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OS ERROS MAIS COMUNS EM PEÇAS JURÍDICAS E COMO SOLUCIONÁ-

LO

Sem sombra de dúvidas as primeiras palavras que você começou a escrever


em sua primeira petição levaram um pouco de tempo para saírem de sua
cabeça e entrarem no papel. Isso é completamente compreensível, visto que
elaborar peças jurídicas é um exercício de imensa responsabilidade,
requerendo um nível elevado de conhecimento, técnica e principalmente,
prática.

A atividade do advogado não está ligada a atingir o resultado, mas sim


desempenhar seu ofício com o máximo de cuidado perícia possível. Ele deve
fazer uso de todos os meios, lícitos, possíveis na defesa dos interesses do seu
cliente.

Mesmo os mais experientes advogados não estão livres de cometer alguns


erros. Esses erros podem ir desde uma digitação errada de uma palavra, que
não resultara em repercussão relevante no processo, até mesmo alguns
equívocos que podem ocasionar lesões ao direito pleiteado em nome do seu
cliente. Para ajudar a evitar a ocorrência desses erros listo alguns dos mais
comuns a seguir:

- Endereçar sua petição ao “Meritíssimo Juízo”

Ao passo que a nova legislação processual civil passou a dizer que a petição
inicial será endereçada ao juízo, no seu artigo 319, inciso I. Isso se contrapôs
ao que prescrevia a legislação passada, na qual a petição era endereçada ao
juiz. O erro se encontra no fato de que vários advogados têm utilizado o
endereçamento ao “Excelentíssimo (ou “Meritíssimo”) Juízo da… Vara (…)”, o
que não deve ser repetido por uma simples razão: não se pode chamar coisa
ou lugar por pronome de tratamento pessoal, que são exclusivos para a
pessoa física/natural.

- Escrever e falar a palavra “jurisprudências”


Apesar da intenção de falar a palavra no plural seja para dar a ideia de uma
multiplicidade de decisões, julgados, acórdãos e precedentes. Essa palavra
não deve ser utilizada ou falada no plural.

- Fazer petições longas e ambíguas

A prolixidade nas petições não tem sido muito bem aceita pelos órgãos
jurisdicionais. É interessante que o advogado seja o mais direito e suscinto
possível na elaboração da sua peça. Isso se coaduna com o momento pelo
qual passa o judiciário, poder que se encontra extremamente sobrecarregado
a eficiência é a palavra chave para agregar valor à sua peça inicial.

É bom evitar o uso de expressões ambíguas, irônicas ou mesmo sarcásticas. O


respeito é a forma de e tratar todos e esse tratamento serve ainda mais no
judiciário.

- Referir-se às partes pelos nomes

Apenas no momento de se qualificar as partes elas devem ser mencionadas


nominalmente. Deve ser usado sempre os termos em terceira pessoa. Para se
referir as partes faça uso de termos como “demandante”, “demandado”,
“autor”, “réu”, “requerente”, “requerido”, “exequente”, “executado” etc.

- Impetrar ação ordinária ou ajuizar mandado de segurança

Ações comuns serão “ajuizadas” ou “propostas”. Remédios constitucionais, a


exemplo do mandado de segurança e do habeas corpus, serão em regra
“impetrados”, com exceção da ação popular, que também será “ajuizada” ou
“proposta”.

Os recursos, em regra, serão “interpostos”, exceto os embargos declaratórios,


que serão “opostos”.

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