicações de saúde que trouxe consigo desde o nascimento, com aproximadamente 01 (um) ano foi submetida a cirurgia em ambos os pés, eram tortos
congênitos, sendo que posterior a cirurgia foi recomendado o uso permanente de botas ortopédicas e palmilhas especiais, tendo permanecido com sequelas
naturais, o que não foi possível corrigir com a cirurgia, de maneira que a criança possui dificuldades para caminhar, andando os pés começam a doer bastante e
enrijecem, devido um de seus pés ainda ser ‘torto’, futuramente passará por outra cirurgia.
Ainda a saber, a criança possui problemas de visão, uma das Pálpebra é caída, tendo dificuldades para enxergar, dentre outros problemas de grau clinico
neurológico.
Para melhor evidenciar a deficiência, a criança foi avaliada por peritos do INSS, os quais concluíram que a mesma é portadora de deficiências, de modo que
suas condições impossibilitam a sua participação de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas, por tais motivos
concluíram em garantir a criança o benefício de Prestação Continuada (BPC), comprovante anexo.
Não obstante os problemas e as dificuldades da criança, filha do agravante, sua esposa, Neusa, está em fase de tratamento intensivo de câncer, sendo que
o reclamante, é a única pessoa que vinha cuidando de tudo, promovendo cuidados e zelos da família, levando a filha até o embarque da Van transporte da escola,
agendando sessões de fisioterapia, bem como em todas a demais necessidades e afazeres domésticos.
No entanto a presente reclamação, indubitavelmente faz-se necessário, para reestabelecer regime de PRISÃO DOMICILIAR COM USO DE
TORNOZELEIRA ELETRONICA, muito embora tenha ficado evidenciado a necessidade da medida, visto as provas juntadas em todos os pedidos ora indeferidos
sem a mínima fundamentação pelo juízo ‘o quo’” (sic).
Anota “preenche(r) todos os requisitos necessários, inclusive com documentos comprobatórios recentes, a par disso, o reclamado, já vinha cumprindo pena
em regime DOMICILIAR, para atender as necessidades de uma criança deficiente e uma mulher ‘esposa’ doente, o que jamais, deverá ser entendido como um
benefício concedido ao réu, foi retirado tal direito, de maneira sumaria.

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Gize-se também, os motivos pelos quais ensejaram a revogação da prisão domiciliar do reclamado sumariamente, foi unicamente a implantação deste, junto
ao sistema penal de execução da pena, por outro lado, a necessidade da medida, não teve nenhuma modificação para que ensejasse a revogação, pelo contrário, a
saúde de sua esposa, caminha-se cada dia para pior.
(…) o fato ser admitido ao reclamante a possibilidade de cumprir pena em regime domiciliar – com uso de tornozeleira eletrônica, não deve ser entendido
como um benefício de que o mesmo como isso, estará livrando-se solto, pois a questão enfrentada diz respeito aos CUIDADOS da FILHA POSSIUDORA DE
DEFICIÊNCIAS, ESPOSA COM ESTADO PÉSSIMO DE SAÚDE, circunstancias que evidenciam a necessidade de proteção à DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA,
por ser o princípio mais importante do ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da dignidade humana se encontra no artigo 1º da Constituição Federal, em seu
inciso III” (sic).
Estes o requerimento e os pedidos:
“1) A par da evidente necessidade da presente RECLAMAÇÃO, requer a Vossas excelências, que seja recebido a presente reclamação constitucional, como
forma de RESTABELECER ao apenado a possibilidade de CUMPRIR PENA EM REGIME DOMICILIAR.
2) Com base, no LAUDO TÉCNICO, bem como, os atestados médicos da Sra. NEUSA SCHEER e sua filha ISABELA, os quais são documentos
comprobatórios que seguem anexos, por tais razões, postula-se a Vossas Excelências, nos termos artigos 5º, inciso LVII da Constituição Federal, artigo 316, 318,
inciso III e VI do CPB, artigos 319 e 321, do Código de Processo Penal, bem como nos termos do HABEAS CORPUS 165.704 DISTRITO FEDERAL relator Ministro
Gilmar Mendes - STF, pelo restabelecimento da medida já aplicada anteriormente, para a substituição do cumprimento da pena em regime fechado por prisão
domiciliar - ao genitor (homem) ressalvados o descumprimento, sob pena de revogação, caso ocorra venha ocorrer.
3) no caso do deferimento da liminar desta reclamação, seja imediatamente informado o juízo a quo, ainda comunicado o setor de carceragem, no qual o se
encontra o apenado, afim de tornar todos os efeitos da decisão interlocutória cassados” (sic).
3. Os argumentos postos nos autos impõem a requisição de informações para esclarecimento sobre o alegado na inicial e o quadro que teria conduzido à
revogação da prisão domiciliar do reclamante.
Com as informações, haverá elementos bastantes para exame e decisão do requerimento de liminar e sobre o prosseguimento da presente ação, para
análise mais detida da questão.
4. Oficie-se ao juízo da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios da comarca de Cascavel/PR, para, no prazo máximo de quarenta e
oito horas, prestar informações pormenorizadas sobre o alegado na presente reclamação e os fundamentos da revogação da prisão domiciliar no
Processo n. 4001034-93.2021.8.16.0030, esclarecendo se os estados de saúde da esposa e da filha do reclamante foram analisados, considerados os
laudos e atestados apresentados, e se foi averiguada a indispensabilidade dele para o cuidado da menor e a impossibilidade da genitora nessa atribuição.
Remetam-se, com o ofício, cópias da inicial e do presente despacho.
Prestadas as informações, retornem-me os autos imediatamente em conclusão.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

MEDIDA CAUTELAR NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.500 (256)


ORIGEM : 220500 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : MARIO SERGIO CIOCCA
ADV.(A/S) : FLAVIO MODENA CARLOS (20234-A/MS, 57574/PR)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

DECISÃO
1. Mario Sergio Ciocca interpôs recurso ordinário em habeas corpus, com pedido de medida liminar, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que está
assim ementado:
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO PELOS CRIMES DE TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO.
PLEITO DE ABSOLVIÇÃO QUANTO AO CRIME DE ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. REEXAME DE
PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Agravante que agindo em comunhão de esforços, caracterizado pela unidade de desígnios, estava envolvido no transporte de 340kg (trezentos e quarenta
quilos) de maconha.
2. A Corte estadual, após toda a análise do conjunto fático-probatório amealhado aos autos, concluiu pela existência de elementos concretos e coesos que
revelaram o tráfico de drogas e o vínculo associativo. Mostra-se inviável a absolvição do agravante sobretudo em se considerando que, no processo penal, vigora o
princípio do livre convencimento motivado, em que é dado ao julgador decidir pela condenação do agente, desde que o faça fundamentadamente, exatamente como
verificado nos autos.
3. "No processo penal brasileiro vigora o princípio do livre convencimento, em que o julgador, desde que de forma fundamentada, pode decidir pela
condenação, não cabendo na angusta via do writ o exame aprofundado de prova no intuito de reanalisar as razões e motivos pelos quais as instâncias anteriores
formaram convicção pela prolação de decisão repressiva em desfavor do paciente" (HC n. 267.027/DF, relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma DJe 22/5/2013).
4. A prova da responsabilização penal não está adstrita exclusivamente à análise da simples ocorrência dos fatos, mas sim a uma análise pormenorizada de
todos os elementos circunstanciais que envolvem o fato delituoso, o que foi observado no presente caso.
5. Se o Tribunal de origem, em cognição ampla e exauriente concluiu pela induvidosa autoria e materialidade dos delitos, a condenação do agravante era
medida que se impunha, não existindo, portanto, nenhuma ilegalidade ou teratologia a ser reparada.
6. Agravo regimental desprovido.
(HC 708.052 AgRg, ministro Antonio Saldanha Palheiro)
Em suas razões, a parte recorrente pretende, em síntese, a absolvição do delito de associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei nº 11.343/2006).
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Tal o contexto, entendo não assistir razão à parte recorrente.
Como bem destacou o Superior Tribunal de Justiça, no caso em exame “tanto o Magistrado de piso quanto o Tribunal local, após a ponderação acerca dos
elementos probatórios colhidos em observância aos princípios do devido processo legal substancial, do contraditório e da ampla defesa, concluíram pela
comprovação tanto da autoria quanto da materialidade do delito imputado ao agravante” (grifei).
Confira-se, no ponto, trecho do acórdão proferido pelo Tribunal de origem (com meus grifos):
In casu, cumpre frisar que a vinculação consciente entre os acusados/recorrentes Mário Sérgio Ciocca, Eberson Manoel da Rocha e Wagner Pereira do
Nascimento, ficou comprovada, vez que eles, juntamente com o corréu Cleverton da Cunha Pestana e outas pessoas não identificadas, associaram-se de
maneira estável e permanente para a prática do delito de tráfico de entorpecente, sendo que nessa organização cada um de seus membros possuía uma
função.
De acordo com as provas dos autos, o corréu Cléverton era o financiador e proprietário do entorpecente; sendo que o apelante Mário Sérgio cuidava da
logística organizacional do delito, ou seja, era o gerente da empreitada; enquanto que o recorrente Wagner auxiliava na captação de pessoas para realizar o
transporte da droga e o apelante Eberton seria o responsável pelo transporte da substância entorpecente.
Some-se a isso, o fato de que resta evidenciado nos autos que os acusados organizavam-se com bastante antecedência para a realização da
traficância, demonstrando o vínculo estável e duradouro da associação criminosa exercida pelos Apelantes.
Assim, tenho que todas as características descritas e exigidas pela doutrina para configuração do crime tipificado no artigo 35, da Lei nº
11.343/2006 encontra-se inegavelmente comprovada no presente feito, de maneira que não resta outro caminho além de manter a sentença que condenou os
Apelantes pela prática do crime de associação para o tráfico.
Desta forma, para se acatar a tese defensiva no sentido da inocência do recorrente, seria indispensável o reexame de todo conjunto fático-probatório

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produzido nos autos, o que é inviável na via estreita do habeas corpus, que não admite dilação probatória, nos termos da jurisprudência pacífica desta Suprema
Corte (RHC 169.523, ministra Rosa Weber; RHC 198.607, ministro Alexandre de Moraes; RHC 200.313, ministro Ricardo Lewandowski):
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIMES DE TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO.
WRIT SUCEDÂNEO DE RECURSO OU REVISÃO CRIMINAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. ESTABILIDADE E PERMANÊNCIA RECONHECIDAS NA
ORIGEM. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. [...].
[...]
2. Ato coator parametrizado com a orientação jurisprudencial desta Corte no sentido de que, para acolher a tese de absolvição do delito de
associação para o tráfico, imprescindíveis o reexame e a valoração de fatos e provas, para o que não se presta a via eleita, à medida que os contornos
fáticos e probatórios delineados pelas instâncias ordinárias apontam no sentido da prática do delito. Precedentes.
[...]
6. Agravo regimental conhecido e não provido.
(RHC 214.828 AgR, ministra Rosa Weber - grifei)
AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA: IMPOSSIBILIDADE.
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE REVISÃO CRIMINAL. ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO DE DROGAS. PRETENDIDA ABSOLVIÇÃO. REEXAME DE
FATOS E PROVAS: DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
(HC 214.252 AgR, ministra Cármen Lúcia - grifei)
Desta forma, não há reparos a se fazer na decisão recorrida.
3. Em face do exposto, nego provimento ao recurso ordinário em habeas corpus.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.743 (257)


ORIGEM : MS - 28743 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
REQTE.(S) : MARIA CRISTINA OLIVEIRA SIMÕES
ADV.(A/S) : MIRIAN RIBEIRO RODRIGUES DE MELLO GONCALVES (17956/DF, 8798/A/MT)
REQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
REQDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
1. Ante a devolução do MS 28.801 ao Ministro Vistor para continuidade do julgamento, determino, por cautela e razoabilidade, a remessa deste processo ao
gabinete do ministro Gilmar Mendes.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.799 (258)


ORIGEM : MS - 28799 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
REQTE.(S) : GRACIEMA RIBEIRO DE CARAVELLAS
ADV.(A/S) : JORGE OCTÁVIO LAVOCAT GALVÃO (23437/DF) E OUTRO(A/S)
REQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
1. Ante a devolução do MS 28.801 ao Ministro Vistor para continuidade do julgamento, determino, por cautela e razoabilidade, a remessa deste processo ao
gabinete do ministro Gilmar Mendes.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.892 (259)


ORIGEM : MS - 28892 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
REQTE.(S) : MARCOS AURÉLIO REIS FERREIRA
ADV.(A/S) : MIRIAN RIBEIRO RODRIGUES DE MELLO GONCALVES (17956/DF, 8798/A/MT)
REQDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO
1. Ante a devolução do MS 28.801 ao Ministro Vistor para continuidade do julgamento, determino, por cautela e razoabilidade, a remessa deste processo ao
gabinete do ministro Gilmar Mendes.
2. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSOS

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.384.414 (260)


ORIGEM : RHC - 151405 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) : FABIO SCHVARTSMAN
ADV.(A/S) : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI (25350/DF, 163657/SP)

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 76

ADV.(A/S) : MAURICIO DE OLIVEIRA CAMPOS JUNIOR (49369/MG)


ADV.(A/S) : PAULO FREITAS RIBEIRO (66655/RJ, 181503/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DESPACHO: Ref. Petição-STF 77767/2022.


Trata-se de Petição-STF 77767/2022, de 4 de outubro de 2022, mediante a qual FÁBIO SCHVARTSMAN sustenta que “o Ministério Público do Estado de
Minas Gerais apresentou, nesta data, às 18h48, sustentação oral por meio digital e que (ii) o conteúdo do referido arquivo não está disponível para acesso pelos
advogados habilitados no feito, o que impede à Defesa confrontar eventuais elementos articulados pela Acusação e o pleno exercício do contraditório” (eDOC 118, p.
1).
Requer, assim, o adiamento do julgamento e a remarcação da sessão virtual, inclusive com a renovação do prazo para apresentação de sustentação oral, a
fim de que a defesa tenha acesso ao conteúdo supramencionado.
Conforme se depreende do § 2º do artigo 5º-A da Resolução/STF n. 642, de 14 de junho de 2019, que dispõe sobre o julgamento de processos em lista nas
sessões presenciais e virtuais do Supremo Tribunal Federal, as sustentações orais por meio eletrônico somente ficarão disponíveis no sítio eletrônico da Corte
durante a sessão de julgamento. Confira-se:
“Art. 5º-A Nas hipóteses de cabimento de sustentação oral previstas no regimento interno do Tribunal, fica facultado à Procuradoria-Geral da República, à
Advocacia-Geral da União, à Defensoria Pública da União, aos advogados e demais habilitados nos autos encaminhar as respectivas sustentações por meio
eletrônico após a publicação da pauta e até 48 horas antes de iniciado o julgamento em ambiente virtual.
§ 1º O envio do arquivo de sustentação oral será realizado por meio do sistema de peticionamento eletrônico do STF, gerando protocolo de recebimento e
andamento processual.
§ 2º As sustentações orais por meio eletrônico serão automaticamente disponibilizadas no sistema de votação dos Ministros e ficarão disponíveis no sítio
eletrônico do STF durante a sessão de julgamento. “ (grifei)
Portanto, uma vez que o julgamento não foi iniciado, não há falar em violação ao contraditório ou à ampla defesa.
Ante o exposto, nada há a deferir quanto ao petitório deduzido pela parte.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
Documento assinado digitalmente

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.396.103 (261)


ORIGEM : 10015414120214019380 - TRF1 - MG - 1ª TURMA RECURSAL DE BELO HORIZONTE
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTDO.(A/S) : RACILVA DE CARVALHO
ADV.(A/S) : ELIANE OLIVEIRA MARTINS (184667/MG)

DECISÃO
Trata-se de Agravo Regimental interposto em face de decisão monocrática (Doc. 14) por meio da qual dei provimento ao Recurso Extraordinário do ESTADO
DE MINAS GERAIS, para determinar a inclusão da UNIÃO no polo passivo da demanda e o deslocamento da competência para a Justiça Federal, por entender que
o acórdão recorrido dissentiu da tese fixada por esta CORTE no Tema 793 da repercussão geral.
Nas razões recursais, a UNIÃO sustenta a inaplicabilidade ao caso do Tema 793, cujo entendimento deve ser observado apenas nas “demandas que
envolvam o fornecimento de medicamentos, insumos e tratamentos de saúde já padronizados pelo SUS para a enfermidade da parte autora” (Doc. 21, fl. 3). Sobre a
questão, aduz que pende de julgamento por esta SUPREMA CORTE o RE 1.366.243-RG (Tema 1.234, Rel. Min. LUIZ FUX - Presidente), versando especificamente
sobre a matéria debatida nos presentes autos - Legitimidade passiva da União e competência da Justiça Federal, nas demandas que versem sobre fornecimento de
medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, mas não padronizados no Sistema Único de Saúde – SUS (Doc. 21, fls. 9 e 10).
Acrescenta que há identidade da matéria objeto do presente Recurso Extraordinário com aquela abordada no Tema 1.234 da repercussão geral e requer, ao
final, a reconsideração da decisão agravada e a submissão do processo à sistemática da repercussão geral.
É o relatório. Decido.
Sobre a matéria, em recentíssimo julgamento, concluído em 8/9/2022, o Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no RE 1.366.243-RG (Rel. Min.
PRESIDENTE, Tema 1.234), examinou o caráter constitucional e a repercussão geral da questão debatida neste recurso, em acórdão que recebeu a seguinte
ementa:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS REGISTRADOS NA AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA, MAS NÃO PADRONIZADOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. INTERESSE PROCESSUAL DA
UNIÃO. SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERADOS. COMPETÊNCIA PARA PROCESSAMENTO DA CAUSA. MULTIPLICIDADE DE RECURSOS
EXTRAORDINÁRIOS. PAPEL UNIFORMIZADOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RELEVÂNCIA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. MANIFESTAÇÃO PELA
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”
Cumpre observar que o Juízo de origem, ao apreciar o recurso de Agravo de Instrumento, destacou que (Doc. 9, fl. 3):
“6. No julgamento dos embargos declaratórios acerca do tema 793 do STF apenas foi reafirmado o entendimento de que as ações que demandam
fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão ser necessariamente propostas em face da União. Nada foi mencionado, na ementa, acerca dos
medicamentos não padronizados.
7. No caso, o medicamento TERIPARATIDA tem registro na ANVISA. Apenas na hipótese de ausência de registro na ANVISA é que se torna obrigatória a
inclusão da União na lide. Assim sendo, considerando que o agravado não ajuizou a demanda em face da União e que a sua inclusão, neste caso, não é obrigatória,
mantenho a decisão agravada pelos próprios fundamentos.”
De fato, a controvérsia jurídica em debate neste processo coincide em todos os seus termos com aquela a ser examinada por este SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL em sede de repercussão geral.
Assim, reconsidero a decisão agravada, declaro prejudicado o presente Agravo Interno, e, com fundamento no art. 1.036 e seguintes do Código de Processo
Civil de 2015 e no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do STF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aguarde a decisão do
SUPREMO no RE 1.366.243-RG (Rel. Min. PRESIDENTE) – Tema 1.234.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.267.235 (262)


ORIGEM : 20080110377298 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : MILTON ALMEIDA DE SOUSA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 77

ADV.(A/S) : LEANDRO MADUREIRA SILVA (46182/BA, 24298/DF, 385585/SP)


ADV.(A/S) : ANDREA BUENO MAGNANI (34211/BA, 18136/DF, 183528/SP)
ADV.(A/S) : LUANA MARQUES DE ALBUQUERQUE (46620/DF)
ADV.(A/S) : MAURO DE AZEVEDO MENEZES (10826/BA, 19241/DF, 253-A/SE, 385589/SP)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

DECISÃO
1. Cumpre reconsiderar a decisão proferida pelo Ministro Celso de Mello, mediante a qual, ao apreciar o agravo em recurso extraordinário formalizado por
Milton Almeida de Souza, o então relator não conheceu do recurso extraordinário a que ele se refere; e, assim fazendo-o, declarara prejudicado o correspondente
agravo interno.
Restabelecida a apreciação do recurso excepcional, anoto ter sido interposto, com fundamento na alínea “a” do permissivo constitucional, contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios assim ementado:
APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FLUÊNCIA PRAZO DECADENCIAL. MEDIDA PROVISÓRIA N.° 1.523/97. BENEFÍCIO
CONCEDIDO ANTES DA VIGÊNCIA. POSSIBILIDADE APLICAÇÃO PRAZO DECENAL. RE 626.489. REPERCUSSÃO GERAL.
1) De acordo com julgamento no STF do RE 626.489-RG, em sede de repercussão geral, o prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória
1.523, de 28.06.1997, incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em retroatividade vedada pela Constituição.
2) Decorrido, antes do ajuizamento da ação, o transcurso do prazo decenal estabelecido pela MP-1.523/97 para discutir o benefício, operou-se a decadência
do direito do autor.
3) Recurso Voluntário conhecido e provido
Em suas razões, o recorrente alega ofensa ao art. 5º, caput e inciso XXXVI, da Constituição Federal, aduzindo ser necessário o afastamento da decadência,
com a remessa dos autos ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. E o faz nesses termos:
[…]
Assim, embora não existisse a previsão do prazo decadencial anteriormente a 28.06.1997, é evidente que a contar de 01.08.1997 - primeiro dia do mês
seguinte ao recebimento da primeira prestação, conforme estabelecido pelo art. 103 da Lei 8.213/91, com redação definida pela MP 1.523/97, reeditada até a
conversão da Lei 9.528/97 – se iniciou a contagem do prazo decadencial de dez anos no que se refere aos benefícios concedidos antes de 28.06.1997, de forma a
se garantir a manutenção dos princípios da isonomia, da razoabilidade e da segurança jurídica.
[…]
(...) a decisão recorrida pronunciou a decadência do direito do Autor, ao aplicar o entendimento exarado por esta Corte no RE n. 626.489-RG/SE, por meio
da sistemática prevista pelo artigo 543 -B, do CPC, nos seguintes termos - fl. 210:
[…]
Desta forma, tomando-se por marco inicial o dia lº de agosto de 1997, o prazo decadencial do Autor encerrar-se-ia no dia 10 de agosto de 2007, data
posterior ao ajuizamento da primeira ação, que ocorreu em 21/06/2006, conforme demonstrado pelo, próprio TJDF T na decisão recorrida.
[…]
No entanto, verifica-se que a decisão recorrida utilizou como marco inicial a datade "19/8/1994 ", data em que, supostamente, foi concedido o beneficio ao
Autor.
Desta forma, verifica-se que o TJDFT posicionou-se de maneira estranha ao entendimento solidificado pela Corte Suprema, violando o princípio da
segurança jurídica, disposto no inciso XXXVI, art. 50 da CF/88.
É o relatório. Decido.
2. A Medida Provisória n. 1.523-9/1997, convertida na Lei n° 9.528/1997, passou a prever a revisão do ato de concessão do benefício ao prazo decadencial
de 10 (dez) anos, conforme dispositivo ora transcrito:
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de
benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão
indeferitória definitiva no âmbito administrativo." (Redação dada pela Lei n° 9.528, de1997)
Por sua vez, o Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no RE 626.489/SE,
Tema n. 313 da repercussão geral, e firmou entendimento no sentido de que o prazo decadencial instituído pela Medida Provisória n. 1.523-9/1997 se aplica aos
benefícios concedidos anteriormente, observado como termo inicial o dia 1º.8.1997, em acórdão que recebeu a seguinte ementa:
RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO ATO DE CONCESSÃO
DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA.
1. O direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado pelo
decurso do tempo. Como consequência, inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário.
2. É legítima, todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio da segurança
jurídica, no interesse em evitar a eternização dos litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o sistema previdenciário.
3. O prazo decadencial de dez anos, instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por
força de disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide, inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que isso importe em
retroatividade vedada pela Constituição.
4. Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a decadência.
5. Recurso extraordinário conhecido e provido.
(RE 626.489, Rel. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 16/10/2013, DJe de 22/9/2014) – grifos nossos
Como se vê, em prestígio ao princípio da segurança jurídica e buscando assegurar o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário, a Corte
prestigiou o entendimento de que seria legítima a instituição do prazo decadencial de 10 (dez) anos para a revisão do benefício já concedido.
No caso em análise, foram ajuizadas duas ações de revisão de benefício previdenciário.
Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no Tema 313/RG, o termo inicial da decadência é 1º.8.2007
Portanto, a decadência não chegou a se configurar na primeira ação, proposta no Juizado Especial Federal em 21.6.2006 - extinta à anotação de
incompetência jurisdicional.
Tampouco a propositura da ação no JEF, em 21.2.2006, tivera o condão de suspender ou interromper a prescrição. No ponto, cabe lembrar o teor do art. 207
do Código Civil, segundo o qual:
“Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição”.
A segundo ação foi proposta 8.4.2008, após o transcurso do prazo decenal estabelecido pela MP 1.523/97. Conforme bem afirmado pelo acórdão ora
recorrido:
Ressalte-se que o autor permaneceu inerte por quase 12 (doze) anos e, mesmo que não tivesse entendimento consolidado sobre o prazo para decair no
direito de pleitear a revisão do beneficio, correu o risco de perda de seu direito potestativo pelo claro desinteresse.
[…]
A instituição de um limite temporal máximo tem como precípua finalidade resguardar a segurança jurídica, na medida em que não se pode pensar em um
prazo ad aeternun para pedir a revisão de qualquer benefício.
Tal o contexto, o acórdão prolatado pelo TJDFT se mostra convergente com o quanto decidido no âmbito da repercussão geral acerca da matéria
impugnada.
3. Em face do exposto, nego provimento ao recurso extraordinário com agravo.
Os honorários recursais, previstos no § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, não têm autonomia nem existência independente da sucumbência fixada
na origem e representam um acréscimo ao ônus estabelecido previamente. Na hipótese de descabimento ou de ausência de fixação anterior – como na espécie dos
autos –, a sua incidência é indevida.
4. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES

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Relator

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.356.532 (263)


ORIGEM : 03072199720148130701 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : RICARDO AZEVEDO SETTE (60834/BA, 02190/A/DF, 28137/GO, 19728-A/MA, 45317/MG, 21437-A/MS, 01687/PE,
16153/PI, 120874/RJ, 47721/SC, 138486/SP)
ADV.(A/S) : ALOISIO AUGUSTO MAZEU MARTINS (64409/BA, 62574/MG, 212969/RJ)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Intime-se o agravado para, querendo, apresentar manifestação sobre o agravo interno, notadamente quanto à incidência do Tema 1.153 da sistemática da
Repercussão Geral na presente controvérsia (art. 1.021, § 2°, do CPC/2015).
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (264)
1.371.579
ORIGEM : 00000638420158260459 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S) : PETRONILIO JOSÉ VILELA
ADV.(A/S) : REYNALDO CALHEIROS VILELA (245019/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DESPACHO
(Petição/STF n. 74.653/2022)
1. Em 23.3.2022, neguei seguimento ao recurso extraordinário com agravo interposto por Petronilio José Vilela, por não terem sido impugnados todos os
fundamentos da decisão de inadmissibilidade e sob os fundamentos de falta de prequestionamento, ausência de ofensa direta à Constituição, necessidade de
revolvimento de fatos e provas e deficiência na argumentação, a dificultar a compreensão da controvérsia alegada (e-doc. 82).
2. Na sessão virtual de 8.4.2022 a 20.4.2022, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal negou provimento ao agravo regimental interposto pela defesa (e-
doc. 91).
3. Na sessão virtual de 13.5.2022 a 20.5.2022, por unanimidade, a Primeira Turma deste Supremo Tribunal rejeitou os embargos de declaração opostos pela
defesa (e-doc. 102).
4. Contra esse julgado a defesa opôs embargos de divergência (e-docs. 104-109), inadmitidos por não ter ocorrido apreciação do mérito da apontada
controvérsia constitucional. Esta a ementa da decisão:
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
PROCESSO PENAL. ÓBICES PROCESSUAIS. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE E DE APRECIAÇÃO DE MÉRITO PELO ACÓRDÃO
EMBARGADO. PARADIGMA NÃO APONTADO. DESCABIMENTO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA NÃO ADMITIDOS” (fl. 1, e-doc. 116).
5. Na sessão virtual de 12.8.2022 a 19.8.2022, este Supremo Tribunal negou provimento ao agravo regimental interposto pela defesa, por insuficiência de
argumentos, pois não foram infirmados todos os fundamentos da decisão agravada (e-doc. 124).
6. Contra esse julgado a defesa opôs embargos de declaração (e-doc. 125). Na sessão virtual de 16.9.2022 a 23.9.2022, o Plenário do Supremo Tribunal
Federal rejeitou, por unanimidade, os embargos de declaração e determinou a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata do processo (e-docs. 133-134).
7. Publicado esse acórdão no DJe de 5.10.2022, Petronilio José Vilela opõe novos embargos de declaração (Petição/STF n. 74.653/2022, e-doc. 131).
8. Considerando a entrega definitiva da prestação jurisdicional com o acórdão proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que rejeitou, por
unanimidade, os embargos de declaração nos embargos de declaração no agravo regimental nos embargos de divergência nos embargos de declaração no agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo e determinou a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata do processo, exauriu-se a competência
constitucional deste Supremo Tribunal neste recurso.
9. Pelo exposto, nada há a prover quanto ao requerido na Petição/STF n. 74.653/2022.
À Secretaria Judiciária, para cumprir a determinação de certificar o trânsito em julgado e, na sequência, proceder à imediata baixa dos autos.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministra CÁRMEN LÚCIA
Relatora

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.397.865 (265)


ORIGEM : 10000557920208260309 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : MARILIA GONTIJO DE ALMEIDA REIS
ADV.(A/S) : JADER APARECIDO PEREIRA FERREIRA (322436/SP)
EMBDO.(A/S) : MUNICIPIO DE JUNDIAI
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE JUNDIAI

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao agravo, sob o entendimento de que é inadmissível o recurso
extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a
finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356/STF. No caso, houve apenas a ausência de prequestionamento parcial dos artigos
da Lei Maior.
Além disso, a negativa de seguimento do recurso também foi fundamentada na Súmula 280/STF, pois, para dissentir da conclusão adotada pelo Juízo de
origem e verificar a procedência dos argumentos consignados no apelo extremo, seria necessário rever a interpretação dada à legislação infraconstitucional local
aplicável à espécie (Lei Complementar Municipal 499/2010).
Aplicou-se, ainda, o Tema 424 da sistemática de Repercussão Geral, cujo processo paradigma é o ARE 639.228-RG/RJ, da relatoria do Ministro Presidente,
no qual o Plenário desta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia relativa ao indeferimento de pedido de produção de provas no
âmbito do processo judicial.
Por fim, decidiu-se pela impossibilidade de análise do recurso extraordinário pela alínea c do inciso III do art. 102 da Lei Maior, uma vez que o Tribunal de
origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal.
O embargante sustenta, em suma, a ocorrência de omissão na decisão recorrida, sob o argumento de que
“Assim se argumenta pois constou da r. decisão embargada que não teria se dado prequestionamento de todos os dispositivos constitucionais objeto da
fundamentação do Recurso Extraordinário, ´à exceção dos arts. 226; 229; e 230 da Lei Maior´ (sic) (p. 2 da r. decisão embargada), de modo a revelar incontrovérsia

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 79

quanto ao prequestionamento, no mínimo e sem se discordar da premissa adotada pela r. decisão – para o que não se prestam os presentes declaratórios –, de
aludidos artigos que perfazem nada menos do que a estrutura jurídica da Família enquanto componente da Ordem Social.
4. E, uma vez se concordando com inequívoco prequestionamento de aludidos dispositivos, restou omissa a r. decisão embargada, com todas as vênias,
uma vez que os mesmos estruturam o cerne da pretensão recursal, ao tempo em que compõem a base jurídica que induz ao reconhecimento da filiação socioafetiva
a título de família, pois preveem variadas composições familiares à luz da dignidade e liberdade de seus membros (art. 226, §§ 4º e 7º) – sem discriminação ou
hierarquia relativas à filiação (art. 227, § 6º) –, todas igualmente merecedoras de proteção estatal (art. 226, caput), inclusive devendo se voltar à proteção especial de
seus membros idosos (arts. 229 e 230 – finalidade buscada pela ora Embargante, qual seja de poder servir enquanto acompanhante médica de sua mãe
socioafetiva)”. (Pág. 3, do documento eletrônico 125)
Além disso, alega que a controvérsia não tem como premissa o direito local, mas a violação da própria Constituição Federal, tendo em vista que o Tribunal
de origem não considerou que a relação socioafetiva entre a embargante e sua tia tem equivalência a vínculo de pai e filho de qualquer condição.
Argumenta que a questão dos presentes autos refere-se a ato administrativo expedido pelo Município de Jundiaí que negou relevância à referida relação,
motivo pelo qual
“[...] não se revela possível a percepção, pela parte, dos fundamentos que perfazem o percurso gerador de sentido da r. decisão embargada, não
compreensíveis, a prori, da mera assertiva sem exposição dialética das ponderações que lhe antecedem”. (Pág. 9 do documento eletrônico 125)
É o relatório. Decido.
Bem reexaminados os autos, verifico que os embargos declaratórios não merecem acolhida, tendo em vista a ausência dos pressupostos de
embargabilidade.
Os embargos de declaração apenas são cabíveis, nos termos do art. 1.022 do CPC/2015, quando a decisão recorrida contiver omissão, contradição,
obscuridade ou erro material. Desse modo, incumbe ao embargante indicar a ocorrência de algum desses vícios e desenvolver argumentos para demonstrar a sua
existência na decisão embargada.
No presente caso, a decisão embargada negou seguimento ao agravo com apoio na aplicação das Súmulas 282, 356 e 280 do Supremo Federal, além da
incidência do Tema 424 da Sistemática de Repercussão Geral.
O embargante, todavia, fundamentou a omissão da decisão proferida, sob o argumento de que, uma vez que alguns dispositivos constitucionais foram
prequestionados (arts. 226, 229 e 230 da CF/1988), imperiosa a necessidade de seguimento do recurso, já que justamente tais artigos estruturam o cerne da
pretensão recursal. Assim, “remanesce a parte carente de motivação dialética (art. 93, IX, Constituição da República) inerente à tutela jurisdicional pleiteada à
autoridade incumbida do poder-dever respectivo”. (Pág. 2 do documento eletrônico 125).
Ressalto que a citação dos dispositivos constitucionais nem sempre é suficiente para que o mérito do recurso extraordinário seja analisado por este Supremo
Tribunal Federal, pois, conforme consabido, existem outros requisitos a serem examinados. Assim, nos presentes autos, apesar de ter ocorrido o prequestionamento
de determinados artigos da CF/1988, o seguimento do agravo regimental também foi negado por outros motivos.
Observo, portanto, que a decisão foi suficientemente motivada, pois a negativa de seguimento ao agravo interposto pela embargante foi baseada não
apenas na inexistência de prequestionamento dos artigos constitucionais suscitados no recurso extraordinário, mas também na incidência, ao caso concreto, das
Súmulas 356 e 280, desta Corte, além de ser aplicado o Tema 424 da sistemática de Repercussão Geral, de acordo com o anteriormente exposto.
No mais, a embargante reitera os argumentos expendidos no RE, sobretudo de que o vínculo entre ela e a sua tia deve ser considerado como filiação
socioafetiva e equiparada a vínculo de pai e filho em qualquer condição, de modo que seja permitido à mencionada familiar tornar-se sua acompanhante médica sem
que haja prejuízo de remuneração em seu trabalho.
Evidencia-se, diante do quadro delineado, que, a pretexto de sanar omissão ou contradição, o embargante tem o propósito de provocar o reexame da causa.
Entretanto, os embargos de declaração não constituem meio processual adequado para a reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes,
salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. Nesse sentido, destaco os seguintes precedentes do Plenário desta Corte:
“Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU ERRO MATERIAL. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO REJEITADOS” (ARE 892.129-AgR-ED/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia).
“Ementa: EMBARGOS DECLARATÓRIOS. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO DO FEITO POSTERIOR A JULGAMENTO DE EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. INDEFERIMENTO. ALEGAÇÃO DE OMISSÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Nos termos do artigo
1.022 do Código de Processo Civil de 2015, os embargos de declaração são cabíveis nos casos de obscuridade, contradição ou omissão da decisão impugnada,
bem como para fins de correção de erro material. 2. Os embargos de declaração não constituem meio hábil para reforma do julgado, sendo cabíveis somente quando
houver no acórdão omissão, contradição ou obscuridade, o que não ocorre no presente caso. 3. O Embargante busca indevidamente rediscussão da matéria. 4.
Embargos de declaração, opostos em 06.02.2017, rejeitados” (Rcl 17.218-AgR-EDv-ED-ED/RS, Rel. Min. Edson Fachin).
Isso posto, rejeito os embargos de declaração (art. 1.024, § 2°, do CPC/2015).
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro Ricardo Lewandowski
Relator

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.400.143 (266)


ORIGEM : 1718270 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
EMBTE.(S) : CARLOS ROGERIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : MATHEUS BARROS MARZANO (125353/RJ, 380643/SP)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO
Trata-se de Embargos de Declaração opostos por CARLOS ROGÉRIO DOS SANTOS em face de decisão por meio da qual neguei seguimento ao Recurso
Extraordinário com Agravo, aos fundamentos de que (a) “a jurisprudência desta CORTE firmou entendimento pela inadmissibilidade de agravo para o SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL com o objetivo de impugnar decisão da instância de origem que aplica a sistemática da repercussão geral, seja inadmitindo o recurso
extraordinário, seja sobrestando-o até a formação de precedente pela SUPREMA CORTE”; (b) o Plenário desta CORTE, no julgamento do Tema 1199, fixou tese no
sentido de que “o novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é IRRETROATIVO, aplicando-se os novos marcos temporais a partir da publicação da lei";
(c) “no que se refere à condenação do agente público nas esferas cível, penal e administrativa, para fins de aplicação de sanções por atos de improbidade
administrativa, o Plenário desta SUPREMA CORTE, no julgamento do RE 976.566-RG (Tema 576, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, DJe de 26/9/2019),
reconheceu a autonomia das instâncias e afastou a tese do bis in idem”; e (d) “a discussão acerca da compatibilidade da sanção prevista na Lei 8.420/1992 com
aquela decorrente de violação à legislação eleitoral demandaria a incursão na legislação infraconstitucional”.
Sustenta, a parte embargante, que o acórdão recorrido foi omisso quanto ao reconhecimento da superveniente atipicidade da conduta, em razão da
impossibilidade de condenação com base na aplicação autônoma do caput do artigo 11 e no inciso I do mesmo dispositivo, suprimido pela nova Lei de Improbidade
Administrativa (fl. 2, Doc. 82).
Ao final, requer o conhecimento e provimento dos Embargos para, sanando o vício apontado, declarar a extinção do feito em razão da superveniente
atipicidade da conduta, nos termos da nova Lei de Improbidade Administrativa.
É o relatório. Decido.
Não assiste razão à parte embargante.
No julgamento do ARE 843.989-RG, Tema 1199 da Repercussão Geral, de minha Relatoria, o Plenário desta SUPREMA CORTE reconheceu a natureza
cível da Ação de Improbidade Administrativa, bem como a irretroatividade da Lei 14.230/2021. No referido julgamento, manifestei-me nos seguintes termos:
“Ao revogar a modalidade culposa do ato de improbidade administrativa, entretanto, a Lei 14.230/2021, não trouxe qualquer previsão de “anistia” geral para
todos aqueles que, nesses mais de 30 anos de aplicação da LIA, foram condenados pela forma culposa de artigo 10; nem tampouco determinou, expressamente,
sua retroatividade ou mesmo estabeleceu uma regra de transição que pudesse auxiliar o intérprete na aplicação dessa norma – revogação do ato de improbidade

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 80

administrativa culposo – em situações diversas como ações em andamento, condenações não transitadas em julgado e condenações transitadas em julgado.
[…]
Na presente hipótese, portanto, para a análise da retroatividade ou irretroatividade não da norma mais benéfica trazida pela Lei 14.230/2021 –
revogação do ato de improbidade administrativa culposo – o intérprete deverá, obrigatoriamente, conciliar os seguintes vetores:
(1) A natureza civil do ato de improbidade administrativa definida diretamente pela Constituição Federal;
(2) A constitucionalização, em 1988, dos princípios e preceitos básicos, regras rígidas de regência da Administração Pública e responsabilização
dos agentes públicos corruptos, dando novos contornos ao Direito Administrativo Sancionador (DAS)
(3) A aplicação dos princípios constitucionais do direito administrativo sancionador ao sistema de improbidade administrativa por determinação
legal;
(4) Ausência de expressa previsão de “anistia geral” aos condenados por ato de improbidade administrativa culposo ou de “retroatividade da lei
civil mais benéfica”;
(5) Ausência de regra de transição.
A análise conjunta desses vetores interpretativos nos conduz à conclusão de que o princípio da retroatividade da lei penal, consagrado no inciso XL do artigo
5º da Constituição Federal (“a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu”) não tem aplicação automática para a responsabilidade por atos ilícitos civis de
improbidade administrativa, por ausência de expressa previsão legal e sob pena de desrespeito à constitucionalização das regras rígidas de regência da
Administração Pública e responsabilização dos agentes públicos corruptos com flagrante desrespeito e enfraquecimento do Direito Administrativo Sancionador.”
Esse entendimento aplica-se, igualmente, na presente hipótese. Não há que se falar, portanto, em atipicidade superveniente da conduta da parte
embargante.
Além disso, no referido julgamento ficou definido que vige o princípio da não ultra-atividade apenas em relação à modalidade culposa do ato de improbidade
administrativa prevista no artigo 10 da LIA, em sua redação original, que não é o caso dos autos (condenação por improbidade administrativa com base no art. 11, I,
da Lei 8.429/92, revogado pela Lei 14.230/21).
Verifica-se, portanto, o descabimento dos embargos de declaração por ausência dos pressupostos previstos no art. 1.022 do Código de Processo Civil.
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.356.120 (267)


ORIGEM : PROC - 50473988220204025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
EMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE FARMACIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : RENATA TAVARES CUNHA (167912/RJ)
ADV.(A/S) : PATRICIA MARIA DOS SANTOS SILVA (110146/RJ)
EMBDO.(A/S) : DROGARIAS PACHECO S/A
ADV.(A/S) : RAFAEL AGOSTINELLI MENDES (209974/SP)

DECISÃO
Trata-se de Embargos de Divergência opostos contra acórdão da Segunda Turma desta CORTE que negou provimento a Agravo Interno interposto pelo
CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO em face de decisão monocrática que deu provimento a Recurso Extraordinário
deduzido por DROGARIAS PACHECO S/A para cassar o acórdão recorrido no ponto em que manteve a fixação de multa administrativa com base no salário mínimo,
para que outro seja proferido de acordo com a orientação desta Corte, cuja ementa é a seguinte (Doc. 125, fl. 1):
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2. Multa administrativa. Impossibilidade de fixação em múltiplos de salário mínimo. Lei 5.724/1971.
Jurisprudência da Corte. Precedentes. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.”
Nas razões recursais (Doc. 129), a embargante afirma que o acórdão recorrido contradiz a decisão proferida pela Primeira Turma nos autos do RE
1.367.368-AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, DJe de 20/5/2022, no qual se decidiu que “não viola o artigo 7º, IV, da Constituição Federal, nem a Súmula
Vinculante 4, a utilização do salário mínimo como parâmetro para aplicação de multa administrativa”.
Sustenta a similitude das controvérsias jurídicas julgadas no acórdão embargado e no acórdão paradigma, argumentando que “o substrato fático é idêntico,
qual seja: constitucionalidade da multa administrativa prevista no artigo 24 da Lei nº 3.820/60, alterado pelo artigo 1º da Lei 5.724/71, fixada em múltiplos de salário
mínimo, sob a luz do art. 7º, inciso IV, Constituição Federal” (Doc. 129, fl. 11).
Aduz que “a ausência de um entendimento uniforme em torno da aplicação de uma mesma norma é causa de insegurança jurídica” (Doc. 129, fl. 14).
É o relatório. Decido.
A controvérsia jurídica objeto do presente recurso se refere à constitucionalidade, ou não, da fixação de multa administrativa fixada tendo por base o salário
mínimo vigente à época da infração com fundamento no art. 1º da Lei 5.724/1971, em face do disposto no art. 7º, IV, da Constituição Federal, sobre a qual os
acórdãos embargado e paradigma decidiram de maneira divergente.
Contudo, a decisão proferida da Primeira Turma desta CORTE nos autos do RE 1.367.368-AgR, cujo acórdão é indicado como paradigma de confronto
analítico pela parte embargante, foi tomada por maioria de votos na Sessão Virtual de 29/4/2022 a 6/5/2022, vencidos os Ministros DIAS TOFFOLI e ROBERTO
BARROSO.
Já o acórdão embargado foi proferido pela Segunda Turma na Sessão Virtual de 17/6/2022 a 24/6/2022, seguindo entendimento adotado em decisões
colegiadas mais recentes (RE 1.255.399-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Tribunal Pleno, DJe de 6/7/2022 e ARE 1.366.495-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe de 26/5/2022).
Anoto, ainda, que a própria Primeira Turma, na recentíssima Sessão Virtual de 23/9/2022 a 30/9/2022, ao examinar os Agravos Internos interpostos em face
de decisões monocráticas proferidas por mim nos Recursos Extraordinários 1.393.887 e 1.397.139, deu-lhes provimento para cassar o acórdão recorrido com a
determinação de que o Tribunal de origem, aplicando a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido da impossibilidade de aplicação de multa administrativa
com base em salários mínimos, proceda a novo julgamento do feito, como de direito, nos termos do voto do Ministro Dias Toffoli, Redator para o acórdão,
reformando, assim, os atos decisórios impugnados nos autos respectivos, que seguiam o mesmo norte indicado no acórdão paradigma.
Desse modo, referido paradigma é anterior às decisões mais recentes desta CORTE proferidas pelo Plenário e por ambas as Turmas e acompanharam a
mesma orientação seguida no acórdão ora embargado (RE 1.255.399-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Tribunal Pleno, DJe de 6/7/2022, RE 1366146 AgR, Relator(a):
ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 29/6/2022, ARE 1.388.626-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 5/10/2022, RE 1.372.449-AgR,
Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 2/9/2022, dentre outros julgados), revelando-se incapaz de demonstrar a existência de dissídio jurisprudencial
atual.
Conforme consta no art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, “não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as
Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no artigo 103”. Nesse sentido, citem-se os seguintes precedentes:
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – TEMA PACIFICADO. A teor do artigo 332 do Regimento Interno do Supremo, salvo o disposto no artigo 103, não cabem
embargos de divergência se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada” (ARE n. 914.715- AgR-ED-
EDvAgR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJe 1º/2/2019).
“Agravo regimental nos embargos de declaração nos embargos de divergência nos embargos de declaração no agravo regimental em agravo de
instrumento. 2. Direito Processual Civil. 3. Não caracterizada a identidade de bases fáticas entre as controvérsias. Questões jurídicas distintas denotam ausência de
dissenso jurisprudencial. 4. Jurisprudência do Plenário da Corte firmada no sentido da decisão embargada. 5. Inadmissibilidade dos embargos de divergência. 6.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n. 594.380-AgR-ED-ED-EDv-ED-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe 7/12/2018).
Diante do exposto, com base no artigo 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NÃO ADMITO OS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 81

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.346.007 (268)


ORIGEM : 50072996420184036119 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
EMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE FARMACIA DO ESTADO DE SAO PAULO
ADV.(A/S) : SAMUEL HENRIQUE DELAPRIA (280110/SP)
ADV.(A/S) : MARCELO MONTALVAO MACHADO (34391/DF, 31755-A/PA, 4187/SE, 357553/SP)
EMBDO.(A/S) : DROGARIAS POUPE MAIS LTDA - EPP
ADV.(A/S) : MAGNO DE SOUZA NASCIMENTO (292266/SP)
ADV.(A/S) : ANDRE BEDRAN JABR (174840/SP)
INTDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO
Trata-se de Embargos de Divergência opostos contra acórdão da Segunda Turma desta CORTE que negou provimento a Agravo Interno interposto pela
parte ora embargante em face de decisão monocrática que negara seguimento ao Agravo em Recurso Extraordinário por ela deduzido, ao fundamento de que não
cabe a fixação de multa administrativa com base em múltiplos do salário mínimo.
Eis a ementa do acórdão embargado (Doc. 76, fl. 1):
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 2. Multa administrativa. Impossibilidade de fixação em múltiplos de salário mínimo. Lei 5.724/1971.
Precedentes. 3. Impossibilidade de reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula 279 desta Corte. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.”
Nas razões recursais, o embargante afirma que o acórdão recorrido contradiz decisão proferida pela Primeira Turma nos autos do RE 1.367.368-AgR, Rel.
Min. ALEXANDRE DE MORAES, DJe de 20/5/2022, no qual se decidiu que “não viola o artigo 7º, IV, da Constituição Federal, nem a Súmula Vinculante 4, a
utilização do salário mínimo como parâmetro para aplicação de multa administrativa”.
Sustenta a similitude das controvérsias jurídicas julgadas no acórdão embargado e no acórdão paradigma, argumentando que “o substrato fático é idêntico,
qual seja: constitucionalidade da multa administrativa prevista no artigo 24 da Lei nº 3.820/60, alterado pelo artigo 1º da Lei 5.724/71, fixada em múltiplos de salário
mínimo, sob a luz do art. 7º, inciso IV, Constituição Federal” (Doc. 81, fl. 10).
Aduz que “a ausência de um entendimento uniforme em torno da aplicação de uma mesma norma é causa de insegurança jurídica” (Doc. 81, fl. 13).
É o relatório. Decido.
A controvérsia jurídica objeto do presente recurso se refere à constitucionalidade, ou não, da fixação de multa administrativa fixada tendo por base o salário
mínimo vigente à época da infração com fundamento no art. 1º da Lei 5.724/1971, em face do disposto no art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal, sobre a qual os
acórdãos embargado e paradigma decidiram de maneira divergente.
Contudo, a decisão proferida da Primeira Turma desta CORTE nos autos do RE 1.367.368-AgR, cujo acórdão é indicado como paradigma de confronto
analítico pela parte embargante, foi tomada por maioria de votos na Sessão Virtual de 29/4/2022 a 6/5/2022, vencidos os Ministros DIAS TOFFOLI e ROBERTO
BARROSO.
Já o acórdão embargado foi proferido pela Segunda Turma na Sessão Virtual de 18/03/2022 a 25/03/2022, Doc. 76), seguindo entendimento adotado em
decisões colegiadas mais recentes (RE 1.255.399-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Tribunal Pleno, DJe de 6/7/2022 e ARE 1.366.495-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES,
Segunda Turma, DJe de 26/5/2022).
Anoto, ainda, que a própria Primeira Turma, na recentíssima Sessão Virtual de 23/9/2022 a 30/9/2022, ao examinar os Agravos Internos interpostos em face
de decisões monocráticas proferidas por mim nos Recursos Extraordinários 1.393.887 e 1.397.139, deu-lhes provimento para cassar o acórdão recorrido com a
determinação de que o Tribunal de origem, aplicando a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido da impossibilidade de aplicação de multa administrativa
com base em salários mínimos, proceda a novo julgamento do feito, como de direito, nos termos do voto do Ministro Dias Toffoli, Redator para o acórdão,
reformando, assim, os atos decisórios impugnados nos autos respectivos, que seguiam o mesmo norte indicado no acórdão paradigma.
Desse modo, referido precedente paradigma é anterior às decisões mais recentes desta CORTE proferidas pelo Plenário e por ambas as Turmas e
acompanharam a mesma orientação seguida no acórdão ora embargado (RE 1.255.399-AgR-ED-EDv-AgR, Rel. Min. Tribunal Pleno, DJe de 6/7/2022, RE 1366146
AgR, Relator(a): ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 29/6/2022, ARE 1.388.626-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 5/10/2022, RE
1.372.449-AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 2/9/2022, dentre outros julgados), revelando-se incapaz de demonstrar a existência de dissídio
jurisprudencial atual.
Conforme consta no art. 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, “não cabem embargos, se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as
Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no artigo 103”. Nesse sentido, citem-se os seguintes precedentes:
“EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA – TEMA PACIFICADO. A teor do artigo 332 do Regimento Interno do Supremo, salvo o disposto no artigo 103, não cabem
embargos de divergência se a jurisprudência do Plenário ou de ambas as Turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada” (ARE n. 914.715- AgR-ED-
EDvAgR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJe 1º/2/2019).
“Agravo regimental nos embargos de declaração nos embargos de divergência nos embargos de declaração no agravo regimental em agravo de
instrumento. 2. Direito Processual Civil. 3. Não caracterizada a identidade de bases fáticas entre as controvérsias. Questões jurídicas distintas denotam ausência de
dissenso jurisprudencial. 4. Jurisprudência do Plenário da Corte firmada no sentido da decisão embargada. 5. Inadmissibilidade dos embargos de divergência. 6.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI n. 594.380-AgR-ED-ED-EDv-ED-AgR, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe 7/12/2018).
Diante do exposto, com base no artigo 332 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NÃO ADMITO OS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.398.756 (269)


ORIGEM : 50684536720114047100 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RECDO.(A/S) : MARIA DA GRACA RESEM HIDALGO
ADV.(A/S) : ROSIMERI DOS SANTOS KULMANN (61314/RS)

DECISÃO
1. O recurso extraordinário foi interposto pela União, com fundamento em permissivo constitucional, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região assim ementado:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PODER JUDICIÁRIO. INCORPORAÇÃO DE QUINTOS.
1. É devida a incorporação de parcelas de quintos, com fundamento no artigo 3º da MP nº 2.225-45/2001.
2. A partir da edição da MP nº 2.225-45/2001 todas as parcelas incorporadas ficam transformadas em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada-VPNI.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 82

Em suas razões recursais, a recorrente alega contrariedade aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 37, X, e 61, § 1º, II, ‘a’, da Constituição Federal,
sustentando, em síntese, que a jurisprudência é consolidada no sentido da ausência de direito adquirido a regime jurídico.
O recurso extraordinário interposto, num primeiro momento, foi sobrestado ante o reconhecimento, pelo Supremo Tribunal, da repercussão geral da matéria
no Tema n. 395/RG.
Diante do julgamento do RE 638.115, Relator o ministro Gilmar Mendes (Tema n. 395/RG), a Vice-Presidência do Tribunal a quo determinou a devolução dos
autos ao órgão julgador para os fins a que alude o art. 1.030, II, do CPC. Entretanto, a 4ª Turma daquele Regional refutou o juízo de retratação, assentando as
seguintes conclusões:
AADMINISTRATIVO. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. QUINTOS. VALORES RECONHECIDOS ADMINISTRATIVAMENTE. PAGAMENTO. TEMA 395.
REPERCUSSÃO GERAL. DISTINÇÃO. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA.
1. Em face do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal na análise do Tema STF 395 - Ofende o princípio da legalidade a decisão que concede
a incorporação de quintos pelo exercício de função comissionada no período de 8/4/1998 até 4/9/2001, ante a carência de fundamento legal, a Vice-Presidência
desta Corte determinou a remessa dos autos a este Gabinete, para eventual juízo de retratação, nos termos dos arts. 1.030, II, e 1.040, II, do CPC/2015.
2. O direito à incorporação em si é questão distinta daquela que constitui objeto originário da ação, cuja causa de pedir reside no reconhecimento
administrativo de valores devidos e na falta do respectivo pagamento.
A União interpôs embargos de declaração, tendo o Tribunal de origem dado parcial provimento para o fim exclusivo de prequestionamento.
Ato contínuo, a recorrente apresentou petição ratificando os termos do recurso extraordinário, com acréscimo dos seguintes fundamentos:
[...] ficou excepcionado dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, por meio de modulação realizada pela Suprema Corte, apenas e tão-somente a
interrupção do pagamento mensal dos quintos já incorporados, não tendo sido mantida qualquer outra obrigação decorrente da incorporação dos referidos quintos.
Referida modulação de efeitos, que deve ser interpretada restritivamente, não alcançou a realização de pagamentos pretéritos [parcelas vencidas], até
porque tal vantagem, importante reiterar, foi considerada inconstitucional.
Assim, como o órgão julgador manteve o seu entendimento, o apelo extremo foi admitido e remetido a este Supremo Tribunal.
É o relatório. Decido.
2. Anoto, desde logo, que o Supremo Tribunal Federal entendeu ser destituída de repercussão geral a questão atinente à suposta violação aos princípios do
contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e do devido processo legal em julgamento assim ementado:
Alegação de cerceamento do direito de defesa. Tema relativo à suposta violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa
julgada e do devido processo legal. Julgamento da causa dependente de prévia análise da adequada aplicação das normas infraconstitucionais. Rejeição da
repercussão geral.
(ARE 748.371 RG, Relator o ministro Gilmar Mendes – Tema n. 660/RG)
Para além disso, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 638.115, Relator o ministro Gilmar Mendes (Tema n. 395/RG), firmou orientação no sentido da
impossibilidade de incorporação de quintos decorrente do exercício de funções comissionadas no período compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP
2.225-48/2001. A ementa do acordão, publicada no DJe de 3.8.2015, foi assim redigida:
Recurso extraordinário. 2. Administrativo. 3. Servidor público. 4. Incorporação de quintos decorrente do exercício de funções comissionadas no período
compreendido entre a edição da Lei 9.624/1998 e a MP 2.225-48/2001. 5. Impossibilidade. 6. Recurso extraordinário provido.
No entanto, em âmbito de julgamento de embargos de declaração, os efeitos da decisão foram modulados para que aqueles que continuavam recebendo a
incorporação até a data de julgamento dos aclaratórios (18.12.2019), em razão de decisão administrativa, tivessem o pagamento mantido até sua absorção integral
por quaisquer reajustes futuros concedidos aos servidores. Cito trechos elucidativos da ementa (DJe de 08.5.2020 – meus grifos):
[…] 6. Verbas recebidas em decorrência de decisões administrativas. Manutenção da decisão. Inaplicabilidade do art. 54 da Lei 9.784/99. Dispositivo
direcionado à Administração Pública, que não impede a apreciação judicial. Necessidade de observância do princípio da segurança jurídica . Recebimento de boa-fé.
Decurso do tempo. 7. Modulação dos efeitos da decisão. Manutenção do pagamento da referida parcela incorporada em decorrência de decisões
administrativas, até que sejam absorvidas por quaisquer reajustes futuros a contar da data do presente julgamento.
[…]
10. Embargos de declaração parcialmente acolhidos, com efeitos infringentes, para reconhecer indevida a cessação imediata do pagamento dos quintos
quando fundado em decisão judicial transitada em julgado. Quanto às verbas recebidas em virtude de decisões administrativas, apesar de reconhecer-se sua
inconstitucionalidade, modulam-se os efeitos da decisão, determinando que o pagamento da parcela seja mantida até sua absorção integral por
quaisquer reajustes futuros concedidos aos servidores. Por fim, quanto às parcelas que continuam sendo pagas em virtude de decisões judiciais sem trânsito
em julgado, também modulam-se os efeitos da decisão, determinando que o pagamento da parcela seja mantida até sua absorção integral por quaisquer reajustes
futuros concedidos aos servidores.
No presente caso, a discussão se resume a pleito de cobrança de quintos não pagos na época própria, os quais foram incorporados por decisões
administrativas em data anterior ao julgamento da modulação dos efeitos da decisão proferida no Tema n. 395/RG, o que demonstra a conformidade do
pronunciamento do Tribunal Regional com esse precedente vinculativo.
Referido entendimento tem sido observado em sucessivos julgamentos no âmbito do Supremo: ARE 852.585, Relator o ministro Gilmar Mendes; RE
1.390.060, Relatora a ministra Cármen Lúcia; RE 1.387.489, Relator o ministro Dias Toffoli; RE 1.387.542, Relatora a ministra Rosa Weber, RE 1.390.181, Relator o
ministro Nunes Marques; entre outros:
[...] 2. Ação que versa sobre o direito de a parte autora perceber o restante dos valores reconhecidos administrativamente e não adimplidos, referentes à
incorporação de quintos/décimos.
3. O Plenário desta CORTE, no julgamento do RE 638.115-ED-ED/CE (Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 8/5/2020), por maioria, acolheu parcialmente
os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para reconhecer indevida a cessação imediata do pagamento dos quintos, quando fundado em decisão judicial
transitada em julgado.
4. Quanto às verbas recebidas em virtude de decisões administrativas – hipótese dos autos -, modulou-se o efeito da decisão para que o servidor continue
recebendo os valores até sua absorção integral por quaisquer reajustes futuros concedidos aos servidores.
5. O entendimento firmado pelo STF no Tema 395 em nenhum momento extingue débitos já reconhecidos administrativamente, não adimplidos no
tempo apropriado.
6. Agravo Interno a que se nega provimento.
(ARE 1.331.515 AgR, Relator o ministro Alexandre de Moraes; Primeira Turma, DJe de 07/03/2022 – meus grifos)
3. Em face do exposto, nego provimento ao recurso extraordinário.
Ao fundamento de referir-se a recurso interposto contra decisão publicada na vigência do CPC/73, não se aplica o disposto no § 11 do art. 85 do CPC/15.
4. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.333 (270)


ORIGEM : 31606146220138130024 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECDO.(A/S) : RONALDO CESAR DE LIMA
ADV.(A/S) : CARLA ROSSI CRUZ (82824/MG)

DECISÃO
Trata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado (fl. 6, Doc.
13):
“EMENTA: APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO. ADMINISTRATIVO. TÉCNICO FAZENDÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. PROMOÇÃO POR

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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ESCOLARIDADE. LEI N.° 15.464/05. NORMA REGULAMENTADORA. DECRETO N°. 44.769/08 E RESOLUÇÃO CONJUNTA SEPLAG/SEF N. 6582/08.
DELIMITAÇÃO DE REQUISITOS PARA PROMOÇÃO. PODER REGULAMENTAR. EXERCÍCIO QUE DEVE SER LIMITADO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA.
CRITÉRIOS. HONORÁRIOS. CRITÉRIO DE ARBITRAMENTO.
O Decreto Estadual n°. 44.769/08 e a Resolução Conjunta SEPLAG/SEF n. 6.582/08, extrapolam o exercício do poder regulamentar, ao instituir limitações à
concessão da progressão por escolaridade adicional que não estavam previstas na legislação instituidora do benefício, em especial a Lei 15.464/09.
Uma vez que demonstrado pelo requerente o preenchimento dos requisitos legais para o deferimento da promoção por escolaridade adicional pretendida, as
restrições decorrentes de normas regulamentares que ultrapassam os limites à atuação regulamentadora do Executivo se afiguram ilegítimas.
Os juros moratórios devem ser calculados na forma do art. 1º- F, da Lei n° 9.494, de 1997, com a redação decorrente da Lei 11.960, de 2009, enquanto à
correção monetária deve ser aplicado IPCA, conforme recurso repetitivo do Superior Tribunal de Justiça. Os honorários de advogado, uma vez que fixados consoante
os preceitos insertos no art. 20, §§ 3º e 4ºdo Código de Processo Civil, não justificam sua redução. ”
Opostos Embargos de Declaração (Doc. 15), foram rejeitados (Doc. 16).
No Recurso Extraordinário (Doc. 19), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o ESTADO DE MINAS GERAIS alega ter o acórdão
recorrido violado o art. 102, I, “a” e “l”, §2º, da CF/1988.
Sustenta, em síntese, que “o entendimento adotado no acórdão no sentido de que, no caso, devem incidir, no tocante à correção monetária do valor devido,
os índices divulgados pelo IPCA” (fl. 7, Doc. 19) afronta o que foi decidido pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL nas ADI’s 4357 e 4425.
Defende que até 25/3/2015, deve ser aplicado o art. l°-F da Lei 9.494/1997, e a partir daí, o IPCA-E e juros da poupança. E, antes da vigência da Lei
11.960/2009, devem incidir os índices da tabela da CGJ.
Na sequência, a Vice-Presidência do Tribunal de origem determinou o sobrestamento do processo até o julgamento definitivo do Tema 810 (Doc. 22, fl. 10).
Julgado o mérito do precedente paradigma, os autos foram remetidos ao Órgão Julgador para eventual juízo de retratação, notadamente quanto à
possibilidade de incidência do IPCA-E na atualização monetária do débito (Doc. 23).
Em nova análise da questão, o Relator negou-se a efetuar juízo de retratação, ao argumento de que o aresto combatido não afrontou os Temas 810/STF e
905/STJ (Doc. 24).
Mantido o acórdão recorrido, o Recurso Extraordinário foi admitido, e os autos, encaminhados ao STF (Doc. 27).
É o relatório. Decido.
O Tribunal de origem confirmou a sentença, que julgara parcialmente procedentes os pedidos iniciais, para anular o ato administrativo impugnado e
reconhecer o direito do requerente à promoção por escolaridade adicional, prevista no art. 19 da Lei Estadual 15.464/2005, com reflexos em décimo terceiro salário e
férias, e condenou o Estado de Minas Gerais a pagar os valores pretéritos desde a data da conclusão do curso pelo autor em junho de 2011, corrigidas pelo
IPCA desde o momento em que seriam devidas as parcelas, além de juros moratórios a partir da citação, de acordo com a nova redação do art. 1°-F da Lei
9.494/1997. Dessa forma, o reexame necessário restou prejudicado.
Acerca da correção monetária pelo IPCA, o acórdão embasou-se nos seguintes fundamentos (fl. 19, Doc. 13):
“Noutro giro, sobre a correção monetária, o Superior Tribunal de Justiça por meio de recurso representativo de controvérsia, pacificou a questão,
determinando a incidência do IPCA (valor que não destoa dos índices da Tabela da Corregedoria-Geral de Justiça), notadamente por força da declaração de
inconstitucionalidade parcial, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADl 4.357/DF, em que se declarou a inconstitucionalidade parcial, por
arrastamento, do art. 5º da Lei 11.960/09, mostrando oportuna a transcrição: (...)”
O Plenário desta CORTE, na ADI 4.425 QO (Rel: Min. LUIZ FUX, DJe de 4/8/2015) assentou que a atualização monetária das condenações impostas à
Fazenda Pública deverão ser feita pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Confira-se a ementa do acórdão:
“QUESTÃO DE ORDEM. MODULAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DE DECISÃO DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE (LEI 9.868/99, ART.
27). POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE ACOMODAÇÃO OTIMIZADA DE VALORES CONSTITUCIONAIS CONFLITANTES. PRECEDENTES DO STF. REGIME
DE EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA MEDIANTE PRECATÓRIO. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 62/2009. EXISTÊNCIA DE RAZÕES DE SEGURANÇA
JURÍDICA QUE JUSTIFICAM A MANUTENÇÃO TEMPORÁRIA DO REGIME ESPECIAL NOS TERMOS EM QUE DECIDIDO PELO PLENÁRIO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. A modulação temporal das decisões em controle judicial de constitucionalidade decorre diretamente da Carta de 1988 ao consubstanciar instrumento
voltado à acomodação otimizada entre o princípio da nulidade das leis inconstitucionais e outros valores constitucionais relevantes, notadamente a segurança jurídica
e a proteção da confiança legítima, além de encontrar lastro também no plano infraconstitucional (Lei nº 9.868/99, art. 27). Precedentes do STF: ADI nº 2.240; ADI nº
2.501; ADI nº 2.904; ADI nº 2.907; ADI nº 3.022; ADI nº 3.315; ADI nº 3.316; ADI nº 3.430; ADI nº 3.458; ADI nº 3.489; ADI nº 3.660; ADI nº 3.682; ADI nº 3.689; ADI nº
3.819; ADI nº 4.001; ADI nº 4.009; ADI nº 4.029.
2. In casu, modulam-se os efeitos das decisões declaratórias de inconstitucionalidade proferidas nas ADIs nº 4.357 e 4.425 para manter a vigência do regime
especial de pagamento de precatórios instituído pela Emenda Constitucional nº 62/2009 por 5 (cinco) exercícios financeiros a contar de primeiro de janeiro de 2016.
3. Confere-se eficácia prospectiva à declaração de inconstitucionalidade dos seguintes aspectos da ADI, fixando como marco inicial a data de conclusão do
julgamento da presente questão de ordem (25.03.2015) e mantendo-se válidos os precatórios expedidos ou pagos até esta data, a saber: (i) fica mantida a aplicação
do índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança (TR), nos termos da Emenda Constitucional nº 62/2009, até 25.03.2015, data após a qual (a) os
créditos em precatórios deverão ser corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) e (b) os precatórios tributários deverão observar os
mesmos critérios pelos quais a Fazenda Pública corrige seus créditos tributários; e (ii) ficam resguardados os precatórios expedidos, no âmbito da administração
pública federal, com base nos arts. 27 das Leis nº 12.919/13 e nº 13.080/15, que fixam o IPCA-E como índice de correção monetária.
4. Quanto às formas alternativas de pagamento previstas no regime especial: (i) consideram-se válidas as compensações, os leilões e os pagamentos à
vista por ordem crescente de crédito previstos na Emenda Constitucional nº 62/2009, desde que realizados até 25.03.2015, data a partir da qual não será possível a
quitação de precatórios por tais modalidades; (ii) fica mantida a possibilidade de realização de acordos diretos, observada a ordem de preferência dos credores e de
acordo com lei própria da entidade devedora, com redução máxima de 40% do valor do crédito atualizado.
5. Durante o período fixado no item 2 acima, ficam mantidas (i) a vinculação de percentuais mínimos da receita corrente líquida ao pagamento dos
precatórios (art. 97, § 10, do ADCT) e (ii) as sanções para o caso de não liberação tempestiva dos recursos destinados ao pagamento de precatórios (art. 97, §10, do
ADCT).
6. Delega-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que considere a apresentação de proposta normativa que discipline (i) a utilização
compulsória de 50% dos recursos da conta de depósitos judiciais tributários para o pagamento de precatórios e (ii) a possibilidade de compensação de precatórios
vencidos, próprios ou de terceiros, com o estoque de créditos inscritos em dívida ativa até 25.03.2015, por opção do credor do precatório.
7. Atribui-se competência ao Conselho Nacional de Justiça para que monitore e supervisione o pagamento dos precatórios pelos entes públicos na forma da
presente decisão.”
No julgamento do RE 870.947-RG, Tema 810, da sistemática da Repercussão Geral, o Plenário desta CORTE fixou a seguinte tese:
“1) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da
Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos
quais a Fazenda Pública remunera seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput); quanto às condenações oriundas
de relação jurídica não tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido,
nesta extensão, o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97 com a redação dada pela Lei nº 11.960/09; e
2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização monetária das condenações
impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao
direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo
inidônea a promover os fins a que se destina.” (grifo nosso)
Segue a ementa do julgado:
“DIREITO CONSTITUCIONAL. REGIME DE ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS INCIDENTE SOBRE CONDENAÇÕES JUDICIAIS DA
FAZENDA PÚBLICA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 11.960/09. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA UTILIZAÇÃO DO ÍNDICE
DE REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA COMO CRITÉRIO DE CORREÇÃO MONETÁRIA. VIOLAÇÃO AO DIREITO FUNDAMENTAL DE
PROPRIEDADE (CRFB, ART. 5º, XXII). INADEQUAÇÃO MANIFESTA ENTRE MEIOS E FINS. INCONSTITUCIONALIDADE DA UTILIZAÇÃO DO RENDIMENTO DA
CADERNETA DE POUPANÇA COMO ÍNDICE DEFINIDOR DOS JUROS MORATÓRIOS DE CONDENAÇÕES IMPOSTAS À FAZENDA PÚBLICA, QUANDO
ORIUNDAS DE RELAÇÕES JURÍDICOTRIBUTÁRIAS. DISCRIMINAÇÃO ARBITRÁRIA E VIOLAÇÃO À ISONOMIA ENTRE DEVEDOR PÚBLICO E DEVEDOR
PRIVADO (CRFB, ART. 5º, CAPUT). RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARCIALMENTE PROVIDO.

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1. O princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º, caput), no seu núcleo essencial, revela que o art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela
Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de
relação jurídico-tributária, os quais devem observar os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera seu crédito; nas hipóteses de relação jurídica
diversa da tributária, a fixação dos juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é constitucional, permanecendo hígido, nesta
extensão, o disposto legal supramencionado.
2. O direito fundamental de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII) repugna o disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09,
porquanto a atualização monetária das condenações impostas à Fazenda Pública segundo a remuneração oficial da caderneta de poupança não se qualifica como
medida adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os fins a que se destina.
3. A correção monetária tem como escopo preservar o poder aquisitivo da moeda diante da sua desvalorização nominal provocada pela inflação. É que a
moeda fiduciária, enquanto instrumento de troca, só tem valor na medida em que capaz de ser transformada em bens e serviços. A inflação, por representar o
aumento persistente e generalizado do nível de preços, distorce, no tempo, a correspondência entre valores real e nominal (cf. MANKIW, N.G. Macroeconomia. Rio
de Janeiro, LTC 2010, p. 94; DORNBUSH, R.; FISCHER, S. e STARTZ, R. Macroeconomia. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 2009, p. 10; BLANCHARD, O.
Macroeconomia. São Paulo: Prentice Hall, 2006, p. 29).
4. A correção monetária e a inflação, posto fenômenos econômicos conexos, exigem, por imperativo de adequação lógica, que os instrumentos destinados a
realizar a primeira sejam capazes de capturar a segunda, razão pela qual os índices de correção monetária devem consubstanciar autênticos índices de preços.
5. Recurso extraordinário parcialmente provido.”
Além disso, o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no julgamento dos Embargos de Declaração opostos nos autos do RE 870.947-ED (Tema 810 da
repercussão geral), em que figurei como relator para acórdão, DJe de 3/2/2020, afastou a modulação dos efeitos da decisão que declarou a inconstitucionalidade do
artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei 11.960/09. A decisão ficou assim ementada:
“Ementa: QUATRO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS DE FUNDAMENTAÇÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO. REJEIÇÃO.
REQUERIMENTO DE MODULAÇÃO DE EFEITOS INDEFERIDO.
1. O acórdão embargado contém fundamentação apta e suficiente a resolver todos os pontos do Recurso Extraordinário.
2. Ausentes omissão, contradição, obscuridade ou erro material no julgado, não há razão para qualquer reparo.
3. A respeito do requerimento de modulação de efeitos do acórdão, o art. 27 da Lei 9.868/1999 permite a estabilização de relações sociais surgidas sob a
vigência da norma inconstitucional, com o propósito de prestigiar a segurança jurídica e a proteção da confiança legítima depositada na validade de ato normativo
emanado do próprio Estado.
4. Há um juízo de proporcionalidade em sentido estrito envolvido nessa excepcional técnica de julgamento. A preservação de efeitos inconstitucionais ocorre
quando o seu desfazimento implica prejuízo ao interesse protegido pela Constituição em grau superior ao provocado pela própria norma questionada. Em regra, não
se admite o prolongamento da vigência da norma sobre novos fatos ou relações jurídicas, já posteriores à pronúncia da inconstitucionalidade, embora as razões de
segurança jurídica possam recomendar a modulação com esse alcance, como registra a jurisprudência da CORTE.
5. Em que pese o seu caráter excepcional, a experiência demonstra que é próprio do exercício da Jurisdição Constitucional promover o ajustamento de
relações jurídicas constituídas sob a vigência da legislação invalidada, e essa CORTE tem se mostrado sensível ao impacto de suas decisões na realidade social
subjacente ao objeto de seus julgados.
6. Há um ônus argumentativo de maior grau em se pretender a preservação de efeitos inconstitucionais, que não vislumbro superado no caso em debate.
Prolongar a incidência da TR como critério de correção monetária para o período entre 2009 e 2015 é incongruente com o assentado pela CORTE no julgamento de
mérito deste RE 870.947 e das ADIs 4357 e 4425, pois virtualmente esvazia o efeito prático desses pronunciamentos para um universo expressivo de destinatários
da norma.
7. As razões de segurança jurídica e interesse social que se pretende prestigiar pela modulação de efeitos, na espécie, são inteiramente relacionadas ao
interesse fiscal das Fazendas Públicas devedoras, o que não é suficiente para atribuir efeitos a uma norma inconstitucional. 8. Embargos de declaração todos
rejeitados. Decisão anteriormente proferida não modulada.”
O acórdão recorrido divergiu desse entendimento.
Diante do exposto, com base no art. 21, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, DOU PROVIMENTO AO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO, para determinar que a correção monetária do valor da condenação seja feita pelo IPCA-E.
Ficam AMBAS AS PARTES advertidas de que:
- a interposição de recursos manifestamente inadmissíveis ou improcedentes, ou meramente protelatórios, acarretará a imposição das sanções cabíveis;
- decorridos 15 (quinze) dias úteis da intimação de cada parte sem a apresentação de recursos, será certificado o trânsito em julgado e dada baixa dos autos
ao Juízo de origem.
Publique-se.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.382 (271)


ORIGEM : 00168415620014013400 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIAO
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO, GAS NATURAL E BIOCOMBUSTIVEIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
RECDO.(A/S) : CASCOL COMBUSTIVEIS PARA VEICULOS LTDA
ADV.(A/S) : MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (12330/DF, 1565A/MG, 474139/SP)

DECISÃO
Trata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado (Vol. 14, fl. 5):
“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO MONOCRATICAMENTE À
APELAÇÃO. CPC, ART. 557, CAPUT. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. APLICAÇÃO DE PENALIDADE ADMINISTRATIVA SEM RESPALDO EM LEI FORMAL.
IMPOSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA. IMPROVIMENTO DO AGRAVOREGIMENTAL.
1. Em obséquio ao princípio da reserva legal, não é dado à Administração Pública aplicar penalidades administrativas (multas) sem respaldo em lei formal.
2. Afigura-se manifestamente ilegal a conduta da ANP ao lavrar Auto de Infração, em momento anterior ao advento da Lei 9.847/99, e processo
administrativo com base na Portaria 61/95.
3. Precedentes do TRF da 1ª Região e do Superior Tribunal de Justiça.
4. Agravo regimental improvido”.
Opostos Embargos de Declaração (Vol. 16), foram rejeitados (Vol. 17).
No Recurso Extraordinário (Vol. 20), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS
NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS – ANP aponta violação aos arts. 5º, II; 170; 174; 177; e 238, da Constituição Federal, alegando, em suma, que os Decretos-Leis
395/1938 e 538/1938 foram recepcionados pela CF/1988 e ampararam a atuação do Departamento Nacional de Combustíveis - DNC e do Conselho Nacional do
Petróleo - CNP, atual ANP.
Afirma que a aplicação da penalidade (multa) pela ANP não importou violação ao princípio da legalidade (art. 5º, II, da CF/1988), “eis que a atuação do DNC/
CNP estava amparada nos arts. 10 e 14 do Decreto Lei nº 538/38; art. 1º, art. 2º, I e III e art. 4º §2º do Dec. Lei 395/38; art. 2º, I e 3º da Lei nº 2.004/53; art. 24, IX do
Decreto nº 1.021/93; art. 8º, XV da Lei 9.478/97, art. 2º, inciso I, art. 3º da Lei 9.847/99” (Vol. 20, fl. 8).
Aduz que “o art. 10 do Decreto-Lei nº 538/38 (recepcionado como lei ordinária) e art. 3º da Lei nº 2.004/53 atribuiu poderes ao Conselho Nacional de
Petróleo, sucedido, na espécie, pela ANP, a disciplinar a comercialização de derivados de petróleo e aplicar as penalidades previstas no art. 14 do Decreto-Lei nº
538/38, incluídas MULTAS. Assim, as penalidades por infrações à legislação referente à qualidade e à comercialização de combustíveis têm previsão legal expressa,
inserta no art. 14 do Decreto-Lei nº 538/38, cuja regulamentação (Decreto nº 1.021/93, art. 24) deixa claro que, também, constitui infração à referida legislação

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“adquirir, distribuir, transportar, revender ou, de qualquer forma, comercializar derivados de petróleo, álcool, etílico hidratado carburante, demais combustíveis líquidos
carburantes e outros produtos sujeitos ao controle e supervisão do DNC, em desacordo com as normas vigentes” (Vol. 20, fl. 8).
Alega que os autos de infração estão em conformidade com a competência constitucional da ANP, nos moldes dos arts. 170, 174 e 177, § 2º, III, da CF/1988.
Sem contrarrazões (Vol. 21).
Na sequência, o RE foi admitido, ao fundamento de que o acórdão recorrido está em dissonância com a jurisprudência desta SUPREMA CORTE, no sentido
de que o Decreto-Lei 395/1938 foi recepcionado pela Constituição Federal (Vol. 23, fl. 1).
É o relatório. Decido.
Preenchidos os pressupostos legais e constitucionais de admissibilidade, prequestionada a matéria e demonstrada sua repercussão geral, passo à análise
do mérito do apelo extremo.
O Tribunal de origem divergiu do entendimento firmado por esta SUPREMA CORTE, no sentido de que os Decretos-leis 538/1938 e 395/1938 foram
recepcionados como lei ordinária pela Constituição Federal, de modo que têm respaldo legal as normas que preveem a penalidade aplicada à parte ora recorrida.
Nesse sentido:
“EMENTA. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 20.08.2020. AGÊNCIA NACIONAL DO
PETRÓLEO. IMPOSIÇÃO DE MULTA PREVISTA EM PORTARIA MINISTERIAL. RECEPÇÃO DO DECRETO-LEI 395/38 COMO LEI ORDINÁRIA PELA CF/88.
OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO PELA RECORRIDA QUE
PREENCHEU TODOS OS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. Conforme jurisprudência pacífica da Corte, o Decreto-Lei nº 395/38 foi recepcionado como lei ordinária pela ordem constitucional vigente. Inexiste,
portanto, afronta ao princípio da reserva legal. Precedentes.
2. Tendo o apelo extremo preenchido todos os pressupostos de admissibilidade e o acórdão a quo dissentido da jurisprudência do STF, o recurso
extraordinário merece parcial provimento, para fins de retorno dos autos ao Tribunal de origem, a fim de que seja observada a jurisprudência deste Supremo Tribunal
sobre a matéria. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 1.027.870-AgR-segundo, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 26/2/2021).
“E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – ADMINISTRATIVO – FUNDAMENTO LEGAL PARA LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO
E IMPOSIÇÃO DE SANÇÃO PECUNIÁRIA – DECRETO-LEI Nº 395/38 – RECEPÇÃO, PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988, DE TAIS PRECEITOS COM FORÇA E
EFICÁCIA DE LEI – PLENA LEGITIMIDADE DA AUTUAÇÃO – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO
RECORRIDA – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO” (ARE 1.177.632-AgR-segundo, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 13/10/2020).
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. RECEPÇÃO DO DECRETO-LEI
395/38 COMO LEI ORDINÁRIA. OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. INOCORRÊNCIA. DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. Conforme jurisprudência pacífica da Corte, o Decreto-Lei nº 395/38, que fundamenta a autuação da ANP no caso, foi recepcionado como lei ordinária pela
ordem constitucional vigente. Precedentes.
2. Tendo o acórdão a quo dissentido da jurisprudência do STF, o provimento do recurso extraordinário para fins de observância da jurisprudência deste
Supremo Tribunal sobre a matéria é medida que se impõe.
3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 1.099.157-AgR-segundo, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 23/10/2019).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Constitucional. Auto de infração. Base legal. Decreto-Lei nº 395/1938. Recepção pela Constituição
Federal de 1988. Precedentes.
1. A jurisprudência da Corte é no sentido de que o Decreto-Lei nº 395/1938 foi recepcionado pela ordem constitucional vigente como lei ordinária.
2. Agravo regimental não provido” (ARE 1.046.163-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe de 29/8/2017).
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL. RECEPÇÃO DO DECRETO-LEI N. 395/1938 PELA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. RECURSO QUE NÃO APRESENTA RAZÕES APTAS A DESCONSTITUIR A DECISÃO AGRAVADA.
CONTRARRAZÕES APRESENTADAS. VERBA HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL O QUAL SE SOMA AO FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS
LIMITES DO ART. 85, § 2º, § 3º E § 11, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, COM A RESSALVA DE EVENTUAL CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA
GRATUITA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 919.032-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJ de 26/9/2016)
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEIS. TRR. REGULAMENTAÇÃO DL 395/38. RECEPÇÃO. PORTARIA
MINISTERIAL. VALIDADE.
1. O exercício de qualquer atividade econômica pressupõe o atendimento aos requisitos legais e às limitações impostas pela Administração no regular
exercício de seu poder de polícia, principalmente quando se trata de distribuição de combustíveis, setor essencial para a economia moderna. 2. O princípio da livre
iniciativa não pode ser invocado para afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor.
2. O DL 395/38 foi editado em conformidade com o art. 180 da CF de 1937 e, na inexistência da lei prevista no art. 238 da Carta de 1988, apresentava-se
como diploma plenamente válido para regular o setor de combustíveis. Precedentes: RE 252.913 e RE 229.440.
3. A Portaria 62/95 do Ministério de Minas e Energia, que limitou a atividade do transportador-revendedor-retalhista, foi legitimamente editada no exercício de
atribuição conferida pelo DL 395/38 e não ofendeu o disposto no art. 170, parágrafo único, da Constituição.
4. Recurso extraordinário conhecido e provido.” (RE 349.686, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJ de 5/8/2005)
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, DOU PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO,
para julgar improcedente o pedido inicial.
Invertam-se os ônus sucumbenciais.
Ficam AMBAS AS PARTES advertidas de que:
- a interposição de recursos manifestamente inadmissíveis ou improcedentes, ou meramente protelatórios, acarretará a imposição das sanções cabíveis;
- decorridos 15 (quinze) dias úteis da intimação de cada parte sem a apresentação de recursos, será certificado o trânsito em julgado e dada baixa dos autos
ao Juízo de origem.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.498 (272)


ORIGEM : 10187602220208260602 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECDO.(A/S) : SERGIO CARLOS DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARCIO CAMILO DE OLIVEIRA JUNIOR (217992/SP)

DECISÃO
Trata-se de Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (Vol. 72):
“Recurso Inominado. Policial Militar. Contribuição Previdenciária. Ação proposta visando à restituição de valores cobrados a título de contribuição
previdenciária incidente sobre o adicional de insalubridade. Verba com caráter transitório, que não compõe a base de cálculo para fins previdenciários. Sentença de
improcedência reformada. Recurso provido”.
No Recurso Extraordinário (Vol. 74), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o ESTADO DE SÃO PAULO alega que o acórdão
recorrido, ao reformar sentença que julgou improcedente o pedido autoral para afastar os descontos de contribuição previdenciária incidentes sobre adicional de
insalubridade, violou os arts. 7º, XVII; 39, § 3º; 40, § 12; 97; 149, § 1º; 194; 195; e 201, da Constituição Federal, bem como as EC’s 20/1998 e 41/2003.
Aduz, em síntese, que o adicional de insalubridade constitui verba incorporável à remuneração, para fins de aposentadoria ou benefício previdenciário, do
policial militar do Estado de São Paulo, conforme previsto na Lei Estadual 432/1985.

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Afirma que “se o adicional de insalubridade é verba que é passível de ser incorporada no momento da aposentadoria ou benefício previdenciário do servidor
público, conforme previsto em lei, não se pode falar em exclusão dessa da base de cálculo da contribuição previdenciária, sob pena de violação da norma
constitucional. De se lembrar que, tratando-se de policial militar, a insalubridade é inerente ao cargo. O sistema previdenciário, como é sabido, é contributivo,
conforme previsto nos artigos 40, 150, IV e 195, § 5.º da Constituição Federal, e, portanto, caso mantido acórdão, o que não se admite, o adicional de insalubridade
deverá ser excluído da aposentadoria ou benefício previdenciário do servidor/recorrido sem qualquer ressalva” (Vol. 74, fl. 14).
Acrescenta, ainda, que “o art. 7.°, § 1°, 8 da Lei 1013/2007, exclui a contribuição previdenciária apenas sobre "demais vantagens não incorporáveis
instituídas em lei". Nesse quadro, a interpretação conjunta dos itens “6” e “8” em testilha leva à conclusão de que a parcela remuneratória paga em decorrência do
local de trabalho não poderá ser excluída da base de cálculo da contribuição previdenciária, com o pretendido pela parte autora, porquanto caracteriza vantagem
incorporável para fins de aposentadoria” (Vol. 74, fl. 15).
Inicialmente o Tribunal de origem negou seguimento ao recurso ao fundamento de que o acórdão recorrido encontra-se em conformidade com o Tema 163
da repercussão geral (Vol. 76).
Interposto Agravo Interno (Vol. 79), o Tribunal de origem deu provimento ao recurso ao fundamento de que o acórdão recorrido está em dissonância com a
jurisprudência do STF. O acórdão recebeu a seguinte ementa (Vol. 95, fl. 2):
“Agravo interno. Decisão da Presidência do Colégio Recursal que negou seguimento a recurso extraordinário. Acórdão que reconhecera a não-incidência de
contribuição previdenciária sobre adicional de insalubridade pago a policiais militares. Dissonância com a jurisprudência do E. STF, segundo a qual, por se tratar de
verba incorporável por ocasião da aposentadoria, é cabível a exação. Pedido recursal provido, para receber o recurso extraordinário e determinar o seu
processamento”.
É o relatório. Decido.
Preenchidos os pressupostos legais e constitucionais de admissibilidade do recurso, prequestionada a matéria e demonstrada sua repercussão geral, passo
à análise do mérito.
O Tribunal de origem deu provimento ao Recurso Inominado interposto pela parte autora para reformar a sentença e julgar procedente o pedido de
restituição de valores cobrados a título de contribuição previdenciária incidente sobre o adicional de insalubridade. Para melhor compreensão da controvérsia, veja-se
o seguinte trecho do voto condutor do acórdão recorrido (Vol. 72, fl. 2):
“Em que pese respeitado entendimento em sentido contrário, merece guarida o recurso apresentado pela parte autora. Nos termos da Lei Complementar nº
432/85, o adicional de insalubridade é benefício pago aos servidores desde que preenchidos certos e determinados requisitos, dependendo de perícia técnica, com
elaboração de laudo pelas Comissões de Saúde e Trabalho para verificação dos locais e condições das funções exercidas pelos servidores, tratando-se de vantagem
pecuniária do gênero gratificação de serviço “propter laborem”, paga pela Administração para o desempenho de trabalhos normais em circunstâncias que coloquem
em risco a saúde ou a vida do servidor.
Nesse sentido é o entendimento firmado pela Turma de Uniformização do Sistema dos Juizados Especiais do Estado de São Paulo no julgamento de pedido
de uniformização de interpretação de lei, in verbis:
Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei. Adicional de Insalubridade. Verba de natureza precária e caráter transitório. Verba que não ostenta efeitos
genéricos de aumento do funcionalismo e é devida enquanto perdurar o exercício da atividade insalubre. Adicional por tempo de serviço. Base de cálculo. Não
integra a base de cálculo do adicional por tempo de serviço as vantagens de caráter eminentemente transitório ou eventual, percebidas pelo servidor em razão
circunstâncias especiais e esporádicas. Adicional de Insalubridade não integra a base de cálculo do Adicional por tempo de serviço. (TJSP; Recurso Inominado Cível
nº 1018001-92.2019.8.26.0602 Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei 0000201-02.2016.8.26.9000; Relator (a): Cynthia Thomé; Órgão Julgador: Turma de
Uniformização do Sistema dos Juizados Especiais; N/A - N/A; Data do Julgamento: 10/05/2017; Data de Registro: 18/05/2017)
Ressalto que o C. Supremo Tribunal Federal, ao analisar a situação dos servidores públicos federais à luz da Constituição Federal, fixou a tese de que não
incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor, tais como o adicional de insalubridade, entre outros,
conforme decisão proferida em 11/10/2018 no julgamento do Tema 163 (RE 593.068).
Ademais, a jurisprudência do STF firma-se no sentido de que não cabe extensão do adicional de insalubridade instituído pela Lei Complementar 432/85 do
Estado de São Paulo aos policiais militares inativos e pensionistas, em razão do disposto no artigo 40, § 8º, da Constituição Federal.
[...]
Com efeito, a legislação estadual deve observar os dispositivos constitucionais, de modo que não poderia ela reconhecer que o adicional de insalubridade
integra a base de cálculo da contribuição previdenciária, contrariando a Constituição Federal, de acordo com as decisões proferidas pelo Supremo. Portanto, a
procedência da ação é medida de rigor.
[...]
Posto isso, dou PROVIMENTO ao recurso para JULGAR PROCEDENTE o pedido inicial e determinar o afastamento do desconto da contribuição
previdenciária sobre o adicional de insalubridade pago do recorrente, condenando a parte recorrida a restituir os valores descontados de forma indevida dos
vencimentos pagos ao autor, respeitada a prescrição quinquenal, a ser calculada oportunamente, com correção monetária e acrescidos de juros de mora, nos termos
do tema 810 do STF, bem como a restituir os valores descontados no curso da ação até a efetiva cessação do desconto indevido, devendo o pagamento do valor
apurado ser efetuado por RPV, com o consequente apostilamento quanto às parcelas vincendas, realizado conforme os parâmetros aqui definidos, observando-se,
ainda, o caráter alimentar das verbas pleiteadas”.
Sobre a matéria, o Plenário desta CORTE, no julgamento do RE 593.068-RG (Tema 163, Rel. Min. ROBERTO BARROSO), fixou a seguinte tese:
“Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor público, tais como terço de férias, serviços
extraordinários, adicional noturno e adicional de insalubridade.”
Todavia, no caso do Estado de São Paulo, o adicional de insalubridade constitui verba incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor.
Nesse sentido, veja-se o teor do art. 6º da Lei Complementar Estadual 432/1985:
“Art. 6º. No cálculo dos proventos será computado o adicional de insalubridade a que fizer jus o funcionário ou servidor no momento da aposentadoria, na
base de 1/60 (um sessenta avos) do respectivo valor para cada mês em que, no período dos 60 (sessenta) meses imediatamente anteriores a aposentadoria, o
funcionário ou servidor tenha estado em exercício nas condições referidas no artigo 1º, com a percepção do mencionado adicional.”
Desse modo, considerando que há na legislação estadual expressa previsão legal determinando a incorporação do adicional de insalubridade aos proventos
dos seus servidores, sobre tal verba deve incidir contribuição previdenciária.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 09.04.2020. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.
AGENTE PENITENCIÁRIO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA. LC 432/85. SÚMULA 280 do STF. TEMAS 163 E
448 DA REPERCUSSÃO GERAL. INAPLICABILIDADE.
1. Verifica-se que eventual divergência ao entendimento adotado pelo juízo a quo, quanto à natureza jurídica da verba discutida, para fins de incidência da
contribuição previdenciária demandaria o reexame da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, de modo a inviabilizar o processamento do apelo extremo.
Incidência da Súmula 280 do STF.
2. A matéria objeto do RE 593.068-RG, de relatoria do Ministro Roberto Barroso (Tema 163), cuja questão constitucional suscitada teve a
repercussão geral reconhecida, discute a exigibilidade da contribuição previdenciária incidente sobre adicionais e gratificações temporárias, insertos ou
não na base de cálculo do referido tributo. Inaplicável, portanto, à hipótese dos autos, que trata de vantagem incorporável.
3. Não incidência, no caso, do Tema 448 da sistemática da repercussão geral, cujo paradigma é o RE 642.682-RG, da relatoria do Min. Cezar Peluso, no
qual o Plenário desta Suprema Corte reafirmou a jurisprudência desta Corte no sentido da inconstitucionalidade da extensão aos policiais militares inativos e
pensionistas, do adicional de insalubridade instituído pela LCE 432/85, à luz do art. 40, § 8º, da CF, porquanto, não é desta questão que trata o aresto recorrido.
4. Agravo regimental a que se nega provimento. Sem majoração dos honorários advocatícios, eis que já fixados, na instância de origem, nos limites do art.
85, §§ 2º e 3º, do CPC.” (ARE 1.246.446-AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 11/12/2020 – grifo nosso)
“CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. SUPOSTA APLICAÇÃO EQUIVOCADA DO TEMA 163 DA
REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA. UTILIZAÇÃO DA RECLAMAÇÃO COMO SUBSTITUTIVO DE RECURSOS DE NATUREZA ORDINÁRIA
OU EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. A decisão reclamada negou seguimento ao Recurso Extraordinário sob o fundamento de que é vedado o pedido de restituição dos valores
descontados à título de contribuição previdenciária sobre as horas extraordinárias, uma vez que tais verbas integram o salário de contribuição e são
incorporáveis aos proventos de aposentadoria, o que estaria de acordo com o decidido por esta CORTE no Tema 163.
2. Cotejando a decisão reclamada com o paradigma de confronto apontado, e respeitado o âmbito cognitivo deste instrumental, não se constata teratologia

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no ato judicial que se alega afrontar o precedente deste TRIBUNAL.


3. Nessas circunstâncias, a postulação não passa de simples pedido de revisão do entendimento aplicado na origem, o que confirma a inviabilidade desta
ação. Esta CORTE já teve a oportunidade de afirmar que a reclamação tem escopo bastante específico, não se prestando ao papel de simples substituto de recursos
de natureza ordinária ou extraordinária (Rcl 6.880-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Plenário, DJe de 22/2/2013).
4. Recurso de agravo a que se nega provimento.” (RCL 38.067-AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe de 9/3/2020 – grifo nosso)
“Agravo regimental na reclamação. Tributário. Contribuição previdenciária. Adicional de insalubridade. Verba incorporável aos proventos de
aposentadoria de servidor público estadual. Afronta ao que decidido nos Temas 448 e 163 da Repercussão Geral. Inexistência. Reexame do conteúdo do ato
reclamado. Impossibilidade. Agravo regimental não provido, com aplicação de multa.
1. A reclamação constitucional com fundamento na repercussão geral não pode ser usada como instrumento para a parte se furtar à sistemática dos
recursos excepcionais, trazendo à Suprema Corte matéria de índole infraconstitucional.
2. Essa conclusão é reforçada por reiterada jurisprudência do STF no sentido de que a reclamatória constitucional não se “configura instrumento viabilizador
do reexame do conteúdo do ato reclamado” (Rcl nº 6.534/MA-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. Celso de Mello, DJe de 17/10/08).
3. Agravo regimental não provido, com aplicação da multa prevista no § 4º do art. 1.021 do CPC.” (RCL 40.606-AgR-segundo, Rel. Min. DIAS TOFFOLI,
Primeira Turma, DJe de 20/5/2021 – grifo nosso)
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, DOU PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
para restabelecer a sentença.
Ficam AMBAS AS PARTES advertidas de que:
- a interposição de recursos manifestamente inadmissíveis ou improcedentes, ou meramente protelatórios, acarretará a imposição das sanções cabíveis;
- decorridos 15 (quinze) dias úteis da intimação de cada parte sem a apresentação de recursos, será certificado o trânsito em julgado e dada baixa dos autos
ao Juízo de origem.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.054.402 (273)


ORIGEM : REsp - 00028999620154058300 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIAO
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE GAMELEIRA
ADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO (3726A/AL, 840A/BA, 16012-A/CE, 20013/DF, 22393-A/MA, 97276/MG,
30833-A/PA, 11338-A/PB, 11338/PE, 18838/PI, 002483/RJ, 66120A/RS, 311A/SE, 161899/SP)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GAMELEIRA

DECISÃO
Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (Vol. 1,
fl. 291):
“ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE DA AMUPE PARA PROMOVER AÇÃO COLETIVA. MATÉRIA
RESOLVIDA NA FASE DE COGNIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO EM SEDE DE EXECUÇÃO. ANULAÇÃO DA SENTENÇA. RETORNO DOS AUTOS
AO JUÍZO DE ORIGEM.
1. Apelação em face de sentença que reconheceu a ilegitimidade da AMUPE – Associação Municipal de Pernambuco – para figurar no polo ativo da ação
coletiva n. 2006.83.00000001-4, que ensejou a propositura da presente execução, por entender que o ente municipal não pode ser representado por associação de
direito privado.
3. Resolvida a questão relativa a legitimidade da AMUPE para figurar no polo ativo da ação coletiva durante a fase de cognição, não cabe nova arguição da
matéria no processo de execução.
4. Não se apresentando a causa madura para julgamento, dado que há controvérsia quanto aos valores, e não fora realizada perícia judicial, devem os autos
ser remetidos à instância de origem, para fins de dar prosseguimento ao feito.
5. Apelação provida para anular a sentença. Retorno dos autos ao juízo de origem.”
Opostos Embargos de Declaração (Vol. 1, fl. 295), foram rejeitados (Vol. 1, fl. 315).
No Recurso Extraordinário (Vol. 1, fl. 320), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, a UNIÃO alega que o acórdão recorrido violou
os art. 5º, XXI, XXXVII, LIII, LIV e LV; e 93, IX, da CF/1988.
Inicialmente, ressalta que, a despeito da oposição dos Embargos de Declaração, não foram sanadas as omissões apontadas.
Aduz, em síntese, a ilegitimidade ativa do Município de Gameleira para execução individual de sentença coletiva, em razão da impossibilidade da formação
de litisconsórcio ativo ulterior, por violação ao princípio do juiz natural.
Afirma que “não há prova de que o município, à época da propositura da ação, era associado da AMUPE” (Vol. 1, fl. 329), o que viola a jurisprudência desta
SUPREMA CORTE que determina a representação específica de associações para atuação como substituto processual.
Quanto à alegada violação aos arts. 5º, IV e LV, e 93, IX, da CF/1988, o Tribunal de origem negou seguimento ao RE aplicando o entendimento firmado por
esta CORTE nos Temas 660 e 339 da repercussão geral. Em relação à suposta ofensa ao art. 5º, XXI, XXXVII e LIII, da CF/1988, inadmitiu o recurso, ante a
necessidade de análise da legislação infraconstitucional (Vol. 2, fl. 66).
No Agravo (Vol. 2, fl. 71), a UNIÃO refutou os argumentos da decisão agravada, ao argumento de que houve violação ao texto constitucional.
Em 4 de setembro de 2017, neguei seguimento ao apelo extremo, aos fundamentos de que 1) não cabe Agravo contra decisão de admissibilidade do apelo
extremo que aplica precedente formado sob a sistemática da repercussão geral; 2) eventual violação constitucional, se existente, seria meramente reflexa; e 3)
incide, no caso, o óbice da Súmula 279/STF (Vol. 6).
Interposto Agravo Regimental (Vol. 8), reconsiderei a decisão agravada e determinei o retorno dos autos à origem para observância do Tema 499 da
repercussão geral (Vol. 15).
Em juízo de retratação negativo, o Tribunal de origem manteve o acórdão recorrido ao fundamento de que o Município encontrava-se filiado à AMUPE no
momento do ajuizamento da ação (Vol. 19).
Em face dessa decisão, a UNIÃO interpôs novo Recurso Extraordinário (Vol. 20), com amparo no artigo 102, III, “a”, da CF/1988, ao fundamento de que o
acórdão recorrido violou os art. 5º, II e XXI; e 37, caput, da CF/1988. Em suma, reitera a ilegitimidade ativa do Município, argumentando que não foram cumpridos os
requisitos do art. 2º-A da Lei 9.494/1997, bem como por haver desconformidade com o Tema 499 da repercussão geral, pois o momento para a exigência da
autorização expressa deve ser prévio ao ajuizamento da ação.
Assevera que “não houve prova da autorização específica indispensável para que a associação ajuizasse a demanda coletiva” (Vol. 20, fl. 15).
Na sequência, os autos foram remetidos a esta SUPREMA CORTE (Vol. 25).
É o relatório. Decido.
Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo
imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a
defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
A obrigação do recorrente de apresentar, formal e motivadamente, a repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art.
102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde

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com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador
de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes
envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações
de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min.
CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).
No caso concreto, foram os seguintes os fundamentos da parte para sustentar a repercussão geral da matéria (Vol. 1, fl. 325):
“Cumprindo o que dispõe o art. 1.035 e parágrafos, do CPC, é cabível o Recurso Extraordinário presente a repercussão geral que os efeitos do acórdão
ocasionarão nos cofres públicos em face do efeito multiplicador. Eis a novel regra de cabimento do remédio extremo:
(…)
Assim, o tema discutido no recurso possui uma relevância que transcende esta caso concreto, revestindo-se de interesse geral, institucional,
semelhantemente ao que já ocorria quando vigorava no sistema processual brasileiro o instituto da arguição de relevância, amoldando-se às exigências contidas no
§§ 1º e 2º, do art. 543-A, do CPC.
Com efeito, no caso, sabe-se da numerosidade de demandas como a presente, em que municípios brasileiros executam a UNIÃO em causas milionárias,
relativas a repasses do FUNDF considerados inferiores no que tange ao Valor Mínimo Anual por Aluno – VMAA, tanto que pendentes as Ações Civis Ordinárias
nessa Suprema Corte, tratando precisamente do critério do VMAA-FUNDEF. São elas: ACO 660-AM (Petição 2611-MG), ACO 701-AL, ACO 658-PE, ACO 722-MG,
ACO 683-CE, ACO 700-RN ACO 718-PA, ACO 1980-SC, ACO 1099-SC, ACO 648-BA, ACO 661/MA, ACO 669-SE, ACO 1278-BA, apresentadas pelos entes
federados.
Afigura-se, assim, flagrante a presença da repercussão geral, dadas as relevâncias jurídica, econômica, política e social, todas incidentes na hipótese,
notadamente pelo efeito multiplicador existente, em que cada causa se busca vultoso montante de recursos, estes necessariamente relacionados à educação
fundamental.”
Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.
Além disso, quanto à ofensa aos artigos 5º, II e 37, caput, da Constituição Federal, aplica-se neste caso a restrição da Súmula 636/STF: Não cabe recurso
extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas
infraconstitucionais pela decisão recorrida.
Acresça-se que em juízo de retratação negativo, o Tribunal de origem, com base nas peculiaridades do caso concreto, manteve o acórdão recorrido, ao
fundamento de que o ente municipal encontrava-se filiado à AMUPE no momento do ajuizamento da ação coletiva, bem como que constava da relação de
substituídos apresentada com a petição inicial, o que atesta sua legitimidade para a execução da sentença. O acórdão foi resumido na seguinte ementa (Vol. 19, fl.
2):
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. REPERCUSSÃO GERAL. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
FUNDEF. ASSOCIAÇÃO. LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. SENTENÇA DA AÇÃO COLETIVA CUJA EFICÁCIA APROVEITA AO EXEQUENTE.
1. Retornam os autos da vice-presidência deste eg. Regional, para se aferir a necessidade de adequação do acórdão proferido por esta col. Turma ao
decidido pelo eg. STF, no RE 612.043-RG, submetido à sistemática da repercussão geral (Tema 499), referente aos limites subjetivos da coisa julgada referente à
ação coletiva proposta por entidade associativa de caráter civil;
2. Caso em que pretende o Município de Gameleira-PE executar título judicial oriundo de ação movida pela Associação Municipalista de Pernambuco-
AMUPE em face da União, em que se discutiu o repasse de verbas relativas a diferenças de FUNDEF, de acordo com o Valor Mínimo Anual por Aluno - VMAA, nos
termos do art. 6° da Lei n. 9.424/1996;
3. Na hipótese, o Município encontrava-se filiado à associação quando da propositura da ação coletiva, tendo constando da relação de
substituídos apresentada, e expressamente autorizado seu manejo, de modo que é beneficiário do título executivo;
4. Juízo de retratação não exercido”.
A União, por sua vez, insiste no fato de que o MUNICÍPIO DE GAMELEIRA não constava na lista de representados pela Associação Municipalista de
Pernambuco – AMUPE no momento do ajuizamento da ação coletiva.
Verifica-se, desse modo, que a apreciação da suficiência ou não da lista de associados apresentada na fase inicial do processo de origem exigiria a análise
probatória dos autos, incabível em sede de Recurso Extraordinário - especialmente ante a existência do trânsito em julgado do processo de conhecimento que, em
termos finais, reconheceu a regularidade da listagem apresentada para fins de legitimação extraordinária na ação coletiva, bem como julgou procedente o pedido
conforme postulado na petição inicial. Incide, no caso, o óbice da Súmula 279 do STF (Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário). No mesmo
sentido:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE AÇÃO COLETIVA PROPOSTA
POR ASSOCIAÇÃO. LEGITIMIDADE PROCESSUAL. TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO ANTERIOR À VIGÊNCIA DO ART. 2º-A DA
LEI N. 9.494/1997. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO. LIMITES SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. INAPLICABILIDADE DO TEMA 499 DE REPERCUSSÃO
GERAL. ACORDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.” (RE 1.347.508-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 18/4/2022)
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE AÇÃO COLETIVA PROPOSTA
POR ASSOCIAÇÃO. LEGITIMIDADE PROCESSUAL. TRÂNSITO EM JULGADO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO.
LIMITES DA COISA JULGADA. ACORDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REVISÃO DA
SITUAÇÃO FÁTICA DELINEADA NO ACÓRDÃO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE: SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” (RE 1.340.916-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJe de 15/10/2021)
“EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO COLETIVA INTERPOSTA POR ASSOCIAÇÃO.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. SERVIDOR NÃO FILIADO. EXTENSÃO DETERMINADA NO TÍTULO EXECUTIVO. LIMITES DA COISA JULGADA. SÚMULA
279/STF.
1. Hipótese em que a resolução da controvérsia demanda a análise de legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos
(Súmula 279/STF), procedimentos inviáveis nesta fase recursal. Precedentes. 2. Agravo interno a que se nega provimento.” (RE 913.110-AgR, Rel. Min. ROBERTO
BARROSO, Primeira Turma, DJe de 29/3/2017)
Na mesma linha, vejam-se as seguintes decisões monocráticas: RE 1.384.063, Rel. Min. NUNES MARQUES, DJe de 29/8/2022; RE 1.253.470, Rel. Min.
ALEXANDRE DE MORAES, DJe de 13/2/2020; RE 1.216.906, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 12/9/2019; RE 905.805, Rel Min. LUIZ FUX, DJe de
19/8/2019, entre outros.
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.362.190 (274)


ORIGEM : 00047775920048160004 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
RECTE.(S) : JOAO MARIA SCHEFFER E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JONAS BORGES (30534/PR, 47370/SC)
RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANA E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANA
ADV.(A/S) : ANTONIO ROBERTO MONTEIRO DE OLIVEIRA (33341/PR)
INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ

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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo cujo objeto é a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto em face de acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado (eDOC 19, p. 1):
“APELAÇÃO CÍVEL - SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS APOSENTADOS - AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE - AGRAVO RETIDO. ALEGAÇÃO DE
CERCEAMENTO DE DEFESA ANTE AO INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE REALIZAÇÃO DE PROVA PERICIAL. TESE AFASTADA. LIVRE CONVENCIMENTO
DO MAGISTRADO PARA AS PROVAS A SEREM PRODUZIDAS. RECURSO DESPROVIDO - APELAÇÃO. 1- REVISÃO GERAL ANUAL. IMPOSSIBILIDADE.
INEXISTÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA AUTORIZADORA. AUSÊNCIA DE PRÉVIA DE INCLUSÃO ORÇAMENTÁRIA. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 37, INCISO X, DA
CF. 2- GRATIFICAÇÃO DE ASSIDUIDADE. ARTIGO 39, DA LEI 13.757/02. VERBA DEVIDA APENAS AOS SERVIDORES EM ATIVIDADE. 3- INCORPORAÇÃO DO
PERCENTUAL DE 11,98% RELATIVO À URV. CONVERSÃO JÁ REALIZADA NO ESTADO DO PARANÁ. INADMISSIBILIDADE. 4- PEDIDO DE
REENQUADRAMENTO FUNCIONAL. AUSÊNCIA DE PROVAS A DEMONSTRAR O ALEGADO REBAIXAMENTO DE NÍVEL. ÔNUS DOS AUTORES.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 333, I, DO CPC. 5- AGRAVO RETIDO DESPROVIDO. RECURSO DE APELAÇÃO DESPROVIDO.”
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (eDOC 22, p. 7).
No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa aos artigos 37, § 6º, e inciso X; e 40, § 8º da
Constituição da República. Nas razões recursais, sustenta-se, que:
“O V. acórdão recorrido afrontou a norma constitucional em tela, no que tange ao pedido de pagamento/incorporação da gratificação de assiduidade aos
autores, afirmando que referida gratificação apenas é devida aos servidores da ativa, obedecendo critérios discricionários.” (eDOC 24, p. 2)
Aduz-se, que:
“no caso em deslinde, a gratificação de assiduidade foi incorporada aos vencimentos de todos servidores do Quadro Geral, por força do artigo 39 da Lei
Estadual n. 13.757/02, ASSIM POSSUI O BENEFÍCIO, A TODA EVIDÊNCIA, NATUREZA GERAL. Desta forma, é extensível aos autores, nos termos do então
vigente artigo 40, § 8º, da Constituição. Assim, qualquer vantagem auferida pela atividade resta, necessariamente, devida aos servidores inativos e pensionistas, em
atenção à isonomia.” (eDOC 24, p. 3)
A 1ª Vice-Presidência do TJ/Pr negou seguimento ao recurso por entender que o julgado exarado se amolda ao objeto do RE-RG 565.089 (Tema 19) da
sistemática de repercussão geral, em relação à suposta violação ao art. 37, X, e § 6º, da Constituição da República; e inadmitiu o recurso quanto às demais
questões, por entender que incide à espécie o óbice da súmula 280 do STF. (eDOC 30)
É o relatório. Decido.
A irresignação não merece prosperar.
De plano, verifica-se que contra a decisão de não admissão do apelo extremo foi interposto agravo, tal como previsto no art. 1.042 do Código de Processo
Civil. Entretanto, ante a declaração de inadmissibilidade do recurso extraordinário, era cabível o agravo interno para o órgão colegiado competente.
Ademais, impende registrar que não se admite a fungibilidade do recurso em agravo interno no caso de erro grosseiro, o que ocorre na espécie. Nesse
sentido, veja-se a ementa do seguinte julgado:
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO QUE APLICA A SISTEMÁTICA DA
REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B DO CPC). DESCABIMENTO DO AGRAVO PREVISTO NO ART. 544 DO CPC. CABIMENTO DE AGRAVO REGIMENTAL (OU
INTERNO) PARA A ORIGEM. IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO APÓS 19.11.2009. É
pacífico o entendimento desta Corte de que, por não se cuidar de juízo negativo de admissibilidade de recurso extraordinário, não é cabível o agravo previsto no art.
544 do Código de Processo Civil, para atacar decisão de Presidente de Tribunal ou Turma Recursal de origem que aplique a sistemática da repercussão geral. A
parte que queira impugnar decisão monocrática de Presidente de Tribunal ou de Turma Recursal de origem, proferida nos termos do art. 543-B do CPC, deve fazê-lo
por meio de agravo regimental (ou interno). Inaplicável a conversão do presente recurso em agravo regimental a ser apreciado pela origem, já que a jurisprudência
desta Corte já fixou entendimento de que após 19.11.2009, data em que julgado o AI 760.358-QO, a interposição do agravo previsto no art. 544 do CPC configura
erro grosseiro. Agravo regimental a que se nega provimento. (ARE 761.661 AgR, Rel. Min. PRESIDENTE, Plenário, DJe 29.4.2014 Grifos originais)
Sendo assim, não conheço do recurso quanto à matéria debatida no Tema 19 da sistemática da repercussão geral.
No que remanesce, verifico que, eventual divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a quo demandaria o reexame de fatos e provas e da
legislação infraconstitucional aplicável à espécie ((Lei estadual n. 13.757/2002), o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, tendo em vista a vedação
contida nas Súmulas 279 e 280 do STF. Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. DIREITO À PERCEPÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE
ASSIDUIDADE E DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL 001/94. LEI MUNICIPAL 3.332/97 ANÁLISE DE LEI LOCAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 280 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO”
(ARE n. 647.020-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 17.9.2015).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE ASSIDUIDADE. PROFESSORES DO ESTADO DO PARANÁ.
EXTENSÃO AOS INATIVOS. DISCUSSÃO SOBRE A NATUREZA DA VANTAGEM. CASO EM QUE ENTENDIMENTO DIVERSO DO ADOTADO PELA INSTÂNCIA
JUDICANTE DE ORIGEM EXIGIRIA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE (LEI ESTADUAL 13.627/2002). 1. Eventual ofensa ao
§ 8º do art. 40 (na redação dada pela EC 20/98) da Magna Carta de 1988 apenas ocorreria de forma reflexa ou indireta, o que não autoriza a abertura da via recursal
extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (AI n. 793.492-AgR, Relator o Ministro Ayres Brito, Segunda Turma, DJe 8.10.2010)
Ante o exposto, não conheço do recurso, em relação à parte em que aplicado o precedente da sistemática da repercussão geral, nos termos do artigo 932,
III, do Código de Processo Civil, e nego provimento ao recurso, no que tange às questões remanescentes, com base no art. 932, IV, a, do mesmo Código e § 1º do
art. 21 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Publique-se.
Brasília, 04 de outubro de 2022.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.367.364 (275)


ORIGEM : 10038984920188260268 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : DAVID HONORIO ALVES JUNIOR
ADV.(A/S) : ENIO RODRIGUES DE LIMA (51302/SP)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE ITAPECERICA DA SERRA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITAPECERICA DA SERRA

DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário com agravo (peça 78) interposto por David Honorio Alves Junior contra a decisão em que o Presidente da Seção de
Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (peça 73), à anotação de que se aplicariam na espécie as Súmulas 279 e 280, ambas do Supremo
Tribunal Federal, não admitiu o recurso extraordinário manejado em face de acórdão cuja ementa foi assim redigida:
SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. Itapecerica da Serra. Agente Fiscal. Lei Municipal nº 2.146/10 que revogou a “gratificação de atividade técnica”.
Pretensão ao recebimento da gratificação mesmo após sua revogação. Violação à coisa julgada inexistente. Decisão da Justiça do Trabalho que não produz efeitos
no período posterior à migração do regime jurídico celetista para o estatutário. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico e à forma de cálculo da
remuneração. Entendimento do Supremo Tribunal Federal. Inadmissibilidade, porém, da redução nominal dos vencimentos. Irredutibilidade que, para ser preservada,
implica continuidade da percepção dos valores correspondentes àquela gratificação, até sua absorção por futuros reajustes. Precedentes. Sentença que julgou
procedente em parte o pedido. Recurso oficial, que considero interposto, não provido, e recurso do autor parcialmente provido para manter o pagamento do valor
correspondente à “gratificação de atividade técnica” até que ele seja absorvido por ulteriores reajustes.
Nas razões do agravo, o recorrente sustenta que não se pretende o reexame de provas nem debater questões ligadas à interpretação e aplicação do direito
local ou infraconstitucional, mas sim demonstrar a infringência a dispositivos constitucionais.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 90

Assevera que houve violação aos artigos 7 º, VI, e 37, XV da Constituição Federal no que concerne à irredutibilidade dos vencimentos dos funcionários
públicos.
E, no recurso extraordinário, alegara o autor que o acórdão impugnado haveria contrariado o direito adquirido e a coisa julgada, em virtude de sentença
trabalhista anterior que lhe teria garantido o direito à percepção da gratificação de atividade técnica estatuída pela Lei municipal 2112/10.
É o relatório. Decido.
Reputo correta a decisão agravada.
Transcrevo trechos das razões de decidir adotadas pela Corte de origem:
O autor foi contratado pelo Município de Itapecerica da Serra em 16.05.2005, após aprovação em concurso público, como Agente Fiscal, submetido ao
regime jurídico da CLT, conforme contrato de trabalho juntado a fl. 54. Ele foi extinto em 12.03.2015 (fl. 837), data em que o autor migrou para o regime estatutário,
nos termos da Lei Complementar Municipal nº 31/15 (fl. 840).
Pretende o autor seja o Município condenado a continuar a pagar a “gratificação de atividade técnica”, em cumprimento ao que foi decidido na reclamação
trabalhista processo nº 1000761-87.2015.5.02.0331-, a partir da migração para o regime estatutário.
A “gratificação de atividade técnica” foi instituída pela Lei Municipal nº 2.112/10, nos seguintes termos:
(...)
A Lei Municipal nº 2.146/10 revogou os dispositivos acima transcritos. Diante da cessação do pagamento, o autor ingressou com a já mencionada
reclamação trabalhista, em que foi reconhecido seu direito ao percebimento da gratificação, limitada, no entanto, até 12.03.2015, data em que o autor deixou de ser
regido pela CLT.
Consoante o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, não há direito adquirido a regime jurídico e nem à fórmula de composição da
remuneração dos servidores públicos, sendo possível diminuição ou supressão de gratificações e vantagens do servidor, desde que não acarrete redução nominal
dos vencimentos. A esse respeito vale mencionar o Recurso Extraordinário 563.965, decidido em regime de Repercussão Geral, Rel. Min. Cármen Lúcia, Tribunal
Pleno, DJ 20.3.2009: (...)
Nada impedia, pois, a Administração de revogar os dispositivos da Lei Municipal nº 2.146/10. Por outro lado, deve ser garantida a irredutibilidade de
vencimentos.
Nem se alegue que a coisa julgada formada na demanda que tramitou na Justiça do Trabalho produz efeitos aqui. Naquela ação a execução foi limitada até
a data de extinção do contrato de trabalho do autor. Na presente ação está em discussão período distinto, em que submetido o autor ao regime estatutário. Por essa
razão, não há ofensa à coisa julgada.
Assim, rever o posicionamento do Tribunal de Justiça bandeirante, passaria, necessariamente, pelo reexame de fatos e provas e pela interpretação de
legislação local (Leis Municipais ns. 2.112/10 e 2.146/10), incidindo, na espécie, os enunciados n. 279 e 280, ambos da Súmula/STF, bem como restaria
caracterizada como indireta ou reflexa a suposta ofensa ao Texto Constitucional, inviável no âmbito da instância extraordinária.
Ilustram essa orientação os recentes precedentes monocráticos em casos fronteiriços: ARE 1402326/SP e ARE 1402512/SP, Ministra Rosa Weber
(Presidente); ARE 1397119/SP, Ministro Luiz Fux (Presidente).
Ressalto, por outro lado, a orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal no sentido da inexistência de repercussão geral da controvérsia relativa à
suposta violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo
legal, quando se mostrar imprescindível o exame de normas de natureza infraconstitucional (ARE 748.371-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tema 660).
Em face do exposto, nego provimento ao recurso extraordinário com agravo.
Nos termos do § 11 do art. 85 do CPC, majoro em 1% (um por cento) a verba honorária fixada pelas instâncias de origem, observados os limites previstos
nos §§ 2º e 3º.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.371.623 (276)


ORIGEM : 00094428720098210139 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : ALVARO TOMAZ CASTRO DE SOUZA
RECTE.(S) : NADIA DE SOUZA CEZAR
ADV.(A/S) : FABIO BITTENCOURT DA ROSA (5658/RS)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
INTDO.(A/S) : UBIRAJARA DE SOUZA LEOTE
ADV.(A/S) : LEANDRO RAUPP TIETBHOL (56844/RS)
INTDO.(A/S) : CLAUDIMIR PADILHA DE MATTOS
ADV.(A/S) : GLAUCO DOS REIS DA SILVA (67472/RS)
INTDO.(A/S) : MARIA LUIZA KUHN
ADV.(A/S) : JOSE HENRIQUE RODRIGUES (66401/RS)

DECISÃO
1. A defesa de Alvaro Tomaz Castro de Souza e Nadia de Souza Cezar interpôs o presente agravo (eDoc n. 41) em face de decisão (eDoc n. 39) que
inadmitiu o recurso extraordinário por eles deduzido.
Nas razões do agravo, refuta os fundamentos dessa decisão e reitera os argumentos expendidos no apelo extremo.
Esse o contexto, passo a analisar o recurso extraordinário. E, ao examiná-lo, verifico que foi formalizado em face de acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (eDoc n. 21) que, confirmado em sede de embargos de declaração, está assim ementado:
APELAÇÃO -CRIME. PECULATO DESVIO. ART. 312, CAPUT, DO CP. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS A SERVIDORES DA CÂMARA DE
VEREADORES DE TRIUNFO. SENTENÇA CONDENATÓRIA. IRRESIGNAÇÃO DEFENSIVA.
[…]
Nulidade da sentença por ausência de individualização das penas. Não há ilegalidade na análise conjunta das circunstâncias judiciais comuns aos corréus,
na medida em que feita de forma fundamentada e com base nas semelhanças existentes, consoante precedentes do STJ. Cerceamento e deficiência de defesa
inocorrentes.
[…]
II - Mérito.
O pagamento de horas extraordinárias pressupõe expressa autorização da autoridade competente, mediante solicitação fundamentada do chefe da
repartição ou de ofício, não podendo exceder a duas horas diárias.
O reexame do acervo probatório demonstrou de forma clara a habitualidade, sem prévia autorização, do pagamento de remuneração por jornada excedente
aos servidores, os quais também são detentores de funções gratificadas, o que é vedado pela legislação municipal.
Dosimetria. Correta a desvaloração das consequências, em razão do dano causado ao erário. Adequado o critério adotado para exasperação da pena em
razão da continuidade delitiva.
Afastada a perda da função pública por ausência de fundamentação.
PRELIMINARES REJEITADAS E APELOS DEFENSIVOS PARCIALMENTE PROVIDOS.
Nas razões do recurso extraordinário (eDoc n. 33), aponta que o acórdão recorrido violou o art. 5º, XLVI, da Constituição da República.
É o relatório. Decido.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 91

Inicialmente, cabe apontar que o recorrente, a pretexto de cumprir a exigência do art. 1.035, §§ 1º e 2º, do CPC, c/c o art. 102, § 3º, da Constituição Federal,
não se desvencilhou de apresentar fundamentação suficientemente apta a demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais examinadas no caso.
Transcrevo, no ponto, as razões que a parte apresentou com o intuito de satisfazer tal requisito:
I - CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPERCUSSÃO GERAL
[...]
Quanto à repercussão geral, a tutela da garantia individual constante do citado art. 5°, inciso XLVI, da CF 88 tem de ser assegurada pela Suprema
Corte, que tem por missão zelar pelo respeito e integridade das normas constitucionais. São inúmeros os recursos extraordinários conhecidos, -quando
se interpreta lei que regulamenta dispositivo constitucional. Se o arbítrio do julgador fosse assegurado na, interpretação da lei que resultasse em
esvaziamento do texto constitucional, a finalidade da existência do Supremo Tribunal Federal poderia ser questionada. Na hipótese, há vulneração de
clareza meridiana do princípio da individualização da - pena." (grifei)
No âmbito desta Suprema Corte, há entendimento de que a demonstração da repercussão geral “(...) não se confunde com meras invocações
desacompanhadas de sólidos fundamentos no sentido de que o tema controvertido é portador de ampla repercussão e de suma importância para o
cenário econômico, político, social ou jurídico, ou que não interessa única e simplesmente às partes envolvidas na lide, muito menos ainda divagações de
que a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras de igual patamar argumentativo” (ARE
786.878 AgR, ministro Alexandre de Moraes - grifei).
Em casos fronteiriços, há – entre muitos outros –, os seguintes precedentes (ARE 1.121.676 AgR, ministro Ricardo Lewandowski; ARE 1.165.032, ministro
Roberto Barroso; ARE 1.284.516, ministro Edson Fachin; ARE 1.284.971, ministra Cármen Lúcia; ARE 1.288.654, ministra Rosa Weber; RE 975.354 AgR, Segunda
Turma, ministro Celso de Mello):
DIREITO PROCESSUAL PENAL. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRARDINÁRIO COM AGRAVO. RECURSO QUE NÃO DESCONSTITUI OS
FUNDAMENTOS UTILIZADOS PELO TRIBUNAL DE ORIGEM PARA INADMITIR O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL
DA MATÉRIA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
[…]
2. A parte recorrente não apresentou mínima fundamentação quanto à repercussão geral das questões constitucionais discutidas, limitando-se a
fazer observações genéricas sobre o tema. Tal como redigida, a preliminar de repercussão geral apresentada poderia ser aplicada a qualquer recurso,
independentemente das especificidades do caso concreto.
3. Como já registrado pelo Supremo Tribunal Federal, “a simples descrição do instituto da repercussão geral não é suficiente para desincumbir a parte
recorrente do ônus processual de demonstrar de forma fundamentada porque a questão específica apresentada no recurso extraordinário seria relevante do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico e ultrapassaria o mero interesse subjetivo da causa” (RE 596.579-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski).
4. Agravo interno a que se nega provimento.
(ARE 1.330.479 AgR, Relator o ministro Roberto Barroso - grifei)
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. PRELIMINAR. DEMONSTRAÇÃO DE
REPERCUSSÃO GERAL. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. PRETENSÃO DE CONCESSÃO DE HABEAS CORPUS DE OFÍCIO. INVIABILIDADE NA
HIPÓTESE. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO.
1. Nos termos da orientação firmada nesta Corte, cabe à parte recorrente demonstrar fundamentadamente a existência de repercussão geral da
matéria constitucional em debate no recurso extraordinário, mediante o desenvolvimento de argumentação que, de maneira explícita e clara, revele o
ponto em que a matéria veiculada no recurso transcende os limites subjetivos do caso concreto do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico.
2. Revela-se deficiente a fundamentação da existência de repercussão geral de recurso extraordinário que se restringe à alegação genérica de que a
questão em debate é dotada de repercussão geral.
[...]
4. Agravo regimental desprovido.
(ARE 1.221.239 AgR, Relator o ministro Edson Fachin - grifei)
De outro lado, ainda que se pudesse superar esse óbice, melhor sorte não socorreria à parte recorrente.
É que, ao proceder à análise da dosimetria da pena, o acórdão recorrido adotou fundamentação eminentemente infraconstitucional, de modo que a suposta
ofensa ao dispositivo constitucional apontado pelo recorrente (XLVI) qualificar-se-ia como reflexa, circunstância que impede a via extraordinária.
Em casos fronteiriços, há – entre muitos outros – os seguintes precedentes (ARE 1.227.082 ED, ministro Lewandowski; ARE 1.279.027 AgR, ministro
Presidente).
3. Por ocasião do exame do AI nº 742.460/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela ausência de repercussão geral
de questões relativas à individualização e à dosimetria de pena, por demandarem exame prévio da legislação infraconstitucional.
(ARE 1.144.653 AgR, ministro Dias Toffoli – grifei)
3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.374.717 (277)


ORIGEM : 00562203620198160000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
RECDO.(A/S) : ADEMILTON JOAQUIM TELES
RECDO.(A/S) : ROSA MARCELA SOLENI SIEBRE
RECDO.(A/S) : CLAYTON FERREIRA TELES
ADV.(A/S) : LEONARDO MAZEPA BUCHMANN (58396/PR)

DECISÃO
1. O Ministério Público do Estado do Paraná interpôs o presente agravo contra decisão proferida pela 1ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de origem
(eDoc n. 17), que inadmitiu recurso extraordinário por ele deduzido à anotação de que a suposta ofensa ao texto constitucional teria ocorrido de forma reflexa, bem
como seriam aplicáveis, ao caso, os Enunciados ns. 280, 282 e 283 das Súmulas desta Suprema Corte.
2. Reputo inadmissível o presente agravo.
É que a parte agravante, em suas razões recursais (eDoc n. 20), não impugna todos os fundamentos do ato decisório questionado, deixando de refutar a
incidência do Enunciado n. 283 da Súmula desta Corte Suprema.
Ressalte-se, que tal circunstância acarreta a aplicação, na espécie, do Enunciado n. 287 da Súmula deste Supremo Tribunal Federal.
Em casos fronteiriços, há – entre muitos outros – os seguintes precedentes (ARE 1.080.691, ministra Cármen Lúcia; ARE 1.254.137, ministro Ricardo
Lewandowski; ARE 1.284.177, ministra Rosa Weber; ARE 1.296.340, ministro Luiz Fux):
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULA 287 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. É inviável o conhecimento do recurso que não ataca, especificamente, os fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário.
Incidência da Súmula 287 do STF.
2. Agravo regimental desprovido.
(ARE 1.309.566 AgR, ministro Edson Fachin – grifei)
3. Em face do exposto, não conheço do presente agravo.
4. Publique-se.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 92

Brasília, 3 de outubro de 2022.


Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.287 (278)


ORIGEM : 00208720820188060052 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICOS MUNICIPAIS DE BREJO SANTO
ADV.(A/S) : FRANCISCO ANASTACIO DE SOUSA (27120/CE)
RECDO.(A/S) : MUNICIPIO DE BREJO SANTO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE BREJO SANTO

DECISÃO
1. O presente agravo, previsto no art. 1.042 do Código de Processo Civil, foi interposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brejo Santo
contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário por entender aplicável, no caso em exame, o enunciado n. 279 da Súmula/STF.
Nas razões recursais, o recorrente, em síntese, refuta o fundamento da decisão agravada. Alega que a matéria é exclusivamente de direito e reitera os
argumentos expendidos no apelo extremo.
Desse modo, passo a analisar o recurso extraordinário. E, ao examiná-lo, verifico que foi deduzido, com fundamento em permissivo constitucional, contra
acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará assim ementado:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA POR SINDICATO
DE SERVIDORES PARA TUTELAR DIREITOS DE CANDIDATOS APROVADOS EM CADASTRO DE RESERVA DE CONCURSO PÚBLICO. ILEGITIMIDADE ATIVA.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO TERMOS DE TAC FIRMADO COM O MUNICÍPIO PROIBINDO A NOMEAÇÃO DE AGENTES O TEMPORÁRIOS DE MODO
A LEGITIMAR A PRETENSÃO. ALEGAÇÕES GENÉRICAS QUE EVIDENCIAM PRECIPUAMENTE BENEFICIAR OS CANDIDATOS APROVADOS EM CERTAME.
CONTRARIEDADE AO DISPOSTO NO ART. 8°, INC. III DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E ART. 18 DO CPC. PRECEDENTES DO STJ E DOS TRIBUNAIS
PÁTRIOS. REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CONHECIDAS E DESPROVIDAS. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO MANTIDA. NECESSIDADE DE RETIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO PELO SETOR COMPETENTE, A FIM DE INCLUIR O REEXAME NECESSÁRIO.
1. Na presente ação civil pública o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brejo Santo-SINSEMBES busca determinação judicial para o fim de
obrigar o Município de Brejo Santo/CE a proceder a nomeação e posse de todos os candidatos aprovados nos dois últimos concursos públicos realizados pelo
demandado (Editais n° 001/2005 e n° 001/2012), inclusive em cadastro de reserva, bem como promover o levantamento da carência de servidores efetivos a fim de
substituir eventuais ocupantes de cargos precários pelos candidatos aprovados nos referidos certames.
2. Pela sentença recorrida, o douto Magistrado de piso extinguiu o feito, por entender que o Sindicato autor não teria legitimidade para propor a presente
ação civil pública, por considerar que os direitos tutelados não correspondem propriamente aos interesses da categoria representada, vez que os eventuais
beneficiários são terceiros que não são servidores públicos municipais de Brejo Santo.
3. De início, importa salientar que o direito coletivo debatido nesta demanda tem característica de individual homogêneo. Ainda que toda categoria
representada pelo Sindicato-autor possa ser, reflexamente, beneficiada com a nomeação dos candidatos aprovados em concurso público, é inegável que o pedido
formulado tem por aptidão assegurar, diretamente, a defesa dos direitos de candidatos aprovados em Concurso Público promovido pelo Município e que figuravam
em cadastro de reserva.
4. Com efeito, a Constituição Federal assegura aos sindicatos a legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou
individuais dos integrantes da categoria que representam (art. 8°, inciso III). Essa atuação pode perfeitamente ser realizada no âmbito da ação civil pública, inclusive
na defesa de direitos individuais homogêneos, desde que respeitado o requisito da representatividade adequada, o que ocorre quando o sindicato se propõe a
demandar coletivamente sobre matéria cuja proteção seja a finalidade da própria instituição.
5. No caso, a pretensão central visa a nomeação e posse de todos os candidatos aprovados nos dois últimos concursos públicos realizados pelo demandado
(Editais n° 001/2005 e n° 001/2012), sendo os demais pedidos contidos na exordial vinculados ao acolhimento daquele. Esses pretensos nomeados, efetivamente,
não integram o sindicato, de modo que os direitos individuais homogêneos deles não podem ser tutelados pelo ente sindical. (STJ. Aglnt no RMS 49.958/MG, Rel.
Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 10/11/2016).
6. Sobremodo importante salientar que a alegação do recorrente de que a legitimidade ad causam estaria presente diante da violação a um TAC relativo aos
membros da categoria que representa, o que permitiria a nomeação dos servidores temporários, mormente pela inexistência no TAC de qualquer restrição quanto à o
legitimidade para propor ação executiva, não logrou o Sindicato comprovar que o eventuais contratações precárias promovidas pelo Ente eram desprovidas de
fundamentação, considerando que a possibilidade de contratação temporária pela .o Administração nos limites legais.
7. Isso porque, compulsando as razões recursais, verifica-se que as alegações de preterição indevida e contratações ilegais são genéricas e desprovidas de
provas robustas, de forma que não se admite a legitimidade do sindicato na hipótese em que a suposta ilegalidade contra os seus filiados é baseada em possível
contratação de servidores temporários, cujo objetivo com a presente ação visa precipuamente a nomeação de aprovados em certame e não filiados ao recorrente.
Por mais beneficio que a nomeação e posse de novos servidores possam trazer aos servidores já em exercício, dúvida não há de que os mais beneficiados seriam
os aprovados e que estão à espera de nomeação.
8. Assim, carece de legitimidade a pretensão recursal, pois não cabe aos sindicatos promover ações com o intuito de defesa de interesses individuais
alheios, mas sim para proteção de interesses da classe representada, sendo incabível o acolhimento da pretensão recursal tão somente no argumento hipotético de
violação a um TAC relativo aos membros da categoria representaria violação dos direitos dos filiados, ante a nomeação de servidores temporários.
9. Remessa e Apelação conhecidas e desprovidas. Sentença mantida.
O recorrente aponta violação ao art. 8º, III, da Constituição Federal.
Sustenta que “a questão possui relevância social e econômica, razão pela qual atinge um significativo número de pessoas na medida em que centenas de
candidatos aguardam convocação.”
Esse é o relatório. Decido.
2. O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, ao examinar fatos e provas constantes na origem, concluiu ausente a legitimidade ativa da parte recorrente
para promover ação com o intuito defender interesses individuais alheios, que não integram a categoria dos servidores públicos municipais.
Colho do acórdão recorrido o seguinte trecho elucidativo:
De início, importa salientar que o direito coletivo debatido nesta demanda tem característica de individual homogêneo. Ainda que toda categoria
representada pelo Sindicato-autor possa ser, reflexamente, beneficiada com a nomeação dos candidatos aprovados em concurso público, é inegável que o pedido
formulado tem por aptidão assegurar, diretamente, a defesa dos direitos de candidatos aprovados em Concurso Público promovido pelo Município e que figuravam
em cadastro de reserva.
Com efeito, a Constituição Federal assegura aos sindicatos a legitimidade extraordinária para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou
individuais dos integrantes da categoria que representam (art. 80, inciso III). Essa atuação pode perfeitamente ser realizada no âmbito da ação civil pública, inclusive
na defesa de direitos individuais homogêneos, desde que respeitado o requisito da representatividade adequada, o que ocorre quando o sindicato se propõe a
demandar coletivamente sobre matéria cuja proteção seja a finalidade da própria instituição.
No caso, a pretensão central visa a nomeação e posse de todos os candidatos aprovados nos dois últimos concursos públicos realizados pelo demandado
(Editais n° 001/2005 e n° 001/2012), sendo os demais pedidos contidos na exordial vinculados ao acolhimento daquele. Esses pretensos nomeados,
efetivamente, não integram o sindicato, de modo que os direitos individuais homogêneos deles não podem ser tutelados pelo ente sindical.
Nesse contexto, dissentir da conclusão alcançada pelo Tribunal de origem demandaria reexame do conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência do
enunciado n. 279 da Súmula/STF e inviabiliza análise da controvérsia no âmbito desta Corte Suprema.
3. Em face do exposto, nego provimento ao recurso extraordinário com agravo.
Quanto aos honorários recursais, previstos no § 11 do art. 85 do Código de Processo Civil, não têm autonomia nem existência independente da
sucumbência fixada na origem e representam um acréscimo ao ônus estabelecido previamente, motivo por que, na hipótese de descabimento ou de ausência de
fixação anterior – como na espécie –, a sua incidência é indevida.
4. Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 93

Brasília, 4 de outubro de 2022.


Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.743 (279)


ORIGEM : 00304402620218160000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
RECDO.(A/S) : ADEMILTON JOAQUIM TELES
RECDO.(A/S) : CLAYTON FERREIRA TELES
RECDO.(A/S) : ROSA MARCELA SOLENI SIEBRE
ADV.(A/S) : LEONARDO MAZEPA BUCHMANN (58396/PR)

DECISÃO
1. O Ministério Público do Estado do Paraná interpôs o presente agravo (eDoc 139) em face de decisão (eDoc 126) que inadmitiu o recurso extraordinário
por ele deduzido.
Nas razões do agravo, refuta os fundamentos dessa decisão e reitera os argumentos expendidos no apelo extremo.
Esse o contexto, passo a analisar o recurso extraordinário. E, ao examiná-lo, verifico que foi formalizado em face de acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná (eDoc 45).
Nas razões do recurso extraordinário (eDoc 115), aponta que o acórdão recorrido violou o art. 22, I, e o art. 96, I, ambos da Constituição da República.
É o relatório.
2. Reconheço a prejudicialidade do presente agravo pela perda superveniente do objeto.
Isso porque consta dos autos (eDoc 175) que, em 2/2/2022, o Ministro Reynaldo Soares da Fonseca deu provimento ao Recurso Especial n. 1.979.465
interposto pelo Ministério Público do Estado do Paraná e anulou o acórdão ora recorrido.
Em casos fronteiriços, esta Suprema Corte firmou orientação no sentido de que a perda superveniente do objeto do recurso extraordinário implica a extinção
do processo (ARE 1.086.635/PR, ministro Luiz Fux; ARE 1.107.605/RS, ministro Marco Aurélio; ARE 1.129.596 AgR/RJ, ministro Dias Toffoli; ARE 1.213.291/SP,
ministra Cármen Lúcia).
3. Em face do exposto, julgo prejudicado o presente agravo em recurso extraordinário.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.398.988 (280)


ORIGEM : 15024856420188260228 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : KARINE MATOS DE SOUZA
ADV.(A/S) : VINICIUS SCATINHO LAPETINA (104871/PR, 257188/SP)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO
1. A defesa de Karine Matos de Souza interpôs o presente agravo (eDoc n. 30) em face de decisão (eDoc n. 26) que inadmitiu o recurso extraordinário por
ele deduzido.
Nas razões do agravo, refuta os fundamentos dessa decisão e reitera os argumentos expendidos no apelo extremo.
Esse o contexto, passo a analisar o recurso extraordinário. E, ao examiná-lo, verifico que foi formalizado em face de acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo (eDoc n. 14), assim ementado:
SENTENÇA CONDENATÓRIA PELO DELITO DE TRÁFICO DE DROGAS (ART. 33, CAPUT, DA LEI 11.343/06) APELO DEFENSIVO BUSCANDO A
ABSOLVIÇÃO POR FRAGILIDADE PROBATÓRIA COM PLEITOS SUBSIDIÁRIOS VISANDO À REDUÇÃO DAS REPRIMENDAS. IMPETRAÇÃO DE HABEAS
CORPUS PERANTE O E. STJ ORDEM CONCEDIDA, DETERMINADO O REFAZIMENTO DA DOSIMETRIA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS
INEQUÍVOCAS DOSAGEM DAS REPRIMENDAS QUE MERECE REPAROS BASES REDIMENSIONADAS PARA O LINDE INFERIOR IMPOSSIBILIDADE DE
CONCESSÃO DO REDUTOR PORQUE AUSENTES OS REQUISITOS LEGAIS REGIME FECHADO DE RIGOR IMPOSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA FÍSICA
POR RESTRITIVAS DE DIREITOS, OU “SURSIS” RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
Nas razões do recurso extraordinário (eDoc n. 17), aponta que o acórdão recorrido violou o art. 5º, IV, XI, XLVI, LVI e LVII, da Constituição da República.
É o relatório. Decido.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Inicialmente, no que toca à alegada violação às normas contidas no art. 5º, IV, XI, e LVI, da Constituição da República, observo que o tribunal de origem, na
decisão de admissibilidade, aplicou precedente firmado com base na sistemática da repercussão geral.
Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal assentou que a aplicação da sistemática da repercussão geral é atribuição do órgão judiciário de origem,
dispensada a remessa do recurso extraordinário a esta Corte, nos termos do art. 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil. Nessa linha, Rcl 42.193 AgR, ministro
Alexandre de Moraes, e Rcl 39.942 AgR, ministro Edson Fachin. Transcrevo a ementa desse último (grifei):
AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL.
COMPETÊNCIA DAS CORTES DE ORIGEM. DESCABIMENTO DA AÇÃO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. A aplicação da sistemática da repercussão geral é atribuição das Cortes de origem, nos termos do art. 1.030 do CPC.
2. Agravo regimental a que se nega provimento.
Além disso, o art. 1.042 do Código de Processo Civil expressamente exclui das hipóteses de cabimento do agravo em recurso extraordinário a inadmissão
do recurso extraordinário fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral.
Desse modo, não conheço do recurso neste ponto.
De outro lado, quanto à suposta violação ao art. 5º, XLVI e LVII, da Constituição Federal, o atendimento ao pleito (preenchimento dos requisitos para
aplicação da figura do tráfico privilegiado) esbarra no óbice do Enunciado 279 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, por demandar revolvimento fático probatório.
Ainda, ao proceder à análise da dosimetria da pena, o acórdão recorrido adotou fundamentação eminentemente infraconstitucional, de modo que a suposta
ofensa aos dispositivos constitucionais apontados pelo recorrente qualificar-se-ia como reflexa, circunstância que impede a via extraordinária.
Em casos fronteiriços, há – entre muitos outros – os seguintes precedentes (ARE 1.227.082 ED, ministro Lewandowski; ARE 1.279.027 AgR, ministro
Presidente).
3. Por ocasião do exame do AI nº 742.460/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela ausência de repercussão geral
de questões relativas à individualização e à dosimetria de pena, por demandarem exame prévio da legislação infraconstitucional.
(ARE 1.144.653 AgR, ministro Dias Toffoli – grifei)
3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 94

Ministro NUNES MARQUES


Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.172 (281)


ORIGEM : 15079695520218260228 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
RECTE.(S) : GUSTAVO COLADELO BERNARDO CARRARA
ADV.(A/S) : ALCIDES LEME DA SILVA JUNIOR (107804/SP)
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO
1. A defesa de Gustavo Coladelo Bernardo Carrara interpôs o presente agravo (eDoc n. 31) em face de decisão (eDoc n. 28) que inadmitiu o recurso
extraordinário por ele deduzido.
Nas razões do agravo, refuta os fundamentos dessa decisão e reitera os argumentos expendidos no apelo extremo.
Esse o contexto, passo a analisar o recurso extraordinário. E, ao examiná-lo, verifico que foi formalizado em face de acórdão proferido pelo Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo (eDoc n. 16).
Nas razões do recurso extraordinário (eDoc n. 23), aponta que o acórdão recorrido violou o art. 5º, XI, e o art. 93, IX, ambos da Constituição da República.
É o relatório. Decido.
2. O processo está em condições de ser julgado, nos termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno. Dispenso a remessa ao Ministério Público
Federal.
Inicialmente, no que toca à alegada violação às normas contidas no art. 5º, XI, e no art. 93, IX, da Constituição da República, observo que o tribunal de
origem, na decisão de admissibilidade, aplicou precedentes firmados com base na sistemática da repercussão geral.
Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal assentou que a aplicação da sistemática da repercussão geral é atribuição do órgão judiciário de origem,
dispensada a remessa do recurso extraordinário a esta Corte, nos termos do art. 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil. Nessa linha, Rcl 42.193 AgR, ministro
Alexandre de Moraes, e Rcl 39.942 AgR, ministro Edson Fachin. Transcrevo a ementa desse último (grifei):
AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA NÃO CONFIGURADA. SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL.
COMPETÊNCIA DAS CORTES DE ORIGEM. DESCABIMENTO DA AÇÃO. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. A aplicação da sistemática da repercussão geral é atribuição das Cortes de origem, nos termos do art. 1.030 do CPC.
2. Agravo regimental a que se nega provimento.
Além disso, o art. 1.042 do Código de Processo Civil expressamente exclui das hipóteses de cabimento do agravo em recurso extraordinário a inadmissão
do recurso extraordinário fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral.
Desse modo, não conheço do recurso nestes pontos.
Ademais, o atendimento ao pleito (preenchimento dos requisitos para aplicação da figura do tráfico privilegiado) esbarra no óbice do Enunciado 279 da
Súmula do Supremo Tribunal Federal, por demandar revolvimento fático probatório.
Ainda, ao proceder à análise da dosimetria da pena, o acórdão recorrido adotou fundamentação eminentemente infraconstitucional, de modo que a suposta
ofensa ao dispositivo constitucional apontado pelo recorrente qualificar-se-ia como reflexa, circunstância que impede a via extraordinária.
Em casos fronteiriços, há – entre muitos outros – os seguintes precedentes (ARE 1.227.082 ED, ministro Lewandowski; ARE 1.279.027 AgR, ministro
Presidente).
3. Por ocasião do exame do AI nº 742.460/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela ausência de repercussão geral
de questões relativas à individualização e à dosimetria de pena, por demandarem exame prévio da legislação infraconstitucional.
(ARE 1.144.653 AgR, ministro Dias Toffoli – grifei)
3. Ante o exposto, nego provimento ao agravo em recurso extraordinário.
4. Intime-se. Publique-se.
Brasília, 3 de outubro de 2022.
Ministro NUNES MARQUES
Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.193 (282)


ORIGEM : 09051624220198240033 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DECISÃO
Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim
ementado (Vol. 396, fl. 2):
“APELAÇÃO CÍVEL. REEXAME NECESSÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. OBRIGAÇÃO DE FAZER. IRREGULARIDADES NA ESTRUTURA E
ORGANIZAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO PROVISÓRIO - CASEP DE ITAJAÍ. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. DEVER
INARREDÁVEL DO ESTADO DE ZELAR PELA INCOLUMIDADE DE REEDUCANDOS E FUNCIONÁRIOS. EXEGESE DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DO
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - SINASE (LEI N. 12.594/2012). RECURSO
VOLUNTÁRIO E REMESSA OFICIAL CONHECIDOS E DESPROVIDOS.
“a cláusula da 'reserva do possível' - ressalvada a ocorrência de justo motivo objetivamente aferível - não pode ser invocada, pelo Estado, com a finalidade
de exonerar-se do cumprimento de suas obrigações constitucionais, notadamente quando, dessa conduta governamental negativa, puder resultar nulificação ou, até
mesmo aniquilação de direitos constitucionais impregnados de um sentido essencial fundamentalidade (Resp n. 8.11608/RS, rel. Min. Luiz Fux, j. 15/5/2007)" (TJSC,
Apelação Cível n. 0000784-15.2013.8.24.0054, de Rio do Sul, rel. Sérgio Roberto Baasch Luz, Segunda Câmara de Direito Público, j. 10-10-2017)”.
Opostos Embargos de Declaração (Vol. 398), foram rejeitados (Vol. 400).
No Recurso Extraordinário (Vol. 410), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o ESTADO DE SANTA CATARINA alega que o
acórdão recorrido, ao determinar o direcionamento de recursos públicos e intervir na administração do sistema socioeducativo do Estado, violou o princípio da
separação dos poderes (art. 2º da CF/1988).
Para tanto, aduz que “é o Poder Executivo que detém o conhecimento das necessidades de todos os estabelecimentos socioeducativos e que pode
determinar, dentro de um critério equânime, quais as prioridades a serem atendidas. A intervenção do poder judiciário no presente acórdão local, gestionando acerca
da organização, da alocação de recursos e inclusive do preenchimento de vagas do sistema socioeducativo do Estado de Santa Catarina, a toda evidência viola o
art. 2º da Constituição” (Vol. 410, fl. 4).
O Tribunal de origem inadmitiu o recurso aos fundamentos de que (a) não houve prequestionamento do artigo 2º da CF/1988; (b) o Estado deixou de
impugnar os artigos 37, II, V e IX e 227, § 3º, V, da CF/1988, que são aptos, por si sós, a fundamentar a decisão agravada, de forma que incide o óbice da Súmula
283 do STF; e (c) no que concerne à alegada interferência indevida do Poder Judiciário, inadmitiu o recurso ao fundamento de que a decisão recorrida está em
conformidade com a jurisprudência do STF, o que atrai o óbice da Súmula 286 do STF (Vol. 416).
No Agravo (Vol. 418), o Estado refuta os óbices retromencionados.
É o relatório. Decido.

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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 95

Os recursos extraordinários somente serão conhecidos e julgados, quando essenciais e relevantes as questões constitucionais a serem analisadas, sendo
imprescindível ao recorrente, em sua petição de interposição de recurso, a apresentação formal e motivada da repercussão geral que demonstre, perante o
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, a existência de acentuado interesse geral na solução das questões constitucionais discutidas no processo, que transcenda a
defesa puramente de interesses subjetivos e particulares.
A obrigação do recorrente de apresentar, formal e motivadamente, a repercussão geral que demonstre, sob o ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, a relevância da questão constitucional debatida que ultrapasse os interesses subjetivos da causa, conforme exigência constitucional, legal e regimental (art.
102, § 3º, da CF/88, c/c art. 1.035, § 2º, do Código de Processo Civil de 2015 e art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), não se confunde
com meras invocações, desacompanhadas de sólidos fundamentos e de demonstração dos requisitos no caso concreto, de que (a) o tema controvertido é portador
de ampla repercussão e de suma importância para o cenário econômico, político, social ou jurídico; (b) a matéria não interessa única e simplesmente às partes
envolvidas na lide; ou, ainda, de que (c) a jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL é incontroversa no tocante à causa debatida, entre outras alegações
de igual patamar argumentativo (ARE 691.595-AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe de 25/2/2013; ARE 696.347-AgR-segundo, Rel. Min.
CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 14/2/2013; ARE 696.263-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 19/2/2013; AI 717.821-AgR, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJe de 13/8/2012).
No caso concreto, foram os seguintes os fundamentos da parte para sustentar a repercussão geral da matéria (Vol. 410, fl. 3):
“O tema ora tratado tem repercussão geral, pois se trata de explícita intervenção do Poder Judiciário sobre a administração. Em caso recente, este STF
reconheceu que a violação ao princípio da separação de poderes configura repercussão geral a permitir o conhecimento de recurso extraordinário:
EMENTA: AGRAVO INTERNO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO AGRAVADA QUE APLICOU O TEMA 485, DA REPERCUSSÃO GERAL.
AGRAVO INTERNO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Plenário desta CORTE, no julgamento do RE 632.853- RG (Rel. Min. GILMAR MENDES, Tema 485),
fixou tese no sentido de que “não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos
candidatos e notas a elas atribuídas”. 2. O Tribunal de origem, contrariando a jurisprudência desta CORTE, entrou no mérito do ato administrativo e efetivamente
substituiu a banca examinadora na correção de questões de concurso público, em evidente violação ao princípio da separação dos Poderes. 3. Decisão agravada
que deu provimento aos Recursos Extraordinários dos ora agravados, aplicando a tese formada no referido precedente paradigma. 4. Agravo Interno a que se nega
provimento. Na forma do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do Código de Processo Civil de 2015, em caso de votação unânime, fica condenado o agravante a pagar ao agravado
multa de um por cento do valor atualizado da causa, cujo depósito prévio passa a ser condição para a interposição de qualquer outro recurso (à exceção da Fazenda
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final). (RE 1333610 AgR, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma,
julgado em 15/09/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-199 DIVULG 05-10-2021 PUBLIC 06-10-2021)
O caso é patente de graves repercussões institucionais, haja visto a repetição de situações em que o Poder Executivo catarinense se vê subjugado pelo
Poder Judiciário emcentenas de situações similares de administração do sistema prisional e socioeducativo.”
Não havendo demonstração fundamentada da presença de repercussão geral, incabível o seguimento do Recurso Extraordinário.
Além disso, na origem, o Ministério Público do Estado de Santa Catarina ajuizou Ação Civil Pública em face do Estado de Santa Catarina e da Secretaria de
Estado de Administração Prisional e Socioeducativa, requerendo obrigações de fazer e não fazer, consistente na promoção de medidas e execução de obras
emergenciais, uma vez que foram apuradas diversas irregularidades no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório – CASEP de Itajaí, violando, assim, os
direitos à dignidade, higiene, salubridade, entre outros, de jovens e adolescentes.
O juízo singular julgou parcialmente procedente o pedido para determinar (Vol. 338, fl. 21):
“1 — a manutenção de no máximo um socio-educando por quarto, ficando proibida a presença de qualquer interno em quarto que apresente umidade,
insalubridade ou presença não controlada de insetos. O cumprimento será imediato;
2 — a presença dos requisitos mínimos abaixo em todo CASE de Itajaí, com prazo de cumprimento imediato:
2.1 - condições adequadas de higiene, limpeza, circulação, iluminação e segurança;
2.2 - correção dos problemas de infiltrações na paredes, rachaduras e mofos;
2.3 - colocação de telas na janelas dos quartos, para evitar a proliferação de insetos e vetores de doença;
3 — a regulamentação das visitas íntimas por parte do DEASE, bem com a disponibilização de um espaço físico para tanto no CASE de ROL Prazo de um
ano para cumprir, a contar do trânsito em julgado;
4 — a realização de um registro de controle por meio de quadro de atividades para cada socioeducando que contenha o dia da semana, subdividido em
períodos. registrando a participação das atividades por hora. Cumprimento imediato;
5 - a destinação de locais apropriados para sala de professores, secretaria e direção escolar. Prazo de um ano a contar do trânsito em Julgado;
6 - a criação de mais uma área para as atividades de esportes, cultura e lazer. Prazo de um ano, a contar do trânsito em Julgado;
7 - a oferta de cursos profissionalizantes para todos os socioeducandos, com a destinação de local específico para isso no CASE de Itajaí. Prazo de um ano,
a contar do trânsito em Julgado;
8 - a instalação de sistema de vídeo monitoramento na unidade de Rafai. O prazo também será de um ano, contato do trânsito em Julgado;
9 - a contratação de três servidores efetivos, por meio de concurso público, para equipe técnica (assistente social, psicólogo e pedagogo). Prazo de um ano
a contar do trânsito em Julgado. Posteriormente a este prazo, o Estado requerido deverá promover encontros de capacitação, com trocas de experiência e
apresentação de boas práticas;
10 - a transferência do aparelho de televisão. já existente na sala dos educadores, para uso pelos socioeducandos. Cumprimento imediato;
11 - a colocação de ventiladores nos corredores que dão acesso aos quartos. O cumprimento é imediato;
12 - a comprovação documental do cumprimento de todas as recomendações do Núcleo V da Corregedoria-Geral da Justiça, tanto aos direcionadas à
Secretaria Estadual e ao DEASE (1 a 9. p. 386) como as referentes ao CASE de Itajaí (1 a 17, p. 387 e 388) Prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do trânsito em
julgado;
13 - a colocação de um profissional de saúde para atender no CASE de Itajaí por no mínimo dois dias por semana. Prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a
contar do trânsito em Julgado;
14 - o fornecimento de no mínimo 6 (seis) coletes para uso pelos agentes socioeducativos que trabalham no CASE de Itajaí”.
Interposta Apelação, o Tribunal de origem manteve a sentença ao fundamento de que o “princípio da separação dos poderes, bem como do dever de
obediência à legislação orçamentária e licitatória […] não tem o condão de obstar que o Poder Judiciário determine que o Estado de Santa Catarina adote as
providências necessárias para assegurar a incolumidade física e mental de socioeducandos do CASEP de Itajaí” (Vol. 396, fl. 10).
A jurisprudência desta CORTE é firme no sentido de que não viola o princípio da separação dos poderes a decisão do Poder Judiciário que,
excepcionalmente, determina a implementação de políticas públicas quando evidenciada proteção deficiente a direitos fundamentais veiculados na Constituição
Federal. Nesse sentido:
“AGRAVOS REGIMENTAIS EM RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVOS. INTERPOSIÇÃO, RESPECTIVAMENTE, EM 17.07.2018 E
31.07.2018. REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E URBANÍSTICA. REASSENTAMENTO DE MORADORES. OBRAS DE INFRAESTRUTURA. REPARAÇÃO DE DANOS
AMBIENTAIS. RESPONSABILIDADE. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DECRETO
ESTADUAL 48.029/2011. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVOS REGIMENTAIS A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, no que concerne à discussão relativa às obrigações de cuidado do
proprietário ensejadoras da responsabilidade da FASE e de ilegitimidade do Estado do Rio Grande do Sul, seria necessário o reexame dos fatos e provas dos autos,
além da legislação local e infraconstitucional aplicáveis à espécie. Incidência das Súmulas 279 e 280 do STF.
2. Relativamente ao recurso do Estado Agravante, no que tange à questão de deficiência na prestação jurisdicional, o Plenário desta Corte, ao julgar o AI-
QO-RG 791.292, de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJe 13.8.2010, assentou a repercussão geral do Tema 339 referente à negativa de prestação jurisdicional
por ausência de fundamentação e reafirmou a jurisprudência segundo a qual o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam
fundamentados, ainda que sucintamente sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os
fundamentos da decisão.
3. Quanto à alegação do Estado do Rio Grande do Sul de ofensa ao art. 2º da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte é harmoniosa no
sentido de que o Poder Judiciário, excepcionalmente, pode determinar a implantação de políticas públicas, por se relacionarem a direitos ou garantias
fundamentais, sem que isso ofenda o princípio da separação dos poderes.
4. Agravos regimentais a que se nega provimento, com previsão de aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Inaplicável o artigo 85, § 11,
CPC, por se tratar de recurso oriundo de ação civil pública.” (ARE 1.129.433-AgR, Rel. Min. EDSON FACHIN, Segunda Turma, DJe de 1º/2/2019 – grifo nosso)

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“DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA PELO
JUDICIÁRIO. EXCEPCIONALIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279/STF. JURISPRUDÊNCIA. RECURSO PROTELATÓRIO.
IMPOSIÇÃO DE MULTA.
1. A jurisprudência desta Corte afirma a possibilidade, em casos emergenciais, de implementação de políticas públicas pelo Judiciário, ante a
inércia ou morosidade da Administração, como medida assecuratória de direitos fundamentais. Precedentes.
2. Para dissentir do acórdão recorrido quanto à morosidade do Estado para a execução da política pública, seria imprescindível a análise do material fático-
probatório dos autos, procedimento vedado em instância extraordinária. Súmula 279/STF.
3. Inaplicável o art. 85, § 11, do CPC/2015, uma vez que não é cabível, na hipótese, condenação em honorários advocatícios (arts. 17 e 18, Lei nº
7.347/1985).
4. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015.” (ARE 1.123.139-AgR, Rel. Min. ROBERTO
BARROSO, Primeira Turma, DJe de 12/11/2018 – grifo nosso)
“E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA REFORMA EM PRÉDIO DO DEPARTAMENTO REGIONAL
DE SAÚDE – OBRIGAÇÃO JURÍDICO-CONSTITUCIONAL QUE IMPÕE AO PODER PÚBLICO O DEVER DE OBSERVÂNCIA DO DIREITO CONSTITUCIONAL DE
ACESSIBILIDADE ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (CF, ART. 227, § 2º) – IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS – VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES E DA RESERVA DO POSSÍVEL – INOCORRÊNCIA – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL – (CPC, ART. 85, § 11) –
NÃO DECRETAÇÃO, NO CASO, ANTE A AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA NA ORIGEM – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.” (ARE
1.189.014-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 9/10/2019)
O acórdão recorrido está alinhado à jurisprudência desta CORTE.
Acresça-se que o Plenário desta CORTE, por ocasião do julgamento do RE 592.581-RG (Tema 220, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno,
DJe de 1º/2/2016), fixou tese no sentido de que:
“É lícito ao Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos detentos o respeito à sua integridade física e moral,
nos termos do que preceitua o art. 5º, XLIX, da Constituição Federal, não sendo oponível à decisão o argumento da reserva do possível nem o princípio da
separação dos poderes.”
Eis a ementa do julgado:
“Ementa: REPERCUSSÃO GERAL. RECURSO DO MPE CONTRA ACÓRDÃO DO TJRS. REFORMA DE SENTENÇA QUE DETERMINAVA A EXECUÇÃO
DE OBRAS NA CASA DO ALBERGADO DE URUGUAIANA. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES E DESBORDAMENTO DOS
LIMITES DA RESERVA DO POSSÍVEL. INOCORRÊNCIA. DECISÃO QUE CONSIDEROU DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE PRESOS MERAS NORMAS
PROGRAMÁTICAS. INADMISSIBILIDADE. PRECEITOS QUE TÊM EFICÁCIA PLENA E APLICABIILIDADE IMEDIATA. INTERVENÇÃO JUDICIAL QUE SE
MOSTRA NECESSÁRIA E ADEQUADA PARA PRESERVAR O VALOR FUNDAMENTAL DA PESSOA HUMANA. OBSERVÂNCIA, ADEMAIS, DO POSTULADO DA
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO PARA MANTER A SENTENÇA CASSADA PELO TRIBUNAL.
I - É lícito ao Judiciário impor à Administração Pública obrigação de fazer, consistente na promoção de medidas ou na execução de obras emergenciais em
estabelecimentos prisionais.
II - Supremacia da dignidade da pessoa humana que legitima a intervenção judicial.
III - Sentença reformada que, de forma correta, buscava assegurar o respeito à integridade física e moral dos detentos, em observância ao art. 5º, XLIX, da
Constituição Federal.
IV - Impossibilidade de opor-se à sentença de primeiro grau o argumento da reserva do possível ou princípio da separação dos poderes.
V - Recurso conhecido e provido.”
Diante do exposto, com base no art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, NEGO SEGUIMENTO AO AGRAVO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
Não se aplica o art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de 2015, tendo em vista que não houve fixação de honorários advocatícios nas instâncias de
origem.
Publique-se.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.557 (283)


ORIGEM : 07097663520218070000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
RECDO.(A/S) : ONOGAS SA COMERCIO E INDUSTRIA
ADV.(A/S) : EDUARDO URANY DE CASTRO (16539/GO)

DECISÃO
Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim
ementado (Vol. 7, fl. 1):
“CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA. VALOR DO TRIBUTO. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO
CONFISCO. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS MORATÓRIOS. BASE DE CÁLCULO. TAXA SELIC.
1. A multa sobre a dívida tributária deve ser limitada à obrigação principal, qual seja, o valor do tributo, sob pena de se configurar confisco. Inteligência do
artigo 150, inciso IV, da Constituição Federal.
2. A base de cálculo da correção monetária e dos juros moratórios deve ter como parâmetro a taxa SELIC.
3. Negou-se provimento ao recurso”.
Opostos Embargos de Declaração (Vol. 8, fls. 6 e 28), foram rejeitados (Vol. 10).
No Recurso Extraordinário (Vol. 12), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, o DISTRITO FEDERAL sustenta que o acórdão
recorrido, ao vedar a aplicação de multa tributária na importância de 200% da obrigação tributária principal, violou o art. 150, IV, da CF/1988.
Aduz que o Juízo local, ao operar “interpretações extensivas reveladoras de mutações constitucionais - competência essa privativa do excelso Supremo
Tribunal Federal -, os Acórdãos recorridos operaram ofensas às orientações constitucionais inscritas no inciso IV do art. 150 da Constituição Federal. Isso
simplesmente pelo fato de que aquele comando constitucional pretendeu impedir a utilização de “tributo com efeito confiscatório”, nunca ceifar as possibilidades de
imposições de severas multas àqueles Contribuintes que sonegam tributos e cometem, em tese, crimes contra a ordem tributária, querendo isso significar que o
legislador constituinte, dada a clareza e a objetiva do imperativo constitucional em comento, não explicitou ou mesmo deixou às interpretações dos Tribunais a
possibilidade de compreender-se que as multas decorrentes de infrações tributárias, a exemplo dos tributos, também deveriam submeter-se ao teste do confisco”
(Vol. 12, fl. 11).
Por fim, aponta violação ao art. 97 da Constituição Federal, argumentando que o acórdão recorrido afastou a aplicação do art. 65 da Lei distrital 1.254/1996,
sem observar a cláusula de reserva de plenário.
O Tribunal de origem inadmitiu o RE aos fundamentos de que (a) a questão referente à limitação da multa demanda análise dos fatos e provas constantes
dos autos, incidindo, na hipótese, o óbice da Súmula 279 do STF; e (b) o acórdão recorrido encontra-se em conformidade com a jurisprudência desta SUPREMA
CORTE (Vol. 16).
No Agravo (Vol. 18), o DISTRITO FEDERAL alega a desnecessidade de reexame de fatos e provas.
É o relatório. Decido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 97

O Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no RE 1.335.293-RG (Tema 1195, Rel. Min. LUIZ FUX - Presidente, Tribunal Pleno), examinou a
repercussão geral da questão constitucional relativa à “possibilidade de fixação de multa tributária punitiva, não qualificada, em montante superior a 100% (cem por
cento) do tributo devido”.
Eis a ementa do julgado:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. LIMITAÇÃO DA MULTA FISCAL PUNITIVA ATÉ O VALOR DO
TRIBUTO DEVIDO. VEDAÇÃO AO EFEITO CONFISCATÓRIO. DISTINGUISHING. TEMAS 214, 487, 816 e 863 DA REPERCUSSÃO GERAL. MULTIPLICIDADE DE
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. PAPEL UNIFORMIZADOR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RELEVÂNCIA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.
MANIFESTAÇÃO PELA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”
Assim, com fundamento no art. 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 e no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do STF,
determino a devolução dos autos ao Juízo de origem para que aguarde a decisão do Supremo no precedente (Tema 1195).
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.386 (284)


ORIGEM : 00007704420034036183 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIAO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
RECTE.(S) : RAIMUNDO NEVES DE ANDRADES
ADV.(A/S) : BRENO BORGES DE CAMARGO (231498/SP)
RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

DECISÃO
Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto em face de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado (Vol.
22, fl. 3):
“PREVIDENCIÁRIO - PROCESSO CIVIL - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA – MODULAÇÃO DOS EFEITOS DAS ADIs 4.357 E
4.425.
I - Impossibilidade de utilização do INPC na atualização da dívida até a inscrição do precatório no orçamento, e o IPCA-E no período constitucional, pois o
valor do crédito deve ser atualizado em todo o período, desde a data da conta de liquidação até o seu efetivo pagamento, pelo IPCA-E, na forma prevista na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, conforme decidido pelo E. STF, em 25.03.2015, em questão de ordem na modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade
parcial da EC 62/09, efetivada nas ADIs 4.357 e 4.425, pois o pagamento do precatório foi realizado no ano de 2015, já devidamente atualizado pelo referido índice
de correção monetária.
II - Apelação da parte exequente não conhecida em parte, e na parte conhecida improvida”.
Opostos Embargos de Declaração (Vol. 24), foram rejeitados (Vol. 26).
No Recurso Extraordinário (Vol. 30), interposto com amparo no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, RAIMUNDO NEVES DE ANDRADE alega que o
acórdão recorrido violou a tese fixada por esta CORTE no Tema 810 da repercussão geral, uma vez que determinou a aplicação da Taxa Referencial como índice de
correção monetária, sob o argumento de que se formou a coisa julgada no processo de conhecimento (Vol. 30, fl. 2).
Aduz, em síntese, que (Vol. 30, fl. 10):
“[...] o decidido no Plenário em Seção de 25.03.2015 limitou os efeitos somente para todos os precatórios já pagos ou já expedidos até tal data, mas não
convalidou a constitucionalidade até o tempo em questão para todos os processos em qualquer fase de andamento, ou seja, sem precatórios expedidos.
A aplicação do decidido tem comando claro, ou seja, os processos na fase de conhecimento ou em fase de execução que não tiveram precatórios expedidos
ou pagos, não terão aplicação da inconstitucional TR em nenhum momento, haja vista que sobre eles não incide o espectro da modulação, sendo plenamente eficaz
o teor do julgamento de mérito da ADI n° 4357, não se admitindo, nesse particular, nenhuma interpretação ampliativa ou distorcida do que não foi dito”.
Ao final, requer a majoração dos honorários advocatícios, caso haja o acolhimento do recurso.
Devolvidos os autos à Turma Julgadora (Vol. 34), o Tribunal de origem, em juízo de retratação negativo ao Tema 810/RG, manteve o acórdão recorrido, nos
termos da seguinte ementa (Vol. 36, fl. 6):
“PREVIDENCIÁRIO – PROCESSO CIVIL - INCIDENTE DE JUÍZO DE RETRATAÇÃO – ART. 1.040, II, DO CPC 2015 – RE 870.947/SE – REPERCUSSÃO
GERAL - ATUALIZAÇÃO DE PRECATÓRIO/RPV – CORREÇÃO MONETÁRIA – ADI’S 4.357 E 4.425.
I – Não há possibilidade de se aplicar o entendimento adotado pelo E. STF, no julgamento do RE 870.947/SE, uma vez que o presente feito não se encontra
em fase de apuração de diferenças decorrentes da condenação imposta pelo título judicial, tendo em vista que o valor da condenação já foi homologado por
sentença proferida em embargos à execução, cujo trânsito em julgado ocorreu em 09.05.2013, não sendo possível, na atual fase processual, discutir os índices
utilizados no cálculo homologado.
II - Em relação aos índices utilizados no período compreendido entre a data da conta de liquidação homologada e o pagamento do precatório, igualmente
não há se falar em aplicação do entendimento adotado no RE 870.947/SE, uma vez que a atualização dos precatórios obedece legislação específica, devendo ser
observado no caso em tela o decidido pelo E. STF no julgamento das ADIs 4.357 e 4.425, ou seja, a utilização do IPCA-E em todo período mencionado,
considerando que o pagamento do precatório ocorreu no orçamento de 2015.
III - Possibilidade de retratação afastada. Determinada a remessa dos autos à Vice-Presidência”.
Em juízo de admissibilidade (Vol. 39, fl. 2), o Tribunal de origem inadmitiu o RE aos fundamentos de que (a) a questão foi decidida à luz da legislação
infraconstitucional, de forma que eventual violação à Constituição se deu de forma indireta ou reflexa; e (b) a verificação da ocorrência ou não da coisa julgada
quanto à correção monetária e/ou juros moratórios demanda análise dos fatos e provas constantes dos autos, de forma que incide o óbice da Súmula 279 do STF.
No Agravo (Vol. 43), a parte ora agravante contestou a incidência dos óbices retromencionados.
É o relatório. Decido.
Sobre a matéria, o Plenário do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no RE 1.317.982-RG (Rel. Min. LUIZ FUX - Presidente, Tema 1170), examinou o caráter
constitucional e a repercussão geral da questão sobre a validade dos juros moratórios aplicáveis nas condenações da Fazenda Pública, em virtude da tese firmada
no RE 870.947 (Tema 810), na execução de título judicial que tenha fixado expressamente índice diverso.
Assim, com fundamento no art. 1.036 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 e no art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do STF,
determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para que aguarde a decisão de mérito a ser proferida pelo SUPREMO no RE 1.317.982-RG (Rel. Min. LUIZ
FUX - Presidente), Tema 1170 da repercussão geral.
Publique-se.
Brasília, 4 de outubro de 2022.
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
Documento assinado digitalmente

ATOS ORDINATÓRIOS

Intimações para manifestação

AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.278.134 (285)


ORIGEM : 10019540620178260152 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROCED. : SÃO PAULO


RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) : SOCIEDADE AMIGOS DO JARDIM MEDITERRÂNEO
ADV.(A/S) : CESAR AUGUSTO GARCIA FILHO (203479/SP)
AGDO.(A/S) : HAMILTON BALBO
ADV.(A/S) : LEONARDO KOJI KOGA (330009/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.346.594 (286)


ORIGEM : 40032817420138260248 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : REINALDO NOGUEIRA LOPES CRUZ
ADV.(A/S) : EDUARDO JOSE DE FARIA LOPES (248470/SP)
ADV.(A/S) : MARCO AURELIO PINTO FLORENCIO FILHO (51053/PE, 255871/SP)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
INTDO.(A/S) : R.N. EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EDUVAL MESSIAS SERPELONI (208631/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.985 (287)


ORIGEM : 10037562720178110000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MATO GROSSO
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO - SINJUSMAT
ADV.(A/S) : BRUNO JOSE RICCI BOAVENTURA (9271/O/MT)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.400.078 (288)


ORIGEM : 50035602120174047112 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
AGTE.(S) : MB ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA
ADV.(A/S) : GUILHERME GUIMARAES (37672/RS, 43608/SC, 339953/SP)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.790 (289)


ORIGEM : 10525130220198260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : PHILIPS MEDICAL SYSTEMS LTDA
ADV.(A/S) : FABIO RIVELLI (4158/AC, 12640A/AL, A1119/AM, 2736-A/AP, 34908/BA, 30773-A/CE, 45788/DF, 23167/ES, 39552/GO,
13871-A/MA, 155725/MG, 18605-A/MS, 19023/A/MT, 21074-A/PA, 20357-A/PB, 01821/PE, 12220/PI, 68861/PR, 168434/
RJ, 1083-A/RN, 6640/RO, 483-A/RR, 100623A/RS, 35357/SC, 877A/SE, 297608/SP, 6421-A/TO)
EMBDO.(A/S) : AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 5 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.303.153 (290)


ORIGEM : 50344617420194025101 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : COSAN LUBRIFICANTES E ESPECIALIDADES S.A. E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FABIO PALLARETTI CALCINI (197072/SP)
ADV.(A/S) : PATRICIA DOTTO DE OLIVEIRA (122533/RJ, 190306/SP)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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do Código de Processo Civil.


Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.344.101 (291)


ORIGEM : 50129117120194047201 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : LUNELLI COMERCIO DO VESTUARIO LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOAO JOAQUIM MARTINELLI (5578/AC, 17600A/AL, A1383/AM, 4609-A/AP, 64225/BA, 43608-A/CE, 01805/A/DF,
31218/ES, 58806/GO, 21615-A/MA, 1796A/MG, 15429-A/MS, 27764/A/MT, 28342-A/PA, 01723A/PE, 18961/PI,
25430/PR, 139475/RJ, 1489 - A/RN, 10665/RO, 611-A/RR, 45071A/RS, 3210/SC, 1211A/SE, 175215/SP, 10.119-A/TO)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.217 (292)


ORIGEM : 05047596820214058105 - TRF5 - CE - 3ª TURMA RECURSAL - CEARÁ
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. NUNES MARQUES
AGTE.(S) : MARIA LUZANIRA DA SILVA MENDONCA
ADV.(A/S) : MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL, 29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE,
199239/RJ, 560-A/RN)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.429 (293)


ORIGEM : 50448216020214047100 - TRF4 - RS - 5ª TURMA RECURSAL
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
AGTE.(S) : DENIS ROMARIO DA SILVA GONCALVES
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : FUNDACAO DE ASSISTENCIA SOCIAL E CIDADANIA
ADV.(A/S) : LETICIA BRUM INEU (104922/RS)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : MUNICIPIO DE PORTO ALEGRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.252 (294)


ORIGEM : 20865088020218260000 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
AGTE.(S) : PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SÃO SEBASTIÃO
ADV.(A/S) : ARTHUR LUIS MENDONCA ROLLO (153769/SP)
ADV.(A/S) : RAFAEL LAGE FREIRE (431951/SP)
ADV.(A/S) : ANA FLAVIA ALMEIDA GRANJO (445337/SP)
AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO SEBASTIÃO
ADV.(A/S) : CLEVERSON IVO SALVADOR (281437/SP)

Nos termos do art. 1º, inciso XI, da Resolução 478/2011, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte agravada, na forma do art. 1.021, § 2º,
do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.382.979 (295)


ORIGEM : 50696549820144047000 - TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : NEWTON CELSO GURAK
ADV.(A/S) : LUCIANA INES RAMBO (1879-A/AP, 52887/RS)
EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.376 (296)


ORIGEM : 07003683220198070001 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROCED. : DISTRITO FEDERAL


RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : DAVID BASTOS PIRES
ADV.(A/S) : BRUNO CESAR ALVES PINTO (26096/DF)
EMBDO.(A/S) : SOLTEC ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S) : ANDREIA MORAES DE OLIVEIRA MOURAO (11161/DF, 56452/GO)
EMBDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.033 (297)


ORIGEM : 50767037220188090051 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : PG DISTRIBUIDORA DE PETROLEO LTDA
ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS GIMENEZ GARCIA (32772/GO, 250727/SP)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.126 (298)


ORIGEM : 10486302320148260053 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : NATALIA BATISTA DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : GIHAD MENEZES (108029/PR, 300608/SP)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.406 (299)


ORIGEM : 50985515420194047100 - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : TRANSEICH ASSESSORIA E TRANSPORTES S/A
ADV.(A/S) : FLAVIO AUGUSTO DUMONT PRADO (A1840/AM, 46199/DF, 157989/MG, 43582/PE, 25706/PR, 196428/RJ,
120189A/RS, 35285/SC, 359661/SP)
ADV.(A/S) : HENRIQUE GAEDE (A1847/AM, 29147/DF, 117749/MG, 43587/PE, 16036/PR, 154939/RJ, 15075/SC, 283635/SP)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.641 (300)


ORIGEM : 00279751220174013500 - TRF1 - GO - 2ª TURMA RECURSAL
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MINISTRA PRESIDENTE
EMBTE.(S) : SILVANIA MARIA BRITO
ADV.(A/S) : CAROLINA NASSER TEIXEIRA (46342/GO)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

EMB.DECL. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 38.235 (301)


ORIGEM : 38235 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : JORGE KANO
ADV.(A/S) : CARLA GIOVANNETTI MENEGAZ (140213/SP)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

De ordem, a Secretaria Judiciária abre vista para manifestação da parte embargada, na forma do art. 1023, §2º, do Código de Processo Civil.
Brasília, 6 de outubro de 2022.
Secretaria Judiciária

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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ATOS ORDINATÓRIOS

Processos convertidos para o meio eletrônico

Certifico que os presentes autos físicos foram convertidos para o meio eletrônico, nos termos dos normativos vigentes neste Supremo Tribunal Federal.

EXTRADIÇÃO 1.650 (302)


ORIGEM : 1650 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
REQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHA
EXTDO.(A/S) : JAIME CUESTA PLA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL

PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 958 (303)


ORIGEM : 958 - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
REQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EXTDO.(A/S) : JAIME CUESTA PLA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

Brasília, 6 de outubro de 2022.


Fabiano de Azevedo Moreira
Coordenador de Processamento Final

EDITAL
EDITAL DE CITAÇÃO

Prazo do edital: 20 dias.

Ag.reg. na Reclamação n. 53398


AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS
AGDO.(A/S) : MARIA DE JESUS ALVES DE SOUSA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS

(Gerência de Controle Concentrado e Reclamações)

O Ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, cita (artigo 256, inciso II, do Código de Processo Civil de 2015) MARIA DE JESUS ALVES DE SOUSA,
CPF n. 007.218.093-59, para, querendo, apresentar a contestação cabível.

O prazo acima fixado correrá a partir da disponibilização deste edital no Diário da Justiça eletrônico, na forma da legislação processual vigente.

Secretaria do Supremo Tribunal Federal, em 5 de outubro de 2022.

Ministro André Mendonça


Relator
Documento Assinado Digitalmente

ÍNDICE DE PESQUISA
(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

A.B.N. (50)
A.P.S. (4)
ABRAO JORGE MIGUEL NETO (172355/SP) (180)
ADEMILTON JOAQUIM TELES
(277) (279)
ADILSON ALESSANDRO EZARQUI (212867/SP) (43)
ADRIANO DA SILVA MACHADO (212)
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
(3) (51) (113) (126) (132) (163) (163) (164) (166) (171)
(173) (179) (185) (186) (187) (188) (202) (210) (238) (239)
(257) (257) (258) (259) (261) (268) (269) (273) (293) (301)
ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
(112) (116) (141) (164) (261) (263) (270)
AGEU MOTTA (328503/SP) E OUTRO(A/S) (31)
ALBERTO ZACHARIAS TORON (40063/DF, 65371/SP) (189)
ALCIDES LEME DA SILVA JUNIOR (107804/SP) (281)
ALESSANDRO DONIZETE PERINI (272572/SP) (128)
ALESSANDRO MARIUS OLIVEIRA MARTINS (12854/DF) (109)
ALESSANDRO MARTINS DE ALMEIDA (225)
ALEX SANDRO CHEIDDI (107144/SP) E OUTRO(A/S) (41)
ALEXANDRE FARIA THULER (148179/RJ) (168)

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ALEXANDRE MORAES COSTA DE CERQUEIRA (382528/SP) (103)


ALINE DA MOTTA LOUREIRO (145048/RJ) (254)
ALINE DE FATIMA RIOS MELO (105466/MG) (249)
ALOISIO AUGUSTO MAZEU MARTINS (64409/BA, 62574/MG, 212969/RJ) (263)
ALVARO DOS SANTOS FERNANDES (230704/SP) (228)
ALVARO TOMAZ CASTRO DE SOUZA (276)
ALZIRA HERÊNCIO MEDLIG (184)
AMANDA SERRA CARVALHO AFONSO BARBOSA (242727/SP) (152)
ANA BARBARA MARTINS BACELAR (11404/AM) (154)
ANA BEATRIZ CARRAMASCHI DE SOUZA (148494/SP) (244)
ANA CAROLINA DE FREITAS NECKEL (231)
ANA CÉLIA SOUZA CASTILHANO (182)
ANA FLAVIA ALMEIDA GRANJO (445337/SP) (294)
ANA MARIA DE JESUS DE SOUZA (108765/SP) (142)
ANA PAULA DE ALMEIDA (182)
ANATÓLIO RODRIGUES (182)
ANDRANIK PERESADIAN NETO (21)
ANDRE BEDRAN JABR (174840/SP) (268)
ANDRE LUIS CERINO DA FONSECA (225178/SP) E OUTRO(A/S) (200)
ANDRE NASCIMENTO PIRES (235)
ANDRÉ RICARDO ELEUTERIO BISPO (30)
ANDRE RICARDO LEMES DA SILVA (33288/ES, 21221-A/MS, 22623/A/MT, 25454-A/PB, 104164/PR, 156817/SP, 8063-A/TO) (124)
ANDREA BUENO MAGNANI (34211/BA, 18136/DF, 183528/SP) (262)
ANDREIA MORAES DE OLIVEIRA MOURAO (11161/DF, 56452/GO) (296)
ANDRÉIA MOREIRA DE SOUSA (182)
ANERIS APARECIDA GRACIANO (182)
ANIZIO GRIMARDI MORETTE (22)
ANTONIO CARLOS GIMENEZ GARCIA (32772/GO, 250727/SP) (297)
ANTONIO CARLOS GUIDONI FILHO (33766/ES, 23073/A/MT, 104356/PR, 146997/SP) (124)
ANTONIO CLAUDIO MARIZ DE OLIVEIRA (23183/SP) (189)
ANTÔNIO DA COSTA E SILVA (184)
ANTÔNIO DE NEZ MARTINS (25168-A/MS, 31788-A/PA, 56478/SC) (217)
ANTONIO DIAS DE ANDRADE (60893/MG) (8)
ANTONIO RAIMUNDO MARTINS JORGE (184)
ANTONIO RICARDO DA CUNHA (96544/MG) (153)
ANTONIO ROBERTO MONTEIRO DE OLIVEIRA (33341/PR) (274)
APARECIDO BERNARDO RIBEIRO JUNIOR (453109/SP) (193)
ARAI DE MENDONCA BRAZAO (197602/SP)
(37) (39)
ARMANDERSON DOS ANJOS ROCHA (10)
ARTHUR HERMOGENES SAMPAIO JUNIOR (123927/SP) (242)
ARTHUR LUIS MENDONCA ROLLO (153769/SP) (294)
AURELIANO MARTINS JORGE (184)
BARBARA FERREIRA DAVET (51683/PR, 48805/SC) (139)
BRENO BORGES DE CAMARGO (231498/SP)
(155) (284)
BRUNA BERNARDETE DOMINE (235967/SP) (176)
BRUNA LETICIA TEIXEIRA IBIAPINA CHAVES (47067/DF, 7964/PI) (109)
BRUNO CAVALCANTE BARTOLOMEI PARENTONI (454673/SP) (6)
BRUNO CESAR ALVES PINTO (26096/DF) (296)
BRUNO FELIX DE PAULA (375946/SP) E OUTRO(A/S) (25)
BRUNO GONCALVES DA COSTA (227)
BRUNO HENRIQUE DA SILVA (220)
BRUNO JOSE RICCI BOAVENTURA (9271/O/MT) (287)
BRUNO LUIZ PIVETTA (98549/RS) (98)
BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO (3726A/AL, 840A/BA, 16012-A/CE, 20013/DF, 22393-A/MA, 97276/MG, 30833-A/PA, 11338-A/PB, 11338/ (273)
PE, 18838/PI, 002483/RJ, 66120A/RS, 311A/SE, 161899/SP)
CARLA CHRISTINA SCHNAPP (49513/BA, 44022-A/CE, 38667/DF, 24451/ES, 61617/GO, 161854/MG, 29169A/PB, 53637/PE, 76350/PR, (172)
178101/RJ, 1527 - A/RN, 99164A/RS, 42868/SC, 1109A/SE, 139242/SP)
CARLA GIOVANNETTI MENEGAZ (140213/SP) (301)
CARLA ROSSI CRUZ (82824/MG) (270)
CARLOS ALBERTO LAMARÃO CORRÊA (1723/PA) (184)
CARLOS ANTONIO GONCALVES DE CARVALHO (46997/PE) (169)
CARLOS AUGUSTO RIBEIRO DA SILVA (41623/SC) E OUTRO(A/S) (44)
CARLOS GENILDO DE SOUZA (26)
CARLOS MAGNO KNEIP ROSA (6960/O/MT) (165)
CARLOS REIS ROCHA DE OLIVEIRA (184)
CAROLINA GOULART MODESTO GUIMARÃES (00084254/MG) (189)
CAROLINA NASSER TEIXEIRA (46342/GO) (300)
CAROLINA NEVES DO PATROCINIO NUNES (51062/BA, 32884/ES, 148188/RJ, 249937/SP) (180)
CAROLINE TAUANY DE SOUZA E SILVA (401592/SP) (181)
CASTELLAR MODESTO GUIMARÃES FILHO (189)
CASTELLAR MODESTO GUIMARAES NETO (0102370/MG) (189)
CELSO APARECIDO LUCIANO PEREIRA (6)
CELSO SANCHEZ VILARDI (120797/SP) (189)
CESAR AUGUSTO GARCIA FILHO (203479/SP) (285)
CESAR AUGUSTO RODRIGUES CERDEIRA (182245/SP) (182)
CESAR EUGENIO DA SILVA (466027/SP) (216)
CICERO ALVES DA COSTA (5106/MS) (177)
CLAUDETE MATTAR ZANFORLIN (182)
CLAUDINE OLIVEIRA CARVALHO (213)
CLAUDIO NOGUEIRA (14)
CLAUDIO VALE OLIVEIRA FREIRE (106034/RJ) (110)
CLAYTON FERREIRA TELES (279)

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CLEBER DIAS MARTINS (302451/SP) (224)


CLEDINA MACHADO CARDOSO (184)
CLEVERSON IVO SALVADOR (281437/SP) (294)
CLEYTON ABREU LEME (24)
CONSTÂNCIA PAIXÃO MACHADO (184)
DAIANA DEISE PINHO CARNEIRO (294772/SP) (15)
DALISON RICARDO PAZELLO DOS SANTOS (422103/SP) (223)
DALMIR DE JESUS (96842/MG) (189)
DANIEL SOUZA VOLPE (30967/DF, 214490/SP) (188)
DANIELA ALVES DA CUNHA (41)
DANIELA BARROZO BELL (219)
DANIELA VILLANI BONACCORSI (189)
DANIELE MAEKAWA SILVA (359718/SP) (104)
DEANA DA CONCEICAO (13317/DF) (3)
DEBORA DE BORBA PONTES MEMORIA (14801/CE) (185)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL (167)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (4)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA (111)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
(13) (65) (66) (67) (194)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS (48)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARÁ (233)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ (12)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (179)
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
(14) (26) (27) (28) (138) (159) (178) (189) (205) (206)
(211) (213) (215) (219) (293) (302)
DÉLIO LINS E SILVA
(189) (189)
DENIS RENE VIVIANI (37)
DESIRÈE LOBO MUNIZ SANTOS GOMES (15959/PR) (189)
DEUSDETE MARTINS PAIXÃO (184)
DIEGO OTAVIO BAIO (223)
DIOGO BASILIO VAILATTI (344432/SP) (175)
DIOGO ROBERTO NECKEL (227)
DOMINGAS MACHADO BATISTA (184)
DOMINGOS MARTINS PAIXÃO (184)
DOUGLAS CRESPO DE CARVALHO EVARISTO (228)
DOUGLAS CRISTIANO ALVES LOPES (15616/O/MT) E OUTRO(A/S)
(34) (35)
DOUGLAS EDUARDO CAMPOS MARQUES (286102/SP) (230)
DOUGLAS HENRIQUE DE SOUZA AMARO (229)
EDERSON LEITE BRAGA (7862/PI) (186)
EDILAMARA RANGEL GOMES ALVES FRANCISCO (9916/ES) (123)
EDILSON MAXIMO ARAUJO DA SILVA (8657/MA) (149)
EDSON PEREIRA DE SA (4288/PI) E OUTRO(A/S) (245)
EDSON RODRIGUES DE SOUZA JUNIOR
(34) (35)
EDUARDO ANTONIO LUCHO FERRAO (09378/DF, 150062/RJ) (189)
EDUARDO CARLIN KILIAN (13890/SC) (113)
EDUARDO JOSE DE FARIA LOPES (248470/SP) (286)
EDUARDO URANY DE CASTRO (16539/GO) (283)
EDUVAL MESSIAS SERPELONI (208631/SP) (286)
EGLAISON ALBANO CAMILO (27)
ELAINE TAVÁRES DE ALMEIDA VERDADEIRO (182)
ELIANE OLIVEIRA MARTINS (184667/MG) (261)
ELISABETH AMÁLIA DA CRUZ (182)
ELTON FAGNER PINHEIRO DE ANDRADE (7)
EMANUELA MARIA LEITE BEZERRA CAMPELO (15499/CE) E OUTRO(A/S) (222)
EMERSON DA SILVA TEIXEIRA (237)
EMERSON DE MORAIS GRANADO (15145/SC) (114)
ENDERSON BELLOTE MACHADO (44397/RJ) (108)
ENIO RODRIGUES DE LIMA (51302/SP) (275)
ERIC ANTONIO RIBEIRO (415160/SP) (193)
ERIC SIMON CASTAGNA MACHADO (72698/RS) (172)
ERIKA FIGUEIREDO KUMUCHIAN ARAUJO (7946/O/MT) (146)
EURO BENTO MACIEL FILHO (153714/SP) E OUTRO(A/S) (212)
EUSTELIA MARIA TOMA (86757/SP) E OUTRO(A/S) (183)
EWERTON CARNEIRO DA SILVA (11062/AM) (154)
FABIANA FRANÇA BARBOSA (182)
FABIANO RICARDO DE CARVALHO MANICARDI (194390/SP) (226)
FABIO ANDREI DE NOVAIS (17597/SC) (115)
FABIO BITTENCOURT DA ROSA (5658/RS) (276)
FABIO DA ROSA ACOSTA (38)
FABIO HENRIQUE DOS SANTOS (406771/SP) (197)
FABIO JOSE DE FARIA PROCACI (103420/RJ) (137)
FABIO MARTINELLI CHERIN (153)
FABIO PALLARETTI CALCINI (197072/SP) (290)
FABIO RIVELLI (4158/AC, 12640A/AL, A1119/AM, 2736-A/AP, 34908/BA, 30773-A/CE, 45788/DF, 23167/ES, 39552/GO, 13871-A/MA, 155725/MG, (289)
18605-A/MS, 19023/A/MT, 21074-A/PA, 20357-A/PB, 01821/PE, 12220/PI, 68861/PR, 168434/RJ, 1083-A/RN, 6640/RO, 483-A/RR, 100623A/RS,
35357/SC, 877A/SE, 297608/SP, 6421-A/TO)
FABRICIANO MOURÃO (184)
FELIPE AUGUSTO FAVERO ZERWES (21534/O/MT) (165)
FELIPE DOUGLAS FERNANDES (40)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
STF - DJe nº 201/2022 Divulgação: quinta-feira, 06 de outubro de 2022 Publicação: sexta-feira, 07 de outubro de 2022 104

FELIPE HASSON (18161-A/MS, 17727/A/MT, 42682/PR) (139)


FERNANDA RIBEIRO DE OLIVEIRA (162193/MG) (192)
FERNANDO BONATTO SCAQUETTI (255325/SP) (30)
FERNANDO FARIA JUNIOR (258717/SP) E OUTRO(A/S) (7)
FERNANDO FERREIRA ROSA FILHO (45)
FERNANDO MICHELIN ZANGELMI (386864/SP) (105)
FLÁVIA GONÇALVEZ DE QUEIROZ (79686/MG) (189)
FLAVIA MARTINS MORETH (140598/RJ) (136)
FLAVIO AUGUSTO DUMONT PRADO (A1840/AM, 46199/DF, 157989/MG, 43582/PE, 25706/PR, 196428/RJ, 120189A/RS, 35285/SC, 359661/SP) (299)
FLAVIO MODENA CARLOS (20234-A/MS, 57574/PR) (256)
FLORIANO MARTINS HERÊNCIO (184)
FLORISVALDO DE JESUS SILVA (59066/BA) (237)
FRANCISCA PAIXÃO MACHADO (184)
FRANCISCO ANASTACIO DE SOUSA (27120/CE) (278)
FRANCISCO EDSON PEREIRA LIMA (222)
G.R. (43)
GABRIEL HENRIQUE DA SILVA (103622/RS) (100)
GABRIELE VEIGA FIDALGO (224)
GENEYLSON CALASSA DE CARVALHO (20927/PI) (253)
GIHAD MENEZES (108029/PR, 300608/SP) (298)
GILDETE MEIRELES DOS SANTOS LEITE (182)
GILMAR DIAS DA SILVA (49912/GO) (143)
GIOVANE LIMA DE OLIVEIRA
(47) (234)
GIOVANI HOBOLD (15088/SC) (148)
GISELLA CRISTINA KNEIP ROSA (9587/O/MT) (165)
GLADIMIR CHIELE (41290/RS)
(145) (173)
GLAUBER TEIXEIRA COSTA (176551/MG) (191)
GLAUCO DOS REIS DA SILVA (67472/RS) (276)
GLAYDSON CAMPELO DE ALMEIDA RODRIGUES (11627/MA) (53)
GLENIO LUIS OHLWEILER FERREIRA (23021/RS, 328901/SP) (171)
GOVERNO DA ESPANHA (302)
GRIMALDO BRUNO FERNANDES BOTELHO (120920/MG) E OUTRO(A/S) (78)
GUILHERME CECCON DE MATOS (49)
GUILHERME GUIMARAES (37672/RS, 43608/SC, 339953/SP) (288)
GUILHERME RODRIGUES ABRAO (65754/RS) E OUTRO(A/S) (36)
GUSTAVO ANTÔNIO FERES PAIXÃO (OAB 095502/RJ) (181)
GUSTAVO DADALT (79517/RS) (75)
GUSTAVO HENRIQUE RIGHI IVAHY BADARÓ (189)
HEBER CARVALHO PRESSUTO (22455-A/MS, 75386/PR)
(17) (18)
HEITOR ALVES (206101/SP) (105)
HELENA MARIA MOURA DE ALMEIDA SILVA (24721/DF, 7380/MA) E OUTRO(A/S) (239)
HELENA VICENTINI DE ASSIS (276685/SP) (124)
HELIO FERREIRA DE MELO (284168/SP) (119)
HELIO GOMES DA SILVA (70454/DF) (23)
HENRIQUE DE SOUZA VIEIRA (189)
HENRIQUE GAEDE (A1847/AM, 29147/DF, 117749/MG, 43587/PE, 16036/PR, 154939/RJ, 15075/SC, 283635/SP) (299)
HENRIQUE MARTINS DE LUCCA (388500/SP)
(11) (235)
HERMES VILCHEZ GUERRERO (189)
HUMBERTO TOMMASI (37541/PR) E OUTRO(A/S) (190)
ITAPUÃ PRESTES DE MESSIAS (35580/GO) (189)
IZABELLA ARTUR COSTA (116299/MG) (189)
JADER APARECIDO PEREIRA FERREIRA (322436/SP) (265)
JANICE DOS SANTOS ARAÚJO (182)
JANOR TOME DE CASTRO (62070/DF, 3867/GO) E OUTRO(A/S) (5)
JANPIERRY DE QUEIROZ DA SILVA (5)
JEFFERSON DANILO REINALDO DA SILVA (364508/SP) (99)
JEFFERSON GARCIA (320163/SP) (21)
JHOAN HUSSANE DE FRANCA GOMES (13432/RN) (10)
JOAB RODRIGUES DE CASTRO (42)
JOANA MARTINS JORGE (184)
JOAO ANTONIO DA SILVA TOLENTINO (2300/AM) (210)
JOÃO DOS SANTOS GOMES FILHO (189)
JOAO JOAQUIM MARTINELLI (5578/AC, 17600A/AL, A1383/AM, 4609-A/AP, 64225/BA, 43608-A/CE, 01805/A/DF, 31218/ES, 58806/GO, 21615-A/ (291)
MA, 1796A/MG, 15429-A/MS, 27764/A/MT, 28342-A/PA, 01723A/PE, 18961/PI, 25430/PR, 139475/RJ, 1489 - A/RN, 10665/RO, 611-A/RR,
45071A/RS, 3210/SC, 1211A/SE, 175215/SP, 10.119-A/TO)
JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA (49789/DF, 207621/MG, 23510/PR) (158)
JOAO PAULO DE OLIVEIRA BOAVENTURA (31680/DF, 202448/MG) E OUTRO(A/S) (208)
JOAO VICTOR FERREIRA BITTENCOURT (177131/MG) (127)
JONAS BORGES (30534/PR, 47370/SC) (274)
JORGE BAPTISTA DA SILVA (170627/SP)
(73) (251)
JORGE OCTÁVIO LAVOCAT GALVÃO (23437/DF) E OUTRO(A/S) (258)
JORGE TOSHIHIKO UWADA (59453/SP) (176)
JOSÉ ALVARO DE MORAES (8178/SP) (184)
JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO (189)
JOSÉ ANTERO MONTEIRO FILHO (0007736/MG) (189)
JOSÉ ANTONIO DUARTE ALVARES (189)
JOSÉ CARLOS DIAS (189)
JOSE EDUARDO BARREIROS (312634/SP) (229)
JOSE HENRIQUE RODRIGUES (66401/RS) (276)

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JOSE KENEY PAES DE ARRUDA FILHO (34626/PE, 17587/PI) (81)


JOSE LUIS MENDES DE OLIVEIRA LIMA (63185/DF, 225737/RJ, 107106/SP) (189)
JOSÉ MAURÍCIO BALBI SOLLERO (30851/MG) (184)
JOSE PERDIZ DE JESUS (10011/DF) (127)
JOSE REINALDO FLOR (217)
JOSÉ RIBAMAR MARTINS JORGE (184)
JOSÉ ROBERTO LEAL DE CARVALHO (26291/SP) (189)
JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CRAVINHOS (230)
JULIANA ALVES CASTEJON (133260/MG) (153)
JULIANA CRISTINA DUARTE DA SILVEIRA (256216/SP) (186)
JULIO CEZAR RIBEIRO (182)
JULIO LUCA ZANESCO (218)
JUVENAL EVARISTO CORREIA JUNIOR (229554/SP) (203)
K.E.A.S. (19)
KAMILA HAZIME BITENCOURT DE ARAUJO (18366/MS, 463150/SP) (38)
KARLA VANESSA MELO MONTENEGRO DE ARAUJO (15087/DF) (186)
KARLA VANESSA MELO MONTENEGRO DE ARAUJO (15087/DF) E OUTRO(A/S) (188)
KATIA SAKAE HIGASHI PASSOTTI (119391/SP) (122)
KELLY CRISTINA DA SILVA (214)
KRISLEY FERREIRA DA SILVA (113612/MG) (112)
LARISSA KRETZER LEONEL (53157/SC) (29)
LEANDRO CAETANO DOS SANTOS (302308/SP) (71)
LEANDRO LOURENCO DE CAMARGO (213736/SP) (195)
LEANDRO MADUREIRA SILVA (46182/BA, 24298/DF, 385585/SP) (262)
LEANDRO RAUPP TIETBHOL (56844/RS) (276)
LEITE, GUIOMAR DOS SANTOS SOUZA (182)
LEONARDO ALEXANDRE DE SOUZA E SILVA (201751/MG, 376742/SP, 8589-A/TO) (181)
LEONARDO CORTEZ ABBONDANZA (69524/PR)
(89) (90) (91)
LEONARDO GONCALVES NASCIMENTO (31637/GO) (133)
LEONARDO GUEDES DA FONSECA PASSOS (36129/DF) (107)
LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (47898/MG) (189)
LEONARDO ISAAC YAROCHEWSKY (189)
LEONARDO KOJI KOGA (330009/SP) (285)
LEONARDO MAGALHÃES AVELAR (221410/SP) (189)
LEONARDO MAZEPA BUCHMANN (58396/PR)
(277) (279)
LEONARDO MENDES CRUZ (25711/BA, 401518/SP) (185)
LEONARDO RODRIGUES NASCIMENTO (46)
LEONTAMAR VALVERDE PEREIRA (18793/PR) (97)
LETICIA BRUM INEU (104922/RS) (293)
LETICIA PITOLI (391651/SP) (105)
LEUCES TEIXEIRA DE ARAUJO (62346/MG) (153)
LILIAN GUEDES SAMPAIO (182)
LIVERSON AGUIAR SENRA DELGADO (119834/MG) (127)
LUAN DA SILVA PEREIRA (226)
LUANA MARQUES DE ALBUQUERQUE (46620/DF)
(171) (262)
LUCAS BARBOSA DE OLIVEIRA (31)
LUCAS EDUARDO FRANCA
(17) (18)
LUCAS FERREIRA VAZ LIONAKIS E OUTRO(A/S) (207)
LUCAS PEREIRA ARAUJO (201552/MG, 347021/SP) (121)
LUCIANA INES RAMBO (1879-A/AP, 52887/RS) (295)
LUCIANA PAMPLONA BARCELOS NAHID (133688/RJ) (247)
LUCIANA PAMPLONA BARCELOS NAHID (133688/RJ) E OUTRO(A/S) (95)
LUCIANA SANTOS DE OLIVEIRA (196299/SP) (176)
LUCIANE BISPO (20853/DF) (107)
LUCIANO FELDENS (75825/RS)
(189) (189)
LUDIMAR RAFANHIM (33324/PR) (157)
LUIS MAXIMILIANO LEAL TELESCA MOTA (14848/DF) (189)
LUIS NEI GONCALVES DA SILVA JUNIOR (69917/DF) E OUTRO(A/S) (188)
LUIS RENATO PERES ALVES FERREIRA AVEZUM (329796/SP) (129)
LUISA GOMES ROSA (113896/RS) (120)
LUIZ ALBERTO LEITE GOMES (359121/SP) (131)
LUIZ ANGELO CERRI NETO (286223/SP) (6)
LUIZ GUSTAVO PEREIRA DA CUNHA (28328/DF) (189)
LUIZ HENRIQUE ELOY AMADO (15440/MS) E OUTRO(A/S) (241)
LUIZ HENRIQUE PEREIRA GALVAO (20)
LUIZ ROBERTO PEROBA BARBOSA (00130824/SP) (164)
LUIZ RODRIGUES WAMBIER (38828/DF, 15265-A/MA, 14469/A/MT, 43605/PE, 07295/PR, 181232/RJ, 11433/RO, 66123A/RS, 23516/SC, 291479/ (188)
SP)
LULIMAR APARECIDA DE OLIVEIRA RAMOS (182)
LUZIA MARTINS PAIXÃO SANTOS (184)
LUZIA RITA DOS SANTOS SOUZA GONÇALVES (182)
M.A.T. (33)
MAGNO DE SOUZA NASCIMENTO (292266/SP) (268)
MAICON AUGUSTO DA SILVEIRA (44)
MAICON DE OLIVEIRA (39)
MARA FROIS (58487/MG) (116)
MARA LÚCIA LEONARDO COSTA (182)
MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA (21932/DF, 19847/PR) (189)
MARCELO LEONARDO (25328/MG) (189)

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MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (12330/DF)


(189) (189)
MARCELO LUIZ AVILA DE BESSA (12330/DF, 1565A/MG, 474139/SP)
(106) (271)
MARCELO MONTALVAO MACHADO (34391/DF, 31755-A/PA, 4187/SE, 357553/SP) (268)
MARCELO REINECKEN DE ARAUJO (14874/DF)
(150) (150)
MARCELO REINECKEN DE ARAUJO (14874/DF) E OUTRO(A/S) (188)
MARCIA CLEMENTE (182)
MARCIA FILOMENA APARECIDA CORREA CARVALHO (182)
MARCIO AUGUSTO RIBEIRO CAVALCANTE (12359/CE) (1)
MARCIO CAMILO DE OLIVEIRA JUNIOR (217992/SP) (272)
MARCIO FIRMINO DE MORAIS (142539/RJ) (160)
MÁRCIO LUIZ DA SILVA
(189) (189)
MARCIO ROBERTO PAULO (14112/SC) (102)
MÁRCIO THOMAZ BASTOS (11273/SP) (189)
MARCO ANTONIO MENEGHETTI (03373/DF, 387459/SP) (189)
MARCO ANTONIO SARTI (211)
MARCO AURELIO PINTO FLORENCIO FILHO (51053/PE, 255871/SP) (286)
MARCONI MEDEIROS MARQUES DE OLIVEIRA (23360/DF, 4846/RN) E OUTRO(A/S) (94)
MARCOS ALBERTO MARIANO (198)
MARCOS ANTONIO INACIO DA SILVA (13892A/AL, 29933/BA, 20417-A/CE, 51948/DF, 9503-A/MA, 4007/PB, 00573/PE, 199239/RJ, 560-A/RN) (292)
MARCOS APARECIDO DONA (399834/SP) (9)
MARCOS CESAR DE MELO (416837/SP) (49)
MARCOS PEDREIRA PINHEIRO DE LEMOS (RJ066298/) (189)
MARCOS RODRIGUES DA SILVA (233)
MARCOS VINICIUS BARROS OTTONI (16785/DF) (107)
MARCUS VINICIUS LEAL GONCALVES (26271/BA) (209)
MARIA CLAUDIA DA SILVA (334638/SP) (101)
MARIA JOSÉ MARQUES DOS REIS (182)
MARIA MARTINS SANTOS (184)
MARIA SALOMÉ PAIXÃO MACHADO (184)
MARIANA FLEMING SOARES ORTIZ (363965/SP) (250)
MARIO AUGUSTO CARDOSO JUSTO (182)
MARIO MATOS JUNIOR (7292/RN) (174)
MARIZA AMORIM FONSECA (18201/MA) (204)
MARLY CRISTINA CARVALHO (182)
MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO (122733/SP) (189)
MARTINHO MARTINS JORGE (184)
MATHEUS BARROS MARZANO (125353/RJ, 380643/SP) (266)
MAURI MARCELO BEVERVANCO JUNIOR (30709/ES, 190794/MG, 22495-A/MS, 24197/A/MT, 42277/PR, 219091/RJ, 115852A/RS, 46689/SC, (188)
360037/SP, 9939-A/TO)
MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA (55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ) (61)
MAURICIO DE FIGUEIREDO CORREA DA VEIGA (55433/BA, 21934/DF, 109016/RJ) E OUTRO(A/S) (57)
MAURÍCIO DE OLIVEIRA CAMPOS JÚNIOR (49369/MG) (189)
MAURICIO DE OLIVEIRA CAMPOS JUNIOR (49369/MG) (260)
MAURICIO DE OLIVEIRA RAMOS (22441/DF) E OUTRO(A/S) (188)
MAURO DE AZEVEDO MENEZES (10826/BA, 19241/DF, 253-A/SE, 385589/SP) (262)
MAURO MARCOS DE CASTRO (9338/MG) (127)
MERHEJ NAJM NETO (175970/SP) E OUTRO(A/S) (236)
MERI RUI RIVEROS (182)
MICHEL SALIBA OLIVEIRA (24694/DF) (189)
MICHEL SOARES (85574/RS) (246)
MILENE ELISA GOEDERT DE BARROS (16326/SC) (115)
MILTON DE PAULA (20487/SP) (184)
MILVIO MANOEL CRUZ BRAGA (44044/PR) (190)
MIRIAN RIBEIRO RODRIGUES DE MELLO GONCALVES (17956/DF, 8798/A/MT)
(202) (238) (257) (259)
MOACIL GARCIA (100335/SP) (134)
MÔNICA DE LOURDES ABREU MARTINEZ (182)
MORENA CORREA SANTOS (149924/RJ) (186)
MORENA CORREA SANTOS (149924/RJ) E OUTRO(A/S) (188)
MULLER DE LIMA DOMINGUES (230)
MURILO ALEXANDRE LACERDA (53730/DF) (209)
NÃO INDICADO
(53) (60) (65) (66) (67) (88) (243) (248) (250) (254)
(255)
NAYARA ALVES BATISTA DE ASSUNCAO (119894/MG) (249)
NERY CALDEIRA (323999/SP) (196)
NILTON DE BRITO GOMES (144683/SP) (176)
NOEMI FERREIRA CARDOSO (182)
OLINTO CAMPOS VIEIRA (9614-B/PA) (189)
OMAR ADAMIL COSTA SARE (013052/PA) (45)
ONÉLIA ALVES DOS SANTOS (182)
ORLANDO DA SILVA SOUZA (23)
OSCAR DE OLIVEIRA BARBOSA (293608/SP) (176)
OSVALDO JOSÉ DUNCKE (34143/SC) (227)
OTAMIRES DE SOUZA PEREIRA (184)
OTAVIO PEREIRA DE SOUSA (33704/GO) (133)
PATRICIA DOTTO DE OLIVEIRA (122533/RJ, 190306/SP) (290)
PATRICIA MARIA DOS SANTOS SILVA (110146/RJ) (267)
PATRICIA SALGADO SETTE MATTANA (97398/MG, 396919/SP) E OUTRO(A/S) (60)
PAULA CECILIA RODRIGUES DE SOUZA (205663/MG) (109)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PAULO CESAR BARBOSA PIMENTEL (9165/CE) (199)


PAULO EDUARDO TARGON (216648/SP) (101)
PAULO FREITAS RIBEIRO (66655/RJ, 181503/SP) (260)
PAULO SÉRGIO ABREU E SILVA
(189) (189)
PEDRO DE ALCANTARA FARIAS SEGUNDO (5912/RN) (147)
PEDRO GUILHERME ACCORSI LUNARDELLI (A1226/AM, 67661/BA, 187753/MG, 43620/PE, 147069/RJ, 106769/SP) (52)
PEDRO HENRIQUE DE FREITAS RAMOS (8)
PEDRO HENRIQUE PINTO SARAIVA (111247/MG) (221)
PEDRO HENRIQUE ROCHA RIPPA (13)
PEDRO MARTINS JORGE (184)
PEDRO NOGUEIRA SALDANHA PINTO (184)
PETER RODRIGUES FERNANDES (55526/DF) E OUTRO(A/S) (201)
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI (25350/DF, 163657/SP) (260)
PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(5) (12) (33) (233)
PRISCILA CORRÊA GIOIA (189)
PROCURADOR - GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA (161)
PROCURADOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO (1)
PROCURADOR-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ (162)
PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (00000/DF)
(124) (151) (152) (290) (291) (299)
PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
(117) (126) (142) (159) (161) (162) (169) (178) (189) (205)
(207) (208)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA (178)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS (143)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO (165)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (256)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
(153) (260)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
(111) (205) (206) (282)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
(55) (73) (105) (121) (122) (125) (175) (203) (251) (264)
(280) (281) (286)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (156)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (154)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
(140) (274) (277) (279)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(137) (160) (266)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (147)
PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
(145) (179) (276)
PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
(94) (164) (167) (283) (296)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
(161) (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
(135) (164) (170) (297)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO
(1) (146) (164) (287)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
(63) (150) (150) (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
(77) (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
(114) (115) (164) (282)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
(58) (99) (103) (104) (119) (129) (131) (134) (148) (163)
(164) (187) (272) (298)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
(164) (210)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ
(162) (185)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
(149) (164) (186)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
(164) (184)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANA
(97) (164) (164) (274)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ
(2) (164) (188)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (164)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (174)
PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
(100) (163) (164) (179)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS (164)


PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ABADIÂNIA (170)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARTUR NOGUEIRA (130)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARUJÁ (79)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES (86)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE BREJO SANTO (278)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CATANDUVA (58)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA (157)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
(125) (175)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GAMELEIRA (273)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS (71)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE ITAPECERICA DA SERRA (275)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ITAPIPOCA (156)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ (85)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE JUNDIAI (265)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LONDRINA
(89) (90) (91)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MOCOCA (122)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO
(87) (92)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE (293)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
(82) (83) (84) (204)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SANTA MARIA (98)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS (144)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO (54)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SAO JOSE (102)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
(59) (76)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
(52) (289)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL
(72) (74)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SUZANO (55)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE TABOÃO DA SERRA (182)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VÁRZEA PAULISTA (128)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VIANA (70)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE VILA VELHA (126)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA (168)
PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
(136) (137)
PROCURADOR-GERAL FEDERAL (00000/DF)
(53) (62) (106) (108) (109) (110) (117) (118) (120) (123)
(138) (155) (158) (173) (177) (184) (190) (262) (271) (284)
(288) (292) (295) (300)
RAFAEL AGOSTINELLI MENDES (209974/SP) (267)
RAFAEL DE ALENCAR ARARIPE CARNEIRO (68951/BA, 25120/DF, 409584/SP) E OUTRO(A/S) (166)
RAFAEL HOHER (33313/RS) (151)
RAFAEL LAGE FREIRE (431951/SP) (294)
RAFAEL TAUFER DA SILVA (77335/RS)
(80) (252)
RAIMUNDO MARTINS JORGE (184)
RAISSA BRESSANIM TOKUNAGA (64778/BA, 27098-A/PB, 95431/PR, 1431 - A/RN, 114548A/RS, 53657/SC, 198286/SP) (93)
RAMON RIBEIRO DE MACEDO (54746/GO, 126084/MG) E OUTRO(A/S) (232)
RAVELLY ALVES MENEZES (51921/GO) (220)
REGINA LUCIA PINTO MARIANO (198)
RELATOR DO ARESP Nº 1.996.239 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (46)
RELATOR DO HC Nº 664.898 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (228)
RELATOR DO HC Nº 668.441 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (221)
RELATOR DO HC Nº 681.308 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (230)
RELATOR DO HC Nº 707.312 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (199)
RELATOR DO HC Nº 730.106 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(17) (18)
RELATOR DO HC Nº 734.870 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (8)
RELATOR DO HC Nº 737.978 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (16)
RELATOR DO HC Nº 753.777 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (24)
RELATOR DO HC Nº 757.141 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (20)
RELATOR DO HC Nº 759.263 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (21)
RELATOR DO HC Nº 759.683 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (218)
RELATOR DO HC Nº 759.748 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (32)
RELATOR DO HC Nº 761.093 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (191)
RELATOR DO HC Nº 766.715 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (192)
RELATOR DO HC Nº 769.117 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (214)
RELATOR DO HC Nº 769.982 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (200)
RELATOR DO HC Nº 770.552 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (38)
RELATOR DO HC Nº 771.634 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (220)
RELATOR DO HC Nº 771.663 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (226)
RELATOR DO HC Nº 771.719 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (19)
RELATOR DO HC Nº 771.816 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (15)
RELATOR DO HC Nº 771.864 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (30)
RELATOR DO HC Nº 773.086 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (29)
RELATOR DO HC Nº 773.975 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (13)
RELATOR DO HC Nº 774.493 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (231)

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RELATOR DO RESP Nº 1.208.386 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (31)


RELATOR DO RESP Nº 1.864.914 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (14)
RELATOR DO RHC Nº 164.957 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (195)
RELATOR DO RHC Nº 171.234 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (10)
RELATOR DOS HCS Nº 713.866 E 744.390 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (225)
RELATORA DO HC N° 772.371 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (41)
RELATORA DO HC Nº 733.345 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(47) (234)
RELATORA DO HC Nº 751.529 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (198)
RELATORA DO RHC Nº 168.248 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (42)
RENATA SERPA RODRIGUES NAZARIO (116664/RJ) (132)
RENATA TAVARES CUNHA (167912/RJ) (267)
RENATO ANDRE DE SOUZA (108792/SP) (244)
RENATO DE CAMPOS MARTINI PAULA (288414/SP)
(47) (234)
REYNALDO CALHEIROS VILELA (245019/SP) (264)
RICARDO AZEVEDO SETTE (60834/BA, 02190/A/DF, 28137/GO, 19728-A/MA, 45317/MG, 21437-A/MS, 01687/PE, 16153/PI, 120874/RJ, (263)
47721/SC, 138486/SP)
RICARDO DE OLIVEIRA QUEIROZ (182)
RICARDO FATORE DE ARRUDA (363806/SP) (193)
RICARDO GOMES DE ALMEIDA (5985/MT) (189)
RICARDO JORGE VELLOSO (163471/SP) (144)
RICARDO MARTINS JUNIOR (54071/DF) E OUTRO(A/S) (209)
RIVANIA RIBEIRO DOS REIS (113658/MG) (141)
ROBERTA CARDOSO MARTINS (73057/RS, 36686/SC) (243)
ROBERTO BARTOLOMEI PARENTONI (107187/SP) (6)
ROBERTO BERTHOLDO (13316/PR) (189)
ROBERTO GARCIA LOPES PAGLIUSO
(189) (189)
RODRIGO ÂNGELO DE SOUZA (32)
RODRIGO GUIMARAES DE SOUZA (19554/O/MT) (165)
RODRIGO MOTA NOBREGA (22176/GO) (170)
RODRIGO PARRA JANUÁRIO DA SILVA (25)
RODRIGO SOARES DE CARVALHO (213431/RJ, 245891/SP) E OUTRO(A/S) (46)
ROGERIO BARBOSA DE LIMA (15)
ROGERIO MARQUES DA SILVA (90291/MG) (62)
ROMERIO FERREIRA BARBOSA (29)
RONALDA FELIX BEZERRA MATOS (182)
RONALDO CAMILO (26216/PR) E OUTRO(A/S)
(19) (20) (22) (24)
ROSA MARCELA SOLENI SIEBRE (277)
ROSANA SANTOS MISHIMOTO (182)
ROSÂNGELA CLARO DE SOUZA (182)
ROSEMEIRE CRISTINA DIAS COSTA SANTOS (182)
ROSEMEIRE DE JESUS FERRAREZI BECARI (363087/SP) (240)
ROSIMEIRE DA SILVA MEIRA (26835/SC) E OUTRO(A/S) (231)
ROSIMERI DOS SANTOS KULMANN (61314/RS) (269)
RUBENS FERNANDO MENDES DE CAMPOS (8198/GO) (135)
RUDNEI DE SOUZA (438846/SP) (33)
RUTE DA PENHA COTA (182)
SAMUEL HENRIQUE DELAPRIA (280110/SP) (268)
SAMUEL JOSE DE SOUZA
(17) (18)
SANDRA CRISTINA FERREIRA DE SOUZA (182)
SANDRA MARIA GONÇALVES PIRES (174382/SP) (189)
SANDRO LUIZ FERNANDES (53345/PR, 25930/SC) (118)
SAUL TOURINHO LEAL (22941/DF) (164)
SAULO ALVES DE MOURA (76881/PR) (255)
SEBASTIÃO TADEU FERREIRA REIS (189)
SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
(54) (54) (54) (55) (55) (56) (56) (57) (57) (58)
(58) (59) (59) (59) (60) (61) (61) (62) (63) (63)
(64) (64) (64) (65) (66) (67) (68) (68) (68) (69)
(69) (69) (70) (70) (71) (72) (72) (73) (74) (74)
(75) (75) (75) (75) (75) (76) (76) (77) (77) (78)
(78) (79) (79) (80) (80) (81) (81) (81) (82) (82)
(83) (83) (84) (84) (85) (85) (85) (86) (86) (86)
(86) (87) (87) (87) (88) (89) (90) (91) (92) (92)
(93) (93) (94) (95) (95) (96) (96) (167) (180) (180)
(181) (182) (183) (183) (185) (186) (186) (186) (188) (239)
(240) (240) (241) (242) (243) (244) (244) (245) (245) (246)
(246) (247) (247) (248) (249) (249) (249) (250) (251) (252)
(252) (253) (253) (254) (255) (303) (303)
SERGIO SILVA DOS SANTOS (29621/CE) E OUTRO(A/S) (42)
SIMONE DE ABREU MALTA (182)
SIMONE DOS SANTOS GONÇALVES (182)
SONIA BONE DE SOUSA SILVA SANTOS (241)
STEPHANIE SOLE BARABANI (4869-A/AP, 27943/ES, 409586/SP) (250)
SUCESSÃO DE SIMIÃO MARTINS JORGE (184)
SUÊNIA ALVES DE SOUZA COSTA (182)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA (227)
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
(4) (6) (7) (9) (11) (22) (23) (25) (26) (27)
(28) (34) (35) (36) (37) (39) (40) (43) (44) (45)

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(48) (49) (50) (193) (194) (196) (197) (201) (211) (212)
(213) (215) (216) (217) (219) (222) (223) (224) (229) (232)
(235) (236) (237)
TADEU RODRIGO SANCHIS (26314/A/MT, 188624/SP) E OUTRO(A/S) (55)
TANIA MARIA BESSI (182)
TATIANA BATISTA DE SOUZA (103912/RJ) (109)
THAINA BEATRIZ SANTOS DE SOUZA (408801/SP) E OUTRO(A/S) (214)
THASSYA ANDRESSA PRADO DA SILVA (72751/DF, 411032/SP) (247)
THEODOMIRO DIAS NETO (189)
THIAGO BUCHI BATISTA (59930/PR) (140)
THIAGO CARMONA JACOB (9)
THIAGO DOMINGOS DE BRAGANCA (138552/MG)
(64) (68) (69)
THIAGO RAMOS FRANCISCHETTI (320758/SP) (225)
THIERS RIBEIRO DA CRUZ (384031/SP) E OUTRO(A/S)
(32) (218)
TIAGO CAMARGO DE LIMA (216)
TIAGO RAFAEL GOMES BATISTA (16)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (230)
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 16ª REGIÃO (204)
U.M.V. (36)
URSULA TAUFNER ACIOLI AGUILAR (165727/RJ) E OUTRO(A/S) (185)
VAGNER ADRIANO DOS SANTOS (221)
VALDECI DE AMORIM TARDEM (10919/ES) (126)
VALDELICE MERCANTE LUIZ (182)
VALÉRIA DA SILVA SENS (182)
VANESSA ARBOLEYA AMARAL JORGE (415196/SP) (130)
VERA CRISTINA PEREIRA DOS SANTOS (182)
VERA LÚCIA NASCIMENTO ARAUJO (182)
VERONICA DIAS LINS (28051/DF, 36524/GO) (248)
VICENTE FACIO TAPIA (28)
VICTOR GABRIEL DA SILVA COSTA (236)
VICTOR GONCALVES OLIVEIRA (409459/SP) (96)
VICTOR HUGO DE SOUZA CRUZ (12)
VICTOR MATHEUS CAMPOS DE SOUZA (210921/MG) (40)
VINICIUS DE SOUZA RUFINO (11)
VINICIUS SCATINHO LAPETINA (104871/PR, 257188/SP) (280)
WALDEMAR MONTEIRO DE OLIVEIRA FILHO (215)
WALLISON VIEIRA ROSSE (193923/MG) (88)
WAMBIER, YAMASAKI, BEVERVANÇO & LOBO ADVOGADOS (OAB/PR N. 2.049) (188)
WANDERLENE DUARTE MARTINS (232)
WEDNER COSTODIO LIMA (84271/RS) (50)
WELLIGTON SANTOS NEVES (48)
WELLINGTON ALVES VALENTE (9617B/PA) (189)
WESLEY CESAR SABINO BRAGA (310086/SP) (198)
WILHIAM ANTONIO DE MELO (10691/DF) (2)
WILLEY LOPES SUCASAS (148022/SP) (105)
WILSON GONDIM CAVALCANTI FILHO (3965/PI) (56)
YARA REGINA GRASSO (182)
YURI PIFFER (211567/SP) (16)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO


AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 632 (184)
AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.294 (185)
AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.586 (186)
AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.591 (188)
AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA 3.590 (187)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.582 (163)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.114 (161)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.124 (162)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 7.245 (1)
AÇÃO PENAL 470 (189)
AÇÃO RESCISÓRIA 2.927 (190)
AÇÃO RESCISÓRIA 2.939 (3)
AÇÃO RESCISÓRIA 2.938 (2)
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.802 (202)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 35.872 (180)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 37.427 (181)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 42.496 (182)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 47.836 (167)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 54.218 (203)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 54.417 (183)
AG.REG. NA RECLAMAÇÃO 55.097 (204)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.350 (191)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.557 (192)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.565 (193)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.607 (194)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 219.883 (195)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.028 (196)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.049 (197)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.208 (198)
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.297 (199)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.299 (200)


AG.REG. NO HABEAS CORPUS 220.483 (201)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.303.153 (290)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.329.296 (168)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.344.101 (291)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.384.414 (260)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.386.118 (169)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.387.728 (170)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.390.064 (171)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.392.563 (172)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.393.329 (173)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.396.103 (261)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.346.594 (286)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.356.532 (263)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.388.549 (174)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.707 (175)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.985 (287)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.394.268 (176)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.217 (292)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.423 (177)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.429 (293)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.400.078 (288)
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.252 (294)
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 206.304 (205)
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 216.334 (206)
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 216.355 (178)
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 219.976 (207)
AG.REG. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.283 (208)
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.278.134 (285)
AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.334.462 (165)
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 763 (166)
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA NA AÇÃO ORIGINÁRIA 2.674 (210)
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.356.883 (179)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.382.979 (295)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.397.865 (265)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.400.143 (266)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.790 (289)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.376 (296)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.033 (297)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.126 (298)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.406 (299)
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.641 (300)
EMB.DECL. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 38.235 (301)
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DIV. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (264)
1.371.579
EMB.DIV. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.346.007 (268)
EMB.DIV. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.356.120 (267)
EXTRADIÇÃO 1.650 (302)
HABEAS CORPUS 215.539 (211)
HABEAS CORPUS 220.152 (213)
HABEAS CORPUS 220.698 (5)
HABEAS CORPUS 220.699 (6)
HABEAS CORPUS 220.694 (4)
HABEAS CORPUS 220.700 (7)
HABEAS CORPUS 220.704 (11)
HABEAS CORPUS 220.703 (10)
HABEAS CORPUS 220.702 (9)
HABEAS CORPUS 220.701 (8)
HABEAS CORPUS 220.708 (15)
HABEAS CORPUS 220.707 (14)
HABEAS CORPUS 220.706 (13)
HABEAS CORPUS 220.705 (12)
HABEAS CORPUS 220.709 (16)
HABEAS CORPUS 220.711 (18)
HABEAS CORPUS 220.710 (17)
HABEAS CORPUS 220.713 (20)
HABEAS CORPUS 220.712 (19)
HABEAS CORPUS 220.715 (22)
HABEAS CORPUS 220.714 (21)
HABEAS CORPUS 220.717 (24)
HABEAS CORPUS 220.716 (23)
HABEAS CORPUS 220.719 (26)
HABEAS CORPUS 220.718 (25)
HABEAS CORPUS 220.729 (27)
HABEAS CORPUS 220.739 (32)
HABEAS CORPUS 220.736 (30)
HABEAS CORPUS 220.737 (31)
HABEAS CORPUS 220.731 (28)
HABEAS CORPUS 220.732 (29)
HABEAS CORPUS 220.740 (33)
HABEAS CORPUS 220.749 (41)
HABEAS CORPUS 220.743 (35)
HABEAS CORPUS 220.744 (36)
HABEAS CORPUS 220.742 (34)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 7D0D-46A8-BE17-61A1 e senha D7FF-6A6E-3F4D-0A70
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HABEAS CORPUS 220.747 (39)


HABEAS CORPUS 220.748 (40)
HABEAS CORPUS 220.745 (37)
HABEAS CORPUS 220.746 (38)
HABEAS CORPUS 220.751 (43)
HABEAS CORPUS 220.750 (42)
HABEAS CORPUS 220.752 (44)
HABEAS CORPUS 220.753 (45)
HABEAS CORPUS 220.754 (46)
HABEAS CORPUS 220.755 (47)
HABEAS CORPUS 220.756 (48)
HABEAS CORPUS 220.757 (49)
HABEAS CORPUS 220.758 (50)
HABEAS CORPUS 220.837 (236)
HABEAS CORPUS 220.836 (235)
HABEAS CORPUS 220.847 (237)
MANDADO DE SEGURANÇA 28.801 (238)
MANDADO DE SEGURANÇA 38.711 (239)
MANDADO DE SEGURANÇA 38.791 (240)
MEDIDA CAUTELAR NA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 959 (209)
MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.574 (243)
MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.634 (244)
MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 55.993 (248)
MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 56.131 (250)
MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 56.252 (255)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.016 (212)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.173 (214)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.274 (215)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.471 (216)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.477 (218)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.475 (217)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.487 (221)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.486 (220)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.482 (219)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.511 (222)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.517 (224)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.514 (223)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.521 (225)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.538 (226)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.568 (228)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.567 (227)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.604 (229)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.622 (230)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.643 (231)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.650 (232)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.669 (233)
MEDIDA CAUTELAR NO HABEAS CORPUS 220.755 (234)
MEDIDA CAUTELAR NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.500 (256)
PETIÇÃO 9.352 (241)
PETIÇÃO 10.617 (242)
PETIÇÃO 10.615 (51)
PETIÇÃO 10.616 (52)
PRISÃO PREVENTIVA PARA EXTRADIÇÃO 958 (303)
RECLAMAÇÃO 55.640 (245)
RECLAMAÇÃO 55.657 (246)
RECLAMAÇÃO 55.712 (247)
RECLAMAÇÃO 55.855 (53)
RECLAMAÇÃO 55.995 (249)
RECLAMAÇÃO 56.174 (55)
RECLAMAÇÃO 56.171 (54)
RECLAMAÇÃO 56.178 (59)
RECLAMAÇÃO 56.177 (58)
RECLAMAÇÃO 56.176 (57)
RECLAMAÇÃO 56.175 (56)
RECLAMAÇÃO 56.183 (60)
RECLAMAÇÃO 56.185 (62)
RECLAMAÇÃO 56.184 (61)
RECLAMAÇÃO 56.187 (64)
RECLAMAÇÃO 56.186 (63)
RECLAMAÇÃO 56.189 (66)
RECLAMAÇÃO 56.188 (65)
RECLAMAÇÃO 56.197 (74)
RECLAMAÇÃO 56.198 (75)
RECLAMAÇÃO 56.199 (76)
RECLAMAÇÃO 56.193 (70)
RECLAMAÇÃO 56.194 (71)
RECLAMAÇÃO 56.195 (72)
RECLAMAÇÃO 56.196
(73) (251)
RECLAMAÇÃO 56.190 (67)
RECLAMAÇÃO 56.191 (68)
RECLAMAÇÃO 56.192 (69)
RECLAMAÇÃO 56.200 (77)
RECLAMAÇÃO 56.203

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(80) (252)
RECLAMAÇÃO 56.204 (81)
RECLAMAÇÃO 56.201 (78)
RECLAMAÇÃO 56.202 (79)
RECLAMAÇÃO 56.208 (85)
RECLAMAÇÃO 56.207 (84)
RECLAMAÇÃO 56.206 (83)
RECLAMAÇÃO 56.205 (82)
RECLAMAÇÃO 56.209 (86)
RECLAMAÇÃO 56.212 (89)
RECLAMAÇÃO 56.213 (90)
RECLAMAÇÃO 56.214 (91)
RECLAMAÇÃO 56.215 (92)
RECLAMAÇÃO 56.210 (87)
RECLAMAÇÃO 56.211 (88)
RECLAMAÇÃO 56.217 (94)
RECLAMAÇÃO 56.216 (93)
RECLAMAÇÃO 56.219 (96)
RECLAMAÇÃO 56.218 (95)
RECLAMAÇÃO 56.236 (254)
RECLAMAÇÃO 56.234 (253)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.397.221 (97)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.398.756 (269)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.400.971 (98)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.534 (99)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.738 (100)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.401.741 (101)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.194 (102)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.284 (103)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.727 (104)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.402.758 (105)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.333 (270)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.382
(106) (271)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.429 (107)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.489 (108)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.706 (109)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.770 (110)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.403.957 (111)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.094 (112)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.177 (113)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.197 (114)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.211 (115)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.305 (116)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.402 (117)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.498 (272)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.640 (118)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.404.646 (119)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.054.402 (273)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.323.528 (120)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.336.082 (121)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.362.190 (274)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.367.364 (275)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.371.623 (276)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.374.717 (277)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.392.770 (122)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.393.690 (123)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.242 (124)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.287 (278)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.396.743 (279)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.398.988 (280)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.399.172 (281)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.321 (125)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.417 (126)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.428 (127)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.642 (128)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.666 (129)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.401.771 (130)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.038 (131)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.064 (132)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.266 (133)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.305 (134)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.348 (135)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.434 (136)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.912 (137)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.959 (138)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.402.964 (139)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.193 (282)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.249 (140)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.449 (141)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.557 (283)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.566 (142)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.698 (143)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.772 (144)

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.868 (145)


RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.403.997 (146)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.019 (147)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.036 (148)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.052 (149)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.169 (150)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.179 (151)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.180 (152)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.271 (153)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.310 (154)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.386
(155) (284)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.466 (156)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.404.623 (157)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.405.037 (158)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.405.476 (159)
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 220.741 (160)
SEGUNDO AG.REG. NA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 427 (164)
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.267.235 (262)
TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.743 (257)
TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.799 (258)
TUTELA PROVISÓRIA INCIDENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.892 (259)

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