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ENSINO A DISTÂNCIA

Educação
Licenciatura em

Física Basquetebol I
Carlos Alberto de Oliveira
Marcos Aurélio Schemberger

pONTA gROSSA / pr
2011
CRÉDITOS
Universidade Estadual de Ponta Grossa
João Carlos Gomes
Reitor

Carlos Luciano Sant’ana Vargas


Vice-Reitor

NUTEAD - UEPG Colaboradores Financeiros


Ariângelo Hauer Dias
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Coordenação Pedagógica Carlos Roberto Ferreira
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Conselho Consultivo Colaboradores em Informática


Pró-Reitor de Graduação - Graciette Tozetto Goes Carlos Alberto Volpi
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Jucimara Roesler

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Álvaro Franco da Fonseca - Ilustrador
Anselmo Rodrigues de Andrade Júnior - Designer Gráfico/Ilustrador
Ceslau Tomczyk Neto – Ilustrador
Ana Caroline Machado – Diagramação
Márcia Zan Vieira – Revisora
Rosecler Pistum Pasqualini - Revisora
Vera Marilha Florenzano – Revisora

Colaboradores Operacionais
Edson Luis Marchinski
Maria Clareth Siqueira

Todos os direitos reservados ao NUTEAD - Núcleo de Tecnologia e Educação Aberta e a Distância -


Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA


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Tel.: (42) 3220 3163
www.nutead.uepg.br
2009
APRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL

A Universidade Estadual de Ponta Grossa é uma instituição de ensino


superior estadual, democrática, pública e gratuita, que tem por missão responder
aos desafios contemporâneos, articulando o global com o local, a qualidade
científica e tecnológica com a qualidade social e cumprindo, assim, o seu
compromisso com a produção e difusão do conhecimento, com a educação dos
cidadãos e com o progresso da coletividade.
No contexto do ensino superior brasileiro, a UEPG se destaca tanto nas
atividades de ensino, como na pesquisa e na extensão Seus cursos de graduação
presenciais primam pela qualidade, como comprovam os resultados do ENADE,
exame nacional que avalia o desempenho dos acadêmicos e a situa entre as
melhores instituições do país.
A trajetória de sucesso, iniciada há mais de 40 anos, permitiu que a UEPG
se aventurasse também na educação a distância, modalidade implantada na
instituição no ano de 2000 e que, crescendo rapidamente, vem conquistando
uma posição de destaque no cenário nacional.
Atualmente, a UEPG é parceira do MEC/CAPES/FNED na execução
do programas Pró-Licenciatura e do Sistema Universidade Aberta do Brasil e
atua em 38 polos de apoio presencial, ofertando, diversos cursos de graduação,
extensão e pós-graduação a distância nos estados do Paraná, Santa Cantarina e
São Paulo.
Desse modo, a UEPG se coloca numa posição de vanguarda, assumindo
uma proposta educacional democratizante e qualitativamente diferenciada e
se afirmando definitivamente no domínio e disseminação das tecnologias da
informação e da comunicação.
Os nossos cursos e programas a distância apresentam a mesma carga
horária e o mesmo currículo dos cursos presenciais, mas se utilizam de
metodologias, mídias e materiais próprios da EaD que, além de serem mais
flexíveis e facilitarem o aprendizado, permitem constante interação entre alunos,
tutores, professores e coordenação.
Esperamos que você aproveite todos os recursos que oferecemos para
promover a sua aprendizagem e que tenha muito sucesso no curso que está
realizando.

A Coordenação
SUMÁRIO

■■ PALAVRAS DOS PROFESSORES 7


■■ OBJETIVOS & ementa 11

H istória e Evolução das Regras


e do jogo de Basquetebol  13
■■ seção 1- Conhecendo a História do Basquetebol  14
■■ seção 2- Noções Básicas das Regras da FIBA 19
■■ seção 3- Para compreender a mecânica do jogo de Basquetebol 32

basquetebol e seus Fundamentos


■■ seção 1- Controle do Corpo
47
49
■■ seção 2- Controle da Bola 50
■■ seção 3- Passes  51
■■ seção 4- Dribles 53
■■ seção 5- Arremessos 55
■■ seção 6- Rebotes 58

p ossibilidades metodológicas
63
para ensinar o jogo de Basquetebol
■■ seção 1- Algumas brincadeiras 67
■■ seção 2- Alguns Jogos 70
■■ seção 3- Alguns exercícios de Passe e recepção
com formação de figuras 73
■■ seção 4- Os Exercícios com Combinação de fundamentos 77
■■ seção 5- Trabalhando com os Jogos reduzidos e o Jogo Formal 80

■■ PALAVRAS FINAIS 85
■■ REFERÊNCIAS 87
■■ NOTAS SOBRE OS AUTORES 89
PALAVRAS Dos professores

“O esporte é uma necessidade individual e social, uma influência que se evidencia


cada vez mais dentre as atividades do homem. É fonte de saúde e de distração”.
(Moacyr Daiuto, 1974)

Prezado (a) Acadêmico (a):


Você vai iniciar sua viagem pelo mundo do Basquetebol. Um jogo
de 1891 que se institucionalizou e virou um dos esportes mais praticados no
mundo. De um simples cesto de colher pêssegos e uma improvisada bola de
futebol, chegamos ao aro retrátil, à tabela transparente e uma bola com a mais
alta tecnologia empregada na sua produção. Jogo para atender os interesses e
as necessidades dos jovens associados da YMCA, saiu dos Estados Unidos e
alcançou o mundo. O mundo aprendeu a praticá-lo e admirá-lo. Já se passou
mais de um século de sua invenção e ele continua jovem, dinâmico e atraente.
Continua a levar multidões aos ginásios e praças esportivas. Como conteúdo de
aulas de Educação Física continua entre os preferidos e o mais procurado. Hoje
não é mais surpresa quando vemos crianças, jovens e adolescentes improvisando
cestas, bolas e tabelas para praticá-lo na rua, nos quintais e até mesmo dentro
de casa. Quem não tem ou nunca teve uma tabela ou uma cesta pendurada na
porta do seu quarto? Em nossa viagem, você vai conhecer suas exigências físicas,
técnicas e táticas. Vai conhecer e interpretar as suas regras e vai ter possibilidade
de usar as nossas sugestões para aplicá-las em suas aulas, as quais também
darão a você possibilidades para criar e desenvolver novas formas de trabalho e
exercícios. Apesar de todas as suas exigências é possível fazer do Basquetebol
um jogo, como nos velhos tempos, uma atividade prazerosa nas suas aulas. Você
verá como é possível brincar de fazer cestas.

Um bom aproveitamento em seus estudos.

Carlos Alberto de Oliveira


Marcos Aurélio Schemberger
Dos Autores: Dedicamos este trabalho ao Professor Jaime Maurício da
Silva “Cabeção”, um dos pioneiros e mais premiados técnicos na história do
Basquetebol de Ponta Grossa.
OBJETIVOS & ementa

Objetivos
■■ Compreender o momento histórico em que a modalidade de Basquetebol foi

criada.

■■ Conhecer, definir e classificar seus fundamentos.

■■ Conhecer e saber aplicar as Regras do Basquetebol desde a iniciação à

formação de equipes.

■■ Conhecer os métodos para ensinar o Basquetebol.

■■ Conhecer as possibilidades metodológicas para ensinar o jogo de

basquetebol.

Ementa

■■ A História do Basquetebol. Compreender a mecânica do Jogo. As Regras da

FIBA. Os Fundamentos do Basquetebol. As Possibilidades metodológicas

para ensinar o jogo de Basquetebol.


História e Evolução das

UNIDADE I
Regras e do Jogo de
Basquetebol

Carlos Alberto de Oliveira


Marcos Aurélio Schemberger

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
O acadêmico deverá ser capaz de:

■■ Compreender a história e a evolução das regras e do jogo de basquetebol

e contextualizar com os nossos dias.

ROTEIRO DE ESTUDOS
■■ Seção 1: Conhecendo a História do Basquetebol

■■ Seção 2: Noções Básicas das Regras da FIBA

■■ Seção 3: Para compreender a mecânica do jogo de Basquetebol


Universidade Aberta do Brasil

PARA INÍCIO DE CONVERSA

A sua viagem na história do Basquetebol começa aqui. Vamos voltar


um século na história de uma das modalides esportivas mais praticadas
em todo o mundo. Você deverá compreender e entender a importância do
Basquetebol naquele momento. Uma atividade que atendesse aos interesses
dos jovens da Young Men Christian Association (YMCA). Você está prestes
a conhecer uma das mais brilhantes mentes da história do esporte, James
Naismith – o pai do Basquetebol. Será que o professor Naismith poderia
imaginar que um dia “sua modalidade” faria parte do programa olímpico
e levaria multidões aos ginásios de todo o mundo? Aproveite esse contato
com a história do Basquetebol e embarque seus alunos nessa viagem.

seção 1
Conhecendo a história do Basquetebol

O basquetebol foi inventado pelo professor canadense, radicado


nos Estados Unidos, James Naismith. Foi praticado pela primeira vez
em dezembro de 1891, na Young Men Christian Association (YMCA) de
Springfield no estado de Massachusetts.
Com a chegada do inverno, práticas como o futebol americano,
soccer, rúgbi e o beisebol eram impossíveis de serem realizadas ao
ar livre. Sem poder atender aos interesses da instituição e de seus
associados, a única alternativa para a época era oferecer aos alunos,
ginástica calistênica em um dos salões da YMCA. A falta de interesse
por essa atividade e a monotonia provocada pelas sessões de ginástica
calistênica diminuía cada vez mais o número de praticantes. Foi dentro
dessa realidade que o professor Naismith aceitou o desafio de criar uma
atividade para os seus alunos.
Recorrendo a alguns jogos de sua infância, Naismith idealizou o
jogo partindo da ideia de que “bola e alvo” seriam um grande atrativo.
De posse de uma bola de futebol, dois “cestos” usados para a colheita

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unidade 1
Basquetebol I
de pêssegos e o rascunho de 13 regras, o professor Naismith levou os
seus alunos ao salão de ginástica e ofereceu a “novidade”: acertar a
bola dentro do cesto. Estava inventado o basquetebol. O jogo da bola
ao cesto.
De acordo com o retrato realizado por Moacyr Daiuto (1991) em
seu livro Basquetebol: Origem e Evolução, queremos destacar aqui
alguns fatos interessantes e significativos para a história deste jogo, que
hoje é praticado em quase todo mundo:

O Alvo/ Meta
A ideia inicial de James Naismith seria utilizar duas caixas de
45 cm de diâmetro como alvo. Felizmente, para o jogo, as duas caixas
não existiam e em seu lugar foram utilizados os dois cestos de colher
pêssegos que coincidentemente tinham as mesmas medidas das caixas
sugeridas. Este é o fato que deu origem ao nome jogo: basket (cesta /
cesto) e ball (bola), que no português fica basquetebol.
As cestas foram colocadas a uma altura de 3,05m e até hoje esta é
a distância do aro até o chão.

A Bola
No período entre 1.891 e 1.893, o basquetebol foi praticado com
uma bola de futebol. O seu revestimento em couro atrapalhou e dificultou
o seu manuseio. Uma segunda tentativa foi utilizar apenas a câmara
de ar da bola de futebol, que também não surtiu o efeito desejado, era
leve.

As Tabelas
Não se pensou inicialmente no uso de tabelas, e foram colocadas
apenas as cestas na galeria do ginásio. Exatamente na linha em que
dividia o primeiro do segundo piso. A ideia foi dos próprios jogadores,
criar um aparato para impedir que a bola caisse nas galerias, o que
causava sérios aborrecimentos. As primeiras tabelas eram confeccionadas
em arame.

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unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Você sabia que Naismith partiu de 13 regras


para construir o seu jogo?

As 13 Regras Iniciais de Naismith

Art.1º - A bola deve ser atirada em qualquer direção com uma ou


ambas as mãos;
Art.2º - A bola pode ser batida em qualquer direção com uma ou
ambas as mãos (nunca com os punhos cerrados);
Art.3º - O jogador não pode correr com a bola. Ele é obrigado a
atirar do lugar onde a recebeu; somente lhe é permitido dar passos com a
bola quando estiver tentando parar, depois de recebê-la na corrida;
Art.4º - A bola deve ser segura pelas mãos; os braços ou o corpo não
devem ser usados para auxiliar o recebimento da bola;
Art.5º - Não é permitido empurrar, segurar, trançar os pés ou tocar
ao adversário; a primeira infração deste artigo, por parte de qualquer dos
jogadores, será contada como falta; a segunda o desclassificará;
Art. 6º - Considera-se falta bater na bola com os punhos cerrados,
havendo transgressão dos art. 3º, 4º e 5º;
Art.7º - Se os componentes de um dos quadros praticarem três
faltas consecutivas contar-se-á uma cesta para o adversário (entende-se
por “faltas consecutivas” o caso dos adversários não haverem cometido
nenhuma falta nesse meio tempo);
Art.8º - Uma cesta é feita quando a bola é atirada ou batida do
campo para dentro da cesta, ali permanecendo sem que qualquer dos
defensores da cesta tenha tocado na mesma. No caso da bola ficar sobre

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unidade 1
Basquetebol I
a cesta e o adversário tocá-la, será marcado ponto;
Art.9º - Quando a bola sai do campo, será devolvida pelo primeiro
jogador que se apossar dela. Em caso de disputa, o fiscal a jogará no campo.
O jogador que vai repor a bola em campo tem cinco segundos para fazê-lo,
depois do que será dada ao adversário. Se qualquer dos quadros persistirem
em demorar o jogo, o fiscal deverá marcar falta contra o mesmo;
Art.10º - O fiscal – “juiz dos homens” – observará principalmente
os jogadores, devendo anotar as faltas e notificar o árbitro quando forem
feitas três consecutivas. Ele tem poderes para desclassificar jogadores, de
acordo com o art.5º;
Art.11º - O árbitro – “juiz da bola” observará principalmente a bola,
decidirá quando a mesma está em jogo, a que quadro pertence e marcará
o tempo de jogo. Decidirá ainda quando é feita uma cesta, contará as
mesmas e desincumbir-se-á das demais obrigações comumente atribuídas
aos juízes;
Art.12º- O tempo de jogo será de dois períodos de quinze minutos
de cada um, com cinco minutos de intervalos;
Art.13º - O quadro que fizer maior número de pontos durante esse
tempo será declarado vencedor. Em caso de empate, por acordo entre os
capitães, a partida será prorrogada até que seja feita uma cesta.

As Características e os Princípios Básicos que deram origem ao jogo idealizado por


James Naismith em 1891.

Características Princípios
• Comportasse grande número de • Bola seria esférica e grande.
jogadores. • O jogador não poderia correr
• Pudesse ser adaptado a com a bola.
qualquer espaço. • A bola deveria ser passada com
• Servisse de exercício completo. as mãos.
• Fosse atraente. • Seria proibido o contato
• Não fosse violento. corporal.
• Fosse fácil de aprender. • A meta seria colocada
• Fosse científico, para lograr horizontalmente.
interesse geral.
Moacyr Daiuto (1991). Basquetebol: Origem e Evolução.

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unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

O Basquetebol chega ao Brasil

O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a conhecer e praticar o Basquetebol. Chegou ao
nosso país no ano de 1.896. Foi o professor Auguste Farnham Shaw que introduziu o Basquetebol no
Colégio Mackenzie em São Paulo.

A inclusão do Basquetebol no Programa Olímpico


O Basquetebol masculino estreou em Jogos Olímpicos no ano de 1936, na Olimpíada de
Berlim, Alemanha. Já o basquetebol feminino foi incluído em Jogos Olímpicos somente quarenta anos
após a estreia do Basquetebol masculino, no ano de 1976, em Montreal no Canadá. Em 1.992, nos
Jogos Olímpicos de Barcelona, na Espanha, foi liberada a participação dos atletas da NBA em uma
olimpíada.

Teste os seus conhecimentos


1. Justifique o nome do jogo.
2. Quais são os dois fatos considerados golpes
de sorte de Naismith na criação do jogo?
3. Como se deu a inclusão do Basquetebol nos
Jogos Olímpicos?

Sugestões de Leitura
- Basquetebol: Origem e Evolução. Moacyr Daiuto.
- Sítio da Confederação Brasileira de Basquetebol
www.cbb.com.br

PARA NÃO ESQUECER!

ANO REFERÊNCIA ACONTECIMENTOS


1891 Surge o basquetebol nos Estados Unidos.
O basquetebol chega ao Brasil no Colégio
1896
Mackenzie de São Paulo.
Fundação da Federação Internacional de
1932
Basquetebol - FIBA.
O basquetebol masculino é incluído na
1936
Olimpíada de Berlim Alemanha.
O basquetebol feminino é incluído na
1976
Olimpíada de Montreal no Canadá.
Liberação dos atletas da NBA para
1992 participarem dos Jogos Olímpicos realizados
em Barcelona na Espanha.

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Basquetebol I
seção 2
Noções Básicas das Regras da FIBA

Depois da popularização do Basquetebol nos Estados Unidos, a


modalidade ganhou o mundo, chegou à Europa e América. Em 1932, com
a criação da Federação Internacional de Basketball (FIBA) é padronizada
as regras para os países filiados. Como particularidade, vale destacar que
desde 1948, com a fundação da National Basketball Association (NBA),
a liga profissional americana tem códigos e regulamentos próprios
utilizados apenas nas competições realizadas nos Estados Unidos da
América (Jogos da NBA). O basquetebol no Brasil é regido pelas regras
oficiais da FIBA, que tem como filiadas a Confederação Brasileira de
Basquetebol (CBB), as Federações Estaduais e, em instâncias inferiores,
as Ligas Municipais.

Noções Básicas da Regras da FIBA


“O basquetebol é jogado por duas equipes de cinco jogadores cada. O objetivo de cada equipe é
o de marcar pontos na cesta do adversário e evitar que a outra equipe obtenha a posse da bola
ou faça pontos. A bola poderá ser passada, arremessada, batida por tapas, rolada ou driblada em
qualquer direção, respeitadas as restrições dispostas nas regras” (Regra 1 - FIBA 2006).

Particularidades das Regras do Basquetebol

Regulamentação Geral:
Quadra de Jogo:
O jogo será realizado em uma quadra de 28m x 15m. As tabelas
possuem 1,80m x 1,05m, com a borda inferior distante 2,90m do solo.
As tabelas estão projetas 1,20m dentro da quadra. O aro, de cor laranja,
fica distante 15 cm da tabela e 3,05m do chão. A rede e um acessório
indispensável.

Composição da equipes:
Doze (12) jogadores: cinco (05) titulares e sete (07) reservas. Um
atleta será indicado como capitão.

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Universidade Aberta do Brasil

Duração da partida e seus intervalos:


Duração: quarenta (40) minutos cronometrados, divididos em 04
períodos de 10 minutos.
Intervalos:
Do 1º para o 2º período  2 minutos de intervalo.
Entre o 2º e o 3º período  15 minutos de intervalo.
Do 3º para o 4º período  2 minutos de intervalo.

Como iniciar um Jogo:


Com uma disputa de bola ao alto no círculo central. O jogo não
poderá começar se uma das equipes não estiver em quadra com 05
jogadores prontos para jogar.

Cestas e seus valores:


Lance livre: 01 ponto. Cestas de Campo: 02 ou 03 pontos.

Jogo empatado:
Não haverá empates. Acrescentar períodos extras de 05 minutos
quantos forem necessários para desfazer o empate.

Faltas Individuais e suas consequências (limites de faltas individuais):

Cinco (05) faltas - na 5ª falta o atleta será excluído.

Faltas Coletivas e suas consequencias (limites de faltas por equipes):


Quatro (04) faltas por período, após a 4ª falta, toda falta fora do ato
do arremesso será penalizada com 02 lances livres.

Solicitação de Tempos e critérios para sua utilização:


Cinco (05) pedidos de tempos.
Dois (02) pedidos durante o 1º e o 2º período de jogo.
Três (03) pedidos durante o 3º e o 4º períodos de jogo.
Um (01) pedido de tempo para cada período extra.

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unidade 1
Basquetebol I
Você sabia?
As infrações no Basquetebol dividem-se em
1. Violações
2. Faltas

Violações no basquetebol

Violação é uma infração às regras. A equipe que comete uma


violação será punida com a perda da posse de bola. Após uma violação, a
reposição será de fora para dentro da quadra, no ponto mais próximo ao
local da infração.

Tipos de Violações
Regra dos 3 Segundos
Nenhum jogador da equipe que tem o controle da bola poderá
permanecer mais de três segundos consecutivo na área restritiva (garrafão)
do adversário. As linhas que limitam a área restritiva são partes dela e um
jogador que as toca estará na área.

Regra dos 5 segundos - Jogador Marcado de Perto


Um jogador marcado de perto (menos de um passo) que estiver
segurando a bola deverá: passar, arremessar, rolar ou driblar a bola dentro
de cinco segundos.

Regra dos Oito Segundos


Quando uma equipe ganha o controle de uma bola viva dentro de sua
zona de defesa, deverá ultrapassar o meio da quadra em oito (08) segundos.

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unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Regra dos 24 segundos


Determina o tempo de posse de bola de cada equipe. A equipe que
não fizer uma tentativa de arremesso em 24 segundos cometerá uma
violação.

Bola retornada a zona de defesa


Quando a bola ultrapassar o meio da quadra não poderá mais
retornar para o campo de defesa.

Andar
Com posse de bola movimentar-se sem driblar.

Dois Dribles
Driblar, interromper o drible e driblar novamente.

Drible Ilegal
Utilizar simultaneamente as duas mãos durante um drible.

Pé Bola
Tocar a bola com os pés.

Conduzir
Driblar realizando movimentos debaixo para cima. Iniciar o drible
com a mão embaixo da bola.

Tocar as linhas da quadra


O jogador com posse de bola não poderá ter contato com as linhas
demarcatórias da quadra.

Faltas no basquetebol
Falta é uma infração às regras quando existe contato pessoal com um
adversário e/ou comportamento antidesportivo. Toda a falta é registrada
na súmula.

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unidade 1
Basquetebol I
TIPOS DE FALTAS
Tipos de Faltas e como serão anotadas na súmula:

Tipos de Faltas Anotação na Súmula de Jogo


Falta Pessoal Com um P.
Falta Dupla Com um P.
Falta Antidesportiva Com um U.
Falta Desqualificante Com um D.
Falta Técnica Com um T.

Quando ocorre:
A) Falta Pessoal (P)
Uma falta pessoal acontece quando existe contato com um adversário.
Exemplo: segurar, empurrar, carregar, agarrar, impedir a movimentação
do adversário usando mão, braço, cotovelo, ombro, quadril, perna, joelho
e pé.
Punição:
Em um jogador que não está arremessando:
a) Reposição de fora para dentro da quadra na lateral ou no fundo.
b) Após o limite de faltas coletivas: dois (2) lances livres.
Em um jogador que está arremessando:
a) Caso a cesta seja convertida: um (01) lance de bonificação.
b) Caso a cesta não seja convertida: dois (2) ou três (3) lances livres.

B) Falta Dupla (P).


Uma falta dupla acontece quando dois oponentes provocam contato
ilegal simultâneo. Ou seja, cometem e sofrem falta ao mesmo tempo.
Punição:
Será registrada na súmula, uma falta pessoal para cada jogador e
nenhum lance livre será concedido.
Reinício do jogo:
a) Em caso de cesta de campo válida, a reposição será no fundo da
quadra;
b) Se uma equipe tinha o controle da bola ou tinha direito à bola,
permanece com a bola para reposição na lateral ou no fundo;
c) Se nenhuma equipe tinha o controle da bola, deverá ser aplicada
à regra da posse alternada.

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unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

C) Falta Antidesportiva (U)


Uma falta antidesportiva é caracrterizada por uma falta dura -
contato excessivo, segurar, bater, chutar, ou deliberadamente empurrar
um adversário. Segundo a FIBA “... se um defensor provocar o contato
por trás ou lateralmente numa tentativa de parar um contra-ataque e for
o último defensor entre o atacante e a cesta, o contato deverá ser julgado
como antidesportivo” (CBB, 2008).

Punição:
Deverá ser marcada uma falta antidesportiva (D) contra o infrator.
Se não está em ato de arremesso:
Dois lances livres mais posse de bola no meio da quadra;
Se estiver em ato de arremesso:
1ª situação:
Caso a cesta seja convertida será computada, e um (1) lance livre
será concedido mais a posse de bola no meio da quadra;
2ª situação:
Caso a cesta não seja convertida, serão concedidos dois (02) ou três
(03) lances livres mais posse de bola no meio da quadra.

D) Falta Desqualificante (D)


Uma falta será desqualificante quando houver contato flagrantemente
antidesportivo por um jogador, substituto, técnico, assistente técnico ou
acompanhante de equipe.
Punição:
Uma falta desqualificante deverá ser marcada contra o infrator. Ele
deverá ser desqualificado e deverá deixar a quadra não podendo ficar
no banco de reservas. Lances livres serão concedidos para o oponente,
seguidos de posse de bola no meio da quadra. Falta com caráter agressivo
(físico ou moral), ou ainda uma sucessão ou reincidência de outras faltas
antidesportivas.

E) Falta Técnica (T)


Uma falta técnica não envolve contato com um jogador adversário,
mas acontece com o uso de linguagens ou gestos que possam ofender
a equipe de arbitragem e/ou espectadores, atrasarem o jogo, deixar a

24
unidade 1
Basquetebol I
quadra sem autorização, etc.
Punição:
Uma falta técnica será aplicada contra o infrator.
Dois (02) lances livres serão concedidos aos oponentes, seguido da
posse de bola no meio na quadra.

Se a falta técnica for aplicada contra o banco de reservas serão anotadas para o técnico (C ou
B) e dois (02) lances livres serão concedidos mais à posse de bola no meio da quadra. Quando a Falta
for aplicada direta ao técnico será anotada com um C. Quando a falta for de um componente do banco
de reservas será anotado com B.

Jogo perdido por desistência


Uma equipe perderá o jogo por desistência se:
a) Recusar-se a jogar após ter sido instruída a fazê-lo pelo árbitro.
b) Por suas ações impedir que a partida seja jogada.
c) Quinze minutos após o horário previsto para o início do jogo,
a equipe não estiver presente ou não tiver como apresentar cinco
jogadores.
Punição:
O oponente é declarado vencedor e o placar será de vinte a zero (20
x 00). Além disso, a equipe desistente deverá receber zero (0) ponto na
classificação.

Jogo perdido por número insuficiente de jogadores

Uma equipe perderá o jogo por insuficiência de jogadores caso,


durante o jogo, o número de jogadores desta equipe na quadra for menor
que dois.

Punição:
Caso a equipe para a qual a vitória será dada estiver vencendo a
contagem, o placar no momento da paralisação será mantido. Se a equipe
declarada vencedora não estiver à frente, o placar será registrado como

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unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

dois a zero (02 x 00) ao seu favor. Além disso, a equipe que não tiver número
suficiente de jogadores deverá receber um (1) ponto na classificação.

Bola ao alto e o Processo de Posse Alternada


O processo de posse alternada é a maneira de fazer a bola tornar-
se viva através de uma reposição ao invés de uma bola ao alto. Em todas
as situações de bola ao alto as equipes terão a posse da bola para uma
reposição no local mais próximo onde ocorreu à situação de bola ao alto. A
equipe que não obtém o controle da bola, na bola ao alto, inicial começará
o processo de posse alternada. A equipe que tem o direito à próxima bola
de acordo com o processo de posse alternada ao final de qualquer período
começará o próximo período com a reposição na linha central estendida,
do lado oposto à mesa de controle.

Para as principais competições da FIBA, as dimensões serão 28m de


comprimento e 15 metros de largura, medidas da margem interna das
linhas limites. Para outros eventos, as dimensões serão 26m de
comprimento por 14m de largura. A altura do teto do ginásio de
esportes ou da obstrução mais baixa será de no mínimo 7m. As linhas
deverão todas ser desenhadas com a mesma cor, preferencialmente
branca, com 05 cm de largura.
As cestas de 03 pontos serão conquistadas com arremessos de
no mínimo 6,25m do centro do aro. Essa regra só vigorou oficialmente a
partir de 1985.
Segundo Moacyr Daiuto (1991), a primeira regra esclarece que o
número de jogadores componentes de uma equipe poderia
variar de três a quarenta, dependendo principalmente das
dimensões da quadra, mas que o jogo seria mais científico
quando disputado por menor número de jogadores e mais
interessante quando o número fosse maior.
Ainda segundo o referido autor, em 1891, era recomendado o número de nove jogadores para
cada equipe; um ano depois já era permitido optar por sete ou cinco jogadores; e, finalmente, em 1897,
foi fixado em cinco jogadores para cada equipe. Com o objetivo de facilitar o controle das súmulas, foi
determinada a colocação de números nas camisas dos jogadores. A partir de 1952, tornou-se obrigatória
numeração de 3 a 14. As equipes usarão números de 04 a 15. Em 1936, foram criadas duas categorias
de jogadores: até 1.90m de altura e acima de 1,90m. Nesse mesmo ano, essa decisão, que não teve
boa aceitação, foi revogada.

26
unidade 1
Basquetebol I
Os Sinais de Arbitragem utilizados durante o jogo

GESTO SIGNIFICADO ILUSTRAÇÃO

Rotação dos braços na


Andar.
altura do peito

Movimentos
alternados de sobe e Dois dribles.
desce dos braços

Com o dedo indicador


apontar para a zona
Volta da bola.
de defesa e zona de
ataque de uma equipe

Apontar o pé com o
Pé bola.
dedo indicador

27
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Com três dedos


estendidos apontar a
Três segundos.
área restritiva de uma
equipe

Contato ilegal do
Apontar com o dedo atleta com as linhas
indicador as linhas da demarcatórias da
quadra quadra estando com
posse de bola.

Ultrapassou o limite
Tocar o ombro com a dos 24 segundos para
ponta dos dedos uma tentativa de
arremesso.

Demorar o limite de
08 segundos para
Mostrar estendidos
ultrapasssar da zona
oito dedos
defesa para a zona
ataque.

Fazer rotações com o Solicitar um novo


dedo indicador acima período de 24
da cabeça segundos.

28
unidade 1
Basquetebol I
Polegares estendidos
Bola presa.
acima da cabeça

Cruzar os braços
flexionados na altura Substituições.
do peito

Formar um T com o
dedo indicador de
Pedido de tempo.
uma das mãos e a
palma da outra

Braço acima da
cabeça com a mão Violação.
espalmada (aberta)

Braço acima da
cabeça com o punho Falta pessoal.
cerrado (fechado)

29
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Formar um T com os
dedos de uma das
Falta técnica.
mãos e a palma da
outra

Formar um C com
Falta técnica do
o dedo polegar e
técnico no banco de
indicador de uma das
reservas.
mãos

Segurar um dos
punhos cerrados
Falta antidesportiva.
(fechado) acima da
cabeça

Erguer os dois braços


com os punhos
Falta desqualificante.
cerrados (fechados)
acima da cabeça

Acenar com os punhos


cerrados (fechados) Falta dupla.
acima da cabeça

30
unidade 1
Basquetebol I
Bater no punho Uso ilegal das mãos.

Duas mãos no quadril Bloqueio.

Três dedos estendidos


Tentativa de 03
de uma das mãos
pontos.
acima da cabeça

Três dedos estendidos


Três (03) pontos
de cada uma das
válidos.
mãos acima cabeça

Adaptado do Livro de Regras FIBA. 2006.

31
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Sugestões de leituras

- Regras Oficiais de Basketball e Manual dos Árbitros, Federação Paranense de Basquetebol.


- Sítio da Confederação Brasileira de Basquetebol: www.cbb.com.br⁄arbitragem
- Sítio da FIBA: www.fiba.com

Teste seus conhecimentos:


• Qual é a duração da partida e de seus intervalos?
• Qual o limite de faltas individuais e coletivas e suas consequências?
• Qual o número mínimo de jogadores para iniciar uma partida? Quais as consequências para
a equipe que não cumprir a exigência da regra?
• Quais são os tipos de falta?
• Cite e explique cinco violações.

seção 2
Para compreender a mecânica
do jogo de Basquetebol

O Basquetebol exige de seus praticantes no minímo, entre outras,


uma boa condição física, técnica e tática. Será com essas três variáveis
que todo professor deverá trabalhar.
O trabalho físico refere-se às exigências físicas da modalidade.
É fundamental um trabalho para desenvolver as capacidades físicas
necessárias a sua prática, tais como: a resistência, a força, a velocidade,
a flexibilidade e a coordenação. O trabalho físico deverá respeitar as
fases de crescimento e desenvolvimento do candidato à aprendizagem

32
unidade 1
Basquetebol I
do basquetebol. Respeitar os seus limites é dar atenção as suas
características, interesses e necessidades. A preocupação também será
com as possíveis lesões que possam ocorrer. Um bom trabalho físico
evita e poderá previnir uma série de lesões. O trabalho priviligiando a
coordenação será fundamental e de primeira importância. Um aluno bem
coordenado terá maior facilidade no trabalho técnico. A coordenação é
a base e a sustenção da técnica.
O trabalho técnico envolve os fundamentos da modalidade. São
fundamentos do basquetebol: o controle do corpo e da bola, os diversos
tipos de passes e a recepção da bola, as várias maneiras de driblar, as
formas de arremessos e os tipos de rebotes.
O trabalho tático será desenvolver os sistemas de jogo. Os sistemas
nada mais são do que as formas de atacar e defender. São os sistemas
defensivos e ofensivos. Basicamente, podemos dizer que existem dois
sistemas básicos de defesa: sistema de defesa individual e sistema de
defesa por zona. Os demais sistemas de defesa nada mais são do que a
utilização dos sistemas zona e individual em combinações diferentes. Se
existem dois sistemas básicos de defesas podemos afirmar que existem,
também basicamente, duas maneiras de atacar: ataque contra zona ou
ataque contra individual.

Para compreender o jogo de basquetebol.

A quadra de jogo
O jogo será realizado em uma quadra de 28m x 15m. A linha que
divide a quadra em duas metades iguais define a zona de ataque e de
defesa de uma equipe.

33
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

01. A quadra oficial de Basquetebol

02. A quadra oficial e suas Linhas Imaginárias


Corredores Imaginários: Longitudinal.
Dois corredores / setores.
a) Corredor direito.
b) Corredor esquerdo.

03. A quadra oficial e suas Linhas Imaginárias


Corredores Imaginários: Longitudinal.
Três corredores / setores.
a) Corredor direito.
b) Corredor central.
b) Corredor esquerdo.

34
unidade 1
Basquetebol I
04. A quadra oficial e suas Linhas Imaginárias
Zonas Imaginárias: Transversal.
Divisão em duas áreas – plano transversal (paralelo à linha de
fundo).
a) Zona em cima.
b) Zona embaixo.

35
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

A referência utilizada para estabelecer o lado direito e esquerdo da quadra é o praticante estar
de frente para a sua cesta de ataque e de costas para a cesta de defesa.
A ocupação da quadra e a distribuição dos atletas serão definidas de acordo com o material
humano disponível, as estratégias adotadas e os sistemas utilizados pela equipe.

Basicamente, uma equipe de Basquetebol será formada por:


Armadores.
Laterais ou Alas.
Pivôs.

Para definirmos e identificarmos cada uma das posições deve-se


considerar as condições fisicas e técnicas de cada praticante.

Armadores
São líderes natos. Organizam a equipe nas situações de ataque e
defesa. Identificam os sistemas de defesa adversária. São responsáveis
pelos movimentos iniciais de ataque e orientam a sua própria equipe para
uma postura defensiva. Possuem bom domínio de todos os fundamentos:
sabem driblar em qualquer situação, possuem bons arremessos de média
e longa distância, sabem infiltrar (bater a bola e entrar no garrafão), tem
facilidade em passar, capacidade para decidir entre passar e arremessar.
É o homem que leva a bola para o ataque quando enfrenta uma defesa
posicionada. Nos sistemas de defesa por zona, geralmente atuam nas zonas
de cima. Contra defesa individual, geralmente tem a responsabilidade de
marcar o armador da equipe adversário.

Laterais ou Alas
São os homens que iniciam o contra-ataque. Bom arremessador de
curta, média e longa distância. Sabem atuar nos dois corredores laterais.
Utilizam com facilidade as fintas e os cortes em L e V para infiltrar no
garrafão adversário. São responsáveis em auxiliar nos rebotes ofensivos
como defensivos.

36
unidade 1
Basquetebol I
Pivôs
São os homens responsáveis diretos pelos rebotes ofensivos e
defensivos. De modo geral, atuam perto das cestas (na área restritiva).
Geralmente atuam de costas para as cestas. Bom arremesso de média
e curta distância. Bom trabalho de pernas. Jogador que oferece grande
dificuldade para ser marcado. Protegem bem a bola. Atua como trailler
(último homen do contra-ataque) na organização na e finalização dos
contra-ataques.

A equipe na Defesa:

Uma equipe na defesa poderá fazer opções pelos seguintes sistemas


de defesa:
Defesa Indidual.
Defesa por Zona.
Defesa Mista.
Defesa Pressão.

A) Defesa Individual:
É o primeiro passo para aprender defender. É o sistema mais simples
para aprender e ensinar. É a situação de um defensor contra um atacante.
Definimos um jogador de defesa para um determinado atacante.
Suas variações:
Simples.
Ajuda.
Flutuação.
Antecipada / Linha da bola.
Com troca de marcação.

B) Defesa Zona
A defesa por zona tem como particularidade estabelecer e definir
uma região ou uma área especifica para cada jogador na defesa.
Estabelece uma área defensiva, ao contrário da defesa individual que
define um defensor para cada atacante.
Suas variações:

37
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Defesas Zonas Pares


Zona: 2.1.2
Zona: 2.3
Zona: 2.2.1

Defesas Zonas Ímpares


Zona: 1.3.1
Zona: 1.2.2
Zona: 3.2

C) Defesa Mista ou Combinada


Utilização dos princípios da defesa individual e por zona ao mesmo
tempo.
Suas variações:
Box and one - Quadrado e um.
Quatro marcando por zona em forma de quadrado e um marcando
individual.

Diamond and one - Diamante e um.


Quatro marcando por zona em forma de losângulo - diamante - e
um marcando individual.

Triangle and two - Triângulo e dois.


Três marcando por zona em forma de triângulo e dois marcando
individual.

D) Defesa Pressão
Provoca situação de dois contra um.
Suas variações:
Zona.
Individual.
Posicionamento em relação à quadra:
Quadra inteira.
Três quartos da quadra.
Meia quadra.

38
unidade 1
Basquetebol I
PARA DEFENDER BEM

Independente do sistema de defesa


escolhido, alguns fundamentos individuais
de defesa devem ser considerados:
a) Atuar sempre na posição básica de defesa. Adotar uma posição
baixa, para uma maior capacidade de reação.
b) Movimentar-se ou deslocar-se sem desmanchar a posição básica
de defesa. Nunca aproximar os calcanhares.
c) Procurar sempre uma posição de costas para a cesta que você
defende e de frente para o atacante.
d) Procurar ficar entre o atacante e a cesta.
e) Quando marcar um atacante com posse de bola manter uma
distância equivalente ao tamanho do próprio braço estendido.
f) Não se preocupar em roubar a bola, fazer movimentos para
atrapalhar o adversário.
g) Empurrar o atacante para os corredores laterais.
h) Diminuir os seus espaços. Oferecer as laterais e o fundo da
quadra para diminuir os seus ângulos.
i) Não perder a bola de vista.
j) Retornar para quadra de defesa olhando a bola. Não virar as
costas para a bola.
l) Oferecer ajuda ao companheiro que está marcando do lado da
bola.
m) Marcar um pivô antecipando-o, isto é, colocar-se na linha da
bola.
n) Cuidar com as trocas de marcação, defensor poderá ficar em
desvantagem física, técnica, tática e estratégica em relação ao
atacante.
o) Sempre marcar o seu e se possível mais um. Ajudar sempre.
p) Quando marcar por zona não abandone a sua área pré-
determinada sem necessidade.
q) Quando marcar individual não corra atrás do seu atacante, use
atalhos.
r) Sempre que estiver defendendo esteja preparado para atacar.

39
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

A equipe no Ataque
Uma equipe no ataque deverá estar pronta para enfrentar as possíveis variações defensivas
do adversário: Individual, Zona, Mista ou Pressão. As características de sua equipe no ataque também
dependem do material humano disponível.

As principais formações ofensivas:


A) Formação Ofensiva com 01 pivô e 04 abertos.

B) Formação Ofensiva com 02 pivôs e 03 abertos (formação mais


comum em uma equipe de iniciantes).

40
unidade 1
Basquetebol I
C) Formação Ofensiva com 03 pivôs e 02 abertos.

D) Formação Ofensiva com 05 abertos.

Diante do que foi visto até aqui, podemos sintetizar o jogo de basquetebol a partir da proposta
realizada por Bayer (1986) e adaptada de acordo com os nossos objetivos pedagógicos.

41
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Princípios Gerais do Jogo

EQUIPE NO ATAQUE EQUIPE NA DEFESA


Manter a posse de bola. Recuperar a posse de bola.
Avanço dos jogadores com ou Dificultar a progressão dos
sem a posse de bola até a meta jogadores e/ou da bola até a meta
adversária. adversária.
Finalizar. Proteção da meta.
Adaptado de Bayer (1986)

Ações Ofensivas e Defensivas


Ações possíveis no ataque:

AÇÕES SEM A
AÇÕES COM POSSE POSSE DE BOLA
DE BOLA AJUDA AO PORTADOR
DA BOLA
Evoluir para o campo adversário Desmarcar-se para receber a bola
Passar Bloquear o deslocamento do
Finalizar defensor
Adaptado de Bayer (1986)

Ações possíveis na Defesa:

AÇÕES SEM A POSSE DA BOLA


Interceptar a bola
Roubar a bola
Atrasar ou parar o movimento de ataque
Impedir espaços livros próximos da meta
Acompanhar o adversário até espaços de menor risco – lateral e fundo
Afastar da meta e diminuir seus ângulos
Oferecer oposição com o corpo
Adaptado de Bayer (1986)

42
unidade 1
Basquetebol I
A primeira posse de bola será através de um sobe dois no círculo central entre dois adversários.
Após a definição da primeira posse de bola terá início o processo de posse alternada (seta que indica
a direção de novo ataque). O processo de Posse Alternada começa com a equipe que perdeu o sobe
dois no início do jogo (FIBA 2006).

Apresentamos, a seguir, uma breve introdução sobre conceitos básicos que serão utilizados no
jogo de basquetebol, os quais você terá a oportunidade de ver de maneira mais detalhada no segundo
livro desta disciplina. Para o momento vamos partir das definições utilizadas por Dante de Rose Jr
(2006, apud Riera, 1995).

Estratégia:- representa o que está previsto antecipadamente. A estratégia está ligada à


concepção. Exemplos de atuações estratégicas:
• trocar os jogadores durante a partida em função do resultado ou do confronto com os
oponentes;
• trocar a posição e função dos jogadores durante a partida;
• estudar o jogo do jogador da equipe adversária;
• planejar o descanso de cada jogador;
• escolher determinado sistema de jogo para determinado adversário;
• selecionar os jogadores segundo o sistema de jogo que se quer implantar.

Tática: - é a utilização adequada e racional da técnica (fundamentos individuais de ataque e


defesa, aplicados numa situação de jogo). Baseia-se na análise que o atleta faz da situação (percepção),
elaboração de uma resposta (tomada de decisão), até a execução da ação motora específica. Tomada
de decisão reflete o nível da capacidade tática do atleta. A tática relaciona-se à execução. São exemplos
de atuações táticas:
• passar a um companheiro desmarcado;
• simular uma ação e trocá-la no último momento;
• desmarcar-se para poder receber um passe;
• fintar um marcador;
• bloquear o deslocamento de um oponente;
• atrair um defensor contrário para facilitar a penetração de um companheiro.

Técnica – para poder executar uma ação tática de forma correta, é necessário que ele tenha
domínio dos fundamentos da modalidade, além de um perfeito domínio da bola e do corpo.
Técnica é maneira pela qual uma habilidade é desempenhada (Bompa, 2000).

43
unidade 1
Universidade Aberta do Brasil

Você sabia?
Este é o desenho da nova quadra de basquetebol

Agora você conhece um pouco da história do basquetebol. Viajamos no tempo e voltamos


um século para compreender como tudo começou. O jogo que foi inventado apenas para resolver os
problemas causados pelo rigoroso inverno nos Estados Unidos, tornou-se um esporte de rendimento
difundido em todo o mundo. A partir de um cesto de colher pêssegos e de uma bola de futebol nasceu
o esporte que hoje é um dos mais praticados em todos os cantos do planeta. Você foi introduzido ao
estudo das regras e pôde perceber que a essência das ‘13 Regras’ iniciais se mantém até hoje, sendo
que as modificações e alterações ocorridas apenas vieram a contribuir para uma nova dinâmica no
jogo. Além disso, procuramos demonstrar como funciona a mecânica do basquetebol, iniciando os
estudos a respeito da organização de uma equipe. Neste momento, preocupe-se em compreender e
contextualizar a história do basquetebol com os dias de hoje, bem como suas regras e sua dinâmica e
assim poderá ensinar esse jogo nas suas aulas de Educação Física.

44
unidade 1
Basquetebol I
1. Pesquise e apresente os conceitos de:
a) Esporte Educação.
b) Esporte Participação.
c) Esporte Rendimento.
2. Explique Esporte e Jogo.
3. Como surgiu o basquetebol? A quem se atribui sua criação?
4. Faça um quadro comparativo entre as 13 Regras iniciais propostas por Naismith com as
Regras atuais da FIBA.
5. Como e quando o basquetebol chegou ao Brasil?
6. Desenhe a quadra de jogo, indicando medidas (largura e cumprimento), tabela (altura do
solo), aro.
7. Defina violações e faltas.
8. Quinze minutos após o horário previsto para o início do jogo, a equipe não se apresentou.
Explique as consequências advindas dessa situação hipotética.
9. Qual é a formação básica de uma equipe de basquetebol?
10. Cite os possíveis sistemas de defesa.

45
unidade 1
UNIDADE II
Basquetebol e seus
Fundamentos

Carlos Alberto de Oliveira


Marcos Aurélio Schemberger

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
O acadêmico deverá ser capaz de:

■■ Conhecer os fundamentos que compõem o jogo.

■■ Reconhecer sua importância e utilidade dentro jogo.

ROTEIRO DE ESTUDOS
■■ Seção 1: Controle do Corpo

■■ Seção 2: Controle da Bola

■■ Seção 3: Passes

■■ Seção 4: Dribles

■■ Seção 5: Arremessos

■■ Seção 6: Rebotes
Universidade Aberta do Brasil

PARA INÍCIO DE CONVERSA

A qualidade do jogo depende do nível ténico do praticante. Vale dizer,


é necessária uma boa iniciação para que possa praticar o Basquetebol
com todas as suas exigências.
Os fundamentos nada mais são do que as ações e atitudes que o
praticante realiza durante uma partida. De acordo com Ferreira e De Rose
(1987), os fundamentos podem ser classificados de acordo com as suas
características: ataque e de defesa; com bola e sem bola.
Os fundamentos do basquetebol são:
1. Controle do corpo.
2. Controle da bola.
3. Passes.
4. Dribles.
5. Arremessos.
6. Rebote.

Os fundamentos significam o próprio jogo.

48
unidade 2
Basquetebol I
seção 1
Controle de Corpo

Controle de corpo é dominar os movimentos e os gestos exigidos


pelo basquetebol. Para exemplificar, podemos citar: a posição básica de
defesa, corridas, deslocamentos, saltos, fintas, giros e etc.
Importante ter em mente que o controle de corpo é a sustentação
para os demais fundamentos, ou seja, é preciso dominar o corpo antes de
dominar o jogo.
Merece um especial destaque, quanto ao controle de corpo, dois
movimentos básicos fintas e giros.

Finta: é quando usamos o corpo para enganar o adversário. Poderá


ser realizada com ou sem bola. Uma boa finta dependerá da capacidade
de efetivamente enganar o adversário, além de, a partir dela, aproveitar
o movimento seguinte para facilitar um passe ou finalização e ainda da
variedade de movimentos que possam ser realizados pelo jogador. Pode
ser utilizada tanto pelo jogador de ataque, quanto pelo jogador de defesa.
É mais utilizada pelos atacantes. É identificado, por diversos autores,
como corte em L ou em V.

49
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

Giro: é o meio para se livrar do defensor utilizando as pernas. Pode


ser realizado com ou sem bola. O atacante, com posse de bola, precisa
definir uma perna de apoio (pé de pivô). O giro deve ser realizado sempre
na parte anteriror do pé, nunca sobre o calcanhar.

seção 2
Controle da Bola

Adqurir intimidade com a bola. É preciso aprender a controlar a


bola para poder joga-lá. Para ter um bom controle da bola: quicar, segurar
com uma ou duas mãos, lançar, trocar de mãos em torno do corpo.

Modo de segurar a bola: Na iniciação, sempre devemos segurar a


bola com as duas mãos. É a forma mais segura.

Modo de receber a bola: Na maioria das vezes, a recepção é feita


com as duas mãos. Como um recurso, dependendo do nível técnico em
que o praticante se encontra, a recepção poderá ser feita com uma das
mãos.

50
unidade 2
Basquetebol I
seção 3
Passe

Fazer com que a bola chegue até às mãos de um companheiro


de equipe. O jogo coletivo depende desse fundamento. Passar bem é
fazer com que o companheiro possa dar sequência às ações seguintes.
Entendemos que num bom passe, a bola deverá chegar ao companheiro
de forma “limpa”, isto é, quem recebe não precisa mudar a sua trajetória
para “consertar” o passe e a ação seguinte é feita da forma mais natural
possível. Considerando que precisamos evoluir para o campo de ataque
com velocidade, o passe é o fundamento que mais será utilizado. Com
o passe encontramos a melhor maneira para evoluir, de forma rápida e
segura, do campo de defesa para o campo de ataque.
Os quatro tipos de passes mais utilizados na iniciação do
basquetebol são:

a) Passe com a bola na altura do Peito


É o tipo mais utilizado entre o Armador e os Laterais para movimentar
a bola na periferia da área restritiva (armar o ataque). É um passe para
pequenas distâncias. É um passe de precisão e geralmente é realizado
com uma trajetória reta.

51
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

b) Passe com a bola na altura da cabeça


É uma das melhores maneiras de fazer com que a bola chegue aos
Pivôs. Geralmente os Pivôs atuam em uma área congestionada e de grande
fluxo de atletas e o passe de peito poderá facilmente ser interceptado por
um defensor. De maneira geral, a bola segue uma trajetória reta. Segurar
a bola com ambas às mãos acima da cabeça procurando sempre evitar
que a bola seja colocada atrás da cabeça (na nuca).

c) Passe em cima do ombro


Chamado por muitos autores como “passe tipo beisebol” por suas
semelhanças ao arremesso que caracteriza esta modalidade. É o passe
que geralmente dá início ao contra-ataque. A trajetória poderá ser reta ou
em curva (parabólica/arco), pois é o passe para longas distâncias.

d) Passe Picado
Podemos executar os três tipos de passes anteriores utilizando em sua
mecânica de execução o passe picado. A diferença na execução desse passe
é que a bola deverá, antes de chegar a um companheiro, dar um toque (um
pique / pingo) no solo. Na literatura, também é definido como passe pingado.
Pingar a bola no solo antes de chegar às mãos de um companheiro.

Passes em Situações Especiais:


Considerando uma evolução técnica do aluno, durante a
aprendizagem dos passes básicos, surgem novas maneiras de passar a
bola. Apenas como ilustração e conhecimento podemos citar alguns passes
que são considerados por diversos autores como Passes Especiais:
1. Passe de gancho
2. Passe de peito com uma das mãos
3. Passe pelas costas
4. Passe atrás da cabeça

Para fazer um bom passe, destacamos:


a) Na execução do passe de peito não abrir os cotovelos;
b) Na execução do passe de ombro (tipo beisebol) sempre colocar
ligeiramente à frente a perna contrária ao braço do passe;

52
unidade 2
Basquetebol I
c) Fazer a extensão total dos braços girando a palma da mão
para fora e seguir o passe com os dedos.
d) Para curtas distâncias usar o passe de peito;
e) Para longas distâncias usar o passe de ombro;
f) Para servir o Pivô utilizar o passe com as duas mãos acima da
cabeça.

seção 4
DribleS

Empurrar a bola contra o chão. É a única maneira legal que o aluno


tem para movimentar-se na quadra estando de posse de bola. Inclusive
foi uma das preocupações de Naismith na invenção do jogo: “não correr
com a bola na mão”. Também poderá ser utilizado pelo aluno parado para
controlar o jogo. Exige coordenação de braço, antebraço, punho e mão.
Usar as duas mãos somente de forma alternada. Constitui uma violação
usar as duas mãos juntas no mesmo drible.

53
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

Formas de Dribles e utilização durante o Jogo:

Drible na altura do joelho ou Drible baixo


Usado quando o atacante sofre uma marcação próxima e existe
necessidade de uma maior proteção da bola. Tecnicamente o drible baixo
não deverá ultrapassar a altura do joelho.

Drible na altura da cintura ou Drible alto


Utilizado quando há necessidade de deslocamento em velocidade
ou quando não está sendo marcado de perto. Tecnicamente, o drible alto
não deverá ultrapassar a altura da cintura.

Drible com mudança de direção


É um recurso técnico quando for necessário ultrapassar um
adversário. Exige do praticante uma troca de mão durante o drible. A
troca de mão exige do praticante um bom controle da bola, tanto com a
mão direita como com a mão esquerda. A troca de mão sempre vai colocar
o atacante entre o defensor e a bola. Em relação ao corpo, a troca de mão
poderá ser executada:
Troca da mão do drible pela frente do corpo;
Troca de mão do drible entre as pernas;
Troca de mão do drible pelas costas;
Troca de mão do drible fazendo um giro.

Para um bom drible:


a) Driblar com a cabeça erguida para não precisar olhar para a bola
ou para o solo;
b) Não bater na bola e sim empurrar contra o chão;
c) Quando utilizar o drible baixo sempre colocar à frente a perna
contrária ao braço que está driblando;
d) Para não perder o controle da bola não driblar acima da linha da
cintura;
e) Para proteger a bola driblar na altura do joelho;
f) Sempre alternar a mão de drible para ter um domínio da bola
mesmo com a mão não dominante;
g) Praticar o drible lateral para não virar as costas para o defensor.

54
unidade 2
Basquetebol I
seção 5
ArremessoS

É o fundamento utilizado para finalizar um período de ataque. Lançar


a bola contra a cesta. É o fundamento que faz o resultado do jogo. É um
fundamento de precisão. Deve ser dominado por todos os jogadores, até
mesmo pelos que possuem características defensivas. As situações reais
de finalização são constantes, inclusive o lance livre deverá ser cobrado
pelo atleta que sofreu a falta.

Os Arremessos mais utilizados durante o jogo:



1. Arremesso parado com uma das mãos.
2. Arremesso em movimento / deslocamento: bandeja.
3. Arremesso com um salto: Jump.

55
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

1. Arremesso parado com uma das mãos


Usado pelo atacante quando a defesa oferecer espaços para
finalização. É o arremesso dos lances livres. É o arremesso que
caracteriza o jogo de basquetebol. Sua dificuldade, para os iniciantes, é
a falta de coordenação dos movimentos. Geralmente o praticante tentará
superar esse problema empregando a força; causando um desequilíbrio e
modificando a técnica do arremesso.

Para um bom arremesso com uma das mãos:


a) Manter as pernas afastadas (largura dos ombros);
b) Manter a ponta dos pés direcionada para a cesta;
c) A perna que corresponde ao braço de arremesso deverá ficar
ligeiramente à frente;
d) Manter a mão de arremesso com dedos entreabertos e atrás da
bola;
e) Não colocar a mão contrária a de arremesso na frente da bola;
f) O cotovelo sempre será direcionado para a cesta e nunca para
o lado;
g) Sempre iniciar o movimento de arremesso (finalização) com
uma pequena flexão dos joelhos;
h) O arremesso sempre inicia com uma extensão dos joelhos,
cotovelo e do ombro;
i) Fazer a extensão do braço de arremesso para frente e para
cima;
j) Com uma quebra de punho produzir uma rotação na bola;
l) Acompanhar com os dedos a trajetória final da bola.

2. Arremesso em deslocamento – bandeja


Dominar a bandeja é fundamental para o praticante. Geralmente
é o arremesso do contra-ataque. Também é utilizado quando existem
possibilidades de fazer cortes e infiltrar na defesa adversária. É a
combinação de um salto em distância e um salto em altura. Identificamos
uma bandeja pela execução dos dois passos permitidos pelas regras.
Esse arremesso poderá ser executado de duas maneiras: quando o
praticante está com a posse de bola e se dirige direto para a cesta ou
quando recebe um passe de um companheiro e finaliza. A execução do

56
unidade 2
Basquetebol I
arremesso nas duas situações é a mesma.

Para executar um bom arremesso em movimento: bandeja.


a) Sempre procurar uma trajetória diagonal em relação aro/
tabela;
b) A trajetória em diagonal facilita a conclusão do arremesso
oferecendo oportunidade de utilizar a tabela;
c) Quando executar de frente para a cesta lançar a bola
diretamente no aro;
d) O primeiro passo sempre será com a perna que corresponde
ao braço de arremesso; e, consequentemente, o segundo passo
será realizado com a perna contrária ao braço de arremesso;
e) Sempre elevar flexionada a perna do primeiro passo e
mantendo estendida a perna do segundo passo (a perna de
impulsão);
f) Retornar ao solo com ambos os pés para evitar lesões
(entorse);
g) Nunca entrar embaixo do aro;
h) Não atirar a bola contra a tabela, apenas largar a bola no
ponto mais alto do salto.

3. Arremesso com salto / (jump)


É um arremesso de difícil execução. Nas séries iniciais (categorias
de base) dificilmente será assimilado pelo praticante. A palavra jump
significa saltar. A sua mecânica de execução é praticamente a mesma do
arremesso parado com uma das mãos. A diferença é que o arremesso será
executado quando o praticante atingir o ponto mais alto do salto (jump).
O que justifica o seu nome.

57
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

seção 6
Rebotes

É a maneira pela qual podemos ter novamente a posse de bola após


um arremesso não convertido. É um fundamento de ataque e de defesa.
Ter um bom rebote significa ter o controle da bola.
Situações de Rebote durante o jogo.
Rebote de Defesa.
Rebote de Ataque.

Tanto para o rebote de defesa quanto para o de ataque existem


atitudes que são comuns. A diferença, basicamente, é que no rebote de
ataque existem novas possibilidades de finalização.
Para fazer um bom rebote:
a) Acompanhar a trajetória da bola;
b) Bloquear o adversário, utilizando-se do corpo para ganhar a
melhor posição dentro da área restrititva (garrafão);
c) Saltar para recuperar a bola;
d) Voltar ao solo com as duas pernas.

58
unidade 2
Basquetebol I
O que faz a diferença num atleta de alto nível é a sua iniciação ter sido pautada em uma
boa fundamentação. Isso porque, alguns detalhes que precisam ser observados acabam sendo
negligenciados e causam imperfeições nos movimentos do praticante, comprometendo o seu futuro.
É dever de cada professor a aplicação correta dos fundamentos. Ele deve ser apto a transmitir
aos seus alunos o correto desenvolvimento desses fundamentos, para isso, deverá ter conhecimento
dos diversos exercícios para cada tipo de fundamento, suas necessidades para o jogo, condições para
corrigir os movimentos e incentivar o praticante a alcançar os melhores resultados.

A aprendizagem depende:
a) Da atenção para os limites do praticante. Isto é, respeitando a fase de crescimento e
desenvolvimento em que o aluno se encontra;
b) Quanto maior for o contato do praticante com os fundamentos do jogo, maiores serão as
suas chances de aprendizagem. É preciso praticar para aprender a jogar;
c) É preciso que o praticante seja submetido a novos desafios. Deve-se oferecer ao praticante,
a cada aula, novas formas de trabalho, sempre do mais simples para o mais complexo. Sempre
aumentando a complexidade e o grau de dificuldades dos exercícios.

REVISANDO

Os Fundamentos do Basquetebol

Corridas diversas

Mudanças de direção.

Controle do corpo Deslocamentos diversos

Giros

Fintas

Modo de segurar a bola


Controle da bola
Modo de receber a bola

59
unidade 2
Universidade Aberta do Brasil

Alto

Dribles Baixo

Com mudança de direção

Na altura do peito

Por cima da cabeça


Passes
Por cima do ombro – beisebol

Picado

Parado com uma das mãos

Arremessos Em deslocamento – Bandeja

Com um salto – Jump

De defesa
Rebotes
De ataque

Você chegou ao final de mais uma Unidade. Estamos construindo possibilidades para trabalhar
com o basquetebol dentro da escola. Você pôde notar que o praticante do basquetebol precisa saber
controlar o seu corpo e a bola, pois a modalidade exige alguns comportamentos e gestos específicos.
Agora você também já conhece os fundamentos da modalidade, isto é, você já sabe o que é fundamental
para praticar o basquetebol. Você define e classifica cada um dos Fundamentos do basquetebol. Com
esse conhecimento será possível desenvolver um trabalho de qualidade e competência nas aulas de
Educação Física. É preciso tornar o basquetebol uma modalidade interessante para os seus alunos.
Você viu os diversos tipos de passes, as maneiras de driblar, as formas de passar e de pegar rebotes.

60
unidade 2
Basquetebol I
1. Quais os fundamentos do basquetebol?
2. Considerando que os Pivôs atuam em uma área congestionada e de grande fluxo de
atletas, qual é a melhor forma de passar-lhes a bola?
3. O que é necessário para um bom drible?
4. Após um arremesso não convertido, qual é a melhor forma para se recuperar bola?
5. Explique giro e finta.
6. Como executar tecnicamente o arremesso mais utilizado na cobrança de lance livre?
7. Explique a mecânica de execução do arremesso em deslocamento.
8. Explique:
a) O passe mais utilizado pelo Armador na movimentação da bola com os Laterais.
b) O passe mais utilizado na organização de um contra ataque.

61
unidade 2
UNIDADE III
Possibilidades metodológicas
para ensinar o jogo de
Basquetebol
Carlos Alberto de Oliveira
Marcos Aurélio Schemberger

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
O acadêmico deverá ser capaz de:

■■ Identificar as diferentes formas de trabalho para ensinar o jogo de

basquetebol;

■■ Compreender os principais métodos de ensino utilizados na iniciação

esportiva;

■■ Perceber as vantagens e desvantagens de cada um dos métodos

de ensino.

ROTEIRO DE ESTUDOS
■■ Seção 1: Algumas brincadeiras

■■ Seção 2: Alguns jogos

■■ Seção 3: Os exercícios de passe e recepção com formação de figuras

■■ Seção 4: Os exercícios com combinação de fundamentos

■■ Seção 5: Trabalhando com os jogos reduzidos e o Jogo Formal


Universidade Aberta do Brasil

PARA INÍCIO DE CONVERSA

Nesta unidade, você terá contato com os métodos de ensino mais


utilizados na iniciação esportiva. É fundamental a sua reflexão crítica
para que você seja capaz de perceber que estes métodos não se excluem,
pois em diversos momentos da sua prática pedagógica você irá necessitar
de ambos para atingir os objetivos propostos.
Historicamente os métodos mais utilizados na iniciação esportiva
(clássicos) são os métodos: Global e Parcial. Não é prudente apresentar um
posicionamento absoluto, dizendo que este ou aquele método é melhor,
pois como veremos, ambos possuem vantagens e desvantagens, ou seja,
as circunstâncias é que irão definir qual deles deverá ser utilizado.
Para que estas premissas não fiquem em um cenário totalmente
teórico, estamos sugerindo algumas formas de trabalho para você utilizar
quando organizar e planejar as suas aulas. Mais do que a escolha de
um ou de outro método, entendemos que é de extrema importância o
professor ter um amplo repertório de atividades que possam ser utilizados
dentro de uma sessão (aula) mantendo sempre os seus alunos e um nível
de expectativa e motivação para cada aula.
Independente de organizar as atividades, considerando as
particularidades de cada fundamento, nossas propostas deverão ter como
objetivos interdependentes o desenvolvimento físico, técnico e tático que
estão envolvidos na modalidade esportiva praticada durante a aula, aqui
em especial, o basquetebol.
As sugestões não encerram as possibilidades de trabalho, nossa
proposta é mostrar e dar a você oportunidade de criar novos exercícios.
A coletânea de atividades está dividida didaticamente em: brincadeiras,
jogos, exercícios de passar com formação de figuras geométricas,
exercícios com a combinação de fundamentos (exercícios combinados) e
situações reais de jogo. Essas atividades representam uma síntese daquilo
que temos desenvolvido durante muitos anos de trabalho com escolares
de diferentes faixas etárias.
Alguns exercícios foram criados e outros adaptados de atividades
que tivemos contato durante cursos, congressos, simpósios, intercâmbios...
Com os mais renomados professores e técnicos de nosso país, sendo isto

64
unidade 3
Basquetebol I
algo fundamental para quem deseja ser um bom profissional, ou seja,
precisamos ter humildade suficiente para aprendermos com os outros,
porém, não devemos ficar somente naquilo que vemos, pois uma das
maiores virtudes do ser humano é a sua capacidade de criação, por isso,
ouse e crie, pois as suas aulas ficarão dinâmicas, divertidas, atraentes
e prazerosas. Entretanto, não se esqueça de respeitar os princípios
metodológicos que você aprendeu até aqui.

Os Métodos de Ensino.
1. Método Parcial ou Analítico
2. Método Global ou Método Complexo

1. Método Parcial ou Analítico

Esse método consiste em ensinar uma destreza motora


por partes para, posteriormente, uni-las entre si. A destreza motora
pode ser subdividida segundo o modo pelo quais as partes serão
ligadas posteriormente (XAVIER, 1986). Ex. ensinar: o toque, o
drible, chute, arremesso, ataque, etc.

Vantagens:
• Permite um treinamento detalhado e correto de todos os
fundamentos que compõem o jogo;
• Permite a correção de cada gesto técnico logo que o erro
tenha sido detectado;
• Permite um atendimento quase que individualizado durante
uma sessão (aula).

Desvantagens:
• Poderá ser desmotivante pela falta do jogo. As ações são
isoladas;
• As sessões (aulas) podem se tornar monótonas pelo excesso
de repetições do mesmo fundamento;
• Os fundamentos são trabalhados fora do contexto do jogo
real.

Adaptado de Carlos Alberto Tenroller e Eduardo Merino (2006).

65
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

2. Método Global ou método complexo

Para Xavier (1986), o método consiste em ensinar


uma destreza motora apresentando o seu conjunto. No caso
dos fundamentos do chute ou do arremesso, esses deverão
ser ensinados sem a intervenção inicial do professor. Isto é,
primeiramente haverá a execução do gesto de modo completo, e,
se for necessário, o responsável pela aula contribuirá nas próximas
repetições desse fundamento. Pelo método, é possível acontecer
um jogo em que poderão ser observados os fundamentos técnicos
dos esportes de forma global e em conformidade com a idade e a
modalidade esportiva, entre outras variáveis. Xavier (1986) indica
que o método global é mais adequado para alunos de sete a 18
anos de idade, que aprendem os fundamentos de passe, drible,
chute, cabeceio, arremesso e o jogo.

Vantagens:
• Permite a prática direta do jogo;
• É possível desenvolver os aspectos técnicos e táticos ao
mesmo tempo;
• Favorece a aplicação dos fundamentos em situações reais de
jogo. Estimula as tomadas de decisão por parte dos alunos.

Desvantagens:
• Dificulta a correção dos fundamentos;
• As dificuldades para executar os fundamentos de forma correta
e a imperfeição de movimentos poderá ser desmotivante;
• Os detalhes dos fundamentos passam despercebidos e
poderão surgir vícios que serão difíceis de serem corrigidos
em fases mais avançadas.

Adaptado de Carlos Alberto Tenroller e Eduardo Merino (2006).

ALGUNS CONCEITOS:

Método
A palavra método deriva do latim methodus que, por sua vez,
provém de dois termos gregos: meta, que quer dizer fim, e hodos, que
significa caminho. É, portanto, caminho para chegar a um fim.

Didática
A didática, parte da pedagogia, ocupa-se do ensino e da
aprendizagem, tendo por finalidade transmitir conhecimentos
adquiridos por intermédio dos métodos lógicos de

66
unidade 3
Basquetebol I
investigação.
A palavra didática deriva do grego disdasko = ensinar, significa tanto a teoria como a
prática do ensino, segundo Friedrich Gartner em sua obra Planeamiento y Conducción de la
Enseñanza.

Pedagogia
De acordo com Luiz Arturo Lemus, “é a ciência da educação. Também pode ser definida
como o conjunto de normas, princípios e leis que regem a ação a educativa”.
O termo pedagogia é derivado do grego paidos = criança e agein = guiar, conduzir.

Adaptado de Moacyr Daiuto (1974).

NOSSAS AULAS PRÁTICAS

seção 1
Algumas brincadeiras

1. Bingo
Os alunos devem estar trotando e espalhados pela quadra. Ao
sinal do professor - quando chamar “um número qualquer (bingo)” -
os alunos deverão formar grupos e sentar. Os alunos que ficarem fora
do grupo fazem: polichinelos, agachamentos e apoios. Utilizar somas,
multiplicações, divisões, subtrações e etc. Os alunos podem estar ou
não com bolas (driblando).

2. Pega corrente
Um aluno será o pegador e cada aluno que ele “tocar ” vai ajudar
formar uma corrente. A corrente vai aumentar cada vez mais. A corrente
não poderá romper. Para poder pegar os demais, todos os companheiros
da corrente devem estar de mãos dadas. Não utiliza material.

67
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

3. Par e Ímpar
Os alunos, em duplas, ficarão de costas um para o outro e de frente
para as tabelas de basquetebol. Os alunos utilizarão à linha do meio da
quadra como referência. A meia quadra a direita do professor será o “lado
par” e a meia quadra a esquerda será o “lado ímpar”. Ao comando do
professor ao chamar “um número: par ou número ímpar” os alunos serão
fugitivos ou pegadores. Os fugitivos sempre serão os alunos que forem
chamados “um número par ou ímpar”. O aluno estará salvo quando
ultrapassar o final da quadra de basquetebol. As variações poderão ser
com cores ou utilizar os Estados e Capitais brasileiras. O aluno que for
tocado pelo “pegador” deverá trazer no retorno para o meio da quadra,
o seu companheiro utilizando a forma de transportar de “cavalinho”.
Equilibrar os praticantes em peso e altura. Não utiliza material.

4. Teste de Agilidade
Os alunos deverão formar duplas, levando em consideração peso
e altura. Utilizar uma formação em círculos. Um na frente e outro atrás
voltado para o interior da circunferência (X1 e X2). Ao sinal do professor o
aluno que está atrás (X1) deverá dar uma volta completa em torno do seu
companheiro (X2) que fez um afastamento das pernas. X1 quando voltar
à posição inicial deverá passar entre as pernas do companheiro que ficou
estático. X1 após passar entre as pernas do companheiro X2 deverá subir
em posição de “cavalinho” no seu companheiro. Vence ou serão os mais
ágeis os alunos que primeiro terminarem a tarefa. Não utiliza material.

68
unidade 3
Basquetebol I
5. Transportando o companheiro na “Maca”
Formar os alunos em colunas por três no fundo da quadra. O
aluno que estiver no meio do trio será transportado pelos outros dois
companheiros em forma de uma “maca” até a outra linha de fundo. Os
alunos que farão o transporte não devem correr e sim fazer o trajeto
caminhando. Sempre que atingir o fundo da quadra haverá troca do
aluno a ser transportado. O trio mais rápido no transporte e nas trocas
serão vencedores. Não utiliza material.

6. Pai Cola
Um aluno será definido como “Pai”. Os demais devem fugir
livremente pela quadra. Todo aluno que for “tocado” pelo Pai ficará
colado. Os alunos colados poderão receber ajuda dos demais e voltarem
na brincadeira. Estabelecer um tempo e contabilizar o número de
alunos colados por um Pai. Dependendo da disponibilidade de material
a brincadeira poderá utilizar bola, tanto para o pegador como para o
fugitivo. Usar o drible. Material necessário: uma bola.

69
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

7. Pega-Pega
Os alunos só podem se movimentar em cima das linhas que
delimitam a quadra de basquetebol. Dois ou três alunos, definidos como
Pega-Pega, e com posse de bola, devem driblar e tocar os fugitivos.
Quando o encontro for inevitável haverá inversão de função. Material
necessário: duas a três bolas e as linhas da quadra de basquetebol.
.

seção 2
Alguns Jogos

1. Dez Passes
Dividir a turma em duas equipes A e B. A equipe que após o
sorteio ficar com a primeira posse de bola deve realizar dez (10) passes
consecutivos. A cada dez (10) passes, a equipe conquistará um ponto.
A equipe adversária deverá evitar a troca de passes. Somente serão
utilizados os fundamentos passe e recepção. Derrubar a bola, correr com
a bola, contato pessoal e “dois contra um” será considerado uma infração
e a equipe será penalizada com perda de posse de bola. Estabelecer um
número de pontos para apontar a equipe vencedora. Com um número
maior de alunos será aconselhável dividir a turma em mais equipes e
organizar a atividade em forma de competição. Será também possível

70
unidade 3
Basquetebol I
utilizar a quadra no sentido lateral usando cada meia quadra para duas
equipes. Material necessário: uma bola.

2. Basquetebol Americano
O jogo é uma possível variação do jogo anterior. Neste jogo
estabelecemos uma meta. A meta será o espaço atrás da linha de fundo
de defesa de cada equipe. A equipe que levar a bola até o fundo da
quadra adversária conquista um ponto. Jogar até dez. Aplicar as mesmas
regras do jogo anterior. Vence a equipe que conquistar o maior número
de pontos. Material necessário: uma bola.

3. Múltiplas Cestas
Utilizar a quadra no sentido lateral. Dividir o grupo em duas
equipes A e B. Cada equipe deve indicar três participantes como “alunos
cestas”. Com a utilização de arcos / cestas, estes alunos ocuparão a linha
lateral da quadra como referência de ataque para seus companheiros.
Posicionamento dos “alunos cestas”: um em cada canto da quadra e
o outro no meio da quadra. Cada equipe tem três cestas/arcos para
defender e para atacar. Vence a equipe que conquistar o maior número
de pontos. Material necessário: seis arcos e uma bola.

4. Jogo da Velha
Dividir a turma em duas equipes A e B. Cada equipe será dividida
em dois grupos A1 / A2 e B1 / B2. Os grupos ficarão posicionados na

71
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

linha de fundo de suas respectivas quadras (ver gráfico). Colocar nove


(09) arcos no piso da quadra em três linhas de três arcos. Uma bola para
cada equipe. Os alunos da coluna A1 devem levar a bola driblando para
o companheiro da coluna A2; simultaneamente, os alunos da coluna B1
também executam a mesma tarefa. Os alunos que completam o percurso,
após entregar a bola a seus respectivos companheiros devem procurar
um arco na quadra para formar o “jogo da velha”. O jogo da velha será
formado pelos alunos de uma mesma equipe com formações em diagonal,
em colunas ou em filas. Como variação será possível utilizar uma bandeja,
pegar o rebote entregar a bola para um companheiro e correr para o arco
na tentativa de fechar o jogo da velha. Material necessário: nove arcos e
duas bolas.


5. Jogo com 04 equipes
Dividir o grupo em 04 equipes com o mesmo número de jogadores.
Cada jogador do grupo recebe um número de acordo com a quantidade
de alunos em cada equipe, de 01 até n...; que ficará posicionado nos
quatro (04) cantos do fundo da quadra. Cada equipe recebe uma bola
que será colocada no solo, dentro do círculo central. O professor diz um
número, os jogadores chamados correm, apanham uma bola no centro
da quadra driblam e executam um arremesso (até converter) em cada
uma das cestas (atenção: sempre iniciar arremessando na cesta oposta
em que a equipe esta posicionada). Após converter a cesta devolvem
a bola ao círculo central, e retornam as suas equipes. Faz três pontos
para o seu grupo o jogador que primeiro colocar a bola de volta no
circulo central após executar dois (02) arremessos convertidos, sendo
um em cada cesta. As equipes que cumprirem as tarefas e terminarem
em segundo ou terceiros lugares marcam respectivamente dois ou um

72
unidade 3
Basquetebol I
ponto para suas equipes. A última equipe não pontuará.

seção 3
Alguns exercícios de Passe e Recepção
com formação de figuras

LEGENDAS PADRÃO PARA COMPREENDER OS EXERCÍCIOS

ALUNO SEM BOLA X


ALUNO COM A POSSE DE BOLA X
TRAJETORIA DA BOLA
DESLOCAMENTO DO ALUNO
CORTA LUZ (
REBOTE R
ARREMESSO A
DRIBLE

73
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

1. Formação em círculo
Os alunos formam um círculo. No interior do círculo um aluno. A
atividade tem início com um aluno que está no circulo. Ele faz um passe para
o aluno que esta no interior do círculo e segue o passe. Após a recepção o
aluno do interior devolve ao próximo do círculo iniciando a movimentação
sempre no sentido horário. Material necessário: uma bola.

2. Em linha
Duas colunas uma de frente para a outra. O aluno da coluna com
bola faz um passe para o companheiro da coluna da sua frente e muda de
coluna. Utilizar as várias formas de passe.
Material necessário: uma bola.

3. Formando um Triângulo
Formar uma coluna e dispor mais dois alunos para formar um
triângulo. A bola inicia com o aluno da coluna. Após o passe, trocar de
lugar com o aluno que recebeu o seu passe. Utilizar as várias formas de
passe. Material necessário: uma bola.

74
unidade 3
Basquetebol I
04. Formando um Quadrado
Formar uma coluna e dispor mais três alunos para formar um
quadrado. O exercício tem inicio com um aluno da coluna. Após o passe
deverá ocupar o lugar do companheiro que recebeu a bola. Material
necessário: uma bola.

75
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

5. Formando um Pentágono / estrela

6. Formação com 08 elementos. Quadrados interagem.

76
unidade 3
Basquetebol I
seção 4
Os Exercícios com Combinação
de fundamentos

LEGENDAS PADRÃO PARA COMPREENDER OS EXERCÍCIOS

ALUNO SEM BOLA X


ALUNO COM A POSSE DE BOLA X
TRAJETORIA DA BOLA
DESLOCAMENTO DO ALUNO
CORTA LUZ (
REBOTE R
ARREMESSO A
DRIBLE

1. Fazendo a trança / O oito (8)


Formar três colunas no fundo da quadra, a do meio com bola. Início
do exercício: X2 e X3 nas laterais e X1 no centro com a posse de bola.
X1 passa para X2 e se desloca por trás dele; X2 faz um passe para X3
e se desloca por trás dele; X3 faz um passe para X1 e se desloca por
trás dele. Ao receber este passe, X1 faz a bandeja. Completar a “tranca /
oito” utilizando a quadra inteira. Regra básica: o aluno que faz o passe
sempre se desloca por trás do companheiro que recebeu o passe. Material
utilizado: bola.

77
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

2. Bandeja com 05
Quadrado mais um com corta-luz.
Coluna X5 em cima da linha de lance livre. X1 com posse de bola
embaixo da cesta. X2 e X3 próximos da linha lateral da quadra. X4
próximo da linha central.
X1 passa para X2 e segue o passe. X2 passa para X3 e segue o
passe. X3 passa para X5 e faz corta-luz para X4. X4 após o corta-luz
infiltra para receber o passe de X5 e finaliza de bandeja. X5 vai para o
rebote e inicia uma nova série do exercício. X4 após a bandeja entra na
coluna de X5.

78
unidade 3
Basquetebol I
3. Bandeja com 03 pela direita e pela esquerda
Triângulo pela direita e pela esquerda.

Coluna X1 com posse de bola no fundo da quadra. X2 na posição de


Armador no centro da quadra na periferia do garrafão. X4 e X3 na posição
de Laterais. X1 inicia o exercício fazendo um passe para X2 e segue e o
passe. X2 passa para X3 e segue o passe. X3 finaliza de bandeja, apanha
o próprio rebote e vai para coluna X1. Exercício continua com um novo
passe da coluna X1 para coluna X2. Coluna X2 agora faz um passe para
X4 finalizar pela outra lateral. Trabalhar de forma alternada bandeja de
direita e de esquerda.

79
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

seção 5
Trabalhando com Jogos
Reduzidos e o Jogo Formal

1. Jogo 03x03
Dividir a turma em duas equipes. Cada equipe ficará colocada em
fila, no fundo da quadra, lados opostos. O professor com uma bola no meio
da quadra em uma das laterais. Ao comando do professor, os 03 primeiros
jogadores colocados à direita da fileira de cada equipe, posicionam-se
dentro da quadra e conforme a opção do professor, ao oferecer a bola para
uma das equipes, ficará definida a equipe que ataca ou defende. Cada
trio deverá realizar um ataque e uma defesa, sendo depois substituído por
outro trio de jogadores da mesma equipe. O jogo poderá começar sempre
com uma Bola ao Alto no circulo central administrada pelo professor.

2. Do Jogo 03x03 até o Jogo 05x05


Dividir a turma em equipes. Um trio será colocado na quadra de
defesa. Um trio no meio da quadra e os demais trios no fundo da quadra
atrás da tabela oposta do primeiro ataque. As equipes se alternam na
defesa e no ataque. As situações de jogo poderão ser de 03 x 03, 04 x 04
ou 05 x 05.
A equipe B com posse de bola ataca a equipe A. Após a conclusão

80
unidade 3
Basquetebol I
de seu ataque a equipe B fica na defesa que era ocupada pela equipe A. A
equipe A faz um ataque contra a equipe C na quadra oposta e após concluir
seu ataque vai para o final das colunas que estão posicionadas na linha de
fundo. A equipe C continua a atividade atacando a equipe B.
Obs. Poderão ser trabalhadas situações de desequilíbrio defensivo:
02 contra 01, 03 contra 02, 04 contra 03, e etc.

Ao encerrar essa Unidade estamos também chegando ao término do módulo Basquetebol I.


Os assuntos desenvolvidos devem dar a você condições para compreender o jogo de basquetebol.
Além disso, com os conteúdos ministrados até aqui você terá o suporte necessário para trabalhar o
basquetebol na escola, com competência e de forma segura. E ensinar com competência e segurança
significa respeitar os limites do aluno. Mostramos para você os métodos mais utilizados para ensinar
esporte. A opção por um ou mais método também dependerá de sua sensibilidade e da sua habilidade
no momento de planejar e preparar as suas aulas. Não importa o método que será usado se a sua
proposta for utilizar o basquetebol na escola como uma forma de inclusão e de oportunidade para
todos e não apenas para os mais talentosos. Lembre-se que o esporte de rendimento provoca exclusão
dos menos capacitados e essa não é uma proposta pedagógica coerente. O basquetebol na escola
deverá formar o cidadão e não apenas o atleta. O basquetebol deverá ser usado como um meio e não
um fim em si mesmo. As formas de trabalho sugeridas nessa ultima Unidade não se encerram e não
se esgotam aqui. São apenas propostas e sugestões que poderão despertar nos alunos o gosto pelo
esporte, e aqui em especial, pelo basquetebol. Fornecemos a você algumas ideias e alguns exercícios
que também utilizamos quando militamos na escola e que com certeza deram resultado. Agora é com
você, utilizar e também criar novas formas de trabalho. Para encerrar queremos que você tenha como
objetivo maior despertar o gosto pelo esporte em seus alunos. Até o basquetebol II.

81
unidade 3
Universidade Aberta do Brasil

1. Quais os principais métodos de ensino? Explique-os.


2. Organize três exercícios de passe e recepção com formação de figuras.
3. Organize três exercícios com combinação de fundamentos.
4. Qual a sua opinião sobre a utilização de brincadeiras para ensinar esporte na escola?

82
unidade 3
Basquetebol I
PALAVRAS FINAIS

Chegamos ao fim de nossa viagem, que começou na Unidade I, com


um pouco do histórico, da evolução das Regras e do jogo de basquetebol.
Procuramos tratar dos aspectos mais significativos e relevantes da sua
história. Fizemos uma coletânea resumida das principais Regras da FIBA,
as quais são fundamentais para sua melhor compreensão do basquetebol.
Tratamos nessa mesma Unidade, de maneira simples, as características
desta modalidade. Reconhecemos e identificamos a quadra e suas
linhas imaginárias, as quais contribuirão de forma significativa para o
real entendimento de uma equipe jogando, considerando as posições
básicas e as áreas de atuação do praticante, bem como, as possibilidades
defensivas e ofensivas de uma equipe. O modo como enfrentamos o
assunto visa dar suporte e, num primeiro contato com a modalidade,
oportunizar o seu entendimento de uma partida, o qual será trabalhado
de forma específica no próximo livro na disciplina de Basquetebol II. Os
fundamentos dessa modalidade com as suas definições, classificação,
mecânica de execução, particularidades e características apresentamos
na Unidade II. Finalizamos o nosso trabalho, abordando na Unidade III
algumas formas de trabalho e um comentário sobre os principais métodos
de ensino, como sugestão, para o desenvolvimento do basquetebol.
O sucesso na sua carreira profissional depende de dois fatores
significativos: gostar daquilo que você faz e estar preparado para aquilo
que você pretende fazer.
Esperamos que você tenha gostado do basquetebol. Fizemos aquilo
que está ao nosso alcance para você se sentir preparado a exercer sua
futura profissão.
Um abraço.
Os Autores

85
PALAVRAS FINAIS
Basquetebol I
REFERÊNCIAS

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ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol: 1000 exercícios. Rio de Janeiro:


Sprint, 2001.

APOLO, Alexandre. A criança e o adolescente no esporte: como deveria ser.


São Paulo: Phorte, 2007.

BOCCARDO, W. Os Dez Mandamentos do Basquetebol Moderno: Defesa


Agressiva e Contra-Ataque. Rio de Janeiro: CBB / Bolar Basquete Educação,
2003.

BOMPA, Tudor O. Treinamento Total para Jovens Campeões. São Paulo:


Manole, 2001.

________. Treinando Atletas de Desporto Coletivo. São Paulo: Phorte, 2005.

CARDOSO. Maria Helena. Apostila: Basketball: construindo uma “equipe”.

CARVALHO, Valter. Basquetebol: Sistemas de ataque e defesa. Rio de Janeiro:


Sprint, 2001.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASKETBALL. Regras Oficiais de


Basketball e Manual dos Árbitros. Rio de Janeiro: CBB, 2006.

COUTINHO, Nilton Ferreira. Basquetebol na Escola: da iniciação ao treinamento.


Rio de Janeiro: Sprint, 2003.

DAIUTO, Moacyr. Basquetebol: Metodologia do Ensino. São Paulo: Companhia


Brasil Editora, 1974.

________. Basquetebol: Origem e evolução. São Paulo: Iglu Editora 1991.

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REFERÊNCIAS
Basquetebol I
NOTAS SOBRE os autores

Carlos Alberto de Oliveira


Graduado em Educação Física. É professor do Curso de Educação
Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Especialista em Educação
Física Escolar. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas em Políticas Públicas
no Esporte pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atua como
professor de Basquetebol e Futsal nos cursos de Graduação de Licenciatura
e Bacharelado em Educação Física.

Marcos Aurélio Schemberger


Graduado em Educação Física. É professor do Centro de Desportos
e Recreação da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Especialista em
Educação Física Escolar. Mestre em Educação e História pela Universidade
Metodista de Piracicaba. Atua como professor de Prática Desportivo no
Centro de Desportos e Recreação da Universidade Estadual de Ponta
Grossa

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AUTOR

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