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ARTIGO DE&REVISÃO
Gomes C
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Neurociência e o déficit intelectual: aportes para a ação pedagógica
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Souza MC & Gomes C
cepção e ao contato com outras pessoas. Dentre crianças com déficit intelectual também são aco-
esses prejuízos destacam-se as deficiências lhidas e recebem respostas às suas necessidades
físicas, mentais, visuais e auditivas e, portanto, educacionais específicas.
exigem novos posicionamentos que reconstruam Sabendo-se que alunos com déficit intelectual
o discurso enraizado frente ao oferecimento de apresentam complicações em apropriar-se de
ações educativas dispensadas a eles8. conteúdos abstratos, faz-se necessário o emprego
Todavia, novos posicionamentos estão tra- de materiais pedagógicos concretos, estratégias
zendo e alcançando modificações importantes metodológicas que facilitem sua aprendizagem e
sobre essa questão. Quando associada à ação desenvolvam suas habilidades cognitivas.
educacional, a proposta inclusiva visa como Apesar da atual política educacional privile-
foco central de atenção, a aplicação de práticas giar a inclusão de alunos com necessidades edu-
de ensino-aprendizagem que abranja todo e cacionais especiais em turmas comuns, alunos
qualquer aluno, propondo, desenvolvimento a com déficit intelectual ainda são matriculados
partir de suas próprias potencialidades, e, acima em escolas especiais18.
de tudo, embasada no respeito e na valorização A partir da publicação da Política Nacional
das diferenças existentes entre as pessoas. de Educação Especial na Perspectiva da Educa-
A política educacional inclusiva tem como ção Inclusiva e das Diretrizes do Atendimento
propósito fundamental assumir e aceitar as di- Educacional Especializado na Educação Básica,
ferenças humanas, modernizando e evoluindo modalidade de Educação Especial, dados recen-
as práticas educacionais, para que possam ser tes do MEC apontam que dos 700.824 alunos
adaptadas a todas as necessidades dos alunos, matriculados na Educação Especial, 330.794
ao invés, de se adaptar a criança às ações pré- possuem déficit intelectual. Tendo como foco
-concebidas a respeito do ritmo e da natureza o aluno com Síndrome de Down que apresenta
do processo de aprendizagem. A democracia déficit intelectual.
da educação só pode ser refletida em sistemas O objetivo dessa lei é assegurar a inclusão
educacionais que apresentam como meta ofere- desses alunos na escola regular e para que se
cer qualidade de ensino a todos os seus alunos, cumpra essa lei são necessárias algumas mu-
indistintamente, não aplicando uma vertente danças na escola e nas práticas pedagógicas
exclusiva para os alunos com necessidades edu- do professor. São necessários conhecimentos
cacionais especiais, pois, não se trata de uma em outras áreas que ofereçam alternativas que
educação especial para tais, mas sim para toda contemplem a diversidade dos alunos. Nesse
a sua clientela. No entanto, exige, constante- sentido, devido aos avanços e descobertas da
mente, reformulações e novos posicionamentos, Neurociência, permite-se a compreensão de no-
motiva a modernização do ensino e, essencial- vas aprendizagens, assim ofertando subsídios
mente, o aperfeiçoamento das práticas docentes. para o ensino. A Neurociência inclui ciências
Torna-se, portanto, uma inovação que implica naturais que possuem princípios que buscam
atualização e reestruturação das condições edu- compreender a estrutura e o funcionamento
cacionais das escolas brasileiras10. cerebral, dessa forma apresenta a cientificidade
Assim como crianças que não possuem de- para se trabalhar com diferentes cérebros. Co-
ficiências têm seus direitos garantidos pela lei, nhecer o funcionamento cerebral desse alunado
também alunos com déficit intelectual devem ser é extremamente importante para uma prática
incluídos na escola, de modo que recebam a mes- pedagógica que funcione19.
ma educação e oportunidades que os demais. Com base nas considerações explanadas, este
A educação inclusiva proporciona aos alunos a estudo objetiva caracterizar as contribuições da
convivência com a diversidade, resultando uma Neurociência para a qualificação da mediação
escola acolhedora das diferenças. Acima de tudo, pedagógica para alunos com déficit intelectual.
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lesão no cérebro pode afetar os lobos e causar A terminologia está no plural, pois, são mui-
sérias lesões e comprometimento gravíssimo tas neurociências, possuindo várias abordagens
das atividades. e existem muitos modos de classificá-las de-
Essas importantes regiões possuem funções pendendo do enfoque. Um jeito distinto de se
que nos ajudam compreender como são os pro- conceber a diversidade de metodologias para
cessos mentais que colaboram na aquisição, por se estudar o cérebro humano é – como proposto
exemplo, da aprendizagem, tão importante para por Lent – relacionar, em princípio os distintos
ações pedagógicas em sala de aula com alunos níveis anatômicos – funcionais que a biologia
com deficiência. utiliza para o estudo dos seres vivos23. Pode ser:
Esse órgão – que possui inúmeras funções – Neurociência Molecular (Neuroquímica ou Neu
também tem cerca de cem bilhões de neurônios robiologia Molecular), que estuda as moléculas
como estruturas básicas para seu funcionamento funcionais do sistema nervoso; Neurociência
e suas atividades cerebrais se dá pela trans- Celular (Neurocitologia ou Neurobiologia) cujo
missão de sinais elétricos. Esses neurônios se objeto de estudo são as células do sistema ner-
adaptam e se modificam à medida que interagem voso, sua estrutura e função; Neurociência Sis-
com o meio ambiente, essa interação é realizada têmica estuda as células nervosas das diferentes
por meio dos cinco sentidos, portanto, são mu- regiões do sistema nervoso cuja função está re-
táveis, ou seja, possuem plasticidade, podendo lacionada à visão, à audição, etc.; Neurociência
modificar sua função24. comportamental estuda as estruturas neurais do
O sistema nervoso central reúne as estruturas comportamento humano e outros fenômenos e
neurais situadas dentro do crânio e da coluna a Neurociência cognitiva que lida com algumas
capacidades humanas, como, por exemplo, a
vertebral, sendo dividido em encéfalo e medula
linguagem, e memória humanas20.
espinhal. O encéfalo localiza-se no crânio e a
Assim sendo, são muitos os profissionais que
medula espinhal é a parte que continua a partir
estudam o cérebro humano, mas são os neurocien-
do encéfalo no interior do canal da coluna ver-
tistas que realizam pesquisa em Neurociência.
tebral. Ela é cilíndrica ou tubular, nela existe
Especialistas como médicos, psicólogos, enfer-
um canal cheio de líquido, apresenta funções
meiros e, também, educadores e pedagogos têm
motoras e sensitivas relacionadas ao controle
se interessado quanto às contribuições do sistema
do funcionamento do corpo. O encéfalo possui
nervoso para os processos de aprendizagem23.
forma irregular com dobraduras e saliências com
Para a educação, a Neurociência contribui
subdivisões.
no sentido que, para essa abordagem científica,
cada indivíduo é único, com um significado e
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA identidade singular. As neurociências colabo-
PARA O PROCESSO EDUCACIONAL IN- ram no entendimento do cérebro humano para
CLUSIVO DE ALUNOS COM DÉFICITS saber como ele funciona e apontam mudanças
INTELECTUAIS em como ensiná-los25.
Neurociências é o estudo científico do siste Além do mais, as descobertas sobre a plas-
ma nervoso, cujo objetivo é investigar o seu fun- ticidade cerebral e a compreensão das funções
cionamento, sua estrutura, seu desenvolvimento mentais exercem influência sobre as práticas
e suas alterações, agregando suas diversas fun- educacionais, as ações pedagógicas em sala de
ções. Acrescentam-se ainda na sua definição, aula e direcionam ao professor novas formas de
as ciências naturais que estudam princípios ensino.
que descrevem a estrutura e atividades neu- Estudos recentes vêm sendo realizados nas
rais, buscando a compreensão dos fenômenos áreas de Neurociências, a fim de demonstrar
observados. como o cérebro aprende, e os resultados quando
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aplicados no meio educacional são considerados Quando uma criança na fase escolar não
satisfatórios. E uma das contribuições para a consegue aprender, educadores e professores
educação é que se traz para a sala de aula, jun- fazem uma investigação para constatar porque o
tamente com seus educadores e alunos, as novas desempenho do aluno não corresponde ao espe-
descobertas dessa ciência, para serem aplicadas rado. As explicações a este tipo de situação são
na sala de aula visando à aprendizagem e a bem variadas: problemas familiares, condições
maneira de se ensinar. ruins da família, deficiência, falta de interesse,
Para Pereira26, a Neurociência tem como ob preguiça, dentre outros. A escola sempre aponta
jetivo dar os devidos esclarecimentos sobre direções externas a ela, a causa sempre está no
as estruturas neuronais que apoiam as ações outro, “dificilmente está no ensino, mas sim na
perspectivas ou motores, tão necessárias para a aprendizagem”27.
aprendizagem. Diante desse quadro, tanto psicólogos quanto
Especificamente para a educação, a Neuro- neurologistas podem contribuir, pois quem faz
ciência colabora para o processo de aprendiza- um diagnóstico é o médico e não o professor,
gem, pois essa ciência retrata o cérebro como no caso da criança possuir uma patologia, dis-
o principal instrumento para a aprendizagem. túrbios, deficiência ou transtorno, mas em se
Apresentando uma propriedade denominada tratando de aprendizagem escolar o profissional
plasticidade cerebral, esse órgão possui uma que intervem no processo de aprendizagem é o
capacidade de reorganização cerebral confor- educador que, com suas práticas pedagógicas,
me o uso, sendo sua notável característica, e pode trazer diferentes possibilidades de apren-
dizagem a seus alunos28.
conforme autores como Consenza & Guerra19, o
A contribuição desses profissionais é de su
cérebro humano em funcionamento modifica a
ma importância, mas a abordagem de ensino
estrutura cerebral do aluno.
e aprendizagem a tarefa é do educador. Nesse
A partir da Neurociência e do conhecimento
sentido, o conhecimento sobre a Neurociência
neurocientífico gerado por essa ciência pode
pode contribuir, a fim de que saiba sobre o cére-
se abrir um diálogo com a educação no sentido
bro de seus alunos, como esse órgão processa os
de cooperação e parceria. Entretanto, deve-se
saberes, como aprende, e também pode sugerir
considerar que seus conhecimentos não são
as intervenções que o professor deve fazer com
uma nova proposta de educação, assim como os
suas crianças, pois todos podem aprender. As
autores Consenza & Guerra19 esclarecem:
ações pedagógicas em sala de aula podem ficar
“(...) elas não propõem uma nova peda- mais eficientes quando este conhece o funcio-
gogia nem prometem soluções definitivas namento cerebral. Embora, não seja suficiente
para as dificuldades da aprendizagem. ter esse conhecimento, ele permitirá que o do-
Podem, contudo, colaborar para funda- cente compreenda melhor como seus educandos
mentar práticas pedagógicas que já se aprendem e se desenvolvem19.
realizam com sucesso e sugerir ideias Se todos os alunos podem aprender, isto
para intervenções, demonstrando que precisa estar explanado para os professores em
as estratégias pedagógicas que respei- suas práticas pedagógicas. Entretanto, deve-se
tam a forma como o cérebro funciona considerar que a aprendizagem de cada um é
tendem a ser mais eficientes. Os avan- diferente, acontece em tempos e etapas distintas
ços das neurociências possibilitam uma e se desencadeia a partir de estímulos diferen-
abordagem mais científica do processo ciados. Todas elas estão demarcadas em suas
ensino-aprendizagem, fundamentada atividades neurocerebrais. Há um trajeto quími-
na compreensão dos processos cognitivos co no cérebro que mantém e que operacionaliza
envolvidos.” cada ação executada pelos alunos28.
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Os alunos com deficiência, com desenvolvi- na instituição escolar, isto inclui interferência
mento cognitivo mais lento, são mais vagarosos do professor capacitado e também do professor
para aprender e são necessárias atividades de especializado.
estimulação precoce, ou seja, criar situações que Para que haja intervenções pedagógicas de
facilitem o desenvolvimento da criança. qualidade, o trabalho inclusivo deve ser em con
Em sala de aula, o professor deve proporcio- junto entre professores da Educação especial e
nar um ambiente acolhedor de aprendizagens, Educação inclusiva juntamente com os profes-
e manter as crianças sempre ocupadas, mas sem sores do ensino regular. O educador especialista
cansá-las, deve dosar as atividades para que haja precisa colaborar com o professor capacitado,
interesse de todos e participação principalmente a fim de que juntos planejem ações educativas
da criança com déficit intelectual. E também visando à aprendizagem de seus alunos30,31.
deve usar a ludicidade de maneira agradável. Na inclusão educacional, torna-se necessário
Procurar dividir a atividade em etapas, ensi- o envolvimento de todos os membros da equipe
nando cada criança até que sejam capazes de escolar no planejamento de ações e programas
realizar a tarefa sozinha. voltados à temática. Docentes, diretores e fun-
O indivíduo com deficiência intelectual tem cionários apresentam papéis específicos, mas
condições de ser alfabetizado, por isso deve se- precisam agir coletivamente para que a inclusão
guir um currículo adaptado às suas limitações, escolar seja efetivada32.
pois possui um ritmo mais lento que os demais, Pensar as possibilidades de inclusão escolar
seu desenvolvimento deve ser respeitado. O das pessoas com Síndrome de Down de maneira
ensino especializado para alunos com déficit efetiva, é oferecer oportunidades de aprendi-
intelectual é realizado junto ao atendimento edu- zagens de modo que o aluno ou a aluna seja
cacional especializado (AEE), ensino que ocorre participante ativo nestes ambientes que oportu
simultaneamente à sala de aula comum. Nesse nizam o ensino.
ambiente, ocorre uma aprendizagem diferente Para que isto se cumpra, são necessários in-
dos conteúdos curriculares do ensino regular, vestimentos da parte de educadores, a fim de que
pois a deficiência é observada e considerada a a criança com Down “possa amadurecer as fun-
fim de que haja aprendizagem para o aluno, na ções neurológicas, executar atividades diárias e,
perspectiva de conhecimentos importantes para consequentemente, aprender e se desenvolver”.
a vida do aluno, para que tenha mais autonomia Nesse sentido, é primordial a conscientização
no seu dia-a-dia. Nesse processo, as interven- desses docentes sobre as potencialidades e ca-
ções do professor são muito importantes. Ele, pacidades desse aluno, pois, a clareza a respeito
juntamente com o professor da sala regular, de- da síndrome fará com que tenha uma postura
vem interagir para que os conteúdos que ambos singular em suas ações metodológicas em sala.
ensinam estejam interligados30. O grau de comprometimento na base cognitiva
A efetivação da inclusão recai exclusivamente da criança não vai ser diminuído, o que pode
sobre o professor, pois ele é que vai executar ou ocorrer é o cérebro desse aluno, devido a sua
não as ações pedagógicas em sala de aula para plasticidade, responder aos estímulos externos
incluir esses alunos. Porém, esses profissionais feitos no indivíduo33.
dizem-se sentir sozinhos ao especificar suas A convivência escolar permite à criança a
dificuldades com seus alunos30. No processo aquisição de conhecimentos exigidos na socie-
inclusivo é importante que todos da instituição dade, e que é necessário à formação de qualquer
escolar se envolvam: docentes, gestores e demais pessoa com ou sem deficiência. Nesse ambiente,
profissionais educacionais. Nesse sentido, a o ensino deve ser organizado e sistemático por
responsabilidade de efetivar a inclusão não fica parte do professor, de forma gradual, pois essas
exclusiva ao professor, ela é direcionada a todos crianças não conseguem guardar muitas infor-
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mações devido a limitações de memória e aten- duos têm dificuldades para aprender, entender
ção. A aprendizagem deve ser facilitada e, por e realizar atividades que comumente são feitas
meio da ludicidade, deve-se permitir aos alunos automaticamente.
momentos prazerosos de atividades. E também Dessa forma, de acordo com os pressupostos
o professor deve lembrar que esses alunos, por da Neurociência, o desenvolvimento e aprendi-
não possuírem memória de curto prazo, precisam zagem são possíveis, com práticas pedagógicas
visualizar o que está sendo ensinado, com isto e estimulação, por meio de atividades como car-
ele deve abusar de recursos visuais, a fim de que tazes, soroban e softwares a criança conseguirá
haja compreensão por parte do aluno29. focar a atenção em algo que seja mais concreto.
Visto que alunos e alunas com déficit intelec-
CONSIDERAÇÕES FINAIS tual possuem limitações nas áreas da memória,
Discutir a temática do processo de desen- atenção e concentração.
volvimento de alunos com déficit intelectuais é Entendemos que não podemos definir se
defender uma ação que garanta o acesso, a per- uma metodologia pedagógica é mais eficiente
manência e o desenvolvimento escolar efetivo. que a outra, o que evidenciamos é que, para
Para tanto, a compreensão que o processo que docente seja capacitado ou especializado, o
de inclusão demarca a necessidade de meto- desafio é observar seus alunos e lidar com eles
dologias e ações diferenciadas que partam da de acordo com suas necessidades e particulari-
consideração das particularidades dos alunos dades com ações pedagógicas que o atendam,
faz-se necessária à articulação com diferentes dessa forma será mais eficiente. O professor e
áreas do conhecimento que possibilitem o reco- demais profissionais da instituição, diante da
nhecimento de novos embasamentos teóricos e perspectiva inclusiva, devem planejar e rever
científicos acerca do desenvolvimento humano suas estratégias de ensino, a fim de reformula-
e do processo de ensino-aprendizagem. rem e adequarem os interesses de seus alunos.
Dentre os avanços teóricos e científicos, Como considerações finais defendemos que
ainda que escassos no contexto do nosso país, é necessário o avanço no debate da formação e
uma das áreas de maior impacto nas discussões atuação docente com base no reconhecimento
sobre o desenvolvimento humano e as facetas das bases científicas cognitivas do aprendizado,
do desenvolvimento cognitivo é a Neurociência, e das facetas que compõem o cérebro e suas co-
que não apenas oferta aportes recentes para a nexões, e como esses elementos favorecem não
compreensão do desenvolvimento, como possi- só a elaboração de estratégias que minimizem o
bilita a organização de estratégias pedagógicas impacto dos prejuízos decorrentes dos quadros
diferenciadas em específicos de alunos que de déficit intelectual, mas acima de tudo posi-
apresentem déficit intelectual. cionem os docentes como agentes centrais no
Como discutido, o déficit intelectual carac- processo de mediação, ação esta que deve ser
teriza-se por um funcionamento do intelecto contemplada com base na compreensão as par-
inferior à média das pessoas e está presente em ticularidades e potencialidades desses alunos, à
quase 100% dos casos de síndrome de Down. luz dos avanços teóricos, científicos e procedi-
No cotidiano, isso significa que esses indiví mentais sob os preceitos da Neurociência.
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SUMMARY
Neuroscience and intellectual deficit:
contributions towards pedagogical action
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