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V

Volume 02.
M
Mariculttura
Conteú do
o

Conteúdo ............................................................................................................................................ I
Lista de Figguras ..................................................................................................................................V
Lista de Taabelas ................................................................................................................................ XI
Apresentaação do Volum
me 02 ............................................................................................................ 1
1 MARIICULTURA ........................................................................................................................... 3
2 A CAD
DEIA PRODUT
TIVA DA MARICCULTURA NO PARANÁ ........................................................ 10
2.1 Piscicultura Marinha ........................................................................................... 10
2.2 Carcinicultura ..................................................................................................... 11
1
2.2.1 Cultivos de
d camarõess em viveiros ............................................................... 11
2.2.2
2 Cultivo de camarões em tanques‐‐rede ........................................................ 12
2.3 Ostreicultura....................................................................................................... 15
2.3.1
1 pregados no Paraná ................................ 18
Sistemas de cultivo dde ostras emp
2.3.2
2 Produção
o de sementees em laboraatório ........................................................ 24
2.3.3
3 Uso de co
oletores de ssementes ..................................................................... 25
2.3.4
4 A extração de ostraas nos banccos naturaiss do Compleexo Estuarin no de
Paranaguá e da Baía de Guaratuba
G ........................................................................................ 26
2.3.5
5 Manejo .......................................................................................................... 33
2.3.6
6 Unidadess depuradoraas de molusccos marinhoss ‐ UMDM ............................ 35
2.3.7
7 Comercia
alização............................................................................................. 40
2.3.88 Principaiss entraves e caminhoss para o de esenvolvimennto comercial da
ostreiculturaa paranaense
e ....................................................................................................... 53
2.4 Principais en
ntidades rep resentativass da maricultura no Paranná .................... 56
2.4.1
1 Produção
o e extensãoo aquícola ..................................................................... 56
2.4.2
2 Ensino e Pesquisa .......................................................................................... 56
2.4.3
3 ONG´s ............................................................................................................ 60
2.4.4
4 Principaiss projetos eem execução o no litoral do estado e propostass para
mento da maricultura ........................................................................................... 62
desenvolvim
3 SISTEMAS DE CULT
TIVO............................................................................................................ 73
3.1 Sistemas de cultivo de ppeixes marinh
hos ........................................................... 75
1
3.1.1 Cercadoss ........................................................................................................ 75
3.1.2
2 Tanques‐‐Rede e Gaioolas Flutuantes de Pequeno Volume .......................... 76
3.1.3
3 nde Volume (Flutuantes ou Submerssíveis)
Tanques‐‐Rede e Gaioolas de Gran
82
3.2 moluscos bivaalves ......................................................... 87
Sistemas de cultivo de m
1
3.2.1 Semeadu
ura Direta.......................................................................................... 88
3.2.2
2 Long‐linees de superfíccie (espinhel) ............................................................... 91
3.2.3
3 Long‐linees de meia ággua ............................................................................... 93

I
3.2.4 Balsas .......................................................................................................... 94
3.2.5 Mesas ......................................................................................................... 96
3.2.6 Varais e racks .............................................................................................. 98
3.3 Sistemas de cultivo de crustáceos................................................................... 99
3.3.1 Cercados ................................................................................................... 100
3.3.2 Tanques‐rede de pequeno volume .......................................................... 101
3.4 Sistemas de cultivo de macroalgas ............................................................... 102
3.4.1 Linhas ou Cordas de Fundo (monolinhas) ................................................ 103
3.4.2 Long‐lines Horizontais (balsas flutuantes) ............................................... 104
3.4.3 Long‐lines Verticais................................................................................... 107
4 ESPÉCIES EMERGENTES ...................................................................................................... 108
4.1 Peixes............................................................................................................. 110
4.1.1 Bijupirá (Rachycentron canadum) ............................................................ 110
4.2 Moluscos ....................................................................................................... 123
4.2.1 Ostra‐do‐mangue (Crassostrea brasiliana) .............................................. 123
4.2.2 Ostra‐do‐pacífico ou ostra japonesa (Crassostrea gigas) ........................ 139
4.2.3 Mexilhão (Perna perna) ........................................................................... 151
4.2.4 Vieira (Nodipecten nodosus) .................................................................... 169
4.3 Macroalgas .................................................................................................... 180
4.3.1 Kappaphycus alvarezii .............................................................................. 180
5 ESPÉCIES POTENCIAIS ......................................................................................................... 190
5.1 Peixes............................................................................................................. 191
5.1.1 Sargo (Archosargus probatocephalus) ..................................................... 192
5.1.2 Robalo‐peva (Centropomus parallelus) .................................................... 198
5.1.3 Robalo‐flecha (Centropomus undecimalis) .............................................. 205
5.1.4 Carapeba branca (Diapterus rhombeus) ................................................. 210
5.1.5 Cioba (Lutjanus analis) ............................................................................. 213
5.1.6 Linguado‐vermelho (Paralichthys orbignyanus)...................................... 222
5.1.7 Pampo (Trachinotus carolinus) ................................................................. 231
5.2 Moluscos ....................................................................................................... 241
5.2.1 Berbigão (Anomalocardia brasiliana) ....................................................... 242
5.2.2 Ostra‐do‐mangue (Crassostrea rhizophorae) ........................................... 248
5.2.3 Bacucu (Mytella guyanensis) .................................................................... 253
5.3 Crustáceos ..................................................................................................... 258
5.3.1 Camarão‐rosa (Farfantepenaeus paulensis)............................................. 259
5.3.2 Camarão‐branco (Litopenaeus schmitti) .................................................. 266
5.3.3 Camarão‐cinza (Litopenaeus vannamei) .................................................. 270
5.4 Macroalgas .................................................................................................... 286

II
5.4.1 Eucheuma spp. ......................................................................................... 287
5.4.2 Hypnea musciformis ................................................................................. 297
5.4.3 Pterocladia capillacea .............................................................................. 303
6 O MERCADO INTERNACIONAL DE PESCADOS..................................................................... 308
6.1 Estrutura e regulamentação do comércio internacional de pescados. ........ 309
6.2 O mercado norte‐americano de pescados e frutos do mar .......................... 311
6.2.1 Exigências para exportação ...................................................................... 312
6.2.2 Tarifas de importação .............................................................................. 313
6.2.3 Exigências para comercialização .............................................................. 313
6.2.4 Rotulagem ................................................................................................ 314
6.2.5 Legislação ................................................................................................. 316
7 AVALIAÇÃO DOS POTENCIAIS IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔMICOS DA
MARICULTURA .......................................................................................................................................... 318
7.1 Metodologia adotada .................................................................................... 319
7.2 Impactos apresentados em comum e interações entre as diferentes
atividades aquícolas .............................................................................................................. 322
7.2.1 Impactos sobre o meio físico (ambiente) ................................................. 322
7.2.2 Impactos bióticos ..................................................................................... 325
7.2.3 Impactos antrópicos ................................................................................. 329
7.2.4 Impactos sobre a infraestrutura e a logística regionais ........................... 338
7.3 Cultivos de moluscos ..................................................................................... 342
7.3.1 Impactos sobre o meio físico.................................................................... 342
7.3.2 Impactos sobre o meio biótico ................................................................. 346
7.3.3 Outros ....................................................................................................... 348
7.3.4 Avaliação geral dos impactos ................................................................... 349
7.4 Piscicultura .................................................................................................... 355
7.4.1 Impactos sobre o meio físico.................................................................... 356
7.4.2 Efeitos sobre o meio biótico..................................................................... 369
7.4.3 Avaliação geral dos impactos ................................................................... 372
7.5 Cultivo de algas ............................................................................................. 378
7.5.1 Impactos sobre o meio físico.................................................................... 378
7.5.2 Impactos sobre o meio biótico ................................................................. 378
7.5.3 Impactos antrópicos ................................................................................. 379
7.6 Conclusão do prognóstico de impactos ........................................................ 385
8 QUALIDADE HIGIÊNICO‐SANITÁRIA DE MOLUSCOS BIVALVES ........................................... 394
8.1 Surtos e problemas sanitários relacionados ao consumo de ostras ............. 395
8.1.1 Qualidade higiênico‐sanitária de ostras e das águas na Baía de Guaratuba
399

III
8.1.2 Qualidade higiênico‐sanitária de ostras e das águas no Complexo Estuarino
de Paranaguá 401
8.2 Algas tóxicas .................................................................................................. 407
8.3 Florações de algas nocivas ............................................................................ 411
8.4 Principais espécies de algas tóxicas que ocorrem no Brasil .......................... 415
8.5 Medidas preventivas e de controle ............................................................... 419
8.6 Principais ficotoxinas ..................................................................................... 420
8.6.1 Cianotoxinas ............................................................................................. 420
8.6.2 Anatoxina‐a .............................................................................................. 421
8.6.3 ASP ‐ Envenenamento amnésico .............................................................. 421
8.6.4 DSP ‐ Envenenamento diarréico............................................................... 422
8.6.5 NSP ‐ Envenenamento neurótico ............................................................. 423
8.6.6 PSP ‐ Envenenamento paralisante ........................................................... 424
8.6.7 CFP ‐ Ciguatera (envenenamento pelo consumo de peixes) ................... 427
8.6.8 AZP ‐ Envenenamento azaspirácido ......................................................... 428
8.6.9 Palitoxina .................................................................................................. 429
8.7 Ficotoxinas e a malacocultura ....................................................................... 431
10 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 433

IV
Lissta de Figura
F s
Figuraa 1 ‐ Cultivo de ostras na lama da comunnidade da Vila da Ilha Rasa................................................... 19
Figuraa 2 ‐ Cultivo de ostras na lama, com desttaque para as ostras colocadas dentro doo cercado. ........... 19
Figuraa 3 ‐ Técnica de
d cultivo de ostras
o em messas desenvolvvido no CEP. .................................................... 20
Figuraa 4 ‐ Cultivo de ostras em siistema de lon g‐line na baíaa de Guaratuba. .............................................. 21
Figuraa 5 ‐ Lanternas utilizadas no
o sistema de ccultivo de ostrras em long‐line. ............................................ 21
Figuraa 6 ‐ Travesseiiros utilizadoss no sistema dde cultivo de ostras
o em long
g‐line. ........................................ 22
Figuraa 7 ‐ Produttor de ostrass do Compleexo Estuarino o de Paranagu uá e suas osttras prontas para a
comercializaação. ................................................................................................................................. 43
Figuraa 8 ‐ Conjuntto de imagenss que mostram
m as condiçõees precárias de
d higiene e coonservação em que
as ostras são
o desconchad
das para vendaa em algumass comunidades do litoral paaranaense. .......... 46
Figuraa 9 ‐ Média de anos de exp periência trabbalhando com ostras em Po oruquara e Guuaratuba (em azul) e
a média de cursos técnicos feitos na a tividade pelos produtores das duas regiiões (em verm melho).
........................................................................................................................................................... 48
Figuraa 10 ‐ Imagem
m de sementes de ostras di stribuídas parra a Comunida
ade do Poruquuara em 2008
8. .... 49
Figuraa 11 ‐ Comeercialização de d ostras em m Poruquara. Relação en ntre a ofertaa e o o pre eço de
comercializaação. ................................................................................................................................. 51
Figuraa 12‐ Preço médio
m praticaado por cada produtor de ostra em Gu uaratuba (azuul) e em Poru uquara
(vermelho) em
e abril de 20
010. ............................................................................................................ 52
Figuraa 13 ‐ Mapaa mostrando a principal roota de distrib
buição de ostras oriundas da comunida ade do
Poruquara e,
e abaixo do mesmo,
m um caalendário com a sazonalidadde da atividadde. ....................... 53
Figuraa 14 ‐ Nas caixas em verme elho estão inddicadas as áre
eas onde a Asssociação Maar Brasil tem planos
para instalar unidades de
emonstrativas de cultivo dee mexilhões em
m mar aberto . .......................... 61
Figuraa 15. Imagem do curso de capacitação
c e m processamento e preparração de pesccados realizad do pelo
Projeto Culttimar com as mulheres
m do M
Mercado Mun nicipal de Mattinhos. ....................................... 64
Figuraa 16 ‐ Comuniidades do litoral paranaensse onde a EMA ATER‐PR prete ende instalar unidades de cultivo
de ostras. ............................................................................................................................................ 70
Figuraa 17 ‐ Curral de
d peixes no estado do Paráá ........................................................................................... 76
Figuraa 18 ‐ Tanque‐‐rede de pequ
ueno volume eempregado no cultivo de peixes marinhoos. ....................... 76
Figuraa 19 ‐ Repressentação esqu uemática de tanques‐rede e de pequeno o volume usaddos em cultivvos de
peixes. ................................................................................................................................................ 77
Figuraa 20 ‐ Estruturra de madeira
a empregada nna sustentação de tanques‐rede de pequueno volume....... 78
Figuraa 21 ‐ Garrafas PET empreggadas como esstrutura de flu
utuação de tanque‐rede................................. 78
Figuraa 22 ‐ Tampa de
d lona com abertura
a centrral telada. ............................................................................ 79
Figuraa 23 ‐ Tampass de poliéster revestidas com
m PVC coberttas parcialmen
nte com sombbrite. ................... 79
Figuraa 24 ‐ Comedo
ouro acoplado
o à tela de tannque‐rede berrçário de polié
éster revestidoo com PVC. ......... 80
Figuraa 25 ‐ Tanque‐‐rede oceânicco de grande vvolume utilizado para o culttivos de peixees. ....................... 82
Figuraa 26 ‐ Repressentação esqu uemática de ggaiolas oceân nicas de grand de volume ussadas em culttivo de
peixes. ................................................................................................................................................ 83
Figuraa 27 ‐ Sistemaa de cultivo "A
Aquapod®". ................................................................................................. 84
Figuraa 28 ‐ Tanquess‐rede de gran
nde volume uutilizados no cultivo de bijup
pirá no litoral de Pernambu
uco. 86

V
Figura 29 ‐ Semeadura direta de ostras. .................................................................................................... 88
Figura 30 ‐ Cultivo através de semeadura direta protegido por malha sintética no Canadá ..................... 89
Figura 31 – Despesca manual de mariscos (clam) em cultivo de fundo no Canadá .................................. 89
Figura 32 ‐ Cultivo de fundo através de semeadura direta de ostras........................................................ 90
Figura 33 ‐ Representação esquemática de um cultivo de ostras feito através de semeadura direta. Os
animais são colocados diretamente em contato com o sedimento, em locais de fundo areno‐
lodosos. ........................................................................................................................................... 90
Figura 34 ‐ Long‐line de superfície utilizado no cultivo de mexilhões. ....................................................... 91
Figura 35 ‐ Representação esquemática de um long‐line (espinhel) de superfície usado em cultivo de
moluscos. ........................................................................................................................................ 92
Figura 36 ‐ Long‐line de meia água para cultivo de mexilhões na Espanha. .............................................. 93
Figura 37 ‐ Representação esquemática de um long‐line de meia‐água usado em cultivo de moluscos. 94
Figura 38 ‐ Balsa flutuante utilizada no cultivo de moluscos. ................................................................... 94
Figura 39 ‐ Representação esquemática de uma usada em cultivos de moluscos..................................... 95
Figura 40 ‐ Cultivo de ostras em sistema de mesas na China. .................................................................... 96
Figura 41 ‐ Representação esquemática de uma mesa utilizada em cultivo de ostras. ............................. 96
Figura 42 ‐ Estaca de madeira degradada pelo molusco gusano (Teredo sp.). .......................................... 97
Figura 43 ‐ Cultivo de ostras em sistema de rack no estado do Sergipe. ................................................... 98
Figura 44 ‐ Cultivo de ostras em sistema de varal no estado do Sergipe. .................................................. 98
Figura 45 ‐ Cultivo de mexilhões em rack utilizado em Santa Catarina...................................................... 99
Figura 46 ‐ Cercados utilizados para o cultivo de camarões marinhos na Lagoa dos Patos ‐ RS. ............. 100
Figura 47 ‐ Representação esquemática de um cercado para cultivo de organismos marinhos. ............ 101
Figura 48 ‐ Sistema de linha de fundo para cultivo de macroalgas. ......................................................... 103
Figura 49 ‐ Representação esquemática de um cultivo de algas em sistema de linha de fundo. ............ 104
Figura 50 ‐ Long‐line horizontal (também chamado de balsa flutuante) utilizado para o cultivo de
macroalgas. ................................................................................................................................... 104
Figura 51 ‐ Representação esquemática de um long‐line horizontal para cultivo de algas. ................... 105
Figura 52 ‐ Sistema de balsa flutuante para o cultivo de macroalgas utilizando a técnica rede tubular (A)
e com técnica tie‐tie (B). ............................................................................................................... 106
Figura 53 ‐ Redes podem ser colocadas sob as balsas flutuantes para minimizar tanto a herbivoria,
quanto o desprendimento das algas para o ambiente. ................................................................ 106
Figura 54 ‐ Long‐lines verticais utilizados no cultivo de macroalgas. ...................................................... 107
Figura 55 ‐ Representação esquemática de um long‐line vertical para cultivo de algas. ........................ 107
Figura 56 ‐ Bijupirá (Rachycentron canadum) ......................................................................................... 110
Figura 57 ‐ Área de ocorrência do bijupirá (Rachycentron canadum) ...................................................... 111
Figura 58 ‐ Tanques de manutenção de reprodutores de bijupirá, e (embaixo, a direita) tanques de
alevinagem. ................................................................................................................................... 115
Figura 59 ‐ Imagens do cultivo de bijupirá em tanques‐rede pela empresa Aqualider no litoral de
Pernambuco. ................................................................................................................................. 117
Figura 60 ‐ Evolução da produção munidial de Bijupirá (Rachycentron canadum). ................................ 121
Figura 61 ‐ Crassostrea brasiliana (ostra‐do‐mangue) ............................................................................. 123

VI
Figura 62 ‐ Coletores de sementes empregados no litoral paranaense. .................................................. 128
Figura 63 ‐ Sementes coletadas com auxílio dos coletores. .................................................................... 128
Figura 64 ‐ Larvas de ostras em fase de assentamento............................................................................ 130
Figura 65 ‐ Tanque de assentamento de larvas de ostras em laboratório. .............................................. 131
Figura 66 ‐ Balde telado utilizado no assentamento remoto de ostras em Santa Catarina. .................... 132
Figura 67 ‐ Área de cultivo de ostras na baía de Guaratuba. ................................................................... 133
Figura 68 ‐ Crassostrea gigas (Ostra‐do‐Pacífico) .................................................................................... 139
Figura 69 ‐ Área de ocorrência da ostra‐do Pacífico, Crassostrea gigas. ................................................. 141
Figura 70 ‐ Cultivo automatizado de mexilhões. ...................................................................................... 145
Figura 71 ‐ Cultivo de moluscos em Florianópolis. Ao fundo se observam long‐lines e a frente cultivos
em mesas. ..................................................................................................................................... 148
Figura 72 ‐ Caixa utilizada para transporte e comercialização de ostras................................................. 149
Figura 73. Evolução da produção aquícola mundial de Crassostrea gigas. .............................................. 150
Figura 74 ‐ Exemplares de Perna perna macho, à esquerda (gônada branca) e fêmea à direita (gônada
alaranjada). ................................................................................................................................... 151
Figura 75 ‐ Áreas de ocorrência dor mexilhão Pera perna. ..................................................................... 152
Figura 76 ‐ Corda de cultivo de mexilhão. ................................................................................................ 158
Figura 77 ‐ Cultivo de mexilhão P. perna em sistema de mesa. ............................................................... 162
Figura 78 ‐ Cordas de cultivo de mexilhões. ............................................................................................. 163
Figura 79 ‐ Cordas com mexilhões suspensas em long‐line. .................................................................... 164
Figura 80 ‐ Vieira, Nodipecten nodosus. ................................................................................................ 169
Figura 81 ‐ Fotos de estruturas utilizadas para o cultivo de vieiras por Bueno et al. (2010): lanterna
comum (a), pearl‐net (b), bo‐net (c), lanter‐net (d). ..................................................................... 178
Figura 82 ‐ A macroalga marinha Kappaphycus alvarezii (Doty). ............................................................. 180
Figura 83 ‐ Diferentes sistemas fixos para cultivo de fundo de Kappaphycus alvarezii. Rede tubular (A),
balsa (B), linha de fundo (C), Rede suspensa (D). ......................................................................... 187
Figura 84 ‐ Evolução da produção mundial de Kappaphycus alvarezii. .................................................... 188
Figura 85 ‐ Kappaphycus alvarezzi: processo de secagem na Ásia. ......................................................... 189
Figura 86 ‐ Sargo, Archosargus probatocephalus ..................................................................................... 192
Figura 87 ‐ Área de ocorrência do sargo, Archosargus probatocephalus. ................................................ 193
Figura 88 ‐ Relação entre desembarque e preço de primeira comercialização do sargo nos Estados
Unidos. .......................................................................................................................................... 196
Figura 89 ‐ Filé de sargo............................................................................................................................ 197
Figura 90 ‐ Robalo‐peva, Centropomus parallelus ................................................................................... 198
Figura 91 ‐ Área de ocorrência do robalo‐peva, Centropomus parallelus. ............................................... 199
Figura 92 ‐ Fêmea de robalo‐peva sendo submetida à indução hormonal para desova......................... 201
Figura 93 ‐ Juvenis de robalos‐peva produzidos pelo Laboratório de Piscicultura Marinha da
Universidade federal de Santa Catarina........................................................................................ 202
Figura 94 ‐ Tanque utilizado para o cultivo comercial de robalo‐peva no Ceará. ................................... 203
Figura 95 ‐ Robalo‐flecha, Centropomus undecimalis. ........................................................................... 205

VII
Figura 96 ‐ Área de ocorrência do robalo‐flecha, Centropomus undecimalis.......................................... 206
Figura 97 ‐ Robalo capturado na natureza e mantido em tanque‐rede na baía de Guaratuba como parte
do processo de reprodução induzida em laboratório. .................................................................. 209
Figura 98 ‐ Carapeba‐branca (Diapterus rhombeus) ............................................................................... 210
Figura 99 ‐ Área de ocorrência da carapeba (Diapterus rhombeus) ........................................................ 211
Figura 100 ‐ Cioba, Lutjanus analis. .......................................................................................................... 213
Figura 101 ‐ Área de ocorrência da cioba (Lutjanus analis)..................................................................... 214
Figura 102 ‐ Lutjanus analis, indivíduo usado como reprodutor. ............................................................ 217
Figura 103 ‐ Desembarques pesqueiros de cioba no Brasil. ..................................................................... 220
Figura 104 ‐ Relação entre desembarque pesqueiro e preço de primeira comercialização de ciobas nos
EUA. ............................................................................................................................................... 220
Figura 105 ‐ Relação entre desembarque pesqueiro e preço de primeira comercialização da cioba em
Sergipe. ......................................................................................................................................... 221
Figura 106 ‐ Filé de cioba .......................................................................................................................... 221
Figura 107 ‐ Linguado, Paralichthys orbignyanus. .................................................................................... 222
Figura 108 ‐ Área de ocorrência do linguado (Lutjanus analis) ............................................................... 224
Figura 109 ‐ Linguado, Paralichthys orbignyanus. .................................................................................... 225
Figura 110 ‐ Trachinotus carolinus (Pampo) ............................................................................................. 231
Figura 111 ‐ Área de ocorrência do do Pampo (Trachinotus carolinus) .................................................. 232
Figura 112 ‐ Sistema de recirculação de água. ......................................................................................... 235
Figura 113 ‐ Tanque de recepção e observação dos pampos................................................................... 235
Figura 114 ‐ Aplicação intramuscular de hormônio reprodutivo. ............................................................ 236
Figura 115 ‐ Juvenis de pampo. ................................................................................................................ 237
Figura 116 ‐ Desembarque mundial de pampo. ....................................................................................... 238
Figura 117 ‐ Relação entre desembarque e preço de primeira comercialização do pampo nos Estados
Unidos. .......................................................................................................................................... 239
Figura 118 ‐ Filé de pampo. ...................................................................................................................... 239
Figura 119 ‐ Comercialização do pampo. ................................................................................................. 240
Figura 120 ‐ O berbigão Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1971). ........................................................ 242
Figura 121 ‐ Imagem mostrando a exploração artesanal de um banco natural de berbigão. ................. 246
Figura 122 ‐ Crassostrea rizhoporae (Ostra‐do‐mangue) ......................................................................... 248
Figura 123 ‐ O bacucu Mytella guyanensis (Lamarck, 1819). ................................................................... 253
Figura 124 ‐ Farfantepenaeus paulensis .................................................................................................. 259
Figura 125 ‐ Litopenaeus schmitti ............................................................................................................. 266
Figura 126 ‐ Área de ocorrência do camarão‐branco, Litopenaus schmitti. ............................................ 267
Figura 127 ‐ Litopenaeus vannamei.......................................................................................................... 270
Figura 128 ‐ Principais produtores munidiais de L. vannamei em 2006. .................................................. 271
Figura 129 ‐ Tanques‐rede experimentais utilizados para o cultivo de camarões marinhos na baía de
Paranaguá. .................................................................................................................................... 280
Figura 130 ‐ Índice Urner Barry HLSO do camarão L. vanammei cultivado (sem cabeça e com casca). . 283

VIII
Figura 131 ‐ Evolução da produção mundial de L. vannamei. ................................................................. 284
Figura 132 ‐ A macroalga marinha Eucheuma denticulatum.................................................................... 287
Figura 133 ‐ Eucheuma: plantas já presas às linhas de cultivo. ............................................................... 289
Figura 134 ‐ Detalhes do cultivo de Eucheuma em sistema de linha de fundo. ....................................... 291
Figura 135 ‐ Cultivo de Eucheuma em sistema de linha de fundo. .......................................................... 292
Figura 136 ‐ Produção mundial de Eucheuma spp. através da aquicultura. ........................................... 295
Figura 137 ‐ Eucheuma após a colheita (esquerda) e já seca, pronta para primeira comercialização (a
direita). .......................................................................................................................................... 296
Figura 138 ‐ A macroalga marinha Hypnea musciformis (Lamouroux, 1813)........................................... 297
Figura 139 ‐ Exemplar de Hypnea musciformis no qual podem ser vistos os ganchos nas extremidades,
característicos da espécie. ............................................................................................................ 299
Figura 140 ‐ A macroalga marinha Pterocladia capillacea (GMELIN) Bornet e Thuret, 1876. .................. 303
Figura 141 ‐ Det al.hes de um ramo de Pterocladia capillacea. ............................................................... 305
Figura 142 ‐ Representação dos principais impactos potenciais da malacocultura em águas rasas....... 342
Figura 143 ‐ Principais impactos potenciais da piscicultura marinha em tanques‐rede e gaiolas de grande
volume. ......................................................................................................................................... 355
Figura 144 ‐ Modelo conceitual de balanço de nutrientes em sistema de cultivo de peixes em tanques‐
rede proposto por Ismam (2005). TCA ‐ Taxa de Conversão alimentar; N ‐ Nitrogênio; P ‐ Fósforo.
...................................................................................................................................................... 362
Figura 145 ‐ Grupo de macroinvertebrados bênticos encontrados no sedimento abaixo dos tanques‐rede
de Lutjanus analis e Rachycentron canadum (Alston et al., 2005). .............................................. 364
Figura 146 ‐ Representação gráfica dos impactos causados pelos cultivos de moluscos (em cima), peixes
marinhos (meio) e macroalgas (em baixo). Diagramas estruturados a partir das Matrizes de
Correlação Causa x Efeito. Os índices (em percentagem) foram obtidos a partir do cálculo do
somatório de impactos quantificados para cada atividade, para cada meio (físico, biótico e
antrópico), dividido pelo número máximo de impactos causados pela atividade mais impactante e
(no caso, a piscicultura marinha). ................................................................................................. 386
Figura 147 ‐ Mapa do Complexo Estuarinode Paranaguá com a localização dos pontos amostrais: 1 ‐ Ilha
de Pinheiros; 2 ‐ Puruquara; 3 ‐ Ilha Rasa; 4 ‐ Ilha das Cobras; 5 ‐ Rio das Ostras. ....................... 402
Figura 148 ‐ Esquema representando possíveis ligações entre a entrada de nutrientes, a resposta das
microalgas e os efeitos de florações baseado em Gilbert & Pitcher, 2001. .................................. 411
Figura 149 ‐ Canal da Joatinga‐RJ na maré vazante, mancha indicando floração de algas (cianobactérias)
que conferem coloração verde a água. ......................................................................................... 420
Figura 150 ‐ Cadeia de Pseudo‐nitzschia sp., diatomácea. ....................................................................... 422
Figura 151 ‐ Prorocentrum lima (a). Dinophysis sp. (b). .......................................................................... 423
Figura 152 ‐ Gymnodinium breve (sinônimo Karenia brevis), alga vista em microscopio óptico (a) e em
microscopio eletrônico de varredura (b). ..................................................................................... 424
Figura 153 ‐ Distribuição global dos casos de intoxicação por PSP em 1970 e 2006. ............................. 425
Figura 154 ‐ Passagem de toxinas paralisantes pelos diferentes níveis tróficos. .................................... 425
Figura 155 ‐ Gymnodinium catenatum (a). Alexandrium sp. (b). ............................................................ 426
Figura 156 ‐ (a‐c) Morfologia geral de A. minutum em microscópio óptico. (b) Células isoladas; (c) redes;
(d) vista ventral da célula clarificada, mostrando o padrão reticulado de hypotheca (seta). Célula
corada em Calcofluor sob microscopia de fluorescencia: (5) vista ventral das células, mostrando
um poro ventral conspícuo (seta); (e, f) vista apical das células, mostrando o poro apical

IX
complexo (APC) (seta) e as quatro placas apicais (‘). Barra de escala = 20 μm (a, b); 10 μm (c‐f).
...................................................................................................................................................... 427
Figura 157 ‐ Gambierdiscus toxicus. ......................................................................................................... 428
Figura 158 ‐ Ostreopsis ovata proveniente de uma amostra coletada em Búzios‐RJ. (a) Microscópio
óptico, (b) Epifluorescência com calcofluor. ................................................................................. 429
Figura 159 ‐ Biofilme de Ostreopsis ovata recobrindo a alga vermelha Amphiroa fragilissima na enseada
do Forno, em 5/12/06 (a) e na Ilha de Cabo Frio, em 27/11/06 (b).............................................. 430

X
Lissta de Tabela
T s
Tabela 1. Número o aproximadoo de famíliass por comun nidade, relacionado ao n úmero de fa amílias
envolvidas com
c a mariculltura no Compplexo Estuarin
no de Paranag
guá em 2004. ............................. 17
Tabela 2. Número aproximado de
d famílias poor comunidade, relacionado
o ao número de maricultorres em
nidade no Com
cada comun mplexo Estuarrino de Paranaaguá em 2009
9‐2010. ...................................... 17
Tabela 3. Frequência de ocorrê
ência de uso ddos diferente es sistemas de cultivo de oostras utilizad dos no
Paraná e as comunidadess que os utilizaam. ...................................................................................... 18
Tabela 4. Principaiss pontos de ve
enda de ostra no município
o de Guaratub
ba. .............................................. 42
Tabela 5. Canais de comercialização das ostrras, número de d comunidad des onde foi verificado e preços
pagos aos produtores (CEEP‐PR). ........................................................................................................ 44
Tabela 6. Taxas dee intermediaçã
ão na comerc ialização de ostras
o oriundas do Complexxo Estuarino da d baía
de Paranaguuá, do produtor até o conssumidor final. Considerando o‐se o preço dde R$ 3,00/dú úzia de
ostras médias, com aproxximadamentee 10 cm de altu ura. ................................................................. 45
Tabela 7. Principaiss instituições representativ
r as da maricultura paranaen
nse. ........................................... 58
Tabela 8. Principais instituiçõess de ensino e pesquisa que atuam ou u formam proofissionais qu ue têm
desenvolviddo trabalhos associados à mmaricultura paranaense. ....................................................... 59
Tabela 9. Comunid dades pesque eiras do munnicípio de Parranaguá que recebem supporte da preffeitura
municipal para instalação o de unidadess de cultivo de
e ostras e de camarões pa ra isca‐viva, público p
assistido e área
á prevista para
p as unidaddes de cultivo o. ..................................................................... 72
Tabela 10. Síntese dos Fatores que afetam m a escolha do d local para a instalação de tanques‐rrede e
gaiolas ................................................................................................................................................ 81
Tabela 11. Parâmettros de Avaliação Utilizadoss nas Matrizess de Impactoss1. ............................................ 320
Tabela 12. Acumulaação de sedim
mentos em fazzendas de bivaalves. ............................................................ 346
Tabela 13. Produçãão de resíduos fecais por b ivalves ............................................................................... 346
Tabela 14. Matriz de
d correlação causa x efeitoo aplicada à malacocultura
m nos PLDM doo Paraná............. 350
Tabela 15. Síntesee numérica do os impactos potencialmen nte provocado os por de em mpreendimentos de
malacocultu ura no litoral paranaense.
p ............................................................................................. 354
Tabela 16. Síntesse numérica dos impacctos potenciaalmente provocados pelaa implantaçã ão de
empreendim
mentos de maalacocultura n o litoral paran
naense.......................................................... 354
Tabela 17. Perdas estimadas de e sistemas de cultivo intenssivo de fazend das de trutas (tanques e vivveiros)
(referênciass citadas em Rosenthal
R et a l., 1988). ............................................................................ 356
Tabela 18. Cargas de sólidos emm suspensão (SSS), nutrientes e demanda bioquímica dee oxigênio (BO OD) de
fazenda de cultivo
c de salm
mão de água ddoce (Beveriddge et al., 1991). ........................................... 358
Tabela 19. Parâm
metros de qualidade da áágua em locaais de cultivo o de Lutjanuus analis (cio oba) e
Rachycentro
on canadum (bijupirá) (Alstton et al., 2005).................................................................. 358
Tabela 20. Taxas de sedimentaçção de partícuulas em diferentes fazendass de cultura dee peixes. ........... 363
Tabela 21. Taxas dee sedimentaçã
ão de partícullas em diferen
ntes fazendas de cultura dee peixes. ............ 364
Tabela 22. Substân ncias químicas comumentee usadas em aquicultura. a AD=
A água docee; AS=água sa algada.
Métodos dee aplicação. B = Banho; A = Adição no sisstema; I = Ime ersão; IN = Injjeção; S = Spra ay; C =
Comida trattada (NCC, 19889). .......................................................................................................... 366
Tabela 23. Impacto
o de fazendass marinhas sobbre o macrobe
entos. ........................................................... 370
Tabela 24. Matriz de
d correlação causa x efeitoo aplicada à piscicultura ma
arinha nos PLD
DM do Paraná
á. .. 373

XI
Tabela 25. Síntese numérica dos impactos potencialmente provocados por de empreendimentos de
piscicultura marinha no litoral paranaense................................................................................... 377
Tabela 26. Síntese numérica dos impactos potencialmente provocados pela implantação de
empreendimentos de malacocultura no litoral paranaense......................................................... 377
Tabela 27. Matriz de correlação causa x efeito aplicada à algocultura nos PLDM do Paraná.................. 381
Tabela 28. Síntese numérica dos impactos potencialmente provocados por de empreendimentos de
algocultura no litoral paranaense. ................................................................................................ 384
Tabela 29. Síntese numérica dos impactos potencialmente provocados algocultura em diferentes fases
do processo produtivo no litoral paranaense. .............................................................................. 384
Tabela 30. Principais impactos negativos provocados pela maricultura potencialmente identificados no
âmbito dos PLDM do Paraná e medidas mitigatórias propostas. ................................................. 388
Tabela 31. Requisitos microbiológicos para moluscos vivos destinados ao consumo humano estipulados
por diferentes órgãos reguladores. ............................................................................................... 398
Tabela 32. Relação de estações de amostragem utilizadas pela SEMA (1998) no diagnóstico ambiental
do litoral paranaense. ................................................................................................................... 404
Tabela 33. Concentrações de Metais na carne de ostras provenientes do litoral paranaese*. .............. 405
Tabela 34. Local, data, características da água e microalgas presentes quando foram observados
problemas ambientais em regiões costeiras no Brasil*. ............................................................... 416
Tabela 35. Casos de florações de algas nocivas na costa sul‐sudeste do Brasil*. .................................. 418
Tabela 36. Diretivas da União Européia que estabelecem os limites máximos permitidos de ficotoxinas
na carne de pescado com os respectivos métodos de detecção*. ............................................... 431

XII
Ap
presenttaçã o do
d Volu
ume 02
2
Dentre oss quatro volumes que coompõe este trabalho exxecutado pello Instituto GIA, G o
preseente volume talvez seja aquele
a que mmais facilme ente se justiffique por si. É absolutam
mente
naturral e desejávvel em um esstudo que vi se identificar as áreas mais propíciass à demarcaçção de
parquues aquícolaas para a imp
plantação dee projetos de mariculturra, que a maaricultura se eja um
tema relevante (ssenão o maiss relevante) ttratado nessse estudo.

O Volumee 02 se inicia com uma eexplanação introdutória


i sobre mariccultura. A segguir, é
apressentado um m estudo iné édito e abrrangente, reealizado especialmente para o pre esente
trabaalho, sobre a cadeia proodutiva da m d Paraná. EEste diagnóstico é
maricultura no estado do
fundaamental para se conh hecer tanto as potencialidades qu uanto os ddesafios a serems
enfreentados no desenvolvime ento da mariicultura no estado.
e

Logo apó ós são apresentados e a nalisados oss principais sistemas


s de cultivo de peixes
p
marinnhos, molusscos, crustácceos e maccroalgas em mpregados no Brasil e no mundo. Suas
caraccterísticas e peculiaridad
p es são definiidas e discuttidas, com o propósito dee, mais adian
nte no
próprrio trabalho, justificar as escolha doss sistemas propostos para a o estado d o Paraná.

O passo seguinte foi realizar um


m estudo envvolvendo 22 espécies m marinho‐estuarinas
virtuaalmente inddicadas para o cultivo nno estado. Essas espéccies foram ddivididas em m dois
grupoos. No grupoo das "emerggentes" fora m incluídas as seis espéccies centraiss deste traba
alho (a
ostra‐do‐manguee, Crassostreea brasilianaa; a ostra japonesa, Crrassostrea ggigas; o mexilhão
Pernaa perna; a vieira, Nodippecten nodossus; o Bijupirá, Rachycen ntron canaddum, e a macrolga
Kappaphycus alvvarezii). O esstudo realizaado esclarecce porque, ainda
a que hhaja uma sérrie de
desaffios técnicoss e econômmicos para o desenvolviimento de cultivos
c em escala com mercial
dessaas espécies, elas
e seriam àquelas
à que hoje apresentariam condições mais adequadas para p o
imediato cultivo no litoral do
o Paraná. Ao mesmo tem mpo, são disccutidas as lim mitações e faatores
que não recom mendam que e as outrass 16 espéccies analisad das (ainda que aprese entem
reconnhecida pottencialidade para cultivvo) tenham m seus cultiivos fomenttados em escala e
comeercial em umm primeiro momento.

Dessa forma, as principais alterrnativas teccnológicas e de localizaação dos pa


arques
aquíccolas marinhos pudera am ser deefinidas sob b rígidas bases técniccas e cienttíficas,
minimmizando‐se as chances de insuucesso dos empreendim mentos quee vierem a ser
futuramente instalados com base
b neste eestudo.

De modo o complemen ntar, como aaos aspectos tecnológicos e ambienttais das espé
écies e
sistem
mas de cultiivo empregaados se sommam as características e especificidaades do meercado
consuumidor, ao longo do estudo foraam também m analisadas algumas ppeculiaridade es de
mercado (interno
o e internacio
onal) aprese ntadas em relação a essa
as espécies.

A etapa seguinte
s foi identificar
i e avaliar os possíveis impactos ambieentais gerado
os nas
fases de planejam
mento, impla antação e opperação dos empreendim mentos de m
maricultura; definir
d
a exttensão geogrráfica dos evventuais imppactos (área de influênccia do projetto); promoveer um

1
prognóstico sobre tais impactos; e, propor medidas mitigatórias que possam vir a
compatibilizar as práticas de maricultura com a manutenção das condições ambientais e o
equilíbrio entre os múltiplos usuários das áreas onde serão realizados os cultivos.

Para finalizar, como das cinco espécies propostas para cultivo no Paraná três são
moluscos, é apresentado um estudo sobre a qualidade higiênico‐sanitária de moluscos
bivalves. Este estudo, por sua vez, foi utilizado como base para a proposição dos Planos de
Gerenciamento e Controle e dos Planos de Monitoramento Ambiental de moluscos bivalves
apresentados no Volume 03.

2
1 MARICU
ULTURA

Englobando uma ampla variedadde de organismos aquátiicos, desde vvegetais, com mo as


algas, invertebraddos, como crrustáceos e m moluscos, atté uma série de vertebra dos, como peixes,
p
répteeis e anfíbios, a aquiculttura é certaamente a attividades zootécnica qu e mais dispõe de
espéccies cultivávveis, principalmente se considerad da a grande e diversidadee dos ambientes
aquátticos enconttrados pelo mundo.
m

Aos cultivvos desenvo


olvidos em aambientes marinhos
m ou estuarinos dá‐se o nom
me de
mariccultura, cujo
os principaiss grupos culltivados em escala commercial munddialmente são
s as
macroalgas marin nhas, os cam
marões, os mooluscos bivalves e os peixes (FAO, 20009).

Algocultu
ura é a denoominação téccnica utilizad
da para o cu ultivo de miccro e macro
oalgas.
No presente trab balho, por se
e tratarem dde cultivos re
ealizados emm águas de ddomínio da União,
U
far‐see‐á referência apenas ao o cultivo de macroalgass marinhas. O cultivo dee algas repre esenta
um im mportante segmento
s da
a aquiculturaa, gerando tanto
t produttos destinaddos à alimen
ntação
humaana como àss indústrias químicas,
q farrmacêuticas e de cosmé éticos (Rochaa, 2001). Em
m nível
mund dial, aproxim
madamente 80% das alggas marinhaas produzidas destinam‐‐se a alimen ntação
humaana, e, do reestante, a maior parte a ficocolóidess e a menor a fertilizant es e aditivoss para
alimeentação anim utros (Mchuggh, 2003; Picckering et al. 2007).
mal, entre ou

Atividadee que cresceu em médiaa 8% ao ano desde 1970 0, a produçãoo de algas atingiu
a
um vvolume de 15,1
1 milhões de tonelad as em 2006 6 (93,0% delas origináriaas de cultivo
os), as
quaiss representaram 22,6% do d peso vivoo total produuzido pela aquicultura. Seu cultivo gerou
valores de 7,2 bilhões
b de dóólares anuaiis, e o grande destaque e é a China,, responsáve el por
aproxximadamentte 72% deste e valor e da pprodução (FA
AO, 2009).

As principais espéciees de algas cultivadas mundialmen


m te são a Laaminaria japponica
(japanese kelp), Undaria pinnatifida (waakame) e a Porphya ten nera (nori), qque representam,
respeectivamente,, 32,5, 15,9 e 9,9% do tottal cultivado. Destas, nen
nhuma é culttivada no Braasil.

A produção de macro oalgas no Braasil advém majoritariam


m ente da ativ idade extrattivista,
realizzada, princip
palmente, en ntre o litoraal do Ceará e da Paraíb ba (Oliveira, 2002). O cultivo
c
dessaas plantas é uma ativida ade nova noo país, sendo o que a maioria das inicciativas de cultivo
c
comeercial: se deu e se dá em e escala faamiliar, surgiu faz pouco o mais de uuma década, e foi
fomeentada por órgãos
ó gove
ernamentais e, ou, orgaanismos inte ernacionais, como a FA AO. As
principais espéciees nativas alvvo dessas iniiciativas foraam algas verm
melhas do gêênero Gracillaria e
Hypnnea (Carvalho o Filho, 2004
4).

Em anos recentes, a algocultura


a eexpandiu seu us horizontess no Brasil coom a introduução e
impleementação de pesquisa as voltadas para o culttivo das esp pécies exótiicas Kappap phycus
alvarrezii e Eucheu
uma spp. nos litorais pauulista e cario
oca (Paula ett al., 1998; PPaula, 2001; Paula,
et al., 2002).

MARICULTURA
A 3
Além de regulamenttar as iniciaativas anteriormente cittadas, o IBA AMA já liberou o
cultivvo da espéciee Kappaphyccus alvareziii na área com
mpreendida entre a Baíaa de Sepetiba‐RJ e
Ilha BBela‐SP atravvés da instru
ução normatiiva n° 185 de
e 22 de julho
o de 2008, pproibindo, ain
nda, a
importação de no ovas cepas da mesma.

Em 2005, a empresa a Sete Ondaas Biomar in naugurou, na a Baía de Seepetiba ‐ RJ,, uma
unidaade industriaal para a re
ealização doo semi‐refino
o da kappa carragena, extraída de algas
produuzidas no paarque produttivo da emprresa, composto de cerca de 100 estrruturas flutua antes,
cada uma com 15 50 metros dee comprimennto e 3 metro os de largura
a (Carvalho FFilho, 2007). Ainda
assim
m, este empreendimento industrial oppera abaixo de sua capaccidade de prrodução e im mporta
regularmente alggas de outross países.

A coleta extrativista de algas som mada às inicciativas de cultivo


c aindaa são insuficientes
para suprir a dem manda interna do Brasill, o que levaa o país a im mportar alga s secas de outros
o
paísees como o Chile
C e da Ássia (Carvalhoo Filho, 20044). E, apesar de existireem alguns poucos
cultivvos operando em escala a comercial,, não foi reegistrada a produção
p dee macroalga as nas
últim
mas estatísticaas oficiais da
a produção aaquícola do Brasil
B (IBAMAA, 2007).

Na aquicu ultura brasile


eira, a algocuultura é conssiderada uma a atividade ccom alto potencial
de deesenvolvimento para os próximos annos. Porém, ainda necesssita superarr desafios co omo o
desennvolvimento o de tecnolo ogias aprop riadas de cultivo,
c seleçção e demaarcação de locais
aproppriados, regularização ambiental dos emp preendimentos, capacittação técniica e
emprresarial dos produtores e facilitaçãoo do acesso o ao crédito (Ostrensky & Boeger, 2008;
Ostreensky et al., 2008).
2

No período de 1970 0 a 2006, a carcinicultura, outro grrupo de graande destaque na


mariccultura, cressceu, em âm mbito mundiaal, a taxas médias
m anuaiss acima de 115%, a maior entre
todoss os grupos cultivados.
c Ressalta‐se
R q ue, entre as décadas de 70 e 90, a aatividade cheegou a
registtrar índices de
d crescimen nto próximoss a 25% ao ano. A grande e relevância desses crusttáceos
cultivvados se devve ao seu altto valor agreegado. Em 20006, o grupoo corresponddeu a 9% do o peso
produ uzido, entreetanto, foi re
esponsável ppor 23% do o valor total da produçãão aquícola (FAO,
2009). De tal sortte, que a rellação entre o volume prroduzido e o valor geraddo foi de 1 : 2,6, o
segun ndo maior, atrás
a apenas dos peixes m marinhos (1 : 2,7).

O grande salto produtivo da carciinicultura se deu quando


o da disseminnação do cam
marão
brancco do Pacífiico Litopenaaeus vannam mei, dado seeu baixo custo de proddução e sua a fácil
obtennção de pós‐‐larvas em laboratório (FFAO, 2009).

Em 2007 7, a carciniccultura supeerou o volume de cammarões prod uzido pela pesca


extrativista, que se encontra a com proddução estagnnada desde 2003. As p rincipais esp
pécies
cultivvadas no mu undo foram o Litopenaeeus vannam mei, com parrticipação dee 70,1% do total,
seguiido pelo Pennaeus mono odon, com 1 8,0%, Penaeeus merguiensis, com 2,,6%, e o Penaeus
chineensis, com 1,3% (FAO, 2009).

Na carcin
nicultura bra
asileira, que concentra mais
m de 90% % de sua proodução na região
r
Nordeste, praticaamente a únnica espécie cultivada é o Litopenaeus vannameei. Animal exxótico,
introd
duzido no país
p pouco antes da déécada de 90 0 após diversas tentativvas frustradas de

MARICULTURA
A 4
viabillização técnica e econôm mica da atividdade. As quaais foram inicciadas na déécada de 70 com
c a
espéccie Marsupenaeus japon nicus, seguidaa, na décadaa de 80, por tentativas mmal sucedidas com
algum
mas espéciees nativas como o Farffantepenaeu us subtilis, Farfantepen
F aeus paulennsis e
Litopeenaeus schm mitti, que ap presentaramm na baixa produtividade e e na falta de tecnologgia de
nutriçção as princiipais barreira
as para o seuu progresso (ABCC,
( 2010).

A carciniccultura mariinha nacionaal alcançou seu ápice de e produção em 2003 (9 90.190


tonelladas), quan ndo foi atinggida por doeenças virais como a mionecrose in fecciosa (IM MNV –
Infecttous Mioneccrosys Viruss), no Nord este, e pela mancha branca b (WSSSV ‐ White Spot
Syndrrome Virus)), no Sul, causadoras
c de grandess mortalidad des e conseequentes quedas
signifficativas na produtividad de. Além deessas enfermmidades, fato ores mercaddológicos tam
mbém
afetaram negativvamente a atividade,
a coomo a ação o antidumping promovi da pelos Esstados
Unido os, a desvalo orização do dólar
d em relaação ao real e o aumentto da oferta e da concorrência
mund dial, principaalmente por países asiát icos. Em 200
07 foi registrrada uma proodução de 65.000
6
tonelladas, 27,9% menor que a de 2003 (A ABCC, 2010).

Além doss fatores preejudiciais suppramencionaados, a carcinicultura maarinha ainda trava


um ggrande embaate com am mbientalistas e ideologisstas, os quais advogam deliberadam mente
contrra a atividadee em quase todo
t o munddo e enfaticaamente no Brasil. Algumaas das cerca de 20
acusaações contraa a carcinicu ultura versa m sobre: o desmatame ento e ocup ação irregullar de
áreass de mangu ue e/ou ou utras de preeservação ambiental
a pelas
p fazenddas, a ameaça à
biodiversidade pela utilização de espéciie exótica, a eutrofizaçção dos corrpos d’água pelos
efluentes e a utiliização de pro
odutos químmicos nocivoss no cultivo (Castilho et aal., 2008).

Atualmennte, a resolução CONA MA no 312,, de outubrro de 2002,, regulamen nta os


proceedimentos para
p o licencciamento am
mbiental de empreendim mentos de ccarcinicultura
a, que
devemm obedecerr ao Plano Nacional
N de GGerenciamento Costeiro o e ao Zoneaamento Ecológico
Econôômico, além de exigir esttudos de imppactos ambie entais (EIA‐R
RIMA) para faazendas com
m mais
de 500 hectares. No
N entanto, os diversos Órgãos Estaaduais de Meio M Ambientte (OEMAs) ainda
possuuem entendimentos, pro ocedimentoss e taxas e prazos de licença difereenciados para tal.
Consttituindo‐se este,
e num do os grandes enntraves ao pleno desenvolvimento seetor no país.

uadro, em â mbito mund


Para reveerter este qu dial, uma sérrie de iniciatiivas e esforçços de
todoss os setoress envolvidos na cadeia dda carcinicultura marinh ha vem senddo desenvolvidos,
para a execução dad atividade de forma mmais sustentáável, tanto doo ponto de vvista social quanto
ambiental. Dentre elas, desstacam‐se m manuais de boas práticcas e de biiossegurança a e o
belecimento de princípio
estab os internacioonais para a carcinicultu
ura responsáável (Nunes et al.,
2005; ABCC, 2005 5; FAO/NACA A/UNEP/WB//WWF, 2006 6).

Devido aos
a entravess anteriormeente citados, somados à dificuldadde de acesso ao
créditto e a falta de
d capacitaçção técnica ppara cultivos em sistemas fechados oou semi‐fech hados,
Ostreensky et al. (2008)
( classifficam a carc inicultura prraticada nos moldes atuaais como de baixo
potenncial para inncrementar significativam mente a pro odução aquíícola do paíss no curto prazo.
p
Dentrro deste panorama,
p surgem
s opoortunidades para a re etomada dee pesquisas e o
desennvolvimento o de tecnologgias alternatiivas de produção, e abre em‐se novas perspectivas para
as espécies nativaas e produto os diferenciaddos (orgânicos, de maiorr tamanho, ddefumados etc.).

MARICULTURA
A 5
Na aquicultura munddial, o cultivoo de molusccos sobressai‐se por ser o segundo grupo
mais representattivo em term mos de voluume, com aproximadam mente 27% ttotal produzido, e
respoondo por 15 5% dos valores gerados,, com destaaque para oss mexilhões,, ostras, vie eiras e
marisscos. O relattivamente baaixo valor daa produção se
s deve ao fato
f de que é o peso vivvo dos
animais o compu utado nas esttatísticas , e nele se con
nsidera o pesso da carne mais o da concha
(FAO,, 2009). Por essa particularidade de baixo rendim mento em caarne, a relaçãão entre o vo
olume
produ uzido e o valor gerado para
p os molu scos bivalves foi a meno
or dentre os grupos cultivados
(1:0,66), pouco abaixo dos peixxes de água doce (1:0,7).

A ostreiccultura desta
aca‐se dent re os cultivos de molu
uscos, e, asssim como para
p a
maioria das espéécies cultiva
adas, nela, ccom 82% daa produção de ostreídeeos cultivados no
munddo, a China também se sobressai.

As princip
pais vantage
ens atribuídaas ao cultivo
o de moluscoos bivalves ssão associad
das ao
seu hábito alim mentar. Por serem filttradores, elles se alim mentam prim mordialmentte de
fitopllâncton, zoo
oplâncton e de biodetrittos dispersoss na coluna d’água, porrtanto, não se faz
necesssária a utilização de rações ou outros alim mentos no cultivo.
c Por conta disso o, em
comp paração com m o cultivo de
d peixes e camarões, seuss custos operacionaiss e o manejjo são
reduzzidos, além do fato de que
q muitas estruturas de d cultivo de
e moluscos aapresentam baixo
custoo de implantaação frente à escavação de viveiros ou
o instalaçãoo de tanquess ou tanquess‐rede
(Vinatea, 1999). Outra importante vantaagem do culltivo deste grupo
g de orgganismos é o seu
baixoo potencial impactante, principalmeente quando praticado em pequeena escala e com
espéccies nativas (NRC/OSB,
( 2001; Hostin, 2003).

No Brasil, em 2007, oso moluscoss foram responsáveis por 4,6% da prrodução aqu uícola,
destaacando‐se oss cultivos dee mexilhão dda espécie Peerna perna, que represeentaram 89,5 5% do
total,, seguido peelos de ostras com 100,3% (princip palmente da a exótica Crrassostreas gigas,
seguiida, de longee, pelas nativas C. brasilliana e C. rh
hizophorae). Desde 19966, a malacocultura
brasileira apresen nta‐se conce
entrada na rregião Sul (p produção de 12,9 mil tonneladas em 2007,
correespondentes a 96,1% da produção tootal), seguidaa pela região o Sudeste, quue contribuiu
u com
apenas 538 toneladas. Além das espéciees citadas, nos estados de d Santa Cattarina, do Esspírito
Santoo e do Rio dee Janeiro con
ncentra‐se umma pequenaa produção de vieiras (Noodipecten no odosus
e Euvvola ziczac).

Ressalta‐sse que mesmo dentre as espécies nativas sup pramencionaadas, ainda segue
havenndo expresssiva parcela da produçãoo oriunda do extrativism mo. No quee tange as outras
o
principais espéciies de molu uscos bivalvves exploraddas comerciialmente noo Brasil, como o
berbiigão (Anoma alocardia brrasiliana), o sururu (Myytella falcata
a e Mytellaa guyanensiss) e a
lambreta (Lucina a pectinata), a sua pprodução ainda é quase totalmennte derivad da do
extrativismo (IBA
AMA, 2007), visto que quuando há iniciativas de cultivo elas se dão em escala
e
experrimental.

Os sistem
mas de cultivo de molusccos podem variar de simp
ples até mai s refinados, como
os lonng lines de grande
g escala, que utilizzam equipam
mentos mecaanizados. Noo Brasil, a maioria
m
dos ssistemas em mpregados é rudimentarr, de baixa escala e de e operação manual, sen ndo a
ativid
dade praticaada majorita ariamente ccomo fonte complementadora de renda e/ou em

MARICULTURA
A 6
cultivvos familiarees (Borghetti & Silva, 20008). No estaado de Santa
a Catarina, pprincipal pro
odutor
nacioonal, apenas uma minorria (7%) tem m capacidade e de contrattar três ou m
mais funcionários
para auxiliar no cultivo.
c A grande maioriaa dos produto %) é incapaz de realizar sequer
ores (81,43%
uma contratação (Machado, 2002).2

Entretantto, são este


es cultivos dde pequeno o porte oriu
undos, em ggrande partte, de
iniciaativas de fomento de d ordem govername ental ou nãon que ttêm contriibuído
signifficativamente para a dissseminação daa atividade pelo
p Brasil (IB
BAMA, 20077).

Os princippais entraves para o dessenvolvimentto dessa caddeia produtivva, levantado


os por
Ostreensky & Boeeger (2008),, foram a caarência de empreendim mentos de ggrande porte e que
pudessem impulssionar e con nsolidar o seetor; o déficcit na produ
ução de sem mentes, gerando a
dependência de bancos natturais (com exceção daa exótica Crrassostrea ggigas); a falta de
espaçços zoneados para a imp plantação dee cultivos e problemas
p sanitários e coom a qualida
ade da
água.. Dificuldadee de acesso ao crédito, problemas logísticos e de comerc ialização tam mbém
foram
m entraves relacionados
r s como dificuultadores daa expansão dad cadeia. FFatores essess, que
podem agravar a situação observada poor Machado (2002), uma a vez que attualmente muitos
m
produutores aindaa entregam a sua produçção a atravessadores, qu ue, grande p arte das vezzes, os
remuuneram com uma pequen na margem.

Outra importante questão, levanntada Ostrennsky & Boegher (2008), foi a necesssidade
de um planejam mento estraté égico e a o rganização dos
d produto ores, visandoo evitar posssíveis
conflitos e o "sufocamento" dos pequennos produto ores, caso ha
aja a implemmentação cu ultivos
emprresariais de grande
g escala.

Em contrraste com ass vantagens aassociadas ao a hábito filttrador dos bbivalves surgem as
preoccupações saanitárias, um ma vez que estes organismos podem ser bio acumuladores de
agenttes infecciossos e/ou toxxinas, além de metais pesados
p mo o zinco, cobre e chumbo
com
(Morelli et al., 20003; Vieira et
e al., 2008; SSiqueira, 2008). De acordo com o CCenter for Diisease
Contrrol and Preveention dos Estados
E Uniddos, 75% de todos
t os surrtos alimentaares são cau
usados
por ttoxinas pressentes em algumas
a esp écies de peeixe ou peloo consumo dde moluscoss crus
(Gareett et al., 199
97).

Assim, see faz de fun


ndamental iimportância a efetividade prática dde programas de
contrrole sanitárioo como o Prrograma Naccional de Co
ontrole Higiêênico e Sanittário de Moluscos
Bivalvves em imp plementação o no Brasil. Não só paara garantir a segurançça alimentar dos
consuumidores, co omo também m para protteger os pro
odutores de eventuais p rejuízos cau usados
por o
outras atividaades. Sem coontar que esssa é uma exxigência para se atingir oos mercadoss mais
qualifficados.

A última das atividad


des analisadaas neste tóp
pico é a pisccicultura ma rinha. Com índice
médio de crescimmento anual de 10%, ent re 1970 e 20 006, superiorr à média geeral da aquicultura
(8,8%
%), e inferior somente ao a cultivo dde crustáceo os, é um de estaque do setor em âmbito
mund dial (FAO, 2009).
2 Desta
aca‐se que as últimas estatísticas oficiais do Brasil ainda a não
registtram a produ
ução de peixxes marinhoss cultivados (IBAMA,
( 2007).

MARICULTURA
A 7
Ressalta‐sse que os dados anteeriores não consideram m a contribuuição dos peixes
p
diádrromos, como o salmão o, para os quais a engorda ocorrre, predomiinantemente e, em
ambientes marin nhos, sendoo esses respponsáveis por 6% do volume
v totaal da aquicultura
mund dial, o que coorresponde a duas vezess o volume da
d piscicultura marinha ((Roberts & Hardy,
H
2000).

O grande interesse e pelo culttivo de peixes marinh hos e diáddromos se deve,


principalmente, a atual limitação da exxpansão da sua pesca diante da soobreexplotação e
depleeção de quase todos os estoques d e interesse comercial, em e nível muundial (FAO, 2009;
IUCN, 2010). O que,
q naturalmente, imp ede o aume ento da oferrta. Uma ve z que, de 1970 a
2006, a média de d crescimen nto da demmanda foi de e 1,2% ao ano e a proddução quase não
crescceu, houve expressivo aumento doo valor com mercial das espécies n ão cultivada as ou
cultivvadas em baiixa escala. Adicionalmen
A nte aos preço
os, o interesse também sse deve ao grande
g
poten ncial de áreas para a in nstalação dee cultivos de
essa naturezza praticameente ao redor do
mund do todo (Baliiao et al., 2000).

Apesar dee ter contribbuído com appenas 3% do o volume tottal produzidoo pela aquicultura
em 2006 (1,85 milhões
m de toneladas), os peixes mariinhos foram responsáveiis por 8% do o valor
total gerado (FAOO, 2009). A relação entrre volume produzido e o valor geraddo para os peixes
p
marinnhos foi de 1 : 2,7, a maior dentre oss grupos cultiivados, como
o anteriormeente comenttado.

Em análisse realizada por Cavalli (2009), alémm do bijupirá, desponta m como esp pécies
com bom potenccial para a exxploração coomercial no Brasil:
B os rob
balos (Centroopomus paraallelus
e Cenntropomus undecimalis),
u a cioba (Lu tjanus analiss), a garoupa
a (Epinephellus marginattus), o
linguaado (Paralicchthys orbign
nyanus) e o pargo‐rosa (Pagrus pag grus). Em coomum, todas elas
possuuem boa aceeitação e valores de merrcado relativvamente alto os (CEAGESP,, 2010; CEASSA‐PE,
2010), além do que, a ciob ba, a garouupa e o parrgo‐rosa já figuram na lista de an nimais
sobreeexplotados ou ameaçados de sobrreexplotação o do Ministé ério do Mei o Ambiente e e da
IUCN (MMA, 200 05; IUCN, 20010). Com a ressalva de que a cioba e as duaas últimas não n se
adapttam a ambieentes estuarinos.

Os princip
pais entraves técnicos p ara o desenvvolvimento da
d cadeia prrodutiva de peixes
p
marin nhos no Brrasil, levanta ados por O Ostrensky & Boeger (2008), foram m, em ordem de
relevância: a inexxistência de disponibilida
d ade de alevin
nos em escala comercial,, a falta de rações
r
adequadas às esp pécies e a au
usência de árreas zoneadas para os cu
ultivos, somaadas a dificuuldade
de reegularização dos empreendimentos e a falta de in nfraestrutura
as de apoio aao mercado.

As experriências reallizadas até hoje no paaís restringirram‐se a cuultivos em escala


e
experrimental e pesquisas isoladas, com eexceção do bijupirá
b (Rachhycentrom ccanadum), esspécie
emerrgente devid damente detalhada no respectivo tópico. Algu uns técnicoss apostam que
q o
bijupirá poderá transformar a realidade dda atividadee, e já existee um projetoo de grande porte
em pprodução em m Pernambu uco. Grande parte das iniciativas
i dee pesquisa eempreendidas no
camppo da piscicuultura marinh
ha tem geraddo dados e informações, indubitavel mente, de grande
g
relevância, mas que
q por si só ó não são caapazes de alaavancar a atividade com mo um todo. Desta
formaa, a piscicultura marinha foi classifiicada como atividade co om baixo pootencial, no curto
prazo
o, para o aummento da proodução aquíccola no Brasiil (Ostrenskyy et al., 2008)).

MARICULTURA
A 8
As princippais e iniciattivas e os avvanços conq
quistados peela maricultuura no Brasil e no
mund do serão discutidos esp pecificamentte em tópiccos subsequ uentes, assim m como oss seus
gargaalos e entravves. Mas, desstaca‐se quee o desenvolvvimento susttentável, em m escala comercial,
do cuultivo das esspécies aqui listadas, e de outras, pode
p auxiliarr futuramen te na reduçção da
presssão sobre oss estoques naturais,
n além
m de gerar todos
t os bennefícios soci oeconômicoos que
uma atividade ecconômica pla anejada podde promoverr. Ademais, as a tecnologi as de reproddução
que vvierem a ser desenvolvid das poderão auxiliar posssíveis projetoos de stock eenhancemennt, sea
ranchhing, repovoamento e ab bastecer banncos de criopreservação ded gametas.

Em capíttulos seguintes, serão cconceitualizaados e desccritos os sisstemas de cultivo


c
passívveis de sereem empregad dos e as esppécies avaliadas para a potencial
p utiilização nos PLDM
do Paaraná, as qu uais se enco
ontram dividdidas em dois grandes grupos,
g aqui denominad dos de
espéccies potenciaais e emerge
entes, em fuunção princip palmente do
o status tecnnológico e doo grau
de deesenvolvimento de suas cadeias
c proddutivas.

MARICULTURA
A 9
2 A CADEIIA PRODUTIVA D
DA
MARICU
ULTURA NO
N PARA
ANÁ

2.1 P
PISCICULTURA MA
ARINHA
A piscicu
ultura marin
nha é, até hhoje, uma atividade
a com
mpletamentte inexplorad da no
litoraal paranaense. Não há reegistro de neenhum cultivvo em escala
a de subsistêência, familia
ar, ou
comeercial instaladdo no estado
o.

o lado, os dados analisaados no presente estudo indicam qque há viabilidade


Por outro
técnica nos cultivvos de bijup
pirá no litoraal paranaensse. Porém, esses
e mesmoos dados indicam
que aas condiçõess locais não são
s as mais apropriadas para o cultivo da espéccie, especialm mente
no interior das baaías, onde a salinidade ccostuma varriar muito e muito rapidaamente e on nde as
tempperaturas também tend dem a oscilaar mais. A ausência de e informaçõões conclusivas a
respeeito dos efeitos dessas condições am mbientais sobre o desem mpenho zoottécnico da esspécie
em siituação de cuultivo comerrcial é um forrte fator de risco
r ao fomento da ativ idade.

A baixa profundidade
p e das baías sseria outro fator
f ultar a installação de tan
a dificu nques‐
rede de grande volume.
v Além disso, com mo o litoral paranaense e é praticammente tomad do por
unidaades de consservação, o que
q poderia dificultar o licenciamento ambiental de uma ativvidade
aquíccola que exigge o uso conttinuado de ggrandes quan ntidades de ração.
r

Ou seja, se
s os empreeendimentos de cultivo viierem a ser instalados noo estado, o ideal é
que ssejam instalaados em zona
a marinha e não no interrior das baíass.

Por outro
o lado, os cu
ultivos de bij upirá ainda são bastantee recentes nno país e os dados
mostram que esssa ainda é uma
u atividadde de alto risco. A ausê
ência de proodução regular de
alevin
nos, a ausên
ncia de dema ais insumos em escala comercial,
c o elevado cussto de produ ução e
tambbém os altoss custos de investimento
i o, fazem co
om que os cultivos de bbijupirá não sejam
recommendados paara pequeno os investidorres e muito menos
m para empreendorres sociais. Essa é
uma atividade paara grandes empresas
e e eempreendedores.

Ainda asssim, recomenda‐se muit o cautela an


ntes de invesstir em cultivvos comerciais no
litoraal paranaensse. A espécie apresentaa seu melhor rendimentto zootécnicco em águass com
temp peratura por volta de 28 °C,
° bastante incomuns nas zonas marinhas do esstado.

Por todoss esses motivvos, qualqueer empreend


dimento que venha a se iinstalar no estado
e
deve ser precedido de um amplo estudoo de viabilid dade econôm
mica para quue os investiidores
tenhaam a noção exata
e do riscco que estão assumindo.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 10
2.2 C
CARCINIC
CULTURA

2.2.1
1 Cultivoss de camarrões em vviveiros
marões no esstado do Parraná datam ddo final da década
Os primórdios dos cultivos de cam
de 19970 e início da década seguinte, quuando uma pequena fazenda foi innstala pela família
Schefffer no mu unicípio de Paranaguá.. Os viveiros eram abastecidos pela maré e o
emprreendimento o nunca cheggou a uma esscala verdadeiramente coomercial.

O empreeendimento mais expre ssivo até ho oje na área de carcinicuultura marinha no


estad
do do Paranáá foi e continnua sendo a Fazenda Borrges. A fazenda possui 22.474,6 ha de e área
total e 51 ha de lâmina
l d´águua. Está loca lizada no mu
unicípio de Paranaguá,
P ppróximo à Vila São
Miguel, na regiãoo fisiográfica denominad a Baixada Litorânea do Estado
E do Paaraná. O aceesso à
proprriedade é feiito exclusivamente por bbarco.

A Fazenda Borges inicciou suas atiividades no ano de 19800, com a criaação de buba
alinos.
Em 11988 começo ou a ser preeparada a innfraestruturaa para o pro
ojeto de culttivo de camaarões,
iniciaando timidam
mente a pro odução em 11993, experiimentalmentte e utilizanndo‐se em apenas
três ppequenos vivveiros. Em 1996 foi conccluída a construção dos 49
4 hectares dde espelho d'água
d
(maiss dois hectares de canal reservatório)
r ).

Até mead dos de 1997 7 a produtivvidade obtid da com o cu ultivo de es pécies nativvas na
fazen
nda (Farfanteepenaeus pa aulensis e Littopenaeus scchmitti) era bastante baaixa (cerca de 250
Kg/haa/safra). Foi nesse ano que,
q atravéss de uma parceria da Fazenda Borgees com o GIA A, foi
apressentado ao IBAMA uma projeto eexperimental para avaliação da viaabilidade técnico,
econôômica e amb biental da utilização da eespécie Litopenaeus vann
namei.

Os primeeiros povoam
mentos destaa espécie occorreram no o dia 29 de ooutubro de 1997,
eiro de 19988, ou seja, 70 dias
com as primeirass despescas ocorridas a partir do dia 06 de jane
após o povoameento, e com m produtividdade na primeira experriência de 6600 Kg/ha, tendo
alcan
nçado 1.200 Kg/ha em um caso e 1.1100 em outrro viveiro, coom uma méddia ponderada de
aproxximadamentte 1.000 Kg/h
ha/safra.

A mudança de espéccie cultivada se mostrariia de vital im


mportância ppara este salto de
produutividade. No
N entanto, ao ser impl ementado um u plano co omplementa r de aumen nto de
produutividade, via instalação de capacidaade de aeraçção mecânica
a para 6 HP//ha, foi possíível se
chegaar à produttividade méd dia anual d e quase 8 toneladas/ha/ano. Em uma única safra,
chegoou‐se a prodduzir 207,9 to
oneladas de camarão na fazenda.

Contudo, mesmo obttendo Licençça Ambientaal de Operação (n.º 329//94), emitida a pelo
Instituto Ambienttal do Paraná, a fazenda Borges passsou a ter pro
oblemas com
m o IBAMA, que
q na
épocaa era a instiituição respo
onsável peloo gerenciame ento da APA
A de Guaraqqueçaba, e que
q se
negou a dar anuêência para o licenciamennto da fazend da, recomen
ndando ao IA
AP a suspenssão da
licençça emitida. Por isso, háá vários anoos a Fazend da Borges trrava uma veerdadeira ba
atalha
jurídica para tenntar regularizzar sua situ ação junto aos órgãos ambientais. Essa batalh
ha, de

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 11
gravees consequên
ncias econô ômicas para o empreendimento e para o empreeendedor, cau
usou a
suspeensão tempoorária das atiividades aquuícolas.

Um terceeiro empreenndimento vooltado ao cultivo de cammarões em viiveiros come


eçou a
ser instalado noo estado emm 2004, a FFazenda Rio das Pedrass, localizadda no Distrito de
Alexaandra, próxim
mo à rodovia
a Alexandra‐‐Matinhos. A fazenda está
e localizadda em uma antiga
a
área de extraçãoo de areia, que
q se enco ntrava bastaante degradada e que ffoi recuperada foi
recupperada para aquicultura. Ainda assim
m, as atividad
des produtivas só começçariam mesm
mo em
2007, após três anos de tenta
ativas de obttenção das licenças ambientais.

A fazendaa tem área total


t 60 ha e área alagada de aproximadamentee 25 ha. O re egime
2
de prrodução é seemi‐intensivo
o, com o usoo de densidad
de de 17 cam
marões/m , uuso controla ado de
ração
o, conforme o consumo e monitoram mento periódico da qualidade da águuia dos viveiros. A
espéccie cultivadaa é L. vanna
amei e as p ós‐larvas são trazidas do Rio Graande do Norte. A
produução é comeercializada junto à peixarrias.

Em entreevista realizzada com o proprietáriio para este e PLDM elee relatou que as
dificuuldades encontradas pa ara o sucess o do seu em
mpreendimen nto são de oordem econôômica,
(faltaa de recursoss para invesstimentos e custeio das produção). Além
A disso, reclamou da
a falta
de caapacitação téécnica e da le
entidão dos óórgãos ambientais.

2.2.2
2 Cultivo de camarõ
ões em tan
nques‐rede
e
Paralelam
mente aos esforços da FFazenda Borrges e impulsionada pello bom mom mento
vivido
o o mercado o de camarõ ões no finall da década de 1990, a PUCPR, atrravés do CP PPOM,
comeeçou a desen nvolver estuddos técnicoss para o cultivo de camarrões L. vannaamei em tan
nques‐
rede.. Pelo menos dois projettos foram reealizados, soob a coordennação do Engg. de Pesca Javier
Gano oza Maquiaveello: 1) Cultivo Experimeental do Cammarão Marinho Litopenaaeus vannam mei em
tanquues‐redes emm diferentes densidades de povoame ento, na Baía
a de Guaratuuba (entre 19
998 e
1999); 2) Cultivo Experimental do Camarrão Marinho Penaeus pa aulensis em ttanques‐redees em
difereentes comunnidades, na Baía
B de Guarratuba (em 1999).

O uso de camarões como


c isca‐vivva é bastantte comum en
ntre os pesccadores espoortivos
no littoral paranaeense. Há registro de que a captura e depois a comercializaçãão de camarõões na
formaa de isca‐vivva seja uma atividade eeconômica praticada
p há mais de 400 anos na Ba aía de
Guaraatuba, um complexo esttuarino de aaproximadam mente 250 km
m² (IBGE, 20008) localizado no
litoraal sul do Paraaná.

Até o iníccio desta década os cam


marões eramm capturadoss no máximoo um dia anttes de
m comercializados, pois não havia teecnologia dissponível na região para m
serem manter os an
nimais
vivos por período
os superioress.

No início dos anos 20000 uma noova atividade e, divulgada como inovaadora e altammente
lucrattiva, começoou a ser prop
palada no litooral paranae
ense: a produção de cammarão marinh ho em
tanquue‐rede. A attividade logo
o atraiu a attenção de muitos investidores intereessados nessse tipo
de invvestimento (Pereira,
( 200
04).

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 12
Alguns emmpresários e técnicos se uniram, cap
pitaneados por Augusto G Gonçalves Fiilho, e
criaraam a Centrall de Peixes, Camarões
C e Moluscos do
o Brasil Ltda. (CPCAM), uuma empressa que
se prropunha a caaptar recurssos junto a iinvestidores,, investir na produção dde camarõess para
isca‐vviva e tambéém produto fresco, com ercializá‐los,, cobrar uma a comissão ppelas operaçções e
dividiir o lucro enttre os investidores.

Em pouco o tempo, o grupo


g contaava com 85 investidores
i e cerca de 600 tanquess‐rede
installados em áreeas da baía de 00 previstos para serem instalados.
d Guaratubaa e mais 2.40

m mais cruel que o cenáário pintado


A realidaade, entretanto, mostra r‐se ia bem o pela
propaaganda realizada pela empresa.
e A falta de teccnologia apropriada parra o cultivo nesse
sistem
ma de produ ução; o completo desco nhecimento das técnicas ideais de manejo; o uso u de
insummos não apro opriados e as condições ambientais extremamen nte instáveis de uma baía com
grandde aporte dee água doce, como é o caaso da baía de Guaratubba, fizeram ccom que o projeto
se trransformassee em um re etumbante ffracasso em
m muito pou uco tempo. Os investiidores
perdeeram todo o capital investido. Tenttaram ainda reavê‐lo na a justiça, maas o processo não
teve prosseguimeento e a ideia de um gra nde empree endimento vo oltado ao cuultivo de cam
marões
marinnhos em tan f abandonnado. Hoje, há tanques‐rede instalaados nas baíías de
nques‐rede foi
Parannaguá e de Guaratuba para a com mercialização
o de camarõ ões como isccas‐vivas, mas
m os
princípios e méto odos utilizados são bem
m menos ambiciosos que e aqueles qu e levantados pela
CPCA AM, pois nãoo maios se empregam póós‐larvas, maas sim camarões já pronntos para a venda.
v
Ou seeja, os animaais permanecem nos tannques‐rede apenas
a pelo tempo nece ssário para serem
s
comeercializados, o que geralmmente ocorree em menos de uma sem mana.

Os tanqu
ues‐redes empregados
e na manutenção dos camarões são basicam mente
o confeccionados em pol ietileno, tendo 2 m de co
semeelhantes. São omprimentoo, 2 m de larggura e
2md de profundid
dade, contanndo ainda coom 4 ou 6 fluutuadores (b
bombonas pllásticas de 100
1 ou
150 ll) e com umm flutuante de madeira posicionado o ao redor dos tanquess e que serve de
plataforma para realização
r do
o manejo.

Duas esp
pécies costum mam ser coomercializadaas pelos pesscadores arttesanais loca ais (L.
mitti e L. vann
schm namei). Os espécimes naativos costummam ser captturados no i nterior da baía de
Guaraatuba utilizaando‐se emb barcação a reemo ou mottorizada (Me endonça, 19998) e com auxílio
a
de taarrafas ou dee gerival (um
ma rede cônicca, de 2,5 a 3 m de larggura, arrasta da por corda
a pela
embaarcação) (Chaves e Robert, 2003). Deepois de cap pturados, os camarões sãão acondicionados
em taanques de plástico (bom mbonas recorrtadas ao meeio) na próprria embarcaçção de pesca a Já os
juvennis de L. vannnamei têm ses tornado caada vez mais frequentess na pesca essportiva locaal, por
ser faacilmente addquirido de produtores localizados na região no orte de Santta Catarina e pelo
fato dde sua dispoonibilidade não
n estar suujeita às variiáveis climátticas e sazonnais, como ocorre
o
com o os camarõess oriundos da a pesca.

Os animaais adquiridos do estado vizinho são despescadoss dos viveiroos das fazend
das de
cultivvo e transportados em sa acos plásticoos, contendo
o cerca de 20
0 L de água e 40 L de oxiggênio,
duran nte aproxim madamente de d 3 a 4 hh. Em algum mas ocasiõess não é adiicionado oxigênio
artificcialmente.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 13
Em ambo os os casos, os
o camarõess são transpo ortados até a área ondee estão localiizados
os tanques‐rede, nos quais são mantidoss até o mom mento da ven nda. Após a venda os an nimais
são rretirados doss tanques‐reede com auxíxílio de um puçá
p ados para o transporte, pelos
e coloca
pescaadores espo ortivos, em bombonas pplásticas de cerca de 50 5 L ou noss compartim mentos
existeentes nas próprias em mbarcações utilizadas na pesca esportiva,
e cconhecidos como
"viveiros". Lá são p períodoss de 2 a 6h, até serem empregados ccomo isca‐viva na
o mantidos por
pescaa de espécies como ro obalo (Centrropomus spp), oveva (LLarimus breeviceps), escrivães
(Eucinnostomus sp pp), betaras (Menticirrhhus americannus e M. littoralis) e caaratinga (Eug
gerres
brasillianus) (Chavves e Robert, 2003).

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 14
2.3 O
OSTREICU
ULTURA
A ostreiccultura é umma atividadee que ensaiia seu desenvolvimentoo como ativvidade
econô ômica no esstado do Parraná há vári os anos. Seggundo Simon & Silva (20006) os prim
meiros
registtros de cultiivo de ostra
as na baía d e Guaratubaa datam da década de 50. Os extra atores
coletavam as ostras no mangue e faziaam uma selleção dos exemplares. Aqueles que e não
atingiam o tamaanho comerrcial eram ccolocados so obre a lama, onde eraam mantido os até
atingirem a fase de
d terminaçã ão.

A partir da
d década dee 1990 intenssificaram‐se as ações do Poder Públi co com o ob bjetivo
de foomentar a attividade. Umm dos primei ros registross de tentativva de promoover a maricultura
como o atividade geradora
g de renda e dee autoempre ego para as comunidadees tradiciona ais do
litoraal norte paraanaense foi o projeto dee extensão universitária
u intitulado ""Desenvolvimmento
Susteentável em Guaraqueça aba", realizaado de 1995 5 a 2002. Seu
S objetivoo foi desenvvolver
estud dos experimeentais de agrrossilviculturra e aquiculttura, fazendo
o parte das aações definid
das no
Termmo de Coopeeração Conju unta, firmadoo entre o Governo do EstadoE do P araná, atravvés da
Secreetaria de Estado do Pla anejamento, a Associatiion de Rech herche Interrdisciplinaire pour
L’Envvironnement et lê Développement ‐ HOLOS e a Universidad de Federal doo Paraná (PROEC,
2009).

Também em 1995 foi criado peloo Governo do Estado do Paraná o prrojeto Baía Limpa,
L
que ttinha como objetivo
o mobbilizar os pesscadores arttesanais para
a a recuperaação dos estoques
de pescado, atraavés da lim
mpeza e desspoluição de e baías em Guaraqueçaaba e Guara atuba,
beneficiando 9400 famílias de
d pescadorres artesanais em quarenta comunnidades do litoral
parannaense.

Em Guaraqueçaba 18 a 20 toneeladas de lixo eram coletadas mennsalmente em e 19


comuunidades. Ain
nda hoje, em m vez de camminhão de lixxo, os barcos é que recoolhem os detritos.
Além do recolhim
mento do lixo o era realiza do o monitooramento periódico da qqualidade da água,
com o objetivo dee orientar a implantaçãoo de cultivos marinhos.

Outro prrojeto criado o pelo goveerno Jaime Lerner, o "Paraná 12 Meses", tam mbém
fomeentava a insttalação de novos emprreendimento os sociais de
e ostreicultuura. Estruturras de
cultivvo eram doaadas aos pescadores caddastrados. Po e outros prooblemas, os novos
orém, dentre
produ utores continuavam de ependendo do trabalho o de extração de sem entes de bancos b
naturrais, o que leevou ao desin
nteresse e aoo insucesso da
d maior parrte dos cultivvos.

Em 1998 8, foi inauguurado em G Guaratuba o Centro de Produção e Propagaçã ão de


Organ
nismos Mariinhos ‐ CPPOOM que, no aano seguinte e, foi repassado pela preefeitura mun
nicipal
de Gu
uaratuba à Pontifícia
P Uniiversidade Caatólica do Paaraná (PUCPR).

o projeto Proodução Sustentável de Ostras


Em 2001,, através do O na Baaía de Guaraatuba,
foram
m feitas tentativas de uso
o de coletorees artificiais para obtençção de seme ntes de ostras. Os
resulttados não se mostraramm promissorres, com baixxa taxa de captação
c de sementes, o que
levou
u ao abandon no da propossta (Simon & Silva, 2006)).

No início a, a Fundaçãão Terra exxecutou um projeto de maricultura


o da década a cujo
objettivo era a im
mplantação de 15 unidaades de culttivo de ostras em duas comunidad
des de

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 15
Guaraaqueçaba. O projeto foii orçado em
m R$ 112.000
0,00 (valoress da época) e financiado
o com
recurrsos do Fundo Estadual do
d Meio Ambbiente.

No entan nto, com o fim do governno Jaime Lerrner e início do Governo Requião, hoouve a
decreetação de moratória
m do
os contratoss estabeleciddos pelo go overno anteerior, metade dos
recurrsos previsto
os acabou não sendo libe rado, comprrometendo os o objetivos iiniciais.

Apesar dee todas essa


as iniciativas,, a ostreiculttura paranae
ense nunca cconseguiu su
uperar
o esttágio incipiente que, de
e um modo geral, manttém‐se como o sua caractteriza até os dias
atuais.

Assim, coomo na baíía de Guaraatuba, onde existem ho oje 9 ostreiccultores (maiores


detalhes na págin na 47), no Complexo
C Esstuarino de Paranaguá
P ‐ CEP ‐ a ativvidade vem sendo
continuamente realizada
r na região há m
mais de 30 anos.
a No CE
EP a ostreicuultura é pratticada
pelass comunidades de pescad dores como uma alternaativa de rendda ou fonte dde proteína. Já na
Baía dde Guaratub
ba o objetivo é quase quee exclusivam
mente a obten
nção de rendda.

Segundo Caldeira (2004) e Abshher & Calde eira (2007) em 2004 a ostreiculturra era
praticcada em pelo menos 20 comunidad es do CEP (TTabela 1). De e acordo infoormações ceedidas
pelo Instituto dee Pesquisas Ecológicas ‐ IPÊ, esse número tem se mantiido relativam mente
consttante, sendo
o que atualm
mente (dadoss de 209 e 2010)
2 a ostre
eicultura é ppraticada em
m pelo
meno os 23 comunnidades do CE
EP (Tabela 2)).

Em 2008 8 e 2009, as m para a existência dee pelo menos 89


a informaçõões apontam
emprreendimento os de ostreeicultura em
m funcionam
mento no CEP.
C Considderando que e são
emprreendimento os em reggime famili ar, pode‐se e afirmar que cercaa de 18%,, das
aproxximadamentte 495 famílias que residdem nas com
munidades visitadas, estãão envolvidas com
a ostrreicultura (Tabela 2).

As comun nidades de Almeida,


A Meedeiros de Baixo,
B Vila da Ilha Rasa, Puruquara e Vila
Fátim
ma são as com munidades onde
o se conccentram o maior
m númeroo de famílias envolvidas com a
ostreeicultura. Esssas comunidades congreegam 55% de todos os ostreicultore
o es computad dos na
pesqu uisa. Em co ompensação,, muitas coomunidades relataram a ocorrênciaa de apena as um
emprreendimento o de ostreicultora por vvila, tendo assim
a uma contribuição
c o pequena parap o
númeero total de produtores de d ostra do CCEP, por exe emplo, Tibica
anga, Ponta ddo Lanço, Ná ácar e
Portoo Velho. A porcentagem
p de famílias envolvidas na
n atividade também varria muito en ntre as
localiidades estuddadas. Em alggumas comuunidades boaa parte das fa amílias praticca a ostreicu
ultura.
Na Viila Fátima, por
p exemplo,, quase a meetade das famílias (46,2% %) possui cuultivo de ostrra. No
Puruq quara, mais de um terço o das famíliass estão envo olvidas com a atividade ((36,8%); Por outro
lado, em algumaas comunida ades a ostreeicultura é praticada por uma peqquena fração dos
mora adores. Com o exemplo pode‐se
p citaar os casos de
d Tibicanga a, Tromomô e Vila das Peças,P
onde, respectivam mente, 1,8; 4 e 4,3% das famílias estãão engajadass na ostreicuultura.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 16
Taabela 1. Número aproxima ado de famíliaas por comunidade, relacio
onado ao núm
mero de famíliias
envolvvidas com a maricultura
m noo Complexo Estuarino
E de Paranaguá
P em
m 2004.
% aproximada a de
Número Númeero de % em relação ao
Com
munidades famílias envolvvidas
aproximado de famíílias nnúmero total de
d
do CEP naa ostreicultura na
famílias maricuultoras emmpreendimen ntos
comunidade e
Vila d das peças 110 2 1,8 2,5
Gu uapicum 6 2 33,3 2,5
Meedeiros 50 9 18 11,5
Ilhha Rasa 50 10 20 12,5
Almeida 100 Mais dde 20 + de 20 Mais de 25
Pontaa do Lanço 12 3 2,5 3,75
Tibbicanga 40 1 2,5 1,25
Poruquara 16 15 93,75 18,75
SSebuí 16 4 25 5
Vilaa Fátima 15 9 60 11,25
Caanudal 5 3 60 3,75
Baarbados 20 1 5 1,25
Eurropinha/
12 1 8,3 1,25
N
Nácar
TTOTAL 452 Mais dde 80 Mais de 17 100
004).
Fontee: Caldeira (20

Tabeela 2. Número
o aproximado
o de famílias ppor comunida
ade, relaciona
ado ao númerro de mariculttores
em cada
c comunid
dade no Compplexo Estuarinno de Paranagguá em 2009‐22010.
% aproximada a de
Número Númerro de % em relação ao
Comu
unidades famílias envolv
vidas
a
aproximado de
d famíllias nnúmero total de
do
o CEP na
n ostricultura
a na
famílias mariculltoras emmpreendimen ntos
comunidade e
Almeida 64 144 21,9 15,7
Med deiros de
50 122 24 13,5
B
Baixo
Vilaa da Ilha
50 100 20 11,2
R
Rasa
Purruquara 19 7 36,8 7,9
Vilaa Fátima 13 6 46,2 6,7
Engen nho Velho 5 5 100 5,6
Vila Mariana 14 5 35,7 5,6
Taqu uanduva 20 4 20 4,5
Caanudal 7 3 42,9 3,4
SSebuí 15 3 20 3,4
Vila d das Peças 70 3 4,3 3,4
Med deiros de
4 2 50 2,2
C
Cima
Saco o da Rita 5 2 40 2,2
Guaapicum 15 2 13,3 2,2
Masssarapuã 16 2 12,5 2,2
Barbados 19 2 10,5 2,2
Portto Velho 2 1 50 1,1
Ilha d do Benito 4 1 25 1,1
N
Nácar 6 1 16,7 1,1

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 17
% aproximada a de
Número Númerro de % em relação ao
Comu
unidades famílias envolv
vidas
a
aproximado de
d famíllias nnúmero total de
do
o CEP na
n ostricultura
a na
famílias mariculltoras emmpreendimen ntos
comunidade e
Eurropinha 6 1 16,7 1,1
Po
onta do
10 1 10 1,1
LLanço
Troomomô 25 1 4 1,1
Tib
bicanga 56 1 1,8 1,1
TOTAL 495 899 18 100
FFONTE: IPÊ 20
009 e 2010, prresente estuddo.

2.3.1
1 Sistema
as de cultiv
vo de ostraas empreg
gados no Paraná
Os sistem
mas de cultivvo utilizadoss pelos prod
dutores de ostra
o no Parraná são basstante
diversificados e usualmente
u muito pouc o tecnificados. Alguns produtores,
p iinclusive, uttilizam
mais de um sisteema de produção. As freequências de e ocorrênciass dos sistem
mas de cultivo o e as
comuunidades quee os desenvo olvem são appresentados na Tabela 3.

Tabeela 3. Frequên
ncia de ocorrê
ência de uso ddos diferente
es sistemas de
e cultivo de osstras utilizado
os no
Paraná
P e as coomunidades que
q os utilizamm.
Técnnica de FFrequência de
e
cultivo ocorrência de
e Comunid
dades que desenvolvem a técnica
utillizada cada técnica1
Europinnha, Medeiro os de Baixo o, Massarap uã, Vila Ma ariana,
Cultivvo na Taquannduva, Engenho Velho, Alm meida, Pontaa do Lanço, Vila
V da
lama 17 Ilha Raasa, Ilha do o Benito, Tromomô, Guaapicum, Barbados,
Canudaal, Sebuí, Saco
o da Rita e Porrto Velho.
Cultivvo em Vila Fáttima, Vila das Peças, Guapicum, Puruquaara, Ponta do Lanço
6
mesass e Nácarr.
Cultivvo em Barbad os, Vila das Peças, Tibicangga, Puruquaraa, Medeiros de
e Cima
14
long‐lline e todoss os 9 produto ores de Guarattuba.
FO ONTE: IPÊ 200
08 e 2009 (dad
dos não publiccados), Institu
uto GIA (presente estudo).

Os cultivoos de fundo
o (Figura 1 e Figura 2) ses mostram bastante diifundidos no o CEP,
sendoo utilizado em
e 17 das 233 comunidaddes visitadass (Tabela 3). Nesse sistem
ma os organismos
são ccolocados para
p engorda diretamennte no fund d regiões entre‐marés dos
do lodoso das
manggues ou de locais próximmos às comuunidades. Alggumas unida ades podem ser cercadas com
madeeiras para sinalização, demarcação
d do território ou controle da preddação por peixes.
p
Algum am entre 10 e 100 m2.
mas não são sequer sinallizadas. Suass áreas aproxximadas varia

1
A
Algumas comunidades dese envolvem ma is de uma téccnica de cultivo, por esse m
motivo, o valorr da
so
oma das frequuências de ocorrência não é compatível ao número de d total de coomunidades queq
realizam ostreiccultura.

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 18
Figura 1 ‐ Cultivo
o de ostras naa lama da com
munidade da Vila
V da Ilha Raasa.
Fonte:: Guilherme Caldeira
C

Fiigura 2 ‐ Cultivvo de ostras na


n lama, com
m destaque para as ostras colocadas denntro do cercad
do.
Foto: Guilherme Caaldeira

O cultivo em mesas (Figura 3) é realizado eme 6 das 23 comunidad es englobad das na


pesqu uisa realizada no CEP. O material preedominante desse tipo de
d estrutura é o concreto
o, mas
tamb bém são utilizadas messas feitas ccom PVC e ferro. Sobre as mesaas são colo ocados
traveesseiros de teela plástica com tamanhho de malhaa variando en ntre 4 e 30 m
mm, depend dendo
do taamanho dos organismos que serão c olocados em m cativeiro. No
N caso das sementes obtidas
com coletores artificiais, colocadas no cultivo com m aproximadamente 2 ccm de altura a, são
utilizaadas malhass menores. Para
P as ostrras maiores (a partir de
e 3 cm) são utilizadas malhas
m
maiores.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 19
Figgura 3 ‐ Técnica de cultivo de ostras em
m mesas desen
nvolvido no CEEP.
Foonte: Guilherm
me Caldeira

No cultivoo em mesas, os próprioss ostreiculto ores, normalm mente auxiliiados por téccnicos
mais especializad dos, constrooem as estr uturas. Na maioria dass comunidaddes, as messas de
concrreto estão sendo
s utilizadas há quasse dez anos, revelando sua alta duurabilidade, o que
influeencia positivvamente os resultados
r ecconômicos dos
d empreen ndimentos. JJá para o casso das
mesaas feitas comm PVC e ferro o, segundo ttécnicos envo olvidos com a atividade, os resultado os são
desfaavoráveis no o sentido de e deterioraçãão dos matteriais. No casoc das meesas de concreto,
entreetanto, a escolha do loca al onde será instalada a unidade
u deve
e ser criterioosa, em virtu
ude da
dificu
uldade de traansferir as esstruturas de lugar e de retirar o material do locaal após encerrrados
os cuultivos. As deensidades de e cultivo pratticadas peloss que semeiaam sobre meesas variam de 15
2
a 25 dúzias por metro
m quadrrado . A áreaa de cultivo em mesas podep variar dde 2 a 120 m2 por
emprreendimento o.

O sistema de cultivoo em long‐linne (Figura 4) a em cinco das comunidades


4 é utilizada
visitaadas no CEP e por todos os nove ostrreicultores de
d Guaratuba a. Os cabos‐gguia são manntidos
em ssuspensão por p flutuado ores e serveem como suporte para a as lanternnas (Figura 5) ou
traveesseiros de cu
ultivo (Figura
a 6). Assim ccomo no caso do sistema
a de cultivo eem mesas, devido
d
ao fato das semeentes serem,, em sua maaior parte, re etiradas dos manguezaiss a partir 3 cm
c de
alturaa, o uso de uma
u sequênccia crescentee no tamanhho das malhaas é desneceessário, send
do que
3
predo ominam lantternas definitivas com m malha entrre 12 e 18 mmm . As lantternas pode em ter
entree três e cinnco andares. Cada andaar tem a capacidade para p cinco ddúzias de ostras,
o
entreetanto, a dennsidade de cultivo é forteemente regu
ulada pelo peso das estr uturas e, por isso,
a cap pacidade total das lantternas com mais de trê ês andares raramente é aproveita ada. A

2
Pereeira et al. (200
01) verificaram
m que para a região de Can
nanéia, entre as densidadees de 10, 15, 20
2 e 25
m2, a densidade de d cultivo que e proporcionaa uma maiorr produção fin nal é a de 255 dúzias por metro
quadrrado.
3
Na ccomunidade de d Medeiros, onde em carááter experime ental são utilizadas sementtes provenienntes de
laboraatório, foi verificado o uso de lanternas ccom malha de
e 2mm.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 20
quantidade de ostras
o por lanterna é de aproxim madamente 15 dúzias. Normalmen nte as
lanternas são su
uspensas a cada um m metro de corda
c (espaççamento enntre lanternas de
4
aproxximadamentte meio metrro) . Já os traavesseiros podem
p ter differentes tam
manhos e em
m cada
um podem ser co
olocadas entrre 5 e 15 dúzzias de ostras.

Figu
ura 4 ‐ Cultivo de ostras em
m sistema de lo
ong‐line na baía de Guarattuba.
Fo to: Instituto GIA.
G

Figurra 5 ‐ Lanternas utilizadas nno sistema de


e cultivo de ostras em longg‐line.
Fonte:: Guilherme Caldeira
C

4
A deensidade de 5 dúzias de osttras por anda r e o espaçam
mento de meio
o metro entree as lanternas são os
mais utilizados em
m Santa Catarrina e são reecomendados pelos técniccos do EPAGRRI‐ SC (Empre esa de
Pesquuisa Agropecuária e Extensãão Rural de Saanta Catarina)).

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 21
Figuraa 6 ‐ Travesseiiros utilizadoss no sistema de
d cultivo de ostras em lonng‐line.
Foto: Guilherme Caaldeira

Segundo Caldeira (20 004) a opçãoo pelos difereentes sistem


mas de cultivoo é permead da por
critérrios de decissão influenciados pela prrodutividadee obtida comm as diferenttes técnicas, pelas
caraccterísticas ambientais da d área de cultivo, pela disponibilidade de m material, e pelas
condições de realização dos processos
p dee trabalho e comercializa
c ção proporc ionados.
d cultivos em mesas e em long‐linees, o acesso ao material necessário para
No caso dos p a
installação das un nidades estáá normalmennte vinculad do à existênccia de assisttência técnicca e a
progrramas oficiaiis de fomentto. Quando oos ostreicultores não reccebem o matterial das pró óprias
instituições, recebem de pare entes ou amiigos que, por sua vez, reeceberam maaterial para iniciar
dades de culttivo e não o utilizaram. A renovação ou manuten
ativid nção das estrruturas, por outro
lado, é normalmeente bancada a pelos própprios produto
ores.

Em algun
ns casos, com
mo em Medeeiros de Baixxo, os resulta ados econôm micos obtidos com
a atiividade perm mitem, alémm da renovvação, invesstimentos na a ampliaçãoo das estru uturas.
Contu udo, em algumas comun nidades, novvamente a de d Medeiros de Baixo enntre elas, exxistem
pescaadores que estão
e interesssados em in iciar atividad
des de cultivo utilizando long‐line ma
as não
possu uem capital para iniciar a atividade.. Nesses cassos, a opção por outras técnicas, co omo o
cultivvo na lama e em mesas parece
p descaartada em função de tenttativas mal ssucedidas e da
d sua
baixaa competitividade frente às utilizadass pelos atuaiss produtoress dessa comuunidade.

Com relaação ao sisttema de cul tivo em lon ng‐line, além


m das vantaggens associaadas à
meno or exposição o das ostrass ao sol e, consequenttemente, me enor mortallidade, vanttagens
relaciionadas à manipulação
m o das ostrass favorecem m a boa acceitação desssa técnica pelos
ostreeicultores. Ao
o contrário das
d técnicas dde cultivo em
m mesas e na lama, a rettiradas das ostras,
o

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 22
tanto
o para o man
nejo quanto para a comeercialização, pode ser realizada em qqualquer con
ndição
5
de maré .

Ainda com m relação ao


os cultivos em m long‐line, é interessan
nte notar quee em alguns casos
a disponibilidadee de materia
al (aproveitaado da pescca, ganho de e parentes oou compadrres), o
pequeno tamanh ho das unidaades e adapttações tecno ológicas realiizadas pelos empreende
edores
(uso de bolsas e de poitas im
mprovisadas ) contribuem m para que produtores qque não reccebem
nenhum tipo de assistência também
t utiliizem esse sisstema.

A respeitto do sistem ma de cultivoo na lama, pode‐se dizer que além m da simpliccidade


tecno ológica (quee implica em m um custo praticamen nte zero e facilidades
f ddos processos de
trabaalho relacio onados à instalação
i e manuten nção), outra as vantagenns associad das à
produ utividade do o cultivo innfluenciam nna opção dos ostreiculltores. Nas comunidade es do
Almeeida e Vila daa Ilha Rasa, apesar do foornecimento o de materia al e dos esfoorços dos téccnicos
para o uso do sisstema de cultivo em me sas, este sistema tem sido abandonnado e substtituído
pelo cultivo na laama, sendo queq existe unnanimidade entre produ utores que jáá experimentaram
as du uas técnicas em afirmarr que o cresscimento dass ostras é maism rápido qquando essa as são
cultivvadas diretammente na lam ma. Esse maaior crescimeento é associado por alg uns ostreicuultores
a maior disponib bilidade de espaço
e entree as ostras plantadas
p na lama e, em m outros caso os, ao
contaato direto com
c a lama, onde o allimento, seggundo a com mpreensão deles, seria mais
abundante. No entanto, ainda nãoo há dado os científiccos que ppermitam avaliara
comp parativamentte os difere entes sistemmas de cultiivo de ostra as nas conddições ambientais
encon ntradas no liitoral parana
aense.

Alguns prrodutores affirmam, tammbém, que a mortalidade das ostrass é maior qu uando
são ccultivadas so
obre mesas. Essas morrtalidades occorrem norm malmente eem períodos mais
quentes e, segu undo os enttrevistados, estariam asssociadas àss maiores ttemperaturas nos
extratos superiorres da lâminaa d’água e a o maior temmpo em que as ostras sãoo expostas ao a sol.
Em dduas comun nidades (Vila
a das Peçass e Puruquaara) esses fatores
f fizerram com que os
produutores optasssem por rea alizar uma eespécie de roodízio dos sisstemas de c ultivo. Nos meses
m
do outono e inverno são uttilizadas messas e, com a aproximaçção do verãoo e aumentto das
tempperaturas, as ostras são transferidas ppara os long‐‐lines.

O fato de d que o cultivo na laama demanda baixos investimentoos e proporrciona


resulttados de produtividade e satisfatóriios pode co
ontribuir para minimizaar a exclusã ão de
pescaadores interressados em ingressar nna atividade e a perda de competittividade devvido à
existêência de difeerentes condições para o acesso aos apetrechos e técnicas m ais sofisticad
das.

Todavia, é preciso attentar para ppossíveis impactos ambientais negaativos decorrrentes


da uttilização dessse sistema. Diferenteme
D ente dos sisteemas de culttivo em messas e em long
g‐line,
as ostras ficam emm contato direto com o sedimento e as condiçõe es de disperssão são redu
uzidas,
o quee favorece a biodeposição de fezes e pseudofezes dos orga anismos e, juuntamente com
c a
poucaa renovação o da água e o excessso de organ nismos morttos, pode ccontribuir para a

5
A manipuulação das ostras cultivadaas na lama e em
e mesas devve ser realizadda em condições de
maré baixa, quando
o as unidadess encontram‐sse emersas.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 23
diminnuição do oxxigênio disso olvido e atéé para a euttrofização do
o local. Nas comunidades do
Guappicum, Almeida e Ilha Rasa, por exeemplo, existtem relatos de elevadass mortalidad des de
ostras cultivadas na lama. Esssas mortalidaades estariam ficando mais
m intensas com o passa ar dos
anos de utilizaçãoo da área dee cultivo e exxistem produ
utores que associam
a esssas mortalida
ades a
alteraações nas características do sedimennto.

2.3.2
2 Produçã
ão de sementes em llaboratóriio
O Centroo de Produçã ão e Propaggação de Orrganismos Marinhos‐CPP
M POM/PUCPR R, está
localiizado junto à praia de Caieiras, noo município de Guaratub ba, litoral p aranaense. Como
partee de seus obbjetivos instittucionais, o CPPOM ded
dica‐se ao deesenvolvime nto da tecnologia
de produção dee sementes de ostra n ativa Crasso ostrea sp., visando
v ate nder a demmanda
existeente em todo litoral para
anaense.

Na atualiidade este centro deseenvolve o prrojeto "Prod dução de seementes de ostra


nativa Crassostrea rhizophora
ae em larga eescala", tend ncipais objetiivos.
do como prin

 Fornecer sementes ao os produtorees do litoral paranaense;;


 Capacitarr os produtores através dde cursos de extensão;
 Avaliar a qualidade am mbiental dass áreas de cu ultivo de ostrra;
 Avaliar o tipo de relação que a população local estabe elece com o meio ambbiente,
agregand do o conhecim mento cientíífico e tecnológico à prod dução de osttra;
 Aperfeiço oar o cultivoo de ostra nativa com propósitos comerciais que assegu urarão
melhoress condições de d vida à poppulação local.
 Identificaação e orienttação na con servação da diversidade genética daa espécie in situ
s
 Melhoram mento genéttico de matriizes para pro odução susteentável.

O laborattório iniciou suas atividaades de prod


dução de sem
mentes de oostra em 200 06 e o
projeeto é financiiado pelo Go overno do EEstado do Paraná, atravvés da Secreetaria Estadu ual de
Ciênccia e Tecnolo
ogia e Ensinoo Superior‐SEETI. No ano de
d 2008, o re
eferido projeeto passou por um
proceesso de reesstruturação dad equipe téécnica, estanndo atualmen
nte sob coorrdenação ge eral da
Dra. AAna Paula B. Bendack, zo ootecnista.

Na safra 2008/2009 9 foram prooduzidas se ementes de ostras nattivas. Poré ém, a


quantidade produzida não fooi informada pelos respoonsáveis pelo
o projeto, asssim como não foi
nos p
passada a caapacidade insstalada de pprodução deste laboratório ou os cuustos de prod
dução
das sementes de ostras.

Na atualidade, as pessquisas com moluscos esstão voltadas exclusivam


mente para a ostra
nativa Crassostrea brasiliana.. Os reprodu tores empre
egados nas desovas são ooriundos dass baías
de Paaranaguá, Guaraqueçaba a e Guaratu ba, adquirid
dos de produutores assisttidos pelo próprio
projeeto.

Em marçço de 2008 foram disttribuídas ass primeiras sementes dde ostras nativas
produ
uzidas pelo CPPOM. Ta
al distribuiçãão se deu como
c parte de uma peesquisa visan
ndo o

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 24
acommpanhamento dos índice es de cresciimento desttas sementes em difereentes sistem
mas de
cultivvos localizado
os nas baias de Guaratubba, Paranagu
uá e Guaraqu
ueçaba.

A quantid
dade distribu uída para cadda produtor foi decidida em reunião conjunta en ntre os
técnicos do CPPOOM, a AGUAM MAR e a Emaater‐PR, ficando acordad do que o núm mero de sem
mentes
que ccada produtoor teria direito a receberr estaria vincculado à capa
acidade de aacondicionam
mento
de seementes e à experiência
e do
d produtor no manejo de d sementess produzidas em laboratóório.

Utilizando
o esses crité
érios, cerca dde 150.000 unidades, coom comprimmento entre 0,5 e
1,0 cm, foram disstribuídas en
ntre cinco prrodutores daa baía de Gu
uaratuba, cadda um receb
bendo
uitamente entre 10.000 e 50.000 unidades caada. A proposta era quue os produ
gratu utores
bessem visittas mensais dos técniccos do CPPO
receb OM para monitorar
m o crescimentoo das
semeentes e prommover a capaccitação dos pprodutores.

2.3.3
3 Uso de coletores
c de
d sementtes
A práticaa de coleta de
d sementess para emprego nos cultivos marinnhos é ainda a uma
ativid
dade pouco ou nada dessenvolvida n o estado do o Paraná, sen
ndo muito raaros os relattos de
mariccultores quee obtém sua as sementes a partir do uso de cole etores. Seguundo o maricultor
Elvisley da Rocha, da comu unidade de CCabaraquaraa, as razõess para isso incluem tan nto as
uldades na lo
dificu ocalização de
d bancos naaturais abun ndantes em sementes, ccomo també ém no
discernimento so obre qual esppécie de ostrra de fato ap
presente resultados zoottécnicos positivos,
uma clara referrência ao maiorm poten cial de cresscimento de e Crassostreea brasiliana em
detrimmento de C. rhizophoraee.

A grandee maioria dos maricultorres do estado acaba porr adquirir juvvenis de osttras já
pronttos ou pratticamente prontos
p paraa a comercialização, co
om aproxim madamente 5 cm,
fazenndo apenas o processo de d terminaçãão em seus cultivos. O grande
g cent ro distribuid
dor de
ostras jovens parra abastecerr os cultivos é o municíp
pio de Parannaguá. As osttras são extraídas
por eextratores daas baías de Paranaguá
P e Guaraqueçaaba e vendidas para interrmediários que
q as
comeercializam emm caixas plássticas.

Outra práática bastantte empregadda pelos maricultores co


onsiste na aqquisição de ostras
já pro
ontas para a comercializzação com ttamanho sup perior a 8 ce
entímetros, qque ficam apenas
uns p
poucos dias nas
n lanternass de cultivos e posteriorm
mente são veendidas.

Assim, im
mplantar uma a cultura de cultivar ostras desde a fase de sem
mentes quer sejam
proveenientes de cultivo
c em la
aboratório, qquer sejam provenientes
p s do uso de ccoletores, será um
grand
de desafio a ser superado. Atualmennte o cultivo é realizado por
p curto peeríodo de tem mpo e
com ggrande presssão sobre oss estoques naaturais de osstras.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 25
2.3.4
4 A extra
ação de osstras nos bbancos na
aturais do Complexo
o Estuarin
no de
Paranagguá e da Baía
B de Guaaratuba
2.3.4.1 Situação
S attual

Não existte um controole efetivo qquanto ao núúmero extrattores de ost ras que atua am no
estad
do. Estimativvas indicam m que apen as em Guaaratuba, ond de mais de 85% das ostras
"cultiivadas" são adquiridas
a de outros muunicípios, cerrca de 20 exttratores inteercalem atividades
de exxtração de ostras,
o marisscos e carangguejos, de acordo
a com a época do ano ou dem manda
apressentada. No CEP o núme ero de extrattores é desco
onhecido.

Durante as incursõess em busca do recurso os alvos principais dos extratores e dos


próprrios ostreicultores são ass ostras granndes. As ostras de tamanho comerciaalizável pode
em ser
vendidas ou então mantidas em e estruturaas de cultivo até o mome ento da comeercialização..

A opção pelas ostra as maiores é permeadaa por critérios econômiicos relacion nados,
principalmente, ao a retorno financeiro maais rápido e ao menor rissco de mortee das ostras até o
mommento da comercializaçã ão. Essas ca racterísticass contribuem
m para certaa indefinição dos
perío
odos de safraa: a maior parte
p das semmentes (com m pelo meno os 4 cm de aaltura) é colocada
para a engorda durante
d os meses do o utono e no inverno (ab bril a agosto ), aproveitando o
perío
odo de "tempo frio", que segundo oos ostreiculttores é favorável para o crescimentto das
ostras. Essas ostrras permaneccem em pro cesso de enggorda até o momento daa comercializzação,
que ocorre prin ncipalmente nos mesess de verão, quando a demanda pelo produ uto é
signifficativamente maior devido à tempo rada turística. Entretanto o, a disponibbilidade de bancos
b
com o manho come
ostras de tam ercial ou próóximo permitte que os proodutores reaalizem a repo osição
de osstras mortass ou vendida as, mesmo ddurante os meses
m da prrimavera e ddo verão. Em mbora
existaam relatos de
d que a morrtalidade dass ostras retirradas dos bancos naturaiis e colocada as nos
cultivvos durante o verão seja maior, a graande demanda do merca ado e a poss ibilidade de lucro,
contrribuem para a ocorrência a dessa práti ca.

Em todass as comunid
dades a maiooria dos prod
dutores realiza as incursõões para cole
eta de
semeentes. Entretanto, em algumas co munidades visitadas também ocorrre a compra de
semeentes para o uso nos cultivos. Oss preços variam de acordo com a comunida ade, a
quantidade e o tamanho,
t co
ontudo, não existe uma padronizaçã ão bem definnida dos pre eços e
tamanhos das seementes vendidas. Em 2 004, de acordo com Caldeira (20044), a dúzia cu ustava
6
entree R$ 0,30 e R$
R 0,80 .

Na baía de
d Guaratub ba, as ostrass são igualm
mente extraíd das sem quaalquer controole ou
planeejamento, a partir de baancos naturrais e são ve endidas em tamanho coomercial ou ainda
comoo sementes. As sementes extraídass são utilizadas nos culttivos, emboora alguns poucos
produutores optem etirada das s ementes aderidas
m por estruturas coletorras específicaas ou pela re
às prróprias estrruturas de cultivo.
c Em função da limitada disponibilidadde, raramen nte as
semeentes são proovenientes de laboratórioos.

6
Paraa facilitar a co
omparação os preços das sementes ve endidas em caixas foram ttransformado
os para
preço
os da dúzia, co om base nas informações oobtidas sobre as quantidades aproximaddas de sementtes em
uma ccaixa.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 26
Apesar de
d uma prod dução que nnão consegu ue sequer atender
a a d emanda loccal, os
bancoos naturais da baía de d Guaratubba encontraam‐se inten nsamente exxplorados, tendo
destaaque o rio das Ostras, rio Fundo, rioos dos Mero os, ilha do Marigui
M e Maar das Abelh
has. A
mesmma realidadee se repete na Baía de Paaranaguá. Po orém, como a baía é muitto maior quee a de
Guaraatuba, os effeitos ambie entais dessa exploração são menos sentidos ainnda, situação que
tendee se modificaar a partir do
o fomento daa produção de
d ostras no estado.

p compra de ostras jáá próximas ao ponto de comercializa


A opção pela c ação por partte dos
cultivvadores pareece relacionnada a uma série de faatores, como o a baixa ddisponibilidad
de do
recurrso nos locais onde o pro mpo e de apttidão para a busca
odutor realiz a a coleta, a falta de tem
de seementes, limmitações físicas do proddutor em realizar essa etapa e do prrocesso prod dutivo
(devido, por exem mplo, a problemas de ssaúde ou idaade avançada) e, princippalmente, po or um
conteexto mais am mplo, que envolve
e outrros elemento os de diferenciação sociial, como o baixo
rendiimento das atividades produtivas
p doos pescadores e a baixa a disponibiliddade de meiios de
produ uzir e escoarr a produção
o, que contriibuem para o surgimento o da oferta dde sementess, pois
fazemm com que alguns
a tenha
am a necesssidade de ve ender esse meio
m de proddução para suprir
suas necessidadees básicas.

A técnica de captaçãoo de sementees com o uso es artificiais é utilizada apenas


o de coletore
nas ccomunidades que receb bem ou recceberam alguma assistê ência técnicaa. Mesmo nessasn
comu unidades, é utilizada
u pelaa minoria doos produtorees e supre umma parte ineexpressiva de e suas
demaandas por sementes. Essa téc nica é co onsiderada pelos ostrreicultores como
econo omicamentee inviável. Em m primeiro luugar, consideram que a quantidade de semente es que
pode ser obtida é insuficiente e para suprirr a demanda dos seus em mpreendime ntos. Em seggundo
lugar, influenciamm os mesmos critérios quue levam os produtores a direcionarr seu esforço o para
a bussca de ostrass maiores: ass ostras obtiddas por meio
o de coletore
es artificiais, além de sujeeitas a
maiores chances de mortalidade, demoraam entre 10 meses e um m ano para aatingir o tam manho
comeercial. Assimm, mesmo qu ue sejam reealizadas pessquisas cienttíficas na buusca de matteriais
adequados, melh hores períoddos e locais para a colo ocação dos coletores,
c a existência desses
d
critérrios econôm micos e a po ossibilidade de acesso ao recurso almejado qquando esse es são
levaddos em contaa, constituemm obstáculoss para a utilizzação dessa técnica.
t

É importaante lembrarr que no CEPP, além da prressão exerccida pelos paarques ostreíícolas,
existeem a pressão exercida pela
p extraçãoo de adultas para a comercialização,, pela extraçção de
ostras pequenas para a ven nda na form ma aferventaada e desco onchada, e ppelo comérccio de
semeentes para empreendime entos de Cannanéia. Esta última prática foi verifi cada por Caaldeira
(20044) em algumas comunida ades visitadaas no setor Pinheiros e ta
ambém pela equipe técnica do
Instituto GIA. Sobbre as sementes vendidaas para prod dutores de São Paulo, é bom lembra ar que
deixaam de contrribuir com o repovoam mento dos bancos
b natuurais de osttras do com mplexo
7
estuaarino .

7
Seguundo GALVÃO O et al.(2000) na
n região de CCananéia existem exemplares de ostras dde 2 cm de altura já
em faase de desova. Assim, as ostras colocadaas para a engo
orda podem co
ontribuir paraa o pool de ga
ametas
e repoovoamento doos bancos natturais.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 27
Corroborando com Miranda (20004), verificcou‐se que a aplicaçãoo de mecan nismos
formaais de regullação de ace esso às ostrras é extremmamente resstrita: o tam manho mínim mo de
captuura (5 cm de comprimentto de conchaa) estabeleciido pela SUD DEPE, atravéss da Portariaa n° N‐
40 dee 16 de dezeembro de 19 986, não é reespeitado peelas operaçõões de cultivoo. Por sua vez, no
Merccado Municipal de Para anaguá ‐ MM MP podem ser encontradas ostras provenientes do
extrativismo (parra comercialização diretaa) de tamanhos maioress do que os ppermitidos por p lei
(de até mais que 10 cm de comprimentoo de concha)). A aplicação o do períodoo anual de defeso
d
estipulado por esssa portaria (18
( de dezem mbro a 18 de e fevereiro) também
t podde ser consid
derada
restriita. Ainda, nos períodos de atuação mais intensaa dos agente es de fiscalizzação, percebe‐se,
tantoo em ostreiccultores qua anto em exxtrativistas, a adoção de d estratégiaas para drib blar a
fiscalização, como a realização de incurrsões noturn nas para a coleta e trannsporte de ostras.
o
Confoorme Caldeiira (2004), em e conversaas com os ostreicultore es e comercciantes do MMP,
perceebe‐se uma oscilação (de ano para ano) da atu uação e rigor dos agentees de fiscalizzação.
Segun ndo eles, esssa oscilação na aplicaçãoo dos períoddos de defesso pode conttribuir para o fato
de qu ue proibiçõees da comerrcialização ddas ostras em m virtude do os períodos de defeso sejam
assocciadas por alguns consumidores a qquestões de qualidade sanitária
s doss produtos, o que
estaria trazendo efeitos
e prolo
ongados de rresistência ao
o consumo.

A falta de conheccimento cieentífico sobre o estad do atual, aas condiçõe es de


repovvoamento natural
n e so
obre a presssão exercid da sobre oss bancos dee ostras doo CEP
nismos de regulação fo rmal sobre o seu
certamente conttribui para a ineficiênciaa dos mecan
acessso.

Já a eficiêência de form
mas comunaais e individu uais de regulação de aceesso é fortemmente
influeenciada pelaa distância das vilas ((ou das cassas dos pesscadores) atté os locaiss que
consideram estraatégicos parra a obtençãão do recurrso, bem co omo por alggumas estratégias
adotaadas pelos extrativistas
e para a sua bbusca (como o as incursõees feitas à nnoite). Na Vila das
Peçass, a localizaçção e o posiccionamento da vila favorecem o con ntrole dos coomunitários sobre
os boosques nos quais realizam a, 2004). Nass comunidad
m suas práticcas extrativisstas (Miranda des de
Europ pinha e Nácaar, a proximidade entre as casas doss moradoress e as pedrass de onde re etiram
as osttras contribuui para uma intensa e quuase total reggulação de acesso para ppessoas de fo ora da
comu unidade.

Em outroos casos, a distância e o posicioname ento das vila


as em relaçãão aos banco os que
consideram estraatégicos não o é favorávvel nesse se entido. Na comunidade
c de Canudal, por
exemmplo, a existêência de morrros encobree a visão dos comunitário os sobre os bbosques (ou sobre
os caaminhos percorridos porr moradoress de outras vilasv para ch
hegar aos boosques) nos quais
retiraam o recursoo. Na comunidade de Alm meida, a altaa intensidadee da pressãoo sobre as osstras e
a immportância desse
d recursso no renddimento eco onômico de e algumas ffamílias parrecem
contrribuir para o surgimento de tentativaas de regulaçção de acessso entre os ccomunitárioss: com
o intuuito de "reseervar" um estoque de s ementes em m um local estratégico, aalguns produ utores
realizzam a demaarcação de trechos de manguezaiss em locais próximos aaos cultivos.. Algo
semeelhante é observado na a comunidaade do Enge enho Velho, onde áreaas de mangguezal
próximas à comu unidade foram cercadas pelos produ utores, isso para
p garantiir áreas exclusivas
de "pplantio" de ostras e acessso aos bancoos de sementtes.

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 28
Entretantto, a ineficiência dos meecanismos fo ormais e trad
dicionais de rregulação so obre o
acessso às ostras coloca em dúvida
d a viabbilidade das atividades de cultivo e eextração de ostras
quando consideraamos um ho orizonte de loongo prazo. Além disso, em todas ass comunidad des os
depoimentos apo ontam para uma diminuuição dos baancos natura ais de ostrass, bem como o para
uma dificuldadee crescente nos proceessos de trrabalho rela acionados à sua obte enção,
oborando com
corro m informaçõ ões obtidas ppor Miranda (2004). Em muitos casoos, isso é atriibuído
ao auumento da população
p dee algumas v ilas e à crescente pressãão que moraadores de ce entros
urbannos (principaalmente Para anaguá e Anntonina) exerrcem sobre o recurso. Asssim, é nece essária
uma maior interaação entre instituições dde pesquisa,, agentes de e fiscalizaçãoo, ostreiculto
ores e
extrativistas na busca
b de meccanismos efiicientes que reforcem a viabilidade dde longo pra azo da
explo
oração das osstras.

O Instituto GIA reallizou, no âm mbito deste es para o PLDM, um leevantamento o dos


principais bancos naturais de d ostras exxistentes no o litoral parranaense. Esste levantam
mento
consistiu da pesquisa in loco com
c auxílio dde extratores e pescadorres da regiãoo.

Técnicos do IGIA visittaram todas as áreas adjjacentes a Baía de Guaraatuba e Commplexo


Estuaarino de Paaranaguá co om barco apropriado para tal atividade.
a O
Os bancos foramf
fotoggrafados e descritos quanto a sua loocalização (n
nome do loca al e georrefeerenciamentto dos
pontoos), posição
o na coluna d’água, dim mensões e substratos aos a quais a s ostras esttavam
aderidas. Como parte
p dos bancos estava submersa, sempre
s que necessário ssua localizaçção foi
confirmada por mergulhador
m es.

O levanttamento tevve duração continuada de cerca de 30 dias e possibilittou a


identtificação de mais de 200 bancoss em todo o litoral paranaense.
p Os bancos são
apressentados no Volume 4 de este trabalhoo.

Uma alteernativa para suprir a ddemanda do os ostreicultores por seementes seriia sua
produ
ução em ammbiente contrrolado. Entreetanto, a insstalação e manutenção dde laboratórios de
produ
ução de larvas de ostras demandam investimenttos relativam mente altos e longo perío
odo de
pesqu
uisas. Nos últimos
ú anos, algumas comunidade es do CEP como
c Meddeiros de Ba aixo e
quara, receberam juvenis de ostr a do CPPOM para tesstes de dessenvolvimentto no
Puruq
ambiente. Segundo alguns produtores b eneficiados, os resultados de cresciimento das ostras
o sendo conssiderados ótimos.
estão

Outro fatto que tem trazido boass expectativas para os maricultores


m s paranaense es é a
criaçãão do Centroo de Aquiculltura da Univversidade Fe
ederal do Paraná ‐ UFPRR, no municíp pio de
Pontaal do Paraná. Esse centro
o tem como objetivos principais abriggar e dar basse para o currso de
Tecnó ólogo em Aquicultura
A da UFPR e desenvolvver pesquisas na áreaa de aquicu ultura,
prioriizando o dessenvolvimento da atividaade no litoral do Paraná. Durante as conversas co om os
produ utores percebe‐se que,, em geral, o uso de sementes produzidas
p eem laborató ório é
considerado umaa boa altern nativa. Algu ns produtorres do complexo estua rino, inclusive, já
cogitaam a possib bilidade de comprar seementes pro oduzidas pelo Laboratórrio de Cultivvo de
Moluuscos Marinh hos da Univversidade Feederal de Saanta Catarinaa ‐ UFSC. NNo entanto, ao se
pensaar em esten nder esse canal
c de aceesso ao reccurso para outros proddutores é preciso
considerar os reesultados de e produtividaade que serão obtidos (consideranndo, inclusivve, as

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 29
difereentes técniccas de cultiivo utilizadaas), a capaccidade de produção
p e regularidadde no
forneecimento de sementes proporcionad
p do por esse laboratório, e as diferenntes condiçõ
ões de
8
acessso dos produ
utores a essas sementes .

Deve serr considerad do, também m, que o cultivo de ostras


o a parrtir de sem mentes
produ uzidas em laboratório requer
r o usso de técniccas e tecnologias aproppriadas como o, por
exemmplo, o uso de berçários e uma suces são adequad da de tamanhos de malhha dos viveiroos. No
CEP, algumas com munidades já á incorporarram essa teccnologia, com
mo por exemmplo, Medeirros de
o e Puruquaara, que vêem realizanndo o cultivo a partir de
Baixo d sementees produzida as em
laborratório em caráter
c experimental e ccom o auxílio de técnicos da EMATTER e do CP PPOM.
Embo ora não ten nhamos informações so bre as taxas de crescim mento e moortalidade dessas
d
ostras, o fato de já
j existirem organismos já com tamaanho comerccial, cultivad os em berçáários e
lanternas confecccionados pelos próprios produtores,, revela que,, de certa foorma, a tecnologia
pode ser incorporada por alggumas comunnidades do CEP.C Quanto aos critérioss econômico
os que
meiam a escolha da forma
perm a de obtençãão de semenntes, o elevad
do tempo neecessário parra que
as osstras proveniientes de lab
boratório atiinjam o tamanho comerrcial (quandoo comparado o com
as obbtidas nos manguezais),
m pode ser diiminuído com pesquisass de seleção e melhoram mento
9
genéttico .

2.3.4.2 A problemá
ática da exxploração dos banco
os naturaiss

Pereira et 0), baseadoss em dadoss de 1997 e 1998, appresentaram uma


e al. (2000
mativa do estoque de ostras no bbosque de manguezal de Cananéiia. Estes au
estim utores
mostraram que a quantidadee de ostras eextraídas mensalmente estaria
e próxim
ma da capaccidade
máximma de exploração dos estoques nnaturais. De este modo, um eventuaal incremento na
produução, devido à demand da de merccado, poderria comprom meter a susttentabilidade dos
estoq
ques.

Dada a proximidade
p oral norte do Paraná, o que se obsservou
de Cananéi a com o lito
desdee então foi um crescen nte deslocammento dos intermediários, que coompram as ostras
coletadas por exttratores do estado
e do Paaraná. Com isso, pressão
o sobre os bbancos naturais de
ostra nos mangueezais paranaenses aume ntou drasticamente na última
ú décad a.

do basicamente nas com


Ocorrend munidades ribeirinhas, onde
o a falta de informa
ação e
acessso a outros meios de su ubsistência é mais acentuada, a expploração da ostra‐do‐ma angue
agravva cada vez mais a deggradação doos ecossistem mas locais com
c a captuura descontrrolada
dessees organismo
os (Christo, 2006).
2

8
No p
presente, o accesso a esse canal
c de forneecimento de sementes
s parece limitado aaos produtores que
receb
bem assistência técnica. Se egundo os proodutores as sementes
s cusstariam em toorno de R$ 15,00 o
milheiro.
9
O qu
ue pode ser possível,
p considerando o grrande potencial da espécie
e para o melhhoramento geenético
evidenciado por ABBSHER (1989)..

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 30
Segundo Absher et al. a (1997) háá uma intenssa e desorde enada explooração dos bancos
b
naturrais de ostrass no litoral paranaense.
p EEsse padrão de exploraçã
ão também é causa da grande
g
dificu
uldade em ses encontrarrem indivíd uos de tamanho comerrcial satisfatóório, como já j era
relataado pelos au
utores há mais de uma déécada em várias áreas da a Baía de Parranaguá.

Erse & Beernardes (20 008) afirmarram que a exxploração de este recursoo natural, baseada
someente no extrrativismo não é sustenttável e acaba por ameaçar os estoqques natura ais. Os
autorres realizaram um levan ntamento doos estoques da ostra Cra assostrea sp.. em três bancos
b
naturrais distintoss (na Ilha da Cotinga, na foz do Rio Maciel e na foz do Rio BBiguaçú). Em m cada
bancoo foram feitas três amostragens aleeatórias duraante a maré baixa de sizzígia, utilizan ndo‐se
de umm quadrado o de amostra agem com ddimensão de 30x30 cm. Observou‐see que o ban nco da
Ilha d
da Cotinga apresentou
a valores
v signifficativamentte maiores se comparaddos com o do o Rio
Macieel e do Rio Biguaçú. Não N foram rregistradas diferenças
d significativas entre os valores
biométricos enco ontrados entre os bancoss amostradoss nos respecttivos bosquees.

O menorr número de e ocorrênciaa foi observvado no Rio Maciel, o que parece estar
relaciionado com a maior varriação da sa linidade e da corrente, uma vez qu e segundo alguns
a
autorres (Bousfieeld, 1955; Wood
W & HHarges, 1971; Absher et al., 19889) estes fa atores
influeenciariam naa dispersão das
d larvas de ostras ao lo
ongo de um estuário.
e Seggundo Nascimmento
(19833), as larvas que
q se fixamm em um bossque protegid do, tal como
o o estudado por este auttor na
ilha ddas cobras, são
s provenie entes dos addultos do prróprio bosqu
ue, que, apóós completarrem o
ciclo larval, enconntram‐se novamente nass imediaçõess do banco dos
d progenittores, o que talvez
possaa indicar um comportamento similar nos indivídu uos do bosquue protegidoo no Rio Biguaçú.

Segundo Absher et all. (1989) alguuns bivalves são influencciados pela ddisponibilida
ade de
alimeento e níveeis de eme ersão/submeersão os quais
q têm sido responnsabilizados pelo
cresccimento diferrencial ao longo do temppo. Como esstes parâmettros ambienttais são favoráveis
na Ilh
ha da Cotingga, onde a menor
m influêência da variiação da maré e da salinnidade torna am as
condições próxim mas às ideaiss para a dispponibilizaçãoo de alimento às larvas planctônica as, os
resulttados obtido
os são coeren ntes com o qque seria esp
perado.

O principal impacto ambiental


a diaagnosticado provém do método usaddo na extraçção de
ostras, que se baseia na rettirada das oostras juveniis e adultas fixadas nass raízes da árvore
á
"canaapuva" Rhizo ophorae mangle, com o auxilio de facão e faca as. A coleta de ostras ocorre
o
durannte todo ano, com maiorm intens idade durannte os messes de novvembro a março. m
Curio
osamente estte é exatame ente o mesmmo método de d coleta de ostras C. gaasar (sinoním
mia de
C. bra
asiliana) emppregado na África
Á (Ansa & Bashir, 20
007).

A preocuupação com o efeito doo extrativismmo como attividade ecoonômica sob bre as
populações de ostras
o não é recente. CCadernas (19984) relatou uma inten sa exploraçãão de
banco os naturais de
d ostras na costa oestee do México. Mancera & Mendo (19996) demonstram
indíciios da exploração irresponsável, com
m métodos predatórios,
p de bancos nnaturais de ostras
o
ocorrrida na Colômmbia.

No Brasil,, acredita‐se
e que a obtennção de ostrras de forma
a exploratóri a e sem o co
orreto
geren
nciamento seeja determin nante para o declínio doos estoques naturais. Ost
stras são extraídas

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 31
sem qualquer co
ontrole ou planejamentoo e vendidass em tamanho comerciaal ou ainda como
semeentes.

Se, por um
u lado, parrece indiscu tível a impo ortância da aquicultura
a para a segu
urança
alimeentar das reggiões litorân
neas ‐ direitoo do homem m a ter acessso físico e eeconômico a uma
alimeentação suficciente, segurra e nutritivaa para uma vida
v ativa e saudável (Casstilho et al., 2007)
‐ep para o futuro o imediato das
d comuniddades de pe escadores artesanais ‐, ppor outro, teem‐se
apontado recentemente uma série de pproblemas socioambienttais ocasionaados por prráticas
predaatórias, em estreito parralelismo com m as tendênncias observvadas no dessenvolvimen nto da
pescaa e da agricultura modernas (Vinateaa & Vieira, 20 005).

Em funçãão da limitad
da disponibillidade, rarammente as sem mentes utilizzadas nos cuultivos
paran naenses sãoo provenienttes de labooratórios. Ass sementes extraídas sãão utilizadas nos
cultivvos, embora alguns pouccos produtorres optem po or estruturass coletoras eespecíficas ou
u pela
retiraada das semeentes aderidas às própriaas estruturass de cultivo.

Exemplo disso é a gra


ande dificulddade em encontrar indivííduos com taamanho com
mercial
satisffatório em áreas da Baíaa de Paranagguá, especiallmente na re
egião de Guaaraqueçaba (Kolm
& Absher, 2008).

Colocando‐se em eviidência a neecessidade de


d uma melh hor integraçãão da aquicultura
com os planos dee gerenciamento costeirro nacional e estadual, uma
u estratéggia de maricultura
baseaada no eco‐‐desenvolvimmento deverria levar em m conta a exxpansão e a consolidaçã ão da
mariccultura, a revitalização
r da pesca artesanal, a proteção de recursoos costeiross e o
saneaamento amb biental (Vinattea & Vieira,, 2005).

Alternativvas de gestão
o da mariculltura foram testadas
t por Araújo & Mooreira (20066), que
implaantaram um projeto de difusão tecnnológica da ostreicultura a em comunnidades litorrâneas
no Estado do Ceará.
C Neste
e projeto prrocurou‐se difundir
d o cultivo
c de oostras como o uma
nativa produ
altern utiva ambien ntalmente suustentável, gerando rend da e promovvendo a segu urança
alimeentar para essas
e populações desfaavorecidas. Porém, aquele projetoo não atinggiu os
resulttados desejaados, uma vezv que: (a) as unidades experimen ntais depois de algum tempo
t
foram
m desativadaas seja pelo abandono
a daas estruturass, seja pela destruição
d caausada por chuvas
c
intensas, (b) pella estratégia a de transfeerência tecn nológica inadequada, (cc) inexistênccia de
capaccitação sociaal, (d) acommpanhamentoo técnico e social insufficiente, (e) falta de reccursos
financeiros para os potencciais usuárioos das inovvações e (ff) falta de capacitação o dos
trabaalhadores emm gestão partticipativa.

Assim, é imprescindível se adootar um mo odelo de pla anejamento coerente comc a


tendêência de ocuupação das áreas
á para a produção e a necessida ade de uma gestão articculada
entree governantees e toda a co
omunidade eenvolvida, coom vistas a minimizar
m oss problemas sócio‐
econô ômicos e am
mbientais deccorrentes daa atividade, para
p que se promovam eempregos e renda
sem ddestruição do meio ambiente (Mach ado, 2002).

A queda crescente ded produtividdade baseadda no extrativismo podee ser interprretada


como e esgotamentto dos recurrsos naturais e a rigidez dda oferta. A chave
o o início do processo de

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 32
para solucionar este
e problem
ma estaria aatrelada ao fim da extra ação, valorizzação do produto
cultivvado, a melhora nos proccessos de co mercializaçãão e o fim do desperdícioo.

2.3.4.3 Bioinvasão
B o de Crasso
ostrea giga
as

No litoral paranaense as ostras utilizadas paara a ostreiccultura perteencem ao gênero


Crasssostrea, senddo que a prrodução brassileira, em laboratório, se dá princiipalmente, com
c a
espéccie C. gigas, popularmennte conhecidda como "osttra do Pacíficco". A preoc upação amb
biental
pelo estabelecim mento dessa espécie exxótica e os danos amb bientais decoorrentes dee uma
eventtual compettição por niccho com es pécies nativvas é recorre ente em divversos paíse
es que
cultivvam a C. gig
gas. Na França o estabeelecimento dad espécie em ambientees naturais é uma
realiddade e estuddos de avaliação de imppacto vêm sendo desenvvolvidos. Aléém disso, esstudos
relataam que o aq quecimento global tem propiciado a colonização por C. giggas em regiõ ões de
maiores latitudess (Cognie et al.,
a 2006).

Melo et al.
a (2009), non entanto, relatou a invvasão do Brasil pela osttra do Pacifiico, C.
gigass. Segundo estes autorres, exempllares da osstra exótica, encontradoos no amb biente,
curiosamente se assemelhavvam, por di versas vezes, as espécies nativas CC. brasiliana a e C.
rhizopphorae. Por este mottivo, os auutores suge erem que sua s invasãoo tenha pa assado
despeercebida, atéé ser detectada pelo seqquenciamen nto de DNA 16S ribossom mal e do seggundo
espaççador interno transcrito. C. gigas fo i encontradaa entre as esspécies nativvas em banccos de
ostras de até 1001 km ao sul de fazeendas de osstras no sul do Brasil. Na maioria das
circun
nstâncias, ass temperaturras da água nno litoral sul Brasil atual seria demassiado elevado
o para
perm d populaçõ es de C. gigas. A produção de larvaas em labora
mitir o estabeelecimento de atório,
provaavelmente, tenha
t selecio
onado indivídduos mais re esistentes a temperaturass mais elevadas, o
que ppoderiam pro omover a invvasão por C. gigas (Melo o et al., 2009)).

No Paranná Christo (20006) pesquissou a presen nça dessa esp pécie em ba ncos naturais (em
estád
dio juvenil ou
u adulto) e em arrasto naa Baía de Guaratuba (em estádios larrvais). No enttanto,
nada foi encontraado, classificcando a Baíaa de Guaratu uba como um ma região em m que não houve
h
belecimento da espécie C. gigas. Fa to que pode
estab e estar relaccionado à teemperatura média
m
local,, que é de 21,5°C, inadequada par a o desenvo olvimento de C. gigas, que necessiita de
tempperaturas acima de 23°C para se reprroduzirem, embora as melhores taxaas de crescim mento,
°
segun ndo Kobayasshi et al. (199
97), situem‐sse na faixa de
e 15‐19 C (Zhhang et al., 22006).

2.3.5
5 Manejo
O manejoo realizado pelos
p ostreicuultores paran
naenses con
nsiste basica mente em ajustes
de d densidades, retirada manual de ppredadores (principalme ente pequeenos caranguejos,
planáárias, gastróópodes e caramujo peeludo), de parasitas
p (p
principalmennte as poliqquetas
Polyddora sp.) e competidoress (principalm mente as cracas e bacucus). Também m são realiza
adas a
limpeeza e manuttenção das estruturas
e d e cultivo (qu
uando ocorrre o uso alguuma estrutu
ura de
cultivvo) e a limpeza das ostrass para a com
mercializaçãoo.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 33
A frequência com que são realizaados esses prrocessos é bastante variáável e usualm
mente
não ssegue nenhu um padrão técnico. Algguns produto ores realizamm o processso de manejjo em
intervvalos mensaais. Contudo,, em grande parte dos casos
c (inclusive em comuunidades que não
recebbem ou nuncca receberam m assistênciaa técnica), o manejo é reealizado em intervalos de dois
ou trêês meses.

Em algun
ns casos os manejos
m são realizados após
a eventos que podem m comprometer a
produução, como,, por exemplo, episódioss de ventos e correntezas extremam mente fortess, que
podem sujar e danificar
d lantternas, traveesseiros e as estruturass de produçãão ou recob brir as
ostras plantadas na lama. Ou utras vezes, os manejos são realizad dos em mom mentos oporttunos,
comoo por exempplo, ocasião da
d retirada dde ostras paara a comerccialização, quuando o pro
odutor
pode aproveitar para realizarr a limpeza ddos viveiros e retirar alg
guns organissmos indesejjáveis.
Algun
ns produtorees não realiza
am qualquerr processo de e manejo.

Assim como no caso da obtençãoo sementes, o manejo é influenciadoo pela aptidão do


produutor com essse tipo de trabalho e por um con ntexto maiorr que estabeelece critérios de
decisão e determ mina o temmpo de trabbalho que os o produtore es investemm nessa etap pa do
proceesso produtivo. Um dos critérios quee norteiam a decisão do tempo que será investido no
maneejo dos cultivvos é o resu
ultado econôômico obtidoo com a ostrreicultura e a sua importtância
quando comparaado aos obtidos com ouutras atividad des produtivvas. Nesse ssentido, o fa
ato de
que d
durante o processo de en ngorda das oostras não exxiste comercialização do produto conntribui
para que, frentee à necessid dade de ateender as ne ecessidades básicas de suas família as, os
produutores invistam seu tempo em outraas atividades que podem trazer resulttados econômicos
mais imediatos.

Ainda com
m relação aos resultadoos econômiccos obtidos com c a ostreiicultura, um
m fator
importantíssimo a ser considerado é quee o valor de mercado
m da ostra cultivaada é o mesmmo da
ostra extraída para a comercialização direeta10. Em outtras palavrass, os preços ppagos pelas ostras
que rrecebem (ou deveriam reeceber) os cuuidados relacionados aos processos produtivos são s os
mesm mos pagos por
p ostras oferecidas poor extrativisttas, que rea alizaram apeenas a coletta e o
transsporte do pro
oduto. Assim
m, a sociedadde, através do d mercado, não "reconhhece" o tempo de
trabaalho empreggado no cultivo, o que lleva aos osttreicultores a direcionarrem seus esfforços
para outras ativid
dades produttivas, inclusivve a extração
o para a com
mercializaçãoo direta.

Alguns asspectos relativos a outrras etapas do


d processo produtivo e à produtivvidade
obtidda também influenciam
i a realizaçãoo dos processos de mannejo. Emborra exista enttre os
ostreeicultores a noção de que a falta dde manejo pode p trazer prejuízos, a possibilidade de
obten nção de ostrras (inclusive de tamanhoos comerciais ou próximoos aos comeerciais) nos bancos
b
naturrais certamente favorece e uma meno r dedicação dos ostreicultores ao maanejo dos cultivos:
invesstir o tempo na busca de ostras podde ser mais compensató ório do que investir o tempo
t
realizzando o man nejo do culttivo, uma veez que como o fruto dessa
as incursõess para a bussca do

10
Em
m visitas ao Mercado
M Municcipal de Parannaguá, princippal pólo de esscoamento daa produção e oferta
de osstras ao consu umidor final, Caldeira (20004) verificou que não existe diferença de preços en ntre as
ostrass de cultivo e as ostras provvenientes da eextração diretta para a vend
da.

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 34
recurrso pode‐se,, além de repor
r as osstras mortass, aumentar a quantidaade de ostras na
engorda.

Obviamente, além dosd fatores ccolocados acima, a pró ópria dimenssão dos imp pactos
causaados pelos parasitas,
p commpetidores e predadores na produtiividade dos ccultivos influ uencia
no essforço do proodutor na te
entativa de mmitigar o pro
oblema. A dim mensão dessses impactoss varia
de acordo com a técnica de d cultivo e as caracte erísticas amb bientais da área onde estão
installadas as unid
dades. Os cultivos na lam
ma, por exemmplo, requereem cuidado rredobrado com os
organnismos indessejáveis, uma vez que oss organismos são cultivados em conttato direto com c o
mento e, por isso, mais vulneráveiss a ação pre
sedim ejudicial da fauna
f bênticca. A ausênccia de
viveirros também m deixa os organismoos completaamente vuln neráveis à ação de peixes
p
predaadores, send do que os ba
aiacus e espeecialmente as
a raias têm sido motivoos de preocupação
por p parte dos ostreicultore
o s que utilizzam esta técnica. Como o medida ppreventiva, alguns
a
produ utores cercaam as suas áreas de cuultivo com paus
p e redess para tentaar impedir que os
peixees predadorees alcancem as ostras.

Sobre os processos ded limpeza e manutençãão das estru uturas, é impportante obsservar
que, mesmo con nsiderando intervalos exxtremamentte longos veerificados paara a limpezza das
estruturas de cu ultivo, os ma
ateriais têm sido utilizaados por ma
ais tempo doo que a vid da útil
prevista na literattura.

A compleexidade do trabalho
t neccessário parra o manejo dos cultivoos não repre esenta
obstááculo para a sua realização por partee dos produttores. Entretanto, trata‐sse de um tra
abalho
intenso e cansativo, sendo qu ue em algunns casos (com
mo as comun nidades ondee se utilizam long‐
lines e existe um grande núm mero de pro dutores) há saltos tecno ológicos, commo a utilizaçção de
guincchos e balsas de manejo o apropriadaas, que podeem agilizar e estimular uma prática a mais
frequuente do mannejo dos culttivos.

Assim com mo várias ouutras variáveeis analisadas até o mom


mento, essa eetapa do pro ocesso
produ
utivo sofre com
c a ausência de acom mpanhamento uisas científiccas que poderiam
o e de pesqu
dinam
mizar o trabaalho dos ostrreicultores.

2.3.6
6 Unidade
es depuradoras de m
moluscos marinhos
m ‐ UMDM
2.3.6.1 Princípios
P

Segundo Garcia (2005) a depuraçção consiste e na permanência das osstras em locais de


água limpa, pelo tempo nece essário para a completa eliminação de contaminnantes prese entes,
principalmente, eme seu trato o digestório. Essa depuraação, portannto, pode seer natural, qu
uando
realizzada pela melhoria
m da qualidade
q daa água do ambiente,
a ou induzida, como é feitto em
depuradoras com merciais (Sericano et al., 1996). No estudo
e realizzado por Fraanceschi (200
09) os
autorres observarram que o período
p de uuma semanaa foi suficiente para quue ao NMP de CT
dimin nuísse de valores tão elevvados quantto 1.100 paraa 3.

Existem três tipos de


d sistemas de depuraação: (i) os tanques dee depuração o que
funcionam com água
á do mar limpa e freesca injetada continuam
mente atravéés de uma bomba
b

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 35
(sisteema de fluxo
o contínuo); (ii) os tanq ues onde a água pode ser substituíída em intervalos
deterrminados (B Batch‐process); e (iii) taanques de sistema fechado de circculação (Rich
hards,
2003).

O fluxo contínuo
c é o mais econôômico desde e que os sistemas de deepuração esstejam
localiizados em loocais próxim
mos à fonte dde água limpa. O batch‐process, asssim como o fluxo
contíínuo também apresentta a necesssidade de uma u fonte adequada de água, mas m a
substtituição da água não pod m intervaloss grandes demais, pois ppodem tornar esse
de ocorrer em
proceesso ineficieente. Os sisttemas fecha dos de circuulação de água são os mais utilizados e
necesssitam igualmente de uma u fonte dde água limpa, mas esssa água, um ma vez coletada é
recircculada pelo sistema, pa assando por tratamento os para desccontaminaçãão (Rodrick et
e al.,
2003).

O Estado de Santa Ca atarina, maioor produtor do


d país, vem
m implantanddo desde 20006 um
ma de certificação das ostras.
sistem o Os prrodutores caadastrados devem atendder a um con njunto
de noormas sanitáárias, que alé
ém de estipuular o monitooramento daa qualidade dda água de cultivo
c
e doss moluscos taambém dete erminam as nnormas para depuração antes
a da com
mercialização
o.

No Paranná apenas a prefeitura mmunicipal dee Paranaguá baixou um decreto (De ecreto
2.0277 de novemb bro de 20099) proibindo a venda dee ostras não depuradas no municípiio. No
entannto, não exxiste outros regulamenttos ou norm mas legais específica
e ppara o cultivvo ou
comeercialização de
d ostras em
m âmbito munnicipal ou esstadual.

Ainda asssim, o Institu


uto Paranae nse de Assisstência Técnica e Extensãão Rural (Emmater‐
PR) eestá instalan
ndo depurad doras comercciais em quatro diferentes regiões do litoral, comc o
objettivo de atendder os produ utores parannaenses (AENN, 2007). Ap
pós a depuraação as ostra as são
embaaladas em e recebem o selo do Serviçço de Inspeçção Municipa al, que atestaa sua qualida
ade.

Apesar deessa iniciativva, o processso de depuraação apresenta algumass limitações. Sabe‐


se qu
ue algumas bactérias
b pattogênicas, coomo Salmonnella sp. e E. coli são faccilmente exppelidas
pelass ostras (Burrri & Vale, 20
006). Em conntrapartida, metais
m pesaddos, membroos do grupo vibrio
eam maioria dos vírus
v entérico a processo, permanece ndo armazenados
os resistem ffortemente ao
nos tecidos das ostras,
o mesmo naquelas qque foram previamente depuradas
d (RRichards, 200
03).

2.3.6.2 Histórico
H das
d UMDM

As Unidades Municip pais de Depuuração de Moluscos


M ‐ UMDM
U são eempreendimmentos
consttruídos atravvés de parceria entre preefeituras muunicipais, a Emater‐PR e a Fundação Terra,
atravvés do Projeeto de Apoio a Pesca e Aquiculturra, com recu ursos oriunddos da Secrretaria
Estaddual de Ciên ncia e Tecnologia e Ennsino Superior ‐ SETI. Os O objetivoss dessa ação são
melhorar e certifiicar a qualidade das ostrras cultivadass ou extraída
as, ofertadass ao consumiidor.

dades estão em funcionnamento, um


Duas unid ma em Parannaguá e outrra em Guara
atuba.
Outraas duas depu
uradoras serã
ão instalada s em Guaraq
queçaba, sen
ndo uma na ssede do mun
nicípio
e outtra na comun
nidade de Medeiros.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 36
Em Paran naguá a preefeitura munnicipal foi re
esponsável pela
p construução da estrrutura
física para realizaação do proccesso de deppuração, com
m custo total de quase R$$ 40 mil. Téccnicos
p manuteenção e pela operação da
municipais são reesponsáveis pela a depuradoraa, que possuui uma
capaccidade de depuração de e 500 dúziass/dia. A águua é captada
a do Rio Itibberê, que coorta a
cidadde, e passa por
p um proccesso de filttragem e esterilização com filtros dde areia, ozô ônio e
ultravvioleta (U.V.).

Com o Decreto
D 2.02
27, de noveembro de 2009,
2 proibindo a vendda de ostras não
depuradas em Paaranaguá, a fiscalização
f f icou sob responsabilidad
de de um méédico veterin
nário e
dois ffiscais da SEEMAPA. Em um primeiroo momento os comercia antes estão sendo orienntados
sobree a legislação. Mesmo a depuraçãoo sendo feitaa gratuitame ente pela prrefeitura, poucos
comeerciantes do setor procurram a unidadde.

A UMDM M de Guarattuba foi inaaugurada no o dia 19 dee dezembro de 2007 e está


localiizada em aneexo ao Merccado Municippal João Batista de Miranda, situadoo a rua Newtton de
Souzaa s/n, Centro. Para a construção da estruturra física dessta Unidadee Depuradorra, foi
realizzada uma parceria entrre a Prefeituura Municipal de Guara atuba (PMG)) e a Agênccia de
desen nvolvimento
o da Mesorreegião Vale daa Ribeira e Guaraqueçabaa ‐ ADMRG.

2.3.6.3 Estrutura
E e capacidaade de dep
puração

Uma UMDM compreende uma áárea mínima de aproximadamente 5 0 m2, dividid da em


setorr de recepção, acondicio
onamento e limpeza das ostras e settor de depu ração. O primeiro
consiste em umaa área composta por um ma bancada azulejada
a co
om pias própprias para lim
mpeza
das o
ostras. Nestee também see encontramm as caixas de
e acondicion
namento, umma moto bom mba e
equippamentos dee proteção in
ndividual.

O setor de
d depuraçã ão compreennde uma áre ea compostaa por 4 caixxas de depurração,
com vvolume útil de
d 1.000 litro d depuração (filtro de aareia, filtros de
os cada e doois sistemas de d 1,0
e 0,55 µm, ozon nizador, cheealer heaterr, sistema U.V),
U que podem
p trabbalhar isolad da ou
simulltaneamentee. Este setor ainda abrigaa um equipammento de laccre manual, aalém dos inssumos
emprregados paraa a embalage em e certificaação do prod
duto.

A unidade possui a capacidade


c i nstalada para a depuração de 500 dúzias de ostra a
cada 24 horas, peeríodo comppreendido enntre a colocaação das ostrras nos tanq ues de depu
uração
e suaa saída da Un
nidade após os
o processoss de embalaggem e lacre do
d produto.

2.3.6.4 O processo
o de depurração

Após a instalação da UMDM é iniiciado um prrocesso de trreinamento e capacitaçã


ão dos
operaadores da unidade,
u com
m duração dde 40 horas.. Esse treina
amento costtuma ser feiito na
UMDDM de Paran naguá. O treiinamento opperacional leeva em conta as recomeendações técnicas
repasssadas peloss profissionais responsávveis pelo eq
quipamento de depuraçãão e tambémm por
técnicos da Emater‐PR.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 37
O processso de depu uração na UUMDM iniciaa‐se com a captação daa água do mar m e
posteerior esterilização. Ass caixas dee depuração o são preenchidas com m água do o mar
devid
damente filtrrada e esterilizadas peloos equipameentos de dep
puração. Som mente após isso é
que aas ostras poddem ser dep
puradas. As oostras devemm ser entregues previam mente limpas pelos
respeectivos ostreiros (nome comum,
c dadoo àquele que
e comercializza ostras do extrativismo
o).

As caixass nas quais as


a ostras sãoo acondicion
nadas para a depuração são identifiicadas
atravvés do preenchimento de d uma fichha de contrrole de depuração, indiividual para cada
ostreeiro. Durantte a depura ação a tem mperatura dad água é reduzida ppara 20 a 22°C,
perm
manecendo em sistema de recirculaçãão durante to odo o proced
dimento.

Após 24 horas de de
epuração as ostras são acondicionadas em embbalagens plá ásticas
devid
damente laccradas e entregues aoss ostreiros/p produtores. Porém, há possibilidad de do
proto
ocolo adotaddo (24h) nãoo promover a completaa depuração das ostras.. Forcelini (2009)
sugere que o período
p de depuração seja estend dido para pelo
p menoss 168 horas nas
depuuradoras quee estão send
do implanta das no litoraal do Paraná
á. Obviamennte tal sugesstão é
técniica e econom
micamente inviável.
i

2.3.6.5 Gestão
G do empreend
e dimento

Enquantoo a UMDM de Paranaguáá sempre fico ou a cargo da


a prefeitura local, a UMD
DM de
Guaraatuba enfreentou alguns problemaas administrrativos em seu início. Estes problemas
gerarram atrasos na
n efetiva en
ntrada em opperação da depuradora.
d

Em Guaratuba a unidade foi iniccialmente gerida pela Secretaria


S MMunicipal do Meio
Ambiiente‐SMMA A, através do Departamennto de Pescaa. Na época, a Secretaria ficou respon
nsável
pela operação do o sistema de depuraçãoo, organizaçãão dos ostreeiros e conttrole da proddução
(entrada e saída do
d produto)..

Em um prrimeiro mom mento coubee também à Secretaria


S Municipal
M de Saúde, atravvés do
Depaartamento dee Vigilância Sanitária,
S acoompanhar o processo de e depuraçãoo e, através de
d um
médico veterinário, emitir o atestado
a de ddepuração para
p cada lote de ostras ddepuradas.

A estratégia inicial de
e Gestão prooposta pela SMMA
S consistiu em trabbalhar apenas com
os osstreiros lotaados no settor de venddas deste molusco
m juntto ao Merccado Municiipal e
eventtuais produttores que po or ventura esstivessem intteressados na
n inserção nneste processso de
certifficação.

Paralelammente ao prrocesso de estruturação o da UMDM M, foram reealizadas divversas


reuniiões com oss ostreiros do mercadoo municipal, com intuito de apressentar a referida
propo osta de gesstão da UM MDM. Realizzou‐se tamb bém o pree enchimento de um cad dastro
municipal dos osstreiros, para
a fins de conntrole e apoio a estes trrabalhadoress. Nestas oca
asiões
m repassadaas informações como a necessidaade de certtificação doo produto e seu
foram
difereencial junto ao mercado consumidorr.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 38
Inicialmente, a pedid
do da Emateer‐PR e visando incentivvar o processso de depu uração
o aos ostreiro
junto os, não ocorrreu cobrançaa de taxa para depuração
o, embalage m ou certificcação.
Todos os custos inerentes ao processoo de depuraação (custoss operacionaais, mão‐de‐obra,
embaalagens, etc) foram arcaddos pela preffeitura municipal.

Em sua primeira temporada dee operação (verão 200 07/2008) forram depuradas e
comeercializadas aproximadam
a mente 13.0000 dúzias dee ostras na UDMD
U de Guuaratuba. Um
m dos
probllemas enfrenntados foi à resistência dos próprios ostreiros e a necessidaade de adapptação
dos m
mesmos a estta nova formma de trabalhho e de comeercialização de ostras.

Muitos deeles realizavvam a depuraação de suass ostras, porém na primeeira oportunnidade


rasgaavam a emb balagem aleggando que oos seus clientes não ha aviam gosta do da ideia, pois
dentrre as estratéégias de com
mercializaçãoo do produto
o, os ostreiroos deixam a s ostra a am
mostra
para que os clienttes as manusseiem e escoolham aquelaas que preferirem.

Outra situ
uação enfrenntada nesta experiência refere‐se à mortalidadee natural de ostras
dentrro destas embalagens, pois como as mesmass permaneciam fora d’áágua exposttas na
bancaada por 2 ou u 3 dias a te
emperaturas de verão (2 25 a 32°C) accabavam moorrendo denttro da
embaalagem. Num m primeiro momento,
m oos próprios ostreiros fazziam questã o de inform
mar os
clienttes que posssuíam ostra as depuradass e outras nãon depurad das em suass bancas, seempre
fazenndo questão de comercia alizarem as nnão depuradaas.

Após a in
nstalação doos equipameentos nas UM MDM, ficou a cargo do LACTEC reallizar o
proceesso de certiificação dos equipamenttos de depuração. Técnicos desta enntidade estivveram
nas uunidades reaalizando testes. Porém, como os ressultados das análises de moraram muito a
sair, o Departamento de Pesca e Aquiculltura da SMM MA, optou por
p minimizaar a divulgaçção da
camp panha pelo consumo
c de ostras depuuradas, deixaando a critérios dos ost reiros depurrar ou
não sseus produtoos.

A Ematerr‐PR, entidad de co‐respo nsável pelass UMDMs, foi informadaa oficialmen nte da
necesssidade de normatização
n o do processso de depuraação e de certificação daas ostras parra que
o muunicípio pudeesse oficializzar uma lei m omercializaçção de ostras sem
municipal prroibindo a co
depuração no mercado municipal. Porém m, este proccesso segue indefinido aaté o mome ento e
não h
há obrigatoriiedade de de epuração dass ostras comercializadas..

Atualmen
nte a UMDM M de Guaratuuba está senndo gerida pelo
p departa mento Guarratuba
S.A, p
pertencente à prefeitura
a municipal e que ainda estuda
e a melhor forma dde gerir o referido
emprreendimento o. A unidadee ficou algunns meses fo
ora de opera
ação e voltoou a funcion nar no
início
o de 2010.

2.3.6.6 Campanha
C de markeeting e con
nscientizaç
ção

Como houve pouca receptividade


r e inicial em relação ao processo
p de depuração, tanto
por p
parte dos osttreiros, como pelo própprio público consumidor,
c foram realiizadas campanhas
de co
onscientizaçãão sobre a necessidade e as vantage ens de depurração do prooduto. Na occasião,
m confeccionados folde
foram ers, banner educativo, realizadas reuniões
r comm os ostreiiros e

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 39
realizzadas visitass à unidade depuradoraa. O próprio o governo do Estado doo Paraná realizou
camp panhas de marketing
m jun
nto a TV PR EEducativa, co
om inserçõess diárias na ssua program
mação,
além de matériass nos jornais locais e regi onais.

Na oportunidade, ho ouve uma gr ande procurra pelo prodduto depuraddo, o que acabou
facilittando o pro ocesso de assimilação
a por parte dos
d ostreiro
os quanto à necessidad de de
depuração do pro oduto. Os osstreiros foram
m incentivad
dos a comercializarem seeus produtos com
preço os diferenciados, mas isso acabou nãão ocorrendo o.

2.3.6.7 Entraves
E para o suceesso das UM
MDM

Dentre os principais problemas eenfrentados na gestão e implementtação das UM MDM,


destaaca‐se a própria definiçãão do local ppara implanttação da Unidade. Em G
Guaratuba, a água
utilizaada para a depuração
d é captada na bbaía de Guarratuba, em uma
u área próóxima a ponttos de
descaarga de esgo oto doméstiicos. No m unicípio de Paranaguá, a água vem m do rio Itib
berê e
tamb bém está sujeeita aos lançamentos de esgoto e efluentes indusstriais.

Outro enntrave apressentado connsistiu no deficiente


d accompanhameento técnico o dos
fabriccantes dos equipamento
e os que, de fforma geral, realizaram várias adapttações estru
uturais
para que a depuradora efetivamentte funcionaassem. Não o houve taambém nenhum
envolvimento do os produtore
es de ostras no que se refere ao processo de depuração e, até
preseente momen nto, nenhum
ma ostra oriuunda dos culltivos marinhhos da baía de Guaratuba foi
depurada na unid dade municip
pal.

Os cultivos realizado
os no CEP, ppor sua vez, são mais artesanais
a quue os da baaía de
Guaraatuba e a im
mensa maiorria das ostra s cultivadas vem do exttrativismo. N
Neste caso, há
h um
probllema a maiss a ser consid
derado quanndo do estabelecimento o de normatiivas a respeito da
depuração de mo oluscos. Com
mo a sobrevidda das ostras fora da águ
ua é de apennas alguns dias, as
ostras são vendid
das durante o dia e manttidas durantee a noite em águas próximmas às cidad
des de
Paran
naguá, para retornarem
r aos
a mercadoos no dia segguinte (Kolm & Absher, 22008).

2.3.7
7 Comerccialização
2.3.7.1 Guaratuba
G

Em Guaraatuba, o prinncipal pontoo de comercialização de ostras nativaas Crassostrea sp.


oriun orre em umaa estrutura anexa
ndas do extraativismo, oco a ercado Muniicipal João Batista
ao Me B
de MMiranda. Nesste, encontrra‐se uma áárea especifica para a comercializa
c ação de moluscos
2
(ostraas e marisccos) e de ca aranguejos ccom aproximmadamente 80 m . A áárea de ven nda é
distribuída entree os vendedores sob um ma bancadaa, perfazendo um total de oito esp
paços,
destees, dois comeercializam ap
penas carangguejos.

A dinâmica de venda a apresentadda pelos ostreiros baseia


a‐se na aborrdagem individual
dos cclientes, haveendo casos em
e que a osttra é oferecid ustação no prróprio local.
da para degu

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 40
Atualmennte, comercializam ostra s no mercad do municipal seis ostreiroos. Destes, quatro
q
têm a atividade como
c princip
pal fonte de renda duran nte todo ano
o, trabalhanddo diariamen nte no
local.. O restantee comercialiiza ostras a penas nos feriados e na temporaada de verão. Há
tambbém pequeno e venda ondee são comerccializadas ostras em mennores quantidades
os pontos de
e, em
m períodos deefinidos (fériias de julho, feriados e te
emporada dee férias de veerão).

85% do montante
m de
e ostras com
mercializadas no mercadoo municipal dde Guaratubba são
adquiridas no mu
unicípio de Paranaguá,
P m
mediante com mpra direta de
d extratorees deste munnicípio
e do município de
d Guaraque eçaba, além de alguns poucos atrave essadores quue trabalham
m nos
dores do merrcado municipal de Parannaguá.
arred

A comerccialização se dá na formaa de caixas de


d ostras, co
om aproximaadamente 15 5 a 20
dúziaas/caixa, dep
pendendo do o tamanho dda ostra que se deseje adquirir. O vaalor da caixa
a varia
entree R$ 20,00 e 30,00, de accordo com o tamanho daa ostra ou peela quantidadde a ser adquirida
e freqquência de compra.
c Geralmente, neesta transaçãão há a necessidade de ppagamento a vista
pelo produto.

Em Guaratuba o resstante da prrodução com mercializada (15%) é cooletado junto aos


mangguezais e cosstões rochossos da baía dde Guaratub
ba, realizado tanto por pparte dos pró
óprios
ostreeiros como por
p coletoress que vivem desta ativid dade. Além dos
d coletorees tradicionaais, no
verãoo, vários joovens merggulhadores retiram osstras fixadas nos costtões rochossos e
comeercializam co
om os ostreirros.

Não existte uma estattística efetivva quanto à quantidade de ostras coomercializaddas no


mercado municip pal de Guaratuba, até meesmo pela faalta de um controle
c efettivo das entidades
ligadaas ao setor. Na tempora ada de veranneio 2007/2008, desde a inauguraçãão da depurradora
de moluscos de Guaratuba,
G em
e 19/12/20007, até 30/0 03/08, foram
m depuradas e comercialiizadas
aproxximadamentte 13.000 dú úzias de osttras neste estabelecime
e ento. Este nnúmero confforme
relato
o dos ostreirros locais, po
ode significarr menos de 50%
5 no totall efetivamennte comercializado
no local pois, esse mesmos ostreiros
o se mmostram ainda bastante céticos quannto à necesssidade
ou effetividade daa depuração o. Na maioriia das vezes, eles inform
mam ao cliennte que as ostras
passaaram pela deepuração qua ando na verddade não passsaram.

Apenas dois
d ostreiroos comerciallizam ostrass para fora do municíp io de Guara
atuba,
levan
ndo‐as para Joinville‐SC.
J

Segundo a Associaçã ão Guaratubaana de Marricultores (AG GUAMAR) fooram cultiva adas e


comeercializadas aproximadamente 60.0000 dúzias no n ano de 2008, sem incluir as ostras
comeercializadas pelos
p ostreirros que atua m na região do mercado o municipal. Sendo que, cerca
de 855% da produção foi come ercializadas ddurante a te
emporada dee veraneio. A prática de venda
v
se dáá apenas den ntro do próp prio municíppio, tendo co omo principa
ais pontos dee comercialiização
de osstras cultivad
das os pontos de venda aapresentadoss na Tabela 4.4

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 41
Tabe
ela 4. Principa
ais pontos de venda de osttra no município de Guarattuba.
Po
onto de vendaa Loccal
Banca do Cebola Cabaraquara
C
Cozinha Comu unitária Cabaraquara
C
Cultivo do Bettinho Ilha da Pescaria
Cultivo do Maauro Ilha da Pescaria
Ilha do Braço Seco Caieiras
C
Mercado mun nicipal Centro
C
Mercado Público das Caieira s Cabaraquara
C
Peixaria do Trrajano Caieiras
C
Recanto das Ostras
O (Tio Lulu ) Cabaraquara
C
Restaurante Mole
M Caieiras
C
Restaurante Vivere
V Parvo Cabaraquara
C
Sítio Nova Era
a das Rosas Cabaraquara
C
Sítio Sambaqu ui Cabaraquara
C

Com relação aos preçços praticadoos no comérrcio local há diferenciaçãão de acordo o com
o tam
manho das ostras.
o No mercado
m munnicipal existe
em três tam
manhos para comércio (ostras
pequenas, médiaas e grandes), com o preeço variando o entre R$ 6,,00 e 18,00//dúzia. Ressaalta‐se
aindaa que os preçços praticado
os costumem
m variar na hora
h da compra em virtuude da quanttidade
adquirida pelo cliente ou até é mesmo peela negociaçãão entre osttreiros x clieentes. Já as ostras
produuzidas peloss maricultores são commercializadas de forma padronizadaa com relaçã ão ao
tamanho (aproxim madamente 8,0 cm).

2.3.7.2 A comercia
alização de ostras no
n Complexo Estuariino da Baíía de
P
Paranaguá
á

As ostrass produzidas nos cultivvos do CEP P são vendidas principaalmente vivvas. A


capaccidade que asa ostras poossuem de ppermanecere em vivas durrante algunss dias após serem
s
retiraadas da águaa pode ser considerada uum fator positivo para a comercializzação do pro
oduto,
pois permite o transporte e e acondi cionamento sem a necessidade de refrigerração.
Eventtualmente e de forma muito pouc o frequente e, as ostras são vendidaas aferventaadas e
desco onchadas. Nesses casos, a carne dass ostras é co
olocada em sacos plásticcos e o prodduto é
vendido a quilo.

Geralmen nte ocorre a limpeza e escovação das ostras antes a da coomercializaçã


ão. As
ostras podem serr vendidas em dúzias ouu, para maiores quantida ades, em caixxas. A quanttidade
de osstras em uma caixa pode e variar entr e 15 e 25 dú
úzias de ostrras, dependeendo do tammanho,
que vvaria entre 7 e 12 cm de altura.

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 42
Figgura 7 ‐ Produ
utor de ostra
as do Compleexo Estuarino de Paranaguá
á e suas ostraas prontas parra a
coomercializaçã
ão.
Fonnte: Instituto GIA.
G

Em geral percebe‐se uma falta d e padronização dos tam manhos com que as ostra as são
vendidas. Na maaioria das co omunidades elas são apresentadas em e caixas q ue podem conter
c
classees de tamanho e quantid dade variáveeis. Essas carracterísticas comprometeem a precisã ão das
informmações a resspeito dos preços de vennda das ostraas. A comerccialização dass ostras cultiivadas
peloss pescadores ocorre de e maneira bastante he eterogênea. A interaçã o entre alggumas
variabilidades loccais e outras que se mannifestam em nível de indivíduo deterrmina quais canais
c
de eescoamento da produ ução podem m ser ou efetivamentte serão eexplorados pelos
ostreeicultores.

Com basee no trabalh ho de Caldei ra (2004) é possível fazer uma com mparação entre os
preçoos pagos noss distintos ca
anais de com
mercializaçãoo. Para isso, será
s analisadda aqui uma única
classee de tamanhho: a de ostrras com aprooximadamen nte 10 cm de e altura, senddo que uma caixa
de osstras dessa altura contémm 20 dúzias.

A forma de comercia alização maiss difundida entre as com munidades ddo CEP é a venda
v
nas ppróprias localidades (Tab
bela 5). Os coompradores que adquire em as ostras nas comunidades
são ggeralmente turistas que passam
p pelass vilas. Essess compradore
es pagam oss preços maiss altos
pelass ostras, enttretanto, seggundo depooimentos de entrevistad dos de algummas comunidades
onde ocorre esssa forma de e comerciali zação, a ve enda local de
d ostras occorre de ma aneira
bastaante pulverizzada e, normalmente, em m pequenas quantidades
q .

A cidade de Paranagu d comercialização das oostras cultiva


uá é o princiipal centro de adas e
extraídas no CEEP. Uma fo orma bastannte frequen nte de com
mercializaçãoo das ostras nas
comuunidades vissitadas é a venda paraa o MMP. As vendas para os com merciantes desse

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 43
entreeposto são realizadas
r em
m maiores qquantidades quando com
mparadas coom a venda local,
porémm, os preçoss pagos são menores.
m

Em algum
mas comunid dades, instituuições goverrnamentais prestaram
p a ssistência po
or um
temppo para o esccoamento da a produção, o que contriibui para umm melhor resuultado econô ômico
obtid
do através daa ostreiculturra. As comunnidades de Puruquara
P e Medeiros dee Baixo receb beram
o auxxílio da EMATTER para o escoamento
e de parte da produção, seendo que oss preços pago os são
bem maiores do que q os pagos pelos comeerciantes de Paranaguá (Tabela 5). N Na comunida ade de
Europ pinha, uma iniciativa da
d Prefeituraa Municipal de Paranag guá possibillitou a vend da do
produ uto dos culttivos em feirras montadaas em Curitibba. Essa iniciativa, mesm
mo restrita a uma
ocasião ou final de semana a, teve seuss resultadoss positivos, uma vez qque possibilitou a
efetivvação de conntatos comerciais entre oos produtorees e comerciantes de Cu ritiba, que podem
p
pagarr maiores preços pelas ostras.

Tabeela 5. Canais de
d comercializzação das ost ras, número de
d comunidad
des onde foi vverificado e preços
p
pagos aoos produtores (CEP‐PR).
Númeero de Preçoo das ostras
Comercialização comunidad
des onde foi
verifiicado ((R$/dz)

Mercaado Municipal de Paranagu uá 7 1,000 a 1,25


Vendaa direta na comunidade 9 2,550 a 5,00
Intermmediários da própria
p comunidade 3 0, 50 a 0,75
Contaatos em Parannaguá 5 1,50
Intermmediários "de fora" 2 0, 50 a 0,75
"Via EEMATER" 2 4,00
Restaurantes e commerciantes de Pontal do
1 1,75
Paranná
Restaurantes e commerciantes de Curitiba 1 3,00
FFONTE: Caldeira (2004)

Para com
mpreender melhor
m o effeito das differentes forrmas de com mercialização nos
resulttados econô
ômicos dos empreendim mentos vamo os estimar o que será aaqui chamad do de
Taxa de Intermeddiação (TI), que
q deve ser entendida como
c a diferença (em poorcentagem) entre
o preeço pago ao produtor pelos distintoss compradores e o preço o em que o pproduto é veendido
11
ao co
onsumidor finnal, considerrado ostras ccom 10 cm de altura, ven
ndidas a R$ 33,00/dúzia .

Na Tabelaa 6 são apreesentadas ass Taxas de In ntermediação o, de acordoo com os disstintos


canaiis de comerccialização utilizados peloss ostreicultores do CEP.

11
Essee valor corressponde ao prreço a que essse produto é oferecido ao o consumidorr (tanto consuumidor
final, quanto comeerciantes ou donos
d de restaaurantes) na “Casinha da Ostra”
O do Meercado Municiipal de
Parannaguá. Nesse local,
l os preço
os são de 2 a 5 reais a dúzia, de acordo com
c uma escaala de tamanh
ho não
muito o definida. Os tamanhos va ariam, normallmente, de 7 a 12 cm de altura. Eventuaalmente pode em ser
vendidas ostras com mais de 12 2 cm de alturaa, provenientes do extrativvismo. Os preeços acompanham o
taman nho das ostras e podem chegar a R$ 8,000.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 44
Sobre as ostras vend didas para oos comerciantes do MM MP ocorre, aaté a chegada ao
consuumidor final,, um acréscimo de 172%% sobre o quue é pago ao o produtor. JJá sobre as ostras
vendidas para ouutros contatoos comerciaiss em Paranaaguá ocorre, até a chegadda ao consumidor
final, um aumentto de 100% sobre o val or pago aoss ostreicultores. Sobre aas ostras ven ndidas
para intermediárrios (da próppria comuniddade ou "dee fora"), a ta
axa de interm
mediação ch hega a
377%%.

Para os canais
c de comercializaçãão venda loccal, restaurantes, comerrciantes de Pontal
P
do Paaraná e resttaurantes e comerciant es de Curitiba, a ausên ncia de inforrmações sobbre os
preçoos de vendaa praticados por esses ccompradoress impede a realização dde estimativvas de
sobree as Taxas dee Intermediação.

Tabeela 6. Taxas de
d intermediaação na comeercialização de e ostras oriun
ndas do Compplexo Estuarinno da
baía de Paranaguáá, do produtoor até o consuumidor final. Considerando
C o‐se o preço dde R$ 3,00/dúzia de
ostras médias,
m com aaproximadam mente 10 cm de altura.
Canal de comerciallização d Intermediaação12
Taxa de
Ostras vivas
Merccado Municipa al de Paranagguá 172%
Vendda local Sem dados
Interrmediários da vila 377%
Conttatos em Paranaguá 100%
Interrmediários de fora 377%
"Via EMATER" 0%
Restaaurantes e comerciantes dee Curitiba Sem dados
Restaaurantes e comerciantes dee Pontal do Paaraná Sem dados
Ostra afervventada e desmariscada
Interrmediários 100%
FFonte: Caldeirra (2004)

As ostras aferventada
as e desmariiscadas são vendidas
v pellos produtorres/extratore
es nos
boxess internos do MMP. É interessannte notar que q para see obter um quilo de ostras
afervventadas e desmariscadas é neccessária aprroximadamente meia ccaixa de ostras. o
Consiiderando o preço
p de venda de umaa caixa de osstras vivas para os inter mediários da vila,
perceebe‐se que o valor pago aos produutores pelass ostras aferrventadas e desmarisca adas é
meno or que o valor pago pelas ostras ainnda vivas. Assim,
A os pro
ocessos de ttrabalho extrra e a
utilizaação de outtros meios de
d produção como gás, lenha e pan nela, não sãoo recompen nsados
pelo mercado, en ntretanto, essa perda se eexplica pela necessidade
e de obter di nheiro.

As condiçções de higiene durantee o desconch


hamento, via a de regra, sãão absolutam
mente
precáárias, sendo realizada em presença de animaiss domésticoss, de esgotoo , com uten nsílios
inaprropriados e sem
s qualquer condição dde conservação (vide Figu
ura 8).

12
A fó
órmula utilizad
da foi: TI = ((((PCF‐PPP)*10 0)/(PPP)), ond
de TI é a Taxa de Intermediiação, PCF é o Preço
ao Co
onsumidor Final estipulado (R$ 3,00 a dúúzia) e PPP é o Preço Pago ao a Produtor cconforme o ca anal de
comercialização.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 45
Figuraa 8 ‐ Conjuntto de imagenss que mostram
m as condiçõe
es precárias de higiene e coonservação em que
as ostras sãão desconchad
das para vendda em alguma
as comunidad des do litoral pparanaense.
Fonnte: Instituto GIA.
G

O escoammento da pro odução podee ser considerado outro elo bastantte frágil da cadeia
c
produutiva da osttreicultura praticada
p noo CEP. Em 69%6 das vila
as visitadas a dificuldad
de em
comeercializar a produção é consideradda o princip pal entrave para o dessenvolvimento da
ativid
dade. Isso foi verificado
o tanto em comunidad des onde oss resultadoss econômico os são
considerados inssatisfatórios, quanto emm comunidad des onde oss resultadoss econômico os são
considerados possitivos. De uma
u maneiraa geral, perccebe‐se que os canais dee comercialiização
mais compensató órios não sãão acessíveiss a todos oss produtoress e proporci onam venda as em
pequenas quantid dades.

A comerccialização "vvia EMATER"", por exemp


plo, além de
e restrita aoos que receb
bem o
mpanhamento contínuo dessa instituuição, ocorre
acom e de maneirra esporádicca e é insuficciente
para escoar a pro
odução desse es ostreicultoores.

Por sua vez, a ven nda local dee ostras, embora pressente em ggrande parte e das
comuunidades vissitadas, ocoorre de maaneira extre emamente pulverizada.
p A eficiência ou
importância dessse canal de comercializa
c ção é influenciada, principalmente, pela presennça ou
passaagem de turistas pelas comunidades
c s onde ocorre a ostreicu ultura. Na V
Vila das Peças, por
exem
mplo, o fluxo relativamennte intenso dde turistas, principalmen
p te durante o verão, geraa uma
demaanda que pode chegar a 200 dúzias dde ostras por produtor num final de semana. Tam mbém

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 46
é inteeressante no
otar que a venda local oocorre em to odas as vilas onde é utiliizada a técnica de
cultivvo em long‐line. Isso su
ugere que esssas estruturas de cultivvo podem eestar funcion nando
como o "outdoors"", chamando o a atenção dos turistas que passa am pela regiião e que, então,
e
procu uram os communitários para
p adquirirr ostras. Em outros casoos, o caráteer inexpressivo do
turismmo nas proximidades das áreas de ccultivo contriibui para a baixa
b eficiênccia desse can
nal de
comeercialização, todavia, diante de dificuuldades de acesso
a a outros canais d e comercialiização
(princcipalmente em
e função da falta de em mbarcação adequada)
a alguns produttores se limitam a
comeercialização exclusivamen
e nte local.

A capacid dade de negociar, o em mpenho na busca de compradores


c s, a sorte para
p a
efetivvação de contatos
c com mercias e, principalme ente, a disp ponibilidade de embarrcação
adequada para o transportte da proddução influe enciam signiificativamen te os resultados
econô ômicos obtiddos com os cultivos.
c Limiitações nesse presentadas por boa partte dos
e sentido, ap
produ utores, resulltam num altto grau de inntermediaçãoo na comerciialização dass ostras.

Além de compromete
c er os resultaddos econômicos obtidos por alguns eempreendim mentos
e coontribuir para que a ostreicultura
o a se transforme num elemento de recriaçã ão da
difereenciação soccial, a interm
mediação daa comercializzação da produção certtamente con ntribui
para uma maior pressão so obre os banccos naturaiss de ostras, pois para aatingir resultados
econô ômicos razoááveis os proddutores neceessitam vendder grandes quantidades
q s de ostras.

2.3.7.3 O
Ostras em Guaratubaa e em Porruquara: os
o grandess contraste
es na
c
cadeia produtiva da ostra no Paraná
P

Guaratub
ba e Paran naguá podeem ser considerados os "princippais centro os de
comeercialização de ostras" do litoral paaranaense. Mas,
M para efeitos
e de ddemonstração dos
contrrastantes exxistentes no estado, a seguir será feita uma compparação enttre a
comeercialização de
d ostras na região de G uaratuba e em
e Poruquarra, localidadee do municíp
pio de
Guaraaqueçaba e que
q se localiza no entornno de importtantes unidades de conseervação.

A comunidade de Poruquara estáá localizada entre os moorros do Broonze e Poruq quara,


próximo ao rio de mesmo noome. A comuunidade estáá inserida naa Área de Prroteção Amb biental
(APA)) de Guaraqueçaba e cercada por o utras importtantes Unida
ades de Con servação, co omo o
Parqu
ue Nacional do Superagu
ui e Estação EEcológica de
e Guaraqueça
aba. O acessso a esta vila se dá
tanto d Morro do Bronze (a distânciia até Guaaraqueçaba é de
o por terraa, através do
aproxximadamentte 8 km); como por m mar (a distância é de aproximadam
a mente 13 km k de
Guaraaqueçaba e 35
3 km de Paranaguá).

A população de Poru uquara está distribuída em aproxim madamente 119 famílias. A vila
possuui água encaanada vinda de nascentees dos morro os próximos e a maioriaa das casas possui
p
fossa séptica. Apesar da proxximidade co m Guaraque eçaba, a redee elétrica ainnda não cheegou à
comu unidade. Porr este motivo
o, a geração de eletricidaade se dá atrravés de umaa precária reede de
placaas solares qu
ue fornecem energia apeenas para lâm mpadas, rádios e poucoss televisoress. Não
há esscola, nem poosto de saúd
de, correio o u telefone (aaparelhos celulares dificiilmente pega
am). A

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 47
maior parte das crianças
c e jovvens atualm ente estuda em Tibicang
ga (ensino fuundamental até 4ª
série)) e poucas em
m Guaraqueçaba (a part ir da 5ª série
e).

De maneeira geral, a maricultuura na comunidade do o Poruquaraa é caracterizada


principalmente pela
p extraçãoo de ostras dde bancos naturais
n (e sua engorda em estruturras de
cultivvo, como lanternas e travvesseiros), s ua comercialização em caixas
c (e nãoo por dúzias) e por
ser extremamentte sazonal. A grande maaioria das pe essoas envolvvidas na ativvidade não possui
p
ostras ao longo de
d todo o ano. A engordaa começa no o início de março,
m quanddo os maricuultores
comeeçam a form mar seus estooques para vvenda a partir de outub bro, época eem que se in nicia o
aumeento da demanda por osttras no litoraal do Paraná e São Paulo. Na época ddo defeso da a ostra
(de 118 de dezembro a 18 de fevereiro)13, contudo, a comercialização na com munidade cai, pois
Poruq quara passa a não vend der as ostraas para seu principal po onto de ven da, Cananéia, SP,
deviddo à proibição e a maio or fiscalizaçãão nesse esstado. Neste e período, oos produtore es são
obriggados a declaarar ao IBAMMA os estoqques que serrão comercia alizados e, ccomo as ostrras de
Poruq quara vem de bancos naturais, a comunidade passa então e a deddicar‐se à pesca,
p
principalmente a de camarão o.

Apesar dessa
d fragilid
dade na caddeia produtivva, pode‐se dizer que a comunidade de
Poruqquara possui uma relaçã ão bastante antiga com as ostras. Há relatos de moradores desta
vila q
que trabalhaam há mais de d 36 anos coletando e comercializando ostras na região. SeS for
comp parado com Guaratuba,, por exempplo, é posssível observar que a m média de anos de
experriência dos produtores
p de
d Poruquaraa é o dobro de Guaratuba. Guaratubba possui, porém,
maior desenvolvvimento da atividade e produtores mais capacitados.c Em relaçãão ao
treinaamento paraa a atividade e, por exempplo, tem‐se que
q os produutores de Guuaratuba posssuem
uma média de seeis cursos desde quando começaram a trabalhar, enquanto qque em Poruquara
os produtores não possuem nenhum
n cursso (Figura 9)..

Figuraa 9 ‐ Média de
d anos de expperiência trabbalhando com m ostras em Poruquara e G Guaratuba (em
m azul)
e a média de currsos técnicos feitos na ativvidade pelos produtores
p da
as duas regiõees (em vermelho).

13
Porrtaria SUDEPE no. N‐40, de 16
1 de dezembbro de 1986 – válida para o litoral do Esttado de São Pa
aulo e,
no Esttado do Paran
ná, para as Baías de Antoninna, Paranaguáá, Guaraqueça
aba e Pinheiroos.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 48
Ao longoo dos anos, alguns projeetos relacionados à ma aricultura forram iniciado
os em
Poruqquara, mas com diferen ntes objetivoos. O primeeiro deles fo
oi o Projetoo Baía Limpaa, que
nasceeu em 1995 com a ideia a de mobilizzar os pescadores artesaanais para a recuperaçã ão dos
estoq
ques naturais, através da d limpeza e despoluiçção da baía de Guaraq ueçaba. Alé ém do
pagammento por serviços
s de limpeza e a entrega de cestas básicas, também m foram entrregues
lanternas, travessseiros, bom mbonas e caabos para o cultivo de e ostras em Poruquara. Este
mateerial é ainda em parte utilizado e ffoi entregue e pela EMAT TER (Institutto Paranaense de
Assisttência Técnicca e Extensão Rural).

Aproximaadamente 10 1 anos
depois, o CPPOM M, iniciou o Projeto
Ostraa Nativa, qu ue continua até os
dias aatuais e quee tem como um dos
seus objetivos a distribuição de
semeentes de osttras nativas para as
comu unidades do o litoral do Paraná.
Poruqquara foi umma das comu unidades
conteempladas, em 2007. Essas
semeentes, porém m, continua am nas
estruturas de cultivo (ain nda em
2010), pois não o atingiram o seu
Figura 10 ‐ Imagem de se
ementes de oostras distribu
uídas
tamanho comerccial, e por issso não foi
para a Comunidadee do Poruqua ra em 2008.
possíível a sua comercializa
c ção até o
Fonte: Instituto GIA
mommento.

Após essaas duas inicia


ativas, segunndo relato dos moradorees da comunnidade, não houve
h
mais nenhum ou utro projeto na região. Atualmente e, são aproximadamentee 11 famílias que
trabaalham com ostras
o em Po oruquara, seendo que o único apoio à atividade se dá atravvés da
EMATTER, que esporadicamente realiza aalgumas visiitas à região o e iniciou o pedido dee uma
licençça de funcion
namento parra os cultivoss.

ormações, relacionadas à falta de apoio técnicco contínuo à maricultu


Estas info ura na
região, contrastam com a importância quue o comérccio de ostra tem para Pooruquara, já que a
dade é um dos principaiss recursos ecconômicos da comunidade (como ditto anteriorm
ativid mente,
repreesenta, em alguns casos, até 50% da renda familiar mensal).

Além dissso, essa falta


a de apoio coontrasta também com a existência
e dee áreas prote
egidas
na região (Unidad des de Conse ervação de PProteção Inte ão Ecológica de Guaraqueçaba
egral ‐ Estaçã
eoP Parque Nacio onal de Superagui), poiss à falta de ordenamento no uso ddessas áreas pode
levar a conflitos com
c famíliass que provavvelmente usaam esses esp paços para exxtração de ostras.
o
Segunndo o Sisteema Naciona al de Unidaades de Con nservação (S SNUC, 20000) fica proib bida a
explo
oração ou co oleta de reccursos naturrais em unid dades de pro oteção integgral, admitin
ndo‐se
apenas o aproveitamento ind direto de se us benefício
os. Caso a exxploração doos bancos na aturais
estejaa ocorrendoo dentro desstas áreas pprotegidas, vizinhas
v à Po
oruquara, a cadeia prod dutiva

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 49
local estaria sujeiita a práticass ilegais; ma is um motivo para que projetos
p de m
melhoramen nto de
técnicas de produ ução e mane ejo de ostras sejam imple ementados com urgênciaa na região.

Outra caaracterística marcante da atividade em Poruquara é a grande disttância


percoorrida tanto para a exp ploração doss bancos natturais, comoo para a com mercialização dos
produutos. A aparrente e comentada faltaa de bancos naturais pró óximos à coomunidade (o que
aponta para um possível
p com
mprometimennto dos banccos naturais locais, prováável gargalo nessa
cadeiia produtiva), levam a uma necessiddade de esfo orços crescen
ntes para caaptura do recurso.
Um eexemplo disso é o caso o de famíliass que realizam viagens de até trêss dias aos bancos
b
naturrais de ostraas mais dista
antes. Há tammbém relatoos de moradores que dizzem que ao longo
dos aanos, apesar do aumento o do esforçoo na captura do recurso, o volume d e ostras extraídas
dos oos bancos naaturais tem diminuído, indicando taalvez uma su uperexploraçção das ostrras na
região (não apen nas por morradores de Poruquara, mas de outtras comuniddades da ba aía de
Guaraaqueçaba) ouo ainda um manejo incoorreto de baancos próxim mos aos loca is de engord da das
ostras. Vale salienntar, contudo, que não hhá nenhum monitoramen
m nto contínuoo da atividade e as
presssões aos bancos natura ais devem sser mais bem estudada as para se ccaracterizar esses
efeito
os.

Essa dinââmica na exploração doos bancos naaturais de osstra influenccia diretame


ente a
comeercialização. Como existe
em diferentees comunidad des e famílias que trabalhham com ostra na
baía de Guaraqueçaba, e é comum
c os reelatos de qu
ue falta o produto próxi mo a eles, há
h um
aumeento dos gasstos para se buscar a osttra em lugare
es mais dista
antes, o que faz com que e haja
um aaumento noss preços ao longo do aano, sem que haja um aumento a reaal no ganho
o dos
mariccultores.

Este perfiil de aumentto nos preçoos das ostras acaba sendo prejudiciall, portanto, para
p a
comu unidade e paara os estoqu
ues naturais, já que a ativvidade vem sendo
s regulaada pela dem
manda
esporrádica e difu
usa pelo prodduto. Isto siggnifica que as
a comunidades recebem m os "pedidoos" ou
"encoomendas" do os seus commpradores (eem geral do estado de São S Paulo) e vão à buscca das
ostras. Quanto mais
m longe, maism caras aas ostras pre ecisam ser comercializad
c das. Com o preço
elevaado e o aum mento na co oncorrência em algumass épocas do o ano, há hooje um cresscente
desesstímulo à atiividade, que poderia pel o contrário ser
s uma alte ernativa de rrenda à popuulação
local..

A Figura 11 mostra essa


e questãoo do preço crescente
c da
a caixa de osstra em rela
ação à
diminnuição na prrodução. Va
ale ressaltar que o valor da ostra comercializad
c da em Poruquara
aindaa é muito baixo
b quando comparaddo a outras localidadess e possui ssim, potencial de
melhoramento, mas
m o que se s quer cham mar atençãoo aqui é a relação da a lta de preço oe a
diminnuição na ob
btenção e en
ngorda de osstras, e não à possibilida
ade de se ag regar valor a esse
produuto.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 50
Figura 11 ‐ Comercializaçã
C ão de ostras eem Poruquaraa. Relação enttre a oferta e o o preço de
coomercializaçã
ão.
A linha azul no gráfico acima ddemonstra um m aumento no preço daas caixas de ostras
comerciaalizadas ao lo
ongo dos anoos, provavelm mente em deccorrência da falta de ostras nos
bancos naturais e o aumento do esforço paraa obtê‐las. Já a linha verm melha demon nstra a
diminuiçção do volumee de ostras coomercializadass.

Ao se anaalisar, então
o, os preços praticados pela
p comunidade do Porruquara na venda v
de osstras, é precciso comenta ar que apesaar do aumen nto ao longo o dos anos, o valor é um m dos
mais baixos pratticados no litoral do Pa raná. Se forrem transforrmados os vvalores das caixas
comeercializadas em Poruqua ara em dúziias (cada caaixa tem aproximadameente 25 dúzzias) é
possíível observar que os prreços variam m entre R$ 1,00
1 a R$ 1,40/dz. Já eem Guaratub ba, os
valores giram em m torno de R$ 6,00 a R R$ 18,00/dz vendidas in n natura (ouu seja, podem ser
das para casaa ou simplessmente aberrtas e servidaas sem adiçã
levad ão de nenhuum ingredien nte ou
proceessamento). Isso se devve ao fato, principalmente, do alto o valor agreegado à ostrra em
Guaraatuba: trein namento do os maricultoores; forma de comerccialização (m maior marke eting);
análisses sanitáriaas contínuas (realizadas pelo Projeto
o Cultimar); organizaçãoo dos maricu ultores
para participação o em feiras e maior conntato com o consumidor final (maioor organização da
cadeiia produtiva e da atividade do turism mo). Além dissso, falta esttruturação bbásica da ativvidade
em PPoruquara, poisp as pesso
oas que trabbalham com m ostra não consideram se quer as horas
trabaalhadas para obtenção do o recurso noo seu preço final. A Figurra 12 mostra uma compa aração
dessees valores.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 51
Figu
ura 12‐ Preço médio praticcado por cadaa produtor de ostra em Gua
aratuba (azul)) e em Poruqu
uara
(vermellho) em abril de 2010.

Quanto ao
a destino final das ostrras de Poruq
quara, tem‐se que aproxximadamente e 95%
da produção é enviada
e paraa Cananéia (SP). Os ouutros 5% sãoo destinadoos aos turistas ou
atravvessadores vindos
v de Gu uaraqueçabaa, Paranaguáá ou Pontal do Sul. A ffigura 9 mostra a
principal rota de comercializa
ação dessa p rodução.

A CADEIA PR
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A NO PARANÁ 52
Cananéia-S
SP

Caminho percorrido pelos mmaricultores


de Poruquarra para come ercializar a
maioria das suas ostras (6 6 horas de
viagem e uma
a distância de 6
60 Km).

Poruqua
ara-PR

M ês
ê Jan
n F ev M ar Abr Mai Jun
Engordaae Engorrda e
C oleta de Coleta d e
A tiividad e De feso* D feso*
De Vendas Vendaas
Sem entes Semente es
Es porád
dicas Esporrádicas
M ês
ê Jul Ago
A Set Out No v D ez
En gorda e E
Engorda e Engorda e
Venda Venda
A tiividad e Ve ndas V
Vendas Vendas D efes o*
Turistas Turistas
Esporádicas E
Esporádicas as
Esporádica

FFigura 13 ‐ Mapa mostranddo a principall rota de distrribuição de osstras oriundass da comunidade do


Poruquara e, abaixo do mesmoo, um calendá ário com a sazzonalidade daa atividade.

2.3.8
8 Principais entrav
ves e camiinhos para
a o desenv
volvimento
o comercia
al da
ostreicu
ultura paranaense
Não há nenhuma dúvvida que o cuultivo de osttras C. brasiliiana é atividdade aquícola
a com
maior vocação e maior prob babilidade dee sucesso naas baías do litoral parannaense. Por outro
lado há desafios bastante graandes a sereem superadoos para que a atividade sse desenvolvva em
patammares minim mamente susstentáveis. NNeste caso, isso significa conseguir conciliar prráticas
ntes, com a utilização racional dos recursos naturais dissponíveis e ainda
aquíccolas eficien
nça comercial quer garaanta marge
propiiciar seguran ens de lucro minimamennte atrativass para
aqueles que se deedicarem a este
e tipo de eempreendim mento.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 53
Quando ses conversa com os atoores dessa caadeia produttiva, não rarro o problem ma da
falta de sementees é o primeiro que é ccolocado em m discussão.. De fato, aiinda não há
á uma
produ ução regularr e em grande escala em virtude da espécie
e alhada peloss produtores ainda
traba
estar em fase dee desenvolvimento tecn ológico por parte do CP PPOM/PUCPPR. Mas, com mo foi
ressaaltado anterriormente neste
n estud o, os prod dutores paraanaenses nãão estão sequer
acosttumados a trrabalhar com m sementes, utilizando juvenis e mesmo ostras qquase terminadas
em seeus cultivos. Essa prática
a terá que seer inteiramen
nte abolida quando
q da im
mplementaçã ão dos
PLDMM, pois os sinnais de impaactos e mesm mo de esgotaamento dos bancos natuurais são basstante
evideentes.

O que se sugere aqui é a adoção de um progrrama de capttação de semmentes a parrtir do


uso d
de coletores,, em paralelo
o à produçãoo comercial. Este processso pode se dar em para
alelo à
produução de sem mentes em laboratório e a um proggrama de capacitação téécnica e extensão
aquíccola aos prod
dutores que manifestare m interesse na atividade
e.

oblema aparentemente impensável, mas que terá que serr encarado para
Outro pro p o
desen o dos PLDM paranaense é a ausênciia ou precarriedade de rrede telefônica na
nvolvimento
maioria das comuunidades do CEP, o que pode dificultar a realização de transsações come
erciais,
principalmente quando
q consideramos a distância qu
ue separa as comunidadees dos centrros de
14
consuumo e comercialização dos produtoss .

O baixo grau de esccolaridade d os pescadorres das vilass visitadas ttambém pod de ser
considerado um obstáculo
o paara o desenvoolvimento da atividade. Pode contribbuir, por exe emplo,
para o fato de queq a grande e maioria doos produtore es não faz qualquer
q tipoo de controle por
escritto sobre os ganhos,
g custtos e perdas do cultivo. Essa prática, caso fosse realizada, po oderia
contrribuir significcativamente
e para a meelhoria dos rendimentos econômicoos no sentid do de
ajudaar na tomadaa de decisões mais conveenientes e prroporcionar um aprendizzado sistemá ático e
registtro da experriência práticca com a ativvidade. O produtor pode eria realizar ccálculos, perrceber
quaiss canais de escoamento são s mais com mpensatórioos, rever os seus preços, registrar épo ocas e
possííveis causas de grandes mortalidadees ocorridas.. O material produzido ppoderia, tam mbém,
ser de grande valia para a re ealização de estatísticas de produção o da ostreicuultura, bem como
para pesquisas científicas, tantot para avaliar imp pactos da atividade (soocioeconômicos e
ambientais), quan nto para otimmizar os resuultados dos empreendim
e entos.

Além dessse há uma séries de entrraves comerrciais identificados na ca deia produtiva da


ostra no litoral paranaense e que preciisarão ser enfrentados e superaddos: (i) a grande
sazonnalidade na comercializa ação (com grrande depen ndência da temporada
t dde veraneio e dos
feriad
dos); (ii) a baaixa organizaação dessa ccadeia produ
utiva; (iii) a baixa
b capaci dade de aum mento
da deemanda a paartir dos mercados locai s; (iv) a faltaa de garantia a quanto à qqualidade dee água
das bbaías do lito oral paranae ense, especi almente durante o verão e, conseequentemente, as
dúviddas que isso o levanta a respeito da inocuidade do consumo dessas osstras à saúde dos
consuumidores; (vv) a falta de capacidade dde investime ento e custeio da produçção por partte dos
público alvo do projeto;
p (vi) os problem
mas de logísttica decorren ntes do isolaamento físicco das
regiões eventualm mente produ utoras.

14
Em algumas com
munidades os celulares
c têm facilitado a re
ealização de transações com
merciais.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 54
As experiiências anteriores mostrraram que não basta fom mentar os cuultivos atravvés da
cessãão de materiais e equipamentos aos eventuais in nteressados. A efetividadde dessa inicciativa
costuuma ser muitto baixa e a taxa
t de desisstência muitto alta. Abordar e enconttrar soluçõess para
as quuestões de loogística, merrcado e de coomercializaçção serão fun
ndamentais para o sucessso da
ostreeicultura no Paraná.
P

Ou seja, há um longgo e tortuooso caminho o para a viabilização daa ostreicultura no


estad
do. O mesm mo possivelm mente se apllique para a pectinicultura e à mittilicultura. Porém,
nessee caso não háá sequer culttivos sendo ddesenvolvido
os em escala
a comercial nno estado.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 55
2.4 P
PRINCIPA
AIS ENTID
DADES RE
EPRESENT
TATIVAS DA MARIICULTURA
A NO
PAR
RANÁ

2.4.1
1 Produçã
ão e exten
nsão aquíco
ola
A maricu
ultura paran
naense é hooje praticammente limitaada à ostre icultura, alggumas
poucaas experiências com mitilicultura,
m duas fazenndas dedicad
das ao culttivo de cam marões
marin
nhos e umaa experiênciaa fracassadaa ‐ e já abaandonada ‐ de cultivo de camarõe es em
tanqu
ues‐rede.

Esse cenáário talvez ajude


a a expplicar porque
e ainda exisstem tão pooucas entidades e
pesso
oas envolvid
das na atividdade. Na Tabbela 7 são apresentadas
a s as principaais entidade
es que
congrregam mariccultores e entidades
e asssociadas noo estado do Paraná, com m a ressalva que
algum
mas delas rep
presentam ta ambém o se tor da pescaa.

Essas enttidades, via de regra, appresentam ainda


a baixa representatiividade e atuação
bastaante discretaa na área de
d maricultuura, tanto sob
s o pontoo de vista ppolítico, social ou
produutivo. Por outro lado, como o ssetor é rep presentado basicamentte por pequenos
produutores, o desenvolvimen nto da mariccultura no esstado do Parraná deverá obrigatoriammente
envolver um trabbalho de fortaalecimento ddessas entidades.

2.4.2
2 Ensino e Pesquisa
a
Essa baixxa representatividade e o número discreto
d de pessoas
p envoolvidas, por outro
lado, contrastam
m com a cap pacidade insstalada de fo
ormação de mão‐de‐obbra qualificadda no
do do Paranáá.
estad

Na Tabela 8 estão representadaas as instituições de ensino e pesq uisa que formam


profisssionais quee têm atuad
do, direta oou indiretammente, com a maricultuura (nas áreas de
ensin
no, pesquisa, extensão, produção
p ou comercializaação) no esta
ado do Paranná.

São hoje pelo menoss quatro insttituições, se endo três de


e nível superrior (Universsidade
Federal do Paran ná, Pontifícia Universidaade Católicaa do Paraná e Universiddade Estadu ual do
Oestee do Paraná)) e uma de nível
n técnicoo (Instituto Federal
F de Ed
ducação, Ciêência e Tecnologia
do Paaraná) formaando profissionais com attuação na árrea de aquicuultura.

Além doss cursos e instituições cittadas, outras universidades formamm profissionais que
tambbém podem atuar na área de aqu icultura no estado. Essse é o caso da Universsidade
Estaddual de Marringá, da Un niversidade Estadual de e Londrina, da Universiddade Estadu ual do
Nortee do Paraná, do Instituto Federal dee Educação, Ciência e Te ecnologia doo Paraná (caampus
Foz d
do Iguaçu). Porém, nos ca asos em quee professoress, estudante e egressos ddessas institu
uições
atuam m na área de aquicultura essa aatuação é quase que inteiramentte direciona ada à
ém disso, o estado do Paraná a fica a cercaa de 250 km
pisciccultura conttinental. Alé k de
Floriaanópolis, onde está insstalado o Cuurso de Enggenharia de Aquiculturaa da Universsidade
Federal de Santa Catarina.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 56
Ou seja, há um evvidente exccesso na offerta de mão‐de‐obra qualificada,, que
dificillmente podderá ser absorvido
a ppela aquicultura paran naense, esppecialmente pela
mariccultura, conssiderando quue o litoral paranaense possui men nos de 100 kkm de exten nsão e
que é caracterizado, ao sul, por intensa e speculação imobiliária
i e afluxo de tuuristas e, ao norte,
por vvárias unidad
des de conseervação ambbiental, limitaando as área
as para ocuppação por pro ojetos
de maricultura.

Esse exceesso na ofertta de vagas eem cursos co


orrelatos com
m a aquicultuura já começça a se
fazer sentir. A PUC‐PR
P tentoou, em 200 9, abrir um curso de graduação
g e m engenharria de
Aquiccultura. Poréém, devido à baixa procuura, o mesmo o foi cancelado.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 57
Tabela 7. P
Principais instituiçõ
ões representativass da maricultura paaranaense.
Número de
Tipo NOME Responsáve
el Contato E
Endereço
Membroos
Estrada do Caabaraquara, S/N, Síttio
Nova Era das Rodas, Cabaraquarra ‐
AGUAMAR ‐ Asso
ociação Guaratubaana de Fabiano Cecílio
38 8
41 9944‐6328 endereço para correspondência: Rua
Maricultores da Silva
José Nicolau Ab bagge, Nº 746, Cen ntro.
Guaaratuba, PR.
APAPSUL ‐ Associação Comunitárria dos Catiane Silva 41 9906‐9661
1 Rua das Samam mbaias, s/n ‐ Pontal do
40
Pescadores e Aquiccultores de Pontal d
do Sul Pereira ou 3455‐1255
5 Sul ‐ PR CEP:
C 83.255‐000
Associação
Rua Principal s/nº Vila da Barra do
d
AMIS ‐ Associação
o dos Maricultores da Ilha Ari Rodrigue
es 41 3482‐7162
2
21 Superagui ‐ Gu uaraqueçaba ‐ PR CEP:
C
do Superagui Gomes ou 9998‐5279
9
833.390‐000
AMPEE ‐ Associaçção dos Mariculto ores da Ivair Pereira de Rua Principall s/nº Vila das Peçass ‐
10 4
41 3482‐5104
Ponta das Peças Siqueira Guaraqueçabaa ‐ PR CEP: 83.390‐0 000
AMVIIP ‐ Associaçção dos Maricultores das Ênio Gomess 41 3425‐4439
9 Rua Principal s/nº
s Vila de Bertiogga ‐
14
Vilas Interiores da Ilha das Peças Pereira ou 9647‐3054
4 Guaraqueçabaa ‐ PR CEP: 83.390‐0 000
COOPESCAMAR ‐ Cooperativa
C de Pesccadores
Luíz Afonso
o Rua Salim
m do Carmo, 345 ‐
Cooperativa e Maricultores de Guaraqueçaba e V Vale do 49 41 9682‐4500
0
Buest Rosário Guaraqueçabaa ‐ PR CEP: 83.390‐0
000
Ribeira
Laboratório de Centro de produ ução e Propagaçção de Ana Paula Rua João Flo
oriano da Costa, S/N N
8 41 344‐21160
0
Pesquisa Organismos Marinh hos (CPPOM) Baldan Praia de Caieeiras, Guaratuba, PR
Ivo Luis Olse
en
Instituto Paranaennse de Assistência Técnica Rua Monsenhor Lamartine, 62
2
Extensão Rural 8 (responsáveel 41 347‐21390
0
e Extensão Rural (EEMATER) Centrro, Guaratuba
Guaratuba))

A CADEIA PRODUTIV
VA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 58
8
Tabela 8. Princip
pais instituições de
e ensino e pesquisaa que atuam ou form
mam profissionais que têm desenvolvvido trabalhos asso
ociados à maricultu
ura paranaense.
Cursos/Proogramas
Cursos Associados à Nível do
o Programa de Pós‐‐
Instituição Camp
pus/Grupo Endereço Associadoos à Pós‐
Graduação graduação
Graduaação
Ciênccias
Grupo Integrado de Mestrado, Doutorado
Zootecnia, Biolo
ogia, Veterin
nárias
R. dos Funcionárioos, 1540, Juvevê,
Aquiculttura e Estudos Medicina Veterin
nária, Mestraado, Doutorado e
Curitiba. Fone (4
41) 3350‐5634 Zoolo
ogia
Ambieentais (GIA) Agronomia Pó
ós‐doutorado
Ecolo
ogia Mestraado e Doutorado
Universidade Federral do Av. Beira‐m
mar, s/n
Paraná Caixa Postal: 50.002 Tecnólogo em
m
Centro de Estudos do Mar ‐ ‐
Pontal do SSul ‐ PR. Aquicultura
Fone: (41) 3511‐8600
R. Pioneiro, 21553, Jd. Dallas,
Tecnólogo em
m
Camp
pus Palotina Palotina. ‐ ‐
Aquicultura
Fone: (44) 3211‐8570
Rua Imaculada Co onceição, 1155
Pontícia Universid
dade Biologia, Medicina
C
Curitiba Prado Velho, Curitiba. ‐ ‐
Católica do Paraaná nomia
Veterinária, Agron
Fone: (41)32271‐1555
Centro de Engenharias e Ciências
U
Universidade Estadual do Exatas, rua da Facu uldade, 645 ‐ Cx. Recurrsos
T
Toledo Engenharia de Peesca Mestrado

Oeste do Paran P. 320 ‐ Jd. Santa M
Maria ‐ Toledo ‐ Pesqueeiros
PR. Fone: (45)) 3379 7077
Instituto Federal de Rua Antonio Carloss Rodrigues, 453
Educação, Ciênciia e Paranaguá Porto Seguro, Paranaguá. Técnico em Aquicu
ultura ‐ Técnico
Tecnologia do Parraná Fone: (41) 3721‐8300

A CADEIA PRODUTIV
VA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 59
9
2.4.3
3 ONG´s
2.4.3.1 Associação
A o Mar Brassil

A organizzação não‐ggovernamenttal que tem


m apresentad do propostaas de projetos de
mariccultura no estado do Paraná é a Asssociação Maar Brasil, que
e tem como meta a bussca de
soluçções que peermitam harrmonizar o ddesenvolvimmento do litoral com a conservação dos
ambientes costeiros e marinh hos.

Desde 19 997, a Mar Brasil vem ttrabalhando pela implan ntação de reecifes artificciais e
unidaades anti‐arrrasto no lito
oral paranaeense como feerramenta ded apoio ao ordenamen nto do
espaçço marinho eme relação aos
a conflitoss de uso pelaa pesca artessanal, industtrial, esportivva e o
turism
mo subaquáttico.

Em 1999,, a Mar Brasil implementtou o projeto


o piloto deno
ominado "Maaricultura em
m Mar
Abertto", financiado pelo gove
erno do estaado do Paran
ná, através do Programa Paraná 12 meses.
m
Esse projeto apoiiou apenas a comunidadde de pescad dores artesanais do Balnneário Guapê
ês, em
Pontaal do Paranáá e produziu cerca de 14 toneladaas de mexilh hões em ap enas 7 messes (já
comeentado anterriormente).

Entre 200
05 e 2007, ou utro projeto foi elaborad
do com técniicas aperfeiççoadas e dire
etrizes
mais amplas, den nominado: "Implantação
" o de Cultivoss Marinhos em Mar Abeerto no Litoral da
Meso orregião Vale do Ribeirra/Guaraqueeçaba", finan nciado pelo Ministério da Integraçção, e
execuutado atravéés de uma parceria
p da AAgência de Desenvolvim
D ento da Messorregião do o Vale
do Riibeira/Guaraaqueçaba, do o Centro dee Estudos do o Mar e da Associação Mar Brasil. Neste
projeeto foram capacitados 12 23 pescadorees artesanais com cursos de mariculltura (histórico da
aquiccultura, legalização, te ecnologia dde cultivo, biologia e ecologia, beneficiam mento,
comeercialização e meio ambiente) e reealizados tre einamentos práticos. Fooi dado iníccio ao
proceesso de licenciamento para p a instaalação de cinco áreas de cultivo em m mar aberrto no
Paranná e instalados três cultivvos experimeentais.

Além disso, atualmente a Assocciação Mar Brasil desen nvolve o Proograma PREA AMAR
(Proggrama de Exttensão e Apo
oio a Pesca e a Maricultu
ura), que conta com várioos sub‐projettos de
gestãão costeira e da pesca,, capacitaçã o profission
nal, geração de renda, inclusão so ocial e
cidad
dania.

Foi ainda apresentad do pela Asso ciação Mar Brasil o projjeto de mariicultura intittulado
"Cultivo de moluuscos em mar aberto ‐ Novas fronteiras para a mariculturra sustentávvel na
região sul do Brasil", financiado pelo SEB
BRAE (Serviço
o Brasileiro de
d Apoio às M Micro e Pequenas
Emprresas).

O projeto
o, que tem como
c seu púúblico‐alvo pescadores
p artesanais
a dee pequena escala,
e
que vivem histooricamente do d extrativissmo, tem como meta a produçãoo de cerca de d 40
tonelladas de mexxilhões por safra. A com ercialização da produçãoo deverá ser dirigida tantto aos
consu
umidores finais como a restaurantes
r de centros urbanos
u (Asssociação Marr Brasil, 200
08).

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 60
O projetoo prevê a inttervenção e m várias etaapas da cade eia produtivaa da mitilicu
ultura,
incluiindo a captaação de sementes em Saanta Catarina, a instalação de sistem mas de cultivvo em
mar aaberto para engorda,
e o manejo
m e a ccomercializaçção (Figura 14).
1

Figuraa 14 ‐ Nas caixxas em verme


elho estão inddicadas as áre
eas onde a Asssociação Maar Brasil tem planos
p
para iinstalar unidaades demonsttrativas de cu ltivo de mexilhões em mar aberto.

2.4.3.2 Instituto de
e Pesquisaas Ecológiccas ‐ IPÊ

Buscando o estabelecer um prograama alicerçaado nos pilarres da susteentabilidade e nos


princípios da Biologia da Con nservação, e m 2001 o IP PÊ iniciou o Programa M
Manejo de Pe esca e
Mariccultura, com m o objettivo de prromover, de e forma participativa,
p , a conserrvação
socio
oambiental através do manejo racionnal dos recurrsos pesqueirros, concilianndo a melho oria da
qualiddade de vidaa dos pescad dores e a connservação am mbiental. As ações de maanejo visam ainda
valorizar as práticcas tradicion
nais e a cultuura caiçara paranaense.
p O programaa atua em 11 1 vilas
do enntorno do Parque
P onal do Supperagui, atingindo cerca de 500 fam
Nacio mílias. As divversas
ativid
dades de pessquisa e exte ensão são noorteadas pellos princípios do co‐mannejo, pelo capítulo
17 daa Agenda 21 que trata da a proteção ddos oceanos e do uso raccional dos seeus recursoss vivos
e pelo
o Código de Conduta parra a Pesca Reesponsável ‐ FAO.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 61
o do IPÊ é promover, de forma particcipativa, a co
A missão onservação m
marinha na região
r
do Paarque Nacion
nal do Superagui através do manejo racional dos recursos pessqueiros.

O prograama tem duas linhas dee ação que se complem mentam: Maanejo de Pe esca e
Mariccultura. As principais atividades das duas linhas envolvem pessquisa, extensão
socio
oambiental e capacitaçã ão. O Maneejo de Pesca é focado no ordena mento pesq queiro
particcipativo, atrravés de instrumentos dde gestão participativa como o Connselho Gesttor do
Parquue Nacional do Superaggui e a Câm mara Técnica de Pesca.. A Mariculttura é focad
da no
fortalecimento da d maricultura familiar como praticca econômicca sustentávvel para a região,
melhorando a ren nda familiar e a segurançça alimentar das comunidades envolvvidas.

Dentre ass ações do prrograma, desstacam‐se:

 Fortalecim
mento dos Conselhos
C Geestores da APA
A de Guara aqueçaba, PA ARNA Superagui e
Câmara Técnica
T de Pesca atravéés do fomento de reun niões e capaacitações paara os
membross;
 Assistênccia técnica e extensão soccioambientaal para pescadores e marricultores;
 Pesquisass aplicadas ao
a ordenameento pesqueiiro e resoluçã ão de conflittos;
 Pesquisass aplicadas a exploraçãão sustentável de ostras Crassostr trea rhizophora e
mexilhãoo Perna perna a e seus canaais de comerrcialização.
 Implementação de cu ultivos de maaricultura jun
nto às comunidades do PParque;
 Avaliaçãoo da qualida ade de águaa como subssidio para a implantaçãoo dos cultivvos de
ostra e mexilhão;
m

2.4.4
4 Principais projeto
os em exeecução no litoral
l do estado e p
propostas para
desenvoolvimentoo da maricuultura
Para a ob
btenção de informações sobre este item
i foram enviados
e ofíccios para divversos
órgão
os estaduais,, municipais e ONG’s, coom o intuito de identifica
ar as proposstas de incenntivo à
mariccultura elabo
oradas ou emm fase de im
mplementaçãão no estado o. Porém, p oucas institu uições
órgão
os responderram a esses ofícios
o e tod as as respostas obtidas estão
e transcrritas a seguir.

2.4.4.1 Cultimar
C

O Projeto
o Cultimar é um projeto ddo GIA e fun ndamenta‐se na necessiddade de criaçção de
novass fontes dee renda pa ara comuniddades tradicionais da região litorrânea, de forma f
susteentável e quee não descaracterize o aambiente naatural ou as atividades trradicionais dessas
d
áreass. A propossta, desde seu s início eem 2005, é que essas comunidaddes gerem renda
altern
nativa a parttir da maricultura e de ouutras potenccialidades loccais, como o turismo.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 62
O Cultimmar promove e sempre a aproximaçção com seu u público‐allvo (maricultores,
pescaadores, restaaurantes, co ozinha comuunitária, associações de moradoress, entre outrros) a
partirr da identificcação das potencialidaddes locais das comunidad des parceiraas, bem commo das
ativid
dades produtivas ligadass à maricult ura já desen nvolvidas naa região. A sseguir, estab
belece
uma estratégia mais
m adequa ada de comeercialização dos produto os gerados, de forma que os
parceeiros envolviidos no projeto tenham a possibilidade de, em curto prazo,, incrementa ar sua
rendaa apenas com base na organização
o do arranjo produtivo lo ocal. Esse ráápido aumen nto de
rendaa, inteirameente origina ado a partirr de uma estrutura de d produçãoo já existen nte, é
importante para que os parcceiros do proojeto perceb bam que estã ão no caminnho certo, crriando
condições estrutu urais para o início de um
ma segunda fase: o aperfeiçoamentto e a capacitação
técnica para aum mento da produtividadee e renda obtida.
o Isso cria ainda ccondições para
p a
installação de unidades
u moodulares dee produção e de imp plantação d e programa as de
capaccitação, edu ucação ambiental e revi talização cultural que possibilitem,
p em um seggundo
mom mento, agregaar renda aos produtos geerados.

As ações do Cultimaar tiveram innício em duaas comunida ades do lito ral paranaen nse e,
com o desenrolar do projeto, novos parcceiros ingresssaram, crian
ndo bases paara a aplicaçção de
um seegundo ano e assim suce
essivamente até o estágio atual.

Nesse período
p uve um grrande fortaalecimento da marca Cultimar como
hou
disseminadora dee conceitos socialmente
s justos e ambientalmentte corretos. CCom o sucessso do
projeeto, a aproxximação dessses novos parceiros e o incremento dos arrranjos produtivos
trabaalhados, surrgiu à neccessidade dde integraçãão dos differentes attores, visando à
susteentabilidade do Cultimar e de suas açções.

Algumas das ações de


esenvolvidass e resultado
os alcançados neste períoodo de cinco
o anos
de exxistência do Cultimar:
C

‐ Apo
oio técnico paara cerca de 30 maricultoores;

‐ Aum
mento de 20 m de 40.0000 dúzias de ostra comercializadas pelos produ
0.000 para mais utores
assocciados ao Cultimar;

‐ Anáálises permanentes da qualidade sannitária das ostras


o produzzidas pelos pparceiros em
missão
de laudos aos prrodutores e proprietárioos de restauurantes partiicipantes doo Projeto Cultimar
(104 laudos sanitários emitido
os só em 20009);

‐ Monnitoramento o periódico das ostras culltivadas, da água


á dos cultivos, dos poontos de ven
nda de
ostras e da eficáccia de equipa
amentos de ddepuração;

‐ Reaalização de experimentos técnico s e científicos, teses, dissertaçõees e monoggrafias


relaciionadas à bio
ologia e à via
abilidade téccnica e econô
ômica dos cu
ultivos de osttra;

‐ Divu
ulgação da ostreicultura
o o, Festa da SSororoca, Feira de
em feiras reegionais (Fessta do Divino
Sabores e MatinFFest);

‐ Parcceria com a Colônia


C de Pescadores
P ZZ4 de Matinh
hos, para disccussão do m
manejo de pe
escado
no esstado, que poossui hoje co
om cerca de 300 associad
dos;

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 63
‐ Con nfecção de vários
v om destaquee para o livvro de
materiais técnicoos e de capaacitação ‐ co
Educaação e Lendas na Culturra Caiçara, q ue trabalha um modelo de educaçãão biorregion nalista
no littoral do Paraná;

‐ Divu
ulgação do projeto
p e da maricultura
m nnas mais varriadas mídiass;

‐ Reaalização de 25 da para professores da rrede municip


2 oficinas de capacitaçãão continuad pal de
ensinno e 12 oficin
nas de educação ambienntal na Vila das
d Peças (Ilha das Peçaas, Guaraque
eçaba‐
PR);

‐ Reaalização de um
u programa de fortaleccimento do artesanato local envolveendo o Club be das
Artessãs Berço dos Golfinhos, da Ilha das Peças e a Asssociação dos Moradoress do Cabaraq
quara,
na Baaía de Guarattuba;

‐ Reaalização de 20 oficinas sobre técn icas artesan


nais referenttes à culturra caiçara, com
c a
particcipação total de 30 artessãos; e,

‐ Três prêmios
p reccebidos, do is na área de comunnicação (Besst Marketin
ng de
Respoonsabilidadee Social e Destaque
D noo Marketing) e um no valor de RR$ 50 mil dólares
conceedido pelo HSBC Lond dres, aos m ocinados peelo banco (OGM
melhores projetos patro
Donaations).

Figu
ura 15. Imagem do curso de capacitaçãoo em processa
amento e preparação de peescados realizzado
mar com as m
pelo Projeto Cultim mulheres do Mercado
M Municipal de Matiinhos.
Fonte: Eddilson Tadeu Giordano

Para o ano
a de 20110 a propossta é conso olidar o trabalho no liitoral do Pa araná,
especcialmente naa Baía de Guaratuba, forttalecendo e integrando as
a parcerias locais e regionais.
Para isso, o Cu ultimar preetende atuaar em comunidades do d municípioo de Guarratuba
(Cabaaraquara, Paarati, Descob
berto, São Jooãozinho, Rio
ozinho e Caieiras) e no município vizinho
de Matinhos (no Mercado Mu noel Machado).
unicipal de ppescado Man

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 64
o, o Cultimarr fortaleceráá e ampliaráá os diferenttes móduloss de trabalho que
Para isso
deverrão integrarr ações técn nicas (aumeento de produtividade na n produçãoo de ostras e na
comeercialização de camarõe es nativos ppara isca‐vivva e minimização de poossíveis imp pactos
gerad dos por essas produções), ações econnômicas de estruturação
e o e fortalecim
mento das ca
adeias
produ utivas (comeercialização nos Mercaddos Municipais de Guaratuba e Maatinhos), açõ ões de
certifficação sanittária (na pro
odução de oostras, nos Mercados
M Municipais
M e nos restaurrantes
assocciados), alémm das ações no campoo educacion nal e cultural (com a consolidação o dos
Progrramas de Ed ducação & Capacitaçãoo e Mar & Cultura).
C Os módulos fuuncionarão como
modeelos de valo orização socioambiental, econômica e cultural das d comuniddades tradicionais
litorââneas e atingirão diretamente cercaa de 110 famílias com quatro pesssoas em média e,
indireetamente, mais
m de 500 pessoas
p envoolvidas nos demais elos das
d cadeias pprodutivas.

As atividaades do proggrama de Ed ucação & Caapacitação te erão sua conntinuidade attravés


do traabalho de ed ducação biorrregionalistaa em escolas locais e nas comunidadees‐alvo, busccando
a cap
pacitação doss multiplicad dores do proojeto (foco nos professorres da regiãoo). Também nesse
progrrama, será reealizada uma a capacitaçã o do Conselho Gestor da a Área de Prroteção Amb biental
de Gu uaratuba, coom foco na Câmara
C Técnnica de Pesca e Aquiculttura (do qua l o GIA é relator),
com o intuito dee fortalecer os locais dee discussão sobre pesca a e mariculttura no litorral do
estad
do. Como feerramenta de valorizaçã o cultural lo ocal serão desenvolvido
d os materiais para‐
didátticos a partir de técniccas de revittalização da cultura caiçara paranaaense. Essess dois
progrramas contaarão com a participação
p de cerca de e 135 pessoa
as, entre proofessores, alunos,
conseelheiros e lideranças, em e 27 oficinnas que rellacionarão as a questões socioambie entais,
econô ômicas, históóricas, políticcas, culturaiss e éticas dass comunidad
des trabalhaddas.

Nessa fase, o projeto também prevê o desenvolvime


d ento de noovos produto os de
markketing, no in ntuito de auumentar a demanda e incrementa ar a renda dos maricu ultores
particcipantes do projeto. As novas
n ações garantirão a continuidade da propoosta, consolid
dando
a ideiia de que produtos valorrizados por ssua origem ou
o por seu co
omponente ssocial e amb biental
geramm mais rend da para as comunidades
c s que deles dependem para viver. Para trabalh har as
potenncialidades e dificuldad des encontrradas ao lo ongo do trabalho o CCultimar focca no
fortalecimento dee parcerias, auxiliando a construção o de uma pro
oposta de geestão participativa
dos recursos natuurais para a região.
r

Dentre as parcerias já conquistaadas pode‐sse citar: Petrobras, CNPPq, Instituto HSBC


Solidaariedade, Thhe Nature Conservancy
C do Brasil, Associação
A Guaratubana
G a de Maricu ultores
(AGUUAMAR), Co olônia de Pescadores
P Z4 de Maatinhos, Asssociação dee Moradore es do
Cabaraquara, Preefeitura Municipal de G Guaratuba, Mercado Municipal de Pescado Manoel M
Mach hado, Instituto Brasileiro do Meio Am
mbiente e doos Recursos Naturais Rennováveis (IBA
AMA),
Instituto Ambieental do Paraná (IA AP). Maiores inform mações soobre o projeto:
www w.cultimar.orgg.br

2.4.4.2 Cozinha
C Co
omunitáriaa Encantoss e Delíciass de Caieirras

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 65
A comunnidade de Caieiras
C posssui na pescaa do camarrão a base de sua ativvidade
econô
ômica, a qual é claramente dividdida por gê ênero. Homens pescam m e as mulheres
beneficiam e com
mercializam a produção in natura. Ne esta comunid
dade está loccalizada a Co
ozinha
Comuunitária Encaantos e Delíícias de Caieeiras, situad
da a rua Frederico Nasccimento, s/nº, em
anexo
o ao mercado municipal de Caieiras.

Tal emprreendimento o surgiu da implantaçãão de uma política púbblica do go overno


federral, através do
d Programa a Produzir: "O
Organização Produtiva de
d Comunidaades", ocorrido no
ano dde 2005, sob b a coordenação do Minnistério da Integração Nacional. Apóós a realizaçção de
inúmeras reuniões com a co omunidade e levando em e considerração o arraanjo produtivo da
pescaa, foi apresen
ntada aos moradores da referida communidade a oportunidadde de diversifficar a
sua rrenda a parrtir de emprreendimentoos sociais. Como
C ade propostta foi aventada a
ativida
implaantação de uma cozinha comunittária, uma unidade de e confecção de roupass e a
capaccitação de peescadores pa
ara a produçção de embarcações de fiibra.

d cozinha c omunitária, foram capacitadas aprooximadamen


No caso especifico da nte 25
mulheres da co omunidade, que passarram por um m curso de e 50 horas aulas volta
ado à
manipulação e prrodução de produtos
p benneficiados e congelados.

Após a co onclusão da capacitaçãoo e, com o termino


t do programa, aalgumas mulheres
iniciaaram as ativiidades da co
ozinha nas ddependênciaas do salão comunitário
c da Capela Nossa
Senhora Aparecid da. O espaçoo da cozinha deste salão foi reformado com recuursos das próóprias
mulheres envlovidas.

O empreeendimento permaneceeu neste espaço durante um ano . Depois, com o


encerrramento deefinitivo da unidade dee confecção,, as mulhere
es optaram por transfe
erir as
ativid
dades da cozinha comuniitária para o endereço attual.

Devido àss dificuldadees inenerentees à gestão de


d um empre eendimento econômico (ainda
(
que de caráter social); por falta de accompanhame ento mais direto
d dos rresponsáveiss pelo
progrrama Produzzir, durante asa fases de i nserção dos produtos noo mercado; ppela própria visão
machhista de seuss companheiros ou espoosos, grande e parte das agregadas aao projeto accabou
por d
desistir do traabalho na co
ozinha comunnitária.

Em 2006 6, as mulherres remanesscentes reso olveram constituir a AC EDC ‐ Assocciação


Comuunitária Encaantos e Delíccias de Caieirras, com objjetivo de insttituir uma peessoa jurídicca que
as pu
udesse representar junto aos órgãos cconstituídoss.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 66
Para tantto, foram re es para disccutir os concceitos básicos de
ealizadas váárias reuniõe
assocciativismo e empreended dorismo, seuus benefícioss, necessidaddes, formas de constituição e
demaais informações pertinen ntes ao temma. Neste co ontexto, tenttou‐se estim
mular as mulheres
que h
haviam desisstido do emppreendimentto a voltar a fazer
f parte da
d associaçãoo.

A sede do o empreend dimento é um ma construçãão em alven


naria de aprooximadamen nte 30
2
m , ssem divisõess fixas na áre
ea de produução. Possui em anexo vestiário
v e baanheiro. O prédio
p
perteence ao município de Gua aratuba, ceddido informalmente a ACEDC.

Parte doss equipamen ntos existent es foram adquiridos durante a execuução do Proggrama
Produ
uzir (um freeezer horizonttal, um fogãoo industrial usado,
u uma máquina
m selaadora).

Em 2008,, através de um projeto eelaborado pelo Departam mento de Peesca e Aquicultura


da Seecretaria muunicipal de Meio
M Ambiennte, foram doados
d pela então Secreetaria Especcial de
Aquiccultura e Pessca os seguintes equipam mentos: refrrigerador com capacidadde para 300 litros,
um cilindro indusstrial, dois motores
m mon ofásicos de 1,0 CV, balança eletrônicca de até 5 kg de
capaccidade, uma batedeira in ndustrial, um
m liquidificad
dor industrial, uma paneela caçarola de
d 8,3
litros, dois aplicadores de filme e um ma tábuas de corte. To odos os equuipamentos estão
patrimmoniados emm nome da Prefeitura
P Muunicipal Guaaratuba e ced
didos à ACEDDC.

Devido à falta de capital de giro o processo de


e armazenam mento de proodutos e maatérias
primaas tem sido um
u problema para o em preendimen nto. Essas lim
mitações forççam as mulheres a
trabaalharem comm estoques mínimos
m (pouucas unidades de todos os produtos).

Em 2009 9, as mulheres associaddas à Cozin nha Comunittária Encanttos e Delícias de


Caieirras começaram a recebeer apoio técnnico e operaccional do GIA
A, através doo Projeto Cultimar,
com patrocínio do CNPq e do Institutoo HSBC Solidariedade. A proposta não era apenas
estruturar fisicam
mente a Cozinha, mas fa zer ela se to
ornasse um empreendim
e mento susten ntável,
gerido de forma profissionall e modelo na agregaçãão de valor a partir do processame ento e
comeercialização de produtoss aquícolas e pesqueiros. Para isso,, tem sido ppreparados vários
prato
os a base dee peixes e de
e camarões e também produtos
p a base
b das ostrras produzid
das na
baía d
de Guaratub ba.

As ostrass transformadas em proddutos benefiiciados são adquiridas


a d e maricultorres da
região. O pagam mento aos fo ornecedores é feito a cada
c sete dias a um preeço médio ded R$
5,00//dúzia. Atuallmente, este
e produto te m sido oferttado apenas nas temporradas de verraneio
em virtude de difficuldades de inserção ddo produto no
n mercado, por conta dde aspectos legais
para a referida co
omercializaçãão.

A renda média de ca
ada associadda no período de alta temporada
t é de cerca de
d R$
350,000/mês. Con
ntudo, quand ntos o retorno acaba seendo maior, tendo
do da realizaação de even
comoo exemplo a Festa do Divíno 20099, quando após 10 dias de trabalh o cada asso ociada
receb
beu R$ 470,0
00.

No entan nto, das 25 mulheres qque iniciaram m as atividades na Coziinha Comunitária,


apenas sete conttinuam se de edicando aoo empreendimento. As maiores
m dificculdades rela
atadas
por eelas são a falta de regularização dos produtos, a necessidade
e de capital dde giro e me
elhoria

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 67
no prrocesso de gestão.
g Atualmente, o Cuultimar dá apoio técnico
o às associaddas para cap
pacitá‐
las a superar essees problemass.

Muito maaior que sua


a importânci a na cadeia produtiva da ostra cultiivada na reggião, a
Cozin
nha Comunittária é um exemplo
e dass oportunidaades e dos imensos dessafios de se gerar
rendaa para as com
munidades tradicionais
t ssem descaracteriza seu modo
m de vid a e suas trad
dições
culturais.

2.4.4.3 Qualidade
Q na produçção de ostrra em área
a de proteçção ambie
ental

Atualmennte, alguns dos mem mbros da mesma equ uipe envolvvida no projeto
"Deseenvolvimentto Sustentável em Guaraaqueçaba" de esenvolvem na região dee Guaraqueççaba o
projeeto "Qualidad
de na Produução de Ostrra em Área de
d Proteção Ambiental",, coordenado o pela
profeessora da Universidade Federal do Paaraná, Marlene F.G. Walfflor.

As açõess de maricultura desses pprojetos estãão centralizad


das na Ilha RRasa, localiza
ada na
baía de Guaraqu ueçaba, divisa entre o PParaná e São o Paulo. O lo ocal é uma área de pro oteção
ambiental com umau das maiores extensõões em matta atlântica contínua
c do país. A pescca e o
cultivvo de molusscos são pra aticamente aas únicas attividades desenvolvidas pelos ilhéus. Por
intermmédio do projeto
p coorrdenado pel a professora Walflor, 42 4 maricultoores, com idades
variando entre 14 1 e 60 ano os, estão apprendendo técnicas
t de cultivo e coomercialização. O
projeeto, que envvolve a Assoociação de M Maricultores da Ilha Rasa e que connta com apo oio do
Sebraae‐PR tem teentado aperffeiçoar os sisstemas de produção emp pregados.

O envolviimento do Se ebrae se dá através do Programa


P de Apoio Tecnoológico às Micro
M e
Pequenas Empreesas (PATME E), que perm mite às emp presas acessso à tecnoloogia por me eio de
serviçços de consuultorias espe
ecializadas. A finalidade é atender projetos
p indivviduais e settoriais
para o desenvo olvimento de novas teecnologias, melhoria da a qualidadee e aumentto de
produ utividade, o que resulta em
e aumentoo da competitividade.

Antes do projeto, seggundo a PRO OEC (2009), os o ilhéus viviiam basicam


mente da ativvidade
extrativista. Duraante várias gerações,
g expploraram ind discriminadaamente os prrodutos marrinhos
dos b
bancos naturrais. O cultivo
o, quando feeito, utilizavaa técnicas rud
dimentares. Do ponto dee vista
organ
nizacional, oso mariculto ores trabalhaavam individualmente e vendiam seu produto por
preço
os baixos a atravessadore es.

O projeto
o da Universidade Federaal do Paranáá emprega o sistema de cultivo em mesas
m
2
que ssão dispostas em uma área de aproxximadamentte 2.000 m para cada prrodutor, ond de são
manttidas cerca de
d três mil osstras. O tem
mpo de engorrda caiu ao longo do proojeto de doiss anos
para seis meses. A comercia alização fica a cargo de um
u dos ilhéu us, que leva o produto para
p a
vendaa em Paranaaguá.

O primeiro PATME na n Ilha Rasaa, em 1999, teve a funçção de amppliar a capaccidade


utiva. O passso seguinte foi implant ar um segundo program
produ ma, que commeçou em 2001 e
termiinou em abrril de 2009, focado na mmelhoria da qualidade do produto e na ampliação do
mercado de conssumo. Nessa a etapa, foi ccriada a Uniidade de Depuração e RResfriamento
o para

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 68
bor, cor e odor) da ostrra. A refrige
analissar o que ass característticas organoolépticas (sab eração
tambbém mereceu u atenção esspecial, uma vez que o molusco
m resfrriado tem duurabilidade de
d até
10 dias in natura. Esses cuida ados contribbuem para a aferição da qualidade ffinal do prod duto e
para a maior seguurança do coonsumidor.

2.4.4.4 Projetos
P de
e âmbito eestadual

P
Pela sua próópria definiçã odem ser coonsiderados como
ão, os Arrannjos Produtivvos Locais po
um tiipo particulaar de agrupaamento, form mado por peequenas e médias empreesas, em torrno de
uma profissão ou de um negócio, onde se enfatiza e o papel dese mpenhado pelos
relaciionamentos ‐ formais e informais ‐ entre empresas e dema ais instituiçõões envolvida
as. Os
emprreendimento os compartilham uma cuultura comu um e interag gem, como uum grupo, com c o
ambiente sociocultural locall. Essas inteerações, de natureza co ooperativa ee/ou compe etitiva,
estenndem‐se além m do relacioonamento coomercial e teendem a gerar, afora os ganhos de escala,
e
econo omias externas, associadas à sociallização do conhecimento e à reduçção dos custtos de
transsação15. Essees agrupame entos elevamm a renda, atraem
a pessooas e induzeem investim mentos
públicos em infrraestrutura. Nesse sentiido, a aglom meração de empresas é um tema muito
importante para o desenvolviimento regioonal.

O levantamento realiza ado pelo IPPARDES em 2006, não classificou nenhum arranjo
produ n litoral parranaense. Noo entanto, a ostreiculturra da região tem apresentado
utivo local no
forte crescimento nos últtimos anoss e instituições de ensino e e ppesquisa, órgãos
ó
goverrnamentais, associaçõess e empresaas, aqui classificados como ativos innstitucionaiss, têm
desennvolvido proojetos de fom
mento da ativvidade na reggião.

O estado do Paraná está


e investinndo bastante e no desenvo olvimento daa ostreicultu
ura. O
Projeeto de Desennvolvimento da Aquicultuura e Pesca no Litoral do o Paraná, quue tem o apo oio do
Fundo Paraná, daa Secretaria de
d Ciência, TTecnologia e Ensino Supe erior (SETI), e que conta ainda
com a participaçção da Ema ater‐PR e daa Fundação Terra, deve erá investir R$ 1,5 milh hão e
comeeçar a ser implantado no litoral do esstado a partir do primeiro
o trimestre dde 2010.

O plano é envolver In mílias de pesccadores que terão


nicialmente nna ostreiculttura 114 fam
igual número de cultivos. Numa seguunda etapa serão beneficiadas m mais 106 fam mílias,
totaliizando 220 famílias
f de pescadores.
p O projeto prevê
p em sua primeira eetapa a instaalação
dos ccultivos nos municípios
m de Guaraqueççaba, Paranaaguá e Guara atuba. Futuraamente, Anttonina
e Ponntal do Paranná também serão
s beneficciadas pelo programa.
p

Mod
15
dificado de: Metodologia
M de desenvolvvimento de arranjos
a prod
dutivos locais : Projeto Pro omos ‐
Sebraae ‐ BID : versãão 2.0 / Renato Caporali e Paulo Volker (organizadorres).– Brasília : Sebrae, 200
04. 287
p.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 69
A EMATEER elaborou 26 projetos para o licen nciamento e cessão de ááreas públicas, na
modaalidade de árreas de prefe
erência (con forme o Deccreto 4.895 de
d 25 de novvembro 2003 3 e INI
nº 066 de 31 de maio de 2004)), cujo mapa de localização encontra‐se na Figuraa 16.

Figuraa 16 ‐ Comun nidades do liitoral paranaaense onde a EMATER‐PR pretende innstalar unidad
des de
cultivvo de ostras.

A EMATEER‐PR també ém será res ponsável peelo treiname ento e acommpanhamento dos
pescaadores na instalação e manejo
m das uunidades de cultivo e pe
ela orientaçãão na organiização
dos p
produtores e na comerciaalização da pprodução.

Cada fammília deverá implantar ddois long‐linees de 100 metros


m de coomprimento cada.
Cada um deles terá t 100 lan
nternas de qquatro andarres. A propo osta é a proodução de quatro
q
dúziaas/andar de ostras
o prontas para com ercialização.. O resultado
o projetado ddesse arranjoo será
uma capacidade de produçã ão de 3.2000 dúzias de ostras/famíília/ano, com m produção total
esperrada de 364.800 dúzias/ano nesta p rimeira etap pa do projeto o. Atualmentte, a produçção do
estaddo está estimmada em 120 mil dúziass/ano, mas essae estimativa pode esttar sujeita a erros
bastaante significaativos em fun
nção da fraggilidade do siistema de re
egistro e aco mpanhamen nto da
produ ução e da coomercializaçãão de ostras.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 70
As famíliaas já foram selecionadas
s s pela Emater e os equipa amentos serrão adquirido
os por
meio de pregão eletrônico.
e Toodo o materrial de cultivo
o será cedido
o em regimee de comodatto aos
mariccultores por um período o de três anoos. As ostrass produzidass passarão ppor depuraçã
ão em
equippamentos já instalados em e dois munnicípios: Paraanaguá e Gu uaraqueçabaa, com capaccidade
de deepurar 500 dúzias a cada 24 horas.

A exigên
ncia para pa articipar doo projeto é que as famílias sejam m de pesca adores
artesanais, vinculladas a associações ou ccolônias de pesca.
p A estimativa da E mater é que
e cada
família envolvidaa com o culltivo de ostrras consiga obter uma renda men sal líquida de d R$
600,000.

Os maiorres desafios deste progrrama serão a abertura de


d mercado para a colo ocação
dessee produto e o abaste ecimento suustentável de
d sementess de ostrass produzida as em
laborratório. A pro
oposta é que
e o CPPOM pproduza as se
ementes neccessárias parra a realizaçã
ão dos
cultivvos.

A Secretaaria Municipa
al de Agriculltura, Pesca e Abastecimento (SEMA APA) de Paranaguá
está estruturando um proje eto para culttivo de ostrras envolven ndo jovens das comunidades
pesquueiras de Piiaçaguera e de Amparoo. Os candid datos a mariiculturores ppassaram po
or um
perío
odo de treinnamento e qualificação e o próxim mo passo é promoverr o licenciam mento
ambiental para immplantação das unidadees de cultivo.

No texto a seguir se erão detalhaados alguns pontos da cadeia


c produutiva da osttra no
estad
do, que perm mitirão uma a visão maiss técnica sob
bre os desafios a seremm superadoss e as
poten
ncialidades a serem exp ploradas nessse processo que visa tra
ansformar o Paraná no maior
produ
utor brasileirro de ostras nativas culti vadas.

2.4.4.5 Projetos
P de
e âmbito m
municipal

O único município
m quue se manifeestou em relaação à consu ulta realizadaa sobre prop postas
para a instalaçãoo de projetoss de maricul tura foi Paraanaguá. A SEEMAPA ‐ Seccretaria Mun nicipal
de Aggricultura, Pesca e Abasttecimento ‐,, que tem en ntre suas atrribuições a immplementaçção de
açõess voltadas à mariculturaa, incluindo a realização de assistênccia técnica ppara comunidades
pesquueiras com aptidões para esta ativiidade. Essa secretaria possui,
p inclussive, inclusivve um
departamento técnico habilitado para issoo.

No momeento, a prefe eitura municcipal de Paraanaguá deseenvolve trabaalhos de fommento


ao cuultivo de ostrras e de cam
marões em taanques‐redes para produ ução de isca‐‐viva para a pesca
esporrtiva, junto às famílias de pescado res, situados nas localid dades de Piaaçaguera, Ilha do
nha e Amparo (Tabela 99). A secretaria tem oferecido trei namentos para
Teixeeira, Europin p a
confeecção de lantternas e sele
eção de área s para instalação das uniidades de cuultivo.

Os técniicos vinculaados à preefeitura municipal relatam que a dificuldad de no


licencciamento ammbiental connstitui a prinncipal barreira encontradda e que issso tem provo
ocado
sucesssivos atraso
os nos cronoggramas e com mprometido o as metas tra
açadas.

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 71
Tab
bela 9. Comunnidades pesqu ueiras do munnicípio de Parranaguá que recebem
r supoorte da prefeitura
mu
unicipal para instalação dee unidades de cultivo de osstras e de cam
marões para issca‐viva, público
assistid
do e área preevista para as unidades de cultivo.
PÚBLIICO
COMUNIDADE PROJETO/ haa
(PESCADDORES)
Ammparo 255 Ostreicultu
ura + Tanquess‐rede / 6 ha
Piaççaguera 155 Ostreicultu
ura + Tanquess‐rede / 5 ha
Ilha do Teixeira 255 Osstreicultura/ 6 ha
Eurropinha 088 Osstreicultura/ 3 ha
T
TOTAL 733 20 ha

A CADEIA PR
RODUTIVA DA MARICULTURA
A NO PARANÁ 72
3 SSISTEMA
AS DE CU
ULTIVO

Por ser uma


u atividade bastante ddiversificadaa, e que engloba o cultivvo de espécies de
vários grupos filogenéticos, tais quais macroalgass, crustáceoss, répteis, aanfíbios e peixes p
marinnhos, os sisttemas de cu ultivo são oss mais variados possíveiis. As partic ularidades desses
d
sistem
mas podem variar em fu unção do an imal e/ou ve egetal alvo, da fase de vvida dos mesmos,
das ccaracterísticaas ambientais do local eem que as estruturas
e de
e cultivo serrão instalada
as, da
escala de produ ução, do mercado,
m da acessibilidaade à tecnologia e aoos recursos para
invesstimento e cu usteio, da disponibilidad e de infraesttrutras de appoio à produução e de mã ão‐de‐
obra e do grau dee tecnificação o e intensificcação a ser empregado
e no
n cultivo.

Para o cultivo
c de uma mesma espécie po ode‐se encon ntrar uma ssérie de sisttemas
difereentes, além de
d diversas variações
v e aadaptações dos
d mesmos,, em função de regionalidades
e dass experiênciaas adquiridass por cada aqquicultor em
m particular. As
A diferençaas podem consistir
desdee simples deetalhes como o, por exempplo, o tipo de
d amarração o e disposiçãão de travesseiros
ou coordas em um u mesmo tipo t de estruutura de culltivo, até a notável desssemelhança entre
cercaados de cultivo extensivo o de peixe, m
manejados por
p pequenas embarcaçõões, em proccessos
quasee que exclussivamente manuais,
m quanndo comparados aos tan nques‐rede dde grande voolume
installados em mar
m aberto, operados a partir de e embarcaçõ ões e balsass oceânicas,, com
autommatização qu uase total.

O sistem
ma de produ ução mais s imples e baarato que se utiliza naa maricultura é a
semeeadura diretaa no fundo, pois praticam mente não envolve
e estru
uturas compplementares ou de
apoioo. Já os cercaados são amplamente diisseminados na Ásia, principalmentee para o cultiivo de
peixees. Mas, no Brasil
B a experiência maiss bem sucediida e estudada em relaçãão aos cerca
ados é
o culttivo de camaarões marinhhos na regiãoo estuarina da
d Lagoa dos Patos.

Os sistem m ser utilizados tanto em cultivo de m


mas em long‐‐lines podem moluscos commo de
algas. Há difereenças e parrticularidadees entre eles e mesm mo entre essses os sisttemas
emprregados paraa uma mesm ma espécie. Contudo, em m comum entre si têm o fato de queq as
estruturas utilizadas para contenção/fixaação dos orgganismos‐alvvo estão susspensas na coluna
c
d´águ
ua a partir de uma lin nha (cabo m
mestre), possicionada ho orizontalmennte em relação à
superrfície do marr e mantida na
n coluna d´áágua por me eio de flutua
adores.

Neste trabalho, long‐lines hoorizontais e verticais receberam


r esse nome para
difereenciá‐los doss long‐lines utilizados
u noo cultivo de moluscos
m (aq
qui chamadoos de long‐lin
nes de
meia água e de su uperfície).

Os long‐llines (espinhéis), as messas e as balssas são os sistemas maiss empregado os em


cultivvos comerciaais no mund do, sendo la rgamente difundidos, desde a Ásia (China, Malásia),
Europ pa (principalmente Espa anha e Françça), até as Américas
A (Ca
anadá, Estaddos Unidos, Chile,
Veneezuela e Brassil). Permitemm cultivar grrande quantidade de mo oluscos, utilizzando pouca
a área,
exploorando o volume
v d´ággua, ao exxplorar tridimensionalm mente o esspaço. Poré ém, é
recom mendável see manter se empre uma distância de e pelo menos 30‐50 cm m do fundoo para

SISTEMASS DE CULTIVO 73
ultar o acesso de predad
dificu dores e redu zir a influência do material orgânicoo e sedimenttar do
fundoo sobre os orrganismos cu
ultivados.

Os long‐lines são siistemas quee requerem maior inve estimento dde implantaçção e
manu utenção. Porrém, apresentam menorres dificuldades de manejo e permiitem o cultivvo em
áreass mais afastaadas, aproveitando melhhor a profunddidade. São ainda sistem
mas que provvocam
meno os impacto no
n ambiente, tanto em t ermos visuais quanto hidrológicos, jjá que geralmmente
são cconstruídos com
c materiais mais elaboorados e de aspecto mais uniforme. Além disso, como
o cabbo principal deste sistem
ma flutua coom a variação do nível de
d maré, as cordas de cultivo
c
nuncaa ficam exp postas ao ar,, proporcionnando aos organismos
o um
u crescimeento mais rá ápido,
quando comparaado com o sistema fi xo. Isso tende a diminuir o tem mpo de culttivo e
propo orcionar um maior rendimento.

Tanques‐rede e gaiolas são estruuturas utilizadas em cultiivos intensivvos de organismos


aquátticos (tradiccionalmente de peixes, mas, mais recentemen nte, também m em cultivos de
camaarões marinh hos). As estru
uturas de culltivo podem ser montada
as nos mais vvariados formmatos
e dim
mensões; po odem empre egar materiaais tão distintos quanto
o bambus oou aço inoxidável;
podem ser flutuantes ou até mesmo subm mersas.

As gaiolas diferem doos tanques‐rrede apenas por um dettalhe conceittual, enquan nto os
tanquues‐rede possuem telas flexíveis, ass gaiolas sãoo construídaas com telass rígidas. Ass telas
dessees tanques e gaiolas favoorecem a co ntínua troca de água entre o ambiennte e o local onde
os annimais ficam
m confinadoss, o que posssibilita a re
emoção dos metabólitoss tóxicos ge erados
peloss organismoss cultivados e a manutennção das conddições ideaiss de cultivo.

A seguir, serão descritos os princcipais sistem


mas de cultivo
o utilizados mundialmen
nte na
aquiccultura marinnha, com esspecial destaaque para aq queles que poderão serr empregado os nas
unidaades de cultivo a serem instaladas naas áreas de abrangências destes PLDM M.

SISTEMASS DE CULTIVO 74
3.1 S
SISTEMAS
S DE CULT
TIVO DE P
PEIXES MA
ARINHOS
A piscicu
ultura marin nha ganhou destaque nos últimoss anos, prinncipalmente pelo
desen nvolvimento o de cultivos em escala inndustrial em áreas abriga adas, notadaamente do sa almão
(peixee diádromo) no Chile e na Noruegga e do European sea bass b (Dicenttrarchus labrrax) e
giltheead sea breaam (Sparus aurata)
a no MMediterrâneo e do bijup pirá (Rachyceentrum cana adum)
em TTaiwan. Maiss recenteme ente abriu‐see uma nova fronteiraa com c cultivoss em mar aberto,
denominados cultivos offsho ore. Estes eestão, principalmente voltados paraa a produçã ão do
bijupirá (Rachyceentrum cana adum) nos EEUA e Porto o Rico e do atum (Thunnnus thynnu us) no
Mediiterrâneo e na n Ásia. Amb bos os casoss se apóiam em alta tecn nologia, altoos investimen
ntos e
utilizaação de mão o‐de‐obra esspecializada. Em contrasste, a piscicultura em cerrcados e tan nques‐
redess de pequeno o volume ainnda continuaa a ser praticcada, principalmente na CChina e em países
p
do suudoeste asiáttico como fonte de subsi stência e complemento de renda.

Embora ainda
a esteja em fase exp erimental no
o Brasil, com
m apenas um cultivo em escala
e
comeercial, a piscicultura marinha vem desspertando caada vez maiss interesse noo País. Cresccentes
avançços obtido non setor de pesquisa, bbem como iniciativas prrivadas de ccultivo piloto o têm
criado um clima de otimismo o. O setor já conta uma linha exclusiiva de raçãoo para o cultiivo de
bijupirá, lançada comercialme ente em 20009.

3.1.1
1 Cercado
os
Relatos de cultivos de
e peixes marrinhos datam m desde o sécculo XIV na I ndonésia, qu
uando
peixees da espéciie Chanos chanos
c (milkkfish) eram coletados no ambiente e cultivado os em
viveirros. Os cultivos técnicaas se iniciar am de form ma rudimenttar, através da utilizaçã ão de
cercaados no sud doeste asiáttico. Os pe ixes aprisionados eram m alimentad os até atingirem
tamanho satisfatório para venda. Possteriormente e, adaptaçõe es foram ssurgindo e assim
desen nharam‐se os
o tanques‐re edes, inicialm
mente monttados em esttruturas fluttuantes de bambu
b
(Panttaiu, 1979; Reksalegora, 1979).

A constru ução e instalação de ceercados para o cultivo de peixes segguem os me esmos


princípios aos desscritos a segguir para cam
marões marin
nhos, sendo adequados ppara áreas ra
asas e
de baaixa dinâmicca. Sua construção tam mbém é feita normalme ente com mmateriais de custo
reduzzido e de disponibilidade e local.

No Brasil atualmente não há relattos de produução comerccial utilizandoo este sistem


ma em
escala comercial ou mesmo familiar.
f Poorém, em algguns locais os
o cercados ssão adaptado os em
curraais de pesca, onde os peiixes de menoor porte quee foram aprissionados poddem ser man ntidos
em caativeiro, receebendo alimento até atinngirem o tam
manho de comercializaçãão (Figura 17 7).

SISTEMASS DE CULTIVO 75
Figura 17 ‐ Curraal de peixes no estado do Pará
P
Fonte : Revista Brassileiros.

3.1.2
2 Tanque
es‐Rede e Gaiolas
G Flu
utuantes de
d Pequeno
o Volume

Figura 18 ‐ Tanque‐rede de pequeno volume emprregado no culltivo de peixees marinhos.


Fonte: NOAA.

Os tanquues‐rede e gaiolas para ccultivos de peixes marin nhos ou estuuarinos são ainda
uma novidade no o país, como
o a própria ppiscicultura marinha o é.
é Por isso, aainda são rarros os
casoss em que estte sistema de cultivo tennha sido testtado e avalia
ado. Uma deessas experiêências
se deeu na localidade de Tapeeroá, um mu nicípio da Co osta do Dendê, distante 280 km ao sul de
Salvador, onde tanques‐red de foram uttilizados no cultivo de tilápia Chiitralada em área
estuaarina por produtores/pescadores l igados à Co olônia de Pesca
P Z‐53. Os tanquess‐rede
emprregados tinham dimensõ ões de 2 x 2 x 1,8 m.

SISTEMASS DE CULTIVO 76
Figu
ura 19 ‐ Repre
esentação esq
quemática de tanques‐rede
e de pequeno volume usaddos em cultivo
os de
peixes.

Não há uma definiição clara dos limites que separram tanquees‐rede e gaiolas g
considerados de pequeno ouu de grande volume. Para efeito de sistematizaçção, neste estudo
e
considera‐se um tanque‐rede
e ou gaiola dde pequeno volume aquele com voluume útil entre 4 e
3
20 m .

As telas empregadass na construução das esstruturas de cultivo sãoo constituída as por


mateeriais os maiis variados como:
c poliésster revestido com PVC C, arame revvestido com m PVC,
arame galvanizaado plastificcado de altta aderência, arame zincado,z poolietileno de e alta
resisttência, alummínio, tela metálica
m niquuelada, rede de multifila
amento, telaas plásticas rígidas
r
ou fflexíveis, etcc. Na estrutura de susttentação são o geralmente utilizados perfis metá álicos,
e, tubos mettálicos, tubos de PVC, ba
poliettileno de altta densidade ambu ou maadeira (Figurra 20).
Os fluutuadores mais
m empregados são boombonas pláásticas e tubos de PVC sselados. Matteriais
alternnativos, com
mo as garrafas pet de 2 littros também
m podem ser usados (Figuura 21).

SISTEMASS DE CULTIVO 77
Figu
ura 20 ‐ Estrutura de made
eira empregadda na sustenttação de tanques‐rede de ppequeno volu
ume.
Fonte: IGIA

No caso dos tanquess‐rede, a próópria malha costuma se er responsávvel pela formma do


tanqu
ue abaixo daa linha d’águ
ua. Já se trattando de gaiolas, a estru
utura conferre rigidez à malha
m
bloqu
ueando o moovimento de sanfona ouu ensacamento da tela.

Figura 21
1 ‐ Garrafas PET
P empregaddas como estrutura de flutu
uação de tanqque‐rede.
Fonte: IGIA

SISTEMASS DE CULTIVO 78
A cobertuura dos tanques‐rede maais comum é feita com te elas de nylonn, com malha
a de 8
a 10 mm, de cor escura para facilitar a o bservação dos peixes. A tela diminu i a luminosiidade,
evita o ataque dee predadore es aéreos, aléém de evitar a fuga doss peixes. Emm regiões de
e forte
incidêência da luz solar pode‐se utilizar soombrite em 50% da áreaa dos tanquees, para reduzir o
estresse dos animmais cultivados.

Figura 22
2 ‐ Tampa dee lona com ab
bertura centra
al telada.
Fonte: IGIA

Figura 23 ‐ Tampas
T de po
oliéster revesttidas com PVC
C cobertas parcialmente coom sombrite.
Fonte: IGIA

SISTEMASS DE CULTIVO 79
O comedouro (Figura a 24) é uma estrutura fundamental dos d tanques‐‐rede de peq queno
volumme. Sua funçção é proporcionar conddições para queq todos os peixes posssam se alim mentar
adequadamente e, ao mesmo tempo, evvitar a perdaa de ração attravés de suuas malhas. Vários V
tipos de comedou uros têm sido utilizados, dentre os quais destacam‐se: 1) anééis de alimen
ntação
flutuaantes; 2) com
medouros fixxados à próppria tampa doo tanque e que se estenddem cerca de 30 a
40 cmm abaixo da superfície da
d água e; 3)) comedouro o do tipo anteparo, com m tela de abeertura
meno or que o tam manho dos peletes,
p que se estende ao longo de e toda a exteensão das laaterais
dos tanques, com m 70 cm de laargura e peloos menos 20 cm acima da a superfície.

Para os berçários
b existe a possibbilidade de se
s empregarr comedouroos de lona de PVC
aderidos à próppria tela, o que minim iza significativamente as a perdas dde rações em pó
emprregadas na faase inicial do
o cultivo, quaando os alevinos apresen
ntam tamanhho inferior a 7 cm.

As estrutturas berçárrios assume m função semelhante a descrita ppara o cultivvo de


camaarões. Elas sãão utilizadass para se fazzer a recria dos alevinoss pelo tempoo necessário
o para
que eeles cresçamm o suficiente para nãoo escapar pe elas malhas do tanque‐rrede de enggorda.
Tamb bém é comum m se utilizare
em tanques‐‐rede na fase e de berçário
o ou de pré‐eengorda cerrcados
por telas de malh has diferentes (maiores e mais resisstentes), com mo forma dee evitar a açção de
predaadores ou competidore
c es com capaacidade de rasgar malh has mais sennsíveis. A innterna
geralmente é con nstituída de fio de polié ster revestiddo com PVC,, e a externaa com tela de
d aço
galvaanizado com revestimentto de PVC. A abertura daa malha normalmente vaaria de 4 a 8 mm,
no caaso do tanqu
ues‐rede berççários (ou aleevinagem), e de 15 a 25 mm nos tan ques‐rede da fase
de enngorda.

Figgura 24 ‐ Com
medouro acoplado à tela dee tanque‐rede
e berçário de poliéster reveestido com PV
VC.
Fonte: IGIA

SISTEMASS DE CULTIVO 80
Não raro,, são utilizad
dos berçárioss, também conhecido
c co
omo bolsõess, posicionad dos no
interiior dos tanqques‐rede/ga aiolas. Os beerçários são basicamentte um tanquue‐rede de malha m
meno or e de dimeensões reduzidas. Ele é u tilizado paraa se fazer a recria dos aleevinos pelo tempo
t
necesssário para que
q eles cressçam o suficciente para nãon escapar pelas malhaas do tanque e‐rede
de enngorda. A abertura da malha norm malmente é de 4 a 8 mm, no caso do tanquess rede
berçáários (ou alevvinagem), e de
d 15 a 20 mmm nos tanques‐rede da fase de engoorda.

Também é comum se e utilizarem tanques‐red


de na fase de berçário oou de pré‐engorda
revesstidos com duas
d telas de
e malhas differentes, como forma de evitar a fuuga dos peixxes. A
intern d poliéster revestido com
na constituíída de fio de c PVC, e a externa com tela de aço
galvaanizado com revestimentto de PVC e m malha.

Os tanques‐rede podem ser fixad os em caboss de nylon dee 14 a 20 mmm de espessuura ou


caboss de aço. O primeiro
p é o material maais usado, conferindo boa
a segurança e durabilidad
de. As
extreemidades dos cabos podem ser pressas às marggens ou fixad das ao fundoo, com estaccas ou
poitas. É importante que as cordas
c de fixaação dos tannques‐rede sejam
s posicioonadas no se
entido
da coorrenteza.

Na Tabela 10 observvam‐se os prrincipais fato ores que influenciam naa escolha do


o local
para a instalação de tanques‐‐rede de gaioola, tanto de pequeno quuanto de gra nde volume.

Tab
bela 10. Sínte
ese dos Fatore
es que afetam
m a escolha do
o local para a instalação dee tanques‐red
de e
gaiolas
Ambbiente
C
Critério Especificaçção
Marinho Estuarino Água docce
Direçãão do vento Corrente de
d água Direção do ven
nto
Proteçção Natural Existê ncia de lagoas, Erosão e
CCorrente de ággua
baías e enseadas assoreame ento
Artificial Quebrra‐mar Defletores QQuebra‐mar
Relacionadas com
c a Correnntes Correntes CCorrentes
Circulaação de proteção Níveiss de maré Níveis de maré
m Estratificação
Água Espaçamento entre
e
Bem eespaçados Bem espaççados Bem espaçadoss
tanques
Saliniddade Salinidade TTipo de solo
Caractterísticas do Característticas do pH, NH3, DBO,
Química leito m
marinho sedimento o aalcalinidade
Pesticidas e de Intrusão de águ
ua

fertilizante
es ssalgada
Tempeeratura Temperatu ura TTemperatura
Assoreeamento e Assoreame ento e AAssoreamento e
turbiddez turbidez tturbidez
Qualid
dade da Física Amplittude de marés Amplitude de marés Profundidade
Água e Tipo de Topoggrafia Topografia a TTextura do sub
bstrato
Solo TTopografia
‐ Objetos flu
utuantes
OObjetos flutuan
ntes
Preda dores, parasitas Predadores, parasitas
Floração de alggas
mpetidores
e com e competid
dores
Predadores, pa
arasitas
Veget ação Vegetação
o
Biológicas e competidores
Bloom
m de plâncton Plâncton e bentos VVegetação
Doençças e parasitas Doenças e parasitas Doenças e para
asitas
‐ ‐ Produtividade natural

SISTEMASS DE CULTIVO 81
Ambbiente
C
Critério Especificaçção
Marinho Estuarino Água docce
Poluenntes industriaiss Poluentes industriais Poluentes indu
ustriais
‐ ‐ Poluição térmicca
Poluição
Poluenntes agrícolas e Poluentes agrícolas e Poluentes agríccolas e
doméssticos domésticos ddomésticos
Materriais
Suprimentos Raçãoo
Alevinnos
Mercados Proxim midade do merccado
Disponnibilidade
Acessooe Trabalho
Custo
seguraança
Monitoramentto Faciliddade de acessoo para de acomp panhamento reegular dos cultivvos.
Segurança Precauuções de segurança eficiente contra
c interferêências de todo tipo.
Frequêência de naveggação
Outros Direitoos de propriedaade, políticas e legislação
Aspecctos sociais
Fonte:: (SEAFDEC/IDR
RC, 1979)

3.1.3
3 Tanque
es‐Rede e Gaiolass de Grrande Vo
olume (FFlutuantes ou
Submerrsíveis)

Figura 25 ‐ Tanque‐rede oceânico de grande volum


me utilizado para
p o cultivoss de peixes.
Fonte: NOAA
A

Provavelmmente, nenh hum sistema de cultivo de d organismoos marinhoss apresenta tantas


t
variaçções conceittuais, estrutu
urais, funcionnais, de tamanho e de design quantoo os tanquess‐rede
e gaio
olas de grandde volume.

As estrutturas de culltivo podem


m ser fixas ou
o flutuantes, quadradaas, hexagonaais ou
circullares. No innício, eram basicamentte de made eira, atualm
mente são ffeitas quase
e que
exclusivamente ded aço ou de materiais pl ásticos.

Exemploss e informaçções sobre oos diferentes tipos de tanques‐rede


t e e de gaiollas de
grand
de volume empregados
e no mundo podem ser consultadoss no livro "CCage aquacu ulture.
Regio
onal reviewss and global overview" ((FAO, 2007).. Os autoress citam, por exemplo, que na

SISTEMASS DE CULTIVO 82
Chinaa são utilizad
dos tanquess bastante siimples e peq
quenos, em geral de 5 x 5 x 5 m, muitas
m
vezess construídos a partir dee tábuas de madeira, bambu, tubos de aço ouu outros matteriais
dispo
oníveis localmmente.

Figura 26 ‐ Repressentação esqu


uemática de ggaiolas oceân
nicas de grand
de volume usaadas em cultivvo de
peixes.

No Chile, existe um grande


g númeero de áreas profundas abrigadas,
a onnde são utilizadas
estruturas circulaares, confecccionadas em
m material pllástico, ou quadradas,
q c om armaçõ ões de
metal. Estas estruturas são ancoradas aao fundo do mar por me eio de blocoos de concre eto ou
âncorras especialmmente desen nvolvidas paara este fim.. Gaiolas de 90 m de cirrcunferência a, com
redess de 20 m dee profundidade (12.900 m 3), são communs, assim como
c gaiolass de metal de 20 x
20 x 20 m (8.0000 m3). Usualmente aindaa são ainda montadas
m esttruturas flut uantes e de apoio
para armazenam mento de raçção e alojam mento dos técnicos
t quee trabalham nas unidad des de
produução (Beveridge, 2004).

Gaiolas de metal são estruturas mmais sólidas e geralmente e mais fáceiss de trabalha
ar que
aquelas confeccionadas em material pláástico. Isso permite um m maior aceesso físico e mais
estávvel às operaçções de rotina, como m mudar as reddes, eliminarr os animais mortos e fa azer a
seleção periódicaa dos peixess. Uma desvvantagem daas gaiolas de metal é qque eles são o mais
susceetíveis à fadiiga do material e à corroosão e são menos
m robusstas em locaais de alta en nergia
(Willo
oughby, 1999).

Geralmennte as gaiolaas de metal são fisicameente ligadas umas às ouutras, o que pode
reduzzir as trocass de água em algumass gaiolas, aggravando oss efeitos neegativos sob bre as
taxass de crescimento e aumentando a variabilidade e de tamanh ho dos orga nismos cultivados
nas d
diferentes gaaiolas. Os ava
anços recenttes na galvan
nização a quente têm redduzido a corrrosão
e melhorado a reelação custo//eficácia, esttendendo a vida
v operacional de gaioolas de meta al para
mais de dez anos.

SISTEMASS DE CULTIVO 83
ente tem siddo uma característica das empresas que se dedicam à
A mecaniização cresce
produ ução de salmão no Chile. Hoje oss sistemas de d produção o são compoostos de um m silo
flutuaante centralizado, de um ado de forneecimento de ração
m sistema auutomático e individualiza
para cada gaiola,, que é feito
o através de tubos de plástico e de ar comprim mido. Há aind
da um
ma individual de câma
sistem aras subaqu áticas e eqquipamentoss de controole da ração o não
consuumida em caada tanque ouo gaiola.

Gaiolas submersíveis
s s de 3.000 m3, fundead das em loca ais de pelo menos 30 m de
profuundidade e alta
a dinâmica a, com capaacidade para estocagem de 12.000 bbijupirás têm m sido
utilizaada em Portto Rico desde e 2002. A gaaiola consistte em uma lo ongarina cenntral rodead da por
um aro redondo de aço de 25 m de diâm metro. Armaçções de mettal sustentam m as redes. Portas
P
com zzíper na redee fornecem acesso fácil aaos mergulh hadores que fazem o mannejo das unidades
de produção. Ass gaiolas posssuem um ccontrole de flutuabilidade muito efficiente, pod dendo
subm mergir completamente em m menos dee 5 min. O sisstema é ancorado por 4 lastros de 10.0001
kg. As gaiolas ficaam completa amente invissíveis na superfície, senddo apenas sinnalizadas por uma
pequena bóia ligaada a um tu ubo, que poode ser puxado até a sup perfície e quue é utilizado
o para
introd duzir alevino
os e ração, bem
b como p romover a despesca
d (através de bom mbas), quan ndo os
animais atingem o tamanho comercial
c (Raadford, 20055).

Para os cultivos a serem realizaddos no estado Paraná o ideal seria o uso de estru
uturas
semeelhantes às descritas accima que esstão sendo utilizadas em Porto Ricco. Esse sisstema,
cham
mado de "Aqu uapod®" é um sistema d e confiname ento exclusivvo para a aquuicultura marinha,
adequado às con ndições de alta energiaa de ambien ntes exposto os e recomeendado para a uma
de variedadee de espéciess (Figura 27)..
grand

Fiigura 27 ‐ Sisttema de cultivvo "Aquapod®


®".
Fonte: naationalgeograaphic.com

SISTEMASS DE CULTIVO 84
O Aquapo 5 kg) que see unem form
od é construído de painééis triangularres (de 45 a 50 mando
uma forma esférica. A maiorria dos painééis é feito dee polietileno de alta dennsidade reforrçado,
conteendo 80% de d material reciclado, cobertos co om tela de arame de aço galvan nizado
revesstido. As gaiolas podem ser ancoraddas em múlttiplos pontoss de amarraação ou entã ão em
apenas um único ponto. Uma a de suas graandes vantaggens é que o sistema maantém sua forma e
volum
me independ dentemente da velocidadde das corren ntes locais.

O sistem
ma pode fun ncionar tota l ou parcialmente subm merso. Qua ndo submersa, a
estrutura apresen nta flutuabiliidade neutraa, o que facillita seu posiccionamento vertical na coluna
c
d´águua, e quando o parcialmennte emerso ppainéis modiificados facilitam as operrações de manejo
m
(acessso à estrutura de cultivoo, alimentaçãão, transferêência dos peixes, classificcação e desppesca).
Um o ou mais dessses painéis são modificcados para forneciment
f o e distribuuição de raçã
ão no
interiior da estrutura. A ração deve ser forrnecida a partir de uma embarcação.
e .

A empressa fabricante ma que prod


e desse mateerial (Ocean Farm Technologies) afirm duz as
gaiolaas em estrreita colaborração com sseus clientes, fornecend
do estruturaas planejada
as sob
medida para as demandas loccais.

O problema, no caso
o do Paranáá é que o tamanho mín nimo de gaiiola é de 11 15 m3
metro de 8 m)
(diâm mo é de 11.0000 m3 (28 m de diâmetro). Como é recomendá
m ‐ o máxim ável o
posiccionamento das
d gaiolas em
e locais com
m o dobro da
d sua profunndidade, estee tipo de ma
aterial
é mais recomendado para reggiões com m
mais de 16 m de profundid
dade.

Na Amériica do Norte os tanques‐‐rede têm um ma superfíciee estruturad a na forma de


d um
colar (anel) a partir da qua al as redes ssão suspenssas na coluna de água. Estes colare es são
geralmente de açço ou polietileno de alta densidade (PEAD). A van ntagem do uuso de PEAD é que
este material se adapta
a ao movimento
m daas ondas. Ass estruturas de
d aço, por ssua vez, oferrecem
plataformas maiss estáveis de trabalho.

Os tubos de PEAD podem ser mo ntados de diiversas mane eiras a fim dee produzir colares
manhos e formas. Os ta nques‐rede são muitas vezes
de diiferentes tam v compoostos por do ois (às
vezess três) anéiss de PEAD de
d 15‐35 cmm de diâmettro cada. Oss anéis podeem ser flutu uantes
(preeenchido com poliestirenoo) ou submerrgíveis (por meio do seuu preenchimeento com ággua/ar
atravvés de mangueiras). O anel mais inteerno dá susttentação às telas utilizaddas na contenção
dos ppeixes, enquanto o anel externo é uttilizado paraa as operações de manejjo e também m para
fixaçãão de redes contra
c preda
adores.

O sistemaa de amarração pode seer bastante complexo.


c Os
O mais comuumente utiliizados
são ccompostos por
p estrutura a de cordas, chapas de ferro
f e bóiass ligados a â ncoras atravvés de
váriass amarras orrtogonais.

Os tanques‐rede de superfície ( não submerrsíveis) são descritos


d commo "tanquess‐rede
de grravidade", po
orque depen ndem de pessos penduraddos nas rede
es para manttê‐los aberto
os. Por
não ter uma estrutura
e rígida de coontenção, oso tanques‐rede tendeem a sofrer um
"ensaacamento" provocado
p pelas
p correnntes de ele
evadas veloccidade, reduuzindo assim
m seu
volum
me útil. Aarsnes et al. (1990) observaaram que atté 80% do vo
olume útil dee um tanquee‐rede
oceân nico pode ser
s perdido em locais oonde as correntes atingem 100 ccm/s. Esta perda

SISTEMASS DE CULTIVO 85
normmalmente é minimizada anexando‐sse pesos à porção inferior da redee, em intervalos
regulares, de modo a reduzir a sua deforrmação. Maiss recenteme
ente, o efeitoo de ensacam
mento
tem sido praticaamente elim
minado atravvés da implaantação de um colar m metálico na parte
inferiior da estrutura.

Outro tiipo de tanq


que‐rede dee grande volume é o composto por platafo ormas
flutuaantes, que são usadas na Espanh a e na Itália. Estas estruturas
e sãão quadradas ou
hexaggonais e co omportam 7‐8
7 tanques.. O sistemaa de amarra ação é com mposto por várias
amarrras fixadas nos
n cantos. As
A plataformaas dispõem de
d sistemas de controle da flutuabilidade.

O modelo o italiano é composto


c poor um colar circular de ferro de 60 m
metros de largura,
3
no quual 6 seis reedes de 5.5000 m cada ssão fixas. A plataforma comporta
c um
ma construçção de
de 100x20 m, divvidida em dois pavimenntos. O térrreo comportta uma áreaa de embala agem,
câmaara fria e uma sala de gello. O 1 º pisoo comporta o alojamentto do pessoaal, cozinha/caantina
e sala de reunião. A pla ataforma fluutuante estáá posicionad da em umaa região on nde a
profuundidade loccal é 80 m e possui aindaa um sistema de controle de subme rsão que pe ermite
elevaar o nível de flutuação
f de
e toda a estruutura durantte tempestad des.

No Brasil, a empresa pernambuccana Aqualid der está send


do protagon ista das primmeiras
experriências de piscicultura oceânica ddo país. O "Projeto
" Beijupirá" envoolve o cultivvo da
espéccie em tanqu ues‐redes po
osicionados a 11 km da praia de Boa a Viagem e a 15 km do Porto
do Reecife. Os tanques‐rede tê
êm 25 metroos de diâmettro por 11 m de profunddidade e estã ão em
um lo
ocal onde a profundidad
p e é de 30 m etros. Bóias luminosas fazem a sinallização da árrea de
produução que temm 169 ha licenciados, m as somente 2,36 ha desttinados ao cuultivo

Figuraa 28 ‐ Tanque
es‐rede de gra
ande volume utilizados no cultivo de bijupirá no litorral de Pernam
mbuco.
Foonte: Aqualid
der.

SISTEMASS DE CULTIVO 86
3.2 S
SISTEMAS
S DE CULT
TIVO DE M
MOLUSCO
OS BIVALV
VES
Capazes de ocupar diversas zonnas no amb biente marinnho, os moluuscos bivalvves se
destaacam como um dos grupos mais veersáteis da aquicultura, adaptando‐s
a se a uma série de
sistem
mas de cultivvos bastante e diversos e ntre si. Assim
m como as macroalgas,
m estes organismos
requeerem baixo grau de man nejo, necesssitando, basiicamente, dee um substraato de fixação ou
para se enterrareem, além de e ficar submeersos parte dod dia ou o dia todo parra a realizaçção de
sua pparticular forrma de alime
entação, a filltração. Natuuralmente, existem
e partiicularidades entre
as inú
úmeras espéécies de bivallves cultiváveeis, que influ
uenciam na seleção
s dos ssistemas.

Os long lines
l (espinhéis), as messas e as balssas são os sistemas maiss empregado os em
cultivvos comerciaais no mund do, sendo la rgamente difundidos, desde a Ásia (China, Malásia),
Europ pa (principalmente Espa anha e Françça), até as Américas
A anadá, Estaddos Unidos, Chile,
(Ca
Veneezuela e Brassil). Tais siste
emas permittem o cultivo o de uma gra
ande quantiddade de moluscos
utilizaando‐se po ouca área, já que eexploram a coluna d´água e ocupam, assim, a
tridim
mensionalmeente o espaçço. Porém, é recomendável sempre manter m umaa distância de e pelo
meno os 30‐50 cm do fundo pa ara dificultarr o acesso de
e predadoress, além de reeduzir a influ
uência
do material orgân nico e sedimentar do funndo sobre os organismos cultivados.

O tipo dee fundo tamb bém pode inffluenciar no cultivo, poiss o revolvimeento do solo
o pode
causaar a ressuspensão de pa artículas e a fetar negativamente o desenvolvim mento de esp pécies
mais exigentes comoc as vieiras (Nodipeccten nodosu us). Solos de
e areia grosssa ou de ma aterial
coralino‐rochoso são ideais, principalmeente para cultivos de fun ndo de ostraas. Já para alguns
a
bivalvves que posssuem o hábito de se entterrar no sed dimento com mo o berbigã o (Anomaloccardia
brasilliana), o suruuru (Mytela sp.) e a lambbreta (Lucina
a pectinata), é preferível solos mais argilo‐
a
siltossos.

Grande parte
p dos biva osição parcial ao ar, perm
alves é resisttente a expo mitindo que alguns
a
cultivvos sejam innstalados em áreas em m que natu uralmente, pela
p variaçãoo da maré,, essa
expossição ocorraa. Esse é um procedimennto chamado o de castigo, adotado poor produtorees em
cultivvos com a função
f de reduzir
r a in cidência de organismoss incrustant es, predado ores e
comp ntretanto, o tempo de eexposição do
petidores. En os animais ao
a ar não deeve ser supe erior a
aproxximadamentte 35 e 50% do tempo ppara ostras e mexilhõess, respectivaamente (SPENCER,
2002). Caso a exp posição seja prolongada, o crescimen nto poderá seer reduzido ee/ou cessado
o pelo
baixoo tempo de filtração som mado ao esttresse fisiolóógico, sendoo que poderáá ainda ocorrer a
desseecação dos moluscos,
m principalmentee em locais quentes
q e co
om ventos foortes, levand
do, em
casoss mais severoos, à mortalidades massi vas.

SISTEMASS DE CULTIVO 87
3.2.1
1 Semead
dura Direta
a

Figura 29 ‐ Seemeadura dirreta de ostras.


Fonte: Bussy Bee.

Este é um
m método de e cultivo traddicional e mu
uito barato, praticado
p emm muitos locais do
mund do. Porém, sua
s desvantagem é nãoo ser tão pro odutivo como os sistemaas suspenso os. Em
locaiss onde o fun
ndo não é co onsolidado o suficiente, podem ser montadas
m essteiras de ba
ambus
sobree o fundo (LLovatelli, 19888). No enttanto, a utillização do bambu
b aumeenta os custtos de
invesstimento e de manute enção, pois este material precisa ser substi tuído com certa
frequ m, se a culturra de fundo for a escolha, a natureza do substraato, em term
uência. Assim mos de
firmeeza e compossição poderá á ser determminante depe endendo da espécie
e alvoo. Portanto precisa
ser aanalisado cu uidadosamen nte a fim dde permitir uma correta análise dda relação custo
/beneefício do inveestimento.

A semead dura direta é utilizada eem cultivos de


d moluscoss (mexilhões,, sururus, ostras,
o
abaloone, lambretta e massuniim) e tambéém de macro oalgas. O prin
ncípio é sim ples: as semmentes
são ddepositadas diretamente e sobre o fu ndo. Em algguns casos, podem
p ser innstaladas telas ou
barreeiras para prroteção dos organismos cultivados. Em certos cu ultivos de alggas, os broto
os são
fixadoos previameente em alggum tipo dde substrato o (cestos dee bambus, m material pláástico,
cerâmmica ou ped dras) e depo ois espalhadoos pelo funddo. O manejo é mínimoo, na maioriia das
vezess se restringgindo à retirada de preddadores. Naa época da despesca, oos organismo os são
retiraados do funddo manualm mente ou porr meio de baarcos especialmente adaaptados para a isso.
Nessees barcos, um equipam mento semeelhante a uma u draga raspa o fu ndo e cole eta os
organ nismos.

SISTEMASS DE CULTIVO 88
Figura 30 ‐ Cultivo
C atravé
és de semead ura direta pro
otegido por malha
m sintéticca no Canadá
Fonte: IGIA.

Nos cultivvos de macrroalgas, as ddensidades a utilizadas dependem


d fuundamentalmmente
da traansparência da água, pois quanto maaior a transp parência, maior será a peenetração de
e luz e
da dissponibilidade de nutrientes. Já nos ccultivos de moluscos,
m a co
omposição e a estabilida
ade do
substtrato são parâmetros am mbientais im mportantes a serem considerados ppara a seleçção de
um loocal adequad do.

Figura 31
3 – Despesca
a manual de m
mariscos (clam
m) em cultivo
o de fundo noo Canadá
Fonte: IGIA.

Há espéccies, como os berbigões e os sururuus que são naturalmentee encontrado os em


fundoos lamacento os ou siltoso
os, mas nem
m todas as espécies suporrtam este ass condições desses
d
tipo d
de substratoo. No caso ded mexilhõees, por exemmplo, esses sistemas
s praaticamente só
s são

SISTEMASS DE CULTIVO 89
utilizaados na Holaanda, Dinam
marca e Alem
manha e realizados em zo
onas de funddo pedregosso, em
canaiis de grande circulação de
d água.

F
Figura 32 ‐ Culltivo de fundoo através de semeadura
s direta de ostraas.
Fonte: Bussy Bee.

Figurra 33 ‐ Repressentação esqu


uemática de uum cultivo de ostras feito através
a de semmeadura direta. Os
anim
mais são colocaados diretamente em conttato com o se edimento, em m locais de funndo areno‐lod
dosos.

No caso dos d ostra, os sistemas de fundo estão


d cultivos de o geralmentee limitados a áreas
onde o substrato o é firme o su
uficiente parra suportar os
o animais seem que estess afundem e onde
o assoreamento não n é excesssivo (FAO, 19988). Este é um método tradicional e muito bara ato de
cultivvo e é praticaado em muittos locais doo mundo. Suaa desvantage em é que nãão é tão prod dutivo
como o sistemas suuspensos. Emm locais ondde o fundo não é consoliidado o suficciente, pode em ser
monttadas esteiraas de bambu us sobre o ffundo (Lovattelli, 1988). No entantoo, a utilização do
bamb bu aumenta os custos de e investimennto inicial e este materia
al precisa seer substituído
o com

SISTEMASS DE CULTIVO 90
dade, a naturreza do subsstrato,
certa frequência. Assim, se a cultura de fuundo é a úniica possibilid
em teermos de firmeza e com mposição, preecisa ser anaalisada cuidadosamente a fim de pe ermitir
uma correta análise da relaçãão custo /bennefício do invvestimento.

A profundidade da água
á normal mente não é um fator limitante paara os cultivvos de
fundoo que utilizaam moluscos. No entan to, em últim ma instância, é ela que vai determiinar o
sistem
ma de cultivvo a ser emppregado. Proovavelmente e, o aspecto mais imporrtante no qu ue diz
respeeito à profun
ndidade locall é evitar lon gos períodos de exposiçãão, principallmente durante as
maréés vazantes. Essa maior exposição
e teende a aumeentar o períoodo de cultivvo, pois diminui o
temp po de alimentação dos annimais. Por ooutro lado, essa
e possibilidade de expposição favorece a
despeesca, especialmente qu uando ela é realizada manualmente e reduuz o númerro de
incrustantes, prin
ncipalmente moles.

3.2.2
2 Long‐lin
nes de superfície (esspinhel)

F
Figura 34 ‐ Lon
ng‐line de supperfície utiliza
ado no cultivo
o de mexilhõees.
Fonte: Sbitttinger.

Segundo Poli (2004),, são estrutuuras que pe


ermitem culttivar os mol uscos em re egiões
mais abertas e profundas (en ntre 4 e 40 m de profun
ndidade), sujjeitas a maioores forças, como
baíass e enseadas e até mesmmo em mar aaberto. Recomenda‐se qu ue a profunddidade mínim ma no
local de instalaçãão seja de 3 m durantee a maré maais baixa do ano. Correnntes muito fortes
podem afetar neggativamente e os cultivos.

Constitui‐‐se, basicam
mente, de um o de 18, 24 ou 32 mm) com
ma linha priincipal (cabo
compprimento útil de até 100 0 m, somanddo‐se às exttremidades uma
u metraggem equivaleente a
três vezes a proofundidade do local, anncorado porr poitas ou u âncoras, que manté ém as
estruturas presass ao fundo. Os long‐linees, que pode
em ser simples ou duploos (amarrado os em
paralelo). São mantidos
m suspenso na ággua por me eio de flutuaadores (de plástico, fib
bra ou

SISTEMASS DE CULTIVO 91
poliuretano) de volume entrre 20 e 200 llitros. O cabo sustenta as a estruturass de fixação ou de
conteenção dos orrganismos cu
ultivados (traavesseiros, laanternas, coletores de seemente ou outras
o
estrutura assemeelhada), quee são posicioonadas vertticalmente em relação a ele. A disttância
entree um long‐liine e outro deve ser prrevista confforma as condições físiccas do local e ao
tamanho das emb barcações qu
ue irão operaar no parque e de cultivo, ficando entrre 5 e 15 m.

Figurra 35 ‐ Repressentação esqu


uemática de uum long‐line (espinhel) de
e superfície ussado em cultivvo de
moluscos.

Nos cultivvos de ostrass, as estruturras contendoo as lanterna


as são atadass à linha prin
ncipal,
a inteervalos de 0,80
0 a 1,0 m entre si. Pa ra efeito de cálculo, pod de ser estim
mado um valo or em
tornoo de 3.500 dú úzias em 1000 lanternas, ppara cada esspinhel de 1000 m.

O cultivo
o de mexilhõ ões por suaa vez é feito o diretamennte em corddas fixas ao cabo
mestre. O tamanho das corda as de mexilh ão nesses sistemas costu
uma variar eentre 1 e 8 m,
m mas
isso depende daa profundida ade local e dda espécie trabalhada.
t Mais recenttemente, em m uma
tentaativa de mellhor utilizaçã
ão dos ambbientes onde e são realiza
ados os culttivos, elas podem
p
ocupaar mais de 30 m da colun na d ´água e uma extenssão total de mais
m de 5 km m, dependen ndo da
profuundidade local (Plew, 2005).

SISTEMASS DE CULTIVO 92
3.2.3
3 Long‐lin
nes de meiia água

Figu
ura 36 ‐ Long‐line de meia áágua para culltivo de mexilhões na Espaanha.
Fontee: Granjas Maarinas.

Long‐lines de meia ággua constitueem um siste


ema de cultivvo apropriaddo para locais com
profuundidades maiores,
m em torno de 100 m ou mais. Têm um custo de im mplantação muito
elevaado e que envolve a operração com baarcos e equip
pamentos esspecializadoss.

Os princíp
pios que reggem a sua opperação são os mesmos descritos annteriormente e para
os lon
ng‐lines de superfície.
s No entanto, nneste caso, a linha mestrra está dispoosta a cerca de
d 6a
8m dda superfície. Este é um sistema muuito utilizado o no Chile, Nova
N Zelândiia, Inglaterra
a e na
Françça.

Os long‐llines podem ser montaddos com cab bo mestre dee 25 mm dee diâmetro com
c e
comp primento méédio de 100 m, possibilit ando a anco
oração com poitas
p ou esttacas de 2 metros
m
enterrradas no fundo.
f A su
ustentação ddo cabo de e superfície é mantidaa com auxilio de
flutuaadores, amarrados a cada 2 metros.

Na linha de cultivo
o a meia‐ággua os flutu uadores, sãoo submersoos e inicialmmente
amarrrados a cada 10 metross no cabo prrincipal. Postteriormente,, com a ocuppação da linha de
cultivvo com novas lanternas de
d ostras, noovos flutuado
ores são ama
arrados para que as estru
uturas
de cuultivo não to
oquem no fundo evitandoo o ataque ded predadores. A marcaçção dos long g‐lines
deve ser feita com
m o uso de bóias
b sinaliza doras.

SISTEMASS DE CULTIVO 93
Figurra 37 ‐ Repressentação esqu
uemática de uum long‐line de meia‐água
a usado em cuultivo de molu
uscos.

ne meia água, também chamado de


O long‐lin e cultivo sub
bmerso, devee apresentar uma
bilidade de flutuação que
flexib e permita o manejo dass estruturas de
d cultivo (laanternas e cordas
c
de mmariscos) da embarcação o do maricuultor e que não exija obrigatoriam
o mente o merrgulho
autônnomo, pois os mariculto ores de manneira geral não estão preparados
p ppara este tipo de
maneejo.

3.2.4
4 Balsas

Figura 38 ‐ Balsa flutuaante utilizada no cultivo de


e moluscos.
Fonte: Fotothing.

o as mesas, são sistemass usualmente empregad os nos cultivvos de


As balsas, assim como
moluscos bivalves. Segundo Ferreira
F &M
Magalhães (20003) as balsa
as variam muuito em tam
manho,

SISTEMASS DE CULTIVO 94
podendo ir de 300 m2 (Brasil), 60‐90 m2 (CChile, Canadáá, Estados Unidos, Chinaa) até mais de
d 500
2
m (EEspanha). Daa mesma fo orma, apesarr de geralmente serem construídass com made eira, a
metoodologia de construção
c varia muito, mmesmo em umau mesma região de cuultivo.

O sistemaa é basicame
ente compossto por um conjunto
c de bóias e armmações de ma adeira
manttido na supeerfície da água. Uma ba lsa pode serr ancorada porp uma ou mais poitass, mas
respeeitando‐se uma quantida ade mínima de cabo equivalente a três vezes a profundidade do
ariar entre 4 x 6 m a 7 x 14 m.
local.. O tamanho das estruturras empregaadas no Brasiil costuma va

As balsas utilizadas no cultivo de mexilhão em


m Espanha são feitas de uma estrutu
ura de
2
madeeira de 5 cm de espessu ura. O tamannho médio dod conjunto é de 23 × 233 m e que su
uporta
700 ccordas de 9 m de com mprimento. A As balsas são ancoradass nas suas eextremidade
es por
grand
des poitas dee concreto.

Figura 39 ‐ Represen
ntação esquem
mática de um
ma usada em cultivos
c de mooluscos.

Como sisstemas de flutuação, ssão empreggues os mais diversos materiais como: c


bomb bonas plásticas (de 2000 litros ‐ Br asil); placas de poliurettano rígido (Chile, Can
nadá);
flutuaadores de madeira
m de compensaddo naval co obertos comm resina e preenchidoss com
poliuretano expandido (no Brasil}; taambores co omuns de metal; tam mbores de metal
especcialmente co
onstruídos e revestidos dde resina (Esppanha), entre
e outros.

As áreas para instalaçção desse sisstema devem m ser as maiss abrigadas ppossíveis, estando
proteegidas de forrtes ondulaçõ ões e com p rofundidade e mínima de cerca de 3 m durante a maré
mais baixa do ano o. O espaçam mento entre as balsas vaai depender principalmennte da ancorragem
eaq quantidade destas
d por região produutora depend derá da prod
dutividade pprimária loca al. As
cordaas ou lanternnas normalm mente são poosicionadas nas
n balsas seeguindo os mmesmos intervalos
e disttâncias descrritos anteriormente paraa os long‐linees.

SISTEMASS DE CULTIVO 95
3.2.5
5 Mesas

Figura 40 ‐ Cultivo de oostras em siste


ema de mesas na China.
Fonte: National Geo
ographic

O sistemaa fixo, também conheciddo como varal, mesa ou "rack" é emppregado em locais
com baixa dinâmica e profun ndidade de a té 3 metros. Esta estrutura de cultivvo é semelha ante a
uma "mesa", com mposta por um conjuntoo de estacas ou postes ‐ de d madeira, concreto, PVVC ou
metal ‐ cravados no leito ma arinho e ligaddos entre si.. Os pés dessas mesas sãão enterradoos em
fileiraas, espaçadoos entre si a cada 2 o u 3 metros. Sobre este es pés é feiita uma armmação
horizontal, gradeado onde ass cordas de m mexilhões e//ou as lanterrnas de ostraas são amarradas.
A pro oposta é man nter os organnismos cultivvados sem coontato direto
o com o funddo.

Figura 41
1 ‐ Representa
ação esquemáática de uma mesa utilizad
da em cultivo de ostras.

malmente as lanternas de
Neste sisstema, norm d ostras e as cordas dde mexilhõe
es não
ultrap
passam 1,5 metros de comprimento
c o, pois as mesmas
m não podem encoostar‐se ao fundo

SISTEMASS DE CULTIVO 96
para evitar o ataq
que dos pred
dadores e ta mbém não devem
d ficar expostas
e tottalmente ao ar em
situaçções de marés baixas.

No modeelo de mesa empregado


e eem Santa Catarina, o esp
paçamento eentre as estru
uturas
dependerá da em mbarcação utilizada
u no manejo dass unidades de d cultivo. O mais com mum é
variar de 3 a 5 m.
m O intervaloo entre um rrecipiente dee contenção de ostras e outro é o mesmo
m
que nnos demais casos,
c ou seja
a, entre 0,8 e 1 m.

Há que se
s destacar que em am mbiente marinho e estu uarino os m
materiais lenhosos
podem ser atacaddos por um molusco, chhamado de teredo
t ou buusano (Tereddo sp), que destrói
d
comppletamente a madeira emm pouco tem mpo. O bamb bu é o materrial que resisste mais tem
mpo na
água (6 a 12 meses). Canos de
d PVC de 755 ou 100 mm m, preenchidos com conccreto, ou ape enas o
uso d
de concreto garantem
g umma vida útil m
maior às estrruturas (Poli, 2004) .

Figurra 42 ‐ Estaca de madeira ddegradada pelo molusco gu


usano (Teredoo sp.).
Fonte: IGIA

s posicionaadas em áreas rasas, na região interrmareal, em locais


No Paraná as mesas são
que costumam ficar totalm mente expo stos durantte a maré baixa. Elas são geralm mente
consttruídas com as seguintess medidas: sseções de 3 m x 85 cm de largura x 50 cm de altura,
a
formaado por 3 veergalhões dee ferro de 166 mm. Os ferros não são usualmente galvanizado os e as
mesaas duram em m média 5 anos. A esttrutura também pode se s montadaa com estaccas de
madeeiras fixadass no solo, se
endo suas exxtremidadess livres ligadas por varass de bambu. As
ostras são colocaadas em travvesseiros de tela plásticaa rígida de 6 a 20 mm, coom cerca dee 0,5 a
2
1,0 m , que são posteriorme
p nte amarraddos horizontalmente sob bre as mesass. Uma mesaa de 3
m de comprimento suporta 7 travesseiross e permite o cultivo de 1.050
1 a 14000 ostras.

SISTEMASS DE CULTIVO 97
3.2.6
6 Varais e racks
Outros sistemas
s fixo
os de cultivvo de ampla utilização o são os vaarais e os racks,
conheecidos como e Figura 44). Também sãoo empregados em
o cultivos susspensos fixoss (Figura 43e
locaiss com baixa dinâmica e profundidaades máximaas de até 4 metros. A ddiferença pa ara os
sitem
mas de mesa se dá pela forma
f de fixaação e posiccionamento das
d estruturras de cultivo
o, que
nas p
primeiras são
o apoiadas e neles penduuradas.

d rack no esttado do Sergippe.


Figgura 43 ‐ Cultivo de ostras em sistema de
Fonnte: Gomes (2010)

Figgura 44 ‐ Cultiivo de ostras em sistema de


d varal no esttado do Sergiipe.
Fonte: IGIA

SISTEMASS DE CULTIVO 98
O sistema de varal é composto por um con njunto de esstacas ou poostes de ma adeira,
concrreto, PVC ouu metal, cravados no leitoo marinho e ligados entre si através dde cabos de nylon
tranççado ou de polietileno,
p já nos racks,, a interligaçção é feita por estacas rí
rígidas ou ba
ambus
(traveessões). As estacas
e são fincadas
f em fileiras, espaaçadas entre e si de 1 a 3 metros, poddendo
ser colocadas entre essas, esstacas auxili ares de men nor porte e//ou estruturras flutuante
es que
auxiliiem na reduçção da tensão exercida ppelo peso dos organismos cultivados..

Nos cabo os suspensoos ou nos ““travessões””, são fixadas as cordaas de mexilhões,


lanternas e/ou travesseiros de ostras, ficaando os orgaanismos susp
pensos perpeendicularmente às
estruturas de sustentação (Figgura 45).

Figura 45 ‐ Culttivo de mexilhhões em rack utilizado em Santa Catarinna.


Fonte: Epagri

Neste sistema, normalmente as lanternas e//ou travesseiros de ostraas e as cord das de


mexillhões não ulttrapassam 1,5 metros dee comprimen nto, pois as mesmas
m nãoo podem encostar‐
se ao
o fundo, paraa evitar o ataque dos prredadores. Não
N devendo o também ficcar expostas ao ar
por p
períodos muiitos longos em
e situaçõess de marés baixas.
b Do mesmo modo que o sistem ma de
mesaa, estas estruturas de cultivo tambéém estão su ujeitas ao attaque do m molusco tered do ou
gusan
no (Teredo sp.).
s Geralmeente, os sisteemas fixos requerem
r invvestimentos menores qu uando
compparados aos long lines, podendo se r elaborados a partir de e materiais rústicos, alé
ém de
ocupaar áreas ond
de os demais sistemas se tornariam in nviáveis pela
a variação daas marés

3.3 S
SISTEMAS
S DE CULT
TIVO DE C
CRUSTÁCE
EOS
Diferentee das macroa
algas que praaticamente só
s necessitam
m de um subbstrato de fixxação,
expossição à luminosidade e contato co m a água e seus nutrie entes para sse desenvolvver, o
cultivvo de camarrões e peixess exigem sisstemas mais complexos e elaboradoos. Parte devvido à

SISTEMASS DE CULTIVO 99
necesssidade de impedir a dispersão
d doos animais que possue em comporttamento ativvo de
nataçção e parte devido
d à nece
essidade de alimentaçãoo artificial, um
ma vez que a manutençã
ão dos
animais confinados os impede e de exploraar o ambiente
e.

A carciniccultura marin
nha ficou co nhecida mun
ndialmente devido
d a suaa rápida expa ansão,
tendoo como principal propulsor o cultivoo em sistemaas de viveiro
os escavadoss e a utilizaçção da
espéccie L. vannam mei, exótica ao Brasil. A
Apesar do do
omínio tecno
ológico e doos bons resultados
obtid
dos por essee sistema, attualmente e le vem enco mitadores à ssua expansã
ontrando lim ão. Os
principais probleemas encon ntrados são referentes a: enfermidades viraiss, dificuldad de na
regularização ammbiental das fazendas, fa lta de área para
p expansãão dos cultivvos, conflitos com
comuunidades pessqueiras e o alto custo dee implantaçãão.

Diante deesta realidad ultura tradicional apresennta hoje um baixo


de, a prática da carcinicu
potenncial para o incremento da produçãoo aquícola no curto prazo, além de fficar praticam mente
inaceessível para pequenos produtores
p qque queiramm investir naa atividade. A viabilizaçã
ão de
sistem
mas alternativos como cercados e cultivos em m tanques‐rrede poderiaa abrir um novo
horizonte para a atividade no Brasil, posssibilitando o aprimoram mento do cu ltivo das esp pécies
nativas e a utilização de águas de domínioo da União.

Com caraacterísticas diferentes,


d oos dois sistem
mas poderiam disseminaar a carcinicultura
em áreas distintaas da costa, respectivame
r ento o infra‐‐litoral superrior e a zona nerítica. Um
ma vez
que, os juvenis taanto da espé écie Litopenaaeus vannam mei como da as nativas sãão bem adap ptados
aos estuários e possuem requerimenntos ambientais muito o semelhanttes, já que e são
euriahalinos e possuem
p boa
a capacidadde de osmo orregulação, o cultivo ddestas espéccies é
passívvel de ser reealizado em uma ampla faixa de salinidade, aum mentando ainnda mais os locais
possííveis de cultivvo.

3.3.1
1 Cercado
os

FFigura 46 ‐ Ce
ercados utiliza
ados para o cuultivo de camarões marinh
hos na Lagoa ddos Patos ‐ RSS.
Fontee: Wilson. F. B. Wasielesky Jr.
J

SISTEMAS D
DE CULTIVO 100
Cercados são estruturas que ao rredor do mu undo têm siddo empregaddas para o cultivo
c
de peeixes em regimes usualmmente de baixxa intensificaação. No Bra
asil, por sua vvez, sua utiliização
tem ssido estudad
da principalm
mente para o cultivo de camarões marinhos
m em
m regiões de baixa
amplitude de marés, como é o caso da Laagoa dos Pato os, no Rio Grrande do Sul .

Os cercaddos são adeq quados para áreas rasas,, com baixass velocidadess de correntee. Sua
consttrução é feitta com materiais de cu sto reduzido o e disponib
bilidade locaal, como varras de
bambbu, fios galvvanizados e cordas. A eestrutura de e contenção que tem sse mostrado o mais
adequada é o poliéster revestido de PVC.. Apesar do seus custo rellativamente mais elevad do que
de ou
utros materiaais, o poliéstter revestidoo de PVC tem
m se mostrad
do resistentee o suficiente
e para
durarr mais de oito ciclos de produção
p de camarões.

FFigura 47 ‐ Re
epresentação esquemática de um cercad
do para cultiv
vo de organism
mos marinhos.

o padrão utilizado na Laggoa dos Pato


O cercado os é circular e tem 3.1000 m² de áreaa útil e
raio dde 31,4 m. A panagem utilizada com o estrutura de d contenção tem malhaa de 5 mm, 200 2 m
de coomprimento e 2,1 m de altura.
a É susttentada por cerca de 400 0 estacas de bambu ente errada
cercaa de 50 cm m no subtrato e entral hada, na sua parte superior s e iinferior com
m fios
galvaanizados. A panagem
p é fiixada às varaas de bambu u por meio ded cordas. D Depois do ma aterial
todo fixado, a paanagem é en nterrada cercca de 15‐20 cm no sedimento para evitar a fugga dos
camaarões ou a en ntrada de prredadores. CCerca de 3 ou 4 pessoas são suficien tes para con nstruir
tal ceercado em doois dias de trrabalho (Cav alli et al., 2008)

3.3.2
2 Tanque
es‐rede de pequeno vvolume
Tentativaas de cultivo de camarõees em tanquues‐rede de pequeno
p vollume foram feitas
no littoral do Parraná e na La agoa dos Paatos, no Rio Grande do Sul. Neste segundo casso, os
tanquues tinham dimensões de 2,0 x 22,0 x 1,4 m (comprimen nto x largurra x altura), eram
consttruídos com poliéster revvestido por PPVC (aberturra de malha de 1,5 milím
metros), apooiados

SISTEMAS D
DE CULTIVO 101
no fu
undo por varras de bamb e eram estoccadas 200 PLL26/m2 (Vaz et al.
bu. Em cada tanque‐rede
2004) .

Já no casso do Paraná á, a estruturra de sustenntação das redes era co nstituída po or oito


barraas cilíndricas de aço inox com o formaato de "U" nas quais era amarrado o tanque‐rede e com
3,6 m de lado e 2,0 m de alttura. A rede usada foi co onfeccionada em poliéstter revestido o com
PVC d de alta duraabilidade, ressistente a raaios UVA e UVB.
U Como tampas,
t foraam utilizadass telas
quadradas conheecidas como o tela anti‐ppássaro. Os tanques eram e do tippo "misto", assim
denominados por possuírem dois tipos d istintos de malha:m a partte inferior coonfeccionadaa com
uma malha de 1,,5 x 1,0 mm (espaços deenominados berçários, onde o foram colocadas as pós‐
larvass com um peeso médio inicial de 0,01 g, mantidass neste local até atingirem m o peso de 1,2 g)
e a paarte superior com abertu ura de malhaa de 4,0 mmm (que permitia a manuteenção dos an nimais
até o final do cultivo, quando atingiam ccerca de 10 g de peso). Neste caso,, os tanquess‐rede
eramm armados so obre estruturas individuaais de flutuaação, compostas de tonééis de plásticco (ou
bomb bonas), mantidas em loccais com proofundidade superior
s a 3,5 metros. Q Quatro bombonas
de 1000 litros eraam posiciona adas lateralm mente em cada
c tanquee‐rede, de m modo a gara antir a
flutuaação dos meesmos. Os tan nques eram mantidos em m linha por dois
d cabos paaralelos entrre si, e
ancorrados ao fundo atravéss de poitas. Um dos cabos era de polipropilenno (utilizado o para
manu utenção das estruturas em e linha) e o outro de polietileno,
p com
c monofillamento trançado
(paraa ligação comm as poitas), ambos com m 12,0 mm de d espessura. O conjuntoo, composto pelas
estruturas de fluttuação e pelos tanques‐rrede, era anccorado ao fu undo do marr através de poitas
de cooncreto de cerca
c de 5000 kg. As pooitas eram dispostas
d alte
ernadamentte e colocad das no
fundoo do mar, para
p que com a ajuda ddas corrente es marinhass fossem entterradas (Pe ereira,
2004).

3.4 S
SISTEMAS
S DE CULT
TIVO DE M
MACROAL
LGAS
Os cultivo
os de macroalgas geralmmente, são realizados em m áreas do innfra litoral. Como
as alggas obtém seus
s nutrien
ntes a partir da água, a circulação dad mesma ppelos sistem mas de
cultivvo é bastantee importantee. Uma circuulação mode erada é prefe
erível, já quee também ajjuda a
estabbilizar a tempperatura e a salinidade. Além disso, velocidadess moderadass de corrente e e de
vento os são importantes para a manter a alta pressão o de difusão, que permiite a absorção de
nutrieentes pelas algas (The Fish Site, 20110). Se a corrrente é dem
masiadamentte forte, ela pode
causaar a quebra de partes dasd plantas, que acabam m perdidas, e a ação daas ondas devve ser
evitad da pelo mesmo motivo.

O tipo dee fundo tamb bém é imporrtante. Fund dos sem vegeetação são ppreferíveis, pois
p se
houver muitas algas
a ou outtros vegetaiis marinhos,, no local eles
e acabam competindo por
nutrieentes com as algas cultivvadas. Solos siltosos ou argilosos
a ind
dicam uma bbaixa circulaçção de
água,, indesejada pelos motivvos acima eexpostos. Alé ém disso, o revolvimentto desse solo o fino
causaa a ressuspensão de partículas,
p ddiminuindo a disponibilidade de luuz para as algas.
Portaanto, solos de areia grosssa ou de matterial coralino‐rochoso sã
ão ideais parra o cultivo.

A abundâância, mas a não expossição excessiva à luz solar é necesssária para o bom
cresccimento das algas. Por issso, algas plaantadas em águas rasass (30‐50 cm de profundiidade)

SISTEMAS D
DE CULTIVO 102
cresccem bem. Já em águas mais profundaas (mais de 1 m), onde a luz é reduzi da, o crescimmento
é neggativamentee afetado. Baixas profunndidades tam mbém facilittam o maneejo da planttação,
principalmente durante
d as marés
m baixas.. Os níveis de irradiação ótimos paraa a fotossínttese e
para a síntese dee pigmentos são de 500‐‐900 µEm‐2S‐1 (microeinsttein por mettro quadrado o por
segun ndo).

Mundialmmente, diversos tipo de ccultivo de macroalgas são encontraddos, desde oss mais
simplles como o plantio diretto, no qual as plantas ficam
f fixas diretamente
d no fundo, até
a os
mais complexos realizados em long liness flutuantes em áreas mais m profunddas e afastad das da
costaa. No Brasill, atualmente a maiorria do cultivvo se dá em e pequenaa escala ou u são
experrimentais, e os principaiis sistemas eencontrados são os de linha de funddo e os long g lines
horizontais. Nestte trabalho, a denominaação long lin nes horizontaais e verticaiis serão utiliizadas
em reeferência ao
o cultivo de algas,
a difere nciando‐as, assim, dos long lines utiilizados no cultivo
c
de moluscos (quee serão referidos como loong lines de meia água e de superfíciie).

3.4.1
1 Linhas ou
o Cordas de Fundo (monolinhas)

Figura 48 ‐ Sistema de linhha de fundo para


p cultivo de
e macroalgas .
Fonte: AlgaaeBase.

Este sisteema é particcularmente uutilizado parra a produçã


ão de macrooalgas e basstante
comu um na Ásia. Espécies dos gêneros Eucheuma e Kappaphyycus adaptam m‐se bem a este
sistem
ma, mas qu ue, a princípio, pode sser utilizado
o na produçção de qua lquer espéccie de
reproodução excluusivamente vegetativa.
v

Em um fundo arenosso, em umaa região ond de o nível dee água variie entre 0,5 a 1,0
metro o durante a maré baixa e não mais qque 2,0 a 3,0 0 m durante a maré altaa, são fixadass duas
o cerca de 5‐110 m de disttância entre si. Depois, u ma linha de nylon
estaccas de madeiira, distando
mono ofilamento ou
o uma corda de poliproopileno é estticada entre as estacas. A linha deve e estar
posiccionada a 200‐30 cm acimma cima do fundo. As liinhas são co onstruídas d e modo a fo ormar
lotes ou unidadess de um tamanho padrãoo e forma reggular

SISTEMAS D
DE CULTIVO 103
FFigura 49 ‐ Representação esquemática de um cultivo
o de algas em
m sistema de liinha de fundo
o.

Pequenoss pedaços dee algas (50‐1100 g) são então


e amarra
ados à linha em intervalos de
cercaa de 30 cm entre si. Cada linha, poor sua vez, fica
f separada a pelo menoos 1,0 m da linha
seguiinte.

3.4.2
2 Long‐lin
nes Horizo
ontais (bal sas flutuan
ntes)

Figgura 50 ‐ Long
g‐line horizontal (também chamado de balsa flutuante) utilizado ppara o cultivo
o de
macroalgas.
Foonte: MD Algam

O sistemma apresentado, tambéém chamado o de balsa flutuante, apresenta várias


variantes (utilizando cabos como estruutura de fixaação, redes tubulares oou mesmo redes
simplles, com ou sem rede de d proteçãoo sob as estruturas de cultivo).
c O ssistema básico foi
descrrito por Olivveira (2005) e pode ser montado a partir de duas
d linhas mmestras fixa
adas a

SISTEMAS D
DE CULTIVO 104
poitas em suas extremidades
e s. Essas poittas são respoonsáveis porr fornecer tooda a susten
ntação
ao cuultivo. Entre essas
e linhas estão as corrdas, onde sãão amarradas as algas, m
mantidas flutuuando
atravvés de barrass de PVC, possicionadas peerpendicularrmente em relação
r às linnhas mestrass.

As linhass mestras são confecci onadas em cordas de polipropilenno de 6 mm de


diâmetro, distanddo cerca de 3 m entre si . Os quadross são montad
dos com tubbos de PVC ded 100
ou dee 150 mm dee diâmetro e 3 m de com mprimento. Corda
C de polipropileno dde 4 mm, com
m5m
de coomprimentoo são fiuxada as aos tudo s de PVC a intervalos ded cerca de 0,30 m enttre si,
formaando assim um
u retângulo o de 5 m de comprimentto por 3 m de e largura.

Para nãoo haver em mendas nas extremidad des dos tub bos, o que favoreceria a a o
afrouuxamento e a consequen nte perda de material, pode‐se utilizar uma únicaa corda paraa fazer
a fixaação do tuboo à linha me
estra e tambbém das bóiias aos tubo os. As cordass de algas (ccordas
torcidda de seda com 2,5 mm) são amarraddas nesses tuubos.

Nesse sisttema, cada unidade


u é coomposta por 5 quadros, cada quadroo comportan
ndo 12
long‐‐lines preparrados com coordas torcid as de seda de
d 2mm, com 5m de coomprimento. Cada
um desses long‐liines comporrta aproximaadamente 16 60 mudas de algas.

Figura 51 ‐ Representaçã
R ão esquemáticca de um long
g‐line horizon
ntal para cultiivo de algas.

Segundo Oliveira (20005), a fixaçção das algaas nas corda as pode serr feita atravvés de
fitilho
os (técnica chamada
c de tie‐tie), da seguinte maneira: corta a‐se um peddaço de fitilho de
aproxximadamentte 10 a 12 cm,c o qual é subdivido longitudinalmente em 8 a 10 parttes do
mesm mo tamanho. Em seguida a, pega‐se umm fragmento o de alga, com aproximaddamente 2 g e, de
prefeerência, com m ramificaçõ
ões, busca‐‐se um pon nto de bifu urcação parra executar uma
amarrração confiáável. Essa amarração é feita com dois nós sobrepostos, ssendo o primeiro
folgado e o segu undo firme, de modo quue não presssione demassiadamente a alga. Por fim, a
cordaa é destorcida, o fitilho
o introduzidoo no espaço o formado por essa açã ção e em se eguida
retorrcida, fazendo uma fixaçã
ão final usan do os nós do
o fitilho (Figu
ura 52b).

SISTEMAS D
DE CULTIVO 105
o das algas também poode ser feitta ainda utilizando‐se aabraçadeira e até
A fixação
inserindo as algass em redes tubulares
t dee 80 mm (Figgura 53a), doo mesmo tip o das usualm mente
utilizaadas nos cultivos de mexxilhões e adaaptadas paraa o cultivo de algas. Essaas redes tubulares
podem ser utilizadas para manter
m as allgas presas nos cabos de d cultivo e,, por envolvverem
comp pletamente a planta, evittam a sua ru ptura mesmo quando a força
f da águ a é intensa.

Figura 52 ‐ Sistem
ma de balsa flutuante para o cultivo de macroalgas utilizando a téécnica rede tubular
(A) e coom técnica tie
e‐tie (B).
Fonnte: Goés (2009).

Em locaiss de maior dinâmica


d tam
mbém podem
m ser utilizad
das redes sobb as estruturas de
cultivvo (Figura 53
3).

Figu
ura 53 ‐ Redes podem ser colocadas
c sobb as balsas flu
utuantes para minimizar taanto a herbivo
oria,
quanto
o o desprendimmento das alggas para o ammbiente.
Fonte: Hayyashi & dos Saantos (2010)

SISTEMAS D
DE CULTIVO 106
3.4.3
3 Long‐lin
nes Vertica
ais

F
Figura 54 ‐ Lo
ong‐lines vertiicais utilizado
os no cultivo de
d macroalgass.
Fonte: Brett Seymour.
S

Este sisteema é empre


egado no culttivo de algass em locais mais
m profunddos (3 a 20 m).
m Um
cabo mestre de polipropileno
p o de 10 mm de diâmetro o é amarradoo a duas poiitas e mantid
do em
suspeensão através de flutu uadores coloocados a um ma distância de 2 a 3 m entre si. O
comp primento do cabo mestre e entre a últiima bóia e a poita tem geralmente o dobro ou o triplo
da prrofundidade local.

A corda de cultivo é feita em ppolipropileno o (1 a 2 m de comprim mento x 6 mm m de


diâmetro) é fixad
da, linearmente ou em foorma de U, ao a cabo messtre. Um pesso (barras de e ferro
e chuumbos) é fixaado na extreemidade infeerior da cordda de cultivo
o para mantêê‐la verticalm
mente
merggulha na água. Fragmentos (talos) dee algas são in nseridos a ca
ada 10 cm naa corda vertical. A
distân
ncia entre dois long‐linees adjacentess é de cerca de 2 m e dee 0,5 m entrre cordas verticais
(Yoshhimura, 2006
6)

Figura 55 ‐ Representaçção esquemáttica de um lon


ng‐line verticcal para cultivvo de algas.

SISTEMAS D
DE CULTIVO 107
4 ESPÉCIE
ES EMER
RGENTESS

Segurameente um doss pontos maais complexoos deste trab


balho foi a inndicação de quais
espéccies apresentam condiições técniccas, legais, biológicas e tecnológgicas para serems
cultivvadas imediaatamente e nas
n escalas ccompatíveis com o zonemmento aquíccola trabalhado no
âmbitto dos PLDMM do Paraná.

Os intereesses manifestados por eeventuais em mpreendoress brasileiros (vide pedid dos de


áreass aquícolas registrados
r no
n SINAU ‐ SSistema de Informações
I das Autorizzações de Usso das
Águas de Domínio da União para fins e A Aquicultura) são os maiss variados poossíveis, passando
por ppeixes como a tainha ou u mero, cam marões (tantoo para isca‐vviva, quantoo para o con nsumo
humaano), lagostaas e as maiss diversas esspécies de moluscos.
m Estes são deesejos legítim mos e
incon
ntestáveis. Afinal,
A a aqu
uicultura emm escala commercial só evolui
e a parrtir das iniciativas
indiviiduais ou colletivas de prrodutores e dde empreendores.

Porém, por
p outro lad do, o papel dda equipe técnica do Instituto GIA neesse processso é o
minimizar risccos e maximizar oportunnidades de sucesso das iniciativas
de m i quue serão tom
madas
nas eetapas seguintes à dema arcação dos parques aquícolas mariinhos. Isso im mplica em definir
d
espéccies cujo domínio da as técnicas de produçção, conheccimentos doos requerim mentos
biológicos e existência de uma cadeia dde produção o de materia ais, equipammentos e inssumos
estejaam minimam mente consolidados. Nãoo menos importante é ha aver canais dde comercialiização
dessaas espécies suficienteme
s nte estruturrados para viabilizar o esccoamento daa produção.

Quando se analisa o histórico e as condiçõ ões atuais da


d maricultuura no estad do do
Paran ná esses iten
ns passam a ser ainda m ais críticos. Via
V de regra, a maricultuura paranaennse se
limitaa a algumass dezenas ded empreenddimentos faamiliares de produção dde ostras e duas
fazenndas de cultiivo de cama arões marinhhos em viveiros. Todos os demais eempreendim mentos
foramm ou ainda são desenvvolvidos em m escala exp perimental ou
o então frracassaram como
ativid
dade econôm mica em escaala comercia l (como foi o caso de umm grande emmpreendimen nto de
produ ução de cam marões destiinados à iscaa‐viva implaantado no esstado no iníício da década de
1990). Ou seja, não há uma sequência
s ouu um número elevado de e projetos aqquícolas em áreas
estuaarinas e princcipalmente em
e áreas maarinhas no Paaraná.

Com o objetivos de avaliar as eespécies mais indicadas para o cultiivo no estad do, 22
espéccies marinh ho‐estuarinas foram eestudas. De estas, cinco foram claassificadas como
"emeergentes". O termo, base eado no dicioonário Aurélio e que signnifica "Maniffestar‐se, mo
ostrar‐
se", é aqui utiliizado no se entido de d esignar as espécies qu ue reúnem atualmente mais
condições estrutu urais, ambientais, comerrciais e técnnicas para se
erem empreggadas em cu ultivos
comeerciais a sereem realizados em áreas eestuarinas e marinhas no o estado. Sãoo elas: a ostra‐do‐
manggue, Crassosttrea brasilianna, a ostra jaaponesa, Cra
assostrea gig
gas, o mexilhhão Perna peerna, a
vieiraa, Nodipectten nodosus e o Bijupiráá, Rachycen ntron canaduum, a macroolga Kappap phycus
alvarrezii. Todos os estudos envolvidos no presentte trabalho foram dire cionados a essas
espéccies, inclusive o zoneame ento aquícol a proposto.

ESPÉCIES EM
MERGENTES 108
Além deessas, foram avaliadas m
mais 16 espéccies: Archosa
argus probattocephalus (SSargo‐
de‐deente), Centroopomus parallelus (robbalo‐peva), Centropomus
C s undecimaliis (Robalo‐fle
echa),
Diaptterus rhomb beus (carapeba‐branca) Lutjanus analis
a a), Paralichtthys orbignyanus
(cioba
(lingu
uado‐vermelho), Trachin notus carolin
inus (Pampoo), Anomalo ocardia brassiliana (berbbigão),
Crasssostrea rhizo
ophorae (osstra‐de‐manggue), Mytellla guyanenssis (sururu), Farfantepenaeus
pauleensis (camarrão‐rosa), Litopenaeuss schmitti (ccamarão‐bra anco), Litopeenaeus vann namei
(camaarão‐cinza), e as macroalgas Euccheuma spp p., Hypnea musciformiis e Pterocladia
capilllacea.

É importaante deixar claro que aoo se classificcar uma espécie como eemergente nãon se
afirm
ma que não existem
e problemas ou rriscos associiados ao cultivos das m esmas. Com mo em
qualqquer atividad
de comercial, os riscos sãão inerentes à atividade e estão pressentes també
ém na
mariccultura. Essas quatro esp
pécies são aqqui classificad
das como emmergentes baaseado no crritério
principal de quee qualquer eventual innteressado em cultivá‐‐las irá enccontrar cond dições
estruturais mínimmas para quee seu empreeendimento possa
p se viabilizar.

ESPÉCIES EM
MERGENTES 109
4.1 P
PEIXES

4.1.1
1 Bijupirá
á (Rachyce
entron can
nadum)

Figura 56 ‐ B ijupirá (Rachyycentron cana


adum)
Fonte: Aquaalider

O bijupiráá é uma espé


écie de cresccimento muitto rápido em
m cultivos, poodendo alcan
nçar de 6 a
8 kg eem um ano, em condiçõ ões ambientaais adequadaas, o que rep
presenta um ma taxa de crrescimento
pelo menos duass vezes maior que a obseervada em saalmões cultivvados (Channg, 2003). Além do seu
de potencial zootécnico, apresenta ttaxas de con
grand nversão alimentar que vvariam de 1,5 5 a 1,8 e é
muitoo valorizadoo no mercad do internaciional, onde o quilo é comercializaado entre US$ U 4,60 a
US$ 55,60 (Pan, 20
005).

As técnicaas de reprod
dução em maassa da espé
écie só foram
m desenvolviidas no final da década
de 19990, mas rappidamente a espécie se ttransformou
u em uma da as mais aptaas ao cyltivo
o comercial
em taanques‐redee off‐shore (Y
Yeh et al., 20010).

Além de áreas
á emperaturass superficiaiss adequadas (entre 23 e 32 oC), água
com te as com alta
transsparência e não
n poluídas são fundam mentais para a criação de bijupirás dee alta qualida
ade. Assim,
os cuultivos realizzados em ágguas oceâniccas apresenttam resultad dos superiorres aos reallizados em
áreass costeiras ou abrigadas.. Entretanto,, os cultivos oceânicos exigem
e elevaados investimmentos em
tecnoologias e eq quipamentoss apropriad os de cultivvo, vigilância, despescaa e armazenagem de
insum
mos.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 110
Em Taiwaan, país de grande exp ressão na produção
p muundial de bijjupirá em cativeiro,
c o
bijupirá está pressente em 80
0% dos cultivvos marinho
os em tanque
es‐rede e esssa atividade
e responde
por 114% do faturaamento do setor.
s

O cultivo do bijupirá começa a attrair a atençãão de investidores brasilleiros. Em fe


evereiro de
2009 existia cerca de 339 ha requeridos para implan ntação de cultivos junto ao SINAU. Atualmente
A
destaaca‐se o pro ojeto instalado pela Aqqualider no litoral pernambucano, cuja meta é produzir
10.0000 toneladass/ano de bijuupirá.

4.1.1.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Rachycentriddae
Gênero ‐ Rachycentro on
Espécie ‐ Rachycentroon canadum (Linnaeus, 1766)
1

4.1.1.2 Área
Á de Occorrência

Ocorrem em uma va ariedade de habitats, lama, areia e cascalho, soobre recifes de corais,
costõões rochososs e no manguezal. Dist ribuem‐se em e águas tropicais e suubtropicais, mas estão
ausen ntes no Pacíffico Oriental e na Placa ddo Pacífico. Ocorre
O no Atlântico oestee (Canadá, Bermudas
B e
Masssachusetts, EUA
E à Argen
ntina, Golfo ddo México e Caribe), no o Atlântico o riental (de Marrocos
M à
Áfricaa do Sul) e no
o Indo‐Pacífiico Ocidentaal (África Orie
ental, Hokkaido, Japão e Austrália) (FFishbase).

Figura 57 ‐ Área de ocorrrência do biju


upirá (Rachyce
entron canaddum)
Fonte: Aquamaps
A

4.1.1.3 Porte
P

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 111
Tamanho o máximo reggistrado ‐ 2000 cm. Tamanho comum ‐ 110 cm. Peeso máximo registrado
‐ 68.00 kg (Fishbasse).

4.1.1.4 Idade máxiima reporrtada

15 anos (Fishbase).

4.1.1.5 Morfologia
M a

Trata‐se de uma esp pécie com eescamas peq quenas, corpo alongadoo e subcilíndrico com
cabeçça grande e achatada. A coloração é marrom esccuro, sendo o ventre amaarelado, aprresentando
duas faixas prateaadas ao longgo do corpo ((Figueiredo & Menezes, 2000).

4.1.1.6 Profundida
P ade

De 0,1 a 1.200
1 m.

4.1.1.7 Habitat
H

Peixe marinho associiado à ambieentes de reccife, encontrrado em locaais de água salobra ou


salgada.

4.1.1.8 Condições
C ambientaiis

Tolerância a salinidad
de de 10 ‐ 335 UPS, com
m a faixa idea
al maior quee 30 UPS. To
olerância a
temp
peratura de 18
1 a 30 °C, co
om conforto térmico de 27 a 29 °C.

4.1.1.9 Alimentaçã
A ão

Na naturreza os juvenis inicialmeente se alim mentam de animais


a benntônicos, com
mo peixes,
caran
nguejos e ceefalópodes. Os adultos têm uma dieta d baseada principalm mente em peixes.
p Sob
condição de cultivvo, o bijupirá
á são facilmeente treinados para conssumir raçõess secas ou úm
midas.

4.1.1.10 Reprrodução

Média ressiliência, com


m tempo mínnimo para a duplicação dad populaçãoo de 1,4 ‐ 4,4 4 anos. Sua
desovva ocorre du
urante os me eses quentes no Atlântico
o Ocidental e possui ovoss e larvas pla
anctônicas.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 112
4.1.1.11 Cultiivos no Braasil

Segundo dados do MPA , há solic itação de áre


eas para insttalação de cuultivos na Ba
ahia (Cairu,
Itaparica, Taperoá), em Pernaambuco (Reccife), no Paraná (Guaratuba), no Rioo de Janeiro (Angra dos
Reis, Cabo Frio, Itaguaí, Ma angaratiba, Parati), em São Paulo (Iguape, Ilhha Comprida a, Ilhabela,
Ubatuba). Mas, até o presentte, apenas o projeto da Aqualider,
A no
o litoral pernnambucano, destaca‐se
por eestar produzindo regularm
mente em esscala comerccial.

A Bahia Pesca
P possui um laboratóório montaddo e capacita
ado para a pprodução de alevinos e
juven
nis de bijuppirá no distrrito de Acu pe (Santo Amaro,
A BA). A empresaa pública vinculada à
Secreetaria da Aggricultura daa Bahia monntou um mó ódulo compo osto por quuatro tanque es‐rede na
região da Ribeiraa (Salvador, BA). Os tannques foramm povoados com 600 aalevinos cada a e teriam
capaccidade estim
mada para a produção dee 1.155 kg/aano. No enta anto, o projeeto foi comp
pletamente
comp prometido pela pesca prredatória, reealizada com explosivos, que danificoou todos os tanques e
levou
u os peixes cuultivados a morte.
m

4.1.1.12 Statu
us tecnoló gico

Matu
uração, reprodução e larviculttura
Segundo Cavalin (200
05), os reproodutores de e bijupirá costumam serr capturadoss no mar e
3
transsportados ‐ em densidade não supeerior a 50 kg/m k . Em laboratório oos animais devem
d ser
submmetidos a um ma bateria de três trattamentos em m série: anestésico, fo rmalina e água
á doce.
Seguiindo esses procedimentoos, a seguir ddetalhados, aumentam‐s
a se significanttemente as chances
c de
sobreevivência saaudável doss reprodutoores. Quand do anestesia ados ‐ com m óleo de cravo em
conceentrações dee 50 ppm ‐de
evem ser pessados, medid dos, marcado os e amostraados sexualmmente.

Após esssa fase, os peixes deveem passar por p uma batteria de traatamentos profiláticos,
p
comeeçando com banhos rápiidos de form malina ‐ conccentrações de 100 ppm ((10 mL/100 L) durante
2‐5 m
minutos e na sequência, encaminhaddos para um banho de ág gua doce (livvre de cloro) durante 5‐
10 minutos, o quee ajuda a rem
mover os ecttoparasitos, além de lava
ar a formalin a remanesce ente.

Somente após a profilaxia é que oos peixes devvem seguir para


p o tanquee de quarenttena, onde
devem m ser manttidos por umm período ssuficiente paara os peixe es retornareem às suas condições
fisioló
ógicas norm
mais (cor, natação,
n alim
mentação), antes da transferência
t a para o tanque
t de
matu uração que deve conter uma
u proporçção de dois machos
m para cada fêmea..

Ainda seegundo Cava alin (2005), os tanquess circulares de quarenttena e de maturação


utilizaados no Laboratório Expperimental dee Piscicultura Marinha do Rosenstiell School of Marine
M and
Atmo ospheric Science, referê ência nos eestudos de reprodução o do bijupirrá, tem dim mensões e
capaccidade respeectiva de 4,66 m de diâm etro por 0,9 91 m de proffundidade e 7,62 m de diâmetro
d e
3
1,83m m de profund didade e 80 m .

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 113
Nos tanqques de maturação costuumam ser in ntroduzidos peixes "neoon gobies", Gobiosoma
G
oceannops, que suuxiliam no controle biolóógico de ecttoparasitos, pois deles sse alimentam
m e, assim,
limpaama superfíccie dos peixes.

A rotina diária
d do settor de maturração consiste na limpezza dos filtross e do coleto
or de ovos,
retrolavagem do filtro de are eia, monitoraamento da qualidade
q de
e água, verifficação das válvulas
v do
sistem
ma e alimen ntação dos reprodutores
r s. Observaçõões do comportamento dos peixes são feitas
perioodicamente no
n decorrer do d dia.

A dieta alimentar
a das matrizes e reprodutorres é compoosta por lulaa, sardinha e camarão,
ofereecidos até a aparente saciedade dos animaais (numa proporçãop mmáxima de 3‐5% da
biomassa/dia). Esssa dieta é complementa
c ada por um suplemento o de vitaminaase mineraiss ofertado,
dia sim dia não, sob a form ma de raçãoo semi‐úmidaa, para com mplementar possíveis deficiências
d
nvolvimento e qualidadee dos ovos. Destaca‐se
nutriccionais da dieta, as quais podem afeetar o desen
que uuma vez por semana os peixes não ssão alimentados para depurar o sisteema de recirculação de
água,, ajudando a remover as partículas e m suspensãoo na água.

Pesquisass demonstra aram que o fotoperíodo o encontrado o durante oss meses de desova do
bijupirá varia enttre 13‐11 e 14‐10
1 (horas de luz ‐ horras de escuro
o), cessandoo a sua repro
odução sob
tempperaturas enttre 28‐30 oC. C Os limites de temperaatura conside erados ideaiis para a desova estão
entree 24‐26 oC. Mantidas
M essas condiçõees, os reprodutores de bijupirá desoovaram natu uralmente,
com ttaxas de ferttilização acim
ma de 90%.

Larvicultu
ura extensiva
a e intensivaa de bijupiráá são conduzidas com êêxito no labo
oratório da
Univeersidade de Miami, onde dezenas de milhare es de alevin
nos de 4‐5 cm são reggularmente
produuzidos.

No Brasill, a tecnologgia para culttivo de bijup


pirás tem sido desenvollvida desde 2005 pela
emprresa Aqualider, quando a empresa inniciciou a cap ptura de espécimens silvvestres e mad
duros para
experrimentos, co
om a assistênncia técnica dda Universidade Federal Rural de Perrnambuco ‐ UFRPE. Em
2007, ela obteve as primeiras desovas, laarvicultura e alevinagem, com a assiistência de consultores
c
estrangeiros.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 114
FFigura 58 ‐ Tan
nques de man
nutenção de rreprodutores de bijupirá, e (embaixo, a direita) tanq
ques de
alevinagem.
Foonte: Aqualide
er e Instituto GIA

Engo
orda
Um exem
mplo de sucessso no cultivvo comercial de bijupirá é a empresaa A&A ‐ Agricculture and
Aquaculture Tech
hnical, implantada em mmaio de 2004 4, na ilha de Peng Hu, aoo oeste de Taaiwan, que
se deedica somen
nte à engordda do bijupiirá, e destina toda a su ua produção ao comércio interno,
confo
orme descrito por Pan (2005).

O cultivo
o fica distantte cerca de 250 metross da costa, em águas c om profund didade que
variam entre 10 e 12 metros e salinidadee entre 33 a 35 UPS, ao longo do anno todo, ou seja,
s sem a
influêência de águ
uas doces. A temperaturra máxima dad água é de e 30°C no veerão e de atté 13°C no
inverno.

O cultivo é realizado em em dua s fases: berççário e engo


orda. Os berççários são co
onstituídos
3
por taanques‐redee de 128 m (8,0 x 8,0 x 22,0 m), com malha de 1,0 cm, sustenntados por flutuadores
modu ulares que po
odem ser mo ontados confforme o tam
manho desejaado.

Alevinos com 30 dias, peso méddio de 4 g e comprime ento varianddo de 12 a 15 1 cm são


normmalmente esstocados nos tanques‐reede berçário nos mese es de maio a junho, quando
q as
o 3
tempperaturas da água variam dade de estocagem iniciaal é 195 alevvinos/ m e
m de 20 a 300 C. A densid
aí permanecem por
p um perío odo de 60 diias, sendo alimentados com
c ração e rejeitos da pesca, até
atingirem o peso médio de 17
75 g e comprrimento méd dio de 29 cm.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 115
Os tanques‐rede desttinados à enngorda são confeccionad
c dos com nyloon multifilam
mento sem
3
nós, ccom malha de
d 2,5 cm, e volume de 3384 m cada (8,0 x 8,0 x 6,0m), senddo o seu volu
ume útil de
3
aproxximadamentte 370 m . Caada um deless é sustentado por flutua
adores com 0,8 x 1,2 x 0,8 m,feitos
de iso
opor revestid
do com lona, para a protteção.

Após os 60
6 dias de beerçário, os ppeixes são transferidos para
p os tanquues‐rede de engorda e
neless estocados numa densidade inicial de 2.500 pe e (cerca de 7 peixes/m3). Após 30
eixes/tanque
dias n
na engorda, quando alcaançam em m média 330 g e 31 cm, o número de peeixes em cad da tanque‐
rede é ajustado para
p apenas 1.000 peixees por tanqu ue‐rede (apro
oximadamennte 2,7 peixe es por m3),
densiidade na quaal permaneceem até o finaal do cultivo.

Liao et all. (2004) testaram uma fase de alevvinagem de 120 dias, uttilizando‐se para
p tal de
tanqu
ues‐rede com m malha de 5mm,
5 fio de 210/24, e densidade de 50 peixes/mm³/tanque. Já a fase de
engorda foi realizada em tan nques‐rede ccom malha de d 30 mm e fio de 210//36. Os peixxes ficaram
pronttos para a deespesca apóss oito meses de cultivo em densidadee de 4 peixess/m³.

A alimenttação foi fornecida duas vezes ao diaa e, ao longo o do cultivo, foram forne ecidos dois
tipos de alimento: ração comercial úmiida em pelle ets para peixes marinhoos (45,3% de proteína
brutaa, 16% de co oncentraçãoo lipídica e 111,0% de cin nzas) e rejeiito da pescaa industrial (by catch),
bastaante utilizado
o pelo seu reeduzido custto. Entretantto, quando a temperaturra caía abaixxo de 16°C,
someente o rejeitto da pesca era utilizaddo. Verificou u‐se que os peixes não se alimentavam com
tempperaturas abaaixo de 15°C C. Yeh et al. ((2010) estimaram em 1,5 5 a taxa de cconversão aliimentar de
bijupirás cultivaddos em tanques‐rede e aalimentadoss com rações com 48% de proteína e 18% de
gorduura.

Wang et al. (2005) sugeriram, poor usa vez, que o bijupiirá quando ccultivado em m tanques‐
rede em alta densidade de estocagem, precisa recceber dietas com 47% dde proteína e 15% de
gorduura. Esta raçção deve ter diâmetro dee pellet que varie na fasse de alevinaagem entre 2 e 6mm e
na faase de enggorda entre de 20 e 50 mm, devendo aprresentar um m comportamento de
flutuaabilidade levvemente neggativo, ou sejja, afundar le
entamente na
n coluna d’áágua.

A converssão alimentaar média obttida durante a fase de ale


evinagem doo bijupirá é de
d cerca de
1,5:1 e na fase dee engorda de
e 2:1 (Benettti et al., 2008
8).

Atualmennte as despeescas de cu ltivos comerciais são re


ealizadas appós um ciclo
o de 17‐18
mesees de cultivo
o, quando os
o peixes peesam ao redor de 6 kg, e sobrevivêência final eme todo o
proceesso ao redo
or de 40%.

Um impo ortante e ineevitável mannejo de cultivo é a consstante trocaa e limpeza das redes,
realizzada a cada sete dias no o período dee inverno e a cada doiss a três dias no período o de verão,
devid do às maiorees incrustações. As trocass de rede em
m pequenos intervalos vissam facilitar a limpeza,
evitando níveis ded incrustaçãão mais avannçados. Destta forma, a troca
t é mais fácil e a limmpeza mais
eficieente.

No Brasill, em 2008 a empresa Aqualider (maiores


( informações w www.aqualider.com.br)
obtevve a anuência da Marinhha do Brasil e licenças de operação da CPRH (Órrgão Estadua al do Meio
Ambiiente) e da então
e Secreta
aria de Aquiccultura e Pessca (hoje Ministério da PPesca e Aquicultura). E,

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 116
no m
mesmo ano, através de licitação pú blica, o dire eito de exploração da áárea hoje de enominada
nda Marinhaa Aqualider, localizada eem mar abe
Fazen erto, na plattaforma conntinental do estado de
Pernaambuco, a 11 km da costta na prumadda da praia de
d Boa Viage em, cidade doo Recife.

O projeto
o previa a produção de 5 a 10 mil toneladas de beijupirá
b porr ano, com peso
p médio
entree 3 a 4 kg. Essa meta de everia ser atiingida após a instalação e operação dos 48 tanq ques‐redes
previstos no projeto. Inaugu urada em 13 de fevereiro o de 2009 coom a presennça do presiddente Lula,
os primeiros 4 tanques‐red des foram eestocados co om cerca ded 40 mil juuvenis prod duzidos no
laborratório da Aqqualider, situ
uado na praaia de Muro Alto, Ipojuca ‐ PE. Entreetanto, poucco mais de
um aano e meio depois, po or uma sériee de proble emas técnicoos, operacioonais e econ nômicos o
emprreendimento o encerrou su uas atividadees sem ter co
onseguido ir além das quuatro gaiolas iniciais.

Figura 59 ‐ Im
magens do cu
ultivo de bijuppirá em tanqu
ues‐rede pela empresa Aquualider no lito
oral de
Pernambuuco.
Fonte: Aquaalider

Requ
uerimento
os técnicoss para culttivo da esp
pécie
Faulk & Holt
H (2006) realizaram um ma série de testes
t de tolerância à saalinidade com
m larvas de
bijupirá 3, 5, 7 e 9 dias pós‐eclosão a ssua eclosão. Os resultados obtidoss demonstraram que a
resisttência da espécie à salin
nidade é deppendente daa idade. As salinidades eem que 90% das larvas
sobreeviveram varriou de 20,1‐‐35,6 UPS paara larvas dee 3 dias e enttre 7,5‐32,8 UPS para larvas de 7 a
9 diass. Na segundda parte do estudo,
e os auutores prom
moveram uma a redução grradual da salinidade de
5 UPSS por dia, caaindo de 32‐‐34 (controlee) para salin
nidades de 5,5 10, 15 e 220 UPS. Nessse caso, as

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 117
larvass utilizadas nos
n experimeentos tinhamm entre 1 e 13
1 dias de vid
da. Os resulttados indicarram que as
larvass de bijupirá podem ser cultivadas 133 dias após a eclosão em
m salinidadess tão baixas quanto
q 13.
No entanto, Holtt et al. (2007) ressaltamm que a sob brevivência larval pode sser comprom metida em
salinidades inferiores a 15 UPS. Além dissso, em salin nidade baixa
a os peixes fficam mais sucetíveis a
infecçções fúngicaas.

Atwood et
e al. (2004) estudaram a resistência de juvenis de d Rachycenttron canadu um a baixas
salinidades e temperaturas em condiçções de labo oratório. Ap
pós a aclimmatação dos juvenis à
o
salinidade de 20 UPS (27,3 C), C os autoress promoveraam uma diminuição cresccente da salinidade em
2 UPSS/dia. O primmeiro peixe morreu
m na saalinidade de 8 e 80% dos peixes 24 hhoras após a exposição
à saliinidade de 2.2 Aclimataçção dos peixxes em 22,6 oC (salinida ade de 21 UUPS), seguida a por uma
o
reduçção sequenccial da tempe eratura de 00,53 C/dia re esultou em mortalidade
m inicial a parrtir de 12,9
o o
C. Jáá a temperattura média leetal foi de 1 2,1 C e todos os peixes morreram qquando a temperatura
o
atingiu 10,4 C.

Resley et al. (2005) Realizaram m dois estu udos de 8 semanas ccada, para analisar a
sobreevivência de juvenis bijupirá em salinnidades de 5,5 15 e 30 UPPS. Os ensaioos foram realizados em
tanquues de 456 L,
L com 10 pe eixes por tannque. A temp peratura da água foi maantida em 27 7 ± 1 °C. O
peso médio iniciaal dos animais era de 6,00 g para o prrimeiro ensaiio e 6,7 g paara o segundo. Durante
ambo os os ensaioss, os peixes foram
f alimenntados até a saciedade, duas vezes ppor dia com uma ração
prepaarada no lo ocal. As taxast de soobrevivência não diferiram significcativamente entre os
tratamentos no primeiro
p lotee testado. M
Mas, no segu undo experim mento a taxxa de sobrevvivência na
salinidade de 5 UPS (68,3%) foi f significat ivamente menor que no tratamentoo de 15 UPS (90%) e de
30 UPS (92,5%). A taxa de conversão aliimentar foi extremamen nte positiva em ambos os ensaios
com ttodos os tratamentos, variando entrre 1,05 e 1,1 13. Os peixess mantidos eem salinidadee de 5 UPS
crescceram tão beem ou melho or que os peeixes cultivad
dos em salinidades de 155 e 30 UPS. OsO autores
conclluíram que os
o cultivos de bijupirá pooderiam se realizados em águas com m salinidade
e tão baixa
quanto 5 UPS.

Estudos recentes
r comm juvenis d e bijupirá alimentados com raçõess comerciais relataram
sinaiss de osteopenia, lesõess intermuscuulares e desscoloração, quando
q cultiivados em salinidades
s
abaixxo de 15 UPSS (Denson et al., 2003; e Resley et al., 2006). Resley
R et al.. (2006) relataram que
juvennis de bijupirá criados em baixas saalinidades paareciam normmais quandoo quando alimentados
com uma dieta suplementad
s da com um premix a baase de minerrais quelataddos e uma misturam de
vitam
minas, indicanndo que esta
a espécie tem
m requisitos nutricionais adicionais eem baixas sallinidades.

Sun & Chen (2009) discutiram o ppossível aumento na incid dência de dooenças com o aumento
da teemperatura e os custoss adicionais decorrentess da necessidade de se ter que alimentar os
bijupirás com raçções contend do níveis nuutricionais mais
m elevadoss em temperraturas maiss elevadas.
Os auutores sugereem que o cultivo de alevvinos de cercca de 10 g sejja feito em ttemperaturas entre 31‐
33 °CC. Em termo os de eficiência de connversão alim mentar, os ju uvenis de bbijupirás apresentaram
melhor desempeenho em tem mperaturas dde cerca de 28 °C, embora o cresci mento foi mais m rápido
tenhaa se dado em temperatura de 33 °CC. Recomen ndam ainda, a fim de coontrolar a poluição da
água e melhorar a eficiência de conversãão alimentar que a alime entação seja fornecida a níveis que
variam entre 70 0‐80% da sa aciedade e ttemperaturaas entre 27‐‐30 °C, duraante a fase inicial de
cresccimento. Os próprios
p auttores, porémm, ressaltam que o experimento foi rrealizado em pequenos

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 118
tanqu
ues plásticoss, com uma pequena quuantidade dee peixes, porr isso os resuultados do estudo
e não
podem ser generalizados paraa cultivoscom
merciais.

Os resulttados dessess estudos accima sugerem


m que a esp
pécie até poode ser engoordada em
0
salinidades meno ores que 15 UPS
U e tempeeraturas maiores que 28 C, mas, nesstes casos, apenas com
uso dde dietas enrriquecidas co
om minerais e vitaminas.

Viab
bilidade ecconômica dos
d cultivo
os offshore
e em gaiola
as
Sanches et al. (20088) fizeram a simulação de viabiliidade econôômica de um sistema
compposto por 242 tanques‐rede, com capacidade e individuall de 98m3. A área do
d cultivo,
2
considerando‐se também o sistema de fuundeio, chegou a 65.500 m (aproxim
madamente 7 hectares),
2
o que a área ocupada ap
sendo penas pelos ttanques‐rede
e seria de 5.6
610m .

Os autorees concluíram
m que o cultiivo de bijupirá em tanques‐rede em sistema offshore não é
aprop priado para os pequenos pescadore s ou para o cultivo em escala
e famili ar, assim co
omo outros
cultivvos congêneeres, em fu unção dos eelevados invvestimentos para implaantação e custeioc do
emprreendimento o. O custo de d implantaação desse sistema
s foi estimado eem R$ 433.5 593,35. Os
indicaadores econômicos avaliiados pelos aautores demonstraram a viabilidade do cultivo da offshore,
apenas quando desenvolvido por grandess empreendimentos.

Os princip
pais itens de custos levanntados foram
m:

 Aluguel ou
o aquisição de área pa ra construçãão de um ga alpão para ssediar as ope
erações da
empresa
 Tanques‐‐rede de alevvinagem (de cerca de 5 metros
m de diâ
âmetro)
 Tanque rede de engo orda (de cercca de 5 metro
os de diâmettro)
 Espinhéiss (poita + corrda + bóia)
 Freezers
 Equipameentos de info ormática
 Máquina tipo Vap
 Balanças
 Puçás
 Caixas pláásticas
 Bandejas
 Coletes salva‐vidas
 Embarcaçção de 8 m comc motor
 Documen ntação
 Elaboraçãão do projeto o

O custo operacional
o efetivo (COEE) para as co opostas, connsiderando um ciclo de
ondições pro
produução de 12 meses,
m foram
m estimados entre R$ 412.820,00 e R$470.420,000. Os princip pais custos
seriam
m com a alimentação dos peixes (entre 73,6 e 76,9%) e obtenção de juvenis (10%). Os
principais itensco
onsiderados na
n análise fooram:

 Mão‐de‐o
obra perman
nente (mais eencargos e im
mpostos)

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 119
 Alevino
 Ração (alevinagem)
 Ração (en
ngorda)
 Combustíível e manuttenção da em mbarcação
 Taxa de ocupação
o
 Despesass de monitoramento ambbiental
 Despesass de infraestrrutura
 Depreciação const. Civil
 Depreciação equipam mentos
 Depreciação embarca ação
 Juros anu
uais sobre o capital
c de invvestimento

Na simullação realiza
ada por Sannches et al.. (2008), considerando um empree endimento
sujeitto a perda total de um u cultivo a cada 7 anos o valorr de venda do bijupirá á deve ser
obriggatoriamentee superior a R$12,00/kg,, sob o risco
o de tornar o empreenndimento nã ão atrativo
econo omicamentee. Neste casoo o tempo dde retorno dod investimento ocorreriia somente a partir do
sétim
mo ano e o cuusto de produção de R$ 110,11/kg).

No cenárrio mais positivo, que incclui um preçço de venda de R$15,00 e a não oco
orrência de
perdaas significatiivas, o temppo mínimo de retorno seria de 29 9 meses. Neeste caso, o custo de
produução cairia para
p R$ 8,32.

4.1.1.13 Mercado
M

Naciional
O mercad do potencial brasileiro ppara o bijup
pirá cultivado
o é inegavel mente grande, porém
não ssuficientemeente compre eendido e cconhecido. É fato que há uma graande propagganda pelo
consuumo de pesccados, pela busca
b por quaalidade e sabbor. Mas, poor outro ladoo, as informações sobre
este mercado são bastante limitadas e próprio con nsumo per capita
c brasileeiro apresennta grande
uldade para superar
dificu s o patamar de 7 kkg/habitantee/ano.

De acorddo com San nches et al. (2008), o preço méd dio observaddo na Companhia de
Entreepostos e Arrmazéns Gerrais de São Paulo (CEAG GESP) em pesquisa reallizada em 20 008 foi de
R$15,00/kg. O preço de com mercializaçãoo obtido, nuuma avaliaçã ão preliminaar realizada por esses
mesmmo autores, em peixaria as do litorall norte‐paulista e sul‐flu
uminense vaariou entre R$15,00 a
18,000 no mesmo período. Segundo o site Portossma (2008) o peixe erra comercializado por
R$13,00/kg inteirro fresco ou em posta naa Bahia e porr R$18,00 no litoral nortee do Rio de Ja
aneiro.

Certamen
nte a maioria dos consu midores nun nca ouviu falar em bijuppirá, o que exigirá
e que,
mento de produção, sejaa feito um trrabalho efica
assocciado ao aum az de markeeting para exxpansão da
demaanda. A cor branca
b de su
ua carne, porr outro lado,, é um imporrtante fator a ser explorado para a
expannsão do merrcado.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 120
Internacional
China e Taiwan
T têm aproveitado
a as caracteríssticas produttivas do bijuupirá e a boa qualidade
de su
ua carne, e sãão hoje os países
p que m ais se destaccam na proddução da esppécie. No Vie etnam uma
série de fazend das começam m a ser innstaladas, to odas voltadas à exporrtação do produto p e
perteencentes prin
ncipalmente a empresáriios russo, nooruegueses e taiwanesess (FAO, 2010 0).

Na Chinna, a produçção em 20077 foi de 25..855 tonelad das e em Taaiwan chego ou a 3.000
tonelladas. Além deles, a FAOO também reegistra o culttivo da espéccie nas Bahaamas, Belize,, República
Domiinicana, Méxxico, Filipinass, Porto Ricoo, Estados Un
nidos e Vietnam. Na Figu ra 60 observva‐se que a
produução comerccial de bijupirá em cativeeiro começou u há pouco mais
m de 10 aanos. Além disso, como
em escala mundiaal as captura as pesqueirass da espécie não são tão significativaas quanto às praticadas
sobree outros recu ursos pesqueeiros, são reelativamentee raros os da
ados e as infformações de mercado
sobree a espécie (FFAO, 2010).

Figurra 60 ‐ Evoluçção da produçção munidial de


d Bijupirá (R
Rachycentron canadum).
Fontee: FAO Fishery Statistic

Em Taiwaan esta espéécie atinge vvalor de mercado relativvamente altoo comparado a outros
peixees. Animais de
d 8‐10 kg são
s comerciaalizados inte eiros no merrcado local, enquanto o Japão é o
principal destino dos exemplaares menorees (6‐8 kg). Além
A disso, peixes
p são vvendidos inte
eiros e sem
cabeçça, bem commo na forma de filés paraa outros merrcados. Os prreços do bijuupirá variam de acordo
com tamanho do os animais. Em
E Taiwan oos peixes inte eiros de 7,7 kg costumaam ser come ercializados
por U
US$ 5.50/kg , valor propoorcionalmentte inferior ao
o alcançado por peixes m menores.

Em Taiwaan, um dos produtores


p dde bijupirá é a Tan Hou Ocean Deveelopment Co o. Ltd., que
utilizaa um sistemaa de rastreabilidade quee incorpora tanto o uso de
d códigos dee identificaçã
ão, quanto
a reaalização de análises
a de rotina
r para i dentificação
o da de contaminação q uímica no produto. A
emprresa possuiu certificação ISO 22000, HACCP e cerrtificado GAP P (Loew, 20009), uma tenddência que
parecce ser irreversível na aqu
uicultura mu ndial. A emp presa exporta
a uma grandde variedade de formas
do prroduto para o mercado coreano
c e aggora busca oss mercados europeus,
e ammericanos e japoneses:

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 121
barrigga, filés co
om ou sem
m pele, dessossado e defumado, na forma de lomboss cortados
horizontalmente

"Salmão negro" nos Estados Uniddos. Carne branca


b do pe
eixe é semellhante ao am
mberjack e
tem uma texturaa firme seme elhante, ma s é mais gorda. Enquannto a descolooração é sempre uma
preoccupação paraa a solha e sashimi ambeerjack, cobia mantém a sua cor melhoor.

No Japão o, a espécie
e (conhecidaa como "suggi", "kuro‐Kampachi" o u "amberjacck negro")
comeeça a conquiistar mercaddo, porém coom uma velo ocidade inferior a que hhavia sido prreviamente
estim
mada pelos especialistas. O peixe aindda é conside
erado relativa
amente caroo e com muita gordura
para os padrões locais. Com mo vantagem m sua carne e sofre uma menor desscoloração que q outras
espéccies usadas na
n preparaçãão de sashimmis (Loew, 20009).

Segundo Mike Urch, consultor


c e é um moomento oportuno para
da revista SeaffoodSource este
o biju
upirá (ou cob
bia, como é chamado
c emm grande parrte do mundo o) entrar de forma mais incisiva no
mercado europeeu. Além das d caracteerísticas orgganolépticas e mercaddológicas, o peixe é
extreemamente veersátil, podeendo ser connsumido cru u como sushi ou sashim i, cozido por todos os
méto odos usuais ou
o ainda deffumado. Embbora o bijupiirá seja uma espécie pel ágica com alto teor de
lipídio
os, ele tamb
bém tem um ma polpa braanca, o que o torna um potencial coompetidor com outros
peixees de carne branca.
b Por fim, também m é significattivo o fato de
d que a Euuropa tem olhado cada
vez ppara a aquicu
ultura como a única posssibilidade de e preencher a lacuna deeixada pela diminuição
d
dos eestoques pessqueiros de espécies
e traddicionais (Seaafoosd Sourcce, 2010).

Porém, o consultor allerta que se, por um lado


o, a espécie é relativameente bem connhecida no
mund do, por outro ela ainda a é consideerada uma espécie
e "novva" no merccado europeu. Assim,
aumeentos da prrodução sem m o devido trabalho de d marketing g podem saaturar rapid damente o
mercado e causar prejuízos aos
a produtorres. Mas agora, uma com mbinação do know‐how norueguês,
n
o com a exp
junto periência vie
etnamita, ressultou em umau exploração aquícolaa de bijupirá que visa
atingir o mercadoo europeu. A empresa noorueguesa ASAA vem realizando cultivvos comercia ais ao largo
osta central do Vietnã desde
da co d 2005. A empresa está venden ndo rotineiraamente bijupirá fresco
para Taiwan, mass também já começou coomercializar o filé congelado para a EEuropa.

A estratéégia de marrketing que começa a ser s utilizada na Europa é colocar primeiro


p o
produuto no merccado de restaurantes, accostumando os consumidores com eesse produto o. A seguir
fazer com que esse
e peixe chegue
c aos supermercados. Só o tempo dirá sse essa estrratégia vai
funcionar, mas pelo meno os, ao con trário do ocorria
o em tempos reecentes, prrodução e
comeercialização têm
t sido enccaradas comoo uma operaação única e indissociáveel.

A recentee abertura dod Golfo do México paraa a aquicultu


ura off‐shoree pode dar um
u grande
impulso aos cultivvos de bijupiirá na regiãoo.

Em agostto de 2009 a Open Blue Sea Farms adquiriu a Pristine


P Oceaans, formanddo a maior
emprresa do de aquicultura
a em água occeânicas. Ammbas as emppresas cultivvam bijupirá em águas
panamenhas, comm cerca de 43.000
4 peixees estocados em tanques‐rede (Loew,, 2009).

O preço do bijupirá á nos EUA, onde é chaamade de "salmão


" neggro", é de
e cerca de
do o filé comercializado a US$14,00/kkg (Chang, 20
US$88,00/kg, send 003).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 122
4.2 M
MOLUSCO
OS

4.2.1
1 Ostra‐d
do‐mangue
e (Crassos trea brasilliana)

Figu
ura 61 ‐ Crassoostrea brasilia
ana (ostra‐do
o‐mangue)
Fonte: Instituto GIA

A produçção de ostrass, seja atravéés da sua exxtração em bancos


b naturrais ou da immplantação
de eestruturas de cultivo, é uma fontte de renda importante para a economia de muitas
comuunidades ribeeirinhas espa
alhadas ao loongo da costta brasileira (Ostrensky
( eet al., 2008).

C. brasilia
ana só foi id
dentificada nno Brasil a partir
p da década de 19700 (Akaboshi & Pereira,
1981). Até então a espécie erra identificadda como C. rh hizophorae, em função dda enorme se emelhança
morfo ológica entree elas e aindda por possuuírem os messmos habitatt e substratoo de fixação.. Porém, C.
brasilliana apresenta melhor desempenho
d o de crescimento durante e o cultivo (PPereira et al.., 2003).

4.2.1.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Sub‐classse: Pteriomorphia
Ordem ‐ Ostreoida
O
Família ‐ Ostreidae
Gênero ‐ Crassostrea
Espécie ‐ Crassostrea brasiliana (LLamark, 1819
9)

4.2.1.2 Área
Á de oco
orrência

Há uma grande
g discussão científi ca sobre o tema.
t Segunddo Lazoski (22004) a espé
écie ocorre
desdee Laguna ‐ SC
S até o Pará á, Brasil. Porrém, na últim
ma década te
em sido travvado um amplo debate
sobree o gênero Crassostrea
C no que diz respeito ao número de espécies naativas que ocorrem na
costaa sul da América do Sul (Ignacio et al. , 2000).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 123
Segundo Rios (1994) C. rhizophoorae ocorre do sul do Caribe até o Uruguai. Va arela et al.
(20077), por sua vez,
v mostrara am que esta espécie oco orre na Guiana Francesa e em grand de parte da
costaa Brasileira, de Florianóópolis (SC) aao Fortim (CE). Esse estudo consiidera ainda a espécie
Crasssostrea gasa ar como trans‐Atlântica (América do d Sul e Áfrrica) e que seria encon ntrada em:
Parnaaíba (PI), São
o João de Pirrabas (PA), B
Baía de Parannaguá (PR) e Baía Cananééia (SP). Ou seja,
s que o
estuddo abre portaas para a hip
pótese de qu e C. brasilian
na e C. gasarr sejam a meesma espécie
e.

Varela ett al. (2007) alinharam


a 1220 sequênciaas de ostras de mangue brasileiros, resultando
em 15 haplótiposs, que foram m usados par a análises co
om outras seequências dissponíveis no
o GenBank.
As annálises confirmaram a presença
p dee duas espécies nativas e uma esppécie exótica a na costa
brasileira.

Lapégue et al. (2002) utilizaram as técnicas de RFLP/PCR e sequencciamento do o RNAr 16S


aliadaas ao cariograma, revela ando‐se a occorrência daa ostra de mangue C. gaasar ao longo
o do oeste
Africaano e a costaa Atlântica da América doo Sul.

Pie et al.. (2006) utiliizaram a meetodologia RFLP/PCR


R para discrimin ar as três espécies de
ostras cultivadas na costa brasileira: C. brasiliana, C. rhizophorrae e C. gig as, para garrantir uma
certifficação genéética da identificação dass sementes comercializaadas. Nesse eestudo a seqquência de
RNArr 16S de C. C brasiliana foi deposiitada no Ge enBank (DQQ839413) e seu sequenciamento
comp parado com outras disp poníveis no banco de genes.
g A esspécie C. gaasar e a C. brasiliana
apressentaram o mesmo
m pareamento de bbases o que reforça
r a tese de sinoním
mia entre as espécies.

Diante do
o exposto, é possível cooncluir que as ostras brasileiras appresentam distribuição
d
coinccidente com as áreas de florestas dee manguezaiss, mas o númmero de esppécie e sua distribuição
d
aindaa não estão totalmente
t claros.
c ação das esppécies de ostras na fase
O connhecimento e a identifica
de seemente, por sua vez, são importantess para determinar a disponibilidade dde larvas no ambiente,
selecionar os pontos mais adequados
a ppara captaçãão de larvas e subsidiarr atividades de cultivo
adequadas à espéécie na região.

Essa dificculdade de id
dentificação de indivíduo
os de C. brasiliana e de C. rhizophora permite
afirm
mar que muittos trabalhos científicos relativos a essa última espécie poddem ter sidoo feitos, na
verdaade, com C. brasiliana.
b

4.2.1.3 Porte
P

São comeercializadas com cerca de 8‐10 cm


m de altura (medida do umbo a exxtremidade
opostta), podendo
o ultrapassarr os 40 cm.

4.2.1.4 Morfologia
M a

Espécie séssil que possui o corpoo envolvido por


p duas con nchas ou valvvas articulad
das em sua
porçãão dorsal poor um ligammento córneeo. O corpo o é composto por: conncha, múscu ulo adutor,
brânqquias, mantoo, gônadas, sistema digeestório, siste
ema circulatório e sistem
ma nervoso (ISECMAR,

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 124
2007). As conchas têm forma ato variável ssão usualmente alongadas e a valva inferior ou esquerda
e é
côncaava, funda e encaixada sob s a articu lação (umbo o), enquanto o que a valvaa superior ou direita é
planaa. A cicatriz muscular
m é deslocada
d emm direção do orso‐lateral. Comparativa
C amente as co onchas são
espesssas, calcáriaas e frágeis. Adultos
A de CC. brasiliana apresentam grande plassticidade na morfologia
m
da concha, dependendo do o substrato onde estão fixados o que, de modo gerall, acarreta
contrrovérsias na identificação
o (Christo, 20006; Varela et
e al., 2007).

4.2.1.5 Hábitat
H

Habitam águas estuaarinas são addaptadas à costeiras ra asas (Galvãoo et al., 200
00; Christo,
2006). São adapttados a subsstratos duro s, sendo gerralmente encontrados eem costões rochosos
r e
em rraízes de árvvore de maangue, predoominanteme ente no infrra litoral (Loopes, 2008). Não raro
tamb
bém são enco ontradas em fundos lodoosos, onde coonseguem ta ambém se deesenvolver.

4.2.1.6 Condições
C ambientaiis

Habitam águas estua arinas, ocorr endo desde a faixa equatorial até 664°N 44°S, na
n faixa de
frio m
moderado (WWakamatsu, 1973; Costa,, 1985). São normalmente encontraddas em zona as de baixa
salinidade (ISECM
MAR, 2007).

Wakamattsu (1973) co oncluiu que C. brasiliana


a é capaz dee sobreviver em salinidades de 8 a
34 upps e tem um m melhor dessempenho nna faixa de 15 1 ‐ 25 ups, classificandoo‐a como um ma espécie
eurih
halina. Obserrvações a cammpo mostra m que a esp pécie está be
em adaptadaa a viver em ambientes
de grrande variaçção de salinidade, supoortando águaas com salin nidade muitoo próxima a zero por
perío
odos relativamente curto os de tempo . Porém, em m salinidadess abaixo de 8 ups as ostrras fecham
suas conchas e param
p de filltrar. Assim, tanto seu crescimento
c quanto repprodução são o afetados
pelass salinidadess muito baixas (Nascimeento & Pereiira, 2004). A sobrevivênncia de larva as também
podem ser comprometida em m salinidadess abaixo de 8 ups (Nalessso et al., 20008). Lemos ett al. (1994)
afirm
maram que ass larvas sobrevivem e creescem melho or em salinidades entre 225 a 40 ups. Miranda &
Guzenski (1999) concluíram
c que
q a melhoor salinidade para a prod dução de sem mentes em laboratório
varia de 25 a 30 ups.
u

Demonstram preferência por águuas com tem mperatura variando de 233‐31 oC (Ansa
a & Bashir,
2007). Não há infformações so
obre as tempperaturas míínimas suporrtadas pela eespécie.

4.2.1.7 Alimentaçã
A ão

Uma caraacterística esstrutural dessta classe é o grande desenvolvimennto das brân nquias, que
são responsáveis pela resp piração e ffiltração do alimento. As partícullas de detrritos e os
oorganismoss presentes na correntte ventilatórria são retid
micro dos nos filaamentos bra anquiais e
conduzidos, através de batim mentos ciliaares, até os palpos labiais e à bocaa (Barnabé, 1996). As
espéccies do gêneero Crassostrrea possuemm uma câmarra promial no o lado direitoo do corpo que
q inverte

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 125
o fluxxo da água exalante, se
endo consideerada como uma adapta
ação a ambi entes de altta turbidez
(Galvvão et al., 200
00).

A partir do estômago o alimentto segue para os diverttículos digesstivos e intestino, já o


mateerial não aprroveitado, coonhecido poor pseudofezzes, é eliminado atravéss da abertura inalante,
quando as valvass se fecham e a água é fforçada a saair levando esses
e detritoos acumulado os com ela
(Rupppert & Barnees, 1996). Desta forma, como os mo oluscos bivalves obtêm sseu alimento o da coluna
de ággua pela filtrração de pequenas parttículas materriais, elas accabam conceentrando em m seu trato
digesstório contam
minantes bióóticos e abiótticos presenttes no meio (Beirão et all., 2000a).

Os alimentos são en nzimaticame nte atacado os desde o momento eem que penetram nos
condutos da glândula digestivva. Porém, é possível obsservar células vivas preseentes no estô ômago nas
seis horas seguin ntes à ingesstão e duraante 8 a 16 horas no intestino
i (Baarnabé, 19996). Assim,
bactéérias patogên nicas, que esstão eventuaalmente pressentes na ággua de cultivoo, após serem filtradas
podem permaneccer vivas no trato digesttório das osttras (Moraess et al., 20000). Segundo Nguyen et
al. (11980) e Pommepuy ett al. (1996) bactérias relacionadas
r s a DTAs em m humanoss, como a
Escheerichia coli, podem manter‐se viáveiis mesmo ap pós a ingestão pelas ostraas, o que jusstifica altas
contaagens bacterrianas em moluscos
m meesmo quando as contagens na águaa do mar nã ão indicam
restriições para coleta
c nsumo dos oorganismos. O problem
e con ma tende a sse agravar quando
q há
aumeento da temp peratura ambiental, poiss as taxas de
e filtração e de
d crescimennto das ostra as também
são aceleradas nessas con ndições (Chrristo, 2006). Conseque entemente, há um aumento na
possibilidade de ingestão
i de bactérias
b pattogênicas pe
elas ostras.

No caso do
d Paraná, no
n verão, aléém do aumen nto da temperatura ambbiental, coinccide com a
temp porada de férias, quando o há um signnificativo inccremento no consumo d e ostras porr parte dos
turisttas que se dirigem
d ao littoral (Fariass et al., 2007
7), potencializando os ri scos de contaminação
humaana por agen ntes microbioológicos veicculados atravvés das ostraas consumidaas.

4.2.1.8 Reproduçã
R ão

Nas pop pulações de d C. brassiliana oco orrem machos, fême as e hermafroditas


simulltaneamentee, porém, variações
v dde salinidade podem determinar
d a predominância de
deterrminado sexo o na populaçção. A espéccie desova intermitentem mente durantte o ano (Ga
alvão et al.,
2000; Christo, 20006), sendo entre
e os messes de dezem mbro a maio a época em m que ocorrem desovas
massivas. A deso ova é estimulada, naturaalmente, porr choque térmico. Os inddivíduos desssa espécie
matuuram quando o atingem co omprimentoos em torno de 20 mm. A fecundaçãão é externa a e a ostra
passaa por estágioos larvais, quuando faz paarte do zoop plâncton. O desenvolvim
d mento da esp
pécie inclui
fases larvais. O desenvolvime
d ento larval, com duração de 20 a 22 dias no pllâncton, é dividido em
quatrro fases: troccófora, larva D, véliger e pedivéliger (Costa et al.,, 2009).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 126
4.2.1.9 Assentame
A ento larvall

A larva véliger nada até encontraar um objeto limpo e firme e entãoo começa a arrastar‐se
sobree seu pé (fasse pedivéliger). Quandoo encontra umu local apro opriado, a gglândula do pé secreta
uma substância adesiva
a com a qual a osttra irá se ade
erir definitivamente. Est e processo é chamado
de fixxação ou asssentamento e a partir ddesse mome ento a ostra passa ser chhamada de "semente"
(Poli et al., 2006).

4.2.1.10 Status teccnológico

Histtórico
As ostras de mangue vêm sendo estudadas por p vários au utores desdee a primeira metade
m do
século 20. Besnarrd (1949), tra
abalhando ppara a Secrettaria de Agriccultura e Abaastecimento
o do Estado
de SSão Paulo, avaliou o potencial d a ostreiculttura em Ca ananéia (SP ) nos anoss 1930‐40.
Posteeriormente, Wakamatsu
W (1973) e Abssher (1989) descreveram m os fundameentos básicoos, práticos
óricos, para a ostreicultura que é atéé hoje praticaada na Baía de Santos (BBA), Cananéia (SP) e na
e teó
baía d
de Paranagu uá (PR).

Nas décaadas de 1970‐80 foram iniciadas pe esquisas dire


ecionadas aoo desenvolvvimento da
ostreeicultura nos Estados do Ceará, Para ná, Pernambbuco, Bahia, São Paulo e Santa Catarina com a
espéccie C. rhizop
phorae, a paartir de sem
mentes extraaídas do ambiente (Fernnandes & Liima, 1976;
Antun nes, 1978; Nascimento
N & Lunetta, 19978; Akabosshi, 1979; Na
ascimento ett al., 1980; Nascimento
N
& Perreira, 1980; Nascimento,
N , 1983; Nasciimento, 19988).

Loca
ais de cultiivo no Bra
asil
No Brassil o maior produtor
p de ostras é San a, embora nãão seja C. brasiliana a
nta Catarina
espéccie predominnante nos cu Aquicultura e Pesca da
ultivos. Segunndo dados da Secretaria Especial de A
Presid
dência da República
R (SEAP/PR, 20009) há soliccitação de cultivos de CC. brasilianaa na Bahia
(Cand
deias), no Paaraná (Guaraquaçaba e G Guaratuba) e Santa Catarina (Bombin has).

Cole
etores de sementes
s
No Canall de Itaparicca (BA) e Caananéia (SP), ambientess de climas tropical e subtropical,
respeectivamente,, mas com temperaturaas acima de e 20oC, notaa‐se um favvorecimento a desova
contíínua de larvaas de C. rhizo
ophorae e dee C. brasiliana
a (Akaboshi e Pereira, 19981).

Quanto àsà técnicas empregadas


e s para obten nção de semmentes destiinadas à osttreicultura,
existee uma varied dade de matteriais, form
mas de confe ecção dos coletores e dissposição no ambiente,
tendo o sido relataados vários tipos de colettores constrruídos com materiais
m quee possuam ondulações
o
e con
nsistência dura (Fernande es & Lima, 19976; Quayle,, 1980).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 127
Figura 62 ‐ Coletores
C de s ementes emp pregados no litoral paranaeense.
FFonte: Institutto GIA.

Figura 63 ‐ Sementees coletadas com


c auxílio dos coletores.
FFonte: Institutto GIA.

Segundo Buitrago & Alvarado


A (20005) a utilizaação de cole
etores confecccionados em m material
metálico, como alumínio,
a na Colômbia e a utilização ded telhas, na
a Venezuela tem sido con nsiderados
excelentes coleto ores, por ofeerecerem ceerta resistênncia às intemmpéries. A foorma ondula ada desses
mateeriais acumu ula partículas suspensass, formando o uma pelíccula conheciida como biofilme.
b A
circullação das coorrentes nass ondulaçõess do coletor promove um aumentoo no fluxo de e alimento
onível para fiixação e o crescimento dda ostra. Pereira et al. (2001) utilizaaram no litorral paulista
dispo
mateeriais reciclávveis confeccionados comm garrafas ded tereftalato o de polietilleno (PET) para
p captar
semeentes de ostrras do mangu ue no ambie nte natural.

ores testadoss pela comunnidade local do Vaza‐Barrris foram dee PVC e garra
Os coleto afas PET As
PETs foram adotaadas por obtterem uma eelevada taxa de recrutam mento de sem mentes, mass o sucesso
mplantação de qualquer empreenddimento aqu
na im uícola deve‐se também ao engajam mento dos

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 128
assocciados na lim
mpeza das esstruturas de coleta, a seleção das se
ementes de oostras para o processo
de en
ngorda contrrolando morttalidade, creescimento e as
a condiçõess de flutuaçã o do ambien
nte.

Matu
uração, reprodução e larviculttura
C. brasiliiana apresenta excelenntes taxas de d crescimen nto e resisttência a varriações de
peratura, salinidade e açã
temp ão de parasittas. Portanto
o, sua rusticid
dade e os boons índices zootécnicos
obserrvados fazemm do domínioo da reproduução e da larrvicultura desta espécie a chave para a o sucesso
comeercial dos culltivos.

O trabalhho é iniciado com a seleçção de reprodutores no ambiente


a e nnos cultivos existentes.
Os reeprodutores são coletado os geralmentte logo após o inverno, quando
q há m
mais indivíduoos maturos
(Poli & Teixeira, 2006).
2

No laboraatório, por amostragem


a m, é avaliado
o o estágio de
d maturaçãão das ostraas. Caso os
repro
odutores nãoo estejam prontos para a desova sãão transferid
dos para umm setor de maturação,
m
onde recebem dieta adequa ada ‐ a basee de várias espécies
e de microalgas ‐ e são mantidos sob
mperatura co
condições de tem ontrolada.

Quando as a matrizes apresentam


a ara a desova é realizada a indução.
estágio gonaadal apto pa
A inddução consisste basicamente em foornecer um ambiente com mudançças de temp peratura e
salinidade associadas à expo osição dos annimais ao arr, como ocorre no ambi ente natural, a fim de
estim
mular a liberaação dos gam
metas.

De acordo com Poli & Teixeira (20006), durantte a desova, os animais qque iniciam a liberação
de gaametas são separados.
s Os
O machos sãão colocados em recipie entes individ uais de 1 L. As fêmeas
de m
mesma origem são coloccadas em um m balde com m 5 a 10 L de água do mar. A fecundação é
m da soluçãoo contendo esperma para cada litroo de solução
realizzada adicionando‐se 2 ml o contendo
ovóciitos. Após 15 a 30 min.m é reali zada uma amostragem
a m para dete rminação da taxa de
fecunndação. Os ovócitos feccundados appresentam uma u ou duaas pequenass esferas na a periferia,
denominadas corrpúsculos po olares ou já aapresentarão elulares (clivaagens). A temperatura
o divisões ce
2 oC. Após 112 a 18 h háá formação da
da ággua deve serr mantida a 25 d larva trocóófora e depo ois de 24 h
surgeem às larvas véliger.

A desovaa representaa uma das variáveis maism importa


antes para fins de pro
odução de
semeentes de ostra. Em zonas tropicais a desova dass ostras ocorre durante o ano todo, porém, a
fixaçãão das larvaas apresenta
a sensíveis variações aoo longo do período, coonforme as condições
hidro
obiológicas da área (Akab
boshi & Pere ira, 1981).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 129
Figurra 64 ‐ Larvas de ostras em
m fase de assentamento.
Fonte: ARA
AP.

Após a desova,
d as la
arvas são levvadas para a sala de larvicultura oonde perman necem sob
condições contro oladas de tem mperatura, ssalinidade, fotoperíodo
f e alimentaçã ão, até a formação de
larvass pediveligeer. É nesta fase que a ostra proccura um sub bstrato paraa assentar e perde a
capaccidade de naatação. Apóss o assentam mento, a ostrra, chamada agora de seemente, perm manece no
laborratório até attingir o tamaanho de 4 a 8 mm, quan ndo terá condições de seer levada para as áreas
de beerçário.

O correto
o manejo das sementes promove o desenvolvim mento de osttras de cultivvo, mas as
dificu
uldades estãoo na coleta e identificaçãão de semen oques naturaais. No Estado de Santa
ntes nos esto
Catarrina, por exxemplo, Macccacchero eet al. (2007)) observaram m que o m melhor cresciimento de
Crasssostrea sp. se dá em altas densidad es, com um longo intervvalo de limppeza. Ao fina al de cinco
mesees as ostras analisadas
a poor estes autoores atingiram
m 60 mm, co om taxa de 99,9 mm/mês..

Em condições controlladas de labooratório, Chrristo (1999) verificou


v quee o período larval
l de C.
brasilliana teve duração
d de 23 dias a 27°C. Períod do menor foi encontra do por Ram mpersad &
Amm mons (1992),, que realizaram larvicculturas de C. rhizoph horae em aapenas 11 dias, com
alimeentação a base de Isochryysis galbanaa.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 130
F
Figura 65 ‐ Tanque de asseentamento de
e larvas de osttras em laboraatório.
Fonte: ARA
AP.

Asse
entamento
o remoto
Uma técnnica cada veez mais util izada em paaíses produttores de osttra é o asse entamento
remooto. Produtorres substitueem sementess de ostra poor larvas aind
da no fase "oolhada", induzindo seu
assenntamento diretamente nas estrutuuras de cultivo. Desta forma os produtoress reduzem
signifficativamente os custos, uma vez quee o milheiro de larvas chega a custarr 10% do valoor pago no
milheeiro de semeentes.

Segundo Poli & Teiixeira (20066) as larvass olhadas sã ão adquiriddas de labooratórios e


transsportadas em
m papel ou sacos
s úmidoos e resfriados, em lote es com cercaa de 1 a 3 milhões
m de
larvass. Chegando
o ao destino o, as larvas ddevem ser mantidas
m refrigeradas ppor não maiss de 72 h.
Quanndo todo o sistema estiver pronto para recebê ê‐las, elas de
evem ser acclimatadas para
p que a
tempperatura larval equilibre‐sse com a da água de culttivo.

O assentaamento deve e ser feito em


m tanques plásticos
p com
m dimensões de 200 x 10 00 x 25 cm,
onde são colocaddas peneiras com malhass de 250 a 30 00 mm. Sobrre essas pen eiras é coloccado pó de
conch
ha finamentee triturado (o
o suficiente para ser retiido por essass malhas) e eexaustivame
ente lavado
com ssolução de hipoclorito
h de sódio, enxxaguado em água
á doce e seco ao sol.. Antes do usso, esse pó
deve ser novamente lavado com
c água docce e depois enxaguado
e com
c água sal gada.

A água dos tanques deve ser troocada de 3 a 4 vezes ao o dia, bombeeando‐se água do mar
da diretamente através de filtro de 50 µm paraa os tanques. Essa água ttrará os alim
filtrad mentos que
as larrvas irão connsumir. Alémm disso, a ággua deve serr sempre ma
antida em ciirculação no tanque, o
que p pode ser feitto a partir do
o uso de um
ma bombinhaa de aeração o usada em aaquários, por exemplo.
Deve‐se, ainda, colocar
c um plástico
p obri‐lo com outro material, pois o
pretto sobre o tanque ou co
assen ntamento é mais
m eficientte no escuro..

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 131
Decorridoos 3 dias do assentamennto, retiram‐‐se as peneiras e transfeerem‐se as larvas, sem
nenhuma preocupação com a retirada doo pós de conccha, para as unidades beerçário. Essas unidades
podem ser tanto uma caixa telada
t de maadeira, quannto lanternass de cultivo, desde que com
c malha
de 2550 µm. As sementes devem perm anecer até que atinjam m tamanho ssuficiente para
p serem
transsferidas para lanternas de
e malha com
m 1 cm de abertura entre nós.

Figura 66
6 ‐ Balde telad
do utilizado nno assentamento remoto de ostras em SSanta Catarina
a.
FFonte: João Zaanella.

Não existtem dados precisos para C. brasiliana


a, mas no ca
aso de C. giggas o custo da semente
produ uzida atravéés de assenta
amento rem moto a partirr de um modelo projetaado para 5 milhões
m de
larvass olhadas é viável para quantidaades superio ores a 300 mil semenntes (6% de e taxa de
assenntamento). O ponto de e equilíbrio fica por volta de 160 0 mil seme ntes e o retorno do
invesstimento se dá
d após três assentamenntos de 300 mil
m sementess (Poli, 1999)).

Requ
uerimento
os ambienttais para a engorda
A sobreviivência das ostras
o no cul tivo tem com
mo consequêência um po ssível crescimmento que
pode ser rápido ou
o lento. O manejo
m de seementes em cultivos, porr peneiramennto, é imporrtante para
o successo repro odutivo, por selecionar animais de e crescimentto rápido e descartar indivíduos
meno ores (Pereiraa et al., 2003
3). Os mesm mos autores estudaram as variaçõess de temperatura e de
salinidade em Cananéia (SP), enquanto m monitoraram o crescimennto de C. braasiliana. Seggundo eles,
A toleerância da espécie
e ariações de salinidade se dá entre 3 e 8 ups, seendo de 15 a 25 ups a
às va
faixa mais recomeendável para a o cultivo.

mou que as oostras do esstuário do rio Ceará (CE ) são menorres que de
Vilanova (1989) afirm
outraas áreas com m baixa saliinidade e, aatribuíram a salinidade a causa priimária da re
edução de
cresccimento. No entanto, ain nda não há consenso entre os auto ores quanto a influência
a da alta e
baixaa de salinidad
de no crescim
mento das osstras.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 132
Outros parâmetros
p associados a salinidad de e a temperatura são à turb bidez e a
transsparência daa água. Pere eira et al. (22001) entenndem a turb bidez produzzida pelo material em
suspeensão, silte principalmen
p nte, e a alta cconcentração de algas co
omo responssáveis pelo decréscimo
d
ou in
nibição do esstimulo à filtração. Na B Baía de Guaratuba‐PR os resultadoss de turbidez variaram
juntamente com m as velocidades de co rrente. Em geral, com o aumentoo das velocidades das
entes
corre são reg
gistrados picos de turbiddez. Isto pro
ovavelmente ocorra deviddo à ressusppensão das
partícculas mais finas do sedim
mento (Hosti n, 2003).

Diversos aspectos téécnicos, am bientais e biológicos


b das espécies podem inffluenciar o
proceesso produtiivo. O conhe
ecimento so bre a influência desses fatores pod e otimizar os
o esforços
dos p
produtores em cada etap pa do processso de cultivo
o de ostras nativas.

Engo
orda
Devido às
à caractertísticas biológgicas das osstras, princip
palmente aoo fato de suportarem
perío
odos relativamente longo os de expossição ao ar, os sistemas de engordaa são os mais variados
possííveis. Mas, os dois sistem
mas de cultiivo mais communs empreg gados no culltivo de ostrra são o de
fundoo e o suspennso. Ambos podem
p podeem ser utilizaados tanto em submersãão contínua quanto
q em
região intermareaal.

Segundo Poli (2004),, o ideal é que o cultivo seja rea alizado em ppelo menos três fases
ntas, consideerando o ma
distin anejo aplicaado e as estruturas de cultivo
c dispooníveis: de manejo
m de
semeentes; de culltivo de juvenis e de term
minação.

Figura 67 ‐ Área de ccultivo de osttras na baía de


e Guaratuba.
Fonte: Instituto GIA

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 133
A mortalidade das sementes
s é inversamen nte relaciona ada ao tamaanho com que q foram
adquiridas. Ou seja,
s quanto maior a seemente no início
i do cultivo, menorr será a taxxa final de
mortalidade. Ostras podem sers obtidas a partir de 200
2 µm, aind da no estágioo de larva. Neste
N caso,
devem m ser submetidas ao prrocesso de aassentamento remoto, podendo seraanteriormente. Podem
ser esstocadas em
m caixas telad
das ou em baaldes flutuan
ntes, onde pe ermanecem até atingir pelo
p menos
7 a 100 mm de altu
ura e serem transferidas para gaiolass de cultivo (segunda fasee).

Juvenis, por
p definição o, são aque las ostras co
om tamanho o inferior a 4 cm. Eles podem
p ser
selecionados por peneiramen nto, utilizanddo‐se uma pe
eneira com abertura
a de malha superrior àquela
das eestruturas dee contenção que receberrão essas ostras. O equipamento utiilizado nesta a fase deve
ser co
onfeccionado de acordo com o tamaanho das sem mentes estoccadas. Para oostras de 7 a 10 mm de
n deve ser maior que 1 mm (2003a). Para ostrras com 1 a 2 cm de com
alturaa, a malha não mprimento
podem ser utilizaadas malhas plásticas dee 9 mm, que e revestem caixas de m monoblocos vazadas
v ou
lanternas, com ab bertura máxiima de 5 mm m entre nós (Poli,
( 2004).

A quantid e da área útil do petrechoo. Em geral, o cálculo é


dade de ostra por estrutuura depende
2
feito com base em
m uma área 3,5 cm /ostrra. Assim, em
m um compa artimento cuuja área é de 1.785 cm2
poderão ser estoccados 500 ju
uvenis.

Durante a terminaçãoo, fase que pprecede a venda, utiliza‐sse malha de 15 a 20 mm entre nós.
As oostras são transferidas
t para as esstruturas de e contenção o quando aatingem 6 cm, c sendo
selecionadas atraavés de pene
eiramento. O tempo de cultivo
c nesta fase é totalmmente depenndente das
condições ambieentais, especialmente dda temperattura, da sallinidade e dda disponibilidade de
alimeentos.

A observvação semanal das conndições dass lanternas e do cresccimento dass ostras é


fundaamental nesste período. Deve‐se terr cuidado prrincipalmentte com a preesença de organismos
o
vivos indesejáveiss e ainda com
m o acúmuloo de lodo na malha, o que
e impede a ccirculação da
a água.

O manejo o das estrutu uras de cultiivo é necesssário para se


e evitar o enttupimento das
d malhas
por o
organismos in ncrustantes e por materrial sedimenttar. Neste caso, a menorr circulação de d água no
interiior das estru
uturas de co ontenção siggnifica meno or disponibilidade de aliimentos e de oxigênio
para as ostras, aléém de facilitar o estabeleecimento dee organismoss indesejávei s aos cultivo
os.

A limpezaa das estrutuuras pode seer feito com auxílio de bombas,


b lavaadoras de alta pressão
ou quualquer outrro equipamento que posssibilite a rettirada de orgganismos inddesejáveis tanto dessas
estruturas quanto o das ostras.. As estrutur as de cultivo
o também po
odem ser exppostas ao ar por algum
temppo, procedimmento que provoca a moorte de orgaanismos incrrustrantes d e corpo mo ole. Porém,
expossições dem masiadamente prolongaadas podem m comprommeter o crrescimento e até a
sobreevivência das ostras. A limpeza tam mbém pode ser feita attravés da ra spagem manual, mas,
nestee caso, com maiores
m custtos financeiroos e de temp po.

Pereira ete al. (2001) realizaram estudo paraa avaliar o efeito


e da deensidade de cultivo de
ostras C. brasilian
na na fase de
e engorda. O experimento foi conduzido de agossto de 1997 a junho de
1998, em três locais
l dos na zonaa de planíccie de entre
situad e‐marés ondde foram construídos
tabuleiros, sobre os quais foram distribuuídas ostras nas densidades de 10, 115, 20 e 25 dúzias/m2.
Segunndo os autorres é tecnicamente viáveel o cultivo de C. brasilian
na nessa maiior densidade.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 134
4.2.1.11 Merccado

Mercado nacio
onal
Em qualq quer setor econômico,
e os esforçoss e as preoccupações paara se ampliar a base
produ
utiva acabam m sendo pe ermanentes, mas isso só s não basta a. O aumennto da produção deve
semppre estar asso
ociado aos trrabalhos volttados à conqquista e à sollidificação dee mercados.

das ao aumeento da amplitude de


No Brasill ainda são muito tímiddas as iniciaativas voltad
distribuição dos produtos
p alé
ém das redonndezas das áreas
á onde os moluscos ssão cultivado
os. Mesmo
em SSanta Catarinna, disparad
do o maior pprodutor nacional, o sisstema de coomercializaçã ão ainda é
o. Isso não impede, co ntudo, que as ostras já
bastaante limitado j tenham rrepresentado o 70% das
cargaas embarcad das no aerooporto de Fllorianópolis (Fundacentro, 2008). Essa particiipação, no
entannto, acabou sendo reduzida em fun ção dos cusstos envolvid dos nessa opperação de transporte,
t
que ppode encareccer em mais de 30% o prreço final do produto.

Por se trratar de produto altameente perecívvel, o transporte e comeercialização das ostras


deve ser rápido o e cuidado oso. As osttras não processadas, ou seja inn natura, devem d ser
comeercializadas ainda
a vivas. A entrega di ária de ostraas frescas às peixarias e restaurantess próximos
é a principal formma de comerrcialização a dotada pelos produtores. Outra form ma de comeercialização
mita a manteer um balcão
se lim o de atendimmento na pró ópria área de e cultivo venndendo no varejo
v para
os cliientes tradiccionais. No Paraná,
P há u ma forte atu uação de atrravessadoress na região da baía de
Parannaguá, que compram
c as ostras de exxtratores e as
a distribuem m no sul de SSão Paulo, Paaranaguá e
região metropolittana de Curittiba.

buição de prrodutos do país é, porttanto, um gargalo a ser sempre


A logísticca de distrib
enfreentado para quem deseja vender osstras além daas fronteirass do estado produtor. Para chegar
em MManaus, por exemplo, ass ostras prodduzidas em Santa
S Catarin
na demoram
m 48 horas. Esse
E tempo
é o ddobro do qu ue seria neccessário parra transportáá‐las até a Europa. Apeesar disso, o país não
exporta ostras paara a Comuniidade Europééia.

As barreiras sanitária
as impostas e a obrigatoriedade de implantação de um plan no nacional
de saanidade de moluscos lim mitam atuallmente o accesso dos produtores bbrasileiros ao
o mercado
exterrno.

A legislaçção estaduaal de Santa Catarina para p a Certificação de Qualidade, Origem e


Identtificação de Produtos Agrícolas e dde Alimentoss (Lei Nº 12 2.117, DE 077/01/2002 (DO‐SC,
( de
09/011/2002) e o Decreto 4323 Lei S elo SC) foraam redigid dos atendeendo os req quisitos de
exportação previistos na legislação euroopéia. Assim m, a partir do momentto em que a ostra de
Floriaanópolis for certificada cumprindo
c o s requisitos da legislação
o estadual, a produção lo
ocal estará
em aacordo com a legislação européia. M Mas, para que os produ utores possaam almejar o mercado
europ peu eles vão bter o selo dee Denominaçção de Origem Controladda ‐ DOC.
o precisar ob

o isso não accontece e taambém nos demais dos estados em que este prrocesso de
Enquanto
garan
ntia da qualidade higiênico sanitárria e de certificação de
e origem aiinda não exxistem, a

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 135
comeercialização de
d ostras passa pela connquista do aiinda limitado o e turbulen to mercado interno. O
probllema é que cada
c vez que
e é anunciadda na mídia a ocorrência a de uma maaré vermelhaa em áreas
de prrodução de ostras ou a suposta intooxicação de algum conssumidor, o m mercado se retrai e os
produutores passaam a enfrenttar dificuldaddes para com
mercializar su
ua produçãoo.

Mercado exterrno
Os problemas de mercado
m nãoo são uma exclusividadde dos proddutores naccionais. Os
esforrços da indú ústria ostreíccola da Euroopa e dos EUA
E para auumentar o vvalor da sua produção
tambbém têm sido o concentrad mentação de mercado e na certificaçção do produto. Como
dos na segm
tanto
o os EUA, atrravés do FDA A, como a Coomunidade Européia,
E adotam o princcípio da reciprocidade,
ou seeja, para quee um país poossa exportarr moluscos para
p aíses e blocoos os produtores locais
esses pa
devem m se submetter às mesmas normas saanitárias aplicadas naque eles países, é importante
e conhecer
a estrrutura e as exigências
e deesses mercaddos.

Em um mercado
m em
e que a coomercializaçção anual de d ostras é de mais de 125.000
tonelladas, a Fran
nça é o maiorr consumidoor de ostras dad Europa, co om cerca dee 35.000 tone eladas/ano
(TheFFishSite, 200
08a). Mas, apesar dos essforços prom mocionais pa ara incentivaar as vendass de forma
mais uniforme ao longo do ano, a dem manda contin nua sendo fortemente
f sazonal, con
ncentradas
principalmente em dezembro o ‐ janeiro, duurante as fesstas de final e de início dde ano.

No mercaado europe eu as ostras são tradicionalmente co onsumidas frrescas. Itália


a, Espanha,
Holan
nda, Bélgica e a Federa ação Russa são imporrtantes merccados imporrtadores de ostras na
Europ
pa. O valor médio
m das osstras no merrcado europe 06/kg, mas e m alguns países, como
eu é de € 4,0
na Rú
ússia, por exeemplo, chega a € 6,56/kgg (FAO, 2010
0).

A ostra do
d Pacífico (Crassostrea
( gigas) resp
ponde hoje por
p 75% da produção mundial
m de
ostras (Skinner, 2007). Há uma preferênncia do merccado francêss por ostras de com cerca de 80 g
(espeecialmente da
d ostra planna Ostrea eddulis), mas caada vez mais cresce a ddemanda porr ostras de
tamanhos "especciais O preço o médio de vvenda no ataacado da osttra plana é ggeralmente 3 a 5 vezes
maior que a ostrra do Pacíficco. Portantoo, O. edulis ocupa um nicho
n econôômico e é coonsiderado
como o um item de luxo de entre os fruutos do marr ‐ uma igu uaria cara ppara os connsumidores
especcializados (FA
AO, 2010).

nte, a certifiicação de osstras na Fraança já segue o mesmoo caminho adotado na


Atualmen
comeercialização de
d vinhos, em que a origgem do prod duto tambémm influencia decisivamente no seu
preçoo. Dessa forrma, os cuiddados com aas questões ambientais são muito iimportantess, pois, em
últim
ma instância, a qualidade do ambientee de origem é que vem influenciandoo no preço do d produto
certifficado. Um exemplo:
e um
m pacote com m duas dúziaas de ostras "Fine de Claaires Vertes" pode ser
vendido por €15,,00 em supermercados, eenquanto um m pacote com três dúziaas de ostras de mesmo
tamanho e da meesma região, porém não certificado, era vendido a €13.90 (T heFishSite, 2008b).
2

Por outroo lado, a legislação cada vez mais riggorosa têm restringido a expansão da indústria
ostreeícola francessa. Como ressultado, um número cada vez maior de produtorres e comerciantes tem
buscaado adquirir ostras fora das fronteirras francesas para abasttecer esse m mercado cada vez mais

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 136
exigeente por quaalidade. As importaçõess anuais fraancesas, segundo TheFisshSite (2008
8b) são da
ordem m de 3.500 a 4.000 toneladas. Cerca de 60% desste total vem
m da Irlanda.

A expectaativa do mercado europpeu é de ele evação dos preços


p das oostras, não apenas
a por
aumeento de dem manda, mas também
t porrque vários países
p produtores vêm eenfrentando problemas
com patologias que q têm afe etado significcativamente a produção o. No verão de 2008, larviculturas
localiizadas na cossta francesa chegaram a perder 80‐1 100% dos seuus juvenis dee um ano (naa França as
ostras podem levar de dois a até trêss anos para atingirem o tamanho ccomercial). A crise foi
atribuuída a um víírus semelha ante ao da hherpes, mas que até aqu ui não haviaa sido registrrado como
causaador de morrte em ostra as. A FAO ( 2010) defen nde que o fuuturo da proodução de ostra
o plana
europ péia está dirretamente liggado à capaccidade de crriação de cep
pas cepa ressistentes a um parasito
intraccelular cham
mado de Bona amiasis.

Moluscoss em geral, incluindo aí aas vieiras, ostras, marisccos e mexilhhões, contribuem com
uma pequena mas m crescentte parcela ddo mercado o americano o varejista dde frutos do o mar. Os
moluscos são ressponsáveis por
p 9,6% dass vendas da categoria. AssimA como na Europa, as vendas
tambbém são sazo onais e conccentradas naa época de festas
f de fin
nal de ano. D
Dentre os moluscos,
m a
comeercialização no varejo segue
s a segguinte ordem m de importtância em ttermos de volume
v de
vendaas: vieiras (6
61,9%), amêijoas (17,2%
%), ostras (12 2,3%), mexilhões (4,9%)) e lulas (3%
%) (Seafood
Biusin
ness, 2007).

Apesar dos
d números aparentem mente modestos em relação
r às vvendas, algu
uns dados
impreessionam. Em 2007 os EUA tinham m cerca de 350.000
3 resttaurantes e destes maiss de 1.900
ofereeciam um "ooyster bar" aos seus clienntes, o que equivale a 25%
2 dos resttaurantes de e frutos do
mar do país (Forrristall, 2007).

Mas, aind da assim, a produção e o consumo o americanoo de ostras ficam bem abaixo do
europpeu. De acordo com dad dos do Relattório Nacional de Pesca Marinha, doo Serviço de Pesca dos
Estad
dos Unidos, o consumo de d ostras noss EUA é um pouco
p superiior a 26.000 toneladas. A Louisiana
é o maior produ utor de ostras daquelee país, sendo responsá ável por 300% do total de ostras
Crasssostrea virgiinica colocad
das no merrcado interno (entre 4.5 500 e 5.9000 toneladas)) (Wirth &
Mintoon, 2004).

Em 1972,, o consumo per capitaa de ostras nosn EUA era de 0,19 kg.. Em 2001 havia h caído
para 0,09 kg/pesssoa (Nationa
al Marine Fissheries Service, 2002). Esssa queda siggnificativa fo
oi atribuída
ao au
umento acenntuado da preocupação ccom a seguraança dos con nsumidores dde moluscos e também
uma desconfiança quanto à qualidade
q doo produto ofe ertado no me ercado.

Uma sérrie de regullamentos goovernamentais voltadoss à garantiaa da qualid dade e da


inocu
uidade da osstra comercializada acabbou implanttado no paíss. O fato é qque o crescimento do
mercado interno americano parece atua lmente estar diretamente atrelado à capacidade do setor
utivo e de comercializaç
produ c ção de garanntir a inocuidade dos produtos com mercializadoss (Wirth &
Minto
on, 2004).

Hoje, parra chegar à mesa do coonsumidor norteamerica


n ano, qualqu er fruto do mar deve
atend
der a aos segguinte regula
amentos (TheeFishSite 200
07):

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 137
a) AAnálise de Peerigos e Ponntos Críticos de Controle e (regulamentada pelo FDA) , que coloca em
práticca medidas rigorosas
r parra evitar riscoos de contaminação dos alimentoss;

b) Booas Práticas de Processsamento, inccluindo temas que abordam a higiiene pessoa


al entre os
trabaalhadores, in
nstalações sanitárias
s dde processamento e as fontes dee água utilizadas no
proceessamento do
d pescado;

c) Reggulamentos definidos pe
elo Centro dee Medicina Veterinária
V d FDA, que aaprova os tratamentos
do
médicos e medicaamentos que e podem serr usados em operações
o de aquiculturra;

d) Booas práticas de aquicultura, que reggulamentam ociais, ambieentais e de segurança


m aspectos so
alimeentar em unidade de culttivo comerciaal.

e) Prrograma de inspeção de e pescados, do Departamento de Comércio


C Am
mericano, qu
ue prevê a
os de pesca, plantas de processamen
inspeeção voluntária em barco p to e no varej
ejo.

Ou seja, os trâmitess burocráticcos para ap provação de um processso de expo ortação de


produutos aquícolas para aquele mercadoo são também bastante extensos. MMas, além dissso, o FDA
está preparando uma regula amentação qque exigirá queq as ostras comercialiizadas passe
em por um
dos q mentos, espeecialmente se provierem
quatro seguintes tratam m de regiõees em que o risco de
contaaminação (ppor fatores naturais o u antropogênicos) seja a maior : ccongelamentto rápido;
p alta pressão; calorr moderado;; ou baixass doses de rradiação gama (usada
proceessamento por
principalmente para eliminação da bactérria Vibrio cho
olerae).

Com tudoo isso, o me


ercado amerricano també ém tem ade erido à certifficação de origem
o das
ostras comercializadas, senddo que alguumas regiõe es se destaccam nesse m mercado intterno (por
exemmplo, Westco
ott Bays, Penn Coves, Quiilcenes, Willaapa Bays etcc) (Skinner, 22007).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 138
4.2.2
2 Ostra‐d
do‐pacífico
o ou ostra jjaponesa (Crassostre
( ea gigas)

Fiigura 68 ‐ Crasssostrea giga


as (Ostra‐do‐P
Pacífico)
Fonte: VanRobin.
V

Segundo Poli (2004), desde a déccada de 19344 aventava‐se a possibiliddade de intrrodução da


ostra japonesa, também
t con
nhecida com
mo ostra‐do‐P Pacífico, Cra
assostrea giggas (Thumb berg, 1975)
para servir de base para o de esenvolvimennto da ostre
eicultura nacional. No en tanto, essa introdução
i
só virria a aconteccer efetivam
mente em 19974, através da importaçção de semeentes da Grã‐Bretanha,
realizzadas pelo In
nstituto de Pe Marinha, em
esquisas da M m Cabo Frio.

A escolhaa dessa espéécie se deu em função de seu melhhor desemp enho zootéccnico, com
especcial destaquee para as taxas de cresccimento que
e costuma ap
presentar em
m condições de cultivo
(Silvaa & Silva, 200
07).

Após sua introdução vários progrramas e linhas de fomen nto à produçãão e à pesqu
uisa com C.
gigass foram dispoonibilizados,, principalmeente nos esttados de San nta Catarina e São Paulo (Akaboshi
& Perreira, 1981; Pereira & Tanji, 1994; Pooli, 1994; Perreira & Jacob
bsen, 1995; PPereira & Lo
opes, 1995;
Manzzoni, 2001). E foi justammente graças ao fomento o dos órgãoss governameentais e espe ecialmente
da açção da Univeersidade Fed deral de Sannta Catarina e da EPAGR RI que foi poossível um siignificativo
aprim
moramento dasd técnicas de produçã o de larvas e de cultivo dessa espéccie, possibilitando, por

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 139
exem
mplo, que Sannta Catarina, onde a esppécie foi intrroduzida em 1987, rapid amente se tornasse o
maior produtor nacional
n eicultura no Brasil (Proennça, 2001a).
e refferência na áárea de ostre

Atualmennte, há aspecctos muito ppositivos relaacionados aoo cultivo de CC. gigas que devem ser
pontuuados, como o, por exemp plo: o domínnio das técnicas de reproodução, larviicultura e prrodução da
espéccie; produção regular de e sementes; fabricação e comercializzação de inssumos e equipamentos
necesssários paraa implantaçção de uniddades de produção.
p Apesar
A dissoo, a baixa tolerância
apressentada pelaa espécie às altas tempeeraturas, esp pecialmente quando com mbinada com m o cultivo
em aambientes de d baixa saliinidade e p resença de fundos lodo osos, fazemm com que aumentam
a
drastticamente ass taxas de inffestação das ostras por parasitos,
p dim
minuindo seuu valor come ercial, além
de pooder provocar perdas siggnificativas dda produção o. São justam
mente esses fatores que e limitam a
expan nsão dos cultivos da ostrra japonesa ppara outros estados.
e

Ocasionalmente, com mo aconteceeu durante o verão 20 009‐2010, taais problemaas acabam


inclussive afetand
do até mesmmo a produçção e a comercialização de ostras eem Santa Catarina. Em
condições ambieentais desfa avoráveis ass ostras acaabam desovvando antess da colheita. Ostras
desovvadas ficam m "magras", com muito menos carn ne e com texxtura mais mmole. Como o verão é
épocaa de maior afluxo
a de turiistas para o eestado e, po
ortanto, de au
umento da ddemanda por ostras, as
condições ambieentais desfavoráveis co stumam traazer grandess prejuízos aos produtores. Para
enfreentar estes problemas,
p a Universidadde Federal de e Santa Cata
arina conduzz atualmentee pesquisas
cujo objetivo é produzir
p ostras mais resi stentes à vaariação de teemperatura, utilizando técnicas
t de
triplo
oidia (FAPESC
C, 2009).

4.2.2.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Sub‐classse: Pteriomorphia
Ordem ‐ Ostreoida
O
Família ‐ Ostreidae
Gênero ‐ Crassostrea
Espécies ‐ Crassostrea
a gigas (Thunnberg 1793

4.2.2.2 Área
Á de Occorrência

C. gigas ocorre natu uralmente eem estuárioss e águas marinhas


m cossteiras do Jaapão e do
sudesste asiático (NIMPIS
( 20002). Mas, hojje a espécie é cultivada em
e vários paaíses do mun ndo, tendo
se estabelecido eme diversas localidades, como na Co olumbia Britâânica e na CCalifórnia, no
os EUA, na
Áfricaa do Sul, na Austrália, na
a Nova Zelânndia e na Fraança (Reise, 1998;
1 Drinkwwaard, 1999,, Diederich
2005a). Na Europ pa, C. gigas têm sido utiilizada em suubstituição ou
o como alteernativa para a o colapso
da exxtração de espécies
e nativas, especia lmente da ostra
o europééia (Ostrea eedulis) (Nehring, 1999;
Wolfff & Reise, 20002).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 140
Figura 69 ‐ Área
Á de ocorrêência da ostra
a‐do Pacífico, Crassostrea ggigas.
Fonte: AquaMaps
A

No Paran ná Christo (2 m bancos naturais (em


2006) pesquuisou a pressença dessa espécie em
estággio juvenil ou adulto) e em arrasto na Baía de Guaratuba (em
( estágioss larvais). No entanto,
nada foi encontrrado, classifficando a Baaía de Guaratuba como o uma regiãoo em que não n houve
estabbelecimento da espécie C.
C gigas.

Melo et al. n entanto, consideraraam a ostra‐do‐Pacifico, C. gigas, um


a (2009), no ma espécie
invassora na região Sul do Brasil. Seguundo estes autores, exxemplares ddessa espéccie exótica
encon ntrados no ambiente,
a cu
uriosamente se assemelhhavam morfo ologicamnetee às espéciess nativas C.
brasilliana e C. rh
hizophorae. Por
P este mootivo, os autores sugerem que sua i nvasão tenh ha passado
despeercebida, atéé ser detecttada através de sequencciamento de DNA. C. giggas foi encontrada em
ambiente natural, entre as esspécies nativvas, em bancos de ostras localizadass até 100 km
m ao sul de
fazen
ndas de ostraas de Santa Catarina.
C

4.2.2.3 Porte
P

Normalm mente, o com


mprimento ddas conchas varia de 80 0‐200 mm, eem casos exxcepcionais
podem atingir 400 mm. C. gig
gas pode viveer até trinta anos (NIMPIS, 2002; ISSSG, 2005).

4.2.2.4 Morfologia
M a

A conchaa da ostra‐d
do‐Pacífico é extremame ente variáveel e irregulaar em sua forma, que
depende do tipo o de substrato no qual ela se assen nta, bem coomo do grauu de aglome eração. Ela
apressenta uma forma
f arreddondada com m várias "caaneluras" quuando cultivvada sobre substratos
duross; uma conccha ovalada e mais lisa quando cressce em substtratos moless; e uma forma sólida
com margens irreegulares qua ando cresce em recifes. As duas valvas são sóliddas, mas desiguais em
tamanho e formaa. A valva esq querda é ligeeiramente co
onvexa e a valva
v direita é mais profuunda. Uma
das vvalvas é usuaalmente cimentada ao s ubstrato. No os indivíduoss adultos, ass conchas são grandes,

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 141
irregu
ulares e posssuem pregaas radiais arrredondadass, com lamelas concênntricas e so obrepostas.
Gerallmente de coor esbranquiçada e com has roxas qu e irradiam no sentido
m muitas estrrias e manch
opostto ao umbo. O interior da concha é branco, com a impresssão do múscculo adutor conferindo
c
uma coloração mais
m escura à concha (NIM MPIS, 2002; ISSG, 2005).

4.2.2.5 Reproduçã
R ão

Como a maioria
m das espécies
e de oostras, C. gig udança de seexo durante a sua vida,
gas sofre mu
geralmente com uma primeira desova coomo macho e posteriormente comoo fêmea. As condições
ambientais tamb bém podem afetar a ddeterminação o sexual. Quando
Q o allimento é abundante,
a
machhos tendem a mudar de e sexo e se ttransformar em fêmeas, e vice‐verssa, quando o alimento
dispo
onível se torn
na escasso. Alguns
A indivídduos são herrmafroditas.

Durante a época de reprodução


r ddos órgãos reprodutivos
r s podem connstituir 50% do volume
do co
orpo, o que explica
e a imp
portância daa comercializzação de ostras "gordas"" e porque as desovam
causaam perdas financeiras ao
os produtorees.

São extreemamente fé érteis e prodduzem tipicaamente entrre 1‐200 milhhões de ovo os em uma
únicaa desova (Guuo’& Allen Jrr., 1994; Gonng et al., 200
04; FAO, 201
10) . que sãoo liberados ao longo de
vários eventos reeprodutivos. A fertilizaçãão ocorre no plâncton. As larvas sãão planctôniicas e livre
natanntes. As etap
pas do proce
esso de reproodução, dese envolvimento larval e asssentamento o envolvem
os seguintes estágios:

permatozoides → Ovo ouu Zigoto → Trocófora


Ovvócitos e esp T → Larva‐D → LLarva Umbonada →
Larva Pedivvéliger → La rva Olhada → Pré‐semente → Semeente.

O períodoo larval costu


uma variar dde 3 a 4 semaanas, depend
dendo da tem mperatura da água. No
final da fase larval, grupos de larvas ccostumam rastejar sobrre substratoos, buscando o um local
adequado para reealizar o asssentamento. Após o asse entamento, a glândula dde cemento promove
p a
fixaçãão da valva inferior ao su
ubstrato (Reeise, 1998; NIMPIS
N 2002
2; Nehring, 20006).

4.2.2.6 Habitat
H

Os espéccimes enconntram‐se nass zonas inte ermareais e de sublitorral superior, em áreas


abrigadas, onde costumam
c ser encontraddas até 3 m de profundidade (NIMPPIS 2002). A ostras‐do‐
Pacífiico tem a capacidade de
e se fixar a ppraticamente
e qualquer su
ubstrato durro em águas abrigadas,
mas, ocasionalmeente, também m podem seer encontradaas em terren nos lamacenttos ou de are
eia.

4.2.2.7 Condições
C ambientaiis

A tolerância à salinida
ade e à tempperatura de C.
C gigas varia
am enormem mente, dependendo da
variedade cultivaada e da loca
alização geoográfica. Em termos geraais, C. gigas pode ser co
onsiderada

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 142
uma espécie marrcantemente e eurihalina e euritérmica, que pode ser cultivadda em águass oceânicas
ou dee estuários, com uma sa alinidade méédia de 15 psu
p e valoress tão baixos quanto 2 psu.
p Nessas
salinidades baixaas, juvenis e adultos ppodem sobre eviver por semanas,
s feechando sua
as válvulas
(Miosssec et al., 20
009).

Por outroo lado, há cultivos


c na França que são realizad dos em saliinidade de 45‐50
4 psu.
Mortalidades são observad das acima dde 50 psu (Heral & Deslous‐Paol
D i, 1990). Poorém, é a
combbinação entrre temperatu ura e saliniddade quye deefine as taxa
as de sobrevvivência em condições
ambientais adverrsas (Goulletquer, 1997).. Da mesma forma, estad do fisiológicoo e estágio de
d vida são
fatorees essenciaiss para deterrminar a toleerância da espécie
e às co
ondições am mbientais (Po owell et al.
2000, 2002).

Akaboshi (1979) afirmou que C . gigas oco orre predom minantementte em regiões de alta
salinidade. Segun
ndo Nehring (2006), são ccapazes de se s reproduzirr e crescer emm salinidade
es de 10‐42
PSU ((23‐36 psu é a faixa ideall de salinidadde para que ocorra a ferttilização).

Segundo Nehring (2006), são cappazes de creescer em tem


mperaturas vvariando de 4 a 35 °C e
sobreeviver a tem
mperaturas ded até ‐5 °C.. no entanto
o, que para a reproduçãão é necessário que a
tempperatura sejaa superior a 20
2 °C. Morta lidade come
eça ocorrer a 30 °C e a 400 °C a mortallidade é de
100%
% após uma hora.
h

4.2.2.8 Alimentaçã
A ão

C. gigas é um organismo filtraador parcialm mente seletivo (selecio na os alime entos pelo
tamanho das partículas), alimentando‐sse de bactérrias, protozo oários, uma grande varriedade de
diato
omáceas, formas larvais de d outros in vertebradoss marinhos e detritos (PW WSRCAC, 2004), sendo
que oos itens alim
mentares prinncipais são fi toplâncton e protistas (N
NIMPIS, 200 2). A corrente de água
que ccircula dentrro de seu coorpo trazenddo o alimento é promovida graças a o batimento o dos cílios
que eestão localizaados nas brânquias.

4.2.2.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

O progreesso das pesquisa na áreea de ostreiicultura no Brasil


B tornouu a espécie C. gigas a
principal espéciee cultivada entre
e os estaados de Sannta Catarina (principal pprodutor) e São Paulo
(Streiit et al., 2002). No Parraná foram realizados cultivos
c e pe
esquisas (Addami, 2001) na última
décadda, a partir de sementes adquiridaas em Santaa Catarina. No entantoo, essa nuncca foi uma
ativid
dade formal e atualmente os cultivoos de C. giga as estão sen
ndo desestimmulados e suubstituídos
pelo cultivo de C. C brasiliana. Nos dema is estados liitorâneos, especialment e na região Nordeste,
onde a temperatura da água é muito altaa para o cultivo de C. gigas, o cultivoo da espécie é bastante
raro ((Abhser & Ch hristo, 1993; Silva & Abshher, 1995; Prroença, 2001
1a).

4.2.2.10 Statu
us tecnoló gico

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 143
Reprrodução e alevinage
em
Sob o ponto de vista técnico/opeeracional, a produção de qualquer oorganismo aquícola ‐ e
com as ostras nãão poderia ser
s distinto ‐ é sempre diretamente
d dependentee da oferta de formas
joven
ns. A dispon
nibilidade dee sementes de Crassostrea gigas, por sua vezz, depende apenas da
produ
ução de sem mentes consseguida em laboratório, pois, embora haja reggistro de de esovas em
ambiente naturaal, não há re egistro de qque aconteçça assentamento de larvvas dessa espécie em
qualq
quer estado brasileiro.

No Brasil o centro de referência nna reproduçãão e na larvicultura de CC. gigas é o Laboratório


L
de M
Moluscos Maarinhos (LMM M), localizaddo em Floriaanópolis, qu
ue tem a caapacidade máximam de
produ
ução de 120.000.000 de larvas olhaddas por mês (Simões,
( 200
08).

Segundo Simões (op cit.),


c reproduução dessa espécie
e no LM
MM tem iníccio no mês de outubro,
esten
ndendo‐se atté meados de
d abril. Paraa manter o estoque
e de gametas,
g oss reprodutores chegam
em sseu pico dee maturação gonadal e ficam esstocados no o Setor de Condicionamento de
o
Reproodutores a baixas tem mperaturas (13 a 16 C). Com o tempo, os gametas perdem
gradaativamente sua capacid dade de feertilização e quando issso acontec e os anima ais devem
novamente retornar às estrutturas de culttivo no mar, pois não estão mais aptoos à reprodução.

As larvas levam em torno de 21 ddias para se desenvolver, desde a feecundação dos d oócitos
até o estágio peddivéliger. A densidade
d innicial de larvvicultura é de no máxim o 100 oócitoos/mm, de
acorddo com a meetodologia aplicada
a no LLMM. Vinte e quatro ho oras após a ffecundação in
i vitro, os
organnismos atinggem o estággio de larvaa "D". Essass são avaliad das, quantifficadas e a densidade
reduzzida para 100 larvas/mm m. Ao final ddos 21 diass colhem‐se larvas pediivéliger viáveis, o que
repreesenta geralmente 20‐25 5% de rendimmento final (Simões,
( 200
08).

As sementes podem m ser manti das em geladeira (4‐7 oC) por pe lo menos 7 dias sem
dade (em terrmos de cre scimento e de sobrevivência) (Robbbs, 2000). As
perdaa de viabilid A técnicas
de asssentamento são basicaamente as m mesmas já descritas
d anteriormentee neste trabbalho para
C. bra
asiliana.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 144
Engo
orda

Figura 70 ‐ Culltivo automattizado de mex


xilhões.
Fonte: Laavanderos

No Brasil, os primeiros resultadoos sobre o crescimento


c e adaptabiliidade de C. gigas em
condições de cultivo foram obtidos po r Akaboshi (1979), em estudo reallizado em Cananéia
C e
Ubatuba, litoral de
d São Paulo. O trabalho obteve ostras com alturas médias finnais de 56,3 e 8,0 cm e
taxass de sobrevivvências de 67,6% e 75,022%, respectivamente para Cananéia e Ubatuba após cinco
mesees de cultivo o. Mas, queer por restriições de ordem legal ou
o mesmo aambiental, os o cultivos
comeerciais de C. gigas
g se concentraram mmesmo em Saanta Catarina.

Atualmen nte, existem


m cerca de 780 maricu ultores filiaddos à Assocciação Catarrinense da
Aquiccultura, além
m de 5 coope erativas e 200 associaçõess locais, partte delas conggregadas na Federação
das A Associações de Maricu ultores do EEstado de Santa Catarrina. Os muunicípios de e Palhoça,
Floriaanópolis, Govvernador Celso Ramos, B Bombinhas, Penha e São o Francisco ddo Sul são ressponsáveis
peloss maiores índdices de prod
dução do esttado (FAPESC C, 2009).

Tradicionalmente no o Brasil e, particularm mente em Santa S Catarrina, o sistema mais


comuumente emp pregado no cultivo de osttras, inclusivve na fase be
erçário, é o dde lanternas cilíndricas,
com 4 ou 5 andares, fixas em
m estruturas suspenso‐fixas ou suspe enso‐flutuanntes. Neto ett al. (2003)
postu
ulam que a compactação e a sedim mentação daas sementes nos "assoallhos" dos an ndares das
lanternas poderiaa ser um doss fatores ressponsáveis pela mortalidade e demoora no crescimento das
semeentes.

É nas fasees de berçárrio (sementees) e interme


ediária (juven
nis) que norm
malmente se
e verificam
os maiores índicees de mortalidade em toodo o processso de cultivvo de C. gigaas (Walne, 1979).
1 Para
dimin
nuir essa moortalidade no ovas tecnoloogias têm sid
do desenvolvvidas, como é o caso doss berçários
em caaixas ou bald
des flutuantees.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 145
Bastos (2
2003), confirmou a maioor eficiência dos sistemas desse tipoo de berçário os, quando
compparados ao sistema
s de la
anterna traddicionalmentte utilizado no Brasil. Seegundo o pe
esquisador,
esse sistema alémm de melhorrar o rendimmento das seementes, dim minui o maneejo e mão‐de e‐obra dos
produutores. A esscolha da de
ensidade de sementes a ser utilizad da está direttamente relaacionada à
dispo d mão de obra para manejo e peneiramenttos. Além ddas vantagens para o
onibilidade de
produutor na relação custo‐beenefício, esssa metodologgia permite ao laboratóório entregarr sementes
de menor tamanh ho aos produutores, aumeentando a prrodutividadee, a produçãoo, diminuind
do o tempo
ntrega de tod
de en dos pedidos e, diminuinddo os custo de
d permanên ncia das sem entes em labboratório.

A EPAGRI, com a colaaboração doo LMM, realizou uma sérrie de experrimentos nass principais
regiões produtoras de C. gigaas em Santa Catarina utilizando seme
entes de tam manho 1,0 (11mm) e 1,5
(2mm m) em densid dades de 10.000 sementtes por compartimento, comparanddo a técnica canadense
de cuultivo de sem
mentes com baldes (bounncing bucketts), que perm
mitem a circuulação verticcal da água
e as tradicionaiss lanternas berçários.
b O
Os baldes coom sementes de 1,5 appresentaram o melhor
resulttado em to odos locais e baldes co m sementes de 1,0 nã ão diferiram
m estatisticam mente das
lanternas com seementes de 1,5. Esta téécnica propo orciona ao produtor
p a uutilização de sementes
meno ores, como as
a de tamanho 1,0 e 1,55 alcançandoo índices de sobrevivênci
s ia de até 90%% (Neto et
al., 20003).

No municcípio de Penha, SC, parttindo de sem


mentes de C. gigas com 10 mm Man nzoni et al.
(19988) obtiveram
m crescimento até o tamaanho comerccial em menos de 7 mes es de cultivo o com uma
taxa de sobrevivêência de 70%%. Os autorees indicam que a melhorr época paraa se iniciar o cultivo no
estaddo é de abrril a junho, quando as temperaturaas são inferiores a 25 ooC, pois tem mperaturas
o
elevaadas (superio
ores a 28 C) provocam
p reetardamentoo no crescime
ento e mortaalidade das sementes.
s

Aliás, a maior
m perda, registrada ssempre nos meses
m de verão, ocorre principalmente devido
à "mortalidade em
e massa de verão", quue geralmen nte ocorre após
a a desovva, sob conndições de
temp
peratura de água
á elevada
a (Imai, 19822).

Carvalho Filho (2006 6) descreveuu o processso produtivo o da ostra em um do os maiores


emprreendimento os de Santa Catarina. SSegundo ele e, as semen ntes utilizadaas pela Atlâ
ântico Sul,
medindo de 1 a 1,5 mm de e comprimennto, são colocadas nas caixas flutuuantes, que vêm a ser
estruturas de madeira coberttas por tela ddo tipo mosq quiteiro, que
e flutuam ao sabor das águas. Após
15 diias, essas seementes são peneiradass para que os o animais que atingiram m de 4 a 6 mm sejam
transsferidos paraa as lanternas‐berçário. AAs sementess não selecioonadas retornnam para o mar, onde
perm
manecem por mais duas semanas até que atinjam o tam manho adeqquado. Nas lanternas‐
berçáário, as sementes cresce em de aproxximadamentte 6 mm até é cerca de 4 cm, o que começa a
aconttecer com alguns indivíd duos do lote a partir da quarta sema ana. O cresccimento das ostras, no
entannto, não é hoomogêneo, sendo
s necesssário se fazer peneiragen
ns constantees para separrar do lote,
todoss os animaiss que já esteejam prontoss para serem m alojados nas demais eestruturas uttilizadas na
engorda. A partirr de 4 cm, ass ostras são ttransferidas para as bandejas intermmediárias. Ao
o atingirem
5‐6 cm, os animaais deixam as bandejas i ntermediárias e passam para as lantternas definitivas, com
6 and dares e 45 cm de diâm metro, confeeccionadas com rede de e malha 12 mm. Na fasse final do
cresccimento, as ostras
o são cla
assificadas ppor tamanho. As do tipo 1 medem dee 7,5 a 8,5 cm e são as
mais vendidas. Nesse
N tamanho ficam aloojadas numaa densidade de 35 dúziaas por lanterna. As do

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 146
tipo 22, medindo de
d 9 a 11 cm, ficam alojaadas na densidade de 30 dúzias por laanterna e, ass do tipo 3,
acimaa de 12 cm, são
s armazen nadas na dennsidade de 20 0 a 25 dúziass por lanternna.

Segundo a FAPESC (22009), uma pparceria entrre a UFSC e a empresa BBluewater Aq quaculture,
com apoio da Fundação de Apoio
A à Pesqquisa Científica e Tecnoló
ógica do Estaado de Santa a Catarina,
preteende desenvolver tecnolo
ogia de proddução de sem mentes de osstras triplóiddes (3n) para
a abastecer
a maricultura catarinense.

Como a triploidia induz à esterrilidade do animal,


a a en nergia armaazenada em forma de
glicoggênio é empregada
e apenas noo crescimento e em m outras ffunções metabólicas.
Conseequentemen nte, essas osstras não deesovam ou há
h perda sig gnificativa dee peso quan ndo da sua
expossição a condições ambientais advers as. Pelo con
ntrário, as osstras triplóiddes podem ficar até um
terço
o mais pesada que as ostrras normais, podendo‐see agregar valor a este prooduto.

4.2.2.11 Prod
dução e meercado

A produção de C. gigas no país esstá praticam a a Santa Caatarina. Segundo Couto


mente restrita
(200??), a comerrcialização de ostras emm Santa Cataarina ainda ocorre
o princ ipalmente de
d maneira
inform
mal, muitass vezes sem as devidas ppreocupações com os priincípios bási cos de apressentação e
conseervação do produto.
p

O maior volume
v de produção,
p seegundo a auttora, é vend
dido à beira da praia sem
m custo de
comeercialização. Essa forma de comérc io acontece no atacado o entre proddutores e taambém no
varejo com consu nais. Outros produtores dispondo de
umidores fin e uma clienteela de baress, hotéis e
restaurantes detéém um siste ema de entrrega do prod duto atravéss do uso de utilitário. Serviços
S de
entreega de ostrass em domicílio também ssão empregaados.

A ostra é vendida viva e na ma ioria dos caasos sem em


mbalagem appropriada ou u qualquer
referêência à marca ou à origgem do prodduto. As prin
ncipais emba
alagens são saco plástico, fechado
com ffita de elástico, e caixa de papelão.

Pequenoss empreend unto ao Serrviço Inspeçção Estadual efetuam


dimentos leggalizados ju
beneficiamento agregando
a valor através de elaboraçção de prato
os semi‐pronntos (ostra gratinada
g e
ostra empanada) e de defumação.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 147
Figura 71 ‐ Cultivvo de molusco
os em Florianóópolis. Ao fun
ndo se observ
vam long‐liness e a frente cu
ultivos em
mesas.
Fonnte: Marcelo B.
B Torres.

Na épocaa do artigo (cuja


( data eexata não é informada), a comercia lização de ostras
o para
outroos estados era realizada por quatro empresas qu ue detém esstabelecimennto legalizado junto ao
Serviçço de Inspeeção Federall (SIF), do MMinistério daa Agricultura
a: Atlântico Sul, de Flo
orianópolis;
Florim
mar, de Goveernador Celsso Ramos; M Marepesca, de
d Imaruí; e Moluskus, dde Palhoça. Em todos
os casos o produtto era vendid
da in naturaa.

No caso dessas empresas, as eembalagens são padronizadas connforme regra as do SIF,


possu
uindo registrro de marca, procedênccia e data de e validade. A condição dde consumo da ostra é
manttida sob refrrigeração, ga
arantida porr gelo no inteerior da embbalagem, e ppelo transporte rápido.
Os meios de transporte utiliza
ados são o roodoviário, attravés de cam
minhões refrrigerados, e aéreo.
a

A verdade é que o sistema de pprodução de ostras naqu uele estado onde a ativiidade mais
está d
desenvolvidaa em relação
o ao restantee do país é extremamentte arcaico. Elle continua totalmente
t
dependente de uma estruttura não m mecanizada e com pou uca oferta dde semente es. Sem a
mecaanização da produção e a disponibiliidade em larrga escala de
e sementes dde alta qualidade, não
há co
omo a ostreiicultura em Santa
S Catarinna ou em qualquer outroo lugar do Brrasil se desen
nvolver.

Em 2008 Santa Catarina produzziu 2.221 ton neladas de ostras (Panoorama da Aquicultura,
2010), um volum me grande demais
d para depender apenas
a do mercado
m reggional e pequeno para
comp pensar granddes investimentos na abbertura de novos
n mercados. Com is so, os produ utores têm
reclamado da baiixa rentabiliddade da ativiidade. Uma dúzia
d de ostrras custa emm torno de R$$ 3,50 para
ser pproduzida, e é vendida ao consum midor final em média po or R$ 4,00 há mais de e dez anos
16
(CBN//Diário, 20009). Segund do Souza ((com. pes.) o preço de e venda noo mercado públicop de
Floriaanópolis varria entre R$ 3,00 e R$ 4,000/dz; nas empresas
e certificadas poor serviços de inspeção
o preeço chega atéé R$ 8,00/dz; no Ribeirãoo da Ilha a ostra baby é comercializa
c da a R$ 6,00
0 /dz.

16
Robson Ventura de So
ouza, pesquissador da Epagri, SC.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 148
A fazendaa marinha Attlântico Sul, uma das maiores de Santa Catarina, é uma das poucas
p que
conseegue atendeer a clientes de todos os estados do Brasil, desde que haja uum aeroportto próximo
do coomprador, para que as ostras
o chegu em com o mesmo
m frescor de quanddo saem das lanternas.
Em m muitas capittais a Atlânttico Sul tem m representaantes com serviços
s de entrega e eme outras,
contrrata motoboys que retira am as ostras no aeroportto e as entregam na portta do cliente (Carvalho,
Filho,, 2006).

Figura 72 ‐ Ca
aixa utilizadaa para transpo
orte e comercialização de oostras.
Foonte: Clube daa Ostra

Também já é possíve el comprar ccaixas de osstra pela inte


ernet, a pre ços que varriam de R$
28,000 (a caixa dee 3,1 kg conttendo duas ddúzias de ostras), R$39,000 (caixa de 4,45 kg contendo três
dúziaas) e R$ 60,000 (caixa de 7,0
7 kg, contenndo cinco dúúzias de ostra
as) (Clube daa ostra, 2010
0).

Em nível global, a produção


p dee C. gigas aumentou de e forma conntínua duran nte toda a
décad da e 1970 e em grande parte da déécada de 80 0, chegando a quase 7880.000 tonelaadas. Mas,
praticcamente todda a década de 90 foi dee retração daa produção, que caiu parra próximo de
d 600.000
tonelladas. Desdee então, a pro
odução vem crescendo le entamente (Figura 73).

f discutido anteriorme nte, o princiipal mercado


Como já foi o europeu paara comercia alização de
ostras é a França. A ostra‐doo‐Pacífico é ccomercializad
da na Europaa a preços quue variam en
ntre € 2,75
(na Irrlanda) a € 4,25
4 na Itália e € 5,20 na França (preçço por quilo de
d peso vivoo) (Globefish,, 2007).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 149
900.000
800.000
700.000

Produção (toneladas)
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
1940 1950 196
60 1970 1980 1990 2000 2010
A
Ano

F
Figura 73. Evo
olução da proddução aquíco
ola mundial de
e Crassostreaa gigas.
Fonte: FA
AO (2010).

Recentemmente, o ministério fraancês da aggricultura e pesca anu nciou a pro oibição de


exportação de osstras‐do‐Pacíífico em certtas áreas nass quais têm ocorrido
o morrtalidades an
normais de
ostras no litoral Mediterrâne
M eo e Atlântic o da França (Marine Institute, 2010aa). Restriçõees também
m colocados no comércio local de oostras das árreas afetadas, seguindo as recomen
foram ndações do
Healtth of Aquacuulture Animals and Produucts Regulations 2008 (SI No. 261 de 2008) que disciplina as
norm
mas de sanitárias para commercializaçã o de pescados na Europa a.

Uma commissão foi insstituída em março de 2010 para avvaliar o aumeento dos ep pisódios de
mortalidade de ostras
o (Crasso
ostrea gigass), que possivvelmente esttão associaddas à presençça do vírus
da heerpes em osttras (OsHV‐1) (Marine Insstitute, 2010
0b).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 150
4.2.3
3 Mexilhã
ão (Perna perna)

Figgura 74 ‐ Exem
mplares de Pe
erna perna m acho, à esque
erda (gônada branca) e fêm
mea à direita (gônada
alaranjada).
Fonte: Univali

Mexilhão o é o termo o oficial utiliizado na lín


ngua portugu
uesa para ddenominar as
a diversas
espéccies de molu uscos bivalve
es da família Mytilidae, sendo
s os gên
neros mais ccomuns: Myttilus, Perna
e Myytella. Vivem m principalmente fixos aaos costões rochosos, na região de variação da as marés e
início
o do infra lito
oral, formand
do densas poopulações.

Uma das grandes van ntagens do ccultivo de mexilhões (asssim como dee outros moluscos) é o
fato d desses organnismos serem filtradore s e utilizarem água do marm para a oobtenção de e alimento.
Ou seeja, eles retiram o seu alimento direetamente da água, de modo que os cultivos não o envolvem
gastoos com ração o. Com isso também nãão há necesssidade de aq quisição de grandes exttensões de
terra para o cultiivo e diminu uem as channces de aparrecimento e disseminaçãão de doençças, pois o
cultivvo é realizad
do em ambie ente aberto, com grande e circulação de água. Al ém disso, o cultivo de
mexillhões pode sers realizado o com estrutturas e mate mente menores que os
eriais de custtos relativam
utilizaados no culttivo de outro
os organismoos aquáticoss, como peixes e camarõões. Tais cara acterísticas
fazemm com que os o cultivos dee mexilhão ssejam bastan nte praticadoos em paísess ou por populações de
meno or poder aquuisitivo.

4.2.3.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Família ‐ Mytilidae
Gênero ‐ Perna
Espécie ‐ P. perna (Linnaeus, 17558)

4.2.3.2 Área
Á de oco
orrência:

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 151
Segundo Magalhães (1985) e Rios (1994), a espécie corre em m regiões tropicais
t e
subtrropicais do Atlântico
A (Figura 75). Ao llongo da cossta atlântica da América ddo Sul é observado, de
formaa descontínu ua, desde o Caribe até o Uruguai. Na N costa do Texas até o México e ta ambém no
Brasil é considerrado espécie e exótica, inntroduzido pela
p libertaçãão de águass de lastro de navios.
Ocorrre também na região do Caribe e IIlhas Canáriaas (Nordsiecck, 1969); naa África do Sul (Berry,
1978; Rios, 1994)); no Senegal, Mauritâniaa, Marrocos e, adentrand do no Mediteerrâneo, ainda no lado
africaano, de Gibraltar até o Golfo
G de Tunnis (Lubet, 19
973). No Brasil é abunddante entre o litoral do
Rio de Janeiro e Santa
S Catarina, sendo o primeiro reggistro da pre esença da es pécie no paíís feito por
Iherinng (1900).

Figura 75 ‐ Áreas dee ocorrência dor mexilhão Pera perna.


Fonte: Aquamaps

4.2.3.3 Porte
P

Maior mitilídeo brassileiro (Klapppenbach, 19 965), o exemmplar de P. perna reco ordista em


tamanho foi regisstrado em Gaaropaba ‐ SCC e possuia 18,2 cm de co
omprimento . O tamanhoo comercial
uma ficar enttre 7 e 9 cm. Em condiçõões de cultivo, este tama
costu anho é alcannçado com ce
erca de 7 a
12 meses de idad
de (EPAGRI/U UFSC, 1994).

4.2.3.4 Morfologia
M a

P. perna é um molu usco bivalvee relativamente alongad do com as cconchas aprresentando


bordaas finas. Como o restannte dos mooluscos bivalves, é um animal a que não possui esqueleto
intern
no e tem o corpo contido em umaa concha, formada por duas d partes iguais (valva
as), unidas
medianamente porp uma esttrutura conhhecida como o ligamento o. O manto é do tipo aberto, os
animais apresenttam pé reduzzido, cilíndricco e não funccional diretamente para locomoção.

Os filamentos do bisso
b são seecretados por um conjjunto de gllândulas bisssogênicas,
localiizadas no intterior do pé
é do animal. O bisso é uma
u substân
ncia protéicaa que, à med
dida que é

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 152
secreetada, escorrre por um sulco existentee na região mediana
m do pé
p e se polimmeriza em co ontato com
o prooduto de glândulas de fe enol e a próppria água doo mar. Essa estrutura
e serrve para fixa
ar o animal
ao suubstrato e, com seu rom mpimento e pposterior recconstrução eme outro loccal, o mexilhão, apesar
de coonsiderado sééssil, pode se locomoverr sobre superfícies consolidadas.

Possui siffão exalantee, localizadoo na região posterior suuperior, comm bordas lisa as. O sifão
inalan egião posteri or inferior, prolongando
nte está locaalizado na re p o‐se até a reggião ventral e anterior,
apressenta bordass com grande e número dee vilosidades.

e o coração, que pulsa em


O pericárrdio envolve e intervalo
os irregularees (caracterísstica desse
grupo o de animaiss). O coração é uma maassa musculaar esbranquiçada, em foorma triangu ular, e que
fica aao redor de uma
u porção de
d intestino..

O manto é um tecido o que recobbre todo o corpo do animal e tem ddiversas funçções como
secreetar a concha e servir de base paraa o desenvolvimento dos canais e foolículos genitais (onde
ocorrre a gametoggênese).

As gônaddas não são órgãos disttintos, como o em outross bivalves. EElas são formmadas por
conju
untos de can nais genitaiss, que se es palham pelo o manto e ao a redor do músculo ad dutor e da
massa visceral. Em
E épocas de gametoggênese é po ossível visualizar no maanto diversos canais e
aspeccto granular. Em período o de compleeta maturaçãão gonadal e quando os animais estã ão prontos
para eliminar gammetas é posssível verificarr grande intu
umescimento o da região ddo manto, que perde o
aspeccto granular e os canais, além de dessprender graande quantidade de gameetas com um m simples e
leve ttoque nessa região.

O umbo é a parte mais


m antiga dda concha, junto ao vérrtice na regiãão anterior. Linhas de
cresccimento são bem
b visíveis na superfíci e das valvas.

Possuem um par de e brânquias,, formadas por duas demibrânquiaas, ladeando o a massa


visceral. Cada deemibrânquia, por sua veez, é compo osta por dua as lâminas cciliadas em uma
u dupla
camaada de tecid do ligada na base e nass extremidad des. Graças à capacidadde de batime ento ciliar,
ocorrre entrada de d água do mar pela rregião inalan nte, que tem m duas funçções principais: trocas
gasossas e obtençção de alime ento. A seleçção das partíículas de alim
mento é feitta também pelos
p cílios
branqquiais, sendo encaminh hadas então para a bocca. Essa esttrutura brannquial permite grande
circullação de água, o que faz f desses aanimais exce elentes filtraadores, podeendo um ad dulto fazer
circullar até cerca de 80 litros de água porr dia.

A massa visceral é uma região entre as demibrânquia


d as que conttém principalmente o
hepattopâncreas, o intestino e os divertícuulos.

O pé estáá localizado na região mmediana, abaaixo da massa visceral e ligado a um grande


unto de músculos (branccos). Possui ccoloração esscura e forma tubular. A
conju Ao longo da suas porção
mediana é possívvel ver o sulcco por onde escorre a su
ubstância líquida que vaii originar os filamentos
do bisso.

Os palpo
os labiais esttão posicionnados na região anterio
or, têm colooração amarrelada, são
d cada ladoo, rodeando
postos por dois pares de
comp o a boca, e servem basiicamente pa ara fazer a

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 153
seleção final e direcionar o alimento
a quue vai entrarr no tubo digestório. DDentro do inttestino, na
região próxima ao a coração está
e o, uma estrutura gelatinnosa transparente, de
o estileete cristalino
formaa cilíndrica alongada
a e afilada em uuma das exttremidades. Composto ppor enzimas digestivas
servee como auxiliiar químico e mecânico nna digestão.

O sistemaa muscular é composto pelo múscuulo adutor, retrator


r do ppé e retrata
ar anterior,
retrattor medianoo e retrator posterior
p do bisso.

4.2.3.5 Habitat
H

Os mexilhhões P. pernna ocorrem em substratos consolid dados, na reegião entrem


marés e do
infra litoral superrior, aonde chegam
c a forrmar densas populações com até 20..000 animaiss/m2. Esses
animais são conssiderados sésseis (fixos aao substrato o), porém coom possibiliddade de deslocamento
o no substrato, graças à capacidadee de formaçção e liberaçção dos filam
lento mentos do bisso,
b com
concoomitante mo ovimentação o do pé. Essaa característica permite que eles muudem de possição tanto
em eestoques naturais quanto o em cultivo , buscando melhores
m condições em relação à deensidade e
capaccidade de se alimentar.

4.2.3.6 Condições
C ambientaiis

Embora P.P perna sejaa consideradda uma espé écie eurihalinna, não supoorta salinidades abaixo
de 144 ups por perríodo superio
or a 80 horass (Henriquess et al., 2006) ou salinidaades inferiore
es a 19 ups
ou suuperiores a 49
4 ups por pe eríodos maioores de temppo (Salomão et al., 1980)). Os valores ótimos de
salinidade se encontram em 34 3 e 36 ups ((Ferreira & Magalhães,
M 2004).

A espéciee é considera
ada euritérm do a uma variação de 5 a 30°C, sendo sua faixa
mica, resistind
ótimaa entre 21 a 28°C (Ferreira & Magalhhães, 2004).

4.2.3.7 Alimentaçã
A ão

O aparelho digestórrio é constittuído por uma


u boca anterior, um esôfago cu urto e um
estôm
mago, dotado de uma estrutura rija e transparen nte, em forma de estiletee ‐ o estilete cristalino ‐
cuja eextremidadee, em contatto com outraa estrutura do estômago ‐ o escudoo gástrico ‐ dissolve‐se
d
continuamente, liberando enzimas digeestivas. A paarte posterio or do "estô mago" está ligada ao
intesttino, o qual por
p sua vez termina
t em uum ânus, próóximo ao sifã
ão exalante ((Marques, 19 997).

É um organismo que se alimentaa por um sisttema de filtração ciliar‐mmucóide (Vakkily, 1989).


As lââminas bran nquiais, além
m de absorvver oxigênio o, atuam ta ambém na seleção de partículas
alimeentares, connstituídas po
or algas mi croscópicas,, bactérias de até 1,5 mm de diâmetro e,
p detritos orgânicos, oos quais constituem a maior
principalmente, por m parte dda dieta dos mexilhões
(Baynne, 1976; Jorrgernsen, 1990; Magalhãães, 1997). Uma
U biomasssa planctônicca de 10 e 50
5 mg/ml é
considerada ideal para o deseenvolvimentoo da espéciee (Bayne et al., 1983).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 154
As partículas alimenttares de meenor tamanho, selecionadas pelas lââminas branquiais, são
levad
das até a booca e penetram no tub o digestório o. As demaiss partículas não aprove eitadas são
u muco e impulsionadaas pela corre
aglutinadas em um ente de águaa de filtraçãoo até o sifão
o exalante,
onde são eliminadas na forrma de pse udofezes. A alimentaçã ão constitui‐‐se, portanto, em um
uo, sendo interrompida apenas quando os mexxilhões são eexpostos ao ar ou são
proceesso contínu
subm ndições ambientais desfaavoráveis.
metidos a con

4.2.3.8 Reproduçã
R ão

O mexilhãão P. perna é uma espéécie dióica, sem dimorfismo sexual eexterno. Inte ernamente,
porém m é possível identificar machos e ffêmeas matu uros ou em maturação a partir da análise de
colorração das gôônadas. Nos machos elass são branco o‐leitosas e nas fêmeas vermelho‐alaranjadas.
Atravvés da observvação macro oscópica do ttecido gonad dal desses moluscos,
m Lunnetta (1969) descreveu
os seeguintes estáádios do ciclo sexual: Esstádio I ‐ imaturo; Estáddio II ‐ em mmaturação; Estádio
E III ‐
matuuro. Esse último estádio é dividido em 3 sub‐estádios (IIIA, em que occorre a elim minação de
o folículos sse encontram parcial ou
gameetas; IIIB, fasse em que os u totalmentee vazios; IIIC
C, fase de
gameetogênese, havendo a restauração doos folículos).

Os mexilhhões reproduzem‐se praaticamente durante


d o an
no todo, ocoorrendo, porrém, picos
sazon
nais de desovvas (Henriqu
ues, 2004). N
Na região cen
ntro‐sul de Santa Catarinna, as princip
pais épocas
repro
odutivas são maio‐julho, setembro, nnovembro ‐ jaaneiro.

A fecundação é exterrna, com os indivíduos produzindo


p grandes
g quanntidades de gametas e
eliminando‐os naa água. As fêmeas eliminnam ovócitoss I e os mach
hos esperma tozoides. Oss estímulos
mais eficientes para
p induzir a eliminaçãoo de gametas estão gerralmente rellacionados a estresses
ambientais como o dessecação o e aumentto de tempe eratura (Araújo et al., 11993a). A prresença de
esperrmatozoidess da espéciee na água doo mar tamb bém costuma ser um foorte fator in ndutor das
desovvas.

4.2.3.9 Desenvolvi
D imento La rval

A primeira clivagem m ocorre ce rca de meia hora apó


ós a fecunddação. Rome
ero (1980)
identtificou os segguintes estággios larvais dde P. perna:

aa) Larva tro ma‐se de 6 a 8 horas após a fecundação, meddindo cerca de 45 µm.
ocófora: form
Possui cíílios e uma forma arreddondada, effetuando inttensos moviimentos de rotação e
translação.
bb) Larva véliger em form
ma de "D": m
mede cerca de d 115 µm de e diâmetro, sendo comp pletamente
envolvidaa pela prime
eira concha l arval, bivaIvve e transparente. Desennvolve‐se o velum,
v um
órgão dee natação, retrátil e auxxiliar da alim mentação. Surge
S cercaa de 24 horras após a
fecundaçção (Araújo et
e al., 1993b)).
c) Larva velliconcha: neessa fase ocoorre a depo osição da segunda conccha larval e inicia‐se a
formaçãoo do umbo e do pé. A larrva apresentaa diâmetro médio
m de 1755 µm e continua muito

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 155
ativa. A veliconcha
v jo
ovem forma‐‐se de 40 a 484 horas apó ós a fecundaação, sendo que a fase
completaamente diferrenciada foi oobservada ap pós 20 dias de
d cultura.
dd) Larva ped diveliger; coom diâmetroo variando de 200 a 250 0 µm. Essa ffase caracteriza‐se por
possuir velum
v e pé em atividadde. Nas valvvas, as linhas de crescim mento torna am‐se bem
visáveis. A locomoçã ão pode seer feita por natação (b batimentos cciliares do velum)
v ou
rastejame ento (disten nsão e con
ntração do pé). As primeiras for
rmas pediv eliger são
observad das cerca de 37 3 dias apóss a fecundaçãão.
ee) Larva disssoconcha: a larva, com 2250 a 350 µm m, procura um m lugar para se fixar. Surrge o bisso.
Quando ocorre
o a fixaação, o velum
m é absorviddo e desaparece. A meta morfose é completada
e a larva assume o aspecto do an imal adulto, aproximadamente 40 diias após a fecundação.

A duraçãoo da fase plaanctônica deepende, principalmente, da temperattura da água a do mar. É


nessaa fase que occorre a dispeersão das larrvas, levadass pelas as correntes marrinhas, vento
os e marés.
Durannte essa fasee as larvas podem sofrerr até 99% de mortalidade e, principalm
mente devido
o à falta de
substtratos adequados e su uficientes noo ambiente natural e à competiçção por espaço com
comppetidores intra e interesp pecificos (Bayyne, 1976).

4.2.3.10 Asse
entamento
o

Ao fim dod período planctônico,, o mexilhão, já com a forma maais caracteríística, tem
capaccidade de prrocurar ativa
amente o suubstrato e se e fixar. Nessa
a fase, é chaamado de plantígrado.
Segun ndo Bayne (1964), a fixxação ocorrre em duas etapas. a) Fixação prim mária ‐ em substratos
filamentosos e macios
m como o algas, brio zoários, hidrozoários, plástico, náiloon e outros materiais.
Essa fixação depeende ainda da
d existênciaa depende de uma cama ada de microoorganismoss (bactérias
e microalgas, prrincipalmentte) sobre essses substraatos filamentosos, senddo fundamental como
atratiivo químico e/ou ponto de apoio paara a adesão o inicialmente com mucoo e, em seguida, com a
formaação dos filaamentos do bisso. B) Fixaação secundária ‐ em substratos durros, sendo co onsiderada
a fixaação mais du
uradoura, em
mbora o mex ilhão seja caapaz de pequ uenos desloccamentos, ou u mesmo o
total desprendim mento do subbstrato, na teentativa de alcançar um local com m melhores conndições de
vida.

Após a faase larval planctônica, os animais se fixam


f a substratos consoolidados atra
avés de um
conju
unto de filamentos que e constituemm o bisso, produzido
p pela secreçãoo de várias glândulas
localiizadas no pé do animal.

4.2.3.11 Statu
us tecnoló gico

Histtórico
Como attividade verdadeiramen te importan nte em term mos econôm micos, os cultivos
c de
mexillhões se estaabeleceram na Espanha,, no início daa década de 40 (Andréuu, 1976). A partir dessa
épocaa, a Espanhaa tem sido considerada
c o maior proodutor mund dial, tendo siido superadaa apenas a
partirr do final da década de 80,
8 quando see passou a conhecer, maais detalhadaamente, a prrodução da

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 156
Chinaa (FAO, 19922). Durante os
o últimos 500 anos, os cultivos se espalharam com mercialmente e, primeiro
peloss países da Europa, como o França, Hoolanda e Itália. Em seguid
da, esse tipoo de atividade passou a
ser desenvolvida em países dad Ásia (Tailâândia, China), Nova Zelândia e Amérrica do Sul (V Venezuela,
Chile e, mais receentemente, no
n Brasil).

No Brasil, as ideias de mitilicultu ra foram inicciadas na dé


écada de 70,, por pesquissadores da
Univeersidade de São Paulo, Instituto de Pesca de Sãão Paulo e Instituto de Pesquisas da Marinha
(RJ). As tentativvas de cultivvo, no entaanto, ficaram m mais restritas aos aaspectos de pesquisa,
desennvolvimentoo e adaptação o de tecnoloogia.

Cultivos, como ativida


ade realmennte comercial no Brasil, só
ó surgiram a partir de 19
988‐90, em
Santaa Catarina. Os
O primeiros cultivos com merciais foraam instalado
os na Enseadda do Brito ‐ município
da Paalhoça (Ferreeira & Magalhães, 1989)), e tiveram o acompanh hamento téccnico de pesq quisadores
da UFSC, atravéss do Laborattório de Meexilhões. Esse es empreendimentos fooram fomenttados pelo
goverrno do estad do através da
d ACARPESCC (Associação o de Crédito
o e Assistênccia Pesqueira
a de Santa
Catarrina), posterriormente transformada
t a na EPAGRI e envolvveu comuniddades de pescadores
p
artesanais locais (Oliveira Netto, 2005).

Loca
ais de cultiivo no Bra
asil
O mexilhão P. perna a é a espéciee mais amp plamente culltivada no ppaís e o Brasil um dos
principais países produtores de mexilhõees da América do Sul (Paternoster, 2003). Segundo dados
da Seecretaria Esp pecial de Aqquicultura e Pesca da Presidência
P da Repúblicca (SEAP/PR,, 2009) há
cultivvos de P. perrna no Paraná (Guaraqueeçaba, Guaraatuba, Paranaguá, Ponta l do Paraná), no Rio de
Janeiro (Angra dos Reis, Arm mação dos B Búzios, Arraial do Cabo,, Cabo Frio, Itaguaí, Ma
angaratiba,
Niterói, Parati, Rio de Janeiro o), em Santaa Catarina (B
Balneário Camboriú, Bom mbinhas, Flo
orianópolis,
Goveernador Celsso Ramos, Itapema, Paalhoça, Pen nha, Piçarrass, Porto Beelo) e em São Paulo
(Caraaguatatuba, Ilhabela,
I São
o Sebastião, Ubatuba). Po orém, cerca de 95% da pprodução nacional está
conceentrada em Santa
S Catarina (Boscardi n, 2008).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 157
Figura 76 ‐ Corda de culttivo de mexilh
hão.
Fonte: accquavision.

Obte
enção de sementes
Existem três
t formas básicas
b de obbtenção de sementes
s de mexilhão ‐ ccom tamanh ho entre 20
e 30 mm de com mprimento: a) a produçãoo em laborattório, após fecundação
f iinduzida e criação
c das
larvass até a fasee de fixação; b) uso de coletores de d sementess, que forneecem substra ato para a
fixaçãão de larvass platônicas originadas ppela reprodução natural dos animaais de banco os naturais
e/ou pelos própriios mexilhõe es de cultivo;; c) extração monitorada a partir de eestoques natturais.

Dos métodos descritos acima, o mais indicado em termos de eeficiência, ga arantia de


produução e meno or impacto so obre as popuulações natu urais é o prim
meiro. No enttanto, també
ém é o que
apressenta maior custo e o qu ue necessitaa de uma teccnologia mais elaborada,, sendo nece essário um
laborratório especcializado. Por isso, é o meenos utilizad
do em nível mundial.
m

A extraçãão indiscriminada de semmentes a partir de estoqu ues naturais pode levar a impactos
ambientais significativos, tantto para esse s próprios esstoques, quaanto para as comunidade es animais
e veggetais que haabitam os coostões rochoosos. Por issoo, a utilizaçã
ão desse tipoo de sementte deve ser
preceedida de estuudos ecológicos sobre oss bancos naturais, sua bio ologia reproddutiva, sua capacidade
c
de reecomposição o e a própria capacidaade de suporte dessess bancos. O Obviamente que essas
exigêências impõee limites ba astante rígiddos à extraçção de seme entes, o qu e exige que e métodos
comp plementares devam ser empregados
e de forma asssociada. Por isso, o uso de coletores artificiais
de seementes não pode e não deve ser de sprezado, po ois essa pareece ser a form
ma mais corrreta e mais
econô ômica de sollucionar a qu
uestão de obbtenção de se ementes de mexilhão.

Existe um
m grande núm ores e materiais utilizadoos na sua confecção. A
mero de tipoos de coleto
escolha do tipo a ser utilizado depennde da condição socioe econômica dos produtores e da
onibilidade local dos ma
dispo ateriais. Ma s, além dissso, esse pro
ocesso de oobtenção de sementes
depende das épo ocas de rep
produção da espécie, do o tempo de desenvolvim mento das larvas,
l das

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 158
épocaas do ano mais
m adequaadas para suua colocação dos coletores e do cconhecimentto sobre a
dinâm ão de larvas ppelas corren
mica espacial de dispersã ntes marinhas.

Os materriais emprega ados nos colletores devem ter ou pro opiciar a form
mação de rugosidades,
arestas, filamento os ou reentrrâncias que ffacilitem a fixação. Segu
undo Ferreiraa & Magalhã
ães (2004),
os maateriais maiss comumente e empregadoos para esse fim são:

aa) Redes dee pesca ‐ do d tipo ancchovetera (C Chile e Espa anha) ou d e traineira (Brasil): é
normalmente uma re ede de pescaa de malha pequena e fio os multifilam
mentos, sendo o o coletor
confeccio onado com umu pano de rede de 20 a 30 cm de largura, enrrolado, form mando uma
corda. Essse tipo de coletor
c podee ser colocaado horizontal ou verticaalmente em m relação à
superfíciee, sendo qu ue a profunddidade de captação varia de acordoo com a esp pécie a ser
cultivada. Para P. peerna, no litooral de Santta Catarina, apesar de ser possíve el observar
captação até 2 metro os de profunddidade, os melhores
m resultados tem sido obtidoss na região
sub‐superficial, até 500 centímetroos.
bb) Bambu: Esse
E material pode ser u sado na form
ma de estaca as, enterradaas no fundo, formando
um tipo ded parede de bambu (coomo na Tailâândia) ou na forma de baalsas flutuan ntes (como
no Brasil)). O bambu apesar
a de se r um materiaal de baixo custo,
c tem cuurta duraçãoo dentro da
água e necessita ser cortado dass matas, o que q torna seu uso menoos recomend dado. Além
disso, elee normalmen nte se enchaarca de água após algum tempo de ppermanência a no mar, o
que o torrna muito pe esado, dificulltando o mannejo da estru
utura.
c) Plástico: Uma grande e quantidadee de diferen ntes tipos dee plásticos teem sido testtada como
coletoress de sementtes de mexi lhão. Esse tipot de material tem appresentado excelentes
resultado os, tanto na forma de cchapas, com mo em bomb bonas, tuboos de PVC e, também,
quando fazem
f e da compoosição de caabos. Uma grande vanntagem dessse tipo de
parte
material é sua possib bilidade de reeaproveitam
mento e durabilidade. Na utilização de plásticos
na formaa de cabos, quando
q estees se aprese
entam desfiados ou gasttos, a captaçção é mais
eficiente.. Já na forma de tuboos, bombon nas ou placcas, a captaação é senssivelmente
melhorad da com um consorciam mento destess com sistem mas filamen tosos como o cabos ou
redes. Aléém dessas vantagens, oss materiais plásticos
p geraalmente sãoo leves e, muuitas vezes,
podem faazer parte do o próprio sisstema de cultivo, o que diminui
d o esppaço necessário para a
instalação o e o manejo
o.

As melhoores épocas para coloc ação de coletores em Santa Catarrina são os meses de
feverreiro ‐ março
o, junho e se
etembro ‐ noovembro. Neessa região, geralmente,, se recomenda deixar
os co
oletores na água
á cerca de
d seis mesees, para a ob
btenção de uma
u boa qu antidade sementes de
tamanho adequado.

No Paranná, as épocass de maior o corrência daa espécie são


o entre maioo e julho e ta
ambém em
mbro (mesess mais frios)). A espécie é fruto de introduçõess históricas e está naturralizada na
setem
região, apesar dee apresentar baixa abunddância (Cangussu, 2008).

Apesar ded muito variável,


v em
m função de d fatores como tempperatura, co orrentes e
produutividade prrimária das regiões proddutoras, em
m Santa Cata
arina, coletoores de rede
e de pesca
(colocados na horizontal e co
om 1 m de coomprimento) chegam a produzir
p 3 a 4 kg de sementes de 3
cm de comprimento. Na messma região, ccoletores de tubos de PVVC com 100 mm de diâm metro e 1,5

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 159
metro
os de comprrimento podem produzirr até 15‐20 kg de sementtes de 3 cm ((Ferreira & Magalhães,
M
2004). Não há esttudos consistentes sobree o uso de co
oletores no litoral paranaaense.

Ensa
acamento ou encord
doamento
Se as seementes forem obtidas a partir de e coletores e desde q ue o tipo de d coletor
emprregado possiibilite, pode‐‐se utilizá‐loos diretamen ngorda. Casoo contrário, e também
nte para a en
naqueles casos em que as sementes ssão oriundaas de banco os naturais, é necessárrio fazer a
raspaagem ou "deebulhe" prévvio dessas seementes, lim mpá‐las, para retirada de eventuais organismos
o
comp petidores e/o
ou predadores, e selecio ná‐las por classes de tam
manho.

Após a seeparação e limpeza


l as ssementes estão prontas para serem
m colocadas nas cordas
ases de cresscimento e a engorda, processo eesse conheccido como
que serão utilizaadas nas fa
ensaccamento ou encordoame ento.

Os princippais sistemass de encordooamento ou ensacamentto são o franncês e o espa anhol, cada


um apresentando o muitas variações. Seguundo Ferreiraa & Magalhã ães (2004) noo sistema esspanhol, os
mexillhões são en nrolados ao redor de um m cabo centtral (de polieetileno de 188 mm) com auxílio de
uma rede algodão ou raiom (sintética), bbem fina e poucop resiste
ente. Essa m
malha é passa ada duas a
três vvezes em cad da volta da corda,
c prenddendo os me exilhões firmemente, ao cabo central. Uma vez
na ággua, a malhaa se dissolve e após cercaa de uma se emana. Esse período é ssuficiente pa ara que os
mexillhões se fixeem ao cabo central
c e unss aos outros pelos filamentos do bissso. Esse siste
ema requer
grandde experiênccia e habilid dade. As coordas assim confecciona adas medem m geralmentte 8 m de
comp primento ten ndo, a cada metro,
m um paalito de maddeira ou plásttico entremeeado transveersalmente
na coorda. Essa esstratégia temm por objet ivo distribuir melhor o peso dos meexilhões qua ando estes
estiveerem grandees e pesadoss, evitando a ssim que a corda
c se quebre e que oss animais de espenquem
na etapa final de engorda.

Ainda de acordo com m Ferreira & Magalhães (2004), no sistema franncês, os mexxilhões são
"ensaacados" em um u conjunto o composto ppor duas redes tubularess, formando ddois sacos de rede, um
dentrro do outro. Nessa técniica, basicam ente se utiliza como sup porte internoo redes de tubulares e
bastaante flexíveiss de algodãoo, com 10 ccm de diâme etro, forman ndo uma maalha frouxa. Em alguns
casoss, essa malh ha é substittuída por uuma de tecido sintético o que, no eentanto, po ode causar
probllemas quand do se utilizam
m sementes m maiores que
e 20 mm. Com mo saco exteerno, podem m‐se utilizar
diversos tipos de d redes, geralmente, de polietileno. Apesar ser posssível o uso o de fios
mono ofilamento, asa melhores são as de m ultifilamentoo 3 ou 4 mm, com malhaas que podem m variar de
4 a 77, sendo as melhores, as maiores. EEm muitos casos,
c utiliza
am‐se redes de descarte e da pesca
indusstrial (que já se apresentam inadequaadas para a pesca), o que reduz os cuustos do investimento.
As coordas nesse sistema são o de tamanhho muito variado, depen ndendo da eespécie cultiivada e do
local do cultivo. Assim,
A por exemplo,
e na França medem cerca de e 4 a 6 metroos; no Chile,, 8 metros,
na Noova Zelândiaa e Estados Unidos,
U cercca de 4 metrros; no Brasil, de 1 a 3 mmetros. Também nesse
caso, é comum a utilização de d um cabo central de polietileno (com 8 a 12 mm de diâm metro), ou
mesmmo fabricado d redes de ppesca velhass e torcidas (como
o com tiras de ( em deesdobres dee cordas na
Espannha).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 160
Desd
dobre ou repicagem
r m
O desdobbre é um processo que consiste em m refazer as cordas de eengorda, qua ando estas
apressentam uma densidade muito
m elevadda devido às condições de
d ensacameento e/ou fixxação extra
de seementes. Usuualmente, se
egundo Ferreeira & Magallhães (2004),, esse processso é realizado quando
os annimais atingem cerca de e 5 cm ou aapós 6 meses de cultivo, dependenndo das con ndições de
cresccimento. Em países como a Espanhaa, é comum se realizarem dois desddobres, um a cada seis
mesees de cultivo. O desdobre garante mmelhores condições de crrescimento ppara os mexilhões pois
diminnui a compettição por espaço e alimeento. Além disso,
d promoove uma maiior homogen neidade de
produ ução já que os mexilhões passam, poor um processo de seleçã ão, segundo classes de tamanho, e
de reeensacamento. Esse pro ocesso posssibilita aindaa a limpeza dos cultivoos e a rem moção dos
organnismos asso ociados e incrustantes. De maneiraa geral, esse processo envolve os seguintes
passoos: remoção dos mexilhõ ões das corddas; limpeza (manual ou mecânica); sseparação dos animais
por classe de tam
manho; ensaccamento, uti lizando, basiicamente, o sistema franncês.

Siste
emas de en
ngorda ou de crescim
mento
Os sistem uito variadoss, dependenddo principalmente das
mas de cultivvo de mexilhhões são mu
condições locais do ambientte de cultivoo. Eles podeem ser cultivados em ssistemas de cultivo de
17
fundoo, em estaccas (bouchotts ), em sisstemas suspenso fixo (a através de mmesas) ou flutuantes
(atravvés de balsa ou de Iong‐‐line).

17
Os ddemais sistem
mas são trataddos em um caapítulo especíífico deste trabalho. Mas, ccom o sistemaa de estacas
(boucchots) não são
o discutidos, cabe aqui umaa breve descriição. Este sistema é praticaado quase que
e apenas na
França. Envolve o uso
u de estacass de madeira (de 20 em de diâmetro e 3 a 4 metros dee comprimento), que são
enterradas cerca de 1 metro no substrato, em m locais de fu
undo lodoso, marm calmo e ggrande variaçção de maré
(em aalguns casos chegando
c a 11
1 metros). Esssa grande vaariação de maré praticameente inviabilizza qualquer
outro método.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 161
Figura 77
7 ‐ Cultivo de mexilhão P. perna
p em sisttema de mesaa.
Fonnte: Edmundo
o ‐ Flicker.

Engo
orda
Marenzi & Branco (2005) realizzaram estudos para verrificar a viabbilidade do cultivo do
mexillhão, P. peerna no sul do Brasil. OOs pesquisaddores realizaram experiêências na Arrmação de
Itapo
ocoroy. O creescimento médio
m dos in divíduos em
m condições ded cultivo fooi de 0,58 cm
m/mês e o
aumeento do peso o foi de 2,57
7 g/mês. A soobrevivênciaa após oito meses
m foi dee 79,2% e os valores os
mais elevados do
o índice gôno odo‐somáticoo foram deteectados na primavera.

Segundo Ferreira & Magalhães (2004), em Santa Ca atarina, as ccordas de cultivo


c são
geralmente confeeccionadas com 1,5 a 22,0 kg de se ementes de mexilhão (eentre 1,5 e 2,0 cm de
comp primento) po or metro line
ear, o que eqquivale a cerca de 700 a 800 animaiis por corda.. Com esse
proceedimento, é possível obter‐se uma produção fin nal entre 13
3 a 17 Kg dee mexilhões por metro
linearr de corda, no
n final de 7 a 9 meses dee cultivo.

Ainda seggundo os me esmos autorres, o rendim mento em carne dos mexxilhões P. peerna atinge
aproxximadamentte 45% do pe eso fresco e 225% de carne cozida, em m relação ao peso total. No
N entanto
estád
dio do ciclo reprodutivo
r pode afetar significativaamente esses valores em m que se enccontram os
animais. Animais que se enco ontram "cheiios" (em fase e IIIA) podem
m chegar a a presentar 35
5 a 40% de
carnee cozida em relação ao seu peso totaal. Por outro lado, anima ais que se enncontram "va
azios" (em
estád
dio pós‐desova IIIB ou IIIC
C) podem terr apenas 15% % de carne.

Além do estágio de desenvolvim


d ento, a proddutividade nos cultivos dde mexilhões depende
da qu ualidade da água, da proodutividade primária loccal, da densidade de meexilhões nas cordas de
cultivvo, da densid
dade de cord
das por área de cultivo e da densidade de cultivoss por área.

Para garaantir boa pro escimento, é necessária a utilização


odutividade e homogeneidade de cre
de seementes de boa
b qualidad de, com tam
manho e idad
de semelhantes, o que see consegue facilmente

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 162
com as obtidas em coletores. Mesmo assim ante es do ensaca
amento, esssas devem ser limpas
(retirrando‐se po
ossíveis pre
edadores), separadas por classes de tam manho e ensacadas
separradamente.

Figura 78 ‐ CCordas de culttivo de mexilh


hões.
Fonte:Bruno
o Roiz

e cultivo acabbam servindo como subsstrato para ffixação de mexilhões, o


As próprias cordas de
que aaumenta a densidade
d e,
e não raro, exige, que se faça o desdobre.
d A partir de uma
u corda,
geralmente, se consegue
c fazer de três a seis outrras, mas tam
mbém aumeenta a inten nsidade de
maneejo e os custo
os associado
os.

Brandini (2005) desscreveu quee um cultivo piloto de e mexilhõess em mar aberto foi
patroocinado pelo Governo do o Estado do PParaná, atravvés do Edital Paraná Dozze Meses, da Secretaria
de Aggricultura doo Estado. Neesse projetoo foram prod duzidas nove toneladas de mexilhõ ões em um
sistem
ma de long‐‐lines, instala
ado a duas milhas da costa, sobre a isóbata dee 10 m, em frente ao
Balneeário do Carmery, em Pontal do Sul. Entretaanto, segund do o coordeenador do projeto, a
produutividade po oderia ter sido
s muito maior não fosse pelo elevado graau de infesstação dos
organnismos cultivvados com crracas, esponjjas e parasitas, além do vandalismo
v e do roubo.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 163
Figura 79 ‐ Cordas ccom mexilhõe
es suspensas em
e long‐line.
Fo nte: Anônimo
o ‐ Flicker

minar esses problemas ddecidiu‐se te


Para elim estar a viabiilidade de cuultivos em áreas
á mais
profuundas e afasstadas da coosta, longe ddo "fouling"". Assim, no primeiro seemestre de 2004, foi
realizzado um no ovo experim
mento pela U Universidade e Federal do Paraná, nno âmbito do d Projeto
Recursos Costeiroos .

Para isso,, foram insta


aladas pencaas experimenntais do mexxilhão P. pern
rna a uma milha e a 25
milhaas da costa paranaense,
p em locais coom profundid
dades de 10 e 30 metross, respectivam
mente.

A hipótesse do trabalhho experimeental foi testtar a viabilidade de cultiivar molusco


os de valor
comeercial (ostras, mexilhõe es e vieiras)) aproveitanndo‐se a prrodução de agregados orgânicos
formaados pelo siistema plancctônico em ssub‐superfície. Estudos hidrográfico s feitos na plataforma
p
continental rasa (<50 m) do d Paraná, eentre 1998 e 1999, re evelaram quue no verão o ocorre a
penetração de ágguas frias e ricas em nuutrientes porr baixo da água de plataaforma maiss quente e
empo obrecida. O resultado é a formação de camadass sub‐superficiais de proddução de fitoplâncton,
normmalmente diiatomáceas, na metad e inferior da coluna de água. Esses locais de alta
produutividade prroduzem matéria orgânnica que se edimenta e alimenta o sistema bêntico b de
plataformas em áreas
á afastad
das da costa..

Após 4 meses as penccas foram rettiradas e o resultado foi promissor. N


Nos dois culttivos a taxa
de ccrescimento foi semelh hante. As ssementes com c inicialm
mente 0,6 a 0,8 cm cresceram
aproxximadamentte 4 cm em m 4 meses de submerssão. Como era e de se eesperar, os mexilhões
cultivvados a umaa milha estavam cobeertos com cracas e infe estados com
m poliquetas parasitas.
Entreetanto, a aussência de "foouling" e dee infestação dos mexilhõ ões com parrasitas foi vissivelmente
inferiior (para não
o dizer totalmente ause nte) nas pen ncas instalad
das a 25 mil has da costa a. O pouco
foulinng típico dee áreas maiss profundass afastadas da costa, ju untamente ccom a abun ndância de
mateerial orgânico o oriundo daa produção fitoplanctôn
o particulado nica subsupeerficial, foi o que fez a
difereença no rend dimento doss cultivos exxperimentais a 25 milhass. De cada 1 00 sementes fixadas a
30 m metros de profundidad de quase 880% atingiraam tamanho comerciaal, enquanto o que no

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 164
experrimento realizado a um ma milha appenas 60% das
d sementees (as pencaas foram ma
antidas na
superrfície) cresceeram, e mesm
mo assim com
m muita infe
estação.

Os resultados desse experimentoo revelam que a platafo orma contineental da Reggião Sul do
Brasil tem áreas potencialme
p nte promissooras em culttivo de moluscos. Se as ccondições hid
drográficas
da plataforma rassa forem bem aproveita das, com teccnologia apropriada de ccultivo em mar m aberto,
sistem
mas comercciais podem m ser instalaados com bom rendim mento e prrodutividade. Deve‐se,
contuudo, avaliar a viabilidade
e econômica desse tipo ded empreend dimento, poiis os custos associados
aos cultivos em zoonas distantes da costa ssão naturalm
mente mais elevados.
e

4.2.3.12 Merccado

Naciional
O mercado ded mexilhõe es no Brasil aainda é extremamente tímido
t se coomparado aoo potencial
destaa indústria. Na
N maioria das
d regiões, a comercialização é pra aticada localm mente duran
nte todo o
ano, porém, com forte concentração, ao menos nas localidades turísticas, durrante o verão. A forma
predo ominante dee comercializzação pelos m
mitilicultoress é in natura,, ou ainda naa concha (ma
ariscado) e
o preeço é basicammente ditadoo pelo mercaado consumidor.

A seguir um exemplo da a imensa difeerença de prreços pratica


ados ao longgo da cadeiaa produtiva
de mexilhões: Naa fazenda da a empresa Caavalo Marinh ho, localizada na Praia ddo Cedro, Pa
alhoça ‐ SC,
o cussto de produução em 200 08 era de approximadame ente R$ 0,355/Kg. Além dda produção do cultivo
próprrio de mexilhões, a emp presa comprra, beneficia e comercializa mexilhõees da maiorr parte dos
produ utores do município de Palhoça.
P O prreço médio pago,
p ao longgo do ano, ppelo mexilhão
o na penca
foi dde R$ 0,70 0/Kg (Maeda, 2008). Os extratorres de mexilhões da região de Cananéia
comeercializavam,, na mesma época, mexxilhões a 2,5 50/kg (Avesu ui, 2008). Já na CEAGESSP, em São
Pauloo, em 23/06 6/2008, o mexilhão
m eraa comercializzado por prreços entre R$ 10,00 e R$ 14,00
(CEAG GESP, 2008). Em 13/10 0/2009, na m mesma centrral de abaste ecimento, o mexilhão erra vendido
inteirro por valorees entre R$ 8,00 e R$ 110,00/kg, enquanto a carne era venndida entre R$ R 13,00 e
15,000 (CEAGESP, 2009). Em 17/03/2010
1 a carne do mexilhão
m era
a comercializzada na CEA
AGESP a R$
14,000 a R$ 16,00 0/kg (CEAGEESP, 2010). Também é possível adq quirir caixass com mexilhões vivos
produ uzidos em Santa
S Catarina pela inteernet. A caixa com 3 kg k era vendiida ‐ preço FOB ‐ em
30/033/2010 a R$ $18,00, enqu uanto a caix a de 5kg era comercialiizada a R$ 228,00 (Clube e da Ostra,
2010a).

Entre os principais entravés encon trados para o desenvolvvimento destte mercado destacam‐
se: a)) a inexistênccia de estratégia de markketing visand
do estimularr o consumo de moluscoss no Brasil;
b) a nnecessidade de implanta ação ‐ e de forma continuada ‐ dos programas de monitora amento da
qualiddade microb biológica dass áreas de cuultivo. Além disso, os problemas exiistentes em relação ao
abasttecimento reegular de sem mentes limittam a expansão da base produtiva, ccom reflexoss evidentes
na caadeia de com mercialização.

Além dissso, se na ostreicultura


o a a produçãão em pequ uena ou m édia escala pode ser
viabillizada pelo grande valoor agregadoo que caraccteriza o prroduto, na mitilicultura
a isso não

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 165
mediária de produção se iinviabilizam em função
aconttece. Os culttivos de mexxilhões em e scala interm
do ppreço unitárrio compara ativamente m mais baixo em relação o ao da oostra, além da maior
necesssidade de mão‐de‐obra
m a na colheitaa e semeaduura. Neste ca
aso, a mecannização da produção
p é
fundaamental paraa viabilização
o de empreeendimentos em e escala coomercial.

A produção em escala, por sua veez, implica em abrir nova as frentes dee comercializzação, pois
o meercado nacional ainda é pouco exxplorado. Mas, M distribu
uir rápida e eficientem mente esta
produução exigirá uma logística mais adeequada que a existente e hoje. Por ssua vez, a exportação
e
depende do aten ndimento aoss padrões hi giênicos san nitários exigid
dos pelos meercados imp portadores,
o quee passa pelaa efetiva insttalação do pprograma de e monitoram mento da quualidade amb biental das
áreass de cultivo
o e também m dos mexil hões cultivvados. Ou seja, s o merrcado dos mexilhões
produuzidos no paaís vive de cicclos viciosos que compro
ometem a exxpansão da m mitilicultura.

Internacional
Cerca de 1,3 milhõess de toneladaas de mexilh
hões são con
nsumidas noo mundo a ca ada ano. A
maior parte dessse total vemm da aquiculttura. Cerca de
d metade dad produçãoo total de mexilhões
m é
produuzida e comeercializada na
n Europa. Esspanha, Dinaamarca e Holanda são oss principais produtores
p
(Euro
ofish, 2008).

No entan nto, os mercados europpeus de me exilhões têmm sido fortem mente afetaados pela
produ ução chilenaa, e não ape
enas nos meercados euro opeus de me exilhão proccessado, mass também,
indireetamente, noos mercadoss de mexilhõões vivos (Su
ullivan, 2008)). Em pouco mais de qua atro anos o
Chile transformo ou‐se no principal exporrtador de mexilhões
m pa
ara a Françaa, Itália e Esspanha. As
exportações do Chile são principalmen
p nte na form ma de carne e congeladaa, um produ uto que é
usuallmente reem mbalado ou processado
p ppelas indústrrias européia
a. Outro gra nde exportador para a
Europ pa é a Novaa Zelândia. Com
C a entraada desse mexilhão
m conngelado, os produtores europeus,
especcialmente oss espanhóis, têm enfren tado fortes dificuldades para compeetir no merccado e têm
direcionado seus esforços parra abastecerr o mercado de produtos vivos.

De acorddo com dados fornecidoos pelo ProChile ‐ um programa ggovernamenttal chileno


voltado para as exportaçõess ‐ a crise q ue domina o setor de mexilhão
m gaalego tem geerado uma
oporttunidade dee crescimentto para o s etor exportaador chilenoo. Na Galíci a a rentabilidade dos
produutores tem sido
s considerrada mínimaa e os preços mantidos esstáveis desdee 2001 (Murrias, 2009).

No entan
nto, o terrem moto que attingiu a regiãão centro‐suul do país, eem 27 de fe
evereiro de
2010, deverá affetar de forma bastantte aguda toda a prod dução aquíccola e a ind dústria de
proceessamento de
d mexilhõess do país noos próximos anos. Instala ações onde estavam arm mazenados
produutos acabados, prontos para a comeercialização, foram destruídas. Por issso, espera‐se que haja
uma redução signnificativa da oferta do pr oduto chilen
no (Murias, 2010).
2

Enquantoo a Bélgica permanece


p o principal mercado
m euro
opeu, em teermos de connsumo per
capitaa, a França é o principall consumidoor em termoss de volume global. As i mportações francesas,
tradiccionalmentee dominadass pelo produuto vivo têm se mantido estáveis em cerca de 60.000
tonelladas nos últtimos anos.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 166
Cerca de 75% desse e volume immportados é na forma de d mexilhõees vivos, norrmalmente
vendidos em saco os plásticos protegidos
p nto e totalmente inodoroos. O produ
dde gotejamen utor recebe
€0.900 por quilo de mexilhão produzido
p (B
Bim Market Developmen
D t, 2009). O pproduto vivo de origem
certifficado é provveniente bassicamente daa Espanha e da Grécia e chega
c ao coonsumidor va arejista por
cercaa € 3,00‐3,5 50/kg (Sullivvan, 2008). O produto o congelado o inteiro é comercializado pelos
distribuidores por € 3,40/kg; a carne de m mexilhão por € 4,53/kg (B
Bim Market D Development, 2009).

Na Europpa os mexilhõ
ões tambémm são comerccializados emm atmosferaa controlada (MAP), ou
em eembalagens a vácuo, enlatados, ma rinados, na forma de pratos prontoos ou IQF (Individually
Quickk Frozen). O Chile exporta para a FFrança princiipalmente mexilhões
m em
m conservas.. Já para a
Espannha os mexilhões são exp
portados enllatados, sob o nome de "tapas"
" (Murrias, 2009).

O mercad do europeu estabelece


e r egras bastan ara a comerccialização de mexilhões
nte claras pa
(Euro
ofish, 2008). Na Alemanh ha, por exem
mplo, os animmais só pode em ser comeercializados com mais
de 4 ccm. Outras exigências
e pa
ara comerciaalização de mexilhões
m fre
escos ou vivoos são

a) as partes moles devem ser completameente livres de areia e de outras partíc ículas;
b) os mexilhões devem
d estar livres do bissso;
c) meexilhões não devem apre esentar danoos ou organissmos incrustaantes;
d) devem ser livrees de impureezas, apresenntar cor, aroma e sabor característico
c os;

ntes requisito
Os seguin os se aplicam
m à carne de
e mexilhões:

a) aparência limp
pa, cuidadosa
amente prepparada;
b) consistência firrme, porém não dura;
c) sab
bor puro e nãão‐oleoso.
O mexilhhão azul (Myytilus edulis)), principal espécie
e com
mercializada na Europa, apresenta
rendiimento de caarne de 18‐2 20%. Ou sejaa, um quilo de
d mexilhõe es contém peelo menos 180
1 gramas
de caarne. Atualm mente há um ma grande ppreocupação da indústria na padronnização dos mexilhões
utilizaados, pois issso torna o porcionamen
p nto e o prepparo da carnee de mexilhãão muito ma
ais fáceis e
possibilita o deseenvolvimento o contínuo d e novos proddutos industrializados.

Segundo a Eurofish (2008), a Rooyal Frysk abriu


a uma nova planta de processa amento de
mexillhão congelaado no nortte da Alemaanha. Atualm mente, cercaa de 4.000 ttoneladas de e carne de
mexillhão são prroduzidos e transformaados lá. Enttre os produtos ofertaddos pela da a empresa
destaacam‐se o "K Knusper‐Muscheln" (meexilhões croccantes), que são destinaados à prepa aração em
frigideira ou no forno, e meexilhões prepparados com m diferentes molhos. A empresa fra ancesa Gel
Moorr tem lançado dois três produtos a base de mexilhão a cada ano, como, porr exemplo,
orno, pratos de mexilhõees em variad
mexillhões em maassa folhada,, mexilhões ccozidos ao fo dos molhos
(curryy, creme ou provençal). Já há algunns anos mexiilhões pasteurizado tam bém estão disponíveis
d
no mercado. Eless são processsados atravéss de uma téccnica especia
al, durante o qual os mexxilhões são
breveemente aqueecidos na em mbalagem a vácuo para matar qualquer microoorganismo presente na
carnee, mantendo o‐se, ao mesmo tempo, integralmen nte o aroma e a suculênccia típicos da carne de
mexillhão. Esses mexilhões pasteurizado
p os têm vida útil de pelo menos trêês a quatro o semanas,

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 167
quando armazen nados a uma temperatuura de 2°C. Essas inforrmações refoorçam a preocupação
cresccente com a agregação
a q tem cres cido nos últimos anos.
de valor ao prroduto, uma tendência que

O mercaado norte‐am mericano d e mexilhões, por sua vez, tem sse caracteriizado pela
dificu
uldade em auumentar os níveis
n de com
mercializaçãoo, tanto em relação à proodução interrna quanto
nas im
mportações. Tal situaçãoo também é ffruto da crise econômica a que afetou o mundo e os EUA, de
maneeira especial,, em 2009, o que não pe rmitiu a expaansão da demanda interrna.

Em 2009 9 os produ utores nortee‐americanos tiveram ainda que enfrentar problemas


ambientais, como o intensas marés
m vermel has e fortes chuvas nas zonas de proodução, espe
ecialmente
na No
ova Inglaterrra.

O mexilhhão que entra no merrcado norte e‐americano é importaddo principalmente do


Canadá, Chile e Nova Zelândia. Em 20008, os EUA importaram m cerca de 335,4 mil ton
neladas de
mexillhões cultivaados. O meexilhão inteirro oriundo da extração o tem sido comercializa
ado a US$
1,76//kg, enquantto o produto cultivado attinge US$ 2,9
97/kg (Grand
din, 2009).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 168
4.2.4
4 Vieira (Nodipecte
( n nodosuss)

Figura 80 ‐ Vieira, Nod


dipecten nodosus.
Fonte: Maarlo Krisberg

nídeos estão entre os m oluscos que apresentam


Os pectin m maior valoor comercial, tanto no
mercado interno quanto internacionalmeente. Na maiioria dos casos, a produçção extrativa a encontra‐
se pró u limite máximo de explooração e o único caminho para a exppansão da offerta passa
óxima ao seu
obriggatoriamentee pela mariccultura, que no presente e já participa com cercca de 75% do
d total da
produ ução mundiaal (Rupp & Bem, 2004). N No mercado interno a oferta de vieirras ainda é mínima
m eo
produ uto costumaa ser enconttrado apena s em poucaas lojas de conveniência de produto os de luxo,
algunns supermerrcados de grandes
g centtros urbanos e em restaurantes reequintados, onde são
comeercializados por altos preços. Além m da carne, as conchass das vieirass também podem p ser
comeercializadas como
c produtto de interessse para a co
onfecção de artesanatos.
a

Existem catalogadas
c 15
1 espécies dde pectiníde eos no país (F
Fonseca, 20004), das quaiis somente
três são consideeradas viáve eis para a m maricultura, devido ao porte que aatingem (Ru upp, 2000;
Manzzoni, 2001; Fonseca,
F 200
04): a) Aequiipecten tehuuelchus, uma a espécie de vieira que atinge
a 90 a
100 mmm de alturra, ocorrend do desde o EEspírito Santto no Brasil até o Golfoo Nuevo, na Argentina
(Rios,, 1994); b) Euvola
E ziczac,
c, que pode aatingir uma altura
a de 80 a 100 mm, ocorrendo da d Carolina
do Norte à Florida, Bermudas, Índias O Ocidentais, Venezuela,
V Su
uriname e nno Brasil, do o Amapá a
Santaa Catarina (RRios, 1994); Nodipecten
N nnodosus, quee apresenta maior
m potenncial para a maricultura
m
pela ffacilidade co
om que pode e ser cultivadda; pela rapiidez com que atinge o taamanho com mercial (60‐
80 mm); pela grande aceitaçã ão de mercaddo e pelo alto valor come ercial.

Segundo Rangel (20 009), os culttivos de vieeira começaaram a ser realizados em escala
experrimental na região de An
ngra dos Reiss, RJ, em 199
90. Nesse an
no, um laborratório de prrodução de

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 169
semeentes foi mo ontado na Ilhha da Gipóiaa. Dois anos depois, o Laboratório dde Moluscoss Marinhos
(LHM
M), da UFSC C, deu início aos seus tr abalhos sob
bre produçãoo experimenntal de N. noodosus em
laborratório (Rupp
p, 1994).

O sucesso e o domíínio da tecnnologia de produção


p alccançados coom o passarr dos anos
possibilitaram o fornecimento regular dde sementess para empreendimentoos de cultivvo/engorda
realizzados em fazzendas marinnhas localizaadas na regiãão do Calhauus. O laborattório da Ilha
a da Gipóia
funcionou até 1994, ano de fundação
f do IED‐BIG (Insstituto de Eco o‐Desenvolvvimento da Baía
B da Ilha
Grand u laboratórrio que é hoje o maior prrodutor de seementes da espécie N.
de), onde foi montado um
nodosus do Brasill (Rangel, 2009).

Em Angra dos Reis, existem divversas fazen ndas marinhas de cultivvo/engorda de vieiras,
inclussive a maiorr do Brasil (R
Rio Maricultuura), que já chegou
c a esttocar mais dde 1 milhão de
d animais
no mmar, em diferrentes estágiios de desennvolvimento,, com um pa atamar de coomercializaçã ão de mais
de 2..200 dúzias nos meses de d verão. MMas ‐ ainda segundo Ra angel, (op ciit.) ‐ desde 2007, esta
fazennda opera nu uma escala menor
m de prrodução e ab bastece os restaurantes das principa ais capitais
do Brrasil.

Apesar dee alguns bonns resultadoss alcançadoss, passados 10


1 anos das primeiras exxperiências
com oos cultivos de
d vieiras no país, a pecti nicultura ain
nda não se firmou como atividade co omercial no
Brasil. O número de empreen ndimentos innstalados no o país não ch
hega a duas dezenas, ba asicamente
pequenos produttores. A produção de seementes aind da é incipien
nte; o processso produtivvo, em sua
maior parte, é arttesanal e a tecnologia
t dee cultivo aindda tem muito que evoluiir para dimin
nuir o risco
dos p
produtores co om as elevaddas taxas de mortalidade e e baixas produtividadess (Bueno, 20
007).

Rupp & Bem


B (2004) defendem
d a tese de que e as maioress taxas de crrescimento obtidas
o em
regiões com águaas de caractterísticas maais oceânicass indica que pode existirr um potenccial imenso
para o cultivo deesses molusscos em reg iões da plattaforma continental, na costa Sude este‐Sul do
Brasil, em profundidades entrre 20 e 50 m
metros.

Segundo os autoress, esses culltivos deverriam ser im mplantados eem sistemas de sub‐
superrfície (meia‐‐água), e ab
bririam novoos horizontes para a produção de pectinídeos no Brasil.
Porém m, ressaltam q qualque r iniciativa seja tomada nessa direçãão, seria fund
m que antes que damental a
realizzação de estudos voltadoos à avaliaçãão da influênncia da variabilidade dass condições ambientais
a
sobree o crescimento e sobrevvivência das vvieiras nessaas áreas.

4.2.4.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Subclassse ‐ Pteriom
morphia
Ordem ‐ Ostreoida
O
Família ‐ Pectinidae
Gênero ‐ Nodipecten
n nodosus (Liinnaeus, 175
Espécies ‐ Nodipecten 58)

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 170
4.2.4.2 Área
Á de Occorrência

Apresenta uma distribuição geoggráfica tipicamente tropical, sendo q ue seu limite sul se dá
em águas subtrop picais. Ocorrre desde o suul da Península de Yucattán, leste da América Ce entral, ilhas
do Caaribe, Colôm
mbia, Venezue ela e, desconntinuamentee, ao longo do litoral brassileiro, até o Estado de
Santaa Catarina (R
Rupp & Bem, 2004).

4.2.4.3 Porte
P

Os maiorres exemplarres registraddos para esse


e espécie foram coletaddos em Santa
a Cataria e
mediam 17,8 cm de comprim
mento de conncha (Rupp & Bem, 2004 4).

4.2.4.4 Morfologia
M a

Rupp & Bem


B (2004) explicam
e quee os pectiníd
deos em gera
al, além da fforma caractterística da
conch u ligamentto de forma triangular
ha, se difereenciam dos demais bivaalves pela prresença de um
entree as duas vaalvas, situaddo na parte central do umbo, de cor preta e consistênciia elástica,
denominado resilium.

N. nodosus é constitu uído externaamente por duas valvas calcárias, cuuja coloração
o pode ser
onalidade maarrom‐averm
de to melhada, verrmelha, alaraanjada, púrp
pura ou ama rela. As caraacterísticas
morfoológicas externas que diferenciam
d esta espécie
e dos dema ais pectinídeeos são a prresença de
aurículas desiguaais, 9 a 10 costelas raadiais com destacados
d nós bulbosoos na valva esquerda
(Supeerior) e costeelas, geralmente sem nóós, na valva direita; ângulo do umboo de 95° nos juvenis e
105° nos adultos (Smith, 1991 1).

A descriçãão morfológica a seguir é feita por Rupp


R & Bem (2004). O maanto é uma membrana
m
aderida à parte interna de músculo à concha. A borda b externa do mantto é respon nsável pela
formaação da concha. A partirr da borda ddo manto surgem pequenos tentácu los e numerosos olhos
paliaiis de cor azu
ul brilhante que
q possuem m função sensorial e perm mitem às vieeiras o reconhecimento
do mmeio circund dante (ex. luminosidadee, presença de predadores, etc). SSeparando‐sse a parte
superrior do mantto podem se er observadaas as brânqu uias que posssuem uma ccoloração alaranjada e
são responsáveis pela respira ação e captuura de partículas de alimento presen tes na água.. Na região
centrral, ligeirameente deslocado para o lado poste erior, observva‐se um grrande múscu ulo adutor
consttituído por duas partess: uma, de maior tam manho (múscculo estriad o), responsável pelos
movimentos rápiidos de fech hamento dass valvas, em m oposição ao movimentto de abertu ura gerado
pelo resilium; a outra parte, de menoor tamanho (músculo liso), com foorma de meia m lua, é
respoonsável pelo fechamento o forte e proolongado das valvas. O músculo
m é a parte comestível mais
aprecciada dos pectinídeos.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 171
O sistemma digestório
o é formadoo pela bocaa, palpos labbiais, esôfaggo, estômaggo, estilete
cristaalino, intestino e ânus. A glândula digestiva esstá aderida ao músculo na parte próxima
p ao
umbo o, em forma globosa e dee coloração eescura.

O sistema circulatório é formadoo pelo coraçção, a partirr do qual sa em as artérrias que se


ramifficam por todo o corpo e terminam em uma sérrie de seios tissulares.
t D
Destes, partem as veias
que levam a hemolinfa incoloor para as brâânquias, ond
de é oxigenadda e retoma ao coração.

4.2.4.5 Alimentaçã
A ão

Nodipecteen nodosus é um bivalvve filtrador. Como tal, alimenta‐se dde partículass orgânicas
em suspensão naa água, princcipalmente dde fitoplânctton. Entretan
nto, durantee as primeira
as 24 horas
de vida as larvaas não se alimentam,
a uutilizando suas reservas energéticaas para inicciarem seu
nvolvimento
desen o.

4.2.4.6 Reproduçã
R ão e desenvvolvimentto Larval

Nodipecteen nodosus é uma espéccie hermafroodita funcion


nal ou simulttânea, pois um
u mesmo
animal produz ovvócitos e espermatozoidees ao mesmo
o tempo.

De acordo com Queirroz (2007), aanimais sexualmente maduros são iddentificados através da
obserrvação visuaal de suas gônadas,
g quee devem see apresentarr túrgidas, ccom coloraçã ão forte e
evidêência de peqquenas estrias. Quanto à coloração observada, diferencia‐sse na gônada a região
produ utora de esspermatozoides e a dee ovócitos. A porção masculina
m é identificada
a por uma
colorração brancoo‐leitosa. Já
á a porção feminina apresenta
a a tonalidade laranja‐aveermelhado.
Enquanto isso, ass gônadas emm estágios im
maturos são flácidas
f e inccolores.

Sua gônaada é um órggão diferencciado que é unido ao corpo nas proxximidades do músculo
adutoor. Seu ciclo
o reprodutivvo inicia‐se com a ativvação da gô
ônada (inclu i a gametoggênese), a
matuuração funcio onal dos gametas e de sova (períoddo reprodutivo) ou os ggametas ressiduais são
reabssorvidos (perríodo vegeta
ativo ou inatiivo).

beração dos ovócitos na água ou do contato com


Após a lib m os espermmatozoides, oso ovócitos
sofrem o processso de maturaação final, oonde há o rompimento da
d vesícula ggerminal, duaas divisões
meióticas e formação dos corrpos polaress. Após a form
mação dos corpúsculos ppolares, ocorre a fusão
dos p
pró‐núcleos e a formação
o do zigoto (CCCA‐UFSC, 2009).

Manzoni et al. (1996) realizaram um estudo para avaliarr a variação do índice dee condição
gonadosomático de uma pop pulação de N. nodosus em Santa Ca atarina que indicou um padrão de
liberaação de gametas parcial e assincrônicco, possivelm
mente com desovas
d ao loongo de todo
o o ano.

Os gameetas são lib berados na água e a fertilização o é externaa. A penetração dos


esperrmatozoidess acontece en
nquanto os oovócitos estãão em metáffase I, e tem um diâmetrro entre 60
e 68 µm. Dois coorpúsculos polares
p são liberados du urante a divisão meióticca. Decorrida
as 10 a 12

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 172
horass da fecundaação, larvas trocófora
t at ivamente naatantes pode em ser obserrvadas. Ao final de um
perío
odo entre 20 e 24 horas forma‐se
f um
ma larva véligger com formmato "'D" ta mbém cham mada "larva
D" co om aproximmadamente 100 1 µm de comprimen nto. Duas manchas ocullares (uma por valva)
formaam‐se nas laarvas véliger adiantadas e pedivélige er. Nos últim
mos dias de ddesenvolvimento larval
ocorrre a formaçãão do pé, que se torna ffuncional ap d metamorrfose, quando então as
penas antes da
larvass passam a ser denominadas de peedivéliger. Esse E estágio, que apreseenta um com mprimento
valvar de 180 a 200
2 µm, já é consideradoo uma formaa pós‐larval, pois o anim mal deixa de apresentar
a
um co omportamen nto natatório
o e passa a sser bentônico
o, abandonando a colunaa d`água e dirigindo‐se
ao fuundo para raastrear subsstratos, fixarr‐se e comp pletar a metamorfose. I mediatamen nte após a
fixaçãão, que geraalmente ocorrre quando aas larvas aprresentam um m comprime nto valvar entre 200 e
215 µµm, a conchaa cresce rapidamente e continua a ser s formada com uma m micro‐estrutuura distinta
da cooncha larval,, a qual é deenominada ddissoconcha ou concha pós‐larval. A Ao final do período
p de
dissoconcha as valvas
v enconntram‐se coompletamentte pigmenta adas, e já a presentam o formato
semeelhante ao dee um organissmo adulto ( Rupp, 1994; Rupp & Bem m, 2004; Queeiroz, 2007).

4.2.4.7 Condições
C ambientaiis

Apesar de possuir re esistência a salinidades de até 22 ups (mínimaa) e 52 upss (máxima)


(Rold
dán‐Carrillo et
e al., 2005), em função dde seu hábitto bentônico
o, apresentamm grande sensibilidade
às vaariações de salinidade
s (FFIPERJ, 20099), sendo que o ideal é que seu culttivo seja rea
alizado em
águass tipicamentte marinhas (35 ups), seem influênciaa direta de aportes
a conttinentais de água doce
(Ruppp & Parsons (2001).

A temperatura repre esenta um ddos principais fatores para o sucessso dos cultivos de N.
nodosus. As variaações da tem minação de gametas ("deesova"). Portanto, se os
mperatura indduzem a elim
animais forem mantidos
m por um períodoo prolongado o em tempe eraturas elevvadas, a elim
minação de
gameetas será contínua, causando um m esgotamen nto do anim mal, levanddo‐o até a morte. A
tempperatura ideeal para o seu desenvvolvimento está entre 18 °C e 222 °C (SBR RT, 2006).
Tempperaturas infferiores a 15
5°C e superioores a 28°C são limitanttes à sobrevvivência de N.
N nodosus
(Mannzoni, 2001; Rupp
R & Parsons, 2004).

Freites ett al. (1999) concluíram


c qque a sobrevvivência e o crescimento
c o da espécie não foram
signifficativamente afetados quando
q da exxposição doss animais aoss eleitos de oondas. Prova
avelmente,
porqu ue seus movvimentos nass gaiolas de cultivo são minimizadoss pela possibbilidade de fixação
f dos
moluscos atravéss do bisso, além da preseença de ranh huras na concha, o que ddiminuiria essse arrasto.
m, os animaiis poderiam ser cultivaddos em áreaas com menores profunndidades, po
Assim osicionados
mais próximos à superfície e, onde as concentraçõ ões de clorrofila e, porrtanto, de alimentos,
costu
umam ser maaiores.

Mas, porr outro lado, nessas zonnas mais superficiais a ocorrência dde fouling também é
maior. Problemass como a incidência de fo fouling (Lodeiros & Himm
melman, 19996) são poten
ncialmente
desasstrosos para os cultivos de
d vieiras, deevendo ser evitados.
e

Roma et al
a (2009) rea
alizaram exp erimento qu
ue teve comoo objetivo coomparar a efficiência de
três o
organismos (os ouriços‐‐do‐mar Echhinometra lucunter, Lytechinus varieegatus e o gastrópode
g

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 173
Tegulla viridula) no
n controle de bioincrusstações em lanternas de e cultivo e nnas valvas da vieira N.
nodosus e conclu uíram que as espécies dde ouriços‐d
do‐mar foramm mais eficieentes no co ontrole das
bioincrustações das
d lanternass e, emboraa não tenha havido ação de redução bioincrustações sobre
as vaalvas dos annimais, os au
utores concl uíram que o controle biológico
b po de ser utilizzado como
métoodo auxiliar na
n redução das
d bioincrusstações em cultivos de vie
eiras.

Outro fattor que podee ser crítico para o suce


esso do cultivvo de vieirass é a elevada carga de
mateerial particulaado em suspensão (Olivveira Neto & Costa, 200 01). Áreas coom essa carracterística
devemm igualmentte ser evitadas.

4.2.4.8 Habitat
H

A espéciee está presen


nte de maneeira dispersa na região infra litoral. M Muitas vezess ocorre no
interiior de cavidaades entre ass rochas, poddendo estar fixas (pelo bisso)
b ou livrres. Além dissso, podem
ser enncontradas eme substrato o arenoso e ssobre algas calcárias
c (Rio
os, 2004). N. nodosus nã ão possui o
hábitto de se aggregar. As zonas
z de reecrutamento dos exemp plares em ffase jovem ainda são
descoonhecidas. Em Santa Cattarina exempplares de N. nodosus são o encontradoos entre 6 e 30 metros
(Ruppp & Bem, 200 04).

4.2.4.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Há registrros de cultivo de N. nodoosus nos seguintes municcípios do Rioo de Janeiro: Angra dos
Reis, Armação do os Búzios, Arraial
A do Caabo, Cabo Frrio, Itaguaí, Mangaratibaa, Niterói e Parati; em
Santaa Catarina: Bombinhas,
B Florianópolis
F AP/PR, 2009). Moschen
s, Penha, Piççarras e Portto Belo (SEA
(20077) também menciona
m a realização
r dee cultivos de
e vieiras no Paraná,
P São Paulo, Espíriito Santo e
Bahiaa.

4.2.4.10 Statu
us tecnoló gico

Reprrodução e larvicultu
ura
Sob o pon nto de vista técnico e opperacional, a produção de
d sementes,, assim como o acontece
com quase todoss os organismmos potenciaal ou efetivamente cultivvados na ma ricultura bra
asileira, é o
ponto o para o dessenvolvimen to da pectinicultura no país.
o mais crítico p

Para a faase de engorrda as fazenndas de cultivo precisam m ser abasteecidas com sementes
s ‐
animais em fase juvenil,
j com aproximadaamente 5 a 10 1 mm de co omprimento.. Duas são as maneiras
de ob
btê‐Ias: atravvés de captaçção em ambbiente naturaal, ou a partirr da produçãão em labora
atório.

Com raras exceções, assim como acontece ho oje com os cultivos de osstras e de mexilhões, é
a capptação de sem mentes em ambiente
a naatural o méto
odo que susttenta a maioor parte da in
ndústria de
cultivvo de pectiníídeos ao redo
or do mundoo.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 174
Entretantto, de acord
do com Ruppp & Bem (2004), a cap ptação de seementes em ambiente
naturral depende da existênciia de grandees bancos de reprodutores liberand o gametas de d maneira
massiva e sincrôn nica e ainda que essas llarvas acabeem se concen ntrando em regiões rela ativamente
abrigadas, de forrma a viabilizzar a sua ca ptação a partir do uso ded coletoress. Para que a coleta de
semeentes possa ser realiza ada também m é necessáário que se eja implemeentado um programa
continuado de monitoramentto do ciclo reeprodutivo e da presença de larvas aaptas ao asse entamento
no pllâncton. Por fim, é preciiso se conheecer a dinâmmica oceanog gráfica do lo cal, para que se possa
deterrminar quando e onde devem
d ser coolocados os coletores. Como esse ccomplexo co onjunto de
condições ambieentais e operacionais nãão costuma ocorrer no Brasil, as teentativas de coleta de
semeentes no ambiente naturral costumam m gerar resuultados poucco significati vos, como os
o relatado
por M
Manzoni & Rupp (1993) citados
c por R
Rupp & Bem m (op cit.). Asssim, o forneecimento dee sementes
de N. nodosus para cultivos depende fun damentalme ente da sua produção
p emm laboratório
o.

Segundo Queiroz (2007), o proce sso da desovva de N. noddosus tem in ício com o manejo
m das
matriizes, que sãão retiradas do
d ambientee marinho e mantidas em m laboratóriio durante 15
1 dias, em
o o
condições contro oladas de teemperatura (18 a 22 C), C salinidade
e (35 ups), alimentação o (100.000
cel/m
ml) e pouca luminosidad de, até que eestejam em condições ded maturaçãão gonadal adequadas
a
para a eliminaçãoo de gametass.

De acord
do com Suh hnel (2002) e Queiroz (2007), as matrizes a dultas e sexualmente
madu uras são indduzidas à de esova atravéés de mecaanismos de stress. Este processo pode, por
exem
mplo, ser realizado
r a partir dee choque térmico, esscovação inntensa das conchas,
superralimentaçãoo, utilização de água do mar irradiad da por raios ultravioletaas. Em casos extremos,
sacriffica‐se um exemplar
e a fim de se m macerar as gônadas e adicionar
a essse extrato no tanque
conteendo as matrizes, pois há á evidências de que os hormônios
h lib
berados nestte processo funcionam
comoo um estímullo à desova dasd matrizes .

Durante todo
t o processo de induução à deso ova, é realiza
ado um monnitoramento constante
dos reprodutoress quanto à liberação de oovócitos e esspermatozoides no tanq ue. Uma vezz iniciada a
liberaação de gametas mascculinos ou femininos, os respectiivos animaiss são imed diatamente
recolhidos individdualmente em recipientees com águaa marinha tra atada. A fecuundação oco orre depois
que o os gametas são
s filtradoss para remoçção de detritos. Após issso, é realiza da a fertiliza
ação. Após
cercaa de 24 ho oras, as larvvas véliger encontram‐‐se completamente forrmadas, aprresentando
comp primento de aproximada amente 100 µ µm. A de larrvicultura ge
eralmente vaaria entre 155 e 21 dias,
dependendo da temperatura
t a de cultivo. Como N. no odosus é umma espécie trropical, as larviculturas
podem ser realizzadas em tem mperaturas de até 24‐26 oC, o que,, por um laddo, acelera o processo
mas, por outro, aumentam os riscos dde contamin nação microbiológica e de perda das d larvas.
Duran nte esta fasee, as larvas são
s alimentaadas diariamente com um m mescla da s microalgass Isochrysis
galbaana (T‐lso), Chaetoceross muelleri e C. calcitranss em concentrações varriando entre e 10.000 e
30.0000 cels/mL (RRupp & Bem,, 2004).

Ao finall do períod do de larvi cultura, as larvas peddiveliger en contram‐se aptas ao


assenntamento e metamorfosse. Essa é juustamente a fase mais delicada
d de ttodo o proccesso. Para
prommover o asseentamento, geralmente são utilizad dos coletoress de monofiilamentos (N
Netlon) ou
telas de polietilen
no, nos quaiss a larvas se fixam.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 175
O domíniio completo do ciclo repprodutivo e larval de N. nodosus e o aperfeiçoamento das
suas técnicas de larvicultura permitiram qque a produção de semeentes de vieiira pelo Labo
oratório de
Moluuscos Marinhhos saltasse de
d 265.500 uunidades emm 2007 para 1.500.000 eem 2009 (Ru upp, 2010).
No enntanto, apen
nas o LHM e o IED‐BIG ddedicam‐se à produção regular de seementes no país, o que
certamente podee limitar a exxpansão das áreas de cultivo.

Berççário
ngirem cerca de 350 a 4000 µm, as sementes são transferidass para o mar em bolsas
Após atin
coletoras, passan p diversass lanternas com malhas de acordoo com a su
ndo então por ua fase de
desennvolvimentoo (Suhnel, 2002).

Queiroz (2007)
( a que a fase de berçário realizada no
relata o litoral do RRio de Janeirro, começa
com o ensacameento das sem mentes assenntadas em bolsas
b coletoras, cuja maalha possui 1,5
1 mm de
diâmetro. Estas bolsas
b são am
marradas a ccordas, indivvidualmente ou emparelhhadas, e tran nsportadas
para o mar sob proteção de chuva,
c sol e vento, com o objetivo de diminuir o índice de mortalidade
m
destee manejo.

Depois de um períoddo de 30 diaas sendo mo onitoradas semanalmentte, as bolsass coletoras


são removidas doo mar e tran
nsferidas novvamente parra o laborató
ório. Neste m
momento, ass sementes
já devvem alcançar um tamanhho de 5mm.

Uma vez no laboratório, as sem mentes são retiradas do os coletoress. Todo tipo
o de fauna
marin
nha acompaanhante é então eliminaado. A segu uir, é realizada a contaggem de sem mentes e a
formaação de lotees compostoss por cerca dde 1.000 indivíduos, deteerminados aatravés de am
mostragem
volum
métrica. Os animais
a são então
e depossitados em caada andar de e lanternas dde malha de 1,5mm de
diâmetro, denomminadas lanteernas baby. Depois disso o, as sementtes são transsferidas novaamente ao
ambiente naturall por um período de 20 ddias.

Engo
orda
De acorddo com Rup pp & Bem (22004), a fasse de engorda pode serr subdivida em cultivo
interm
mediário e terminação. Na fase dee cultivo inttermediário as vieiras ddevem apresentar um
tamanho mínimo o de 8 mm e máximo de aproximadamente 40 ‐ 45 4 mm. Ela é realizada, em "pearl‐
nets"" ‐ uma estrrutura em formato piram
midal ‐ ou em
m lanternas japonesas,
j ccilíndricas e com
c malha
de pelo menos 4 mm a um ma densidadde de 400 indivíduos por piso (de 30 cm de diâmetro)
(Moschen, 2007)), suspensas em long‐linees.

Segundo Moschen (2007), o prim meiro manejo o é o mais crítico e requuer maior cuidado com
os annimais, podeendo ocorrer altas taxass de mortalidade. Ao attingirem 20 mm, as sem mentes são
transsferidas das lanternas dee 4 mm, utiilizadas na semeadura,
s para as de 8 mm de ab bertura de
malha iniciando a etapa intermediária ouu pré‐engord da, permaneecendo até qque atinjam 40 mm de
comp primento. A etapa
e interm
mediária duraa cerca de 3 meses.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 176
Uma vez concluída a etapa inteermediária, os o animais sãos transferiidos às lanternas com
malhas de 15mm m e, posterioormente, paara lanternass com malha as de 20 mm m, que compreende a
etapaa de engordaa final. A den
nsidade recoomendável ao finalizar essta etapa é dde 12 a 15 animais por
andar. Na Baía da Ilha Grand de, o tempoo médio de cultivo
c para que as vieirras atinjam o tamanho
comeercial (entre 70 e 80 mm de comprim mento) é de 9 a 12 meses.

Nas fasess finais do cultivo,


c a divversidade de e estruturas que podem m ser utilizaddas para o
cultivvo de vieiras é maior. Bu
ueno et al. (22010) utilizaaram as segu
uintes estrutturas de cultivo em um
experrimento reallizado para o cultivo de vvieiras :

a) Lanterna comum: modelo traddicionalmente utilizado no n Brasil parra o cultivo de


d ostras e
vieiraas. Consiste em pisos cirrculares de pplástico rígid
do com diâm
metro de 40 cm, envolto os por uma
rede cilíndrica e reforçada
r po
or quatro cabbos verticais paralelos.

b) Pearl‐n
net: consiste em uma esttrutura de arrame, com o formato quuadrado, com m 35 cm de
lado no qual é ammarrada uma rede. Um cabo interno o central garrante a amarrração verticcal de uma
estrutura na outra bem com mo mantém o sistema aberto
a intern
namente. O conjunto ap presenta a
formaa piramidal.

c) Bo‐nett: podem se
er confeccionnadas com caixas plásticas retanguulares (28cm m x 48cm),
2
embalagens de frutas), com 1.300cm de supperfície interrna e com
proveenientes de descarte (e
aberttura de malh
ha de 2,5cm x 1cm. As esstruturas são
o montadas com
c quatro ccabos de polietileno de
8mm de diâmetrro que vertiicalmente p assam por dentro
d de orifícios
o da ttampa e dass bandejas
manttendo o conjunto em equuilíbrio.

d) Lanter‐net: são con


nfeccionadass com o messmo formato o circular e ccom a mesma rede que
as lannternas com muns. A diferrença está r elacionada aosa pisos quue são confeeccionados com
c arame
galvaanizado revesstido por ma aterial plásticco. Esta arm
mação é envo
olta por redee, que forma
a a base do
piso. O resultado o é uma estrutura com aas mesmas características da lanternna comum, porémp com
meno or peso e qu ue oferece menor
m resistêência às correntes de águ
ua quando ssuspensa noss espinhéis
de cu ultivo. Esse modelo é tradicionalm
t mente utilizaado no Japão e Chile, m mas não é produzido
indusstrialmente no
n Brasil.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 177
.

Figurra 81 ‐ Fotos de
d estruturas utilizadas pa ra o cultivo de vieiras por Bueno et al. ((2010): lanterrna comum
(a), pearl‐neet (b), bo‐net (c), lanter‐net (d).

Nos princcipais países produtores é empregada a técnica ded cultivo de nominada "loop cord",
em qque a aurículla da concha a da vieira é amarrada ouo colada a uma corda. Além disso,, as vieiras
tambbém podem ser cultivada as no fundoo. Nesses sisttemas os animais podem m ser mantiddos soltos,
sob o substrato, o que acarreta em um ma maior perda por pred dação e porr dispersão através de
correentes marinh
has, ou entãoo contidas emm caixas retaangulares, co
obertas por m
malhas (Bue
eno, 2007).

De acord do com o SBRT (20066), em culttivo as vieiras podem atingir os seguintes


comp
primentos dee concha noss seguintes pprazos:

10 / 112mm: 1 ‐ 3 Meses
12 / 550mm: 3 ‐ 6 Meses
50 / 880mm: 6 ‐ 14
4 Meses
80 / 1100mm: 14 ‐ 24 Meses
100 / 120mm: > 242 Meses

Prod
dução e me
ercado
Os três maiores
m dutores de pectinídeos no mundo são, respecctivamente, a China, o
prod
Japão o e o Chile (Caruso,
( 20007), porém, o Brasil é o maior proddutor de N. nodosus. O cultivo de
vieiraas, experimeentou um gra mento no Brrasil nos últimos anos, ppassando de 1 para 16
ande crescim
tonelladas/ano no o período de 2005 a 20077 (FishStat, 2010).
2

Segundo Moschen (20 007), uma daas grandes dificuldades


d encontradas
e s no mercado
o brasileiro
é a cconcorrência com o mússculo congelaado de vieirras, importaddo principalmmente do Chhile, que é
comeercializado, nos
n principais supermerrcados do país, entre US$ U 25 e USS$ 35/kg. No N caso do
produ uto chileno são necessá
árias cerca dde 60 vieiras para forneccer 1 kg de músculo. Noo caso das
vieiraas usualmente comerciaalizadas peloos produtorees nacionais, são necesssários entre
e 65 e 100
animais para se obter
o um quuilograma dee músculo, considerando
c o‐se o peso entre 10 e 15 gramas

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 178
por mmúsculo. Essa caracteríística colocaa o produto o brasileiro em desvanttagem em relação r ao
chilen a produzida aaqui é o seu frescor, poiss é comercia lizado vivo, na
no. A vantaggem da vieira n casca, o
que o torna bastaante apreciad
do pela alta gastronomiaa (Carvalho Filho,
F 2006).

De acordo com Buen no (2007), a vieira apressenta o maio


or valor de ccomercializaçção dentre
todoss os molusco
os comercialiizados no paaís. Segundo o pesquisador, nos gran des superme ercados de
São P
Paulo, o mússculo congela ado de Argoopecten purppuratus impoortado do Chhile era comercializado
por R$ 100,00//kg, em média. No aatacado, músculos e gônadas ouu somente músculos
comeercializados em
e "meia co oncha", tambbém importaados, podiamm ser encontrrados por R$ $ 60,00/kg.
Na mmesma épocca, N. nodossus era com mercializada pelos produtores, no litoral Sul e Sudeste,
geralmente in naatura, a preçços que variiavam de R$ $ 25,00 a R$$ 60,00 a dúúzia. No lito
oral de São
Paulo
o, a dúzia de vieiras com tamanho iguual ou superior a 7 cm erra comercialiizada a R$ 40
0,00.

Rupp & BemB (2004) relataram que o preço de um ún nico exemplaar de viera de grande
tamanho (10 ‐ 122 cm), chegava a ser com mercializado por R$ 15,00 0 durante ass temporada as de verão
em FFlorianópoliss. Segundo eles,
e na reggião de Anggra do Reis (RJ), produçções ocasion nais de N.
nodosus, cultivad
das (7 ‐ 8 cm)), eram comeercializadas entre
e R$ 20,0
00 e R$ 30,000 a dúzia.

Estes valo
ores são bastante elevaddos, se comp parados comm os preços ppraticados no mercado
internnacional, quue se situam entre US$ 88,00 e US$ 18 8,00 por quilo de múscullo adutor. Músculos de
grandde tamanho (20‐30 unida ades/kg) situuam‐se na faaixa superior de preços, eenquanto oss de menor
calibrre (80‐100 unidades/kg) atingem me nores preços (Rupp & Be em, 2004).

Segundo Rangel (200 09), há atuaalmente um m projeto de e construçãoo de uma unidade


u de
proceessamento de d pescadoss, que ficaráá a cargo do d IED‐BIG e que proc essará, dentre outros
produ n litoral fluuminense. O projeto, orççado em R$ 6 milhões, deverá ser
utos, a vieiraa cultivada no
financiado pela Eletronuclear
E r, como conttrapartida pe ela construção da usina nuclear de Angra
A 3. O
autorr defende que a exp pansão da base produ utiva deverá á passar oobrigatoriamente pelo
proceessamento da d produção o, como foorma de viaabilizar os pequenos
p emmpreendime entos, que
geralmente têm dificuldades
d logísticas paara a comercialização de seus produtoos.

No documento publicado por Rupp & Be em (2004) os autores apontaram que não
encon ntraram infformações consistentes
c em relação os de markketing e potencial de
o a aspecto
consuumo de vieiiras no Brassil. Entretantto, considerrando a alta demanda eexistente noos grandes
centrros consumid dores para os
o demais mmoluscos, esttimaram que e o mercadoo potencial para
p vieiras
no Brrasil é muito promissor.

Os mesmmo autores destacaram ainda, que os mercados internaciionais, princcipalmente


paísees da União Européia, Esstados Unidoos e Japão, são grandess centros im mportadores de vieiras,
cuja ddemanda vem crescendo o continuam ente. Desse modo a prod dução de vieeiras para a exportação
e
forneeceria tambéém novas allternativas dde mercado.. Os mercad dos importaddores, entre etanto, são
altam
mente exigen ntes com relação à qualiidade do pro oduto, das águas
á onde eestes são cu ultivados, e
das condições de d processamento e aarmazenagem m, demanda ando um exxaustivo processo de
certifficação das águas
á e controle de qualiidade das vie
eiras. Com o desenvolvim mento da atiividade e o
fortalecimento deessa cadeia produtiva,
p é previsível quue estas exig
gências possaam ser atend didas.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 179
4.3 M
MACROAL
LGAS

4.3.1
1 Kappap
phycus alva
arezii

Figura 82
2 ‐ A macroalgga marinha Ka
appaphycus alvarezii
a (Dotyy).
FFonte: (Algae
ebase)

Não há estimativas
e precisas
p sobbre a produçção e o conssumo de co mpostos derivados de
carragenas no mercado interno. Sabee‐se, porém m, que prod dução dess e material no Brasil
praticcamente se limita
l à exploração de baancos naturaais de Hypneea musciform
mis na região
o Nordeste,
sendo o incapaz dee suprir as cre
escentes neccessidades do mercado interno (Conttador, 2001).

A demanda por maté éria prima, ssomada às dificuldades


d de produçãoo das carraggenófitas a
partirr de algas nativas, que não aprese ntariam grande potencial à mariculltura por seu u pequeno
portee e limitada capacidade
c de
d produçãoo, levou a Oliveira (1990) a propor a iintrodução de
d espécies
exóticas de Eucheeuma e de Kappaphycus
K s para fins de
e maricultura
a no Brasil.

Por se tratarem espé écies exóticaas, a liberaçãão para esse e tipo de inttrodução levvou alguns
anos.. Em 1995, após
a cumprimmento de to das as condicionantes do IBAMA (Prrocesso IBAM MA 037/97
GABSS/SUPES/SP) ‐ incluindo o a realizaçãoo de estudo os sobre o po otencial ecoonômico, anttecedentes
biológicos, ecológgicos, de cultivo, e os risscos potenciaais da introd
dução (Paulaa & Pereira, 1998)
1 ‐ um
progrrama de intrrodução de espécies exóóticas no Braasil foi inicia ado, tendo ccomo base a região de
Ubatuba (SP).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 180
o, foi utilizada uma linhhagem marrrom de K. alvarezii,
Para isso a prroveniente de d cultivos
experrimentais do Japão, a qual originnou espontaaneamente variantes dde coloração o verde e
vermelha. Alterações morfollógicas e dee cor também m foram constada quanndo da impo ortação de
uma variante verrde de K. sttriatum, provveniente de fazendas marinhas
m dass Filipinas. Lá, as algas
eram
m delgadas, alongadas
a co es. Em cultivvo no Brasil, as plantas
om ramificaçções subdicotômicas livre
mostraram‐se densamente ra amificadas e anastomosaadas.

Bulboa & Paula (20055) realizaram


m um estudo ncluíram quue seria mais rentável e
o no qual con
ecoloogicamente seguro
s continuar com o programa ded introdução o de K. alvarrezii e interrromper os
cultivvos experimentais de K.
K striatum, pois encon ntraram indíícios de quee essa espéccie teria a
capaccidade de see reproduzirr no ambiennte, havendo
o o risco dee se dissemiinar e se to ornar uma
espéccie invasora.

Em 17 dee julho de 20 007, foi pubblicada a Insttrução Norm


mativa IBAMA A Nº 165, que
q proibia
novass introduçõees e limitava àqueles quee já haviam realizado
r soliicitação de cconcessão de
e área para
cultivvo de K. alvarezii até aquela data

Um ano depois,
d em 22
2 de julho dde 2008 o IB BAMA publiccou a Instruçção Normatiiva nº 185,
o de Janeiroo e São Paulo, na área
liberaando o cultivvo de K. alvarezii no littoral dos estados do Rio
comp preendida enntre a Baía de
e Sepetiba ‐ RJ e a Ilha Bela ‐ SP.

Essa IN normatizou
n a taxa de oc upação dos cultivos. Em baías aberttas e enseadas, a título
de prrecaução, a taxa
t máxima permitida dde ocupação da área superficial foi esstabelecida em
e 10% da
área total. Em baaías fechadass e estuárioss, a taxa máxxima permitidda de ocupa ção da área superficial
é de 5% da área total. Já em áreas de plaataforma continental intterna, a taxaa máxima pe ermitida de
ocupaação superficial deve serr definida peelo Zoneame ento Ecológicco Econômicco Estadual. Quanto ao
afastaamento mínimo da linha a de costa, a IN estabelece que deve ser de 200 metros da linha média
de baaixa‐mar, quaando se trata
ar de praias,, e de 50 mettros dos costtões .

Mais receentemente, Castelar


C (20009) realizou estudo na baía de Sepettiba e constatou que a
ocorrrência de mu o sistema dee cultivo foi ínfima, frentte à biomasssa cultivada, e restrita
udas fora do
aos liimites da fazzenda marinha monitoraada. Além diisso, a sobre evivência de mudas transplantadas
no am
mbiente foi suprimida
s em
m detrimentoo da baixa in minosa provoocada pelo alto teor de
ncidência lum
mateerial particulaado em suspensão na ág ua do mar.

Os resultados obtidos até aqui coom K. alvarrezzi em condições de ccultivo e connstatação ‐


embo ora ainda não definitiva ‐ de que nãão existem grandes risco
os ambientaiss associado, têm feito
com que aumente o interessse por essaa espécie em m vários esttados do Braasil. No enttanto, com
exceçção de algun ns poucos em
mpreendimenntos comerciais, a atividaade ainda see desenvolve
e em escala
experrimental no Brasil. Não há
h uma cadeeia produtivaa suficientem
mente estrutturada e artiiculada; há
limitaações de orrdem legal que
q precisam m ser superradas; e, acima de tud o, há necesssidade de
identtificação correta das áreeas para cul tivo e de ap
perfeiçoamento das téccnicas de ma anejo e de
produ ução da espéécie.

No Paran
ná não há reegistro de inntrodução de K. alvarezzii e isso levva a um consequente
desco
onhecimento
o sobre as influências que as condições ambientais loccais exercem m sobre o
desem
mpenho proodutivo desssa espécie. Antes da de emarcação ded áreas pa ra o cultivo comercial

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 181
dessaa alga no Paraná seria re ecomendáveel a instalaçãão de unidad des demonsttrativas, onde se possa
desen m de dissemiinar as técni cas de cultivvo e avaliar
nvolver, avaliar e validarr tecnologiass locais, além
a posssível viabilid
dade econôm
mica dos emppreendimenttos.

4.3.1.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Plantae
P
Filo ‐ Rho
odophyta
Subfilo ‐ Eurhodophytina
Classe ‐ Florideophyc
F eae
Ordem ‐ Gigartinales
G
Família ‐ Areschougia
aceae
Gênero ‐ Kappaphycu us
Espécie ‐ Kappaphycuus alvarezzi

4.3.1.2 Área
Á de Occorrência

Kappaphyycus tem occorrência nattural em eco ossistemas re as 21oC, no


ecifais, entree as isoterma
Hemiisfério Sul, e 23,9 oC no Hemisfério
H N es de 20 oN e 20 oS (Dotyy, 1986).
Norte, paralela às latitude

Embora K.K alvarezzi te


enha sido inttroduzida emm mais de 300 países, o únnico impacto o relevante
documentado atéé agora ocorreu na baíaa de Kane'oh he, no Havaí, onde a esppécie se esta abeleceu e
onde apresenta velocidade
v de
d dispersãoo de cerca de d 260 m po or ano (Rodggers & Cox, 1999). No
Brasil, a espécie não consegguiu se estaabelecer na natureza de forma au tônoma (Pa aula, 2001;
Oliveira & Paula, 2003). De acordo
a com Paula (1998 8), as condiçções bióticass e abióticass da região
Sudesste (e, provaavelmente, dad região Suul, que são ainda
a mais riigorosas) atuuariam como o um fator
naturral a evitar a dispersão e o crescimennto dessa algga além dos limites das faazendas de cultivo.
c

4.3.1.3 Porte
P

Esta espéécie pode atingir até um


m metro de comprimento
c o com os ram
mos mais grrossos com
até 1,0 cm de diâmetro (Olive
eira, 1984).

4.3.1.4 Morfologia
M a

Segundo Oliveira (1984), apesar de pertence er ao grupo das


d algas veermelhas (Rhhodophyta)
seu ccolorido varria muito e são comuuns espécimes de colorração vermeelho‐escuro,, marrons,
amarreladas ou eme diferentees tonalidaddes de verde e. O talo é bastante raamificado, com ramos
dispo
ostos irregulaarmente em todos os plaanos, emboraa tendendo a assumir um m aspecto seemi‐dístico.
O talo é carnoso,, desde ereto a foliáceo,, e se fixa ao
o substrato por uma basse crostosa ou por um
emarranhado de eixos basaiss fixados em m vários po ontos. Alguns talos são achatados, lineares a

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 182
incrustantes, estes geralmennte prostraddos. Os ram mos afinam no sentido do ápice e,, em geral
termiinam em ponta. O talo é m multiaxial e em corte e transverssal mostra estrutura
pseuddoparenquim matosa comm uma cam mada cortical com células pequuenas e abundantes
cloroplastos, umaa camada subcortical de células grad
dualmente maiores
m e maais vacuolizad
das, e uma
região medular diferenciada
d , formada ppor um conjunto de célu ulas alongaddas com parredes mais
espesssadas, entrremeadas de filamentoos rizoidais. A reproduçção sexuadaa não foi ainda a bem
documentada e parece
p não ocorrer
o no cloone que é ussualmente cultivado em fazendas ma arinhas; os
tetrassporângios ocorrem
o em baixa frequêência e se divvidem de forrma transverrsal (zonada).

4.3.1.5 Reproduçã
R ão

De acorddo com Yoneshigue‐Valeentin (2002)), o ciclo biológico de KK. alvarezzi é do tipo


trigen
nético, isommórfico, aprresentando aas seguintess fases: uma a haplofásicaa (gametófitto) e duas
diplofásica (carpoosporófito e tetrasporóffito), resultan
ndo em um ciclo trigenéético haplo‐ddiplofásico.
Após fecundado, o carpogôn nio origina o carposporó ófito (2 n), que
q é uma ffase do ciclo o que vive
sobree o gametóffito feminino o. O carpospporófito é en nvolto por tecido
t do gaametófito deenominado
pericarpo e junttos formam o cistocarppo. O carpo osporófito gera carpóspporos (2n) que
q geram
tetrassporófítos. O tetrasporrófito (2n) ssofre reduçãão cromáticca e produzz tetrásporo os (n) que
origin
nam o gamettófito feminiino (n) e o m
masculino (n).

Segundo Guiry & Guiiry (2008), e stágios iniciaais de reprodução não fforam detalh
hados, mas
devem m ser semeelhantes aoss de Eucheuuma, nos qu uais o cistoccarpo maduuro tende a formar‐se
diretaamente no eixo
e em vez de ramos l aterais ou espinescente
e s e este é fformado pela
a fusão da
célulaa central e envolvido por
p gonimo blastos carp posporangiais e gonimooblastos esté éreis, este
últim
mo comunica‐‐se com filam
mentos adjaccentes de pro oteção.

Segundo Azanza‐Corrrales et al. (11992) em con ndições de cultivo o cicloo não se com
mpleta pois
os organismos são infértil ou então as fasses reprodutiivas não ocorrem simultaaneamente.

4.3.1.6 Habitat
H

A dinâmica marinha local é um ddos principais fatores responsáveis ppela distribu


uição desta
espéccie, podendoo ser limitad
da pelo maioor aporte de água doce em regiões estuarinas. Estas
E algas
são ccomumente encontrada as fixadas ssobre substrratos consolidados, em m áreas prottegidas da
energgia das ondas por corais,, em águas trransparentes e de hidrod
dinamismo mmoderado (D Doty, 1987;
Tronoo, 1993). Preeferem locais com salinnidade mais elevadas e alta irradiaçção solar (DDoty, 1986;
Arecees, 1995). Em
m ambiente natural, K. aalvarezii pode
e ser observa
ada na zona infralitorâne
ea, entre 1
e 17 m de profundidade.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 183
4.3.1.7 Condições
C ambientaiis

Os princip
pais fatores que influencciam o crescimento de K.K alvarezii e, consequenttemente, o
seu d
desempenho o em condiçções de cult ivo são: tem mperatura, salinidade,
s nnutrientes, innsolação e
dinâm
mica marinhaa (Doty, 19877), além da aação da herb
bivoria e epiffitismo (Wakkibia et al., 20
006).

Bulboa & Paula (200 05) comparaaram as taxaas de crescim mento de K. aalvarezii e K.
K striatum
em coondições controladas de e laboratórioo e também m em campo e constataraam que a temperatura
foi o fator mais importante nasn definiçõees das taxass de crescime ento de ambbas as espéccies, sendo
que aas maiores taaxas de cresccimento foraam registradaas em condiçções de verãão e de outon
no.

Contadorr (2001) estuudou os efeiitos da temp peratura e dad densidadee de fluxo footônico no
cresccimento e naa tolerância fisiológica d e K. alvarezzii. O crescim
mento da esspécie foi avaliado, em
condições contro oladas de laboratório, ddurante 28 dias,
d combinnando‐se differentes tem
mperaturas
o ‐2 ‐1
(15, 118, 21, 24, 27
7, 30 C) e de
ensidades dee fluxo fotônnico (50, 100 e 150 μmol m s ). A temperatura
foi o fator que ap presentou maior efeito soobre o cresccimento, sendo 21 a 30oC a faixa favo
orável para
o crescimento, reesultado que e confirma ass conclusões de Glenn & Doty (1990)). A espécie sobreviveu
s
por curtos períod dos de tempo o em temperraturas de 15 5 e 18 oC.

Dawes (1989) e Bulbooa & de Paul a (2005) anaalisaram a resposta de K. alvarezii à variação
v de
tempperatura, co om e sem acclimatação, e concluíram m que a espécie não coonsegue sobrreviver em
águass com tempeeratura abaixo de 18 oC por quatro semanas. Bu ulboa & de PPaula (op citt.) também
consttataram quee a redução da salinidadde pode afettar drasticam mente as taxxas de cresccimento da
espéccie. Observaando o cresccimento de K. alvarezii no campo por p mais dee um ano, Ohno O et al.
(19944) concluíram
m que as taxa
as de crescim mento em esscala comerccial são inviávveis com tem
mperaturas
abaixxo de 20 °C, sendo
s que oss limites ótim
mos de temp
peratura foraam de 25‐28 °C.

As pesquisas que tratam da influuência da salinidade sobre o desemppenho produ utivo de K.


alvarrezzi são relaativamente restritas. Sa be‐se, no en
ntanto, que raramente algas eucheumatóides
conseeguem sobreeviver em salinidades ab aixo de 24 ups (Mairh ett al. (1986). PPaula & Pere eira (2003),
descrrevem a faixxa de saliniddade entre 30 e 38 upss, como eficciente para a sobrevivê ência de K.
alvarrezzi. Segund
do Sampaio et
e al. (2008) a espécie poossui tolerânccia a salinidaade entre 15 e 45 ups.

De acordo com Góess (2009), a inntensidade de


d ventos poode influenc iar o desenvvolvimento
do cu
ultivo de duaas maneiras. Quando reesponsável pelo
p aumento do hidroddinamismo, pode
p atuar
positivamente, aumentando as taxas de crescimento o. Contudo, quando a in tensidade de ventos é
excesssiva, pode atuar
a negativvamente, cauusando o de
esprendimento e/ou rommpimento das algas nas
estruturas de culttivo.

Ambientees de elevada turbidez e baixa tempe eratura da água do mar nos meses ded inverno,
nebulosidade e pluviosidade
p intensas, a lém de fato
ores bióticos potencialm ente limitanntes, como
comppetição com Sargassum, epifitismo, particularme ente de Hyppnea muscifoormis, e herbbivoria por
ouriços e peixes (Paula
( et al., 1998) podemm afetar draasticamente a produção dde K. alvarezzii.

Para o seeu desenvolvvimento, conncentrações de amônio e nitrato em torno de 1 a 2 µmol e


de fó
ósforo de 0,5 5 a 1,0 µmol são suficien tes (Doty & Norris 1985,, Glenn & Dooty 1990, Luxton 1993,
Arecees 1995).

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 184
Espécimees de K. alva
arezii habitaam geralmen
nte áreas rasas e são b em adaptaddos a altos
níveiss de iluminaação em ammbientes com 2 dias ensolarados aoo ano. Preferem águas
m mais de 200
clarass e limpas e suportam águas turvas causadas poor sedimentoos em suspeensão, quand
do não são
consttantes ou poor períodos muito
m prolonggados.

4.3.1.8 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Os cultivo
os de K. alvvarezii no Brrasil começaram por Sãoo Paulo e Riio de Janeiro o (Paula &
Pereira, 1998; Gó óes, 2009). Mais
M recenteemente, foram também relatadas
r atiividades experimentais
nos eestados de Pernambuco, Paraíba, Rioo Grande do o Norte, Cearrá (Oliveira, 2005), Bahia
a (Castelar,
2009) e, desde 20 008, em San nta Catarina (FAPESC, 20009).

4.3.1.9 Status
S tecn
nológico

A produção comercia al desta espéécie é realizaada por cresccimento vegeetativo do ta


alo através
da su
ua fragmentação. Um cicclo de cultivoo costuma durar entre 45 a 60 dias, período apó ós o qual as
algas estão pron ntas para serem secas e comercializadas junto às indússtrias de exxtração de
carragena. O prin ncipal sistem
ma de cultivoo empregado o no mundo o é o conheccido como "ttie‐tie", no
qual as mudas são atadas a cabos/corddas dispostos como vara ais fixos ao fundo por estacas
e ou
suspeensos, de forrma flutuante (Hurtado eet al., 2001).

De acordo com Castelar (20009), no Brrasil, são empregados


e sistemas flutuantes
denominados balsas flutuanttes. Um sist ema típico de d produção o é compostto por uma balsa, que
2
ocupaa uma área de
d 450 m , e é constituídda por 30 qu uadras (de 5 x 3 m cada) sustentadass por tubos
de PVVC de 100 mm de diâmettro com as eextremidadess fechadas. As A quadras sãão conectadas umas às
outraas por cabos de poliproppileno (6 mmm) e cada umm possui um conjunto dee 10 fios de nylon, nos
quaiss são atadas cerca de 20 mudas em ccada. A parte inferior de e cada móduulo possui um
ma rede de
nylonn (malha ‐ 40
0 mm e fio ‐ 0,50 mm), para protegger as algas da d ação da hherbivoria e minimizar
sua d
dispersão parra o ambientte. As balsass são presas por cabos que partem dde suas extre
emidades e
são p
presos a duass poitas ou pinos
p de aço fixados no assoalho marinho.

Goes (2009) relata que


q a taxa dde crescimen nto diário dee K. alvareziii cultivada na
n Baía da
Maraambaia foi ded 3,76±0,79 9%/dia e quee as taxas ded crescimen nto sofreram m influênciass sazonais.
ão similares aaos obtidos em cultivos desta espéciie no Japão, na década
Aindaa assim, os resultados sã
de 800, que foram
m de 1,4 a 5,9
9%/dia (Mairrh et al. 1986
6); nas Filipin
nas, que ficoou entre entrre 2,3 a 4,2
%/diaa (Hurtado et
e al. 2001); no Havaí, quue foi de 3,5
5%/dia (Glen nn & Doty 19990); e maio or do que a
obtid
da no Japão, na década de d 90, de 3,,1%/dia (Ohn no et al. 199 94). Contudoo, esses resuultados são
inferiiores aos obbtidos em alguns outross estudos re ealizados no Brasil, com mo o de Hayyashi et al.
(20077a), cuja taxxa de crescim
mento chegoou a 5,2‐7,2 2%/dia‐1; e que o estuddo de Paula & Pereira
(20033) realizado com o tetrasporófito maarrom desta espécie culttivado no meesmo local, entree 1996
e 19999.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 185
Em Santaa Catarina te
estes com e ssa espécie estão sendoo realizados desde 2008 8, em uma
unidaade experimmental instalada na pra ia de Sambaaqui, em Floorianópolis. O cultivo é realizado
r a
partirr de pedaços de talo am
marrados em m cabos mantidos em sisstemas flutuaantes, comoo balsas ou
long‐lines usadoss na produção de ostras e mexilhões (FAPESC, 200
09).

No entannto, apesar do uso dass balsas flutuantes ter se s mostradoo eficiente em cultivos
comeerciais realizados nas baaías de Sepeetiba e da Illha Grande, RJ, seu mannejo é ainda a bastante
artesanal, o que eleva o custto total de p rodução, de evido à pouca mecanizaçção e à necessidade de
gastoos relativameente elevadoos com mãoo‐de‐obra (Ask & Azanza a 2002). Ava liar outras técnicas de
cultivvo, como a ded rede tubbular, por exxemplo, de modo
m a buscar o aume nto da eficiê ência e da
comp petitividade são caminhoos para se teentar viabilizzar os empreendimentoos voltados à produção
de Ka appaphycus no país.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 186
A B

C C

Figura 83 ‐ Diferrentes sistem


mas fixos para cultivo de fundo de Kappa aphycus alvarrezii. Rede tub
bular (A),
ba
alsa (B), linhaa de fundo (C)), Rede suspensa (D).
Fontess: AlgaeBase (A,C,D) e IB‐‐USP(B).

4.3.1.10 Prod
dução e meercado

A indústria de algas marinhas


m moovimenta anuualmente cerrca de US$ 6 bilhões, desstes, US$ 5
bilhões são proveenientes de produtos allimentícios e do restante a maior pparte é proveeniente do
uso dde ficocolóid
des e a men nor parte é obtida a partir do usoo de fertilizaantes e adiitivos para
alimeentação animmal, entre outros. Na década passada foram m utilizadas quase 8 milhões
m de

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 187
os ou de estoques natturais (McHugh 2003,
tonelladas de alggas úmida proveniente s de cultivo
Pickeering et al. 20
007).

Segundo dados da Organização


O ddas Nações Unidas para Agriculturaa e Alimentação (FAO),
citado
os por Fapeesc (2009), a produçãoo mundial de algas produtoras de carragenas em 2007,
proveeniente principalmente dos cultivoss de Kappap phycus e Euccheuma dass Filipinas, In
ndonésia e
Tanzâânia, atingem
m a cifra anual de 1.5 87.117 tone eladas, rendendo aproxximadamente e US$ 175
milhõões. A produ
ução da indúústria de carrragena excedeu 50 mil toneladas
t enntre 2007 e 2008, com
um vaalor superior a US$ 600 milhões,
m exccluindo a pro
odução da Ch
hina.

A produção mundial de K. alvarezzii, por sua vez,


v tem cre
escido de forrma exponenncial desde
o iníccio dos anoss 2000 (Figurra 84). Os m
maiores proddutores munidiais são Fillipinas e Ma
alásia, que,
segun ndo os dado os da FAO, apresentadoss no FISHSTA AT (2010), de
etém 99,9% da produçã ão aquícola
mund dial desta espécie.

300.000

250.000
Produção (toneladas)

200.000

150.000

100.000

50.000

0
1990 19
992 1994 19
996 1998 2
2000 2002 2
2004 2006 2008 2010
A
Ano

Figura 84 ‐ Evolução
E da pprodução mun
ndial de Kappaphycus alvar
arezii.
Fonte: FISHSTAT, FAO

No Brasil os cultivos são


s desenvoolvidos com baixos
b mentos e de produção,
custos de investim
mas ccom níveis bastante
b reduuzidos de meecanização e uso de mão o‐de‐obra poouco especia
alizada. Por
exemmplo, uma daas empresass mais modeernas do Braasil, a Sete Ondas, cujoo parque de cultivo de
Kappaphycus estáá localizado na Baía de SSepetiba, emmprega cerca a de 80 funciionários para
a cada 100
balsas flutuantes de 150 m de comprimeento x 3 m de e largura em operação (CCarvalo Filho, 2007).

Após sereem colhidas,, as algas sãão secas ao ara livre no próprio


p local do cultivo, até atingir
uma umidade ao o redor de 18%, quand o então esttão prontas para comerrcialização. O material
bruto
o, por sua veez, é avaliad
do e diferencciado pelo co onteúdo e pela
p qualidadde da carragena, e não
apenas pelo peso o das alga co
omercializaddas. Quanto melhor
m a qualidade da caarragena, maior será o
valor da planta. Atualmente,
A o quilo de allga seca é ve
endido por ceerca de R$ 2,,50.

Destaca‐sse a dificuld
dade em se comparar os o resultado os de rendimmento e qua alidade de
carragena de K. alvarezii devido às diiferentes técnicas de extraçãoe (M uñoz et al. 2004). O
rendiimento da caarragena sem mi‐refinada de K. alvareezii cultivada na Baía de Sepetiba foi de 46,1%
(Goess, 2009). No litoral paulissta a linhageem G11 apre
esentou rend dimento de ccarragena dee 31‐43% e

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 188
as ou
utras linhagens valors próóximos a 30%% (Hayashi et
e al. 2007b). A carragenaa refinada cu
ultivada no
México apresento ou 33% a 38 m de 19 a 499% (Hung et al. 2008) e
8% (Muñoz eet al. 2004), a do Vietnam
a carrragena semi‐refinada filipina de 31 a 55% (Trono
o & Lluisma 1992).
1

Atualmennte, a indústtria brasileiraa já conta com a carraggena semi‐reefinada prod


duzida pela
emprresa Sete Ondas, na sua moderna unidade ind dustrial inau
ugurada em 2005, às margens
m da
Rodo
ovia BR 101, próximo
p ao porto
p de Seppetiba.

Figura 85 ‐ Kappaphycuus alvarezzi: processo


p de secagem na Ássia.
FFonte: Algae
ebase.

ESPÉCI
CIES EMERGENTES 189
5 ESPÉCIE
ES POTEN
NCIAIS

As espécies aquáticass listadas nesste capítulo são


s potencia almente aptaas ao cultivo comercial,
mas apresentam um ou mais entraves qque não recomendam a demarcaçã o de áreas específicas
para seu cultivo em larga esscala. Pelo m menos não neste
n momen nto em que o que se objetiva é a
impla antação imeddiata dos pa rques aquíco
olas e a prod
dução em larg
ga escala de organismos marinhos.
No en ntanto, isso não significa
a que não poossa haver a solicitação de
d áreas aquuícolas indiviiduais para
cultivvo das mesm mas no litoraal paranaensse, mas sim m que os risccos envolvid os na viabilização dos
emprreendimento os aquícola as são prroporcionalm mente maio ores que os envolvvidos em
emprreendimento os daquelas espécies
e connsideradas "eemergentes".

Os motivvos que não recomendam m a demarcaação imediatta de parquees aquuícola as para tais
espéccies podem ser tanto de d caráter téécnico, sociaal, ambientaal, econôm ico, quanto social, ou
mesmmo uma com mbinação dessses fatores.. Exemplificcando, o mottivo técnico mais comum m é a falta
de prrodução de formas joven ns (alevinos, ssementes, pós‐larvas, etc) em escalaa comercial. Na maioria
dos ccasos é muitto difícil ‐ e em alguns impossível ‐ se pensar no desenvvolvimento regional da
mariccultura depeendendo excclusivamentee da obtençãão de forma as jovens naa natureza, o que, não
raro, gera probleemas ambien ntais graves e acaba, em m um segundo momentto, limitando o a própria
expannsão da ativiidade. O baixxo nível de ddomesticação o de espécie
es, os baixos índices de re
endimento
zootéécnico alcanççados até o momento
m ouu a falta de condições
c am
mbientais ad equadas parra o cultivo
de deeterminado organismo
o ta
ambém são eexemplos de e razões de caráter impedditivo.

Ainda asssim, no conttexto dos PLLDM, é impoortante que tais espéciees sejam aqu ui descritas
por d
dois motivo principais:
p 1) demonstrarr que sua apttidão para o cultivo nas rregiões de ab
brangência
destees PLDM foi efetivamente avaliada e; 2) facilitaar uma futurra demarcaçção de áreass aquícolas
para o cultivo dessas espéciees, a partir d o momento que os prob blemas que hhoje não reccomendam
a dem
marcação de áreas tenha am sido supeerados.

ESPÉÉCIES POTENCIIAIS 190


5.1 P
PEIXES
Consagrada mundialmmente, a cri ação de peixxes marinho os é praticadda em diverssos sistemas de
cultivvo, sendo reelatada há mais de 5000 anos para alguns paísesp asiáticcos (Diegues, 1990). Mais
M
recen ntemente, ganhou grand de destaquee pelos cultivvos em esca ala industriaal, tendo com
mo carro ch
hefe
espéccies como o salmão no Chile
C e na Nooruega, a araabaiana (Seriola spp.) no Japão, além
m da douradaa do
mediterrâneo (Sppaurus auratta), do bijupi rá (Rachycen
ntrum canaddum) dentre ooutros.

A pisciculltura marinhha é igualme nte uma ativvidade muito


o antiga no BBrasil. Os priimeiros cultivos
registtrados foramm implemen ntados, em áreas de mangue,
m pelos holandeeses quando o da invasão o a
Pernaambuco no século XVII (Cavalcanti, 2004). Estaa realidade de d utilizaçãoo de viveiross de maré para
p
cultivvos extensivoos a partir de formas jovvens de orgaanismos captturados no aambiente sobreviveu atéé os
dias dde hoje, notaadamente na a região Norddeste.

Alguns essforços para a sua intennsificação e uso mais raccional, datam


m do início dos anos 19
980,
principalmente conduzidas pela UFR PE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), UFSC
(Univversidade Feederal de Santa Catarinaa) e FURG (Fundação Universidade de Rio Grande), mas sem s
resulttar na viabilização técnicco‐econômicca da atividad
de.

Há cercaa de uma década os estuudos e esforrços se multiplicaram e novas pesquuisas e algum


mas
experriências commerciais com
meçaram a s e desenvolvver. A maio or motivaçãoo para tanto
o foi o suceesso
comeercial obtido em alguns países Europpeus e Asiátticos, além do
d Chile e a estagnação ou redução o da
produ ução da pescca comercial da grande maioria das espécies de interesse coomercial, qu
ue resultou nos
altos preços dos peixes mariinhos, quanddo comparad dos às dema
ais espécies (FAO, 2009)). Desde enttão,
esta aatividade desponta na aq
quicultura brrasileira com
mo uma das mais
m novas veedetes.

Os cultivvos comercia
ais de peixees marinhoss, por sua vez,
v tiveram
m início apóss 2008, comm a
installação da prrimeira ‐ e até aqui, úúnica ‐ fazeenda offshorre destinadaa à produção do bijup pirá
(Rachhycentrum ca anadum) no
o estado do Pernambuco o, espécie essta que já ppossui tecnologia de culttivo
bem consolidada e produção consideráveel, particularmente em Taiwan, e alg uns cultivos de sucesso nos
Estad
dos Unidos e Porto Rico.

Durante oso últimos anos,


a uma séérie de esforrços foi e esttá sendo reaalizada no se entido de geerar
tecno ologias nas mais
m diferenttes etapas d e cultivo, de esde a reprodução em caativeiro, até os sistemass de
cultivvo, passando o pelo mane ejo e avançço dos conhecimentos sobres os reqquerimentoss nutricionais e
desen nvolvimento o de rações, principalmeente para oss robalos (C Centropomuss parallelus e Centropom mus
undecimalis), lingguado (Parallichthys orbiggnyanus), Garoupa (Epip phenepheluss marginatuss), e lutjanídeos
como o a cioba e ariacó (Lutjjanus analiss e Lutjanus synagri). Estas iniciativvas geraram m uma série de
avançços e inform mações sobre e essas espéccies, as quaiss do ponto de vista técniico‐cientifico
o são de gran
nde
valia.. Entretanto o, em sua maioria,
m esttas ações fooram realizaadas isoladaamente ou por grupos de
pesqu uisadores un niversitários e de institu ições de fom
mento, os qu mente, não são capazess de
uais, infelizm
conso olidar a ativid
dade sem o envolvimentto dos demais setores, no otadamentee de investido ores privados.

A falta dee consolidaçção das açõees no Brasil, ainda colocca a pisciculttura marinha longe do seu
propaalado potenccial de desen nvolvimentoo, atribuído a grande extensão da co sta e ao grande número o de
espéccies passíveiis de cultivo
o, o que, emm certos mo omentos, parece ser um m entrave à atividade pela
p
dispeersão de esfo orços geradaa. Portanto, pode‐se afiirmar que attualmente aainda não exxiste tecnoloogia

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
191
suficiientemente desenvolvida, ou que oss resultados ainda são muito
m inconssistentes parra o cultivo, em
escala comercial das espécies de peixees marinhoss nativas no o litoral paraanaense, coom exceção do
nteriormente
bijupirá, como an e comentadoo.

5.1.1
1 Sargo (A
Archosargus probato
ocephalus))

Figura 86 ‐ SSargo, Archosargus probato


ocephalus
Fonte: Fishbase.

O sargo é um peixe da família Sparidae qu ue apresenta um bom potencial pa ara cultivo. Ele
conseegue se adaptar a uma grande ampplitude de condições
c am
mbientais e pode chegar a até 14 kg.
Estim
ma‐se que emm condições de cultivo o peixe possa atingir o tam
manho de mmercado (0,5 kg) em um ano
a
(Land
dau, 1992).

De modoo geral as esp


pécies de sarrgo adaptam
m‐se facilmen
nte a sistemaas intensivoss de criação e a
dietas formuladaas, apresenta
ando boas ttaxas de creescimento (LLazo et al., 11998). Estass característiicas
podem favorecerr a sua produução comerccial, embora as taxas de conversão aalimentar até é então obtidas
não serem ainda muito sattisfatórias ( Heilman & Spieler, 199 99), o que suscita a necessidade
n de
desennvolver raçõ
ões que ate endam as ssuas exigênccias nutricionais e propporcione me elhor eficiênncia
alimeentar.

5.1.1.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
192
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Sparidae
Gênero ‐ Archosarguss
Espécies ‐ Archosarguus probatoceephalus (Wallbaum, 1792).

5.1.1.2 Área
Á de Occorrência

Atlântico ocidental: Nova Escóciia, do Canadá e do norte do Golffo do Méxicco até o Braasil.
mudas, Bahamas, Antilhaas e Grenadaa (Robins, 1986) (Figura 887).
Ausente nas Berm

Figura 87 ‐ Área de ocorrrência do sarrgo, Archosargus probatoccephalus.


Fontte: FishBase

5.1.1.3 Porte
P

Atingem cerca de 9,0 kg (IGFA, 19991) e 90 cm de comprim


mento (Robinns, 1986).

5.1.1.4 Morfologia
M a

Orifício nasal posterio


or em forma de fenda ob blíqua. Maxilas superior e inferior com uma sériee de
8 den
ntes incisivifoormes (4 de cada lado). CCorpo prateaado, com 6 a 7 faixas verrticais escura as conspícuas, a
primeeira anteriorr à origem da nadadeira dorsal, a últtima sobre o pedúnculoo caudal e ass intermediárias
sob a nadadeira dorsal.
d Com exceção da pprimeira, que e atinge apenas a parte ssuperior do opérculo, todas
as ou
utras alcançaam a parte ve entral do corrpo. Nadadeiras peitorais e caudal cl aras; dorsal,, pélvicas e anal
a
com pigmentação o escura. Reggião interorbbital e parte superior do focinho mai s escuras quue o restantee da
cabeçça (Figueireddo & Meneze es, 2000).

5.1.1.5 Reproduçã
R ão

Populaçõões de sargoo‐de‐dente desovam prrincipalmentte no inícioo da primavvera nas águas


costeeiras do Atlântico e do Mississipi,
M em nha sido registrada a ocoorrência de larvas
mbora já ten l pelágiicas

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
193
de janeiro a maioo no Golfo do México. Addultos migraam para o alto mar para desovar, regressando mais
m
tardee para águas próximo à costa
c e dos eestuários. A frequência
f de desova varria de uma vez
v por dia para
p
uma vez a cada 202 dias. Pouco se sabe eem relação ao a comportamento de d esova. Depe endendo da sua
condição, as fêmmeas podem m produzir d e 1.100 a 250.000
2 ovos por períoddo de desova. Um estu udo
deterrminou que os
o peixes encontrados m mais próximo os à costa apresentaram uma média de 11.000 ovos
por pperíodo de desova, enq quanto que aqueles em m alto mar uma média de 87.000 ovos. Os ovos
flutuaantes têm ap
proximadam mente 0,8 mm m de diâmettro, 28 horass após a ferttilização e co
om incubaçãão a
23°C..

As larvass, que depenndem do saaco vitelínico


o, têm comp primentos dde 2,0‐4,5 mm.
m Quando o as
mesmmas atingem m 4 mm de comprimennto, as nadaadeiras caud dal e anal ssão bem de esenvolvidass. A
pigmentação da larva do sarrgo‐de‐dentee é marrom com uma linha medianna ventral. "Pontos negrros"
o localizados atrás do istmo, base da nadadeira peitoral,
estão p e an
nterior à naddadeira anal.. Duas manchas
escurras também estão localizzadas na basee da nadadeira anal.

Os juveniis (25‐30mmm) têm uma nadadeira caudal bifurcada, uma linnha lateral e apresentammo
padrãão de adultoos. Eles são mais abundaantes em zo
onas rasas, ju
unto à vegettação aquática, e acima da
lama,, onde se alim
mentam de algas
a e copé podos.

5.1.1.6 Habitat
H

Associado
os a recifes,, ambientess marinhos ou. o Ocorrem m principalm
mente na coosta, próximoo a
rochaas, molhes, raízes
r de maangue, e emm estuários. Algumas
A vezes entram eem águas do
oces durantee os
mesees de invern no. Deslocam
m‐se para árreas costa a fora após o inverno e início da primavera
p p
para
desovva, o que por vezes ocorre sobre reciifes artificiais e marcadores navegaçãão.

Juvenis vivem no raso, junto à v egetação aq quática, e sobre a lama (Bester & Ro obins). Quan
ndo
atingem 50 mm ded comprime entos, eles ddeixam o essses ambiente
es e se junta m aos adultos em torno
o de
molhes, paredõess e rochas (B
Bester & Robbins).

5.1.1.7 Alimentaçã
A ão

São omnnívoros, embbora os em zonas costteiras sejam m mais espeecializados, alimentando


a o‐se
principalmente de crustáceoss (tatuís, siriss, caranguejo
os, camarõess etc.) e moluuscos.

5.1.1.8 Condições
C ambientaiis

Tuckey Jrr & Kennedyy (2003) conncluíram que e juvenis da espécie poddem suporta ar variações de
salinidade de meenos que 1 a até 44 upps, enquanto o larvas supoortariam varriações entrre 15 e 36 ups.
u
Segunndo Springer & Woodbo orn; Kelly (11965) e Perrret (1971) a espécie é eeurihalina. Bester & Robbins
afirm
mam que o saargo tem preferência porr águas salob
bras.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
194
Tucker Jr (2008) trabalhou com a engorda do o sargo em viveiros de áágua doce e salgada, assim
como o em gaiolass posicionaddas em ambiientes marin nhos. O pesquisador obbservou que a temperattura
ótimaa para o sarggo varia entre 23 e 28°CC, porém obsservou a tollerância da eespécies a uma ampla faaixa
de teemperatura (10
( a 35°C ou mais). Alguuns indivíduos chegaram m a sobreviveer em tempe eraturas abaaixo
dos 55°C. As larvaas com idadee entre duass e três sem
manas podem m tolerar traansferência para
p ambienntes
dulciaaquícolos. Ju
uvenis podem
m sobreviverr em salinidades entre 0 e 44 ups ou mais.

O sargo‐d
de‐dente não erante a baixos níveis de oxigênio disssolvido (Besster
o é particulaarmente tole
& Robins).

5.1.1.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Nenhum

5.1.1.10 Statu
us tecnoló gico

Reprrodução e Alevinage
em
A desova do sargo trata‐se de um m manejo reelativamente simples, coom todos os estágios larvvais
de sexual ao s dois anos de
resisttentes ao maanejo. Os sarrgos selvagenns alcançam a maturidad d idade e peso
entree 350 e 400 g.
g

O professsor John Tucker Jr. in duziu a ovu ulação com o hormôniio HCG (Hu uman Chorio onic
Gonaadotropin), responsável
r pela reproddução em humanos.
h As
A fêmeas oovularam 77 7 horas após a
primeeira injeção intramuscular de HCG,, com a tem mperatura am mbiente emm 25°C (Tuckker Jr, 2008)). A
eclosão do sargo o ocorre em m aproximaddamente 28 horas em uma u temperratura de 23 3°C. A primeeira
alimeentação devee ser ofertad
da três dias aapós a eclosãão. A transição da fase laarval para juvvenil ocorre em
39 diaas. Em poucoo tempo de cultivo é posssível fazer a transição de mento inerte.
e alimento vvivo para alim

Técnicas de desova e cultivo podem serr aprimorad das tornand o‐as mais eficientes. Sua
S
caraccterística de agressividad
de enquantoo juvenis prooporciona um
m problema potencial, porém
p pode ser
contrrolado com o manejo ade equado (Tuccker Jr, 2008)).

Engo
orda
O primeirro estudo relativo ao culltivo do sargo foi relatad
do em 1984,, os peixes fo
oram estocad dos
em taanques que variavam entre 1.000 e 3.500 l. Naquela ocasião, foram pproduzidos juvenis j de uma
u
únicaa desova, estocados em m um tanqque com de ensidade de 1,5 peixess/l, durante 67 dias, com c
sobreevivência de 62%, sem a ocorrênciaa de mortandade ao lon ngo dos três anos seguinntes (Tuckerr Jr,
2008).

Se cultivaado em gaio
olas, o sargoo alimenta‐se e de organissmos incrusttantes ajudaando manterr as
gaiolaas limpas, esta caracteríística possibbilita o policu
ultivo do sarrgo com peixxes carnívorros, desde que
q
possuuam tamanh hos similares (Tucker Jr, 22008).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
195
Suas exiggências de proteína são relativamen nte elevadas. Estudos inndicam que para o máximo
cresccimento e efiiciente conve ersão alimenntar, a exigên
ncia mínima de proteína na dieta é de
d 45 % (Lazo o et
al., 19998).
Segundo Landau (199 92), o peso d e 500 g podee ser alcança
ado com um ano de cultiivo, para a faaixa
de peeso entre 1,55 e 2,0 kg o tempo de culltivo é de dois anos.

5.1.1.11 Prod
dução e m
mercado

Os dadoss estatísticoss da FAO inddicam capturra do sargo apenas


a paraa os Estados Unidos, parra o
Brasil não há reggistros estatíísticos para esta espécie
e, provavelm
mente o sarggo encontra‐se inserido nos
dados referentess a captura de d outras es pécies. Devido a insuficiiência de daados de dese
embarque, uma
u
análisse da situaçãão dos estoques mundiaiis de sargo fica comprommetida.

Para os Estados
E Unidos observouu‐se uma capptura de 750
0,2 t em 20007 (NOAA Fio
osheries, 200
07),
quando se obseerva os dados de captuura nos últimos dez anos, nota‐see uma redu ução gradativa,
principalmente nos últimos quatro anos, sintoma de um
u estoque em sobrepe sca (Figura 88).
8

Atualmen nte o sargo possui


p baixo valor no me
ercado, poré
ém há uma teendência de
e valorização
o no
o de primeiraa comercializzação em funnção da redu
preço ução do volume anual caapturado.

Relação entre desemmbarque pesqueiro e preçço de primeiraa comercializaação do


sarggo nos Estado
os Unidos nos últimos dez anos
a
2.000,0 1.782,6 1,23 1,40
1.748,8

Preço de primeira comercialização


1.800,0 1.670,5 0,2
1.570
1.664,4
0,9
97 1,20
1.600,0 1.3996,4 1.288,0 0,93
Desembarque (t)

1.400,0 1.133,
,1 1,00
1.200,0 0,77 0,78 0,,79 0,71 0,772 0,78 0,75
0,78
0,80

(US$/kg)
1.000,0 0,58
78
85,5 0,2
750
800,0 0,60
1.006,8 543,2
600,0 0,40
400,0
0,20
200,0
0,0 0,00
1
1996 1997 19
998 1999 2000
0 2001 2002 2003 2004 20
005 2006 200
07

Desem
mbarque (t) US$/kg

Figgura 88 ‐ Relaação entre de


esembarque e preço de priimeira comerccialização do sargo nos Esttados Unidos..

É na commercialização
o que se enccontra o principal entrave no cultivvo do sargo, com preço de
primeeira comercialização a US$ 0,97/kgg (NOAA Fissheries, 2007), esta esppécie não ap presenta preeço
atratiivo para dem
mandar esforrço em sua pprodução aqu uícola, desta
a forma faz‐sse necessário
o a utilização
o de
técnicas de agreggação de valo
or ao produt o e aproveitamento de subprodutos
s .

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
196
Figura 89 ‐ Fillé de sargo.
Fonte: FDA

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 197
5.1.2
2 Robalo‐‐peva (Cen
ntropomuss paralleluss)

Figura 90 ‐ R
Robalo‐peva, Centropomuss parallelus
Fonte: Instituto GIA..

Os Centro opomídeos são


s peixes m marinhos, eu urihalinos, en
ncontrados eem ambienttes com gran nde
variaçção de saliniidade, tanto no mar, com mo em água de ambientes transacionnais (salobro os) e ambienntes
continentais (dullcícola) (Pierrângeli et. aal., 1998). Po
odem ser ca apturados eem praias arrenosas, porrém
prefeerem locais com substra atos duros e desemboccaduras de rios r (Chavezz, 1963). Aliá
ás, apresenttam
grandde afinidade por água do oce, o que ccoloca esse grupo
g como potencialmeente cultivaddo também em
águass continentais.

São peixees de grandee importânciaa econômicaa e social (Pie


erângeli et. aal., 1998), de
e carne nobrre e
excelentes caractterísticas orgganolépticas (Tucker Jr. et. al., 1985
5), o que connfere alto va alor comerciaal à
espéccie (Cavalheiiro & Pereira
a, 1998).

m peixes de grande mobbilidade, são bastante attrativos paraa pescadoress esportivos em


Por serem
praticcamente tod da a costa brasileira (SSilva, 1992), podendo ser pescadoos com isca as artificiais de
superrfície e meia‐água, ou co
om iscas natuurais, constituídas por camarões vivoos e por pequ
uenos peixess.

O robalo é um peixe que se adappta relativam


mente bem aoa cativeiro,, tanto os jovens quanto
o os
adulttos são muitto resistente
es às manippulações e variações
v do
os parâmetroos físico‐quíímicos da ággua
(Chappman et al., 1982).

Nas Amééricas, a subfamília Ce ntropominae e é represe entada por doze espéccies do gênero
Centrropomus. Seis espécies estão
e distribbuídas na cossta pacífico‐a
americana (CC. medius, C.
C nigrescenss, C.
viridiss, C. unionen
nsis, C. robaalito e C. arm matus) e seis na costa atlântico‐am
a mericana (C. undecimalis, C.
paralllelus, C. mexxicanus, C. en
nsiferus, C. ppectinatus e C.
C poeyi) (Rivvas, 1986).

As duas principais
p espécies de roobalos que vêm, sendo avaliadas
a parra uso na maaricultura são o
roballo‐peva (Cen ntropomus parallelus)
p e o robalo‐fflecha (Centtropomus unndecimalis). No entanto o, o
primeeiro apresen nta como grande
g limit ação ao uso em cultivvos comerciiais a sua baixa taxa de
cresccimento, enq quanto o se
egundo é reelativamente e mais raro na naturezaa e a tecno ologia para sua
reproodução e larrvicultura ainda precisa ser melhor desenvolvid da, não havvendo produução regular de
alevinnos no país.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
198
5.1.2.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Centropomidae
Gênero ‐ Centropomu us
Espécie ‐ Centropomu us parallelus (Poey, 1860
0)

5.1.2.2 Área
Á de oco
orrência

Atlântico Ocidental: Sul


S da Flóridaa (EUA) e cossta do Golfo do México aaté Florianóp
polis (Brasil). Na
costaa brasileira sãão encontrad dos principa lmente nas regiões
r Sul e Sudeste (Figgueiredo & Menezes,
M 19978;
Ximenes‐Carvalho o, 2006) (Figura 91).

Figura 91 ‐ Área de ocorrrência do rob


balo‐peva, Cen
ntropomus paarallelus.
Fontte: FishBase

5.1.2.3 Porte
P

O tamanho comum do robalo‐ppeva é de 40 4 cm (Cerviigón et al, 11992), sendo o máximo o já


relataado de 72 cm
m (IGFA, 1991). Quanto aao peso, o esspécime maiss robusto atiingiu 5 kg (Claro, 1994).

5.1.2.4 Morfologia
M a

Corpo alto, parte dorsal poucoo escura e linha lateral pouco piggmentada. Extremidade
E da
nadadeira pélvicaa geralmentte atingindo ou mesmo ultrapassan ndo a regiãoo anal. Nada adeiras dorssais,
caudaal e parte annterior da anal enegreciidas; peitoraais e pélvicass claras, com d pigmentação
m vestígios de
escurra. Os dentes são peque enos e o pré‐‐opérculo appresenta margem serreaada (Figueire edo & Menezzes,
1978). C. parallelus se diferen
ncia do C. unndecimalis no
os seguintes aspectos: (aa) possui o se
egundo espinnho

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 1
199
da naadadeira anaal ultrapassa
a o terceiro espinho; (o comprimento padrão é 3,6 vezes maior
m do que a
alturaa máxima do
o corpo (Ximenes‐Carvalhho, 2006).

5.1.2.5 Reproduçã
R ão

A época de
d desova deepende sobrretudo da lattitude, que, por
p sua vez, influencia no
o fotoperíod
do e
na teemperatura. O período reprodutivo
r costuma esttender‐se enntre novembbro a março//abril na reggião
Sul. N
No Nordestee pode haveer dois picoos de desovaa, entre janeiro e junh o e entre ded novembro o a
dezem mbro.

As fêmeaas começam a frequentaar as zonas onde


o irão fazzer a desovaa. Os machos agrupam‐sse e
ulham estes locais e as fê
patru êmeas deslizzam pelos fu
undos entoca ando e sainddo das tocas gradualmen nte.
Os mmachos nadam a meia água mantenndo a vigilân ncia. A desova dependee muito da temperatura
t da
água.. Quando ass fêmeas depositam os ovos na are eia grossa ouu cascalho, oos machos os
o cobrem com
c
sêmeen. A desovaa ocorre no mar, em ennsedas próximas à desem mbocadura dde rios, em locais de baaixa
undidade. A fecundidade
profu e é elevada, cerca de 1.0
000.000 de ovos/kg
o de fêêmeas (Cerq
queira, 2004). A
eclosão ocorre em
m cerca de 20 horas. A mmaturidade é atingida aoos 3 a 4 anos..

5.1.2.6 Hábitat
H

o encontradoos em zonaas estuarinass. Juvenis e adultos são encontrado


Larvas e alevinos são os e
difereentes ambieentes, tanto marinhos qquanto estuarinos e até é em água doce. Ocasionalmente são
encon ntrados em lagoas hipe ersalinas, onnde habitam os e pouco pprofundos (Cervigón et al,
m locais raso
1992). Adultos poodem ser encontrados e m rios a ce entenas de quilômetros ddo mar (Cerqqueira, 2004
4) e,
em zo onas marinhas, em profuundidades dee mais de 40
0 m (Alvarez‐‐Lajonche & Tsuzuki, 200
08).

5.1.2.7 Alimentaçã
A ão

Alimenta‐se de peixess e crustáceoos. São consiiderados pre


edadores opoortunistas.

5.1.2.8 Status
S tecn
nológico

Prod
dução de formas
fo jovens
Vários trabalhos desscrevem asppectos básicos da repro odução de rrobalos em cativeiro e a
sugerrem técnicass de larvicultura (Cerque ira et al., 1995; Alvarez‐LLajonchère eet al., 2002a,,b; Ferraz et al.,
2002; Temple et al.,
a 2004). Attualmente, aaliás, já há produção com mercial de aleevinos da esspécie graçass ao
domíínio das técn
nicas de larvvicultura (Alvvarez‐Lajonchère et al., 2002b). Noo Brasil, alevinos de robaalo‐
peva de 7 cm de compriment
c to total são vvendidos porr cerca de R$
$ 3,50 a unidaade (MFRura al, 2009).

Existem basicamente
b e três maneirras de se ob
bter ovos de robalos em
m laboratórioo (Soligo, 200 07):
(a) feertilização artificial de gametas colet ados de adu os do ambiennte; (b) fertilização artificial
ultos maduro

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
200
com gametas dee adultos do o ambiente ou cultivad
dos, sendo que
q a ovulaação é obtidda por indução
hormmonal; (c) feertilização natural com adultos do ambiente ou cultivadoos, que são
o mantidos em
cativeeiro e previiamente indduzidos comm hormônioss. Não há registros
r de desovas esspontâneas em
laborratório (Cerqueira, 2004).

No LAPM
MAR os peixes normalme nte maturam m em tanque es de 8.000 ll, após serem
m submetido os a
uma dieta especial a base dee peixes, lula , farinha e óleo
ó de peixe
e, premix miineral e vitam
mínico. Anim
mais
manttidos em laboratório aprresentam deesovas maiorres e mais prrodutivas quue animais se elvagens reccém
captu urados. Em alguns laborratórios usa‐‐se a técnicaa de criopresservação de sêmen, em que o sêmeen é
retiraado do mach
ho e os esperrmatozoides são congelados.

Figurra 92 ‐ Fêmea
a de robalo‐peeva sendo sub
bmetida à ind
dução hormonnal para deso
ova.
Fonte: Instituto GIA

Os ovos são
s incubado os em tanquees cônicos, em
e uma den nsidade méddia de 2.000 ovos/l. Durante
a larvvicultura a densidade
d co
ostuma ser mmantida em larvicultura em 50 anim mais/l (Cerqu
ueira, 2004).. As
pós‐laarvas iniciam
m sua fase alimentar ingeerindo rotífe
eros e após 15
1 a 20 dias ccomeçam a se alimentarr de
artêm
mia.

A sobreviivência durante a fase dee larviculturaa é usualmen


nte baixa, m
mas atualmen nte já é possíível
obterr taxas de atté 20‐30% de
d sobrevivêência durante os primeirros 90 dias dde vida, embora os índiices
usuaiis fiquem emm 5‐10% (Cerrqueira, 200 1). Após cercca de 60 diass de idade e pesando 0,55 g os animais já
apressentam cond dições para serem estocaados em berççários e até eme viveiros dde cultivo.

Apesar das
d técnicas de produçãão de pós‐laarvas de robalo‐peva eestarem consideravelmente
dominadas, existem diversas lacunas de eestudos em relação à fase posteriorr à adaptação o dos peixess ao
alimeento inerte (Correa & Cerqueira,
C 2 009). Alvareez‐Lajonchère et al. (20002), relataram densidades
entree 2,6 e 4,4 peeixes/L ao fin
nal de larvicuulturas do robalo‐peva.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
201
Figuraa 93 ‐ Juveniss de robalos‐p
peva produziddos pelo Laboratório de Pisscicultura Marrinha da Univversidade fede
eral
de Santa Catarina
C
Fonte: Ânggela Maria Coe
elho

Engo
orda
Segundo Cerqueira & Tsuzuki (20008), no commeço da fase de juvenil,, o robalo‐peva é gregário,
prefeerindo se alim
mentar de outros peixess pequenos. Entretanto em
e condiçõees intensivas de criação, em
altas densidades, frequentemmente o canibbalismo é ob
bservado.

Correa & Cerqueira (2008) reali zaram estud do para determinar a innfluência da a densidade de
estoccagem na so obrevivência e crescimennto de juven nis do robalo‐peva apóss a larvicultu
ura. Os autoores
testaram densidaades de estoccagem de 1, 2, 4 e 8 peixxes/L, durantte 30 dias, em
m um sistem
ma de circulação
abertta de água salgada.
s Os peixes tinhaam inicialmeente 50 dias de idade e 68 mg de pesop médio. As
meno ores taxas dee sobrevivên
ncia foram o btidas nas maiores
m denssidades. Por outro lado, a densidadee de
estoccagem não afetou o coefficiente de vaariação do co
omprimento o e a taxa de crescimentoo específico dos
d
peixees.

No CPPOM‐PUCPR, em Guaratub a, robalos‐peva são cultivados por 660 a 70 dias em


e laboratório.
Quanndo atingem 50 g são transferidos ppara tanquess‐rede. Apóss 60 dias atinngem cerca de 150 gram
mas
(Guiaa da Pesca, 2009).

Estudos dirigidos
d com m a sua ada ptação em cultivo
m C. paralleluus no Brasil, demonstram c em ággua
doce ou marinh ha. Porém, poucas sã o as experiências com m a produçãão comercia al deste peixe,
principalmente em e regimes mais inten sivos de prrodução. Se egundo Cerqqueira (2004), a máxiima
produutividade registrada em
m sistemas dde policultivo o foi de 80 kg/ha/ano ((sem considerar as dem
mais
espéccies cultivadas).

Brugger & Freitas (1993), realizaaram uma avaliação


a da viabilidade técnica do cultivo de 580
5
juvennis de robaloo‐peva em tanques redde flutuantee (dimensões de 6 x 6 x 2 m) insta alados no mar,
m
verificando neles um ganho de mente 160 gramas em 3880 dias, com uma conversão
d peso de a proximadam
alimeentar de 2,2 e 41% de sob
brevivência ffinal.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
202
Tsuzuki et
e al. (2008) avaliaram ínndices zootécnicos alcançados em cuultivo de juvvenis de robaalo‐
peva em diferenttes densidad des de estocaagem (50, 100 e 200 peixes/m3), em m tanques‐re ede de 1m3. Os
autorres mantiverram os animais confinad os por 59 diias e não reg gistraram differenças enttre os princip
pais
índicees avaliadoss (sobrevivê ência, peso úmido, com mprimento total
t d crescimento
e paddrão, taxa de
especcífico, e coefficiente de variação paraa peso e commprimento to otal). Taxas dde crescimen
nto específicco e
conveersão alimen ntar foram próximas
p a 00,9 %/dia, e 1,6. Entretanto, a biomaassa final e a produção por
área foram significativamentte diferentess, sendo maaiores na de ensidade de 200 peixes//m3. Com base
nessees resultadoss, os autoress consideraraam essa a deensidade ma ais adequadaa para a engo orda de robaalo‐
peva na fase de ju uvenil em tanques‐rede.

Ostrenskyy (dados não


o publicadoss) acompanhhou um cultivo comerciaal de C. parallelus em um
viveirro instalado em uma fa azenda no CCeará em qu ue os alevin
nos foram aadquiridos da Universidaade
Federal de Santa Catarina e após
a um anoo de cultivo em baixa de
ensidade e a limentados com
c alimenttos‐
vivos atingiram 270 g e o com
mprimento mmédio em 24,,7 cm.

Figura 94 ‐ Tan
nque utilizadoo para o cultivvo comercial de robalo‐pev
eva no Ceará.
Fonte: Instituto GIA..

A maior parte
p das exp
periências reealizadas envvolve o cultivvo da espéciie em água doce
d (Cerqueeira
& Tsu
uzuki, 2003),, aproveitando essa caraacterísticabioológica da esspécie (Cava lheiro et al.,, 1999a e 19
99b;
Pereira et al.; 199
99), mas sua s geralmente pífias, innviabilizando
as taxas de c rescimento são o seu cultivo em
escala comercial.

Em estuddos realizadoos por Cavaalheiro et all. (1999a) os indivíduoss cultivados em água do oce
atingiram apenass 90 gramass após um ano de culttivo, com ta axas de convversão alimentar de 1,4 4 e
sobreevivência dee aproximada amente 90%%. Em outro trabalho de e Cavalheiroo et al. (199
99b), utilizan
ndo
viveirros escavado
os também abastecidos
a ccom água dooce, os autores reportaraam que os peixes,
p após um
ano, atingiram peso
p médio aproximadoo de 116,7 g, g com taxa de sobrevivvência de 95% 9 e taxas de
conveersão alimenntar de 1,8.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
203
Amaral Jr. (2009) testou o roobalo‐peva em e sistema polifásico de cultivo em água do oce
3 3
utilizaando, na primeira fase, uma densiddade populaccional de 1.0
000 alevinos//m e de 15 50 peixes/m na
fase terminação da alevinage em. Numa seegunda etap pa, testou duas densidad es de estoca
agem (37,5 e 75
peixees/m³). Os animais
a m alimentaddos com umaa ração com 50% de prooteína bruta. Após 240 dias,
foram
os annimais atingirram no máximo 70 g de ppeso individu
ual.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
204
5.1.3
3 Robalo‐‐flecha (Ce
entropomu
us undecim
malis)

Figgura 95 ‐ Robbalo‐flecha, Centropomus


C undecimalis..
Foonte: Bob Carre (Florida Key
ys NMS).

5.1.3.1 Taxonomia
T a

ordata
Filo ‐ Cho
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Centropomidae
Gênero ‐ Centropomu us
Espécies ‐ Centropom mus undecimaalis (Bloch, 1792).
1

5.1.3.2 Área
Á de oco
orrência

Ocorre nas
n águas troopicais e subbtropicais da costa americana do Atlâântico, incluiindo o Golfo
o do
México e o Caribbe, e em qua
ase toda a coosta brasileirra sendo mais raros no SSul (Figueiredo & Menezzes,
1980) (Figura 96).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
205
Figura 96 ‐ Área
Á de ocorrêência do roba
alo‐flecha, Cen
ntropomus unndecimalis.
Fontte: FishBase

5.1.3.3 Porte
P

O tamanh ho comum do d robalo‐fleecha é de 50


0 cm (Cervig
gón et al, 19992), sendo que
q o taman
nho
máximmo já relataado foi de 1440 cm (Lieskke & Myers, 1994). Quanto ao pesoo, o espécime mais robu
usto
atingiu 24,3 kg (IG
GFA, 1991).

5.1.3.4 Morfologia
M a

Muito paarecido com C. paralleluss, diferenciaa‐se pelas seeguintes caraacterísticas: possui o corpo
mais baixo e maiis alongado e linha laterral mais enegrecida; o se eu segundo espinho da nadadeira anal a
não u ultrapassa o terceiro espinho; o co mprimento padrão é de e 4 a 4,8 veezes maior dod que a alttura
máxim ma do corpo e (a linha a lateral é mmais pigmen ntada e apreesenta maio r contraste em relação ao
colorrido geral do
o corpo (Ximenes‐Carvalhho, 2006). Possui
P corpo prateado, m mais escuro superiormen nte.
Nadaadeiras dorsaais, parte antterior da anaal e lobo infe
erior da caudal enegreciddo; peitorais, pélvicas e lo
obo
superrior da caudaal mais claros, com pouc a pigmentaçção escura (F Figueiredo & Menezes, 1978).

5.1.3.5 Reproduçã
R ão

É uma espécie herm


mafrodita prootândrica, ou
o seja, matturam primeeiramente co
omo macho os e
posteeriormente mudam
m de sexo permaanecendo, em sua maio oria, como ffêmeas pelo
o resto da vida
v
(Taylo
or et al., 200
00).

A época reprodutiva depende b asicamente da tempera atitudinalmente


atura, podenndo variar la
(Bye, 1984). Nesssa época buscam
b a fooz de rios e estuários para
p ndo que a sua
se acassalarem, sen
fecun
ndação é externa.

Suas larvas eclodem em 36 hora s e em três dias já consumiram toddo o seu vite elo. As larvass se
desennvolvem em águas marin nhas, princippalmente praaias abrigada
as com banccos de macro
oalgas, ondee há
a disp
ponibilidade de zooplânccton e zoobeentos que são utilizados como fonte de alimento (Barroso et al.,
2007). A maturidaade é atingid
da entre 3 e 5 anos.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
206
5.1.3.6 Hábitat
H

Ocorrem em águas salobras de m manguezais, estuários e baías, e sãoo capturadass desde a baarra
dos rrios até várrios quilôme
etros acima da foz. Oss indivíduos preferem ááguas calma as, barrentas e
sombbreadas, e ficcam próximo
os ao fundo ((Ximenes‐Carvalho, 2006
6).

Adultos normalmente
n e são enconttrados em profundidade
p es inferiores a 25 m (Gin
nes & Cerviggón,
1967; Ximenes‐Carvalho, 200 a da desova, de
06). Congreggam em boccas de passes e rios duraante a época
maio a setembro (Fraser, 197
78).

Nas époccas de desovva penetram m em água doce d ou de baixa


b saliniddade e utiliza
am esses loccais
como o berçário. Os
O juvenis do
o robalo‐fleccha apresenttam um estágio preliminnar pelágico, cuja duração é
bastaante variável e depende de fatores c omo disponibilidade de alimento e ppressão pred datória, segu
uido
de umm estágio deemersal, maiss longo (Peteers et al., 199
98).

5.1.3.7 Alimentaçã
A ão

Alimenta‐se de peixes (Gobiidae, Gerreidae, Engraulidae)


E e crustáceoos (camarõess e caranguejjos)
h et al, 200
(Keith 00). De accordo com Fore & Schmidt (1973)), os robaloos adultos são s predadoores
oporttunistas. Qu uando os itens alimenttares básico os (peixes, camarões
c e caranguejo
os) escasseiaam,
ingerrem outros organismos,, detritos e até materiaal vegeta. Patrona
P (19884) também lhes atribu ui a
classiificação de oportunista
o e afirma que suas presas preferenciaiis se encontrram no ambiiente pelágicco.

5.1.3.8 Condições
C ambientaiis

São peixxes marinho os, eurihalinnos, encontrados em ambientes com grande variação de
salinidade. Graciaa‐Lopez et all. (2006) conncluíram que
e esses animaais toleram ssalinidades entre
e 0 ‐ 36 ups,
u
porémm gastam menos
m energgia quando mantido em m salinidade 12 ups. Tuuckey Jr & Kennedy
K (20003)
conclluíram que juvenis
j da esspécie pode suportar varriações de saalinidade de 0 a 55 ups, enquanto
e larrvas
suporrtariam variaações entre 17
1 e 36 ups.

Durante estações de e verão em Pernambuco, Silva (1967/69) obseervou que ro obalos tolerram
salinidades de até 54 ups em e viveiros estuarinos com pouca renovação de água, sem s problem
mas
apareentes. Mota Alves (1981)) constatou ddiferenças significativas nas
n concentrrações de sais no sanguee de
C. un ndecimalis, após subm meter os inndivíduos a choques de d salinidadde, enquadrando‐o co omo
repreesentante típpico das esppécies osmooconformistaas. Silva (199 91), a partirr da histologgia dos rins de
roballos adaptado os à água docce, verificou a presença de grande número de gloomérulos, ló óbulos e teciddos
linfátticos, o que contribui pa
ara sua grannde capacidade osmorre egulatória, pposteriormen nte confirmaada
por LLins (1995) mediante
m o estudo da cconcentração osmótica dos fluidos corpóreos. Gomes (199 95),
comp parando as taxas metabó ólicas entre ggrupos do roobalo‐flecha submetidoss a ambiente es de água do oce
e de áágua salobraa, não consta
atou diferençça significativa entre seus valores.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
207
C. undeciimalis são eu
uritérmicos, mas sensíve eis ao frio, tendo
t a sua temperaturra letal. míniima
entree 6‐13° C e máxima
m de entre
e 38 ‐ 4 0° C (Hill, 20
005). Já a suua faixa ótim
ma de tempeeratura situaa‐se
oo
entree 25 e 30° C (Cerqueira, 2004), com m máximo co onforto térm
mico em 27 C para larva as e 28 oC para
p
juvennis (Tukey Jr & Kenned dy, 2003). DDe acordo com Cerqueira (2002), oos animais deixam de se
alimeentar em águuas com temperatura infeeriores a 14o C.

5.1.3.9 Status
S tecn
nológico

Prod
dução de formas
fo jovens
d pesquisa e produçãoo de formas jovens de robalo
O início da r foi naa Flórida com a espéciee C.
undecimalis na déécada de 197 70. No Brasi l a atividade data do iníccio dos anos 1990, com a construçãoo do
laborratório de Piiscicultura marinha
m (LAPPMAR), da Universidade
U e Federal dee Santa Catarina (Cerqueeira
2002).

Os métod
dos de obtennção de ovoss de robalo‐fflecha são os mesmos appresentadoss anteriormente
para robalo‐peva e que foram
m descritos ppor Soligo (20
007).

Engo
orda
Os estudo os e as experiências com
m o robalo fle
echa são bem
m menos freqquentes, dad
da a dificuldaade
em sse obter rep produtores da
d espécie e de promo over a sua reprodução e larviculturra em cativeeiro
(Gonççalves Jr et al.,
a 2007).

Silva (197
76) realizou estudos
e comm robalos‐fleccha em gaiolas fixas posiccionadas dentro de viveiiros
estuaarinos em Itaamaracá (PE E). Foram esstocados 36 animais em gaiola de 112,5 m3. Os animais forram
alimeentados basicamente co om barriguddinhos (Poecilia vivipara a) trituradoos, a uma taxa
t de 5% da
biomassa ao dia. Após 5,5 me eses a sobrevvivência foi de 85% e o peso
p médio ddos animais passou de 36
3 g
para 170 g.

Tucker (1
1987) produzziu alevinos em laboratório e os cu ultivou até qque atingisse
em 20 g, o que
q
ocorrreu após 3‐4
4 meses. Emm seguida reealizou a enggorda e termminação. Ap ós 8 meses de cultivo, em
peraturas enttre 26 e 30 oC os animaiis atingiram 450 g de pesso (ou seja, aapós um ano
temp o de vida).

Após manter exempllares da esppécie por 3 anos


a em conndições labooratoriais, Ce
erqueira (20
004)
ou que os animais chegaram a ddobrar de tamanho
relato t no
o período, mas muitoss nem messmo
matuuraram. Com mo a espécie atinge, em ccondições naaturais, um tamanho baastante supe erior ao robaalo‐
flechaa, supõe‐se que seu crrescimento ttambém serrá superior ao apresenttado pelo robalo‐peva em
cativeeiro.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
208
Figgura 97 ‐ Rob
balo capturado
o na naturezaa e mantido em
e tanque‐red de na baía dee Guaratuba como parte do
o
processo de reprodução in nduzida em la
aboratório.
Fonte: Instituto GIA

Infelizmente, em relaação aos robbalos a consttatação é que 20 anos appós o início dos estudoss de
domeesticação da espécie no país
p ainda nãão há uma te ecnologia minimamente desenvolvida para o culttivo
comeercial das duaas espécies aqui
a citadas (robalo‐pevaa e robalo‐fleecha).

5.1.3.10 Merccado

O preço de
d venda do robalo está acima do vaalor do salmã
ão e da maiooria das demmais espéciess de
peixees comercialiizadas na Co
ompanhia dee Entreposto
os e Armazéns Gerais dee São Paulo, ficando abaaixo
apenas do preço do Atum (CEAGESP, 20009). Em 19/0 03/10 o robaalo era comeercializado na
n CEAGESP por
preçoos variando de 010b), um prreço, porém,, menor que o praticado em
d R$ 19,00 a R$ 21,00 (CCEAGESP, 20
dezemmbro de 200 07, quando o produto erra comercializado por preços entre RR$ 22,00 e 26,00 (CEAGEESP,
2007).

Os EUA immportam robalos pescaddos no México. Nos últimos 5 anos o preço do produto fresco
variou do equivallente a R$ 8,00/kq a até 17,10/Kq (Fis, 2010).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
209
5.1.4
4 Carapeb
ba branca (Diapteru
us rhombeus)

Figura
F 98 ‐ Caarapeba‐branca (Diapteruss rhombeus)

A caratinga ou carapeba (Diapterrus rhombeu us, Cuvier, 1829)


1 é um GGerreidae muito
m conheccido
nos aambientes coosteiros do Sul e Sudesste do Brasill. É uma dass espécies m
mais abundanntes da baía de
Guaraatuba e também da baía a de Paranagguá. Na prim
meira baía a espécie
e não apresenta variação sazo
onal
de abbundância, enquanto
e na
a segunda é mais abundante no verã ão (Chaves & Otto, 1998
8). Nessa reggião
sua d
desova aconttece provaveelmente na pprimavera (Chaves, 1994)).

Segundo a FAO (2005), a caratinnga é uma das espécies com potenccial para ser empregado o na
aindaa recente pisscicultura maarinha brasilleira. No enttanto, ainda não existe nnenhum reggistro de culttivo
de caaratinga em escala come ercial e mesm
mo os dados experimentais a respitoo do rendime ento da espéécie
em caativeiro são bastante esccassos.

5.1.4.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Gerreidae
Gênero ‐ Diapterus
Espécies ‐ Diapterus rhombeus
r (CCuvier, 1829)

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
210
5.1.4.2 Área
Á de Occorrência

Costa ociidental do Atlântico,


A dessde o sudestte do Golfo do México, América Central e Antilhas
até o Brasil (Cervigón, 1993).

Figura 99
9 ‐ Área de oocorrência da carapeba (Diiapterus rhom
mbeus)
Fontte: FishBase

5.1.4.3 Porte
P

A caratinga é a integgrante da fammília Gerreid


dae que alca
ança o maiorr tamanho, podendo meedir
até 440 cm, com tamanho
t méédio de 25 c m (Figueired
do & Menezes,1980). O maior exemmplar observaado
que sse tem registtro foi de 40 cm e peso mmáximo de 8 kg (Randall & Vergara, 11978).

5.1.4.4 Morfologia
M a

Corpo altto, rombóide


e, sem estriaas longitudin
nais escuras.. Prateado eescuro superriormente, mais
m
claro inferiormennte. Nadadeiras peitoraiis claras, doorsal anterior com a maargem superrior enegreciida,
demaais nadadeiraas com pigmmentação esccura esparsaa. Jovens com m traços verrticais escuro
os nos lados do
corpoo. Nadadeiraa anal com 2 espinhos e 9 raios (Figue
eiredo & Menezes, 1978))

5.1.4.5 Reproduçã
R ão

dultos desovvem em reggiões de maior profund idade, mas que os jovens


Estima‐see que os ad
utilizeem as águaas rasas de praias e c anais de mangue
m como áreas de crescimento (Menezess &
Figueeiredo, 1980)).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
211
5.1.4.6 Habitat
H

Espécie demersal,
d esstuarina ou m
marinhas. Co
omum em manguezais,
m aalém de ser encontrada em
zonass marinhas de lama e areia. Juveenis são com m água salobra
muns em lagoas hiperssalinas e em
(Cervvigón, et al., 1992).

5.1.4.7 Alimentaçã
A ão

São omníívoros, alimeentando‐se pprincipalmennte de algas e pequenoss invertebrad dos (poliquettas,


tatuíss, siris, caran
nguejos, cam
marões etc.) (Menezes & Figueiredo, 1980). A participação o dominante de
poliquetas possivvelmente esstá ligada à elevada frrequência de ocorrênciia de sedim mento no trrato
digesstório, fato que
q mostra a existência dde influênciaa do leito estuarino sobrre os hábitoss dessa espécie.
Crusttáceos decáp podes são menos
m frequuentes na dieta, enquanto peixes coonstituem ce erca de 11% % da
dieta da espécie (Chaves
( & Ottto, 1998).

5.1.4.8 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Nenhum

5.1.4.9 Status
S tecn
nológico

Não foraam encontra ados registrros de técnicas de rep


produção, laarvicultura, alevinagem ou
engorda da espéccie em condições controlladas.

5.1.4.10 Prod
dução e meercado

écies de carapeba explorradas, desta forma os dados


Os dados estatísticos não especifiicam as espé
descrritos a seguir são genéricos as espéccies da família Gerreidea
a que ocorreem na regiãoo de ocorrênncia
de Diiapterus rhommbeus.

Os dadoss da FAO ind dicam captuura de carap pebas em cin


nco países: Colômbia, Cuba,
C República
Domiinicana, Méxxico e Porto Rico, totalizaando aproxim
madamente 3.000 t deseembarcadas em 2006 (FAAO,
2006). O volumee desembarccado para a carapeba nos n Estados Unidos em 2006, segundo a Natio onal
Oceanic and Atmmospheric Administratio
A on, foi de 251,5
2 AA, 2007). Para o Brassil, a produção
t (NOA
estim
mada em 20006 foi de 2.09
98 t (IBAMA, 2006).

O desembarque mun ndial de Gerrreideos sofre


eu redução gradativa
g duurante os últtimos dez an
nos.
Assim
m como outtras espécie
es costeiras as carapeb bas sofrem com o esfforço de pe esca excessiivo,
provo
ocando redução em seuss estoques.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
212
5.1.5
5 Cioba (L
Lutjanus analis)
a

Figuraa 100 ‐ Cioba,, Lutjanus ana


alis.
Foonte: Florida Kitesurfing
K Asssociation

A família Lutjanidae engloba


e umaa série de peixes demersa ais, como o aariacó, pargo
o, cioba, den
ntre
outro
os, que se disstribuem porr regiões tro picais e subttropicais de todo
t o munddo.

No Brasil, a pesca comercial de l utjanídeos vem


v sendo praticada
p dessde a introdução das linhas
parguueiras pelos portuguese es nas décaddas de 50 e 60 (Resend de et al., 20003). No enttanto, tal co
omo
aconttece com muitos
m dos estoques
e peesqueiros mundiais,
m as pescarias ddesses peixe es estão sen ndo
praticcadas além seu rendim mento máxim mo sustentáável (Ault ete al., 1998)). Inclusive, a organizaçção
Internnational Uniion for Conservation of Nature classsificou a ciob
ba (Lutjanuss analis) com
mo vulneráveel e
sob o risco de exttinção (IUCN
N, 2000).

Além do grande interresse comerccial envolvido na capturaa e comerciaalização de lu


utjanídeos, eles
e
comeeçam a despertar també ém o interessse como esp
pécies de eleevado potenccial para a aquicultura.
a S
São
caraccterísticas baastante favo
oráveis o faato de apressentarem am mpla aceitaçção pelo mercado e vaalor
relatiivamente eleevado; aceitar bem alimmentos pelettizados; podeeremm ser m mantidos em m tanques‐reede
sem apresentar um comporrtamento aggressivo; os juvenis apresentarem bbom desem mpenho quan ndo
alimeentados com m dietas conttendo ingreddientes protéicos de origem vegetall. e já ser possível
p realiizar
sua reeprodução eme condições ambientaiss controladass (Freitas, 20
009).

Porém, apesar de tud do isso, a teccnologia de cultivo


c dos membros
m desssa família, e especialmente
da ciioba, ainda não está su uficientemennte desenvolvida a ponto de que possa ser empregada e em
emprreendimento os realizadoss em escala comercial ou mesmo se er recomenddada para um m programa de
zoneaamento e fomento
f da mariculturaa, como é o caso doss PLDM. PPor este mo otivo, a cio
oba,
repreesentando oss lutjanídeoss de uma fo rma em geraal, está aqui classificadaa como "espé écie potencial".

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
213
Uma espécie quee possivelme ente será em
mpregada naa mariculturaa brasileira, após o maior domínio das
técnicas de cultivvo e do desen
nvolvimentoo de insumos apropriadoss.

5.1.5.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Lutjanidae
Gênero ‐ Lutjanus
Espécies ‐ Lutjanus annalis (Cuvier,, 1828)

5.1.5.2 Área
Á de Occorrência

Distribui‐se no Atlân ntico ocidenntal:, desde Massachussetts (EUA), até região Sul do Braasil,
incluiindo o Mar dod Caribe e o Golfo do M México (Cervigón, 1993) (Figura 101). Mais abunddantes em torno
das AAntilhas, as Bahamas
B e suul da Flórida . É uma espé
écie presente
e nas capturras pesqueira
as realizadass no
litoraal paranaensee (Fuzetti, 20
007).

Figu
ura 101 ‐ Áreaa de ocorrênccia da cioba (LLutjanus analiis)
Fonte: FishBase

5.1.5.3 Porte
P

Atingem cerca de 15,6 kg (Claro, 11994) e 94 cm de comprimento (IGFA


A, 1991).

5.1.5.4 Morfologia
M a

A cioba tem como característiccas uma maancha negra na região dorsal laterral, grande em
exem
mplares joven ns e pequena, mas bem evidente, em m exemplarees de grandee porte. Apreesenta marggem
da naadadeira anaal angulosa, com
c os raioss médios mais desenvolvidos que os demais. Placca de dentess do

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
214
vômeer mais ou menos
m trianggular, em forrma crescente. Dentes caninos
c relattivamente pequenos, oss da
maxilla superior um
u pouco ma aiores que oos da inferiorr. Corpo pratteado, mais eescuro superiormente, com
c
tonalidades avermelhadas inferiormentee. Uma estriaa azulada irrregular (escuura quando os animais são
fixado
os em álcoo ol) da parte média do m maxilar até a margem inferior do olho. Uma mancha escura
arred
dondada acim ma da linha lateral, abaaixo dos prim meiros raioss da dorsal. Nadadeiras avermelhad das,
principalmente ass pélvicas, an
nal e lobo infferior da cau
udal (Figueire
edo & Mene zes, 1978).

5.1.5.5 Reproduçã
R ão

Ciobas sãão membros do grupo dee peixes con nhecidos com


mo reprodutoores pelágico os. A estratéégia
reproodutiva empregada por estes peixess envolve a produção de e um grandee número de ovos (até 1,4
milhãão por fêmea) e ovos ba astante pequuenos (cercaa de 512 mmm). Esses ovoos, após serrem liberado os e
fertiliizados, flutuam e são levvados pelas correntes marinhas. As larvas
l eclodeem após cerca de 20 horras.
As larvas recém‐eclodidas sã ão relativam ente pequenas (1,5‐2,7 mm de com mprimento total),
t possuuem
um saco vitelínico muito reduzido e com m capacidade e mínima de armazenam mento de ene ergia. Assim,, as
pós‐laarvas apresentam red duzidas chaances de sobrevivênccia na aussência de um alimento
nutriccionalmentee sub‐ótimo, dependenddo de alimentos vivos de d elevado vvalor nutricional (Stickn ney,
2000). Por isso mesmo, as larvas são de ddifícil cultivo.

L. analis desova em grupos


g em rregiões marinhas (Wicklu und, 1969; TThompson & Munro, 197 74),
mas o processo ainda não é completa mente conh hecido. Há evidências
e dde que os adultos formmam
carduumes reprod dutivos e migram
m para zonas offshore. Em algumas regiiões, mais da d metade das
captuuras de ciobaa vem da pessca de carduumes durante e a migração
o reprodutivaa. A desova ocorre próximo
à supperfície, normalmente nos meses dee julho e ago osto (nos Estados Unidoss). A presençça de pequenos
juvennis e sub‐adultos em ágguas costeiraas sugere que as larvass são transpportadas e dispersadas
d por
correentes superficiais, atingin
ndo então áreeas mais cossteiras (Marttinez‐Andradde, 2003).

5.1.5.6 Habitat
H

A espéciee forma agrrupamentos ou pequen nos cardume es que se d ispersam du urante a no oite.
mplares joven
Exem ns são comu uns em funddos rochososs e coralinoss em pouca profundidad de e os adulltos
pareccem ocorrer com mais frrequência em
m águas de maior
m profun
ndidade, afasstadas da co
osta (Figueireedo
& Meenezes, 1978
8). É considerrada uma es pécie estuarrino‐independente (Marttinez‐Andrad de, 2003).

É comumm encontrar ju míneas marinhas e recifess de


uvenis em esstuários, em águas rasas, entre gram
coral,, enquanto os
o adultos sãão comumennte encontrados em água as profundass na plataforrma continen
ntal
(Bohllke & Chaplin
n, 1993; Cervvignòn, 19933).

5.1.5.7 Alimentaçã
A ão

São carníívoros e alim


mentam‐se pprincipalmen
nte de pequenos crustácceos pelágiccos, decápod
dos,
moluscos e peixes (Figueiredo
o & Menezess, 1978; Wattanabe, 2001
1; Martinez‐A
Andrade, 20003).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
215
5.1.5.8 Condições
C ambientaiis

De modo o geral as esp


pécies de veermelho adap
ptam‐se a sistemas intennsivos de criiação e a dieetas
formuladas, com m boas taxa as de cresciimento e conversão alimentar. Esstas características pod dem
favorrecer a sua produção com mercial.

Rivas (1970) amostro mperaturas vvariando enttre 18,9 ‐ 27,8 °


ou Lutjanus aanalis em ágguas com tem
C, com
m uma médiia de 24,8 ° C.
C

Não se obbteve registrro de trabalhhos que sugirram salinidades inferiorees a 25 ups. A concentração
de oxxigênio disso
olvida descritta na bibliogrrafia foi sempre superiorr 4,0 mg/L.

5.1.5.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Nenhum

5.1.5.10 Statu
us tecnoló gico

Reprrodução e alevinage
em
O Institutto de Ciências do Mar ‐ LABOMAR R/UFC, em parceria
p comm a empresa Technoacq qua
Serviçços de Conssultoria Ltda., iniciou os trabalhos no n Centro de e Estudos Am
mbientais Co
osteiros (CEA
AC‐
LABOOMAR/UFC), localizado no município de Eusébio‐CE, para dessenvolver um m protocolo de
d produção o de
peixees marinhos do gênero Lutjanus
L em cativeiro. Jáá foram consseguidas dessovas de umaa outra espéécie
do mesmo gênero o, o ariacó, (Lutjanus synnagris), atravvés de induçã
ão hormonall.

Alguns esstudos realizados com ciooba lograram


m sucesso na
a obtenção dde desovas em cativeiro e a
realizzação de larrviculturas em
e condiçõees controladas (Watanab be et al., 19998, 2001; Benetti, 19999;
Feeleey and Benettti (1999).

Watanabe et al., (19 998) realizaraam desovas de cioba em animais uutilizando du


uas injeções de
hormmônio HCG. A dose preparatória foi d e 500 UI de HCG/kg de peso
p corporaal. A dose deffinitiva foi daada
24 h após (1.000 0 UI/kg de peso
p corporaal) ao mesmo tempo em m que os maachos receb biam uma dose
únicaa de 500 UI//kg de peso corporal. Ass desovas occorreram 33 h após a prrimeira injeçção e a taxa de
fertiliização foi dee 75,7%.

s esféricoss e translúciddos, com diâmetro médio


Os ovos são o de 783 µmm, medidos uma hora apó ós a
fertiliização. As laarvas eclodem com aprooximadamente 2,3 mm de d comprimeento padrão o (comprimento
entree a cabeça e a base da na adadeira cauudal), possueem boca funccional e um consideráve el saco vitelín
nico
em fo orma de elip pse na regiãoo ventral do focinho. As larvas mantidas em umaa temperatu ura próxima aos
28°C começam a se alimenta ar em um inntervalo entre 24 e 48 horas
h pós‐ecclosão, a tra
ansformação da

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
216
larva em juvenil ocorre quan
ndo o peixe atinge 10 mm
m de comprimento, ou no intervalo
o entre o 13
3º e
19º d
dia pós‐eclosão. (Watana
abe et al., 19998).

Figura 102 ‐ Lutjanuus analis, indiivíduo usado como reproduutor.


Fonte: Danie
el Benetti.

O regimee alimentar tem início ssete dias antes da estocagem dos ovos, mome ento em quee o
tanqu ue é fertilizado e inoculado com alga s e rotíferos, promovend do desta form
ma, alimento o natural parra o
estoqque de larvas. Os tanque es são povoaados com oss ovos um dia antes da eclosão, asssim logo apó ós o
consu umo do vitelo as larvas encontram
e o ambiente rico em alim mento naturaal, que são constantemente
reposstos por meiio de inocula ação. Do sétiimo dia em diante a arte emia passa a ser ofertadda até o 35º dia
pós‐eeclosão, a ração industria al é administtrada desde então. A die
eta alimentarr trata‐se de
e um manejo o de
extreema importância durante e o período llarval em virrtude da redução do can ibalismo, graaças ao man nejo
alimeentar utilizad do a sobreviivência med ia obtida noo final do peeríodo larvall foi de 14%
%, que pode ser
considerada altaa quando comparadaas a outras espécies de Lutjannideos como o Lutjan nus
argenntimaculatuss e o Ocyuruss chrysurus ((Watanabe, 2001).
2

Na fase ju
uvenil, foi ob
bservado quee o manejo alimentar
a para se obter o ganho de peso
p viável para
p
o cultivo requer uma ração industrial coom alto teor de proteín na bruta e m moderada cooncentração de
lipídeeos, que corrresponde à pelo
p menos 45% e 10% respectivam
r ente. Nas coondições de cultivo ondee os
parâm metros físico
o‐químicos sã ão controladdos, observo
ou‐se que o ganho
g elerado ocorreu
de peeso mais ace
com a temperattura média do d ambientee superior aos
a 30°C, a salinidade em nenhum m momento foi
inferiior a 36 upss e fotoperío odo com 122 horas de lu uminosidadee e 12 horass de escuriddão (Watanaabe,
2001).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
217
Engo
orda
Dados sobre o cultivo
o de Lutjanuus analis são ainda relativamente reccentes e escassos. Nos EUA
E
as peesquisas reaalizadas com
m L. analis datam do final
f dos annos 1990 e início do presente
p sécculo
(Watanabe et al. 2001; Chigbu et al.,20022).

Ao contráário das larva


as, que são dde difícil cultivo, os juvennis são bastaante resisten
ntes e adaptaam‐
se ffacilmente àsà condições de cultivoo. Mesmo juvenis j captturados no meio natural se adapttam
mente às condições de cultivo, aceiitando bem dietas artificiais. Muitaas vezes eless iniciam a sua
facilm
alimeentação no mesmo
m dia em
m que foramm capturadoss e transportados para o cativeiro (Sttickney, 2000 0).

Em 1999 9, no Grassyy Key Aquattic Center, lo ocalizado noo estado daa Florida (Esstados Unidoos),
nis de cioba foram cultivados em sisttemas de recirculação de água, cham
juven mado de RASS (Recirculattion
Aquaculture System). Os resu ultados zoottécnicos indiicaram a russticidade da espécie em tais ambienntes
ultivo. A sob
de cu brevivência fo
oi de aproxim
madamente 98% e não houve
h sintom
mas de doenças (Watanaabe,
1998, 2001a).

Os dadoss obtidos por Watanabe et al (1998)) indicaram que q juvenis de L. analis cresceram em
média de 10,5 g para 140,8 g,g após 168 ddias mantido os nesses sistemas de reecirculação (48
( peixes /m m3),
com ttaxa de cresccimento absoluto de 0,7 8 g/dia, taxaa de crescimeento específiico de 1,55%
%/dia, e taxaa de
conveersão alimenntar de 1,2. Thouard
T et aal. (1989) relataram uma a taxa de creescimento de e 350 g em 365
3
dias p
para juvenis selvagens de cioba cultiivados em taanques‐rede na Martinicaa, Antilhas.

A vantageem de ser uma espécie cultivada háá poucos ano os possibilitaa a utilização
o da tecnolo
ogia
dos aatuais sistemmas de cultivoo, como, porr exemplo, oso sistemas ded recirculaçção de água, que consisttem
em taanques de polietileno de e alta densiddade de 3,3 m³,
m equipado os com siste ma de filtraggem de sóliddos,
filtross biológicos e esterilizad
dor por raioos ultravioletta. Ele possui aeração e aquecimen nto constanttes,
manttendo os nívveis de oxigê ênio dissolviido entre 5 e 6 mg/L, condições
c id eais de tem mperatura (18 a
31°C)). Em experim mento realizado neste si stema, Wataanabe (2001) relatou quee a salinidad de flutuou en
ntre
18 e 330 e pH entrre 6,8 e 7,7, ou seja, todoos os parâmetros físico‐qquímicos maantidos nas condições
c ideeais
de cu e precauçção resultou em excelen
ultivo. Toda esta ntes taxas dee sobrevivênccias, ganho de peso e faator
de coonversão alimmentar, segu undo o autorr.

Ainda emm 1999, foi iniciado um projeto dese envolvido peela RSMAS UUniversity off Miami, com
mo
cultivvo do Lujanu
us analis em tanques‐redde fora da co osta, próximos a região das Ilhas Culebra em Poorto
Rico ((O'Hanlon ett al., 2001). A viabilidadde técnica e econômica de
d cultivo daa espécie tam
mbém tem sido
s
avaliaada na região
o do Caribe (Halwart
( et aal, 2007).

A prole dos indivíduos cultivados nos RAS foi transferida para


p tanquess‐rede posicionados foraa da
costaa em regiões dos estadoss da Florida e Carolina do
o Norte. Os resultados
r obbtidos nos cultivo offsho
ores
indicaaram que o ganho de pe perior ao esttimado para os indivíduo
eso após 2000 dias foi sup os no ambiente
naturral, tendênciia que se moostrou contínnua ao longo
o dos três annos que se ddesenvolveu o experimento
(Watanabe, 2001 1).

Em outro
o experimentto, os embrriões foram estocados em e um tanquue de 30 m3 ao ar livre em
uma densidade ded 10,5/l. As pós‐larvas fooram alimen ntadas com rotíferos
r tipoo SS, náuplio
os de artemiaa e,
posteeriormente, dietas artificciais (52‐48%
% de proteín
na). Ao ating
girem em m média 0,31 g e 22,2 mm de
compprimento pad drão a sobreevivência eraa de 14,3%. Posteriormen
P nte, 1.390 juuvenis (pesoo médio de 10,5
1

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
218
g) forram estocaddos em dois tanques de 14,5 m3 com sistema de d recirculaçção (695 peixes/tanque; 48
3
peixees/m ) e alim
mentados com
m pellets conntendo 56% de proteína. Após 168 ddias os peixees atingiram em
média 140,8 g, coom uma taxaa de sobrevivvência de 97,,8% e uma ta
axa de conveersão alimentar de 1,2.

Benetti et
e al. (2002) avaliaram o desempe enho da cioba em tanqques‐rede, medindo
m o seu
cresccimento, sobbrevivência e taxas de coonversão alimentar, durrante um cu ltivo realizad do em um laago
salgado de 3,2 ha, na Flórrida. Cerca de 10.500 alevinos forram estocaddos em doiss tanques‐reede
circullares, de pollietileno de alta
a densidadde (PEAD). Um U com 7 m de diâmetrro x 7 m profundidade (3 300
m3) e outro com m 10 m de diâ âmetro x 7 m de profundidade (600 m3). Os tannques foram estocados com c
25 peeixes/m3 (3,2 2kg/m3) e coom 5 peixes// m3 (0,72 kgg/m3), respecctivamente. Após 246 dias de cultivo o os
do prrimeiro tanqque haviam passado
p de 116,5 g para 302,8
3 g (25,6
6 cm de commprimento total). Os peiixes
do seegundo tanq que foram mantidos
m poor 178 dias e passaram de 42,3 g para 245,6 g (23,8 cm de
comp primento tottal) neste pe eríodo. Não houve difere ença entre as
a taxas de ccrescimento alcançadas em
cada tratamento o. A taxa final de conveersão alimen ntar também m foi semelhhante nos dois casos (1 1,4).
Aproxximadamentte 10% do os peixes amostrados apresentaram algum m grau de deformidaade,
principalmente escoliose.
e A taxa
t final dee sobrevivênncia foi de 700%. Segundoo os autoress, os resultad
dos
sugerrem que L. analis tem potencial paara o cultivo o em tanques‐rede, poiis as taxas de d crescimento
obtid
das foram superiores às alcançadas
a ppor outras esspécies de peixes marinhhos cultivada
as comercial ou
experrimentalmen nte.

Trabalhoss recentes in
ndicam o peeso comerciaal para a ciob ba cultivada seria de cerca de 450 g,
g o
que p
poderia ser obtido em menos
m de um m ano (NOAA A, 2007), porém são neccessárias ma ais pesquisass no
sentid
do de determ
minar o temp po de cultivoo dos juveniss até atingir o tamanho dde mercado.

Todos esstes resultad dos indicam que a ciob ba é, de fatto, uma esppécie candid data ao culttivo
comeercial. Os ressultados, em termos de ttaxas de cresscimento obttidas em conndições de cu
ultivo tendem
ma
melhorar com o desenvolvim mento das téécnicas de cu ultivo e da elaboração
e dde dietas esp
pecíficas. Aliás,
segun
ndo Benettii et al. (20 002), alimenntos de altta qualidade e e alimenttação adequada, insum mos
aprop
priados e esstratégias efficientes de gestão são requisitos essenciais
e paara o sucesso dos cultivos
comeerciais de cio
oba em tanqu ues‐rede.

5.1.5.11 Prod
dução e m
mercado

Os dadoss estatísticoss da FAO inddicam captu ura do Lutjan nus analis a penas em Porto
P Rico, com
c
desemmbarque dee 21 t em 2007 2 (FAO, 2007). No que
q se referre a estatísttica pesqueira brasileiraa, o
desemmbarque daa cioba foi de d 3.004 t ((IBAMA, 200 07), ressalta‐‐se que essee dado é esspecífico parra a
ciobaa, pois em algguns estadoss a cioba é coonhecida por vermelho englobando
e ddesta forma várias espéccies
do gêênero Lutjannus, como o dentão e a ccaranha, asssim sendo, o desembarqque da cioba no Brasil po ode
ser m
muito superioor ao observa ado nos dadoos estatístico
os (IBAMA, 2007).
2

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
219
3.5
500,0 3.199,0
04,0
3.00
3.0
000,0 2.873,0
2.687,0
2.56
64,0 2..532,0
2.5
500,0
Desembarque (t) 1.800,,5
2.0
000,0

1.5
500,0

1.0
000,0

5
500,0

0,0
2001 2002
2 2003 2004 2005 2
2006 2007

Figu
ura 103 ‐ Deseembarques pe
esqueiros de cioba
c no Brassil.
Fonte: Ibama (2007))

Nos Estados Unidos observa‐se que semprre que ocorre um pico no desemb barque em um
deterrminado anoo, há uma redução na ccaptura no ano a seguinte e sugere que o
e (Figura 1004), fato que
estoq
que esta no limite da pessca sustentávvel (NOAA Fisheries, 2007).

No mercaado norte‐am mericano, a cioba é connsiderada um m dos peixess marinhos com


c sabor mais
m
aprecciado, e seu filé é comerccializado a U
US$ 12,00 a libra em algu
uns mercadoos, com expectativa do vaalor
subir em razão do declínio o dos estoqques pesqueiros. No que q se refeere ao preçço de primeeira
comeercialização, observa‐se uma
u valorizaação do kg daa cioba nos últimos
ú anoss, alcançado o preço de US$
U
4,67//kg em 2006 (NOAA Fisheries, 20007). Na Ásiaa algumas espéciese de Lutjanus prrovenientes do
ambiente naturaal são cultivvados em ttanques‐rede e e viveiross abastecidoos com águ ua estuarinaa, e
apressentam o maior
m preço de comerciaalização do mercado de e países commo Singapurra, Indonésia e
Filipin
nas (Watanaabe, 2001).

200
0 5,00
4,25 4,20 4,19 4,14 3 4,37
Preço de primeira comercialização

2 3,83 4,09
4,00 3,92 3,97 67
4,6
4,00
Desembarque (t)

150
0
3,00
100
0
(US$/kg)

2,00
50
0
1,00

0 0,00
1996 1997 1998 1999
9 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Desembarquee US$//kg

Figgura 104 ‐ Relaação entre de


esembarque ppesqueiro e preço
p de primeira comerciaalização de cio
obas nos EUA
A.
Foonte: NOAA Fisheries, 2007

No Brasil a comercialização da ccioba ocorre com mais frequência n as feiras livrres e mercad dos
públicos. A espéccie é comercializada freesca ou conggelada, e sempre inteiraa. A cioba trrata‐se de uma
u

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
220
espéccie com carrne muito apreciada,
a ccom preço médio de primeira
p commercialização de R$ 5,,97,
enquanto que em
m Sergipe seu
u preço de p rimeira comercialização foi de R$ 3,550 (IBAMA, 2007).
2

7 6,4 5,00

Preço de primeira comercialização


6 4,32 5,5
4,00 4,00
Desembarque ()
q (t) 5 4,00 4,00
4 3,01 3,50 3,00
3,22

(R$/kg)
3 2,2 2,00
2 1
1,54 1,6
0,7 0,5 0,5 1,00
1 0
0,1
0 0,00
2000 2001 20
002 2003 2004 200
05 2006 2007

Desembarque (t) R$/kg

Figu
ura 105 ‐ Relaação entre dessembarque peesqueiro e prreço de primeira comerciallização da cioba em Sergipe
e.
Fonte: IBAM
MA, 2007

FFigura 106 ‐ Filé


F de cioba
Fonte: Fresh from the boat.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
221
5.1.6
6 Linguad
do‐vermelho (Parallichthys orrbignyanuss)

Figura 107 ‐ Linguado, Paralichthys orb


bignyanus.
Fontte: FishBase

No Japão o, o linguado Paralichthhys olivaceuss é um dos principais ppeixes cultivvados em laarga


escala, sendo deestinado tan nto para o ccomércio, co omo para o repovoameento de esttoques naturais
(Fuku 002). No iníccio da décad a de 2000 jáá eram produzidos anua lmente maiss de 30 milhões
uda et al., 20
de juvvenis, o que resultava na produção dde cerca de 7.300 ton/an no (Fushimi, 2001).

O sucessoo do cultivo de P. olivacceus despertou o interessse em outraas espécies de


d Paralichth hys,
que eestão sendo estudadas comc o objetivvo de serem
m cultivadas em
e diferentees países. Po
or exemplo, nos
Estad
dos Unidos Paralichthys
P dentatus
d (W
Watanabe et al.,
a 1998) e Paralichthys
P lethostigmaa (Jenkins et al.,
1997), no Equad dor Paralichtthys woolmaani (Benettii et al., 19994) e no Chhile Paralichthys microps e
Parallichthys adsp
persus (Silva, 2001).

No Brasil, o linguado P. orbignyaanus vem sen ndo considerado um bo m candidato o à piscicultu


ura.
Essa eespécie posssui a carne de
d alta qualiddade e atingee um elevado valor de m mercado, representando um
importante recurrso pesqueiro o no sul do B
Brasil, (Cerqueira et al. 1997,
1 Díaz dee Astarloa & Munroe 19 998,
Díaz d
de Astarloa 2002). No Su ul do Brasil, a soma da pesca
p de P. orbignyanus
o e Paralichthhys patagoniicus
atingiu 500 toneladas anuais no final da ddécada de 70 0 e início doss anos 80. Appós ter alcan
nçado o picoo de
1.8922 toneladas no
n final da década de 800, diminuiu co onsideravelm mente, ficanddo abaixo de e 400 toneladas
em 1999 (Díaz dee Astarloa 20 002).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
222
O linguad
do tem sidoo alvo de peesquisas reccentes no Sul do Brasill, especialmente em Santa
Catarrina e no Rio
o Grande do Sul (Walesieesky et al., 1994; Fonsecca Neto & Sppach, 1999; Bianchini et al.,
1996; Cerqueira et al., 1997; Walesieskyy et al., 1997, Sampaio, 2008). O oobjetivo desses trabalho os é
desennvolver uma tecnologia que
q permita o cultivo comercial da espécie.

Além do elevado valo or de mercaddo, da sua média


m ou alta
a vulnerabili dade ambiental (Cheungg et
al, 20005), outrass característticas estimul am o cultivo o do linguad
do. Entre elaas podem se er destacadaas a
tolerâância a umma ampla fa aixa de temmperatura e salinidade e (Wasieleskky et al, 1995;
1 1998), a
sobreevivência emm águas ácid das (Wasieleesky et al, 1997) e a resistência a cconcentrações elevadas de
comp postos nitroggenados (Biaanchini et al,, 1996). O crrescimento do
d linguado é reduzido eme cerca de 10‐
15% eem água docce quando se e compara coom linguado os produzidos em salinidaades mais altas (Sampaio o et
al, 2001; Sampaaio & Biancchini, 2002),, mas a capacidade de e sobreviverr em água doce é mu uito
importante, espeecialmente para
p o seu cuultivo em regiões estuarrinas, que ennfrentam continua variação
de saalinidade.

Apesar do pouco tem mpo de est udo sobre o cultivo de linguado, aas perspectivas para a sua
produ ução comerrcial são animadoras e, em um futturo próxim mo, com o ddesenvolvimento de dieetas
artificciais para a fase
f engorda
a, a espécie ppode vir a ser cultivada em larga escaala.

5.1.6.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Pleuronectiformes
Família ‐ Bothidae
Gênero ‐ Paralichthyss
Espécies ‐ Paralichthyys orbignyannus (Valencie
ennes, 1839)

5.1.6.2 Área
Á de Occorrência

Distribui‐se na região
o sudoeste doo Atlântico, desde o Rio de Janeiro aaté pelo men
nos em Mar del
Plata, Argentina (Figueiredo
( & Menezes, 22000).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
223
Figura
a 108 ‐ Área dde ocorrência
a do linguado (Lutjanus anaalis)
Fontte: FishBase

5.1.6.3 Porte
P

Machos atinggem cerca dde 50 cm (FFigueiredo & Menezes, 2000) e fêm


M meas 38 cm. O
compprimento méédio é de 32 2.0 cm (Díaz de Astarloaa & Munroe, 1998). Mulller et al. (20
006) afirmarram
que aas fêmeas creescem mais que os machhos. Os exem
mplares maio
ores podem ppesar aproxiimadamentee de
10 Kgg (Robaldo, 2003).
2

5.1.6.4 Morfologia
M a

Os linguaados são conhecidos


c pelo seu fo ormato plan no e assim étrico, resu ultado de umau
metamorfose basstante marca ante durantee o estádio laarval (Ahlstron et al., 19 84). É uma espécie
e sinisttra,
e o laado esquerdo do corpo é pigmentaddo com manchas negras e arredondaadas de tam manhos variad dos
ao longo do corpo o e nadadeirras, enquantto que o lado
o esquerdo é desprovido de pigmento (Figueiredo o&
Meneezes, 2000). Tem forma a ovalada, a ltamente co omprimido, com compriimento cerca de 2,5 veezes
maior que a alturra. Os olhos estão juntoss e posicionados no lado esquerdo doo corpo. A nadadeira dorsal
é alin
nhada com os olhos. Ausê 7 a 77 raios na nadadeirra dorsal e 52
ência de esppinhos dorsaiis ou anais; 71 5 a
59 raaios na nadaadeira anal; 35 a 36 vérrtebras. Apre esentam um ma séria únicca e pontiaguda de denttes.
Linhaa lateral em arco passan ndo acima dda nadadeiraa peitoral. Corpo
C ásperoo, com escamas finamente
ciliad
das (FishBasee).

5.1.6.5 Reproduçã
R ão

Em ambiente marinh ntre o final dda primaverra e o início do


ho realiza deesova anual múltipla en
outonno e suas larrvas e juvenis migram paara o estuário para se de
esenvolvere m (Carneiro, 1995). Silveeira
et al.. (1995), encontraram animais
a com
m gônadas em estádios finais de maaturação e desova
d entre a

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
224
primaavera e início do outono o (outubro a abril) na re
egião costeira adjacentee ao estuário
o da Lagoa dos
d
Patoss, no Rio Grande do Sul.

Figura 109 ‐ Linguado, Paralichthys orb


bignyanus.
Fonte: Luis André Samp
paio

5.1.6.6 Habitat
H

São animais demersais, oceanódrromos (Riede, 2004). São o encontradoos em áreas estuarinas, em
lagun
nas costeirass e em zonass marinhas, eem profundidades varianndo de 1 a 445 m, mais frrequentemente
em ágguas entre 1 ‐ 20 m de profundidade
p e (Díaz de Asstarloa & Munroe, 1998).. Geralmentee encontram
m‐se
enterrrados na areeia ou camufflados ao am
mbiente.

5.1.6.7 Alimentaçã
A ão

O linguaddo P. orbign
nyanus apreesenta boca, dentição e estômago adaptados funcionalme
f nte
para a predação.. Em regiõe es estuarinass não demonstram sele etividade de presas, senndo oportunista
quanto à alimen ntação. Poliq
quetas e cruustáceos são o mais impo ortantes paraa juvenis (C
Carneiro, 199
95).
Adulttos alimentaam‐se de esppécies pelág icas e bênticcas de crustáceos (peneeídeos e braquiúros), e, em
menoor escala, de peixes (Díaz de Astarloaa & Munroe,, 1998).

5.1.6.8 Condições
C ambientaiis

Os estudoos da tolerância de P. oorbignyanus a parâmetro


os físico‐quím
micos demonstraram quue a
espéccie está adaaptada a umma ampla faiixa de parâm metros ambientais, o quue a torna atrativa para o
cultivvo

Testando
o a tolerância
a a estresse hipo e hiperrosmótico, Walesiesky
W ett al. (1995) observaram
o q
que
os lin
nguados pod
dem sobrevivver durante longos perío odos em águuas com baixxas salinidad des. Sampaio
o&

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
225
Biancchini (2002) estimaram o ponto iisosmótico de d P. orbiggnyanus em 328 mOsm m/kg H2O, que
q
correesponde a 10,9
1 ups de salinidade. Avaliando o crescimento de P. orb rbignyanus Sampaio
S (19
999)
encon ntrou os melhores resulttados em sal inidades 30 e 11, comparados com ssalinidade 2 ups.
u

O linguado é uma espécie eu ritérmica e apresenta limites de tolerância à temperattura


tempperaturas enttre 8 a 10 oC (mínimas) e 30 a 31 oC (máximas). De
D acordo coom Wasielesky et al. (199 98),
o
quando os linguaados são submetidos a teemperaturass de 10 C ap presentam d ificuldades para
p a digesttão,
tendo
o sido observvado até a re
egurgitação dde alimento.

5.1.6.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Ainda nãão é cultivado em escala comercial no


n Brasil. A FURG
F realizaa estudos sobre seu cultiivo,
mas aapenas em escala
e experimental.

5.1.6.10 Statu
us tecnoló gico

Reprrodução e alevinage
em
A reprodução de lingguado é obttida regularm mente com o uso de reeprodutores capturados no
mar. Já foram obtidaso desoovas naturaiis de reprod
dutores aclimatados aoo cativeiro, apenas com m o
contrrole da temp peratura e do
o fotoperíoddo, mas norm
malmente as desovas sãoo obtidas com a induçãoo da
ovulaação. Para issso, reprodutores capturrados na nattureza são transferidos para laborattório, onde são
sexaddos. As fêmeeas passam por p uma bióópsia gonadaal para verificar o diâmeetro dos ovócitos. Ovóciitos
maiores que 350 0 m respondem bem a uma única injeção de HCG H (250 UI// kg), LHRHa a (50 g kg) ou
extrato bruto de hipófise (3 mg/kg). Ovóócitos e esperma são exxtrusados maanualmente e a fertilização
artificcial é feita. Os
O ovos não fertilizados se depositam
m no fundo e podem seer facilmentee separados dos
d
ovos viáveis, que flutuam (Cerqueira et all, 1997; Robaaldo, 2003).

Cerqueiraa (2005) reallizou a reproodução induzzida de P. orrbignyanus eem laboratórrio e descrevveu


seus estádios de desenvolvim mento. O ovvo é livre e flutuante, caracteristicaamente pelágico. A eclosão
ocorrreu num período de 40 a 50 h após a fecundação o, em tempe eraturas de 118 a 20 oC. As
A larvas recéém‐
eclod
didas mediram 2,04 ± 0,0 024 mm, o ssaco vitelino bastante vo olumoso, a ggota de óleo em sua porção
posteerior e pigmeentação reduuzida e esparrsa.

A larvicultura deve ser


s feita em água salgad da, com tem
mperatura d e 23°C (Oka amoto, 2004
4) e
iluminação constante (Louzad da, 2004), m as os juveniss podem exp
perimentar teemperaturas mais elevadas
e um fotoperíodoo de 18 luz e 6 escuro devve ser provid
denciado parra otimizar o crescimento.

Um dos maiores de esafios para viabilização o das larvicculturas de linguado em m larga esccala
realizzadas no Braasil tem sido as elevadass taxas de mortalidade
m observadas
o nnessa fase e as dificuldades
de su ubstituição dos
d alimento os vivos porr inertes ou mesmo enccontrar alim entos vivos que propiciiem
melhores resultados. Almeida a (2006) rea lizou estudo para testar a utilização de copépode Acartia tonsa
como o alimento vivo exclusivo o na larviculttura de P. orrbignyanus. Os resultadoos mostraramm que as larrvas
de lin
nguado se alimentaram efetivament
e e de A. tonssa completanndo a metam morfose entrre o 19° e o 22°
dia.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
226
Os cultivoos larvais dee P. orbignyyanus realizaados na Esta ação Marinhha de Aquicu ultura da FU URG
(EMA A) são realizaadas em dua as fases, uttilizando‐se alimentos
a vivvos. Logo appós o términ
no das reserrvas
vitelín
nicas (3° dia de vida), são
o utilizados rrotíferos. Qu
uando a larva
a apresenta eem torno de 15 dias de vida
v
(5 ‐ 7 mm), graadualmente são introduuzidos náuplios de artê êmia, os quuais são utilizados até sua
substtituição por dietas
d inerte
es após comppletarem a metamorfose
m (10 ‐ 15 mm
m) (Bianchini et al. 2005)..

Alevinos devem ser cultivados em


m tanques de e fundo plano. A temperratura deve ser
s mantida em
o
26 C
C, a salinidade pode ser re
eduzido paraa 10 ups e o fotoperíodo é mantida eem 18 h diáriias de luz.

O canibalismo é uma a característiica comum na fase de alevinagem


a ee, ainda que
e isso provoq
que
elevaadas taxas dee mortalidade, ainda é baastante difícil de se contrrolar este prooblema.

O desmame, ou seja, a substitui ção do alimento vivo po or alimento inerte é um ma etapa críttica
para a produção de alevinos de peixes m marinhos. Rocha et al. (2008) avaliaraam o efeito o do períodoo de
co‐aliimentação (aalimento vivvo e inerte) ssobre a sobrrevivência, o crescimentto e os custoos de produção
de ju
uvenis de P. orbignyanuss. Durante o período de e co‐alimenta ação, os juveenis (idade inicial 32 dias)
recebberam artêm mia enriqueccida juntameente com ração. Ao final do experim mento (76 dias),
d os juveenis
alimeentados excclusivamente e com artêêmia enriqu uecida apresentaram ssobrevivência a (82%), peso
(480±±157mg) e co omprimentoo (35,5±5,0mmm) significattivamente maiores
m que oos juvenis alimentados com
c
raçãoo. Os resultaados obtidoss demonstra m que os lin nguados alim mentados exxclusivamentte com artêm mia
apressentam melh hor performaance do que aqueles alimmentados com m ração.

Com relação à tempe eratura em qque as larvass devem ser cultivadas, O Okamoto (20
004) sugere que
q
a melhor temperatura é de 232 °C, pois a maior tolerâância à inanição e sucessso da metam morfose conffere
maior qualidade às larvas. Quanto
Q ao footoperíodo, Louzada (20 004) sugere que até os 20 dias apó ós a
eclosão, as larvas devem permanecer em m 24 h de luz para favo orecer a alim
mentação, uma
u vez quee os
linguaados são preedadores vissuais, após eeste período,, as larvas devem ser maantidas em 18 h de luz por
dia.

A maior parte dos estudos com crescimento o de linguad dos tem sidoo realizada com
c larvas, em
laborratório, como é o caso do d estudo reealizado porr Cerqueira et al. (1997)), que cultivvaram larvas de
linguaado utilizand
do até 30 larrvas/L. Após a metamorffose, aos 25 dias, Bianchiini et al. (200
05) citam quue o
cresccimento se torna
t difere
enciado em um mesmo o lote, havendo a neceessidade de separação por
tamanho para evitar o caniba alismo e aummentar a sobrrevivência. Trabalhando
T com juvenis, Sampaio ett al.
(20011) observaraam que, dura ante a fase jjuvenil, as fêmeas
f de P. orbignyanuus apresenta am crescimento
maior que os machos.
m Paraa Bianchini eet al. (2005 5) melhores resultados poderiam ser s obtidos em
densiidades mais elevadas do que 3 indivííduos/m², po ois altas densidades são estimuladorras de consumo
de alimentos. Daniels & Ga allagher (20002) se referrem às altas densidadees como esttimuladoras de
consuumo de alimentos, estocando juveniss de 100g naa densidade de 150 indivvíduos/m².

Engo
orda
Nos EUAA, linguados do Atlânntico (Hippo oglossus hiippoglossus) estão sen ndo cultivaddos
experrimentalmen
nte em gaiola as submersaas de grande volume a 12
2 m de profuundidade em águas pristinas
do go
olfo do Maine, a seis milh
has da costaa de New Hampshire (OOOA, 2007). O primeiro cicclo de produção

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
227
durouu 2,5 anos. Foi o tempo
o necessário para os peixes atingirem
m 3 a 4 kg e a produçã
ão chegar a 1,5
tonelladas (Chambers, 2010).

Linguados (Hippoglosssus hippogllossus) têm sido cultivad dos em tanqques‐rede e em gaiolas na


Europpa (Hawart et
e al., 2007).. No entantoo, apesar doo elevado valor de mercaado, o custo de produçãão é
alto e o tempo ded cultivo co onsiderado llongo. Na esscócia, nove
e empresas eestavam em m operação em
2005 e a produção chegou a cerca de 2230 tonnes duranted o pe
eríodo 2003 ‐2005 (FRS,, 2005). Dep pois
disso, a produçãoo caiu e a Esccócia para appenas uma ce
entena de tooneladas, desstinada a nicchos específicos
de mmercado. Na Noruega fo oram conce dida cerca de 100 licenças para o cultivo de linguados e a
produução chegouu a 1.000 ton neladas em 22005. Mas, a maior parte da produçã o é feita em terra e não em
tanquues‐rede (Haawart et al., 2007).
2

O Laboraatório de Maricultura
M ddo Instituto Nacional de e Investigac ión y Desarrrollo Pesquero
(INIDEP), localizado em Mar del Plata, AArgentina, iniiciciou o dessenvolvimentto da tecnologia de culttivo
do linguado P. orbignyanuss em 2002. Desde enttão têm sido realizadoss estudos destinados ao
desennvolvimento o das técnicas de produução de juvvenis destinados à pré‐‐engorda e engorda com c
formulação e elab boração de dietas
d peletizzadas (Muelller et al., 200
06).

No Brasil, pesquisas com P. orrbignyanus têm


t sido re
ealizadas priincipalmentee na Fundação
Univeersidade Fed
deral do Rio Grande
G (FUR
RG) e na Univversidade Federal de san ta Catarina.

Um fato positivo enffatizado por Robaldo (2003) é a ad daptação daa espécie aoo cativeiro. Este
E
autorr diz que lingguados captu
urados no am
mbiente demmoram um po ouco para see alimentarem. Porém, com
c
o tem
mpo, estes paassam a se deslocar em bbusca do alim
mento ofereccido.

Wasieleskky et al. (11994) relataaram que P. P orbignyan nus apresennta consumo de oxigêênio
relatiivamente baixo, o que lhe confere a possibilidade
e de ser cultivado em deensidades ele
evadas.

Sampaio et al. (2001)) produziramm linguados com


c peso médio de 1500 g em um an no, partindo
o de
alevin
nos de 3 g. Estudos
E mais recentes m mostram serr possível atingir 250 g eem um ano e 500g em dois d
anos de cultivo, iniciando a produção ccom larvas recém‐eclod didas. Uma dificuldade encontrada no
maneejo do cultivo
o do linguado é o seu creescimento he eterogêneo. Ao final doss dois anos de
d cultivo forram
obserrvados indivíduos com 1.800g
1 e 1922g, uma diferrença de qua
ase 1000% eentre o peso o dos indivíduos
maiores e dos meenores (Cavaalli & Sampai o, 2005).

Sampaio, 2008, realizzou um estuddo para avalliação do desempenho eem condições de cultivo em
viveirros abastecidos com ággua estuarinna, do lingu uado Paralichthys orbignnyanus e da a tainha Mu ugil
plata
anus (Guntheer, 1880). O autor testouu duas densidades de esstocagem dee juvenis de linguados, com c
peso inicial 27,588 ± 5,53g e comprimento
c o de 14,51 ± 1 cm, utilizzando‐se 4 e 8 juvenis/m
m² (1:4 e 1:88) e
tainhas Mugil plaatanus, com peso inicial dde 31 ± 4.02 g e comprim
mento de 14,,00 ± 0,50 cmm, utilizando
o‐se
8 juvvenis/m² (1:88), em um policultivo
p dee dois tratammentos comm três repetiçções. Os peixes receberram
raçãoo extrusada, na proporçã ão de 8% (teemperatura ≥ 16ºC), 4% (temperaturra ≥ 10ºC e < 16ºC) do peso
vivo e não recebeeram ração (temperaturra < 10ºC), durante o outono e inverrno, em um período de 192 1
dias. Os viveiros foram
f aduba
ados mensalm mente com esterco
e bovino curtido n a proporçãoo de 200g/m²². O
estuddo concluiu que
q os resulttados obtidoos foram influenciados pela temperaatura, pela sa alinidade e pelo
p
pH daa água dos viveiros.
v Os resultados inndicaram nãão houve dife erença de crrescimento entre
e linguad
dos

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
228
em densidade 1:4 e 1:8 A sobrevivvência de linguados na densidad e de estoccagem 1:8 foi
signifficativamente maior que a sobrevivê ncia em densidade de esstocagem 1:44.

Muller ett al. (2006) realizaram


r esstudo para te
erminação de linguados em sistema de recirculação
de ággua de mar. Os peixes erame alimenntados duas vezes ao diia com dietaa formulada pelos próprrios
autorres (31,01% de proteínas; 10,23% dde lipídios; 7,58%
7 de carboidratos;; 11,25% de cinzas; 39,9
93%
umidade). A salinidade variou entre 330 e 34 ups e as concentrações de oxigênio o dissolvido se
manttiveram entree 6,60 e 7,80.

Os autores iniciaramm seus estuddos com peixes pesando cerca de 15g. Após 10,6 1 meses, os
animais haviam atingido
a 0,5kkg. Após mai s 2,1 meses cerca de 22.5% dos indiivíduos atinggiram entre 800
8
g e 1,,5 kg, dos qu
uais 10% deles tinham m mais que 1 kgg. As taxas de sobrevivênncia, converssão alimentaar e
cresccimento espeecífico foramm de 94,8%, 0,97 e 0,25% %, respectivaamente. Essses númeross dão uma id deia
do po otencial aquícola da esppécie. O linguuado chilenoo P. adspersus e o linguaado P. olivacceus demoraam,
respeectivamente,, 2,8 e 1,4 meses para at ingir 1 kg de peso (Silva, 2001; Kikucchi & Takedaa, 2001).

5.1.6.11 Prod
dução e meercado

Segundo Pacific Seaffood Group (2002), maais de um milhãom de ttoneladas dee linguado são
desem mbarcados em e todo o mundo a c ada ano De entre as várias espéciess comercializzadas, algummas
caraccterísticas sãão comuns neste
n grupoo de peixes: possuem uma delicadaa carne bran nca, levemente
adociicada, bastan nte apreciad
da por chefs de cozinha. Na verdade, há ligeiras variações na
a coloração dos
d
filés. Aqueles oriundos da região dorsal ssão mais groossos e escuros, enquan to os da reggião ventral são
mais finos e claroos.

A espéciee que atinge o maior vallor de mercaado é o ling guado verdaddeiro, Solea solea, pescaado
no Attlântico Norrte. Pequena
as quantidaddes deste pe eixe são exportados paraa restauranttes de luxo dos
d
EUA, a maior partte da produçção, no entannto, é comerrcializada na Europa.

Outra esppécie de lingguado, Microostomus paccificus, que é pescado aoo largo da Co


osta Oeste e no
Alascca, é um espéécie comercializada por valores muitto menores queq o seu hoomônimo europeu.

Limanda aspera é um ma espécie qque atinge menos


m de meio
m quilo. MMais de 1000.000 toneladas
dessaa espécie sãão capturada as anualmeente através da pesca de d arrasto n o Alasca. Quase
Q toda esta
e
captu
ura é exportaada para a China, onde oos filés são prrocessados e reexportaddos para os EUA
E e o Canaadá.
O baiixo preço é o maior atrattivo dessa esspécie.

Paralichth
hys californiccus, é captu rado na costta da Califórnia e no Mééxico e pode atingir maiss de
40 Kgg, mas sua pesca é basstante pequuena, apenas cerca de 250 toneladdas são dese embarcadas no
mercado norte‐am mericano a cada
c ano.

Embora sejam
s registrradas mais dde 30 espéciees de linguad
dos marinhoos ou estuarinos no Sudeeste
e Sull do Brasil, as espécie es mais reppresentativaas na pesca comercial, por atingire em os maio ores
tamanhos são: linguado‐are eia (Paralichhthys isosceeles e P. triocellatus),
t o linguadoo‐vermelho (P.
orbig
gnyanus) e o linguado‐bra anco (P. pataagonicus) (IC
CMBIO/CEPSUL, 2008).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
229
Os linguaados são considerados peixes nobres e alguma
as espécies possuem grrande intereesse
comeercial. O abastecimento o do mercaddo se dá exclusivamente através da pesca. São
S capturad dos
especcialmente coom arrasto duplo (tangonnes) e emalh
he.

A frota dee arrasteiross de tangonees que atua no


n Sul do Bra
asil está sedi ada, em maior número, em
Itajaí,, Santa Catarina, e desembarca tantto no porto de d origem coomo em Rioo Grande. De evido ao gran
nde
esforrço de pesca,, as capturass vêm decainndo nos últimmos anos (ICM
MBIO/CEPSU UL, 2008).

O valor de
d mercado de um dete rminado reccurso permitte avaliar co mo os aspecctos comercciais
podem ser decisivos na viabbilização ou não de emp
preendimenttos aquícolass e como é fundamentaal a
buscaa por novos mercados.
m

Segundo o Ibama (20 010), o preçoo de 1ª come ercialização do linguado oriundo da pesca no Brrasil
variou entre R$ 2,00
2 e R$ 3,550. Na Europpa, o preço médio
m de com
mercializaçã o do linguad
do em 20077 foi
€ 10,40. O custoo de produçãão de linguaddos em cultivos realizados em gaiolaas submersas nos EUA é de
US$ 66,46 (NOAA, 2004). Na Europa
E o preeço do robalo o Scophthalm mus maximuus depende do d tamanho dos
d
exemmplares comercializados. Peixes se lvagens de 1 a 2 Kg são s comerciaalizados porr cerca de US$
U
10,400/Kg, peixess de 2 a 3 são comerrcializados a US$ 12,40 0/Kg e exeemplares de 3 a 4 Kg são
comeercializados a US$ 17,90//Kg (Eurofishh, 2007). Já o robalo Scophthalmus rrombus atingge preços mu uito
mais elevados nesse
n mesmo mercado europeu. Exemplares
E selvagens com mais de 800 g são
comeercializados a US$ 27,00/kg, enquaanto peixes cultivados são s comerccializados por valores que
q
variam entre US$$ 11,40/kg (im
mportados) a US$ 21,40//kg (cultivados na Europaa).

Segundo Muller et al. (2006) , o rrendimento da carne do linguado P. orbignyanuss é de cerca de


43,1%
% para filés sem
s pele e de
d 57% paraa filés com pele,
p sendo que
q a carne de linguadoos cultivados foi
mais rica em lipíd
dios e umidadde que a de animais selvvagens.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
230
5.1.7
7 Pampo (Trachinotus carolin
nus)

Figura 1100 ‐ Trachinotu


us carolinus (P
Pampo)
FFonte: (MOTEE Marine Labo
oratory)

Nos Estaddos Unidos, desde 1952 existem relatos de pesq


quisas sobree a produção
o do pampo em
cativeeiro. Várias outras tenttativas ocor reram durante as déca
adas de 19660 e 1970, porém sempre
frustrradas.

Quase to odas as pessquisas envoolvendo pam mpo foram realizadas com alevinos de anim mais
selvagens, devidoo à falta de confiabilidad
c de e imprevissibilidade das desovas dee pampos em
e cativeiro. Na
décadda de 1970, pampos juve m gaiolas de alumínio dee 1m3 na Flórrida, com alggum
enis foram cuultivados em
sucessso. Esse ten
ntativa mostrrou que pam mpos juvenis podem ser cultivados
c coom sucesso desde 7 g atté o
tamanho de merccado (cerca de d 454 g) em m 47 a 51 sem
manas.

Tanques e gaiolas de e madeira fooram usados na Venezue ela na décadda de 1970, com resultad
dos
bastaante variáveis (Smith, 19
973; Jory et al., 1985). As
A gaiolas estavam posiicionadas em
m áreas de alta
a
salinidade e temp q resultou em surtos de doenças e mortalidadee elevada.
peratura, o que

Os pamp pos são anim


mais relativaamente resisstentes e beem adaptaddos ao cultivvo, mesmo em
sistem
mas de alta densidade.
d Porém,
P váriass barreiras precisam
p ser superadas ppara que os cultivos
c posssam
alcannçar o nível de sucesso comercial: pprodução confiável de alevinos e ju venis; desennvolvimento de
alimeentos formulados que proporcionem m o máximo rendimento o para a esppécie (sem issso, as taxas de

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
231
conveersão alimen
ntar obtidas podem variaar de 2 a mais de 6 (Jory et al., 19885)); controlle adequado
o de
doenças.

5.1.7.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Cho
ordata
Superclassse ‐ Osteichthyes
Classe ‐ Actinopteryg
A ii
Ordem ‐ Perciformes
Família ‐ Carangidae
Gênero ‐ Trachinotus
Espécies ‐ Trachinotus carolinus ( Linnaeus, 17
766).

5.1.7.2 Área
Á de Occorrência

Segundo Menezes & Figueiredo ((1980), na costa Atlânticca, desde o sul dos Estados Unidos até
ao noorte da Argentina, são coomuns algum mas espéciess do gênero Trachinotus,, entre elas o T. carolinuss, o
T. goodei e o T. falcatus
f (citado por Limaa apud Scorvo Filho et al., 1987). Seggundo Weiricch et al. (200
08),
arolinus ocorrre em uma
T. ca a larga faixa do oceano Atlântico desde
d o estaado de Masssachusetts nos
dos Unidos até Santa Cattarina no sul do Brasil (Figura 111). Porém,
Estad P os daados estatísticos pesqueiiros
brasileiros tambéém registramm desembarqques de pamp po no Rio Grrande do Sul..

Figura 111
1 ‐ Área de o corrência do do Pampo (Trrachinotus caarolinus)
Fonte: FishBase

5.1.7.3 Porte
P

O tamanho comum dos pamposs adultos é de 40 cm (C Cervigón et al., 1992), sendo


s 64 cmmo
máximmo já relatado (Robins, 1986). Quannto ao peso, o espécime mais robustto registrado
o atingiu 3,7
7 kg
(IGFA
A, 2001).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
232
5.1.7.4 Morfologia
M a

Seu corpoo tem forma ato losangulaar e é fortem


mente comp primido. É prrovido de na adadeira cau
udal
furcada, que connfere à espéccie força e ggrande rapiddez, caracterrística que see estende aos outras cinnco
espéccies de pamppos (Figueire
edo & Mene zes, 1978). O dorso é cin nza‐azulado, com os flanncos mais claaros
e o vventre é amaarelo‐douraddo. O focinhho é rombud do e a peque ena boca nãão tem dentes nas maxilas.
Têm forte dentiçção na faringge, distribuí da em três grandes placas usadas para triturar alimentos. As
escammas são pequenas e estã ão inseridas nna derme, daando a impreessão de ser um tipo de couro.

5.1.7.5 Reproduçã
R ão

A idade ded maturaçã ão é de um aano para os machos e 2‐3 2 anos parra as fêmeass (Muller et al.,
2002). A época de d desova do pampo naa Flórida é prolongada,
p mavera até o outono, com
dura da prim c
picoss em abril ‐ junho e setembro ‐ outu bro (Gilbert,, 1986). A deesova geralm
mente ocorree no mar e tem
t
sido evidenciada com base na n coletas dde larvas e de
d peixes póós‐desova (GGilbert, 1986
6; Muller et al.,
2002). Finucane (1969)
( coletoou pequenass larvas (3,0 ‐ 4,5 mm) em águas a 224 km da cossta na região
o do
Golfo
o do México o. Estimativa
as de fecunddidade variaam entre 133.000 ‐ 8000.000 ovos por p temporaada,
dependendo do porte
p do peixxe (Finucanee, 1969).

5.1.7.6 Habitat
H

Devido aoo seu habitoo alimentar, seu habitat preferido sã


ão as zonas de arrebenttação de praaias
areno
osas, costõees e lajes, na
as quais perrmanece jun nto ao fundoo à procura de alimento os expostos ou
desgaarrados pela ação das onndas. São enccontrados em
m profundidades de até 770 m (Cerviggón, 1993).

5.1.7.7 Alimentaçã
A ão

São carn nívoros e alimentam‐see principalm mente de crustáceos


c ((tatuís, siriss, caranguejjos,
camaarões, cracass, etc.) e mo oluscos (marriscos ‐ mitilíídeos, berbig
gões ou masssunins, alm mejoas ‐ lucinnas,
etc.) que vivem enterrados na areia ouu sobre roch has e, quand do maiores, também se e alimentam de
pequenos peixes (Main et al.,, 2007). Estuudos realizad dos com juve enis do T. carrolinus, permmitiram conccluir
que, para o máximo crescim mento e efici ente converrsão alimentar, a exigênncia mínima de proteína na
dieta é de 45 % (LLazo et al., 1998).

5.1.7.8 Condições
C ambientaiis

Esta espéécie possui uma


u tolerânncia a salinid
dade muito grande,
g desdde 0 ‐ 50 up ps (Main et al.,
2007). Em condiçções de labo oratório, Mooe Jr et al. (1968) foram
m capazes dee aclimatar a 9 ups e, em
seguiida, a 1,3 ups sem oco orrer mortanndade. Juven nis são capa
azes de toleerar salinidaades tão baiixas
quanto 9 (Gunter & Hall, 1963) e tão el evadas com mo 50 (Perre UA), adultos de
et, 1971). Naa Flórida (EU
pamppo são raros em águas co om salinidad e abaixo de 25 ups, prefe
erindo salini dades de 28 ‐ 37 ups.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
233
Os pamp pos não toleeram o frio. As pesquisaas demonstrraram que eeles apresen ntam stress em
tempperaturas enttre 10° e 12°°C e chegam a morrer em m condições de mudançaas extremas de d temperatura
em ccurtos intervalos de te empo. Moe Jr. et al. (1968) estudaram os eefeitos de diminuição d das
tempperaturas emm pampos, ve erificando si nais de estreesse quando o a temperattura começoou a cair, a 12,2
1
°C. A temperatura crítica mínima deterrminada nesste estudo foi de 10 °CC, enquanto a temperatura
máximma foi de ceerca de 38 °C
C. De acordoo com estudo os, a faixa de
e temperatu ra entre 25 e 30 °C é a que
q
apressenta as mellhores respoostas de engoorda dos juvvenis, enquanto a partir dos 34°C, o ganho de peso
passaava a sofrer uma
u redução o significativaa (Main et all., 2007).

Berry & Iversen, 19667, relataramm que na árrea de Tamp pa Bay (Flóriida, EUA) o pampo, hab bita
águass com tempeeraturas quee variam entrre 17 ‐ 32 °C o entanto, sabe‐
C, mas preferrem as de 288 ‐ 32 °C. No
se qu
ue os pequeenos juveniss podem supportar temp peraturas consideravelmmente mais elevadas,
e co
omo
muito
os tendo sido observado os em poças amostradass no litoral da
d Flórida (E UA), onde as temperatu uras
podem ultrapassaar 45 °C (Gilb
bert, 1986).

A taxa dee oxigênio disssolvida citadda nas biblio


ografias consultadas nuncca foi inferio
or a 4,0 mg/LL.

5.1.7.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Nenhum

5.1.7.10 Statu
us tecnoló gico

Nos últim
mos anos, em e estudos com sistem mas de recirculação dee água RASS (Recirculatting
Aquaculture Systtems) (Figura a 112), condduzidos na Universidade
U e Estadual dda Louisiana pelo professsor
Charlles R. Weirich, os pampoos atingiram em aproximadamente quatro mesess o peso com mercial de 45
50 g
e aoss nove mesess de cultivo chegaram
c as 700 g, com 95% de sobrrevivência (W
Weirich et al., 2008).

O RAS co onsiste em ta
anques de poolietileno de e alta densidade de 3,3 m m³, equipadoos com sisteema
de filtragem de sólidos, filtro
os biológicos e esterilizad
dor por raioss ultravioletaa. O sistema possui aeração
e aquuecimento constantes,
c mantendo
m oss níveis de oxigênio
o disssolvido entree 5 e 10 mgg/L e condições
ideaiss de temperratura (22 a 26°C). Quaanto a salinidade, esta é mantida a 35 com a utilização ággua
marinnha artificial.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
234
Figura 112 ‐ Sistema de recirculação de água.
monitor.
Fonte: CSm

As técniccas atuais de reproduução em caativeiro do pampo gerralmente uttilizam anim mais


captuurados no am mbiente natu ural, com reddes de emalhhar ou linha e anzol, senddo que as redes de emalhar
demo onstraram maior
m seletividade e a li nha e anzol menos stre ess no manuuseio e conssequentemente
meno os lesões (M Main et al., 2007).
2 Os peeixes capturaados são tra
ansportados para a costa em caixas de
transsporte com aeração
a constante, e trannsferidos parra tanques ou viveiros, o nde são observadas as suas
caraccterísticas sexuais e reproodutivas (Figgura 113).

Figurra 113 ‐ Tanquue de recepçã


ão e observação dos pamppos.
FFonte: (Main et al., 2007)

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
235
Esses ind
divíduos são
o induzidos a desovas por intermédio de téccnicas de manipulação
m de
temp
peratura e fotoperíodo,
f , e aplicaçãão de horm mônios reprodutivos, q ue são adm
ministrados via
musccular, conforme o peso co
orporal dos aanimais (Figu
ura 114).

Figura 114 ‐ Aplicaç ão intramusccular de hormônio reproduutivo.


Fonte: (Ma in, Rhody, Nystrom, & Resley, 2007)

Os ovos fertilizados
f são
s flutuantees, transpare entes, com aproximadam
a mente 1 mm
m de diâmetrro e
uma única gotícuula de óleo. AsA larvas reccém‐eclodidaas medem aproximadam mente 2 mm e possuem um
grandde saco vitellínico. Após sete dias daa eclosão (a uma temperratura consttante de 28°C) o vitelo está
e
totalm
mente absorrvido, os olh hos são visívveis e a bocaa completam
mente formaada. Já a traansformação da
larva em juvenil começa co om aproximaadamente 24 2 dias apóss a eclosão,, quando se e observa uma
u
pigmentação ao longo de toda a lateral doo corpo dos animais (Ma ain et al., 20007).

Do segun
ndo dia apó ós a eclosãão até aproximadamentte 10 dias, as larvas de d pampo são
alimeentadas com m rotíferos e a partir doo décimo diaa, a artemia
a é adicionadda à sua dieeta enquanto a
oferta de rotíferros é reduzida gradativaamente. Em m paralelo se e inicia a inntrodução de um alimento
artificcial com 55%
% de proteína bruta, da m
mesma colorração da artemia. Essa ddieta passa a ser exclusivva a
o
partirr do 21 dia pós‐eclosão.
p

No estaddo da Florid da, nos Estaados Unidoss, existem cultivos expeerimentais de d pampos em
tanquues, tanques‐rede e vivveiros, entreetanto o tempo de cultivo necessáário para alcançar o peso
nua muito alto tanto paara os tanq
comeercial contin ques quanto para os taanques‐rede e viveiros. As
pesquuisas recentees registram uma maior eficiência daa conversão alimentar quuando os juvvenis da espéécie
recebbem pequenas quantidad des de alimeento artificiaal várias veze
es ao dia. E ttambém sugerem que, pelo
p
fato d
do pampo seer um peixe muito ativo, elevadas de ensidades de e estocagem restringem o seu ganhoo de
peso (Groat, 20022).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
236
Figuura 115 ‐ Juve
enis de pampo
o.
FFonte: Chrisdiixon Studios

Atualmennte, estudos dirigidos aoo cultivo de pampo em diferentes ffaixas de salinidades e com
c
difereentes densid
dades de esto
ocagem estãão em curso, objetivando
o determinarr a densidade e de estocaggem
mais convenientee para a proddução em esccala comercial.

Requuerimento os técnico
os para cultivo das
d espéc
cies avaliiadas parra as áre
eas
seleccionadas
De modo geral as esp
pécies de pam
mpo adaptam m‐se facilmente a sistem
mas intensivoos de criação e a
dietas formuladaas, com boa as taxas de crescimento o (Lazo et al.,
a 1998). Esstas caracte erísticas pod
dem
favorrecer a sua produção coomercial, emmbora as taxxas de conve ersão alimenntar até então obtidas nãon
serem
m ainda muito satisfatórrias (Heilmann & Spieler 1999),
1 o que
e suscita a nnecessidade de desenvollver
raçõees que atend
dam as suas exigências
e nuutricionais e proporcione
e melhor eficciência alime
entar.

5.1.7.11 Prod
dução e meercado

Segundo os dados esttatístico de ddesembarquue pesqueiro da FAO, a ccaptura do pampo ocorreeria


apenas nos Estados Unidos (FAO, 20066), sabe‐se que q a espécie ocorre em m boa parte e da costa das
Amérricas banhad
da pelo oceano Atlânticoo, região comm elevada cooncentração do esforço ded pesca, deesta
formaa seu desem
mbarque é muito
m superrior ao catalogado. A estatística peesqueira bra
asileira indica a
captu
ura do pamppo em estados da regiãoo nordeste, sudeste
s e sul, com o Rioo Grande do Sul com maaior
volum
me desembarcado historricamente.

Devido a insuficiente quantidade de dados de e desembarq ão dos estoques


que, a análisse da situaçã
de paampo fica co
omprometida a. Consideranndo os dado os obtidos, ob
bserva‐se quue não há um ma regularidaade
no vo
olume de cap ptura anual, a Figura 1166 abaixo representa o vo
olume desem mbarcado anualmente en ntre

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
237
2001 e 2006, notta‐se uma redução consttante da captura do pam
mpo entre 20001 e 2003, em
e 2005 oco orre
o maaior desemb barque obserrvado no peeríodo (1.116 t), e em 2006 há umma redução significativa do
volumme capturado (669 t), mesmo assim bem superio or a média de
d captura eentre os prim
meiros três anos
obserrvados (415 t). Aparenttemente houuve um aum mento no essforço de peesca sobre os
o estoques de
pamp po promoven ndo elevação
o no volumee desembarcado entre 20
004 e 2006, com os estooques acusan ndo
fragilidade no último ano.

ue mundial do
Desembarqu o pampo entrre 2001 e 200
06 segundo oss dados da
FAO e IB
BAMA
1.200,0
0
1.116,3
1.000,0
0
Desembarque (t)

800,0
0 714,4
4
669,9
600,0
0 481,7
395,0 369,6
400,0
0

200,0
0

0,0
0
2001 2002 2003 2004
4 2005
5 2006
6

Figura 116 ‐ Desembarqu


ue mundial de
e pampo.

O pampo o ocorre em m toda a exxtensão da costa brasileira, com maior volum me de capttura
obserrvado na reggião sul, seggundo os daddos da estattística pesqu
ueira do IBAM MA de 2006 6. Em Sergipe o
pico d
de desembarque foi obsservado em 22005 com 6,5 t, já em 20 006 o volumme capturado o caiu para 3,5 t
(IBAM
MA, 2006), seeguindo a tendência obsservada no desembarque e mundial cittada anteriorrmente.

Os dados estatísticos da FAO indiccam a produ


ução aquícola a do pampo nas Bahama
as entre os anos
2004 e 2006, com
m volumes prroduzidos dee 3 t nos doiss primeiros anos e 22 t em
m 2006.

Assim com mo em grand de parte dass espécies de mpo possui elevado valorr de
e peixes marinhos, o pam
mercado, este vaalor tende a se elevar em m virtude daa redução doos volumes dde captura que
q influenciiam
diretaamente o preço
p de primeira comeercialização, como pode ser observvado na figu ura abaixo, que
q
repreesenta a relaação entre desembarque
d e e preço dee primeira comercializaç
c ção do pampo nos Estad dos
Unidoos entre 199
96 e 2006.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
238
Relação entre
e desemb
barque e preçoo de primeiraa comercialização do
pampo nos Esttados Unidos
40
00,0 61,1 375,1
36 9,00
7,43 7,57 7
7,71

i i comercialização
6,93 8,00

i li ã
35
50,0 6,5
53 6,96 8,33 8,46
6,77
Desembarque (t) 30
00,0 7,00
5,69 5,81
266,7 22
23,2 6,00
25
50,0 2444,9 2
208,2
183,5 178,11
177,9 5,00
00,0 171,0
20 156,8

(US$/kg)
4,00
15
50,0

d primeira
3,00
10
00,0 2,00
5
50,0 1,00

de
0,0 0,00

Preço
1996 1997 1998 199
99 2000 2001
1 2002 2003 2004
2 2005 20
006

P
D
Desembarque (t) USS$/kg

Figu
ura 117 ‐ Relaação entre desembarque e preço de prim
meira comerccialização do ppampo nos Esstados Unidoss.

De uma forma geral o mercadoo norte ame ericano de frutos do m


mar, principa
almente em se
tratando dos resttaurantes, en ncontra dificculdade em ter
t a oferta permanentee do pampo eme seus menus
(McMMaster et al.,, 2003). O filé
é de pampo (Figura 118)) é uma das principais
p forrmas de com
mercialização
o do
pamp po nos estados Unido os, com o preço do produto po odendo alcaançar os US$
U 18,00 nos
estab
becimentos comerciais
c de pescado (M Main et al, 20
007).

Fiigura 118 ‐ Fillé de pampo.


Fonte: Deepfriedkudzu

No Brasiil o pampo o é comerccializado naas feiras livvres com ppreço médio o de primeeira
comeercialização de
d R$ 3,04 o kg, Pernam buco é o esttado que reg
gistrou o ma ior preço R$
$ 6,20 por kgg do
pescaado (IBAMA, 2006).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
239
Figura 1119 ‐ Comercia
alização do pa
ampo.
Fonte: Staar Fish Compa
any.

A constantte redução an nual do volum me de captura do pescado e o aumento ccontínuo do consumo


c tenddem
a elevvar o seu valorr. Esta caracte
erística interfeere diretamen
nte na oferta de
d certas espéécies no merccado, entre elaas o
pamp po. As formass de comercia alização maiss citadas nas bibliografias consultadas, foi o pampo o inteiro, fressco,
congeelado e em forrma de filé.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
240
5.2 M
MOLUSCO
OS
A produçção de moluscos no Brassil representta apenas 4,,64% da proodução total em volumee da
aquiccultura, o qu
ue indica um
ma certa sub exploração deste
d grupo de animais, já que munndialmente esse
e
perceentual corressponde a 23%
% (FAO, 20099; IBAMA; 20
009).

A tecnoloogia de pro odução de m mosluscos bivalves


b ganhou maior importância a no País após
introddução da esp
pécie exótica
a Crassostreaa gigas no Esstado de San
nta Catarina, nos anos 80
0. Atualmentte o
estaddo é responsável por cercca de 95% dee toda a prod
dução nacionnal de bivalvves (IBAMA, 2007).
2

Depois de intensas pesquisas,


p aações de exttensão e fomento por parte das universidade
u es e
goverrno estadual por meio de
d iniciativass privadas dee cultivo, quue deflagaram m especialm
mente, açõess de
markketing e comercialização, a atividade se estabelecceu com successo. Esse saalto pode seer observadoo na
evolu
ução da pro odução brasileira de osstras, que passou
p de 28,7 toneladdas em 1991 1 para 1.3885,0
tonelladas em 20007, com cresscimento maais acentuad do a partir dee 1998. Isso de deveu emm grande paarte
pelo domínio da produção de e sementes eem laborató ório com destaque para o Laboratorio de Cultivo o de
Moluuscos Marinhhos da Universidade Fedeeral de Santaa Catarina, de d crucial immportância ne
esse processso e
implaantação de cultivos em maior
m escala, (Poli, 2004; Oliveira Netto, 2005; IBA
AMA, 2007).

Apesar do o êxito dos cultivos


c de CCrassostrea gigas,
g uma série
s de limittações para a disseminação
da esspécie ao lon
ngo da costa brasileira baarrou a sua expansão.
e Oss principais fa
fatores são a não adaptação
da esspécie a temperaturas su uperiores, naa maior partte do ano, a 20°C, e no im mpedimento o legal, já qu
ue a
espéccie é exóticca. Mas certtamente, essse desenvolvimento au uxiliou a imppulsionar o interesse pelap
produução das osttras nativas Crassostrea
C bbrasiliana e Crassostrea rhizophoraee, através da adaptaçõess de
tecno ultivo e da abbertura de mercado.
ologias e estrruturas de cu m

O estadoo catarinensse também contribuiu significativam mente para o aumento o da produção


nacio
onal de bivallves através do cultivo ddo mexilhão Perna perna a, atualmentte a espécie
e em termoss de
volum
me, mais cu ultivada no País. Entret anto, a obttenção de sementes dee mexilhão ainda depen nde
majoritariamentee da coleta extrativista nos bancos naturais. Um ma das prin cipais razõe
es atribuídas ao
nio da produ
declín ução observa ado a partir dde 2000 (Olivveira Neto, 2005).
2

As vieirass (Nodipecten
n nodosus e Euvola zicza ac), apesar doo seu alto vaalor de mercado, ainda vem
v
sendoo cultivada com
c volumes discretos nnos estados do Rio de Ja aneiro, Espirríto Santo e Santa Catariina,
enconntrando em m problemass técnicos, ambientais e, principa almente, na baixa disp ponibilidade de
semeentes, as prin
ncipais barreiras limitantees para a suaa expansão.

Outras espécies nativas de moluuscos bivalvves exploradas comerciaalmente no Brasil, como


o o
sururru (Mytella spp.) e o berbigão (Anomalocardia brasilia ana) ainda não possue em alternatiivas
tecno
ológicas paraa seu cultivo em escala coomercial.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
241
5.2.1
1 Berbigã
ão (Anoma
alocardia b
brasiliana))

Figura 120
1 ‐ O berbiggão Anomaloccardia brasilia
ana (Gmelin, 11971).
Fonte: Instituto GIA
A

Também chamado de e vôngole, mmarisco‐da‐aareia, maçunim, papa‐fum mo, pedrinhha, samanguaiá,


sarro
o‐de‐peito, saarro‐de‐pito,, chumbinhoo, e simonggóia, Anoma alocardia braasiliana está
á distribuídaa ao
longo
o de toda a costa do Brasil,
B fazenddo parte do culinária de várias reggiões, além de ter gran nde
importância sócioo‐econômica a para as communidades littorâneas.

Mas, devvido a sua boa


b aceitaçção para a alimentação
o humana, aalém de fácil localização
o e
captu
ura, populaçções de berbigões têmm sido artesanalmente exploradas indiscrimin
nadamente por
comuunidades peesqueiras tanto para o consumo de subsistê ência como para venda ao mercaado
consu
umidor (Araú
újo, 2001).

Não há ainda
a o dom
mínio das téccnicas de reeprodução, larvicultura oou de engorrda da espécie.
Assim
m, a sua prod dução em to
oda costa braasileira depe
ende da extrração da esppécie em ban
ncos naturaiss, o
que é feito de forrma totalmente sem con trole e usualmente de maneira
m rudim
mentar.

Embora seja
s uma esp
pécie de pottencial intere
esse para a aquiculturaa, muito se tem que evooluir
em teermos de co
onhecimento
o científico e de desenvo olvimento de
e tecnologiass para que a espécie po
ossa
ser em
mpregada em
m empreend dimentos com merciais.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
242
5.2.1.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Animalia
A
Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Ordem ‐ Veneroida
V
Família ‐ Veneridae
Gênero ‐ Anomalocarrdia
Espécie ‐ Anomalocarrdia brasilianna (Gmeli, 17
791)

5.2.1.2 Área
Á de Occorrência

A. brasiliiana é um molusco bivvalve amplaamente distribuído ao longo da costa brasileeira,


principalmente eme enseadass, baías e e stuários. Sua faixa de ocorrência
o eestende‐se desde
d as Índ
dias
Ocideentais (nas Antilhas),
A passsando pelo B
Brasil e cheggando ao Uru
uguai (Rios, 11994).

5.2.1.3 Porte
P

nimal estudaado media 3,82 cm de comprimento, 2,90 cm de altura, e 2,0 cm


A concha do maior an
de larrgura (Narch
hi, 1972).

5.2.1.4 Morfologia
M a

A conchaa do berbigão apresentta brilho vítrreo e colora ação amarelaada. Frequentemente há a


preseença de man elanoso, muitas
nchas ou faixas sinuosass cinza‐escuras. O interiior das concchas é porce
vezess com manch has acinzenta
adas na regiãão posterior (Boffi, 1979).

Segundo Narchi (1972), as connchas são equivalves


e e equilatera is, de form
mato trianguular,
modeeradamente infladas e bastante foortes. Aliás,, a concha já é forte e resistentes mesmo em
organ nismos jovenns. Seu exterrior é liso, exxceto nas linhas regulare
es de crescim
mento. A con
ncha, apreseenta
uma variação mu uito grande na
n ornamenttação. Internamente, a concha apressenta uma su uperfície branca
e lisaa, por vezess com uma faixa radial de roxo‐maarrom na exxtremidade posterior. O sinus paliaal é
profuundo. A cicaatriz musculaar do múscuulo adutor anterior
a é menos
m desennvolvida que
e o do múscculo
aduto or posterior.. A margem livre da conncha é crenu ulada. Ambas as válvulass têm três dentes,
d o dente
mediano é o maais desenvolvido. Lateraalmente aos os dentes há duas esstreitas regiõ ões crenuladdas,
sendaa a anterior a maior delaas.

Os sifõess são curto os e fundem m‐se na me etade de se eu comprim mento. O sifão inalantee é
relatiivamente larrgo e tem umm anel com uum grande número de tentáculos sim mples, voltad
dos para foraa ou
para dentro, ao redor
r da sua abertura. O sifão exalan
nte é tubularr, sua abertuura é menor que a do siifão
inalannte. Quandoo os sifões estão totalmeente estendidos, os tenttáculos exte rnos podem m ser tão longos
quanto a membraana valvular. A margem ddo manto te em quatro doobras e apressenta uma superfície plaana,

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
243
lisa, aas vezes com
m algumas grandes
g preggas. As bord
das livres das pregas de ambos os lados se tocaam,
envolvendo o pé quando o an nimal está quuieto (Narchi, 1972).

5.2.1.5 Reproduçã
R ão

É uma esspécie dióica


a e sem dim
morfismo macroscópico das
d gônadass, que são pa ares e que, em
ambo
os os sexos, apresentamm aspecto esbbranquiçado quando mad
duras (Grott a & Lunetta,, 1980).

A fertilizaação dos gam


metas ocorree na água e as
a larvas, apó
ós um estágiio planctônicco, assentam
m‐se
sobree substratoss inconsolidados, onde sofrem metamorfose. Conforme Mouëza ett al. (1999)), a
metamorfose oco orre quando os indivíduoos atingem 300 µm de co
omprimento..

Há indícios de que A.. brasiliana aapresente reprodução co ontínua no littoral paranaense e paulissta,
com dois picos reprodutivos
r s, um na pri mavera (settembro‐outu ubro) e outroo no outono o (março‐maaio)
(Narcchi, 1976; Booehs, 2000). Segundo
S Boeehs et al. (20 ntamentos pprovenientess da reprodução
008) os assen
na prrimavera, paarecem se caracterizar
c pela baixa taxa
t de sobrevivência ddos recrutas nos meses de
verãoo.

5.2.1.6 Habitat
H

A. brasilia
ana habita lo
ocais com ágguas calmas,, com sedime almente, areno‐
ento arenosoo e, principa
lodosso, onde se enterra sup perficialmentte (cerca de m) no sedimeento, tanto no infra lito
e 5 a 15 cm oral
superrior quanto nas
n regiões entremarés,
e incluindo as marismas e os baixios n ão vegetado
os, sendo pou
uco
frequ
uente nos maanguezais (Narchi, 1974; Monti et al.., 1991).

Na Baía de
d Guaratub ba, A. brasiliaana é encon
ntrada desdee a entrada ddo estuário, em áreas com
c
salinidade média superior a 30 ups, até setores a montante
m com salinidadee mínima de e 17 ups. Áreas
prefeerenciais de assentamennto das larvvas foram observadas na n faixa supeerior dos ba aixios, ondee as
densiidades populacionais foram significattivamente mais
m baixas (BBoehs et al., 2008).

5.2.1.7 Alimentaçã
A ão

Apresenta hábito alim


mentar suspeensívoro. O alimento
a é obtido
o atravéés de um fluxo de água que
q
passaa através daa cavidade do
d manto, ppelas brânqu uias ciliadas. Estas são alargadas e pregueadas e
funcionam como o um filtro, concentranndo partículas orgânica as, algas miicroscópicas e organismmos
plancctônicos que servem com
mo alimento para o animal (Ward, 1996).

5.2.1.8 Condições
C ambientaiis

A espéciee forma banncos natura is com biom massas elevaadas, podenndo suportar condições de
ações de sullfeto de hidrrogênio (Hiro
baixaas concentrações de oxiggênio dissolvvido e levadas concentra oki,
1977).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
244
Como os animais aprresentam ca pacidade de e se enterrarr rapidamentte no substrrato durantee as
maréés baixas, accabam ficanndo menos expostos ao os choques térmicos e à dessecação. Tamb bém
apressentam capaacidade de mobilidade horizontal, o que os permite reaalizar migraçções nas faiixas
entreemarés, busccando áreas com
c melhorees condiçõess ambiental (Narchi,
( 197 2).

Por possuuir sifões currtos e fundiddos, com ten


ntáculos simp
ples, a espéccie habita locais com pou
uco
mateerial em susppensão, com sedimentoss formados por p areias finnas e com teeores de fino os em torno
o de
2%, nnão se estabbelecendo em áreas com m ressuspennsão frequennte de sedimmentos, como acontece em
regiões de alta tu
urbulência e energia (Narrchi, 1974).

Leonel ett al. (1983) classificaram


m essa espécie como eu urihalina, coom tolerância à salinidades
entree 17 e 42 up ps, com ótimmo em tornoo de 22 ups. Por outro la ado, salinidaades muito baixas
b pareccem
restriingir a ocorrrência dessa espécie. M onti et al. (1
1991), em Gu
uadalupe, noo Caribe, nãão encontrarram
indivííduos dessa em áreas co om salinidaddes abaixo de 17 ups. Meesmo resultaado foi obtid
do por Boehss et
al. (2008) na Baíaa de Paranaguá.

Monti et al. (1991) ob


bservaram allta mortalidaade de berbigões após peeríodos de chuvas
c intenssas,
que, além reduzirrem rapidam mente a salin idade, podem provocar a ressuspenssão de mate erial do fundo
o, e
tornaar o ambiente inadequad do para essees moluscos.

A espéciee sobrevive até


a a temperratura limite e de 42 oC (R
Read, 1964). Araújo (200
01) ao efetuaar a
d indivíduoss da espécie em Florianópolis/SC obsservou que durante
análisse do ciclo reeprodutivo de d o verão
0 o
e outtono (tempeeratura méd dia de 23,9 C) e na prrimavera (te emperatura média de 25,4
2 C), houuve
prolifferação, matturação e elliminação dee gametas. Já J no invernno, com decclínio da tem
mperatura e no
o
início
o da primaveera (tempera atura 18,6 CC) ocorreu re
epouso na gametogênesse, maturaçã ão e eliminação
de gaametas.

5.2.1.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

A espéciee ainda não é cultivada coomercialmen


nte no país.

5.2.1.10 Statu
us tecnoló gico

Essa não é uma espé


écie cuja a ttecnologia de
d larvicultura e de culttivo esteja suficienteme
s nte
dominada a ponto de permitir seus culttivos em escala comerccial. Ou sejaa, inexistem m protocolos de
produ ução de sementes, nem informaçções sobre o crescimento e a soobrevivência das semen ntes
cultivvadas (quer seja
s em ambiente naturaal ou em labooratório).

De acorddo com Mou ueza et al (11999) e Righetti (2006), as técnicas de indução à liberação do
mateerial reproduutivo atravé és do choquue térmico e choque osmótico,
o nãão apresenttam resultad
dos
positivos para estta espécie.

Um projeeto apresenttado pela Unniversidade do


d Vale do Itajaí (Univalli) (Manzoni,, 2007), prop
põe
estud
dar o desen
nvolvimento das sementtes de A. brasiliana
b em
m diferentess condições de cultivo, no

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
245
laborratório e no mar.
m Os obje etivos serão identificar o melhor perííodo do ano para se realizar a produção
de larrvas do berb
bigão, o desenvolvimentoo de técnicass de larvicultura e de enggorda.

O Laboraatório de Pesquisas de M Moluscos doo CTTMar/Univali traballha desde 2005 com essses
organnismos e é um dos pioneiros no B rasil na pro odução de la arvas em labboratório. Os
O resultadoss já
levan
ntados demo onstram quee o processoo de metam morfose iniciaa no décimoo dia, quanddo as larvass se
transsformam em plantígrada as bentônicaas ou pré‐sementes, noss próprios taanques de la arvicultura, não
n
necesssitando de substratos
s adicionais parra completarr esta metafo
ormose.

No décim mo sétimo dia, as larvas aapresentam em torno de 300 micrass e já é posssível diferencciar
os siffões, exalante e inalante.. Com 57 dia s, as sementtes apresentam o compriimento de 1 mm.

Lavanderr et al (200?)) realizaram diversas ten


ntativas para a indução rreprodutiva de
d A. brasilia ana
em laaboratório, utilizando
u da manipulaçãão da temperatura da água, exposiçãão ao ar, adiçção de gameetas
na ággua, adição de alimento o e através dda combinação destes. No entantoo, nenhum dos d métodoss se
mostrou eficientee os indivíduos não respoonderam a nenhum
n dessses estímuloss na maioria das tentativvas.

Porém, os mesmos au utores relataam a ocorrênncia de duas desovas nattural, obtida em água a 28,52
°C, saalinidade dee 35 ups e em
e presençaa de aeração o constante. A partir de ssas desovas, que gerarram
cercaa de 20.000 ovos,
o eles te
entaram reallizar larvicultturas. A parrtir do 15º ddia as larvas cultivadas ‐ em
salinidade de 30 ups,
u tempera atura de 28 o C e densidade de 1,5 larrvas/mL já esstavam assentadas.

5.2.1.11 Prod
dução e meercado

O abasteecimento do mercado é feito basicamente a partir p de col etas artesan


nais feitas com
c
rastéu ou ganchoo ‐ tipo de ancinho, quue vai até o fundo do terreno
t lodooso da praiaa e é arrastaado
trazendo apenas os moluscos de tamanhho pré‐deterrminado (o espaçamento
e o entre as grades não deeve
ser m
menor que 1,,3 centímetrro, mas o tammanho ideall é de 2 centtímetros). Em
m muitos luggares, como no
Recôncavo baianoo, a coleta é feita manuaalmente, utilizando colhe
eres.

Figura 121 ‐ Imagem


m mostrando a exploração artesanal de um banco nattural de berb
bigão.
Fontte: UFERSA

Em santaa Catarina, os atravesssadores paggam R$ 4,00 0/kg aos exxtratores (Rigo, 2010). No
Nordeste o preço
o recebido pelos
p extratoores é aindaa menor. Na
a Paraíba, oss extratoress recebiam em

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
246
2004 apenas R$ 1,00 a R$ 1,50
1 o quilo da carne, ou
o seja, do produto
p já ddesconchado (Nichida ett al,
2004). O consum midor pode comprar berbbigões pela internet.
i O produto
p vivoo (embalage
em com 2 Kgg) é
comeercializado a R$ 10,00, se
endo que 1 kg do produuto contém cerca
c de 1100 ‐ 130 berbigões (Clubee da
Ostraa, 2010c).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
247
5.2.2
2 Ostra‐d
do‐mangue
e (Crassosttrea rhizop
phorae)

Figgura 122 ‐ Craassostrea rizho


oporae (Ostra
a‐do‐mangue))
Fonte:: Instituto Gia

A ostra‐d do‐mangue, Crassostreaa rhizophorrae, é naturalmente eencontrada em ambien ntes


estuaarinos tropiccais da costa
a brasileira, fixadas em substratos, principalmeente em raízzes de manggue
(Nasccimento, 198 82).

Como resultado da grande plassticidade fenotípica, as conchas dee ostras da as espécies C.


phorae e C. brasiliana são de difícil identificação apenas po
rhizop or meio de ssua morfologgia. Rios (19994)
considera C. brassiliana comoo sinônimo dde C. rhizop phorae. Entreetanto, essaa opinião esttá longe de ser
unânime (Ignacioo et al., 2000
0), exigindo o uso de ferrramentas mo oleculares paara correta identificação
o de
cada espécie. Varela et al. (2
2007) utilizanndo essas téécnicas como o ferramentaa, concluiu não
n apenas que q
são eespécies disstintas, com
mo também que C. bra asiliana seria sinonímiaa de C. gassar, uma osstra
enconntrada naturralmente no litoral atlânttico da Áfricaa.

Se a diferrenciação morfológica e ntre elas é tão


t complica
ada, é razoávvel de se supor que muiitos
dos eestudos, expperimentos e dados gerrados como se fossem relativos a uuma determ minada espéccies
sejam
m, na verdade, relativos à outra.

A experiêência de osstreicultores acostumaddos a coleta


ar sementess de ostras no mangueezal
mostra, contudo,, que alguns indivíduos ccrescem rapidamente, en
nquanto outtros apresenttariam taxass de
cresccimento basttante lentas. Segundo essses mesmoss produtoress, as sementtes que não crescem sãoo as
de C. rhizophoraee.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
248
Popularm mente, C. braasiliana é coonhecida co omo "ostra‐dde‐fundo", oocorre no innfra litoral e é
considerada uma espécie de grande
g portee, podendo atingir
a mais de 20 cm dee altura (Galvvão et al., 20
000;
003). C. rhizo
Pereira et al., 20 ophorae é cconhecida po opularmentee como "osttra‐da‐pedra" ou "ostra‐do‐
manggue", sobretu udo por esta e, ocorre na região entre
ar fixada às rraízes aéreass de mangue e‐marés e po ode
costu
uma atingir 10‐12
1 cm de altura (Nasc imento, 1982).

Análises genéticas preliminaress realizadas no âmbito o destes PPLDM (Boegger et al., em


prepaaração) dão suporte às observaçõess empíricas a respeito dessa menor taxa de cre escimento dee C.
phorae. Em função disso
rhizop o, essa espéccie não é aq
qui apresenta
ada como umma espécie emergente, em
termoos de utilizaçção em empreendimentoos comerciaiis de maricultura.

5.2.2.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Sub‐classse: Pteriomorphia
Ordem ‐ Ostreoida
O
Família ‐ Ostreidae
Gênero ‐ Crassostrea
a rhizophoraae (Guilding 1828)
Espécies ‐ Crassostrea 1

5.2.2.2 Área
Á de Occorrência

C. rhizoph
horae se disstribui desdee as Antilhas, sul do mar do Caribe, SSuriname, atté o Brasil (D
Diaz
& Puyyana, 1994).

5.2.2.3 Porte
P

Possui taamanho méd dio, se compparado a ou


utras espécie
es (até 120 m
mm). No ammbiente natu
ural,
norm
malmente são
o atrofiadas, medindo appenas 50 mmm (Nascimentto & Pereira,, 2004).

5.2.2.4 Morfologia
M a

Possui o corpo envolvido por du as conchas ou valvas grrossas e de fforma variávvel, geralmente
larga e de tonalid dade clara a escura, senndo a valva direita escavvada e a esqquerda acha
atada. A cicaatriz
musccular, normaalmente não o pigmentadda, localiza‐se na marg gem dorsal da concha. As valvas são
articu
uladas em su ua porção dorsal por um m ligamento córneo e ass mesmas esstruturas intternas descritas
para C. brasiliana a (conchas, músculo addutor, brânquias, manto, gônadas, ssistema dige estório, sisteema
circullatório e sisttema nervosso). Possui ccâmara prom
mial desenvo olvida e peqquenos orifíccios branquiais.
Adulttos de C. rh hizophorae são
s sésseis e apresentaam grande plasticidade
p na morfologia da conccha,

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
249
dependendo do substrato onde estão fixados o que, de modo geral, acarreta co ontrovérsias na
identtificação (Nasscimento & Pereira,
P 20044; Varela et al.,
a 2007; Christo, 2006)..

5.2.2.5 Reproduçã
R ão

C. rhizop
phorae é uma espécie dióica e ovípara, sen ndo tambémm relativame ente comum m o
mafroditismo protândrico
herm o. A gônada bbissexual primária é form
mada quandoo o indivíduo
o atinge apenas
7 mm
m, aproximaddamente 45 dias
d após a ffixação (Nasccimento et al., 1980).

Não apreesenta dimorrfismo sexuaal, a fecundação é extern


na e sua desoova é contín
nua ao longo
o do
ano, com picos a cada 3 me eses (Strathmmann, 1992;; Rebelo et al., 2005). O desenvolviimento larvaal é
plancctotrófico, poorém quando se encont ram próximaas ao assentamento, tenndem a conccentrar‐se junto
undo, onde ocorre a fixação e a meetamorfose em substratto duro (Galltsoff, 1964;; Absher, 19
ao fu 989;
Finellli & Wethey, 2003).

Matura em
e menos de o, quando atingem 20 m m de comprrimento (Nikolic
e 120 dias appós a fixação
& Alffonso, 1970 in Velasco et al., 20088). Em climaa tropical e subtropical brasileiro a desova oco
orre
duran
nte todo o an
no.

5.2.2.6 Habitat
H

É típica de
d zonas trropicais, senndo encontraada em reg giões interm
mareais e costões rocho osos
(Nasccimento, 19883). Vivem aderidas
a às rraízes do maangue verme elho (Rhizopphora mangle), a conchaas e
outro
os substratoss rígidos em estuários coosteiros e cosstões rochosos (Contreraas & Cantera, 1976; Wedler,
1998).

São indivííduos adaptaados ao ambbiente estuarrino de turbidez elevada,, devido à prresença de uma
u
câmaara promial no lado dirreito do corrpo que inverte a movimentação dda água corrrente exalante
(Galtssoff, 1964; Galvão
G et al., 2000).

Segundo Nascimento o (1991a), a faixa vertical adequadaa para fixaçãão de C. rh


hizophorae nos
mangguezais fica entre
e 1 e 1,5 m acima da no nível 0,0
0 das marés de
d sizígia.

5.2.2.7 Alimentaçã
A ão

Como as demais ostrras do gênerro Crassostreea, é um orgganismo filtraador, parcialmente selettivo


(selecciona os alim
mentos pelo tamanho daas partículass), alimentan
ndo‐se de baactérias, prootozoários, uma
u
grandde variedad de de diatomáceas, fo rmas larvaiss de outros invertebraados marinh hos e detriitos
(PWSSRCAC, 2004)).

5.2.2.8 Condições
C ambientaiis

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
250
Guimarãees et al. (20008) submeteeram, em lab boratório, ju
uvenis de C. rhizophoraee (altura 1,117 ±
0,12 cm a salinidaades entre de
d 5 a 60 upss, com intervvalo de 5 ups entre cadaa tratamento o. Os resultaddos
mostraram que salinidades
s acima
a de 40 ups são inccompatíveis com
c sobreviivência de C.
C rhizophora ae a
partirr do 4º dia e recomenda aram que os cultivos sejaam realizadoos em áreas eestuarinas com variação o de
salinidade entre 15 e 25. Os autores conncluíram aind da que saliniidades abaixxo de 10 upss e superiorees a
30 upps estão alémm dos limitess de tolerânccia da espécie.

Fernandees & Sanchezz (1980), an alisando a tolerância de


e C. rhizophoorae às baixxas salinidaddes,
conclluíram que há
h uma aumento das taxxas de morttalidade em salinidades abaixo de 9 ups, indican ndo
que eeste ponto seeria o limite para o osmooconformism
mo da espéciie e que, a ppartir deste, a sobrevivên
ncia
dependeria de um ma eficiente regulação iôônica.

08) realizou testes para avaliação daas taxas de crescimento


Brito (200 c em função da salinidadde e
conclluiu que os maiores
m valo
ores foram rregistrados ocorreram
o na
a salinidade de 25 psu, que representa
um vvalor médio típico de baías e estuár ios. No entaanto, os resu ultados tambbém revelaraam que a osstra
nativa pode cresccer em saliniidades mais elevadas, peermitindo a produção em mercial fora das
m escala com
baíass, em áreas de
d plataforma interna da região sul do Brasil.

A tempeeratura de coonforto paraa a espécie C.


C rhizophora ae está na ffaixa de 22,0
0 a 29,0°C, mas
m
o
podem tolerar árreas com temperatura dde até 34 C (Barliza y Quintana,
Q 19992). O limite ótimo parra a
odução, segu
repro undo dos San
ntos & Nascimmento (1985 5), situa‐se abaixo de 30 ooC.

5.2.2.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Como fooi afirmado anteriormeente, a confusão taxon nômica com m C. brasiliaana dificultaa a
identtificação de áreas
á onde sejam
s realizaados de fato cultivos de C. rhizophorrae. Mas, pottencialmentee, a
espéccie poderia ser
s cultivada em toda áreea litorânea do Brasil, a partir
p de Sannta Catarina.

Segundo dados da en ntão Secreta ria Especial de


d Aquicultuura e Pesca dda Presidênccia da República
(SEAPP/PR, 2009) havia solicittação de áreeas para culttivos de C. rhizophorae
r em Alagoass (Coruripe), na
Bahiaa (Cachoeiraa, Cairu, Can
ndeias, Jagu aripe e Salvvador), no Ceará
C (Itarem
ma), no Parraná (Antoniina,
Guaraaqueçaba, Guaratuba,
G Paranaguá e Pontal do Paaraná), no Rio de Janeiroo (Angra doss Reis, Armação
dos BBúzios, Caboo Frio, Casim
miro de Abrreu, Itaguaí,, Mangaratib ba e Parati)), no Rio grande do No orte
(Galin
nhos), em Santa
S Catarin
na (Bombinhhas, Florianópolis, Palhoça, Penha, Piçarras, Porto Belo), em
Sergipe (Pacatubaa) e em São Paulo (Canannéia e Ilha Comprida).

5.2.2.10 Statu
us tecnoló gico

Reprrodução e alevinage
em
Obtençãoo de sementtes pelo uso de coletore es ou pela re
eprodução em m laboratório. No entan nto,
poucoos laboratórrios têm trab
balhado no ddesenvolvimento da tecn nologia de reeprodução e larviculturaa da
espéccie, destacan
ndo‐se o Labboratório de Moluscos Marinhos
M da Universidade
U e Federal de
e Santa Catarrina
(LMM
M‐UFSC); o Laaboratório ded Produção de Moluscos, instalado no Centro Exxperimental de Mariculttura
da Unniversidade do Vale do Itajaí
I (Univalli), localizado
o no Município de Penh a, Santa Cattarina; o Cenntro

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
251
de Produção e Propagação
P de Organismmos Marinhos da Pontiifícia Univerrsidade Cató
ólica do Paraaná
(CPPO
OM‐PUC/PR)); e o Laboratório de M Maricultura Sustentável
S (LAMARSU) localizado na
n Universidaade
Federal Rural de Pernambuco
o, (UFRPE).

As recommendações do manual dee larviculturaa de molusccos bivalves da FAO (Hellm et al., 20


004)
para as espécies C. rhizopho
orae, C. gigaas e C. virgin
nica é da manutenção dde uma salinnidade da ággua
próxima a 25 upss para otimizar o desen volvimento, crescimento o e sobrevivvência, com uma tolerân
ncia
mínim
ma das semeentes até 10 ups (Galtsofff, 1964).

Antonio (2007) recomenda que as larvas de C. rhizoph horae sejam cultivadas em salinidades
inferiiores a 27 ups,
u com tro ocas de águua acima de 36h e man nutenção de densidadess de 12 e de 8
larvass/ml, na prim
meira e na se
egunda sem ana respectiivamente.

Em laborratório, o deesenvolvimeento embrion nário de C. rhizophoraee acontece entre 2o e 24


o
horass, sob tempeeratura de 25 C. As ma is altas ocorrrências de la arvas "D" sã o mantidas sob densidades
4 4
que variam de 1x10 a 4x10 ovócittos/L, quand do fertilizados a conceentrações de e 500 a 5.0 000
esperrmatozoidess/ovócito (dos Santos & Nascimento, 1985). Larvas um mbonadas sã ão geralmente
encon ntradas entrre 10 a 15 dias a partir d o início da faase larval. A fixação em llaboratório ocorre
o entree 15
o
a 17 aapós a formaação da larva
a "D", em tem mperatura de d 25 C (Nasccimento, 19991b).

Na grand de maioria das vezes, as semente de e C. rhizophoorae utiliza das em cultivos comercciais
realizzados no Braasil não são provenientes
p s de laboratóório. A extraçção de juvennis na nature
eza é, ainda que
q
não h haja estatísttica confiáve
el sobre issoo, a principal fonte de sementes. Coontudo, sem mentes tamb bém
podem ser obtidaas a partir do uso de colletores de alumínio reve estido com aareia, cal e cimento, colaares
de co onchas, folhas de plásticco flexível oou uma série de outros materiais (W Wedler, 19998; Arias ett al.
1995; Rodriguez e Lagos, 200 00). Estes colletores ficam
m suspensos em profund idades entre e 0 e 50 cm, em
relaçãão ao nívell médio do mar, onde ppermanecem m por cerca de um mês.. Os pico de e assentamento
geralmente correespondem à estação chuvvosa e é possível se obte er até 4.500 ssementes/m m2 de coletor..

Engo
orda
Fatores como crescimmento lento, baixa sobrevivência larvval, ausência de tecnologgia de produçção
e baixa competitividade em relação a ouutras espécie es, desestimmulam o usoo dessa espéécie em cultivos
comeerciais (Santoos, 2001). Em Florianóppolis, cultivoss realizados em condiçõões de subm
mersão contín nua
indicaaram ganho de apenas 2,2
2 g/indivíduuo no períod do de 6 mese mas condições, o ganho em
es. Nas mesm
peso de C. gigas foi
f de 14,8 g (Ostini & Pooli, 1990).

O tamanho comercia al ótimo suggerido por Nascimento


N et al (1980 ) situa‐se entre 6 e 7 cm.
c
Segun
ndo os autorres, para atin
ngir esse tam
manho são ne
ecessários en
ntre 16 e 18 meses.

5.2.2.11 Prod
dução e meercado

Não há um
u mercado o específico para C. rhizzophorae e grande pa rte do que foi comentaado
anterriormente paara a comerccialização de C. gigas e de C. brasilian
na aplica‐se ttambém a essta espécie.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
252
5.2.3
3 Bacucu (Mytella guyanensis
g s)

Figura 123 ‐ O baccucu Mytella guyanensis (LLamarck, 18199).


Fonte: NBII

As espécies de mitilíddeos de inteeresse come


ercial que occorrem no BBrasil são: Mytella
M falcatta e
Myteella guyanenssis, de água salobra; e PPerna pernaa e Mytilus edulis
e platennsis, de água oceânica. Esta
E
últim
ma espécie occorre somentte no litoral do Rio Grande do Sul, en
nquanto as ddemais são encontradas
e em
todo litoral brasileiro (Pereira
a et al., 20033).

M. guyan ecido como sururu, marrisco do man


nensis, conhe ngue, mexilhhão de estuáário, bacucu ou
bico de ouro, é encontrado o em bosquues de manggue, situadoos na zona intermareal de ambien ntes
estuaarinos (Nishida & Leonel, 1995) e uuma espécie muito abunndante no innterior das baías do lito
oral
parannaense.

Ela é muito
m apreciada na cu linária, especialmente nas regiõees litorâneass dos estad dos
nordeestinos. Poréém, não existem regist ros de cultiivos comerciais da espé cie no país e a demanda é
exclusivamente suprida
s por extratores, os chamado os "catadores" de molusscos. A atividade de colleta
tem qquase semprre o envolvim
mento familiaar, sendo as mulheres e as crianças m
membros bastante efetivvos.

Como há geralmente e abundânciaa de organissmos em bancos natura is, uma eventual produção
aquíccola da espéécie teria que
e enfrentar a desproporrcional conco orrência com
m o produto o oriundo deessa
ativid
dade extrativva. Considerrando que oos custos envvolvidos na extração ddo bacucu sã ão ínfimos e os
invesstimentos prraticamente nulos, difici lmente o prroduto cultivvado teria c ondições de
e competir em

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
253
preço
o com o produto extra aído da natuureza. Além disso, aind da não há ttecnologia suficienteme
s nte
desen
nvolvida para o cultivo de M. guyaneensis em escaala comercia
al.

5.2.3.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Animalia
A
Filo ‐ Molllusca
Classe ‐ Bivalvia
B
Ordem ‐ Mytiloida
Família ‐ Mytilidae
Gênero ‐ Mytella
Espécie ‐ Mytella guyyanensis (Lam
marck, 1819))

5.2.3.2 Área
Á de Occorrência

M. guaya anensis ocorrre do Méxicco ao Peru, no Oceano Pacífico, e dda Venezuela ao Brasil, no
Atlân
ntico (Rios, 19
994; Pinto & Boehs, 20088).

5.2.3.3 Porte
P

Pode aprresentar com


mprimento m máximo de 808 mm (Pere eira et al., 20003). O tamanho comerrcial
costu
uma variar de acordo com m a região ddo país. em geral,
g situa‐sse entre 25 a 40 mm. Po orém, Nishidaa &
Leoneel (1995) reccomendam que
q extraçãoo a partir de e bancos natturais só devveria ocorrer se os animmais
tivesssem atingido de 45 a 50 mm dee comprimen nto, para que pudessee haver a re eprodução e a
recommposição doos estoques.

5.2.3.4 Morfologia
M a

A conchaa é globular e apresentaa charneira edêntula.


e O músculo rettrator anterior posicionaa‐se
anterriormente aoo umbo (Bofffi, 1979).

O crescim mento da concha


c é aloométrico e afetado pelas
p condiçções físicas e químicas do
substtrato. O tam manho das partículas ddo substrato o afetam o tamanho e a forma da d concha. Em
ambientes com cascalho
c e arreia, a conch a é mais largga e de menor altura do que em zon nas com lamaa, a
relaçãão se invertee (Sidaja‐Castilho, 1989)..

5.2.3.5 Reproduçã
R ão

É uma espécie dióica (Sibaja, 1 986; Cruz & Villalobos, 1993), sen do que o teecido gonáddico
apressenta uma co
oloração que
e varia de allaranjado a vermelho‐pa
v ardo, nas fêm
meas, e de branco‐leitos
b so a

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
254
marro om‐claro, noos machos (Christo
( & A
Absher, 2001 1). Atinge a maturidadee sexual com m comprimento
entree 3,0 a 3,5 cm
m (Sibaja, 19
986). Como ooutras espéccies de mexilhões, apressenta fecund dação extern
na e
desennvolvimento o que passa por
p vários esttágios larvais planctônico
os (Neira et aal., 1990).

Há certa simultaneida
ade no desennvolvimento o do ciclo rep
produtivo dee ambos os sexos, apesarr de
haverr uma pequeena tendênccia dos machhos em iniciaarem as fases do ciclo um m pouco anttes das fêmeeas.
Paterrnoster (20033) observou em exemplaares coletado os em Santa Catarina quee: a proporçã
ão de macho os e
fêmeeas de M. gu uyanensis na
a populaçãoo estudada erae de 1:1; embora
e tenhham sido ob bservadas raaras
fêmeeas em repo ouso gonada al, o ciclo seexual da esp
pécie é conttínuo; naqueela região, a maioria dosd
indivííduos elimina gametas de agosto a o utubro.

5.2.3.6 Habitat
H

Pereira et
e al (2003)) observaram m que os bancos
b natuurais de M. guyanensiss encontram m‐se
distribuídos sob os bosque es de manggue vermelho (Rhyzoph hora manglle) e de mangue
m bran
nco
(Laguuncularia raccemosa), situ olo é lodoso ou areno‐lodosos e, muitas
uados na zonna intermareal, onde o so
vezess, também sãos encontrrados em soolo arenoso,, onde ocorre a gramínnea Spartina a sp, forman ndo
pequenos bancoss.

Apresentta a capacida
ade de se ennterrar superrficialmente, a uma proffundidade de e cerca de 1,,0 a
2,0 cm
m (Paternoster (2003) no substrato lodoso, com m o lado postterior das va lvas voltado para cima. Sua
S
preseença é geralmente evide enciada por uma fenda elíptica no solo (Nishid a, 1988; Nisshida & Leon nel,
1995).

Pereira et al (2003) constataram


c m que M. guyyanensis deixa uma abeertura na sup perfície do solo
s
para descer abaixxo da superfície na baixaa‐mar e subirr na preamar. Deste moddo, alimenta
a‐se na preammar
e na baixa‐mar peermanece en nterrado na lama para defender‐se de
d predadorees e, provavvelmente, evitar
a inciidência direta da luz solar.

5.2.3.7 Alimentaçã
A ão

Alimenta‐se de fitoplâ
âncton e de detritos orgâânicos (Pereira et al., 20003).

5.2.3.8 Condições
C ambientaiis

e 5 a 35 ups por
Leonel & Silva (1988)) expuseram , em laborattório, M. guyyanensis a saalinidades de
408 hhoras e constataram que e os animais apresentaraam altos índices de sobreevivência, mostrando qu ue a
espéccie é eurialin
na. Os resultados obtidoos pelos auttores para a salinidade ddo fluido pe erivisceral (FPV)
indicaaram que animais manttidos a 30 upps necessitarram de apen nas 3 horas ppara igualareem a salinidaade
do FPPV com a do meio. Já aquuele mantidoos a 5 ups ne
ecessitaram de
d um tempoo superior a 96 horas.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
255
Ainda asssim, os mesmmos autores constataram m a ocorrênccia de elevadda mortalidaade nos bancos
naturrais de M. guuyanensis no
o interior do estuário do Rio Paraíba do Norte appós o períod
do de chuvass da
região, refletindo
o a incapacidade desse biivalve tolerar períodos prolongados à salinidadess muito baixaas.

Embora caracterizada como um ma espécie estenotérmica e eurialiina, M. gua ayanensis so


ofre
influêência da salinidade dura
ante a desovva. Pereira et al. (2003) durante estiimativa da produção
p de M.
guyan nensis em bancos
b naturrais do estuáário de Ilha Comprida‐SP encontraraam exempla ares apenas em
locaiss com salinid
dade superior a 5 ups.

Pereira‐B
Barros (1972)) também re força a influência da saliinidade no ciiclo sexual de indivíduoss do
gênero Mytella, sendo que salinidades próximas de zero pode em causar uuma desova a em massa da
população.

5.2.3.9 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

A espéciee ainda não é cultivada coomercialmen


nte no país.

5.2.3.10 Statu
us tecnoló gico

Não há tecnologia
t para
p reproduução em labboratório, ass sementes utilizadas em
e cultivos são
ndas da extraação em bancos naturais ou do uso de
oriun d coletores.

Os raros registros de cultivo da esspécie são dão


d conta de que as tent ativas de cultivo limitam
m‐se
a esccalas experiimentais. Po or exemplo,, Costa & Nalesso
N (200
02) realizaraam cultivos experimenttais
utilizaando o métoodo de corda as suspensass em uma baalsa posicionada no estu ário do Rio Piraquê‐açu,
P no
Espíriito Santo. Oss pesquisadoores confecccionaram 10 cordas de cultivo, de 0, 5 m de comprimento, caada
uma contendo apenas
a 280 sementes m mistas de M.M guyanensiis e de Myttella falcata.. Estes auto ores
obserrvaram que durante seiss meses os aanimais crescceram em médiam apenass 11,13 mm,, com ganho o de
peso médio de 0,,78 g e altas taxas de moortalidade devido à salin nidade do loccal e a preda
ação por peiixes
sargoo‐de‐dente (Arcosargus
( probatocephhatus). Os resultados
r obtidos
o são pífios se co
omparados aos
relatoos de Sibaja (1988), que,, em um estuudo realizad do na Costa Rica,
R relatou que os anim
mais, crescerram
até 13,5 mm em um mês.

5.2.3.11 Prod
dução e meercado

Rodriguess et al. (2005


5) fizeram um m relato dramático do que é a produução extrativva do sururu u no
Espíriito Santo. Ap
pesar da esp pécie relatadda ser o Pern
na perna esta é uma situuação que se e retrata bem mo
que aacontece em m praticamen nte todo o p aís quando ses trata do beneficiamen
b nto artesanaal de mitilídeeos.
Segunndo eles, os animais são o retirados ddos bancos naturais
n duraante as maréés baixas. São armazenad dos
em saacos de entu ulho e ficam expostos na pedra por um u tempo ind determinadoo. O produto o então é cozzido
em laatões de óleeo ou de tin nta, os quaiss são tampados com plá ástico preto,, os quais po
odem provo ocar
contaaminação do o produto e danos
d à saúdde. Após o cozimento,
c existe a etapaa de separaçção da carnee da
carap
paça. Não exxiste higiene alguma em todas as etaapas da pescca e beneficiiamento. A conservação
c do

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
256
produ uto é precária, geralmen
nte são coloccados em alggum recipiennte plástico ssem tampa. Os
O resíduos são
devolvidos ao maar, ou ao costão rochosoo, podendo ficar exposto os servindo de alimento
o para ratos, ou
seremm levados peela maré à praia
p contrasstando‐a pello grande accúmulo de caarapaças. Deepois do dia de
trabaalho, o produuto é vendid
do nos restaaurantes da cidade, para a peixarias oou qualquer interessado
o. O
preçoo é de R$ 3,0
00 a R$ 7,00 o quilo.

Como tod da atividade econômica o preço do bacucu no mercado


m é ddefinido pela
a lei de ofertta e
ura. E, como a produção é 100% derivada das atividade
procu es extrativass¸ o preço recebido peelos
catad
dores sofre in
nfluência direta das conddições ambie
entais.

Por exem
mplo, em Ala agoas, em 20008, o preço o para o consumidor salttou de R$ 3,,00 para atéé R$
9,00 em função da queda de e produção ddas lagoas costeiras do estado
e e da necessidade
e de importaar o
produuto de Serggipe. Por ouutro lado, oss catadores sergipanos que recebiaam de R$ 1,001 a R$ 1,50
1
passaaram a receb
ber até R$ 4,5
50 pelo quiloo do produto
o (NE Notícia
as, 2008).

O exempplo mostra bem


b como nnão há uma cadeia prod dutiva suficieentemente estruturada
e em
relaçãão a M. guyyanensis, pois Alagoas é tradicionalm
mente um estado
e exporrtador desse e mitilídeo para
p
Bahiaa e Sergipe, com volume es semanais comercializzados de 5 a 6 mil quiloos por seman na (Alagoas em
Temp po Real, 20099). Segundo essa fonte, o bacucu deesconchado é comprado pelos atrave essadores enntre
R$ 1,00/kg e R$ 3,00/kg
3 e vendido em Saalvador a pre
eços entre R$
$ 5,00/kg e RR$ 6,00/kg.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
257
5.3 C
CRUSTÁC
CEOS
Os cultivos de camarão, juntam ente com o da tilápia nilótica, sãoo os grandess destaques da
aquiccultura brasileira e talvezz aqueles quue mais desp
pertem a atenção de novvos investido
ores. Quandoo se
fala eem atrair o interesse de e comunidaddes pesqueirras para a maricultura,
m ttambém são o os cultivos de
camaarões que lh hes parecem u dos nosssos mais valiosos recurrsos
m mais atrattivos, afinal,, eles são um
pesqu ueiros.

A grandee limitação, no caso doos cultivos de d camarõess marinhos em ambientte natural, é a


dificu
uldade técnicca de se ada
aptar sistem as de cultivo
o que possib
bilitem sua pprodução em
m larga escalla e
com ccompetitivid
dade.

No âmbitto dos PLDM M, os camarõões poderiam, teoricamente, ser cuultivados em m dois sistem mas:
tanquues‐rede ou cercados. No entanto, t ecnologias verdadeirame
v ente desenvvolvidas, testtadas, validadas
e proontas para a aplicação nas mais diiferentes esccalas de pro odução e nívveis de tecn nificação dizzem
respeeito apenas a cultivos rea
alizados em vviveiros e com a espécie exótica Litoppenaeus van
nnamei.

No Brasil,, a tecnologia de cultivo de camarõe


es em tanque es‐rede commeçou a ser desenvolvida
d a na
Bahiaa, durante a década de 80, graças à iniciativa e aos investtimentos da empresa Sa ansuy S/A, que
q
vislum
mbrou na attividade uma a oportunidaade de envolvimento de pequenos pprodutores. Depois de anos
de teentativas, os tanques‐red de somente se mostraram eficientess em densidaades de povo oamento mu uito
baixaas, ou seja, viáveis apenaas para a form
mação de plantéis de reprodutores ddestinados aos
a laboratórrios
de prrodução de pós‐larvas.
p No
N final da d écada de 90, outra grand
de tentativa de cultivo de camarões em
tanquues‐rede no litoral parannaense tamb ém não logrou êxito.

No que se refere aoss cercados, oos experimentos somentte se resumiiram a traba


alhos científicos
de reesultados relaativamente inconsistentees para a suaa proposição
o em larga esscala.

Portanto,, pode‐se afirmar


a quee atualmentte ainda nã ão existe teecnologia suficienteme
s nte
desen nvolvida ou os resultado os ainda sãoo muito inco
onsistentes para
p o cultivvo em escalaa comercial em
tanqu ues‐rede ou em cercados de nenhum ma das três espécies
e pottencialmentee cultiváveis de camarãoo no
litoraal paranaensse (Farfantep penaeus pauulensis, Litop
penaeus schhmitti e L. vvannamei). Sem
S o domíínio
dessaa tecnologia e da viabilizzação comerrcial dos sistemas de pro odução em ááguas de domínio da Un nião
seria absolutameente premattura a demaarcação de áreas á para cultivo
c no âm mbito dos PLDM.
P Por essa
e
razão o, as três esp
pécies aqui re
eferidas são apresentadaas apenas como " potencciais”.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
258
5.3.1
1 Camarã
ão‐rosa (Fa
arfantepen
naeus paullensis)

Figura 1124 ‐ Farfante


epenaeus pau
ulensis
Fonte: Instituto GIA

Os cultivoos de camarrão são o grrande destaq que da aquicultura brassileira e talvez aqueles queq
mais despertem a atenção de e eventuais iinvestidores que pensam m em ingresssar na ativida
ade. Quando o se
fala eem atrair o interesse
i das comunidaddes pesqueiras para a maricultura,
m ttambém são o os cultivos de
camaarões que paarecem mais atrativos a eesse públicoo, afinal, o ca
amarão é um
m dos nossoss mais valio osos
recurrsos pesqueiros.

No entannto, a tecnollogia verdaddeiramente desenvolvida


d a, testadas, vvalidadas e prontas parra a
aplicaação nas maais diferentes escalas dee produção e níveis de te
ecnificação ddizem respeito aos cultivos
realizzados em viveiros.
v Muito pouca ttecnologia está
e disponível em níveel suficientee ou então os
resulttados aindaa são muito o inconstanttes para que se possa fomentar o investimento em esccala
comeercial quanddo se trata da produçãão em outro os sistemas. No âmbitoo dos PLDM M, os camarões
poderiam, ao menos teoricam mente, ser c ultivados em mas: tanques‐‐rede ou cercados.
m dois sistem

A tecnolo
ogia para cuultivo em taanques‐rede começou a ser desenvvolvida no Brasil, na Bah hia,
durannte a décadaa de 80, graçças à iniciativva e aos inve
estimentos da
d empresa SSansuy S/A, que
q vislumbrou
na attividade umaa oportunida ade de envoolvimento de e pequenos produtores na carcinicu ultura. Naqu
uele
caso, depois de anos
a de tentaativas, os taanques‐rede se mostrara am somente eficientes para
p a formação
de plantel de rep
produtores, ou
o seja, manntendo‐se de ensidades de
e povoamentto muito baixas. Se, por um
lado, o povoameento em baixas densidaades pode inviabilizar
i a produção de animais destinados ao
consuumo human no, por outrro, torna viiável, tanto técnica quanto econo micamente, o cultivo e a
comeercialização de
d reproduto ores destinaddos aos labo oratórios de produção
p dee pós‐larvas.

No Paran ná, no final dos anos 19990 e início dos


d anos 200 00, com a caarcinicultura apresentan ndo
grandde destaque no país, produção de ccamarão marrinho em tan nque‐rede coomeçou a attrair o intereesse
de innvestidores e produtores (Pereira , 2004). No entanto, depois de eenvolver co om mais de 80
invesstidores e ceerca de 600 tanques‐redde instalados na baía de e Guaratubaa para cultivvo do camarrão‐
cinza, L. vannammei, a falta de uma teccnologia con nsistente para enfrentarr os problem mas técnicos e

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
259
econô ômicos natu
urais de qualquer atividaade nova provocou um colapso totaal do empree endimento e os
cultivvos em tanquues‐rede forram definitivvamente abaandonados. A partir de eentão, ao menos do estaado
do Paaraná, tanquues‐rede só são utilizadoos por vendedores de camarões parra isca‐viva. Neste caso,, os
juvennis são apenas estocados nos tanqu es por algun ns dias (no máximo
m 10‐115), enquantto esperam por
comp pradores, não chega a haver
h de fatoo um cultivo
o. No entanto, os cultivvos em escala experimen
ntal
continuam a ser realizados
r noo país.

Desde 19 994, pesquissadores da Fundação Universidade


U Federal doo Rio Grande ‐ FURG vêm v
trabaalhando paraa o desenvo olvimento d e um pacotte tecnológicco para o ccultivo do camarão‐rosaa F.
pauleensis em estruturas alte ernativas dee baixo custto ‐ gaiolas e cercadoss. Neste sen ntido, já forram
realizzadas diversaas pesquisas que vão deesde a induçãão à maturaçção dos reproodutores atéé a engorda dos
d
camaarões em gaiolas, viveiro os e cercadoos (Cavalli et
e al., 1997; Cavalli et aal., 1998; Wa
asielesky et al.,
1999). Entretanto o ainda exisstem muita s lacunas a serem pree enchidas parra estabelecer as melho ores
condições para o seu crescimento nesses sistemas.

Já os culttivos de L. schmitti foram


m realizados em algumas regiões durrante as déccadas de 197 70 e
1980. Com o entrrada de L. va annamei no país, os cultivos do cam marão‐brancoo foram abandonados, pois
p
não hhavia tecnolo ogia apropriada para o cultivo da espécie, nem formação dde planteis selecionados
s s de
reproodutores ou u insumos específicos
e ppara este camarão,
c o que propo rcionava um ma competição
totalm
mente desiggual com L. vannamei.
v N
No Paraná, a espécie fooi cultivada nna Fazenda Borges, mass os
índicees zootécniccos obtidos nunca
n chegaaram também a rivalizarr com os alccançados nos cultivos dee L.
vanna amei. Não fo oram enconttrados registrros do cultivvo desta espé
écie em cercaados ou em tanques‐redde.

Pode‐se afirmar
a que atualmente não existe ainda
a ogia suficienttemente dessenvolvida para
tecnolo p
cultivvo em escala comercia al em tanquues‐rede ou em cercad dos para neenhuma dass três espéccies
poten ncialmente cultiváveis
c de camarão nno litoral paaranaense (FF. paulensis, L. schmitti e L. vannam
mei).
Sem o domínio dessa
d tecnoloogia e da viaabilização co
omercial dos sistemas dee produção ded camarão em
áreass da União, é absolutam mente prem atura a dem marcação de áreas para cultivo de no âmbito dos d
PLDMM. Por essa raazão, as três espécies sãoo aqui apresentadas apeenas como "eespécies pote enciais".

5.3.1.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Arth
hropoda
Sub‐filo ‐ Crustacea
Classe ‐ Malacostraca
M a
Sub‐classse ‐ Eumalaco
ostraca
Superord dem ‐ Eucarid
da
Ordem ‐ Decapoda
Subordem m ‐ Dendrobranchiata
Família ‐ Penaeidae
Gênero ‐ Farfantepen naeus
Espécie ‐ Farfantepennaeus paulennsis (Pérez Faarfante, 1967
7)
* Sinônimmo: Penaeus paulensis (PPérez Farfantte, 1967)

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
260
5.3.1.2 Área
Á de oco
orrência

Atlântico ocidental: Brasil


B (Bahia até o Rio Grande do Sul), Uruguai e Argentina (Mar Del Plaata)
(Costta et al., 2003
3).

5.3.1.3 Porte
P

5 cm fêmeas (Holthuis, 19
Atingem um tamanho máximo dee 17,1 cm machos e 21,5 980).

5.3.1.4 Morfologia
M a

Assim commo todos os camarões ppeneídeos, F.. paulensis apresenta corrpo comprim mido (achatado)
lateraalmente e co
oberto por um u exoesquueleto calcificcado, constittuído de quittina e proteínas, articulaado
por m meio de membranas articulares.
a EEsses camarrões possueem um corppo alongado o, segmentaado,
dividiido em trêss regiões distintas: a ccabeça (também chamada de céfaloon), o tóraxx (péreion) e o
abdômen (pléon)). Cada uma dessas regiõões é compo osta por somitos, onde esstão inseridoos os apêndiices
dos ccamarões (Baarbieri, Jr. & Ostrensky, 2001). Posssuem olhos pedunculado
p os, a cabeça com um parr de
antênnulas, um paar de mandíbulas e doiss pares de maxilas.
m O tórax possui t rês pares dee maxilípedees e
cinco
o pares de pereiópodos
p (patas). Seuus cinco prim
meiros somittos abdominnais apresen ntam apêndiices
(pleópodos) espeecializados para a nataçãão e no sexto o somito os apêndices e stão modificcados como um
lequee caudal form
mado por um m par de uróppodos e um telso
t terminal (Costa et aal., 2003).

Como tod dos dendrob branquiata aapresentam os três prim


meiros paress de pares de
d pereiópod dos
quelaados. O petaasma (aparelho copuladoor do macho) esta localizzado no prim
meiro somitoo abdominal,, ao
passoo que na fêmea, o télicco está situaado ventralmmente, na base entre o quarto e o quinto par de
pereííopodos (Cossta et al., 200
03).

São caraccterísticas siistemáticas eespecíficas de


d F. paulennsis: Télico ccom a porçã
ão anterior das
placaas laterais não cobrindo o o processoo posterior, i.e. processso posteriorr exposto; petasma
p com
m a
projeeção distomeedial curta com a partte dorsal po ouco curva; sulco dorsso‐lateral doo sexto sommito
abdominal estreitto (Costa et al.,
a 2003).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
261
5.3.1.5 Reproduçã
R ão

A reprodução e desoova dos camaarões peneíd deos ocorremm no oceanoo, em águass da plataforrma
continental, em profundidad des que vari am de 30 a 100 m. As fêmeas libeeram os ovo os na água queq
possuuem caracteerística bentônica. Dessees ovos eclo odem larvass planctônicaas na fase de náuplio. Os
camaarões deste gênero apre esentam no seu ciclo de e vida um período pelággico, compo osto pelas faases
larvais (seis estágios de náuplios, três pprotozoea, e três estágios de misis)). Na fase de pós‐larva,, os
camaarões penetrram em área as estuarinass de baixas profundidade
p es e altas te mperaturas e passam a ter
um h habitat bentônico. Nessses locais, eeles se tornaam juvenis e se mantém m aí até a fase
f pré‐adu ulta,
quando migram parap o oceanno para se r eproduzirem
m (Leite & Pe
etrere, 2006 ). Nas suas fases
f iniciaiss de
desennvolvimento o, habita reggiões oceân icas com saalinidade enntre 30 a 400 ups. A medida
m que se
desennvolve migrra para amb bientes costteiros abrigaados. Assim, estuários, baías ou outros
o habittats
costeeiros servem de berçárioos naturais ttanto para pós‐larvas
p co
omo para juvvenis. No esstágio juvenil, o
camaarão‐cinza migra para o mar
m a procu ra de águas com profundidade de 770 m (Nuness, 2001) ou até
150 m (Costa et al.,
a 2003), onnde se reprooduz.

5.3.1.6 Hábitat
H

Demersall, marinhos. Há registroos de que reprodutores


r s do camarãão‐rosa F. paulensis
p forram
captuurados em profundidade
p es superiorees a 100 m no extremo sul do Brassil (Costa ett al., 2003). Os
indivííduos em esttágio juvenil são encontrrados em zon
nas estuarina
as abrigadas .

5.3.1.7 Alimentaçã
A ão

Os camarrões peneídeos são classsificados co omo onívoro os, alimentanndo‐se de fitoplâncton nos
estággios larvais e de zooplân do são juvennis e adultos são descriitos
ncton na fasse de pós‐laarvas. Quand
como o onívoros, detritívoros
d e predadorees (Alonso‐Roodriguez & Páez‐Osuna,
P 2003; Martinez‐Cordovaa et
al., 20002; Zendejas, 2000).

5.3.1.8 Condições
C ambientaiis

F. paulensis é conside
erada uma eespécie eurih n apresen ta mortalida
halina, que não ade significattiva
quando cultivado o em saliniddades entre 4 e 40 ups (Wasieleski, 2000). Brissson (1986),, verificou uma
u
tolerâância da esp
pécie em águ uas de saliniddade de até 56 ups na Lagoa
L de Araaruama (RJ). D´Incao (19982)
detecctou a presença de juven nis de F. pauulensis no estuário da Lagoa dos Patoos em salinid
dades entre 1 e
31 upps. Marques e Andreatta a (1998), obsservaram um m maior cresscimento emm peso nas saalinidades enntre
20 e 30 ups. Tsu uzuki et al. (2000), expuuseram os caamarões às salinidades de 2, 5, 10, 20 e 30 up ps e
consttataram quee na salinidad de 2 ups as taxas de creescimento e sobrevivênccia foram me enores que nas
demaais.

Segundo Wasieleski (2000),


( a faiixa de tolerâância para F.
F paulensis é de 11 a 28 8° C. O messmo
o
autorr relatou taxaa de sobrevivência de 1000% dos anim mais mantido os na tempe ratura 13,6 C. Já Takeyo
oshi

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
262
(19966), avaliando
o os efeitos da temperaatura na sob
brevivência de
d juvenis ddo camarão‐‐rosa, observvou
o
mortalidade de 100% a 10,7 C.

5.3.1.9 Status
S Tecn
nológico

Segundo Barbieri Jr. & Ostrenskyy (2001), exisstem basicammente 4 opçções para obbtenção de pós‐
p
larvass: captura das pós‐larvas na naturezza; captura de reproduttores madurros na naturreza e posterior
acasaalamento e/o ou desova e larvicultura em laborató ório; formação de um pplantel de reeprodutores em
cativeeiro, para po
osterior desoova, acasalammento e larvvicultura em
m laboratórioo; aquisição de náuplioss de
outroos laboratórios e realização de larvicuultura em lab
boratório pró
óprio.

O controlle do processo reprodutiivo em camaarões marinh e dominado. Ou


hos está suficcientemente
seja, não há graandes dificulldades ou liimitações té
écnicas para a produçãoo de pós‐larrvas em esccala
comeercial no paíss.

erciais, entreetanto, trabalham quase que exclusivvamente com


Os laboraatórios come m L. vannam
mei.
aulensis foi produzido em escala comercial por
F. pa p muito te empo pelo Laboratório o de Camarões
nhos (LCM), da Universidade Federral de Santa Catarina e pela Estaçã o Marinha de
Marin d Aquaculttura
(EMAA), da Fundaçção Universid
dade Federaal de Rio Gran nde (FURG).

aracteriza‐se pela utilizaçção de altas taxas de rennovação de água, elevadas


A fase dee berçário ca
densiidades de esstocagem e fornecimento
f o de alimentto inerte, vissando a proddução de cam marões maioores
e maais resistenttes, os qua ais geralme nte atingem m uma maior sobrevivvência e maior m taman
nho,
propoorcionando um menor período
p de c ultivo (Apudd et al. 1983)). Além dissoo, juvenis maiores são mais
m
toleraantes a mud danças abrupptas das conndições ambiientais, típicas das regiõões estuarina as, e têm maaior
capaccidade de fugga de eventuuais predadoores existenttes nos viveirros (Rodrigueez et al. 1993
3).

A utilizaçãão de gaiolas‐berçário innstaladas dirretamente dentro dos vivveiros ou ce


ercados ondee os
camaarões são culltivados, trazz algumas vaantagens: 1 ‐ os camarões não sofrem m maiores manipulações
m s no
mommento da libeeração para o ambiente de engordaa, além de já á estarem peerfeitamente adaptadoss às
condições ambieentais do lo ocal; 2 ‐ dimminuem‐se os o gastos com as ativi dades de manutenção
m no
laborratório, e. g., renovação e aquecimeento da águaa e 3 ‐ incre emento da ddisponibilidade de alimento
naturral para o creescimento do os camarõess, e. g. biofilm
me.

A seguir, serão aprese entados alguuns dos princcipais resulta


ados de expeerimentos reealizados commo
camaarão‐rosa em m tanques‐re ede, gaiolas e cercados. Esses
E trabalh
hos demonsttram que a tecnologia
t p
para
cultivvos comerciaais está se de
esenvolvend o e que há viabilidade
v té
écnica do usoo de estruturas alternatiivas
aos vviveiros commerciais, mas ainda nãoo se tem gaarantias da viabilidade financeira do d uso de taist
estruturas.

Cultivos em ta
anques‐red
de e gaiolaas
Vaz et al. (2009), utiliizaram juvennis de Farfan
ntepenaeus brasiliensis,
b uuma espécie muito próxiima
à F. p
paulensis, em
e cultivos experimenta
e es‐rede no l itoral de São
ais realizados em tanque o Paulo. Forram
installados 8 tanqques‐rede be erçário (2 x 3 x 1,5 m ‐ malha 1mm) na comun idades do Porto Cubatão e

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
263
outroos 4 tanquess de mesmas característticas, na communidade dee Juruvauva.. Cada famíllia de pescador
2
artesanal, contouu com 4 tanqques com 6 m de fundo o, onde fora
am estocadaas 2.000 Pl por
p tanque (3 333
2
PL35/mm ). Os animais permaneceram 330 dias nos tanques de berçárioo, sendo posteriorme p nte
transsferidas para os tanques‐‐rede de enggorda, onde permanecerram por cercca de 90 dias. Os camarões
m alimentad
foram dos diariame
ente com raação comerccial e rejeitoo de pesca, utilizando se
s bandejas de
alimeentação.

Os autores verificara
am que os rresultados finais de cresscimento e ssobrevivênciia foram mu
uito
distin
ntos, refletin
ndo a aceitação e o inteeresse distin
nto de cada participantee do projeto
o, que eram
m os
respo onsáveis manejo dos ta anques‐rede.. Em média, os camarõ ões atingiram
m 5‐7 g apóós 120 dias de
cultivvo, com taxas de sobrevivvência de 577 a 93%, com
m média ao re
edor dos 75%%.

Preto et al. (2005) analisaram a influência dad densidade e de estocaggem na sobrrevivência e no


cresccimento de pós‐larvas ded F. paulennsis cultivadaas em gaiola as durante a fase de berçário.
b Forram
2
usadaas gaiolas co
om 4 m de fundo e conntendo substratos artificciais, nas dennsidades de 100, 200, 300,
3
2
400 e 500 Pl25/m . O experimento durou 35 dias. Obsservou‐se um ma relação neegativa entre
e o aumento
o da
densiidade de esttocagem de camarões e a sobrevivvência e o crrescimento ddos mesmoss. A viabilidaade
técnica do cultivo
o de F. pauleensis em gaioolas foi conffirmada, segundo os autoores, que re
ecomendaram mo
2
uso dde densidadees de até 400
0Pl/m .

Preto et al
a (2009) rea
alizaram um experimentto que durou u 42 dias e cconsiderou três
t densidades
2
de esstocagem dee juvenis (50 0, 100 e 200//m ) com pe eso médio in
nicial de 1,044 g. Ao final do período,, os
valores médios de sobrevivên ncia e peso ddos camarõees foram de, respectivammente, 94,1, 94,6 e 59,2% %e
6,0, 55,0 e 4,3 g. Houve
H uma teendência dee aumento daas taxas de conversão
c al imentar comm o aumentoo da
densiidade. Segun ndo os autorres, os resuultados indicaram que a produção d e isca‐vivas de F. paulen nsis
em ggaiolas é tecn nicamente viável em toddas as densidades testad das. Entretannto, como o cultivo de 200
2
camaarões/m² ressulta na prod dução de umm maior núm mero de juvennis, esta dennsidade de estocagem po ode
ser reecomendadaa para utilização em áreaas que aprese entam boas condições am mbientais.

Medvedo ovsky (2002), cultivou F. paulensis, alimento


a os animais comm rejeito de pesca, durante
um p
período de 54 4 dias em gaaiolas e obseervou que en ntre as denssidades de 155 e 30 camaarões/m2 o peso
médio final variou de 5,34 a 4,01g
4 e a proodução de biiomassa de 75,41
7 a 115,554 g/m2. Lop
pes et al. (20
009)
encon
ntraram resu ultados similares em term mos de biom
massa, mas ussando ração comercial.

Krummen nauer et al. (2006) conc luíram que há h um efeito o negativo dda densidade
e de estocaggem
sobree as taxas de o crescimento dos camarões, sendo recomendada a estocagem m de 40 a 120 1
2
juven
nis/m , quando os cultivo
os de F. pauleensis são reaalizados em gaiolas.
g

Cultivos em ce
ercados
Wasieleskky Jr. et al. (2
2004) realizaaram um exp om o objetivoo analisar a sobrevivência e
perimento co
cresccimento do camarão‐rosa a F. paulensiss cultivado em
e cercados no estuário da Lagoa dos Patos.

Dois cerccados circula


ares foram construídos com área total
t de funndo de 3100 0 m2. Na paarte
intern
na dos cercados de enggorda (1 e 22) foram coonstruídos be erçários de 120 e 40 m2, onde forram
estoccados 23.250
0 e 18.083 ju
uvenis, com ppeso médio inicial de 0,1
18 e 0,16 g, respectivam
mente, obtido
os a

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
264
partirr da reprodu
ução em lab
boratório. Oss camarões foram manttidos no berrçário até atingirem o peso
necesssário para ser
s cultivado nos cercadoos de engord
da (0,35 g).

o 100 dias de cultivo oos camarões foram alime


Durante os entados comm rejeito de pesca em uma
u
propoorção de 70%% de peixe e 30% de siri.. No final do experimento as sobrevivvências foram 82,6 e 90,,3%
5 g, nos cerccados 1 e 2 respectivam
e os pesos finais 9,05 e 7,35 mente. As taxxas médias de d crescimento
obserrvadas foram
m de 0,62 e 0,50
0 g/semanna, respectivvamente.

Anteriormmente, Wasieelesky Jr. et al. (2001) haaviam realiza


ado experimeentos de povvoamento dee F.
pauleensis em elevvadas densid
dades de esttocagem (en ntre 30 e 120 camarões//m2) em cercados na Laggoa
dos PPatos e obttiveram taxa as de cresci mento variaando entre 0,590 e 0,33 g/semana eme cultivos em
cercaados durantee o verão.

Vaz et. al
a (2004) commpararam o crescimentto e a sobre evivência de pós‐larvas de F. paulen nsis
durannte a fase de berçário em
e gaiolas e cercados no ambiente. Para o dessenvolvimentto do traballho,
foram
m utilizadas seis
s gaiolas (2,0 x 2,0 x 1,4 m) com malha de po oliéster reveestida de PVC
C com abertura
de mmalha de 1,5 5 mm. Em cada unidadde foram estocadas 80 00 PL26. Paraa verificar a influência do
substtrato, foram espalhados uniformem ente 10 cm de sedimentos da próppria enseada dentro de três t
gaiolaas, simulanddo um cercad
do. A taxa dee sobrevivên
ncia dos camarões obtidaa nas gaiolass foi de 92,2%
%e
nos ccercados de 88,7%, não sendo
s detecctadas difere m, o peso méédio final dos camarões nos
enças. Porém
cercaados (1,05 ± 0,05
0 g), foi superior ao ppeso dos cam
marões nas ga
aiolas (0,88 ± 0,12 g).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
265
5.3.2
2 Camarã
ão‐branco (Litopena
aeus schmiitti)

Figurra 125 ‐ Litopenaeus schmiitti


Fonte: Instituto GIA

5.3.2.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Arth
hropoda
Sub‐filo ‐ Crustacea
Classe ‐ Malacostraca
M a
Sub‐classse ‐ Eumalaco
ostraca
Superord dem ‐ Eucarid
da
Ordem ‐ Decapoda
Subordem m ‐ Dendrobranchiata
Família ‐ Penaeidae
Gênero ‐ Litopenaeuss
Espécie ‐ Litopenaeuss schmitti (Buurkenroad, 1936)
1

5.3.2.2 Área
Á de oco
orrência

A espéciee tem registro de ocorrênncia em Cubaa, Jamaica, Haiti,


H ana, Porto Rico,
Repúbl ica Dominica
Ilhas Virgens, Guaadalupe, Belize, Nicaráguua, Costa Ricca, Panamá, Colômbia, VVenezuela, Trrinidad, Guiaana,
Suriname, Guianaa Francesa, Brasil
B ‐ do Ammapá ao Rio Grande do SulS (D’Incao,, 1995) e Uruuguai (Zolesssi &
ppi, 1995).
Philip

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
266
Figura 126 ‐ Área de ocoorrência do ca
amarão‐branco, Litopenauss schmitti.
Fonte
e: Aquamaps

5.3.2.3 Porte
P

Atingem um tamanho
o máximo dee 23,5 cm fêm
meas e 17,5 cm machos.

5.3.2.4 Morfologia
M a

Carena e sulcos adrostrais curtoss, terminando nas proxim midades do ddente epigásstrico. Carapaça
lisa. R
Rostro proviido de 7 a 9 dentes na m margem dorrsal e 2 denttes na margeem ventral. Carena e su ulco
gastro‐frontal au usentes. Sulcco medianoo raso, poucco definido. Sulco dorsso‐lateral do o sexto som mito
abdominal muito o estreito e raso.
r Petasmma apresentando a superrfície internaa da porção distal
d dos lobos
lateraais lisos, sem
m carena diaggonal ou do bra; ângulo disto‐ventral projetado, sub‐retangu ular. Télico com
c
caren nas ântero‐laterais reta as, sub‐paraalelas, segu
uidas, posteeriormente, por duas protuberânccias
arreddondadas e rígidas
r no estternito XIV. Margem possterior do esternito XII coom dois pare
es de projeções
longaas (Pérez‐Farrfante, 1970;; D’Incao, 19 95).

Geralmennte branco ou cinza az ulado transllúcido, por vezes tingiddo com verd de ou amareelo;
juvennis com manchas azulada as. Crista gasstrofrontal ausente. Sulcos e cristas aadrostrais cu
urtos, chegan
ndo
a, ou um pouco mais
m além, do d dente epiggástrico. Pettasma sem projeções
p disstomedianass proeminenttes.
o aberto, sem placas latterais; uma costela e um
Télico ma protuberrância arredoondada postteriormente de
cada lado (Cerviggón et al., 199
92).

5.3.2.5 Reproduçã
R ão

Segundo descrito porr (Santos et. al, 2004), L.


L schmitti é uma espéciee gonocórica
a. Nas fêmeaas o
télico
o é do tipo aberto, form
mado por dduas expansõ ões laminifo
ormes no últtimo segmento torácico o; a
cópula parece sóó ocorrer com o exoesq ueleto endu urecido, send
do improvávvel que aconnteça durantte a
ecdise. A observvação da ma aturidade sexxual é feita por observaação dos coxxopoditos do
o quinto parr de
pereiópodos ‐ nesta
n ocasiã
ão, sua parrte ventral apresenta‐se intumesciida e, quan ndo levemente

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
267
presssionada, exppele uma massa
m esbrannquiçada. Nas fêmeas, os órgãos reprodutivo os internos são
consttituídos pelo
os ovidutos e ovários. FFêmeas, a partir
p de 21 mm de com mprimento do cefalotórrax,
podem ser encon ntradas porta
ando esperm
matóforos. A fertilização é externa.

A desovaa aparentem mente ocorree em águas rasas, entre e 14 e 27 mm, e de elevvada salinidaade
(Péreez‐ Farfante, 1970). Mas fêmeas m maduras ou desovando foramf enconntradas em profundidades
meno ores, de 1 a 8 m, na localidade de Luccena (PB) em
m pescarias com arrastãoo‐de‐praia (Sa
antos, 2002)).

A desova ocorre, seggundo Garciaa‐Pinto & Ew wald (1974), de 15 e 25 dias após a cópula. Quaatro
semaanas depois,, as pós‐larvas, penetraam em reggiões estuariinas, onde encontram, normalmen nte,
proteeção contra predadores e alimenta ção natural abundante e as condiçções favorávveis para o seu
cresccimento, sendo que alémm das condiçõões tróficas, a temperatu ura, salinidadde e pluviosid
dade definem
mo
temppo de desenvvolvimento dosd indivíduoos nesses am mbientes (Ga
arcia & Le Reeste, 1987). Segundo
S Perrez‐
Farfante (1970) e Dall et al. (1990), o cicllo de vida co
ompleto tem uma duraçãão de aproximadamentee 24
mesees para camaarões como L. L schmitti.

5.3.2.6 Hábitat
H

Ocorrem em substratos moles, enlaameados e, por vezes, arenosos. Os


O O adultos são
nhos, e os jovens vivem em
marin e estuárioss (Cervigón et
e al., 1992).

A espécie prefere águas


á rasas com até 50 0 m (FAO, 1978; D’Inccao, 1995) e parece esstar
predoominantemeente associad
da à ocorrênncia de fund
dos lamosos,, habitat preeferencial da
a espécie co
omo
local de alimentação.

5.3.2.7 Alimentaçã
A ão

Quando adultos
a alimentam‐se, pprincipalmentte, de algas e de grandee variedade de organism mos,
entree os quais diaatomáceas, espécies
e de nnematodos, anelídeos, moluscos,
m cruustáceos e bactérias (Pérrez‐
Farfante, 1970).

5.3.2.8 Condições
C ambientaiis

Muito doo que se conh hece sobre oos requerime entos ambientais da esppécie vem de e observaçõees a
camppo. Os registrros indicam que o camarrão‐branco no n Norte/Nordeste do Brrasil é encon ntrado em áreas
cuja ssalinidade osscila entre 28,0 ‐ 37,0 upps. Na Venezzuela esta fa
aixa de variaçção é de 15,,0 ‐ 50,0 upss na
fase jjovem (Santo os et al, 2004). No Paranná os juveniss podem serr encontradoos em águas com salinidaade
inferiior a 10 ups.

Em lagoaas costeiras e estuários dda Venezuella foi enconttrado camarrão‐branco, na fase juveenil,
viven
ndo em temperaturas que oscilavam m entre 26 oC e 31oC (Padrom et al., 1982; Scelzo, 1982)). A
tempperatura em áreas de pesca do camaarão‐branco ao longo da a costa Nortee/Nordeste do
d Brasil varriou

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
268
geralmente entree 25,5 oC a atéa 30,0 oC ( Santos et all, 2004). Ostrensky (20088) registrou a realização
o de
o
cultivvos de L. schm
mitti em vive
eiros com va riação de temperatura entre
e 19,5 e 24,3 C.

5.3.2.9 Status
S tecn
nológico

No início da carciniccultura no N Nordeste braasileiro foram m feitas expperiências co om as espéccies


nativas Farfatepeenaeus subtillis, F. brasilieensis e L. sch
hmitti na bussca da viabiliização técnicco e econôm
mica
das mesmas. No entanto, como com mentado antteriormente, a imensa superiorida ade zootécnnica
alcan
nçada com oss cultivos dee L. vannameei acabou desestimulando os estudoss com L. schm mitti.

Ainda asssim, os há domínio


d sufiiciente da tecnologia pa o de larvas em
ara permitirr a produção
condições contro oladas. No entanto,
e nãoo há tecnologia e insum mos suficienntes para a realização de
cultivvos comerciaais em condiçções mínimaas de igualdade com L. va
annamei.

Grande parte
p do conhecimento qque se tem sobre a espécie se devee a pesquisadores cuban nos.
Mas, com o isolaamento daqu uele país, esssas informaçções não são
o geralmentee publicadass em periódicos
de cirrculação inteernacional, o que imposssibilita a disse
eminação do
os conhecimeentos.

O primeiro cultivo comercial dee L. schmittii em Cuba foi


f realizadoo em 1987. No entanto os
resulttados apreseentaram grandes flutuaçções nos índices zootécn
nicos alcançaados, devido
o, dentre outtras
coisas, à depend dência da im
mportação dde alimentoss destinadoss a outras eespécies (Ba arbarito, 200
06).
Atuallmente, até mesmo em Cuba L. vannnamei estáá sendo cultivado em esscala comerccial (FAO, 20 007‐
2010), em detrimmento de L. scchmitti.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
269
5.3.3
3 Camarã
ão‐cinza (L
Litopenaeu
us vannamei)

Figuraa 127 ‐ Litope


enaeus vannam
mei
Fonte: Instituto GIA

Segundo Ostrensky (2 2006), a carrcinicultura teve


t início no Brasil entrre os anos de
d 1972 e 19 974,
quando a empressa Ralston Pu urina, juntam
mente com um u grupo de pesquisadorres da Universidade Fedeeral
de Pernambuco desenvolveu, na Ilha de Itamaraccá, estudos com diverssas espéciess de camarões
perteencentes à faamília Penaeidae. A espéécie que se saiu melhor nesses
n testess foi Litopena
aeus vannammei.
Mas, como essa era uma esp pécie exóticaa, não podendo haver captura de reeprodutores na naturezaa, a
emprresa decidiu iniciar proggramas comeerciais de produção
p no Panamá, onnde criou a Agromarina do
Panamá.
A transferência das pesquisas
p de Pernambucco para o Panamá, somaada ao sigilo que a emprresa
exigiaa em relaçãoo às informações de valoor comercial,, impediram que os pesqquisadores e as instituições
públicas e privad das brasileiras tivessem acesso aos resultados dos cultivoss realizados no Panamáá. A
manu utenção dessse "segredo comercial" aacarretaria um u atraso de e cerca de 200 anos no de esenvolvimento
da caarcinicultura brasileira.
A primeirra desova de esta espécie foi realizadaa na Flórida, em 1973. N a sequência, foram obtid dos
bons resultados non cultivos ded juvenis em m viveiros e,
e em 1976, no n Panamá, ddescoberto o potencial que q
existee para a indu
ução à desovva a partir d a ablação un nilateral do pedúnculo
p oocular das fêmeas (proceesso
semp pre acompan nhado por um ma nutrição aadequada daas matrizes). A partir daí,í, os cultivos de L. vannammei
comeeçaram a se ser realizad dos na Amérrica do Sul e Central. Com o desennvolvimento de técnicas de
produ ução em reggimes mais intensivos, oos cultivos dessa
d espécies se expanndiram desd de o Havaí, até
grandde parte da América
A do Sul
S no início dos anos 19 980 (FAO, 2010a).
Entre 19 982 e 1984 4, o Goverrno Federal, através da d extinta Superintend dência paraa o
Desenvolvimento o da Pesca (SSUDEPE), em m parceria com o Banco Nacional
N de CCrédito Coop perativo (BNCC)
e comm o Banco In nteramerican no de Desen volvimento, financiou ce erca de US$ 22 milhões em projetoss de
produ ução de cammarões. O prroblema foi qque o programa do gove erno Federaal estabelecia a como um dos
d

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
270
requiisitos técnico
os para o crredenciamennto e seleçãão dos intere essados a oobrigatoried
dade do uso da
espéccie Marsupeenaeus japon nicus nos cuultivos a sere
em implementados. A esspécie citadaa mostrou uma
u
reduzzida adaptabbilidade às co
ondições de cultivo no paaís e os empreendimentoos financiados fracassaraam.

Apenas um u dos projjetos ‐ justaamente o maior m deles, o da Fazennda Mariculltura da Bah hia,
localiizado no Município de Valença
V ‐ obtteve autorizzação para empregar um ma outra espéécie, o camarão
brancco do pacífico, Litopena aeus vannam mei. Não po or coincidênccia, essa foii a fazenda brasileira mais
m
produ utiva da décaada de 80 e esse foi o únnico dos 16 empreendim
e entos financciados que prosperou.
p
Só a parrtir de 1992 2 é que ouutras fazend das brasileirras começarram a prod duzir a espéécie
Litopeenaeus vann namei, mas a sua introduução e utilizaação em culttivos comercciais foi realmmente um faator
revolucionário paara a carciniccultura brasiileira, graçass ao seu inco omparável ddesempenho zootécnico em
condições de cultivo. Em 20 001, o cont ingente de mão‐de‐obrra empregadda na cadeia a produtiva da
carcinnicultura braasileira chega
ava a quase 660.000 pesso oas.
Depois diisso, o setor passou por ggrandes crise es financeira
as causadas ppor fatores múltiplos
m com
mo:
questtões comercciais provoca adas por dennúncia de du umping por parte
p dos proodutores noorte‐americanos
contrra o governo brasileiro; incidência de doenças (NIM e Sííndrome da mancha Brranca); seveeras
conteendas judiciaais provocadas pelas resttrições ambientais contra a espécie, etc. Hoje, a atividade tenta
se reerguer, mass uma coisa permanece inquestionávvel, L. vanna amei continuua sendo umma espécie sem
s
comp petidores a altura
a quando o assunto é rendimentto zootécnico e viabilidaade econômica. Tanto issso é
verdaade, que em 2006 a espé écie já era cuultivada em vários
v continentes (Figuraa 128).

Figura 128
8 ‐ Principais pprodutores munidiais
m de L. vannamei em
m 2006.
Fonte: FAO
O (2010)

Com a deeflagração da
as enfermidaades virais no
o Brasil, marcadamente nnotadas na região
r Nordeeste
a parrtir de 2003, as discussõe
es sobre a neecessidade e as possibilid
dades do dessenvolvimen
nto das espéccies
nativas voltaram à tona (Ma adrid, 2005)). Pois, dispo
or de espécies nativas m melhoradas e adaptadaas a
mas de cultiivo diversificcados, pode ria ser uma alternativa para reduçãão de algun
sistem ns dos confliitos
ambientais enfrentados pela atividade noo Brasil.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
271
5.3.3.1 Taxonomia
T a

Filo ‐ Arth
hropoda
Sub‐filo ‐ Crustacea
Classe ‐ Malacostraca
M a
Sub‐classse ‐ Eumalaco
ostraca
Superord dem ‐ Eucarid
da
Ordem ‐ Decapoda
Subordem m ‐ Dendrobranchiata
Família ‐ Penaeidae
Gênero ‐ Litopenaeuss
Espécie ‐ Litopenaeuss vannamei ((Boone, 1931))

5.3.3.2 Área
Á de oco
orrência

L. vannam mei é uma a espécie É uma espéccie nativa da


d costa oriiental do Oceano Pacífico,
abranngendo desd de o Peru (re
egião de Tum
mbes) até o México (reggião de Sonoora), mostra
ando acentuaada
preseença na faixxa costeira do
d Equador.. É uma esp pécie exótica, introduziddo no Brasil nos anos 80.
(Barb
bieri Junior & Ostrensky, 2001).

5.3.3.3 Porte
P

Atingem um tamanh
ho máximo dde 17,1 cm (machos)
( a 23,0
2 meas) (Holthuis, 1980; FA
cm (fêm AO,
2010a).

5.3.3.4 Morfologia
M a

As caractterísticas sisttemáticas m ais importanntes para ide


entificação dde L. vannam
mei são: rosstro
modeeradamente longo com 7‐10 7 dentes ddorsais e 2‐4
4 dentes venntrais. O petaasma de macchos maduroos é
siméttrico e semi‐aberto. As fêmeas apreesentam esp permatóforoos complexoss, constituído de massa de
esperrma encapsu ulados por bainha.
b As fêêmeas adulttas têm télicco aberto. A coloração é normalmente
brancca translúcid
da, mas pode e mudar deppendendo do o substrato, do alimentoo ofertado e da turbidezz da
água (FAO, 2010aa).

5.3.3.5 Reproduçã
R ão

Os aspecto
os básicos da reproduçã o dos camarrões peneíde eos são muitto semelhanntes entre si.. O
acasaalamento e a desova oco orrem em m mar aberto, em
e zonas pro ofundas. A ffecundidade de uma fêm mea
de caamarão variaa conforme a espécie e dde acordo com o tamanh ho dos indivídduos. Os ma
achos atingemma
matuuridade sexuaal entre 20 g e as fêmeaas com cerca de 28 g, o que
q acontecee a partir doos 6‐7 mesess de

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
272
vida. Fêmeas de L. vannameii pesando enntre 30‐45 g geram cerca a de 100.0000‐250.000 ovvos de cercaa de
0,22 mm de diâm
metro. A eclossão ocorre c erca de 16 horas
h após a desova e a ffertilização (FFAO, 2010a)..

Segundo Barbieri,
B Jr. & Ostrensky (2001), na natureza,
n os ovos são libberados durrante o perío
odo
noturrno. A fecun ndação é exxterna, ou sseja, os óvu ulos são fecu
undados apeenas no mo omento da sua
liberaação. As fêm meas passam m a nadar rapidamente e, de modoo que o desslocamento da água peelos
pleóppodos facilitee o contato entre
e os óvu los e os espe
ermatozoides.

O desenvvolvimento dos
d camarõees segue a regra
r de com mplexidade dda maioria dos
d crustáceeos,
apressentando várrias fases larrvais, cada um
ma com suass peculiarida portamento das
ades em relaçção ao comp
larvass, suas necesssidades nutricionais e aambientais características.

Cerca de 12 horas após a ovulaçãão, os náuplioos eclodem dos


d ovos, ut ilizando suass antenas co
omo
formaa de movim mentação. Sã ão seres plaanctônicos ded cerca de e 3‐4 µm e facilmente e atraídos pela
p
lumin
nosidade. No estádio de d náuplio, as larvas uttilizam somente suas rreservas de vitelo para se
nutrirrem. Mas, ao
o serem atra
aídas pela luzz, elas procu
uram as cammadas superioores do marr, justamentee as
zonass onde se concentra
c a maior partte do fitopllâncton, alimmento para o segundo estádio, o de
proto
ozoéa.

Quando se s transformmam em prootozoéa, passsam a se alimentar de ppartículas em m suspensão o, o


que, na maioria das
d vezes, siggnifica algas unicelulares, que são filttradas e ingeeridas. Depoiis dessa fase, as
larvass realizam muda
m para o estádio de mísis, quand do então a carapaça
c passsa a recobrir todo o tórrax.
Nessaa fase, a larvva passa a pe
erseguir e deevorar fito e zooplâncton. Finalmentte, a fase larrval termina e o
camaarão é consid derado um pós‐larva (P l), possuindo o todos os apêndices en contrados em um camarão
adultto.
Na natureeza, os ovos e larvas, quue são plancttônicos , vão
o sendo carreegados em direção
d à cossta.
No esstágio de pós‐larva, o camarão deixaa de ser planctônico e passa a ser benntônico . Ta ambém é neessa
fase que o camarão deixa o ambiente tiipicamente marinhom parra terminar o seu desenvolvimento em
zonas s estuarinas..

Os juveniis crescem quase


q que exxclusivamente nessas zo
onas costeiraas (em mangguezais, baíaas e
lagoaas), onde enccontram abrigo e alimennto em abund
dância (pequ
uenos inverttebrados, detritos animais e
vegettais). À meddida que se aproximam da maturid dade sexual, os indivíduuos subadulttos começam m a
migraar para mar aberto, ond de ocorrerá a sua maturração sexual e a reproduução. Os cam
marões adulltos
não rretornam às zonas de crescimento, o que explica porque os camarões m maiores são exclusivamente
captuurados em ágguas marinhas.

5.3.3.6 Hábitat
H

Litopenaeu
us vannamei vive em habbitats marinh hos tropicaiss. Os adultoss vivem e de
esovam em mar
m
abertto, enquanto
o as pós‐larvvas migram ppara regiõess costeiras, onde
o permannece durante praticamente
toda a fase subad
dulta em lagunas ou áreaas de mangu d fase juvennil migram novamente para
ue. Ao final da p
as zonas marinhaas, onde se re
eproduzem ((FAO, 2010a)

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
273
5.3.3.7 Alimentaçã
A ão

Os camarrões peneídeos são classsificados co


omo onívoroos, alimentanndo‐se de fitoplâncton nos
estággios larvais e de zooplân do são juvennis e adultos são descriitos
ncton na fasse de pós‐laarvas. Quand
como o onívoros, detritívoros e predadorres (Zendejaas, 2000; Maartinez‐Corddova et al., 2002; Alon
nso‐
Rodriiguez & Páezz‐Osuna, 200
03.).

5.3.3.8 Condições
C ambientaiis

A espéciie é reconh hecida com mo potente osmoregula adora, send o considera ada eurihaliina,
toleraando rápidaas e amplas flutuações na salinidad de (0,5 ‐ 40 ups) (Nunees, 2001). Segundo Pon nce‐
Palafox et al (199
97), as maiorres taxas de crescimento o desse camaarão podem ser obtidos em salinidades
entree 25 e 45 upss. Durante a larvicultura a salinidade mínima deve ser de peloo menos 23 ups (Barbieri Jr.
& Osttrensky, 20001).

De acordo com Ponce‐Palafox ett al (1997), um


u melhor crescimento
c é obtido em
m temperatuuras
entree 25 e 35°C e um melhor crescimentoo e sobrevivê
ência são obttidos em temmperaturas entre
e 28 e 30
0°C.
Já Wyyban et al (1
1995) concluuíram que a melhor temperatura é 27°C,
2 pois neessa temperatura a taxa de
conveersão alimenntar é a maiss adequada.

5.3.3.9 Locais
L de cultivo
c no Brasil

Há registtros de cultivos comercciais e/ou experimentais da espéciie na maiorria dos estad dos
litorââneos brasileeiros. No entanto, os cuultivos não são,
s na maio
oria absolutaa dos casos,, realizados em
espaçços da União o, mas sim em áreas paarticulares e empregand do como sisttema de pro odução viveiiros
escavvados.

Há registtros de que a espécie jjá foi cultivada experimmentalmentee em tanques‐rede no Rio


de do Sul, Paraná, São Paulo
Grand P e Bahiaa e em cercados no Rio Grande
G do Suul.

5.3.3.10 Statu
us Tecnoló
ógico

Reprrodução e Larvicultu
ura
A descriçãão sumarizad da do processso de larvicultura apresentada a segguir é inteiramente baseaada
no traabalho de Baarbieri Jr. & Ostrensky
O (22001). O intu
uito dessa de
escrição é moostrar um po ouco das etapas
do pprocesso e mostrar
m e a tecnologgia necessária para a produção d e pós‐larvass de camarões
que
peneídeos é plenamente acesssível e dom inada.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
274
O tra
ansporte dos
d reprod
dutores
Para trannsporte de reprodutoress por períodos superiore es a vinte hooras, deve‐sse utilizar sacos
o
plástiicos, reduzir a temperatu ura da água para 18‐20 C, envolver o rostro doss camarões com c um pedaço
de m
mangueira, do o tipo utiliza
ado para apllicação de sooro (tanto para
p manter a integridad de dos animais,
comoo para evitar que o rostro o venha a peerfurar o saco plástico co
om a água) e cortar, com
m auxílio de uma
u
tesou
ura, a ponta do telson de e todos os ca marões a se
erem transpo ortados.

A temperratura da ággua não devve ser rebaixxada em uma proporçãoo superior a 1CC/15 min n. A
densiidade a ser utilizada no transporte deve ser, no o máximo, de
d 4 animaiss de 60 g po
or saco de 25
5 L,
conteendo 10 L dee água e infla
ado com oxiggênio puro.

Pode‐se também
t rea
alizar o transsporte de re
eprodutores em caixa dee isopor de 60 l, contenndo
uma camada dee água de cerca de 5 ccm de alturra. Nesse ca aso, podem ser transpo ortados até 12
animais/caixa, en
ntretanto a duração do trransporte nãão poderá exxceder a quattro horas.

Ao chegaar ao laborattório, os repprodutores devem


d ser transferidos para tanque
es circulares ou
2
ngulares, com área útil entre 12 e 15 m e profundid
retan dade de 1,00 m, ou sejja, tanques de
3
aproxximadamentte 10‐15 m .

Nesses taanques, a taxa de renovvação da águ m torno de 150%/dia. Para


ua deve ser mantida em P
alimeentação dos camarões, utiliza‐se
u umaa taxa de arrraçoamento de até 12% da biomassa
a/dia, reparttida
da seeguinte form
ma: 38% lula a; 20% biommassa de arttêmia; 18% sarnabitingaa; 18% de sururu
s (marisco
escurro) e 10% raçção.

A densid
dade recome endada é dde 4 a 6 re eprodutores /m2. Devve‐se manter uma relação
mach
ho:fêmea de 1:1, ou seja,, metade do plantel deve e por fêmeas.
e ser compossto por machhos e metade

Indu
ução à deso
ova
Na maiorria dos laborratórios, a mmaturação ovvariana é ind ão unilateral do
duzida a parttir da ablaçã
pedúnculo ocularr. Há várias formas de se realizar a ab
blação:

Enucleaçãão: com auxxílio de uma lâmina de barbear,


b pro
omove‐se um
m corte no globo
g ocularr da
fêmeea, seguido da retirada do
o conteúdo iinterno do olho.

Esmagammento de ped dúnculo ocullar: com auxílio de um alicate de ponntas finas, po


ode‐se esmaagar
a basse do pedúncculo ocular, de
d forma quee ele não caiia imediatam
mente, mas, ssim, algum tempo após, em
funçãão do fato dee se haver interrompido o fluxo sanguíneo para o olho.

Extirpação, seguida ou
o não de caauterização: A extirpação é outro m método simplles e rápido o de
se fazer a ablaçãão. Com auxxílio de umaa tesoura, promove‐se um u corte doo pedúnculo o ocular na sua
porçãão mais basaal. A própria tesoura podde ser aqueccida, com auxxílio de um iisqueiro, porr exemplo, para
p
que sse realize a cauterização da ferida, im
mpedindo o extravasame
e nto da hemoolinfa.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
275
Deso
ova
Normalmmente, as fêm meas precisaam ser verificcadas para ver
v se estão iimpregnadas com as bollsas
esperrmáticas (esspermatóforos), principaalmente noss casos em que não see optou pela inseminação
artificcial. Constattada a presença dos esp ermatófoross e do adianttado estágioo de maturaçção gonadal,, as
mesm mas devem ser s transferiddas para tanqques individu
uais ou coletivos de desoova.

Um bom laboratório costuma traabalhar com % do plantel de


m uma expectativa de deesova de 7%
fêmeeas ao dia, co
om uma prod
dução médiaa em torno de 100.000 ovvos/fêmea.

Desovas individuais: Em cada tannque de desova (redondo, cilíndrico‐‐cônico ou retangular,


r c
com
fundo o ligeiramen
nte cônico, com
c volumee variando entre
e 150 e 500 l, preeenchido com m água do mar
m
filtrad
da e tratada com 10 ppm m de EDTA d i‐sódico, mantido no esccuro e submeetido a um regime bastante
suavee de aeraçãoo ou de reno ovação da ággua) é coloccada apenas uma fêmea matura. Depois da deso ova,
norm malmente de 6‐10 horas após a sua transferênccia para esse e tanque, a fêmea voltaa ao tanque de
manu utenção de reprodutoress.

Desovas coletivas: Em m cada tanqque de deso ova (tanques de 5 a 200 m3) são co olocadas várias
fêmeeas em estággio final de maturação ggonadal. A densidade utilizada
u variia de 1,0 a 1,5 fêmeas//m2.
Após a desova daa maioria das fêmeas, ouu após um te empo pré‐deeterminado ((por exemplo, 18 horas), as
fêmeeas são retiraadas do tanqque e devolviidas aos tanques de mannutenção dee reprodutore es. As fezes são
retiraadas do funddo por sifonnagem, com o objetivo de evitar co ontaminaçãoo bacteriana nos embriõ ões.
Após a eclosão daas larvas, as mesmas sãoo concentrad das com auxíílio de lâmpaadas colocaddas na bordaa do
tanqu ue, aproveitaando‐se o fa
ato dos náupplios apresenntarem fotottaxia positivaa. Portanto, nesse sistemma,
tantoo a desova coomo a eclosãão ocorrem nno mesmo taanque.

A escolha do sistem ma de desovva a ser uttilizado depende da inffraestrutura disponível no


de ainda de sse utilizar sisstemas mistos, em que, apesar de serem utilizad
laborratório. Há a possibilidad dos
tanquues de deso ova menoress que aquelees utilizadoss nos sistem mas de desoova coletivo, são colocadas
váriass fêmeas por tanque.

Cole
eta de ovoss
A ocorrên
ncia de desoova pode seer facilmente
e constatada
a, tanto pelaa presença de
d resíduos dos
d
folícu
ulos ovariano
os nas bordas dos tanqques, quanto o pela observação visua l de que as fêmeas já não
n
apressentam maiss os ovários cheios.
c

Nesse caso, deve‐se retirar imeddiatamente as fêmeas dos


d tanquess de desova para evitaar a
contaaminação do os ovos comm o seu m material fecal, assim como evitar qque elas co omam os ovvos,
devolvendo‐as ao d manutençção de repro
os tanques de odutores. De
eve‐se, aindaa, efetuar a sifonagem dos
d
ovos,, transferindo‐os para os tanques de eclosão.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
276
Eclo
osão
Deve ser feita em tan nques cilindrro‐cônicos com capacida
ade para 1000 L. Utilizam
m‐se densidades
de 1..000 a 1.2000 ovos/l, comm aeração coontínua por um período madamente 12 horas. Após
o de aproxim
esse período, já começam
c a aparecer
a os pprimeiros náuplios.

Após a ecclosão, colooca‐se um caano de 1,0 polegada, fazendo com qque a porção o terminal fiq que
encaiixada como uma luva no o fundo do taanque e a poorção inicial fique posicioonada na alttura do nívell da
água no tanque. Tampa‐se, então,
e o tanqque contenddo os náuplioos, de forma que haja penetração de luz
apenas por um peequeno orifício central, ssobre o qual se coloca umma lâmpada incandescen nte. A seleçãão é
feita em duas etaapas: 1) susp
pende‐se a aaeração e agguarda‐se um ma hora. Os náuplios, attraídos pela luz,
acabaam caindo e ficando retidos no canoo central. Ap pós esse perííodo, os náuuplios coletados nesse caano
devemm ser filtrad
dos e lavados durante um ma a duas horas. Os náu uplios que nãão ficaram retidos
r no caano
devemm ser descartados; 2) paara a segundda etapa da seleção,
s o tanque deve sser limpo e uma nova ággua
deve ser colocadaa. Então, os náuplios sãoo devolvidos para o tanquue e adicionaa‐se uma fon nte contínuaa de
água salgada, em m um fluxo de 5 l/hora.. A água criaará um pad drão de circuulação lateral no tanque e
forçará os náuplioos a nadarem
m contra a ccorrente (ain
nda que fraca a) em direçãão à luz. Apenas os náuplios
mais capacitadoss conseguirão realizar essse movimen nto e ficarãoo presos ao cano centra al, podendo ser
coletados após 30 0 minutos. Os
O demais deeverão ser de escartados.

Siste
ema de larrvicultura
m sendo empregados no país:
Dois sisteemas de larviicultura vêm p monofáásico ou bifássico.

O sistemaa monofásico é aquele nno qual se uttiliza apenas um tanque de larvicultu


ura, do comeeço
ao fimm do ciclo ded produção o. Já no sisteema bifásico
o são empre egados dois tanques de larviculturaa. O
primeeiro é utilizaado para leva
ar as larvas até Pl1 ou Pl
P 2, em aproxximadamentte 12 dias de
e cultivo. Neesse
caso, são usualm mente utiliza
ados tanquess de 10.000 0 a 20.000 l. Depois, naa segunda fa
ase, as Pl's são
transsferidas paraa tanques exxternos de aaté 60.000 l, onde são mantidas
m porr cerca de 8 a 12 dias, até
chegaarem a Pl8 a Pl12.

Apesar do aumento da carga de trabalho en nvolvido na utilização deesse segundo método e da


necesssidade de possuir
p uma a infraestrut ura adequad
da para sua aplicação, ele possui duasd vantagens
básicas sobre o sistema monofásico: a) a primeira é o fato de o laboratório cconseguir rea alizar um maaior
númeero anual dee ciclos de produção, um ma vez que os
o tanques internos fica m rapidame ente disponívveis
para um novo cicclo; b) a segu
unda é o fatto de se consseguir produ
uzir Pl's maioores e mais fortes,
f uma vez
que a densidade final
f é sempre menor quue no sistemaa monofásico.

Alim
mentação
Durante a larviculturra uma sériee de alimenntos pode se er utilizada, passando por
p microalggas,
alimeentos industriais (por exxemplo, Nipppai BP e Frippak), náuplios de artê mia, biomasssa de artêm mia,
carnee de peixes, moluscos e crustáceos, estes últimoos fornecidoss aos animaiss quando atiingem a fasee de
pós‐laarva.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
277
O importante é que o tamanho dda partícula alimentar
a seja sempre p roporcional ao tamanho o da
boca das larvas. É recomend dável ainda qque as micro
oalgas sejam
m utilizadas ddurante toda
a a larvicultu
ura,
aindaa que seu papel principal na alimentaação de larvas de camarões se dê naa fase de prootozoéa. Apeesar
mportância cada vez maiior dos alimeentos artificiais, a artêm
da im mia ainda é uum alimento
o imprescindíível
na larrvicultura dee camarões marinhos.
m

Desp
pesca
Inicialmente, deve‐see drenar o taanque de larvicultura, deixando apeenas 50% do o volume inicial
sob uum regime de intensa ae eração. Depoois, com auxíílio de um puuçá, com maalha apropria
ada (1.000 µm),
µ
faz‐see a despescaa das Pl's, que
e devem serr transferidass para um tanque de conntagem.

Quando o número de e Pl's captur adas com o puçá passar a ser reduziddo, o restante da despeesca
deverrá ser feito através da drenagem tootal do tanq que. Para issso, deve‐se utilizar um recipiente para
p
filtrarr a água e reeter as Pl's, que
q deverãoo ser posteriormente transferidas paara o tanque e de contageem.
Depo ois de contad das e embala adas, as Pl´s eestão prontaas para ser trransportadass para a área
a onde ocorrrerá
a enggorda.

Engo
orda
Apesar das informaçções a seguiir não dizerem respeito o aos sistem
mas de cultivvo passíveis de
serem e dão a opportunidade
m utilizados nos PLDM, elas e de uma aná álise comparrativa sobre o estágio attual
dos ccultivos e doss resultados que podem ser obtidos. Tais informaações sobre os regimes de
d produção o de
L. van
nnamei são baseadas
b no trabalho da FAO (2010aa).

Regiime extenssivo
Cultivos extensivos
e da espécie sã o realizados na América Latina. Paraa isso são utiilizados viveiiros
abasttecidos pelaa maré, onde pouca ouu nenhuma água de originária de bombeamen nto ou messmo
aeraçção complem mentar é fornecida. Os vviveiros têm formato irre
egular, geralmmente com 5‐10 ha (atéé 30
ha) e 0,7‐1,2 m de profundidade. Iniciallmente, as Pl P selvagens que entram m nos viveiro os trazidas pela
p
maréé, através da d comporta, ou que sãoo adquiridass de laborató o estocados em
órios de larvvicultura, são
densiidades que costumam variar
v de 4‐110/m². Os animais alime entam‐se prrincipalmente de alimen ntos
naturrais, reforçaados pela prática de fertilização ou mesmo o rações foormuladas contendo
c baaixa
quantidade de prroteína. A deespesca ocorrre geralmen nte quando os
o animais attingem de 11 1‐12 g, após 4‐5
mesees de cultivo. A produtiviidades destees regimes extensivos é 150‐500 kg/ ha/safra, com 1‐2 colheitas
por ano.

Regiime semi‐‐intensivo
e regimes semi‐intens ivos são realizados em viveiros
Cultivos em v (1‐55 ha), onde são estocad
dos
por vvolta 10‐30 Pl/m². Esses sistemass são comuns na América Latina. A troca de e água é feeita

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
278
regularmente e utilizando‐se
u bombeameento. A profu undidade mé édia dos viveeiros é de 1,0‐1,2 m e há
h o
uso ‐ ainda que não
n intenso ‐ de aeração complementar. A alimen ntação de caamarões tammbém é baseaada
em aalimentos naaturais, refoorçada por ffertilização regular dos viveiros, coomplementadas por dieetas
formuladas, fornecidas de 2‐32 vezes aoo dia. A prod dutividades destes siste mas varia de 500‐2.0000 kg
/ha/, com duas saafras por ano
o.

Regiime intenssivo
Cultivos em
e regimes intensivos
i sãão geralmente praticados em áreas ssem nenhum ma influênciaa da
maréé, nos quaiss os viveiros podem serr completam mente drenad dos, secos e preparadoss antes de caada
ciclo subsequentte de produ ução. Como as áreas maism distante
es do mar ssão mais ba aratas, há uma
u
prevaalência de usso de águas de baixa sallinidade nestte caso. Este
e sistema de cultivo é coomum na Ásiia e
em aalgumas fazzendas da América Laatina que estão em busca de aaumento significativos da
produ utividade. Os viveiros, por
p vezes, sãão de terra, mas o mais comum é o uso de tanq ques revestiddos
por mmantas plásticas para red duzir a erosãão e melhorar a qualidad
de da água. Os tanques ou viveiros são
geralmente pequ uenos (0,1‐1,,0 ha), quad rados ou red
dondos. A profundidadee geralmente e maior que 1,5
m. Ass densidadess de estocage em variam dde 60‐300 Pl//m². Aeraçãoo intensa (1 hhp para cada
a 400‐600 kgg de
camaarões) é emp pregado. Os animais sãoo alimentado os exclusivamente com dietas artificiais, 4‐5 veezes
por ddia (taxas de conversão alimentar de 1,4 a 1,8.

Desde quue surtos vira nar frequentes, estoquees livres de patógenos


ais começaraam a se torn p (SSPF)
ou reesistente a patógenos (SPPR) passaram
m a ser cada vez empreggados, bem ccomo têm sido implantadas
medidas de biosssegurança e de sistemaas que possibilitam gran ndes reduçõões de trocca de água. No
entannto, a alimeentação, trooca e manuutenção de qualidade da d água, aeeração e flo orescimento de
fitopllâncton requ
uerem monittoramento e gestão muitto criteriosos. A produtivvidade varia usualmentee de
7.0000‐20.000 kg//ha/safra, com 2‐3 despeescas por ano, podendo ser alcançaddos até 30.0 000‐35 000 kg
k /
ha/saafra.

No sistemma de produção com "floocos bacterianos", os tanques (0,07‐‐1,6 ha) são manejados em
elevaados níveis de
d aeração; recirculação
r de água; uso
u de sistem mas bacteria nos heterotróficos; com m os
animais sendo allimentados 2‐5
2 vezes porr dia, com raações com baaixos níveis dde proteína, em um esfoorço
para aumentar a razão C: N para
p a rota de recciclagem dos nutrientes via
mais quue 10:1 e substituição da
microoalgas por bactérias.
b Deensidade dee estocagem de 80‐160 Pl/m². Os fflocos bacterianos que são
formaados acabam servindo também ppara alimenttar os cama arões, reduzzindo a dependência de
os, taxas dee conversão alimentar ottimizadas e aumento da
alimeentos altameente protéico a rentabilidaade.
Tais sistemas já atingem nííveis de proodutividade entre 8.000 0‐50.000 kg//ha/safra em e Belize e na
Indonnésia.

Regiime superintensivo
Pesquisass recentes re
ealizadas noss Estados Unnidos têm se
e concentraddo em produuzir L. vannam
mei
em siistemas de raceway
r supeerintensivos,, posicionados em estufa
as fechadas. Não há trocca de água, mas
m
apenas a reposiçção das perrdas de águua por evaporação. As Pl utilizadass são SPF. Os O sistemas de

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
279
biossegurança em mpregados garantiriam uuma produçãão mais "susttentável", poor apresentar uma pequeena
pegad da ecológicaa, podendo produzir caamarões de e alta qualid
dade e elevvada eficiência econômica.
Racew ways de 282 2 m² são povvoados com 300‐450 juvenis de 0,5‐2 2 g/m² e atiingindo, apóós 3‐5 mesess de
cultivvo, produtividade de 28.0
000‐68.000 kkg /ha/safra,, com taxas de crescimeento de 1,5 g/semana,
g taaxas
de soobrevivência de 55‐91%, peso médio de 16‐26 g e taxas de co onversão alim
mentar de 1,,5‐2,6.

Figurra 129 ‐ Tanqu


ues‐rede expe
erimentais uttilizados para o cultivo de camarões
c marrinhos na baía
a de Paranagu
uá.

Fo
onte: IGIA

Cultivos em ta
anques‐red
de
A experiêência tem mostrado
m quee os riscos envolvidos
e na produção de camarõe es em tanqu ues‐
rede são maioress que em vivveiros, pois oos tanques‐rede são muito vulneráveeis a tempesstades e à ação
das ccorrentes maarinhas, além m de serem mais sujeito os a roubos que
q os sistem
mas tradicionais. Por serrem
realizzados no pró óprio ambiente, o uso dde espécies exóticas, coomo é o casoo do L. vann
namei enfrenta
aindaa sérias restrrições dos órgãos ambienntais.

Mas, os tanques‐redde também m apresentam m vantagenss potenciaiis em relaçã ão aos cultivos


realizzados em viveiros escavvados, uma vez que os custos com m investimenntos são significativamente
meno ores; os tanques‐rede permitem umm maior conttrole da proddução; possibbilitam a otimização do uso
de raações, com maior
m aprovveitamento ddo alimento natural que e se fixa na s telas; sua instalação não
n
implica no desmaatamento do os mangues oou da vegetaação costeira.

Ostrenskyy (dados não publicadoos) realizou, entre os meses de janeeiro a maio de 2001, um
experrimento de cultivo expe erimental dee L. vannameei em tanques‐rede na BBaia de Para anaguá, em um
canall situado enttre as Ilhas da
d Cotinga e Ilha Rasa daa Cotinga. Fo
oram utilizaddos 5 tanque
es‐rede berçáário
e 9 taanques‐rede de engorda, com dimennsões de 4,0 x 4,0 x 1,3 m, m com aberrturas de malha de 1,5 x 3,0
mm e 5,0 x 5,0 mm, respectivvamente.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
280
O povoammento iniciall dos berçári os foi feito com
c pós‐larvvas (Pl20), com
m peso médio individuall de
0,0011g. Quando oso camarões atingiram 1,,0g, foram trransferidos parap os tanquues‐rede de engorda. Neesta
fase, foram testadas 3 diferen ntes densidaades de estoccagem, em triplicata, 3000, 600 e 800 juvenis/m2. Foi
utilizaada ração peeletizada parra camarões com 35% de e proteína bruta, forneccida em interrvalos regulaares
de 4 h, em comedouros que permitiam aavaliar o consumo de raçção individuaalmente em cada tanquee. A
cada 15 dias eram m realizadass biometrias para estimaação das taxas instantânneas de sobrevivência, peso
médio, da populaação, biomasssa e ganho dde peso.

Não houve diferença


a estatísticaa (p < 0,05) no crescim mento dos ccamarões na
as 3 densidaade
avaliaadas. Obseervou‐se que as taxas de crescimento das densidades dde 300 e 800 8 juvenis//m2,
manttiveram‐se praticamente iguais ao lonngo de todo o cultivo.

Em 120 dias de cultivo, foram m alcançad dos pesos médios


m de 14,9 g, 11 1,7 g e 12 g,
2
respeectivamente nas densida ades de 300,, 600 e 800 juvenis/m
j . Observou‐se
O e, também, que
q a produção
de umm tanque‐rede de 4 x 4 m de larguraa e 1,3 m de e altura, que custava na época cerca a de R$ 400,,00,
podiaa chegar a 60
6 kg de cam marão, com um peso médiom de 12 g, que era vendido por até 10,00//kg,
geranndo uma recceita bruta de R$ 600,00 por safra, ou o ainda R$ 1.200,00
1 porr tanque‐rede, por ano. As
taxass de conversãão alimentarr foram de 1,,20 ; 1,26 e 1,42
1 kg de ra ação por kg dde camarão produzido,
p p
para
2
as deensidades de
d 300, 600 0 e 800 cam marões/m respectivam mente. A raçção custava a na época do
experrimento R$ 1,80/kg. Ass taxas de soobrevivênciaa variaram de d 50 a 71 % %, não apresentando, neesse
caso, uma relação o direta entrre aumento dda densidade e e redução na sobrevivêência.

Apesar doos resultados poderem sser consideraados muito promissores,


p há que se co
onsiderar qu
ue o
númeero de tanqu ues‐rede era
a relativame nte baixo, o que permittia que fosseem limpos com frequência,
impedindo a colm matação das telas; que o lugar escolhido para co olocação doss tanques‐rede apresentava
caraccterísticas am
mbientais muuito especiaiis, pois ao mesmo
m tempoo em que a presença das ilhas perm mitia
uma certa proteçção contra ve entos e ondaas, por outro o, a grande circulação
c dee água no lo
ocal favoreciia a
adequada troca de d água no in
nterior dos taanques.

Nos cultivvos comerciiais realizadoos na Baía de


d Guaratub ba por invesstidores cap
pitaneados pela
p
Emprresa CPCAM esses foram m os princippais problem mas observaados: a dificculdade de se promoveer a
limpeeza de um grande
g númeero de tanquues‐rede ao mesmo tem mpo, não immpedindo a colmatação
c d
dos
mesmmos e as queedas de oxiggênio dissolvvido no fund ues, causad a pela baixxa circulação de
do dos tanqu
água durante os períodos de e paradas dee marés (maarés mortas)), o que levaava a perdas em massa de
camaarões cultivad
dos.

Pereira (2
2004) realizo
ou o monitorramento amb biental das áreas
á onde oos tanques‐reede da empresa
CPCA
AM foram instalados e observou
o quee as concentrações de nutrientes
n diissolvidos na
a água (nitraato,
amônnia e fosfato
o) mantiveram‐se em nívveis extremaamente baixos (todos o parâmetross apresentarram
conceentrações em torno de 0,1 mg/L). Também não foram detectadas d iferença significativa en ntre
pontoos de amostrragem localizados dentroo ou fora dass áreas de cu
ultivo.

O grandee diferencial quantificaddo e que apresentou


a relações ineequívocas co om os cultivos
realizzados foi o acumulo
a de matéria
m orgâânica e de nutrientes no
o solo. A prinncipal variaçã
ão quantificaada
nas aanálises de solo
s ocorrerram na basee amostral localizada exxatamente nno meio do cultivo. Neeste
ponto o a concentrração de carrbono saltouu de 1,5 g/dm3 (abril de 2002) para 12,4 g/dm3 (novembro de
2002). Os valoress do carbono estão intim amente relacionados à presença
p de m matéria orgâânica no locaal.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
281
Zarain‐Heerzberg (200 06) realizarram estudos em que avaliaram os efeitos de diferen ntes
densiidades de esstocagem na a produção dde L. vannam mei em gaio olas flutuantees posicionaadas na baía de
Santaa Maria, Mééxico. Além disso,
d avalia ram a influêência dos suubstratos arttificiais no desempenho do
cresccimento dos camarões. As A Pl foram eestocadas em m quatro gaiiolas em dennsidade de 7007 Pl/m2. Após
30 diias de cultivo, os camarrões atingiraam um peso médio de 0,5 0 g e depoois foram tra ansferidos para
p
2
gaiolaas de cresciimento nas densidades de 100, 15 50 e 200 ca amarões/m , com e sem m a adição de
substtratos artificiais. A sobreevivência finaal não foi affetada nem pela
p densidaade populaciional, nem pela p
preseença de sub bstratos artifficiais adicioonados. Por outro lado, o peso méédio final foi maior para o
tratamento em que q os anima ais foram maantidos em baixas densiidades (100 camarões/2). ) Neste caso
o, o
uso dde substratoss artificiais mostrou
m um eefeito positivvo sobre o peso
p final do s animais. Após 2 mesess de
cultivvo a sobrevivvência foi superior a 90% %, o peso inddividual vario
ou de 6,94 ± 1,51 g a até 9,33 ± 1,48 g e
a pro
odutividade variou
v de 8188‐1.297 g/m2 .

5.3.3.11 Merccado e Com


mercializa
ação

A carciniccultura é, sem
m nenhuma dúvida, o caaso mais bem m sucedido dde sucesso já vivenciado por
uma atividade prrodutiva da aquicultura
a bbrasileira (m
mesmo que te enha e aindaa esteja vivendo temposs de
ongada e sevvera crise). O grande ter mômetro de
prolo esse sucesso é que, ao ccontrário da grande maio
oria
das aatividades aquícolas, em m pouco te mpo o merrcado nacion nal ficou peequeno, ou melhor, mu uito
desesstruturado para
p absorver a produçãoo nacional e a saída foi bu
uscar mercaddos externoss.

O mercaddo interno é bastante attrativo, dado o o número potencial dee consumido ores, mas mu uito
desesstruturado para
p dar rápidda vazão a ggrandes volum
mes produzidos. Por issoo, a preferência histórico
o do
setorr produtivo brasileiro
b pelo mercado innternacional.

Em 1996 cerca de 82% % do camarãão cultivado e exportado


o pelo Brasil (quase que exclusivamente
annamei) eraa exportado
L. va o para o EUUA e menoss de 10% exxportado paara a Europa. Em 97 essa e
perceentagem exxportada para o me rcado norte‐americano o subiu paara 90% e depois caiu c
vertigginosamentee para um patamar de 338% em 200 03. Naquele ano, o Brasiil sofreu no ano de 20003 à
acusaação de dum mping dos EUUA e em 20004 a proporção de camarrões cultivaddos exportaddos para aqu
uele
país ccaiu ainda peela metade, enquanto a Europa passsava a ser o destino de mais de 82 2% da produçção
brasileira (Mouraa, 2005).

o de 2005, quando foi concluído o processo de definiçã o das tarifa


De junho as antidumpping
aplicaado contra países exportadores dee camarão cultivado parra os EUA, os principais exportado ores
foramm penalizadoos com as seguintes sobbretaxas: 11 13% para a China,
C 26% para o Vietnnam, 10% para
p
Índia,, 7% para o Brasil, 6% para
p a Tailânndia e 4% paara o Equado
or. México e Indonésia escapara
e desssas
tarifaas.

Mas, é im
mportante dizer
d que o próprio preço do camarão comerciializado nos EUA passou e
aindaa passa por grande
g retra
ação, que poode ser medida pela aná
álise do índicce Urner Barrry (HLSO). Este
E
índicee é uma medida
m das condições
c geerais do me
ercado de ca
amarão L. vvannamei e funciona co omo
indicaador da tend
dência dos preços dos caamarões no mercado
m quele país. EEle não é refflexo de apenas
daq
um ittem ou de camarões de um deterrminado tam manho, mas uma medidda das cotaçções globais do

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
282
mercado de cam marão cinza sem cabeçaa e com cassca nos EUA A. O índice é calculado
o em dólares e
utilizaando uma média
m ponderrada das cotaações diáriass do mercado
o Urner Barrry.

d camarõess inteiros (ccom casca), em


Este índicce calcula o valor médiio de todas as classes de
relaçãão às quanttidades totaiis importadaas pelos Estados Unidos. Ou seja, é uuma média ponderada,
p q
que
indicaa o valor pago por libra de camaarão, indepe endentementte da sua cclasse de tamanho. Asssim,
camaarões 16/20, que têm um m alto valor, mas são impportados em
m pequenas quantidadess, têm pequeena
influêência sobre este índice.. Enquanto iisso, camarõões 51/60, que atingem um menor preço,
p mas que
q
são immportados em
e grandes quantidades,
q , apresentam
m uma maior influência ssobre o índicce final.

Na Figuraa 130 observva‐se que o ííndice apressentou os maaiores valorees em 2008 que em 200 07 e
que eem 2009 e qu ue o ano de 2010 começçou com o índ dice em asce
ensão. Ainda assim,
a essses
valores refletem a queda vivenciada no m mercado de camarões ao longo do ttempo. Em 2000 2 o pico o de
índicee foi observaado em abriil, quando chhegou a patamares próxximos a US$ 7,45/libra. Por outro laado,
como o a economiaa dos Estado os Unidos enntrou em crise em 2001,, os preços ddespencaram m para o menor
nível observado neste
n período. Em julho de 2001 o ín ndice havia caído
c para U
US$ 4,50/libra
a (Barbieri Jrr. &
Ostreensky, 2002). Ou seja, duurante uma ddécada inteiira os índicess se mantiveeram em me enos da metaade
do paatamar atinggido em 20000.

3,7

3,5

3,3
US$/libra

3,1

2,9

2,7

2,5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out No
ov Dez

M
Mês

2007 20
008 2009 2010

Figura 130 ‐ Índice Urner Barry HLSO do camarão L.


L vanammei cultivado
c (sem
m cabeça e co
om casca).
FFonte: Urner Barry
B (2010).

Certamennte, o fato que


q muito coontribuiu para essa queda de preçoos foi que a produção dee L.
vannaamei no mundo aumenttou de formaa radical nessse mesmo período,
p saltaando de 145
5.386 toneladas
em 2000, para 2.259.000 ton m elementar de mercaado se fez aqui observarr. O
neladas em 22008. A lei mais
rápido aumento da produção de L. vannnamei levou u à diminuiçção drástica dos preços nos mercad dos
nacionais.
intern

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
283
2.500.000

2.000.000

1.500.000
Produção (toneladas)

1.000.000

500.000

0
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Ano

Figura 131 ‐ Evoluução da produ


ução mundial de L. vannam
mei.
Fonte: FAO (2010a).

Segundo a FAO (2010a), a comeercialização de d camarão congelado, com ou sem m cabeça, e de


camaarão descasccado domino ou, durante muito temp po, o mercad
do internacioonal de cam
marões, sendo a
principal forma de exportação o para mercaados como o dos Estadoos Unidos, Unnião Européia e do Japão o. A
tendêência agora, porém é de processam mento e commercialização de produtoos de valor agregado.
a Istto é
fruto de uma mu udança nos padrões de consumo, notadamente
n e dos consu midores norrte‐american nos,
que ppassaram a comer
c mir em casa mais produttos já adquiriidos prontoss ou
menos fora de cassa e a consum
semi‐‐prontos. Co
omo o princip pal mercadoo para o camarão no mundo continuaa sendo os Estados
E Uniddos,
o quee acontece láá influência os
o mercadoss do mundo todo.
t

Ainda seggundo a FAO O (op cit.), a demanda no orte‐america


ana era de 1,,9 kg/habitante em 20044 e,
mais recentemen nte, os EUA começaram
c a abastecer seu mercado interno coom camarõess produzidoss na
Ásia. Os principaais fornecedores para o mercado no orte‐americano em 20055 foram Tailâ ândia, Equad
dor,
Índia,, China e Vieetnã.

O segunddo mercado mais imporrtante em esscala mundial é o da U nião Europé éia (importação
183.0000 toneladdas no prim meiro semesstre de 2005), que prefere um camarão menor m (31/4
40),
o. O mercaddo japonês, por sua vez, dá preferêência pelo ca
prefeerencialmentte congelado amarão gran nde
sem ccabeça (16/2
20), normalm
mente abasteecido por fazzendas asiáticas de cultivvo de Penaeu
us monodon.

Esse mercado ez mais regulado por norrmas sanitárias rígidas, com


o internacionnal é cada ve c
restriições ao uso de drogas e de produutos químico os. Regulame
entos quantoo à segurançça alimentarr de
frutos do mar (caamarão em especial)
e exisstem em todos os princippais países im
mportadoress. No entanto o, a
Uniãoo Européia é o que aplica normas m mais rigorosas, com toleerância zero em relação à presença de
resíduos de produtos químicos e antibiótticos no produto, bem a aplicação ddo Sistema Generalizado
G o de
Prefeerências (GSP
P) sobre o im
mposto de im
mportação.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
284
Os Estado
os Unidos im
mpõe normass sanitárias rígidas
r e imppõe a aplicaçção de padrõões de contrrole
de quualidade, como é o caso do HACCCP ou de Avvaliação Senssorial, mas ttambém tem m promovido oo
contrrole rigoroso
o em relação à presença dde antibióticcos proibidoss na carne dee camarão.

Essas resstrições de mercado,


m m ais o dólar barato, temm forçado uuma mudançça de rumo na
d camarão cultivado. D
comeercialização do Desde que a moeda nortte‐americanaa se estabilizzou, o mercaado
do camarão, traadicionalmen nte voltado para a exportação, tê êm forçado os empressários a ten ntar
comppensar o prejuízo investindo no conssumo internoo. Em 2003, por exemploo, o camarãoo era vendid
do a
R$ 122,00 (ou US$
$ 4,00). Hoje os mesmos US$ 4,00 significam R$ 7,20. Entrettanto, o aum
mento da ofeerta
do prroduto também tende a forçar
f os preeços em Reais para patam
mares ainda mais baixos.

Por isso, a busca de mercados loocais e de no


ovos nichos de mercadoo acaba send
do quase qu
ue a
únicaa alternativa disponível aos produtoores. Quantoo menor o preço,
p mais o camarão tende
t a ocupar
espaçços no cardápio dos restaaurantes.

O grandee problema é que o braasileiro aindaa não é um grande connsumidor de camarões. Em


2006, o consumo o per capita anual
a do braasileiro foi de
e apenas 250
0 gramas de camarões, comparado
c c
com
700 g da média mundial,
m um quinto do coonsumo regiistrado no México
M (1.3000 g) e menoss de um déciimo
do coonsumo doss Espanhóis (3.540 g), uum dos maio ores consummos de camaarão per capita do mun ndo
(Carvvalho & Roch
ha, 2008).

Carvalho & Rocha (op cit.) fazem


m uma análisse bastante aprofundadaa sobre o mercado
m interno
para camarões cultivados.
c Os
O autores aapontam qu ue, em term mos de ven das no ataccado, o gran nde
mercado para o camarão
c é o Rio de Janeeiro. Apenas como comp paração, em
m 2007 as venndas na Central
de Diistribuição de o, CEAGESP, foram cercaa de 10 veze
d São Paulo es menores do que as reportadas
r p
pelo
CEASA/RJ.

A comerccialização doo camarão médio (cate egoria onde se enquaddra o camarão de cultivvo),
aumeentou cerca de 21% e a do camarãoo 7 barbas (ccujo nicho jáá está sendoo ocupado pe
elo camarão
o de
cultivvo pequeno),, registrou um crescimennto de 49% em
e 2007, com
mparado com m 2006.

No varejoo nacional to
omado por bbase as informações dos grandes suppermercadoss, as vendas em
2007, aumentarram, em média, m 41%,, em comp paração a 2006, e aatingiram um volume de
aproxximadamentte 5.000 tone eladas consuumidas (em 2006
2 mativas aponntavam para cerca de 3.5
as estim 500
t). A participaçãão dos cam marões conggelados aum mentou 76% % e represe ntou cerca 19% do to otal
comeercializado, enquanto
e qu
ue a particippação do caamarão frescco caiu 9%, porém a su ua participação
predoomina e reprresenta cerca de 81%.

Os autores concluem m que o meercado interno está em expansão, assim como o o número de
emprresas em bussca de boas oportunidaddes. Com o aumento
a da competitividdade, estas empresas
e serão
forçadas a investtir em marketing e a esstreitar as re
elações comerciais com os demais elos da cadeeia,
especcialmente oss serviços de alimentaçãoo.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
285
5.4 M
MACROAL
LGAS
As maccroalgas marinhas cultivvadas mund dialmente sãão destinaddas principalmente paraa a
alimeentação hum mana, especcialmente em m países Assiáticos, e para atenderr a demanda industrial de
ficocoolóides, com
m ampla utilização desdde a indústria alimentícia até a inndústria farm macêutica. Nos
N
cultivvos de algass destinadas à indústria de hidrocolóides (ágar e carragen ina), majorittariamente são
utilizaadas espéciees de algas que
q apresenttam reprodu ução vegetativa, sendo esstas propagaadas facilmente
atravvés da retirada de talo os e de espporófitos. Jáá as princip
pais algas uutilizadas co
omo alimenttos,
usuallmente deveem ser cultivadas de fforma mais tecnificada e trabalhossa, através da reprodução
sexuaada.

Para estee último gruppo de algas, que não se propagam


p efficientementte nos próprrios sistemass de
produ ução em laarga escala, deve ser realizado o controle mais m compleexo do ciclo reprodutiivo,
envolvendo a alteernância de gerações. Issso é típico de d muitas da as algas marrinhas marro ons, como ass da
espéccie de Lamiinaria, cujo ciclo de vidda envolve a alternância entre um m grande essporófito e um
gameetófito micro oscópico ‐ duas geraçõees com form mas muito diiferentes. O esporófito é a fase que é
colhid da comercialmente, mass que para sse multiplicar necessita passarp por u ma fase sexual envolven ndo
os gaametófitos. O esporófitto maduro libera esporos que gerrminam e ccrescem em microscópicos
gameetófitos. Os gametófitoss se tornam férteis e a fusão dos gametas sexxuais forma os esporófiitos
embrrionários quee lentamente crescem aaté atingir o ponto de co olheita. As pprincipais difiiculdades neeste
tipo de cultivo se s encontram no maneejo da fase de transição de esporros do game etófito para os
esporrófitos embrrionários. Estta transição é geralmente realizada em instalaçções em terrra, sob rigoro oso
contrrole da temp peratura, nuttrientes dissoolvidos e luz. Os altos custos envolviddos neste tip po de produção
podem ser absorrvidos se o produto for vvendido com mo alimento, mas se tornnam usualme ente proibitivos
se o d destino da produção
p forr o fornecimeento de mattéria prima para
p a produ ção de alginato. Assim, nos
cultivvos de algas destinadas à indústria dde hidrocolóiides (ágar e carragenina ), na maior parte p das veezes
são ccultivadas esspécies de algas que aprresentam re eprodução ve egetativa, ennquanto as principais algas
utilizaadas como alimentos
a devem ser culttivadas atravvés da alternâ ância de geraações.

Como as algas empre egadas para a produção de ficocolóid des carragennana e ágar‐ágar são as que
q
têm ssido alvo de iniciativas no país, serãoo elas as avaaliadas para fim dos PLD M. Com o de estaque de que
q
algum
mas dessas algas podem até ser conssumidas com mo alimento, mas essa nã o é uma realidade atual..

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
286
5.4.1
1 Eucheum
ma spp.

Figurra 132 ‐ A maccroalga marin


nha Eucheuma
a denticulatuum.
Fonte:: (Algaebase)

A parede celular de algas


a vermelhhas, como é o caso da Eucheuma, aassim como de outras algas
(como Chondrus,, Kappaphyccus, Hypnea,, por exemp plo), é rica um
u ficocolóiide chamado
o de carrageena
(polím aracterizadoss por apresentar grupos sulfatados).
meros de D‐ggalactose, ca

As carraggenas são divididas


d em
m três grupo os de grand de interesse comercial, cada um com c
proprriedades e aplicações differentes: lam mbda carrage a carragena (k) e iota carragena (i). Elas
ena (l), kappa E
são uutilizadas na indústria farrmacêutica, ccosmética, ded tintas e, principalmen
p te, na indústtria alimentíícia,
confeerindo proprriedades esta abilizantes e gelificantess aos alimenttos. Devido à sua particuular reatividaade
com a proteína do leite (ca aseína), é u tilizada em uma grande quantidadde de produ utos, como em
sorveetes, queijoss, pudins, flãns,
f iogurttes, gelatinas, produto os de padarrias, alimen ntos dietéticcos,
temp peros e molh hos. Além diisso, são uti lizadas como o encorpado ores de xaroopes, em passtas de denttes,
prepaarações de drogas
d e loções. Na áreaa da biotecn nologia, em imobilizaçãoo de sistema as, também são
utilizaadas. Eucheu
uma e Kappa aphycus resppondem por quase 90% da d produçãoo mundial de e matéria‐priima
emprregadas na extração de carragenas
c (FFaccini, 2007
7).

Em 1960 0 uma emp presa norte‐‐americana de processamento de algas tran nsferiu as suas
ativid
dades de coleta de maté éria‐prima p ara a extraçção de carrag
gena da Indoonésia para as Filipinas.. As
algas passaram a ser coletadas em recifees das ilhas de d Central Visayas.
V Antees de comple
etar 10 anoss de
dades, os esttoques locaiss de algas esstavam completamente esgotados, m
ativid mas foi exatamente a faalta
de prroduto para processamento e a neceessidade de abastecimen nto do merc ado que inceentivou o iníício
das atividades dee cultivo desttas espécies (FAO, 2010b
b).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
287
Na décadda de 1970 as fazendas de cultivo de macroalg gas se popu larizaram naa Ásia e com
ma
demaanda crescen
nte de algas secas no m
mercado internacional, oss cultivos dee Eucheuma se expandirram
tamb
bém para o ocidente.
o

O Brasil ainda não realiza cultivoos de algas vermelhas em grande escala, mas há um gran nde
mercado em pottencial para este e tipo de produto. No o entanto, há
á que se resssaltar que esssa ainda é uma
u
cadeiia produtiva praticamentte inexplora da, cuja ativvidade produ utiva em escaala comercia al enfrentaráá os
desaffios e os periigos caracterrísticos do piioneirismo.

5.4.1.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Plantae
P
Filo ‐ Rho
odophyta
Subfilo ‐ Eurhodophytina
Classe ‐ Florideophyc
F eae
Ordem ‐ Gigartinales
G
Família ‐ Areschougia
aceae
Gênero ‐ Eucheuma

5.4.1.2 Área
Á de Occorrência

Ásia tropiical e Pacífico ocidental ((Trono, Jr., 1992).

5.4.1.3 Porte
P

As plantaas das espécies maiores são espessas, atingem mais


m de 50 ccm de comprrimento e po
ode
pesarr mais de um
m quilogramaa (Algaebase,, 2010a).

5.4.1.4 Morfologia
M a

As inform
mações sobre
e a morfologiia de Eucheu
uma spp. são
o baseadas e m Algaebase
e (2010a).

A planta é naturalme ente vermel ha, mas exp o ao ar porr muito tempo, o vermeelho
posta ao sol ou
se torna mais levee e mais clarro, e depois aassume um tom
t amareloo.

Os talos são frequentemente muuito carnudo os e rigidamente cartilagginoso quando frescos. Por
vezess, são altos e pouco ram
mificados, maas em outross casos denssamente ram mificados comm numeroso os e
grosssos ramos esspinhosos. Crescem
C a ppartir de uma base incruustante ou fformam ema aranhados, que
q
m ancoradoss em vários pontos ddo substrato
ficam o através hapteras
h (exxcrescênciass discóides ou
engroossamentos do caule com m que a plannta se prende ao substrato). A maiorria das espéccies é compo
osta
por uum córtex pseudoparen
p quimatoso pprofundo, ao redor de e uma meduula filamento osas de célu
ulas
mistaas axial e rizo
oidais.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
288
Figura
a 133 ‐ Eucheuuma: plantass já presas às linhas de culttivo.
Fonte: AlggaeBase.

5.4.1.5 Reproduçã
R ão

Segundo a FAO (2010b), eles creescem por meio m de um meristema apical que consiste
c de um
grupo o de células localizada na ponta doss galhos e qu ue se enconttram em divvisão ativa. Exibem um ciclo
de vid da trifásico, que consiste posporófito ((2n) e no esporófito (2n). A
e no gametóófito (n) (dióico), no carp
fertiliização do óvvulo ocorre na
n carpogôni a do gametó ófito feminino pelos espeermácios libe erados na ággua.
Essa fertilização resulta na produção d o zigoto, qu ue por sua vez,
v desenvoolve‐se em carposporófi
c itos
microoscópicos, deentro da estrrutura fértil ddo gametófito feminino chamada cisstocarpo. Oss carpóspo oros
(2n) produzidos pelos carp posporófitos desenvolve em‐se em tetrasporófit
t tos. A meio ose ocorre na
tetrassporangia, reesultando na a produção dde tetrásporoos (n), que por sua vez, t ornam‐se oss gametófitos.

pacidade de regeneraçãoo vegetativa, característiicas


Estas algaas são caractterizadas porr sua alta cap
que ssão exploradas na maricu ultura.

5.4.1.6 Habitat
H

São encontradas entrre zona inte rmareal e de


e infra litora
al superior, ccrescendo no
ormalmentee na
bstratos roch
areia, corais e sub hosos, onde o movimentto da água é lento a modderado (FAO,, 2010b).

5.4.1.7 Condições
C ambientaiis

Poucos trrabalhos têm


m sido realizaados para in
nvestigar o crrescimento oou a resposta fotossintéttica
de alggas do gênero Eucheuma a de interessse comercial em relação à salinidadee (. As taxas respirométri
r icas
máxim mas de Euchheuma isiforrme foram iddentificadas em salinidad des entre 300‐40 ups, ennquanto paraa E.
uncin
natum e E. denticulatum m o valor m máximo foi registrado
r a 30 ups (Maathieson & Dawes, 19 974;
Dawees, 1979; Dawes, 1984). Mairh et al.. (1986) relaataram que as a plantas dee E. striatumm cultivadas em
laborratório não sobrevivem além de 7‐114 dias em salinidades
s inferiores a 224 ups ou superiores a 45
ups.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
289
As áreas de cultivo devem serr preferenciaalmente livrres de qual quer fonte de água do oce
(pequuenos rios, etc).
e Se a sa
alinidade cai abaixo de 30 3 ups, o cre escimento ddas algas pod de ser afetaado.
Mas, além disso, os efeitos individuais e i nterativos de outros fato
ores ambienttais com a sa alinidade e seus
efeito
os sobre os cultivos
c com
merciais de Euucheuma pre ecisam aindaa ser melhorr estudados. Em áreas raasas
onde os cultivos são
s realizado os em estrut uras flutuantes ou em cu ultivos de funndo realizados em fazendas
exposstas à maré baixa, podemm ocorrer rá pidas variaçõ ões de salinidade provoccadas por chuvas. Estas, por
sua vvez, estão frequenteme
f ente associaadas a quedas significattivas de tem mperatura e dos níveis de
luminnosidade tam
mbém (Ask & Azanza, 20002).

Por outroo lado, os efeitos da rresposta de algas eucheumatóidess de interesse comerciaal à


tempperatura têmm sido bem estudados,, tanto em campo quanto em labboratório. E. striatum e E.
dentiiculatum aprresentam taxxas máximas de fotossínttese a 30 °C, com inibiçãoo a 35‐40 °C (Glenn & Do
oty,
1981). Dawes (19 979) estimouu que a taxaa fotossintétiica ótima pa
ara E. denticuulatum é ob
btida entre 30
3 e
35 °C
C.

No Japãoo, Mairh et al.


a (1986) culltivou E. stria
atum em campo com teemperaturas variando en ntre
14,3 e 31,2 °C. As
A maiores taxas
t de creescimento fooram registra
adas entre 221‐31 °C. Em
m laboratório a
tempperatura ótimma foi estima ada entre 244 e 31 °C, e elas não toleravam tem
mperaturas abaixo de 17 °C.
Em ááreas aquíco olas tropicaiss Trono & OOhno (1989) relataram queq o cresciimento rápid do e a elevaada
produ ução de biomassa por Eucheuma
E occorre durantte os meses caracterizaddos por tem
mperaturas mais
m
elevaadas, entre 25‐30 °C.

Em termo os de aquicuultura, recom


menda‐se a busca
b por locais onde a temperatura
a da água vaarie
prefeerencialmentte entre 25‐3
30 °C.

Schramm m et al. (1984) estudarram a dinâm mica de nuutrientes emm uma fazenda de algas
eucheeumatóides no Brasil, com o objeetivo de dessenvolver protocolos paara aumenttar a produçção
aquiccola. Houve flutuações
f significativas,, diurnas e sazonais, noss padrões dee distribuição de nutrien
ntes
(nitraato, nitrito, amônio,
a fosfato e fósforoo total) e os nutrientes presentes
p noos sedimento os foram muuito
meno ores em umaa área de cultivo onde siistema de fu undo foram empregados,
e , em comparação com uma u
área não explorad da. Em geral, a uréia se m
mostrou umaa fonte não ideal de nitroogênio.

Em um exxperimento de campo noo Havaí, Glenn & Doty (1 1992) determ minaram quee o crescimento
de K. alvarezii, K. striatum e E.
E denticulattum foi signifficativamente correlacionnado com o fluxo de águ
ua.

Geralmennte os cultivos são realizzados em áre eas do infra litoral superrior. Como as algas obttém
seus nutrientes a partir da ággua, a circulaação da água pelos siste
emas de culttivo é bastan
nte importan nte.
Circulação modeerada da água é preferrível, o que também ajuda a estaabilizar a temperatura e a
salinidade. Além disso, velocidades modeeradas de co orrente e de ventos são importantess para manteer a
alta p
pressão de difusão,
d que permite a aabsorção de nutrientes pelas algas ((The Fish Sitte, 2010). SeS a
correente é demasiadamente forte pode causar a qu uebra de parrtes da plantta, que acabam perdidass. A
ação das ondas deve ser evitaada pelo messmo motivo..

O tipo dee fundo tambbém é impo rtante. Fund


dos sem vegetação são ppreferíveis. Muitas
M algass ou
outroos vegetais marinhos
m abam compeetindo por nutrientes com as algas ccultivadas. Solos siltososs ou
aca
argilo
osos indicamm uma baixa circulação de água. Além disso, o revolvimen to desse solo fino caussa a

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
290
ressu
uspensão de partículas, diminuindo
d a disponibiliddade de luz para as algaas. Solos de areia grossa ou
de material coralino‐rochoso são ideais p ara o cultivo
o.

n exposiçãão excessiva ‐ de luz sola


A abundâância ‐ mas não ar é necessárria para o bo
om crescimento
das aalgas. Por isso
o, algas plan
ntadas em ágguas rasas (e
em 30‐50 cm de profund idade) cresccem bem. Já em
águass mais profundas (maior que 1 m) a luz é reduzid da e o crescimento é afeetado. Baixass profundidades
tambbém facilitam m o manejo o da planta ção, princippalmente du urante as mmarés baixass. Os níveis de
irradiiação ótimo os para a fotossíntese
f e para a síntese de pigmentos são de 500‐900 µEm‐2 ‐ ‐1
S
(micrroeinstein poor metro qua adrado por ssegundo).

5.4.1.8 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

No Brasil,, não foram encontrados


e s registros de
e cultivos em
m escala com
mercial Eucheeuma.

5.4.1.9 Status
S tecn
nológico

A tecnolo
ogia de proddução de Euccheuma spp p. é comum a muitas ouutras espécie es de algas. Por
isso, é importante apresentarr algumas caaracterísticass gerais que envolvem oss cultivos de
e algas, uma vez
que o os padrões gerais acabaam se repettindo. Para a descrição dessas caraccterísticas gerais
g foi usaado
como o base o trab
balho publica
ado por McHHugh (2003).

Figura 134 ‐ Detalhes


D do cuultivo de Euch
heuma em sisstema de linhaa de fundo.
Fonte: AlggaeBase.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
291
Enquanto o algumas esspécies de a lgas podem ser cultivada mo é o caso das
as vegetativaamente (com
espéccies de algass apresentad
das neste doocumento), outras
o someente através de um cicloo controlado de
repro
odução, envo olvendo a altternância de gerações.

o vegetativo, pequenos ppedaços de algas


No cultivo a são colhidos e trannsferidos parra um ambiente
aonde ocorre seeu crescimen nto. Ao atinngirem o po
onto de colh heita, podem m ser retiradas através da
remooção de todaa a instalaçãão ou de appenas parte da cultura, deixando‐se
d edaços que vão
no local pe v
cresccer novamen nte. Quando a planta intteira é remo
ovida, pequenas frações das algas po odem utilizadas
como o propáguloss para os pró
óximos cultiv os.

Figura 135 ‐ Cultivo dde Eucheuma


a em sistema de linha de fuundo.
Fonte: AlggaeBase.

O ambiennte adequad
do varia entrre as espéciees, mas deve e atender aoos requisitoss de salinidaade,
nutrieentes, de mo
ovimentaçãoo da água, teemperatura e luz específficas. Já os ssistemas de cultivo, por sua
vez, d
devem ser addaptados às peculiaridaddes das espécies cultivadas.

s realizadoos de várias formas: ped


Os cultivvos podem ser daços do tallo podem se er amarrado
os a
cordaas suspensass na água enttre estacas dde madeira, ou amarradoos a cordas eem uma estrrutura flutuante
(balsaa); redes po odem ser uttilizadas ao invés de caabos e, em alguns casoos, a alga é simplesmente
coloccada no fund do de uma laguna ou doo mar e não o se fixa. Outras espéciies de algas são forçadaas a
entraar no sedimento macio do fundo ddo mar e de esta forma são
s plantadaas, ou serem m previamente
transsferidas para tubos plásticos, que poosteriormente serão transferidos paraa o leito aren
noso do marr.

Já o conttrole mais co omplexo do ciclo reprod dutivo, com alternância de geraçõe es, é necessáário
que mmuitas espéccies de algass, que não see propagam eficientemente nos própprios sistemas de produção
em laarga escala. Isso
I é típico de muitas ddas algas marinhas marroons, como ass da espécie Laminaria. Seu
S
ciclo de vida envvolve a alternância entree um grande e esporófito e um gameetófito micro oscópico ‐ duas
geraçções com formas muito diferentes. O esporófito o é a fase qu
ue é colhidaa comercialm
mente, mas que
q
para se multipliccar necessita a passar poor uma fase sexual envolvendo os gametófitoss. O esporófito

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
292
madu uro libera essporos que germinam e crescem em e microscó ópicos gameetófitos. Os gametófitoss se
tornaam férteis e a fusão do os gametas sexuais forrma os espo orófitos embbrionários que lentamente
cresccem até atinggir o ponto de
d colheita. A As principaiss dificuldadess neste tipo de cultivo se
e encontramm no
d transição de esporos ddo gametófito para os esporófitos e mbrionárioss. Esta transição
maneejo da fase de
é gerralmente realizada em instalações em terra, sob s rigoroso o controle dda temperatura, nutrien ntes
dissolvidos e luz. Os altos cusstos envolviddos neste tip
po de produçção podem sser absorvido os se o produto
for vendido com mo alimento, mas se torrnam usualm mente proibitivos se o ddestino da produção
p fo
or o
forneecimento de matéria prim ma para a proodução de alginato.

Assim, no
os cultivos de
d algas desstinadas à inndústria de hidrocolóidees (ágar e carragenina), na
maior parte dass vezes são cultivadas espécies de algas que e apresenta m reproduçção vegetativa,
enquanto as prin a alternância de
ncipais algas utilizadas coomo alimenttos devem ser cultivadass através da
geraçções.

Kappaphyycus e Eucheeuma são cu ltivadas pelo


os mesmos sistemas.
s Os dois mais po
opulares são
o os
fixos,, com o uso do d linhas de ffundo, e o sisstema de balsa flutuantee.
d sistema de

O sistema de linha de d fundo ennvolve, ante es de tudo, a escolha dde um local adequado. Em
seguiida, são fixad
das duas esttacas de maadeira, distan
ndo cerca de e 5‐10 m dee distância entre si. Depois,
uma linha de nylon monofilamento ou u ma corda de e polipropile
eno é esticadda entre as estacas.
e A lin
nha
deve estar 20‐30 cm em cima a do fundo emm um local profundo
p o suficiente parra garantir que
q as algas não
n
fiquem expostas durante as marés
m baixass. Pequenos pedaços de algas (50‐1000 g) são entã ão amarradoos à
linha. Cada linha fica separad
da pelo mennos 1,0 m daa linha seguinte. Se o loccal é adequa ado e o mannejo
bem feito, a algaa deve atingir cerca de 110 vezes o seu
s tamanho o inicial apóss em 6‐8 semanas, quan ndo
está pronta paraa ser colhidaa. Depois, é seca ao sol,, abrigada da areia ou dde sujeiras e , em seguiida,
aconddicionadas em
e fardos, esstando pronttas para o traansporte.

O manejoo regular é essencial.


e Elee consiste naa remoção de algas ou dde outras pla
antas nas linhas
de cuultivo, na eliminação das plantas ccom problem mas de cresscimento, naa substituiçãão das planntas
perdiidas, além dee possibilitarr eventuais reeparos nas estacas
e e nass linhas.

No caso ded cultivos ded algas, muuitas vezes a escolha de um local paara cultivo envolve
e antees a
realizzação de testtes, para se saber
s como uma determ minada espéccie ou cepa vvai se adapta
ar à região. Para
P
tantoo, montam‐se algumas linhas em divversos pontos da possível área de culltivo. Pequenos pedaçoss da
alga são então amarrados
a àss linhas e a taxa de cre
escimento deeve ser monnitorada mensalmente. Um
local adequado deve
d ser aque ele em que aas taxas de crescimento
c diário forem
m de pelo me enos 3‐5% após
2‐3 m
meses.

Vários prroblemas po odem surgir. Pastoreio por


p peixe po odem causaar danos sevveros à cultu ura.
Nestee caso, não existe
e uma solução simpples, exceto deslocar
d a cu
ultura para ooutro local on
nde as espéccies
que ffazem esse tipo
t de pasto
oreio não sejjam predomminantes. Tarrtarugas são um caso especial. Além m de
consuumirem as algas,
a elas po
odem se arraastar sobre as linhas, causando danoos às estruturas de cultiivo.
Ouriçços também podem se tornar pragass no local. Tempestades e doenças também costumam cau usar
perdaas severas.

Os materriais necessários para fixaação desse sistema


s inclu
uem as estaccas de made
eira usadas para
p
der as linhas, que pode
prend em ser feitaas com qualquer madeirra que tenhha capacidad de de resistiir à

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
293
imerssão em águaa por pelo menos
m um anno. Devem te er cerca de 5‐10
5 cm diâmmetro e ter forma de lança
em uma das extreemidades. Liinha de nyloon monofilam mento com capacidade ppara suportarr 90 kg (200 lb),
ou enntão corda de polipropileeno com 3 mmm diâmetro. A corda apresenta com mo vantagem a possibilidaade
de qu ue as algas sejam presa as através dde torção daa corda, gara
antindo quee as plantas não se solttem
durannte o cultivo
o. A alga é am
marrada à linnha com umaa corda sinté
ética macia, dde preferênccia por meio
o de
nó coorrediço, paara que possam ser facilm mente remo
ovidas na época da colheeita. As mud das, pedaçoss de
algas de 50‐150 g obtidos a partir das algas colhidas na safra anterior sãoo preparada as para fixaçção,
garanntindo‐se que sempre esstarão em coontato com a água. Esses pedaços sãão amarrado os às cordas em
intervvalos de 20‐2
25 cm.

Para se manter
m o vaalor do prodduto, um ade equado tratamento póss‐colheita é necessário. Em
algummas áreas, toda
t a linha é retirada do mar e mantida
m susppensa em uuma espécie de cerca para p
permmitir a secageem. Na maio oria dos locaais, a secage
em ao sol é feita
f durantee cerca de 2‐3
2 dias, temmpo
suficiiente para reeduzir o teorr de umidadee ao nível ne
ecessário (35
5%) para commercialização o. Se a umidaade
estiveer acima de 40% as algas podem appodrecer durante o arma azenamento ou o transporte; abaixo o de
35% elas ficam muito rígida as, dificultanndo sua commpressão em m fardos. Duurante a secagem, um sal
brancco, na formaa de pequenos cristais, ccostuma aparecer na sup perfície das aalgas. Esses sais podem ser
facilm
mente removvidos sacudin ndo‐se as alggas.

Sistema de
d balsas fluttuantes é addequado parra áreas prottegidas, ondee as corrente
es são fracass ou
onde a profundid dade local é muito gran de para o usou do sistem ma de linhass de fundo. Neste caso, as
áreass selecionadaas devem saatisfazer os m
mesmos critérios descrittos anteriorm mente, e os ensaios devvem
ser co
onduzidos da mesma ma aneira para aavaliação daa viabilidade do uso da áárea para um
ma determinaada
espéccie. Porém, neste
n caso o tipo de funddo praticame ente não influencia no cuultivo.

As balsass devem man


nter as algass cerca de 50
0 abaixo da superfície. M
Muitas vezess, uma moldura
de mmadeira 3x3 metros quaddrados, feitaa de bambu ou madeira a de manguee, é usada, com cordas de
polipropileno 3 mm
m sendo essticadas em uuma direção paralela enttre as madeiiras, em intervalos de 10
0‐15
cm.

As mudass são amarra adas às cord as e a balsa fica ancoradda ao fundo.. No início, apenas os cabos
de anncoragem podem ser suficientes paara manter a balsa aba aixo da supeerfície. No entanto,
e com
m o
decorrrer do cultiivo, as planttas crescem,, a estruturaa fica mais pesada
p e tennde a afundar. Neste caaso,
bóiass são necessáárias para maanter a estruutura na proffundidade de
esejada.

As mudass podem ser amarradas à balsa aindaa em terra, para


p facilitar o manejo, e toda estruttura
ser d
depois reboccada para a posição de finitiva. O manejo
m regu
ular durante todo o culttivo também m é
necesssário.

O sistemaa de cultivo de linhas dee fundo permmite um aceesso mais fáccil ao cultivo
o, desde que o
agricu
ultor possa andar
a em torrno das linhaas durante a maré baixa. Já as balsas flutuantes têm a vantaggem
de quue eles podeem ser facilm
mente desloccadas para outra
o posição, se necesssário, e até completame
c nte
remoovidos da ággua em caso mau tempoo, evitando assim a sua a destruição pelo mar agitado e ondas
fortes.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
294
5.4.1.10 Prod
dução e meercado

As algas dos gênero os Eucheum ma e Kappap phycus, prin


ncipais proddutoras de iota‐ e kap ppa‐
carragenas, respeectivamente
e são cultivaadas principaalmente nas Filipinas (oo maior proddutor mundiial),
Chinaa, Havaí, In
ndonésia, Malásia, e Ta ilândia (Fariia‐Tischer, 2006). A proddução Eucheuuma spp. é uma
u
atividade recente no
n mundo, pra
aticamente sóó apresentand ais expressivoss de produção a partir do ano
do valores ma
2000 (Figura 136).
)

2.500.000

2.000.000
Produção (toneladas)

1.500.000

1.000.000

500.000

0
0
1990 1992 1
1994 1996 1998 20
000 2002 2004 200
06 2008 2010
An
no

Figura 136 ‐ Produção m


mundial de Euccheuma spp. através
a da aqquicultura.
Fonte: FAO (2010b)..

Segundo The Fish Sitee (2010), os custos de prrodução de uma


u fazendaa típica ‐ de 0,25
0 ha ‐ seriiam
comp postos princiipalmente pela mão‐de‐‐obra (repressentando 72% do custoo total de prrodução), peelos
custo
os fixos (in nsumos e materiais
m neecessários para
p a insta
alação do s istema de produção, que q
repreesentariam 23%
2 desse cu usto total) e uuma taxa de amortizaçãoo de 2,0%. A taxa dee retorno sobre
o cap do depende da produtiv idade a ser obtida, que,, por sua veez, varia de acordo com
pital investid m as
taxass de crescimento das pla antas. As taxxas aceitáve
eis de crescim
mento diárioo das algas não devem ser
inferiiores a 3,0‐4
4,0%. Se este
es níveis forrem mantidoos por todo o tempo dee cultivo (2,5 5‐3,0 meses), a
taxa dde retorno pode
p chegar 40‐45 %.

Ainda de acordo com m o The Fish Site (2010),, mais de 90 0% da produução mundia al de Eucheuuma
spp. vvem das Filip
pinas. Lá, o mercado
m locaal de algas secas é consttituído por p equenos aqu
uicultores ‐ que
q
vendeem seus pro odutos a be eira das rod ovias ‐, comerciantes locais, coopperativas de aquicultorees e
organnizações nãoo‐govername entais. O pro duto vai parra os locais de secagem, ggeralmente de propriedaade
de emmpresas de grande portte. Comerciaantes indepe endentes tam mbém atuam m no mercad do, vendendo a
alga sseca diretam
mente aos exportadores l ocais, que os repassam aos a processaadores internnacionais.

O produtto é exporta ado geralmeente nas segguintes formmas: carrageena semi‐refinada (SRC) ou
carragena de grau natural (PNG), ou eentão carragena refinada ou carraagena extrraída de forrma
"tradicional". Parra exportação
o, as algas seecas devem obedecer
o os seguintes rrequisitos: umidade menor
ao
que 440 %; nível de contaminaantes inferiorres a 1,0%.

O processsamento de o não‐extrattivistas, quee deixa maiss de 2,0% de


e PNG utilizza o método
mateeriais insolúvveis em ácido (AIM) nno produto em compa aração com a carragen na refinada.. O

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
295
tratamento para obtenção de d carragenaa refinada utiliza
u o méttodo de exttração. É po
ossível extraiir a
carragenina após precipitação
o em álcool ppuro.

A matériaas‐prima não
o processadaa era exporttada a um preço médio de US$ 0,55
5/kg em 2004
4; a
carragena semi‐rrefinada, na mesma épooca, era exp portada a US$ 3,95/kg e carragena refinada US$
U
8,68//kg.

Os principais mercaddos importaddores são a Europa, a América do N


Norte, a Ásia
a, a América do
Sul, a Nova Zelândia e a Austrrália, nesta oordem de importância.

Segundo a FAPESC (2009), o Brasiil importa mais de 1.000 toneladas dde carragena por ano, o que
q
repreesenta cerca de R$13 milhões.

ura 137 ‐ Euch


Figu heuma após a colheita (esqquerda) e já seca,
s pronta para
p primeira comercializaçção (a direita).
Fonte: AlggaeBase.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
296
5.4.2
2 Hypnea musciform
mis

Figura 138 ‐ A macroalga marinha Hypnea musciform


mis (Lamourooux, 1813).
e: (J. Smith)
Fonte

No Brasil as duas espécies utilizaddas como maatéria prima para produçção de carragena são a alga a
exótica Kappaphycus alvarezzii e a nativva Hypnea musciformis
m (Paula et aal. 2001; Reis et al. 200 07).
Entreetanto, os esstoques natu urais de H. m musciformis são
s limitados, apesar dee ser uma espécie de am mpla
distribuição no littoral brasileiro (Paula ett al. 2001, 2002). Além disso,
d emborra a espécie apresente alta a
taxa de crescimeento (Reis et al., 2003, 22005), seu cultivo é teccnicamente m menos simples que o dee K.
5). Segundo Paula & Perreira (1998), diversos esttudos experimentais forram
alvarrezii (Oliveiraa Filho, 2005
desen nvolvidos no o litoral brasileiro, particcularmente com
c espéciess de agarófittas, Gracilariia spp. e com
ma
carragenófita Hyp pnea muscifformis, mas os resultado os obtidos não
n estimulaaram o estab belecimento de
cultivvos comerciaais

No entannto, como o domínio daas técnicas de d maricultu ura pressupõõe sempre a realização de
estud
dos experimeentais, relaciionados aos aspectos am mbientais e biológicos
b dee uma determ minada espéécie
(Santtelices, 1999; Marinho‐Sooriano, 20055), é fundame
ental que o potencial
p de utilização das algas nativas
para a mariculturra seja estudado e avaliaddo.

Um estudo sobre o potencial do uso de algas verm melhas de innteresse com mercial paraa a
mariccultura foi realizado
r porr Reis et al. (2005), na Praia
P do Kutu
uca, municíppio de Mangaratiba, RJ. H.
muscciformis apreesentou a maior
m taxa de crescime ento, quanddo comparadda com dua as espécies de
agaró
ófitas testadaas (Gracilaria
a caudata J. Agardh e G. cervicornis (Turner)
( J. Aggardh), tanto
o em cultivos in

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
297
quanto in vitro. Segundo
situ q o os autoress, os resultaados qualificam H. muscciformis com
mo uma espéécie
apta para a utilizaação na mariicultura.

E o potenncial de crescimento diá rio de H. musciformis


m n estudos de
é inquestionáável. Tanto nos
Ganeesan (2006), em que as algas
a crescerram 11,2% ao dia, quanto nos de Facccini & Berch hez (2000) e de
Lima (2001), amb bos realizadoos no Brasil, eem que a taxxas de crescimento diárioos variaram entre variarram
entree 11% até valores máxim mos de 21%. EEssas taxas são
s superiores às obtidass para outras algas como o K.
alvarrezii (9,99%, Eswaran et e al., 20022), Gracila aria edulis (55%, Subbaraamaiah &Thomas, 1990 0) e
Graciilaria acerosa
a (1,5%, Subbaramaiah & Banumathi, 1992).

Mas, paraa que todo esse


e potenc ial biológico possa se co onverter em produção, eme rendimento
econô ômico, em geração
g de renda e em mpregos, é necessário qu ue os event uais gargalo
os tecnológiccos,
logístticos e comeerciais sejam
m antes resoolvidos. Em outras palavvras, é precciso desenvo olver pesquissas,
transsformar essas pesquisas em tecnologgias e transfferir essa teccnologia aoss eventuais maricultores
m ou
invesstidores. A produção de algas é uma atividaade ainda nova n no paíís e pularr essas etap pas,
principalmente quando se tra abalha com ppequenos prrodutores ou u com as com
munidades pesqueiras
p po ode
comp prometer o grande pote encial da atiividade. Por isso, no caso dos PLDM M do Paraná, as algas são
incluíídas no rol de espécies potenciais, in clusive a nattiva Hypnea musciformis
m .

5.4.2.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Plantae
P
Filo ‐ Rho
odophyta
Subfilo ‐ Eurhodophytina
Classe ‐ Florideophyc
F eae
Ordem ‐ Gigartinales
G
Família ‐ Cystocloniacceae
Gênero ‐ Hypnea
Espécie ‐ Hypnea mussciformes

5.4.2.2 Área
Á de oco
orrência

H. muscifformis habita
a a maioria ddos ambientes marinhoss tropicais e ssubtropicais de águas raasas
do m
mundo (Guist et al., 1982). Desde o M Mediterraneo o, Filipinas , Oceâno Índiico e nas Am
méricas desd
de o
Carib
be até o Urugguai (Botanyy, 2001). No Brasil, H. musciformis distribui‐se deesde o Maraanhão até o Rio
Grandde do Sul (Schenkman, 1989).
1

Os bancoos naturais são explorad os comerciaalmente no Senegal,


S Viettnam, EUA, Filipinas, Índ
dia,
Brasil, Burma, Baangladesh e Bahamas (D De Boer, 19981). É reportada como uma espécie envasora no
Havaíí (Smith et al., 2002).

5.4.2.3 Porte
P

d diâmetro (Botany, 20001).


Atingem de 10‐20 cm de altura e 0,5‐1,0 cm de

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
298
5.4.2.4 Morfologia
M a

H. muscifformis é um alga vermellha, mas que


e pode se to
ornar marrom
m‐amarelada
a em ambien
ntes
pobrees em luz ou nutrientes.

Forma deensos agrega ados, com frrequência em maranhados, de ramos cilíndricos, que se torn nam
progrressivamentee mais finoss nas pontaas. Os talos são relativa amente frággeis e carno osos, altamente
ramifficados, send do as ramificcação variáveeis e irregulaares, muitas vezes comoo gavinha torrcidas em torno
de eixxos de outraas algas. As extremidades
e s dos eixos e muitos galhhos são acha tados com amplo
a ganch
hos.
Estruturas de fixaação ao subsstrato são peequenas, incconspícuas ou o ausentes. Facilmente distinguidass de
outraas espécies de Hypnea pela preseença de graandes ganch hos nas ponntas dos ra amos. Med dula
parennquimática ao a redor de células
c axiaiss centrais co
omposta por grandes céllulas incolore es e uma céllula
centrral distinguívvel. Camada externa com mposta por pequenas
p células pigmenntadas. Filam
mentos corticcais
com poucas divissões no raio o. Ramos tetraspórico os silicosos, pontiagudoss ou rostrad dos, com várrios
tetrassporângios zonados, de 2‐30 µm de diâmetro por p 35‐60 µm m de comprim mento. Ramo os cistocárpicos
lateraais, cistocarppos globosoos de até 1, 5 mm de diâmetro,
d sem poros dee liberação (Rosales, 19 988;
Botan ny, 2001).

Figura 139 ‐ Exemplar


E de Hypnea
H musciiformis no qu
ual podem serr vistos os gannchos nas extremidades,
ccaracterísticoss da espécie.
Fonte: Naational Institu
ute of Oceanography

5.4.2.5 Reproduçã
R ão

Seus reprresentantes reproduzem


m‐se sexuadaa e assexuad
damente, seendo a fecun
ndação seguuida
por dduas geraçõ ões assexuadas que prroduzem esp poros, deno
ominadas geerações carpposporofíticaa e
tetrassporofítica (Bouzon, 200
06).

Os gamettófitos femin
ninos são proocárpicos, ou
u seja, o carp
pogônio está situado no mesmo sisteema
de raamos da célula auxiliarr. Suas célullas auxiliare
es são interccaladas e d iploidizadas por um cu urto
proceesso ou porr fusão direeta com os carpogônios fertilizado os. Um únicco gonimoblástico iniciaal é
direcionado interriormente no talo. Cistoocarpos são protuberanttes, ostioladdos ou não, encerrados em
um fino pericarpo
o.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 2
299
Reis & Yooneshighe‐Vaalentin (20000) sugerem que em H. musciformis
m a reproduçã
ão assexuad
da é
predoominante em relação à reproduçção sexuadaa. Segundo os mesmoos autores, há mais taalos
vegettativos que reprodutivos em condiçções ambien ntais estressa
antes para o crescimento. Além dissso,
Smithh et al. (2002) relataram
m que H.mussciformis é capaz de se propagar
p veggetativamen
nte em todass as
classees de tamannhos examina adas (de 0,55 a 4,0 cm), com
c melhores resultadoos observado
os nos menoores
fragm
mentos.

5.4.2.6 Habitat
H

H. muscifformis é umaa espécie commum em águ uas calmas na


n região enttremarés, em m zonas recifais
rasass e em poçass de maré, onde é enconntrada fixadaa a rochas ouu frequentem mente como o epífitas, sobre
Sargaassum echinocarpum, Sargassum
S ppolyphyllum e Acanthoph hora spiciferra ou outrass algas (Botaany,
2001). No estágioo de florescim
mento, podee ser encontrrada à deriva
a na água.

5.4.2.7 Condições
C ambientaiis

Os conheecimentos soobre a biologgia e a influên


ncia que as condições
c am
mbientais exercem sobree os
cultivvos de H. musciformis
m ainda não são os desejáveis parra que se ppossam deffinir, de forrma
minim mamente seegura, quais são as ccondições limites a instalação de unidades produtivas.
p As
informmações seguuintes reflete
em isso.

H. muscifformis é reco
onhecidamennte uma esp pécie tolerante a uma graande gama de d variaçõess de
salinidade, tempeeratura e intensidade luuminosa (Daawes et al., 1976). Aindda assim, Re eis et al. (20
006)
obserrvaram no seu s estudo nãon existir uum padrão sazonal
s da taxa de cresccimento de H. musciformis
duran nte os cultivo
os realizadoss, mas sim um
ma forte inflluência de fa
atores ambieentais de miccroescala sobre
as taxxas de cresciimento. Em termos
t de m
maricultura issso não é dessejável, pois indica uma não tão grannde
rusticcidade da esspécie e uma a dependênccia muito estreita da ide entificação dde áreas apro
opriadas parra a
viabillização financeira dos em
mpreendimenntos comerciais.

Rama Rao o (1970) esppeculou que altas tempe eraturas pod dem inibir o rápido crescimento dee H.
muscciformis. Braavin & Yone ehigue‐Valenntin (2002) cultivaram H. muscifoormis em la aboratório, sob
s
difereentes combiinações de fatores
f abiótticos e obse
ervaram que e as maioress taxas de crrescimento (em
(
biomassa) foram obtidas em m culturas aggitadas, comm meio enriq quecido e a 25 oC. Seggundo Bravin n&
o
Yoneshigue‐Valen ntin (2002), as maiores taxas de crescimento são obtidas a 25 C. Yokkoya & Oliveeira
(19922b) concluíraam que os picos de cresscimento desssa alga ocorrrem em altaas temperatturas. Por ouutra
o o
partee, H. muscifo
ormis desenvvolveu‐se beem em incub bações realizzadas a 20 C e a 25 C, o que atestta o
seu caráter euritéérmico.

Segundo Lima (2001),, H. musciforrmis apresen


ntou bom desempenho eentre salinida ades de 25 e 31
a), estudanddo o efeito da salinidade sobre o cresscimento de H. musciformis
ups. YYokoya & Oliveira (1992a
, constataram lim
mites de toleerância entrre 20 e 50 ups.
u Durako and Dawes (1980) relattou que a altaa
salinidade pode ser
s responsá ável pela reddução da bioomassa destta alga que oocorre durannte o verão, na
Flórid
da.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
300
A profundidade em queq é cultivaada também m tem um efeito consideerável sobre a produção de
biomassa de H. musciformis.
m . Segundo G Guist et al. (1982) e Ganesan et. all (2006), a maior
m biomaassa
uma ser alcaançada em cultivos
costu c supeerficiais. No estudo de Reis & Yoneeshigue‐Valeentin (2000) os
melhores resultaados foram obtidos
o qua ndo as algas foram culttivadas na pprofundidade e de 40‐50 cm.
c
Mshiggeni (1977) postulou
p que
e elevadas inntensidades luminosas taambém podeem afetar a biomassa deesta
espéccie em cond dições de cuultivo. A lum
minosidade é um fator fu undamental no cultivo ded macroalggas.
Sob intensidadee luminosa reduzida o crescimen nto cessa, expostas a luz excesssiva os taalos
embrranquecem devido
d à satu
uração de fottossíntese (DDawes, 1989).

Friedlandder & Zeliko ovitch (19844) concluíramm que a te emperatura da água e a intensidaade
luminnosa apresen ntaram correelação positiiva com as taxas
t específficas de cresscimento de H. musciformmis
manttida em tanq ques de cultivo. Por outrro lado, Gan
nesan et. al (2006) reportrtaram que a biomassa fiinal
foi neegativamentte correlacionada com a salinidade, enquanto
e ouutros fatoress de qualidad
de de água não
n
foramm significativvamente corrrelacionadoss.

5.4.2.8 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

Comunidades litorân neas nordesstinas (Rio Grande


G do Norte, Cea rá e Paraíb
ba) vêm sen
ndo
orien
ntadas para o uso racional desse recurso maarinho, subsstituindo a atividade exxtrativista pela p
susteentável, a maaricultura (Ca
arvalho Filhoo, 2004; Miraanda et al. 20
004).

5.4.2.9 Status
S tecn
nológico

A maioria dos estud dos relacionnados ao cu


ultivo de Hypnea têm sido realiza ada em esccala
experrimental, emm tanques, lagoas, ou m
mesmo no am mbiente. Asssim, o forneecimento de matéria priima
para a indústria depende
d funddamentalmeente da colhe
eita de algas no ambientte natural.

A obtenção de mudas desse gêneero se dá attravés da exttração de muudas de alga as matrizes. Em


funçãão de seus ganchos nas pontas dos rramos, H. musciformis tende t a se p render em qualquer
q objeto
flutuaante. Por issso, os cultivvos são reali zados utilizaando‐se os mais
m diverso s sistemas, como
c linhas de
fundoo; balsas fluttuantes ‐ podendo as alggas ser dispo ostas sobre redes ou tel as; em "long
g‐lines", fixadas
sobree substratos de nylon, de d forma quue os propáágulos acaba am sendo diispersos na coluna d’ággua,
semeeando naturaalmente o lo ocal; em suubstratos de e nylon fixaados em esttacas enterra adas no fun ndo,
dentrre outros.

Reis et all. (2006) rea


alizaram um estudo de quase q dois anos
a para avvaliar o crescimento de H.
muscciformis em condições de d cultivo. O Os autores fixaram
f as mudas
m em ""long‐line" isoladas ou em
difereentes conjunntos de trataamentos: fix adas diretam mente ao "loong‐line" comm abraçadeira; fixadas com
c
abraççadeira ao cabo
c de polietileno; fixa das com abraçadeira ao o cabo de p olietileno de esfiado; fixadas
com uma abraçaadeira ao ca abo de sedaa desfiado; fixadas com m duas abraaçadeiras ao cabo de seeda
desfiaado; entremmeadas no cabo c de po lietileno; fixxadas com abraçadeira
a em Gracila aria cervicorrnis;
fixadaas com abraçadeira em Sargassum
S s p. e inseridaas em saco de
e nylon com malha de ce erca de 1×1 cm.
c
Os reesultados nãão mostraram m nenhumaa influência do sistema de fixação uutilizado sob bre as taxas de
cresccimento da espécie,
e mas os autores cconstataram m o tratamento com a muuda fixada co om abraçadeeira

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
301
no "lo
ong‐line" foi o de mais fá
ácil manuseiio e baixo cu
usto em relaçção aos dem ais. Os dema
ais tratamen
ntos
apressentaram um ma tendênciia a um maaior percentu ual de acúm
mulo de mattéria orgânica e silte e de
invertebrados.

H. muscifformis possu
ui meristemaas apicais, qu
ue são contin
nuamente reemovidos a cada
c período
o de
colheeita, deixand
do as peças mais
m antigas do talo paraa trás. A prim meira colheiita pode ser feita antes dos
d
45 dias seguintees ao plantio, dependeendo das co ondições ammbientais. DDepois, como as taxas de
cresccimento e dee recuperação são elevaddas ‐ 100% a cada mês após a colheeita ‐ é possíível fazer noovas
colheeitas a cada 25
2 dias (Gane
esan et al., 22006).

5.4.2.10 Prod
dução e meercado

Não só no
o Brasil, mass também noo mundo tod do a produção de Hypneaa é fortemen nte dependente
da exxtração das algas de bancos naturrais e não há h um merca ado regular estabelecido
o. Tanto que a
produução de Hypnea sequer faz
f parte dass estatísticass aquícolas da FAO.

No Brasil, três empre m agaranas e carragenaas: a Griffith do Brasil, com


esas nacionaais processam c
sede em Mogi daas Cruzes (SP), que impoorta algas das Filipinas; a Agar Gel, localizada em e João Pessoa
(PB), que produzz carragena de H. musciiformis (Wullfen) J.V. Lammour e agarr de espécie es de Gracilaaria
Grev.. provenienttes da costa nordestina e de Gracillaria chilensis importadaa do Chile (Furtado,
( 19
999;
Carvaalho Filho, 20
004) e a emp
presa Sete O ndas Biomarr, no Estado do Rio de Janneiro (Reis et
e al., 2006).

d alga seca depende da qualidade, limpeza e seccagem da m esma (Accioly 2005). A alga
O custo da a
chilenna, por exem
mplo, devido à sua melhoor qualidade,, é quase quatro vezes m mais cara do que a brasileeira
(Carvvalho Filho, 2004).
2 Quando o tipo dee ficocolóide está relacionnado ao estáágio do ciclo reprodutivoo da
espéccie, as algas proveniente
es da mariculltura são maais caras, devvido à possibbilidade de se
elecionar o tipo
t
de ficcocolóide que será extraíído (Reis et aal., 2006).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
302
5.4.3
3 Pterocla
adia capilllacea

Figura 140 ‐ A macro


oalga marinhaa Pterocladia
a capillacea (G
GMELIN) Bornnet e Thuret, 1876.
1
Fonte: (AlgaeBase)

Além daas algas ap presentadas anteriorme ente, todas matérias pprimas para a extração de
carragenas, há um
m outro grup
po de algas dde grande intteresse para a indústria, são as algas agarófitas.

mo que se reefere a umaa família de polissacarídeeos presentes em algum


Ágar‐ágarr é um term mas
algas vermelhas, como Gelid dium, Pteroclladia e Graccilaria, com estrutura dee D e L‐galacctose. O ágaar é
considerado o ficcocolóide maais valioso ppor algumas de suas cara acterísticas, como formaação de gel em
baixaas concentraações, baixaa reatividadde com outtras molécu ulas e resisstência a degradação por
microoorganismoss, o que permmite sua uti lização na preparação de meios de cultura, con nstituindo‐see na
matééria prima básica na bioologia moleccular. A parttir de fraçõees menos iôônicas do ággar obtém‐se a
agaroose, um produto amplamente utilizzado em bio otecnologia, sendo algunns desses prrodutos pod dem
chegaar a custar US$
U 25.000,00 o quilogram ma (Faccini, 2007).

O ágar teem sido utilizzado também


m como agen
nte gelificantte para geléiias de frutass e vegetais, em
confeeitarias paraa a preparação de docces. Um grande mercad do no ocideente é para alimentos em
conseerva especiaalmente parra animais ddomésticos. Além desta as aplicaçõees também é utilizado em
emulsões líquidaas no tratam mento de coonstipação e como agen nte gelificannte em géis lubrificantees e
pomaadas (Faccinii, 2007).

Dentre ass principais algas


a n Brasil, desstacam‐se a PPterocladia, nas regiões Sul
agarófittas nativas no
e Sud
destes e a Grracilaria, no Nordeste.
N

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
303
Pteroclad dia capillaceea é uma a lga vermelh ha, presente nas regiõees marinhas do estado do
Paran
ná, que apreesenta cloroffila a e d e fiicobilinas (b,, r e c‐ficoeritina, aloficoocianina e c e r‐ficocianin
na),
além de xantofilaas e amido coomo substânncia de reservva (Lhullier, 2005).

Entretantto, as inform
mações cienttíficas, tecn u mesmo coomerciais a respeito de P.
nológicas ou
capilllacea são bastante escassas. A obbtenção de matéria prim ma para finns industriais é quase que
q
exclusivamente originada da d colheita em banco os naturais. Não existte ainda uma tecnolo ogia
minimmamente deesenvolvida para
p a viabil ização dos cultivos
c em escala
e comerrcial da espé
écie, razão pela
p
qual P. capillacea
a é aqui apreesentada apeenas como potencialmen
p nte cultiváveel.

5.4.3.1 Taxonomia
T a

Reino ‐ Plantae
P
Filo ‐ Rho
odophyta
Subfilo ‐ Eurhodophytina
Classe ‐ Florideophyc
F eae
Ordem ‐ Gelidiales
G
Família ‐ Pterocladiacceae
Gênero ‐ Pterocladia
Espécie ‐ Pterocladia capillacea

5.4.3.2 Área
Á de Occorrência

Esta espéécie ocorre no Hemisférrio Norte e Sul, nos oce eanos Pacífiico e Atlântiico. No oceaano
Pacífiico a espéciee se distribuii de Santa B
Bárbara, na Califórnia
C até
é a Baixa Callifórnia, Golffo da Califórnnia,
México, Ilhas Galápagos, nortte do Peru, IIlha de Pásco oa, noroeste
e da Nova Zeelândia, sudeeste da costaa da
Austrrália, Nova Caledônia,
C Taiwan, Japão,, China, Ilhass Havaianas e Açores. Já no oceano Atlântico,
A sull da
costaa da Inglaterrra, norte da África, Caribbe, Brasil e Uruguai
U (Santtelices, 19911).

No Brasil,, a P. capillaccea está pre sente nos se


eguintes esta
ados: Espíritoo Santo, Rio de Janeiro, São
S
Paulo
o, Paraná, Santa Catarina a e Rio Grandde do Sul (Alggamare, 200
07).

5.4.3.3 Porte
P

Essas maccroalgas são eretas e greegárias, medindo entre 15 ‐ 21 cm dee altura.

5.4.3.4 Morfologia
M a

P. capilla
acea fixam‐se e em rochaas através de e uma porçã ão rizomato sa cilíndrica, da qual saaem
ramoos eretos quee são cilíndrricos na basee e se achatam para o ápice.
á Possueem ramos eretos princip pais
pinad
damente ram mificados senndo que estaas ramificaçõões tornam‐se mais curttas em direção ao ápice,, de
formaa que a fron nde adquire aparência ttriangular. Ramos
R de prrimeira ordeem inferioress repetem este
e

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
304
padrãão de ramificcação enqua
anto que plaantas bem de
esenvolvidass chegam a aapresentar esta
e ramificação
tambbém em rammos de segun nda ordem, dde maneira que a plantaa pode apreesentar‐se bi ou tri‐partidas
(Algamare, 2007)).

Nos eixoss principais os


o segmentoos achatadoss do talo apresentam 0,55 a 1,2 mm de largura; em
eixoss laterais estta largura é de 0,3 a 1 mm, além nes desenvoolvem‐se abundantemen
m disso, rizin nte,
principalmente na região med dular. Tetrassporângios limitam‐se a ramos
r estriqquidiais de úlltima ordem,, os
quaiss costumam apresentar forma
f espat ulada com o ápice distin
ntamente incciso e cistocarpos próxim mos
aos ápices de rammos curtos, em
e apenas um m lado (Algaamare, 2007)).

Figura
a 141 ‐ Det al..hes de um ra
amo de Pteroccladia capillaccea.
Fonte: (W. Ruchle)

5.4.3.5 Reproduçã
R ão

Possuem 3 fases de e ciclo de vvida, envolve endo uma alternância


a de gametóffitos haplóid
des,
carpo osporófitos (diplóides)
( e tetrasporóófitos (també ém diplóide). A reproduução dessa espécie oco orre
atravvés da germinação. Assim m que o espooro atinge o substrato, um u tubo germ minativo é desenvolvido
d o. O
esporro subsequentemente migram para o tubo germin nativo levanddo consigo uuma célula va
azia que dep
pois
é isolada por um ma parede celular. Pelo alongamentto e divisão,, o tubo gerrminativo to orna‐se a célula
iniciaal da esporu
ulação. Após inúmeras ddivisões, um m ou dois rizzóides são pproduzidos e penetram no
substtrato e depo ois de algunns dias, umaa célula dife erenciada e talos alongaados ocorre em pela divisão
transsversa da célula apical e suas
s derivaçõões (Santelicces, 1988).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
305
5.4.3.6 Habitat
H

Pode ser encontrada em profunddidades de até a 260 mettros em regiiões de águaas com elevaado
índicee de transpaarência (Lhullier, 2005). PPorém, é com
mumente en
ncontrada naa transição entre
e as regiões
do mmeso e infra litoral, frequentementee em canais ou poços, em e profundiddades de 0,5 a 6,5 mettros
(Hurdd et al., 2004
4).

Como a maiorias das espécies ggregárias habita costõess rochosos, fficando exposta durante a
maréé baixa (Algamare, 2007)). É comum em áreas co osteiras abertas, principaalmente na região do in
nfra
litoraal (Algaebasee, 2009).

5.4.3.7 Condições
C ambientaiis

Macroalgga característica de ambbientes coste eiros, com crescimento óótimo em altas salinidades
(Nasrr et al., 1965) e melhor crescimento nna faixa de 25
2 a 35 ups (Fralick et al.., 1990).

Segundo Gal‐Or & Israel (2004) u m melhor crrescimento dessa


d espéciee ocorre entre 10 e 20°C
C. Já
Fralicck et al. (199
90) determinaram que a ttemperaturaa ideal para o seu desenvvolvimento está
e entre 17 7 °C
e 25 °°C.

5.4.3.8 Locais
L de cultivo
c no B
Brasil

De acordo com a SEA o apresenta um


AP/PR (2009)), apenas a cidade de Cabo Frio no RRio de Janeiro
cultivvo de Pteroclladia capillacea, pois esssa espécie é geralmente coletada dirretamente do
d ambiente.. As
n redundaaram em experiências bem sucedidass.
poucaas tentativass de cultivo não

5.4.3.9 Status
S tecn
nológico

A produçção de forma
as jovens deessa espécie se dá atravvés de pequeenos pedaços de talos de
matriizes que, através da reeprodução vvegetativa originam novas plantas. Quando eles atingem um
tamanho adequaado são colhidas, quer attravés da remoção da planta inteiraa ou removendo‐se a maaior
partee dela, mas deixando
d um
m pequeno ppedaço, que vai crescer novamente.. Quando a planta inteirra é
remo ovida, pequenos pedaçoss são cortad os a partir dela
d e utilizados como poonto de parttida para novos
cultivvos.

Foram teestados vário os métodos de cultivo para


p essa espécie, porém m os resulta
ados não forram
animadores, poiss as taxas de crescimentoo são muito baixas, torna
ando o cultivvo comercialmente inviávvel.
Além disso, a esp
pécie é muito
o suscetível a parasitos.

Cos Asensio, C. & Sigu


uan, M. A. S . (1989) con
nstataram qu
ue o crescim
mento de P. capillacea
c nãão é
homo ogéneo e qu ue as taxas variam sazzonalmente. Os valores máximos dde crescimen nto observad dos
variaram de 0,8 a 1,6 cm/mêss.

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
306
Segundo Friedlanderr (2008), noovos métod dos estão sendo
s testaddos para o cultivo deessa
macroalga, pois nos sistema
as tradicionaais as algas apresentam
m boa aparêência, mas crescem mu uito
lentamente.

Tanto emm cultivos rea


alizados em tanques, sobb condições controladass, como no mar,
m as taxass de
cresccimento forram iguais ou inferiores a 5% ao dia. Os melho ores resultaddos obtidos com a espéécie
envolveram o dee manejo em m bancos naaturais, que se baseia na remoção ddas espéciess competido oras
abrindo, dessa fo
orma, espaçoo para ocupa ção da macrroalga (Faccin
ni, 2007).

ESPÉCIES POT
TENCIAIS 3
307
6 O MERCA
ADO INT
TERNACIIONAL DE
D
PESCADOS.

É indiscuttível que o desenvolvime


d ento da aquiicultura brassileira passa pela conquissta de
novos mercados. É impensávvel se promoover o fomento da ativid dade e, porttanto, os próóprios
M, sem a deevida preocu
PLDM upação com
m a colocaçãão desses produtos aquuícolas que serão
produ
uzidos no meercado.

Se, por um lado, o mercado


m de ppescados no Brasil é basttante desesttruturado e muito
pouco o regulado, por outro, ele envolvee um universo potencia al de quasee 200 milhões de
consuumidores. Co onquistar essses consum
midores é esssencial para o desenvolvvimento e para
p a
o, também não se podde e não se deve
susteentabilidade da aquiculltura brasileiira. Contudo
desprrezar as op portunidadess de conqu ista de mercados internacionais qque, no casso de
pescaados, envolvve volumes e valores finnanceiros muitas
m vezes superiores a qualquer outro
setorr produtivo da
d agropecuá ária mundial .

De acorddo com o Ibama (2010),, a produçãão brasileira de pescadoo em 2007 foi f de


1.0722.226 t, o que
q represen nta um cresscimento de e 2% em relação a 20006, gerando valor
correespondente a R$ 3.603.7726.475,00. AAinda de acordo com a publicação, a pesca exttrativa
marinnha apresenttou crescime
ento de 2,3%% e a pesca extrativa
e conntinental, deccréscimo de 3,2%;
a maricultura deccréscimo de 2,6% e a aquuicultura con
ntinental, cre
escimento dee 10,2%.

Segundo Lima (2010)), a partir dee 2004, os saldos


s da baalança comeercial brasileira de
produutos pesqueeiros apresenntaram tenddência declinnante, chega ando, em 20007, a contabilizar
déficiit de US$ 25
51,1 milhõess, resultado da diferençaa das exporttações ‐ no montante de US$
310,55 milhões ‐ e das importa
ações ‐ no vaalor de US$ 561,6
5 milhõe
es.

O Brasil, em 2007, exxportou paraa 83 países, com a conq quista de 15 novos merccados,
perm
manecendo os o Estados Unidos na primeira posição da lista de prinncipais merrcados
importadores, segguidos, pela ordem, por França, Espaanha, Argenttina, Portugaal, Japão e outros
o
paísees, sendo a laagosta o principal produtto de nossa pauta
p de exp
portação.

Em 2007,, os principais fornecedoores de prod


dutos pesque
eiros para o Brasil foram
m, pela
ordemm de impo ortância, No oruega, Chilee, Argentinaa, Portugal, Uruguai e Marrocos, com
particcipação conjjunta de 90,,61% nas coompras globaais de pesca
ados efetuaddas pelo Braasil no
exterrior em um universo
u de 38 países, coontinuando o bacalhau em primeiroo lugar no ra
anking
dos im
mportados.

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 308
6.1 E
ESTRUTU
URA E REG
GULAMEN
NTAÇÃO DO
D COMÉRCIO INT
TERNACIO
ONAL
DE P
PESCADOS18.
Em um nível
n global, a OMC e ass organizações do sistem ma das Naçõões Unidas sãos os
principais atores na definição do quadroo normativo o do comérccio internaci onal de proodutos
pesquueiros e aquuícolas. A OM
MC fornece a estrutura in nstitucional para
p a abert ura dos merrcados
do mmundo, enqu uanto as Orrganizações das Naçõess Unidas pro ocuram resoolver as que estões
relaciionadas ao desenvolvim
d ento sustenttável, conserrvação ambiental e seguurança alimentar e
as meetas de liberalização do comércio
c muundial.

O sistema da OMC baseia‐se


b em
m uma série de acordos,, cuja finaliddade é a abeertura
graduual dos merccados internacionais de mercadoriass, através doo o Acordo G Geral sobre Tarifas
T
e Com mércio (GATTT); de serviçços, através do Acordo Geral
G sobre Comércio dee Serviços (GGATS);
de invvenções e dee inovações, através do AAcordo sobre
e os Aspecto
os dos Direitoos de Proprie
edade
Inteleectual (TRIPSS).

O GATT prevê
p a liberalização doo comércio de d bens, atrravés da reddução gradua al das
tarifaas, a converrsão das resstrições não ‐tarifárias em tarifas de importaçãão (tarifação o) e a
eliminação de práticas
p prottecionistas ddistorcidas. Os países eme desenvoolvimento podem
p
contaar com horários estendidos e outrass disposiçõe es especiais para
p ajudá‐loos a se adap
ptar e
adapttar suas eco onomias para a liberal ização do comércio
c mu undial, comoo a assistênncia e
capaccitação técniica.

O acordoo sobre Barrreiras Técniccas ao Comé ércio (TBT) tenta


t garanttir que as no
ormas
técnicas, regulam
mentos e proocedimentoss de avaliaçãão da conformidade não criem obstá áculos
a comércio.. Os países podem adotar normas que consideerem apropriadas
desneecessários ao
para a saúde humana, anim mal ou vegettal, proteção o do ambien nte ou dos cconsumidore es. No
entan
nto, a OMC promove a utilização dde normas internacionais e desestim mula métodos de
coméércio que crieem condiçõe
es comerciaiss desiguais entre os paíse
es.

O acordo sobre a Aplicação de M Medidas Sanittárias e Fitosssanitárias (SSPS) complem


menta
as deecisões do TBBT. O objetivvo é garantir um equilíbrio entre a prroteção à saúúde e à segu urança
do coonsumidor, por
p um lado,, e o comérccio internacional, por outro. Os Esta dos membro os são
estim
mulados a ap plicar as norrmas internaacionais de segurança alimentar,
a saanidade animal e
fitosssanidade, tais como os estabelecidoos pela FAO//WHO Codex Alimentariius Commisssion e
pela Organização o Mundial de e Saúde Anim mal (OIE). Noo entanto, os
o estados poodem definir seus
próprrios padrõess, desde qu ue em nívei s mais elevvados de prroteção, níveeis esses se empre
estabbelecidos emm bases científicas e attravés de uma u avaliaçãão de risco adequada. Esses
padrõ ões mais elevvados devem m ser aplicaddos ainda appenas na me edida necessáária para prooteger
a saúde humana, animal, a vid da e a sanidaade vegetal.

Por esse motivo, nestte trabalho sserão mais detalhadas


d questões relaativas ao com
mércio
com os Estados Unidos, uma vez que eeste é o principal mercado importaador de pesscados

18
Baseado
o em Catarci (2010).

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 309
origin
nados no Braasil e também
m porque as normas estaabelecidas naquele país ssão relativam
mente
rigoro
osas, sendo, em muitos aspectos,
a sem
melhantes às aplicadas pela Comuniidade Européia.

O Acordo o sobre Sub bsídios e MMedidas Com mpensatóriass (SCM) dissciplina o usso de
subsíídios para oss produtos nã ão abrangidoos pelo Acorrdo sobre Agricultura, coomo, por exe
emplo,
é o caaso dos prod dutos pesqueiros. Tambéém disciplinas que tipos de ações e sansões os países
p
podem adotar co ontra quem se utiliza dee práticas co omerciais abbusivas. Um país pode iniciar
uma disputa na OMCO que, see vencida, o dará o direeito de realizzar cobrançaas compensaatórias
sobree as importaações indeviidamente suubsidiadas e que tenham m prejudicaddo os produutores
onais. Recentemente, o Brasil ganhoou uma açãão dessas, movidas
nacio m conttra os produ
utores
nortee‐americanoss de algodão. A vitória na OMC garantiu o diireito do Brrasil de prom mover
comp pensações taarifárias sobrre variados pprodutos imp
portados dos EUA.

Já o com
mpromisso das
d agências das Nações Unidas é o de d contribuirr para a form
mação
m quadro dee comércio internaciona l que leve em conta a minimização
de um m dos impacto os que
este comércio po ode ter sobre
e meio ambiiente, sobre o desenvolvvimento susttentável e so
obre a
segurrança alimenntar.

Essas agêências têm também


t um papel fundamental no estabelecim mento das no ormas
intern mentar que, em última in
nacionais dee saúde e seggurança alim nstância, sãoo o principall fator
que impede, por exemplo, que o Brasil eexporte molu uscos cultiva
ados por faltta da aplicaçção de
progrramas contin nuados de monitoramen
m nto ambiental das áreas de produçãão. São exemplos
dessaas normas: o Código de e Conduta dda Pesca Ressponsável da FAO, de 11995, que aborda
questtões como a saúde, segurança e requisito os de qualiidade no pprocessamen nto e
comeercialização de
d produtoss da pesca e da aquiculttura, bem coomo a Convvenção CITESS, que
estab
belece restriçções ao com
mércio de esppécimes da fauna
f e da flora selvagenns constante es nos
seus ttrês anexos.

A FAO e Organização Mundial da Saúde (O OMS) constituem a Com missão do Codex


C
Alimeentarius, que, por sua vez,
v estabel ece as normmas internaccionais de hhigiene alimentar,
níveiss de contaminantes, padrões
p miccrobiológicoss de produtos aquícolaas e pesqu ueiros,
tecnoologia e norm
mas de impoortação e exxportação de
e alimentos. Outros padrrões reconhe ecidos
internnacionalmennte são determinados pela OIE e pela Organ nização Inteernacional para
p a
Padroonização (ISO
O).

ONGs intternacionais também têêm, cada ve ez mais, influência sobrre a formaçã ão do


quadro regulatórrio de comérrcio de prod utos aquícolas e pesqueeiros. Algumaas ONGs exe ercem
um foorte lobby so
obre da OMC C e sobre as agências daa ONU, com o objetivo d e incluir, cad
da vez
mais,, as questões ambientais, de desenvvolvimento sustentável
s e de segurannça alimenta ar nas
agenddas de coméércio de cada país. Outraas organizaçções, como o Marine Steewardship Council
(MSCC) dedicam‐sse à criaçãoo de ferram entas práticcas, tais com
mo program mas de rotulagem
ecoló
ógica para prromover o co
omércio susttentável de produtos
p aqu
uícolas e pesqqueiros.

Em nível mais regiona


al, existem vvárias Organiizações Econ
nômicas Regiionais (REOss), que
são b
blocos econ
nômicos que e envolvem países com m a finalidade de prom mover a paz e a
prosp
peridade em
m determinadas áreas, aatravés do comércio
c e da integraçãão econômicca. As

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 310
REOss devem ajud dar no fluxo de comércioo mais livre entre seus países
p membbros, sem levvantar
novass barreiras comerciais co
ontra países qque não faze
em parte doss respectivoss blocos.

Uma dass REOs maiss atuantes, a União Eu uropeia (UE) chegou a um alto gra au de
integração econôômica e até política.
p A leegislação da UE agora governa a maiooria dos dom
mínios
ntervenção dentro
de in d de seus
s estadoss membros, sendo partticularmentee dominante es em
setorres como a pesca e a aqu
uicultura, commércio, saúdde e segurançça.

6.2 O MERCA
ADO NOR
RTE‐AMER
RICANO DE PESC
CADOS E FRUTOS DO
MAR
R19
Com um produto interno bruto dde US$ 12 trilhões e um ma populaçãoo de mais de 295
milhõ
ões de habittantes, os Estados Unidoos se configu uram como o maior merrcado consumidor
do m
mundo. Em 20 005, suas im
mportações gglobais atinggiram a marcca de US$ 1, 9 trilhões, ou três
vezess o PIB brasileiro.

Segundo o National Fisheries Institute (N NFI), os Estados Unid os são o maior


consuumidor mundial de pesca
ados e frutoss do mar, a frente
f da Ind
donésia, Chinna, Japão e Rússia,
R
respeectivamente..

Em 2005 5, as imporrtações nortte‐americanas do capíttulo 03 (peeixes, crustá áceos,


moluscos e outro os invertebra
ados aquáticcos) somaramm US$ 9,2 bilhões. Segunndo NOAA (22009),
mportações de
as im d produtos pesqueiros em 2008 totalizaram US$14,2
U bilhhões e 2.37
70.477
tonelladas, ou seja o equivale
ente a quasee duas vezes e meia os vo
olumes globbais capturad
dos ou
cultivvados no Brasil.

O Brasil,, entretanto
o, detém apenas 1,5 52% deste mercado (ddados de 2005),2
posiccionando‐se como o déciimo segundoo país que mais
m que maiss exporta esttes produtoss para
os EUUA, atrás de fornecedore es importanttes como Caanadá, com 19%;
1 China, com 11% e Chile,
com 77% do mercaado importador. A despeeito do crescimento geral das importtações do settor, as
exportações brassileiras apressentaram um
m declínio dee 16% em reelação a 20044, o que pod
de ser
expliccado, pelo menos em parte, pel a imposição o da medid da de antiddumping para os
exportadores braasileiros de camarão, o principal produto
p da pauta de immportação norte‐
n
amerricana. Tais medidas ca ausariam umm enorme im mpacto para os produtoores brasileirros de
camaarão naquelee ano e nos seguintes.

As importações norte
e‐americana s estão conccentradas emm apenas seeis categoriass, que
juntas representaam cerca de
e 70% das immportações totais:
t camarões, com 300%; filés de peixe
fresco
os, com 21%
%; caranguejoos, com 6,7% eixe congelados, com 4,44%; lagostass, com
%; filés de pe
3,7% e salmão, co
om 3.6% do total.
t

19
Basseado em Am
mcham‐SP. 2006.
2

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 311
Cinco categorias são responsáveiss por 87% daas exportaçõ ões brasileiraas para os Esstados
Unidoos: lagostas, com 53%; filés
f de peixees frescos, com
c 9,3%; filés de peixee congeladoss, com
9,1%;; camarões, com 8,6% e atum, com m 7,6% do to otal. Os 11 produtos
p maais importad dos do
Brasil, de acordo o com os nomes comercciais utilizado os nos EUA, foram: Lobbster Rock Frrozen,
Tuna Yellowfin Frresh, Snappe er (Lutjanidaee Spp.) Froze
en, Snapper Fresh, Shrim mp Shell‐on Frozen
F
> 70, Tilapia Filleet Fresh, Marine Fish Ns pf Fresh, Maarine Fish Frrozen, Shrim mp Shell‐on Frozen
F
61/700, Fish Fillet Blocks Froze
en > 4.5 Kg e Tuna Bigeye e Fresh.

Os maiorres estados exportadorres brasileiros foram Ceará,


C com US$ 45 milhões;
Pernaambuco, com m US$ 25 miilhões; Rio G
Grande do No orte, com USS$ 16 milhõees; Pará, com
m US$
16 milhões; Espírrito Santo, co
om US$ 5,8 m
milhões e Sãão Paulo, com
m US$ 5,2 m ilhões exporrtados
para os Estados Unidos
U em 20005.

6.2.1
1 Exigênccias para exportação
e o
Desde a entrada em vigor da leii do Bioterro
orismo, para
a que um prroduto alime entício
seja eexportado para os Estad
dos Unidos é necessária uma série de
d registros jjunto ao FDA que
visam
m a proteçãão da cadeia a alimentar contra posssíveis atos terroristas, cconforme de
escrito
abaixxo:

• Registro do Estabelecimento juntto ao FDA: exigido para a produtorees, processad dores,


embaladorres ou armazzenadores d e alimento que q se destiinam ao connsumo ou trâ ânsito
por territórrio norte‐ am
mericanos.
• Designação o de um agente norte‐am mericano que e esteja disp
ponível 24 hooras por dia e sete
dias por semana, de forma que posssa atender qualquer
q tipo
o de emergêência.
• Prior Noticce: aviso préévio que devve ser enviado de 5 dias ao, no mááximo, 8 horras de
antecedência da chegada do produuto em qualq quer porto am mericano.
• FCE (Food d Canning Establisheme
E ent): requerrido para alimentos
a ennlatados ou u que
contenham m certo nível de acidez.
• SDI (Submiission Identiffier Numberr): documenttação que deve ser preeenchida para a cada
processo usado na prod dução de alim
mentos e beebidas que de emandam o registro FCE E.

Os registros para exp


portação de alimentos exigidos
e pela
a Lei do Biotterrorismo podem
p
ser feitos diretamente pelo site da FD A, sem nen nhum custo. Há, inclusivve, tutoriaiss bem
detalhados que auxiliam o preenchimen
p nto dos form
mulários. O registro doo estabelecim mento
deverrá ser feito no Food Facility
F odule (FFRM). O interesssado receb
Regisstration Mo berá a
confirmação do seu s registro e o númeroo do mesmo imediatame ente após coompletar tod dos os
camp pos obrigatórios do form mulário. Já o Prior Noticce deverá se er preenchid o no Prior Notice
N
Systeem Interface (PNSI). A FDDA enviará uuma confirm mação do reccebimento daa notificação o, isto
signiffica que ass informações foram rrecebidas co om sucesso o e que ass mesmas foram f
consideradas com mpletas após uma primeeira análise. Uma revisã ão subseque nte pode re esultar
em inspeções do os alimentos no desem mbarque doss mesmos. Para P realizarr os registro
os, os
intereessados deveerão acessarr o site: httpss://www.acccess.fda.gov//index.html##furls.

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 312
6.2.2
2 Tarifas de importtação
O Harmonized Tariff Schedule
S (HTTS), sistema de classificação fiscal doos Estados Unidos,
possu
ui 120 classifficações no capítulo
c 03 ((Peixes , Crustáceos, Moluscos e Outtros Inverteb brados
Aquáticos). Em termos
t de taarifas de im
mportação, o setor é be em liberalizaado, uma ve ez que
82,5%
% das aliquottas são Duty Free e a maais alta tarifa aplicada é de
d 15%.

Além distto, os exportadores braasileiros de pescados e frutos do m mar devem estar


atenttos aos beneefícios conced
didos atravéés do Sistemaa Geral de Prreferências ((SGP). O SGP
P é um
ato unilateral de tratamento preferenciall, por meio do
d qual os pa aíses desenvoolvidos conccedem
a reddução total ou parcial das tarifass de importtação sobre e produtos pré‐estabele ecidos
origin
nários de paííses em deseenvolvimentto. O SGP do os Estados Un nidos, em esspecial, conccede a
isenção tarifária para
p cerca de
e 3.359 proddutos provennientes dos Brasil.
B

O prograama norte‐a americano é um dos mais m simpless do gêneroo, pois não exige
extennsas documeentações. Para obter a isenção daas tarifas de e importaçãão no SGP norte‐
n
amerricano, o pro oduto imporrtado deve sser originário de um pa aís beneficiá rio; preench
her os
requiisitos de Reggra de Orige em; constarr na lista de
e produtos elegíveis
e parra o SGP e que
q o
importador solicite a isenção o da tarifa dee importação
o à alfândega norte‐ameericana atravvés da
simplles colocaçãão do Speccial Program m Indicator.. No caso do setor dde pesca, há h 16
classiificações cob
bertas pelo programa.
p

6.2.3
3 Exigênccias para comercializzação
O FDA (U United State
es Food andd Drug Adm ministration) é o órgão responsável pela
regulação da imp portação pescados e frutoos do mar frescos, enlataados, congellados, salgad
dos ou
defummados. Estess produtos devem
d estarr de acordo com o Federal Food, Drrug, and Cossmetic
Act, ccujo cumprimento é sup pervisionadoo através dee inspeções periódicas ddas fábricas e dos
produ os atividadess educacionais e processo
utos, análisee de exemplo os jurídicos.

Os padrõ os para a prrodução doss alimentos são determ


ões sanitário minados pelo o FDA
atravvés do Curren
nt Good Man nufacturing PPractice in Manufacturin
M ng, Packing, oor Holding Human
Food ‐ Parte 1100, do Título 21,
2 do Code of Federal Regulation ‐ que estabeelece as cond dições
dos eequipamento ole sanitário e do processso de fabriccação do prooduto, as qua
os, de contro ais, se
seguiidas corretaamente, pod derão asseggurar que o mesmo é adequado para o con nsumo
humaano. Apesar da existência destes paddrões, o FDA A reconhece a existência de falhas naaturais
ou in
nevitáveis naa fabricação de alimentoos e por istoo estabelece,, através doo The Food Defect
D
Actio
on Levels, os níveis máxim
mos destes "ddefeitos".

No que concerne
c esp
pecificamentte à indústria de pescaddos e frutoss do mar, deeve‐se
estar atento às exigências da Parte 1 23 (Fish & Fishery Pro oducts), do Code of Fe ederal
Regulations ‐ Tiitle 21. Den ntre outros pontos, essta legislaçãão define oos procedim mentos
estabbelecidos de Análise de Risco
R e Ponttos Críticos de
d Controle (HACCP),
( quee visam asseegurar
que o os produtoss sejam adequadamentee processados, embalad dos, estocaddos e distrib
buídos
atravvés de contro
oles preventivos que garaantam a adequação do consumo doss mesmos.

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 313
É importante ressaltar que se ttratam de produtos alta amente pereecíveis e poor isso
requeerem muito cuidado para a evitar a suaa decomposição. Duas caausas comunns de detençção de
cargaas no porto de entrada são a prese nça de "feed dy, belly‐blo
own" ‐ peixees com estômmagos
cheio
os de comid da quando pescados ‐ pois deterrioram rapid damente, allém de pro odutos
contaaminados com resíduos de
d pesticidass, mercúrio e outros metais pesados..

O FDA prroíbe o uso ded corantes aartificiais usados para diisfarçar os d anos ou melhorar
aparêência de um produto de qualidade innferior. De faato, o uso de e aditivos em
m qualquer tiipo de
alimeento exige a aprovação prévia
p do FDDA e a comp provação, poor parte do ffabricante, de que
aquele aditivo é seguro
s para consumo.
c Toodavia, há doois grupos de
e aditivos paara os quais não
n se
requeer a pré‐apro
ovação: toda as as substânncias determminadas segu uras para o cconsumo anttes da
emen nda de 19588, que instituuiu a necessiidade da pré é‐aprovação,, como é o ccaso do nitrito de
sódio
o; e as sub bstâncias am mplamente rreconhecidas como seg guras pelos especialista as, as
chammadas GRAS (Generally Recognized
R aas Safe), com
m base no se eu amplo hisstórico de usso em
alimeentos antes de
d 1958, ou com base eem evidênciaas científicas publicadas. São exemplos de
substtâncias GRASS: açúcar, sal, pimentas, vvitaminas e glutamato
g de
e sódio.

Há centenas de substtâncias já approvadas parra uso pelo FDA.


F Recomeenda‐se que antes
de uttilizar um adiitivo que o produtor
p connsulte a base
e de dados EAAFUS ‐ "Everrything" Addded to
Food in the Unitted States, queq contém mais de 3.0 000 substânccias aprovaddas como ad ditivos
alimeentares ou GRAS.
G O FDAA também diisponibiliza para
p consulta o Food Addditive Statu
us List,
que ccontém todo os os aditivos relacionad os no FD&C Act, bem co omo as 3 listtas de substââncias
GRASS relacionadaas na parte 182,
1 184 e 1886 do Capítulo 21 do Cod de of Federall Regulation

6.2.4
4 Rotulag
gem
A identifiicação do pe
eixe na embbalagem deve ser feita ded acordo coom nome co omum
utilizaado nos Estaados Unidos. Não é perm
mitido substittuir o nome usado
u pelos norte‐americanos
pelo nome utilizaado no país de origem. CCaso se trate de um pro oduto não coomercializaddo nos
EUA, seu nome deve refletir a classificaçãão biológica do
d peixe e nãão deve ser cconfundido com
c o
nomee conhecido de outra esp pécie.

Para evitaar a identificação incorreeta do peixe no rótulo da


a embalagemm, recomenda‐se a
consu
ulta ao Seafoood List, uma a compilaçãoo dos nomess comerciais de peixes noos EUA e asssegura
a correta rotulagem de aacordo co
om as regulaçõees do FDA:
wwww.cfsan.fda.go ov/~frf/seainntro.html

The Regu ulatory Fish Encyclopedia


E a (RFE) possui uma compilação de ddados em divversos
formaatos que auxxilia na identtificação da eespécie do peixe, com fotografias do peixe inteiro
o e do
formaato usualmeente vendido o (como filéss); características taxôno
omicas físicass, como tam
manho,
formaa e cor e taxonomia quím mica: www.ccfsan.fda.govv/~frf/rfe0.httml#fname

Estão isentos da nece essidade de rótulo, com informaçõe es nutricionaais na embalaagem,


peixees e frutos do mar, sejamm eles congeelados, fresccos ou enlatados, vendiddos para cozzinhas
indusstriais e aqueeles preparados e vendiddos em deliccatessens. Se
e o exportaddor preferir incluir
i
tais informações,, o rótulo deeverá seguir rigorosamente as exigências do FDA A. Peixes e frutos

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 314
do m
mar a seremm comercializados no vaarejo deverão obrigatoriamente esstar rotulados de
acord
do com as esspecificaçõess do FDA.

Os rótulo
os devem esstar em confformidade com c os requisitos estabeelecidos pelo Fair
Packaaging and Laabeling Act, pelo Nutritioon Labeling and Educatio on Act e pello Food Labeeling ‐
partee 101, do do Título 21,, do Code oof Federal Regulation.
R Segundo a legislação, não é
necesssário nenhu um tipo de pré‐aprovaçã
p ão do rótulo
o para que o alimento sseja importado ou
distribuído nos EUA. Cabe e ressaltar que as le egislações a respeito deste tema a são
frequuentemente alteradas e que é da reesponsabilidade do prod dutor estar eem conform midade
com as mesmass. Segue um ma breve eexplicação das
d principa ais exigênciaas em relaçção a
embaalagem e rotulagem de produtos a limentícios, a qual, de forma f algumma, dispensaa uma
leiturra atenta dass legislações supracitada s.

O nome do produto (statementt of identity) e o seu peso (net qu antity statement)


m estar desccritos no Prin
devem ncipal Painel de Exposiçãão (PPE) do produto,
p ou sseja, na porçção da
embaalagem mais provável de e ser vista pe lo consumidor no mome ento da comppra.

O nome comum do alimento


a devve ser usado
o como nom me do produuto, o qual deverá
d
estar em negrito o e escrito em um tam manho razoáável em relação às dem mais inform
mações
impreessas, na meedida em que este deve ser uma dass características mais impportantes doo PPE.
Quannto a naturezza da comida
a for óbvia, uum nome fanntasia poderá
á ser usado.

Se o prod duto for venndido em umma forma diiferente da usual,


u o rótuulo tambémm deve
descrrever a formma do alime ento empaccotado, com
mo, por exem mplo, fatiaddo, não fatia ado e
metades. Se o aliimento for parecido
p com
m um produtto tradicional, ele deve sser rotulado como
imitação se contter uma qua antidade meenor de pro
oteínas ou qualquer vitaamina ou mineral
m
essen
ncial, em relaação ao tradicional.

O peso do produto deve ser colocado naa parte infe erior do PP E, em uma área
correespondente à correspond dente a 30% do painel prrincipal. Segu
undo a legisl ação, o peso o deve
ser exxpresso tantto no sistema
a métrico (g ramas, quiloogramas, mililitros e litroos), quanto no U.S.
Custoomary System m (ounces, pounds,
p fluidd ounces). O sistema méttrico pode seer colocado antes,
depois, acima ou u abaixo do sistema am mericano. É importante calcular a áárea do PPE E para
deterrminar o taamanho mín nimo aceitávvel das info ormações so obre peso e quantidad de do
alimeento

O Painel de Informaçção é aquel e que está imediatamente ao lado direito do PPE e


contéém a lista dee ingredientees, o quadro das informaações nutricio
onais e os daados do prod
dutor,
empaacotador ou u distribuidoor do prod uto. Desde 2004 o United Statess Departme ent of
Agriculture (USDA A) exige que os exportaddores de pesccados e frutoos do mar quue sua mercaadoria
conteenha o "cou ntry of origin labeling" (COOL). É proibida a colocação de qqualquer maaterial
não rrequerido no o painel de in
nformação, ccomo o códiggo de barras UPC.

Além do nome, os da ados do pro dutor, empaacotador ou distribuidorr devem conter as


seguiintes informaações: a) se o produtor e o distribuiddor não forem a mesma empresa, de eve‐se
inserir a frase "m
manufactured d for" or "disstributed by"", b) Endereçço, cidade, eestado e ZIP Code.
No caaso de alimentos produzidos fora doss Estados Un nidos, deve‐sse informar o Mailing Cod de.

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 315
A lista de
d ingredientes deve lisstar cada co omponente por ordem descendente de
predo ominância por
p peso, ouu seja, os m
mais pesadoss são listadoos primeiro. Ela poderá estar
posiccionada antees ou depo ois das infoormações nutricionais
n e dos daddos do prod dutos,
distribuidor ou empacotador
e r. Sempre see deve utilizar o nome comum
c do i ngrediente, como
açúcaar ao invés de
d sacarose, a não ser que haja um ma regulação
o específica que determmine o
contrrário.

Conformee determin na o 21 CRF.9, as informaçõe es nutricionnais devem m ser


dispo
onibilizadas em
e todos os produtos, ccom exceção o dos seguinttes casos: quuando produ uzidos
por p
pequenas em mpresas; nos alimentos sservidos em restaurantess ou entreguues prontos para
p o
consuumo; produttos de padaria que são veendidos diretos ao consuumidor no loocal de prepaaração
dos mmesmos; alim mentos que não contém m nutrição significativa como
c café e pimenta; "infant
formula" ou comidas para criiança que já necessitam de uma rotu ulagem espeecial; suplemmentos
dietéticos e alimeentos medicinais. O quaddro de informações nutrricionais devve ser colocado no
paineel de informaações.

No caso ded embalage ens pequena s e médias, háh uma exce eção especia l que permitte que
Nutrition Faccts" sejam colocados em
os "N m qualquer painel da em mbalagem e que se om mita as
notass de rodapéé, desde que e se coloquue um asterisco na partte inferior ddo quadro com c a
seguiinte frase "Peercent Daily Values are bbased on a 2,000 calorie diet".

6.2.5
5 Legislaçção
Para maiss informaçõe
es, podem seer consultado
os os seguinttes endereçoos eletrônico
os:

 Federal Foood, Drug, and Cosmetic A Act: www.fda.gov/opaco om/laws/fdcaact/fdctoc.httm


 Current Go ood Manufa acturing Pracctice in Manufacturing, Packing, orr Holding Human
Food: www w.access.gpo o.gov/nara/cffr/waisidx_0 05/21cfr110_ _05.html
 The Food Defect
D Actionn Levels: ww ww.cfsan.fda.gov/~dms/d dalbook.htmll
 Hazard Anaalysis Criticall Control Poi nt: www.cfsan.fda.gov/~~lrd/haccp.httml
 Fair Packagging and Labeling Act: ww ww.fda.gov/opacom/law ws/fplact.htmm
 Food Labelingg, CCode of Federal Regulation:
www.accesss.gpo.gov/n nara/cfr/waissidx_05/21cffr101_05.htm ml
 Nutrition Labeling
L andd Education Act e Food d Labeling, Code of Feederal Regulation:
www.accesss.gpo.gov/n nara/cfr/waissidx_05/21cffr101_05.htm ml
 Fish & Fishery Prroducts, doo Code of o Federal Regulationns ‐ Title e 21.
www.accesssdata.fda.go ov/scripts/cddrh/cfdocs/ccfCFR/CFRSea arch.cfm?CFFRPart=161&&show
FR=1
 Code of Federal Regula ation ‐ Title 221: www.cfsaan.fda.gov/~lrd/cfr700b. html
 Bioterrorism Act: www w.fda.gov/oc//bioterrorismm/bioact.htmml
 Registros do
d FDA: httpss://www.acccess.fda.gov//index.html# #furls
 Fish an
nd Fisherries Prodducts Haazards an
nd Contrrols Guid
dance:
http://www w.cfsan.fda.ggov/~comm//haccp4.htm ml
 HACCP Regulatioon forr Fish and Fisherry Pro
oducts
http://www w.cfsan.fda.ggov/~dms/qaa2haccp.htm ml

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 316
 EAFUS Dataabase: www w.cfsan.fda.goov/~dms/eaffus.html
 Food Addittive Status List: www.cfsaan.fda.gov/~
~dms/opa‐ap ppa.html
 GRAS List ‐ Part 182: wwww.cfsan.fdaa.gov/~lrd/fcf182.html
 GRAS List ‐ Part 184: wwww.access.ggpo.gov/naraa/cfr/waisidxx_04/21cfr1884_04.html
 GRAS List ‐ Part 186: wwww.cfsan.fdaa.gov/~lrd/fcf186.html

O ME
ERCADO INTER
RNACIONAL DEE PESCADOS. 317
7 A
AVALIAÇ
ÇÃO DOS
S POTEN
NCIAIS
IMPACTOS AMBIENTAISS E
SSOCIOEC
CONÔMICOS DA MARICU
ULTURA

O setor aquícola
a é um
m dos ramoss produção de alimentos que mais ccresce no mundo.
Um m mundo, aliáss, que busca alternativass para alimentar um universo superrior a 6 bilhõ
ões de
habittantes e no qual novas fronteiras
f aggrícolas ou pecuárias
p praticamente inexistem. Ainda
assim
m, a aquicultura tem estado
e sob crescente vigilância
v e críticas a respeitos da sua
"sustentabilidadee", que depende de diversos faatores ambientais, socciais, culturrais e
econô ômicos.

De fato, como qualquer outra atividade produtiva, a aquiculturra embute em si


aspecctos positivoos e negativvos, tanto eem relação aoa meio físiico (o ambi ente) em que os
emprreendimento os aquícolas operam; qu anto ao meiio biótico (derivado da i nteração entre as
espéccies cultivadas, os sistem
mas de cultivvo e os animais e vegetais que preseentes nas áre
eas de
cultivvo e seus enttornos); e ao
o meio antróópico (atravé
és de seus problemas e vvantagens soociais,
econô ômicas e culturais).

A maricu e, sob certoos aspectoss, a ser considerada ""sustentável" por


ultura tende
apressentar uma das mais baixas taxass de exigên ncia de ene ergia indust rial por prooteína
produuzida. Por ser fornecedora de protteínas animaais e vegetaiis de altíssim
ma qualidade, ela
surgee ainda commo uma dass alternativaas para o problema
p doo esgotamennto dos reccursos
pesquueiros extrattivistas.

Por outro
o lado, em fu
unção da deppendência po or água de qualidade, a m
maricultura é uma
ativid
dade econôm mica que só consegue see consolidar e ser potenccialmente suustentável qu uando
conseegue proteger os ecossiistemas, minnimizando seus impacto o sobre o m meio ambientte, de
modo o que não haja redução da biodiverrsidade, esgo otamento ou u compromeetimento neggativo
de quualquer recuurso natural e alteraçõees significativvas na estrutura e funci onamento desses
d
ecosssistemas (V Valenti, 2002). Afinal, a atividade e depende de ambieentes isento os de
contaaminação para poder serr realizada (SSodré et al, 2008).
2

Em um momento
m que
e se realiza o planejame
ento da ativid
dade aquícoola para o mé
édio e
longoo prazos, co
omo aconte ece com oss PLDM, um m equilíbrio entre seguurança alimentar,
invesstimentos e custos ambie
entais da proodução deve
e ser sempre ser a meta aalmejada.

Por que isso


i seja viável, é precisso se conhecer as conse
equências doos cultivos para
p o
meio ambiente e direcionar tecnologicam mente o dessenvolvimentto do setor (Machado, 2002).
2
Avaliaar adequadaamente os immpactos, val orizando os pontos positivos e sugeerindo alternativas
para mitigação dos
d problem mas é o únicco caminho para que a aquiculturaa atinja níve eis de
susteentabilidade compatíveiss com as dem mandas da sociedade
s brasileira.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 318
7.1 METODO
OLOGIA AD
DOTADA
Sempre haverá muittas dificuldaades para se s reduzirem m impactos provocadoss pela
aquiccultura se antes não houver uma conncordância a respeito da real magnituude e importtância
dos im
mpactos con nsiderados. Em
E outras paalavras, é pre ada caso, annalisar e identificar
eciso, para ca
quaiss impactos sãão mesmo reelevantes e ssó então desspender recuursos e esforçços para conntrolá‐
los.

Para umma análise dos eventuuais impactos das atividades aq uícolas a serem s
desen nvolvidas no
o âmbito do os PLDM doo Paraná foram empreg gadas Matriizes de Impactos,
tamb bém conheciidas como Matrizes
M de Correlação Causa x Efeeito. Este ti po de análise foi
iniciaalmente prop ndo alterada e aperfeiçoaada, com o intuito
posto por Leopold (1971 ), e vem sen
de melhor adequá‐la aos obje etivos de um
m estudo de impacto amb biental.

A Matriz de Leopold do utilizada para associar os


d, com diveersas varianttes, tem sid
impactos de ações previstas em um empreendiimento com m as diversaas caracteríísticas
ambientais de sua área de inffluência.

As matrizzes proposta
as neste estuudo foram baseadas
b no
o trabalho dee Mota & Aquino
A
(20022). Procurou u‐se, para cada
c tipo dee atividade aquícola, id dentificar oss seus pote enciais
impactos, tanto positivos, qu uanto negattivos, sobre os meios ab biótico, biótiico e antróp
pico, e
avaliáá‐los em term
mos dos seguuintes atribuutos: caráter,, importância, magnitudee duração.

Nas Matrrizes, para ca


ada ação do empreendim mento, são identificadoss e avaliadoss, para
cada característicca de um coomponente ddos meios abiótico,
a biótico e antróópico, os posssíveis
impactos que poderão ocorrer. Posteriorrmente, são montadas tabelas
t que resumem em m que
fase d
da atividadee ocorrem oss impactos e a relação entre impactoos positivos e negativos sobre
cada componentee analisado.

Deste modo, fica ma ais fácil idenntificar cada característicca e o meio afetado por uma
deterrminada açãão do emprreendimentoo, tendo‐se, ao mesmo o tempo, um ma avaliaçãoo dos
impactos em termmos de tipo, importânciaa, magnitude e e duração. Posteriormeente, é feita uma
aborddagem descrritiva dos me
esmos e umaa discussão mais
m aprofundada sobre ttais impactos.

Outra característica deste tipo de Matriz é que ela permite


p retrratar somen
nte os
impactos que de fato tem relação com a aatividade analisada, sem gerar um núúmero eleva
ado de
célulaas vazias, como acontece
e quando doo uso da matrriz convencio
onal.

Segundo Mota & Aqu


uino (2002), as outras vantagens da Matriz de Im
mpactos pro
oposta
são:

• Elas apresentam relação direta de cada açãão com um determinado


d o meio e com m suas
caracteríssticas ambientais.
• Permiteem a apresen ntação dos im
mpactos sep
parados por meio
m afetadoo.
• Possibilitam que se e quantifiquee o número de impacto
os e seus atrributos, para
a cada
ação do empreendim mento ou poor cada tipoo de meio afetado
a ‐ abbiótico, biótico ou
antrópicoo.
• São de fácil
f leitura e manuseio.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 319
• Apresentam facilidade de se eefetuar a totalização doss impactos, ppara cada tipo de
atributo e para cada fase
f do emp reendimentoo.
• Facilitan
ndo a comprreensão dos impactos e a proposição
o de medidass mitigadoras.

Já como desvantagen
d ns desse mét odo têm‐se:

 Não ideentificam impactos indireetos.


 Não consideram característicass espaciais do os impactos.
 Há umaa grande sub bjetividade n a atribuição da magnitud
de.
 Não con
nsideram a dinâmica
d doss sistemas am
mbientais.

Além dissso, é importa


ante ressaltaar que essa é uma matrizz essencialm
mente qualitaativa e
que, portanto, nãão tem como objetivo e nem permite a tomada a de decisõees a partir de
e uma
análisse simples dos índicces geradoss. Não háá, por exemplo, com mo se com mparar
quantitativamentte os benefíícios de umaa atividade em termos de aumentoo na renda média m
regional com oss impactos visuais proovocados pe ela presença
a das estruuturas de cultivo
c
posiccionadas no meio
m marinh ho.

Por outroo lado, a mettodologia pe rmite que se


ejam identificadas vantaggens da ativiidade,
eventtuais probleemas e impactos e, a ppartir disso,, elencar as medidas m mitigadoras mais
adequadas.

Na Tabelaa 11 estão conceituados


c s os diversoss parâmetros de avaliaçãão utilizadoss para
os vários tipos dee atributos ussados nas m atrizes de im
mpactos.

Tabe
ela 11. Parâm dos nas Matrizes de Impacctos1.
metros de Ava liação Utilizad

ATRIBUTO SIGN
NIFICADO DO PARÂMETRO
P DE AVALIAÇÃ
ÃO SÍM
MBOLO
POSITIVO
Quando o impacto de d uma determinada açção for
benéfico.
NEGATIVO
CARÁTEER
Quando o impacto de d uma determinada açção for
Exprim
me o c
caráter da
a
adverso.
modifficação causaada por uma
a
INDEFINIDO
determinada ação.
Quando o impacto pode p ser negativo ou ppositivo,
dependenndo da formaa de abordage em do mesm mo e da
interação com outraas variáveis. Pode aindda ser
indiferentte, naqueles casos em qu ue não há intteração
com a ativvidade aquícola.
NÃO SIGNIFICATIV VA
De intens idade não siggnificativa, co
om interferênccia não P
implicand o em alteraçãão da qualidadde de vida.
IMPORTÂ
ÂNCIA
MODERADA
M
Indicaa a impo ortância ou u
Intensidadde da in nterferência com dim mensões
signifiicância do impacto em m M
recuperávveis, quando adversa,
a ou re
efletindo na m
melhoria
relaçãão à sua inteerferência no
o
da qualidaade de vida, quando benéfica.
meio.
SIGGNIFICATIVA
Intensidadde da inte erferência acarreta perdda da G
qualidadee de vida, quaando adversa, ou ganho, qquando

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 320
ATRIBUTO SIGN
NIFICADO DO PARÂMETRO
P DE AVALIAÇÃ
ÃO SÍM
MBOLO
benéfica.
PEQUENA
De magnittude inexpresssiva, inaltera ando a caractterística
1
ambientall consideradaa ou causando o alterações apenas
MAGNITU UDE
em escala pontual
Exprimme a extensão o do impacto
o,
MÉDIA
atravéés de um ma valoração o
De magni tude expressiva, porém em escala locaal, sem
graduual que se dá ao mesmo, a 2
alcance p ara descaractterizar a cara acterística am
mbiental
partirr de uma determinada a
consideradda.
caractterística da attividade.
GRANDE
De magniitude tal que possa levar à descaracteerização 3
regional dda característicca ambiental considerada
CURTA
De duraçção breve, geralmente asssociado a eeventos
1
cíclicos ouu ocasionais, com possibiliddade de reveersão às
condiçõess ambientais anteriores
a à açção.
MÉDIA
DURAÇÃ ÃO
Tempo méédio de perm manência do im mpacto. Geraalmente
Indicaa a longevidade do o
associado à duração daa atividade aquícola, exting uido‐se 2
impaccto.
imediatam mente ou em e um currto prazo aapós o
encerrameento das atividades.
LONGA
Tempo grrande ou pe ermanente, de d permanênncia do 3
impacto m mesmo após o encerramentto das atividaddes.
1
Baseeado em Motaa & Aquino (20 002).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 321
7.2 IIMPACTO
OS APRESENTADOSS EM COM
MUM E IN
NTERAÇÕE
ES ENTRE
E AS
DIFE
ERENTES ATIVIDA
ADES AQUÍÍCOLAS
Como usu uária de recuursos naturaais, manufatu
urados e hum manos, tais como terra, água,
energgia, ração, feertilizantes, equipamento
e os, mão de obra
o etc., é fu
undamental que a maricultura
utilizee tais recurssos de forma racional ppara que a atividade seja a perene e lucrativa (Va
alenti,
2002).

Embora haja especifficidades baastante marrcantes entre as difere ntes espécies ou


grupoos de organ nismos aquá áticos cultivvados e enttre sistemass de cultivoo empregado
os na
mariccultura, algu uns impacto os, tanto ppositivos quuanto negativos, são ccomuns enttre as
difereentes atividaades aquícola
as.

Em maio or ou menor escala, to das as ativiidades aquíccolas causam m algum tip po de


impacto sobre o meio físico o, como, poor exemplo, alterações no fluxo loccal de água e de
mentação; po
sedim oluição visual, causada pela presen
nça das estru
uturas de cuultivo em esspaços
que ssão públicoss; revolvimennto do fundoo ‐ pelo menos em alguum momentto do processso de
produução.

A contraparte dessee processo ssão os bene efícios sociais e econôm micos advind do da
produ ução aquícola, especialm
mente da aquuicultura dessenvolvida em pequena escala, como o está
sendo o fundamen ntalmente proposto neestes PLDM M para os empreendim mentos a serem
s
realizzados em áreeas estuarina
as do estadoo do Paraná.. A seguir, é feita um a ssintética descrição
das sobreposiçõees e divergên ncias entre im
mpactos aprresentados pelas
p diversaas modalidaddes de
cultivvo.

7.2.1
1 Impacto
os sobre o meio físicco (ambien
nte)
7.2.1.1 Impactos sobre a quaalidade de
e água

Aos pouccos, as comunidades litorrâneas, invesstidores e maricultores


m têm modificcado a
maneeira como see relacionam m com o meeio ambiente. Cada vezz mais há p ercepção so obre a
necesssidade da preservação
p d cultivar o mar impõe a necessida
ambiental, ppois a ideia de ade de
manuutenção da qualidade
q da
as condiçõess ambientaiss (Oliveira, 2005; Freitas & Barroso, 2006;
Manzzoni & Martins, 2006).

A aquiculltura, de um
ma forma em de a proporccionar duas fontes básiccas de
m geral, tend
polueentes ao meiio marinho, que,
q em relaação à sua naatureza, podem ser identtificados com
mo:

 De origem abiótica. Derivados dda liberação o de efluenttes de compposição com mplexa


(orgânicaa e inorgânica, solúveis e insolúveis). Na maior parte dos culttivos, os eflu
uentes
estão na forma de material
m em suspensão e incluem: matéria
m orgâânica particulada ‐
fezes sóliidas, pseudoofezes (no caaso de moluuscos), alimentos não co nsumido (no o caso
dos peixees), substâncias químicaas utilizadas como aditivvos em alimeento, como ácidos
á
graxos, sais,
s vitaminas, pigmenttos, terapêuticos alimen ntícios, antibbióticos e drogas;
sólidos in
norgânicos derivados
d daa suspensão da areia e do lodo do fundo; derivados

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 322
metabólicos como a amônia e o CO2; e derivados de manuseeio e estru uturas,
provenientes das sub
bstâncias quí micas de utilização comu
um em aquiccultura.

 De origem biótica ou biológica. Derivada da ão de espéccies exóticas e da


d introduçã
transferêência de pató
ógenos.

es, de molu scos e algas impactam o ambientte de maneiras e


Os cultivvos de peixe
intensidade distiintas. A piscicultura noormalmente envolve a introdução de sólidos e de
nutrieentes para o ambiente de cultivvo, e é recconhecida como potenccial causado or de
degraadação ambiiental atravéés de tais apoortes.

Em contraste, o impacto da m malacoculturra geralmente é resultaado da saíd


da de
nutrieentes da co
oluna d’águaa e consequuente acúmulo de material orgânicco no sedim mento
provoocado pelo hábito
h alimen
ntar filtradorr dos molusccos.

Já as maccroalgas pod
dem ser conssideradas orrganismos qu
ue provocam
m uma reduçção da
poluição ambien ntal, tanto pela
p fixaçãoo de carbono, quanto pela absorçãão de nutrientes
dissolvidos na águ
ua.

7.2.1.2 Criação
C de obstáculo
os em área
as marinha
as

A simpless colocação de
d estruturaas de cultivo em áreas marinhas
m impplica na criaçção de
obstááculos onde antes não havia. Estee é um imp pacto relativamente de baixa relevância,
principalmente em amplas árreas oceâniccas. Porém, quando
q ocorrre em zonass abrigadas, como
baíass e estuárioss, pode se constituir emm um problema, geran ndo conflitoss entre eventuais
usuárrios desses espaços.
e Por exemplo, a ocupação de espaços pela mariculltura pode acabara
por inibir a preseença de banh
histas e impeedir a passaggem de emba arcações.

7.2.1.3 Revolvime
R nto do leitto marinho
o

O revolvimento do le
eito marinhoo é um impaacto localizad
do, de baixaa intensidade
e e de
curta duração que costuma acontecer comm todos os sistemas
s de cultivo.
c

Como as estruturas ded cultivo, eem todos oss casos, são


o fixadas ao substrato, a sua
installação, operaação e desativação podee provocar re
evolvimento do fundo, ccom ressuspensão
de seedimentos.

7.2.1.4 Impactos visuais


v

No proceesso de uso e ocupação ddos municípiios costeiross, o boom im


mobiliário ace
elerou
o adeensamento ded áreas mais próximas a orla, send do que estess espaços fo ram e vem sendo
cada vez mais ocuupados por casas
c de verraneio e emp
preendimenttos acessíveiss financeiram
mente
a uma classe social de alto po
oder aquisitivvo.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 323
Deste moodo, os consstrutores, mooradores e empreended
e ores que invvestiram enoormes
quantias em edifiicações e na urbanizaçãoo da orla, não querem ve er a paisagem
m natural altterada
por eestruturas (balsas, bombonas, cordass, mesas, tan nques‐rede) associadas à poluição visual e
que ppoderia trazer prejuízos aos empreeendimentos turísticos e dificultaria a comercialiização
das p
propriedadess, terrenos (FFreitas & Barrroso, 2006).

Soma‐se a isso o fatto de que a s bóias utilizadas nos cultivos


c em ggeral careceem de
padro ndo, não rarro, adaptaçõees com embalagens reuttilizadas de pprodutos quíímicos
onização, sen
ou dee óleo, com uma
u infinidade de cores e formatos diferentes.
d

Para se evitar
e isso é importante
i qque haja um
ma padronização das estrruturas de cu
ultivo,
que leve em contta aspectos estéticos,
e coomo bóias de e apenas um
m formato e ttamanho em m todo
o estaado.

7.2.1.5 P
Perda e descarte
d d
de estrutu
uras utiliz
zadas noss sistemas de
c
cultivo

Quando ses utilizam materiais


m pouuco resistentes e duráve
eis o seu coontato com a água
salgada e com oso raios U.V. acabam ac elerando a sua degrada ação e diminnuindo a vid da útil
dessees materiais. Portanto, além dos potenciais im mpactos visuais propriaamente ditos, um
impacto comum na atividade e é a perda de compone entes das esstruturas de cultivos devvido à
degraadação ou a condições atmosféricaas desfavorááveis, que fiicam à derivva (Santos et e al.,
2007), podendo poluir
p praias e outros am
mbientes costteiros.

Outro im
mpacto possível ocorre qquando do descarte
d dass estruturass empregada as nos
mas de cultivvo. Flutuadores, cordas, cabos, corre
sistem entes, telas e outros matteriais, por melhor
m
que sseja sua qualidade, apresentam um determinado o tempo de validade. Appós isso, pre ecisam
ser aadequadameente descartados, mas ainda assiim constitue em geralmeente material de
degraadação lentaa, que persistte por muitoo tempo no ambiente.
a

Neste caaso, devem ser implem mentadas caampanhas de conscienttização junto o aos
mariccultores paraa que este material
m seja recolhido e não jogado na
n água, ou ainda, estim
mular a
utilizaação dos cabos e das reedes como ccoletores de e sementes de
d mexilhãoo, possibilitando o
reaprroveitamento o dos mesmos.

7.2.1.6 Disposição
D o de resídu
uos e consu
umo de água

A maricultura pode consumir


c vo lumes signifficativos de água
á doce, ddurante a faase de
proceessamento dos
d seus prod dutos, bem ccomo gerar grandes qua antidades dee resíduos só
ólidos,
como o conchas ded moluscoss, exoesqueeletos de crrustáceos e resíduos dda descamaçção e
evisceeração de peixes. Muitaas vezes, essses produtoss são processsados próximmo aos cultivos e,
não rraro, descarrtados no fundo do mar e em terren nos, podendo provocar ddiversos imp pactos
nestees ambientess (Lemos et al,
a 2007).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 324
No distrito do Ribeirão da Ilha,, em Florian nópolis, os maricultoress, responden
ndo a
pesqu uisas, inform
maram que 39%
3 das concchas são lan nçadas são aoo mar, sendoo que outros 22%
ou sãão dispostos em terrenoss baldios ou eenterrados diretamente
d na praia (Maachado, 2002).

Em uma avaliação baseada


b em entrevistas com ostreicultores de Florianópolis, os
resulttados indicaaram que os resíduos orrgânicos e conchas, são reutilizadoss apenas porr uma
minoria: 10% veendem as conchas
c dass ostras e 4%4 utilizam os resíduoos orgânicos para
comppostagem (Leemos et al., 2007).
2

Atualmen nte estão sen


ndo desenvoolvidas váriass alternativas ao descartee destes resííduos,
comoo utilização de
d conchas de d moluscoss para produ ução de bloccos de concrreto, produçção de
calcário, aplicação na indústriia têxtil, proddução de raçção animal, etc.
e

Das cascaas de camarões marinhhas pode se er extraída a quitina, a partir da qual


q é
produuzida quitosana, que é um
u biopolímeero com diversas utilizaçções nas áreeas farmacêuutica e
alimeentícia (Borgognoni et al,, 2006). Assim uto que ante
m, um produ es era um prooblema ambbiental
pode se transform mar em fonte e complemeentar de rendda.

As conchas são ricas em nutrienttes, principallmente cálcio


o e magnési o, que podeem ser
utilizaados como corretivos ded acidez doo solo e fon nte de nutrieentes para oos vegetais. Cabe
salienntar que as conchas
c de ostras,
o pela ssua maior co
oncentração de cálcio, taambém pode em ser
utilizaadas até mesmo para fins mediciinais, como fonte de suplementaç
s ção de cálcio em
tratamentos de portadores
p de osteoporo se.

Além dissso, estes maateriais pod em ser utilizados na produção de aartesanato típico,
t
aprovveitando co omo matéria a prima parra a criação o conchas de ostras, mariscos, vieiras,
berbiigão, escamaas de peixess, entre outrros (Portal da Mariculturra, 2010). Evvidentementte que
os voolumes utilizzados, nestee caso, seriaam muito menores
m quee os volumees gerados, o que
obrigga a realizaçãão de estudo
os mais espeecíficos na busca
b de soluuções mais eespecíficas para
p o
probllema.

7.2.2
2 Impacto
os bióticoss20
Na aquicultura, espéécies ou gennótipos exótiicos, também
m conhecidoos como esp
pécies
introd
duzidas ou espécies
e melhoradas genneticamente, são meios importante para se aum
mentar
a produção. No o entanto, há preocuppação sobre e como essas espéciees podem afetar
negattivamente oss ecossistem
mas locais.

No âmbitto dos presen


ntes PLDM eestá sendo in ndicado basiccamente o ccultivo de esppécies
nativas ou que já estejam com
mprovadameente estabele ecidas no lito
oral paranaeense, com exxceção
da macroalga Kap ppaphycus alvarezii, que é exótica.

A FAO (2005‐2010) fa
az referênciaa a quatro grandes categ
gorias de im
mpactos ecoló
ógicos
ncialmente provocados
poten p pela
p aquiculttura:

20
Texxto baseado em FAO (2005‐‐2010).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 325
 Interaçõees básicas com espécies dda fauna selvvagem, tais como
c predaçção e compe
etição;
 Impactoss genéticos;
 Disseminação de doenças;
 Alteraçõees de habitatt.

7.2.2.1 Interações entre esp


pécies

A interaçção entre esspécies podee se dar tanto pela relação predaddor‐presa, quanto
pela ccompetição.

Desta forrma, peixes carnívoros,


c ppor estarem no topo da cadeia alim mentar, são muitas
m
vezess vistos como m significaativa à faunaa local. O curioso é que ssegundo a própria
o a ameaça mais
FAO, a generalidaade dessa afirmação nãoo é corroboraada pela análise dos regi stros do Ban
nco de
Dadoos sobre as In
ntroduções de
d Espécies A Aquáticas (DIAS, sua sigla
a em inglês).

A predaçção pode coontribuir parra redução do


d tamanho o da populaçção das esppécies‐
presaa, podendo causar
c efeito
os ecológicoss em cascataa, como, por exemplo, o crescimennto de
macrófitas, quando organismmos herbívorros são remo ovidos por predadores
p dde topo de cadeia.
Impactos da preddação têm sido observaddos de salmonídeos sobre peixes e invertebrado os, no
entannto apenas em
e casos de espécies anáádromas e especificamente durante a fase de vid da em
água doce.

Já a commpetição pode ocorrer entre espéccies exóticass e residenttes em relação à


alimeentação, hábbitats, forma
ação de casaais, ou por outros
o recurssos essencia is. A lógica, neste
caso, é que com munidades residentes
r eevoluíram ju
untas ao lon ngo do tem mpo e podem ter
desen nvolvido meecanismos pa ara partiçãoo dos recursoos, um evenntual organissmo invasor pode
pertuurbar essa divisão. Há atu
ualmente um ma espécies de
d "moratória" em relaçção à expanssão da
produ ução de salmmão na Columbia Britâ nica em fun nção de evid dências de qque o salmã ão‐do‐
Atlânntico estaria escapando das gaiolas dde cultivo e conseguindo o se reproduuzir no Rio Tsitika.
T
O tem mor é que o salmão‐do‐Atlântico possa com mpetir com populações selvagens ou o vai
contaaminar o po ool genético nativo. Um medo semelhante tem m sido expreesso na Norruega,
onde salmão oriu undo de estruturas de ccultivo já ulttrapassam o salmão selvvagem em muitosm
rios d
da locais.

A ostra‐do‐Pacífico, Crassostrea
C ggigas, foi inttroduzida em
m todos os coontinentes exceto
e
na An ntártica. Na Austrália
A esssa introduçãoo aconteceu em 1940 e desde entãoo se espalhou u para
áreass onde as espécies
e nativas Crassoostrea comm mercialis e Saccostrea
S commercialiis são
cultivvadas. Em fu unção da alta fecundidaade e taxa de crescime ento, a ostraa‐do‐Pacífico
o tem
comp petido por espaço
e com as espécies locais e foi declarada uma u praga eem Port Stephens
(Novaa Gales do Su ul).

7.2.2.2 Interações genéticass

Os possívveis impactoss genéticos dde espécies ou


o genótiposs exóticos inccluem:

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 326
 Perda da integridade genética de espécies ao se misturar com genótippos exóticos;
 Redução na eficiênccia reproduttiva a partir de hibrida ação com eespécies exó óticas,
do em descen
resultand ndentes inféérteis;
 Diminuiçãão da capacidade de inccorporação de d genes differentes ou a perda de genes
co‐adaptaados comple exos;
 Impactoss genéticos in
ndiretos resuultantes de outras
o interações ecológiicas, por exe
emplo,
casos em
m que a competição ou ppredação reduzem as po opulações naativas a tal ponto
que diverrsidade gené
ética é perdidda ou que o grau
g endoga amia torna‐see problemático.

No entannto, na grand
de maioria d os estudos realizados
r om peixes (pprincipalmente em
co
salmoonídeos) apeenas têm sido documenttadas alteraçções genética as e não a m
mudanças rea
ais nas
populações ou no os parâmetrros de genétticos adaptattivos. É muitto mais fácil documentar uma
mudaança na freq quência de genes
g que mmudanças adaaptativas que podem esstar afetando o uma
população, ou attribuir um declínio
d de eespécies a fatores
f gené
éticos, quanddo muitos outros
o
fatorees, tais com
mo a perda de hábitats,, poluição, pressão
p da pesca, podeem também estar
do os estoques.
agind

7.2.2.3 Doenças
D

A partir do momen nto que umaa espécie paassa a ser cultivada


c emm grande esccala o
surgim
mento e a disseminaçãão de doençças passam a ser amea aças reais. I sso acontecce em
absollutamente to
odos as modalidades agrrícolas ou pecuárias. Na maricultura
m nnão é diferen
nte.

A disseminação de patógenos, a partir de esspécies transportadas o u comercialiizadas


na aaquicultura é uma preocupação que está sendo trata ado por váários organ nismos
intern
nacionais, como
c a FAO,, a Organizaçção Mundiall da Saúde (O OMS), a Orgganização Muundial
do Coomércio (OMMC) e o Escrittório Internaacional de Ep
pizootias (OIE
E).

O que se sabe é que o nível de inncerteza é maior


m no caso
o do uso de espécies exó óticas,
cujoss patógenos podem ser multiplicados
m s e causar prroblemas no novo ambieente. Um exe emplo
clássiico aconteceeu na indústrria de abalonnes cultivado
os na Califórnia e importtados da África do
Sul. Junto com os abalone es foi introdduzido um poliqueta Sabellidae
S qque não ca ausava
probllemas na Áfrrica do Sul, mas
m teve efeiitos devastad dores nos cultivos realizaados na Califfórnia.
Nestee caso, enttretanto não o se conhe cem os impactos caussados sobree outras esp pécies
selvagens de moluscos.

Na Norueega, em 197 75, o parasitta monogenóóide, Gyrodaactylus salarris foi encon


ntrado
em salmões‐do‐‐Atlântico selvagens,
s pprovavelmen
nte introduzzidos a paartir de salmões
infecttados e resisstentes da Su
uécia. O agennte causador da furunculose, Aerom onas salmon nicida,
tambbém foi intro oduzido nos cultivos de salmonídeo os da Noruega através dde trutas arco‐íris
importadas da Diinamarca em m 1966. Em 11991 o patógeno estava presente em m mais de 500
5 de
emprresas de pisccicultura e em 66 rios o nde os salmões são nativos. A proppagação de ambosa
Gyroddactylus sala aris e Aerom
monas salmonnicida provavelmente foi facilitada ppelo uso de peixes
p
infecttados em unnidades aquíccolas.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 327
Agentes etiológicos
e de
d doenças i ntroduzidas a partir de espécies
e ou de cepas exxóticas
podem ser mais patogênicoss no seu novvo meio, on nde podem se s espalhar para hosped deiros
atípiccos ou se dep m ambiente mais favorávvel (a partir das unidade s de maricultura).
parar com um

Linhagens norueguessas de salmãão‐do‐Atlântiico são altamente susceetíveis ao pa arasita


Gyroddactylus sala
ar, enquantoo as linhageens de salmãão do Báltico são resisteentes. A Nooruega
tem ttentado reveerter os imppactos das innfestações de
d Gyrodactyylus salar àss suas popullações
nativas de salmãoo‐do‐Atlânticco através ddo por enven
nenamento ded sistemas ffluviais inteiros. A
ostra plana europpéia, Ostrea edulis, uma vez importaados para a região oestee dos EUA to ornou‐
se inffectado com
m um parasitta de célulass sanguíneass chamado Bonamia,
B quue posteriorm mente
espallhou se espaalhou para a Europa, oonde causou u grandes peerdas nas caapturas de ostras
selvagens e tambbém cultivada as.

Patógeno os também podem afettar as espéccies nativas,, interferinddo nas interrações


entree outras espécies. Muitaas vezes, ageentes potenccialmente caausadores dee doenças pegam
p
caronna em as con nchas dos moluscos
m e ddesta forma são dissemin
nados para ooutros ambie entes.
O maais importantte impacto causado pela ostra‐do‐Paacífico tem sido justamennte esse, faciilitar a
prolifferação de organismoss potencial mente danosos. A brroca de osstra Ceratosstoma
inorn
natum, a pllanária Pseu udostylochuss ostreopha agus e o copépodo paarasita Myttilicola
orientalis foram inadvertidam mente introdduzidos em vários paísees a partir dee importaçõ
ões da
ostra‐do‐Pacífico. Por outro lado, nenhuuma doença catastrófica foi reportadda até hoje como
tendo o relação com
m as ostras‐d
do‐Pacífico.

7.2.2.4 Impactos sobre os háábitats

Muitas esspécies de animais de ággua doce aprresentam, po or si só, grannde capacida


ade de
modificar hábitatts aquáticoss quando coolocados em uma nova área. Por exxemplo, casstores,
lagosstas, carpa‐co
omum e carrpa‐capim. Jáá na maricultura os exem mplos de esppécies capazzes de
modificar ambien ntes costeiros são muito mais difíceiss de se encon
ntrar.

Moluscoss filtradores possuem ccapacidade de d remover grandes voolumes de água e


m alterar as condições
assim c am
mbientais. Poorém, a elevvada dinâmicca dos ambieentes costeirros faz
com que essas alterações sejam geralmeente limitadas a uma esscala local e a períodos muito
os de duração
curto o.

Na Novaa Zelândia as a populaçõões de um pequeno peixe p (Galaxxias vulgariss) são


deslo
ocadas pelo salmão Ch hinook por predação e por competição, maas também pelas
alteraações no seu
u hábitat durrante a fase dde construçãão de ninhos para a desoova pelos salm
mões.

Por outro o lado, há uma


u série dee impactos causados peelas estruturras de cultivo que
podem ser conssiderados po ositivos sob o ponto de biental. Estruuturas que ficam
e vista amb
mersas, acabaam fornecen
subm ndo substratoo para a colonização de diversos orgganismos, crriando
ambientes artificciais novos e aumentanndo o núme ero de hábitaats locais. V
Várias espéciies de
organ
nismos de im
mportância econômica
e e ecológica accabam sendo
o atraídas paara estes hábbitats,

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 328
utilizaando‐os como abrigoss contra p redadores, áreas de crescimentoo, reproduçção e
alimeentação.

Em certo
os aspectos, essas estruuturas de cu ultivo acabam funcionanndo como recifes
r
artificciais. Por ab
brigarem um
ma imensa vaariedade de plantas e animais os reecifes natura ais são
considerados com mo os maiss diversos h ábitats marinhos do mundo. Uma em cada quatro q
espéccies marinhaas vive em reecifes, incluinndo 65% doss peixes. Os recifes estãoo para o amb
biente
marin nho da mesma forma que as floresstas tropicaiss estão para a os ambien tes terrestre es, ou
seja, os maiores centros
c de biodiversidad e do planetaa.

Deste mo
odo, as estru
uturas de cu ltivo acabam
m, involuntarriamente, traazendo beneefícios
ao am mbiente, em
mbora na maioria
m das vvezes, essess efeitos acabam sendoo prejudiciais aos
próprrios empreeendimentos aquícolas, pois implicaam em custo os extras coom a retirad
das de
epibiontes e manitenção da a integridadee das estrutturas de culltivo. Isso p orque quando as
estruturas subm mersas são colonizadas elas acabam imitand do a natureeza biológicca do
ecosssistema marrinho, agreggando biomaassa e biod diversidade no novo haabitat. Esse novo
habittat pode ser criado atéé em ambieentes com fundos
f arenosos e lam acentos, qu ue em
condições naturais não apresentariam poossibilidades de suportar tal ecossisteema.

Assim, mesmo a pescca artesanal e de subsistência acaba


am sendo beeneficiadas com
c a
mariccultura por meio
m do increemento da ddo aumento na n produtivid
dade e biodiiversidade lo
ocais.

7.2.3
3 Impacto
os antrópicos

7.2.3.1 Interação com outtras ativid


dades e conflitos de uso pela
o
ocupação de
d espaçoss marinhoss

A ocupaçção do Brasil teve início a partir de sua


s faixa litorânea e até os dias de hoje,
h a
distribuição e o crescimento o da populaação brasile eira refletem
m os efeitoss do processo de
colonnização e povvoamento doo território ( Moraes, 20008).

Atualmen nte a distribu


uição populaacional brasilleira é bastante irregularr, havendo grande
g
conceentração da população nas n zonas litoorâneas, especialmente no n Sudeste e na Zona da Mata
Nordestina. Apro oximadamentte 43 milhõees de habitantes, cerca de d 18% da ppopulação do o País,
resideem na Zonaa Costeira e 16 das 28 regiões metropolitanas brasileiras encontram‐‐se no
litoraal (Brasil, 200
00).

As regiõees costeiras são, tanto nno Brasil qu


uanto no ressto do munddo, as áreass mais
densaamente povvoadas e ind dustrializadass, em grand a demanda de integração de
de parte pela
centrros econômiccos com rota a produção, que prescinde de
as comerciaiis para o esccoamento da
uma extensa redee de transpo ortes portuárrios (Moraes, 2008).

Assim, coom a implanttação de esttruturas indu


ustriais, term
minais marítiimos e comp
plexos
portuuários, váriass cidades se desenvolver
d ram, atraindo
o contingentes populacioonais em bussca de
trabaalho e melhooria de vida (MMA, 2008)).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 329
Mais receentemente, a valorizaçãoo cultural do
os espaços litorâneos coomo área de lazer,
recreeação e turissmo tem im mpulsionado a implantaçção de lotea amentos e eempreendim mentos
imobiliários para fins de segu
unda residênncia para os estratos
e de média
m rendaa nas áreas menos
m
valorizadas paisagisticamente e, e de compplexos hotele
eiros, resortss, condomín ios e loteam
mentos
de luxxo em áreas privilegiadas pela belezaa cênica (MM
MA, 2008).

Desse mo odo as zonass costeiras fforam constrruídas historricamente a partir da ótica da


sua aatratividade, com uma soobreposição de usos do espaço que leva ao confflito de interresses
(Carm
mo & Silva, 2009).

Atividadees pesqueirass, portuáriass, marinas, utilização


u do espaço paraa fins residen
nciais,
ão de lixo, innstalação de oleodutos, desvios
despeejo de esgottos, deposiçã d e cannalizações dee rios,
aterros e remoçãão do solo prróximo às m argens, quando executadas num meesmo estuário são
ns exemplos de atividad
algun des conflitanntes, e essass práticas crrescem vertiiginosamentte nos
estuáários do munndo todo (Ma arcelino, 20000).

No processo de impla antação e opperação de áreas de cultivos aquícolaa são identificados


vários conflitos de uso doss recursos ccosteiros, qu ue influenciam negativaamente tan nto os
emprreendimento os aquícolas quanto as demais atividades envo olvidas no prrocesso. Con nflitos
essess, oriundos a partir de differentes inteeresses econômicos e necessidades aambientais.

De acordo dini et al. (20000), apesar do rápido crrescimento, a mariculturra tem


o com Brand
encon ntrado prob blemas atravvés do confflito de inte eresses com m outras ativvidades socciais e
econô ômicas que se desenvolvem na costta e compettem por recu ursos comunns. Entre esttas, as
que mmais se desttacam são: a pesca arteesanal e a in ndustrial, a extração
e de recursos naaturais
costeeiros, o transsporte maríttimo e fluviaal, o turismo
o, a construção e a exppansão de ce entros
urbannos e as atividades portu
uárias (Freitaas & Barroso,, 2006).

O zoneammento e a le egalização d os parques aquícolas attravés dos PPLDM é um passo


importante para se evitar a ocorrência de conflito os. No caso da ostreiculltura parana aense,
pode‐se dizer qu ue a grande e maioria ddos empreen ndimentos está
e em sit uação irregular21.
Embo ora haja resttrições legais, observa‐see certa tolerrância por parte dos órggãos responsáveis
pela administraçãão e fiscaliza
ação dos corrpos d’água e pode‐se dizer que, na prática, essa as não
22
2
se revvelam como obstáculos ao a acesso a eesse meio de e produção .

21
Comm relação aoss ostreicultore
es que recebeem assistência, o fato de que
q a assistênncia é prestad da por
institu
uições governnamentais e algumas infoormações obttidas em cam mpo levam a crer que exxiste a
preoccupação das innstituições com a legalizaçãão dos empreendimentos.
22
Appobreza e a falta
f de infrae
estrutura dos povoados de e pescadores artesanais doo CEP podem trazer
conseequências indeesejáveis paraa a nutrição ddessas populaações. Por exeemplo: a faltaa de abastecimento
de energia elétrica e/ou a imposssibilidade finnanceira de alggumas família
as de adquirir um refrigerador ou
freezeer dificulta armazenamen
a nto de protteína (pescad do) para con nsumo em pperíodos de baixa
produ utividade pesq
queira ou mau u tempo. Nessse sentido, a manutenção de ostras no ccativeiro em corpos
c
d’água próximos à sua casa pod de significar im
mportante fonte de vitaminas para os ccomunitários. Dessa
maneeira, medidas radicais de proibição
p da aatividade pod
deriam, além de comprom meter o rendimento
econô ômico dessas famílias, ir co
ontra program mas tidos com
mo de priorida ade em âmbitto nacional, como o
Fomee Zero.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 330
Por sua vez, a pequena escalaa de produção (e, con nsequentemeente, o tam manho
relatiivamente peequeno das unidades
u de cultivo), o faato de que na
n maioria doos casos estaas são
installadas na fren
nte das casass dos proprieetários, a consciência e o sentimentoo de solidarie
edade
com relação à situação
s de pobreza quue comparttilham grand de parte daas populações de
pescaadores artesanais do CEP P, parecem ccontribuir para que o acesso à área dee cultivo nãoo

Em geral,, existe entre os pescadoores a ideia de que o prroprietário dde uma resid dência
situadda em frente à praia tem a preferêência para o usufruto de e áreas em ffrente à sua casa,
tantoo nos locais mais
m próximo os da sua ressidência e affastados do corpo d’águaa (onde enco ostam
e reaalizam a man nutenção de suas embarrcações), quaanto na zona a entre‐maréés ou em po orções
mais internas doss corpos d’ággua, onde poodem ser instaladas unid dades de cu ltivo. A segu
urança
contrra roubos e as facilidade es proporcioonadas pela proximidade e entre o loocal de cultivvo e a
residêência ou ranncho de pescca dos ostreiicultores (on nde estão vários os mateeriais que uttilizam
no traabalho com o cultivo, co omo facas, coordas e caixaas) são fatore
es que estim
mulam a opçã ão dos
ostreeicultores por realizar o cultivo
c nessees locais. Tod
davia, essa prroximidade eentre os culttivos e
as reesidências doos pescadorres pode traazer efeitos negativos para p a qualiddade sanitárria do
produ uto, uma veez que a falta de trataamento adeq quado para os efluentees domésticos foi
verificada em tod das as comun nidades visitaadas.

Em Almmeida e Ilha Rasa,


R o númeero crescente de produtoores e o espaaço relativam
mente
curtoo disponível para a reallização da aatividade nas áreas que e possuem a preferência dos
pescaadores pareccem contrib buir para o ssurgimento de alguns comportamenntos e ponttos de
m a preferênncia dos ostreicultores (e
vista interessantees: áreas com em frente à vvila) são ocupadas
principalmente pelos
p ostreicultores pionneiros que moram
m em frrente à prai a. Na Vila da
d Ilha
Rasa,, destaca‐se o tamanho das áreas ddemarcadas por alguns produtores
p ppara o uso com
c a
ostreeicultura. Em alguns ostreeicultores peercebe‐se umma preocupaação em dem marcar toda a área
dispoonível em frente a sua a casa. Essee comportamento, maiis do que iinfluenciado o pela
necesssidade de espaço
e para o cultivo, paarece relacio
onado com uma
u garantiaa de que não seja
ocupaado por outrro. Na comunidade de A lmeida, a occupação de quase
q toda a praia em freente à
vila e o número crescente de e ostreicultoores, além de gerar desccontentamenntos por parrte de
algunns moradorees, tem pro ovocado a busca de áreas á mais distantes paara a praticca da
ostreeicultura.

Outro caso relaciona


ado à aproppriação de áreas
á comun
ns ocorre naa comunidad de de
Engenho Velho, onde boa parte
p do ma nguezal próóximo à com
munidade é ttodo cercado por
madeeiras, delimiitando as áreas
á de usso do manggue de cada família. EEsse processso de
aproppriação do manguezal é consensoo entre as famílias da a comunidadde, porém causa
divergências com
m comunidad des vizinhas, que se veem acuadas a utilizar as áreas de ma
angue
cercaadas.

Fatos com
mo mencionado podem ser remediaados pela da a realização de acordos entre
comuunitários parra o uso dass áreas de ccultivo. Em Sebuí, por exemplo,
e um
m dos produ utores
estud m remuneraação em dinheiro)
dava a possibilidade de realização dde acordos (inclusive com
com proprietárioos de residências situaddas em frentte a áreas consideradas
c s estratégica
as em
os de produttividade e se
termo egurança conntra roubo.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 331
Atividades pessqueiras
As zonas marinhas são s tradicionnalmente vistas pelos pescadores
p ccomo um espaço
e
imenso e livre, qu
ue é de todos (Paulilo, 20003).

Maldonad do (1986), citado Por Paaulilo (2003),, define muitto bem a forrma de divissão ou
de deelimitação doo espaço proodutivo no mmar: "...é feita através do estabeleci mento tradicional
de bancos de pesca
p explorrados por uum ou mais grupos. Attravés do coonhecimento o dos
caminnhos marítimmos e do comportame nto das diversas espécies de peixee e crustáce eo, os
pescaadores realizzam o acessso aos bons locais de pesca.
p Aqui é importantte a tendênccia ao
segreedo e à ocu ultação das rotas, com mportamento o bastante frequente nnum processso de
aproppriação simb
bólica do recu urso".

Pesca e atividades aquícolas


a deesenvolvidass em áreas marinhas ppodem apressentar
pontoos de conflitto pelo uso do espaço ffísico. Após a implantaçção das estruuturas de cuultivo,
algum
mas modalid dades de pessca ‐ por exeemplo, pesca de arrastoo ‐ deixam de acontece er em
áreass onde eram antes praticcada (Freitass & Barroso, 2006). "O mar, que era ssempre tido como
um eespaço livree, aparece agora
a cheio de pequen nas áreas delimitadas, que dificulttam a
movimentação dos barcos e dos cardum mes e quebram a amplittude da visãão" (Paulilo, 2003;
Vinattea, 2003).

Deste mo odo, é de fundamenta


f l importânccia à participação e o engajamento das
comuunidades cossteiras (pescadores artessanais) em áreas
á de culttivo, minimizzando os connflitos
de usos dos reccursos, gera ando renda e melhoran ndo a qualidade de vidda. Quando o essa
particcipação não ocorre pode e‐se constataar que a messma comunid dade se vê pprivada do re
ecurso
que ssempre utilizzou (Freitas e Barroso, 20006).

No litoraal paranaen nse não forram verificaados até aq qui conflitoss relacionad
dos à
sobreeposição de interesses sobre
s as áre as de cultivo
o entre ostreicultores e pescadoress. Pelo
contrrário, em alggumas comu unidades as estruturas de d cultivo sãão consideraadas atratorres de
peixees e os comuunitários realizam a pescca no parque e de cultivo.. O conhecim
mento em re elação
aos hhábitos e loccais estratéggicos de pessca, somados a um senttimento de respeito enttre os
comu unitários tam
mbém parece e contribuir nnesse sentido
o.

Recrreação e tu
urismo
O turismo
o náutico ocorre tanto eem lagoas, rios,
r represass, lagos ou nno mar, e en
nvolve
tamb
bém as atividades de cruzeiros,
c paasseios, exccursões e outras viagenns realizada as em
embaarcações náu
uticas com fin
nalidade turíística (Ministtério do Turismo, 2010).

O lazer no ambien nte aquáticoo inclui atiividades que podem ser conside eradas
tradiccionais (nataação, pesca, surfe) e outtras que exiggem equipam
mentos espe cíficos (merggulho,
jet skki, windsurfee, banana‐bo
oat) como, taambém, prátticas mais soofisticadas, ccomo a navegação
de reecreio feita em barcos à vela, lanchhas e iates. Marinas, attracadouros e piers, alé ém de

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 332
serviçços de manutenção e abastecimen
a to, compõem a estrutu
ura de apoioo à navegação de
recreeio (Domingu
ues, 2002).

A mariculltura pode demandar, deependendo dos d sistemass de cultivo uutilizados, grandes


extennsões da área, ocasionan ndo conflitoss de usos deccorrentes da utilização doo espaço cossteiro.
O connflito deve‐se em grande e parte ao fa to de que, uma
u determinada área aqquícola, que antes
do prrocesso de cessão era um ma propried ade de uso comum,
c em função destte processo vem v a
tornaar‐se de uso prioritário dos maricultoores.

A limitaçãão de uso do
o espaço cossteiro é encarada como potencial
p perrda de renda
a para
algum
mas pessoass que se be eneficiam doo turismo, afetando
a de
esde o autôônomo que aluga
caiaq
ques e o dono do quiossque á beiraa mar, até o município que não reecolhe os triibutos
proveenientes do dinheiro
d apoortado pelos turistas (Fre
eitas & Barroso, 2006).

Por outro
o lado, há taambém a poossibilidade de interações bastante positivas en ntre a
mariccultura e as atividades tu
urísticas ou de lazer. A maricultura,
m especialmennte a parana
aense,
está intrinsecammente ligada ao turismoo, pois os turistas
t são um dos p rincipais pú úblicos
consuumidores dee mexilhões e ostras no estado, aum mentando a demanda poor esses pro odutos
no veerão, quandoo também au umenta o flu xo regional de
d turistas (C
CULTIMAR, 22010).

Há ainda no estado um
u importannte segmento econômico
o que poderrá se beneficciar da
mariccultura: o da pesca esporrtiva.

Dentre oss segmentoss do ecoturissmo, a pescaa esportiva é a que maiss cresce no Brasil.
Segunndo o Programa Nacional de Deseenvolvimento da Pesca Amadora ((PNDPA), a pesca
esporrtiva teve uma
u expanssão de 57% % nos últim mos 10 anoss, e atualm mente movim menta
aproxximadamentte 200 milhões de empreegos em todo o o País. A perspectiva
p dde crescimen
nto da
ativid
dade é de 11% para os prróximos anoss.

É conheccido o pape el de "atratoor" exercido o pelas instaalações de ccultivo em zonas


marinnhas. Sejam atraídos pe elas sobras de ração (no caso da piscicultura), pela proteção ou
pelo aumento dee hábitats, o fato que tannques‐rede, lanternas,
l long‐lines levaam a um aum mento
importante da biodiversidade e e de abunddância de orrganismos aquáticos nass áreas de cu ultivo.
Esse aaumento de biodiversidaade inclui peeixes de interresse comerccial ou esporrtivo, favoreccendo
a gerração local de
d renda a partir de attividades liggadas à pescca esportiva (guias de pesca, p
restaurantes, com
mércio de isccas‐vivas).

Nas comuunidades de Europinha e Nácar, no CEP,


C foi dete
ectado o confflito mais vio
olento
relaciionado à sob
breposição de
d interessess pelo uso da
d água e espaço. Nesse caso, a “dissputa”
entree um ostreiccultor e o prroprietário dde uma casaa de veraneio resultou nna destruiçã ão das
estruturas de culttivo.

Todavia, de uma maneira


m gerral, a existê
ência de co onflitos ent re atividade
es de
ostreeicultura e de
d turismo parece miniimizada pelo o caráter reelativamentee inexpressivvo do
turismmo nas proxximidades àss áreas de ccultivo (quan
ndo comparado ao de ooutras regiõ ões do
litoraal paranaensse). Na Vila das
d Peças, oonde a ativid
dade turística
a é mais inttensa, o prob
blema
parecce ser amenizado pelo local escolhiddo para a innstalação dos viveiros: aas unidades foram
f

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 333
installadas em umm local relativvamente disstante da vilaa e não interrferem na paaisagem apre
eciada
peloss turistas quee ali se encon
ntram.

Rota
as de navegação
Em uma primeira an nálise, pode parecer qu ue as regiões costeiras sse assemelhham a
nsas áreas trrafegáveis, em que a rot a de navegaação entre do
exten ois lugares ppouco se disttancia
de um
ma linha retaa traçada enttre estes doi s pontos, como ocorre em áreas oceeânicas.

Na realidade, depend dendo do caalado da embarcação, po ode existir uuma infinidade de


rotass efetivas de navegação, estejam estaas delimitadas em cartass náuticas ouu apenas no saber
tradiccional das co
omunidades pesqueiras. Estas rotas podem ser definidas
d levaando‐se em conta
fatorees como a baatimetria, ass correntes e os tipos de fundo da reg
gião em quesstão.

Algumas das principaais rotas de nnavegação estão sendo utilizadas


u aoo longo décadas, e
são eem geral ass que ofere eciam maiorr segurança e economia. A relaçãoo custo‐ben nefício
decorrrente do tempo de deslocamento e o gasto de combustível
c quando do aacesso às áre eas de
pescaa ou entrepoostos pesque
eiros é uma questão de alta relevânncia na rotinna dos pescaadores
artesanais e representa fatoor prepondeerante para a sobrevivê ência da ativvidade (Carvvalho,
2007).

No Paraná ainda não foram detecctados confliitos entre a ostreicultura


o a e a navegaçção. A
experriência em navegação dos d pescadoores e, em alguns caso os, a orientaação de téccnicos,
pareccem contribu uir para isso
o. Nas comunnidades visittadas durantte essa pesq uisa as estru
uturas
de cu
ultivo são disspostas de foorma a não prejudicar a navegabiliddade do loca l. Na comun nidade
de Puuruquara, poor exemplo, o parque d e cultivo pertencente ao os comunitáários se divid
de em
duas áreas de cultivo: uma próxima
p à maargem do coorpo d’água localizada juunto à vila e outra
utro lado do corpo d'águ
do ou ua que passa em frente à vila. Entre as
a duas área s de cultivo existe
um canal utilizado para nave egação que, pportanto, é respeitado pela
p disposiçção das estru uturas
ultivo.
de cu

A sinalizaação nas áre


eas de mariicultura é de extrema importância,, pois barcos que
possaam adentrar o cultivo podem desstruir as esstruturas de cultivo, caausando eno ormes
preju
uízos tanto para
p os maricultores qu anto para os
o donos de embarcaçõees (Seiffert et al.,
2001).

A possibilidade de occorrerem coonflitos (marricultura x navegação) e a maneira como


este se manifesta (acidentess, obstruçõees de acesso o, etc.) estãoo relacionadaas com o tipo de
estruturas utilizadas para o cultivo.
c Pequuenas áreas de
d cultivo na a lama, princcipalmente as
a não
sinalizadas com estacas
e podeem ser considderadas, devvido à ausência de obstá culos, como as de
meno ultivo com a técnica de mesas,
or potencial para a ocorrrência de aciidentes. Nass áreas de cu m
por sua vez, o risco de aconte
ecerem acideentes é maio or, principalm
mente nos m momentos em m que
as esstruturas enncontram‐se submersas,, quando nãão existe bo oa visibilidaade ou quanndo a
sinalização não é eficiente (como no ccaso de estrruturas aban ndonadas naa comunidad de de
Tibicaanga). Emboora as mesass sejam, norm malmente innstaladas nass partes marrginais dos corpos
c
d’águua, em áreass mais rasass e que, porttanto, são evitadas
e as embarcaçções, não se pode
pela

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 334
descaartar a possibilidade de ocorrência
o ente envolveendo pessoas com
dde acidentes,, principalme
poucaa experiênciia em naveggar nesses loocais. As estrruturas do tipo long‐linee possuem menor
m
potenncial para caausar acidenntes (excetoo sob péssim
mas condiçõe es de visibil idade), por outro
lado, se não forrem dispostas de maneeira adequada, podem causar séri os problemas de
obstrruções de aceesso.

Outrras ativida
ades
A princíppio, não há uma relaçãão direta entre e a marricultura e ooutras atividades
produutivas, como a, pode ou nnão haver relação.
o pecuária e agricultura. JJá em relaçãão à indústria
Obviaamente que todos os siistemas de ccultivo descritos neste trabalho
t impplicam no uso
u de
mateeriais e equip
pamentos fabricados pello setor indu ustrial. Porém
m, não obriggatoriamentee este
desennvolvimentoo ocorre na região onde a atividade é realizada e em alguns ccasos nem mesmom
há um
ma especificiidade no proocesso produutivo.

Cultivos de peixes em gaiolass, por exem mplo, exigem muito m mais materiiais e
equip
pamentos qu ue cultivos ded algas em sistema de linha de fun ndo. Cultivoss mecanizad
dos de
moluscos exigem m o desenvo olvimento dee equipamentos exclusivos (balsas, guinchos, mesas
m
proceessadoras, ettc.). que culttivos em quee o processo de manejo será
s manual..

Assim, o grau de inffluência da maricultura nas atividaades industr iais tende a ficar
restriita à sua própria cadeia produtiva
p e ainda depen
nderá do tipo
o dos sistem
mas de produ ução a
serem
m empregados e do núm mero e tamannho de unidaades produtivas.

7.2.3.2 Impactos sociais

Não raro a aquiculturra é acusadaa de desencaadear uma sé


érie de impaactos negativvos na
estrutura social e econômicca da regiãão costeira, principalme ente porquee pode ocassionar
conflitos de interresse com outras atividaades e usuários desses ambientes,
a ccomo já disccutido
anterriormente.

De fato ‐ como em qualquer


q ativvidade produ utiva ‐, marricultura podde gerar imp
pactos
sociais negativos se não for desenvolvida
d a em harmon nia com as comunidadess locais. Nos casos
em que os conflitos acon ntecem os principais impactos potenciais coostumam ser: s o
deslo
ocamento ou u eliminação de área extrrativista, com
mprometend do o trabalhoo de comunidades
locaiss; o desrespeito à proprriedade commum (ex. alte erações nos recursos híddricos de modo a
compprometer outras atividad des econômiicas ou de laazer) e a desscaracterizaçção da culturra das
comuunidades locaais (Valenti, 2002).

Há ainda um conflito ideológico, associado à ideia do ma ar como esppaço livre. Te


em‐se,
entree as comunid
dades litorânneas, a conc epção de qu ue seus frutos são de toddos, ou melhor, de
quemm os achar. A pesca, ao contrário daa mariculturra, é uma atividade extrrativa, de coleta e
não dde produção o. Por isso, não
n é incom mum haver furtos de peixes e de m oluscos em locais
onde há atividadees de maricuultura (Pauliloo, 2003).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 335
Ficou fam
moso no paíss o caso da ttentativa daa Bahia Pesca, empresa lligada ao gooverno
da Bahia, de reaalizar o culttivo de biju pirá na baíaa de Todos os Santos. Os tanquess‐rede
installados na reegião da Ribeeira, em Salvvador, e, maais precisamente, os peiixes cultivad
dos no
local,, foram vítim
mas da pesca predatória ccom bombass. Os explosivos lançadoss diretamentte nos
módu ulos de prod dução da emmpresa causaaram danos irreparáveiss às estruturras de cultivvo e a
morte dos peixess cultivados, possibilitanddo assim o seu roubo e compromete
c endo a viabilidade
do prrojeto.

É esperad
do que a me
edida que as áreas de cultivo vão sen
ndo posicionnados distanttes da
costaa, aumentem m também os
o riscos comm roubos, furtos
f e vanndalismos, bbem como devem
d
aumeentar na mesma proporçção os gastoos com medidas preventivas de seguurança e vigilância
dos ccultivos.

Por outro
o lado, o cresscimento do número de fazendas ma arinhas, vem fazendo com m que
os produtos da maricultura
m abasteçam reestaurantes especializado
e os, hotéis, poousadas, red
des de
superrmercado, etc.,
e transforrmando a vidda dos moraadores e doss pequenos aquicultoress. Aos
pouco os, esses produtores aq quícolas acabbam atingind do a condiçã
ão de pequeenos empressários,
diminnuindo a conncentração de capital e aabrindo novo os mercados (Machado, 22002). Além disso,
a pro
odução aquíccola também m exige planeejamento, monitoramen
m to e avaliaçãão dos resulttados,
difereentemente das
d atividade es extrativisttas, o que fo
omenta o em
mpreendedo rismo (Maria ano &
Porssse, 2003).

A atividade também possibilita a geração de d renda addicional, conntribuindo para


p a
fixaçãão das popu ulações litorrâneas nas ááreas de orrigem (Moscchen, 2007), revertendo o uma
tendêência provoccada pela reddução das caapturas pesqueiras.

Sob esse aspecto, a maricultura


m ppermite inco
orporar, em diversas
d fasees do seu pro
ocesso
produutivo, famílias de pescadores traadicionais, gerando
g em
mpregos e aauto‐empreggos e
propoorcionando‐lhes uma altternativa dee renda, pod dendo aumentar a qualiidade de vid da das
famílias envolvidaas e apresen
ntando o pottencial de fortalecer as re
elações famiiliares (Samp
paio &
Coutoo, 2003; Sodré et al, 2008).

Segundo Carneiro (2 2000), a aquuicultura cria, incontesttavelmente, muitas vaggas de


trabaalho, empreggando, em ge eral, cerca dee um homem para cada a três hectarees, além de gerar,
para cada cinco empregos
e diretos, um inndireto; dignifica o pesca
ador, pois inssere o mesm
mo em
uma atividade afiim com a sua tradição; e evita o êxo odo e a conseequente marrginalização desse
indivííduo, por faltta de opção de trabalho..

Novos nichos
n econ
nômicos sãoo gerados através da a maricultuura, promovvendo
oporttunidade para a entrada a de novos iinvestimento os. Em outra
as palavras, a implantaçção de
progrramas de aquicultura costuma gerarr riquezas, co om ganhos significativos
s s para a econnomia
regional e nacion
nal, criando empregos
e dirretos e indire
etos e melho
orando a quaalidade de vida da
população local (V
Valenti, 20022).

Outro po onto positivo


o é que a m maioria dos cultivos
c emp
prega membbros da famíília do
mariccultor, realizzando, por exxemplo, o beeneficiamen
nto e ensacamento de m
mexilhões, fazendo
com que o faturaamento famiiliar aumentee, pois a ren nda provenie
ente da vendda dos molusscos é

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 336
distribuída entre os familiaress (Freitas & B
Barroso, 200
06). As comunidades traddicionais passam a
conseeguir sobrevviver do mar,, como seus antepassados. Isso perm mite que elaas não percam sua
identtidade culturral e seu víncculo com o m
mar (Marianoo e Porsse, 20
003).

O aproveitamento do os pescadorees tradicionais na maricultura deve ppermitir a garantia


do seeu "modo de vida", a valoorização de sseus saberess tradicionaiss, o fortalecim
mento da un
nidade
familiar e relaçõees de parentesco e a perrmanência do grupo em seu territóriio. Essas garantias
devem m ser asseguradas de fo orma a perm entabilidade social e culttural da ativvidade
mitir a suste
uma vez que os pescadores tradicionaiss pertencem m potencialm mente à cateegoria popullações
tradiccionais (Dieggues & Nogara, 1999 apuud Sodré et al,
a 2008).

7.2.3.3 Impactos econômico


e os

A maricultura é uma das atividaddes econômicas mais ren ntáveis da prrodução anim
mal. É
uma das poucass atividades que perm ite ao emp preendedor um retornoo sobre o capital
c
invertido em perríodos inferiiores a 3 annos, podend do, por exem
mplo, ser aaté 16 vezess mais
rentáável do que a atividade canavieira. EEla dignifica o pequeno produtor, poois incremennta os
seus rendimentos e traz com mo consequêência uma melhoria
m do seu
s padrão dde vida (Carrneiro,
2000).

Na criaçãão de peixess, a taxa dee conversão alimentar é mais eficieente do que e a de


os animais. Assim,
outro A no caso do peixe,, é em média de 1,5:1, enquanto
e noo caso de bovinos,
suíno
os e aves sãão, respectivamente, dee 10:1, 4:1 e 2,5:1. Em m consequêência, o custo de
produução de peixxe em cative
eiro tende a ser inferior ao de bovinos, suínos e aves. A produção
intensiva de peixxe pode gerrar o equivvalente a de ezenas e atéé centenas de tonelada as por
hectaare, enquantto na pecuárria bovina esste valor raraamente ultra
apassa os 7000 kg por heectare
(Paezz, 1992).

A generaalização de cultivos
c e a venda e consumo de produtos
p da maricultura a gera
impactos positivoos em toda a cadeia prrodutiva, po
ois se multip
plicam os poostos de venda e
restaurantes, rep
presentando melhoria naa geração dee renda e em
mprego direttos e indirettos da
mão de obra (Maachado, 2002 2).

mportante aspecto positiivo a destacar é o potencial crescim


Outro im mento do tu urismo
gastronômico vinnculado à ma aricultura. Feestas, feiras e eventos re
elacionados à mariculturra têm
grandde potenciall de atração
o de turistass às regiões produtoras incrementa ndo a econ nomia
local,, gerando trabalho,
t re
enda e novvos negócio os. Também m a criaçãoo de identidades
gastronômicas locais apresennta grande pootencial de atração
a de tu
uristas em reegiões litorân
neas e,
destaa forma, tam
mbém gerar renda.

Em Santaa Catarina, estado com m destaque na produção nacionall de molusccos, a


ativid
dade se transformou em m uma exten sa cadeia prrodutiva, gerradora de trrabalho, emp
prego,
rendaa e impostoss, e que já é a principal oou a segund
da em importtância econôômica para alguns
a
municípios (Ferreeira & Oliveirra Neto, 20066).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 337
Em documento do Programa Naacional de Apoio ao Dessenvolvimentto Sustentávvel de
Moluuscos Bivalvees (Proença, 2001b), edittado pelo Deepartamento de Pesca e A Aquicultura (DPA‐
MAPA A), que na época
é esponsável ppela política aquícola no
era re o Brasil, saliienta‐se quee cada
hectaare de cultivo
o de mexilhõ
ões possa gerrar até 52 em
mpregos dire
etos e indirettos.

Porém, o efeito negattivo desse prrocesso sob o ponto de vista


v econôm mico e social é que
quasee sempre ass relações dee trabalho eentre empreggador e emp pregado sãoo informais. Outro
ponto
o a destacarr, é que de maneira
m geraal a comercialização dos moluscos taambém ocorrre de
maneeira informal, pois são poucos
p os pprodutores que
q emitem notas fiscaiis e com issso são
poucoos os municíípios que tem
m retorno soobre a mercaadoria comerrcializada (ICCMS).

7.2.4
4 Impacto
os sobre a infraestru
utura e a lo
ogística re
egionais
Como reggra geral, embora a maaricultura te enha uma de ependência muito grande da
infraeestrutura reegional, não se pode eesperar que ela, por si só, propo rcione alterrações
signifficativas e de
d curto pra azo em áreeas como urrbanismo, saúde, comuunicação, en nergia,
abasttecimento dee água e trannsporte nas rregiões onde
e os parques aquícolas foorem instala
ados.

e, por exempplo, é particularmente im


O setor de transporte mportante ppara a maricu ultura,
pois eenvolve umaa questão‐chhave para a aatividade: a logística. A logística inteegra duas ou
u mais
áreass operacionaais das orgaanizações. EEla trata do fluxo das informaçõess dos produ utos e
serviçços desde os
o fornecedo ores primárrios até o consumidor
c final. Portannto, a logísttica é
justammente a responsável pelo
p atendim
mento de um ma das premissas maiss elementares do
mercado: ter o produto cerrto, na quanntidade certta, no temp po certo, noo local certo o, nas
condições estabeelecidas e ao mínimo custto.

Segundo Feltrin & Silva, 2006, a questão daa produtivida ade merece capítulo esp pecial.
Quannto mais dessenvolvido é o país me nor será o custo da log gística em reelação ao se eu do
Produuto Interno Bruto (PIB). Estudo divuulgado em 2005 2 pela Coppead/UFRRJ revelou que no
Brasil este custo tem
t valor eqquivalente a 12,1% do PIB. Se a pesquisa, por um m lado contesstou a
tese d
de que este número ficava entre 15% % e 17% ‐ co
omo se acred ditava até en tão ‐, ela tam
mbém
mostrou que o custo
c logísticco do país a inda está muito
m acima de
d países m mais desenvo olvidos
comoo os EUA, on nde este custto é de 8,5%% do produto asta analisarr o PIB brasileiro e
o interno. Ba
ver q
quanto dinheiro resultaria se fossee reduzido o custo logísstico em meenos 2% a 4%: 4 o
resulttado seria um
ma economia de R$ 2 billhões a R$ 4 bilhões/ano.

Inseridos no custo lo
ogístico exist em os custoos dos transpportes, da a rmazenagemm, dos
estoq
ques, do proocessamento o dos pedidoos, da tecnologia de info ormação embbarcada e o custo
administrativo. Ou seja, nãon adiantaa carregar rapidamentte um cam minhão em uma
proceessadora de pescados see depois o veeículo ficar três dias para
ado no portoo, esperando
o para
descaarregar, por exemplo. Enntão, todas aas etapas qu ue integram esse processso têm que estar
funcionando de forma eficiennte e sincron izada.

A econom mia brasileirra não crescce por ter cu


ustos logísticcos altos e, se tenta crescer,
acabaa esbarrando nos garga os a falta de infraestruutura. Este círculo
alos operacioonais devido c
viciosso terá de seer quebrado ou no futuroo próximo qu uebrará o paaís (Lima Jr., 22006). No ca
aso de

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 338
produ utos industrializados algo em torno de 20% de suas composição de custoos é representado
pela logística e outros 20% % pelo marrketing. Nesste segmentto os probllemas estru uturais
influeenciam meno os, mas não deixam de s er fator limittante ao cresscimento.

No caso dos
d transporrtes, além doos problemass relacionado os ao estadoo da Infraestrrutura
viáriaa, temos problemas relaccionados aoss custos opeeracionais (pneus, combuustível e peddágio),
à tecnologia e à gestão
g (idad
de da frota aalta e baixo nível
n de autoomação), às taxas e impostos,
ao ro
oubo de carga e às exigênncias crescenntes da legislação ambienntal.

Segundo Silva Reis (2006), oss principaiss fatores de "emperraamento" pa ara o


cresccimento das exportaçõess brasileiras ttêm relação direta com questões
q de logística, em
mbora
não sse resumam a elas:

a) Deficiêências de inffraestrutura,, aí incluídass estradas, ferrovias,


f hiddrovias interriores,
porto
os e sistemaas de armazenagem. Oss principais motivos desssa deficiênccia são a falta de
manu utenção dos sistemas exxistentes e a falta de in nvestimentos para amp liações ou para p a
implaantação de novos
n sistemas;

b) Frota de
d veículos rodoviários dde carga com
m idade média excessiva, da ordem de e 17,5
anos,, sendo 76% % dos veícuulos com id ade superio or a 10 ano os, de acorddo com a CNT C ‐
Confeederação Naacional do Transporte, sendo cincco anos a idade médiaa desejável.. Este
probllema implicaa em custos operacionaais elevados e menor prrodutividadee e sua supe eração
exigirrá um grandde esforço poor parte doss proprietários de veículos rodoviáriios e dos divversos
níveiss de governoo;

c) Frotas insuficientess de veículoss ferroviárioss, fluviais e marítimos.


m Essse fato asso
ociado
às cittadas deficiências de infrraestrutura aacarreta o inevitável deslocamento dde cargas de baixo
valor agregado trransportadass a grandes ddistâncias, comoc a soja, para o transsporte rodovviário,
oneraando de form ma brutal os custos logístticos;

d) Necessidade das empresas


e brrasileiras desenvolverem
m, em muitoo maior volu
ume e
veloccidade, prod
dutos de quualidade muundial, de fo orma a aummentar a suua penetraçã
ão de
mercado; e,

e) Agregaação de valo
or às comm odities, den
ntro do posssível, de form
ma a aumenntar o
valor agregado das mesmas, como é o eexemplo do café que, na a grande maaioria é expo
ortado
cru.

Dado o tamanho do problema, é fácil constaatar que a maricultura


m iisoladamente tem
uma capacidade bastante liimitada de promover grandes g melhorias da innfraestruturra das
regiões onde os empreendim mentos aquíícolas serão instalados. Além disso, quanto me enores
foremm os montan ntes movimentados pela atividade, menores
m também serão oos avanços que ela
poderá provocar em termos de d infraestruutura local. Assim,
A se pensarmos no potencial ge erador
de reenda da piscicultura mariinha (produtto de maior valor
v agregado, que imp lica em estruuturas
mais complexas ded processam mento e disttribuição) há a possibilidaades de que o crescimen nto da
ativid
dade ocasionne em melho nsporte. Por outro lado, é menos pro
orias na logísstica de tran ovável

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 339
que isso venha a ocorrer na algoculttura, onde o processo produtivo pode ser menos m
tecnifficado, os montantes gerrados tendem manda mais cconcentrada.
m a ser menores e a dem

Por outro
o lado, a ne
ecessidade dde qualificaçção e capacittação de mãão‐de‐obra para
p a
mariccultura tende a fazer com que os immpactos sobre a educação, formal e informal, sejam
signifficativos.

O processso de efetivvação dos PPLDM deve passar pelo incentivo à instalação e ou


fortalecimento de unidade es coletivass de capaccitação e pesquisa, oou de unidades
demo onstrativas; do fortalecim
mento do si stema de exxtensão e daa própria ed ucação amb biental
em diferentes nívveis, visando a conservaçção da qualid
dade e da esttabilidade a mbiental.

A adoçãoo de novos co
onhecimentoos e empreggo de técnica as mais moddernas e eficientes
de prrodução por parte dos prrodutores exxige um proccesso contínuo e cumulaativo de educcação,
dificillmente alcan
nçado via asssistência ponntual, esporáádica e realizada fora doo contexto natural
dessees produtorees. Assim, a forma mais eficiente do o país mudarr a realidadee dos aquicu ultores
familiares passa pela
p educaçã ão formal.

Lamentavvelmente, a maioria abssoluta dos paais de família nas pequeenas comunidades


litorââneas não está
e em con ndições de ensinar aos seus filhoss os conheccimentos téccnicos
necesssários para melhorar se
eu processo dde produção o dentro do ambiente prrodutivo, poiis eles
mesm mos nem tiveeram a oporttunidade de adquiri‐los.

Felizmentte, existe uma instituiçção que estáá sempre presente no país, geralm mente
propo orcionando o ensino do d primeiroo ao nono ano: a escola básica ou fundam mental.
Histo
oricamente, esta
e instituiçção contribuiiu para o dessenvolvimen
nto das pessooas, das fam
mílias e
das ccomunidadess rurais. No entanto, elaa dispõe de um enorme e potencial, qque ainda não foi
adequadamente aproveitado o, para formmar futuros agricultore
es/aquicultorres que que eiram,
saibam e possam m atuar com dores dos prroblemas exxistentes no meio
mo eficientess solucionad
rural..

Sob qualquer prisma


a que se ollhe, há um grande pottencial de i nteração en
ntre a
mariccultura e a ed
ducação.

7.2.4.1 Impacto cie


entífico e ttecnológicco

Na sua forma predominantemeente extratiivista atual, a exploraçção dos reccursos


pesqu
ueiros convivve com prob
blemas comoo a ineficiênccia econômicca e social noo uso dos reccursos
produ
utivos, decorrentes, enttre outros faatores, da so
obrepesca ou da alocaçãão ineficientte dos
insum
mos produtivvos.

Isto aconntece princiipalmente pporque os recursos


r pesqueiros exxplorados sã ão de
proprriedade com mum e de livre acessoo. Situação esta que não gera ccomprometim mento
volun
ntário por paarte do setorr pesqueiro ppara evitar o rompimento
o do equilíbrrio entre a ta
axa de
explo
oração e a taxa de renova ação dos est oques (Queiroz & Mouraa, 1996).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 340
Assim, a maricultura desponta como um campo pra aticamente ilimitado para o
nvolvimento
desen o científico e tecnológicoo de novas formas
f mais sustentáveiss de produçção de
organ
nismos marin
nhos de interesse comerrcial.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 341
7.3 C
CULTIVOS
S DE MOL
LUSCOS
A aquiculltura de moluscos bivalvves influenciaa o ecossiste ema de três formas prin ncipais
(Dummbauld et al.,, 2009):
11) Produção o de resíduoss, pelo hábit o alimentar filtrador, bivvalves processsam o alimeento e
produzem m resíduos;
22) Estruturaas físicas do cultivo,
c que podem alterrar o ambien nte onde sãoo instaladas;
33) Atividadees de manejjo, que podeem modificaar a disponibilidade de recursos pa ara os
organismmos nativos.
Estas influências ocorrem na esccala de temp po do ciclo da cultura, quue pode varriar de
meno os de um ano o a mais de cinco
c anos, ddependendo da área, mé étodo e espéccies cultivadas.
Na Figuraa 142 estão sintetizados os principaiis impactos apresentado
a os por sistem
mas de
produ ução de molluscos em ágguas rasas. A Apesar de o sistema representado seer o de messas, os
efeito
os variam poouco entre sistemas.

Figgura 142 ‐ Rep


presentação dos
d principaiss impactos po
otenciais da malacocultura
m a em águas rassas.
Fonte: Forrest et. al (2009).

7.3.1
1 Impacto
os sobre o meio físicco
7.3.1.1 Atividades
A de filtraçãão (biodep
posição)

O impacto ambiental de cultivos de bivalves varia


v conform
me a espéciee em questão e as
técnicas usadas, mas grande parte das m udanças ambientais reportadas resuulta das atividades
de alimentação filtradora que
e produz ressíduos na forrma de fezes e de pseuddofezes. Isto
o pode

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 342
levar à alteração o da concentração de fiitoplâncton ‐ em sistem mas de cultiivos com elevada
densiidade de orrganismos ‐ em funçãoo do acúmulo de pseud dofezes e aoo enriquecim
mento
orgânnico, resultaando em ammbientes anóóxicos locaiss e empobre ecimento dee fauna (Kaisser et
al.1998) e infauna bentônicca, com co nsequente redução da diversidadee e da biom massa
(Pearrson & Roseenberg, 197 78). O acrésscimo das taxast de sedimentação pode seleccionar
espéccies locais co
om maior tolerância a baaixos níveis de
d oxigênio (H
Hostin, 20033).

Porém, os impactos descritos


d ma atingem somente os locais próxi mos às estru
acim uturas
de cu
ultivo, que mostram
m umaa marcada euutrofização e uma comun nidade caraccterística de zonas
ões dependeerão do local onde
com contaminaçãão orgânica (Villareal, 19995). Ou sejaa, as alteraçõ
m instaladas as estruturas de cultivo.
forem

Os molusscos atuam na n compactaação do matterial particu ulado em suuspensão na água.


Eles sse alimentamm indiscriminadamente a partir de partículas em e suspensãão, assimilan
ndo as
ando os resídduos na form
partícculas orgâniicas e elimina ma de fezes.

Já as inorrgânicas e aquelas com tamanho su uperior a 10 µm, não sãão ingeridas e sim
empaacotadas com m o auxílio de um mucoo produzido pelos cílios brânquias e são expulssas na
formaa de pseudo ofezes (Man nzoni, 2005) . As fezes e pseudofeze es, dependeendo da dinâmica
local,, tendem a acumular‐se
a sob as estruuturas de cu
ultivos, podendo provocaar um impaccto no
ambiente bentôn nico, principa
almente nos locais rasos e de baixa dinâmica (SEAAP, 2008).

Nos locaiis onde as densidades d e cultivos sãão elevadas, as estruturaas de cultivo


o e os
próprrios organism dos servem como barreiras, reduzin
mos cultivad ndo a veloci dade do fluxo de
água retendo, provocando a sedimentaçãão dos mate eriais em suspensão e caausando imp pactos
negattivos no sedimento (Dah hlback & Gu nnarsson, 19 982; Proençaa e Schettinii, 1998) pod
dendo,
inclussive, tornar estes ambientes eutro fizados e occasionar um ma diminuiçãão na diverssidade
bentôônica (Grant et al, 1995; Tenore et all; 1982).

Segundo a SEAP (200


08), citando página do Centro
C de Esttudos do Maar, da UFPR,, "os
impactos ambien ntais dos cultivos de tippo suspenso
o em águas rasas (mexi lhões) em outros
o
paísees mostraramm uma drástica reduçãão da diverrsidade da fauna, f alterração dos grupos
g
tróficcos, aumento do metabolismo anaeeróbico do sedimento
s e da produçãão fitobênticca, da
taxa de sedimeentação e aumento ddos teores de matéria orgânicaa do sedim mento,
principalmente nas
n áreas mais rasas e com pouca circulação/rrenovação oonde predom minam
sedimmentos finos aptos para acúmulo
a de detrito orgânico" .

Estudos realizados
r po
or Schettini et al. (1997)), na Armaçção do Itapo coroy (Penhha‐SC),
‐2 ‐1
indicaaram uma taxa
t potencial de sedimmentação de 118 ± 65g.m .dia , senndo que 17% era
comp posto por maatéria orgânica total, dessta 24 % eraa constituída de carbonoo orgânico, ou
o 4%
da massa total. D’aquino
D (2000), nesta mmesma área, verificou qu ue os ventoss são importantes,
pois atuam na geração de correntes e como forrçante aume entando a aaltura das ondas
incideentes e na circulação das
d águas. A As ondas cau usam desinttegração dass pelotas fecais e
ressu
uspensão do o material fino depositaado, as correntes atuam na saída do materia al em
suspeensão e as marés
m na reenovação da água da en nseada, que pode ser ddefinida com mo um
ambiente semi‐eexposto e de e grande diinâmica. Seggundo Schetttini et al. ((1999) a água da

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 343
enseaada e renovaada em pouccos dias, facillitando assim
m o transporte e a retiradda do material em
suspeensão.

Marenzi (2003) estu udou, neste mesmo loccal, a influência do culttivo no amb biente
bentôônico, atravvés de análises de aalterações no sedimento e na comunidad de de
macroinvertebrad dos. O autor não enncontrou differenças significativas nnos compon nentes
minerais ou biogênicos do se edimento enntre os ponto os, com ou sem
s cultivo. O predomín
nio da
fração de areia no sedimento, observvado em todos os pon ntos e períoodos amostrrados,
caraccteriza o ammbiente com mo de baixxa sedimenttação, sendo o um fator positivo para a
susteentabilidade da atividade
e nesta área . Com relaçãão à comuniidade bentô nica foi verificada
uma grande diveersidade de espécies poorém com uma u biomasssa reduzida, indicando que
q o
ambiente é instávvel, impedindo o acúmullo de biodeppósitos.

Estas infformações, mesmo quee preliminarres, são im mportantes e demonstrram a


importância da hidrodinâmiica local naa seleção de e uma área a de cultivoo, pois este local
(Armação do Itap pocoroy), meesmo sendoo um dos maaiores parqu ues de cultivvo do Brasil desde
1988, ainda não apresenta
a indícios de prooblemas de biodeposição
b o.

Por outroo lado, Mello


o (1999), estuudando a fisiologia energgética (taxa dde biodeposição e
o clareamento) dosd mexilhõe es, verificou uma filtraçãão em torno o de 3,87 l/hh e a produçção de
biodeepósitos, porr peso seco ded mexilhõees, variando entre
e 206,1 mg e 23,5 mmg. A partir destas
d
obserrvações, foi realizada um ma extrapolaação, onde um u long‐line com 50 corrdas de mexilhões
com 1,5 m, podee liberar até 161,5 kg/diaa de matériaa particulada a total, sendoo que destas 13,4
kg sãão de matéria orgânica. Schmitt (20002), realizou u um estudo semelhantee em Porto Belo B e
Enseaada do Brito o, verificando
o que a depposição e a biodeposição
b o variavam dde acordo co om as
caraccterísticas do
o seston (ma aterial orgân ico e inorgânico, em susspensão na áágua), e o peeríodo
do anno. A taxa de filtração, ingestão, abbsorção e bio odeposição foram
f maiorres no verãoo e na
Enseaada do Brito, pois este loocal apresentta uma turbidez mais ele evada que em m Porto Belo
o. Tais
resulttados devem m ser analisaados com cauutela, pois sãão pontuais,, apresentam m taxas pote
enciais
ou exxtrapolaçõess. Entretantoo, alertam paara o potenccial impacto ambiental, qque os cultivvos de
podem provocar,, através da biodeposiçãão, principalmente nas áreas com bbaixa circula ação e
pequena dinâmicca.

Na baía de
d Guaratuba a, onde o cuultivo de ostrras é ainda uma atividadee desenvolvida de
formaa artesanal por
p pequeno os produtorees, esses imppactos foram analisados ppor Hostin (22003).
O auutor concluiuu que o possicionament o dos cultivvos (paralelo os às direçõões principais das
correentes) associiado às velocidades meddianas obserrvadas, demonstrou ser suficiente para p a
dispeersão da mattéria orgânica produzida no local.

7.3.1.2 Resíduos
R lííquidos

O descarrte de resídduos líquidoos, derivado


os do proce esso de maanejo das ostras
cultivvadas, tambéém pode serr um efeito ambiental adverso da malacocultur
m a. Esses ressíduos
são ggerados geralmente a partir da lavaggem de moluscos ou originados a parrtir da lavage
em de
resíduos sólidos provenientes
p s das conchaas descartadas, do sedim
mento marinhho, de organ nismos

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 344
incrustantes e dee animais marinhos que i nvadem as laanternas. O destino dos efluentes líqquidos
e resííduos sólidos costuma se er o próprio mar. Na maaioria dos casos, o efluennte é lançado
o sem
nenhum tratameento, ocasio onando o aaumento de e carga orgânica nas ááreas adjace entes,
favorrecendo a reedução de disponibilidad
d de de oxigênio dissolvid
do na água e possibilitando a
ocorrrência de eveentos locais de
d eutrofizaçção.
Além disso, durante o manejo das ostras e lavagem das lanternaas a maioria dos
produutores usa equipamento
e o hidrojato e a água é lançada diretamente nno mar, pod dendo
provoocar o aumento da turbid dez em esca la local.

7.3.1.3 Resíduos
R sólidos

As conchas das ostras constituem


m os resíduos sólidos da atividade quue mais provvocam
impactos negativvos, consideerando‐se oos volumes potencialme ente geradoos. Isso acoontece
quando a produçção é associaada ao consuumo da ostraa no local ou quando há o beneficiam
mento
(descconchamentoo). Junto com
m as conchass, que podemm provocar o entulhameento de terreenos e
tambbém podem ser carread das pela chuuva, indo para
p as praiaas, há a atrração de insetos,
principalmente moscas
m e mossquitos.

nativas de d estino final das conchass, atualmentee, a maneira


Com relação as altern a mais
práticca consiste na
n trituração
o destas connchas atravé és de equipaamentos esppecíficos parra que
ocorrra uma dimin nuição do vo
olume originaal do resíduoo e posteriorrmente este material podde ser
utilizaado como "macadame" para nivelaamento das estradas de e terra ou aainda ser utiilizada
como o aterro parra terrenos em
e construçção. Também m ocorre a utilização dee conchas para
p a
confeecção de arrtesanato, entretanto a quantidade e utilizada é relativameente pequen na em
relaçãão ao resíduo gerado (SEEAP, 2008).

A primeirra alternativa
a é frequenttemente utiliizada em várrios municíppios produtorres de
moluscos, onde as a conchas sãos depositaadas nas esttradas de chão, e conseqquentementte são
triturradas pelos veículos que passam ppor estes loccais, sendo incorporadaa rapidamen nte no
sedimmento. O principal proble ema observaado desta açção é que mu uitas conchaas são depositadas
com rresíduos orggânicos que até
a se decom mporem (sere em oxidadoss) exalam um m forte odor.

7.3.1.4 Estruturas
E de cultivo
o

As estruturas de culttivo de bivalvves modificaam a velocid


dade e direçãão da água. Essas
mudaanças podem m alterar os padrões de erosão e se edimentaçãoo de partícullas. A redução do
fluxo de água pod de resultar em
e diminuiçãão da erosão o natural pela
a ação das oondas, que po
or sua
vez é seguida peelo assoream mento e acúm mulo de maatéria em suspensão nass áreas cultiivadas
(Tabeela 12).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 345
Tabela 12. Acumulação
A d e sedimentoss em fazendass de bivalves.
Espéccie e sistema Veloccidade das Acumulaçção de
Profundidaade Referência
d
de cultivo co rrentes sedimentos
M. eddulis 11‐13m
m "mu ito fraco" 7‐30 cm
c Weston (198 86a)
M. eddulis Dahlback e
8‐13m ~ 3 cm/s 10‐15 cm
long‐llines G
Gunnarsson (1 1981)
M. eddulis Sem dadoos > 1 cm / ano M
Misdorp et al (1984)
(
M. eddulis Rodhouse et al
> 15m Até 2200 cm/s Não significativo
Balsass (1985)
M. eddulis
2 longg‐lines Sem dadoos "fortess correntes" Não significativo Earll et al (19
984)
3 janggadas
Fonte: Barg,, 1992.

os artesanaiss de Guaratuuba analisado


Nos cultivo os por Hostin n (2003), os padrões locais de
correentes associaados ao pequeno tamannho dos culttivos foram fundamenta
f is na ausênccia de
altos teores de matéria
m orgâ
ânica sob oss cultivos. Asssim, os culttivos estuda dos não esttariam
interfferindo na hidrodinâmica a local.

7.3.2
2 Impacto
os sobre o meio bióttico
7.3.2.1 Atividades
A de filtraçãão (biodep
posição)

Alguns esstudos apontam como uum dos impaactos do culttivo de bivallves a reduçção da
produ utividade primária em decorrência ddo consumo de grandes quantidadees de fitoplân ncton.
Cultivvos de mexiilhões verdees na Nova ZZelândia forram responsáveis por reetirar até 60
0% do
fitopllâncton da coluna
c d’águ
ua segundo Hickman (19 989). Cerca de 30% do carbono, 42 2% do
nitroggênio e 60%% da clorofila a da matééria orgânicaa presentes na água seeriam retidoss pelo
mesm mo motivo (PPerez Camacho et al. 19991).

No entannto, também m tem sidoo sugerido queq a produtividade prrimária pod de ser
estim
mulada por um aumentto na taxa dde ciclagem m de nutrien ntes (Rosentthal et al. 1988),
1
ocasionada princcipalmente pela depossição de fe ezes e pseu udofezes (biiodeposição)) que
consttituem resídu
uos ricos em
m partículas. Barg (1992) relata o caso da Baía dee Hiroshima,, onde
uma balsa com 420.000
4 ostrras gera 16 mil toneladas de fezes e pseudofe zes durante nove
mesees de crescim
mento, o quee pode ‐ comm cerca de 1 000 balsas em
e operaçãoo ‐ ter um immpacto
importante sobree os sedimenntos na baía.

Barg (19992) realizou uma comppilação dos dados dispo oníveis sobrre a produçã
ão de
udofezes porr algumas espécies de bivvalves (Tabela 13).
pseru

Tabela
a 13. Produçãão de resíduo
os fecais por bivalves

Espéccie e sistema de
d cultivo Produução fecal Referênccia
14. 3‐149.3
Myttilus galloprovvincialis Arakawa
A et al.l. (1971)
mg PS//indivíduo/d
1,76 gPS/gPPS mexilhão/aano
M. edulis
0,13 gC / gPSS mexilhão / ano
a Kautsky e Evanns (1987)
p
população nattural
0,0017
0 g N / ggPS mexilhão / ano

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 346
Espéccie e sistema de
d cultivo Produução fecal Referênccia
0,00026
0 gP/m mexilhão gPS / ano
M. edulis 9,5 kg C/ m2/ ano
Rodhouse
R et aal (1985)
Balsas 1,1 kg de aazoto / h2/ ano
M. edulis
0,88 kg C / m2/ ano Ro
osenberg e Looo (1983)
long‐liness
M. edulis
27 gCC / m2/ d Cabanas et all (1979)
Balsas
2
M. edulis 2,4‐3,33 g C/m /d
Dahlb
back e Gunnarrsson (1981)
long‐liness 1,7
M. edulis
0,5‐2,5 g de ccarbono / m2/ 24h Tenore et al (1982)
Balsas
P.S.: Peso seco

A deposiçção dessas partículas de resíduos orggânicos pode


e resultar em
m alterações físico‐
químicas do subsstrato, especcialmente naas imediaçõe es do local da
d cultura. O enriquecim mento
do ssedimento com c materiaal orgânico estimula a atividade microbianaa, resultando em
desoxxigenação do d substrato o e águas ddo fundo, devido
d à reddução das cconcentrações de
oxigêênio intersticcial e consum
mo de oxigêênio, aumento da redução de sulfatto, o aumen nto da
denittrificação e dad liberação
o de nutrien tes inorgâniicos tais com
mo o nitratoo, nitrito, am
mônio,
silicatto e fosfato (Smaal, 1991). Assim, a regeneração o de nutrienttes potenciaalmente limittantes
pode aumentar a produtivida ade primária (Barg, 1992)).

7.3.2.2 Sobre
S a bio
odiversidaade

A possibilidade do esscape de inddivíduos dass estruturas de cultivo é maior dura


ante a
fase d
de sementess, isso se a estrutura
e (abbertura de malha)
m for ina
adequada paara o tamanh
ho das
semeentes utilizad
das. Nos cassos em que os cultivos são
s realizados com espéécies nativass, isso
não representariia nenhum perigo à bi odiversidade e local. O mesmo
m ocorrre em relação à
comppetição.

Os cultivoos de molusscos podem causar impactos sobre a macrofauuna bentônicca em


funçãão da alta sedimentaçã
s o e do enriiquecimentoo orgânico ocasionado
o a alguns sisttemas
utilizaados. Essas modificaçõe
m s podem proovocar a dim
minuição da diversidade dos organism mos e
aumeento na abundância e esstão sujeitoss às relaçõess entre o tam manho e poosicionamentto dos
cultivvos, à taxa de sedimentaação de matééria orgânicaa, à porcenta
agem de oxiggênio dissolvvido e
à granulometria do d sedimento e principallmente à hid
drodinâmica local (Hostinn, 2003).

Por outro
o lado, os cu
ultivos tambéém podem atuar
a como "recifes artifficiais" na attração
de faauna. Figna (2002) identiificou 17 fam
mílias e 27 espécies
e de peixes
p assocciados aos cu ultivos
de moluscos na Ilha de Porto o Belo e verifficou que muitas dessas espécies ut ilizam estes locais
como o áreas de reeprodução, alimentação,
a , crescimentto ou refúgio
o (proteção).. Souza Concceição
et al.. (2003), tam
mbém verificaram a asssociação da ictiofauna nos n cultivos de mexilhõ ões da
Armaação do Itapo ocoroy.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 347
A instalação das estruturas (loong‐lines, mesas,
m lanternas de osttras) para cultivo
c
aumeenta consideeravelmente e o substratto disponíve
el para o desenvolvime
d ento de esppécies
incrustantes, bemm como pro oporciona a instalação de uma trama trófica aassociada a estes
organnismos incrustantes (Vaq
quero, 2006) .

A produçção de ostrras em si nnão causa supressão


s veegetal, mas na ostreicultura
artesanal é comu um que os produtores
p d sementes oriundas doo ambiente. Essas
sse utilizem de
semeentes ficam fixadas
f nas raízes
r do ma ngue e o proocesso de exxtração podee ocasionar danos
às árvvores do ambiente.

Na obten nção de sem mentes diretaamente do ambiente po ode haver a sobreexplooração


bancos naturais, como já acontece nas baías do
dos b o estado do Paraná, ondde a obtenção de
semeentes ainda é feita basica
amente a parrtir do ambie
ente.

Também no caso dos mexilhõees (Perna perna), p deviddo à lenta recuperaçãoo dos
estoqques naturais, as sementtes retiradass dos costõess rochosos não
n são suficcientes para suprir
criaçõ
ões comerciiais e possib
bilitar a exp ansão da attividade de cultivo geraando, assim,, uma
presssão antrópicca negativa sobre
s os eccossistemas naturais (Marques, 19998 apud Freiitas &
barrooso, 2006).

Os marisqueiros qu ue dependeem da exttração de mexilhões do costão para


sobreeviverem, qu
ue vêem am meaçada suaa fonte de renda,
r também acabam se tornand do um
entraave na expan
nsão da maricultura, poiss eventualme ente não ava
aliam esta attividade pela
a ótica
do ddesenvolvimeento sustentável e do desenvolvim mento da comunidade
c em parcerria da
conseervação do habitat
h naturral (Freitas & Barroso, 20
006).

Tem‐se problema
p semelhante coom relação à retirada de sementes de mexilhão nos
costõ
ões. Se alguns produtoress tirarem muuitas sementtes, outros ficam sem nennhuma, e po
ode‐se
perceeber que esta não é uma atividade fáácil de ser co
ontrolada (Pa
aulilo,2003).

7.3.3
3 Outros
As ostrass são amplamente conhhecidas como eficientes bioindicadooras da qualidade
ambiental (Domingos, 2006; Silva et al. , 2006; Silvaa et al., 200 05). Além diisso, são tam mbém
assocciadas à ocorrrência de tooxinfecções aalimentares (Silva et al., 2003; Barriss, 2005) e accabam
servinndo como veículos de e contaminaação (Islam e Tanaka, 2004). Asssim, como ostras
cultivvadas em ammbientes polu uídos tendem m a acumulaar microorganismos e com mpostos quíímicos
preseentes na águ ua, elas passam a repressentar riscos diretos para a saúde daas pessoas que q as
conso omem.
O Ministtério da Pessca e Aquiccultura vem m implementtando, atravvés do Proggrama
Nacio onal de Co ontrole Higiênico‐Sanitáário de Mo oluscos Biva alves (PNCM MB), ações para
estabbelecer e avvaliar os req quisitos neceessários parra a garantia da qualid ade de moluscos
bivalvves e para regulamenta
r ar: (a) o monnitoramento o e a classificação das ááreas de cultivo e
extração de molu uscos bivalve
es; (b) a colhheita de moluscos bivalvves e a identtificação de lotes;
(c) oss procedimentos e as insstalações pa ra depuração e processa amento de m moluscos bivvalves;
(d) o rótulo do prroduto; (e) o armazenam mento, o man nuseio e a emmbalagem; ((f) o transporte de

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 348
moluscos bivalvees no comérrcio interesttadual; (g) o cadastro de d fornecedoores de moluscos
bivalvves; e, (h) os
o pontos de e venda de moluscos bivalves.
b Esse
e programa está em fa ase de
implaantação.
Introduçõ ões de bivalvves podem teer efeitos eccológicos neg
gativos especcialmente qu
uando
os paarasitas e doenças também são inttroduzidos. A reintrodução da ostrra plana eurropeia
(Ostrrea edulis) daa América do Norte parra a Europa resultou na disseminaçãão de Ostrea ae sp.,
um p parasita de células sangguíneas em ostras, que devastou a indústria eeuropéia de ostra
planaa. Dois predaadores de bivalves, a brroca de ostrra japonesa (Inornatum ceratoderma a) e o
verme de ostras (Ostreopha agus pseudosstylochus) como bem como os coppépodos parrasitas
Orienntalis mytiliccola, que po odem afetarr significativvamente con ndição de váárias espécies de
bivalvves, foram introduzidas juntamentee com a ostrra‐do‐Pacífico (Crassostrrea gigas) en ntre o
Japãoo e a Américaa do Norte (B Barg, 1992).

7.3.4
4 Avaliaçã
ão geral dos impacto
os

Na Tabela 14 estão listados e classificados os princcipais impacctos ‐ positivos e


negattivos ‐ doss cultivos de molusc os sobre os o meios físico,
f biótiico e antróópico.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 349
T
Tabela 14. Matriz de correlação causaa x efeito aplicada à malacocultura no
os PLDM do Paraná.
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Caráter
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3
Implantação

Revolvimento do substrato
Innstalação das
eestruturas de cultivo Impactos visuais

Criação de obstácculos em áreas marinhas


Revolvimento do substrato
Enriquecimento o orgânico da água
Ambientes anóxiccos locais
D
Deposição de fezes e Acréscimo das taxxas de sedimentação
p
pseudofezes Acúmulo de matééria em suspensão nas áreas
Físico

(biodeposição) cultivadas
Alteração na ciclaagem de nutrientes
Alterações físico‐químicas do substrato
o
Alteração da topoografia
Operação

RResíduos sólidos Entulhamento dee terrenos


(conchas, cabos, Deposição nas praaias pela chuva
ccordas, demais
Atração de inseto
os
mmateriais)
Quantidade de ággua doce utilizada
M
Manejo
Geração de efluentes / aumento turbid dez
Impactos visuais
Criação de obstácculos em áreas marinhas
EEstruturas de cultivo Alteração da velo
ocidade (fluxo) e direçção da água
Alteração dos paddrões de erosão e sed dimentação
de partículas

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 350
0
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Caráter
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3
Desativação

Revolvimento do substrato
EEstruturas de cultivo

Descarte de estru
uturas e materiais
RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade
Atração de espécies incrustantes nas eestruturas de
Implantação

cultivo
SSobre a biodiversidade Aumento de diversidade no local

Estabelecimento de novos habitats


Redução (atravéss do consumo) da bio omassa
fitoplanctônica
DDeposição de fezes e
Aumento da prod dutividade primária peelo aumento
ppseudofezes
na taxa de ciclageem de nutrientes
(biodeposição)
Perda da qualidad de sanitária do ambieente
Biótico

Aumento da atividade microbiana


Operação

Escape ou reprod dução de indivíduos


Macrofauna benttônica: em função da alta
sedimentação e d do enriquecimento orrgânico
Atração de espécies incrustantes nas eestruturas de
SSobre a biodiversidade
cultivo
Aumento de diversidade no local
Estabelecimento de novos habitats
Introdução/dispersão de doenças e paarasitas
Danos às árvores onde se fixam as sem mentes de
SSobre os bancos
ostras (para extraação de sementes)
nnaturais de sementes
Supressão de ban ncos naturais de moluuscos

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 351
1
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Caráter
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Sobreexploração dos bancos naturais d de ostras e


mexilhões
Retirada de espéccies residentes dos co
ostões
rochosos junto co
om a raspagem das seementes de
mexilhão
Perturbação do ambiente das espéciess
dependentes do ccostão
Desativação

RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade
Implantação

Limitação de uso de áreas marinhas


EEspaços físicos
Conflitos com outtros usuários

SSegurança Furtos
Limitação de uso de áreas marinhas
EEspaços físicos
Conflitos com outtros usuários
Antrópico

SSegurança Furtos
Aumento da rend
da
G
Geração de renda Aumento de posttos de emprego e autoemprego
Desenvolvimento o regional da cadeia p
produtiva
Melhoria das condições de vida
Operação

O
Oferta de alimentos Aumento da ofertta de alimentos
Manutenção do m modo de vida das pop pulações
litorâneas
P
População Fixação regional d
da população
Valores históricoss e culturais
Ocupação

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 352
2
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Caráter
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Pesca amadora
Pesca artesanal
SSetores produtivos Agricultura
Pecuária
Indústria
Urbanismo
Educação
Saúde
In
nfraestrutura
Comunicação e energia
Abastecimento dee água
Transporte e redee viária
Desativação

CCondições
Retorno às condiçções socieoeconômiccas anteriores
ssocioeconômicas
à instalação da attividade

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 353
3
Na matriz de corre elação (Tabeela 14) foraam listados 68 potencciais impacto os da
malaccocultura. Destes, 19 forram conside rados positivvos, 36 nega
ativos e 13 inndefinidos (T
Tabela
15). EEste tipo de resultado é totalmente
t eesperado quando se lista
am os mais ddiversos impactos,
sobree diferentes compartime entos (meio físico, biótico e abiótico). Observa‐‐se que a maioria
m
dos immpactos possitivos é de grande
g magnnitude, enquuanto a maio oria dos imppactos negativos é
de peequena magn nitude.

Tabeela 15. Síntese numérica dos impactos ppotencialmennte provocadoos por de emppreendimento
os de
malacocultuura no litoral paranaense.

Tipo
o de Meeio Impoortância Magniitude Duração
o
Total
Impaactos afetaado P M G 1 2 3 1 2 3
Físicco 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1
Biótico 7 3 3 1 4 1 1 0 6 1
Posittivos Antró
ópico 11 1 5 5 2 4 5 0 9 2
Sub‐TTotal 19 4 8 7 6 5 7 0 15 4
% 27,9 5,9 11,8 10,3 8,8 7,4
4 10,3 00,0 22,1 5,9
Físicco 22 12 8 2 11 10
0 0 8 12 1
Biótico 7 3 2 2 6 0 3 3 4 1
Negaativos Antró
ópico 7 0 7 0 0 6 1 0 6 1
Sub‐TTotal 36 15 17 4 17 16
6 4 11 22 3
% 52,9 22,1 25,0 5,9 25,0 23,,5 5,9 116,2 32,4 4,4
Núm
mero 13
Indefiinidos
% 19,1

Além dissso, 79% dos impactos sãoo observados durante a fase


f de operração da ativvidade
(Tabeela 16), o que também já era esp erado, pois como ativid dade produttiva e usuárria de
recurrsos naturaiss, os impacttos, tanto oos positivos quanto os negativos, ttendem a occorrer
quando os empreeendimentoss estiverem i nstalados.

Tabela 16. Sín


ntese numérica dos impacctos potencialmente provocados pela immplantação de
e
empreenddimentos de m malacocultura
a no litoral pa
aranaense.
Númeero de Impactos
Ettapas da Ativiidade
Total % Posittivos Negativvos Indefiniddos
Implantaçã
ão 9 13,2 3 6 0

Operação 54 79,4 14 27 13

Desativaçã
ão 7 10,3 2 3 0

TOTAL 68 100,0 19 36 13

% 27
7,9 52,9 19,1

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 354
7.4 P
PISCICULTURA
Os princippais impacto
os potenciaiss da pisciculttura marinha
a realizada eem tanques‐rrede e
gaiolaas oceânicass estão repre
esentados naa Figura 143.

Figgura 143 ‐ Prin


ncipais impacctos potenciaiis da piscicultura marinha em
e tanques‐rrede e gaiolass de
ggrande volume.
Fonte:: Ocean Conse
ervancy

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 355
7.4.1
1 Impacto
os sobre o meio físicco
7.4.1.1 Impactos provocado
os por re
esíduos sólidos e por eflue
entes
o
orgânicos

A grandee quantidade e de insumoos utilizados na piscicultura comerciial pode pro ovocar


uma série de alterações na qualidaade ambien ntal. O uso o de subst stâncias quíímicas
(meddicamentos, biocidas, vacinas,
v hor mônios, vitaminas desinfetantes, substâncias para
tratamento da ággua), além da d própria raação utilizada na alimentação dos peeixes, pode em ser
respo onsáveis por diversos efeeitos sobre a água e sobrre o sedimento.
Dentre oss fatores quee determina m a qualidad de dos efluentes derivaddos da piscicultura
destaacam‐se: esspécie; idad de‐comprimeento; métod do e intensidade do cultivo; ma anejo;
temp peratura e atividade dos d animaiss; tipo de alimentação (formula ção, processso e
administração); eficiência
e naa conversão da ração; tipo t de descarga do effluente e grau de
diluiçção anterior à descarga do
d mesmo (B Barg, 1992).
Os principais problemmas ambienttais relacion nados ao enrriquecimentoo de nutrien ntes e
matééria orgânica dentro ou fora f da uniddade acontecem normalmente em ccultivos realiizados
em regimes intensivos de produção, poois estes req querem elevados e conttínuos aporttes de
ração o. Os nutrien
ntes e a maté éria orgânicaa, dissolvidoss ou em form
ma de partícuulas, que vêm dos
alimeentos ingerid dos e das fezes,
f geralmmente provo ocam um aumento na concentraçã ão de
sólidoos em suspeensão (SS), nan demanda bioquímica de oxigênio o (DBO), na ddemanda qu uímica
oxigêênio (DQO) e nos teores de d carbono, nitrogênio e fósforo.
O maior volume de dados
d sobre a produção o de resíduoss na piscicul tura é relatiivo ao
cultivvo de trutas.. Embora esses dados nnão se apliqu uem diretammente aos sisstemas que serão
emprregados no PLDM,
P eles permitem um ma avaliação dos efeitos dessas
d cargaas orgânicas sobre
os eflluentes gerados pela pisccicultura (Taabela 17 e Tabela 18).

Taabela 17. Perrdas estimadaas de sistema s de cultivo in


ntensivo de fa
azendas de truutas (tanquess e
viveiros)) (referências citadas em Rosenthal
R et al.,
a 1988).
Taxaa de
Tipo
T de
alimenntação
Sisteema Espé
écie Tama
anho alimento e Carga de efluuentes Refe
erência
(%) peeso do
arraçoamento
corrpo
11.5
1 g DQ QO/kg
peixe/24h
p
2.7 g DBBO7/kg
Trutaa Raçãão seca Berggheim
Tanqu ues e peixe/24h
p
(biom
massa 2.2‐10
00 g 17.5‐1 .3% Mannual e et al.
viveiro
os 0.05 g Totaal‐P/kg
2260 kg) auto
omático (1982)
peixe/24h
p
0.9 g SS/kg peixe
/24h
/
75.3
7 g DQO/kkg/24h
83.3
8 g
Trutaa DBO
D 7/kg/24h
Raçãão seca e Berggheim
Tanqu ues e marrom 5.0
1.0‐25 0.43
0 g Total‐
3‐6% úmidda et al.
viveiro
os massa
(biom g P/kg/24h
P
Mannual (1982)
7320 kg) 0.24
0 g PO4‐
P/kg/24h
P
1.4‐3.8
1 g Total‐

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 356
Taxaa de
Tipo
T de
alimenntação
Sisteema Espé
écie Tama
anho alimento e Carga de efluuentes Refe
erência
(%) peeso do
arraçoamento
corrpo
N/kg/24h
N
17.0g DQO/kgg/24h
7.1 g SS/kg//24h
Trutta e
0.45 g Tottal‐
tru
uta Berggheim
Ração seca N/kg/24hh
Viveirros arcoo‐íris 0.2‐500 g 0.55‐‐4.5% ett al.
Manual
M 0.08 g Tottal‐
(biommassa (19982)
P/kg/24hh
26900 kg)
0.05 g PO
O 4‐
P/kg/24hh
3.1 g DQO/kgg/24h
1.6 g DBO7/kgg/24h
1.2 g SS/kg//24h
uta
Tru 0.13 g Tottal‐ Berggheim
Tanqu ues e Ração seca
(biom
massa 1‐55
50 g 0.5‐116% N/kg/24hh ett al.
viveiro
os Auttomático
59700 kg) 0.05 g Tottal‐ (19982)
P/kg/24hh
0.03 g PO
O 4‐
P/kg/24hh
0.4‐0.8 g Tootal‐
N/kg/24hh Berggheim
35‐1550 g
Viveirros Tru
uta 0.05 g Tottal‐ + Se
elmer ‐
500‐2
2000 N//D Ração seca
700mm2 arco
o‐íris P/kg/24hh Olsen
g
1.6‐4.6 g 978)
(19
DBO7/kg/224h
0.5‐1.4 g Tootal‐
N/kg/24hh
Tru
uta Raçção seca e 0.13‐0.18 h TTotal‐ Marrkham
Viveirros 2.0‐300 g N//D
arco
o‐íris úmida P/kg/24hh (19
978)
1.9‐5.7 g
DBO5/kg/224h

Economiccamente, oss sistemas qque empregaam regimes intensivos de produção são


inviávveis sem o uso de raçã ão. Porém, o problema é que apen nas parte doos alimentoos que
entraam no viveiro é consumida. A amônnia é o princcipal produto o final da quuebra de pro
oteína
após a ingestão e digestão dad ração, e é eliminada pelos peixess na água. A parcela da ração
onada aos viveiros
adicio v e nã
ão consumidda também é transform mada em am mônia, atravvés da
decom mposição poor determinaadas bactéri as. A amôniia é fonte de
e nitrogênioo nos efluenttes da
aquiccultura. Além
m do nitrogênio, as conceentrações de
e fósforo nos viveiros ta mbém aume entam
durannte o tempo de cultivo.

Dependendo da espé écie cultivadaa e da técnicca utilizada, mais de 85%


% do fósforoo e 52‐
95% do nitrogêniio que entram nos viveirros através da d adição de e ração podeem ser eliminados
no m
meio ambientte. Quanto maior
m as taxxas de alime
entação através de raçãoo, maiores sãos os
aporttes orgânicoss para o amb
biente.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 357
Tabeela 18. Cargass de sólidos em
m suspensão (SS), nutrienttes e demanda bioquímicaa de oxigênio (BOD)
(
de
e fazenda de cultivo
c de salm
mão de água doce (Beveriddge et al., 19991).
NH4‐ NO
O2 ‐ N
SS BOD NO3‐N
N PO4 P Total Ref.
N N Total
‐1 ‐1
(a)) g kg peixe dia
d
0.1‐ 0.02‐ 0.01‐
0
0.0‐77.1 1.6‐2.7 ‐ ‐ ‐ Berggheim et al. (1982)
3.8 0.27 0.43
0
Butzz and Vens Ca
appell
‐ 1.4‐8.1 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
(1982)
0.3‐ 0.13‐ 0.07‐
0.8‐00.9 ‐ ‐ ‐ ‐ CClark et al. (1985)
0.8 0.21 0.17
Koorzeniewski et al.
‐ ‐ 0.03 ‐ 0.05 0.12 0.033 0.10
0
(1982)
(b) kkg ton peixe‐1 ano‐1
474‐ 510‐ 37‐
‐ 0‐548 ‐ ‐ 22
2‐110 A
Alabaster (198
82)
40155 990 180
13500 285 55.5 1..81 10.2 ‐ ‐ 15.7
1 Solbe (1982)
350 45 ‐ ‐ 83 ‐ 11 Warrrer‐Hansen (1982)
(c ) g kg alimentto‐1
Butzz and Vens Caappell
‐ 80‐300 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
(1982)
h
1833 165 25 0..27 0 ‐ 26 4.0 Butz (1988
8
100‐ 4.7‐
4
80‐2880 ‐ ‐ ‐ 37‐48 ‐ M
Makinen (1988).
370 10.8
1

Na Tabelaa 19 são apresentados d ados relativo


os ao monito
oramento coontinuado daa água
em reegião de cultivo de bijup
pirá e de ciooba em gaiolas de grand
de volume. O
Observa‐se que
q as
conceentrações dee nutrientes no local m antiveram‐see sempre emm níveis basstante próxim
mos a
zero.

TTabela 19. Parâmetros de qualidade


q da água em locaais de cultivo de Lutjanus aanalis (cioba) e
Rachyceentron canaddum (bijupirá)) (Alston et al., 2005).
Ponto
o Amônia (mg/L) Nitrrato (mg/L) Nitrito (mg/L) Fosfato ((mg/L)
ago/0
02 0,00
05 0,003 0,004 0,0003
out/0
02 0,00
03 0,001 0,001 0,0001
dez/0
02 0,00
03 0,0015 0,002 0,0003
fev/0
03 0,0015 0,0005 0,000 0,0001
abr/0
03 0,0015 0,002 0,002 0,0001
jun/0
03 0,00
02 0,000 0,000 0,0000
ago/0
03 0,00
02 0,002 0,002 0,0001
out/0
03 0,00
00 0,001 0,000 0,0004

A fração de alimento o não consuumido peloss animais (e que forma grande parrte do
efluente ao meio o) tem sido analisada ppor diferentes autores, consideranddo a compo
osição,
proceesso de fabrricação, siste
ema de culttura e método de administração doo alimento, como
variávveis principaais.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 358
Jambrina‐Leal (1995)) citou os trrabalhos de Hall e Holby (1986), qque mediram m em
2
cultivvos de salmãão em gaiola efluentes e quivalentes a 50 ‐ 200 g/m /dia de ssólidos totais, que
repreesentam valores aproxim mados de 220 vezes superiores aoss níveis dettectados no meio
naturral; de Westo on (1991), que determinnou que, para a mesma espécie
e e sisttema de culttivo, a
quantidade de só ólidos/kg de salmão
s prodduzido variavva entre 0,3 ‐ 0,7; e de Phhillips et al, (1985),
(
que iindicaram qu ue 150 ‐ 300 0 kg de alim
mento não co onsumido e por volta dee 250 ‐ 300 kg de
fezess (matéria seeca) são libe
erados, em mmédia, em cada tonelada de truta (SSalmo gaird dnierii)
produ uzida.

Esse valo
or depende, em grande pparte, no tip po de ração e no processso empregado na
fabriccação. Os paarâmetros dee perda meddidos por Waarrer‐Hansenn (1982) foraam de 1‐5% (ração
(
seca), 5 ‐ 10% (úmida) e 10 1 ‐ 30% (ssemi‐úmida). Outros autores (Penzzack et al., 1982)
calcularam grauss de perda superiores, eequivalentes a 27% (seca a) e 31% (seemi‐úmida) para
p a
mesmma espécie. Portanto, po ode deduzir‐‐se que as pe
erdas de alim
mento estãoo associadas tanto
ao coonteúdo de água da raçção, como taambém a um m decréscimo na estabillidade da mesma,
questtão que cond diciona a qu
uantidade e qqualidade do
os efluentes (isto é, a raação úmida é mais
"polu
uente" uma vez que a quantidade aportada ao meio acaba sendo prroporcionalm mente
maior maior).

A quantidade de alimento não consumido,, e consequentemente a quantidad de de


efluente, foram correlacionad
c dos tambémm com o méttodo de alim mentação emmpregado. Esstudos
indicaam que a administração o manual é mais eficien nte (67% doo alimento aassimilado) que
q o
emprrego de com medouros au utomáticos (33% somen nte) em cultivo de salmmão atlânticco em
gaiolaas. A baixa eficiência
e desste método sse atribui a localização num ponto doo tanque e a forte
comp petição pelo alimento.

Estima‐see que uma faazenda típicaa norueguesaa, com uma produção annual de 200 t e um
bom controle sob bre as técnicas de admin istração alim
mentícia, produz 2 t de P,, 17 t de N e 100 t
de DBBO. Para culttivo em tanqques, os valoores encontrrados nos efluentes (exp resso como g / kg
peixee / dia) foram
m entre 0,5‐11,4 (resíduo seco), 0,01‐0
0,05 (P total), 0,15‐0,30 (N total) e 0,1‐0,2
0
(amôônia total) com índices dee conversão 1‐1,2 usando o alimento seeco.

Alston ett al. (2005), trabalhando


t com o bijup pirá estabele
eceram equaações para cálculo
do baalanço de nittrogênio a paartir das seguuintes variávveis:

a) quantidade tottal de ração fornecida


f aoos peixes durante um ano (R);
b) bioomassa totall produzida (B);
c) perrcentagem de
d nitrogênio o contido na ração (% NR R);
d) percentagem ded nitrogênio o fornecido aatravés da raação (% NF);
e) quantidade de nitrogênio aportado
a atrravés da raçãão fornecida (NT);
f) perrcentagem tootal de nitrogênio retida nos peixes cultivados
c (%
% NPT);
g) peercentagem de nitrogên nio no peso final de cada indivíduo o (% NPf) e percentage
em de
u peso no início do cultivoo (% NPi);
nitroggênio no seu
h) percentagem ded nitrogênio o perdido deevido à mortaandade de peixes (% NM M);
i) percentagem ded nitrogênio o excretado pprincipalmen nte como am mônia (% NE));
j) perrcentagem de perda de nitrogênio
n poor fezes e ressíduos alimentares (% Nffr).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 359
Segundo os autores:
(1)

%NF = % NPP + % NM + % NE + %Nfr

A percentagem de nitrogênio naa alimentaçãão foi calculada mediantte a obtenção de


atório.
valores de medidos em labora

(2)

N
NT = R x % NR
N

(3)

A percentagem total de nitrogênnio retida no


os peixes culltivados (% N
NPT) foi estiimada
considerando a biomassa to otal produzidda (B), muultiplicada pe
elo percentuual de nitro
ogênio
o nos peixes depois de um ano de cuultivo.
retido

% NPTT = B * (% NP
Pf ‐ NPi)

(4)

%N
NP =% NPf ‐%
% NPi

A perda percentual mensal de nnitrogênio devido à morrtalidade foi estimada a partir


da reegistros de mortalidade
m nas gaiolas,, do peso dos peixes mortos
m e daa percentageem de
nitroggênio retido
o nas carcaçças dos peixxes. A percentagem de perda
p de nittrogênio devvido à
mortandade (%N NM) foi estim
mada distribuuindo‐se o nitrogênio
n líq
quido retido durante umm ciclo
anual de produçãão.

(5)

dade mensal x peso médio mensal de


%NM = taxaa de mortalid e cada peixe mês x % NP
P

A perda total de nittrogênio exccretado atraavés da amô ônia após a alimentação dos
peixees foi estimad
da pela equa
ação de Leunng et al. (199
99), que calcu
ula as taxas ddiária de exccreção
em m mg N/kg de peso corpo oral /dia. A perda total de nitrogên nio por meioo da excreçã ão de
amôn nia durante o período de e um ano fooi calculada através
a da inntegração daas taxas diárias de
excreeção de amô ônia durante o período dde um ano. Baseado
B em Leung et al. (1999), as perdas
p
atravvés da excreçção de amônia foram:

(6)

% NE = (22,81 x temperratura em oC)


C + (28,78 x Rt) ‐ 378,18

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 360
Ondee: Rt é taxa diária de arraçoamentoo (em % do peso p corpora
al/dia). A Rtt para cada dia
d foi
calculada utilizanndo‐se a quuantidade dee ração e biomassa
b esttimada pressente no dia a t. O
registtro diário da temperaturra da água fooi feito a cam
mpo.

Como a determinaçção da quan tidade de fe ezes e de resíduos


r gerrados a parttir das
raçõees é algo impraticável a campo, suaa contribuiçãão no balançço de nitroggênio foi estiimada
usanddo a equaçção (1), assumindo‐se que o nittrogênio foi perdido ppara o amb biente
principalmente na forma de fezes
f e de re síduos de rações.

(7)

%Nfr =% N F ‐(%NPT + %NM


% +%NE)

A partir dessas
d equações e dos rresultados obtidos
o em cultivos
c realiizados em gaiolas
g
nicas, os autores calcularram o balançço de nitrogê
oceân ênio no sistema cultivo oobtendo:

 mulativa de mortalidade:
Taxa cum m 15% em um ano.
 Aportes totais
t de nitrrogênio: 3.9000 kg.
 % de reteenção nos peeixes cultivaddos: 18%
 % de nitrogênio perdido através dde peixes moortos: 3%.
 % de nitrogênio excre etado como amônia: 66% %.
 % de nitrogênio perdido na formaa de fezes e de
d resíduos de ração: 133%.

Percentaggem similare
es de amôniaa excretada foram
f relatadas para peiixes cultivados em
gaiolaas, 66,1% para
p Epineph helus aerolattus (Leung et
e al., 1999); 78,0%, paara Oncorhyynchus
mykisss (Gowen & Bradbury, 1987),
1 73% ppara Sparus aurata
a (Porter et al., 19887).

Ainda asssim, mesmo com essa eelevada perccentagem de e nitrogênio sendo excreetada,
Alston et al. (20005) não enco ontraram nívveis significaativos de amônia na águua, provavelm
mente
porqu ue a elevadaa dinâmica do local ondee estavam in nstaladas as gaiolas
g prommoveu uma rápida
r
dispeersão desse composto. Os autores também não encontra aram nenhuuma evidênccia de
aumeento das con ncentrações de nitrito e de nitrato na área de e cultivo. Coomo a amônia, ao
contrrário do fósfforo, não se adsorve ao sedimento, o nitrogênio liberado a partir dos peixes
p
cultivvados se peerde na coluna d´água. O biofoulingg aderido à rede tambéém pode abssorver
uma quantidade significativa a de nitrogêênio liberado o na forma de amônia,, de modo que q o
destino real do niitrogênio libe
erado não poode ser identificado.

Islam (20
005) desenvoolveu um moodelo teóricoo, a ser aplicado em culttivo de peixes em
tanqu ues‐rede (Figgura 144). Esses valores estimados foram
f muito próximos doos observado os por
Alston et al. (20005) e ambos os conjunto s de dados serão
s utilizad
dos mais a frrente no pre
esente
trabaalho para se definirem as áreas maiss propícias ao
a cultivo de bijupirá em m tanques‐rede no
litoraal paranaensee.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 361
Figura 144 ‐ Mode
elo conceitual de balanço dde nutrientes em sistema de
d cultivo de ppeixes em tan nques‐
de proposto por
red p Ismam (20 005). TCA ‐ Taaxa de Converrsão alimenta
ar; N ‐ Nitrogêênio; P ‐ Fósfo
oro.

7.4.1.2 Efeitos
E gerados sobr e a qualidade da águ
ua

 Turbidez
O aumen nto de maté
éria em susppensão nos efluentes
e causa, direta oou indiretam
mente,
um aumento de turbidez da coluna de á gua, o que afeta
a a pene
etrabilidade da luz na mesma,
alteraando, em co
onsequência, a produtividdade planctô
ônica e benttônica do ecoossistema. O grau
de in
ncidência depende da qu uantidade li berada e de
e sua frequêência, assim como da ta axa de
mentação rellacionada com a presençça de correnttes.
sedim

 Variação nas concenttrações de ooxigênio


A diminu uição das co oncentraçõess de oxigên nio dissolvido que podee ser observvada é
conseequência dee vários fato ores, principaalmente do consumo direto efetuaado pelos an nimais
cultivvados e ‐ principalmente e ‐ pela decoomposição microbiológic
m ca da carga oorgânico apoortada
ao am mbiente. Nass áreas de fluxo restrito de água, o acúmulo
a de efluentes e a DBO que deriva
d
destaas operaçõess podem ter efeitos locaiis de importâância e afetaar tanto os orrganismos nativos
como o os cultivado
os. A introdu
ução da cultuura de truta em gaiolas em
e determinnados lagos suecos
s
afetoou o equilíb brio de nuttrientes, difficultando asa condiçõess existentess, com resu ultado
anaeróbico na co oluna de ággua situada sob a gaiola (Persson, 1991). Em consequênccia, as
populações naturrais e cultivadas tiveram um desenvo olvimento reestrito no esttrato superio
or a 5‐
6md de profundiddade.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 362
 Parâmetrros microbioológicos da áágua
O conteúdo orgânico dos eflluentes e o lançamen nto constannte de bacctérias
proveenientes do o trato dige estório dos animais cu ultivados poodem afeta r os parâm metros
microobiológicos de qualidad de de águaa e especiaalmente o número de bactérias totais
detecctadas nas vizinhanças
v das
d instalaçõões. Mais um ma vez, o maior
m volumee de inform mações
existeente diz respeito aos cuultivos realizzados em viveiros, ondee a dispersã o de poluen ntes é
muito o menor quee em gaiola posicionadass no mar. Nu uma cultura em regime semi‐intensiivo de
peixees equipada com um siistema de t ratamento de d água, Sicch (1992) d eterminou queq o
númeero total de bactérias libberadas (águua + lodo de e fundo)/dia é 20 vezes maior que o total
detecctado no sistema (água de entrada + alimento)). Por outro lado, estuddos realizado os por
Enger (1992) indicam que a presença dee fazendas marinhas
m em sistemas aabertos (com mo é o
caso das gaiolas e dos tanques‐rede) nãoo se traduz necessariame
n ente em aummento do nú úmero
de baactérias totais na coluna d´água. Nesste caso, o te
empo de resiidência de ággua no sistem
ma de
produ ução é muitto menor qu ue a taxa d e reproduçãão dos microorganismoss, mesmo que os
efeito
os totais posssam ser deetectados em m zonas adjaacentes, ond de se minoraam os efeito os das
correentes. Comp provou‐se, aiinda, que nnos efluente es de culturra de truta que não exxistem
mudaanças nas po opulações dee coliformess fecais (Berrgheim e Selmer‐Olsen, 1978, citado os por
Jambbrina‐Leal 19995).

7.4.1.3 Sobre
S a qua
alidade do
o sedimentto

A magnitude do impaacto da dep osição de alltas cargas de


d conteúdo orgânico so
obre o
sedim
mento é varriável e tem
m como resuultado uma série de allterações (fíísicas, químiicas e
biológicas) no sub
bstrato:

 Sedimenttação e enriq quecimentoo orgânico


A alteraçção física do
o fundo ma rinho, como o consequênncia do acúm mulo de material,
depende de vário os fatores (ta
amanho das partículas e presença de correntes loocais), que afetam
sua ssedimentação e dispersã ão. Na Tabelaa 20 encontram‐se info
ormações sobbre o acúmu ulo de
sedim
mento em differentes empreendimen tos estudado os por Jambrrina‐Leal (19995):

TTabela 20. Taxas de sedimentação de paartículas em diferentes


d fazzendas de culttura de peixe
es.
Taxa
T Referênccia
Tipo de
Espécie País Ambiente (g peso
alimentoo
seco//m2/dia)
Água Seco/semi‐ Enell e Lof (1983)
Trruta arco‐íris Suécia 17‐26
doce úmido
N/d
Trruta arco‐íris Escócia Seco 87 Collins (19
983)
N/d Merican e Phillips
Trruta arco‐íris Escócia Seco 14
4‐203
(1985)
Trruta arco‐íris Suécia Marinho N/d 50
0‐200 Hall e Holby (1986)
Guaiúba (Ocyuruss
Japão Marinho Fresco 4.1‐5.9
chrisurus) Kadowaki at
a al
Guaiúba (Ocyuruss (1980)
Japão Marinho Fresco 17
7‐21.6
chrisurus)
Fonte: Jam mbrina‐Leal, 1995

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 363
Alston ett al. (2005), analisando cultivos dee Lutjanus analis
a (ciobaa) e Rachyceentron
canad dum (bijupirá) em tanques‐rede, encontraram m resultados que indiccaram não haver
nenhuma evidên ncia de seddimentos annaeróbios so ob as estruturas de cuultivo. Embora o
nitroggênio inorgâânico perto das gaiolaas tenha sid do semelhan nte aos níveeis de funddo, as
populações de macroinverte
m brados no seedimento fo
oram afetada as apenas di retamente abaixo
a
das ggaiolas, poucco antes da despesca,
d quuando as taxxas de alimen
ntação foramm maiores (T
Tabela
21). O
Os autores taambém verifficaram que muitos peixxes selvagenss (40 espéciees) foram atraídos
para os tanquess‐rede e a bioincrustaçção cresceu rapidamentte, havendoo necessidad de de
limpeeza quinzenaal das estrutu
uras de cultivvo.

TTabela 21. Taxxas de sedime


entação de paartículas em diferentes
d fazzendas de culttura de peixes.
Parâm
metros Méédia
Amôônia (mg/L) 1,559
Nitraato (mg/L) 0,112
Nitritto (mg/L) 0,000
Fosfaato (mg/L) 0,999
Mateeria organica (%) 4,664
Nitroogênio orgânicco (µgN/mg s edimento) 8,001
Carb
bono total (µgC/mg sedimennto) 1377,20
Macroinvertebrad dos bênticos ‐ Índice de Shaannon‐Wlenerr 1,993
Macroinvertebrad dos bênticos ‐ Índice de esppécies domina
antes 1,000
Macroinvertebrad dos bênticos ‐ Índice de riqu
ueza de espéccies 7,114

Tanaidaceeaos
Tellinidaee
Ostracodaa
Capitellidaae
Nereidae
Glyceridaee
Spionidaee

o de macroinvertebrados bênticos encontrados no sedimento abbaixo dos tan


Figuraa 145 ‐ Grupo nques‐
rede dde Lutjanus analis
a e Rach
hycentron caanadum (Alsston et al., 20
005).

 Variações nas taxas de


d consumo de oxigênio o
A decommposição da matéria orgâânica e a resspiração doss animais noo fundo têm como
conseequência um
m aumento nas taxas de cconsumo de oxigênio. Esssa decompoosição depen nde do
acúm
mulo (profunddidade) do sedimento, caalculando taxas de decommposição dee 39‐50% anuual (se
há m
macrofauna presente
p e o acúmulo nnão superar os 20 cm) e taxas de 11‐15% anu ual (se

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ARICULTURA 364
superrar os 20 cmm). Portantoo, o consumoo de O2 no sedimento aumenta dee forma linea ar em
relaçãão à taxa dee acúmulo de
d efluente. O consumo o de oxigênio o no fundo pode ser até três
vezess maior na zo
ona situada verticalment
v te abaixo dass gaiolas Em algumas fazzendas marin
nhas e
especcialmente naas situadas em
e áreas de baixa energia, as taxas de d consumo de oxigênio o, pelo
sedim
mento e os animais que e aí vivem, podem ser superiores ao disponíveel, dando lu ugar a
formaação de zonaas anóxicas localizadas.

 Anoxia e variações nos potenciaiis redox


Nos sedimentos não o poluídos ppor matéria orgânica, a penetraçãoo do oxigênio nas
capass inferiores depende de e sua porosiddade, da preesença de in
nvertebradoss que contriibuam
com sua oxigenação e da velocidade dass correntes locais. Num sedimento poluído, as zonas
anóxiicas impedem m a penetração do oxigêênio nas capas mais profundas com o resultado de d um
decrééscimo nos potenciais redox.
r Com taxas altas de sedimen ntação, as ccapas anóxiccas se
esten
ndem pela su uperfície, elim n mesmas (zonas azóicaas). Na vizinhança
minando a vvida animal nas
das fazendas de salmão, os potenciais
p reedox se distribuem em volta
v de um gradiente, sendo
mais negativos na zona situada na verticaal da gaiola. Gowen et al.,
a 1988, citaado por Jambrina‐
3
Leal(11995), com registros
r de efluentes
e dee 2 kg/m /ano, encontrarram zonas azzóicas com 3 m de
perím
metro e com m potenciais redox mennores de ‐10 00 mV, regisstrando valoores normaiss num
perím
metro maior que 15 m. Earll et al. (1984) nas fazendas
f esccocesas, enccontraram que
q os
potennciais redox se reduziam a um perím etro de 20‐3 30 m.

 Liberação
o de gás

Nos sediimentos anó óxicos e poluuídos é freq


quente a liberação de ggases (SH2 e CH4),
devid
do à atividadde das bactérias anaeróbbias. Do totaal de gás libe
erado no meeio, a proporrção é
de 788% de metaano, 28% de e CO2 e cercca de 2% de e SH2. A liberação de gáás segue um m ciclo
sazon
nal e é maais frequente nos mesees de verão o. Estudos mostraram que a libe eração
esponntânea de gás se encontra em todaas as fazendaas que apressentam acúm mulos de efluente
superriores a 5 cm
m, e aumentaa linearmentte ao acúmullo. A produçção da SH2 emm águas marinhas
pode ser várias veezes superiores em magnnitude que em
e águas docces.

7.4.1.4 Efeitos
E sob
bre o conteeúdo e sob
bre o fluxo de nutrien
ntes

Foram deescritos aummentos nas cconcentrações de N e P (orgânico e inorgânico o) nos


sedimmentos, assimm como um aumento doo fluxo de nu utrientes enttre o sedimeento e a coluuna d’
água
Em uma fazenda ma arinha de trruta, Hall e Holby (1986 6) notaram que o fosfa ato se
liberaava rapidammente a pa artir do seedimento, tanto
t em condições
c aaeróbicas quanto
anaeróblicas. Os fluxos de fo osfato registrrados foram até 400 vezzes mais altoos que os flu
uxos a
50 m da fazenda e 40 vezes mais altos qque na estação de referê ência. Os fluxxos de amônnia do
sedimmento em co ondições aeróbicas reprresentam valores de 10 a 100 vezees maiores que q os
registtrados na vizzinhança da fazenda. A l iberação de silicato do sedimento taambém aumentou
em reelação ao acúmulo de efluente.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


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ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 365
7.4.1.5 Contamina
C ação químiica

Prod
dutos quím
micos em geral
g
Existe um
ma ampla gam ma de comp ostos químiccos usados eme aquicultuura e seu uso o varia
segun ndo a espécie, intensidaade do cultivvo e localização (Tabela 22). Mesmoo que a produção
destees efluentes seja muito inferior ao doos níveis de matéria particulada libeerada, seus efeitos
e
podem ter grande importância para o am mbiente. Em relação
r aos antibióticos
a aadministrados em
aquiccultura marin nha, cabe destacar que tem sido re egistrado um
m drástico dee sua produ ução e
aplicaação nos últiimos anos.

Tabela 22. Substtâncias quím micas comumeente usadas em aquiculttura. AD= ággua doce; ASS=água
salgad o sistema; I = Imersão; IN = Injeção; S = Spray;
da. Métodos de aplicação.. B = Banho; A = Adição no
C = Co
omida tratadaa (NCC, 1989).
SUBSTÂNC
CIA INDICAÇÃ ÃO AD/A
AS MÉTODO
O OBBSERVAÇÕES
Ácido
o acético ectoparasitaas AD I Usado com m sulfato de cobre
em regiõess de água durra
Formaalina ectoparasitaas AD/A
AS IA 165‐250 pppm por ma ais de
uma horaa, muito usad do em
marinhos
viveiros m
Verdee Malaquita Ectoparasitaas e AD/A
AS ISB Ovos e peeixes, 100 pp pm 30
fungos segundos. 4 ppm 1 hora a
Acriflaavina Ectoparasitaas, AD I Principalm
mente para
fungos e bactérias superficiais, para
bactérias peixes e ovvos ocasionalmente
Nuvan
n (dichlorvos) Piolho de sa lmão AS B 1ppm por 1 hora
Sal Ectoparasitaas AD IB Alternativaa ocasional para
p a
formalina
PVPI ttamponada Bactericida AD B Usado pa ra desinfetarr ovos
(10 min 10000 ppm)
Oxitettraciclina Bactericida AD/A
AS C Antibióticoo largamente usado
para doen ças sistêmicas
Ácido
o Oxolínico Bactericida AD/A
AS C Antibióticoo largamente usado
para doen ças sistêmicas
Romeet 30 (Sulfadim
metoxina e Bactericida AD/A
AS C Antibióticoo largamente usado
ortom
meprima) para doen ças sistêmicas
Tribrisssen Bactericida AD/A
AS C Anibióticoo muito usado
(Trimeetoprima/sulffadiazina)
Hayam mine 3500 Surfactante// AD A Amônio qquaternário usado
Bacteriocidaa para o tratamento o de
doenças bacterianass de
guelras
Cloretto de benzalcô
ônio Bactericida AD A Antibacterriano superficcial
Cloram
mina T Bactericida AD A Antibacterriano supeerficial,
também eefetivo para alguns
protozoáriios
Sulfatto de cobre Ectoparasittas AS AB Utilizado em surto os de
Amyloodiinium ocellatum
que acom metam larvas de
Bijupirá, ccom 15 dias.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 366
SUBSTÂNC CIA INDICAÇÃ ÃO AD/A
AS MÉTODO
O OBBSERVAÇÕES
VACINNAS
Contrra Vibrio anguillarum AS B Não muitoo usada
Contrra a doença daa boca vermellha (Enteric Reed AD B S IN Largamentte usada em
Mouth) truticulturra
Contrra Aeromonas salmonicida AS IN Não muitoo usada
Contrra Anguillarum
m Não muitoo usada

ANESTTÉSICOS
MS2222 (tricaína meetano‐sulfona
ata) AD/A
AS B Largamentte usada com a
diluição 1::10,000
Benzo
ocaína AD/A
AS B Largamentte usada, requer
acetona paara dissolver
Dióxid
do de carbono
o AD/A
AS B Às vezes uusado na despesca

NFETANTES
DESIN
Hipocclorito de cálcio AD/A
AS S Desinfetannte geral para
tanques e viveiros
Iodop
phor (FAM30) AD/A
AS S Para equ ipamentos e lava
pés
Hidróxido de sódio AD S Mais usaado em viveiros
escavadoss

TRATA AMENTO DA ÁGUA


Cal AD A Usado em viveiros escavados
Permaanganato de potássio
p AD/A
AS BA Oxidante e desintoxicad
dor
Sulfatto de cobre AD/A
AS A Algicida e herbicida

A proporção de antibbiótico que é liberada noo ambiente depende em m grande parrte do


maneejo dos cultivvos e também
m do uso dass dosagens corretas.
c A oxitetraciclinaa administrada via
alimeento aos salmmões mostraa porcentageens de retennção de 20‐3 30%, provaveelmente porrque a
fração liberada ao
a meio supõe uns 70‐880%. A digesstibilidade pa ara diferentees antibióticcos foi
testada na truta e foram encoontradas difeerenças impoortantes. A oxitetraciclin
o na administraada se
excreeta na mesma forma quím mica ativa quue foi administrada.

O uso de produtos anntiparasitárioos nas culturras de salmãoo é outra fonnte importan


nte de
efluentes químico os no ambiente. Como e xemplo, em 1985 se empregaram naa Noruega, 30.458 3
kg dee Neguvon (mmetrifonato) para o exterrmínio do pio olho de salm
mão (salmon lice). Na trocca por
Nuvan (dichlorvo os), houve uma drásticca redução nas quantid dades empreegadas, devvido à
diminnuição dos trratamentos e a alta efeti vidade do prroduto (Barg
g, 1992).

Prod
dutos Antiifouling
O TBT (TTributyltin) já
á teve um aamplo uso como
c pintura
a antipoluiçãão nas gaiollas de
salmoonídeos, mass atualmente e tem um usso muito maiis restrito devido à possibbilidade de causar
c
patologias e morrtalidade noss organismo s. Há evidên ncias que sérias patologiias na conch ha das
ostras cultivadas foram causaadas pelo TBTT, usado nass estruturas de
d cultivo naa Irlanda.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 367
Antiibióticos
O uso de antibióticos em aquiculttura para o tratamento
t d doenças e manutençção da
das
cultura em term mos de viabilidade é co nsiderado fu undamental para a obttenção de ín ndices
satisffatórios de produtividad
p de. No entannto, devido à peciloterm mia, o tratam mento preve entivo
levannta a questão o dos proble emas específíficos relativo
os ao uso dee determina dos composstos. É
preciso que o com mposto tenh ha determinaada estabilid dade mínima a na água, coonsiderando ainda
que ssua efetividade quase sempre depennde da tempe eratura do meio
m aquáticoo. Assumind do que
o
o aum mento de 1 C na tempe eratura pod e induzir a um aumento o de 10% naa taxa metabólica
animal, evidênciaa‐se que o co onsumo, disttribuição e eliminação
e dos
d antibióticcos administtrados
variam em relação à tempera atura de formma determinante.
Os estudoos farmacocinéticos dem monstraram queq os resíduos destes pprodutos são o mais
persisstentes em águas
á frias, cerca
c de 10%%/0C para o antibiótico oxitetraciclin
o na (Salte & Liestol,
1983, citado por Jambrina‐Le
J al, 1995).
O empreego de antib bióticos podde afetar ou utras espécie
es nativas. SSua presençça em
peixees, crustáceo os e molusco os já foi dettectada em populações nativas das circunvizinh hanças
das faazendas na Noruega
N em teores que nnão são aceitos para anim mais de conssumo human no (de
4,38 mg/g até 12,,5 mg/g) naq quele país.
Os microoorganismos presentes nnaturalmentte nos ecosssistemas tam mbém podem ser
afetados pela açção de agen ntes antibaccterianos. A adição de agentes anntibacteriano os aos
sedimmentos tem como conse equência um ma redução dramática no n número ttotal de bacctérias
preseentes e na atividade baccteriana. Sam a (1988) mostraram quue a relação entre
muelsen et al.
bactéérias aeróbiccas e anaeró óbicas do seddimento dim minui posteriormente aoo tratamento o com
oxitettraciclina favvorecendo o desenvolvim mento das an naeróbicas, estabelecend
e do a possibilidade
de q que a população bacte eriana respoonsável pelaa estabilidad de do ambbiente de cultura
(nitrifficantes, e reedutores de sulfato) posssa ficar inibbida. Em algguns casos o aparecimen nto de
resisttência a anttibióticos te em complicaado o tratam mento da doença
d e inndiretamente e tem
agravvado os efeitos ambien ntais. Este ffato tem pe ermitido o desenvolvime
d ento de esp pécies
patóggenas imunees ao antibió ótico, e, via fezes, ampliar seu cammpo de açãoo, afetando assim,
a
tantoo a populações nativas qu uanto cultivaadas.

Pestticidas
Nas cultturas de salmão é ffrequente a infestação o por paraasitas especcíficos
(Lepeeoptherius sa almonis, Caliigus elongattus), comumente conheccidas como ""salmon lice", que
podem causar paatologias sevveras nas braanquias. A te erapia básica
a consiste noo uso de pro
odutos
comeerciais com Dichlorvos
D como ingred iente ativo, com uma vida média dde 4 ‐ 7 diass. Este
produ uto não é tóóxico para moluscos,
m admministrado em
e doses de 10 ppm/1/hh, porém o é para
larvass e adultos de lagostass, e outras eespécies do zoo e fitop plâncton, priincipalmente
e pela
similaaridade filoggenética comm os organism mos‐alvo. Neguvon e Nu uvan também m são capazzes de
causaar mortalidaade importa ante nas ppopulações de crustáce eos naturaiss residentes nas
vizinh
hanças das in nstalações.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 368
Adittivos e outrros quimio
oterapêutiicos

Os aditivvos empreggados no a limento, tais como áccidos graxoss (estabiliza antes),


pigmentos (derivvados do cromo, cádm mio e sulfattos), vitamin nas (biotinaa, Vit. C e B12),
substtâncias de manuseio
m de
e estruturas (antioxidan ntes, benzofeenóis, antifoogo, fungiciddas) e
outro os quimioterapêuticos, como antisséépticos (form malina, verde malaquita, permangana ato de
potásssio e sulfatoo de cobre),, herbicidas e anestésico os, devem seer consideraados em rela ação a
seus efeitos preju udiciais sobrre o ambientte, individuaalmente e no o conjunto, como substâ âncias
poten ncialmente tóxicas
t em como para as espéciees do cultivo
para a flora e faunna nativas be o.
Apesar do uso aprop priado destass substâncias permitir a manutençãoo dos cultivo os em
bom estado sanittário, o uso inapropriadoo das mesmaas pode ocasionar probleemas para a saúde
humaana, ainda que dependa de fatores ccomo baixa solubilidade,
s , escassa lixivviação e efeito de
diluiçção.

7.4.2
2 Efeitos sobre o meio biótico
o
7.4.2.1 Efeitos
E sob
bre os parââmetros microbiológ
m gicos do seedimento.

O número o total de ba
actérias regi stradas nos sedimentos situados sobb as fazenda
as não
diferee significativvamente do registrado em segmen ntos não co
ontaminadoss. No entantto, as
ativid
dades de cultivo
c podem favoreccer o dese envolvimento
o de deterrminados grupos
g
bacteerianos, ou pelo
p contráriio, pode cauusar uma reddução no número de ativvidade bacteeriana
u de agenttes antibacteerianos via alimento. A presença
geral devido ao uso p de Vibro salmonicida
nos ssedimentos, procedentes de peixes infectados, foi detectad da por Engeer et al. (198
89) 18
mesees depois daa aparição da d patologia e 7 mesess depois do abandono dda fazenda. Estes
resulttados indicam que bacté érias patogênnicas podemm sobreviver no meio, e qque o acúmuulo de
antib
bióticos no seedimento pode ter sériass implicaçõess no crescimento de espéécies resistentes.

7.4.2.2 Efeitos
E sob
bre a estru
utura das populações
p s bentôniccas

Em termos gerais, o acúmulo dee efluentes orgânicos


o influi de formaa determinan
nte na
macrofauna pressente no meio. m Em seedimentos não n poluídoos normalm mente existe uma
comuunidade bentônica estávvel e diversi ficada, send do que o enriquecimentto orgânico inicial
pode aumentar a produtivida ade em deteerminadas áreas. No enttanto, se os níveis aume entam
acimaa da quantid dade que possa ser asssimilada pelo meio, os decréscimoss de oxigêniio e a
produução de SH2 condicionam m mudanças na estrutura das popula ações que see manifestamm pelo
desapparecimento o da comunid dade climax e o domínio de espécies oportunistaas (Tabela 23). Nos
sedim
mentos que apresentam m a capa anóóxica situada na superfície, eliminaam‐se també ém as
espéccies oportun nistas resulta
ando em seddimentos azó óicos. A área afetada pel o enriquecim
mento
orgân
nico pode su ubdividir‐se em relação à graduação o de concenttração em (bbaseado em m NCC,
1989):
 Zona AZÓ ÓICA, situada no ponto de máximaa concentraçção orgânicaa (normalme ente a
vertical das
d gaiolas), caracterizada
c a pela elimin
nação total da
d macrofaunna.
 Zona CON NTAMINADA A, dominada por espéciess oportunistaas.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 369
 Zona de TRANSIÇÃO,
T com alta di versidade, abundância
a de
d fauna e bbiomassa. Ne esta, a
estruturaa da comunid
dade se encoontra influenciada pelos níveis
n de connteúdo orgân
nico.
 Zona NÃ ÃO CONTAM MINADA (CLI MAX) onde as condiçõ ões podem ser conside eradas
normais.

Quando não há maiis o acúmullo de sedim mento (normalmente quuando o culttivo é


encerrrado) é posssível uma reecuperação biológica, mesmo
m que as
a taxas varieem em funçção da
gravid
dade da alteeração causada. O estabeelecimento dos
d ciclos normais de successão ecoló
ógica e
colon
nização da área
á por differentes esppécies pode durar mais de quatro anos até o total
restabelecimento o da comunid dade origina l

Taabela 23. Imp


pacto de fazeendas marin
nhas sobre o macrobentoos.
Espécie e sistem
ma Efeittos Referê
ência
Gaiolaas de saalmão Grande abundânc ia e pouca divversidade dire etamente sobb as
Pease (1977)
(
prateaado jaulas, com predom mínio deo poliqueta Capite
ella capitata
Aumento de pooliquetas opo ortunistas e diminuição na
mori
Kitam
Guaiú
úba, Japão proporção relativva de moluscos e crusstáceos com o
(197
77)
aume ento da maté ria orgânica
Gaiolaas de salmãão‐do‐ Zona azóica abaixoo das jaulas, com
c predomínniode C. capitaata Stew
wart
Atlânttico , Irlanda ao re
edor das jaula s (198
84)
3 fazendas
f exxaminadas, com resulta ados diverssos:
1. Baaixa diversidaade e comunidade domina ada por speccies
Gaiolaas de salmãão‐do‐ Ervik et
e al.
oportunistas
Atlânttico , Noruegaa (19885)
2. Bioestimuulação abaixo das jauulas
eito mínimo aabaixo das jaulas
3. Efe
Gaiolaas de salmãão‐do‐ Earll et
e al.
Zona azóica abaixoo de algumas jaulas
Atlânttico , Escócia (198 84)
Zona azóica abaaixo de algumas jaulas. Predomínio de
Gaiolaas de salmãão‐do‐
C.cap
pitata abaixo e for a das jaaulas. Efeitos restritos a 400 m Dixon (1986)
(
Atlânttico , Shetland
d
das ja
aulas.
Zona azoica deba ixo das jaulas, rodeada po or C. capitataa e
Gaiolaas de salmãão‐do‐ Brown et al.
Scole
elepis fuliginoosa a 8 m foraa do local. [Zo
ona enriqueccida
Atlânttico , Escócia 87)
(198
até 25m
2 e limpa a partir de > 25
5m]
Zona azóica cobree 3m. Carbono o orgânico, pootencial redoxx e
Gaiolaas de Salmo salar, GOWE EN et
níveis de O2 norm ais em um paarímetro de 15m. Dominânncia
Escócia al.(19
988)
de opportunistas enntre 15‐120m
Gaiolaas de Salmo salar, Zona azóica. Impaacto sobre macrofauna bentônica restritoo a
LUMB (1989)
(
Escócia 50 m
Gaiolaas de
Sem zona azóicaa. Dominânccia de C. ca
apitata. Efeittos YE ett al.
Oncorrrhynchus mykiss,
m
ados a 30m
limita (199
91)
Tasmaania
Fontee: Adaptado de Barg (1992).

7.4.2.3 E
Efeitos sob
bre o creescimento algal e sobre a produtividade
p
primária

Os efeitos da aquicultura sobbre o cresscimento alg gal podem ter impliccações


importantes sobrre a saúde pú ões naturais e para a próópria viabilia
ública, sobree as populaçõ ade da
dade aquícola, podendo ter
ativid t os seguinntes efeitos:

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 370
 Mudançaas nos padrõ
ões de em nuutrientes e na
n eutrofizaçção do meioo aquático

As unidad des de cultivvo liberam nnutrientes no meio. Se a dispersão não for eficciente,
pode haver hiperrnutrificação o que, por suua vez, pode favorecer o crescimentoo do fitoplân ncton,
causaando a eutro ofização do ambiente. A magnitude e do efeito fica subordinnada às cond dições
ambientais e à co oncentração de nutrientees. Em geral, o fósforo é um fator lim mitador em águas
docess, e o nitrogêênio inorgânico solúvel eem águas salggadas, ainda a que existamm exceções.
A alteração no equilííbrio natura l dos macro o e micronuttrientes na áágua pode in nduzir
mudaanças importtantes na estrutura e co mposição do o fitoplâncto
on na área affetada. Diferrentes
espéccies de fito oplâncton re espondem de forma distinta
d à variação
v dee nutrientess e o
cresccimento de várias espécie es de dinoflaagelados pod
de ser favoreecido com a aadição de ammônia.
Efluentes orgâniccos estimulam o crescim mento de Gym mnodimium,, que resultaa ser componente
habittual das denominadas "m marés vermeelhas". A bio otina e a vita
amina B12, qque se encontram
habittualmente co omo aditivos de ração, parecem te er algum efe eito sobre o desenvolvim mento
seletiivo de determinadas esspécies. Nesste sentido, Turner et al. a (1987) m mostraram que os
efeitoos do dinoflaagelado Gym mnodimium aaureolum se e potencializam na preseença da biottina e,
além disso, a vittamina B12 resulta serr um fator de crescime ento para a microalga tóxica
Prymmnesioum parrvum.
Gowen et al., (1985) encontraram m hipernutrificação em zonas
z próximmas às installações
de gaaiolas na Escó ócia, porém não registra ram eurtofizzação do meio marinho.
Ervick et al. (1985) re
ealizaram umm estudo sob bre seis fazen
ndas de salmmão (corretammente
situaddas) na Noru uega e não encontraram
e m aumento no os níveis de nutrientes ddentro ou fora das
mesm mas, nem em e relação às estaçõess de referên ncia. As conncentrações mostraram uma
variaçção anual no ormal, com ligeiros aum mentos de nitrato na primavera e veerão e valore es um
pouco o superioress de fosfato o na superfíccie. No entaanto, as concentrações dde amônia foram f
muito o superiores aos conside erados normaais.
No Atlânntico Norte (Noruega e Ilhas Faroe e) a eutrofizzação das ágguas derivada da
ativid
dade aquícolla parece ser um proble ma de impo ortância mínima local naa zona norte e em
áreass fechadas. No entanto o, a zona doo Báltico (Suécia e Finllandia) reprresenta uma a área
especcialmente seensível a essta problem ática devido o à sua baixxa energia e por apressentar
nutrieentes em condições lim mitantes, ra zão pela qu ual, um incremento míínimo dá lu ugar a
aumeentos importantes na produção pri mária. As in nstalações de aquiculturra têm um efeito
visíveel sobre a prrodução prim mária ainda que resulte em pequena magnitudee, devido à rápida r
eliminação pelo zooplânton n e as elevvadas taxass de renovação de ággua que lim mitam
conjuuntamente o acúmulo de biomassa na mesma. Por outro la ado, os aumeentos de turrbidez
causaados pelo au umento de matéria
m em ssuspensão taambém limitam a atividaade fotossinttética,
afetando o crescimento algal.

 Mudançass na estrutura e na composiçã munidades plantônicas e o


ão das com
crescimen
nto de macro
oalgas

As macro
oalgas dos fundos
f marinnhos podemm ver favoreecido seu crrescimento com
c a
osição de no
dispo ovos substrattos para seuu assentame
ento (estrutu
uras de instaalação) e tam
mbém
comoo resultado do
d aumento o de concenttração de nutrientes. Emm lugares abbertos, onde e esta

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 371
variaçção aparentaa ser não detectável, o ccrescimento das macroalgas na superrfície pode ser até
20 veezes superiorr às estaçõess de referênccia

7.4.2.4 Impactos derivados


d d
de contam
minação bio
ológica

A rápida expansão da d aquicultuura nas últim mas décadass favoreceu a introduçã ão de


espéccies exóticass e o transporte e transsferência de animais aqu uáticos vivoss e seus ovo
os. Os
probllemas decorrrentes dessse tipo de contaminação incluem a introduçãão de patógenos
exóticos e pragass, que difunddem infecçõees entre as populações nativas e o esscape das esp
pécies
cultivvadas que podem ocasionar a coompetição por alimentto, predaçãão e inibiçã ão da
reproodução das espécies nativas,
n aléém de mod dificações ambientais, transferência de
patologias e hibriidação.
A gravidaade do problema dependde do compo d ambas as espécies (na
ortamento de ativa e
cultivvada), da hab
bilidade do animal
a para ssobreviver no meio natural (normalmmente muito baixa
para animais culltivados), mo orfologia e de sua capaacidade de hibridação ccom a popu ulação
nativa.

7.4.3
3 Avaliaçã
ão geral dos impacto
os
qui avaliadass, a piscicultuura marinha é que
Dentre ass três modalidades de m aricultura aq
apressentou o maior número ded impactos,, 75 ao todo (Tabela 24).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 372
Tabe
ela 24. Matriz de co
orrelação causa x eefeito aplicada à piscicultura marinha nos PLDM do Paraaná.
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Impactos visuais
In
nstalação das
Implantação

eestruturas de cultivo Balsas para armazzenamento de insumos e para


operações de rotiina
Criação de obstácculos em áreas marinhas
Liberação de prod dutos químicos utilizaados como
C
Contaminação químicca
antiincrustantes em redes e gaiolas
Liberação de prod dutos químicos utilizaados como
CContaminação químicca antiincrustantes em redes e gaiolas
Antibióticos, prod
dutos terapéuticos e profiláticos
Ambientes anóxiccos locais
Enriquecimento o orgânico da água
Físico

Acréscimo das taxxas de sedimentação


DDeposição de fezes e Acúmulo de matééria em suspensão nas áreas
dde sobras de ração cultivadas
Alteração na ciclaagem de nutrientes
Alterações físico‐químicas do substrato
Operação

Alteração da topoografia
RResíduos sólidos Entulhamento dee terrenos
(cabos, cordas,
Deposição nas praias pela chuva
fflutuantes)
Quantidade de ággua doce utilizada no o
MManejo e
processamento do pescado
pprocessamento
Geração de efluentes / aumento turbidez
Impactos visuais
Criação de obstácculos em áreas marinhas
EEstruturas de cultivo Alteração da veloocidade (fluxo) e direçção da água
Balsas para armazzenamento de insumos e para
operações de rotiina

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 373
3
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Alteração dos pad


drões de erosão e sed
dimentação
de partículas
Revolvimento do substrato
Desativação

EEstruturas de cultivo
Descarte de estru
uturas e materiais
RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade
Atração de espécies incrustantes nas eestruturas de
cultivo
Aumento de diversidade no local
Implantação

SSobre a biodiversidade
Estabelecimento de novos habitats
Impactos sobre m mamíferos marinhos lo ocais e
migratórios
Riscos de aumentto da frequência bloo oms de algas
tóxicas
Biótico

DDeposição de fezes e Aumento da prod dutividade primária pelo aumento


ssobras de ração na taxa de ciclageem de nutrientes
Perda da qualidad de sanitária do ambieente
Aumento da atividade microbiana
Operação

Escape e suas implicações para ass populações


selvagens
Sobre a macrofau una bentônica em fun nção da alta
sedimentação e d do enriquecimento orrgânico
SSobre a biodiversidade
Atração de espécies incrustantes nas eestruturas de
cultivo
Aumento de diversidade no local
Estabelecimento de novos habitats

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 374
4
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Introdução/dispeersão de doenças e paarasitas


Impactos sobre m
mamíferos marinhos lo ocais e
migratórios

Aumento do esfo orço pesqueiro para ccaptura de


peixes de menor valor para fabricaçãoo de rações
Sobre peixes e avves predadoras (preso
os nas
estruturas de culttivo)
Captura de indivídduos selvagens comoo
reprodutores
Desativação

RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade

Limitação de uso de áreas marinhas


Implantação

EEspaços físicos
Conflitos de uso
SSegurança Furtos
Mão‐de‐obra para instalação das unidades de
G
Geração de renda
cultivo
Antrópico

Limitação de uso de áreas marinhas


EEspaços físicos
Conflitos com outtros usuários
SSegurança Furtos
Aumento da rend
da
Aumento de posttos de emprego e autoemprego
G
Geração de renda Desenvolvimento o regional da cadeia p
produtiva
Operação

Melhoria das condições de vida


Novas alternativaas de ocupação/produução
O
Oferta de alimentos Aumento da quan ntidade e da frequênccia na oferta

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 375
5
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

de alimentos
Produção de protteína de alta qualidad
de e valor
Manutenção do m modo de vida das poppulações
litorâneas
P
População Fixação regional d
da população
Valores históricoss e culturais
Ocupação
Pesca amadora
Pesca artesanal
SSetores produtivos Agricultura
Pecuária
Indústria
Urbanismo
Educação
Saúde
Infraestrutura
Comunicação e energia
Abastecimento dee água
Transporte e redee viária
Desativação

CCondições
Retorno às condiições socioeconômicaas anteriores
ssocioeconômicas
à instalação da attividade

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 376
6
Dentre oss impactos identificadoss, 32% foramm considerados positivoss e 56% nega ativos,
sendo
o o maior número de im mpactos pos itivos identifficados no meio
m antrópiico e os negativos
no meio físico (Taabela 25).

Tabeela 25. Síntese numérica dos impactos ppotencialmen nte provocadoos por de emppreendimento
os de
piiscicultura maarinha no litoral paranaensse.
Tipo
o de Me eio Im
mportância Magnitude Duração
o
Tota
al
Impaactos afetaado P M G 1 2 3 1 2 3
Físicco 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1
Biótico 7 3 1 3 4 2 1 0 6 1
Posittivos Antró ópico 16
6 1 8 7 2 8 6 1 8 7
Sub‐TTotal 24
4 4 9 11
1 6 10
1 8 1 14 9
% 32,0
0 5,3 12 14,7 8 13,3 10,7 1,3 18,7 12
Físicco 24
4 13 11 0 15 9 0 6 16 2
Biótico 11
1 5 6 0 6 5 0 0 9 1
Negaativos Antró ópico 7 0 7 0 0 6 1 0 6 1
Sub‐TTotal 42
2 18 24 0 21 20
2 1 6 32 4
% 56,0
0 24 32 0 28 26,7 1,3 8 42,7 5,3
Númmero 9
Indefiinidos
% 12,0
0

Assim coomo já havvia aconteci do em relaação à malacocultura, os impacto os da


pisciccultura marin
nha tendem a ocorrer naa fase de ope
eração dos empreendimeentos. Neste
e caso,
78% dos impacttos identifiicados podeem potenciaalmente oco orrer durantte essa etap
pa da
dade (Tabela 26).
ativid

Tabela 26. Sín


ntese numérica dos impacctos potencialmente provocados pela immplantação de
e
empreenddimentos de m malacocultura
a no litoral pa
aranaense.
Número de
d Impactos
Etapass da
Atividade Tota
al % Positivos
P Negativos
N Inddefinidos

Implanttação 12 166,0 4 8 0

Operação 59 788,7 19 31 9

Desativvação 4 55,3 2 2 0

TOTA
AL 75 1000,0 25 41 9

% 33,3% 54,7% 112,0%

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 377
7.5 C
CULTIVO DE ALGAS
Quando se
s avaliam os
o cultivos dde macroalgas consta‐sse facilmentee que são os
o que
apressentam mennores impactos adversoos. Pode‐se, inclusive, afirmar que a maioria desses
d
impactos são ben
nignos ou be
enéficos, aoss meios físico
o, biótico ou antrópico.

No entannto, ainda asssim é possíível observarr que impactos negativoos podem occorrer
(Tabeela 27). Gran
nde parte delles são impa ctos comunss às outras modalidade
m aaquícolas desscritas
anterriormente.

7.5.1
1 Impacto
os sobre o meio físicco
Da mesmma forma que e acontece ccom os cultivvos de outros organismoos marinhos, como
moluscos e peixees, as estruturas de cuultivo de alggas podem provocar
p im pactos visua
ais no
ambiente, com a falta de padronização daas estruturass.

As algas são
s cultivada marração, prresas ao substrato
as geralmentte sobre estrruturas de am
por estacas, poitas ou ânccoras. Dessaa forma, po odem ocasio onar conflitto com rota as de
naveggação e áreaas de balneário, devido aao encordoammento utiliza
ado. Além diisso, se não forem
f
planeejadas de acordo com ass condições físicas e ambientais do local, essas eestruturas podem
p
se so
oltar e provo
ocar o entulhhamento e a deposição de materiais não degra dáveis (cord das de
náilon, por exempplo) nas praias do entornno.

7.5.2
2 Impacto
os sobre o meio bióttico
Os cultivo
os de macroalgas funcionnam como im
mportantes fontes para atração de fauna,
f
que u
utilizam os aggrupamentos como sítio s de reprodu
ução e desovva.

As macro ém funciona m como verrdadeiros filtros biológicoos, sendo ca


oalgas també apazes
de absorver nuttrientes que estejam em m excesso no ambiente e transfoormá‐los em m uma
biomassa frequen
ntemente muito útil e vaaliosa.

Em casoss de utilizaçã
ão associaçãoo a unidadess de cultivo de peixes, aas macroalga
as têm
se mostrado cap pazes de red duzir as conncentrações ambientais de amônia, fosfato e niitrato,
além de produzzir substânccias que sãoo capazes de inibir o crescimentto de patógenos
bacteerianos de peeixes (Jordan
n, 2007).

Além dessses nutrienttes, as macrooalgas necesssitam de CO


O2 para se ddesenvolver e, por
essa característicca, podem desempenharr um importtante papel no processoo de sequesttro de
carbo
ono do ambiente.

Porém, as
a algas são o também cconhecidas por excreta ar substânci as tóxicas, como
resulttado do proccesso de estresse a que ppodem ser submetidas, e também coomo parte natural
de seeu sistema de
d Durante a fase de colheita, qu uando as pla antas estão quebradas, e em
perío
odos de fortee estresse ambiental,
a taais como alttas temperatturas e reduução das taxxas de

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 378
trocaa de água, a liberação de
d tais substtâncias pode
eria, ao mennos em teorria, provocaar seu
acúmmulo nos seddimentos e, portanto, pprovocar efeeitos adverso
os sobre a i nfauna (Philips &
Toweers, 1982).

No entan nto, Olafsso


on et al. (11995) não observaram
o tais efeitoss em simullações
experrimentais reealizadas, maas sugeriram
m que os cuultivos de algas podem atrair espéccie de
peixees que, por sua
s vez , pre edariam sobrre os organissmos da infa
auna alteranndo pontualm
mente
sua d
distribuição e abundânciaa. Também ssugeriram quue a movimentação do seedimento du urante
as op
perações de instalação
i e manejo das estruturas de cultivo pooderiam ser responsáve eis por
tais efeitos. O sombreame ento provoc ado pelas macroalgas também ppoderia afettar as
comu unidades benntônicas.

O principal dano amb biental relataado envolven ndo cultivo de


d algas se reefere à introdução
de esppécies exóticas. Os danoss sobre os reecifes coralín neos havaiannos causadoos pela introdução
intenciional de espécies de Kap ppaphycus/EEucheuma sãão os mais be em documenntados (Conklin &
Smith, 2005). Vintee e cinco ano os após a int rodução na baía de Kane e'ohe, no Haavaí, essas alggas se
estabeleceram sob bre os corais, causando ‐lhes a morrte principalm mente por ssombreamen nto, e
continuua se dispersando para outraso regiõ es (Conklin & Smith, 20005). Também m foram relaatados
estabelecimento de K. alvareziii em recifes na Índia (Baagla, 2008; Chandrasekarran et al. , 20 008) e
na Vennezuela (Barrrios et al. 200 07).
Para evittar danos ambientais
a causados pela
p introdu
ução intenciional de alggas é
necesssária a impleementação de d procedim entos de avvaliação de riscor e/ou d e monitoram mento
ambien ntal para veerificar tanto o o estabeleecimento daa espécie introduzida noo meio amb biente
quanto o à introduçção de orga anismos ind esejados asssociados à espécie‐alvoo (Oliveira, 2005;
Verlecaar & Pereirra, 2006). Entretanto,
E são incipie
entes os programas dee monitoram mento
ambien ntal das intro oduções inte encionais de espécies de e Kappaphycus no mundoo (Ask et al. 2003;
Conklinn & Smith, 20 005).
No Brasil,, de acordo comc a Instruução Normattiva n.185 de e 23 de julhoo de 2008, passa a
ser exigida pelo IBAMA/MMA a execução do monitoraamento amb biental relatiivo à produçção de
Kappap phycus alvarrezii. Desta maneira,
m tornna‐se emerggente a criaçã
ão de metoddologias eficientes
para a avaliação do o estabelecim mento desta alga fora das estruturas de cultivo.
Em um esstudo realiza ado para anaalisar a ocorrrência e a viabilidade dee esporos e mudas
m
de Kapppaphycus allvarezii no ambiente nattural no ento orno do maio or do cultivoo desta espécie no
país, Caastellar et all. (2009) verificaram que a espécie nãão se estabeleceu no am mbiente natural via
estrutuuras reprodu utivas ou via crescimentoo vegetativo de mudas desprendidass do cultivo, sendo
a restrrição lumino osa decorren nte do alto tteor de matterial particu ulado em suuspensão, um m dos
princip
pais fatores limitantes a espécie na baía da Maarambaia (Rio de Janeirro). Os resultados
sugereem que a intrrodução desta espécie ppara fins de maricultura
m em
e balsas fluutuantes não o está
provoccando danos ambientais no local até o momento. Entretanto,, devido aos resultados de d sua
disperssão e estabeelecimento em outras rregiões do planeta, p reco
omenda‐se o monitoram mento
ambien ntal permaneente dos culttivos de Kapppaphycus alvarezii no Brrasil.

7.5.3
3 Impacto
os antrópicos
O cultivo
o de algas pode substiituir o extraativismo, geerar renda e proporcio onar a
preseervação dos possíveis ba
ancos de algaas da região
o. Comunidad
des que utiliizavam a exttração

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 379
de algas como su ustento passam a realizaar o cultivo como
c forma de agregar valor ao pro oduto.
No littoral do Ceará, comunidades da cidaade de Trairi retiram algas do mar ddesde a déca ada de
1970. A partir doo ano 2000, o extrativism mo deu lugar ao cultivo, numa açãoo desenvolvid da em
parceeria pela Asssociação dos Produtores de Algas de e Flecheiras e Guajirú e as ONGs Insstituto
de Deesenvolvimeento Sustentá ável e Energ ias Renováve
eis (Ider) e Terramar.
T Anntes do projeeto, as
algas marinhas eram
e extraíd
das dos seuss bancos naaturais ou co oletadas na praia e seccas na
próprria areia. Agoora o cultivo
o de algas accontece em cordas,
c em pleno
p mar. O banco de algas
a é
deixaado intacto. Com
C isso, ho
ouve aumentto na quantid dade de peixxes e lagostass da região.
Contudo, até mesm mo em relaação a essses aspectos conceituaais não há uma
unanimidade em relação aoss benefícios dos cultivoss de macroallgas. Buschm mann et al. (2005)
(
relataam que emb bora muitas vezes os culltivos de macroalgas seja am fomentaados na espe erança
de qu ue o aumento receita re esultará em uma reduçãão na pressã ão de pesca,,nem semprre isso
ocorrre, pois, dad
da a simplicidade das téécnicas de cu ultivo, muitaas vezes as mmulheres accabam
realizzando esse seerviço, enquanto os hom mens continuuam se dedicando à pescaa.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 380
Tabela 27. Matriz de correlação caussa x efeito aplicada
a à algocultura nos PLDM do Paraná.
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3
Implantação

Impactos visuais
In
nstalação das
eestruturas de cultivo
Criação de obstácculos em áreas marinhas

RResíduos sólidos Entulhamento dee terrenos


(cabos, cordas,
fflutuantes) Deposição nas praias pela chuva
Aumento das taxaas de fotossíntese e cconsumo de
CO2
EEfeitos sobre a
Físico

Absorção de exceesso de nutrientes e redução dos


qqualidade da água
riscos de eutrofização local
Operação

Absorção de outrros poluentes


Impactos visuais
Criação de obstácculos em áreas marinhas
EEstruturas de cultivo Alteração da veloocidade (fluxo) e direçção da água
Alteração dos pad drões de erosão e sed dimentação
de partículas
Revolvimento do substrato
Desativação

EEstruturas de cultivo
Descarte de estru
uturas e materiais
RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade

Atração de fauna
Implantação
Biótico

SSobre a biodiversidade Aumento de diversidade no local

Estabelecimento de novos habitats

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 381
1
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

Impactos sobre mmamíferos marinhos lo ocais e


migratórios
Reprodução e multiplicação em ambiente natural
(no caso de uso d
de espécies exóticas)
Atração de fauna
Aumento de diversidade no local
Operação

Estabelecimento de novos habitats


SSobre a biodiversidade Impactos sobre mmamíferos marinhos lo ocais e
migratórios
Reprodução e multiplicação em ambiente natural
(no caso de uso d
de espécies exóticas)
Desativação

RRecuperação
Retorno às cond
dições anteriores à instalação da
aambiental
atividade

Limitação de uso de áreas marinhas


Implantação

EEspaços físicos
Conflitos de uso
SSegurança Furtos
Mão‐de‐obra para instalação das unidades de
G
Geração de renda
Antrópico

cultivo
Limitação de uso de áreas marinhas
EEspaços físicos
Conflitos com outtros usuários
SSegurança Furtos
Aumento da rend
da
Aumento de posttos de emprego e autoemprego
Operação

G
Geração de renda Desenvolvimento o regional da cadeia p
produtiva
Melhoria das condições de vida
Novas alternativaas de ocupação/produução

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 382
2
Tipo de Imp
pacto
Positivo Negativo

Indefinido
Importância Magnitude Duração Impo
ortância Magnitudee Duração
Meio Fase Categoria Impacto
P M G 1 2 3 1 2 3 P M G 1 2 3 1 2 3

O
Oferta de alimentos Aumento da quan ntidade e da frequênccia na oferta
de alimentos
Manutenção do m modo de vida das poppulações
litorâneas
P
População Fixação regional d
da população
Valores históricoss e culturais
Ocupação
Pesca amadora
Pesca artesanal
SSetores produtivos Agricultura
Pecuária
Indústria
Urbanismo
Educação
Saúde
Infraestrutura
Comunicação e energia
Abastecimento dee água
Transporte e redee viária
Desativação

CCondições
Retorno às condiçções socieoeconômiccas anteriores
ssocioeconômicas
à instalação da attividade

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 383
3
A análise da Tabela 28 mostra um
m equilíbrio numérico
n enttre impactoss conceitualm
mente
positivos e negativos associaados ao culttivo de maccroalgas. No entanto, o bserva‐se que ao
mesmmo tempo em e que fora am identificcados 6 imp pactos positivos de graande importância,
nenhum impacto negativo de e grande impportância foi relatado.

Tabeela 28. Síntese numérica dos impactos ppotencialmen nte provocado


os por de emppreendimento
os de
algoculturra no litoral pa
aranaense.

Tipo
o de Meeio Imporrtância Magnitude Duração
Total
Impaactos afetaado P M G 1 2 3 1 2 3
Físicco 4 0 3 1 3 0 1 0 3 1
Biótico 7 6 0 1 6 0 1 0 6 1
Posittivos Antró
ópico 12 1 7 4 2 9 1 1 10 1
Sub‐TTotal 23 7 110 6 11 9 3 1 19 3
% 41,8 12,7 188,2 10,9 20,0 16,4
4 5,5 11,8 34,5 5,5
Físicco 10 6 4 0 6 4 0 2 6 2
Biótico 4 2 2 0 2 2 0 0 4 0
Negaativos Antró
ópico 7 2 5 0 2 5 0 0 6 0
Sub‐TTotal 21 10 111 0 10 11 0 2 16 2
% 38,2 18,2 200,0 0,0 18,2 20,0
0 0,0 33,6 29,1 3,6
Núm
mero 11
Indefiinidos
% 20,0

Também como nos demais


d caso s, os impacttos tendem a ocorrer fuundamentalm
mente
duran
nte a fase dee operação dos empreen dimentos dee cultivo Tabela 29.

Tabella 29. Síntese numérica dos impactos pootencialmente e provocadoss algocultura eem diferentess fases
do processo proodutivo no lito
oral paranaen
nse.
Núme
ero de Impactos
Ettapas da Ativiidade
Total % Posittivos Negativvos Indefiniddos

Implantaçã
ão 11 20,0 4 7 0

Operação 39 70,9 17 11 11

Desativaçã
ão 5 9,1 2 3 0

TOTAL 55 100,0 23 21 11

% 41
1,8 38,2 20,0

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 384
7.6 C
CONCLUS
SÃO DO PR
ROGNÓST
TICO DE IM
MPACTOS
A partir das
d Matrizes de Correlaçção Causa x Efeito foram m montados diagramas (Figura
146) que permiteem uma aná álise mais inntegrada doss impactos positivos
p e nnegativos gerrados.
Para isso, o som matório dos identificados
i s e quantificcados para cada
c atividadde e meio (físico,
bióticco e antrópiico, respectivamente appresentados na Tabela 15, Tabela 225 e A análiise da
Tabela 28 mosttra um equ uilíbrio num érico entre impactos conceitualm mente positivvos e
negattivos associaados ao cultivo de macrooalgas. No entanto, obse erva‐se que ao mesmo tempo
t
em qque foram id dentificados 6 impactoss positivos ded grande im mportância, nenhum im mpacto
negattivo de grandde importância foi relataado.

Tabela 28
8), foi dividid
do pelo núm
mero máximo o de impacto os identificaddos (75) cau
usados
pela aatividade maais impactante (no caso, a pisciculturra marinha) e multiplicaddo por 100.

Corrobora‐se o que fo
oi descrito a nteriormentte de que a atividade
a meenos impacta ante é
a alggocultura. Poor outro lado, a atividadde que apre esenta o ma aior potenciaal para impactos,
tantoo positivos quanto negattivos, é a pisscicultura marinha. Outrra caracterísstica importaante é
que n nos cultivos de macroallgas predom mimam os impactos antró ópicos positiivos, enquan nto na
pisciccultura e ma malacocultu
ura os maior es impactos são negativo o, mas sobree o meio físicco.

O objetivvo dessas análises


a nãoo foi esgotaar a compre eensão ou identificação o dos
impactos e das medidas
m mitiggadoras posssíveis, mas sim contribuir com uma aanálise estratégica
para qualificar ass discussões a respeito dda solução dos
d problemas e do deseenvolvimentto dos
nciais da maricultura.
poten

A maior parte
p dos impactos tem eefeitos locais e o fator principal que determina o grau
de ccontaminaçãão de uma a instalaçãoo aquícola parte do próprio pplanejamento do
emprreendimentoo.

Entretantto, é de neceessário se coompreenderr que os impactos (tantoo positivos quanto


negattivos) interaggem entre sii, apresentamm efeitos sin
nérgicos ou antagônicos,
a e não deve
em ser
analissados de maaneira isolada, pois a gerração de um m determinad do impacto ppode potencializar
o efeeito do outroo, bem como o a adoção dde medidas mitigatórias pode reflettir diretamennte na
minimmização de vários
v impacttos.

Por exem mplo, a forma mais eficieente de reduzir o uso de


d antibióticoos em cultivvos de
peixees começa com a seleçã ão de uma áárea adequaada para instalação do eempreendim mento.
Depo as jovens sauudáveis e de procedência
ois, a utilizaçãão de forma a garantida,, associado ao
a uso
densiidades adeq quadas de cultivo e dde estratégias eficientes de mannejo são fa atores
fundaamentais para minimização das situuações de esstresse. Anim mais menos eestressados estão
meno os sujeitos à baixas no seeu sistema i munológico e, conseque entemente, m mais resisten
ntes à
doenças. Animaiss mais saudá áveis também m se alimenttam melhor, reduzindo oos desperdícios de
nutrieentes forneccidos atravéss da ração. M
Menos despe erdícios impllicam em meenores aporttes de
efluentes e, con nsequenteme ente, menorr poluição ambiental. Em m águas maais não poluíídas o
cresccimento dos animais até o tamanho comercial é mais rápido o, os custos são menores e os
lucros maiores.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 385
Figgura 146 ‐ Rep
presentação gráfica
g dos immpactos causa ados pelos cultivos de moluuscos (em cim ma),
peixes marinhoss (meio) e macroalgas (em baixo). Diagramas estruturados a partirr das Matrizes de
C
Correlação Caausa x Efeito. Os índices (eem percentage em) foram obbtidos a partirr do cálculo do
o
somaatório de impaactos quantifiicados para caada atividade e, para cada meio
m (físico, bbiótico e antró ópico),
diviidido pelo número máximo o de impactoss causados pe ela atividade mais impactaante e (no casso, a
pisciicultura marin
nha).

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 386
Pelo mesmo motivo (a( interação entre os diferentes impactos potencciais e as meedidas
de coontrole adottadas), é baastante imp reciso e pouco eficiente se tentarr prever tod dos os
probllemas que acontecerão
a quando da implantação o de cada um
u dos parqques aquícolas e,
assim
m sendo, quaais ações esspecíficas deeverão ser aplicadas
a na sua resoluçção, mitigaçã ão ou
comppensação. Esste processo de monitoraamento conttínuo das unnidades de cuultivo instala
ados é
um pprocesso quee deverá acoontecer conttinuamente e em paralelo à implanttação dos pa arques
aquíccolas. Ainda assim, na Tabela 30 são sumariizados os principais im mpactos negativos
discutidos anteriiormente e propostas medidas ge erais que ceertamente ccontribuirão para
minimmizá‐los ou mesmo
m soluccioná‐los.

A própriaa realização dos estudoos para deffinição dos PLDM do PParaná é a maior
garan ntia de que grande
g e dos possíveeis impactoss ambientais identificadoos serão mitigados
parte
ou mmesmo evitad dos. Isso poorque a maioor parte dessses impacto os negativoss estão, direeta ou
indireetamente, relacionados à correta disposição da instalaçã ão em áreass que reúna am as
condições hidroggráficas adeq quadas. Isto é, áreas em que a dinâm mica ambienntal possibilite, ao
mesm mo tempo, a adequada proteção ass estruturas de cultivo e aos animaais cultivado os e a
diluiçção e a disppersão dos efluentes, dde modo a diminuir a magnitude dos seus efeitos e
ambientais e biótticos adverso os.

Por isso, as áreas identificadas neste trabalho levaram m em conssideração criitérios


legaiss como, po or exemploo, zonas dee proteção ambiental e critérioss técnicos como
profu
undidade, batimetria,
b requerimenntos ambien ntais das espécies a ser cultivvadas,
caraccterísticas téécnicas dos sistemas
s de cultivo emp pregados. Ta
ambém foram m considera
adas a
capaccidade de carga
c do am
mbiente e a capacidade e local para assimilaçãoo e dispersã
ão de
nutrieentes, condições hidrom mórficas e hhidrográficass de determinadas zonaas para se prever
p
áreass de deposiçãão e erosão.

Posteriorrmente, aind
da em níveel ambiental e de saúd de pública, recomenda a‐se a
implaantação de programas consistentes
c s de monitoramento, qu ue certifiqueem as áreass e os
organ eficiados e q ue possibilitem a identificação imediiata de problemas
nismos cultivvados e bene
técnicos relacionados ao ma anejo para qque os mesm mos possa ser solucionaados antes de se
transsformarem em impactos ambientais.

No caso dos impactos sociais, ddevem ser implementad


i das as estraatégias de gestão
g
comp partilhadas entre os diferentes
d aatores envo olvidos, eng
globando pprincipalmentte as
prefeeituras, as co
omunidades, os maricultoores, os órgããos estaduaiss de fiscalizaação e de fom
mento
eop próprio MPA, na busca de d soluções destes impaactos. Além disso, as insstituições gesstoras
devem m fazer com m a legislaçção vigente seja de fato respeitad da. Talvez nnenhuma medida m
mitigatória seja mais
m difícil e,
e ao mesmoo tempo, ap presente maais resultadoos positivos que o
simplles cumprim mento da legiislação.

Com relação ao setor s produutivo, recommenda‐se a implemenntação de ações


goverrnamentais que desenvvolvam umaa mentalidad de associativvista entre oos produtore
es. As
assocciações ou coooperativas de produtorres, além de promover uma
u melhori a socioeconômica
do seetor envolvid
do, viabilizariam melhor a gestão dos impactos ne
egativos.

AVALIAÇÃO DOS POTENCIA


AIS IMPACTOSS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔ
ÔMICOS DA MA
ARICULTURA 387
TTabela 30. Principais impactos negativvos provocados pela maricultura poteencialmente identificados no âmbito dos PLDM do Paraná e medidas mitiggatórias propostas..

Meio Categgoria Caaráter M


Medidas Mitigató
órias Propostas
 Ap
plicação de boas práticas no processo de instalação e operaação das unidades de d
Revolvimento do substrato
cultivo.
 Padronização das estrutturas e de componen ntes dos sistemas de cultivo.
c
 Uso de materiais apropriados.
Impactos visuais
 De
esenvolvimento e ap primoramento dos cu ultivos em sistemas sub‐superficiais ou de
d
meeia‐água.
Problemas
 Occupação apenas das áreas
á indicadas nos PLDM,
P que já foram indicadas com base na
n
causadoos pelas
minimização de conflitoos de uso.
estrutu
uras de Criação de obstáculos em áreaas marinhas
 Criiação de corredores de
d navegação em parrques com maiores co oncentrações de áreaas
culttivo
aquícolas.
Balsas para armazenamento d
de insumos e para opeerações de
 Padronização de materiais e equipamentos utilizados.
u
rotina
 Occupação apenas das áreas indicadas noss PLDM, onde há cirrculação adequada de
d
Alteração
o da velocidade (fluxo
o) e direção da água
Físico

água.
 Occupação apenas das áreas indicadas noss PLDM, onde há cirrculação adequada de
d
Alteração
o dos padrões de erossão e sedimentação d
de partículas
água.
 Utilização de insumos de
d qualidade.
 Ad
doção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo
o.
Enriqueciimento orgânico da água
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de
d
Problemas po
oluentes.
causados pela  Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de
d
deposição de Ambientees anóxicos locais po
oluentes.
resíduos o orgânicos  Ad
doção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo
o.
gerados d durante o  Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de
d
processo de cultivo Acréscimo das taxas de sedimeentação po
oluentes.
(fezzes,  Ad
doção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo
o.
pseudo ofezes,  Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de
d
ração, cconchas) Acúmulo de matéria em suspeensão nas áreas cultivvadas po
oluentes.
 Ad
doção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo
o.
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de
d
Alteração
o na ciclagem de nutrrientes po
oluentes.
 Ad
doção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo
o.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 388
8
Meio Categgoria Caaráter M
Medidas Mitigató
órias Propostas
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de d
Alteraçõees físico‐químicas do ssubstrato po
oluentes.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de d
Alteração
o da topografia po
oluentes.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
 Deestinação adequada aos resíduos sólidos geerados no processo produtivo.
p
Eliminaçãão de conchas  Avvaliação da viabilidadee econômica de utilizzação das conchas coomo matéria‐prima em m
proocessos artesanais, in
ndustriais ou agrícolass
Descarte de Entulham
mento de terrenos  Deestinação adequada aos resíduos sólidos geerados no processo produtivo.
p
estrutturas,  Deestinação adequada aos resíduos sólidos geerados no processo produtivo.
p
subprod dutos e Deposição nas praias pela chuva  Realização de campanhas de conscientizaçção para maricultore es sobre a destinaçãão
materiaiss (cabos, correta dos resíduos.
cordas, demais  Deestinação adequada aos resíduos sólidos e efluentes gerados no o processo produtivo..
Atração de
d insetos
mateeriais)  Uso de subprodutos e minimização
m de resíduuos gerados.
 Utilização somente de produtos e materiais aprovados aos fins a que se destinam.
Liberaçãoo de produtos químico os utilizados como
 Ma anutenção periódicaa de redes e estrutturas para minimizaar a dependência de d
antiincrusstantes em redes e ggaiolas
antiincrustantes.
Resíduos químicos
 Utilização somente de produtos e materiais aprovados aos fins a que se destinam.
Antibióticcos, produtos terapéu
uticos e profiláticos  Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
 Utilização de formas joovens de procedência adequada.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
Quantidade de água doce utilizada
 Reutilização de água.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
Man
nejo Geração de
d efluentes / aumen
nto turbidez
 Uso de insumos de qualidade.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
Revolvimento do substrato
 Insstalação correta das estruturas
e de cultivo.
Recupeeração  Em
m caso de encerrameento do empreendim mento, cumprimento às normas legais qu ue
ambiental Retorno às
à condições anteriorres à instalação da atividade exigem a retirada de to oda e qualquer estru utura de cultivo do ambiente
a e destinaçãão
adequada aos materiaiss.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 389
9
Meio Categgoria Caaráter M
Medidas Mitigató
órias Propostas
 Occupação apenas das áreas
á indicadas nos PLDM, definidas com m base em estudos de d
minimização desse tipo de impacto.
 Uso de equipamentos e mecanismos de afuggentamento de mamííferos.
 Realização de programaas de educação ambiental para conscientiizar os maricultores da d
Impactos sobre mamíferos maarinhos locais e migraatórios
necessidade de protegeer os mamíferos marinhos, ainda que estes estejam nas áreas de d
cultivo e de que matá‐lo os é considerado crim
me ambiental.
 Approfundamento de pesquisas de avalliação dos impacto os para subsidiar o
desenvolvimento de altternativas tecnológicaas.
 Utilização de insumos ded qualidade.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
Riscos dee aumento da frequên
ncia blooms de algas tóxicas e  Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de d
comprom metimento dos produttos aquícolas pooluentes.
 Mo onitoramento regulaar das áreas de cultivo e dos organismos produzidos parra
ideentificação dos bloom
ms de algas tóxicas.
 Occupação apenas das áreas indicadas nos PLLDM, onde há melhorres ambientais.
 Mo onitoramento regular da qualidade sanitáária das áreas de cultivo e dos organismo os
Biótico

prooduzidos.
Sobre a  Ideentificação e supressãão de fontes eventuais de poluição.
biodiversidade Perda da qualidade sanitária d
do ambiente  Artticulação entre as diferentes
d esferas administrativas visanddo a manutenção da d
qualidade ambiental.
 Invvestimento em sisteemas de tratamento o de esgotos doméssticos nos município os
lito
orâneos.
 Deepuração dos molusco os cultivados antes daa sua comercialização
o.
 Impacto de difícil mitigaação, embora o uso de
d boas práticas de manejo
m e a utilização de
d
Aumento
o da atividade microbiiana
inssumos adequados posssam ajudar nisso.
 Applicação de boas práticas no processo de instalação e operaação das unidades de d
cultivo.
Escape e suas implicações parra as populações selvagens  Applicação de boas práticas de manejo.
 Addoção de normas de segurança e reforço das estruturas de cultivo.
 Uso preferencial de esp pécies nativas.
 Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
Sobre a macrofauna
m bentônicaa em função da alta sedimentação  Uso de insumos de qualidade.
e do enriq
quecimento orgânico
o  Occupação apenas das áreas indicadas noss PLDM, onde há cirrculação adequada de d
água.
Introduçãão/dispersão de doen
nças e parasitas  Applicação de práticas dee quarentena.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 390
0
Meio Categgoria Caaráter M
Medidas Mitigató
órias Propostas
 Mo onitoramento continu uado da qualidade sanitária do plantel.
 Uso de práticas profiláticas.
 Applicação de boas práticas de manejo.
 Uso preferencial de esp pécies nativas.
 Criiação de um banco de d dados sobre as do oenças e distribuição do parasita em águaas
maarinhas para basear to omadas de decisões.
 plicação estrita dos códigos internacion
Ap nais para deter a po ossível introdução de
d
patógenos e minimizar os riscos de dispersão o de doenças.
Sobre peiixes e aves predadoraas (presos nas estrutu
uras de  Uso de estruturas e até a de equipamentos destinados a afu ugentar peixes e avees
cultivo) maarinhas.
Aumento o do esforço pesqueirro para captura de peeixes de  Fomento aos estudos visando a substituição de componentes dass rações.
menor vaalor para fabricação de rações  Applicação de boas práticas de manejo para reduzir as quantidades utilizadas de ração.
 Formação de planteis de reprodutores e diminuição
d da depenndência de indivíduo
os
Captura de
d indivíduos selvagens como reprodutorees
selvagens.
Redução (através do consumo
o) da biomassa fitoplanctônica  Noo caso de moluscos filtradores, não há commo mitigar esse impaccto.
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos PLDM, onde há maior dispersão de d
po
oluentes.
Consumo de
Geração de
d biodepósitos, comm consequente impactto sobre a  Addoção de boas práticas de manejo durante o processo produtivo o.
plânccton e
composiçção e estrutura das poopulações bentônicass.  Realização de monito oramento ambiental e de pesquisas sobre os padrões de d
eliminaação de
seddimentação, tipo e teextura do sedimento o de fundo, estruturaação das comunidadees
resíduos oorgânicos
bentônicas nas áreas dee cultivo.
(urina, fezes e
 Occupação apenas das áreas indicadas noss PLDM, onde há cirrculação adequada de d
pseudoofezes)
Aumento o da produtividade priimária pelo aumento na taxa de água.
liberação e ciclagem de nutrientes  Applicação de boas práticas de manejo.
 Uso de insumos de qualidade.
 Proodução de sementes de ostras em laboratório.
Danos às árvores onde se fixam
m as sementes de osttras (para
 Uso de coletores artificiais de sementes.
extração de sementes)
 Me elhoria das práticas de coleta de sementess no manguezal.
 Proodução de sementes de ostras em laboratório.
Sobre oss bancos
 Uso de coletores artificiais de sementes.
naturais de
 Repicagem (desdobre) das cordas de cultivo o.
semeentes
Sobreexp
ploração e Supressão de bancos naturais de moluscos  Deefinição de um processso de gestão particip
pativa dos bancos naturais.
 Cumprimento aos reegulamentos que disciplinam a extrração de sementees,
esttabelecendo um perííodo de proibição e definindo
d procedimentos e cotas de coletta
de sementes do ambien nte natural.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 391
1
Meio Categgoria Caaráter M
Medidas Mitigató
órias Propostas
 Esttímulo a estudos sob bre a qualidade genéética dos estoques de e matrizes usadas noos
cultivos.
 Proodução de sementes de mexilhões em laboratório.
Perturbaçção do ambiente das espécies dependentees do costão  Uso de coletores artificiais de sementes.
 Deefinição de um processso de gestão particip pativa dos bancos naturais.
Recupeeração  Em
m caso de encerrameento do empreendim mento, cumprimento às normas legais qu ue
ambiental Retorno às
à condições anteriorres à instalação da atividade exigem a retirada de to oda e qualquer estru utura de cultivo do ambiente
a e destinaçãão
adequada aos materiaiss.
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos n PLDM, pré‐definidas como as mais
apropriadas e menos co onflituosas.
 Esttimular a incorporaçãão da ordenação da maricultura na lógicaa dos planos diretorees
mu unicipais.
 Reespeito aos demais ussuários das áreas marrinhas.
o e conflitos de uso em
Limitação m áreas marinhas  Priiorização de uso dos parques
p aquícolas pelas comunidades litorrâneas.
 Fomento a uma mentalidade e gerenciam mento associativista dos
d empreendimento os
aquícolas, para aumenttar sua representatividade e a consolidação o da maricultura.
Espaçoss físicos  Geerenciamento integrado e participativo dass áreas litorâneas.
 No ormatização de ativid dades pesqueiras e aquícolas
a para atender as necessidades dad
sociedade.
 Occupação apenas dass áreas indicadas nos n PLDM, pré‐definidas como as mais
Antrópico

apropriadas e menos co onflituosas.


 Diiscussão prévia com os o demais usuários daas áreas marinhas.
Conflitos com outros usuários
 Priiorização de uso dos parques
p aquícolas pelas comunidades litorrâneas.
 Associação dos parques aquícolas marinh hos com as áreas pré‐demarcadas parra
insstalação de recifes arttificiais marinhos.
 Regularização das áreass aquícolas.
 Applicação de programass continuados de info ormação, educação (fformal e informal) e de
d
capacitação técnica.
Segurrança Furtos e roubos
r
 Auumento da vigilância nas
n áreas de cultivo.
 Deesenvolvimento e ap primoramento dos cu ultivos em sistemas sub‐superficiais ou de
d
me eia‐água.
Necessidaade de implantação dde programas de educcação  Applicação de programass continuados de info ormação, educação (fformal e informal) e de
d
ambientaal e de capacitação técnica capacitação técnica.
População  Applicação de programass continuados de info ormação, educação (fformal e informal) e de
d
Educação
o e manutenção dos vvalores históricos e cu
ulturais capacitação técnica.
 Deesenvolvimento de programas de valorizaçção cultural.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 392
2
Meio Categgoria Caaráter M
Medidas Mitigató
órias Propostas
 Intteração entre a mariccultura e outras atividades produtivas correlatas, notadamentte
Conflitos entre a maricultura e outros setores produtivos (pesca
com o turismo e a pescaa esportiva.
Setores produtivos artesanal, profissional e esporrtiva).
 Deemarcação dos parquees aquícolas.
Fisscalização quanto ao cumprimento
c
 Fomento a uma mentalidade e gerenciam mento associativista dos
d empreendimento os
aquícolas.
 Treeinamento e capacitaação técnica da mão‐d de‐obra.
 Fomento à extensão aq quícola.
Melhoria das condições econômicas e aumento da
 inccentivo a projetos de produção de equip pamentos e embarcações que facilitem o a
dade de sucesso dos m
possibilid maricultores.
me ecanização das atividaades manejo.
Condições
 Inccentivo à formalizaçãoo do comércio de pro
odutos e das relações de trabalho.
onômicas
socioeco
 Inccentivo a realização de
d estudos continuado os voltados ao aprimo
oramento das técnicaas
de produção.
 Treeinamento e capacitaação técnica da mão‐de‐obra para, em caaso de necessidade de d
encerramento do empreendimento, as peessoas envolvidas te erem condições de se
s
Retorno àsà condições socioecconômicas anterioress à instalação
reiinserirem no mercado o de trabalho.
da atividaade
 Fomento a uma mentalidade e gerenciam mento associativista dos
d empreendimento os
aquícolas.

AVA
VALIAÇÃO DOS POTEN
NCIAIS IMPACTOS AM
MBIENTAIS E SOCIOE
ECONÔMICOS DA MA
ARICULTURA 393
3
8 QUALIDA
ADE HIG
GIÊNICO‐‐SANITÁ
ÁRIA DE
MOLUSC
COS BIVA
ALVES

A contam minação de organismoss aquáticos pode ter sua origem no ambientte, no


proceessamento, na n distribuiçção e no connsumo. Os caasos de conttaminação aambiental incluem
riscoss naturais, como biotoxinas, e contaaminantes an ntropogênico os, como a ccontaminaçã ão por
metais pesados proveniente
p de resíduoss industriais,, bactérias e vírus carreeados pelo esgoto
e
sem ttratamento adequado.
a O desenvolvim mento e a paatogenicidad de de uma dooença transmmitida
pela ingestão de alimento co ontaminado são influencciados, princcipalmente, pelo potenccial de
virulêência do miccroorganismo, o mecaniismo de infe ecção e a su usceptibilidadde do hospe
edeiro
(Castilho et al., 20
008).

A possibilidade de tra
ansmissão dde doenças alimentares
a através da inngestão de ostras
ocorrre, especialmmente, em virtude
v de sseu mecanismo de obtenção de alim mentos. Filtrando
cercaa de 2 a 5 litros
l de água/hora, as ostras assim milam além do alimentto, contamin nantes
bióticcos e abióticos presentes no ambiiente (Nunes & Parsonss, 1998; Ledderle, 1991). Esta
caraccterística, so
omada ao coonsumo de oostras cruass ou levemente cozidas,, contribui para
p o
surgimmento de no ovos casos de
e doenças allimentares (M
Mendes & Mendes,
M 20044).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 394
8.1 S
SURTOS E PROBLE
EMAS SAN
NITÁRIOS
S RELACIO
ONADOS A
AO CONSU
UMO
DE O
OSTRAS
As ostrass, assim com
mo o pescaddo em geral,, costumam ter um tem mpo de pratteleira
curto
o e variável, em função ded suas caraacterísticas in
ntrínsecas (C
Cordeiro et aal., 2007), co
omo a
alta aatividade dee água, o pH
p neutro e pelo fato de frequenttemente abrrigarem bacctérias
otróficas ‐ com habilidade em cresce r sob baixas temperaturras. Somado a isto, há aiinda a
psico
preseença de enzimas autolíticas, responssáveis pelo rápido
r apareecimento de odores e sa abores
desaggradáveis aoo produto (Co
odex Alimenttarius, 2004)).

As Doençças Transmitidas por Alim


mentos (DTA As) de origem
m aquática seeguem as me esmas
caraccterísticas epidemiológiccas de outrros produto os: 1) ingestão como pprimeira rota de
expossição; 2) umma grande variedade
v dee etiologias (bactérias, vírus,
v parasiitas e toxina
as); 3)
expreessiva falta de ão de casos e; 4) aparente aumento
d notificaçã o de incidênncia na popu ulação
humaana (Lenoch,, 2004). Em virtude
v das DDTAs não cosstumarem se er de notificaação compulsória,
a maaioria dos países, dentrre os quais o Brasil, de esconhece‐se e a verdadeeira incidênccia do
probllema na população.

A microfllora da maiooria dos mooluscos bivalves é bastante variada,, podendo in ncluir:


vírus,, como o da hepatite A (Coelho et all., 2003), rottavírus (Kittig
gul et al., 20008), vibrios, como
o V. cchloleare, V.. parahaemo 008) e outra s bactérias, como
olyticus e V. vulnificus (LLee et al., 20
Pseuddomonas sp p., Moraxellaa/Acinetobaccter sp., Serrratia sp., Proteus
P sp., Clostridium sp. e
Bacilllus spp., Sallmonella sp., Escherichiaa coli e Stapphylococcus aureus (Vieeira, 2004). TodosT
estess patógenos podem
p ser transmitidos do ambiente e ao ser hummano no mom mento da inggestão
do molusco (Cruss‐Romero et al., 2008), m motivo pelo qual
q faz das ostras contaaminadas um m risco
evideente para a saúde
s dos co
onsumidoress (Barris, 20005). A questão sanitária é um tema central
para o desenvolvimento da ostreicultura (Barris, 2005 5).

Os patógenos citadoss podem ocoorrer naturaalmente no ambiente


a m
marinho, commo é o
caso das espéciees de Vibrio,, mas podem m também chegar pela contaminaçção das águ uas de
estuáários e de am
mbientes costeiros por mmaterial fecal de origem humana
h e/ouu animal (Younger
et al., 2003). A contaminaçção por esgooto doméstico é sabida amente a pprincipal causa de
doenças gastrinteestinais relaccionada ao coonsumo de ostras
o (Rippe
ey, 1994).

A microflora bacteriaana presentee nas ostras costuma reffletir as conddições ambientais


ultivo, poden
de cu uenciada pe la temperatura e pela salinidade
ndo ser influ s daa água de cu
ultivo.
Porém
m, o método o de coleta das ostras e as condiçõ ões de armazenamento ttambém exe ercem
grand
de influênciaa sobre sua qualidade
q sannitária (Huss, 1997; Germ
mano et al., 11998).

O princip
pal grupo dee organismoos utilizado como
c indicador de conttaminação são s as
bactéérias, e denntre elas deestaca‐se a E. coli e a Salmonella a sp., comoo indicadora as de
contaaminação do o ambiente de cultivo ((Feldhusen, 2000) e o S. S aureus, coomo indicad dor de
contaaminação pó ós‐manipulação humanaa (Barreto, 2000; Kusumaningrum et al., 200 03). O
habittat natural da
d E. coli é o intestino ddo homem e dos anima ais de endottérmicos ("sa angue
quente"), sendo eliminada em e grande qquantidade nas fezes (T Tortora, 20005). Por não fazer
partee da microbio ado marinho,, a presença de E. coli está associadaa principalme
ota do pesca ente à
contaaminação fecal da água do local da captura/culltivo (Barrroso et al., 20006), podend do ser

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 395
considerada a ind
dicadora maiis específica de contaminnação fecal recente e da possível pre
esença
de microorganismmos patogênicos entéricoos (Brasil, 20
001).

As variações de inten
nsidade de ccontaminaçãão por E. coli comumentte observada as nas
ostras de cultivo o indicam o nível de ccontaminação do mome ento da coleeta e podem m ser
influeenciadas porr vários efeittos ambienttais como marés,
m ventoss, chuvas, poosicionamennto do
cultivvo e até o po
osicionamentto dos indivídduos dentro das lanterna
as (Younger eet al., 2003).

Salmonellla sp. é uma a bactéria am


mplamente distribuídas
d n natureza, sendo o principal
na
reserrvatório desttas bactérias o trato intesstinal do hom
mem e de annimais de enddo e ectotérrmicos
(sanggue quente e frio), co om exceção dos peixes, moluscoss e crustáceeos, que podem p
contaaminar‐se ap pós a pesca ouo extração (Costa et al.., 2007). Lee & Younger ((2003) analissaram
3.2000 amostras de ostras do d litoral ddo Reino Un nido e percceberam quee a presença de
Salmo onella era grrandemente influenciadaa pelo local ded coleta. A influência vaariava de aco
ordo a
descaarga de esgo otos e o tipo de agricultuura executad da na região. Esses fatoores influenciavam
diretaamente a qu uantidade de e bactérias ppresente no ambiente marinho
m e coonsequentem mente
nas oostras. Ramp persad et al. (1999) relattou que o co onsumo de ostras
o em Trrinidade e Toobago
repreesenta um sério risco a saúde, sendo resp ponsável peela ocorrênccia de caso os de
salmooneloses e co olibaciloses na populaçã o.

S. aureuss é um pató ógeno huma no responsáável por mu uitas doençaas, que varia am de
infecçções cutâneaas superficia
ais a doençass sistêmicas letais (Brookks et al., 20000). Este pató
ógeno
habitta frequentemente as ab o cabelos, a partir das quuais contamina as
berturas nasaais, boca e os
mãoss e as superrfícies de co ontato (Tortoora, 2005). Bactérias do o gênero Sttaphylococcu us são
capazzes de cresccer em meio o salino, coom até 20% de cloreto de sódio (V Vieira, 2004). São
consideradas ressistentes ao estresse am mbiental, faator que aumenta sua patogenicida ade e
possibilita sua sobrevivência em alimentoos de origem m marinha, co omo é o casoo das ostras. A sua
preseença em graande númerro costuma indicar prátticas ineficie entes de proodução e higiene
(Beirãão, 2000b).

O exame microbiológgico periódic o da água de


e cultivo e dos moluscoss bivalves co
ompõe
excelente parâmetro indicaddor da contaaminação po or microorga anismos patoogênicos, fazzendo
com que as ostraas sejam connsideradas bbioindicadoraas da qualidade do ecosssistema marinho.
Por o d ostras coomercializadas no Brasil e a segurançça do consumidor
outro lado, a qualidade das
deverriam ser baaseadas em um prograama integrad do de monitoramento, que englob basse:
contrrole das coondições ammbientais dee cultivo, manejo
m corrreto da prrodução, prráticas
adequadas de higgiene, educaação dos maanipuladores e medidas eficientes
e dee armazenam mento
(FAO//IOC/WHO, 2008).

Na tentattiva de aprim
morar o reg istro das infformações re
eferentes àss DTAs, a Am
mérica
Latinaa e o Carib
be criaram em e 1993, attravés do In nstituto Panamericano dde Proteccióón de
Alimeentos (INPPPAZ, 1991), o Sistema Regional de Informações para a Vigilância a das
Enferrmidades Trransmitidas por Alimenttos (Sirveta, 2002). O Sistema é responsávell pelo
monitoramento e classificação dos surtoss ocorridos nos
n países participantes.

Segundo este sisteema de innformações as afecçõe es causadass por moluscos


correespondem a 2,5% de tod
dos os casos ocorridos co
om pescado entre 1993 e 2002, em todos

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 396
os paaíses do bloco. Dos 1.232
2 relatos envvolvendo pesscado o Brasil participa aapenas com 0,81%
0
dos ccasos. Mas, é possível crreditar essess números à falta de infformações siistematizada
as que
proprriamente na prevalência do problem a.

No Paranná a Secretarria Estadual de Saúde accompanha e registra o nnúmero de surtos


s
ocorrridos anualmmente (SESAA, 2005), noo entanto, a grande ma aioriados ca sos reportados e
invesstigados limita‐se a pesq
quisa de bacctérias. Entrre 1978 e 2000 identificcou‐se 59,8%% dos
surto
os de DTAs asssociados à contaminaçã
c ão bacteriana (SESA, 200
00). Entre 20001 e 2005 apenas
4, de 569 surtos, foram diagnnosticados t endo como origem o pe escado. Fica evidente que, em
muitoos casos, ineexiste uma real
r associaçção epidemiiológica entrre a doença e o consummo de
moluscos. Richarrds (2003) sugere
s que um grande número de casos de ddoenças e mortes m
assocciados ao con
nsumo de moluscos perm manece não reportado.

Segurameente, o pe equeno núm mero de dados está diretament e relaciona ado à


desin
nformação da população o, despreparoo da classe médica
m em reconhecer
r e relatar cassos de
DTAs às autoridad
des e ao fracco sistema d e vigilância e coleta de dados
d dos órrgãos municipais e
duais de saúd
estad de.

mente ao monitoramentto de casoss de toxinfecções, mediidas que vissam à


Paralelam
obtennção/forneciimento de ostras com quualidade sanitária adequada ao consuumo humano têm
sido rrecomendad das por organ
nismos internnacionais (IC
CMFS, 1986; Codex Alimeentarius, 197
78).

Nos Estaddos Unidos, após um suurto de febre nsmitido porr ostras em 1925,
e tifóide tran
rapidamente se estabeleceu
e o Programa Nacional de e Sanitização de Moluscoos (NSSP, 200 05). O
progrrama ficou responsável
r por estabel ecer limites e parâmetrros para a áágua nas áre eas de
produução. Molusscos não pod deriam ser aadquiridos de locais com m água conteendo níveis muito
altos de poluição fecal (NSSP,, 2005). Esta regulamentação surgiu pela percepçção de que muitas
m
bactéérias e vírus patogênicoss estavam reelacionados à descarga de d esgotos e poderiam causar
c
surto
os de doençaas transmitid das por moluuscos (Pereirra, 2003). O NSSP formuulou um Guia a para
Contrrole de Molu uscos Bivalve
es que funcioona até hoje..

O Codex Alimentariu us criou em 1978 o Cód digo Internaccional de Prráticas de Higiene


Recomendado paara Mariscoss Moluscoidees, que destaca a importância dos pprocessos de e Boas
Práticcas de Fabricação (BPFs) e Análise dde Perigos e Pontos Críticos de Conntrole (APPC CC) na
produ ução e comeercialização de
d moluscoss. O sistema americano trabalha
t comm a análise re egular
da ággua dos locaais de cultivvo e os clas sificam com
mo proibido, restrito ou aprovado parap a
produ ução de moluscos. Dentrro do grupo "restrito" oss moluscos devem
d passaar por um riggoroso
proceesso de depuuração antess de serem coomercializad
dos.

A União Européia, po or sua vez, ddetermina quando a pro odução de m moluscos pod de ser
dirigida diretameente para os mercados coonsumidoress ou, contrarriamente, quuando deve passar
p
por uum processo de depuraçção ou descaanso antes da d comercialiização. A leggislação estip
pula o
contrrole de todaa a cadeia prrodutiva de ostras, estabelecendo liimites e me didas de controle
para a área de cuultivo, tipo de
e molusco, hhigiene do lo
ocal e dos ma
anipuladoress do molusco o após
sua retirada da água, carros de transportte, embalage em e formass de disposiçção do produ uto ao
consuumidor finall. Prioriza ainda a pesqquisa da pre esença de coliformes feecais e de E. E coli

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 397
diretaamente na carne e no líquido inteervalvar dos moluscos através
a do CConselho Diretivo
91/4992/EEC (Com
munidade Européia, 19911).

A Comisssão Internaccional de Esppecificações Microbiológ


gicas para A
Alimentos (IC CMSF,
1986) é formadaa por um grrupo de esppecialistas qu ue tem por objetivo prrover inform mações
cientííficas básicas para go overnos e indústrias em temas relacionaddos à segu urança
microobiológica de
d alimento os. Este órggão tornou‐‐se um gra ande banco de dados para
pesquuisadores e empresas de todo o mundo e um de seuss importanttes papéis foi f de
estab
belecer critérrios microbio
ológicos paraa matérias primas e prod
dutos acabaddos, inclusive
e para
o pesscado.

O Brasil estuda
e mente a impplantação de um modelo de monitoraamento e controle
atualm
integralmente baseado no modelo am mericano. Mas, enqua anto isso nnão acontecce, os
umentos legaais de segura
instru ança alimenttar são relatiivamente esccassos e pouuco confiáveiis.

A Resolução RDC n. 12 de 2 de janeiro de 2001, da Ag gência Nacioonal de Vigilância


Sanitária ‐ Brasil (2001), defin
ne os critérioos e padrõess microbiológ
gicos para allimentos exp postos
à vennda. Os itenss 7, 20 e 22 dessa Resol ução abordaam o pescado e os produutos derivad dos da
pescaa, bem como o os limites bacteriológic
b cos permitidoos para sua comercializa
c ção. Infelizm
mente,
a preesente legislaação não esttabelece valoores limites específicos para molusccos consumid dos in
naturra ou crus.

Importannte ressaltar que as bacttérias sobre as quais a le


egislação braasileira estab
belece
limitees máximos de contamin nação quase sempre não o alteram a aparência
a físsica do pesca
ado, a
razão mitações está relacionadaa ao fato de serem
o de suas lim s organismos patoggênicos ao ho omem
e nãoo deterioradooras do prod
duto (Vieira, 2004).

Tabela 31. Re
equisitos micrrobiológicos ppara moluscos vivos destinnados ao conssumo humano
o
estiipulados por ddiferentes órggãos regulado
ores.
Análise microbiológica ‐
A
País/Regiião Referênccia
Molusco vivoo
E. coli
Salmonella sp p.3 Mundo ICMSF, 1986
V. parahaemo olitycus4
Salmonella sp p.
E. coli enterottoxigênica
V. cholera Estados Unidos US FDA
A/CFSAN NSSP, 22003
V. parahaemo olitycus
S. aureus
Salmonella sp p.
E. coli péia1
União Europ Comunidade Européiaa, 1991
Coliformes feccais
Salmonella sp p.
Brasil 2 2
Brasil, 2001
S. aureus
1
Algu
uns países da União
U Européria exigem annálises de Colifformes fecais e Estreptococccus fecais.
2
Limittes destinado
os a moluscos bivalves in naatura, resfriad
dos ou congela
ados, não connsumidos cru.
3
Em ccasos de suspeita de contam
minação.
4
Em ccaso de molusscos de áreas endêmicas ouu regiões quentes.

Mais recentemente, ainda sob o status de Secretaria Especial, at ual Ministérrio da


Aquiccultura e Pesca,
P criou‐‐se o Progrrama Nacio ntrole Higiê nico‐Sanitário de
onal de Con
Molu
uscos Bivalvees (PNCMB)) (Brasil, 20005), ainda em fase dee elaboraçãão. Através deste

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 398
Progrrama deverãão ser realizados levantaamentos sannitários da orla,
o classificcando as áre
eas de
extração e produção de molu uscos de acoordo com seuu grau de contaminação e manutençção de
um programa de monitorame ento regular da qualidade da água neessas áreas.

ação da ostraa na região Sul é descrita por Camppolim & Machado


Entretantto, a explora
(19977) como conduzida de modo
m desordeenado, sem planejamentto ou controole, predomin nando
açõess de caráter clandestino, que não ateendem os paadrões de qualidade neceessários à ga
arantia
da saanidade do público
p consumidor de oostras. Esta constatação não só conntinua atual, como
tambbém pode serr extendida para
p todas ass regiões brassileiras.

Hood & Ness


N (1982) compararam
c m as taxas de e sobrevivênccia de E. colii e Vibrio cho
olarae
em amostras de água e sedim mento estuaarinos e conccluíram que o tempo dee sobrevivência de
V. cholerae era maior
m e o de E. colii, tanto na coluna d´água, quanto noos sedimento
do que os, ou
seja, a permanênncia da bacté
éria nas águaas é elevada e sujeitas ao
os ciclos de ffiltração utiliizados
no mecanismo dee filtração da
as ostras.

Silva et al. (2003) pessquisando C. rhizophoraee em um ban nco natural nno Estuário do
d Rio
Cocó,, Ceará, encontraram va alores de CT no músculo o e líquido in
ntervalvar vaariando de menos
m
de 1,8 até mais de
d 1.600 NM MP/grama. Em m relação à CTM os resu ultados variaaram entre menos
m
de 1,,8 a 920 NM MP/grama. OsO autores coonsideraram m que os maiores níveis de contaminação
foram
m causados porp despejoss de esgotos domésticos naqueles corpos d’água..

Nos estuáários como o de Cananééia (SP), por exemplo, noo período dee junho de 1998
1 a
março de 1999 fo oram analisadas as bactéérias e sua de
epuração nas águas estuuarinas. O Nú
úmero
mais Provável (N NMP) foi qu uantificado: 60% das amostras
a de água contiinham colifo ormes
termo otolerantes variando de <1 a >200 U UFC/100 mLL. Este estudo contribuiuu na definiçãão dos
níveiss de perigo microbiano
m no
n ambiente aquático e nas n ostras (M
Machado, et aal., 2001).

e al. (2003) estudaraam a qualidade da ostra C. giggas cultiva


Pereira et ada e
comeercializada na
n região dee Florianópoolis (SC), a presença
p e E. coli a 335 C e 45 oC foi
de o

detecctada em 9% % das amosstras da áreea de cultivoo e em 35,5 5% das amoostra obtidas no


coméércio. Os resultados indiccaram a neccessidade de monitoramento da quaalidade das ostras,
o
incluiindo a implaantação de programas de boa man nipulação e boas práticcas no mane
ejo de
moluscos.

8.1.1
1 Qualida
ade higiên
nico‐sanitáária de ostras
o e das
d águass na Baía
a de
Guaratu
uba
Trabalhoss recentes foram
f desennvolvidos pe elo GIA (Farias, 2008; Franceschi ete al.,
2009), tendo com mo foco a baía
b de Guaaratuba. As ostras extraaídas de banncos naturais são
utilizaadas tanto como
c semen ntes para cuultivos, quan
nto para vennda direta aaos consumiidores
finaiss. Os bivalvees adquirido
os em feirass livres e me ercados, em
m sua maior ia são de origem
o
extrativista e não o são amparrados por mmecanismos legais,
l já que não existee como rastrrear a
origem desses mo oluscos.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 399
A práticaa de extração de osttras dos baancos naturrais, somad a aos risco os de
toxinfecções, evidencia a ne
ecessidade dde avaliação microbiológ gica da carnne desse mo olusco
bivalvve e, consequentemente
e, do nível dee contaminaçção apresenttado pelos bbancos naturais.

Francesch
hi et al. (20
009) desenvoolveuram um m estudo co om a finalidaade de avaliar os
níveiss temporaiss e espacia ais de conttaminação por coliform mes totais (CT), colifo ormes
termo otolerantes (CTM), Staphhylococcus ccoagulase po
ositiva e Salm
monella sp. nna carne de ostras
coletadas em ban ncos naturaiss da baía de Guaratuba.

Segundo os autores,, todos as aanálises reallizadas apresentaram reesultado neggativo


quanto à presençça de Salmon nella sp. e SStaphylococcus coagulase e positiva (n==96). Por sua vez,
nálises do NM
as an MP de CT e CTM evidennciaram umaa significativa variação ttemporal em m cada
local amostrado. Em relação o a este parrâmetro, as ostras dos bancos natuurais monito orados
atenddiam e determinação da Resoluçãão n°12 (BR RASIL, 2001), que exigge a ausênccia de
Salmoonella sp. em amostras de 25g de carne de osstra, para qu ue o materiaal amostrado o seja
considerado próp prio para co
onsumo. Da mesma form ma, os níveis de Staphyl ylcoccus coaggulase
positiva se mantivveram dentrro dos níveis exigidos porr lei (BRASIL, 2001).

Observou
u‐se uma graadativa reduçção nos níve eis de CT e CTM após a aalta tempora ada de
verãoo, que se estendeu enttre 20/12/005 e 20/02/0 06, período que coincidde com as férias
escolares. Dadoss da Prefeitura de Guarattuba (2007) mostram que, entre 01 dde janeiro e 31 de
março de 2007,, a populaçção flutuantte do município ultrap passou as 6650.000 pessoas,
signifficando um aumento
a de cerca de 2.0000% em relação à popu ulação fixa ddo município
o. Este
aumeento populaccional, por su
ua vez, tendee a refletir em uma piora a das condiçõões ambienttais da
Baía de Guaratu uba, princip
palmente em m função das d deficiên ncias de sanneamento básico
b
existeentes na reggião. A SANE
EPAR (Comppanhia de Saaneamento do d Paraná) ((2008) identtificou
que eem 2007 ap penas 46% do sistema dde manilham mento de esg goto da cidaade de Guarratuba
estavva efetivamente implantaado.

Com o retorno
r da população fflutuante ao os seus loca
ais de origeem, o volum
me de
polueentes é natu
uralmente reeduzido, prinncipalmente o esgoto dooméstico lannçados nas águas.
á
Este fato, possiveelmente, explique a meelhoria das condições
c sa
anitárias do ambiente natural
onde estão locaalizados os bancos nat urais de osstras, promo ovendo a reedução da carga
micro
obiológica deetectadas ne
estes moluscoos bivalves.

Em decorrrência da inexistência d e um valor de


d referência a para o NM P de CT e de e CTM
na caarne de mo oluscos biva alves comerrcializados no
n Brasil, co ompararam‐‐se os resultados
encon ntrados no estudo
e dese
envolvido poor Franceschi et al. (2009
9), com o vaalor de referrência
estabbelecido paraa os Estadoss Unidos, pe la ICMFS (19
986). Com ba ase neste vaalor de referência,
seriamm consideraadas própriass para consuumo apenas as ostras cu ujo resultadoo da contageem de
CTM fosse inferiior a 2,3 NM MP/g. Caso o padrão microbiológic
m co adotado no Brasil fo osse o
mesm mo, as ostraas provenie entes dos bbancos naturais da baía a de Guara tuba dificilm mente
poderiam ser utillizadas para consumo huumano. No entanto,
e há ainda
a que see considerar que o
limitee mínimo dee detecção da metodologgia de análisse estabelecida pela legisslação brasileira é
de 3,0 NMP/g, o que reforça a necessidaade de se reaavaliação da legislação vvigente, fixan ndo‐se
valores referenciaais e revisando‐se tambéém as metod dologias analíticas recom
mendadas.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 400
Por outro
o lado, consttatou‐se quee as ostras podem
p passa
ar por um ráápido processso de
depuração naturaal. O período de uma seemana em água limpa é suficiente ppara que os níveis
dos ccontaminanttes analisado os fossem ssignificativam
mente reduzzidos. Além disso, o grau de
contaaminação daas ostras está diretam mente relacio onado com a proximiddade dos ce entros
urbannos. Nas anáálises realiza
adas, o maioor foco de coontaminação
o foi registraado na Marina do
Sol, p
ponto de coleeta mais próximo da áreaa urbana de Guaratuba.

Faria (20008) monitoroou a qualidadde microbiológica das osstras produziidas e també


ém de
ostras provenineetes de bancos naturaiss da baía de Guaratuba. A autoraa não observvou a
preseença de Salm monella sp. e S. aureus nnas amostrass analisada. Porém, conttaminações por E.
coli e por coliform
mes totais fo
oram identifiicadas em 20 0% e 71% da as amostras, respectivam
mente.
Os reesultados não o apresentarram correlaçção entre loccalização doss pontos de coleta em re
elação
à disttância a entrrada da baía (teoricamennte, a região
o de melhor qualidade daa água em função
das eelevadas taxaas de troca de água).

mo no estudo desenvolvvido por Fran


Assim com nceschi et al. (2009), a auutora concluiiu que
se annalisados de acordo com m a legislaçãão nacional, os resultados obtidos iindicariam queq as
amosstras não reppresentam risco à saúdee pública, esttando liberadas ao consuumo. No enttanto,
regulamentaçõess internacion nais consideeram a pressença de E. coli em osttras um fattor de
condeenação das amostras, re eforçando a necessidade e de reavalia
ação da legisslação brasileira e
coloccando em susspeição a ino onsumidores .
ocuidade dass ostras ofertadas aos co

Na mesm ma dissertaçção Faria (22008) desen nvolveu um estudo com m o objetivvo de


pesqu uisar a corrrelação entrre os níveiss de contam minação da água de cuultivo na ba aía de
Guaraatuba‐PR e os níveis de e contaminaação da carn ne de ostrass por E. coli e por colifo ormes
totaiss. Durante o mês de fevvereiro de 20007 foram realizadas coletas de águua e de ostra as em
seis ppontos da baaía. Cinco de
esses pontoss eram coinccidentes com m áreas ondee existiam cu ultivos
comeerciais de osttras em siste
ema de longg‐lines e um ponto localizzado próxim mo a construçções e
a aglo omerados urbanos. Ao final
f do monnitoramento o foram realizadas 24 annálises de ostras e
108 d de água. A prresença de coliformes tootais foi evide
enciada em 95,4%
9 das ammostras de água
á e
em 883% das amo ostras de osttras. Em 74, 9% das amo ua havia conntaminação por E.
ostras de águ
coli, enquanto qu ue em apen nas 16,7% daas amostras de ostras foi identifica da a presen nça da
bactééria. Não houve correlaçção entre a ccontaminaçãão microbioló ógica das osstras e da ággua de
cultivvo da Baía de Guaratu uba. Segunddo a autora, há evidên ncias para sse afirmar que q o
monitoramento microbiológi
m co das ostraas seria mais eficiente para
p a classiificação higiê
ênico‐
sanitáária de um cultivo que o monitorameento da águaa.

8.1.2
2 Qualida
ade higiênnico‐sanitáária de ostras e das
d águas no Comp
plexo
Estuarino de Para
anaguá
O compleexo estuarino de Paranaaguá (25°16’334’’S; 48°17’’42’’W) é o m
maior estuário do
Paranná, extendendo‐se por aproximadaamente 50 km (Kolm et al., 20022). Localizad do no
extreemo norte do litoral do Paraná, commpreende cin nco setores: Baía dos Piinheiros, Baíía das
Larannjeiras, Baía de Guaraquueçaba, Baíaa de Antoninna e Baía de e Paranaguáá (Bigarella et al.,
1978). O estuárioo comunica‐sse com o oceeano atravéss dos canais Norte (entree as ilhas do Mel e

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 401
das P
Peças) com 2 km de largu
ura e o da G alheta (entre
e Pontal do Sul e a Ilha ddo Mel) com
m 3 km
de larrgura.

Em estud os no Comp lexo Estuarino de Paran


dos realizado naguá, Kolm & Absher (2008)
(
avaliaaram quantittativamente os coliformmes totais e E.E coli em ággua e ostras,, sua inter‐reelação
com fatores biótticos e abiótticos, assim como a con ntaminação de ostras coomercializad das no
Merccado Municip pal de Parannaguá. Nestee estudo foraam feitas coletas de águua e ostras (FFigura
147), entre abril de 1997 e feevereiro de 1998, e foraam comprada as ostras ao longo do pe eríodo
amosstral dos meesmos três comerciantes
c s do mercad do municipal homônimoo. Analisaram m‐se a
tempperatura, salinidade e se eston da águua, além de bactérias he eterotróficass totais, biom
massa
bacteeriana, colifo
ormes totais e Escherichiaa coli na água e nas ostra
as.

Figu
ura 147 ‐ Mappa do Complexxo Estuarinodde Paranaguá com a localizzação dos ponntos amostrais: 1 ‐
Ilha de Pinheiros; 2 ‐ Puruquara;
P 3 ‐ Ilha Rasa; 4 ‐ Ilha das Cob
bras; 5 ‐ Rio daas Ostras.
Fonte: KKolm & Abshe
er (2008)

Kolm & Absher


A (200
08) relataramm neste estudo que as temperaturras mais ele evadas
ocorrreram no veerão, enquan nto que a saalinidade e o seston foram elevadoos no invern no. As
bactéérias heterottróficas totais e a biomaassa bacteriaana na águaa foram maiss elevadas non Rio
das O
Ostras em ju ulh/97o e jan neiro/98 e ccoliformes to
otais em julhho/97. Nas oostras, os maiores
valores de coliformes totais ocorreram nna Ilha Rasaa em janeiro o/98. Na águua, por sua vez,
v o
númeero de E. co oli foi maiorr que 2.419 NMP.100 ml m ‐1 na Ilha das
d Cobras em abril/97 7 e no
Puruqquara, em ju
ulho/97.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 402
Com relaação às ostraas adquiridaas no mercaddo de Parannaguá, Kolm & Absher (2008)
(
citam
m que os maiores
m valores de cooliformes tootais foram registradoss em abril//97 e
dezemmbro/97 e ded E. coli em
m dezembro//97, ambas dod comercian nte 2. Os ressultados mo
ostram
que, tanto as osttras coletada
as no ambieente, quantoo às do Merccado Municiipal de Paranaguá
não p
poderiam ser consumida as cruas sem
m prévia depuuração e que
e havia a neccessidade de
e uma
reformulação urrgente da le egislação, inncluindo a análise de E. coli nass ostras a serem
s
comeercializadas.

Assim com
mo E. coli, Sa
almonella spp. é capaz de
e sobreviver e se multipliccar em ambientes
estuaarinos (Rhoddes & Katorr, 1988), eleevando os riscos de co ontaminaçãoo das ostras. Em
levan
ntamento reealizado pela Secretariaa de Saúde de Paranaguá (2003),, identificou u‐se a
preseença de Salm
monella sp. eme amostrass de ostras comercializad
c das no Merccado Municip pal de
Parannaguá‐PR.

A Secretaria de Esta ado do Meeio Ambiente e Recurso os Hídricos (SEMA), du urante


pesqu
uisa realizadda no perído de 1998 a 1999 (SEM MA, 1998), desenvolveuu um diagnóstico
ambiental do litooral paranae ense. Este d iagnóstico teve por objetivo avaliarr e identifica
ar, do
o de vista da qualidade e segurançça alimentar,, quais os lo
ponto ocais e áreass mais adequadas
para a mariculturra (ostreicultura).

As análisses foram realizadas


r eem água, se
edimentos e ostras, coompreenden
ndo a
definição dos parrâmetros de (SEMA, 19988):

Metais: Cromo
C (Cr), Cobre
C (Cu), Z inco (Zn), Cáádmio (Cd), Mercúrio
M (Hgg) e Chumbo (Pb).

Físico‐Químicos23: tem
mperatura ddo ar e da ággua, salinida
ade, OD (Oxiigênio Dissollvido),
saturração de oxiggênio, pH, N‐nitrogênio
N amoniacal, N‐nitrito, N‐‐nitrato, P‐foosfato total, sílica,
óleoss e graxas.

Microbiológicos24: coliformes tot ais, Salmoneella sp., Stap


phylococus cooagulase positiva,
Vibrio
o colerae e coliformes
c fecais.

23
As análises dos parâmmetros físico‐ químicos e metais
m na água a, metais em ssedimentos e carne
de moolusco (ostrass) e microbioló
ógicos na águaa foram realizzadas pelos laboratórios doo IAP.
24
As análises microbioológicas da caarne das ostras foram realizadas peloo LACEM e TECPAR
(19900). O TECPAR também realizou no mês de junho de 1999 as análises físico‐quíímicas e meta ais em
amosttras de água e sedimentos..

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 403
Tabella 32. Relação
o de estaçõess de amostraggem utilizadas pela SEMA (1998)
( no diaggnóstico amb
biental
do liitoral paranae
ense.
Estação de amostragem
m N
Nome da Esta
ação Baaía
01 ‐ Baía de G
Guaratuba
02 ‐ Baía de G
Guaratuba
03 ‐ Baía de G
Guaratuba
04 ‐ Baía de G
Guaratuba
05 ‐ Baía de G
Guaratuba
06 ‐ Baía de G
Guaratuba
07 ‐ Baía de G
Guaratuba
08 ‐ Baía de G
Guaratuba
09 ‐ Baía de G
Guaratuba
10 ‐ Baía de G
Guaratuba
11 ‐ Baía de G
Guaratuba
12 ‐ Baía de G
Guaratuba
13 ‐ Baía de G
Guaratuba
14 ‐ Baía de G
Guaratuba
15 ‐ Baía de G
Guaratuba
16 ‐ Baía de G
Guaratuba
17 ‐ Baía de G
Guaratuba
18 Vila das Peçaas Baía das Laranjeiras
19 Barbados Baía doss Pinheiros
20 Canudal Baía doss Pinheiros
21 Vila Fátima Baía doss Pinheiros
22 Ceboi Baía doss Pinheiros
23 Puruquara Baía doss Pinheiros
24 Tibicanga Baía doss Pinheiros
25 Bertioga Baía doss Pinheiros
26 Guapicu Baía das Laranjeiras
27 Costão Baía de Guuaraqueçaba
28 Medeiros Baía das Laranjeiras
29 Ilha do Mel Baía de PParanaguá
30 Maciel Baía de PParanaguá
31 Europinha Baía de PParanaguá
32 Naca Baía de PParanaguá
33 Rolim Baía de AAntonina
34 Itauçú Baía de AAntonina
35 Redonda Baía de AAntonina
36 Teixeira Baía de PParanaguá
37 Furado Baía de PParanaguá
38 Ponta Grossaa Baía de AAntonina
39 Guaramirangga Baía de AAntonina
40 Guararema Baía de PParanaguá
41 Gereres Baía de PParanaguá
42 Lamim Baía de PParanaguá
43 Ponta do Pastto Baía de PParanaguá

Como ressultados do levantamentto realizado, a SEMA (199


98) encontroou:

8.1.2.1 Análises
A físiico‐químicaas

Os resultados das análises deemonstraram m que o ambiente aqquático estu uarino


apressentou, nas estações de amostrageens, parâme etros físico‐químicos coompatíveis com
c a
Resollução do CONAMA Nº 20 0: classe 7, ááguas salobraas, adequadas à manuteenção da vida
a e ao
cultivvo de organissmos aquáticcos.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 404
8.1.2.2 Análises
A de metais

As análisses para avaliar a cooncentração de metaiss na água não detectaram


conceentrações siggnificativas para
p os metaais zinco, cro o, mercúrio e chumbo. Apenas
omo, cádmio
o coobre ocorreu u em conce entrações mmais elevadas além do os níveis esstabelecidoss pela
legislação, em qu
uase todas ass estações dee amostragens.

As concentrações de e metais em sedimentoss apresentarram valores elevados pa ara os


metais cobre, zin
nco e mercúrio. Estes meetais ocorreram em maiior número dde estações e em
conceentrações mais
m elevadoss nas estaçõões mais próximas da cid dade de Paraanaguá. Qua anto à
preseença de metais na carne e de ostras fooi detectadaa a presença
a de zinco em
m níveis acim
ma do
estab
belecido pelaa legislação em todas ass análises reealizadas com
m ostras proocedentes daa Baía
dos P
Pinheiros, da localidade de
d Medeiros (28), de Europinha (31) na Baía de PParanaguá.

TTabela 33. Co
oncentraçõess de Metais naa carne de osttras provenientes do litoraal paranaese*
*.

Limittes para concentração de mettais em carne dde ostras


ESTAÇÕEES DATA
A
Cr Cuu Zn
Z Cd Hg Pb
0,1mgg/g 30 mgg/g 100 mg/g 1,0 mg/g 00,5 mg/g 10,0mg/g
18 22/9//98 < 2,0 2,188 233
2 < 0,4 0,04 < 2,0
26 25/8//98 < 2,0 3,322 1277,40 < 0,4 0,02 < 2,0
24 22/9//98 < 2,0 2,566 92
2,80 < 0,4 0,03 < 2,0
25/8//98 < 2,0 3,4 1 211,20 < 0,4 0,02 < 2,0
23
**18/66/99 Nd 0,,50 2,277 202,22 Nd < 0,5 NNd< 0,01 Nd < 1,0
19 25/8//98 < 2,0 3,277 99
9,00 < 0,4 0,03 < 2,0
*18/6//99 Nd 0,,50 2,866 65
5,55 Nd < 0,5 NNd< 0,01 Nd < 1,0
25/8//98 < 2,0 4,100 99
9,40 < 0,4 0,02 < 2,0
20
*18/6//99 Nd 0,,50 2,966 120
0,71 Nd < 0,5 N
Nd< 0,01 Nd < 1,0
22 25/8//98 < 2,0 3,899 104
4,20 < 0,4 0,02 < 2,0
25/8//98 < 2,0 3,233 258
8,00 < 0,4 0,03 < 2,0
21
*18/6//99 Nd 0,,50 3,344 242,61 Nd
N <0,5 N
Nd< 0,01 Nd < 1,0
28 19/8//98 < 2,0 6,399 217
7,00 < 0,4 0,03 < 2,0
31 19/8//98 < 2,0 7,2 1 165
5,20 < 0,42 0,03 < 2,0
Fontee: SEMA* (199
98); TECPAR**
*

8.1.2.3 Parâmetros
P s Microbiollógicos

Segundo SEMA (199 98) o cresceente interesse comercia al pela criaçção de molu uscos,
especcialmente peelas ostras, tem
t motivaddo os governnos, instituições de pesqquisa e a inicciativa
privada a estabelecerem programas e projetos de d fomento, com pesqquisas e cré éditos
bancáários para o desenvolvimmento e apoi o à sua prod
dução e come ercialização.

Um impo ortante aspe


ecto da ostrreicultura esstá relaciona
ado à qualiddade sanitárria ou
microobiológica do produto. Geralmentee negligenciada, a qualidade sanitáária das osttras é
fundaamental parra o desenvvolvimento do cultivo destes orga anismos aquuáticos, enquanto
ativid
dade econômmica comerccial competiitiva. O levaantamento da d qualidad e das águass tem
mostrado que existe contam minação de origem fecal nas águas de superffície em tod das as

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 405
estaçções de amo ostragem. Apesar
A de nnão apresenttar níveis elevados de concentraçãão de
colifo
ormes fecaiss, semelhan
nte a outra s baías do litoral brassileiro, é p reciso uma ação
saneaadora. Tantto por nece essidade ammbiental, qu uanto uma exigência sanitária para a
d ostras criadas no enttorno destas comunidade
comeercialização das es (SEMA, 19998).

Segundo SEMA (1998 8) a contami nação micro obiológica daas águas refleetiu, em parrte, na
qualiddade sanitáária das ostras. Análisees microbioló ógicas da carne
c de osstras oriundas de
o não revela ram violaçõe
amosstragens reallizadas pelo IAP em 19988/99 nos locaais de criação es dos
níveiss sanitários estabelecido
os pela legi slação. Entrretanto, as amostragens
a s realizadas pelos
técnicos da 1ª Regional
R de Saúde
S de Paaranaguá no o mercado ded público dde Paranaguá, em
2002//2003, revellaram que 39 9% das amoostragens vio olaram o níveel de contamminação perm mitida
pela legislação. Destas,
D pató
ógenos contaaminaram 18% 1 dos lote
es analisadoos: Salmonellla sp.
preseente em 7,1% % e Staphylococus coagu lase positivaa em 10.7% das
d amostrass analisadas.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 406
8.2 A
ALGAS TÓ
ÓXICAS
As micro oalgas dese empenham um importtante papel ecológicoo atuando como
produ utores prim
mários nos ecossistema
e s aquáticos. Entretantoo, algumas espécies podemp
cresccer intensivaamente e fo ormar floraçções com effeitos deletéérios. No ammbiente marinho,
floraçções de miccroalgas noccivas podem m causar a morte de organismos
o por depleçã ão de
oxigêênio, danos físicos
f ou libe
eração de suubstâncias tó
óxicas. Podem
m, ainda, preejudicar o ho
omem
por causarem prejuízos
p econômicos ààs atividades da pesca, aquiculturra e turism mo ou
probllemas de saú úde pela conntaminação de alimento os com suas toxinas, as fficotoxinas (Mafra
Junio
or, 2005).

Uma espécie é considerada noci va ao home em se sua occorrência esttiver associa ada às
interfferências neegativas, diiretas ou i ndiretas, emm atividadees como naavegação, pesca, p
mariccultura e recreação, assim
m como na qqualidade daa água e saúd
de pública (S ilva, 2006).

As microoalgas nocivaas de ambieentes marin nhos podem causar dannos distintoss, tais
como o: florações de espéciess que causaam decréscimo na qualidade da ággua; depleçã ão de
oxigêênio decorrente da decomposição daa matéria orrgânica morta gerada noo final da floração,
após seu eventu ual colapso; mortalidadee de organismos aquáticos atravéss da liberaçã ão de
substtâncias tóxiccas na água; organismoss que produ uzem toxinass que podem m causar dano ao
Homeem ou outro os organismo os via acumuulação na cad deia trófica; por ingestãoo de frutos do mar
contaaminados (H Hallegraeff, 2003);
2 e, esppécies nocivvas a outros organismoss marinhos, como
moluscos e peixes, principalmmente em cu ltivos intenssivos, devido a danos no sistema bran nquial
por aação física ou
o derivada de metabóólitos. Além disso, as flo orações de aalgas nociva as são
capazzes de exerccer expressivvos impactoss econômico os, principalm
mente sobree as atividad des da
pescaa, aquicultura e turismo (Mafra
( Junioor, 2005).

Existe um
ma grande variedade
v dee microalgass que podemm produzir eefeitos tóxiccos. A
Interggovernmental Panel on Harmful Alggal Blooms (IOC),
( em 19997 criou um m uma equipe de
trabaalho sobre taaxonomia de e algas, com
m o objetivo de listar as espécies noocivas, incluindo a
citaçãão dos autorres, data da publicação e listagem de
e sinônimos. Esta iniciatiiva buscou re
eduzir
probllemas de ideentificação em estudos ddas espécies de interessee. Atualmentte a relação conta
com mais de 100 espécies descritas, senddo estas:

omáceas:
Diato
Amph hora coffeaefeformis (C.A. Agardh) Kuttzing 1844
Nitzscchia navis‐va
aringica Lunddholm et Mooestrup 2000 0
Pseuddo‐nitzschia australis Fre
enguelli 19399
Pseuddo‐nitzschia calliantha Luundholm, Mooestrup & Hasle 2003
Pseuddo‐nitzschia cuspidata (H Hasle) Hasle emend. Lun ndholm, Moe
estrup & Hassle emend 20
003
Pseuddo‐nitzschia delicatissimaa (P.T. Cleve ) Heiden 19228
Pseuddo‐nitzschia fraudulenta
f (P.T. Cleve) Hasle 1993
Pseuddo‐nitzschia galaxiae Lunndholm et M Moestrup 200 02
Pseuddo‐nitzschia multiseries (Hasle)
( Haslee 1995
Pseuddo‐nitzschia multistriata (Takano) Ta kano 1995
Pseuddo‐nitzschia pungens (Grrunow ex P.TT. Cleve) Hasle 1993

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 407
Pseud
do‐nitzschia seriata (P.T. Cleve) H. Peeragallo 1897
7‐1908
Pseud
do‐nitzschia turgidula (Hustedt) Hasl e 1993

Dinofflagelados:
Order Dinophysiaales
Dinop
physis acumiinata Claparè ède et Lachmmann 1859
Dinop
physis acuta Ehrenberg 18411
Dinop
physis cauda ata Saville‐Ke
ent 1881
Dinop
physis fortii Pavillard
P 192
23
Dinop
physis miles Cleve 1900
Dinop
physis mitra (Schutt) Abé é vel Balech 11967
Dinop
physis norveg gica Claparède et Lachmmann 1859
Dinop
physis rapa (Stein)
( Balech 1967
Dinop
physis rotund data Claparèède et Lachm mann 1859
Dinop
physis saccullus Stein 18883
Dinop
physis tripos Gourret 188 83

Order Gonyaulacales
Alexaandrium acattenella (Whe edon et Kofooid ) Balech 1985
1
Alexaandrium andersonii Balecch 1990
Alexaandrium baleechii (Steidinger) Balech 11985
Alexaandrium cateenella (Whed don et Kofoidd) Balech 198 85
Alexaandrium fund dyense Balecch 1985
Alexaandrium hira anoi Kita et Fukuyo 1988
Alexaandrium minutum Halim 1960
Alexaandrium mon nilatum (How well) Balech 11985
Alexaandrium osteenfeldii (Paulsen) Balech et Tangen 19 985
Alexaandrium tam marense (Lebo our) Balech 11985
Alexaandrium tam miyavanichii Balech
B 1994
Coolia monotis Meunier
M 1919
9
Gamb bierdiscus auustrales Fausst et Chinain 1999
Gamb bierdiscus paacificus Chinaain et Faust 1999
Gamb bierdiscus poolynesiensis Chinain
C et Faaust 1999
Gamb bierdiscus tooxicus Adachi et Fukuyo 11979
Gamb bierdiscus yaasumotoi Holmes 1998
Ostreeopsis lenticu
ularis Fukuyoo 1981
Ostreeopsis masca arenensis Quod 1994
Ostreeopsis ovata Fukuyo 1981 1
Ostreeopsis siamen nsis J. Schmidt 1901
Proto
oceratium reticulatum (C Claparède et Lachmann) Butschli 188
85
Pyroddinium baham mense Plate 1906 var. coompressum (Böhm) Steiddinger, Testeer et Taylor 1980
1

Order Peridiniales
Azadiinium spinossum Elbrächtter et Tillmannn 2009
ularisquama Horiguchi 19995
Heterrocapsa circu

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 408
Pfiestteria piscicid
da Steidinger et Burkholdder 1996
Pfiestteria shumw wayae Glasgow et Burkhoolder 2001
Proto
operidinium crassipes
c (Ko
ofoid) Balechh 1974

Order Prorocentrrales
Proro
ocentrum araabianum Mo orton et Fausst 2002 2002
Proro
ocentrum areenarium Faust 1994
Proro
ocentrum bellizeanum Fauust 1993
Proro
ocentrum borrbonicum Teen‐Hage, Turqquet, Quod, Puiseux‐Daoo et Couté 20000
Proro Woloszynska) Dodge 1975
ocentrum casssubicum (W 5
Proro
ocentrum conncavum Fukuuyo 1981
Proro
ocentrum emmarginatum Fukuyo
F 19811
Proro
ocentrum fauustiae Morto
on 1998
Proro
ocentrum hofffmannianumm Faust 19900
Proro ma (Ehrenberg) Stein 18788
ocentrum lim
Proro
ocentrum maaculosum Fau ust 1993
Proro
ocentrum min nimum (Paviillard) Schilleer 1931
Proro
ocentrum rhaathymum Loeblich III, Sheerley et Schm
midt 1979

Order Gymnodiniiales
Amph hidinium carrterae Hulburrt 1957
Amph hidinium opeerculatum Claparède et LLachmann 18 859
Amph hidinium opeerculatum va ar. gibbosumm Maranda ett Shimizu 199 96
Cochllodinium pollykrikoides Margalef
M 196 1
Gymn nodinium cattenatum Gra aham 1943
Gyroddinium corsiccum Paulmie er, Berland, B
Billard et Nezzan 1995
Karennia bicuneifoormis Botes, Sym et Pitchher 2003
Karennia brevis (Daavis) G. Hanssen et Moesttrup 2000
Karennia brevisulcata (Chang) G. Hansen e t Moestrup 2000
Karennia concordia a Chang et Ryan
R 2004
Karennia cristata Botes,
B Sym et Pitcher 20003
Karennia digitata Yang,
Y Takayaama, Matsuooka & Hodgkiss 2000
Karennia mikimoto oi (Miyake ett Kominami eex Oda) G. Hansen et Mo oestrup 20000
Karennia papilionaacea Haywoo od et Steidingger 2004
Karennia selliformiis Haywood, Steidinger & MacKenzie e 2004
Karennia umbella ded Salas, Bolch et Halleg raeff 2004
Karlo
odinium armiiger Bergholttz, Daugbjergg & Moestru up 2005
Karlo
odinium veneeficum (Ballantine) J. Larssen 2000
Takayyama cladocchroma (J. La arsen) de Sal as, Bolch et Hallegraeff 2003
2

Haptoophytes:
Chryssochromulinaa leadbeaterri Estep, Daviis, Hargravess et Sieburth 1984
Chryssochromulinaa polylepis Manton
M et Paarke 1962
Phaeocystis globoosa Scherffel 1899
Phaeocystis poucchetii (M.P. Hariot)
H G. Laggerheim 1893

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 409
Prym
mnesium calathiferum Cha ang et Ryan 1985
Prym
mnesium faveeolatum Fresnel 2001
Prym
mnesium parvvum N. Carteer 1937
Prym
mnesium pateelliferum Gre
een, Hibberd et Pienaar 1982
1
Prym
mnesium zebrrinum Billard 1983

Raphhidophyceans:
Chatttonella antiq
qua (Hada) Ono
O 1980
Chatttonella globo
osa Y. Hara et
e Chihara 19994
Chatttonella marinna (Subrahmmanyan) Haraa et Chihara 1982
Chatttonella subsa
alsa Biechele
er 1936
Chatttonella verru ara et Chihar a 1994
uculosa Y. Ha
Fibrocapsa japonica Toriumi ete Takano 19973
Heterrosigma akasshiwo (Hada a) Hada ex Haara et Chiharra 1987

Os grupos taxonômicos de microaalgas nocivas, dominante


es na platafoorma do Brassil são
principalmente diatomáceas
d e células flaageladas do nano e do microplâncto
m on pertencen
ntes a
Dynoophyceae (dinoflageladdos), Prymnnesiophyceaae (cocolito oforídeos), Chryptophyyceae,
Prasyynophyceae e Chlorophyceae (Bold e Wynne, 197 78).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 410
8.3 F
FLORAÇÕ
ÕES DE ALGAS NOCIIVAS
Como coonsequência dos impa ctos antróp picos nos ecossistemas
e s aquáticos,, tem
ocorrrido um aceelerado proccesso de euutrofização. Este processo causa o enriquecim mento
artificcial dos eccossistemas pelo aumeento das concentraçõe
c es de nutrrientes na água,
principalmente co ompostos nitrogenados e fosfatadoss, que resulta a num aume nto dos proccessos
naturrais de proddução biológgica (Figura 148). A euttrofização artificial prodduz mudançças na
qualid dade da águua incluindo
o a redução de oxigênio o dissolvido,, da biodiveersidade aqu
uática,
perdaa das qualidaades cênicass, morte exteensiva de peixes e aumento da incidêência de florrações
de microalgas e cianobactéria
c as.

Figurra 148 ‐ Esquema represen ntando possívveis ligações entre


e a entrad
da de nutrienttes, a respostta das
miccroalgas e os efeitos
e de florrações basead
do em Gilbertt & Pitcher, 20001.
Fonte: Silvaa, 2006.

São três as principa ais origens dos nutrien ntes que ferrtilizam a á gua: escoam mento
superrficial e erossão em áreaas de agricu ltura fertilizada; erosão devido ao ddesmatamen nto; e
lançaamento de essgoto sem trratamento. AAssim, para reduzir
r a carg
ga de nutrienntes que che
ega ao
mar o ou baia, faz‐se necessário o ordenam
mento territo o solo na ba cia hidrográfica, a
orial e uso do
adoçãão de boas práticas na agricultura, mariculturaa (cultivos orgânicos, coontrole de errosão,
sistemma de irrigaação aproprriado, entre outros) e indústrias
i adjacentes, a minimizaçã ão de
liberaação de esgootos domésticos e indust riais e seu trratamento ad dequado.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 411
O conjunto de condiçções favorávveis faz com que as células se dividamm velozmente, de
formaa exponencial e em pou uco tempo ssomem milhares por litro. Com o crrescimento, existe
uma grande fartuura de alimennto para ser incorporadoo ao longo daa cadeia tróffica e a água toma
a cor dos organismos microsccópicos que nela estão eme abundânccia. Embora ttodas as florrações
nocivvas sejam co
onhecidas po opularmentee como "marrés vermelha as", devido à coloração que a
água assume com a presen nça de elevaada concenttração de microalgas,
m aalgumas florrações
podem adquirir uma colora ação marrom m, amarelad da, esverdea ada ou aindda não caussarem
descooloração perrceptíveis na
a água (Bushhaw‐newton n e Sellner, 1999).
1 A colloração prod duzida
depende da com mposição e concentraçãoo de pigmen ntos na alga que forma a floração (Mafra
or, 2005). As cianofíceas, por exempllo, geralmen
Junio nte formam florações
f qu e são vistas como
espum mas verdes flutuantes
f (A
Azevedo e Caarmouze, 199 94).

As maréss vermelhas são conheccidas desde a antiguidad de clássica, hhavendo reggistros


bíbliccos da modifficação de coloração doo mar (Ré, 2006). O termmo "floraçãoo nociva", poor sua
vez, passou a seer utilizado nos anos 880, em subsstituição a "maré
" vermmelha", por vários
motivvos, o fenômeno não está e necessaariamente associado
a à maré, a ággua não se torna
exclusivamente vermelha,
v espécies
e comm outras coomposições pigmentarees podem ser s as
causaadoras, podeendo nem haver
h modifficação perceptível na cor
c da águaa, caso a flo oração
ocorrra a maiores profundidaddes (Silva, 20006).

Nas últim
mas décadas tem‐se obseervado um aumento na incidência
i dee eventos no
ocivos
causaados por algaas. O aumen nto se refere não só em número
n e sua distribuiçãão geográfica
a, mas
tambbém em virullência. Regiõ ões até entãoo livre de pro
oblemas, passsaram a aprresentar florrações
de orrganismos nocivos
n e reggiões onde os eventos eram raros,, estes passaaram a ter maior
uência. Os prrincipais mottivos para o aparente au
frequ umento incluuem: a) aum mento no inteeresse
cientíífico; b) naa utilização de áreas costeiras para a aquiccultura; c) eutrofização o dos
ecosssistemas cossteiros; d) altteração em condições padrões climá áticos; e) traansporte de cistos
de emm água de lastro ou trranslocação de estoque de organism mos para finns de aquicultura
(GEOHAB, 2001).. Este cenárrio fez com que diversaas ações ten nham sido ddesencadeadas no
âmbitto da pesquisa, do mo onitoramentto, da legislação e do manejo de recursos a nível
intern
nacional, em m diferentes regiões do gglobo, como exemplo a formação de grupo de esstudos
na Coomissão internacional de e Oceanograffia da UNESC CO sobre alga
as nocivas (IOOC, 2003).

Os organismos que estão


e na bas e das maréss vermelhas distribuem‐sse, sobretud
do nas
camaadas superficciais das águas (desde alguns centíímetros até alguns mettros). A supe erfície
ocupaada é muito o variável (de
esde algumaas milhas até
é algumas ceentenas de mmilhas). As marés
m
vermelhas podem m surgir com mo uma desscoloração contínua
c e homogênea
h das águas ou
o ao
contrrário formarr áreas ou placas desccontínuas. O fenômeno o se processsa nas cam madas
superrficiais, com duração de 48 horas, atté várias sem
manas (Castro, 2003). As marés vermmelhas
podem ser por vezes
v acomp panhadas dee fenômenoss de luminescência das águas provocada
peloss organismoss que a originam. Acarreetam quase sempre
s consequências immportantes para
p a
faunaa da região afetada.
a

Além dass coloraçõess, as maréss vermelhas podem oca asionar a mmorte massivva de
organ
nismos mariinhos devidoo ao consu mo total doo oxigênio dissolvido nna coluna d’’água,
fenôm
meno causado pela respiração notuurna, e a decomposição o final da bbiomassa de algas

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 412
(Lourrenço e Marq ques‐Junior, 2002). Nesssas condiçõe es, a maioria dos animaiss marinhos morre
m
por faalta de oxigêênio (anoxia)). Além dissoo, algumas allgas formado
oras das marrés vermelha
as, em
especcial os dinoflagelados produtoress de fortess toxinas (p. ex. neu rotoxinas), ficam
conceentradas em m moluscos bivalves, sem prejudicá‐lo os, e podem chegar até o homem, qu uando
forem
m consumido os.

Os organismos que estão na basee deste fenômeno são exxtremamentte variados. Quase Q
todoss são unicellulares. Os mais
m freque ntes são oss dinoflagelados: Gonya ulax calenellla, G.
lamarensis, G. poolygramma, G. monilataa, Gymnodin nium brevis, G. sanguineeum, Glenod dinium
rubruum, Prorocenntrum micans, Peridinium m triquetum,, P. sanguine eum, Cochloddinium caten
natum
Polykkrikos schwaartzii, Poucchelia roseaa, Noctiluca miliaris. Porém, P tam
mbém podem se
obserrvados nas florações bactérias da família Athiorhoda aceae (Rhoodopseudomo onas),
Thioppolycoccus ru
uber, Chrom matium, Thioocystis, Ciliad dos (Cyclotriichium meunnieri), Ciano
ofíceas
(Trich
hodesmium erythreum),, Coccolitofoorídeos (Co occolithus hu uxleyi) e allguns organismos
multiicelulares como: Crustáceos (Mis idáceos e Eufauseáceo os) e Tuniccados (Pyro osoma
atlannticum, P. sp
pinosum). NaN costa Po rtuguesa, por exemplo,, têm sido registadas marés m
vermelhas causaadas por diversos
d orgganismos, comoc Ciliados (Mesodininium rubru um) e
Dinofflagelados (O
Olisthodiscuss luteus, Scripppsiella troch
hoidea).

A ocorrên
ncia de máxximos de abuundância daas populaçõe es fitoplanctôônicas ("blooms")
acarrreta numerossas consequêências, comoo descrito ab
baixo (Bougiss, 1974):

a. AAparição: feenômeno caracterizado


c o por suaa rapidez. Os primei ros estado os de
ddesenvolvimeento dos orgganismos sãoo raramente descritos.
b. DDesenvolvimeento: gerallmente muuito rápido. A partir de núcleoos isoladoss são
sucessivamen nte ocupadas superfíciess cada vez maaiores.
c. TToxicidade: nem
n sempre os organismmos causado ores de maréés vermelhass são tóxicos. Por
vvezes as con nsequências são imporrtantes (masssivas morta alidades). Exxistem duass vias
ppossíveis de intoxicação do meio: dirreta (a partir das substâ
âncias tóxicaas libertadas pelos
oorganismos responsáveis pelas maarés vermelh ha) ou indireta (modifficação do meio,
innduzido pela proliferação em masssa dos organismos que estão na base das marés m
vvermelhas).
d. DDispersão: úlltima fase do fenômenoo. Coincide geralmente
g com uma allteração pro ofunda
ddas condições do meio (mmeteorológiccas ou oceanográficas).

As causaas das floraçções são diiversas. Paraa que uma floração see desenvolva são
necesssárias algum
mas condições: (a) existêência de num merosos efettivos da espéécie causado
ora da
floraçção; (b) exiistência de condições meteorológicas e ocea anográficas propícias aoo seu
desen nvolvimentoo; e, (c) existê
ência de quaantidades apreciáveis de nutrientes nno meio.

As regiõ ões sujeitass à influênncia de affloramento costeiro ( "upwelling")) são


particcularmente propícias ao o desenvolvi mento de marés
m vermelhas. As reggiões adjacen
ntes a
um eestuário, onde se acum mulam quanttidades apreeciáveis de nutrientes ccom uma origem
o
terríggena, são zon
nas mais inte
eriores.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 413
As maréss vermelhas têm um effeito importtante sobre as comuniddades marinhas e
estuaarinas. Comoo consequênccias mais maarcadas pode e mencionar‐se a fuga doos organismo
os das
zonass "afetadas", através da realização dde migrações verticais ou horizontaiis. Quando não
n se
verifica esta reaçãão por parte
e de alguns oorganismos, as marés verrmelhas poddem provocar uma
mortalidade maciça em uma determ minada regiãão, afetando o organism os nectôniccos e
bentôônicos.

As grandes mortalidaades registraadas na ictio


ofauna não são sempre devido às marés m
vermelhas. Podem estar relacionadas coom a redução o drástica do o teor em ooxigênio disso
olvido
na ággua, a presença de substtâncias tóxiccas segregad
das pelos orgganismos cauusadores da maré
vermelha e o aum mento da viscosidade daa água. O grrande consumo de oxigêênio dissolvido na
água provoca o aparecimento
a o de condiçõões de anaerrobiose e consequentem mente a asfixia dos
organnismos. A inntoxicação do
d meio podde igualmen nte ser indirreta: a decoomposição de d um
grandde número de material orgânico é por vezes a causa prin ncipal da moortalidade de
d um
grandde número de
d organismo os nectônico s, em particu
ular da ictioffauna.

Segundo Schramm e Proença (2 008) milhare es de casos de intoxicaçções humanna são


registtrados anualmente em todo
t o munddo. As intoxicações são provocadas pelo consum mo de
pescaado contaminado, sendoo que destess, aproximadamente 15% % resultam e m mortes. Muitas
M
destaas mortes são
o provocadas pelas síndrromes relacio
onadas às to
oxinas de algaas.

É indiscuttível que as marés verm


melhas têm consequência
as importanttes, quase se
empre
nocivvas, para a pesca costteira, por eestarem na base da fu uga dos orgganismos ou por
provoocarem uma mortalidade e maciça.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 414
8.4 P
PRINCIPA
AIS ESPÉCIES DE ALGAS TÓXICAS
S QUE O
OCORREM NO
BRA
ASIL
A maré vermelha
v é muito comuum em várias partes do o mundo, ccomo nos Esstados
Unido
os, Inglaterrra, Irlanda, Peru,
P África do Sul, no mar da Ará
ábia, na Nooruega, Arge
entina,
Uruguai e outros países (Castro, 2003).

Segundo Schramm e Proença ((2005) os trabalhos


t de
e pesquisa sobre ficoto oxinas
marinnhas ainda são restritos no Brasil. Pesquisas realizadas desde
d 1996 têm registraado a
ocorrrência de microalgas proodutoras dee toxinas da ASP, DSP e PSP em ágguas costeira as dos
estad
dos do RJ, PRR, SC e RS no
os anos de 1 996, 1997, 1998,
1 2000, 2001,
2 2002 e 2003 (Proeença e
Mafraa, 2005), seem que tenh ham sido reggistradas, necessariameente, intoxicaações de pe
essoas
nessees casos.

Segundo Silva (2006) o primeiro rregistro de florações


f noccivas no Brassil foi descritto por
Faria (1914) em 1913,
1 que mencionou
m umma floração de Glenodinnium trochoiddeum (Scripp psiella
troch
hoidea) na Baaia de Guana
abara‐RJ, quee causou grande mortaliddade de peixxes.

No Brasil, já ocorreu em outubroo de 1944, em Tamandarré‐PE, e, em 1963, em Recife‐ R


PE. Em abril de 1978,
1 aconteeceu em Herrmegildo e Tramandai,
T Cidreira
C e Toorres, no litoral do
Rio G
Grande do Suul, um fenômmeno bem esstudado e do ocumentado o pelo Ministtério da Saúd de, na
publicação ‘Um Agravo
A Inusitado à Saúdee’ ‐ M.S. ‐ 197
78 (Castro, 2003).

No entannto, até poucco tempo atrrás os registrros de floraçções de algass nocivas no Brasil
m escassos, limitados a ocorrênciaa de fenômenos nem sempre asssociados a danos
eram
ambientais. Com o surgimento de uma aaquicultura de d moluscos bivalves exppressiva no litoral
de Saanta Catarinaa, no início da
d década dee 1990, estudos focando o algas nocivaas se iniciara
am na
região.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 415
Tabela 34. Local, daata, características da água e microalggas presentes quan
ndo foram observados problemas ambientais em regiõe
es costeiras no Brassil*.

Local Ano Cor da água e comentários Microalga Problema ambiental


Glen
nodinium trochoideum
m
Baía de Guanabaara 1913 Verm
melha ferruginosa Mortandade de peixe
es
(Scrippsiella)
Cananéia (SP) 1920 Betuminosa Indeterminado Mortandade de peixe
es
1946 Glen
nodinium trochoideum
m
Baía de Guanabaara ‐ Mortandade de peixe
es
1948 (Scrippsiella)
Relação com a doença "Febre de Tamandaré"
T ou
Tamandaré e Recifee (PE) 1963 "creme", veerde‐claro, avermelhada Trichodesmium erythareum
m
"Doença de Tingui"
1966
Lagoas costeiras ((RJ) Avermelhaada, amarelo, alaranjaada Gymnodinium s.p. Mortandade de peixe
es
1971
Itanhaém (SP) 1978 Manch
has marrons na praia Asterionellopsis glacialiss Mortandade de peixe
es
Mortanndade de moluscos, cnidários,
Hermenegildo (R
RS) 1978 Ap
pós forte ressaca Gyyrodinium aureolum equinodermas; intoxicação humana após
ingestão de mariscos; irritação respiratória
Mortandade de peixes; testes de
d toxidade
Litoral de São Paulo
o (SP) 1983 Manchas marrons Gymnodinium
G breve
negativos.
Baixa relação de nitrogênio e fósforo ((N:P), alto Mortandade de peixes; testes de
d toxidade
Lagoa da Barra (R
RJ) 1990 Syn
nechocystis aquatilis
pH positivos.
Ubatuba (SP) 1990 Mancha amarelad
da de 30 km e calmarria no mar Trich
hodesmium erythaem
m Indeterminado
Intoxicação humana por Venenoo Diarréico de
Santa Catarina (SSC) 1990 Indeterminado Dinophysis spp.
Moluscos.
Mortandade de crustáceos e do molusco
m bivalve
Rio Grande do Sul (RS) 1993 Ap
pós forte ressaca Gyrrodinium cf. aureolum
m
M
Mesodesma mactroidees.
Dinoflagelados, silicoflagelad
dos, Mortandadee do molusco bivalve Mesodesma
Chuí e Hermenegildo
o (RS) 1994 Indeterminado
e diatomáceas mactroides.
Baía de Sepetiba ((RJ) 1998 Mancha esverdeada Chattonella sp. Derm
matose por conta prim
mária.
1998‐99
Epífitas de macro
oalgas, formando um
m biofilme Mortandadee do ouriço Echinometra lucunter e
A
Arraial do Cabo e Búziios (RJ)¹ 2001‐02 Ostreopsis ovata
marrom amarelado. humanos que ingeriram pescado contaminado.
2007

QUALID
DADE HIGIÊNICO‐SAN
NITÁRIA DE MOLUSC
COS BIVALVES 41
16
Local Ano Cor da água e comentários Microalga Problema ambiental
1991‐92
C
Cidade do Rio de Janeeiro (RJ) 1996‐97 Manchas marrons Tetraselmis sp. Poluição visual que afetou o turismo
1999‐00

C
Canal de São Sebastiãão (SP)¹ 2001 Ostreopsis ovata Mortandadee do ouriço Echinomeetra lucunter.

Ostreopsis ovata,
Alta abundância de Ostreopsis ovata, com 105
Santa Catarina (SC)¹ 2004 odesmium erythraeum
Tricho m,
células L‐1
Licmophora sp.
Ostreopsis
O ovata e
Pernambuco (PEE)¹ 2006
Prorocentrum
P lima
O. ovata e P. limma encontradas associadas as
macroalgas: Laureencia sp., Amphiroa frragillissima
Ostreopsis
O ovata e
Búzios (RJ)¹ 2006 (Rhodophyta), Sarrgassum vulgare
Prorocentrum
P lima
(Phaeophyta) e Coodium intertextum
(Chlorophyta).
Água com coloraação em tons de veermelho e
Rio de Janeiro (RJ)² 2007 Ale
exandrium minutum
marrom

Florianópolis (SC
C)³ 2007 Encontrado no meexilhão Perna perna Dino
ophysis cf. acuminata
a Foram relaatados mais de 150 caasos de DSP
* Adaptado de Oderbrrecht et al. (2002) e Siilva, (2006).
¹N
Nascimento et al. (20008)
²M
Menezes e Branco (20 007)
³P
Proença et al. (2007)

QUALID
DADE HIGIÊNICO‐SAN
NITÁRIA DE MOLUSC
COS BIVALVES 41
17
Na Tabela 34 nota‐se um grada tivo aumentto na ocorrê ência de floorações. Enquanto
houve 20 registrros no perío odo de 86 aanos (1913‐1 1999), em apenas seis aanos (2001‐‐2007)
foramm 8 registros. Entre os principais m motivos paraa este apare ente aumentto no núme ero de
floraçções estão: a) aumento o no interessse científicoo; b) utilizaçã
ão de áreass costeiras para
p a
aquiccultura; c) eu
utrofização dos
d ecossisteemas costeirros; d) altera ação de padrrões climáticcos; e)
transsporte de cisttos em águaa de lastro ouu translocaçãão de estoquue de organiismos para fins de
aquiccultura.

Tabela 35.. Casos de florações


f de algas nociva
as na costa sul‐sudeste
s ddo Brasil*.
Toxinas Material exxaminado Data
D Local
M
Microcistina Floraçções de Microocystis aerugin
nosa Desd
de 1982 Laagoa dos Pato
os (RS)
Indetterminada (DSSP) Carne de m molusco 1990 Florianópolis (SC)
Carne de
d molusco, t oxina associadas á
STX 1992 Liitoral de São Paulo
P
bactéérias
Armação do
Áccido Ocadáico
o Carne dee moluscos 1996
Itapocoroy (SSC)
STX, neo‐STX, GTX
X1‐4, Cep
pa cultivada dde Alexandrium
m
1997 Prraia do Cassino (RS)
C1, C2 tamareensis
Armação do
neo
o‐STX, GTX1‐4, C1 Carne de m
moluscos 1997 Itapocoroy (SSC)

Armação do
Células isoladas de Dinophysiis
Áccido Ocadáico
o 1998 Itapocoroy (SSC)
acumininata
Armação do
Cepa cultivada dee Gymnodiniu
um
C1, C2 1998 Itapocoroy (SSC)
catenaatum
LLitoral do Espírito
PTX Cepa cultivada de Ostreopsis ovvata 1998
Sannto e Rio de Janeiro
Laguna dee
M
Microcistina Trato digestório e m
músculo de pe
eixes 2001
Jacarepaguá (RJ)
Flo
oração de Pseeudo‐nitzschia
a Armação do
Áccido Domóico
o 2001
pseusodeiccatissima Itapocoroy (SSC)
Laguna dee
M
Microcistina Organismos
O zoooplantônicos 2002
Jacarepaguá (RJ)
BBaía de Parana aguá
Indetterminada (DSSP) Carne de m
moluscos 2002
(PR)
BBaía de Guana abara
Áccido Domóico
o Ce
epa cultivada dde P. pungenss 2002
(RJ)
Amoostras de águua, pessoas com
M
Microcistina 2003 Prraia do Cassino (RS)
irritação ccutânea
Cep
pa cultivada dee Synechocysttis
M
Microcistina 2003 Baaía de Sepetib
ba (RJ)
aquatilis f. aquatilis
Te
ecido musculaar de peixes e 2003
M
Microcistina Baaía de Sepetib
ba (RJ)
crustá ceos
2003 BBaía de Parana
aguá
Áccido Domóico
o Cepa cultivada de P. cf. multiserries
(PR)
Áccido Domóico
o Cep
pa cultivada dee P. multiseriees 2003 Rio Grande (RS)
Fontee: Proença e Mafra Jr. (20
005); Schram
mm (2008).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 418
8.5 M
MEDIDAS
S PREVENT
TIVAS E D
DE CONTR
ROLE
Segundo Castro (200 03) não exisstem medid das preventivas e de coontrole aplicáveis
diretaamente sob bre os agentes que cauusam a maré vermelha a. Com resppeito aos efeitos
e
irritattivos para ass mucosas, recomenda‐s
r se afastar‐se
e das praias, pelo menoss 300 metroos, e a
interddição tempo orária das praias
p e ativvidades aquáticas marin nhas, nas árreas afetada
as. Os
efeitoos tóxicos prrovenientes da
d ingestão dde alimentos marinhos contaminado
c os com ficoto
oxinas
são mmais graves e não são rarros os acidenntes mortais (Castro, 200
03).

Diante de
d uma susspeita de m maré verme elha, indepe endente dee confirmação, é
importante a inteerdição da co áceos, molusscos, bivalves etc.,
oleta e cons umo de marriscos, crustá
até quatro seman nas após o té
érmino do feenômeno. Ass medidas mais eficazes são a inform mação,
divulggação e educação saniitária da poopulação, asssociadas à interdição e fiscalizaçã ão do
consuumo dos alim
mentos marin nhos.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 419
8.6 P
PRINCIPA
AIS FICOTOXINAS
Segundo Mafra Junio or (2005) ass ficotoxinass marinhas que
q afetam a saúde hu umana
estão
o agrupadas segundo os sinais e ssintomas gerados no orrganismo reeceptor e tip po de
biomolécula de que
q são form madas. Os ggrupos receb bem o nome e da intoxicaação que causam.
Todas as toxinas produzidas por
p microalggas que afetaam a saúde humana
h são ttermoestáveeis, ou
o de frutos‐do‐mar contaaminados não ameniza a toxicidades dos mesmoss (Van
seja, o cozimento
Dolahh, 2000).

8.6.1
1 Cianoto
oxinas
As cianob
bactérias ou cianofíceas, também conhecidas popularmente como algas azuis,
são m
microrganismmos aeróbico
os fotoautotrróficos. Seus processos vitais requereem somente água,
dióxid
do de carboono, substânncias inorgânnicas e luz. A fotossínte
ese é seu pprincipal moddo de
obtennção de energia para o metabolismo
m o, entretantoo, sua organização celulaar demonstrra que
essess microorgan
nismos são procariontes
p s e, portantoo, muito sem
melhantes biioquimicame ente e
estruturalmente às bactérias..

Vários gêêneros e espécies de ciannobactérias que formam m florações pproduzem to oxinas.


As to
oxinas de cianobactérias,, que são co nhecidas com mo Cianotoxxinas, constittuem uma grande
fontee de produtoos naturais tó
óxicos produ zidos por essses microorg
ganismos e, eembora aindda não
estejaam devidamente esclare ecidas às cau sas da produ
ução dessas toxinas
t (Carmmichael, 199
92).

Os quatro
o principais grupos de ccianotoxinass (anatoxinass, saxitoxinaas, microcistinas e
cilind
drospermopssina) apresenntam estabillidade químiica e degradação microbbiológica basstante
difereente nos ammbiente aquáticos. Algu mas dessas toxinas são caracteriza das por sua a ação
rápida, causando o a morte ded mamíferoos por parad da respirató
ória após pooucos minutos de
expossição. As ciianotoxinas têm sido iidentificadass como alca alóides ou organofosfo orados
neuro otóxicos. Ou
utras atuam
m menos rappidamente e são identtificadas com mo peptídeo os ou
alcaló
óides hepatootóxicos.

Figura 149
9 ‐ Canal da Jo
oatinga‐RJ naa maré vazantte, mancha indicando floraação de algas
(cianobactérias) que conferem coloração verde e a água.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 420
Fonte: IEA.

O tipo mais
m comumm de intoxiccação envolvendo ciano obactérias é ocasionado por
hepattotoxinas, que apresenttam uma açção mais len nta, podendoo causar a mmorte em poucas
p
horass ou dias. As
A espécies já identific adas como produtoras dessas heppatotoxinas estão
incluíídas nos gêneros Microcystis,
M Anabaena,, Nodularia, Oscillatooria, Nosto oc e
Cylinddrospermopssis (Carmich
hael, 1994). As hepatottoxinas peptídicas já caaracterizada
as são
heptaapeptídeos cíclicos
c conhecidos comoo microcistin
nas e os penttapeptídeos designados como
nodularinas.

As hepato otoxinas che


egam aos heepatócitos po or meio de receptores
r ddos ácidos biliares
(Runnnegar et al.,1981; Erikso
on et al., 19990; Falconer,, 1991) e pro
omovem um ma desorganiização
do ciitoesqueletoo dos hepattócitos. Com mo consequê ência, o fígaado perde ssua arquitettura e
desennvolve gravees lesões internas. A perrda de contaato entre as células cria espaços intternos
que ssão preenchiidos pelo sanngue que pa ssa a fluir do
os capilares para esses loocais, provocando
uma hemorragia intra‐hepática (Hooser eet al.,1991; Carmichael,
C 1994;
1 Lambeert et al., 199
94).

As neuro otoxinas já id
dentificadas são produzzidas por esspécies e ceepas incluída
as nos
gêneros: Anabaeena (Carmichael et al., 1990), Aph hanizomenon n (Mahamoood e Carmichael,
1986), Oscillatorria (Sivonen et al., 19989), Trichoddesmium (H Hawser et aal.,1991) Lyn
ngbya
(Onodera et al.,1997) e Cylind
drospermopssis (Lagos et al.,1999).

8.6.2
2 Anatoxiina‐a
Anatoxinaa‐a é um alcalóide
a neeurotóxico que
q age commo um pottente bloqueador
neuroomuscular pós‐sináptico de receptorres nicotínicoos e colinérgicos. Esta açã
ção se dá porrque a
anatooxina‐a liga‐se irreversivvelmente aoos receptores de acetilcoolina, por nãão ser degraadada
pela acetilcolinessterase. A DL
D 50 por injeçção intraperritoneal em camundonggos, para a toxina
t
purifiicada, é de 200 μg/Kg de peso corrpóreo, com m um tempo o de sobrevivvência de 1 a 20
minutos (Carmich hael, 1992; Falconer, 19998).

Os sinais de envenenamento poor esta toxin na, em animmais selvageens e doméssticos,


inclueem: desequiilíbrio, fascicculação musscular, respiração ofegante e convuulsões. A mo orte é
deviddo à parada respiratória a e ocorre dde poucos minutos
m a po
oucas horass, dependendo da
dosaggem e consumo prévio de alimeento. Doses orais prod duzem letal idade aguda em
conceentrações muito
m maiorees, mas a toxxicidade dass células messmo assim é alta o suficciente
para que os animmais precisem m ingerir de poucos mililitros a poucoos litros de áágua da supe
erfície
das fllorações para receber umma dose leta l (Carmichaeel, 1994).

8.6.3
3 ASP ‐ En
nvenenam
mento amnéésico
O enveneenamento amnésico é pproduzido po or algas Diattomáceas doo gênero Psseudo‐
nitzscchia (Bates, 2000), Am
mphora coffeeaeformis (SShimizu et al.,
a 1989) e Nitzschia navis‐

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 421
varingica (Kotaki et al., 2000
0). Os vetorees responsávveis pela into oxicação do homem, por esta
toxina, são molusscos bivalvess e peixes filttradores (Maafra Junior, 2005).

Figura 15
50 ‐ Cadeia dee Pseudo‐nitzzschia sp., diattomácea.
Foonte: Luis A. O.
O Proença.

mas e sinaiss clínicos poodem variar de acordo com a inteensidade do caso.


Os sintom
Eventtos leves se caracterizzam pela ppresença de e náuseas, vômitos, diiarréias e cólicas
c
abdominais. Em casos
c gravess, por sua veez, o pacientte apresentaa diminuiçãoo do reflexo a dor,
ura, desorien
tontu ntação e pe erda de mem mória de cu urto prazo (Mafra Junioor, 2005). Nãão há
tratamento, podeendo ser fata
al (Pocklingtoon et al., 199
90).

As princiipais toxinas envolvidaas são ácido o domóico (AD) e os isômeros, ácido


omóico D2, D3
isodo D e F4. Esta as toxinas see caracterizaam por serem aminoáciddos tricarboxxílicos
hidro
ossolúveis, atuando
a commo análoga s do neuro otransmissorr glutamato . Causa ativação
persisstente dos canais
c de cálcio, levando à depleção de energia, expansão ceelular e mortte dos
neurôônios (Premaazzi & Volterra, 1993). O termo ácid do domóico deriva de "ddomoi", nom me em
japon
nês para a macroalga
m Chondria armmata, de ond de se extraiu a toxina ppela primeira vez.
Antess de intoxicar humanos, o ácido dom móico já era conhecido
c co
omo um rem médio popular para
matar vermes em m crianças jap
ponesas (Maafra Junior, 2005
2 apud Baates, 1998).

Em um único caso de e envenenammento humaano no Canadá, em 19877, de 107 pe essoas


intoxicadas apenaas três morreram. As moortes foram atribuídas
a à pacientes dee saúde debiilitada
(Mafrra Junior, 20
005).

8.6.4
4 DSP ‐ En
nvenenam
mento diarrréico
e DSP foram registrados na Holanda, em 1961 (KKorringa & Ro
Os primeiros casos de oskan,
1961), mas a desccrição somen
nte ocorreu no Japão, naa década de 70 (Yasumotto et al., 197
78).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 422
O envenenamento diarréico
d é caausado pelo dinoflagelado Prorocenntrum lima (Figura
151a) e diversas espécies do o gênero Diinophysis (Figura 151b) (Lee et al., 1989). Moluscos
bivalvves são os veetores da intoxicação em
m humanos (M Mafra Juniorr, 2005).

a b

Figura 151
1 ‐ Proroceentrum lima (a
a). Dinophysis sp. (b).
Fontess: Ambra (a) e Eol (b)

A intoxicaação causa, em casos leeves, náuseas, vômitos, diarréias


d e c ólicas abdom
minais
(Halleegraeff, 20003). Em cassos graves a exposição o crônica po
ode gerar ttumores gásstricos
(Land
dsberg, 1996 6). Como trattamento devve‐se evitar a desidratação, com recuuperação prrevista
para 2 ou 3 dias, não sendo faatal (Hallegraaeff, 2003; Van
V Dolah, 20000).

pais toxinas envolvidas ssão o ácido ocadáico


As princip o (AO
O) e as dinoffisis‐toxinas (DTX),
ambaas poliésterees ácidos lipo
ossolúveis (R eguera, 2003). As toxinaas inibem a eenzima fosfattase e
causaam a hiperfo
osforilação daas proteínas e canais iônicos no epité élio intestinaal, provocanddo um
balan
nço hídrico anômalo e a perda
p de flu idos (Cohen et al., 1990; Gauss et al.., 1997). Há algum
a
temppo incluíam‐sse as pecten notoxinas (PPTX) e lessottoxinas (YTX X) entre as ttoxinas diarrréicas.
Apesaar de extraíd
das em conju unto, elas nãão causam distúrbios
d gastrintestinaiss, mas sim efeitos
e
hepattotóxicos e cardiotóxicos
c s, respectivaamente (Hammano et al., 1985;
1 Terão eet al., 1990).

8.6.5
5 NSP ‐ En
nvenenam
mento neurrótico
O dinoflagelado Gyymnodinium breve (Figgura 152) é uma algga produtorra de
breveetoxinas, toxxina lipossolú
úvel transmittida ao homem pela ingestão de mooluscos bivalves. A
alga produz doiss tipos de toxinas:
t hem
molítica e neurotóxica.
n A maioria das breveto oxinas
produuzidas geraam PbTx‐2, baixas co ncentrações de PbTx‐‐1, PbTx‐3 e compon nentes
hemo olíticos. Cassos de NSP foram relaatados em humanos pela p ingestãão de mexilhões
contaaminados, eme concentrrações de 330‐18 µg (78‐120 µg/m mg) de breveetoxina (Fleeming,
2009a).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 423
a b

Figuraa 152 ‐ Gymn


nodinium brevve (sinônimo Karenia brevvis), alga vista em microscoopio óptico (a) e em
microscopio
m eeletrônico de varredura (b)).
Fonte: Milksci.

Na NSP há gastroe enterite aguuda com sintomas neu urológicos e uma sínd drome
respiratória seguida da inalação de aeroossol com a toxina
t (irrita
ação de muccosa, formaçção de
exuda atos catarra ,
is, rinorréia, tosse e bro
onconstrição
o), tontura, visão
v turva e pruridos na
a pele
(Flem
ming, 2009a). Em casos graves podee haver doença crônica dos pulmõees, renite ca atarral
severra, hemorraggia e edema a pulmonar,, leptomeninngite não su upurativa, aanemia hemolítica
crônica, hemosid derose e mo orte por neuurotoxicidade
e (Fleming, 2009a). Paraa o tratame ento é
indicaado o uso dee Cromolin ou Clorfeniram mina.

Os primeiros relatos de
d envenenaamento neurrótico ocorre eram em 18880, na costa oeste
da Flóórida. Desdee então tem sido relatadoo no golfo do
o México, na
a costa leste da Califórnia e na
costaa da Carolina do Norte.

8.6.6
6 PSP ‐ En
nvenenam
mento parallisante
Acredita‐se que o primeiro caso registrado se eja a intoxicação que maatou navega adores
no Caanadá, em 1793
1 (Dale & Yentsch, 19978). O primmeiro registro o de intoxicaação por inggestão
de m
mexilhão conttaminado co om PSP foi pprovocado de evido à ocorrrência de um ma floração de A.
tamaarense, em 1980, na costta sul da Arggentina, (Carreto, et al., 1985).
1 Apesaar da proxim
midade
geogrráfica, a espéécie somente foi detectaada na costaa sul do Brasiil em agosto de 1996, máxima
conceentração celular de 2.10 células/l, naa praia do Caassino, simulttaneamentee com a ocorrência
osta do Uruguai (Odebreccht et al. 19997).
na co

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 424
.

Figura 153 ‐ Distribuiição global doos casos de in


ntoxicação por PSP em 19700 e 2006.
Fonte: GEOHAB; Sch
hramm.

Figura 154 ‐ Passaggem de toxinaas paralisante


es pelos difere
entes níveis trróficos.
Fonte: UN
NIVALI/FURG; Schramm.

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 425
Os dinoflagelados Gymnodinium m catenatum m (Figura 1555a) e algum mas espécie es dos
gêneros Alexand drium (Figura a 155b) e PPyrodinium (IOC, 2003) são produttoras das to oxinas
causaadoras da PSSP (Saxitoxinna (STX), neoo‐saxitoxina (neo‐STX), goniautoxina
g as (GTX) e to
oxinas
sulfoccarbamoll) (O
Oshima, 199 95). As toxinaas são guanid
dinas hetero
ocíclicas que se ligam ao sítio 1
do caanal de sódio, inibindo a condutividdade e causaando um blo oqueio da attividade neu ural. O
primeeiro local de ação é o sisttema nervosso periférico (Mafra Junio
or, 2005).

a b

Figura 155 ‐ Gymnodiniuum catenatum


m (a). Alexand
drium sp. (b).
Fonte: Eol.

As saxitoxxinas são neurotoxinas dde um grupo o de alcalóide


es carbamatoos que pode
em ser
não sulfatados (saxitoxinas),
( , com um úúnico grupaamento sulfa ato (G‐toxinnas) ou com
m dois
grupaamentos sullfatos (C‐toxxinas). Além m dessas, esstruturas com m grupamenntos decarb bamoil
(dcSTTX ou dcGTX)), novas toxinnas relacionaadas têm sid
do recenteme ente isoladass.

As saxitoxinas podemm ser fatais ao homem na quantida ade 0,5 mg. Moluscos podem
p
conteer, em raras ocasiões, do
oses de 10 m
mg em 100 g de carne, ou u seja, a ingeestão de um único
marissco pode matar
m um hoomem (Van Dolah, 200 00). Segundo o Silva (20006) a neurottoxina
saxito
oxina chega a ser 50 vezes mais leta l do que a estriquinina e 10.000 vezees mais morrtal do
que oos cianetos.

Em casoss graves há paralisia


p musscular, dificuldade ou paralisia respirratória e sen
nsação
de choque (Gesssher et al.,, 1997). Esssas neuroto oxinas inibem a conduução nervosa por
bloquueamento do os canais de sódio, afeta ndo a perme eabilidade ao
o potássio ouu a resistênccia das
membranas. A intoxicação
i em human os é causada pela ing gestão de m moluscos bivvalves
contaaminados e causa, em casos
c leves, formigamen nto em torno dos lábioss, face e pesscoço,
das nas pontas dos dedos, cefaléia,, vômitos, nááuseas e dia
fisgad arréias (Gesssher et al., 1997),
1
além de tonturaa, adormecim mento da b oca e de extremidadess, fraqueza muscular, sede e
taquicardia. Os sintomas pod dem começaar 5 minutoss após a inge estão e a moorte pode occorrer
entree 2 a 12 horas. Em casos de intoxiicação com dose não le etal, geralm ente os sinttomas
desapparecem de 1 a 6 dias (Carmichaeel, 1994). En ntretanto, não se tem cconhecimento de
efeito
os crônicos por
p falta de estudos
e de loonga duraçãoo com anima ais.

QUALID
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A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 426
Pacientess com PSP de evem ser su bmetidos à lavagem esttomacal e reespiração arttificial,
até que termine o efeito. A PSSP pode ser ffatal (Gesshe
er et al., 199
97; Hallegraeeff, 2003).

a b c

d e f

Figgura 156 ‐ (a‐cc) Morfologia geral de A. m minutum em microscópio


m óptico. (b) Céllulas isoladas; (c)
reddes; (d) vista ventral da célula clarificadda, mostrando o o padrão reticulado de hyypotheca (setta).
Célulaa corada em Calcofluor
C sobb microscopiaa de fluoresce encia: (5) vista
a ventral das células, mosttrando
um poro ventral conspícuo (seta); (e, f) vissta apical das células, mosttrando o poroo apical complexo
(APC) (seta) e as quatrro placas apiccais (‘). Barra de
d escala = 20 0 μm (a, b); 100 μm (c‐f).

8.6.7 CFP ‐ Ciguatera (eenvenenam


mento pelo
o consumo
o de peixess)
A Ciguateera é causaada pelo co nsumo de peixes
p recifa
ais contaminnados, como por
exemmplo: barraccudas, garou upas e sna pper. A contaminação é provoca da pelas to oxinas
liposssolúveis cigu
uatoxina e maitotoxina,
m produzidas pelo dinoflagelado Gammbierdiscus to
oxicus
(Figura 157).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 427
Figura 157 ‐ Gambierdisscus toxicus.
Fonte: Eol.

As toxinaas responsááveis pela CCiguatera prrovocam efe eito direto na excitaçã ão de


membranas. O potencial de despol arização attua devido ao aume nto seletivo na
perm d sódio nas células nervvosas e múscculo estriado
meabilidade do o, podendo nneutralizar ío
ons de
cálcio
o e tetrodoxiina (Fleming,, 2009b).

Em casos leves há doença neurolóógica aguda de manifestação: gastrinntestinal (dia arréia,


vômitto e cãibrass abdominaiss); neurológ ica (parestesia, dor nos dentes, do r ao urinar, visão
turvaa, alteração da tempe eratura); e, cardiovascular (arritm mia). Casos mais grave es se
caraccterizam pelaa presença de falha respiiratória, colaapso circulatório e arritm
mias e mortalidade
em mmenos de 1% dos casos (FFleming, 20009b).

O tratam mento é sintomático, pelo uso de vitamin nas, anti‐hiistamínicos, anti‐


colineesterásico, antidepressiivos esterói des e tricícclicos. A attropina provvoca bradiccardia,
reduzzindo a arritmia e a do opamina ouu gluconato de cálcio re eduzem a ddor. Também m são
recommendados o uso de opióides e barbittúricos para hipotensão (Fleming,
( 20009b).

Os sintom
mas aparece em poucas hhoras após a ingestão doo peixe conttaminado. A dose
oral ssuficiente para causar a doença
d em hhumanos adu
ultos é de 0,1
1 µg.

Em 1983 3 foi utilizadda a técnicaa de diagnósstico de inib


bição‐imunooeletroforese
e com
toxina extraída dee peixes (Fleming, 2009bb).

8.6.8 AZP ‐ En
nvenenam
mento azasp
pirácido
O enveneenamento azzaspirácido é provocado o pela toxina azaspirácid o, produzidaa pelo
dinofflagelado Protoperidinium crassipess. Esta toxin na provoca a inibição dda enzima PP1 P e,
possivelmente, de d serina‐treonina PPs (eex.: PP2B, PP P2C, PP4, PP P5) ou outroos sub‐tipos de PP
(ex.: ffosfatase tiro
osina‐especíífica, fosfatasse lipídica) (TTwiner et al., 2008).

QUALID
IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 428
A toxina é compostta por uma amina cícliica (ou grup pamento AZZA), um tri‐‐spiro‐
assem
mbly e um grupamento
g ácido carboxxílico (ACID), composição que dá orrigem ao nom
me da
toxina AZA‐SPIR‐A
ACID (Twinerr et al., 20088).

Segundo James et all. (2002) a inntoxicação em e humanoss é causada pela ingestão de


moluscos bivalvees. A toxina azaspiráciddo causou em e ratos inttoxicados neecrose de lâ âmina
próprria do intesttino e em tecido linfóidee, bem como o alterações lipídicas no fígado (Ito et al.,
2000). Em human nos há relatoos de náuseaa, vômito, diiarréia severra, cãibras esstomacais (T
Twiner
et al., 2008). Em casos
c gravess a toxina cauusa câncer estomacal, intestinal e dee cólon; deso
ordens
gastrintestinais, como
c doença a de Crohn e colite ulcerrativa; e, até
é a morte doo paciente (T
Twiner
et al., 2008).

Os sintommas das pesssoas que inggeriram AZA


A no suro de 1995 indicaavam DSP, masm as
análisses indicaram
m a presença
a de uma toxxina originalmente cham
mada "Killaryy‐toxin" ou KT‐3
K 1.
Posteeriormente, essa
e toxina foi
f renomeadda para azaspirácido (AZAA) (Twiner eet al., 2008).

Em 1995 5, houve o primeiro suurto de into mentar em humanos após a


oxicação alim
ingesstão de moluuscos bivalve es em Killarry Harbour, Irlanda. Este e surto foi reeconhecido como
sendo o causado peela toxina AZZA (Twiner ett al., 2008).

8.6.9
9 Palitoxiina

a b

Figu
ura 158 ‐ Ostrreopsis ovata proveniente de uma amosstra coletada em Búzios‐RJJ. (a) Microscó
ópio
ptico, (b) Epiffluorescência com calcofluo
óp or.
Fontee: Nascimento
o et al.

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IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 429
As espéciies do gênero Ostreopsiss são conheccidas por pro
oduzirem pallitoxinas. Seggundo
Nasciimento et al.
a (2008) du uas cepas is oladas de O.
O ovata mo ostraram ativvidade hemolítica
25
inibid
da por ouabaaína .

A Palitoxiina foi confirrmada como sendo o ageente causado or de intoxicaações alimen ntares
pela iingestão de pescado, principalmentee siris, carangguejos e peixxes (Nascimeento et al., 2008).

Na costa do Rio de Janeiro amosttras isolaram m O. ovata, que continham m uma substtância
análo
oga a palitoxxina (Nascime
ento et al., 22008). Além disso, ao lon
ngo dos últim
mos anos esp
pécies
do gênero Ostreeopsis, princcipalmente O O. ovata, esstiveram envolvidas em m intoxicações de
oas que foram expostas a aerossóis m
pesso marinhos junnto da costa italiana.

Os sintom ncluem rinorréia, broncooconstrição, tosse,


mas da intoxxicação por ppalitoxina in
febree e dermatitees (Nascimen
nto et al., 20 08).

a b

Figgura 159 ‐ Biofilme de Osttreopsis ovataa recobrindo a alga vermelha Amphiroaa fragilissima na
enseeada do Fornoo, em 5/12/066 (a) e na Ilha de Cabo Frio, em 27/11/006 (b).

Fonnte: Nascime
ento.

25
Ouaabaína ou esttrofantina‐g é uma substâ ncia orgânicaa inibidora específica da N a+ K+ ATPase
e, cujo
papel fisiológico ain
nda não é bem
m compreenddido.

QUALID
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A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 430
8.7 F
FICOTOXIINAS E A MALACOC
M CULTURA
Segundo Schramm e Proença (22005), por serem s moluscos filtradoores, mexilhões e
ostras são capazees de filtrar entre 4 e 6 litros de ággua por hora
a para obterr alimento. Com
C a
filtraçção, o animaal concentra
a muitas vezzes, em sua carne, as su
ubstâncias tóóxicas contid
das na
água.. A dieta aliimentar dos moluscos i nclui bactérrias, material particuladoo, zooplânctton e,
principalmente, microalgas (inclusive tóóxicas). Esses autores salientam qque os moluscos
geralmente não são afetado os pelas toxi nas e que, passado o episódio
e de floração de algas
nocivvas, mexilhões e ostras se depuram m naturalmente. Além das d condiçõees fisiológicaas dos
moluscos bivalvees, o período o de depuraçção vai depe ender tambéém das conddições da ággua de
cultivvo, quanto à matéria orrgânica, micrrorganismos e outros pa arâmetros im mportantes sob o
aspeccto sanitário (Schramm, 2008).

Schrammm (2008) em pesquisa reealizada com m moluscos bivalves culttivados em Santa


Catarrina identificcou ácido doomóico na ccarne de mexilhões, pe ela primeira vez Brasil. Nesta
mesm ma pesquisaa a contaminação por toxinas paralisantes chegou a 933,1% do máximo
mitido em leegislação internacional ((Tabela 36) durante um
perm ma floração do dinoflaggelado
Gymn nodinium ca atenatum. A contaminaçção de mexilhões por áccido ocadáicco, produzid do por
Dinopphysis spp. chegou
c a 18
86,8μg/Kg, ssuperando o limite máximo permitiddo. Considerando
trabaalhos anterioores e o período estud ado na pesquisa, Schra amm (2008) verificou que os
resulttados demo onstram que e existe riscoo de intoxiccação alimen
ntar associaada às ficoto
oxinas
marinnhas atravéss do consum d Santa Cattarina. Este autor
mo de molusscos bivalvess do litoral de
verificou que no o caso da toxina
t amnéésica o riscco é baixo, enquanto qque para to oxinas
paralisantes o é moderado
m e para toxinass diarréicas alto.
a

Tabela 36. Diretivas


D da União Européiaa que estabelecem os limittes máximos ppermitidos de
e
ficoto
oxinas na carn
ne de pescadoo com os resp
pectivos méto
odos de deteccção*.
Métodos de
Fonte Toxin
nas de referêência Limites máxim
mos
detecção
800 µg de
Saxitoxinas equivalente
e de M
Método biológico
saxitoxina/kkg
20
2 µg de ácid do
Ácido
Á domóicco HPLC
domóico/g g
Diretivas
Áccido ocadáicoo + Método biológgico;
M
991/492/CEE 160 µg de
Dino
ophysistoxinnas + altternativos: HPLC‐
H
97/61/CE equ
uivalente de ácido
enotoxinas ( Ptx1,
Pecte FLD, HPLC‐MMS,
97/79/CE ocadáico/kgg
Ptx2) imunoensaiio
22002/225/CEE
Yessotoxinas (Ytxx, 45 Método biológgico;
M
22004/853/CEE mg de equivallente
1m
OH Ytx,
Y Homo Yttx, 45 altternativos: HPLC
H
de yessotoxina
as/kg
OH
O Homo Ytxx)
160 µg de Método biológgico;
M
Azasspirácidos (A
AZA1,
equivalente
e de altternativos: HPLC
H
AZA2, AZA3))
azaspirácido/
a /kg
Fontee: Schramm (2
2008).

Embora sejam
s menoos frequentees que em outros
o paísess como Chil e e Argentin
na, as
ocorrrências de flo
orações de microalgas
m n ocivas no Brrasil justificam a criação de um sistem
ma de

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IDADE HIGIÊNIICO‐SANITÁRIA
A DE MOLUSCO
OS BIVALVES 431
monitoramento de d algas e ficcotoxinas em
m regiões prrodutoras de e moluscos bbivalves (Schramm
e Prooença, 20055). Este monitoramentoo está previisto no Prog grama Nacioonal de Controle
uscos Bivalvees, do Ministtério da Pescca e Aquiculttura, que está em
Higiênico e Sanitáário de Molu
fase d
de implantaçção.

Porém, Scchramm e Prroença (20088) destacam que no Brassil a legislaçãão relacionad


da aos
produ utos pesqueeiros ainda é deficientee e está fo ocada aos parâmetros m microbiológicos e
químicos de conttaminação; estes
e últimoss associados a metais pe
esados, agrottóxicos e ressíduos
da indústria petrroquímica, principalmentte. Estes autores afirma am que, até o momento o, não
existee ferramentaa legal que inclua as miicroalgas maarinhas e as ficotoxinas ccomo parâmmetros
para avaliar a qualidade de e moluscos e da água onde estes organismoss são produ uzidos.
Exceçção feita na Portaria 518
8/2004 do M inistério da Saúde
S que reegulamenta os parâmetrros de
qualiddade para a água de abastecimentto humano e que incluii as ficotoxinnas microcisstinas,
cilind
drospermopssina e saxitoxxinas no qua dro de parâmmetros a serem analisad os.

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