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METODOLOGIA DO

ESPORTE I - VÔLEI E
BASQUETE

Patrick da Silveira
Gonçalves
Regras do basquete
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Definir a evolução das regras da modalidade.


 Descrever as regras básicas de jogo.
 Identificar as regras que compreendem o jogo em sua estrutura formal.

Introdução
Com mais de uma década de história, as regras do basquete sofreram
constantes modificações. No início, eram apenas 13 regras escritas em
frases, promulgadas por Naismith, o criador do basquete, que tinha como
objetivo orientar seus alunos na prática desse novo esporte. Atualmente, as
7 regras do basquete se desmembram em 50 artigos, que têm o objetivo
de dar maior dinâmica ao esporte.
Neste capítulo, você vai estudar como as regras foram sendo desen-
volvidas ao longo da história, quais são as regras básicas que devem ser
seguidas de forma a caracterizar o jogo como basquete e quais são as
principais regras que regem o basquete formal na atualidade.

Evolução das regras do basquete


O basquete é um esporte coletivo e de invasão que teve suas regras formuladas
antes mesmo do desenvolvimento do jogo propriamente dito, que surgiu a partir
de uma necessidade do professor de educação física, James Naismith, de elaborar
uma prática desportiva motivadora, não violenta e que pudesse ser desenvol-
vida em espaços cobertos, devido aos fortes invernos que se apresentavam em
Springfield, nos Estados Unidos. Para conseguir atingir seu propósito, Naismith
elaborou alguns princípios que pudessem orientar os jogadores, limitando suas
atitudes e ações em quadra, reduzindo as possibilidades de choques entre os
jogadores e apresentando algum objetivo a ser alcançado pelas equipes durante
2 Regras do basquete

uma partida. Entre as 13 regras elaboradas em 1891, podemos elencar algumas


que definem os fundamentos do jogo (NAISMITH, 1941):

 a bola poderia ser lançada com uma ou duas mãos, para qualquer direção;
 os jogadores não poderiam deslocar-se quando estivessem com a posse
da bola, devendo passá-la ou arremessá-la do local em que a segurassem;
 quando a bola saísse de campo, ela deveria ser lançada ao campo e
jogada pela primeira pessoa a tocá-la;
 o tempo de jogo era dividido em dois períodos de quinze minutos;
 o objetivo do jogo era lançar a bola, fazendo com que ela caísse dentro
de um cesto e, assim, somasse pontos;
 quando uma equipe realizasse três faltas consecutivas, um ponto deveria
ser marcado para a equipe adversária;
 o lado que fizesse mais metas nesse tempo seria declarado o vencedor.
Em caso de empate, o jogo poderia, por acordo dos capitães, ser con-
tinuado até outra meta ser atingida.

Essas e outras regras permaneceram por alguns anos. Algumas delas


permanecem até os dias atuais, como a possibilidade de lançar a bola com
uma ou duas mãos em qualquer direção. Outras, comparadas aos dias atuais,
sofreram algumas modificações, como a impossibilidade de se movimentar
tendo a posse da bola.
Existem diversos motivos que fazem com que as regras desportivas se
modifiquem; entre eles, podemos destacar a necessidade de tornar o jogo mais
dinâmico — as regras que determinam a necessidade de uma equipe realizar o
ataque constantemente são um exemplo disso. Outras modificações refletem
o desejo pelo lucro de empresas midiáticas, como, por exemplo, o tempo de
jogo e a sua divisão em diversos períodos, possibilitando um maior espaço
para as propagandas televisivas (LEITE, 2001).
Com isso, podemos observar que as regras se modificam ao longo dos
anos, seja em qual for o esporte. No basquete, muitas regras se modificaram,
e continuam modificando-se, por necessidades diversas. Como vimos, as
primeiras regras foram formuladas antes mesmo da execução do primeiro
jogo. No entanto, essas regras só foram publicadas e divulgadas em 1982, um
ano após a criação do basquete.
Regras do basquete 3

Os primeiros anos de desenvolvimento do basquete


Com a formulação das regras e o seu envio para os diversos estados e países
que possuíam sedes da Associação Cristã de Moços, o jogo logo ganhou
popularidade. Com uma quantidade crescente de jogos e jogadores, o jogo
passou a aperfeiçoar alguns elementos que impediam uma maior praticidade
ao seu desenvolvimento. A princípio, a meta do jogo era fazer com que a bola
adentrasse em uma cesta de pêssegos, que era composta por um aro de metal
e fundo de tecido ou madeira (FAJARDO, 1999). No início, essas cestas eram
fixados em alguma extremidade do ginásio ou em postes nas extremidades das
quadras (Figura 1). Após uma cesta convertida, as bolas eram retiradas com
o auxílio de uma vara por algum indivíduo para que o jogo reiniciasse. Em
1893, no entanto, visando dar maior praticidade à reposição da bola em jogo,
surgem os primeiros cestos sem fundo, com a utilização de redes de corda
trançadas, o que possibilitava uma visualização melhor da bola atravessando
a parte interna do aro.

Figura 1. Primeira quadra de basquetebol.


Fonte: Rains e Carpenter (2009, p. 109).

Em 1894, o basquete já havia superado inúmeros obstáculos geográficos,


sendo praticado, inclusive, em território chinês. Nesse ano, houve também a
delimitação da quadra de jogos, uma vez que seu espaço era, muitas vezes,
adaptado aos ginásios escolares e a outros espaços cobertos. A partir disso,
4 Regras do basquete

começaram a ser produzidas as primeiras bolas específicas para o basquete,


substituindo as bolas de futebol, que foram utilizadas de forma improvisadas
por Naismith desde o primeiro jogo. Nesse ano, também, alguns aspectos táticos
começaram a surgir, como a origem do pivô, um jogador de estatura elevada
próximo à cesta. A alta competitividade do esporte fez com que surgissem
muitas faltas e, a partir das infrações, as regras foram formuladas. Cabe lembrar
que, inicialmente, as faltas resultavam na desqualificação do jogador infrator
até que uma cesta fosse realizada. Para inibir as faltas e não retirar o caráter
competitivo que a presença de todos os jogadores apresentava, foi criado o
lance livre (FAJARDO, 1999), que consistia na realização de um arremesso
de uma distância de 6,09 m por um jogador de livre escolha da equipe.
No ano de 1895, os gestos motores dos arremessos ainda eram bastante
elementares, aproximando-se dos movimentos realizados pelo passe de peito.
Por essa razão, os arremessos de lance livre raramente eram convertidos. A
distância da linha de arremesso do lance livre, portanto, passa a ser reduzida
a uma distância 4,6 m da cesta.
A chegada do basquete no Brasil ocorreu no ano de 1896, com a implemen-
tação das regras internacionais, de modo que suas evoluções acompanharam o
cenário internacional. Nesse ano, ocorre o primeiro movimento de autorização
dos dribles, que poderia ser realizado com as duas mãos. Ainda nesse mesmo
período, houve a diferenciação dos pontos realizados pela equipe, que, até então,
valiam um ponto para cada arremesso convertido, não importasse o tipo ou o
local de arremesso. Cada cesta passou a valer dois pontos e aquelas realizadas
a partir de lances livres, apenas um ponto. Nesse mesmo ano, ainda, foram
implementadas as primeiras tabelas, impossibilitando que a bola, após um
arremesso malsucedido, saísse do campo de jogo. As tabelas, portanto, foram
utilizadas para que a bola permanecesse em jogo e em disputa pelos diversos
jogadores. Consequentemente, surgem os primeiros movimentos de rebote.
No início de sua história, o basquete foi disputado por equipes de 9 joga-
dores. Esse fato se deu exclusivamente porque Naismith precisava separar sua
turma de alunos, composta por 18 integrantes, em dois grupos para apresentar
e desenvolver o esporte que acabara de criar. Embora houvesse ficado conven-
cionado que os times teriam 9 integrantes, as partidas poderiam apresentar
números diversos de jogadores (RAINS; CARPENTER, 2009). As dificuldades
de dribles e os poucos espaços para passes e arremessos fizeram com que,
em 1897, fosse instituído o número de 5 jogadores por equipe, possibilitando
e exigindo dos jogadores uma maior movimentação em quadra.
Regras do basquete 5

A virada do século trouxe algumas importantes modificações no modo


de jogar basquete. Em 1898, começam a ser disputadas as primeiras partidas
femininas com regulamento próprio, uma vez que as regras propostas por
Naismith, na origem do esporte, consideravam apenas os jogadores homens.
Nesse período, o jogo ainda era bastante lento e estático e os arremessos eram
cuidadosos, para que não resultassem em erro (NAISMITH, 1941).

A evolução das regras do basquete no século XX


O início do século XX trouxe algumas mudanças importantes e que modificaram
o modo de jogar basquete. Com a grande quantidade de arremessos em direção
à cesta adversária que rebatiam na tabela e não adentravam o aro, surgiram
os jogadores especializados em realizar rebotes. As tabelas, embora fossem
amplamente utilizadas, tornaram-se um item obrigatório em todas as quadras
de basquete apenas em 1906. As cestas após os dribles passaram a ser proibidas,
garantindo que os jogadores realizassem passes constantemente e obrigando
toda a equipe a se movimentar em quadra. Nessa mesma década, surge também
a proibição de realizar o drible mais de uma vez (FAJARDO, 1999). Ou seja, o
jogador, ao efetuar o drible, deveria passar ou arremessar a bola.
Entre as décadas de 1910 e 1930, os sistemas táticos defensivos começaram
a ser desenvolvidos. Nessa época, surgiu a defesa por zona, uma alternativa à
defesa individual que, predominantemente, era realizada por todas as equipes.
Com esse novo formato, os contatos entre os jogadores em jogadas próximas
às cestas começaram a se intensificar. Nesse período, ocorreria a diferenciação
entre as faltas e as violações. Os jogadores que sofressem as faltas passariam
a ser os responsáveis pelos arremessos de tiros livres.

Uma violação é uma infração às regras e tem como punição a perda da bola, que será
entregue ao adversário mais próximo para a cobrança de um lateral perto do lugar
em que ocorreu a violação. Uma falta é uma infração que envolva o contato pessoal
com um ou mais adversários ou por meio de demonstração de comportamento
antidesportivo. Nesse caso, as punições envolvem perda de posse de bola, lances livres
e desqualificações de jogadores e/ou membros da equipe técnica e são assinaladas
contra os praticantes e a equipe infratora.
6 Regras do basquete

Ainda nesse mesmo período, o esporte começa a ganhar novas dimensões:


as regras de todos os países passam a ser unificadas; ocorre a inserção de dois
árbitros na partida, cada qual responsável por uma metade da quadra; em
1928, o basquete é apresentado como esporte de exibição durante os Jogos
Olímpicos de Amsterdã; em 1929, o jogador com a posse da bola poderia
driblar a bola por quanto tempo quisesse — no entanto, ao segurar a bola,
não poderia efetuar novamente um drible.
Entre 1930 e 1950, ocorre a primeira definição do tamanho da quadra, a
ser adotada universalmente em todas as competições. O campo de jogo passa,
em 1931, portanto, a ser apresentado com um comprimento de 25 metros por
15 metros de largura. Um ano mais tarde, surge a Federação Internacional de
Basquete Amador (FIBA), órgão máximo regulador do esporte, localizada em
Genebra, na Suíça. Nesse mesmo ano, é incluída uma linha demarcatória do
meio da quadra. As equipes de basquete deveriam ultrapassá-la, adentrando
o campo adversário, em menos de 10 segundos. Até 1936, após uma cesta,
as equipes disputavam a bola ao ar no centro da quadra. Nesse ano, a equipe
que sofria a cesta passou a recolocá-la da linha final, abaixo da sua tabela.
Para reduzir as saídas de quadra, as tabelas são deslocadas para dentro da
quadra, a 1,22 m da linha final. Na década de 1940, somam-se ao árbitro um
anotador e um árbitro responsável pelo cronômetro (LEITE, 2001). Nessa
década, ainda, as primeiras partidas de basquete passam a ser televisionadas;
o bloqueio passa a ser permitido; o número de jogadores reservas passa a ser
definido como sete suplentes; e os treinadores ganham a opção de realizar até
quatro paradas durante o jogo, de forma a passar instruções a seus jogadores.
A partir de 1950 até os anos 1980, o jogo passa a ganhar maior dinâmica.
Surgem os dribles com alternância das mãos, por baixo das pernas e pelas
costas, melhorando as fintas dos atacantes. Em 22 de novembro de 1950,
após os Pistons abrirem um ponto de vantagem sobre os Lakers, então atual
campeão da NBA e tido como melhor time da temporada, o técnico dos Pis-
tons ordenou que seu time ficasse com a bola o maior tempo possível, a fim
de manter a vantagem até o final do jogo. Após esse feito, foi determinado
que cada equipe só poderia permanecer por 24 segundos com a posse de
bola. Esse tempo ficou determinado assim devido às análises estatísticas das
partidas da NBA, em que se constatou que 24 segundos era o tempo médio
de arremesso por cada equipe (LEITE, 2001) — assim, cada equipe deveria
efetuar o arremesso em um tempo de até 24 segundos. Ainda na década de
1950, o garrafão ganha maior importância e maiores dimensões, limitando a
permanência dos atacantes próximos à cesta adversária. É implementado o
Regras do basquete 7

limite de cinco faltas pessoais: ultrapassando-o, cada falta era convertida a


um lance livre para o adversário. Como resultado dessas mudanças, a média
de pontos por jogo passou de 79 para 93.
Entre a década de 1980 e os dias atuais, surge a linha demarcatória a
6,25 m das cestas e, consequentemente, o arremesso de 3 pontos para as
cestas realizadas em seu exterior. A FIBA passou a extinguir o conceito de
esporte amador, procurando manter o caráter profissionalizante do esporte.
São modificadas as faltas cumulativas: a partir da sétima falta, a equipe que
sofre a falta tem direito de realizar um lance livre e, caso fosse convertido,
um novo lance livre poderia ser realizado. Os jogos ganham mais um árbitro,
chegando a um total de 3 responsáveis pelo desenvolvimento do jogo em
quadra. Em 1994, após a sétima falta, dois lances livres eram convertidos
automaticamente para a equipe que sofreu as faltas. Atualmente, os jogos são
realizados em quatro tempos. Em 2014, algumas mudanças bastante visíveis
foram realizadas: o garrafão (área restritiva) ganhou um formato retangular,
substituindo o formato trapezoide que era utilizado até então; houve a inclusão
de áreas semicirculares dentro das áreas restritivas, nas quais a carga ofensiva
não é considerada faltosa; a linha demarcatória passou de 6,25 m para 6,75
m; e as linhas de reposição de bola foram situadas mais próximo ao ataque,
substituindo as reposições de centro de quadra.
Algumas regras permaneceram intactas desde a origem do basquete, outras
foram sendo modificadas, a fim de tornar o jogo cada vez mais dinâmico e
competitivo. A seguir, discutiremos algumas das regras básicas do basquete
que são constantemente utilizadas.

As regras básicas do basquete


O basquete é um jogo que exige um suporte técnico bastante grande. Os
diversos tempos medidos em segundos e minutos, as numerosas faltas e os
contínuos contatos entre os jogadores necessitam de um acompanhamento de
árbitros, cronometristas e anotadores. No entanto, nem sempre esses recursos
humanos estão disponíveis nos diversos locais nos quais a prática desse esporte
é possível. Contudo, a indisponibilidade desses recursos não impede a prática
de basquete, que pode ser guiado seguindo regras básicas, tornando sua prática
possível em locais como praças, escolas e clubes, sem a competitividade dos
jogos oficiais. Assim, a seguir, apresentaremos algumas das regras básicas
que guiam o basquete.
8 Regras do basquete

O jogo de basquete, quando realizado fora de um campeonato oficial, pode apresentar


diversas regras e formas de jogar. No entanto, alguns aspectos devem estar presentes
para que o ato de “jogar basquete” seja identificado, como, por exemplo, as formas
corretas de controle da bola, de movimentação em quadra e de contato entre os
jogadores.

Objetivo de jogo, quadra e tempo


Como sabemos, o objetivo do basquete é fazer com que a bola atravesse o
interior de um aro localizado em uma tabela a uma altura de 3,05 m do solo,
convertendo, assim, pontos para a equipe que alcançou tal feito. O objetivo
de cada equipe é marcar o maior número de pontos possível, evitando que a
equipe adversária faça o mesmo. Cada equipe é composta por cinco jogadores
titulares e até sete reservas. Em alguns casos, como em praças públicas, é
comum observarmos as disputas de 1x1, 2x2, 3x3 e 4x4 (SILVA; CORREIA,
2008). Ao final da partida, a equipe vencedora será aquela que marcar o maior
número de pontos.
Mesmo em jogos não oficiais, o basquete segue um padrão de pontuação.
Para que isso ocorra, é fundamental que haja marcações na quadra de jogo.
Uma quadra oficial de basquete segue padrões de comprimento e largura,
assim como de altura das tabelas e cestas. Essa quadra, geralmente, é composta
por duas cestas suspensas, presas a tabelas que se encontram a 3,05 m. Na
quadra, existem várias marcas que delimitam os espaços a serem ocupados
pelos jogadores. O garrafão ou área restritiva (retângulo em laranja) é uma
zona em que os atacantes não podem permanecer por mais de 3 segundos. A
extremidade do garrafão oposta à cesta marca o local onde os jogadores reali-
zam o lance livre. A linha que circunda o lance livre é utilizada para restringir
o acesso de jogadores ao seu interior durante a realização de um lance livre
por algum jogador. O semicírculo maior (linha de três pontos) reflete o valor
dos pontos durante os arremessos. Em seu interior, os arremessos convertidos
valem 2 pontos. Em seu exterior, os arremessos convertidos valem 3 pontos. O
círculo central limita o acesso aos jogadores que não fazem parte da disputa
de bola ao ar, ao início do jogo. A Figura 2, a seguir, mostra algumas dessas
características da quadra de basquete.
Regras do basquete 9

Figura 2. A quadra de basquete.


Fonte: Campos (2014, documento on-line).

As diversas marcações na quadra definem o tipo de jogadas que podem


ser realizadas. De modo geral, os arremessos nos lances livres valem 1 ponto
e, dentro da área limitada pela linha de 3 pontos, os arremessos convertidos
valem 2 pontos. No seu exterior, como o nome sugere, valem 3 pontos. Ainda
que o campo de jogo oficial seja em um retângulo de 28 m x 15m, algumas
competições não oficiais podem apresentar quadras que variam o seu com-
primento entre 22 m e 28 m e a largura entre 13 m a 15 m. Em jogos de até
3 jogadores em cada equipe, é comum que o basquete seja desenvolvido em
apenas metade da quadra, com as duas equipes utilizando uma mesma cesta.
Nesses casos, o início do jogo assume formas diversas, seja a partir de cara e
coroa, disputas de par ou ímpar ou com a equipe que acertar o primeiro lance
livre (CONFEDERAÇÃO..., 2017).
O tempo de jogo oficial estabelecido pela FIBA é de 40 minutos, divididos
em 4 tempos de 10 minutos. Em caso de empate, as equipes jogam duas pror-
rogações de 5 minutos até que uma das equipes vença. Em competições não
oficiais, como as escolares, é comum que o jogo dure menos, muitas vezes em
2 períodos de 10 minutos, possibilitando que uma maior quantidade de times
e jogadores possam experimentar o esporte e as competições não se tornem
demasiadamente longas.

Início e desenvolvimento do jogo


O jogo de basquete inicia com a bola sendo lançada ao ar pelo árbitro, no
centro da quadra, entre dois jogadores, um de cada equipe. Os atletas que
disputarão o lance devem tentar tapear a bola quando ela estiver em trajetória
descendente. O restante dos jogadores deve permanecer fora do círculo central
da quadra. Após o lance inicial, o jogador com a posse da bola pode efetuar
10 Regras do basquete

o drible, passar ou arremessar a bola. Com o jogo já em andamento, algumas


atitudes são vedadas. São elas:

 socar a bola;
 driblar, batendo na bola com a utilização das duas mãos simultaneamente;
 driblar, segurar a bola e voltar a driblar novamente;
 acompanhar a bola com a mão no momento do drible (transportar a bola);
 impedir a trajetória da bola com as pernas ou com os pés;
 realizar mais de dois passos (dois apoios) com a bola em mãos.

Dessa forma, os jogadores podem movimentar-se pela quadra livremente


sem a bola. Com a bola em suas mãos, podem permanecer na posição em que
estão ou efetuando até dois passos por até 5 segundos, tendo que passá-la,
arremessa-lá ou driblar o adversário. Efetuando o drible, o atleta pode mover-se
com a bola sem que haja um limite definido de passos.
O jogo é desenvolvido entre as quatro linhas das extremidades da quadra.
É importante destacar que essas linhas não fazem parte do campo de jogo.
Ou seja, se a bola toca as linhas laterais ou finais, ela é considerada fora
de jogo. O mesmo ocorre quando a bola toca o solo além dessas linhas. Do
mesmo modo, o jogador de posse da bola não pode pisar nas linhas das
extremidades ou além delas. Enquanto a bola estiver no ar, ainda que tenha
ultrapassado a distância demarcada pelas linhas laterais ou finais, a bola
é considerada em jogo (CONFEDERAÇÃO..., 2017). Caso dois jogadores
agarrem a bola simultaneamente (bola presa), não havendo a possibilidade
de definir a sua posse, a bola é lançada ao ar pelo árbitro no círculo mais
próximo de onde a bola presa ocorreu. Além disso, os jogadores podem ser
substituídos em qualquer momento do jogo; no entanto, apenas quando o
jogo estiver interrompido (bola morta).

Faltas
O basquete é um jogo bastante dinâmico e com diversas corridas e saltos que
resultam no contato direto dos jogadores. Assim, quando um jogador encosta
de forma não proposital em um adversário, o lance geralmente é interpretado
como uma jogada normal. No entanto, é vedado agarrar, empurrar ou impedir
os movimentos de um jogador adversário utilizando-se de braços ou pernas.
Quando uma falta ocorre sobre um jogador que não está realizando o ato de
arremesso, o jogo é paralisado e recomeça na linha mais próxima do local
Regras do basquete 11

onde a falta ocorreu, seja na linha lateral ou linha final (exceto diretamente
atrás da tabela). Quando a falta ocorre sobre um jogador que está efetuando um
arremesso, são concedidos lances livres de acordo com as seguintes situações:

 Se a cesta for convertida, a sua pontuação será válida e o jogador que


sofreu a falta tem direito a um lance livre, podendo somar mais um
ponto para a sua equipe.
 Se a cesta não foi convertida, o jogador que sofreu a falta tem direito
a efetuar dois ou três lances livres, conforme o local em que a falta foi
realizada (dentro ou fora do semicírculo da linha de 3 pontos). Cada
lance livre vale 1 ponto, de modo que o jogador pode somar até 3 pontos
ao final dos arremessos.

Em uma falta no jogador que arremessa e que resultou em cesta, um lance livre é
oportunizado ao jogador que sofreu a falta. Se o arremesso de lance livre não é con-
vertido e a bola permanece em quadra, após tocar na tabela, no aro ou simplesmente
permanecer entre as quatro linhas da quadra, ela pode ser disputada pelos demais
jogadores. Se foram marcados dois lances livres, essa disputa só poderá ocorrer no
segundo lance livre. Ou seja, o jogador faz a primeira tentativa. Se errar, a bola é
alcançada para ele pelo juiz para que faça nova tentativa e, nessa, que se trata da
última, a disputa de bola pode ocorrer.

As regras do basquete 3x3


No basquete 3x3, uma nova modalidade olímpica, muitas das regras seguem
os princípios gerais do basquete formal. Ou seja, as faltas, o drible e as possi-
bilidades de se deslocar são praticamente as mesmas. As grandes diferenças,
além da quantidade de jogadores titulares (três jogadores), são a quadra de
jogo, que, geralmente, é metade da quadra do jogo formal, o uso de apenas
uma tabela para ambas as equipes e o valor de cada pontuação.
Por se tratar de apenas uma tabela, as equipes, após recuperarem a bola
no interior da linha demarcatória, devem fazer com que ela chegue até o
seu exterior antes de fazer uma nova investida de ataque em direção à cesta
(NAE, 2014). Os pontos também mudam: aqueles realizados dentro da linha
12 Regras do basquete

demarcatória valem apenas um ponto e as cestas realizadas em seu exterior


valem dois pontos. O jogo termina ao final de 10 minutos ou quando uma
equipe chega à soma de 21 pontos.
Com essas regras básicas, é possível que o jogo de basquete seja realizado
em níveis iniciantes ou de forma recreativa. No entanto, quando o jogo é
realizado entre profissionais, os aspectos regulamentários devem seguir os
pressupostos das instituições que regem o basquete, como as federações e
confederações, por exemplo. Na seção a seguir, apresentaremos as principais
regras que regem os principais campeonatos nacionais e internacionais do
basquete formal.

As regras do jogo formal


Entre as diversas possibilidades de jogo de basquete, estão aquelas que são
regidas por órgãos regulamentários formais, como a FIBA, por exemplo. As
regras promulgadas por essas instituições devem ser adotadas por todos os
jogos e equipes que participam de seus torneios. A começar, o jogo só tem seu
início com a presença de alguns equipamentos obrigatórios:

 tabelas e respectivos suportes;


 bolas de basquete;
 cronômetro de jogo;
 placar;
 relógio de 24 segundos;
 cronômetro ou dispositivo adequado (visível), e que não seja o cronô-
metro de jogo, para cronometrar os tempos debitados;
 2 sinais sonoros independentes, altos e claramente distintos, um para
o operador do relógio de 24 segundos e outro para o cronometrista;
 súmula de jogo;
 marcadores de faltas de jogadores;
 marcadores de faltas de equipe;
 seta de posse alternada;
 piso de jogo;
 quadra de jogo;
 iluminação adequada.

Esses itens são fundamentais para que o jogo se desenvolva em alto nível
e para que todas as marcações de infrações sejam devidamente sinalizadas
Regras do basquete 13

pelos árbitros, cronometristas e anotadores. A seguir, vamos ver as principais


regras apontadas pela Confederação Brasileira de Basketball (2017).

O regulamento oficial de basquete envolve dezenas de artigos que orientam o desen-


volvimento dos jogos nas competições, o comportamento e as atitudes de jogadores.
Para conhecer, na íntegra, as regras oficiais dos campeonatos realizados no Brasil,
acesse o link a seguir.

https://goo.gl/hYj7P9

Equipes
Os membros da equipe só são autorizados a entrar em quadra quando seus
nomes estão devidamente relacionados na súmula do jogo. As equipes podem
ser compostas por até 12 jogadores, um técnico, um assistente técnico e até
sete acompanhantes da equipe (gerente, médico, fisioterapeuta, estatístico,
intérprete, etc.). Os uniformes dos jogadores devem ser iguais, variando
apenas a sua numeração, que pode ser representada pelos números 0 e 00
e entre 1 e 99.

Regulamentos de jogo
O tempo regulamentar de jogo é de 40 minutos, divididos em quatro tempos.
Entre o primeiro e o segundo tempo e entre o terceiro e quarto tempo, o
intervalo é de dois minutos. No meio tempo da partida, o intervalo é de 15
minutos. O início do jogo começa quando o árbitro lança a bola ao alto e ela
atinge o ponto máximo de altura, podendo ser disputada pelos jogadores. Os
inícios dos outros tempos ocorrem a partir da reposição lateral.

Violações
As violações são as infrações às regras de jogo sem que haja o contato corporal
irregular entre adversários. A equipe que pratica uma violação sofre uma
penalidade em que a bola será concedida aos adversários para uma reposição
14 Regras do basquete

nas linhas extremas da quadra, no local mais próximo à infração, exceto


diretamente atrás da tabela. Veja, no Quadro 1, as violações que caracterizam
o basquete formal.

Quadro 1. Violações do basquete formal

Situação Descrição

Jogador fora da Um jogador está fora da quadra quando qualquer


quadra e bola parte do seu corpo está em contato com o piso, ou
fora da quadra qualquer outro objeto que não seja um jogador em
cima, sobre ou fora da linha limítrofe. A bola está fora
da quadra quando ela toca: um jogador ou qualquer
outra pessoa que está fora da quadra; o piso ou
qualquer outro objeto em cima, sobre ou fora da linha
limítrofe; ou o suporte da tabela, a parte posterior da
tabela ou qualquer objeto acima da quadra de jogo.

Drible Um jogador não deverá driblar pela segunda vez, após


seu primeiro drible ter terminado, a menos que, entre
os 2 dribles, ele tenha perdido o controle da bola na
quadra de jogo devido a um arremesso para uma cesta
de campo; ou um toque na bola por um adversário;
ou um passe ou “fumble” (perder o controle da bola)
que tenha tocado ou sido tocado por outro jogador.

3 segundos Um jogador não deverá permanecer na área


restritiva dos adversários por mais de 3 segundos
consecutivos enquanto sua equipe está com
o controle de uma bola viva na quadra de
ataque e o cronômetro de jogo está ligado.

Jogador marcado Um jogador marcado de perto (menos de 1 m de


de perto distância de um adversário) deve passar, arremessar
(5 segundos) ou driblar a bola dentro de 5 segundos.

8 segundos Quando um jogador ganha o controle da bola na


quadra de defesa ou, em uma reposição, a bola toca ou
é legalmente tocada por qualquer jogador na quadra
de defesa e a equipe do jogador que está fazendo a
reposição permanece com o controle da bola na sua
quadra de defesa, esta equipe deve fazer a bola ir para
a sua quadra de ataque (metade da quadra onde se
encontra a cesta adversária) dentro de 8 segundos.

(Continua)
Regras do basquete 15

(Continuação)

Quadro 1. Violações do basquete formal

Situação Descrição

24 segundos Quando um jogador obtém o controle da bola na


quadra de jogo ou, durante uma reposição, a bola
toca ou é legalmente tocada por qualquer jogador
na quadra de jogo e a equipe deste jogador que está
fazendo a reposição permanece com o controle da
bola, esta equipe deve tentar um arremesso para
uma cesta de campo dentro de 24 segundos.

Bola retornada para Quando a bola ultrapassa a linha demarcatória da


a quadra de defesa metade da quadra em direção ao ataque, ela não
pode ser retornada para a quadra de defesa.

Tendência de cesta Uma violação é cometida quando um jogador toca a


e interferência cesta ou a tabela enquanto a bola está em contato com
o aro; após um lance livre que será seguido por lance(s)
livre(s) adicional(is), um jogador toca a bola, a cesta ou
a tabela enquanto houver a possibilidade de aquela
bola entrar na cesta; quando um jogador alcança a
bola através da cesta, por baixo, e toca a bola; quando
um jogador defensor toca a bola ou a cesta enquanto
a bola está dentro da cesta, impedindo, assim, que a
bola passe através da cesta; quando um jogador faz
com que a cesta vibre ou agarra a cesta de maneira que,
no julgamento de um oficial, a bola seja impedida de
entrar na cesta ou faça com que a bola entre na cesta;
ou quando um jogador agarra a cesta para jogar a bola.

Fonte: Adaptado de Confederação Brasileira de Basketball (2017).

Faltas
As faltas são infrações às regras que estão relacionadas ao contato pessoal
ilegal com algum adversário ou a um comportamento antidesportivo. As
faltas podem ser classificadas em: pessoal, dupla, técnica, antidesportiva,
desqualificante ou briga. As faltas podem ser punidas com perda da posse de
bola ou com um ou mais lances livres. O Quadro 2, a seguir, apresenta cada
uma dessas situações.
16 Regras do basquete

Quadro 2. Faltas do basquete formal

Situação Descrição Penalidade

Falta Um jogador não deve Se a falta for cometida em


pessoal segurar, bloquear, empurrar, um jogador que não está
fazer carga, calçar ou no ato de arremesso, o
impedir o progresso de um jogo será reiniciado com
adversário, estendendo sua uma reposição pela equipe
mão, braço, cotovelo, ombro, não infratora no local mais
quadril, perna, joelho ou próximo da infração.
pé, nem inclinar seu corpo Se uma falta for cometida
em uma posição “anormal” em um jogador que está
(fora de seu cilindro) no ato de arremesso, a
ou provocar qualquer esse jogador deverá ser
jogada dura ou violenta. concedido um número de
O princípio do cilindro lances livres como segue:
é definido pelo espaço  Se o arremesso lançado da
ocupado pelo jogador em área de cesta de campo for
um cilindro imaginário, convertido, a cesta deverá
que é delimitado à frente, contar e, em acréscimo,
pelas palmas das mãos, por será concedido mais 1
trás, pelas nádegas, e aos lance livre.
lados, pela parte externa  Se o arremesso lançado
de braços e pernas. da área de campo não for
convertido, será concedida
a quantidade de lances
livres correspondente à
pontuação possível de ser
executada pelo jogador
que sofre a falta (2 ou 3
lances livres).

Falta dupla Uma falta dupla é uma Nessas ocasiões, os lances


situação em que dois livres não são aplicados e
adversários cometem a bola deve ser recolocada
faltas pessoais, um contra em jogo para a equipe que
o outro, aproximadamente tinha a posse de bola ou a
ao mesmo tempo. bola deve ser lançada ao
alto, quando nenhuma das
equipes detinha sua posse.

(Continua)
Regras do basquete 17

(Continuação)

Quadro 2. Faltas do basquete formal

Situação Descrição Penalidade

Falta Uma falta técnica é uma Se uma falta técnica


técnica falta de jogador que não for cometida:
envolve contato e tem  Por um jogador, uma falta
natureza comportamental, técnica será marcada
incluindo, mas não limitada contra ele como uma falta
a: desprezar advertências de jogador e deverá contar
dadas pelos oficiais; tocar como uma das faltas de
desrespeitosamente os equipe.
oficiais, o comissário, os oficiais  Por membros de equipe,
de mesa ou os membros uma falta técnica será
de equipe; comunicar-se marcada contra o técnico
desrespeitosamente com os e não deverá contar como
oficiais, o comissário, os oficiais uma das faltas de equipe.
de mesa ou os adversários;  Além disso, aos adversários,
usar linguagem ou gestos será concedido 1 lance
que possam ofender ou livre, seguido por uma
incitar os espectadores; reposição na linha central
molestar e provocar um estendida, do lado oposto
adversário; obstruir a visão de à mesa de controle ou por
um adversário acenando a(s) uma bola ao alto no círculo
mão(s) próximo aos seus olhos; central para iniciar o
balançar excessivamente os primeiro período, quando
cotovelos; retardar o jogo por ocorre antes do início do
tocar a bola deliberadamente, jogo.
após ela passar através da
cesta ou para impedir que
uma reposição seja feita
prontamente; cair para simular
uma falta (fake); pendurar-se
no aro de forma que o peso
do jogador seja suportado
pelo mesmo, a menos que
um jogador agarre o aro,
momentaneamente, após uma
enterrada ou, no julgamento
de um oficial, está tentando
prevenir-se ou prevenir de
causar a outro jogador uma
lesão; interferência de cesta
durante o último ou único lance
livre por um jogador defensor.

(Continua)
18 Regras do basquete

(Continuação)

Quadro 2. Faltas do basquete formal

Situação Descrição Penalidade

Falta Uma falta antidesportiva Lance(s) livre(s) serão


antidesportiva ocorre quando não há uma concedidos ao jogador que
tentativa legítima de jogar, sofreu a falta, seguido por:
diretamente, a bola dentro  Uma reposição na linha
do espírito e intenção das central estendida, do
regras; quando há contato lado oposto da mesa de
excessivo causado por um controle.
jogador em um esforço  Uma bola ao alto no
para jogar a bola ou um círculo central para iniciar
adversário; quando há o primeiro período.
contato desnecessário O número de lances livres
causado por jogador será concedido como segue:
defensor para parar a  Se a falta for cometida em
progressão da equipe um jogador que não está
atacante na transição — no ato de arremesso: 2
isso apenas se aplica até lances livres.
que o jogador atacante  Se a falta for cometida
inicie seu ato de arremesso; em um jogador no ato
quando há contato de um de arremesso: a cesta, se
jogador defensor, por trás convertida, contará e, em
ou lateralmente, em um acréscimo, 1 lance livre.
adversário na tentativa de  Se a falta for cometida
parar o contra-ataque e não em um jogador no ato de
há nenhum jogador defensor arremesso e a cesta não for
entre o atacante e a cesta do convertida, 2 ou 3 lances
adversário. — isso apenas livres.
se aplica até que o jogador Um jogador deverá ser
atacante inicie seu ato de desqualificado pelo
arremesso; quando há contato restante do jogo quando
de um jogador defensor em ele for sancionado com
um adversário na quadra de 2 faltas técnicas, ou 2
jogo, durante os últimos 2 faltas antidesportivas,
minutos no quarto período ou 1 falta antidesportiva
ou em cada período extra, e 1 falta técnica.
quando a bola está fora da
quadra, para uma reposição, e
ainda está nas mãos do oficial
ou à disposição do jogador
que está fazendo a reposição.

(Continua)
Regras do basquete 19

(Continuação)

Quadro 2. Faltas do basquete formal

Situação Descrição Penalidade

Falta Uma falta desqualificante Lance(s) livre(s) será(ão)


desqualificante é um comportamento concedido(s):
antidesportivo flagrante  A qualquer adversário,
de um jogador, substituto, como designado pelo seu
técnico, assistente técnico ou técnico, no caso de uma
acompanhante de equipe. falta sem contato.
 Ao jogador que sofreu a
falta, no caso de uma falta
com contato.
Seguido por:
 Uma reposição no
prolongamento da linha
central estendida, do
lado oposto da mesa de
controle.
 Uma bola ao alto no
círculo central para iniciar o
primeiro período.
O número de lances livres será
concedido, como segue:
 Se a falta for sem contato: 2
lances livres.
 Se a falta for cometida em
um jogador que não está
em ato de arremesso: 2
lances livres.
 Se a falta for cometida em
um jogador que está no ato
de arremesso: a cesta, se
convertida, deverá contar e,
em acréscimo, 1 lance livre.
 Se a falta for cometida
um jogador em ato de
arremesso e a cesta não for
convertida: 2 ou 3 lances
livres.

(Continua)
20 Regras do basquete

(Continuação)

Quadro 2. Faltas do basquete formal

Situação Descrição Penalidade

Briga Briga é uma interação Independentemente do


física entre 2 ou mais número de membros de
adversários (jogadores e equipe (técnicos, assistentes
membros de equipe). técnicos, substitutos, jogadores
excluídos ou acompanhantes
de equipe) desqualificados por
deixarem a área de banco, uma
única falta técnica (“B”) será
registrada contra o técnico.
Se os membros (técnicos,
assistentes técnicos, substitutos,
jogadores excluídos ou
acompanhantes de equipe)
de ambas as equipes forem
desqualificados sob este
artigo e não existirem outras
penalidades de faltas restantes
para administrar, o jogo deverá
continuar como segue:
Se, aproximadamente, ao
mesmo tempo que a partida foi
paralisada por causa da briga:
 Uma cesta válida é
convertida, a bola deverá ser
concedida à equipe que não
marcou os pontos para uma
reposição em qualquer lugar
da linha final.
 Uma equipe tinha o controle
da bola ou tinha o direito
a ela, a bola deverá ser
concedida para esta equipe
para uma reposição no
prolongamento da linha
central estendida, do lado
oposto da mesa de controle.
 Nenhuma das equipes tinha
o controle da bola, nem tinha
direito a ela, uma situação de
bola ao alto ocorre.

Fonte: Adaptado de Confederação Brasileira de Basketball (2017).


Regras do basquete 21

Evidentemente, são muitos os detalhes que integram as regras do basquete.


No entanto, buscamos salientar aquelas que frequentemente acompanham os
jogos e que são básicas para compreender ou desenvolver uma partida desse
esporte. Como vimos ao longo deste capítulo, a origem do basquete teve
apenas 13 regras, explicadas de forma simples e objetiva. Algumas dessas
regras, como a possibilidade de lançar a bola em qualquer direção e o objetivo
do jogo, permanecem as mesmas, ainda que esse esporte tenha mais de um
século de história.
Atualmente, as regras apresentadas pela FIBA são oito, mas, ainda que o
número total de regras tenha diminuído, o formato atual se desmembra em
50 artigos, somados aos sinais de arbitragem, normas de súmula, formas de
protesto, entre outros elementos e situações que se desenvolvem durante o jogo.
Embora a regulação atual tenha se distanciado e acrescentado muitos novos
elementos ao basquete, suas regras básicas são bastante simples, de modo
que esse esporte pode ser implementado e desenvolvido nos mais diversos
locais, em caráter pré-desportivo ou recreativo. Nesse sentido, conhecer todas
as possibilidades e características é fundamental para que o profissional de
Educação Física consiga promover o esporte e o bem-estar em qualquer espaço
em que deseje atuar.

CAMPOS, G. Basquete Tapajós: saiba as principais regras para iniciar a prática do esporte.
29 out. 2014. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/pa/santarem-regiao/
noticia/2014/10/basquete-tapajos-saiba-principais-regras-para-iniciar-pratica-do-
-esporte.html>. Acesso em: 14 set. 2018.
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASKETBALL. Regras oficiais de basquetebol 2017. 2017.
Disponível em: <http://www.cbb.com.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MzUx>.
Acesso em: 14 set. 2018.
FAJARDO, J. T. Reglamento de baloncesto comentado. Madrid: Paidortibo, 1999.
LEITE, N. M. C. A Influência da Introdução da Regra dos 24 Segundos na Dinâmica Ofensiva
e Defensiva das Equipas de Basquetebol. 2001. 157 f. Dissertação (Mestrado em Treino
de Alto Rendimento Desportivo) - Faculdade de Ciências do Desporte e de Educação
Física, Universidade do Porto, Porto, 2001. Disponível em: <https://repositorio-aberto.
up.pt/bitstream/10216/10090/3/3557_TM_01_P.pdf>. Acesso em: 14 set. 2018.
NAE, I. C. 3 on 3 basketball: facts and perspective. Marathon, v. 6, n. 2, p. 179-183, 2014.
22 Regras do basquete

NAISMITH, J. Basketball: its origins and development. New York: New York Association
Press, 1941.
RAINS, R.; CARPENTER, H. James Naismith: The Man Who Invented Basketball. Philadel-
phia: Temple University Press, 2009.
SILVA, C. A. F.; CORREIA, A. M. Espetáculo e reflexividade: a dimensão estética do basquete
de rua. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 30, n. 1, p. 107-122, 2008. Disponível em:
<http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/194>. Acesso em: 14 set. 2018.

Leituras recomendadas
ROSE JÚNIOR, D. et al. Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma aborda-
gem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
SCHMIDT, R.; LEE, T. Aprendizagem e performance motora. 5. ed. Porto Alegre: Artmed,
2016.
WEINBERG, R.; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do Esporte e do Exercício. 6. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
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