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3º ANO LABORAL
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Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 4
1.1.1. Geral .................................................................................................................. 4
1.1.2. Específicos......................................................................................................... 4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 5
2.1. Indústria Têxtil .......................................................................................................... 5
2.1.1.1 Água ..................................................................................................................... 7
2.1.1.2 Fibras têxteis ......................................................................................................... 7
2.1.1.2.1 Fibras naturais ................................................................................................... 8
2.1.1.2.2 Fibras químicas .................................................................................................. 8
2.1.1.3 Corantes ................................................................................................................ 9
2.1.2.1 Fiação ................................................................................................................. 10
2.1.2.2 Tecelagem ........................................................................................................... 10
2.1.2.2.1 Urdição ............................................................................................................ 10
2.1.2.2.2 Engomagem ..................................................................................................... 10
3. FORMAÇÃO DO TECIDO ....................................................................................... 12
4. TRATAMENTOS DO EFLUENTE TÊXTIL ........................................................... 15
4.1. ETAPA DE PRÉ – TRATAMENTO ...................................................................... 16
4.2. ETAPA DE TRATAMENTO PRIMÁRIO ............................................................. 17
4.3. ETAPA DE TRATAMENTO SECUNDÁRIO....................................................... 17
4.4. ETAPA DE TRATAMENTO TERCIÁRIO ........................................................... 19
4.4.1. ALGUNS TRATAMENTOS ALTERNATIVOS ................................................ 19
5.CONCLUSÃO ............................................................................................................. 20
6.BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 21
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1.INTRODUÇÃO
As indústrias têxteis são consideradas uma dos ramos industriais que mais contaminam
o meio ambiente. Estas utilizam uma elevada quantidade de água directamente nos
processos de lavagem, tingimento, amaciamento e outros, ocasionando grande impacto
ao meio ambiente, uma vez que os efluentes gerados apresentam uma diversidade de
produtos químicos e corantes. Além disso, a água é utilizada indirectamente para fazer
resfriamento, aquecimento ou produção de vapor em caldeiras.
Os despejos gerados variam de indústria para indústria, a composição destes vai
depender dos reagentes utilizados, processamento da matéria-prima (produção), número
e tipos de maquinarias e técnicas empregadas.
Nas indústrias têxteis, em quase todas as etapas de produção observa-se alguma maneira
de poluição ambiental. Dentre os principais contaminantes estão os corantes não fixados
nas fibras, produtos auxiliares do processo de tingimento, agentes de engomagem e os
tensoativos, oriundos da lavagem e, desta forma, na cadeia de produção têxtil, existem
diversas operações que geram resíduos sólidos, efluentes líquidos e gasosos.
Neste trabalho o foco de estudo será os efluentes líquidos devido ao seu alto grau
poluidor, que pode causar alterações nos corpos receptores, contaminando o solo e a
água, provocando consequentemente danos à vida aquática e a outros seres, como os
animais e humanos.
Estamos rodeados de uma imensa variedade de objectos das mais diversas formas,
materiais, cores, texturas, com as mais diferentes funções. Nesta variedade, encontra-se
um grupo que se apresenta de várias formas, cores, desenhos e texturas e funções
diferentes, mas com características em comum, que são objectos têxteis. Todos os
tecidos têm em comum o facto de serem produzidos a partir de fibras têxteis, através de
métodos de cruzamento e entrelaçamento regular de fios verticais e horizontais.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Apresentar o tratamento efluentes gerado numa fabrica de producao de tecido .
1.1.2. Específicos
Definir o tecido;
Identificar tratamento de efluentes ;
Descrever processo de producao;
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Podemos definir de uma forma simples, tecido como um produto artesanal ou industrial
resultante da tecelagem (entrelaçamento regular de fios verticais e horizontais) de fios
de por exemplo, lã, seda, algodão ou fibra natural, artificial ou sintética, com o
objectivo de ser usado na confecção de peças de vestuário, de artigos para o lar.
Segundo GALCERÁN tecido é o género obtido em forma de lâmina mais ou menos
resistente, elástico e flexível, mediante o cruzamento e entrelaçamento das duas séries
de fios, uma longitudinal e a outra transversal, ou seja, a teia e a trama. Só existe tecido
quando estes dois conjuntos de fios se cruzam entre si de acordo com uma regra a que
se chama de ligamento. Este vai proporcionar que a teia e a trama formem uma estrutura
coesa, consistente mas flexível. Tecido é um material planar porque a terceira dimensão
– a espessura – é muito inferior à teia e à trama. Os tecidos, além das suas funções
básicas, tornaram-se meios de comunicação. Um lento processo de evolução que passou
de região a região, de século a século.
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apenas algumas (somente fiação, somente tecelagem, somente beneficiamento ou
somente fiação e tecelagem).
A maior parte dos corantes fabricados destina-se a indústria têxtil, mas as indústrias de
artefatos de couro, papel, indústrias alimentícias, de cosméticos, tintas e plásticos
também possuem alta demanda destes produtos. Como a procura é muito grande e
diversa, os químicos são desafiados a produzirem corantes com características que
promovam boa fixação da coloração dos tecidos, oferecendo grande resistência aos
agentes que causam o desbotamento (ZANONI; CARNEIRO, 2001).
2.1.1 Matérias-primas
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2.1.1.1 Água
A demanda hídrica global é fortemente influenciada pelo crescimento da população,
pela urbanização, pelas políticas de segurança alimentar e energética, e pelos processos
macroeconómicos, tais como a globalização do comércio, as mudanças na dieta e o
aumento do consumo. Estima-se que entre 2000 e 2050 a demanda da indústria por água
crescerá até 400% (UNESCO, 2018), aumentando também a produção de resíduos e
efluentes industriais, que em muitos lugares contaminam e prejudicam a qualidade dos
rios e oceanos.
A água é usada na indústria têxtil de diferentes maneiras. Pode ser utilizada como meio
de transporte para os produtos químicos que são utilizados no processo, bem como para
a remoção do excesso daqueles produtos considerados indesejáveis (TWARDOKUS,
2004). Dentro de uma indústria têxtil, mais especificamente no beneficiamento, a água é
utilizada basicamente em todas as etapas, de modo direto nos processos de lavagem,
tingimento e amaciamento, e de modo indirecto para realizar aquecimento ou
resfriamento nos processos. Salem (2010) reforça esta importância da água no processo
têxtil afirmando que muitos dos problemas ocorridos no beneficiamento podem ter sido
provocados pela falta de qualidade da água, que não deve ser turva, conter impurezas
em suspensão ou mau cheiro. É de suma importância conhecer o pH, grau de dureza e o
conteúdo de metais pesados (MONTEIRO, 2018).
Toledo (2004) afirma que o potencial contaminante da indústria têxtil, em sua
totalidade, é considerado médio, sendo a tinturaria e o acabamento as etapas do
processo produtivo têxtil que com maior potencial contaminante.
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As fibras naturais podem ter origem animal, vegetal ou mineral; já as fibras químicas
consistem na transformação química de matérias-primas naturais (BASTIAN, 2009).
Pezzolo (2009) destaca que o algodão é a fibra mais antiga cultivada pelo homem,
resistindo há milénios e mantendo-se como a principal fibra têxtil do mundo por conta
de suas qualidades naturais, relacionadas ao conforto, maciez e durabilidade. O autor
complementa que a fibra de algodão é considerada a mais importante fibra do setor
têxtil devido a seu baixo custo, sua resistência superior à lã e seu tratamento químico
facilitado, que não requer grande preparação mecânica, o que facilita sua fiação,
tecelagem e manipulação.
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aproxime das características das fibras naturais. Ela recebe características fundamentais,
como absorção de umidade, resistência, maciez e flexibilidade. As principais fibras
sintéticas utilizadas na confecção são o poliéster, a poliamida e o acrílico. Devido ao
alto investimento da China em fábricas de fibras químicas, o preço do poliéster
diminuiu significantemente, colocando-o como a fibra mais consumida no Brasil
(SILVA, 2019; ABRAFAS, 2018
2.1.1.3 Corantes
Os corantes têxteis são compostos orgânicos ou inorgânicos, obtidos através de fontes
naturais ou sintéticas, que têm por finalidade dar cor às fibras sob condições de
processos predeterminados. Os corantes estão classificados de acordo com sua estrutura
química ou pelo modo com que o mesmo é fixado à fibra têxtil (ZANONI;
YAMANAKA, 2016). Porém, as mesmas características que conferem aos corantes a
capacidade de interagir com a superfície do material e permanecer ali inalterado por
períodos prolongados, podem ser responsáveis pela sua recalcitrância e toxicidade
(BANAT et al., 1996).
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2.1.2.1 Fiação
A partir das fibras, inicia-se o processo para obtenção do fio. As propriedades físicas
desta matéria-prima definem o processo de fiação a ser utilizado (FIEMG, 2014).
Tanto as fibras têxteis naturais quanto as fibras têxteis manufacturadas passam por
processos de fiação semelhantes, sendo iniciados pela etapa de preparação para a fiação;
posteriormente, passam por operações em que as fibras são abertas e limpas, orientadas
em uma mesma direcção, paralelizadas e torcidas de modo a se prenderem umas às
outras por atrito (FIEMG, 2014).
2.1.2.2 Tecelagem
Durante o processo de tecelagem, podem ser obtidos dois produtos distintos: o tecido
plano e a malha, obtidos a partir do emprego de processos de produção distintos,
conferindo diferentes características ao produto final como, por exemplo, a maior
flexibilidade e elasticidade da malha se comparada à resistência dos tecidos planos
(FIEMG, 2014). Entretanto, antes de ser iniciado o processo, os fios passam por um
tratamento prévio: a urdição e engomagem.
2.1.2.2.1 Urdição
2.1.2.2.2 Engomagem
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Consiste na impregnação e revestimento dos fios com substâncias adesivas, formando
um filme. A finalidade desta etapa é aumentar a resistência mecânica dos fios, tornando-
os mais lisos e sem fibras projectadas (BELTRAME, 2000).
2.1.2.2.4 Tecelagem
Quanto aos teares para tecidos planos, são divididos em três gerações. A primeira
comporta os modelos mais convencionais, em geral possuindo lançadeiras, trabalhando
em menor velocidade, com limitação para tecer artigos com mais de 140 cm, mas com
possibilidade de produzir qualquer tipo de tecido plano. Já os teares mais modernos,
podem ser subdivididos no grupo dos teares de segunda geração, que contempla os
teares de projétil e os teares de pinça, e, no grupo dos teares de terceira geração, que
contempla os mais modernos equipamentos, operando por jato de ar ou jato de água.
Estes teares possuem, como diferenciais, a alta velocidade de produção permitida, não
apresentam restrições quanto à largura dos tecidos, possibilitando atendimento às
exigências das grandes empresas confeccionistas, além de serem bastante eficientes no
processo produtivo (FIEMG, 2014). A Figura 3 ilustra um exemplo de tecelagem plana.
3. FORMAÇÃO DO TECIDO
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Estrutura.
De notar que, na estrutura, estão incluídas, além do ligamento (debuxo), duas variáveis
que dizem respeito directamente à teia e à trama, que são: a densidade de fio por
centímetro na teia e densidade de fios por centímetros na trama. Para desenvolver um
tecido é necessário destacar também a composição fibrosa, o título e a torção dos fios.
Para a formação de tecido é indispensável efectuar o cruzamento dos fios de teia com os
fios de trama. Para isso, e uma vez que a teia é previamente preparada com a totalidade
dos fios e o comprimento necessário à produção da quantidade desejada de tecido, só
existe uma solução para se realizar o respectivo cruzamento dos dois sistemas de fios: a
divisão dos fios de teia em dois planos diferentes, de forma a criar possibilidade de se
inserir um fio de trama entre eles. O espaço criado entre os dois planos diferentes
designa-se por cala. A cala vai permitir a abertura entre os fios pares e impares da teia
de maneira a que entre um fio de trama, ou seja, a teia é colocada através do pente e os
fios são mantidos com uma tensão constante, em sistemas rudimentares mais antigos. O
movimento vertical do pente permite a abertura da cala, por onde é passada a trama,
sucessivamente de um lado para o outro, entrelaçando-se, desta forma, os dois conjuntos
de fios.
O pente é a peça básica no tear pois permite levantar e baixar alternadamente os fios da
teia, para permitir a abertura da cala e a posterior passagem da trama. Para efectuar a
abertura da cala e a inserção da trama, de modo a realizar-se o debuxo pretendido, os
teares apresentam-se equipados com sistemas que actuam no movimento dos quadros
dos liços do tear. Podemos ter três aplicações para o desenvolvimento do ligamento:
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quadros dos liços poderá ser efectuado com a utilização de um sistema anterior,
consoante a exigência do ligamento.
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dimensões, pode aumentar ou diminuir de xerga para acabado em função do efeito
estético que se pretende obter e o destino do mesmo. Para realizar os movimentos
fundamentais foram sendo desenvolvidos vários sistemas, desde os mais simples e pré-
históricos aos que temos actualmente. Juntamente com sistemas de inserção de teia e
trama, desenvolveram-se outros movimentos designados como movimentos auxiliares:
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Existem diversos tipos de tratamentos de efluentes nas indústrias, entretanto citarei
apenas os mais utilizados. O despejo de efluentes líquidos sem devido tratamento pode
acarretar diversos efeitos aos corpos d’água receptores, tais como:
Geralmente, existem três mecanismos para o tratamento de águas residuais: (1) físico,
(2) químico e (3) biológico. Estes três mecanismos são realizados juntos em uma planta
de tratamento. As plantas de tratamento de águas residuais são divididas em quatro
grupos, que são classificados como: Pré-tratamento, tratamento primário, tratamento
secundário e tratamento terciário.
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(Demanda Química de Oxigênio), formação de odores desagradáveis e turbidez das
águas.
A floculação mecânica é outro processo físico que ajuda a misturar o efluente usando
pás. Ao misturar, as partículas pequenas aglomeram-se e são convertidas em partículas
mais pesadas e se decantam. As partículas formadas são coletadas como lodo.
Essa etapa de tratamento tem como finalidade a redução da matéria orgânica presente
nas águas residuais que passaram pelas fases de pré-tratamento e tratamento primário.
Nesse tratamento são utilizadas diferentes tecnologias, como lagoa aerada, filtração de
gotejamento, processo de lodo ativado e oxidação. [11,12] O mecanismo biológico tem
um papel importante no tratamento secundário, e esta associada à redução dos teores de
DBO, DQO, óleo, graxa e fenol no efluente. A matéria orgânica dissolvida é geralmente
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oxidada por bactérias aeróbicas, que a mesma pode ser utilizada como fonte de energia
e nutrientes. A matéria orgânica nitrogenada e dissolvida pode ser convertida em
amônia, metano, CO2 e água. A lagoa aerada é um dos tratamentos biológicos mais
utilizados, composta por um grande tanque. O efluente do tratamento primário passa por
aeração durante um período de 2 a 6 dias em tanques de aeração, que é possível
observar sua completa homogeneização. As águas residuais são tratadas em uma
reciclagem básica ou com reciclagem de sólidos. A DBO, os sólidos suspensos totais e a
remoção de fósforo podem ser alcançadas em lagoas aeradas. A principal desvantagem
desta técnica é o alto custo, requer um grande espaço e existe o risco de contaminação
bacteriana. Um filtro de gotejamento é outro método comum para remover a matéria
orgânica do efluente, em geral, opera sob condições aeróbicas. O efluente proveniente
do tratamento primário é pulverizado sobre o meio filtrante. O meio geralmente consiste
de pedras, cloreto de polivinila, resinas sintéticas e carvão. A superfície do meio do
filtro citada com microrganismos oxida a matéria orgânica no efluente em
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Figura 2. Etapas de tratamento do efluente industrial
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5.CONCLUSÃO
A segunda, após a revolução industrial, em que o trabalho passou a ser feito, quase
integral, por máquinas nas fábricas através do processo de linha de produção. Os ganhos
dessa fase foram a produção em massa dos tecidos.
Apesar disso, ainda hoje existem pessoas que se dedicam a tecelagem artesanal. Pessoas
que fazem sua renda através da costura, bordado, tricô, crochê e outras maneiras de se
confeccionarem peças de tecido manualmente.
A produção de tecidos, porém, começa bem antes que a etapa de costurar ou tramar os
fios. Ela começa na colheita da fibra animal ou vegetal, ou na produção da fibra
sintética, que é feita através de uma mistura química.
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6.BIBLIOGRAFIA
UNESCO. The United Nations world water development report 2019: leaving no
one behind. 978-92-3-100309-7. France, 2018.
ZANONI, M. V. B.; YAMANAKA, H. Corantes: caracterização química,
toxicológica, métodos de detecção e tratamento. 1. ed. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2016
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