Acabamos de suplicar no Salmo de hoje (41) que “minha alma tem
sede de Deus, do Deus vivo: e quando verei a face de Deus?” podemos acrescentar “onde veremos a face de Deus?”. Deus, disse Jesus, se encontra no rosto do outro, mas de forma especial no rosto dos mais empobrecidos. Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos, foi a mim que fizestes, disse Jesus. Hoje levantamos da cama, viemos até este templo dedicado a Deus para começar bem o dia, a semana celebrando juntos a Eucaristia, que significa “Ação de Graças”. E que melhor atitude para dar graças a Deus senão reconhece-lo no rosto do outro, naquele que nos traz a palavra do Senhor, naquele que talvez hoje levantou- se preocupado porque esta desempregado. Ser capaz de perceber Deus que vem a nós, que traz a nós uma palavra expressada muitas vezes num olhar, num sorriso, num por favor, num muito obrigado, eis aqui a capacidade de “ver a face de Deus” que temos e que está a apenas a uma sensibilidade de distância. Sensibilidade que não tiveram os conterrâneos de Jesus, já que não souberam reconhecer nele o rosto amoroso e misericordioso de Deus que veio ao encontro de todos. Deus continua vindo ao nosso encontro, agora no rosto de cada pessoa que você encontrou até chegar aqui e que encontrará neste dia. Acolher os outros com respeito, saber respeitar as diferenças, desenvolver a sensibilidade de ver no outro a própria face de Deus. Ao iniciarmos este dia, esta semana celebrando juntos a Eucaristia, vamos agradecer a Deus a pelas pessoas que trabalham, que convivem conosco, que encontramos na rua, nas quais podemos ver a face de Deus. ASSIM SEJA!