Você está na página 1de 70

HISTÓRIA

ECLESIÁSTICA I
Período Ante-niceno
Primeiros Heréticos
Muitas heresias [o contexto se refere a
arianismo, donatismo, pelagianismo] não
devem “ser consideradas racionalmente
como o resultado de má intenção,
egoísmo ou algum tipo de depravação
teológica pessoal. [... Elas] baseiam-se
em tentativas sérias de empregar
importantes pontos de valor religioso e
espiritual. Todas refletem motivos
nobres de quem se preocupa em
defender a fé cristã, cada um conforme
seu entendimento”.
Alister McGrath, Heresia: Uma História em
Defesa da Verdade (São Paulo: Hagnos,
2014), 212-213 [inglês, 171]
Heresia
• “A maioria dos chamados heréticos
geralmente fazia perguntas legítimas e
importantes. Eles não eram hereges porque
faziam as perguntas. São as respostas que
eles deram que estão erradas. Eles foram
muito longe tentando fazer a fé cristã mais
compatível com as ideias que já apelavam a
eles, especialmente aquelas da filosofia pagã
grega.”
– Justin S. Holcomb, Know the Heretics (Grand
Rapids: Zondervan, 2014), kindle ed.
Os primeiros heréticos
estavam entre os mais
sofisticados e inteligentes
cristãos.

Embora eles não receberam


aceitação dentro do
cristianismo em geral, eles
desafiaram a ortodoxia a
preparar melhores e mais
elaboradas respostas.
“Assim, vemos que uma das
primeiras obras doutrinárias
significativas do cristianismo foi o
resultado direto não de qualquer
desejo de produzir uma teologia
abrangente, mas surgiu da
necessidade de lidar com uma
heresia perigosa e persistente. [...]
É possível dizer que o gnosticismo
é, em certo sentido, a madrasta da
teologia sistemática e que a
heresia é a madrasta da
ortodoxia.” (p. 42)
Heresia
• Alguns hereges morreram como
“mártires” defendendo suas ideias e
seus movimentos
• Sincretismo – mistura de religiões,
ou a prática de mais de uma delas ao
mesmo tempo
Sentimento Anti-Judaico
• 135 d.C. – imperador Adriano destrói
Jerusalém, expulsa tanto judeus quanto
cristãos e proíbe a prática da religião judaica,
em especial a observância do sábado e
circuncisão.
– Jerusalém é repovoada com estrangeiros e
cristãos de origem gentílica.
– Começam a surgir diferenças teológicas (domingo
de páscoa)
Sentimento Anti-Judaico
• Começam a surgir literaturas anti-judaicas
• “Teologia cristã” de separação dos judeus
• Justino Mártir – se reuniam aos domingos por
causa da criação da luz, e da ressurreição de
Cristo
• Instituído um jejum sabático em Roma (ca. fim do
1º e início do 2º séc) e tentativa de impor aos
outros cristãos
– Expressar dor pela morte de Cristo e mostrar
“desprezo pelos judeus” (papa Silvestre [314-335])
Páscoa
Controvérsia Quartodecimana
• Quartodecimanismo – celebrar a páscoa no
14º dia do mês de Nisan (qualquer dia da
semana)
– Maioria das igrejas na Ásia tinha esse costume
• Bispo de Roma, Vítor (189-199)
– Tenta impor o domingo como dia a ser celebrado
a páscoa
– Isso já era realizado assim antes dele em algumas
igrejas ocidentais
• Eusébio, Hist. Ecl. 5.23-24
Páscoa
Controvérsia Quartodecimana
• “Victor, que presidia a igreja de Roma, tentou
separar em massa da união comum todas as
comunidades da Ásia [...], alegando que eram
heterodoxas, e publicou uma condenação por
meio de cartas proclamando que todos os
irmãos daquela região, sem exceção, estavam
excomungados.”
• Houve reação negativa entre os bispos na Ásia
– Eusébio, Hist. Ecl. 5.24.9
Gnosticismo
• Considerada a heresia primária do período pré-niceno.
• Do grego gnõsis, “conhecimento”.
• Enfatiza o dualismo, caracterizado pela crença de que
a matéria é má́ e de que a emancipação —salvação no
cristianismo — é alcançada por meio do
conhecimento.
• Toda realidade é constituída de dois princípios
coexistentes, distintos, antagônicos e fundamentais.
– o bem e o mal
– o espírito e a matéria
– a verdade e o erro
– a alma e o corpo.
Gnosticismo
• Várias seitas, mas alguns pontos em comum.
– O homem e a terra foram criados pelo Demiurge (um anjo mau, ou um
deus menor)
• Imperfeição do Demiurge gerou criação incapaz de se salvar.
– Deus do AT era cruel (alguns o identificavam como o Demiurge),
outros o identificavam com o “Deus justo”, enquanto que o Pai de
Jesus era o “Deus bom”.
– Tendo piedade, Deus enviou Seu Filho para mostrar o caminho da
salvação.
• Desde que a carne/corpo é má, Jesus nunca se tornou homem, mas apenas
aparentou, foi uma ilusão (Docetismo)
• Outros diziam que Jesus foi apenas um homem, filho carnal de José e Maria
[Ebionitas], e que a divindade o usou por um período, mas o abandonou na
cruz.
– Deuses masculinos e femininos
– Alguns gnósticos praticavam estrito ascetismo, outros eram
notoriamente libertinos.

David W. Bercot, ed., A Dictionary of Early Christian Beliefs (Grand


Rapids: Hendrickson, 1998), 305-309.
Ebionismo
• Surgiu de dentro do judaísmo, e via Jesus como
um profeta.
• Jesus seria totalmente humano e de forma
alguma divino.
• “Jesus de Nazaré era um ser humano que foi
separado para o favor divino, sendo possuído
pelo Espírito Santo de um modo semelhante ao
(embora mais intenso que) o chamado de um
profeta hebreu”.
– Alister McGRath, Heresia: Uma História em Defesa da
Verdade (São Paulo: Hagnos, 2014), 136
Ebionismo
• “Os ebionitas compreendiam Jesus à luz de
um forte monoteísmo, com raízes em seus
antecedentes judaicos. Para eles, Jesus era
filho natural de José e Maria, em vez de o
eterno Filho de Deus, que supera aos outros
em justiça e que é dotado com a vocação de
Messias pela descida do Espírito Santo sobre
Ele em Seu batismo.”
– Tratado de Teologia, 214
Justin S. Holcomb, Know the Heretics (Grand
Rapids: Zondervan, 2014), cap. 4 [kindle]
• “Diferente de outras heresias, Docetismo não é
conectado a um líder ou representante em
particular. Ela deveria ser vista mais como uma
corrente entre alguns em teologia. Geralmente
proponentes do Gnosticismo e Marcionismo
estavam associados com Docetismo, mas ela não
era limitada a esses grupos.
• Docetismo se desenvolveu para fazer o
Cristianismo mais aceitável as sociedades pagãs.”
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• O Deus do AT e Deus Pai de Jesus do NT são 2
deuses diferentes.
– Deus vingativo X Pai do Gentil Jesus
• Tentou formular possivelmente a primeira
lista canônica do NT.
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Filho de um bispo na cidade de Sinope, na
província romana do Ponto (atualmente na
Turquia)
• Era um rico dono de barcos, e “tinha excelente
capacidade organizacional” (Holcomb, Know the
Heretics)
• Vivia uma vida ascética, mas seduziu uma virgem
e foi excomungado da igreja por seu pai.
– Alguns afirmam que isso é uma “fofoca maliciosa”
– Outros dizem ser uma metáfora de seu afastamento
dos ensinamentos da igreja
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Vai a Roma (140-145 d.C.) faz uma excelente
doação monetária para a igreja.
• Se aproxima de Cerdonius/Cerdo, um ex-
professor gnóstico
• Tenta se reafirmar na igreja, mas conflitos
doutrinários fizeram com que a igreja o
excomungasse e devolvesse sua doação.
• Não aceita completamente o gnosticismo, mas
impressionado com o conceito dualista, ele o
incorpora ao AT e NT
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Inicia a pregação da doutrina dualista dos 2
princípios
– Luc 6:43-44 – as 2 árvores; uma árvore boa não
pode produzir frutos maus
– O princípio/fundamento bom é o Pai de Jesus, o
doador da graça (Deus do NT, Supremo)
– O princípio/fundamento mau é o criador da
matéria e fundador da lei (Jeová, Deus do AT, dos
judeus, deus inferior)
• Isa 45:7 X 1 Jo 1:5b; 4:16
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• “O ponto de partida básico da teologia de Marcião
encontra-se na distinção que fazia entre lei e evangelho,
entre a Antiga Aliança e o Novo Testamento. Paulo dissera
que o cristão está livre da lei, e Marcião interpretou tal
afirmação como significando que a lei fora superada e que
o evangelho devia ser pregado sem qualquer referência à
lei. A lei, dizia, fora substituída por nova ordem de coisas.
Para ele, o evangelho era mensagem nova, anteriormente
desconhecida, que não apenas substituíra a lei mas
também se opunha a ela. Tertuliano caracterizou esta
atitude com as seguintes palavras: ‘A separação de lei e
evangelho é a obra principal e mais característica de
Marcião.’ (Contra Marcionem, 1, 19).”
– Bengt Hägglund, História da Teologia, 33
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• O propósito do Pai era que houvesse um mundo sem
imperfeições, puramente espiritual.
– Jeová́, por ignorância ou por maldade, criou este mundo e
a humanidade.
• O Antigo Testamento é palavra de deus (não do Deus
supremo), o ser inferior chamado Jeová
– ciumento e arbitrário
– escolhe um povo acima dos demais
– está constantemente conferindo a conta de quem o
desobedece para tomar vingança
– Jeová́ é um Deus de justiça.

Gonzalez, Uma História Ilustrada, 1:99


Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Pai dos cristãos, é muito superior do que Jeová́
– não é vingativo, mas é todo amor
– não requer nada da humanidade, antes nos dá tudo - inclusive a
salvação – gratuitamente
– não estabelece leis, mas nos convida a amá-lo
– se compadeceu das criaturas de Jeová́, e enviou seu Filho para
salvar a humanidade
• Jesus não nasceu de Maria, pois então seria súdito de Jeová́
• mas apareceu repentinamente, como um homem maduro, na época
do imperador Tibério.
– Não haverá julgamento no final, pois o Deus supremo na Sua
bondade perdoará totalmente a humanidade.
– Salvação apenas para a alma

Gonzalez, Uma História Ilustrada, 1:99


Holcomb, Know the Heretics (Grand Rapids: Zondervan, 2014), kindle ed.
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Marcião tinha de se desfazer do Antigo Testamento
– O AT era a parte principal das Escrituras cristãs
• Marcião argumentava que o AT era a palavra de um ser inferior
– Não podia ser lido na igreja
– Não podia ser a base do ensino cristão
• Compilou uma lista de livros que deveriam ser as escrituras cristãs
– Evangelho de Lucas
– 10 epístolas de Paulo (Paulo era o único que havia compreendido a
verdadeira mensagem de Jesus)
• Excluía Timóteo, Tito, e Hebreus
– Citações do AT em Lucas e Paulo (não podiam ser genuínas) foram
incluídas por judaizantes que tratavam de adulterar a mensagem
• Adaptou os textos que ele aceitava para estar de acordo com a sua teologia.
– Acrescentou um livro escrito por ele
• Antítese
Marcião/Marcion (ca. 85-160)
• Ele negava a criação, a encarnação e a
ressurreição final.
• Marcião e suas doutrinas representaram uma
séria ameaça para o cristianismo do 2º século.
• Chegou a organizar sua própria igreja, com seus
bispos rivais dos da outra igreja, e portanto seus
ensinos tendiam a se perpetuarem.
• O ensino marcionita dentro do resto da igreja era
impressionante, sobretudo porque suas
doutrinas pareciam tão simples e lógicas.
– Atraiu vários seguidores
Gonzalez, Uma História Ilustrada, 1:100
Whidden, Reeve, Moon, A Trindade, 148
• “Os pontos de vista de Marcion provavelmente teriam
encontrado pouco apelo junto a muitos dos cristãos se
não fosse o sentimento anti-judaico já́ então
observado. Fontes antigas tornam claro que tal
sentimento já́ se espalhava amplamente por esse
tempo. A Epístola de Barnabé́, provavelmente escrita
em Alexandria por volta de 130 d.C., e o Diálogo Com
Trifo, o Judeu, escrito por Justino, o Mártir,
provavelmente em Roma por volta de 150 d.C.,
retratam o desejo de distanciar o cristianismo de
qualquer judaísmo. Igualmente importante para o
crescimento do marcionismo foi o fato de que os
crentes não haviam até então explorado amplamente
os parâmetros dos ensinamentos cristãos.
MONTANISMO
Montanus/Montano – sacerdote pagão na Ásia Menor
(Phrygia - atual Turquia) se converteu ao cristianismo
cerca de 172 d.C.
MONTANISMO
• Montanus considerava os líderes da igreja espiritualmente
mortos e identificou-se como o “porta-voz do Espírito
Santo” (paracleto), porta-voz de Deus.
– “Ao contrário de Marcião, que tomou Paulo como seu ponto
de partida, Montanus enfatizou os escritos de João” (Harold
Brown, Heresies, 66).
• Pedia uma “nova profecia” (sinais e maravilhas do
Pentecostes).
– Considerado por alguns como o primeiro movimento neo-
pentecostal (Tratado de Teologia, 707)
• “Montanus [...] afirmava ser o cumprimento de uma
promessa particular das escrituras: ‘Ainda tenho muitas
coisas para dizer a vocês’ (João 16:12)”
• David F. Holland, Sacred Borders: Continuing Revelation and
Canonical Restraint in Early America (New York: Oxford University
Press, 2011), p. 13
MONTANISMO
• Duas profetisas: Prisca (Priscila) e Maximila.
• Enunciados sobrenaturais, línguas, profecias,
milagres, sinais, etc.
– Tertuliano não apresenta evidências fortes de
glossolalia, e diz que os sonhos e visões eram dados
enquanto eles dormiam.
• Pregava “rompimento de casamentos” (como
uma entrega total ao Espírito) e uma vida
ascética rígida, jejum severo (cf. Eusébio, Hist.
Ecles., 5.18), tudo conectado com uma convicção
de que o fim dos tempos estava próximo (Harold
Brown, Heresies, 67).
MONTANISMO
• Montanus dizia que ele e suas profetisas
receberam a plenitude do Espírito Santo, o que
era concedido apenas em parte aos outros (1 Cor
13:9)
• Deus tentou salvar o mundo através de Moisés e
os profetas, mas quando viu que não estava
funcionando, Ele mesmo tornou-se Homem. Mas
isso também não sendo suficiente. Enviou o
Espírito Santo a Montanus e suas profetisas.
– Liguori, History of Heresies (1857), 41.
MONTANISMO
• Os bispos locais (vários sínodos
locais) os declararam heréticos e os
excomungaram

• Primeiro cisma verdadeiro, ou


divisão organizacional, no
cristianismo.
MONTANISMO
• Nenhum escrito original de Montanus sobreviveu.
• É conhecido pelo que os pais da igreja (2º séc) escreveram
contra ele e seus seguidores, e Eusébio em sua História
Eclesiástica (4º séc.).
• Atualmente alguns argumentam que “os Montanistas
representam uma linha das verdadeiras testemunhas de
Deus, paralelas à crescente apostasia que mais tarde se
tornou o ‘homem do pecado’, dominante durante toda a
Idade Média. Outros, impressionados por evidências de
fanatismo, em certos momentos e lugares, questionaram
todas as alegações Montanistas de dons espirituais e
colocaram os Montanistas entre os hereges sectários.”
– Arthur G. Daniells, The Abiding Gift of Prophecy (1936), 190
Heresias do 3 o Século
• Monarquianismo/Monarquismo
– Unidade e simplicidade da divindade
– o elemento da Divindade é algum tipo de atividade ou
aparecimento de um único simples Deus
– tentativa de explicar o elemento do divino em Jesus sem
sacrificar o conceito unitarianista (Linwood Urban, A Short
Hystory of Christian Thought, 56-57)
– “Na tentativa de salvaguardar o monoteísmo e a unicidade
(‘monarquia’) de Deus, alguns teólogos do 2º e 3º séculos
proclamaram que Jesus era tão somente um homem,
embora adotado como filho pela Divindade. Outros
entendiam que Jesus e o Espírito Santo não passavam de
meras funções ou modos de atuação do único Deus”.
(Tratado de Teologia, xxv)
Heresias do 3 o Século
• Monarquianismo/Monarquismo Dinâmico
– Teodoto de Bizâncio (ca. 190 d.C.) – considerado o
fundador dessa teoria
– Paulo de Samósata (segunda metade do 3º século, bispo
de Antioquia) desenvolve mais tecnicamente a teoria
• Baseada no adocianismo – heresia cristológica que define Cristo
como um mero homem (primariamente um bom instrutor da
verdade e um bom exemplo como pessoa) sobre o qual desceu o
Espírito, que O ungiu com poderes divinos e O tornou Filho
adotivo de Deus no momento do Seu batismo (outros diziam Sua
ascensão).
– Jesus Cristo nunca existiu antes da encarnação.
• A Trindade eterna e imanente é substituída pela ideia da presença
“dinâmica” de Deus em Cristo pela habitação do Espírito.
• O termo "dinâmico” significa que o Deus uno está ligado ao
homem Jesus Cristo mediante poder espiritual impessoal.
Heresias do 3 o Século
• Monarquianismo/Monarquismo Modalista
– Praxeas (ca. 210 d.C., nascido em Phrygia, ex-
montanista)
• Negava o mistério da Trindade
• O Deus completo estava presente em Jesus
• Deus = uma Pessoa e uma natureza = o Pai
• O Pai desceu para o ventre de Maria, e quando nasceu em
carne foi chamado Jesus Cristo.
• O Pai que sofreu a morte = patripassionismo (Latin patri
“pai” e passio “sofrimento”)
• Os termos Pai, Filho e Espírito Santo são meramente títulos
aplicados a um único Ser/Pessoa.
Heresias do 3 o Século
• Monarquianismo/Monarquismo Modalista
– Sabélio (ca. 215 d.C., norte da África) –
considerado o último dos monarquianos
modalistas
• Deus é uma pessoa, que se manifesta e atua em
diferentes modos, como Pai, Filho e Espírito Santo.
• Trindade = Sol (forma, calor e luz)
– Luz = Filho
– Calor = Espírito Santo
– Figura/forma/substância do sol = Pai
» Portanto, o Pai (uma única Pessoa) contém o Filho e o
Espírito
Ário/Árius (256-336)
• Ário/Árius (256-336) – presbítero de Alexandria
– O Verbo preexistia antes do nascimento de Jesus, mas em algum
momento na eternidade ele tinha sido criado (a primeira das
criaturas)
• “Houve um tempo quando a palavra/verbo não existia” (Linwood
Urban, A Short History of Christian Thought, 62)
– O Verbo não era Deus no sentido pleno do termo
• Cristo como “ser intermediário”, menos do que Deus e mais do que
homem
– Se ambos fossem coeternos, então eram 2 deuses (contrário ao
monoteísmo)
– Acusava que os que discordavam dele estavam aderindo ao
sabelianismo (modalismo) – Deus é apenas 1 Pessoa
• Alexandre, bispo de Alexandria (250-326)
– O Verbo sempre tinha existido com o Pai
– O Verbo era Deus
A controvérsia aria'na e o Conc/lio /91
Ário Alexandre

'"::::I
CI>
O

Justo Gonzalez, Uma História Ilustrada, 2:91


Ário/Árius (256-336)
• Sínodo de Alexandria (318)
– Convocado por Alexandre, bispo de Alexandria
– Ário é acusado de repetir a heresia de adoção de
Paulo da Samasota, de forma mais sofisticada.
– Os cerca de 100 bispos (praticamente todos do
oriente) reunidos no sínodo condenaram Ário e
seus ensinamentos sobre Cristo como heresia e
ele foi deposto da função de presbítero.
– Ário é forçado a deixar Alexandria.

Olson, The Story of Christian Theology, 145.


HISTÓRIA
ECLESIÁSTICA I
“Conversão” de
Constantino
• 303 – o imperador Diocleciano e seus colegas da Tetrarquia romana, Maximiano
(pai de Magêncio) , Galério (d. 311) e Constâncio (d. 306; pai de Constantino)
emitiram uma série de editos em que revogavam os direitos legais dos cristãos e
exigiam que estes cumprissem as práticas religiosas tradicionais (perseguição de
Diocleciano).
• A última e possivelmente a mais violenta de todas.
Tolerância
• 311 – Edito de Tolerância por Galério (d.
311)
– seu sucessor Maximino, não respeita o edito,
e retoma a perseguição alguns meses depois

• Constantino vence Magêncio, na batalha


da Ponte Mílvia (Roma), em 312.
– “In hoc signo vinces” - “Por/com este sinal
vencerás” (uma cruz com as letras gregas X
[Chi] e P [Rho])
• Lactâncio (ca. 240/245-320/325) – sonho
• Eusébio (260/265-339/340) – visão ΧΡΙΣΤΟΣ / Χριστός
Tolerância
• 313 – Edito de Milão (Constantino [Cesar] e
Licinio [Augustus] que tinha derrotado
Maximino em 313)
–Não perseguir os cristãos
–Devolver igrejas, cemitérios e propriedades
confiscadas
Edito de Milão (313)
— “Eu, Constantino Augusto, e também Licínio
Augusto ... concedemos aos cristãos e a outros
autoridade total para observar a religião que cada
um preferir;”
— from Lactantius, De Mort. Pers., ch. 48 [https://
sourcebooks.fordham.edu/source/edict-milan.asp]
— “Esta foi a primeira proclamação do grande
princípio de que todo homem tinha o direito de
escolher sua religião de acordo com os ditames de
sua própria consciência e convicção honesta, sem
compulsão e interferência do governo.” (Schaff,
History of the Christian Church, 2:72-73)
Constantino, o Grande
• Dois métodos usados pelos
imperadores pagãos em relação ao
cristianismo
–Forçar a igreja a submissão
–Entrar em aliança com a igreja
• Diocleciano escolheu o primeiro método,
enquanto Constantino o segundo.
Constantino, o Grande
• Edito de Milão (313) – assinado por
Constantino [ocidente] and Licinio [oriente].
– “Ele [Constantino] distinguia-se por aquela
genuína sabedoria política, que, colocando-se à
frente da era, via claramente que a idolatria
sobrevivera ao império romano e que somente o
cristianismo podia dar novo vigor a ela e fornecer
seu apoio moral” (Philip Schaff, History of the
Christian Church, [NY: 1867], vol. 2, p. 13).
Constantino, o Grande
• 314 – Constantino vence parcialmente Licínio, mas aceita um acordo de paz.
– Licinio era casado com uma meia-irmã de Constantino.
• 7/Março/321 – determina oficialmente o domingo (“venerável dia do Sol”)
como dia de repouso, com exceção dos lavradores.
– Não é baseado no sábado judaico (agricultores não trabalhavam)
– “Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os
mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante,
atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto
acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do
grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo
favorável concedido pelo céu.”
• 324 – um edito imperial ordena que todos os soldados adorassem o Deus
supremo no domingo (ressurreição de Cristo e dia dedicado ao culto do deus
Sol Invicto)
Constantino, o Grande
• Em 324, Constantino vence Licínio, na batalha de Crisópolis
(atual Turquia), captura todo o Império e declara oficialmente
que o cristianismo deveria ser aceitado (Religio licita).
• “Alguns historiadores contam que Licínio temia o poder
aparentemente mágico do labarum de Constantino, e ordenou a
seus soldados que não olhassem para o emblema cristão, nem o
atacassem de frente.” (Justo Gonzalez, Uma história Ilustrada,
2:22).
• Estabelece Constantinopla (no local da antiga Bizâncio) como
sua nova capital
Constantino e o Cristianismo
• Concede a maior parte de Roma à Igreja Católica
• Considerável aumento da circulação das Escrituras
–Escribas profissionais contratados
–Belos e luxuosos mss
–Texto Bizantino – 85% dos mss gregos do NT

• Constrói igrejas, com sua mãe Helena, na Terra Santa


(Igreja de Santo Sepulcro em Jerusalém, Igreja da
Natividade em Belém)
–Ela disse ter descoberto a cruz de Cristo (vera cruz)
• Boatos de cruz milagrosa (superstições).
Constantino e o Cristianismo
• Culto passa de simples em casas ou pequenos templos a seguir
um protocolo imperial
– Templos pomposos
– Incenso usado no culto ao imperador é introduzido na igreja
– Ministros usam vestimentas ricamente ornamentadas
– Procissão antes do culto
– Coros (congregação participando cada vez menos)
• Convoca o Concílio de Nicéia (Pontífice Máximo; bispo dos bispos)
• Morre em 337; batizado por um bispo Ariano, pouco antes de
morrer
• “Durante todo o seu reinado como
imperador, o relacionamento de
Constantino com os líderes cristãos foi
tempestuoso. Ele passou a se considerar
o ‘bispo de todos os bispos’ e o ‘décimo
terceiro apóstolo’, embora fosse pagão e
recusasse o batismo até estar quase
literalmente em seu leito de morte.”
– Roger Olson, The Story of Christian Theology, 138
“A conversão nominal de
Constantino, na primeira parte do
século IV, causou grande regozijo; e o
mundo, sob o manto de justiça
aparente, introduziu-se na igreja.
Progredia rapidamente a obra de
corrupção. O paganismo, conquanto
parecesse suplantado, tornou-se o
vencedor. Seu espírito dominava a
igreja. Suas doutrinas, cerimônias e
superstições incorporaram-se à fé e
culto dos professos seguidores de
Cristo.”
EGW, GC 49
HISTÓRIA
ECLESIÁSTICA I
Respostas da Igreja
Respostas da Igreja
• “Três principais desenvolvimentos juntos
fizeram a transformação do cristianismo
primitivo: [1] a formalização de sua estrutura
organizacional hierárquica centrada em
bispos, [2] a formulação de credos resumindo
os fundamentos do que deve ser acreditado
para ser um cristão, e [3] a identificação de
um cânone de Escrituras cristãs.”
– Roger Olson, The Story of Christian Theology, 124
Respostas da Igreja
• 1. O desaparecimento dos apóstolos
apresentou à igreja uma crise de autoridade.
– Até os gnósticos apelavam para uma tradição
secreta ensinada pelos discípulos de Jesus.
• 2. A perseguição forçou a igreja a enfrentar
situações que requeriam uma liderança forte.
• 3. O problema de bispos cometerem erros
levou ao desenvolvimento de uma hierarquia
forte, credos e confissões de fé, e um cânon.

Roger Olson, The Story of Christian Theology, 124, 125


Respostas da Igreja
O Papel dos Bispos
• No início da história cristã (fim do 1º séc. e inicio
do 2º séc.) cada igreja tinha um ancião ou grupo
de anciãos.
• Logo, a maioria das igrejas selecionavam um
ancião para ser um bispo (um tipo de super-
ancião) para guiar e orientar os demais anciãos.
• Cipriano desenvolveu uma justificação teórica
para essa eclesiologia episcopal: manter a
unidade da fé.
• Clemente de Roma advertiu contra rebeliões
dirigidas ao líderes apontados (topo da escada:
bispos)
Roger Olson, The Story of Christian Theology, 125
Respostas da Igreja
O Papel dos Bispos
• Um dos primeiros sínodos/convocações de bispos
aconteceu na metade do 2º século para examinar
o movimento montanista.
– Resultado: expulsão formal de Montanus e seu grupo
da “grande igreja”
• A primeira vez que um sínodo de bispos
excomungou outro bispo foi em Antioquia em
268.
– Paulo de Samosata, bispo de Antioquia, com seu
ensino de estrito monoteísmo (só uma Pessoa na
divindade), e Jesus sendo adotado na divindade por
ocasião do seu batismo, foi declarado herege.

Roger Olson, The Story of Christian Theology, 127


Respostas da Igreja
As Regras da Fé
• O Credo Apostólico
– O mais conhecido dos credos
– Atribuído pela tradição aos doze apóstolos
– Estudiosos acreditam que ele se origina a partir de
pequenas confissões batismais empregadas nas
igrejas dos primeiros séculos, mas só alcançou sua
forma definitiva por volta do sexto século.
• Philip Schaff, Creeds of Christendom, 1:20.
– Outros acreditam que sua forma final e completa
aceitação veio apenas na época de Carlos Magno por
volta de 813 d.C., ou até mais tarde, 1014 d,C.
• Roger Olson, The Story of Christian Theology, 130
Respostas da Igreja
As Regras da Fé
• O Credo Apostólico
– Provavelmente, da primeira metade do 2º século
• Creio em Deus Pai Todo-poderoso, e em Jesus Cristo, seu
único Filho, nosso Senhor. E no Espírito Santo, na santa
Igreja, na ressurreição da carne.
– Credo Romano Antigo (antigo nome para o credo
apostólico, segunda metade do 2º séc.)
• Creio em Deus Pai Todo-poderoso. E em Jesus Cristo seu
único Filho nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da
virgem Maria; concebido sob o poder de Pôncio Pilatos e
sepultado; ressuscitou ao terceiro dia; subiu ao céu e está
sentado à mão direita do Pai, de onde há de vir julgar os
vivos e os mortos. E no Espírito Santo; na santa Igreja; na
remissão dos pecados; na ressurreição do corpo.
Respostas da Igreja
As Regras da Fé
• Um dos principais usos do “símbolo” (como era chamado o
credo por alguns) era no batismo, quando se perguntavam
três coisas ao candidato, perguntas essas que recordam
hoje o Credo que temos:
– Crês em Deus Pai Todo-poderoso?
– Crês em Jesus Cristo, o filho de Deus, que nasceu do Espírito
Santo e de Maria, a virgem, que foi crucificado sob Pôncio
Pilatos, e morreu, e se levantou de novo ao terceiro dia, vivo
dentre os mortos, e ascendeu ao céu, e se sentou à destra do
Pai, e virá a julgar os vivos e os mortos?
– Crês no Espírito Santo, na santa igreja, e na ressurreição da
carne?
• Suas palavras têm o propósito de rejeitar as doutrinas dos
gnósticos e, sobretudo, de Márciom.
– Justo Gonzalez, Uma história Ilustrada, 1:103
Respostas da Igreja:
Concílio de Nicéia
• Concílio de Nicéia (325 d.C.) – próximo de
Constantinopla
– primeiro concílio ecumênico (universal) da Igreja
– Convocado por Constantino (“bispo dos bispos”)
– Tentativa de unificar o cristianismo
– 318 participantes (outros apresentam outros números)
• Dificuldades de locomoção e idioma dificultou a ida de muitos
bispos do ocidente.
– Principais alvos atingidos
• Resolução da questão cristológica da natureza divina de Jesus e
sua relação com Deus Pai
• Formulação da primeira parte do Credo Niceno
• Fixação da data da Páscoa
• Promulgação da lei canônica em sua primeira forma.
Respostas da Igreja:
Concílio de Nicéia
• Resolução da questão cristológica que gerou conflito
em Alexandria
– Alexandre e Atanásio (bispo e presbítero de Alexandria) –
Jesus não teve começo e foi gerado pelo Pai a partir de seu
próprio ser
– Ário (presbítero em Alexandria) – Jesus teve começo e foi
criado do nada.
• Não foi permitido participar pois não era um bispo.
– O concílio decidiu, esmagadoramente, contra os arianos:
• Cerca de 318 participantes
• Todos, exceto dois, assinaram o credo
• Ário e os dois que negaram assinar o credo foram excomungados.
• Escritos de Ário foram condenados a serem confiscados e
queimados.
Credo Niceno
• Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de
todas as coisas visíveis e invisíveis.
• Ε em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado
unigênito do Pai, isto é, da substância [οὐσίας] do Pai;
• Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial [ὁμοούσιον/
homoousios] ao Pai;
• por quem foram feitas todas as coisas que estão no céu ou
na terra.
• O qual por nós homens e para nossa salvação, desceu, se
encarnou e se fez homem.
• Padeceu e ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus
• Ele virá para julgar os vivos e os mortos.
• E no Espírito Santo.
Credo Niceno
• E quem quer que diga que houve um tempo
em que o Filho de Deus não existia, ou que
antes que fosse gerado ele não existia, ou que
ele foi criado daquilo que não existia, ou que
ele é de uma substância [οὐσίας] ou essência
diferente (do Pai), ou que ele é uma criatura,
ou sujeito à mudança ou transformação, todos
os que falem assim, são anatematizados pela
Igreja Católica.
Concílio de Nicéia:
Controvérsia quartodecimana
• “A controvérsia entre aqueles que defendiam os cálculos
independentes e aqueles que defendiam a confiança
contínua no calendário judaico, conhecido como
quartodecimanos, foi formalmente resolvida pelo concílio,
que endossou o procedimento independente que esteve
em uso por algum tempo em Roma e Alexandria. A Páscoa
deveria ser um domingo em um mês lunar escolhido de
acordo com critérios cristãos — com efeito, um nissan
cristão — e não no mês de nissan definido pelos judeus.
Aqueles que defendiam a confiança contínua no calendário
judaico foram convidados a aderir à posição majoritária.
Que eles não o fizeram imediatamente é revelado pela
existência de sermões, cânones, e tratados escritos contra
essa prática no final do século IV.”
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia
Concílio de Nicéia:
Promulgação da lei canônica
• O concílio promulgou vinte novas leis da Igreja, chamadas cânones, regras
imutáveis de disciplina.
– 1. Proibição da auto-castração.
– 2. Estabelecimento de um período mínimo de estudo para os catecúmenos
(pessoas que estudam para receber o batismo).
– 4. Ordenação de um bispo na presença de pelo menos três bispos provinciais e
com confirmação do bispo metropolitano.
– 6. Confirmação de antigos costumes, dando jurisdição sobre grandes regiões
aos bispos de Alexandria, Roma e Antioquia.
– 7. Reconhecimento dos direitos honorários da sé de Jerusalém.
– 8. Provisões sobre os novacianistas.
– 9–14. Provisão de processo leve contra os lapsi durante a perseguição sob o
imperador Licínio.
– 15–16. Proibição da remoção de sacerdotes das localidades para as quais
foram ordenados.
– 19. Declaração da nulidade do batismo realizado pelos hereges seguidores de
Paulo de Samósata.
Respostas da Igreja: o cânon
• Antes de Marcião, não existia uma lista de
livros do Novo Testamento.
• Os cristãos, tinham as Escrituras (o AT, em
geral a versão grega, a Septuaginta).
• Costume de ler nas igrejas algum dos
Evangelhos e cartas dos apóstolos,
• Em umas igrejas se lia um Evangelho e em
outras outro, assim também com outros
livros.
Respostas da Igreja: o cânon
• “Se uma das razões para a definição do cânon
das Escrituras era assegurar que nada fosse
indevidamente excluído—como havia sido
feito por Marcião—uma segunda razão era
estabelecer limites para o conceito crucial de
revelação divina autoritária, verbal, e para
certificar-se de que a revelação bíblica não foi
diluída pelo acréscimo de espúrias revelações
privadas.” [uma defesa contra o montanismo]
– Harold Brown, Heresies, 67
“Esses concílios não objetivavam
impor algo novo às comunidades
cristãs, pelo contrário, o intuito
era sistematizar o que já era
prática comum”

F. F. Bruce, Merece Confiança o Novo


Testamento? 3rd ed. rev., p. 36
Conclusão
• Cânon do NT não foi decidido por uma igreja
organizada, um papa, ou um concílio geral
• Desenvolveu-se gradualmente por um período
de 4 séculos quando homens cristãos sob a
direção do Espírito Santo reconheceram que
certos escritos (livros, cartas) tinham sido
inspirados por Deus, e outros não.
Conclusão
• “É claro que a comunidade teve um papel subsidiário
em selecionar livros para o cânon, e ela tem um papel
subsidiário em decidir crenças fundamentais. Mas um
método teológico fiel à Escritura irá enfatizar que a
Escritura determina quais livros devem estar no cânon e
que crenças são fundamentais para uma comunidade. ...
Não foi tanto a decisão dos líderes, guiados pelo espírito
que determinou que livros foram escolhidos para o
cânon, mas escritos guiados pelo Espírito, que o Espírito
levou os líderes a aceitar. A Escritura é o critério
máximo, e o Espírito Santo que foi o autor das Escrituras
estava presente para orientar o processo.”
– Norman R. Gulley, Systematic Theology: Prolegomena (AU
Press, 2003), 114, cf. 111.

Você também pode gostar