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Quarta feira, 13 de maio de 2015

At 17,15.22-18,1; 148; Jo. 16,12-15

Neste tempo pascal, reavivamos nossa fé ao ouvirmos os relatos da


igreja primitiva descritos nos atos dos apóstolos. É possível perceber, através
da caneta do autor, no caso Lucas, que os membros da comunidade cristã
primitiva sentiam-se responsáveis em transmitir a mensagem de Jesus a
todos, inclusive aos gregos, vistos pelos judeus mais ortodoxos como pagãos
e descrentes. Mas ao chegar a grande Atenas, Paulo tem outra percepção,
diz o autor: “de pé, no meio do Areópago, Paulo disse: homens atenienses,
em tudo vejo que vós sois extremamente religiosos”.
É a partir desta percepção que Paulo constrói seu raciocínio e o
conduz até Jesus Cristo, que é seu objetivo último. Paulo não teve muito
sucesso, como ouvimos: “alguns caçoavam, outros saíram e alguns se
reuniram a eles”. No entanto, nos deu uma grande lição: que devemos ter
coragem de proclamar que Jesus Cristo é o Deus conosco, o mesmo que fez
o universo e que se encarnou e veio morar no nosso meio. Aliás, lembramos
que este é exatamente o mandato de Jesus: “ide pelo mundo inteiro e
anunciai a boa notícia a todos”(Mc 16,15).
A Igreja, vive em estado permanente de missão. Quem se apaixona
por Jesus, como Paulo, deve igualmente transbordar Jesus no testemunho e
no anúncio explícito de sua pessoa e mensagem. A igreja é
indispensavelmente missionária. Existe para anunciar, por gestos e palavras,
a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo. Fechar-se a dimensão missionária
implica fechar-se ao Espirito Santo, Sempre presente, atuante, impulsionador
e defensor.
Neste tempo pascal, nos aproximamos do pentecostes que é a grande
celebração do impulso missionário da Igreja, de cada batizado como portador
desta mensagem de paz e concórdia, de fraternidade. Que a força do Espirito
Santo nos impulsione em nossa missão diária, na família, na sociedade, em
qualquer lugar que estivermos para termos a coragem e audácia de Paulo
que não se intimidou com os sábios de Atenas. Possamos hoje testemunhar
Jesus nos areópagos modernos, com o respeito, com educação, já que ser
cristão é antes de tudo uma adesão, uma escolha livre e consciente.

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