Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURRAIS NOVOS
2019
A primeira parada da visita ao centro histórico se deu na Praça André de Albuquerque
Maranhão, local onde Natal foi fundada. Lá, pudemos observar o obelisco “Marco Zero”
(Figura 1), monumento que não foi construído devido à fundação da cidade, mas sim para
homenagear André de Albuquerque, um líder da revolução pernambucana de 1817. Conforme
TRINDADE (2010), o revolucionário foi ferido e, sem ter tratamento médico, foi preso em
uma cela da Fortaleza dos Reis Magos, após negar a entregar-se quando seu palácio foi
invadido por monarquistas. Como apresentado pelo professor, após André ser encarcerado,
sangrou até a morte, sendo então sepultado na Matriz Nossa Sra. da Apresentação (Figura 2).
O local de fundação da cidade foi estratégico, a uma légua do Forte dos Reis Magos,
permitindo assim que a sociedade civil pudesse fugir em caso de invasão, e para que não
ocorresse interação direta entre população e soldados. Acerca do Forte dos Reis, este teve sua
construção iniciada em 1597, devido ao contrato feito entre Portugal e Espanha, o que levou
ao rompimento comercial com a Holanda e a ameaças de invasão por parte dos holandeses.
Para compensar o prejuízo, os holandeses decidiram invadir todos os
domínios espanhóis, inclusive o Brasil. Tentaram, pela primeira vez, em
1624, na Bahia. (...) Em 1630, forças flamengas invadiram Pernambuco,
principal centro produtor de açúcar do Brasil, (...). E foi em Pernambuco que
os holandeses prepararam o ataque e a invasão da capitania do Rio
Grande(...) Mas antes da conquista definitiva da capitania, os holandeses
atacaram quatro vezes o Rio Grande; foram incursões que pareceram mais
expedições de reconhecimento. (TRINDADE, 2010)
Como exposto por MORAIS (2004), entre o período de 1633 a 1654 houve influência
holandesa em Natal, por exemplo na mudança do nome do Forte dos Reis para Forte de
Keulen. Segundo o autor, “após a retirada dos holandeses, a vida na cidade voltou à
normalidade, mas seu crescimento aconteceu de forma lenta e gradual.”
Ao sair da praça, nos dirigimos à Igreja de Santo Antônio, mais conhecida como Igreja
do Galo (Figura 3), nome recebido devido ao cata-vento de bronze em formato de galo em seu
topo. Esta é uma construção pertencente ao estilo barroco, tanto em sua fachada como na
decoração interna (Figura 4), e foi construída no ano de 1766.
Nossa terceira parada foi no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
(Figura 5), construído em 1906 e que serviu inicialmente como sede do tribunal de justiça. Lá,
pudemos observar diversas relíquias importantes para a história de Natal, como a réplica do
Marco do Touro (Figura 6) - pedra onde se entalhara a cruz da Ordem de Cristo e as armas da
coroa portuguesa - a primeira urna eleitoral da cidade (Figura 7), e a Coluna Capitolina
(Figura 8), de origem do Capitólio Romano, que foi doada por Benito Mussolini à Natal.
Após passar pelo Instituto Histórico e Geográfico, passamos rapidamente por outras
localidades, sendo elas: o Museu Café Filho (Figura 9), a Praça de Sete de Setembro –
também conhecida como praça dos Três Poderes - próxima da sede do Tribunal de Justiça
(Poder Judiciário), antiga sede do Governo do Estado (Executivo) e da Assembleia Legislativa
(Legislativo). Também observamos a antiga sede da Ordem dos Advogados (Figura 10) – com
características de construção parisienses - a praça das mães, o Solar João Galvão (Figura 11) e
a Capitania das Artes (Figura 12).
Para finalizar o passeio, visitamos o Centro de Turismo de Natal (figuras 13 e 14),
lugar onde anteriormente funcionava como uma cadeia pública. Em 1976, foi reformado e se
tornou o centro de turismo da cidade, onde cada antiga cela se tornou uma loja de artesanato.
ANEXOS
TRINDADE, Sérgio Luiz Bezerra. História do Rio Grande do Norte. 1ª ed. Natal: Instituto
Federal do Rio Grande do Norte, 2010.
MORAIS, Marcus César Cavalcanti de. Terras potiguares. 2ª ed. Natal: Foco, 2004.