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1FACULDADE PRINCESA DO OESTE (FPO)

DIRETORIA DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

AS IMPLICAÇÕES JURÍDICAS DO ENTENDIMENTO DO TDAH


ENQUANTO DEFICIÊNCIA NO ÂMBITO DA “NOVA EDUCAÇÃO”

Marcos Henrique Vieira Farias¹


Rafaela Alves da Silva ²
Thayná Carvalho Flor³
Stefani Clara da Silva Bezerra ⁴

Introdução: O avanço tecnológico tem revolucionado a sociedade em todas as


esferas, incluindo a educação. A modalidade de ensino remoto tornou -se uma
realidade comum, especialmente após a pandemia da COVID-19. Mesmo com o seu
fim, muitas instituições permanecem com a modalidade híbrida, com atividades
virtuais sempre presentes na vida do estudante. Isso se compatibiliza com a interface
de uma “nova educação”. No entanto, esses cenários trouxeram desafios únicos para
estudantes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esta
condição, classificada pelo DSM-5 como um transtorno do neurodesenvolvimento,
afeta a capacidade de concentração e controle do comportamento, representando um
desafio significativo no contexto educacional (American Psychiatric Association,
2014). Objetivo: Examinar os impactos positivos que o reconhecimento do TDAH
como uma deficiência pode agregar para a preservação dos direitos dos estudantes
que possuem tal transtorno, especialmente no âmbito educacional. Para isso, se
concentra em saber de que modo a utilização adequada de atividades virtuais tornam
o estudo mais interativo e amplo para eles, com o principal propósito de buscar a
equivalência na aprendizagem. Metodologia: Para este estudo foi utilizada a

1 Graduando do Curso de Direito da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. E-mail:


marcoshenriquev.mh@gmail.com
2 Graduanda do Curso de Direito da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. E-mail:
raf aela.alves@alu.f po.edu.br
3 Graduanda do Curso de Direito da Faculdade Princesa do Oeste – FPO. E-mail:
thayna.carvalho@alu.f po.edu.br
4 Mestre em processo e Direito ao Desenvolvimento pela Unichristus . Prof essora e orientadora da
Faculdade Princesa do Oeste (FPO). E-mail: stef ani.clara@f po.edu.br
pesquisa bibliográfica e documental, por meio da leitura de livros sobre o Transtorno
do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), juntamente com a análise do Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e da 11º revisão da
Classificação Internacional de Doenças (CID-11), bem como legislações vigentes e
projetos de lei a respeito do tema. Resultados: No Brasil, existem propostas de
projetos de lei tramitando acerca do assunto. O de mais notoriedade é o PL 2.630 de
2021, de autoria do deputado Capitão Fábio Abreu, pois visa conferir ao TDAH a
classificação de deficiência para todos os efeitos legais e garantir ao indivíduo os
mesmos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista previstos na lei
12.764/2012 (ABREU, 2021). Há outros projetos que procuram garantir programas de
diagnóstico, bem como tempo adicional para realizar atividades avaliativas como uma
forma de promover equidade e acompanhamento da rede pública de atendimento, de
forma multidisciplinar. Discussão: Caso positivados, os dispositivos educacionais
públicos e privados terão de adaptar suas estruturas para buscar essa equivalência
na aprendizagem e desenvolvimento educacional e social do portador de TDAH. Para
essas melhorias, é recomendável recorrer a recursos tecnológicos, pois, embora haja
um julgamento pré-estabelecido sobre a utilização das telas, elas podem contribuir no
desenvolvimento do indivíduo com TDAH, estimulando a atividade cerebral e
transformando essa experiência de aprendizado em algo mais interativo e amplo.
Considerações finais: Diante o exposto, podemos avaliar que é de suma importância
que os direitos das pessoas com TDAH sejam garantidos por leis e regulamentações
específicas o mais breve possível, pois até o presente momento isso somente ocorre
através de adaptações do sistema educacional, através de analogias que se utilizam
da tecnologia com o intuito de garantir o que a lei determina. Assim, prejudicando as
mudanças necessárias ao ensino, uma vez que estas devem acontecer no âmbito
educacional em conjunto com as demais.

Palavras-chaves: TDAH. Educação. Deficiência. Recursos Tecnológicos na


Educação.
REFERÊNCIAS

ABREU, Fábio. Projeto de Lei n. 2630/21. Institui a Política Nacional de Proteção dos
Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Brasília: Câmara dos Deputados, 02 out. 2021. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2049127
Acesso em: 19 out. 2023.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION - APA. Manual diagnóstico e estatístico


de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. Algumas estratégias


pedagógicas para alunos com TDAH. Disponível em: https://tdah.org.br/algumas-
estrategias-pedagogicas-para-alunos-com-tdah/. Acesso em: 21 out. 2023.

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes Inquietas TDAH: DESATENÇÃO,


HIPERATIVIDADE E IMPULSIVIDADE. São Paulo: Editora Fontanar, 2010.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. ICD-11 for mortality and morbidity statistics .


Version: 2019 April. Geneva: WHO; 2019. Disponível em:
https://icd.who.int/browse11/l-m/en. Acesso em: 21 out. 2023.

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