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O DOIDO E A MORTE

Raul Brandão
INTRODUÇÃO

• O doido e a morte conta a história de uma ameaça de morte que o senhor


milhões faz ao governador civil Baltasar moscoso.
• Refém de um doido , Baltasar vê as suas fraquezas expostas sendo forçado a
ouvir e concordar com todas as criticas que lhe são feitas.
O AUTOR

Raul Brandão nasceu na Foz do Douro, Porto, a 12 de março de 1867, e morreu


em Lisboa a 5 de dezembro de 1930. Militar de 1888 a 1911, quando se
reformou do posto de capitão, foi ao jornalismo e à literatura que dedicou a sua
vida, escrevendo livros, como Húmus, a sua obra-prima, ou peças de teatro como
O Gebo e a Sombra, que impressionaram várias gerações até aos nossos dias.
Sem nunca ter escrito poesia, a sua escrita é predominantemente poética, e a
condição humana é o tema profundo da sua obra: simbolista-decadentista no
início, com História de um Palhaço, impressionista no final, quando escreve Os
Pescadores e As Ilhas Desconhecidas, considerado «um dos melhores livros de
viagens de todos os tempos na literatura portuguesa». As suasobras são uma das
grandes referências nacionais neste género literário.
RESUMO

• Escrita em 1923,O doido e a morte conta a historia de um governador civil, Baltasar Moscoso,
dramaturgo frustrado, que tenta escrever mais uma das suas peças e pede para não ser
interrompido por ninguém . Nunes avisa-o que o sr. Milhões o vem visitar com uma carta de
recomendação do ministro. Como o senhor milhões é uma pessoa ilustre é recebido .Ao ser
recebido o senhor milhões liga a campainha elétrica a uma caixa que transporta consigo a
seguir o milionário avisa que acaba de ativar uma bomba, que rebentará daí de 20 minutos.
Desesperado o governador vê se abandonado por todos ,inclusive pela sua mulher ,D, Ana que
se mostra indiferente a aflição do marido. O senhor milhões começa a fazer um discurso de
critica demolidora das convenções sociais e a defesa de um sentido ultimo para a vida . O
próprio governador por fim traí todos os seus princípios morais para sair dali, chega a trair a si
próprio entregando-se para seu único confessor possível , o doido . Na iminência da explosão
chegam dois enfermeiros que vêm buscar o doido(senhor milhões. Um enfermeiro destapa a
caixa e verifica não se tratar de uma bomba mas sim algodão e não o temido explosivo, oque
leva o governador a dizer um palavão entre a raiva e o alívio.
CRÍTICA

• Esta obra remete para a problemática existenciais que sempre preocuparam o


ser humano, pois é perante a morte que o indevido se confronta com a sua
própria condição humana.
• O sentido da existência passa em todo o texto, bem como a sua faceta de farsa
a mentira a teatralização das relações humanas, a arrogância da hierarquia
social sempre muito valorizada em sociedades retrogradas. O medo que é o
fator comum em qualquer ser humano é bem representado na obra. Tudo isso
consegue ser trazido por Raul Brandão á escrita em poucas linhas, sem
necessidade de grandes discursos ou da utilização de linguística complicada.

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