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Aula 6 – Sacramentos

Quando pensamos no que devemos fazer à luz do que cremos, poderíamos deixar-nos dominar pelo desanimo, vendo
quanto a sublimidade das verdades divinas ultrapassa a inteligência humana; quanto o código moral da Grande Lei do Amor choca
com o egoísmo da débil natureza humana. Mas o nosso desanimo se desvanece ao descobrirmos as ajudas que Deus nos dá para
podermos crer e agir, ou seja, os sacramentos a oração.

Até agora, vimos o que é a oração, meios de oração, quem nos ajuda e pode nos ajudar nessa caminhada de fé. Hoje,
veremos os meios que Jesus mesmo nos deixou para que pudéssemos caminhar em direção a Ele no Céu.

 O que significa “sacramento”?

O termo “sacramentum”, originariamente, significava o juramento militar prestado pelos legionários romanos. Um
jovem, por exemplo, para se tornar um soldado romano deveria fazer uma espécie de juramento militar, ou seja, um ritual de
entrada ou de iniciação numa nova forma de vida, um compromisso sem reserva, um serviço fiel até o risco de morte. Portanto, ao
fazer esse “sacramentum”, ou esse “juramento”, o soldado ligava-se ao seu superior com o dever de obediência irrestrita às suas
ordens. Podemos, então, concluir que o sacramento possui, ao mesmo tempo, um aspecto jurídico (juramento ou um contrato) e
um aspecto sagrado (esse juramento era sagrado).

Agora, nós já podemos entender melhor a definição dessa palavra. A palavra latina “sacramentum” significa,
etimologicamente, algo que santifica (res sacrans) e equivale ao vocábulo grego “mysterion”, ou seja, coisa sagrada, oculta ou
secreta. Portanto, “sacramento” foi a palavra escolhida em latim eclesiástico para traduzir “mysterion”.

 O que são os Sacramentos?

Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dispensada a
vida divina. Os ritos visíveis, com os quais são celebrados os sacramentos, significam e realizam as graças próprias de cada
sacramento. Eles dão fruto naqueles que os recebem com as disposições requeridas.

Vemos imediatamente que essa breve definição contém três idéias distintas. “Um sinal sensível” é a primeira delas;
“instituído por Jesus Cristo e confiados À Igreja”, a segunda; e “da graça”, a terceira.

o Sinal Sensível

Deus quis atuar no interior do homem em coerência com a maneira pela qual o havia criado: unindo o material e o
espiritual, o corpo e a alma. Jesus estabeleceu o seu sistema de aplicação da graça de acordo com esse duplo aspecto da nossa
natureza. A graça seria invisível, como corresponde à sua natureza; mas viria a nós por meio das coisas visíveis de uso corrente.
Por um lado, protegia-nos contra a ilusão de pensar que recebíamos a sua graça, quando realmente isso não acontecesse; por outro
lado, proporcionava-nos a certeza tranquilizadora de que recebíamos a graça quando no-la tivesse concedido realmente. Podemos
imaginar a tortura que seria caminharmos pela vida sempre com uma dúvida asfixiante sobre o estado das nossas relações com
Deus e as nossas perspectivas quanto à eternidade.

Por isso, Deus tomou as coisas ordinárias do nosso mundo – coisas que podemos tocar, saborear e sentir; palavras que
podemos ouvir; gestos que podemos entender –e as fez veículos da sua graça.

Nos sinais que constituem a parte material de um sacramento, existem dois elementos. O primeiro é a “coisa” que se
utiliza, que denominam matéria do sacramento; as palavras ou gestos que dão significado à ação que se realiza- chama-se “a
forma” do sacramento.

o Instituído por Jesus Cristo e confiados à Igreja


Sabemos que não há poder humano –nem sequer o poder da Igreja que, embora humanamente exercido, é divinamente
guiadoque possa ligar a graça interior a um sinal externo. Isso é algo que somente Deus pode fazer, e que nos leva ao segundo
elemento da definição de sacramento: “instituído por Jesus Cristo”. No período compreendido entre o começo da sua vida pública
e a sua ascensão aos céus, Jesus instituiu os sete sacramentos. A ascensão do Senhor pôs ponto final à instituição dos sacramentos.

Pelo Espírito que a conduz «para a verdade total» (Jo 16, 13), a Igreja reconheceu ao longo do tempo este tesouro
recebido de Cristo e foi-lhe precisando a « dispensação», enquanto fiel despenseira dos mistérios de Deus. Assim, a Igreja
discerniu, no decorrer dos séculos, que, entre as suas celebrações litúrgicas, há sete que são, no sentido próprio da palavra,
sacramentos instituídos pelo Senhor.

Os sacramentos são «da Igreja», no duplo sentido de que são «por ela» e «para ela». São «pela Igreja», porque ela é o
sacramento da acção de Cristo que nela opera, graças à missão do Espírito Santo. E são «para a Igreja», são estes «sacramentos
que fazem a Igreja» (31), porque manifestam e comunicam aos homens, sobretudo na Eucaristia, o mistério da comunhão do
Deus-Amor, um em três pessoas.

Na liturgia, sobretudo na dos sacramentos, existem elementos imutáveis, porque de instituição divina, e dos quais a
Igreja é guardiã. Existem depois elementos susceptíveis de mudança, que a Igreja tem o poder, e, muitas vezes o dever, de adaptar
às culturas dos diferentes povos.

o Da graça

Os sacramentos nos dão e aumentam a graça santificante. Essa graça é aquela maravilhosa vida sobrenatural, aquele
compartilhar a própria vida de Deus, que provém da habitação do Espírito Santo, Amor Divino, na nossa alma, ou seja, a
capacidade de estarmos unidos a Deus em todos os momentos. No mais, aprofundam e intensificam a vida espiritual da graça
santificante que já palpitava na nossa alma. Cada vez que se recebe um novo sacramento (ou se repete, se o sacramento o
permite), o nível de vitalidade espiritual se eleva na nossa alma, como a intensidade da luz cresce a cada giro que damos ao
reostato. Não é que o amor de Deus cresça, pois, para começar, é infinito. Mas cresce a capacidade da alma para absorvê-lo, do
mesmo modo que a vitalidade de uma criança aumenta com cada alimento que assimila.

Deus nos dá a vida espiritual, que é a graça santificante; e, depois, nos provê de tudo aquilo de que necessitamos para
que essa vida seja atuante em nós –sem nos privar da nossa liberdade-, para que cresça e se conserve. Em consequência, além da
graça santificante, que é comum a todos os sacramentos, há outras ajudas especiais que Deus nos dá, ajudas adequadas às nossas
necessidades particulares ou ao nosso estado de vida. A ajuda especial que, neste sentido, cada sacramento dá, chama-se “a graça
sacramental” de cada um dos sacramentos.

Importante ressaltar que as disposições de quem administra o sacramento não influem no seu efeito. É uma grande
desordem que um sacerdote administre um sacramento com a sua alma em pecado mortal; mas isso não diminui a graça que o
sacramento confere. Quem receber esse sacramento obterá a mesma quantidade de graça, independentemente de que o sacerdote
seja pecador ou santo. O essencial na administração de um sacramento é ter o poder de administrá-lo; ter intenção de administrá-lo
(a intenção de fazer o que a Igreja faz); realizar as cerimônias essenciais a esse sacramento.

 Quantos são os Sacramentos? Qual sua divisão?

Nós temos sete sacramentos. São sete porque seguem a ordem natural do ser humano. Para o nascimento, temos o
Batismo; para o crescimento e amadurecimento, o Crisma; para a morte, a Unção dos Enfermos. Temos também a necessidade de
alimentos, que é suprida pela Eucaristia; a necessidade de remédios, a Penitência. Por fim, temos que trabalhara: Ordem e
Matrimônio.

Interessante perceber que recebemos uma cadeia de graças atuais. Essa cadeia de graças será longa ou curta, conforme
se trate de um sacramento que possamos receber uma vez (ou raras vezes) ou com muita frequência.
Podemos então, separar os sacramentos em três tipos:

Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e Eucaristia – são os sacramentos que nos introduzem na vida sobrenatural, dão-nos
força para vive-la virilmente e fortalecem nossa caminhada rumo ao céu;

2º Serviço: Ordem e Matrimônio – conferem uma graça especial para uma missão particular na Igreja em ordem à
edificação do povo de Deus;

3º Cura: Penitência e Unção dos Enfermos – sacramentos que nos reestabelecem na união com Deus.

Podemos também os dividir em função da qualidade da alma:

Sacramentos dos vivos – aqueles que recebemos quando nossa alma se encontra viva em Deus;

Sacramentos dos mortos – sacramentos que precisamos receber para reestabelecer nossa vida sobrenatural (Batismo e
Penitência);

 Quem pode administrar os sacramentos?


o Batismo: qualquer pessoa que tenha a intenção de fazer o que a Igreja faz (casos extremos), mas, normalmente,
o diácono ou o presbítero;
o Crisma: o bispo, de maneira geral, mas em situações particulares, pode ser delegado a um presbítero;
o Eucaristia: todo sacerdote ordenado;
o Ordem: apenas o bispo;
o Matrimonio: os noivos;
o Penitência e Unção dos Enfermos: todo sacerdote ordenado a quem foi concedida permissão.
 A forma externa dos Sacramentos

Sacramento Matéria Fórmula Rito Essencial


O rito essencial deste sacramento
consiste em imergir na água o
“Eu te batizo em nome do Pai, do candidato ou em derramar a água sobre
Batismo Água
Filho e do Espírito Santo” a sua cabeça, enquanto é invocado o
Nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo.
O rito essencial da Confirmação é a
unção com o santo crisma, feita com a
“Recebe por este sinal o Espírito
Crisma Óleo do Crisma imposição da mão por parte do
Santo, o Dom de Deus”
ministro que pronuncia as palavras
sacramentais próprias do rito.
Tomai todos e comei, este é o meu
Corpo que será entregue por vós;
Tomai todos e bebei, este é o meu
Pão de trigo e o Vinho da Sangue, o Sangue da nova e eterna
Eucaristia
videira aliança que será derramado por vós e
por todos para a remissão dos
pecados. Fazei isto em memória de
mim”.
Matrimônio Noivos Eu, N., Te recebo, N., por meu esposo Uma vez que o Matrimónio coloca os
cônjuges num estado público de vida
E te prometo seu fiel, Amar-te e
na Igreja, a sua celebração litúrgica é
respeitar-te, Na alegria e na tristeza,
pública, na presença do sacerdote (ou
Na saúde e na doença,Todos os dias
da testemunha qualificada da Igreja) e
da nossa vida.
das outras testemunhas.
Para cada um dos três graus, o
sacramento da Ordem é conferido pela
imposição das mãos sobre a cabeça do
ordinando por parte do Bispo, que
Ordem O Ministro que transmite Oração Consacratória pronuncia a solene oração
consecratória. Com ela, o Bispo invoca
de Deus, para o ordinando, a especial
efusão do Espírito Santo e dos seus
dons, em ordem ao ministério.
A celebração deste sacramento consiste
essencialmente na unção com óleo
“Por esta santa unção e por sua
benzido, se possível, pelo Bispo, na
piíssima misericórdia, o Senhor
fronte e nas mãos do doente (no rito
Unção dos venha em teu auxílio com a graça do
Óleo dos enfermos romano, ou também noutras partes do
Enfermos Espírito Santo, para que, liberto dos
corpo segundo outros ritos),
teus pecados, Ele te salve e, na sua
acompanhada da oração do sacerdote,
bondade, alivie os teus sofrimentos”.
que implora a graça especial deste
sacramento.
São dois: os atos realizados pelo
homem que se converte sob a ação do
“Eu te absolvo dos teus pecados, em
Arrependimento e Espírito Santo e a absolvição do
Penitência nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
confissão (Pecados) sacerdote, que em Nome de Cristo
Santo”
concede o perdão e estabelece a
modalidade da satisfação.

 O resultado interior dos Sacramentos


o Batismo

O Batismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado; faz participar na vida divina
trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora em Cristo e na Igreja; faz participar no sacerdócio de
Cristo e constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos; confere as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. O
batizado pertence para sempre a Cristo: com efeito, é assinalado com o selo indelével de Cristo.

o Crisma

O efeito da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como no Pentecostes. Tal efusão imprime na alma um carácter
indelével e traz consigo um crescimento da graça baptismal: enraíza mais profundamente na filiação divina; une mais firmemente
a Cristo e à sua Igreja; revigora na alma os dons do Espírito Santo; dá uma força especial para testemunhar a fé cristã.

o Eucaristia
A sagrada Comunhão aumenta a nossa união com Cristo e com a sua Igreja, conserva e renova a vida da graça recebida no
Batismo e no Crisma, e faz-nos crescer no amor para com o próximo. Fortalecendo-nos na caridade, perdoa os pecados veniais e
preserva-nos dos pecados mortais, no futuro.

o Matrimônio

O sacramento do Matrimónio gera entre os cônjuges um vínculo perpétuo e exclusivo. O próprio Deus sela o consentimento dos
esposos. Portanto o Matrimónio concluído e consumado entre baptizados não pode ser nunca dissolvido. Este sacramento confere
também aos esposos a graça necessária para alcançar a santidade na vida conjugal e para o acolhimento responsável dos filhos e a
sua educação.

o Ordem

A Ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do Bispo o legítimo sucessor dos Apóstolos, insere-o no
Colégio episcopal, partilhando com o Papa e os outros Bispos a solicitude por todas as Igrejas, e confere-lhe a missão de ensinar,
santificar e governar.

A unção do Espírito assinala o presbítero com um carácter espiritual indelével, configura-o a Cristo sacerdote e torna-o capaz de
agir em nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o
culto divino, sobretudo a Eucaristia, da qual o seu ministério recebe a força, e para ser o pastor dos fiéis.

O diácono, configurado a Cristo servo de todos, é ordenado para o serviço da Igreja sob a autoridade do Bispo, em relação ao
ministério da Palavra, do culto divino, da condução pastoral e da caridade.

Este sacramento dá uma especial efusão do Espírito Santo, que configura o ordenado a Cristo na sua tríplice função de Sacerdote,
Profeta e Rei, segundo os respectivos graus do sacramento. A ordenação confere um carácter espiritual indelével: por isso não
pode ser repetida nem conferida por um tempo limitado.

o Penitência

Os efeitos do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus e portanto o perdão dos pecados; a reconciliação com a
Igreja; a recuperação, se perdida, do estado de graça; a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, ao
menos em parte, das penas temporais que são consequência do pecado; a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do
espírito; o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.

o Unção dos Enfermos

Ele confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-
lhe conforto, paz, coragem, e o perdão dos pecados, se o doente não se pode confessar. Este sacramento consente por vezes, se for
a vontade de Deus, também a recuperação da saúde física. Em todo o caso, esta Unção prepara o doente para a passagem à Casa
do Pai.

 Onde estão os Sacramentos na Bíblia?


o Batismo: Na Antiga Aliança encontram-se várias prefigurações do Baptismo: a água, fonte de vida e de morte; a
arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do
Egipto; a travessia do Jordão, que introduz Israel na terra prometida, imagem da vida eterna. Jesus Cristo, no
início da sua vida pública, se fez batizar por João Baptista, no Jordão: na cruz, do seu lado trespassado,
derramou sangue e água, sinais do Baptismo e da Eucaristia, e depois da Ressurreição confia aos Apóstolos esta
missão: «Ide e ensinai todos os povos, batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19-
20).
o Crisma: Na Antiga Aliança, os profetas anunciaram a comunicação do Espírito do Senhor ao Messias esperado e
a todo o povo messiânico. Toda a vida e missão de Jesus se desenvolvem numa total comunhão com o Espírito
Santo. Os Apóstolos recebem o Espírito Santo no Pentecostes e anunciam «as grandes obras de Deus» (At 2,11).
Comunicam aos neófitos, através da imposição das mãos, o dom do mesmo Espírito.
o Eucaristia: Quinta Feira Santa, «na noite em que foi entregue» (1 Cor 11,23), ao celebrar a Última Ceia com os
seus Apóstolos. Prefigurado na Antigo Testamento pelo Maná. Na Antiga Aliança, a Eucaristia é preanunciada
sobretudo na ceia pascal anual, celebrada cada ano pelos judeus com os pães ázimos, para recordar a imprevista
e libertadora partida do Egipto.
o Penitência: O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento quando, na tarde de Páscoa, se mostrou aos
Apóstolos e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e
àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (Jo 20, 22-23).
o Unção dos Enfermos: No Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e ao mesmo tempo
percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a doença podia ter
também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros. Assim, a doença era vivida perante
Deus, da qual o homem implorava a cura. A compaixão de Jesus pelos doentes e as numerosas curas de
enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e
a morte. Com a sua paixão e morte, Ele dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se unido ao seu, pode ser
meio de purificação e de salvação para nós e para os outros. A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar
os enfermos, procura pô-la em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de
intercessão. Ela possui sobretudo um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio
Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois
de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
o Ordem: Na Antiga Aliança, este sacramento é prefigurado no serviço dos Levitas, no sacerdócio de Aarão e na
instituição dos setenta «Anciãos» (Num 11,25). Estas prefigurações encontraram realização em Cristo Jesus, o
qual, com o sacrifício da sua cruz, é o «único (...) mediador entre Deus e os homens» (1 Tim 2,5), o Sumo-
sacerdote à maneira de Melquisedec» (Heb 5,10). O único sacerdócio de Cristo é tornado presente pelo
sacerdócio ministerial.
o Matrimônio: Deus, sobretudo através da pedagogia da Lei e dos profetas, ajuda o seu povo a amadurecer
progressivamente a consciência da unicidade e da indissolubilidade do Matrimónio. A aliança nupcial de Deus
com Israel prepara e prefigura a Aliança nova realizada pelo Filho de Deus com a sua esposa, a Igreja. Jesus
Cristo não só restabelece a ordem inicial querida por Deus, mas dá a graça para viver o Matrimónio na nova
dignidade de sacramento, que é o sinal do seu amor esponsal pela Igreja: «Vós maridos amai as vossas
mulheres, como Cristo amou a Igreja» (Ef 5,25).

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