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Análise crítica

De acordo com Henry Ford, “Nada é difícil se for dividido em pequenas partes”. Esta é a
premissa do modelo de desenvolvimento incremental. Entretanto, ao optar por esse modelo,
algumas premissas devem ser levadas em consideração.

O desenvolvimento incremental é mais adequado a projetos longos, que precisarão de novos


módulos ao longo do tempo. Além disso, requer um bom planejamento e design, uma vez que
novos módulos devem seguir a estrutura dos anteriores. Caso contrário, todos os módulos
precisarão ser modificados. Também vale ressaltar o alto custo final, uma vez que há um
desenvolvimento contínuo.

O modelo incremental é capaz de entregar rapidamente um software, uma vez que o projeto
inteiro não precisa estar pronto, haja visto que o mesmo é dividido em pequenas partes. Este
ponto é uma grande vantagem deste modelo e também algo a ser considerado ao escolher
esse tipo de desenvolvimento.

Outras vantagens desse modelo incluem mudanças de fácil implementação e o teste de riscos
por etapas. A divisão do projeto permite que problemas sejam identificados à medida que
surgem e sejam ajustados. A fácil adição de mudanças se deve também à separação por
módulos, proporcionando alterações sem comprometer todo o projeto.

A eficiência do desenvolvimento é outra grande vantagem do modelo incremental. Afinal, o


planejamento e a organização das equipes se tornam muito mais favoráveis quando é
necessário focar em um processo específico e não no projeto como um todo. Além disso, o
feedback pode ser enviado pelo cliente ou usuário em cada nível, evitando mudanças
repentinas e ajudando as equipes responsáveis pelo projeto a encontrar melhorias de forma
mais eficaz.

Ao optar pelo desenvolvimento incremental, um planejamento cuidadoso deve ser feito por
profissionais qualificados antes do desenvolvimento, para que o projeto como um todo não
seja comprometido. Somado com altos custos, estas são grandes desvantagens desse modelo.

Além disso, como alguns módulos serão concluídos bem antes de outros, é necessário que as
interfaces sejam previamente bem definidas. Caso contrário, o projeto terá mudanças
repentinas ao longo de todo o desenvolvimento. Portanto, a definição da interface deve
abranger todas as fases do projeto.
De forma divergente ao modelo incremental, o modelo em cascata trabalha de forma
sequencial. Ou seja, todo o fluxo de trabalho possui uma abordagem linear, onde as
atividades dependem umas das outras para avançarem para um novo estágio de produção.

Em contraste, no modelo incremental, o fluxo de trabalho independe da conclusão de um


estágio específico, afinal, os módulos são trabalhados de maneira independente. Diferente
desse modelo, que requer um planejamento sólido e complexo, o modelo em cascata possui
gerenciamento mais simplificado, uma vez que o mesmo padrão sequencial é utilizado em
toda a execução do projeto.

Outra forma de desenvolvimento é o modelo em espiral, onde o projeto é percorrido quantas


vezes forem necessárias até que o software possa ser completamente entregue. Ele é
adequado para softwares que precisam passar por várias evoluções à medida que o
desenvolvimento acontece. De maneira oposta ao modelo incremental, que entrega partes
prontas uma de cada vez, o modelo espiral é mais repetitivo e tenta fazer sucessivos
refinamentos.

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