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Marcio

Montenevo

Setembro de 2014

Conceitos Básicos de Fiação


Conceitos Básicos de Fiação

Sumário
1. Fibras:..................................................................................................................................................2
1.1. Família e tipos..............................................................................................................................2
1.2. Formas de identificação................................................................................................................2
1.3. Principais aplicações.....................................................................................................................4
2. Fluxo de produção de fios têxteis........................................................................................................5
2.1. Fluxo produtivo do algodão..........................................................................................................5
2.2. Fluxo produtivo das fibrasquímicas.............................................................................................9
2.2.1. Químicas artificiais (fibras ou fio)........................................................................................9
2.2.2. Químicas sintéticas (polímeros)............................................................................................9
2.3. Principais tipos de fiações: Anel, Open End, Jato de ar, Retorção e Extrusão...........................10
2.3.1. Anel – Cardado....................................................................................................................10
2.3.2. Anel - Penteado...................................................................................................................10
2.3.3. Open-End............................................................................................................................10
2.3.4. Jato de ar (Vortex)...............................................................................................................10
2.3.5. Retorção..............................................................................................................................11
2.3.6. Fiação por Extrusão.............................................................................................................11
2.4. Principais tipos de fios: Singelo, retorcido, cardado, penteado, flamê, fantasia........................13
2.4.1. Fio Singelo..........................................................................................................................13
2.4.2. Fio retorcido........................................................................................................................14
2.4.3. Fio flamé.............................................................................................................................14
2.4.4. Fio fantasia..........................................................................................................................15
2.5. Composições: 100%, PA, 67/33%, mescla, elastano.................................................................15
3. Análise da qualidade da fibra de algodão..........................................................................................16
3.1. A classificação do algodão.........................................................................................................16
3.2. Teste de Qualificação (HVI).......................................................................................................16
3.3. Principais propriedades indicadoras de qualidade da fibra de algodão......................................17
3.3.1. Comprimento médio (UHM) e Índice de uniformidade (UI%)..........................................17
3.3.2. Resistência - STR................................................................................................................17
3.3.3. Micronaire - finura..............................................................................................................17
3.3.4. Maturidade..........................................................................................................................18
3.3.5. Grau de refletância– Rd% e Grau de amarelo - +b............................................................18
3.4. Conceito na montagem de misturas............................................................................................19
4. Análise da qualidade do fio, testes principais...................................................................................19
4.1. Título..........................................................................................................................................19
4.2. Torção.........................................................................................................................................19
4.3. Resistência e alongamento..........................................................................................................21
4.4. Regularimetro.............................................................................................................................21
4.5. Comparativo da qualidade do algodão entre processos..............................................................22
4.6. Defeitos pouco frequentes..........................................................................................................22
4.7. Estatística Uster..........................................................................................................................23
5. Assuntos Gerais:................................................................................................................................24
5.1. Que fio deve comprar.................................................................................................................24
5.2. Que fio deve vender....................................................................................................................25
5.3. Quais problemas podem ocorrerna tecelagem de malha circular...............................................25
5.4. Cuidados com armazenagem dos fios........................................................................................26

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Conceitos Básicos de Fiação

1. Fibras:
1.1.Famílias e tipos

Família das Fibras Naturais


São matérias primas têxteis provenientes da natureza e são classificadas e divididas pela sua origem. Estas
fibras não podem ser trabalhadas de imediato, pois necessitam de passar por diversas fases até serem
transformadas em fio, por exemplo, a fibra de algodão.

Família das Fibras Químicas


São matérias primas têxteis as quais não são retiradas prontas da natureza, necessitam passar por um
processo químico de reações. São obtidas a partir de polímeros que no final são moldados em forma de
filamento. São divididas em fibras artificiais e sintéticas. As fibras artificiais são obtidas utilizando como
matéria-prima polímeros naturais como a celulose, a fibra mais conhecida é a viscose. As fibras sintéticas
são obtidas utilizando como matéria-prima polímeros sintetizados a partir do petróleo, a fibra mais
conhecida é o poliéster.
Cadeia das principais fibras têxteis

1.2.Formas de identificação.

Formas de identificação – Física por leitura microscópica

Imagem microscópica longitudinal de algumas fibras

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Imagem microscópica de seção transversal de algumas fibras

Formas de identificação – Química por análise qualitativa

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1.3.Principais aplicações
O algodão (CO) é utilizado em: Vestuário, cama, mesa, banho, linhas de costura, cortinas, aplicações
técnicas em telas para pneus;

O poliéster (PES) é utilizado em: Vestuário, cama, mesa, banho, linha de costura, cordas, tapetes e
aplicações técnicas em correias e lonas;

O rayon viscose ou viscose (CV) é utilizado em: Vestuário, cama, mesa, banho, tecidos não tecidos e
aplicações técnicas em pneus correias e feltros;

O acrílico (PAC) é utilizado em: Vestuário, tecidos industriais e tapeçaria;

O rayon acetato ou acetato (CA) é utilizado em: Vestuário e lingerie;

O linho (CL) é utilizado em: Vestuário de verão, cama, mesa, cortinas e estopa de linho;

A lã (WO) é utilizada em: Vestuário de inverno;

A seda (S) é utilizada em: Vestuário;

O polipropileno (PP) é utilizado em: Têxtil lar, cordas, sacarias e redes;

O polietileno (PE) é utilizado em: Tecidos industriais, toldos, cordas e sacarias;

Politereftalato de etileno (PET) é utilizado principalmente na forma de fibras para tecelagem e de


embalagens para bebidas;

A juta (JU) é utilizada em: Sacarias, Plásticos reforçados e Tecidos para filtros;

O sisal (SI) é utilizado em: Fabricação de cordas e Esteiras;

O asbesto ou amianto (A) é utilizado em: Produtos têxteis antichamas;

A metalizada (MT) é utilizada em: Vestuário e fitas de decoração.

Simbologias de demais fibras

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2. Fluxo de produção de fios têxteis


2.1.Fluxo produtivo do algodão

Plantio

Indicações: Clima quente entre 20oC e 30oC, solo úmido mas não encharcado, solo poroso e profundo
facilitando a penetração da água e o crescimento das raízes, pH do solo entre 5,5 e 6,5, regime de chuvas
deve girar em torno de 1000 a 1500 mm/ano indicado para o cultivo do algodão herbáceo, regiões mais
secas o indicado é o algodão arbóreo que é mais resistente a este tipo de região. O algodão herbáceo deve ser
plantando no início do período das chuvas. A Área plantada no Mundo chegou em 68 milhões de hectares
em 2012 segundo a FAESP-SENAR.
Tipos de algodão plantados no Brasil:
Gossypium hirsutum (algodão de planalto) contabilizando 97% da produção.
Gossypium barbadense (algodão crioulo ou do mar).
No Brasil, para Safra 2013/2014 está previsto um novo recorde de 21 milhões de tonelada segundo
projeções da USDA – United States Department of Agriculture.

A principal diferença entre Gossypium hirsutum e Gossypium barbadense é o comprimento da fibra do


algodão. A fibra Gossypium barbadense é uma fibra “Premium”, muito fina e comprida com

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aproximadamente 5 cm de comprimento, comparada à fibra Gossypium hirsutum que é tipicamente mais


curta de 2 a 3 cm de comprimento.

Colheita mecânica ou manual

Colhedora de algodão mecânica tem capacidade de colher 2 ha/h.


Não se aconselha colher na época do ano com menores temperaturas, que é o momento onde as plantas estão
mais sujeitas a pragas e doenças. E também não é aconselhável a colheita em época de chuva, pois as fibras
serão prejudicadas produzindo um algodão de qualidade inferior causada pela fermentação do mesmo.

Transporte para usinas

O Transporte para beneficiadora é feito basicamente por caminhões onde o algodão colhido e embalado é
depositado sobre as carretas e enviado para a usina beneficiadora.

Usina Beneficiadora

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A usina contempla a execução do processo de limpeza e separação dos produtos (fibras) e subprodutos
(línter, sementes e outros resíduos), produzindo fardos prensados.

Enfardamento final

Os fardos são produzidos com 220 kg em média.

Principais países produtores

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Aproveitamento dos resíduos no beneficiamento do algodão

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2.2.Fluxo produtivo das fibras químicas


1.1.1. Químicas artificiais (fibras ou fio)

1.1.2. Químicas sintéticas (polímeros)

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2.3.Principais tipos de fiações: Anel, Open End, Jato de ar, Retorção e Extrusão.

1.1.1. Anel – Cardado


Abertura  Cardas 1ª passagem 2ª passagem Maçaroqueira Filatório anel Conicaleira

1.1.2. Anel - Penteado


Abertura Cardas  Unilap Penteadeira 1ª passagem 2ª passagem  Maçaroqueira  Filatório anel  Conicaleira

1.1.3. Open-End
Abertura Cardas 1ª passagem 2ª passagem Filatório Open-end

1.1.4. Jato de ar (Vortex)


Abertura Cardas  1ª passagem  2ª passagem  Filatório Jato de Ar

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1.1.5. Retorção
Fio Singelo Binadeira Retorcedeira dupla torção

Fio Singelo  Retorcedeira de anel Conicaleira

1.1.6. Fiação por Extrusão

Imagem detalhada da fieira

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1.1.1.1. POLIAMIDAS (PA)


A matéria prima é a caprolactama para a PA 6 e a hexametilenodiamina e o ácido adípico para a PA 6.6. O
valor 6 representa a quantidade de átomos de carbono que cada uma das matérias primas possui.

1.1.1.2. POLIÉSTER (PES) OU POLIETILENOTEREFTALATO (PET)


A matéria prima para a produção do polímero de PET são principalmente o ácido tereftálico e etileno glicol.

1.1.1.3. POLIACRÍLICAS (PAC) OU ACRÍLICO


A matéria prima é acrinolitrilo (cianeto de vinila) que pode ser obtido a partir do amoníaco, propilenos e
oxigênio. A polimerização do acrinolitrilo efetua-se em emulsão na água e os catalizadores utilizados são
peróxidos minerais.

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1.1.Principais tipos de fios: Singelo, retorcido, cardado, penteado, flamê, fantasia.

1.1.7. Fio Singelo

Definição: Fio singelo é o fio composto de apenas um cabo podendo o mesmo ter torção de sentido “S” ou
torção de sentido “Z” ou não ter torção como é o caso dos fios texturizados contínuos.

Imagem fio singelo cardado e cone

Imagem fio singelo penteado e cone

Imagem ampliada do fio Open-end e bobina

Imagem ampliada do fio de Jato de ar (Vortex) e cone

Imagem ampliada do fio de rayon viscose texturizado e bobina

Imagem ampliada do fio de poliéster texturizado e bobinas

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Imagens do fio de poliamida texturizado e bobina

1.1.8. Fio retorcido

Definição: Fio retorcido é o fio composto de dois ou mais cabos de fio singelo e estes cabos poderão ter
torção de sentido “S” ou torção de sentido “Z” ou não ter torção como é o caso dos fios texturizados
contínuos. Quando o fio singelo é torção de sentido “S” o fio é retorcido em torção de sentido “Z” e vice-
versa.
Imagem ampliada do fio cru retorcido e bobina de fio retorcido

1.1.9. Fio flamé

Definição: Fio singelo no qual é programado para ser produzido com variações de massa ao longo de sua
extensão, variando entre partes curta e grossa, media e grossa e longa e grossa não necessitando obedecer a
esta ordem de variação.
Imagem fio flamé e bobinas

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1.1.10. Fio fantasia (bouclé, botoné)

Definição: Semelhante ao processo do fio retorcido com a diferença de utilizar fios com titulações e cores
variadas.

Imagem fio fantasia e bobinas

1.2.Composições: 100%, PA, 67/33%, mescla, elastano.

Na linguagem de mercado de fios/tecidos se usa:

Fio 100% - Significa que o fio é 100% algodão, onde também é utilizado o termo malha 100%.

PA - Significa que o fio é poliéster/algodão 50%/50% de participação de cada fibra.

PV - Significa que o fio é poliéster/viscose 67%/33% de participação de cada fibra, respectivamente. A


malha que é tecida com este fio recebe o nome de “malha fria”.

Mescla – Significa que o fio contém fibras de cores diferentes no processo. A mistura mais conhecida é a
mescla 88% de algodão com 12% de poliéster tinto preto.

Lycra - Significa que o fio é sintético de elastano e é produzido pela Fibra Dupont Sudamerica/Invista;

Malha cotton – Significa que utilizará fio de algodão e elastano para produzir a malha.

Supplex - Significa que utilizará fio de poliamida e elastano para produzir a malha.

Viscolycra - Significa que utilizará fio de viscose e elastano para produzir a malha.

Dry fit – Significa que a malha é produzida com fio de poliamida, podendo usar ou não elastano, mas a
finura e o formato dos filamentos são diferentes das poliamidas convencionais.

Microfibra - Significa que a malha é produzida com fios sintéticos que são formados por filamentos
extremamente finos. Estes filamentos podem ser 60 vezes mais finos que um fio de cabelo, as microfibras
podem ser de poliéster, poliamida, acrílico ou viscose.

Tactel - Significa que o tecido é produzido com fios sintéticos de microfibra de poliamida.

Tencel - Significa que a malha é produzida com fios artificiais de fibra Modal.

Micro modal - Significa que a malha é produzida com fios artificias de microfibra de Modal que é uma
fibra produzida a partir de celulose sem tratamento com cloro.

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3. Análise da qualidade da fibra de algodão


1.3.A classificação do algodão
O algodão na classificação internacional tem a seguinte forma no exemplo: tipo 41-4

Onde:

4 1 - 4
Indica o grau de folha

Indica o grau de cor


Indica o tipo

O primeiro número indica o tipo, representa o grau de impurezas e estes valores variam do valor1 (menor)
a 8 (maior).
O segundo número indica o grau de cor onde temos 1 para Branco,2 para Ligeiramente creme,3 para
Creme,4 para Avermelhado e 5 para Manchado de amarelo.
O terceiro número indica o grau de folha, tem valores que variam de 1 (menor) a 7 (maior).

1.4.Teste de Qualificação (HVI)

Imagem de equipamentos de HVI

Existem alguns fabricantes de aparelhos de medição da qualidade das fibras de algodão, nas imagens acima
temos o aparelho HVI 1000 da Uster, pioneira no desenvolvimento deste tipo de equipamento e o aparelho
ART2 da Premier. Estes equipamentos fornecem múltiplos resultados de qualidade do algodão por amostra,
segue algumas destas propriedades:
- Comprimento;
- Resistência;
- Micronaire (finura);
- Índice de Uniformidade;
- Alongamento%;
- Refletância de cor;
- Grau de amarelo;
- Índice de Maturidade;
- Grau de cor;
- Índice de fibras curtas;
- Grau de impurezas;
- Área de impurezas.

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1.5.Principais propriedades indicadoras de qualidade da fibra de algodão


Comprimento (UHM), Uniformidade (UI), Resistência (STR), Finura (MIC), Maturidade (MAT),
Refletância (Rd%), Grau de amarelo (+b).

3.3.1. Comprimento médio (UHM) e Índice de uniformidade (UI%)


O método de ensaio para determinar o comprimento da fibra é o UHM que é a média da metade
superior das fibras distribuídas ao acaso em um pente ou pinça especial, medida em milímetros.
E o índice de uniformidade UI e calculado pela expressão UI= (Comprimento médio / (UHM x 100)).
Existem outros índices de uniformidade aplicados ao comprimento da fibra como SL50% (span
Length - comprimento médio de 50% das fibras), SL2,5% (comprimento médio de 2,5% das fibras), e UR%
(uniformity ratio – que é um índice de uniformidade obtido pelo cruzamento de valores de SL).
Categorias de uniformidade
Índice de
Categorias Relação de Uniformidade
Uniformidade
UI % UR %
Muito Irregular < de 77 % < de 41%
Irregular 77 a 79 41 a 42
Média 80 a 82 43 a 44
Uniforme 83 a 85 45 a 46
Muito Uniforme > de 85 > de 46

Obs.: A importância do comprimento das fibras está na possibilidade de se produzir fios mais finos, pois os
fios ganham resistência pela área de contato de uma fibra sobre as outras e quanto maior a área de contato,
menor será a necessidade de fibras na seção transversal do fio obtendo fios maleáveis e com resistência
adequada para os processos de tecimento. Quanto mais uniforme o comprimento das fibras melhor será o
título (massa por comprimento).

1.1.1. Resistência - STR


Para determinar a resistência das fibras de uma amostra de fardo, as fibras são colocadas de forma paralela
em um feixe de fibras, os valores obtidos são expressos em centinewton por tex (cN/tex).
Categorias de resistência
Categorias Resistência (cN/tex)
Muito Fraca < de 16,70
Fraca 16,71 a 21,50
Média 21,51 a 25,40
Forte 25,41 a 29,40
Muito Forte > de 29,41

Obs.: Com uma boa resistência é possível produzir fios com uma menor quantidade de fibras em sua seção
transversal (fios mais finos), com garantida de funcionamento nos processos de tecelagem.

1.1.1. Micronaire - finura


O método usado para determinar a finura da fibra de algodão é a medição da resistência à passagem de
ar por uma amostra de algodão de peso padrão.
O valor do resultado obtido é expresso em microgramas por polegada quadrada (µg/pol²).
Categoria de micronaire
Categorias Micronaire (µg / pol²)
Muito fina < de 3,0
Fina 3,0 a 3,9
Média 4,0 a 4,9
Grossa 5,0 a 5,9
Muito grossa > de 5,9

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Obs.: A importância da finura da fibra para a formação do fio está na possibilidade fazer fios mais
finos com uma maior quantidade de fibras em sua seção transversal, tornando-o mais maleável e resistente.
São indicados valores entre 3,8 e 4,2 µg / pol² como ideais para produção de fios de algodão. A fibra muito
fina pode significar que a mesma é imatura, ou seja, a regra de quanto mais fina melhor nem sempre se
aplica, deve-se analisar o índice de maturidade.

1.1.1. Maturidade
O índice de maturidade é obtido de forma similar ao valor do micronaire onde a amostra de algodão é
submetida à medição da resistência ao fluxo de ar de um chumaço de fibras de algodão. Um baixo índice de
maturidade da fibra tem influência direta no rendimento das máquinas no processo de fiação e absorção
irregular de corantes e químicos no processo de tingimento.
Categorias da maturidade
Sistema “USDA”
Categorias
PM %
Muito Madura > de 88%
Madura acima da média 88% a 84%
Madura 83% a 76%
Madura abaixo da média 75% a 71%
Imatura 70% a 61%
Muito Imatura < de 61%

1.1.2. Grau de refletância– Rd% e Grau de amarelo - +b


O valor do grau de refletância da fibra é um resultado obtido pela reflexão da luz gerada pela amostra,
quanto menor a reflexão de luz, maior é quantidade de cinza que a amostra tem e consequentemente menor
será a qualidade desta fibra.
O Grau de amarelo é um resultado de análise com o uso de um filtro amarelo.
O cruzamento da refletância (Rd) com o grau de amarelo (+b) define a cor da fibra (CG- Color grade) as
quais poderão ser: Branco, Ligeiramente Creme, Creme, Avermelhado e Manchado de amarelo.

Diagrama da grade de cor (USDA) para algodões do planalto “upland”

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Obs.: A cor do algodão influi na capacidade de tingimento da fibra, quanto maior o teor de cinza na fibra
pior será a sua capacidade alvejamento ou a absorção de corantes (tingimento).

1.6.Conceito na montagem de misturas


A mistura de fardos de algodão requer alguns procedimentos para que o lote de fio permaneça por mais
tempo em processo, evitando trocas de misturas desnecessárias. As misturas podem compreender
quantidades de 6 a 20 fardos quando a mesma é montada para alimentação manual e misturas com 50 a 150
fardos para as misturas para alimentação automática. Procedimentos:
- Identificar a classificação dos fardos na entrada do estoque pelos resultados individuais do HVI, criando
identificações A, B, C, D, etc. Por exemplo, poderá usar comprimento de fibra, micronaire, índice de
fiabilidade para classificar os fardos.
- Identificar a procedência dos fardos (Mato grosso, Minas gerais, Bahia, etc.).
- Identificar o tipo do algodão (grau de impurezas + grau de cor + grau de folha).
- Segregar o empilhamento destes fardos pela classificação, procedência e tipo do mesmo.
- Analisar os estoques para cada necessidade de montagem de mistura, pois as linhas de produção de fios
(Open-end, Cardado e Penteado, Jato de ar, etc.) requerem matérias primas com qualidade e valores (R$/kg)
diferenciados.

4. Análise da qualidade do fio, testes principais.


1.7.Título
O título do fio é um valor que representa a massa do mesmo, sendo obtido pela relação do peso pelo
comprimento (titulação direta) ou pela relação de comprimento pelo peso (titulação indireta).
Titulações diretas mais conhecidas:
Tex – Peso em gramas para 1000m de comprimento do fio.
Decitex (Dtex) – Peso em gramas para 10.000m de comprimento do fio.
Denier (Den) – Peso em gramas para 9.000m de comprimento do fio.

Titulações indiretas mais conhecidas:


Inglês (Ne) – Número de meadas de 1 hank de comprimento para 1 libra de peso, ou seja número de meadas
com 768m de comprimento para 454 gramas de peso.

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Métrico (Nm) – Número de meadas de 1.000m de comprimento para 1000g de peso.

Conversão de títulos

1.8.Torção
A torção é o valor que define principalmente a finalidade a que se destina o fio, se ele é indicado para o uso
em urdumes de tecelagem, trama de tecelagem, trama de malharia, tecidos em crepe, etc. O uso da torção
errada causará problemas no momento do tecimento (rupturas ou buracos) ou posteriormente a qualidade do
produto final nas tecelagens (tecidos rígidos demais ou fracos). Quando se aplica uma torção menor o fio
ficará com um toque macio e leve ao aumentar esta torção o fio ficará mais áspero e resistente.
O sentido da torção poderá se “S” quando o fuso do filatório de anéis gira no sentido horário e sentido “Z”
quando fuso gira no sentido anti-horário. Comercialmente é utilizado o fio com sentido de torção “S” nas
tecelagens de malha devido o sentido horário de rotação dos teares e o posicionamento das agulhas
(ganchos) funcionarem melhor com os fios deste sentido de torção.
Existe um indicador que define qual a quantidade de torções ideal que o fio deve ter conforme a seu destino
de produção que é o alfa do fio.
Alfa do fio é o ângulo formado pelas linhas das fibras torcidas em relação ao eixo do fio. Quanto maior o
número de torções do fio, maior será o alfa.

Imagem de definição do sentido da torção e alfa do fio

O Alfa (Ne) pode ser calculado pela expressão: α Ne = (T/”) / √ Ne


Onde: T/” = Quantidade de torções por polegada
√ Ne = Raiz quadrada do título inglês Ne

O Alfa (Tex) pode ser calculado pela expressão: α tex = (T/m) x √ Tex
Onde: T/m = Quantidade de torções por metro
√ Tex = Raiz quadrada do título Tex

O Alfa (Nm) pode ser calculado pela expressão: α Nm = (T/m) / √ Nm


Onde: T/m = Quantidade de torções por metro
√ Nm = Raiz quadrada do título métrico Nm

Alfas ideais para fios fiados com Algodão ¨upland”


αNe αTex αNm
Fio para trama-malharia 2,9 a 3,5 2773 a 3346 88 a 106

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Conceitos Básicos de Fiação

Fio para urdume suave 3,7 a 4,0 3538 a 3824 112 a 121
Fio para urdume médio 3,8 a 4,4 3633 a 4207 115 a 133
Fio para urdume duro 4,4 a 5,1 4207 a 4876 133 a 154
Fio para Crepe 6,3 a 8,9 6024 a 8509 191 a 269

Alfas ideais para fios fiados com Viscose


Comprimento fibra (mm) 32 38
α Ne - Malharia 3,4 a 3,7 3,3 a 3,6
α Ne - Tecelagem 3,7 a 4,0 3,6 a 3,9

Tabela de Conversão de alfas


De Para Fórmula
α Nm α Ne 0,03305 x α Nm
α Ne α Nm 30,257 x αNe
α Nm α tex 31,60 x α Nm
α Ne α tex 956,12 x α Ne

1.9.Resistência e alongamento
A resistência do fio é uma propriedade muito importante para prevermos como será a produtividade
nas tecelagens, assim como a resistência do tecido.

Influência da torção na resistência e no alongamento


Tenacidade à
Torção/m Torção/”
ruptura (cN/tex)
24 1600 40,64
21 1400 35,56
18 1200 30,48
15 1000 25,40
12 800 20,32
9 600 15,24
6 400 10,16
3 200 5,08
0
Alongamento % 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

1.10. Regularímetro
Este tipo de teste tem a finalidade de analisar vários atributos do fio para constatarmos o quanto o
mesmo está regular, pode-se analisar:
- Variação da massa – Percentual do coeficiente de variação analisado na massa do fio (CV%)
- Título relativo - % de variação do título do fio em relação ao título informado.
- Pontos finos - Pontos com 30 mm de comprimento e tamanho do diâmetro 50% abaixo da média da
massa.
- Pontos grossos - Pontos com 30 mm de comprimento e tamanho do diâmetro 50% acima da média da
massa.
- Neps - Pontos com comprimento médio de 3 mm e tamanho do diâmetro 200% (para fiação anel) e
280% (para fiação open end) acima da média da massa.
- Pilosidade do fio – Indicador que apresenta o valor do índice de pelos no fio.
Estes indicadores nos possibilitam prever como ficará a qualidade do tecido final quanto a sua aparência.
As amostras por teste têm o comprimento de 400 ou 1.000m.

Pá gina 22
Conceitos Básicos de Fiação

Como referência os valores ideais nestes indicadores, usar a última estatística Uster, levando-se em
consideração os valores apresentados em 25% a 50% da estatística para cada título de fio, processo e
composição, tomando devidos cuidados para que a tendência do fio não esteja sempre voltada para os 50%
da estatística.

Exemplo para pilosidade – Estatística Uster 2001:


Regiões Nº de
amostras
Oeste de Europa 109
Leste de Europa 17
América do norte e do sul 13
Extremo oriente 34
Oriente próxima e África 36
Total 209

Pilosidade
Algodão cardado
Anel
Algodão 100%

1.11. Comparativo da qualidade do algodão entre processos


Este teste tem por objetivo comparar a quantidade de irregularidades existentes entre os processos de fiação
e desta forma auxilia na detecção de máquinas desajustadas ou desreguladas, por exemplo, no tipo de
máquina carda os custos de manutenção das guarnições (em média 5000 horas de trabalho) poderão ser
reduzidos com este tipo de teste. Poderá ser usado também na análise do algodão colhido, descaroçado
redefinindo velocidades de colheita e manutenção dos componentes.
O equipamento para este teste é o AFIS (Advanced Fiber lnformation System) fabricado pela Uster, as
fibras, neps, pó e impurezas são separados mecanicamente com ajuda de ar comprimido, seguindo as fibras e
neps para o componente de medição (sensor eletro-ótico) onde são geradas tensões diferentes entre os neps e
as fibras e desta forma suas quantidades são definidas.
Informações que poderão ser analisadas:
- Quantidade de Neps
- Comprimento e maturidade das fibras
- Quantidade e tamanho das partículas estranhas, pó e impurezas.

Padrões de neps/g por fase do processo


CATEGORI FARDO ENTRADA FITA DA FITA
A CARDA CARDA PENTEADA
Muito bom < 100 < 200 30 – 50 < 10
Bom 100 – 150 200 – 350 50 – 100 10 – 20
Médio 150 – 250 350 – 500 100 – 150 20 – 30
Alto >250 > 500 > 150 > 40

Principais sistemas de fiação e suas prioridades nas características das fibras de algodão
ANEL OPEN END AIR – JET
Comprimento Resistência Resistência
Distribuição Finura/maturidade Comprimento
Resistência Limpeza Distribuição
Finura/maturidade Comprimento Limpeza
Alongamento Distribuição Finura/maturidade
Limpeza Alongamento Alongamento
Cor Cor Cor

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1.12. Defeitos pouco frequentes


Este tipo de teste tem como finalidade determinar o número de defeitos pouco frequentes do fio. Os
defeitos pouco frequentes influem diretamente na produtividade das tecelagens, gerando parada onde em
muitos casos está parada pode ser evitada de forma simples. O equipamento utilizado para medição
destes defeitos é o Classimat da Uster. As amostras por teste têm o comprimento de 100.000m.

Tabela de classificação dos defeitos

Possíveis origens das falhas


A1 Má condição de cardagem ou sala de abertura ou sujeira no fio.
A2 Má condição de cardagem ou sala de abertura ou sujeira no fio.
A3 Neps, penugem, matérias estranhas, elementos de saída do filatório sujos.
A4 Sujeira na zona frontal ao anel, resíduos voando da flauta.
B1 Danificando as fibras no processo, fuso (fil. Anel) sem separadores.
B2 Danificando as fibras no processo, fuso (fil. Anel) sem separadores.
B3 Sujeira nos viajantes, viajantes inadequados ou emendas malfeitas.
B4 Anel sujando.
C1 Má emendas nas latas (passadores/entrada maçaroqueira).
C2 Má emendas nas latas (passadores/entrada maçaroqueira).
C3 Má emendas no filatório de anel.
C4 Fibras flutuantes, voador ou procedimento incorreto.
D1 Fibras flutuantes.
D2 Problema do calibre de maçaroqueira, espaçador com problema.
D3 Penugem na mesa de anéis.
D4 Penugem na mesa de anéis.

E Fio duplo.

F Má emendas no fil. de anel, erros no processo.


G Má emendas no fil. de anel, erros no processo.

H1 Espula excêntrica em relação ao viajante e mesa de anéis, fuso excêntrico.


H2 Manuseio errado do material durante o processo de movimentação.
I1 Separação de partes da mecha antes da fiação.
I2 Separação de partes da mecha antes da fiação.

1.13. Estatística Uster


O fabricante de aparelhos para medição da qualidade na indústria têxtil Uster, elabora um trabalho de
globalização de valores das propriedades técnicas dos fios em todo o mundo, a primeira edição ocorreu em
1957 e desde então os valores por eles gerados são reconhecidos em todo o mundo como referência para
comparações de qualidade. Recebem amostras de todos os continentes e por fim compilam os resultados
deixando-os disponíveis para todos.

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Gráfico de CV% de massa para fio em cone para malharia, cardado e 100% algodão.

Estatística Uster 2013 – Exemplo fio open-end malharia 100% CO


Indicações de algumas propriedades de qualidade dos fios de trama e urdume de uma forma geral:
 Variação do título (CVt) ............................................................................................ < 2,0%
 Tenacidade à rotura (Fmax/tex) ........................................................................... >11,0cN/tex
 Variação da força de rotura (CVFmax)...................................................................... < 10,0%
 Alongamento à rotura (Emax) ..................................................................................... > 5,0%
 Variação do alongamento (CVEFmax)...................................................................... < 10,0%
 Pontos fracos................................................................................................ < 1 por 100.000m
 Pontos finos, pontos grossos e NEPS............................................. < 50% da estatística Uster
 Pilosidade (H) ................................................................................ < 50% da estatística Uster
 Variação da pilosidade entre embalagens H (CVb) .................................................... < 7,0%
 Valores defeitos pouco frequentes................................................. < 50% da estatística Uster

5. Assuntos Gerais:
1.14. Que fio deve comprar
Fios algodão Ne 8/1, Ne 20/1, Ne 24/1, Ne 26/1, Ne 28/1, Ne 30/1, Ne 32/1.
Fios PV: Ne 28/1, Ne 30/1.
Fios PA: Ne 28/1, Ne 30/1.
Elastano: 40 Den, 70 Den.
Poliéster/poliamidas texturizados: Dtex 70/48, Dtex 70/96, Dtex 100/48, Dtex 100/96, Dtex 150/48, Dtex
150/96, Dtex 167/48, Dtex 167/96. Opaco, semiopaco, brilhante.
É importante ter a definição das especificações técnicas do fio que deseja receber, por exemplo:

Fio 30/1 Malharia CV 100% anel


Propriedade Min Max
Titulo 29,4 30,6
U% 0 15
Ptos finos 0 10
Ptos grossos 0 50
Neps 0 90
Tenacidade 11 17
Alongamento 10 18
%
Torção/” 22 23

E encaminhar a especificação que deseja receber do fio para o fornecedor.

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Solicitar ao fornecedor do fio que envie o laudo de qualidade referente ao fio/lote que está recebendo e desta
forma poderá analisar os valores de qualidade apurados pelo controle de qualidade no processo do
fornecedor.

Fios para malharia são lubrificados (parafinados) e os fios para tecelagem não podem ser parafinados, pois
irão passar pelo processo de engomagem.
A finura do tear correta para o título do fio é importante para evitar problemas na qualidade, segue alguns
exemplos de finura por titulação ideal:
Tipo de malha Jersey Simples
Finura (galga) Fio de anel Fio open-end
16 --------------- 14/1 a 20/1
18 15/1 a 24/1 16/1 a 24/1
22 20/1 a 26/1 20/1 a 26/1
28 26/1 a 34/1 ---------------

1.15. Que fio deve vender


Como visto anteriormente existem especificações de fios para cada tipo de processo de tecimento, se o fio
tem destino de produção malharia ou tecelagem e qual o tecido que o mesmo será utilizado.
O Controle de estoque de fios deve atender os critérios de:
- Título
- Composição
- Sentido da torção
- Alfa de torção ou torções por metro ou torções por polegada
- Fornecedor
- Lote
- Cor/acabamento (se houver)
- Lubrificação (parafinagem)

1.16. Quais problemas podem ocorrer na tecelagem de malha circular.


Barramento– Analisar no fio
- Título irregular do fio.
- Pontos grossos ou pontos finos maiores que a especificação.
- Sentido da torção ou número de torções inadequadas (alfa da torção incorreto).
- Fio misturado (lotes ou fornecedores).
- Estocagem de fio, movimentação descontrolada do estoque, fio exposto ao tempo.
- Controle de umidade e temperatura no estoque de fios.
- Transporte de bobinas inadequadas.
- Lubrificação do fio inadequada.
Barramento– Analisar na máquina
- Cilindro desnivelado.
- Cilindro descentralizado.
- Paralelismo entre disco e cilindro.
- Anel de platinas descentralizado.
- Anel de guia fios descentralizado.
- Pulverização do lubrificante inadequado/desregulado.
- Sistema de alimentação positiva do fio desregulado ou sujo.
- Finura do tear inadequada ao título do fio.
- RPM elevado.

Buracos – Analisar no fio


- Pontos finos maiores que a especificação.
- Pontos grossos maiores que a especificação.
- Excesso de Nó

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Buracos– Analisar na máquina


- RPM elevado.
- Regulagem da tensão de entrada do fio.
- Regulagem da tensão puxamento da malha.
- Agulha desgastada.
- Platina desgastada.
- Guia fio desregulado.
- Controle de manutenção no jogo de agulhas e platinas.
- Temperatura e umidade na tecelagem.

Torção de malha (Inclinação das malhas) – Analisar no fio


- Torção do fio
- Sentido da torção
Torção de malha (Inclinação das malhas) – Analisar na máquina
- Tamanho do ponto (LFA).
- Regulagem de tensão de entrada do fio.
Caídos – Analisar no fio
- Pontos grossos maiores que a especificação.
- Pontos finos maiores que a especificação.
- Excesso de Nó
Caídos – Analisar na máquina
- Formação de “rolhas” no orifício do guia fio.
- Sistema de detecção de falta fio desregulado.
- Guia fio desregulado.
- Posicionamento dos abridores de linguetas.

Pilling – Analisar no fio


- Pilosidade
- Torção
Pilling – Analisar na máquina
- Regulagem do LFA (ponto frouxo).

Outros defeitos: Malha cortada, Malha corrida, malha dupla, marcas de agulha, fio puxado, voláteis ou
contaminações, quebras ou rugas, arqueamento, estabilidade dimensional, manchas de óleo.

1.17. Cuidados com armazenagem dos fios


Os níveis de temperatura e de umidade em geral no depósito de fios devem estar entre 65% de umidade e
25oC de temperatura com variações de 5%.

Outra informação de propriedades dos fios é o teor de água existente na fibra (Regain), fios expostos ao
ambiente seco natural perdem água e comprometem o seu andamento no processo da tecelagem.

Regain das fibras


Fibras Regain
Algodão 8,5%
Viscose 11,0%
Poliéster 4,5%
Poliamida 0%
Seda 11,0%
Lã 13,6%

Finalizando, a logística de movimentação dos lotes de fio necessita incondicionalmente que seja respeitado o
sistema FIFO (First In First Out) e os cuidados de empilhamento máximo e sentido das caixas.

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Fontes consultadas:
Identificação química das fibras – Vicunha.
Cadeia das principais fibras têxteis – ABRAFAS.
Principais utilizações do caroço do algodão, Cadeia do Algodão - ABRAPA.
Nomenclaturas e simbologias das fibras – ABNT NBR 12744.
Capacidades de colheita do algodão – Site fabricante John Deere.
Plantio do algodão – Site paraquat.com.
Importância dos indicares da qualidade do algodão – Site Embrapa.
Categorias de propriedades do algodão, Qualidade do fio, AFIS - FBET.
Controle de qualidade na indústria de malhas –Gary W. Smith - UNIDO

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