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13 de Março de 2024

O Impacto do Direito da Saúde


nos Educandos com TDAH,
Dislexia e/ou Outros Transtornos
de Aprendizagem: Direito da
Saúde e os Alunos
Neurodivergentes
Publicado por Marisa Ribeiro há 7 meses

RESUMO

Os alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperativi-


dade (TDAH), Dislexia e/ou outro transtorno de aprendizagem
não são considerados com deficiência para fins legais.

Esses educandos não são público alvo da educação especial e


por isso existe uma lacuna entre as necessidades de suporte
educacional decorrente do quadro diagnóstico e o que é ofere-
cido dentro das escolas.

A Lei Federal 14.254/2021 já está em vigor e prevê o apoio edu-


cacional para alunos com TDAH, Dislexia e/ou outro transtorno
de aprendizagem, porém as escolas encontram grandes dificul-
dades para prestar o atendimento necessário e previsto em lei.

SAIBA
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Jurisprudência, Modelos e Peças. 
MAIS
Existe um debate político para equiparar os direitos das pessoas
com TDAH a deficiência para fins legais, como é no caso das
pessoas autistas.

Diante dessa celeuma, a pesquisa é baseada no PL 2.630/2021,


pois um dos objetivos era equiparar os direitos das pessoas com
TDAH, as pessoas autistas e também analisar a jurisprudência
que resguarda os direitos dos alunos com transtorno de apren-
dizagem equiparando ao público de educação especial, bem
como análise dos direitos trazidos pela Lei 14.254/2021.

A partir dessas análises é possível concluir, que embora não


exista legislação equiparando os alunos com TDAH, Dislexia
e/ou outro transtorno de aprendizagem, as pessoas com defici-
ência, quando o caso é levado à Justiça e comprovado com rela-
tório médico a necessidade educacional, o entendimento é pela
aplicação da LBI – Lei Brasileira de Inclusão e reconhecida a ne-
cessidade de atendimento especial e suporte, com um professor
auxiliar, por exemplo.

Palavras Chave: TDAH. Dislexia. Deficiência. Educa-


ção. Lei Brasileira de Inclusão.

_________________

Graduada em Direito, Universidade Bandeirante, São Paulo. Ad-


vogada, atuante no direito da saúde e educacional, com foco nos
direitos dos autistas e neurodivergentes. E-mail:
marisaribeiroadvocacia@gmail.com

The Impact of Health Law on Students with ADHD,


Dyslexia and/or Other Learning Disorders: Health Law
and Neurodivergent Students
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Marisa
Jurisprudência, RosaeRibeiro
Modelos Peças. Ávila 
ABSTRACT

Students with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD),


Dyslexia and/or another learning disorder are not considered to
have a disability for legal purposes.

These students are not the target audience of special education


and therefore there is a gap between the educational support ne-
eds resulting from the diagnosis and what is offered within
schools.

Federal Law 14.254/2021 is already in force and provides for


educational support for students with ADHD, Dyslexia and/or
another learning disorder, but schools encounter great difficul-
ties in providing the necessary care provided by law.

There is a political debate to equate the rights of people with


ADHD to disability for legal purposes, as is the case for autistic
people.

In view of this uproar, the research is based on PL 2630/2021,


as one of the objectives was to equate the rights of people with
ADHD, autistic people and also to analyze the jurisprudence
that protects the rights of students with learning disorders by
equating them with the education public special, as well as
analysis of the rights brought by Law 14.254/2021.

Based on these analyses, it is possible to conclude that, although


there is no legislation equating students with ADHD, Dyslexia
and/or another learning disorder, people with disabilities, when
the case is taken to court and proven with a medical report, the
educational need, the understanding is through the application
of the LBI – Brazilian Law of Inclusion and recognizing the need
for special care and support, with an assistant teacher, for
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example.
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Keywords: ADHD. Dyslexia. Deficiency. Education.
Brazilian Law of Inclusion

______________________

Graduated in Law, Universidade Bandeirante, São Paulo.


Lawyer, active in health and educational law, focusing on the
rights of autistic and neurodivergent. Email:
marisaribeiroadvocacia@gmail.com

1 INTRODUÇÃO
O entendimento do direito à saúde é ponto fundamental para
esclarecer sobre os direitos dos alunos neurodivergentes, no
caso em questão, dos educandos com Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade (TDAH), Dislexia e /ou outros trans-
tornos de aprendizagem.

Existe uma defasagem de conceitos na esfera política e social,


que prejudica o acesso ao direito da educação desse público, que
perpassa pelos conceitos da saúde.

Em 2022 houve mudança na Classificação Internacional de Do-


enças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), para in-
cluir o TDAH no CID 11, pois houve a necessidade de atualiza-
ção, haja vista, as peculiaridades do transtorno.

Em contrapartida, o Projeto de Lei Federal 2.630 de 2021,


que buscava equiparar os direitos das pessoas com
TDAH aos autistas, SUPRIMIU essa parte, pois houve o
entendimento de que não poderia considerar esse pú-
blico sendo com deficiência para fins legais, em total
descompasso ao entendimento da saúde e jurispruden-
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cial a respeito.
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Quando mencionamos equiparação a deficiência para
fins legais, não estamos falando em incapacidade, mas
sim em suportes necessários para se alcançar a isono-
mia em diferentes contextos.

2 PANORAMA GERAL
O artigo desenvolvido faz menção a Lei Federal 14.254/2021, ao
Projeto de Lei 2.630/2021 e conceitos trazidos da jurisprudên-
cia que aplicam artigos da Constituição Federal e da Lei Brasi-
leira de Inclusão, visando equiparar os direitos dos alunos neu-
rodivergentes, que tenham TDAH, dislexia e/ou outros transtor-
nos de aprendizagem, aos alunos público alvo da educação
especial.

A análise é feita caso a caso pelo Judiciário e mediante toda a


comprovação médica da necessidade de suporte educacional,
quando não restam dúvidas que os diagnósticos limitam o aluno
e que sem o suporte necessário, o mesmo seria prejudicado no
seu direito a educação de qualidade, o judiciário equipara os di-
reitos com dos alunos considerados com deficiência para fins
legais.

Isso demonstra, que existe uma lacuna institucional, para aten-


der a demanda dos alunos neuro divergentes que não fazem
parte do público alvo da educação especial, mas que precisam de
suporte tanto quanto.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas


para o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH), elaborado pela CONITEC - Comissão Nacional de In-
corporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, Ministé-
rio da Saúde, página 14, menciona que:
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50% a 90% das crianças com TDAH têm pelo menos uma condi-
ção comórbida;

Aproximadamente 50% das crianças com TDAH têm pelo me-


nos duas comorbidades; e

85% dos adultos com TDAH atendem aos critérios de


comorbidade.

O mesmo documento aduz: “os sintomas relacionados à comor-


bidade são responsáveis por comprometimento funcional grave,
em vários domínios, levando a consequências acadêmicas, soci-
ais, vocacionais e familiares”. (pág. 14)

Entre as dificuldades funcionais elencadas podemos citar prejuí-


zos acadêmicos, problemas de socialização e de organização, re-
sistência em aderir a rotinas ou atividades monótonas, além de
cobranças e punições. Essas dificuldades geram baixa autoes-
tima, problemas de comportamento e risco para comorbidades e
transtornos psiquiátricos associados, como depressão, ansie-
dade, transtorno de conduta e oposição à autoridade, uso de
substâncias psicoativas, abandono escolar precoce, envolvi-
mento em atividades de risco e práticas delitivas. (pag. 12)

Portanto as políticas públicas e o legislativo, tem que levar em


consideração os números acima, para atender as demandas de
forma correta pois a maior parte dos alunos/pacientes que tem
TDAH apresentam comorbidades, no entanto o discurso geral
ignora tal fato.

Nesse artigo, iremos analisar esse panorama geral pelo viés da


saúde que resulta no atendimento educacional.

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2.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE O
ACOMPANHAMENTO INTEGRAL
PARA EDUCANDOS COM DISLEXIA,
TDAH E/OU OUTRO TRANSTORNO DE
APRENDIZAGEM
A Lei Federal 14.254 de 2021 dispõe sobre o acompanhamento
integral para educandos com dislexia ou TDAH ou outro trans-
torno de aprendizagem. Já no primeiro artigo da lei, em seu pa-
rágrafo único consta direito aos educandos:

a) identificação precoce do transtorno;

b) o encaminhamento de educando para o diagnóstico;

c) o apoio educacional na rede de ensino;

d) bem como o apoio terapêutico especializado na rede de


saúde.

A lei supracitada é composta por 6 artigos, segue na íntegra:

[...] Art. 1º O poder público deve desenvolver e manter pro-


grama de acompanhamento integral para educandos com disle-
xia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem.

Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto no caput


deste artigo compreende a identificação precoce do transtorno,
o encaminhamento do educando para diagnóstico, o apoio edu-
cacional na rede de ensino, bem como o apoio terapêutico espe-
cializado na rede de saúde.

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Art. 2º As escolas da educação básica das redes pública e pri-
vada, com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes,
devem garantir o cuidado e a proteção ao educando com disle-
xia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem, com vistas ao
seu pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e so-
cial, com auxílio das redes de proteção social existentes no terri-
tório, de natureza governamental ou não governamental.

Art. 3º Educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de


aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento
da leitura e da escrita, ou instabilidade na atenção, que repercu-
tam na aprendizagem devem ter assegurado o acompanhamento
específico direcionado à sua dificuldade, da forma mais precoce
possível, pelos seus educadores no âmbito da escola na qual es-
tão matriculados e podem contar com apoio e orientação da área
de saúde, de assistência social e de outras políticas públicas
existentes no território.

Art. 4º Necessidades específicas no desenvolvimento do edu-


cando serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em
parceria com profissionais da rede de saúde.

Parágrafo único. Caso seja verificada a necessidade de interven-


ção terapêutica, esta deverá ser realizada em serviço de saúde
em que seja possível a avaliação diagnóstica, com metas de
acompanhamento por equipe multidisciplinar composta por
profissionais necessários ao desempenho dessa abordagem.

Art. 5º No âmbito do programa estabelecido no art. 1º desta Lei,


os sistemas de ensino devem garantir aos professores da educa-
ção básica amplo acesso à informação, inclusive quanto aos en-
caminhamentos possíveis para atendimento multissetorial, e
formação continuada para capacitá-los à identificação precoce

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dos sinais relacionados aos transtornos de aprendizagem ou ao
TDAH, bem como para o atendimento educacional escolar dos
educandos.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Bra-


sília, 30 de novembro de 2021; 200º da Independência e 133º
da República)

Importante ressaltar, que a lei menciona a parceria entre a famí-


lia, escola e saúde para atender as necessidades do educando,
além do apoio educacional.

2.2 APOIO EDUCACIONAL X ATENDI‐


MENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO

Na lei federal 14.254 de 2021 consta que o poder público deve


desenvolver e manter programa de acompanhamento integral
para educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de
aprendizagem, bem como oferecer apoio educacional na rede de
ensino e esse conceito é diferente do atendimento educacional
especializado que tem como público alvo: pessoa com deficiên-
cia, transtornos globais de desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. Os autistas também são público alvo
da educação especial, pois são considerados pessoas com defici-
ência para fins legais.

Esse público alvo da educação especial tem programas específi-


cos e consta na verba orçamentária (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Pro-
fissionais da Educação - FUNDEB) para desenvolvimento do
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atendimento
Jurisprudência, Modelos e educacional
Peças. adequado. 
Já os alunos com TDAH, Dislexia e/ou outro transtorno de
aprendizagem não são considerados com deficiência para fins
legais e ficam de fora desse atendimento, pois não são conside-
rados público alvo da educação especial, porém tem necessida-
des específicas decorrente do diagnóstico.

O direito a educação com qualidade é constitucional e se o aluno


tem necessidades específicas não pode ficar sem atendimento
sob pena de ferir a nossa Carta Magna, bem como o princípio da
isonomia, que significa tratar igualmente os iguais e desigual-
mente os desiguais na medida em que se desigualam.

O apoio educacional embora não esteja institucionalizado é di-


reito do educando e deve ser perseguido até que políticas públi-
cas contemplem esses alunos.

O entendimento das questões médicas é fundamental para ga-


rantia de direito desse público, pois ficam demonstradas as limi-
tações e necessidades específicas e logo mais analisaremos juris-
prudência a esse respeito.

2.3 CONCEITO PESSOA COM DEFICI‐


ÊNCIA - PCD
A Lei FEDERAL 13.146 DE 2015 Brasileira da Inclusão da Pes-
soa com Deficiência (LBI), Estatuto da Pessoa com Deficiência,
traz o seguinte conceito:

[...] Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impe-


dimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas. (Art. 2º, LBI,
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Brasil
Jurisprudência, 2015)e Peças.
Modelos 
Para fins de aplicação da Lei Brasileira de Inclusão de 2015,
consideram-se:

[...] IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou com-


portamento que limite ou impeça a participação social da pes-
soa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à
acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à co-
municação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação
com segurança, entre outros, classificadas em:

barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam


ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência
em igualdade de condições e oportunidades com as demais
pessoas;

VI - Adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes


necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcio-
nal e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de asse-
gurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas,
todos os direitos e liberdades fundamentais;

XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce ativida-


des de alimentação, higiene e locomoção do estudante com defi-
ciência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer
necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em ins-
tituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os proce-
dimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas.
(Art. 3º, LBI, Brasil 2015)

2.4 TRANSPONDO AS BARREIRAS


Importante, mencionar os seis tipos de acessibilidade segundo
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Romeu Sassaki, pois são formas de transpor as barreiras menci- 
Jurisprudência, Modelos e Peças.
onadas no Art. 3º, IV, da LBI, de 2015.
I. Acessibilidade arquitetônica

Diz a respeito ao acesso aos ambientes físicos necessários para a


participação plena e efetiva na sociedade sem barreiras na infra-
estrutura, que por sua vez vão muito além da construção de
rampas, por exemplo: portas largas, sanitários espaçosos, tor-
neiras acessíveis, boa iluminação, boa ventilação, mobília ergo-
nomicamente acessível, entre outros.

II. Acessibilidade comunicacional

Sobre as diferentes maneiras de expressão e transmissão de in-


formação, seja na comunicação faceaface, na escrita, na contra-
tação de intérpretes da língua de sinais, entre outros.

III. Acessibilidade metodológica

Relacionada a instruções baseadas nas inteligências múltiplas e


novos conceitos de aprendizagem.

IV. Acessibilidade instrumental

Aplicada a adequação de aparelhos e equipamentos tecnológicos


ou analógicos no seu uso cotidiano: ferramentas, máquinas, lá-
pis, caneta, computador etc.

V. Acessibilidade programática

Coligada a eliminação das barreiras invisíveis em textos norma-


tivos, como políticas e manuais.

VI. Acessibilidade atitudinal

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Relacionada a eliminação de preconceitos, estigmas, estereóti-
pos e discriminações, promovendo atividades de sensibilização,
conscientização e convivência.

É importante mencionar que o acesso de alunos com deficiência


está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional
(Lei Federal 9.394 de 1996),que por sua vez visa garantir que es-
sas pessoas tenham as mesmas condições de socialização e de-
senvolvimento de habilidades cognitivas e competências socioe-
mocionais que outros alunos.

2.5 RESOLUÇÃO Nº 2 DE 11 DE SE‐


TEMBRO 2001, DO CONSELHO NACI‐
ONAL DE EDUCAÇÃO (CNE) e CÂ‐
MARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA (CEB)
A Resolução Nº 3 de 11 se setembro de 2001 institui diretrizes
nacionais para a educação especial na educação básica.

[...] Consideram-se educandos com necessidades educacionais


especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:

I - Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no


processo de desenvolvimento que dificultem o acompanha-
mento das atividades curriculares, compreendidas em dois
grupos:

a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;

b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou


deficiências. (Art. 5º, da Resolução nº 2, de 11 de setembro
2001, do CNE / CEB).
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Compreendendo o conceito de deficiência, pode-se observar que
qualquer pessoa que enfrente uma barreira na sociedade decor-
rente de seu diagnóstico poderia ser enquadrada, pois a Consti-
tuição Federal em seu artigo 205 c/c 206 prevê igualdade de
condições e oportunidades com as demais pessoas, conforme
segue:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da fa-


mília, será promovida e incentivada com a colaboração da socie-
dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes


princípios:

I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola.

Portanto, se a criança tem diagnóstico que atrapalha seu pleno


desenvolvimento educacional, a escola não pode ficar inerte
com a alegação que esse aluno não faz parte do público alvo da
educação especial. Ainda mais agora com a Lei Federal
14.254/2021 que prevê o apoio educacional.

Portanto, considerando que a Política Nacional de Educação Es-


pecial na Perspectiva da Educação Inclusiva é de 2008, e os atos
normativos do Conselho Nacional de Educação sobre a matéria
não incluem os transtornos funcionais como o TDAH no rol do
público-alvo da educação especial, não há regramento específico
sobre a oferta de AEE para estes casos. Todavia, pelo exposto
anteriormente, e ao considerarmos que o TDAH, Dislexia, é uma
dificuldade de aprendizagem que enseja acompanhamento pe-
dagógico diferenciado, evocamos o que preceitua o art. 5º da Lei
Federal 14.254 de 2021.
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Em São Paulo, temos a lei estadual, Nº 17.465, DE 03 DE DE-
ZEMBRO DE 2021, que aduz:

Artigo 1º - Fica autorizado o Governo do Estado a implantar o


Programa de diagnóstico e apoio aos alunos com dislexia e
transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) na
rede estadual de ensino.

O próximo passo é a regulamentação da Lei, sob a respon-


sabilidade e coordenação dos Ministérios da Saúde e da Educa-
ção. Com base no texto da Lei as áreas técnicas dos Ministérios
devem descrever ações, estratégias e programas para que efeti-
vamente os Estados e Municípios possam implementar a lei da
melhor forma. Ou seja, neste contexto deverá ser desenvolvido
um Plano Nacional de acompanhamento integral para crianças e
jovens com TDAH e Transtorno Específico de Aprendizagem
(Dislexia), na educação básica.

O artigo 53 do Estatuto da Criança e Adolescente ( ECA), rea-


firma a universalidade do direito à educação para as crianças e
adolescentes, assim como o artigo 205 da Constituição Federal,
lhes assegurando igualdade de condições para o acesso e perma-
nência na escola (inciso I), direito de ser respeitado por seus
educadores (inciso II), direito de contestar critérios avaliativos,
podendo recorrer às instâncias escolares superiores (inciso III)
– visando a avaliação adequada, quando os critérios de avalia-
ção padrão não consideram as condições especificas de aprendi-
zagem – e no parágrafo único, prevê o direito dos pais ou res-
ponsáveis de participação na vida escolar dos alunos.

A educação especial é regulamentada no Capítulo V do Título V


da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (lei federal
9.394 de 1996). O artigo 58 da LDB, define a educação especial,
como modalidade de educação escolar para educandos com ne-
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cessidades
Jurisprudência, Modelosespeciais,
e Peças. confere-lhes o direito de serviço de apoio 
especializado, determina que deve ser oferecida preferencial-
mente na rede regular de ensino, (§ 1º), assegura o atendimento
educacional especializado em condições específicas, quando não
for possível a integração nas classes comuns (§ 2º), reconhece a
educação especial como dever constitucional do Estado (§ 3º).

2.6 PROJETO DE LEI FEDERAL 2.630 de


2021 - COMISSÃO DE DEFESA DOS DI‐
REITOS DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
O projeto de Lei, autor deputado Capitão Fábio Abreu, institui a
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Trans-
torno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

A justificativa do projeto se fundamentava na necessidade de ga-


rantir às pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hi-
peratividade os mesmos direitos da pessoa com Transtorno do
Espectro Autista, uma vez que seriam semelhantes.

Ambos são transtornos do neurodesenvolvimento e podem cau-


sar prejuízos na: vida pessoal social acadêmica ou profissional,
porém, essa parte, que considerava o TDAH a deficiência para
fins legais, como é no caso das pessoas autistas, foi retirada do
projeto de lei, portanto não há mais essa possibilidade de equi-
paração de direitos como na justificativa inicial do projeto.

O relator do projeto de lei, o Deputado Fábio Trad, entendeu


que o TDAH se assemelha aos casos de TEA (Transtorno do Es-
pectro Autista) “leve”, nível de suporte 1.

Nesse assunto é possível perceber a importância do entendi-


Você tem mento
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o impacto
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na vida da pessoa. Essa análise traz o descompasso entre políti-
cas públicas, atendimento educacional com as informações mé-
dicas com relação aos transtornos e disfunções.

Inclusive, a Classificação Internacional de Doenças e Problemas


Relacionados com a Saúde - CID teve uma atualização em 2022
pela Organização Mundial da Saúde - OMS, que incluiu o TDAH
no CID 11.

A CID 11 é o décimo primeiro documento da CID desenvolvido


pela Organização Mundial da Saúde. Ele foi apresentado e lan-
çado no dia 18 de junho de 2018. Após 4 anos de adaptação por
parte de todos os países do mundo, o documento está em vigor
desde o dia 1º de janeiro de 2022.

2.7 TDAH NO CID 11


Outra mudança importante no CID 11 é a inclusão do Trans-
torno de Déficit de Atenção (TDAH) na categorização dos prin-
cipais transtornos existentes. Esse transtorno não estava especi-
ficado no CID 10, mostrando a necessidade da atualização do
documento. Confira como era antes e como ficou atualmente:

Tabela 1: CID 10 no TDAH – F90 Transtornos


Hipercinéticos

Nº CID

DESCRIÇÃO

F90.0

Distúrbios da atividade e da atenção

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F90.1Modelos e Peças.
Jurisprudência, 
Transtorno hipernético de conduta;

F90.8

Outros transtornos hipercinéticos;

F90.0

Transtorno hipercinético não especificado.

Tabela 2: CID 11 no TDAH 6A05 – Transtorno do Défi-


cit de Atenção e Hiperatividade

Nº CID

DESCRIÇÃO

6A05.0

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade predomi-


nante desatento

6A.05.1

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade predominan-


temente hiperativo-impulsivo

6A05.2

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, apresenta-


ção combinada

6A05.Y
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Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, outra forma
de apresentação

6A05.Z

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, apresenta-


ção não especificada

A sociedade como um todo precisa conhecer mais sobre os


transtornos e disfunções, para que seja possível ofertar adapta-
ções e suportes condizentes a essas condições e tornar real a in-
clusão para essa parcela que embora tenha a necessidade, não é
vista como público alvo da educação especial e também é negli-
genciada pelas instituições de ensino.

No entendimento do deputado Fábio Trad, em seu voto como


relator do Projeto de Lei nº 2.630 de 2021, o mesmo equiparou
as pessoas com TDAH ao autista de suporte nível 1, e ao meu
ver, isso não deveria ser motivo para excluir a parte que equipa-
rava direitos e considerava essas pessoas com deficiência para
fins legais, pelo contrário, demonstra que esse público tem ne-
cessidades equivalentes ao autista de suporte nível 1 portanto
devendo sim ser equiparado as pessoas com deficiência.

Importante frisar, que a ideia dessa equiparação iniciou como


justificativa do PL 2.630 de 2021, para um melhor entendi-
mento do público em geral que ainda é muito carente de infor-
mações sobre o TDAH, porém são transtornos diferentes e a real
equiparação buscada era com relação a aplicabilidade do Esta-
tuto da Pessoa com Deficiência pelas instituições administrati-
vas, haja vista, que já é aplicado pelo judiciário.

Buscar equiparar direitos, diz respeito aos suportes necessários,


políticas públicas e atenção com esse público.
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Segue entendimento jurisprudencial, a respeito do tema:

Obrigação de fazer. Menor portador de Transtorno de Déficit de


Atenção e Hiperatividade TDAH (CID10: F90.0) e Transtorno
Misto de Aprendizado Escolar (CID10: F81.3).

Pretensão de disponibilização de professor auxiliar para acom-


panhamento pedagógico em atividades escolares.

Medida que assegura o acesso ao atendimento educacional espe-


cializado que é consagrado constitucionalmente e no plano in-
fraconstitucional, sem especificação da unidade especializada, o
que fica a cargo do ente público indicar. Relatório médico que
atesta a necessidade do menor a disponibilização de profissional
de apoio. Inteligência dos artigos 227 e 208, III, da CF, artigo
54, III, do ECA, artigo 4º, III, 58 e 60 da Lei nº 9.394/1996, ar-
tigo 28, III, da Lei nº 13.146/2015. Ausência de exclusividade no
fornecimento do professor auxiliar. Recurso de apelação despro-
vido e remessa necessária não conhecida. (Voto nº 1030, Apela-
ção nº 0006365-12.2022.8.26.0451

Comarca: Piracicaba, Juiz (a): FELIPPE ROSA PEREIRA)

Recurso de apelação. Remessa necessária.

Ação Civil Pública Educação e inclusão social Criança diagnosti-


cada com 'hiperatividade e transtorno de fala e linguagem
(F80.1 e F90.0)' Necessidade de atendimento educacional espe-
cializado - Ensino Fundamental - Sentença de procedência - In-
surgência da Fazenda Pública do Estado de São Paulo - Não ca-
bimento de remessa necessária - Inteligência do artigo 496, § 3º
do Código de Processo Civil - Não caracterização de sentença ilí-
quida - Conteúdo econômico que pode ser facilmente aferido
por simples cálculo aritmético - Inteligência do artigo 54, III, do
Você tem acesso somente às funcionalidades gratuitas. Assine para uso ilimitado de
ECA;Modelos
Jurisprudência, artigose 3º, XIII, e 28, XVII, do Estatuto da Pessoa com
Peças. De- 
ficiência; artigo 59, III, da Lei nº 9394/96 ( Lei de Diretrizes e
Bases da Educação) Hipótese que não cabe exclusividade - Pos-
sibilidade de compartilhamento com outros discentes, desde
que na mesma sala de aula - Ausência de violação à autonomia
administrativa e à separação dos poderes - Súmula nº 65 do
TJSP - Reserva do possível afastada - Precedentes desta Colenda
Câmara Especial - Remessa necessária não conhecida - Apelo
voluntário provido parcialmente, nos termos que constam do v.
Acórdão” (Apelação / Remessa Necessária nº 1000070-
92.2022.8.26.0595, da Comarca de Serra Negra; Câmara Espe-
cial; Relator Xavier de Aquino (decano); Data de julgamento
18.10.2022).

3 CONCLUSÃO
Conclui-se que, infelizmente as famílias precisam passar pelo
desgaste do processo judicial para terem acesso a uma educação
inclusiva, sendo que todos os conceitos e ferramentas estão dis-
poníveis para atendimento desse público, resta a conscientiza-
ção dos impactos dos transtornos sob a ótica de saúde no indiví-
duo como um todo para que medidas mais assertivas nas esferas
administrativas sejam tomadas.

A jurisprudência corrobora com tudo o que foi exposto e res-


guarda o direito a esses estudantes a ter um professor de apoio e
outros suportes, como medida de suporte e equidade com os de-
mais alunos e a documentação médica é fundamental para al-
cançar esse direito, pois é um caso no qual saúde e educação se
interligam, e precisam atuar em parceria para o bem estar da
criança e/ou adolescente.

Além disso, esses alunos tem direito a educação sob a perspec-


Você tem tiva
acessoinclusiva
somente àse funcionalidades
todo o estudo com Assine
gratuitas. relação a uso
para educação
ilimitado especial
de
Jurisprudência,
deveriaModelos e Peças. a esse público.
ser aplicada

Educação inclusiva é direito de todos.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da Republica Fede-


rativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República.

Trilico, Matheus. Médico Neurologista, CRM 35.805/PR – RQE


24.818 – A CID do TDAH: Qual o código na Classificação Inter-
nacional de Doenças para o transtorno? Blog, atualizado em
02/01/2022.

Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretri-


zes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, de 23 de dez. de 1996. Dispo-
nível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>; Acesso
em: 28.03.2023

A Lei Federal 14.254 de 2021

Projeto de lei no 2.630, de 2021. Institui a Política Nacional de


Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH).

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, tra-


balho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação),
São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009, p. 10-16

Piracicaba. Tribunal de Justiça. Apelação nº 0006365-


12.2022.8.26.0451. Obrigação de fazer. Menor portador de
Você tem Transtorno
acesso somentede Déficit de gratuitas.
às funcionalidades AtençãoAssine
e Hiperatividade
para uso ilimitado deTDAH
Jurisprudência,
(CID10:Modelos e Peças.e Transtorno Misto de Aprendizado Escolar
F90.0)

(CID10: F81.3). Pretensão de disponibilização de professor auxi-
liar para acompanhamento pedagógico em atividades escolares.
Juiz (a): FELIPPE ROSA PEREIRA.

Serra Negra. Tribunal de Justiça. Apelação nº 1000070-


92.2022.8.26.0595. Obrigação de fazer. Ação Civil Pública Edu-
cação e inclusão social Criança diagnosticada com 'hiperativi-
dade e transtorno de fala e linguagem (F80.1 e F90.0)' Necessi-
dade de atendimento educacional especializado - Ensino Funda-
mental - Sentença de procedência. Relator Xavier de Aquino.

Relatório de recomendação. Protocolos Clínicos e Diretrizes Te-


rapêuticas. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
CONITEC - Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde.

Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-impacto-do-direito-da-saude-nos-


educandos-com-tdah-dislexia-e-ou-outros-transtornos-de-aprendizagem-direito-da-saude-e-os-
alunos-neurodivergentes/1927876912

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