UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CARLOS EDUARDO TEIXEIRA XAVIER

GIOVANNA LUIZA SILVA BATALHA

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS

São Luís
2024
CARLOS EDUARDO TEIXEIRA XAVIER
GIOVANNA LUIZA SILVA BATALHA

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS

Atividade apresentada como requisito

para obtenção das notas referente à
disciplina Estruturas de Concreto III, do
curso de Engenharia Civil da
Universidade Estadual do Maranhão.

Prof: Dr. Eduardo Aurélio Barros Aguiar

Data: 02/02/2024

São Luís
2024
DIMENSIONAMETO DE SAPATAS
O presente trabalho faz referência ao dimensionamento de sapatas para pilares
apresentados na figura abaixo:

P 1=20 tf

P 2=150 tf

P 3=80 tf ; Mx =6000 kgf ∙ m; My =4000 kgf ∙ m

P 4=70 tf

P 5=70 tf
 1. SAPATA DO PILAR 1
Dados:
Conversões:
C30;
1 kN = 100 kgf 1 kgf = 1/100 kN
Dimensões do Pilar: P1  50 x 30
1 kN = 0,1 tf 1 tf = 10 kN
P1 = 20 tf
σ adm=2 kgf /cm ²

 1° passo: cálculo de “e’/b”

Para que não seja grande o momento do pilar a fim de se poder usar armadura pequena,
o valor de “e’/b” não deve ultrapassar os valores abaixo.
K ≥0,6 ≥0,5 ≥ 0,4 ≥0,3 ≥0,2 ≥0,1
e’/b ≤ 0,3 0,4 0,5 0,6 0,8 1,3

Tendo em vista a imagem acima, percebe-se que, para encontrar o valor de “e/b”, faz-se
necessário calcular k, o qual é dado pela expressão abaixo.
Nd
K=
0 , 85 ∙ fcd ∙ ( a ∙ b )

Onde: “a” e “b”  dimensões dos pilares

1 , 4 ∙ 200
K= =0,1024
3
0 , 85 ∙ ∙30 ∙ 50
1,4
Para K ≥ 0,10:

e'
=1 , 3
b
e'
=1 ,3
30
'
e =39 cm

B=3 ∙ ( b2 +e )
'

B=3 ∙ ( 302 + 39)

 B=162 cm

Adotando um valor múltiplo de 5, temos:

B=165 cm

2∙N
A=
1 , 3 ∙σ ∙ B

2∙ 20000
A=
1 , 3 ∙2 ∙165

A=93 , 24 cm

A=95 cm

h= ( B−b
2 )

h= ( 165−30
2 )
h=67 , 5 cm ≅ 70 cm

70
h o= =23 ,33 ≅ 25 cm
3

 2° passo: cálculo dos Momentos

- Perpendicular à divisa:

⊥
M =N ∙ e '
⊥
M =20000 [ kgf ] ∙1 , 4 ∙0 , 39[m]

⊥
M =10920 Kgf ∙ m

- Paralelo à Divisa:

¿∨¿=
4
∙(
N A −a
4
¿ )
M

20000 ∙1 ,4 ( 0 , 95−0 ,5)

¿∨¿= ∙ ¿
4 4
M

¿∨¿=787, 5 Kgfm ¿
M
  3° passo: cálculo das armaduras:

- Perpendicular à divisa:

⊥
M =10920 Kgfm=10920 kNcm

ϕ
d=h−c−
2

d=70−5−1

d=64 cm

2
55 ∙64
K c=
10920

K c =20 , 63

Pela tabela de dimensionamentos de seções retangulares, Fck = 30. Temos:

K c = 20,63 → K s=0,023

A s ∙d
Ks=
Md

As ∙(64)
0,023=
10920
2
As=3 , 92 cm

As 3 , 92 2
= =4,126 c m /m
A 0 , 95

∅ 10 mm−C .19 cm
2
Asef =4 , 13 c m /m
- Paralelo à Divisa:

¿∨¿=787, 5 Kgfm=787 ,5 kNcm ¿

M

d=64 cm

2
35 ∙ 64
Kc=
787 , 5

Kc=182

- Valor de Kc fora da tabela, adota-se a área de aço mínima:

- Para concreto de Fck = 30MPA→ ρmin =0,00150

Asmin =0,0015 ∙ h∙ B

Asmin =0,0015 ∙70 ∙ 165

2
Asmin =17,325 cm

17,325
Asmin =
1 ,65

2
Asmin =10 , 5 cm /m

∅ 12, 5 mm−C /11 cm

2
Asef =11, 16 c m /m

 4° passo: detalhamento
2. SAPATA DO PILAR 2
Dados:
Conversões:
C30;
1 kN = 100 kgf 1 kgf = 1/100 kN
Dimensões do Pilar: P1  50 x 30 cm
1 kN = 0,1 tf 1 tf = 10 kN
P2 = 20 tf
σ adm=2 kgf /cm ²

 1° Passo: calcular o centro de gravidade

A 1 ⋅ x 1+ A 2 ⋅ x 2+ A 3 ⋅ x 3
X=
A 1+ A 2+ A 3

15 ⋅ 45 ⋅7 ,5+ 15⋅ 80⋅ 40+15 ⋅ 45⋅(80−7 , 5)

X=
(15 ⋅45)+(15 ⋅80)+(15 ⋅45)

X =40 cm

A 1 ⋅ y 1+ A 2 ⋅ y 2+ A 3⋅ y 3
Y=
A 1+ A 2+ A 3

15 ⋅45 ⋅37 ,5+15 ⋅80 ⋅7 , 5+15 ⋅ 45⋅ 37 ,5

Y=
(15 ⋅45)+(15⋅ 80)+(15 ⋅45)

Y =23 ,38 cm
  2° Passo: dimensões do pilar

a=(80−40)⋅2+2 , 5+2 ,5

a=85 cm

b=(60−23 , 38)⋅2+2 , 5+2 , 5

b=78,235 cm=80 cm

 3° Passo: dimensões da sapata

Para o dimensionamento econômico

1 ,1 ⋅ P
A ⋅ B=
σ adm

1 ,1 ⋅150000
A ⋅ B=
2

2
A ⋅ B=82500 c m

B− A=b−a

B=85−80+ A

B=5+ A

Substituindo uma equação a outra, tem-se:

2
A ⋅ B=82500 c m

A ⋅ ( 5+ A )=82500

A+5 A−82500=0

A=285 cm

B=290 cm

Altura da sapata:

(B−b) ( A−a)
h= =
3 3
 290−85
h=
3

h=68 , 33 cm=70 cm

h
h o=
3

70
h o=
3

h o=23 , 3

h o=25 cm

 4° Passo: Momentos Solicitantes:

1 2
Mka= ⋅ σ adm ⋅ B ⋅ ( A−a )
8

1 2
Mkb= ⋅ σ adm ⋅ A ⋅ ( B−b )
8

Logo teremos:

1 2
Mka= ⋅2 ⋅290 ⋅ ( 285−75 )
8

Mka=3197250 kgf . cm
 Mka=31972 ,50 kgf .m

1 2
Mkb= ⋅2 ⋅285 ⋅ ( 290−80 )
8

Mkb=3142125 kgf . cm

Mkb=31421 , 25 kgf . m

 5° Passo: Cálculo da armadura para momento Ma:

Ma=31972 ,50 kgf . m

2
b ⋅d
K c=
Md

Sendo “d” dado por:

d=h−5

d=70−5=65 cm

Logo:

2
85 ⋅65
Kc=
1 , 4 ⋅ 31972, 50

Kc=8,023

Pela tabela de dimensionamentos de seções retangulares, teremos o domínio 2. Logo,

para Fck de 30 MPA, teremos:

Ks=0,024

Ks ⋅ Md
A sa=
d

0,024 ⋅1 , 4 ⋅31972 ,50

A sa =
65

2
A sa=16 ,53 c m

A s 16 , 53 2
= =5 ,70 c m /m
m 2,9

Pela tabela de armadura, têm-se a opção mais viável:

∅ 10 mm−C .13 cm
 2
Asef =6 , 04 c m /m

 6° Passo: armadura para momento Mb:

Mb=31421 , 25 kgf .m

2
b ⋅d
K c=
Md
2
80 ⋅65
Kc=
1 , 4 ⋅ 31421, 25

Kc=7 , 68

Pela tabela para dimensionamentos de seções retangulares, teremos o domínio 2. Logo,

para Fck de 30 MPA, teremos:

Ks=0,024

Ks ⋅ Md
A sa=
d

0,024 ⋅1 , 4 ⋅31421 ,25

A sa =
65

2
A sa=16 , 24 c m

A s 16 , 24 2
= =5 , 70 c m /m
m 2 , 85

Pela tabela de armadura, têm-se a opção mais viável:

∅ 10 mm−C .13 cm
2
Asef =6 , 04 c m /m

 7° passo: detalhamento
3. SAPATA DO PILAR 3
Dados:
C30; Conversões:

Dimensões do Pilar: P3  40 x 40 cm 1 kN = 100 kgf 1 kgf = 1/100 kN

P3 = 80 tf 1 kN = 0,1 tf 1 tf = 10 kN

Mx = 6.000 kgf⋅m
My = 4.000 kgf⋅m
σ adm=2 kgf /cm ²

 1° passo: cálculo da área

1 ,1 ⋅80000
S sap=
2
2
A ⋅ B=44000 c m
B−b= A−a
B= A−a+ b
Como a=b , então : B= A
Lembrando que “a” e “b” são as dimensões do pilar.
2
S sap=B =44.000
B=209 , 76 ≅ 210 cm
∴ A=B=210 cm
 2° passo: excentricidades

Excentricidade em X:

Mx
ex=
N
6000
ex=
80000
e x =0,075 m=7 , 5 cm

Excentricidade em Y:

MY
e y=
N
4000
e y=
80000
e y =0 , 05 m=5 cm
Será Zona 1 se:
A B
ex ≤ eey≤
6 6

210
e x =7 ,5 cm ≤ =35 cm →OK !
6
e y =5 cm ≤35 cm→OK !

Nessa Zona 1, a distribuição de tensões caracteriza-se por apresentar APENAS

COMPRESSÃO.

Outra forma de verificar se o caso está, realmente, na zona 1 é por meio do Ábaco de
Montoya, o qual, por sua vez, utiliza a nomenclatura “Zona D”:

e x 7 ,5
n x= = =0,0357
A 210
5
n y= =0,0238
210
Portanto, o caso, de fato, apresenta-se na Zona D, na qual só há compressão.

Outra verificação:

1
n x + n y ≤ → não tem tração na base
6

1
n x + n y =0,0595< ∴ não tem tração
6

Logo, de fato, só há compressão na distribuição de tensões.

A sapata de 210 cm de largura deve atender à verificação abaixo:

Fv 6 ex 6 e y 4
σ máx= ⋅(1+ + )≤ σ
A⋅B A B 3 adm

σ s=
1 ,1 ⋅80000
210
2 (
⋅ 1+
6 ⋅7 , 5 6 ⋅5
210
+
210 )
2 2
σ s=2 , 70 kgf /c m > 2, 67 kgf /c m
Portanto, não está ok!

Assim, deve-se aumentar as dimensões da sapata. Então, será testada a largura de

220cm:

7,5
n x= =0,0349090
220

5
n y= =0,0227272
220

σ s=
1 ,1 ⋅80000
220
2 (
⋅ 1+
6 ⋅7 , 5 6 ⋅5
220
+
220 )
kgf 2
σ s=2,438 2
< 2 ,67 kgf /c m
cm

Portanto, está OK!

Portanto, a Sapata está na Zona 1 (ou Zona D), atende à verificação imposta e tem as
seguintes dimensões:

A=B=220 cm

2
S sap=48400 c m

 3° passo: determinação da altura

 A−a 220−40
h≥ ≥ ≥60
3 3

Portanto:

h=60 cm

ϕ
d=h−c−
2

d=60−5−1

d=54 cm

h
h o=
3

60
h o=
3

h o=20 cm

 4° passo: tensões de referência

Para o cálculo de momento, devemos encontrar as tensões de referência e as seções de

referência.

No presente trabalho, a tensão de referência será a própria tensão máxima.

Fv 6 ex 6 e y 4
σ máx= ⋅(1+ + )≤ σ
A⋅B A B 3 adm

σ s=
1 ,1 ⋅80000
220
2 (
⋅ 1+
6 ⋅7 , 5 6 ⋅5
220
+
220 )
2
σ s=2 , 2,438 kgf /c m

σ mín = Fv/(A⋅B) ⋅ (1 - 6ex/A - 6ey/B)

σ 3 = Fv/( A⋅B)) ⋅ (1 - 6ex/A + 6ey/B)

σ 2 = Fv/(A⋅B) ⋅ (1 + 6ex/A - 6ey/B)

 5° passo: cálculo do momento M A

 2
( x A)
M A =σ máx ⋅ ⋅B
2

Xa = Xb = (220-40)/2 + 0,15⋅40 = 90 + 6 = 96 cm (seção de referência)

( 96 )2
M A =2,438⋅ ⋅220
2

M A =2471546 , 88 kgf ⋅c m

M A =24715 , 47 kgf ⋅m

 6° passo: cálculo do momento M B

2
( xB )
M B =σ máx ⋅ ⋅A
2

( 96 )2
M B =2,438 ⋅ ⋅220
2

M B =2471546 , 88 kgf ⋅c m

M B =24715 , 47 kgf ⋅m

Onde “X” é a distância ( x A) a direção do lado A, no caso do momento A ( M A).

O raciocínio é análogo para o momento B ( M B ).

Além disso, vale ressaltar que, de acordo com a nomenclatura utilizada,

M A =M Y ; M B=M X .

 7° passo: cálculo das armaduras

- Momento A ( M A)
 2
b ⋅d
K c=
M Ad

Onde “ M Ad” é o valor de cálculo do momento M A. Logo:

2
45 ⋅54
Kc=
1 , 4 ⋅ 24715,4688

Kc=3,838

Pela tabela: ks=0,025

As⋅ d 2
Ks= (c m /kN )
Md

Ks⋅ M Ad
A s=
d

0,025 ⋅1 , 4 ⋅24715,4688 2
As= =16 c m
54

Dividindo essa área pela largura da base da sapata, temos:

As 16 2
= =7 , 27 c m /m
B 2,2

∅ 10 mm−C .10 cm
2
Asef =7 , 85 c m /m

- Momento B ¿)

2
' cm
A s= As=7 ,27
m

∅ 10 mm−C . 1 0 cm
2
Asef =7 , 85 c m /m
 8° passo: detalhamento
 4. SAPATA DO PILAR 4 E 5
Dados:
Conversões:
C30;
1 kN = 100 kgf 1 kgf = 1/100 kN
Dimensões do Pilar: P4 = P5  50 x 30 cm
1 kN = 0,1 tf 1 tf = 10 kN
P4 = P5 = 70 tf
σ adm=2 kgf /cm ²

 1° passo: dimensões da sapata

1 ,1 ⋅ P
A ⋅ B=
σ adm

1 ,1 ⋅70000
A ⋅ B=
2

2
A ⋅ B=38500 c m

B− A=b−a

B=50−30+ A

B=20+ A

Substituindo uma equação a outra, tem-se:

2
A ⋅ B=82500 c m

A ⋅ ( 20+ A )=38500

A ²+20 A−82500=0

A=190 cm

B=210 cm

Altura da sapata:

(B−b) ( A−a)
h= =
3 3
 210−50
h=
3

h=53 ,33 cm=55 cm

h
h o=
3

55
h o=
3

h o=18 , 3

h o=20 cm

 2° Passo: Momentos Solicitantes:

1 2
Mka= ⋅ σ adm ⋅ B ⋅ ( A−a )
8

1 2
Mkb= ⋅ σ adm ⋅ A ⋅ ( B−b )
8

Logo, teremos:

1 2
Mka= ⋅2 ⋅210 ⋅ ( 190−30 )
8

Mka=1344000 kgf . cm

Mka=13440 kgf . m

1 2
Mkb= ⋅2 ⋅190 ⋅ ( 210−50 )
8

Mkb=1216000 kgf . cm

Mkb=12160 kgf . m

 3° Passo: Cálculo da armadura para momento Ma:

Ma=31972 ,50 kgf . m

2
b ⋅d
K c=
Md
Sendo “d” dado por:

d=55−5

d=55−5

d=50 cm

Logo:

2
55 ⋅55
Kc=
1 , 4 ⋅ 13440

Kc=8 , 84 → Ks=0,024

Pela tabela de dimensionamentos de seções retangulares, teremos o domínio 2. Logo,

para Fck de 30 MPA, teremos:

Ks ⋅ Md
A sa =
d

0,024 ⋅1 , 4 ⋅13440
A sa=
55

2
A sa=8 , 21c m

A s 8 , 21 2
= =3 ,91 c m /m
m 2 ,10

Pela tabela de armadura, têm-se a opção mais viável:

∅ 10 mm−C .20 cm
2
Asef =3 , 93 c m /m

 4° Passo: armadura para momento Mb:

Mb=12160 kgf . m

2
b ⋅d
K c=
Md
2
35 ⋅55
Kc=
1 , 4 ⋅ 12160
 Kc=6 , 22

Pela tabela para dimensionamentos de seções retangulares, teremos o domínio 2. Logo,

para Fck de 30 MPA, teremos:

Ks=0,024

Ks ⋅ Md
A sa=
d

0,024 ⋅1 , 4 ⋅12160
A sa =
55

2
A sa=7 , 43 c m

A s 7 , 43 2
= =3 , 91 c m /m
m 1 , 90

Pela tabela de armadura, têm-se a opção mais viável:

∅ 10 mm−C .20 cm
2
Asef =3 , 93 c m /m

 5° passo: detalhamento
ANEXOS